40
1 Adensamento Adensamento Todos os materiais Todos os materiais sofrem deformações sofrem deformações quando estão sujeitos a quando estão sujeitos a esforços. esforços. A deformação na maioria A deformação na maioria dos solos, mesmo sob dos solos, mesmo sob pequenas cargas, é bem pequenas cargas, é bem maior que a dos maior que a dos materiais estruturais materiais estruturais (aço, concreto), (aço, concreto), podendo ser produzida podendo ser produzida imediatamente imediatamente ou ao ou ao longo do tempo longo do tempo . . O ensaio de adensamento O ensaio de adensamento é particularmente é particularmente importante para importante para argilas argilas e solos problemáticos e solos problemáticos Torre di Pisa, Itália

1 Adensamento Todos os materiais sofrem deformações quando estão sujeitos a esforços.Todos os materiais sofrem deformações quando estão sujeitos a esforços

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1

AdensamentoAdensamento

• Todos os materiais sofrem Todos os materiais sofrem deformações quando estão deformações quando estão sujeitos a esforços.sujeitos a esforços.

• A deformação na maioria dos A deformação na maioria dos solos, mesmo sob pequenas solos, mesmo sob pequenas cargas, é bem maior que a cargas, é bem maior que a dos materiais estruturais dos materiais estruturais (aço, concreto), podendo ser (aço, concreto), podendo ser produzida produzida imediatamenteimediatamente ou ou ao ao longo do tempolongo do tempo..

• O ensaio de adensamento é O ensaio de adensamento é particularmente importante particularmente importante para para argilasargilas e solos e solos problemáticos (problemáticos (colapsíveiscolapsíveis ou ou expansivosexpansivos)) Torre di Pisa, Itália

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AdensamentoAdensamento

• Recalques diferenciaisRecalques diferenciais• TrincasTrincas• Tombamento (estruturas Tombamento (estruturas

relativamente rígidas) relativamente rígidas)

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3

AdensamentoAdensamento

• No solo podem ocorrer deformações (ou variações) No solo podem ocorrer deformações (ou variações) volumétricas e de forma:volumétricas e de forma:– COMPRESSÃO (OU EXPANSÃO)COMPRESSÃO (OU EXPANSÃO): processo pelo qual uma : processo pelo qual uma

massa de solo, sob a ação de cargas, varia de volume massa de solo, sob a ação de cargas, varia de volume mantendo sua forma constante.mantendo sua forma constante.

– DISTORÇÃODISTORÇÃO: sob a ação de cargas, o solo troca de forma : sob a ação de cargas, o solo troca de forma mantendo seu volume constante.mantendo seu volume constante.

• O adensamento é o fenômeno pelo qual os O adensamento é o fenômeno pelo qual os recalquesrecalques ocorrem com expulsão da água dos vazios.ocorrem com expulsão da água dos vazios.– Para projetar uma construção, deve-se prever os recalques a Para projetar uma construção, deve-se prever os recalques a

que esta estará sujeita para definir o tipo de fundação e até que esta estará sujeita para definir o tipo de fundação e até mesmo o sistema estrutural a ser adotado.mesmo o sistema estrutural a ser adotado.

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4

AdensamentoAdensamento

• Para estimar a ordem de grandeza dos recalques por Para estimar a ordem de grandeza dos recalques por

adensamento, deve-se:adensamento, deve-se:

– realizar o realizar o reconhecimento do subsoloreconhecimento do subsolo (espessura, (espessura,

posição e natureza das camadas, localização dos posição e natureza das camadas, localização dos

níveis d’água);níveis d’água);

– conhecer a conhecer a distribuição de tensõesdistribuição de tensões produzidas; produzidas;

– determinar determinar propriedades e características de propriedades e características de

adensamentoadensamento dos tipos de solos existentes no dos tipos de solos existentes no

local local ENSAIO DE ADENSAMENTOENSAIO DE ADENSAMENTO..

