Upload
de-marco
View
22
Download
0
Embed Size (px)
DESCRIPTION
primeiros socorros
Citation preview
1
IMOBILIZAO E TRANSPORTE
Contamos atualmente com uma ampla e variada gama de tcnicas de imobilizao e transporte,
mas nos ateremos s clssicas e de maior utilidade em nosso meio.
As vtimas de trauma devero ser manipuladas com o mximo de cautela para que as leses
existentes no sejam agravadas.
1 - MTODO GERAL
Sempre que houver a possibilidade de nos depararmos com uma coluna instvel, deveremos tomar as providncias cabveis e necessrias:
1. Trazer a cabea para uma posio apropriada, em linha neutra (a menos que contraindicado). Manter este apoio e imobilizao manual at que seja completada a imobilizao definitiva.
2. Avaliar o paciente, utilizando o mtodo A B C D E e proceder a todas intervenes necessrias. 3. Examinar o pescoo e aplicar o colar cervical, apropriado. 4. Checar a habilidade motora, resposta sensitiva e circulatria dos quatro membros. 5. Posicionar o dispositivo de imobilizao no paciente e imobilizar o tronco para que este no
possa mover-se para cima ou para baixo, esquerda ou direita.
6. Avaliar e alcochoar a regio occipital ou interescapular quando necessrio. 7. Imobilizar a cabea com o dispositivo, mantendo-a em linha neutra. 8. Uma vez na prancha longa, imobilize as pernas para que elas no se movam anteriormente ou
lateralmente.
9. Prenda os braos na prancha. 10. Reavalie novamente, utilizando o mtodo A B C D E e reavalie a motricidade, resposta
sensorial e circulao de todos os membros.
1.1 - IMOBILIZAO CERVICAL
Inicialmente a imobilizao cervical deve ser realizada manualmente, segurando-se a cabea com as
mos e cuidadosamente trazendo-a para a posio em linha neutra (fig.1), exceto quando houver
espasmo muscular, aumento da dor, aparecimento ou agravamento de uma deficincia neurolgica ou
comprometimento das vias areas/ventilao, onde fica contra-indicado o reposicionamento em linha
neutra.
A cabea permanecer imobilizada manualmente em linha neutra at o trmino da imobilizao
mecnica.
Fig.1. Posio em linha neutra Vista lateral Vista frontal
A - COLAR CERVICAL
O colar cervical um excelente dispositivo auxiliar na imobilizao, porm no limita completamente
os movimentos laterais e de flexo-extenso, devendo, portanto ser utilizado em conjunto com o
imobilizador de cabea e o dispositivo de fixao do tronco.
Um colar efetivo deve estar em contato com o peito e a regio dorsal superior, na sua poro inferior e
em contato com o occipcio e a regio infra-mentoniana, na sua poro superior.
O mesmo deve ter o tamanho apropriado ao paciente, minimizando ao mximo os movimentos e ao
mesmo tempo permitindo a abertura parcial expontnea da boca pelo paciente ou pelo socorrista, em
caso de vmitos, minimizando a possibilidade de broncoaspirao.
2
A escolha do tamanho do colar cervical mais adequado: Fig.2
Posio neutra Altura do pescoo Tamanho do colar Colar colocado
1- Vtima com a cabea em posio neutra. 2- Verifique com seus dedos a altura do pescoo, compreendida entre a linha imaginria que passa
pelo bordo inferior da mandbula e a linha que passa pelo ponto onde termina o pescoo e inicia
o ombro.
3- Verifique a altura do colar cervical (tamanho), calculando a distncia entre o pino preto de fixao borda rgida do colar. No inclua na medida a borda macia do mesmo.
4- Escolha o colar que apresentar esta altura semelhante aferida com seus dedos (altura do pescoo) Fig.3
Fig.3 Colocao do colar
O colar somente poder ser retirado depois de afastadas as possveis leses.
O fato de o paciente poder deambular no afasta a possibilidade de leso cervical.
1.2 - IMOBILIZAO DO TRONCO
Se levar em considerao o dispositivo de imobilizao, este deve imobilizar de tal forma que no
permita movimentos para cima, baixo, direita e esquerda. Neste dispositivo a cabea, trax e membros
inferiores devero estar fixados, impedindo desta forma a mobilizao da coluna vertebral.
O dispositivo mais utilizado em nosso meio a prancha longa (Fig.4), onde as cintas ajustveis podero
estar dispostas perpendicularmente ao eixo principal do paciente e para minimizar a possibilidade de
deslocamento para cima e para baixo, dispostas em X no trax (fig.5).
