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ESPONJAS Cecília Volkmer-Ribeiro Daniel Mansur Pimpão INTRODUÇÃO A bacia Amazônica drena, aproximadamente, sete milhões de quilômetros quadrados (Goulding et al. 1988). Em relação à bacia, o rio Madeira é um dos maiores rios, afluente de margem direita do rio Amazonas. É caracterizado, segundo Sioli (1984), pelas suas águas barrentas. Suas cabeceiras encontram-se na região andina, mas apresenta afluentes de águas claras que se originam no Escudo Brasileiro, como é o caso do rio Aripuanã. Justamente na região Amazônica uma fauna que não pode ser omitida, em levantamentos da biota aquática, é a de esponjas, tanto pela ampla distribuição em toda essa região, abundância com que ocorrem em certos ambientes, quanto por haverem desenvolvido aí processos seletivos de alto interesse biológico, ao ocuparem, em épocas geológicas passadas, os ambientes sazonalmente inundados dos lagos de várzea e, no atual, os ambientes artificiais dos grandes lagos de hidroelétricas formados nessa região. As esponjas continentais, assim como as marinhas, são: “metazoários sésseis, com um sistema aqüifero inalante e exalante diferenciado, dotado de poros externos, com uma única camada de células flageladas (coanócitos) e bombeia uma corrente de água unidirecionada através do corpo, contendo uma população de células altamente móvel, capaz de diferenciar-se em diversos outros tipos de células (tutipotencialidade), dotadas de alta plasticidade na forma de crescimento” (pg. 09, Hooper & Soest 2002). No caso das esponjas continentais, todas agrupadas na Ordem Demospongiae, acrescenta-se à essa definição a presença de espículas silicosas, sustentadoras da estrutura do animal e de gêmulas, corpúsculos da reprodução assexuada, de importância fundamental nos processos de resistência à exposição aérea, nos períodos de águas baixas. As esponjas desempenham nesses ambientes dulcícolas diversas funções, a mais elementar sendo a de filtração do meio aquático, de onde retiram particularmente as bactérias, seu alimento primordial. Desempenham importante papel no processo de biomineralização da sílica retirada das águas, contribuindo para os processos de geoquímica das águas e dos sedimentos (Volkmer-Ribeiro & Almeida 2005). Além disso estão inseridas nas cadeias tróficas dessas águas como alimento de diversos peixes e larvas de insetos aquáticos, além de servirem de abrigo a distintos macroinvertebrados aquáticos. (Volkmer- Ribeiro 1999, Roque et al. 2004, Roque & Trivinho-Strixino 2005). Essas esponjas vem se mostrando ainda como indicadoras de distintos biomas sul-americanos, constituindo assim uma ferramenta de caráter excepcional em estudos de indicação e recuperação ambiental e de paleointerpretações (Volkmer-Ribeiro 1999). Das cerca de 45 espécies apontadas para o Brasil, CAPÍTULO 7 Volkmer-Riberio, C.; Pimpão, D.M. 2007. Capítulo 7. Esponjas. p. 83-88. In: Rapp Py-Daniel, L.; Deus, C.P.; Henriques, A.L.; Pimpão, D.M.; Ribeiro, O.M. (orgs.). Biodiversidade do Médio Madeira: Bases científicas para propostas de conservação. INPA: Manaus, 244pp.

07 cap7 esponjas - mma.gov.br · Poriferos Continentais do MCN da FZB, Aline Beatriz Espécie Nº exemplares coletados Nº ponto de coleta Nº de lote Saturnospongilla carvalhoi1

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ESPONJAS

Cecília Volkmer-RibeiroDaniel Mansur Pimpão

INTRODUÇÃO

A bacia Amazônica drena, aproximadamente, sete milhões de quilômetros quadrados(Goulding et al. 1988). Em relação à bacia, o rio Madeira é um dos maiores rios, afluente demargem direita do rio Amazonas. É caracterizado, segundo Sioli (1984), pelas suas águasbarrentas. Suas cabeceiras encontram-se na região andina, mas apresenta afluentes de águasclaras que se originam no Escudo Brasileiro, como é o caso do rio Aripuanã.

