1. ATRASO NA ENTREGA DE IMÓVEL | PRESUNÇÃO DE PREJUÍZOS DO COMPRADORA Segunda Seção do Superior Tribunal de Justiça reconheceu que os prejuízos do comprador de imóvel decorrentes do atraso na entrega são presumidos, sendo devida a indenização correlata.

2. RECUPERAÇÃO JUDICIAL | SUJEIÇÃO DO CRÉDITO DECORRENTE DE FATO ANTERIOR AO PEDIDO DE RECUPERAÇÃOA Terceira Turma do Superior Tribunal de Justiça decidiu, por unanimidade, que o crédito derivado de fato ocorrido antes do requerimento de recuperação judicial deve estar sujeito ao plano de recuperação judicial da sociedade devedora, ainda que a sentença condenatória seja posterior ao pedido de recuperação.

3. CESSÃO DE CRÉDITO | DISPENSA DE NOTIFICAÇÃO AO DEVEDORSuperior Tribunal de Justiça reconhece a desnecessidade de notificação ao devedor em caso de cessão de crédito.

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Nº 06/2018 – 11 de julho de 2018

A Segunda Seção do Superior Tribunal de Justiça reconheceu que os promitentes compradores de imóveis têm direito à indenização por lucros cessantes nos casos de atraso na entrega da unidade imobiliária, no julgamento por unanimidade dos Embargos de Divergência nº 1.341.138/SP.

Os embargos de divergência foram opostos contra acórdão da Terceira Turma do STJ, sob o fundamento de que havia divergência de entendimento daquela decisão com julgados proferidos anteriormente. Os embargantes alegaram que, no caso de atraso na entrega do bem imóvel por culpa do promitente vendedor, o prejuízo deve ser presumido, ensejando o pagamento de lucros cessantes.

A Segunda Seção acolheu os embargos de divergência e pacificou, então, o entendimento de que há presunção relativa do prejuízo do promitente comprador e que, portanto, não depende de prova de que o imóvel seria destinado à obtenção de renda, sendo cabível a condenação da vendedora por lucros cessantes ainda que não demonstrada a finalidade da compra do bem imóvel.

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ATRASO NA ENTREGA DE IMÓVEL PRESUNÇÃO DE PREJUÍZOS DO COMPRADOR

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A Terceira Turma do Superior Tribunal de Justiça decidiu, por unanimidade, que o crédito decorrente de sentença condenatória transitada em julgado após o pedido de recuperação judicial do devedor deve sujeitar-se ao plano de recuperação, se tal crédito derivar de fato ocorrido antes do pedido de recuperação judicial.

Segundo a Min. Nancy Andrighi, relatora do Recurso Especial 1.727.771/RS, interposto em Ação de Compensação por Danos Morais, o crédito não depende de decisão judicial o quantificando e o qualificando para que tenha sua existência reconhecida, uma vez que “a constituição de um crédito pressupõe a existência de um vínculo jurídico entre as partes e não se encontra condicionada a uma decisão judicial que simplesmente o declare”.

De acordo com esse entendimento, a pessoa prejudicada por um ato ilícito assume a posição de credor concomitantemente à realização do ato ilícito.

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RECUPERAÇÃO JUDICIAL SUJEIÇÃO DO CRÉDITO DECORRENTE DE FATO ANTERIOR AO PEDIDO DE RECUPERAÇÃO

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O Superior Tribunal de Justiça reconheceu ser desnecessário notificar o devedor nos casos de cessão de crédito. De acordo com a decisão monocrática proferida pelo Min. Moura Ribeiro, a ausência da notificação não impede o cessionário de cobrar a dívida ou de promover os atos necessários à conservação dos direitos cedidos.

A decisão foi proferida em Recurso Especial nº 1604.899/SP, interposto em ação ajuizada pelo Ministério Público de São Paulo contra um fundo de investimentos especializado em compra de dívidas. O MP pretendia a declaração de ineficácia das cessões de crédito realizadas sem notificação do devedor, o que havia sido acolhido pelo Tribunal de Justiça de São Paulo.

O STJ, por sua vez, entendeu que a cessão de crédito é negócio bilateral, interessando apenas ao credor cedente e ao cessionário adquirente do crédito. Confirmou, então, a validade da cobrança de dívida pela cessionária, mesmo sem a prévia notificação do devedor, e declarou como válido o contrato de cessão.

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CESSÃO DE CRÉDITO DISPENSA DA NOTIFICAÇÃO AO DEVEDOR3

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