Fig. 4 Fig. 5
3
As cintas devero estar, preferencialmente, no trax, na plvis (sobre as cristas ilacas), acima e abaixo
dos joelhos (fig.6,7,8).
Dependendo da necessidade poderemos aumentar o nmero de cintas, mas aquelas que forem
colocadas no trax inferior e no abdomen inferior no podero estar ajustadas em demazia para no
impedir a excurso do trax e nem promover aumento da presso intra-abdominal.
Fig. 6 Fig. 7 Fig. 8
1.3 - IMOBILIZAO DA CABEA
Antes da imobilizao da cabea pancha longa ou outro dispositivo, deve-se avaliar a necessidade da
colocao de coxim sob a cabea ou trax, para que haja um adequado posicionamento em linha neutra :
Em muitos adultos, por uma questo anatmica propria do paciente, o posicionamento na prancha
longa, produz uma indesejada hiperextenso da cabea em relao ao tronco, fazendo-se necessrio a
colocao de coxim sob a sua cabea (fig. 9 e 10).
Fig. 9 Fig. 10
Em crianas, geralmente aquelas com corpo do tamanho aproximado de 7 anos de idade ou menos, ao
posicionarmos em prancha, ocorre uma indesejada hiperflexo da cabea pela desproporo entre a
cabea e o trax (prpria da idade ), fazendo-se necessrio a colocao de coxim sob o trax para a
correo desta desproporo (fig.11 e 12).
Fig. 11 Fig. 12
O coxim a ser utilizado no poder ser de material esponjoso de fcil compresso, sendo mais indicados os de materiais semirrgidos, mais firmes, podendo tambm ser utilizadas toalhas dobradas.
A altura do coxim deve ser o suficiente para a correo da desproporo encontrada.
Uma vez o dispositivo rgido tenha sido imobilizado ao tronco e adequado alcochoamento tenha sido
realizado, a cabea deve agora ser fixada ao dispositivo. Devido cabea ter formato arredondado, ela no pode ser estabilizada em uma superfcie plana somente com faixas ou fitas, isso ainda
4
permitiria movimentos rotatrios. Portanto, para que estes movimentos no ocorram, deve ser colocado
o imobilizador de cabea (fig 13 e 14.)(pea com dois blocos de espuma semi-rigida que so
posicionados nas laterais da cabea ) e ajustado por meio de fitas, as quais devero estar posicionadas
uma passando sobre a regio frontal (testa) e a outra sobre os blocos de fixao na sua poro inferior (
passando por cima do colar cervical, porm sem contato com o mesmo).
As fitas devem permanecer ajustadas o suficiente para que no permita movimentos, e normalmente
isso promove certa compresso nos blocos de espuma.
Outro material como cobertor enrolado, poder ser utilizado na fixao da cabea, mas este tipo de
fixao deve ser executado com maior critrio e na ausncia do fixador clssico, como por exemplo,
nos atendimentos a mltiplas vtimas onde os recursos podem ficar escassos.
Fig. 13 Fig. 14
1.4 - IMOBILIZAO DAS PERNAS
A rotao externa das pernas pode resultar em movimento anterior da plvis e da coluna inferior. Para
eliminar esta possibilidade devemos colocar um coxim entre as pernas (podendo este ser com talas ou
cobertor enrolado) e ajustar as cintas no tero mdio das coxas, abaixo dos joelhos e acima dos ps.
Maior quantidade de cintas podero ser utilizadas dependendo da necessidade (fig.15 e 16).
Fig. 16 Fig. 15
1.5 - IMOBILIZAO DOS BRAOS
Os braos podero ser fixados junto ao tronco ou separadamente por cintas adicionais, a vantagem da
fixao em separado que poderemos solt-la para aferir a presso arterial ou cateterizar uma veia.
Esta fixao no deve ser muito apertada ao nvel das cristas ilacas para no comprometer a circulao
das mos.
Aps a imobilizao os pulsos perifricos devero ser reavaliados e a sua ausncia implica em mais
uma tentativa de imobilizao. Se com esta nova tentativa ainda hover ausncia do pulso imperativo
que o transporte para o hospital seja o mais rpido possvel.