Justamente na região Amazônica uma fauna que não pode ser omitida, em levantamentosda biota aquática, é a de esponjas, tanto pela ampla distribuição em toda essa região, abundânciacom que ocorrem em certos ambientes, quanto por haverem desenvolvido aí processos seletivosde alto interesse biológico, ao ocuparem, em épocas geológicas passadas, os ambientessazonalmente inundados dos lagos de várzea e, no atual, os ambientes artificiais dos grandeslagos de hidroelétricas formados nessa região. As esponjas continentais, assim como as marinhas,são: “metazoários sésseis, com um sistema aqüifero inalante e exalante diferenciado, dotado deporos externos, com uma única camada de células flageladas (coanócitos) e bombeia umacorrente de água unidirecionada através do corpo, contendo uma população de células altamentemóvel, capaz de diferenciar-se em diversos outros tipos de células (tutipotencialidade), dotadasde alta plasticidade na forma de crescimento” (pg. 09, Hooper & Soest 2002). No caso dasesponjas continentais, todas agrupadas na Ordem Demospongiae, acrescenta-se à essa definiçãoa presença de espículas silicosas, sustentadoras da estrutura do animal e de gêmulas, corpúsculosda reprodução assexuada, de importância fundamental nos processos de resistência à exposiçãoaérea, nos períodos de águas baixas. As esponjas desempenham nesses ambientes dulcícolasdiversas funções, a mais elementar sendo a de filtração do meio aquático, de onde retiramparticularmente as bactérias, seu alimento primordial. Desempenham importante papel noprocesso de biomineralização da sílica retirada das águas, contribuindo para os processos degeoquímica das águas e dos sedimentos (Volkmer-Ribeiro & Almeida 2005). Além disso estãoinseridas nas cadeias tróficas dessas águas como alimento de diversos peixes e larvas de insetosaquáticos, além de servirem de abrigo a distintos macroinvertebrados aquáticos. (Volkmer-Ribeiro 1999, Roque et al. 2004, Roque & Trivinho-Strixino 2005). Essas esponjas vem semostrando ainda como indicadoras de distintos biomas sul-americanos, constituindo assimuma ferramenta de caráter excepcional em estudos de indicação e recuperação ambiental e depaleointerpretações (Volkmer-Ribeiro 1999). Das cerca de 45 espécies apontadas para o Brasil,

CAPÍTULO 7

Volkmer-Riberio, C.; Pimpão, D.M. 2007. Capítulo 7. Esponjas. p. 83-88. In: Rapp Py-Daniel,L.; Deus, C.P.; Henriques, A.L.; Pimpão, D.M.; Ribeiro, O.M. (orgs.). Biodiversidade doMédio Madeira: Bases científicas para propostas de conservação. INPA: Manaus, 244pp.

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33 já tiveram registro na região Amazônica, acreditando-se que prospecções levadas a efeito no bentos profundodos rios dessa região irão contribuir certamente com no-vas espécies e até gêneros. Até o presente contam-se osgêneros monotípicos Saturnospongilla Volkmer-Ribeiro,1976, e Acalle Gray, 1867, com respectivamente asespécies S. carvalhoi, e A. recurvata, além das espéciesSpongilla spoliata, Metania reticulata, M. fittkaui, M.subtilis, M. kiliani, e Trochospongilla amazonica, comoendêmicas dessa região. Da recente lista de FaunaAmeaçada do Brasil consta Anheteromeyenia ornata(Bonetto & Ezcurra de Drago, 1970), ocorrente tambémna região Amazônica e Metania kiliani Volkmer-Ribeiro& Costa, 1992, com registro apenas para o estado doAmazonas.

Sabendo-se que algumas assembléias de esponjas sãomuito características de certas águas da bacia Amazônica(Volkmer-Ribeiro & De Rosa-Barbosa 1972, Batista etal. 2003), o seguinte capítulo trata das esponjas (Porifera)coletadas em rios de água clara e preta durante a primeiraexcursão (setembro/2004) realizada pelo PROBIO -inventário faunístico na área do Médio Madeira. Oobjetivo é fornecer uma lista das espécies de esponjascoletadas nos afluentes dos dois principais rios estudados,Aripuanã e Madeira, para que sirvam de base para estudosfuturos na região. Na bacia do Madeira os únicos registrosoperados até o presente haviam sido os de Potts (1887),ao descrever Trochospongilla minuta e registrar a ocorrência,no mesmo substrato, de Parmula browni var. rusbyi. Essaúltima espécie sinonimizada por Mothes de Moraes(1983) em D. browni (Bowerbank, 1863).