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AdensamentoAdensamento

Analogia Mecânica de TerzaghiAnalogia Mecânica de Terzaghi

P

Água

P

ESQUELETO SÓLIDO = MOLAS

ÁGUA INTERSTICIAL = FLUIDO DAS CÂMARAS

CANALÍCULOS = ORIFÍCIOS DO PISTÃO

Cilindro

Pistão

Mola

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AdensamentoAdensamento

A. Ensaio de Adensamento UnidimensionalA. Ensaio de Adensamento Unidimensional• Ou ensaio de Ou ensaio de compressão oedométricacompressão oedométrica;;

– NBR-12007 ou MB-3336;NBR-12007 ou MB-3336;

• Consiste na compressão do solo contido dentro de Consiste na compressão do solo contido dentro de um molde que impede qualquer deformação lateral.um molde que impede qualquer deformação lateral.– Simula o comportamento do solo quando ele é comprimido Simula o comportamento do solo quando ele é comprimido

pela ação do peso de novas camadas de solo, construção pela ação do peso de novas camadas de solo, construção de aterros ou outras cargas externas.de aterros ou outras cargas externas.

• No ensaio deve-se utilizar amostra indeformada ou No ensaio deve-se utilizar amostra indeformada ou compactada, conservando os seguintes parâmetros:compactada, conservando os seguintes parâmetros:– o índice de vazios;o índice de vazios;– a umidade;a umidade;– a estrutura do solo.a estrutura do solo.

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AdensamentoAdensamento

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8

AdensamentoAdensamento

A. Ensaio de Adensamento UnidimensionalA. Ensaio de Adensamento Unidimensional (cont.) (cont.)

• A amostra é moldada dentro de um anel metálico ( 5 A amostra é moldada dentro de um anel metálico ( 5 a 12 cm de diâmetro) e confinada no topo e na base a 12 cm de diâmetro) e confinada no topo e na base por pedras porosas que permitem a saída de água. por pedras porosas que permitem a saída de água. – Cuidado com a amostra: evitar o amolgamento!!!!!!! Cuidado com a amostra: evitar o amolgamento!!!!!!!

• Sobre a pedra superior coloca-se uma placa rígida Sobre a pedra superior coloca-se uma placa rígida de aço pela qual aplica-se as cargas.de aço pela qual aplica-se as cargas.– O anel metálico impede as deformações laterais do corpo de O anel metálico impede as deformações laterais do corpo de

prova, permitindo que ocorra apenas o adensamento vertical.prova, permitindo que ocorra apenas o adensamento vertical.

• O carregamento é feito por etapas. Para cada carga O carregamento é feito por etapas. Para cada carga aplicada, registra-se a deformação em diversos aplicada, registra-se a deformação em diversos intervalos de tempo, até a sua estabilização.intervalos de tempo, até a sua estabilização.

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AdensamentoAdensamento

A. Ensaio de Adensamento UnidimensionalA. Ensaio de Adensamento Unidimensional (cont.) (cont.)

• O processo de adensamento consiste em:O processo de adensamento consiste em:

– aplicação da carga com conseqüente expulsão da água dos aplicação da carga com conseqüente expulsão da água dos

poros através das pedras porosas;poros através das pedras porosas;

– medida das deformações geradas através de um medida das deformações geradas através de um

extensômetro e da variação da altura ao longo do tempo;extensômetro e da variação da altura ao longo do tempo;

– aplicação de um novo acréscimo de carga (geralmente, o aplicação de um novo acréscimo de carga (geralmente, o

dobro da carga anterior), realização de novas leituras ao dobro da carga anterior), realização de novas leituras ao

longo do tempo e assim por diante.longo do tempo e assim por diante.

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AdensamentoAdensamento

B. Curva de compressãoB. Curva de compressão

• Em qualquer leitura tem-se:Em qualquer leitura tem-se:

1h

he

s

o

os e1

hh

e = índice de vazios

h = altura do corpo de prova

hs = “altura” de sólidos

ho = altura inicial do corpo de prova

eo = índice de vazios inicial

Como resultado do ensaio tem-se pares de valores Como resultado do ensaio tem-se pares de valores de carga aplicada versus índice de vazios de carga aplicada versus índice de vazios correspondente à deformação final de cada estágio.correspondente à deformação final de cada estágio.