1.6 - IMOBILIZAO MANUAL EM LINHA RETA(NO VECULO,
SENTADO)
Por trs do paciente, coloque as mos sobre as orelhas do paciente sem mover a cabea, posicione os
polegares contra a regio posterior do crnio, posicione os dedos mnimos abaixo do ngulo das
mandbulas, espalhe os outros dedos no plano lateral da face e pressione todos os dedos objetivando
5
conter firmemente a cabea (fig 17). Se a cabea no estiver em posio neutra, vagarosamente mova-a
para a posio neutra, se no estiver contraindicado, como visto anteriormente (Fig.18).
Fig.17 Fig. 18
De lado
Posicione-se ao lado do paciente, com uma de suas mos segure a regio da nuca, posicionando o
polegar atrs de uma orelha do paciente e o os outros dedos atrs da outra orelha, sustentando desta
forma a regio occipital do paciente. A outra mo do socorrista dever ser posicionada contendo o
mento do paciente, com o polegar firmando sobre um maxilar do paciente e o indicador sobre o outro
maxilar (fig.19).
De frente
Posicione-se em frente ao paciente e suas mos, uma de cada lado do rosto, com os dedos unidos,
contendo as regies laterais do rosto em bloco, da altura das mandbulas para baixo, passando pela
poro inferior das orelhas e com as pontas dos dedos mais longos fixando as regies mastodeas
bilateralmente (fig.20).
Fig. 19 Fig.20
Esta mesma posio poder ser utilizada quando o paciente estiver em supino (de barriga para cima) e
o socorrista coloca-se de joelhos ao lado do trax do paciente.
2 - POSICIONAMENTO DO PACIENTE EM SUPINO NA PRANCHA LONGA
Sempre manter a cabea em linha neutra atravs da imobilizao manual e todas as manobras
comandadas pelo socorrista LIDER, normalmente o que est imobilizando a cabea (Fig.21).
Vrios mtodos de se colocar o paciente sobre a prancha longa so descritos, o mais utilizado o de
rolar lenha. Todos os mtodos devem ser exaustivamente treinados em manequins para que na situao
real no incorra em erros.
Rolar lenha : paciente em supino
O mtodo de rolar lenha em que se eleva um brao sobre a cabea ou permite movimento lateral das
pernas NO deve ser utilizado por promover movimento indesejado da coluna vertebral (rotacional).
O mtodo seguinte mantm os braos extendidos e rentes ao corpo do paciente e tambm mantm a
plvis e pernas em alinhamento neutro (fig.22):
6
Fig. 21 Fig.22
1. Enquanto a imobilizao em linha neutra mantida pelo socorrista na cabea do paciente, um colar cervical aplicado e a prancha longa posta ao lado do paciente e o mesmo preparado
para rolar lenha.
2. Um segundo socorrista ajoelha-se ao lado do trax do paciente e um terceiro socorrista ajoelha-se ao lado do segundo ao nvel dos joelhos do paciente. Os braos so posicionados colados ao
corpo do paciente e com as palmas voltadas para o paciente enquanto as pernas so trazidas
juntas para o alinhamento neutro pelo terceiro socorrista. Ficam nesta etapa os joelhos dos
socorristas apoiando a lateral do paciente e ento estes dois socorristas iro segurar a lateral
oposta do paciente, um segurando com uma mo o ombro e com a outra a mo a plvis do
paciente e a outra a coxa lateral superior e a perna lateral inferior ao joelho contralateral quele
fixado por suas pernas. O paciente fica desta forma comprimido pelos segundo e terceiro
socorristas (fig.23).
Fig.23
3. Ao comando do socorrista que est na cabea, todos de forma sincronizada (no 3; 1,2,3) promovero a rotao em bloco do paciente, permitindo que com a inclinao conseguida se
posicione a prancha longa sob o paciente(fig.24).
4. Ento o paciente rolado de volta sobre a prancha longa, tambm de forma sincronizada e em bloco, preservando o alinhamento em posio neutra da coluna vertebral. Todos os
reposicionamentos necessrios devero ser sincronizados e ao comando do socorrista lder
(Fig.25)
Fig.24 Fig.25
Rolar lenha : paciente em decbito ventral
Quando o paciente encontrado em posio de barriga para baixo, um mtodo similar ao da posio
em supino realizado, com algumas adaptaes.
7
1. O socorrista 1 apia a cabea e o socorrista 2 posiciona a prancha longa, enquanto os membros superiores e inferiores so alinhados. O colar cervical somente dever ser colocado quando o
paciente estiver em supino (fig.26).