MATERIAL E MÉTODOSAs esponjas foram coletadas no rio Juma, afluente do

rio Aripuanã, e nos rios Atininga e Mariepauá, afluentesdo rio Madeira. O rio Juma é um rio de águas claras,

enquanto os rios Atininga e Mariepauá são rios de águaspretas.

Foram realizadas coletas em seis pontos, três no afluentedo Aripuanã e três nos afluentes do Madeira (Tabela 1).Os trechos amostrados encontram-se dentro dos limitesdo município de Novo Aripuanã, no estado do Amazonas.

As coletas foram realizadas no mês de setembro de2004, período de vazante na região estudada, durante aprimeira excursão do Probio. Na segunda excursão,período de alta das águas, nenhum exemplar foiencontrado.

As amostragens foram realizadas conjuntamente àcoleta dos moluscos aquáticos, nas margens dos rios. Asesponjas eram visualizadas a partir da canoa, aderidas emalgum substrato como galhos e troncos caídos e coletadasmanualmente. Os exemplares coletados nas áreas alagáveisda mata do rio Atininga e área alagável do rio Mariepauáforam obtidos sobre conchas do gastrópode Pomaceapapyracea (Spix, 1827) encontrado no solo do igapóemerso, também coletadas manualmente. Não foi realizadauma padronização para a coleta de esponjas entre asmargens ou entre os rios.

Os exemplares de Porifera, úmidos ou não, foramacondicionados em frascos na canoa e transportados parao barco. Neste, foram mantidos por um período mínimode dois dias em área sombreada ao ar livre, para secagem.Em dias nublados ou chuvosos, os exemplares foramexpostos por um tempo maior.

As espécies foram identificadas pela primeira autora,após dissociação das espículas e confecção de lâminaspermanentes (Volkmer-Ribeiro 1985) para observaçãomicroscópica. O material foi depositado na Coleção deInvertebrados do INPA, Manaus, com réplicas depositadase catalogadas na Coleção de Porifera (MCN-POR) doMuseu de Ciências Naturais da Fundação Zoobotânicado Rio Grande do Sul, Porto Alegre.

Nº pontode coleta Nº campo Localização do ponto

Coordenadas (UTM)Latitude (20M) Longitude

1 ARI-CM-13 rio Juma, ME 0811718 9334864

2 ARI-CM-32 rio Juma, MD 0811159 9329889

3 ARI-CM-35 rio Juma, ME 0813001 9326541

4 MAD-CM-06 canal do rio Atininga 0716226 9378616

5 MAD-CM-15 rio Mariepauá 0766003 9404674

6 Extra 35 mata do rio Atininga 0712275 9371447

TTTTTa ba ba ba ba bela 1 -ela 1 -ela 1 -ela 1 -ela 1 - Pontos amostrados com respectivos números de campo, localização e coordenadas geográficas nos rios Juma, afluente do Aripuanã (1ao 3) e Atininga e Mariepauá, afluentes do Madeira (4 ao 6). Todas as coletas foram realizadas na primeira excursão, em 2004. MD - margem direitado rio Aripuanã; ME - margem esquerda do rio Aripuanã; MMD - margem direita do rio Madeira.

85ESPONJAS

RESULTADOS

No total, foram coletados 10 espécimes de Porifera,incluídos em três gêneros e cinco espécies (Tabela 2).

A amostragem feita, apesar de ter caráter expedito,representa a de maior amplitude até agora levada a efeitopara a bacia do Madeira. O levantamento não produziuindicação de espécie nova, que seria, nesse momento,endêmica da bacia, mas ampliou a distribuição ocidentalna região amazônica de M. fittkaui (Figura 3 e 4), essaúltima com reduzidos registros até o presente. O fato denão se haver registrado agora Trochospongilla minuta deve-se ao restrito número das amostragens realizadas,porquanto a espécie não é rara na região amazônica. Dessascinco espécies, a primeira tem predileção por ocorrênciaem substratos do bentos lótico, enquanto as outrascaracterizam-se por ocupação de substratos arbóreos emlagos de várzea ou floresta marginal inundada.

No rio Juma, afluente do rio Aripuanã, foram coletadastrês espécies. Saturnospongilla carvalhoi (Figura 1) foiregistrada apenas neste rio. Nos afluentes do rio Madeira,rios Atininga e Mariepauá, foram coletadas quatro espécies,sendo que Metania fittkaui e Drulia browni (Figura 6)ocorreram somente nestes rios. Drulia uruguayensis (Figura5) e Metania reticulata (Figura 2) foram obtidas nosafluentes tanto do rio Madeira como do rio Aripuanã(Tabela 1).