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AdensamentoAdensamento

Tensão vertical (kPa)

(esc. log)

Índice de vazios 1

2

3

Curva de Compressão

1. trecho de recompressão

2. trecho virgem

3. descompressão

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AdensamentoAdensamento

B. Curva de compressãoB. Curva de compressão (cont.) (cont.)• Quando o corpo de prova é carregado podem Quando o corpo de prova é carregado podem

ocorrem três processos:ocorrem três processos:– (re)compressão inicial(re)compressão inicial: pequena deformação : pequena deformação

inicial que tem caráter elástico;inicial que tem caráter elástico;– adensamento primárioadensamento primário: variação de volume mais : variação de volume mais

pronunciada causada por deformações elástica e pronunciada causada por deformações elástica e plásticas (i.e., irrecuperáveis);plásticas (i.e., irrecuperáveis);

– adensamento secundárioadensamento secundário: para valores elevados : para valores elevados no adensamento primário observa-se a no adensamento primário observa-se a ocorrência de uma deformação residual lenta com ocorrência de uma deformação residual lenta com expulsão de água dos vazios com gradientes bem expulsão de água dos vazios com gradientes bem mais baixos.mais baixos.

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AdensamentoAdensamento

C. Curva de adensamentoC. Curva de adensamento• A curva de adensamento representa a A curva de adensamento representa a consolidação do solo consolidação do solo

com o passar do tempocom o passar do tempo• Uma curva de adensamento é obtida para Uma curva de adensamento é obtida para cada estágiocada estágio de de

carregamento do ensaio de adensamentocarregamento do ensaio de adensamento• O formato da curva de adensamento pode ser ajustado pela O formato da curva de adensamento pode ser ajustado pela

Teoria de Adensamento de TerzaghiTeoria de Adensamento de Terzaghi• A partir da curva de adensamento se obtêm o A partir da curva de adensamento se obtêm o coeficiente de coeficiente de

adensamentoadensamento, a partir do qual pode-se calcular a , a partir do qual pode-se calcular a velocidadevelocidade com que os recalques ocorremcom que os recalques ocorrem

• Não confundir curva de compressão com curva de Não confundir curva de compressão com curva de adensamentoadensamento– Curva de compressão: magnitude dos recalquesCurva de compressão: magnitude dos recalques– Curva de adensamento: velocidade dos recalquesCurva de adensamento: velocidade dos recalques

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AdensamentoAdensamento

Tempo (esc. log)

Índice de vazios1

2

Curva de Adensamento

1. Adensamento primário

2. Adensamento secundário

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AdensamentoAdensamento

C. Curva de adensamentoC. Curva de adensamento• Observa-se que o início da curva de adensamento Observa-se que o início da curva de adensamento

obtida em laboratório não coincide exatamente com obtida em laboratório não coincide exatamente com a curva teórica;a curva teórica;– Deve-se fazer um ajuste da curva de laboratório para obter Deve-se fazer um ajuste da curva de laboratório para obter

o 0% de recalque por adensamento primário;o 0% de recalque por adensamento primário;

• Da mesma forma, é necessário determinar quando Da mesma forma, é necessário determinar quando ocorre o 100% do adensamento primário, sendo que ocorre o 100% do adensamento primário, sendo que deste ponto em diante tem-se o deste ponto em diante tem-se o adensamento adensamento secundáriosecundário;;

• Os métodos normalmente utilizados para realizar Os métodos normalmente utilizados para realizar esta correção são propostos por esta correção são propostos por CasagrandeCasagrande e por e por TaylorTaylor..

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AdensamentoAdensamento

C. Curva de adensamentoC. Curva de adensamento (cont.) (cont.)

MÉTODO DE CASAGRANDEMÉTODO DE CASAGRANDE

• Baseia-se no formato da Baseia-se no formato da curva U x Tcurva U x T;;

• Os dados do ensaio são colocados em função do Os dados do ensaio são colocados em função do

logaritmo do tempo, logaritmo do tempo, realçandorealçando o trecho de o trecho de

adensamento inicial;adensamento inicial;

• Por procedimentos gráficos deve-se determinar o Por procedimentos gráficos deve-se determinar o

0% e o 100% de adensamento;0% e o 100% de adensamento;

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AdensamentoAdensamento

C. Curva de AdensamentoC. Curva de Adensamento (cont.) (cont.)

MÉTODO DE CASAGRANDE (cont.)MÉTODO DE CASAGRANDE (cont.)• Determinação do 0% de adensamento:Determinação do 0% de adensamento:

tempo (log)

