1 Aula i - Introdução Ao Direito Do Trabalho

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    UNIVERSIDADE VEIGA DE ALMEIDADIREITO DO TRABALHO I- prof. Benizete Ramos de MedeirosAULA I(resumo) - INTRODUO AO DIREITO DO TRABALHO

    ESTE RESUMO NO EXCLUI O ESTUDO NS OBRAS INDICADAS

    A justia no se enfraquece quando o poder lhe desatende. O poder

    que se suicida quando no se curva justia(Rui Barbosa).

    TSTS. 51; Aplicao analgica- Ex: s. 346; 229

    IANTECEDENTES HISTRICOS1. Fase pr-industrial:a)Escravidono h que se falar em direito do trabalho no perodo daescravido, j que o escravo era tratado como objeto, conquistas de

    batalhas. Ou seja, nesta poca no havia trabalho livre.b) Servidoentre os Sec. X e XIII. O senhor feudal dava a proteo parao servo em troca do seu trabalho. A produo era toda entregue ao senhor

    feudal. Os servos eram tratados como pessoas, tanto que poderiam se casare constituir famlia, entretanto, como o trabalho continuavano sendo livre, no possvel falar na existncia do direito do trabalho.c) Corporaes de ofcios havia trs classes: mestres, companheiros eaprendizes. Correspondia organizao dos produtores para centralizar a

    produo e dominar o mercado. Os mestres eram os donos das oficinas, oscompanheiros possuam maior experincia, ocupando a classeintermediria, e os aprendizes, crianas e adolescentes, que eram ostrabalhadores explorados. Nessa poca ainda no possvel falar em direitodo trabalho, embora o trabalhador fosse reconhecido como pessoa, titularde direitos bsicos.Obs. A servido e corporaes de ofcio correspondem s formasintermedirias de explorao do trabalho. No havia Direito do Trabalho

    propriamente dito, mas os trabalhadores eram pessoas livres.2. Segunda Fase industrial - Revoluo industrial produo Francesa.

    Nessa poca foi construda a mquina a vapor, e junto com ela a produoem massa.. Nesseperodo prevaleceu o ideal de liberdade, ou seja, daautonomia da vontade. O Estado deixa de intervir da autonomia da vontade,

    permitindo a ampla e livre contratao entre as partes, o que determinou, a

    precarizao do trabalho, em razo da explorao dos trabalhadores,principalmente mulheres e crianas, com jornadas excessivas, subcondies de trabalhos e a ocorrncia de diversos acidentes do trabalho.Disso, surge a necessidade de um ramo especfico, em que o Estado passaa intervir fortemente nesta relao jurdica, limitando a autonomia davontade. Ai o prenncio da legislao trabalhistas3. Terceira fase - Constitucionalismo social. Nessa terceira fase, h ointervencionismo estatal, ou dirigismo contratual, como sinnimos delimitao da autonomia da vontade, limitao da possibilidade de contratar.

    Surgiu, aqui, o direito protetivo ao hipossuficiente,j que a liberdade nofoi capaz de aplacar a explorao. Nessa fase, o Direito do Trabalho passou

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    a ser to importante que alguns Estados inseriram os direitos trabalhistas esociais no prprio texto constitucional. Quatro datas so importantes :a- 1917Constituio Mexicana;

    b- 1919Constituio de Weimar, na Alemanha, data em que tambm foifirmado o Tratado de Versalhes, que criou a OIT;c- 1927Carta Del Lavoro, na Itlia para a doutrina majoritria, a CartaDel Lavoro influenciou o sistema jurdico de vrios pases, inclusive o

    brasileiro. H contudo, posicionamento em sentido contrrio;d- 1948Declarao Universal dos Direitos do Homemcriao da ONU,trazendo vrios dispositivos ligados ao direito do trabalho.II-EVOLUO NO BRASILa- 1824nesta poca ainda existia escravido, no havendo, assim, que sefalar em Direito do Trabalho. O mesmo texto constitucional extinguiu ascorporaes de ofcio no Brasil, e fazia previso genrica acerca daliberdade do trabalho, mas no tratou especficamente dos direitos sociais.b- 1891*tratava de forma genrica o direito de liberdade de associao ede liberdade de profisso.*Entre 1891 e 1934 houve forte influncia dos imigrantes, que vieramtrabalhar no Brasil, determinando a ocorrncia de um movimento operrio,influenciando o surgimento de direitos sociais.c- 1934*- foi a 1 Constituio a tratar especificamente de direitos sociais.O art. 120 (salrio mnimo, proibio de tratamento diferenciado entre ossexos, proibiu qualquer forma de trabalho para menores de 14 anos, e otrabalho noturno para os menores de 16 anos, e foi a nica que previu a

    pluralidade sindical, contudo sem regulamentao.

    d- 1937**sofreu forte intervencionismo estatal, inclusive nos sindicatos.Houve previso da uniciadade sindical , mas a proibio do direito degreve. Alguns direitos como remunerao; trabalho noturno comremunerao superior ao diurno; sucesso trabalhista.** Entre 1937 e 1946 surge Justia do Trabalho, em 1939, ainda comorgo ligado ao Poder Executivo e tambm o surgimento da Consolidaodas Leis do Trabalho, em 1943.1.05.1943 (Dec. L. 5.452)Consolidao das |Leis do Trabalho CLT. uma lei geral. No dizer de Volia Bomfim 1 A sistematizao econsolidao das leis num nico texto (CLT integrou os trabalhadores no

    crculo de direitos mnimos e fundamentais para uma sobrevivncia

    digna[...] Foram compiladas normas de proteo individual do

    trabalhador com pequenas adaptaes e ajustes legislativos copiados ou

    inspirados na Encclica Rerum novarium e convenes da OIT; decretos

    legislativos publicados entre 1930 e 1934; leis publicadas entre 1933 a1937 e decretos-leis dd 1937 a 1942. Alm das normas existentes,compiladas e atualizadas, outras foram criadas.Mauricio Godinho2, defende que a CLT tem natureza de cdigo.