Foram tombados dez lotes de esponjas na Coleção deInvertebrados do INPA e outros dez lotes foram registradosna Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul, comoresultado das coletas da primeira excursão, em setembrode 2004 (Tabela 2).

DISCUSSÃO

Apesar das amostragens casuais e não padronizadaspara Porifera, realizadas no presente trabalho, pode-se dizer

que o período de vazante com águas baixas trouxemelhores resultados. Nenhum espécime foi coletado nasegunda etapa, realizada durante a cheia. Resultadosemelhante foi observado para a coleta de moluscos bivalvesno rio Aripuanã (Cap. Moluscos). As esponjas que seencontravam aderidas a galhos, troncos e rochas submersosdurante a cheia, ficaram expostas durante o período deseca, fato que tornou viável a coleta.

Devido ao pequeno número de coletas, não é possívelfazer nenhuma afirmação a respeito da diversidade naregião, mas os resultados indicam que as áreas têm potencialpara o estudo de esponjas de água doce. A bacia do rioMadeira é uma área pouco estudada e com poucas coletasde esponjas de água doce.

DIFICULDADES E PERSPECTIVASPraticamente todas as espécies foram coletadas em

número reduzido, como reflexo de uma amostragem nãofocada para o grupo em questão. Possivelmente, futurosestudos com metodologias e objetivos de coleta específicospara o grupo poderão trazer melhores resultados, aí não sedescurando de efetuar amostragens sempre que novoslagos de hidrelétricas forem formados, com ocorrespondente estancamento parcial do fluxo dos rios eexposição de substratos rochosos, de imersão permanente.

Certamente as espécies registradas devem ocorrer emoutros afluentes dos principais rios ou até nos própriosMadeira e Aripuanã. Inclusive outras espécies podem serencontradas na região em futuras coletas.

AGRADECIMENTOSA Carlos Sotero pelo auxílio nas coletas; a Célio

Magalhães, Curador da Coleção de Invertebrados doINPA; às acadêmicas de biologia, estagiárias na equipe dePoriferos Continentais do MCN da FZB, Aline Beatriz

Espécie Nº exemplares coletados Nº ponto de coleta Nº de loteSaturnospongilla carvalhoi 1 1 MCN-POR 6912; INPA 001

1 2 MCN-POR 6906; INPA 002

Metania reticulata 1 3 MCN-POR 6917; INPA 003

1 5 MCN-POR 6916; INPA 008

Metania fittkaui 2 5 MCN-POR 6913, 6915; INPA 006, 010

1 6 MCN-POR 6905; INPA 009

Drulia uruguayensis 1 3 MCN-POR 6918; INPA 004

1 5 MCN-POR 6914; INPA 007

Drulia browni 1 4 MCN-POR 6904; INPA 005

TTTTTa ba ba ba ba bela 2 -ela 2 -ela 2 -ela 2 -ela 2 -Espécies coletadas pelo Probio, respectivos pontos de coleta e números de lote de depósito na Coleção de Invertebrados do INPA (INPA)e Museu de Ciências Naturais da Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul (MCN-POR).

86 BIODIVERSIDADE DO MÉDIO MADEIRA

Pacheco Carvalho e Graziela Dalprá pelas preparações dedissociação espicular e produção de lâminas permanentesque permitiram o estudo microscópico e a identificaçãodos espécimes; à bolsista FAPERGS de IC, KarinaFürstenau de Oliveira pela catalogação, separação eembalagem dos espécimes retornados ao INPA e os retidospara depósito na coleção de Porifera do MCN da FZB.

BIBLIOGRAFIA CITADABatista, T.C.A.; Volkmer-Ribeiro, C.; Darwich, A.; Alves,

L.F. 2003. Freshwater sponges as indicators offloodplain lake environments and or river rockybottoms in Central Amazonia. Amazoniana, 17(3/4):525-549.

Goulding, M.; Leal Carvalho, M; Ferreira, E. 1988. RioNegro: rich life in poor water: Amazonian diversity andfoodchain ecology as seen through fish communities. TheHague, SPB Academic Publishing, 200pp.