Alt

ura

do

co

rpo

de

pro

va

tt/4

reta 1

reta 2B

A

H0

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AdensamentoAdensamento

C. Curva de AdensamentoC. Curva de Adensamento (cont.) (cont.)

MÉTODO DE CASAGRANDE (cont.)MÉTODO DE CASAGRANDE (cont.)• Determinação do 0% de adensamento (cont.):Determinação do 0% de adensamento (cont.):

1.1. Escolher um tempo t qualquer que corresponda a menos Escolher um tempo t qualquer que corresponda a menos

que 50% de recalque e traçar uma horizontal passando que 50% de recalque e traçar uma horizontal passando

pela curva neste t (reta 1);pela curva neste t (reta 1);

2.2. Dividir este t por 4 e marcar o ponto na curva (ponto A);Dividir este t por 4 e marcar o ponto na curva (ponto A);

3.3. A distância vertical entre a reta 1 e o ponto A é rebatida A distância vertical entre a reta 1 e o ponto A é rebatida

para cima, determinando-se o ponto B;para cima, determinando-se o ponto B;

4.4. Pelo ponto B traça-se uma horizontal (reta 2) até Pelo ponto B traça-se uma horizontal (reta 2) até

encontrar o eixo vertical. Este é o valor de recalque encontrar o eixo vertical. Este é o valor de recalque

correspondente a 0% de adensamento.correspondente a 0% de adensamento.

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AdensamentoAdensamento

C. Curva de AdensamentoC. Curva de Adensamento (cont.) (cont.)

MÉTODO DE CASAGRANDE (cont.)MÉTODO DE CASAGRANDE (cont.)

• Determinação do 100% de adensamento:Determinação do 100% de adensamento:

tempo (log)

Alt

ura

do

co

rpo

de

pro

va

reta 1

reta 2100%

A

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AdensamentoAdensamento

C. Curva de AdensamentoC. Curva de Adensamento (cont.) (cont.)

MÉTODO DE CASAGRANDE (cont.)MÉTODO DE CASAGRANDE (cont.)• Determinação do 100% de adensamento:Determinação do 100% de adensamento:

1.1. Prolonga o trecho reto (reta 1);Prolonga o trecho reto (reta 1);

2.2. Traça uma tangente passando pela parte final Traça uma tangente passando pela parte final da curva de adensamento (reta 2);da curva de adensamento (reta 2);

3.3. A interseção das duas retas origina o ponto A A interseção das duas retas origina o ponto A cujo valor no eixo y refere-se ao recalque a cujo valor no eixo y refere-se ao recalque a 100% de adensamento.100% de adensamento.

A metade da distância entre 0 e 100%

de adensamento fornece o H50 e o t50. 50

250 )5,0(197,0

t

Hcv

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AdensamentoAdensamento

C. Curva de AdensamentoC. Curva de Adensamento (cont.) (cont.)

MÉTODO DE TAYLORMÉTODO DE TAYLOR

• Relaciona U x Relaciona U x T;T;

• O trecho inicial se aproxima de uma reta ao invés de O trecho inicial se aproxima de uma reta ao invés de

uma parábola;uma parábola;

• Por procedimentos gráficos deve-se determinar o Por procedimentos gráficos deve-se determinar o

0% e o 90% de adensamento;0% e o 90% de adensamento;

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AdensamentoAdensamento

C. Curva de Adensamento C. Curva de Adensamento (cont.)(cont.)

MÉTODO DE TAYLOR (cont.)MÉTODO DE TAYLOR (cont.)

• Determinação de 0 e 90% de adensamento (cont.):Determinação de 0 e 90% de adensamento (cont.):raiz t

Alt

ura

do

co

rpo

de

pro

va

reta 1

0%

0.15 dA

90%

d

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AdensamentoAdensamento

C. Curva de AdensamentoC. Curva de Adensamento (cont.) (cont.)

MÉTODO DE TAYLOR (cont.)MÉTODO DE TAYLOR (cont.)• Determinação do 0% de adensamento (cont.):Determinação do 0% de adensamento (cont.):

1.1. Prolonga o trecho reto da curva Prolonga o trecho reto da curva t x altura até interceptar o t x altura até interceptar o eixo y. Este ponto corresponde a 0% de adensamento.eixo y. Este ponto corresponde a 0% de adensamento.