2. O paciente rolado na direo oposta que o seu rosto est direcionado, enquanto o socorrista 1 mantm o alinhamento da cabea em posio neutra.Os socorristas 2 e 3 se posicionaro sobre
a prancha longa e primeiro o paciente ser rolado para uma posio lateral e a seguir para a
posio em supino conforme o mtodo descrito anteriormente, sempre mantendo-se o
alinhamento manual da cabea em posio neutra pelo socorrista 1 (fig.27).
Fig.26 Fig.27
Nota: Ao imobilizar uma criana na prancha longa devemos colocar coxins ao lado de seu corpo
diminuindo com isso a possibilidade de deslocamentos laterais de seu corpo.
3 - IMOBILIZAO DE PACIENTE QUE SE ENCONTRA SENTADO E COM
SUSPEITA DE COLUNA INSTVEL
Esta imobilizao pode ter duas modalidades:
- Mecnica (KED): Salvamento com vtima estvel do ponto de vista do A B C e na necessidade de grande movimento como nos casos de iamento de resgate (fig.28).
- Manual: Salvamento rpido para vtimas com necessidade de imediata intervenso do A B C, quando o local inseguro e perigoso ou a vtima bloqueia o acesso para outros pacientes
gravemente lesionados.
A imobilizao com o KED requer um tempo maior para a sua aplicao e a vtima no deve estar com
risco iminente de vida.
A - APLICAO DO KED
1. Uma vez a imobilizao manual em linha tenha sido iniciada e um colar cervical aplicado, o KED ser colocado entre as costas da vtima e o acento (fig.29).
Fig. 28 Fig.29
8
2. Solte as cintas das virilhas (normalmente pretas mais longas e dispostas na parte inferior do KED). Abra as cintas laterais e ponha-as ao redor do tronco, sob os braos do paciente.
3. Posicione corretamente as cintas do tronco, ajustando primeiro a inferior seguida da mdia e depois a superior, que no dever estar apertada (somente apoiando o tronco superior). (Fig.30)
Fig.30
4. Posicione as cintas das virilhas e ajuste-as de forma que no deixe folga. 5. Alcochoe atrs da cabea se necessrio (Fig.31). 6. Fixe as faixas da cabea, superiormente a da fronte e inferiormente na poro mentoniana do
colar cervical (no impedindo a abertura da boca) Fig 32.
Fig.31 Fig.32
Depois de seguida esta sequencia o socorrista que est segurando a cabea poder ento solt-la.
A seguir o paciente ser rodado de forma a ser deslizado sobre a prancha longa, colocada sobre o
assento do veculo e com as pernas elevadas. Quando o paciente estiver posicionado na prancha, as
pernas cuidadosamente sero abaixadas e o paciente, que j est imobilizado, fixado prancha
longa.Fig 33 e 34.(nesta hora os cintos da virulha sero abertos, para esticar os mmii).
Fig.33 Fig. 34
Se o paciente for obeso ou musculoso as cintas da virilha podero ser afrouxadas.
B - SALVAMENTO RPIDO - (Estricao rpida)
O salvamento rpido deve ser eleito somente quando o tempo for fator fundamental.
No caso de paciente instvel.
9
1. O socorrista 1 fica atrs do paciente e imobiliza manualmente a cabea, trazendo-a para linha neutra. Quando no for possvel ele se posicionar ao lado do paciente. O socorrista 2 coloca o
colar cervical e apoia o trax anterior. Juntos os dois socorristas trazem o paciente para a
posio sentada ereta. (Fig.35 E 36)
Fig.35 Fig.36
2. Enquanto o paciente avaliado, a prancha longa colocada prximo da porta do carro, juntamente com a maca pelo socorrista 3 que em seguida apia o tronco do paciente. Se a porta
do veculo estiver atrapalhando, esta poder ser forada para fora. (Fig.38)
3. Enquanto o socorrista 1 mantm a imobilizao da cabea e o 2 apia o trax, o 3 solta os ps dos pedais e posiciona as pernas para a rotao do paciente. Ao comando do socorrista 2 , ele e
o 3 iniciam a rotao do paciente de forma que as costas do paciente se direcione para a entrada
aberta do veculo e seus ps posicionados sobre o acento do passageiro. Isto normalmente toma
trs ou quatro movimentos sincronizados e curtos. O socorrista 1 segue os movimentos
mantendo a imobilizao em linha neutra. (Fig.37 E 38)
Fig. 37 Fig.38
4. A prancha longa agora inserida no acento do carro, sob as ndegas do paciente e o socorrista 2 e o que est na cabea abaixaro o paciente sobre a prancha. .