Hooper, J.N.; van Soest, R.W.M. 2002. Systema Porifera: Aguide to the Classification of Sponges, Kluwer Academic/Plenum Publ. New York, vol. 1. 1101+XLVIII.

Mothes de Moraes, B. 1983. Revisão do gênero DruliaGray, 1867 (Porifera, Spongillidae). Iheringia, ser.Zool., (62): 13-36.

Potts, E. 1887. Contributions towards a synopsis of theAmerican forms of freshwater sponges with descriptionof those named by other authors and from all parts ofthe world. Proceedings of the Academy of NaturalSciences of Philadelphia: 158-279.

Roque, F. de O.; Trivinho-Strixino, S. 2005.Xenochironomus ceciliae (Diptera: Chironomidae), anew chironomid species inhabiting freshwater spongesin Brazil. Hydrobiologia, 534: 231-238.

Roque, F. de O.; Trivinho-Strixino, S.; Couceiro, S.R.M.;Hamada, N.; Volkmer-Ribeiro, C.; Messias, M.C.2004. Species of Oukuriella Epler (Diptera,Chironomidae) inside freshwater sponges in Brasil.Revista Brasileira de Entomologia, 48(2): 291-292.

Sioli, H. 1984. The Amazon and its main affluents:Hydrography, morphology of the river courses, andriver types. In: Sioli, H. (Ed.) The Amazon: limnologyand landscape ecology of a mighty tropical river and itsbasin. Dordrecht, Dr.W.Junk Publishers, 763pp.

Volkmer-Ribeiro, C. 1985. Manual de técnicas para apreparação de coleções zoológicas - Esponjas de água doce.Sociedade Brasileira de Zoologia, 3: 1-6.

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Volkmer-Ribeiro, C.; de Almeida, F.B. 2005. As esponjasdo Lago Tupé. In: Santos-Silva, E.; Aprile, F.M.;Scudeller, V.V.; Melo, S. (eds.) BioTupé. Meio Físico,Diversidade Biológica e Sociocultural do Baixo Rio Negro,Amazônia Central. INPA, Manaus: 123-134.

Volkmer-Ribeiro, C.; De Rosa-Barbosa, R. 1972. OnAcalle recurvata (Bowerbank, 1863) and an associatedfauna of other freshwater sponges. Revista Brasileira deBiologia. 32(3): 303-317.

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ANEXO 1LISTA DAS ESPÉCIES DE ESPONJAS COLETADAS PELO PROJETO PROBIO“INVENTÁRIO FAUNÍSTICO DO MÉDIO MADEIRA”

Família Espécie Autor Nome popularSpongillidae Gray,1867 Saturnospongilla carvalhoi Volkmer-Ribeiro, 1976

Metaniidae Volkmer-Ribeiro, 1986 Metania reticulata (Bowerbank, 1863)

Metania fittkaui Volkmer-Ribeiro, 1979

Drulia uruguayensis Bonetto & Escurra de Drago, 1968

Drulia browni (Bowerbank, 1863) cupim-d'água

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Figura 1 -Figura 1 -Figura 1 -Figura 1 -Figura 1 - Saturnospongilla carvalhoi. Apesar do tamanho reduzido doespécime observe-se a grande quantidade de gêmulas e a formacaracterística das mesmas. Foto: V. S. Machado

Figura 2 -Figura 2 -Figura 2 -Figura 2 -Figura 2 - Metania reticulata. Observe-se a distinção da rede esqueletal,reforçada nessa especie e reduzida, frágil e com malhas muito pequenas,na Metania fittkaui, (fotos 3 e 4). Foto: D. Pimpão

Figura 3 -Figura 3 -Figura 3 -Figura 3 -Figura 3 - Metania fittkaui, vista geral em concha de Pomacea papyracea.Foto: D. Pimpão FFFFFigurigurigurigurigura 4 -a 4 -a 4 -a 4 -a 4 - Metania fittkaui, em detahe. Foto: D. Pimpão

Figura 5 -Figura 5 -Figura 5 -Figura 5 -Figura 5 - Drulia uruguayensis. A distinção entre as duas espécies deDrulia amostradas verifica-se macroscopicamente de modo sutíl, nasmalhas mais abertas da rede de D. uruguayensis e nas suas gêmulas,aglomeradas em pacotes, dentro do esqueleto. Foto: D. Pimpão

FFFFFigurigurigurigurigura 6 -a 6 -a 6 -a 6 -a 6 - Drulia browni. Foto: D. Pimpão