• Determinação do 90% de adensamento (cont.):Determinação do 90% de adensamento (cont.):

1.1. Em qualquer parte do trecho reto traça uma horizontal a Em qualquer parte do trecho reto traça uma horizontal a partir do eixo vertical (reta 1);partir do eixo vertical (reta 1);

2.2. Mede a reta 1 e aumenta o seu comprimento em 15%, Mede a reta 1 e aumenta o seu comprimento em 15%, marcando no final dessa nova reta o ponto A;marcando no final dessa nova reta o ponto A;

3.3. Unir o ponto de 0% de adensamento com o ponto A (reta 2);Unir o ponto de 0% de adensamento com o ponto A (reta 2);

4.4. O ponto em que a reta 2 intercepta a curva de adensamento O ponto em que a reta 2 intercepta a curva de adensamento corresponde ao recalque de 90%.corresponde ao recalque de 90%.

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AdensamentoAdensamento

C. Curva de AdensamentoC. Curva de Adensamento (cont.) (cont.)

MÉTODO DE TAYLOR (cont.)MÉTODO DE TAYLOR (cont.)

Para determinar H50 calcula-se 5/9 da distância

entre 0% e 90% de adensamento e diminui a

altura inicial desse valor.

90

250 )5,0(848,0

t

Hcv

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AdensamentoAdensamento

D. Tensão de Pré-AdensamentoD. Tensão de Pré-Adensamento

• A tensão de pré-adensamento corresponde ao A tensão de pré-adensamento corresponde ao

estado de maior solicitação que o solo já esteve estado de maior solicitação que o solo já esteve

submetido ao longo de sua história.submetido ao longo de sua história.

• Pode ser determinada através de dois métodos Pode ser determinada através de dois métodos

gráficos:gráficos:

– Método de Casagrande;Método de Casagrande;

– Método de Pacheco e Silva. Método de Pacheco e Silva.

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AdensamentoAdensamento

D. Tensão de Pré-AdensamentoD. Tensão de Pré-Adensamento (cont.) (cont.)

– Método de Casagrande:Método de Casagrande:

’pa

e

reta 1 (horizontal)

reta 3 (bissetriz)

reta 2 (tangente ao ponto de menor raio de curvatura)

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AdensamentoAdensamento

D. Tensão de Pré-AdensamentoD. Tensão de Pré-Adensamento (cont.) (cont.)

– Método de Casagrande (cont.):Método de Casagrande (cont.):

• Toma-se o ponto de menor raio de curvatura;Toma-se o ponto de menor raio de curvatura;

• Por ele traça-se uma horizontal (Por ele traça-se uma horizontal (reta 1reta 1););

• Traça-se uma tangente à curva no mesmo ponto (Traça-se uma tangente à curva no mesmo ponto (reta 2reta 2););

• Traça-se a bissetriz do ângulo formado entre as retas 1 e Traça-se a bissetriz do ângulo formado entre as retas 1 e

2 (2 (reta 3reta 3););

• A interseção da bissetriz (reta 3) com o prolongamento A interseção da bissetriz (reta 3) com o prolongamento

do trecho virgem corresponde à tensão de pré-do trecho virgem corresponde à tensão de pré-

adensamento (adensamento (’’papa).).

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AdensamentoAdensamento

D. Tensão de Pré-AdensamentoD. Tensão de Pré-Adensamento (cont.) (cont.)

– Método de Pacheco e Silva:Método de Pacheco e Silva:

’pa

ereta 1

reta 2

1

23

e0

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AdensamentoAdensamento

D. Tensão de Pré-AdensamentoD. Tensão de Pré-Adensamento (cont.) (cont.)

– Método de Pacheco e Silva (cont.):Método de Pacheco e Silva (cont.):

• Traça-se a horizontal correspondente ao eTraça-se a horizontal correspondente ao eoo ( (reta 1reta 1););

• Prolonga-se a reta virgem (Prolonga-se a reta virgem (reta 2reta 2) até a ) até a reta 1reta 1 (ponto 1); (ponto 1);

• Traça-se uma vertical passando por este ponto até Traça-se uma vertical passando por este ponto até

encontrar a curva de compressibilidade (ponto 2);encontrar a curva de compressibilidade (ponto 2);

• Traça-se uma horizontal até encontrar o prolongamento Traça-se uma horizontal até encontrar o prolongamento

do trecho virgem (ponto 3). Este é o ponto do trecho virgem (ponto 3). Este é o ponto

correspondente à correspondente à ’’papa..