5. Uma vez o tronco do paciente sobre a prancha, o socorrista 2 o segura pelas axilas e o 3 pelas pernas, quando ento o paciente ser deslizado pela prancha. (Fig. 39 e 40 )
Fig 39 Fig.40
10
6. Ao comando do que mantm a cabea, o paciente ser deslizado para cima at que esteja todo sobre a prancha. Para isto o socorrista que est nas pernas dever se deslocar dentro do veculo
e todos os movimentos sero executados de forma sincronizada e nunca de uma s vez. Sempre
movendo o paciente como um bloco nico. (Fig. 41, 42 e 43)
Fig.41 Fig.42 Fig.43
Variaes nesta tcnica so admitidas, face as diferentes situaes e veculos, mas sempre
preservando a imobilizao da cabea e os movimentos em bloco. Alm de que os
reposicionamentos s vezes se fazem necessrios para a efetivao da manobra.
Esta tcnica deve ser exaustivamente treinada, em diversas posies do paciente e em veculos
diferentes.
4 - RETIRADA DO CAPACETE
Pacientes usando capacete de face inteira devem ter o mesmo removido logo no processo de
avaliao para permitir o acesso s vias areas e face. Isto tambm melhora a posio fletida da
cabea causada pelo capacete.
1. O primeiro socorrista ajoelha-se acima da cabea do paciente e com as palmas de sua mo posicionadas nas laterais do capacete e com seus dedos longos firma a mandbula, trazendo a
cabea para a linha neutra.
2. O segundo socorrista solta ou corta a correia e coloca uma de suas mos na regio infra-mentoniana, com o polegar firma o ngulo da mandbula do paciente e com os dedos longos
firma o outro ngulo da mandbula. Com a outra mo, firma a nuca e occipcio do paciente. Esta
manobra transfere a responsabilidade de imobilizao e alinhamento para o segundo socorrista.
(Fig. 44 e 45)
Fig.44 Fig.45
3. O socorrista 1 retira o capacete pelo topo da cabea. Trs fatores devem ser lembrados: O capacete tem forma oval e deve ser expandido lateralmente para liberar as orelhas, se houver
cacos-de-vidros estes devem ser retirados e se o capacete der cobertura facial completa o
mesmo ao ser retirado deve ser rodado para trs, para superar o obstculo oferecido pelo nariz.
4. Aps o capacete ser retirado, o socorrista 2 recoloca suas mos, uma de cada lado da cabea do
5. paciente, para refazer a imobilizao e liberar o socorrista 1 para que este possa proceder a colocao do colar cervical. (Fig. 46 e 47)
11
6.
Fig.46 Fig.47
7. A seguir todas as manobras para a imobilizao e pranchamento do paciente seguiro as tcnicas j discutidas anteriormente.
5 - TRANSPORTE EM GERAL
Todo transporte deve respeitar a legislao de trnsito. Nenhuma situao justifica colocar em risco
a equipe de socorro ou outras pessoas.
A sirene no abre caminho e sim pede passagem. No a alta velocidade do veculo de transporte quem salva o paciente e sim a agilidade e capacidade de atendimento da equipe socorrista.
O transporte deve ser realizado com segurana e o mximo de conforto que o caso permitir.
O nmero de transportados por veculo no pode desrrespeitar o conceito de segurana e todos os
ocupantes do veculo devero estar utilizando os cintos de segurana.
Pacientes com rebaixamento do nvel de conscincia devem ser transportados sob a vigilncia de
um socorrista, pelo risco de broncoaspirao.
O deslocamento do paciente em cadeira de rodas deve ser executado com cuidado e se possvel com
cinto atrelado, trazendo a cadeira para trs (r) e inclinada discretamente, para que no ocorra
queda do paciente para frente.
Verifique sempre que a maca travou, nas suas articulaes e no trilho da ambulncia.
Nos casos de empalamento (objeto penetrante ou transfixante no corpo da vtima), este somente
dever ser removido em ambiente hospitalar e para o transporte o objeto dever ser fixado por meio
de compressas e faixas para impedir a sua mobilizao.
Nota : O transporte de membro amputado deve seguir a sequncia :
1. Lavar o membro com SF0,9% . 2. Envolv-lo em saco plstico. 3. Somente ento colocar em local resfriado por glo.
Bibliografia : Prehospital Trauma Life Support
Dr. Marcelo Sanches
Diretor: Medicar
Revisado dezembro 2012 Dr. Csar Augusto Masella
SAMU RIBEIRO PRETO