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30

AdensamentoAdensamento

D. Tensão de Pré-AdensamentoD. Tensão de Pré-Adensamento (cont.) (cont.)

• Pode-se comparar o valor de Pode-se comparar o valor de ’’papa com a tensão com a tensão

vertical atuante na camada e verificar se o solo já vertical atuante na camada e verificar se o solo já

suportou uma sobrecarga maior ao longo da sua suportou uma sobrecarga maior ao longo da sua

história de tensões:história de tensões:

– ’ ’ = = ’’papa: argila normalmente adensada;: argila normalmente adensada;

– ’ ’ < < ’’papa: argila pré-adensada;: argila pré-adensada;

– ’ ’ > > ’’papa: argila sub-adensada.: argila sub-adensada.

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31

AdensamentoAdensamento

E. Efeito do amolgamento do soloE. Efeito do amolgamento do solo

– A perturbação da amostra interfere na estrutura A perturbação da amostra interfere na estrutura do solo e o torna mais deformável;do solo e o torna mais deformável;

– Como conseqüência, obtém-se uma curva de Como conseqüência, obtém-se uma curva de ensaio um pouco diferente da do solo presente ensaio um pouco diferente da do solo presente no campo;no campo;

– Solução: Solução: correção de Schmertmanncorreção de Schmertmann;;– Tem-se três formas de correção que dependem Tem-se três formas de correção que dependem

diretamente do tipo de solo (normalmente diretamente do tipo de solo (normalmente adensado, pré-adensado ou sub-adensado). adensado, pré-adensado ou sub-adensado).

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32

AdensamentoAdensamento

E. Efeito do amolgamento do soloE. Efeito do amolgamento do solo (cont.) (cont.)

CORREÇÃO DE SCHMERTMANN (cont.)CORREÇÃO DE SCHMERTMANN (cont.)

1) Solos Normalmente Adensados

opa '' '(log)

e

eo

'pa

0,42eo

reta 1A

B

reta 2

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33

AdensamentoAdensamento

E. Efeito do amolgamento do soloE. Efeito do amolgamento do solo (cont.) (cont.)

CORREÇÃO DE SCHMERTMANN (cont.)CORREÇÃO DE SCHMERTMANN (cont.)

1) Solos Normalmente Adensados (cont.)• Traça uma horizontal passando pelo índice de vazios Traça uma horizontal passando pelo índice de vazios

inicial einicial eoo da amostra (reta 1); da amostra (reta 1);

• Marca na reta 1 o valor correspondente a Marca na reta 1 o valor correspondente a ’’papa (ponto A); (ponto A);

• Marca na curva de compressibilidade o valor Marca na curva de compressibilidade o valor correspondente a 0,42ecorrespondente a 0,42eoo (ponto B); (ponto B);

• Liga o ponto A ao ponto B (reta 2);Liga o ponto A ao ponto B (reta 2);

• As retas 1 e 2 correspondem à curva de As retas 1 e 2 correspondem à curva de compressibilidade de campo. compressibilidade de campo.

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34

AdensamentoAdensamento

E. Efeito do amolgamento do soloE. Efeito do amolgamento do solo (cont.) (cont.)

CORREÇÃO DE SCHMERTMANN (cont.)CORREÇÃO DE SCHMERTMANN (cont.)

2) Solos Pré-Adensados opa '' '(log)

e

0,42eo

'o

reta 2Aeo

B

'pa

reta 3

reta 1

C

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35

AdensamentoAdensamento

E. Efeito do amolgamento do soloE. Efeito do amolgamento do solo (cont.) (cont.)

CORREÇÃO DE SCHMERTMANN (cont.)CORREÇÃO DE SCHMERTMANN (cont.)

2) Solos Pré-Adensados (cont.)• Traça uma horizontal pelo índice de vazios inicial eTraça uma horizontal pelo índice de vazios inicial eoo (reta 1); (reta 1);• Marca o valor de Marca o valor de ’’oo (tensão in-situ) na reta 1 (ponto A); (tensão in-situ) na reta 1 (ponto A);• Pelo ponto A traça uma paralela à reta de re-compressão Pelo ponto A traça uma paralela à reta de re-compressão

obtida (reta 2);obtida (reta 2);• Na reta 2 marca o valor de Na reta 2 marca o valor de ’’papa (ponto B); (ponto B);• Marca na curva de compressibilidade o valor correspondente Marca na curva de compressibilidade o valor correspondente

a 0,42ea 0,42eoo (ponto C); (ponto C);• Une os pontos B e C (reta 3);Une os pontos B e C (reta 3);• A curva de campo corresponde à união das retas 1, 2 e 3.A curva de campo corresponde à união das retas 1, 2 e 3.

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AdensamentoAdensamento

E. Efeito do amolgamento do soloE. Efeito do amolgamento do solo (cont.) (cont.)

CORREÇÃO DE SCHMERTMANN (cont.)CORREÇÃO DE SCHMERTMANN (cont.)

3) Solos Sub-Adensados'(log)

e

eo

'pa

0,42eo

reta 1A

B

reta 2

'o

opa ''

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AdensamentoAdensamento

E. Efeito do amolgamento do soloE. Efeito do amolgamento do solo (cont.) (cont.)

CORREÇÃO DE SCHMERTMANN (cont.)CORREÇÃO DE SCHMERTMANN (cont.)

3) Solos Sub-Adensados (cont.)• Traça uma horizontal pelo índice de vazios inicial eTraça uma horizontal pelo índice de vazios inicial eoo (reta 1); (reta 1);

• Na reta 1 marca o valor de Na reta 1 marca o valor de ’’papa (ponto A); (ponto A);

• Marca na curva de compressibilidade o valor Marca na curva de compressibilidade o valor correspondente a 0,42ecorrespondente a 0,42eoo (ponto B); (ponto B);

• Liga o ponto A ao ponto B (reta 2);Liga o ponto A ao ponto B (reta 2);

• As retas 1 e 2 correspondem à curva de compressibilidade As retas 1 e 2 correspondem à curva de compressibilidade de campo.de campo.

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AdensamentoAdensamento

E. Ensaio Duplo-OedométricoE. Ensaio Duplo-Oedométrico

e

Solo natural (ensaio seco)

Solo saturado (ensaio inundado)

– Avaliar potencial de Avaliar potencial de colapso do solocolapso do solo

– Realiza-se um ensaio Realiza-se um ensaio inundado (convencional) inundado (convencional) e um ensaio sem e um ensaio sem inundaçãoinundação

– Solos colapsíveis Solos colapsíveis apresentarão uma apresentarão uma considerável redução de considerável redução de índice de vazios devido à índice de vazios devido à inundação inundação

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AdensamentoAdensamento

E. Ensaio Duplo-OedométricoE. Ensaio Duplo-Oedométrico (cont.) (cont.)

– Considerações práticasConsiderações práticas– O ensaio é idêntico ao ensaio convencional, apenas se O ensaio é idêntico ao ensaio convencional, apenas se

repetindo o mesmo ensaio sem inundarrepetindo o mesmo ensaio sem inundar– Importância do fluido percolante (ligações e pontes de Importância do fluido percolante (ligações e pontes de

argila podem apresentar sensibilidade variável)argila podem apresentar sensibilidade variável)– O potencial de colapso varia com o estado de tensão O potencial de colapso varia com o estado de tensão

– Para baixas tensões o colapso pode ser baixoPara baixas tensões o colapso pode ser baixo– Para maiores tensões o potencial de colapso crescePara maiores tensões o potencial de colapso cresce– Para tensões muito elevadas não se observa Para tensões muito elevadas não se observa

colapso por inundaçãocolapso por inundação– Utilizar tensões de ensaio correspondentes ao que será Utilizar tensões de ensaio correspondentes ao que será

observado na obraobservado na obra

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AdensamentoAdensamento

E. Ensaio Duplo-OedométricoE. Ensaio Duplo-Oedométrico (cont.) (cont.)

– Avaliação do potencial de colapso (Jennings & Knight 1960)Avaliação do potencial de colapso (Jennings & Knight 1960)

– Potencial de colapso sendo calculado como Potencial de colapso sendo calculado como e/(1+ee/(1+e00))

Potencial de Colapso (%) Severidade do problema

até 1 Nula

1 a 5 Moderada

5 a 10 Média

10 a 20 Severa

acima de 20 Muito severa