    Crtica: a CLT precisa, urgentemente, ser atualizada, tarefa que atualmente

    1BOMFIM Volia. Direito do Trabalho. 5. Ed. RJ. Ed. Impetus. Pg. 202GODINHO. Mauricio. Curso de Direito do Trabalho. 10. Ed. SP. Ltr.

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    tem sido cumprida pelo TST, atravs de smulas e orientaesjurisprudenciais, em manifesta atividade legislativaParticiparam da elaborao da CLT Arnaldo Sussekind, DorvalLacerda; Segadas Vianna, Rego Monteiro e Oscar Saraiva.e- 1946** A Justia do Trabalho passou a ser parte integrante do Poder

    Judicirio. (com previso de participao nos lucros e resultados; vedou

    qualquer distino no tocante a salrios em razo de sexo; proibiu otrabalho noturno para menores de 18 anos).f- 1967 e EC n 1 de 1969 repetiu os mesmos direitos trabalhistas dasConstituies anteriores, alm de outros especficos: FGTS opcional,criado em 1966; previso do salrio famlia; reduziu a idade para o inciodo trabalho, a partir dos 12 anos de idade; a greve no servio pblico foi

    proibida.g- 1988Grande marco dos direitos sociais (art. 6 a art. 11), comstatusde direito fundamental. (art.s 7., 8., 9. 10. )III- TEORIAS ATUAIS

    Teorias atuais -Flexibilizar= Normas mnimas de segurana empregado Xsobrevivncia das empresas X Desregulamentar (retirada do Estado nasrelaes capital e trabalho) diferente de flexibilizar (reduzir direitos)Novos direitos domsticosLei 11.324/06; estagirios;

    precarizaao; terceirizao; globalizao, avano tecnolgico; trabalho distncia.

    IV - CONCEITO DE DIREITO D. TRABALHO

    a) Para Amauri Mascaro Nascimento 3 O direito do trabalho umdireito especial, produto de uma sociedade desigual, tendente afavorecer os excludos do processo econmico e desprovidos dasvantagens que a sociedade de consumo oferece, vivificado porprincpio, muitos dos quais foram incorporados s declaraes dedireitos, como a Declarao Universal dos Direitos do HomemVolia Bomfim, 4 aponta trs teorias para explicar o conceito de DT-subjetiva, objetiva e mista (holstica), sendo a corrente majoritria, a qualse filia Concordamos, portanto com a viso holtisca da corrente mstica. O

    conceito de Direito do Trabalho um sistema jurdico permeado por institutos,valores, regras e princpios dirigidos aos trabalhadores subordinados eassemelhados, aos empregadores, empresas coligadas, tomadores de servios, paratutela do contrato mnimo de trabalho, das obrigaes decorrentes das relaes detrabalho, das medidas que visam a proteo da sociedade trabalhadora, semprenorteadas pelos princpios constitucionais, principalmente o da dignidade dapessoa humana. Tambm recheado de normas destinadas aos sindicados eassociaes representativas; atenuao e forma de soluo dos conflitosindividuais, coletivos e difusos, existentes entre capital e trabalho; estabilizaoda economia social e melhoria da condio social de todos os relacionais

    3NASCIMENTO. Amauri Mascaro. Curso de Direito do Trabalho. 1999. 24 ed. RJ. Saraiva.4BOMFIM. Op cit. p 4

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    Ramo da cincia do Direito que tem por objeto as normas, asinstituies jurdicas e os princpios que disciplinam as relaes do trabalhosubordinado, determinam seus sujeitos e as organizaes destinadas

    proteo desse trabalho em sua estrutura e atividade. a parte do ordenamento jurdico que rege as relaes do trabalhosubordinado, prestado por uma pessoa a um terceiro, sob dependncia deste

    e em troca de uma remunerao contratualmente ajustada . Vrias denominaes ao longo do tempo: Legislao industrial;legislao operria; legislao trabalhista e legislao social. Em 1919 tevea nomenclatura para Direito. O objeto do DT proteger o todo social que coincide com oeconomicamente mais fraco.

    IV- CARACTERISTICA funo tutelar; funo opressora do Estado; funo social; funoeconmicaPara Volia Bonfim 5 a maior caracterstica do Direito do Trabalho a proteo do trabalhador, seja atravs da regulamentao legal dascondies mnimas da relao de emprego, seja atravs de medidassociais adotadas e implantadas pelo governo e sociedade. Logo, Seuprincipal contedo o empregado e o empregador E, segundo Alice Monteiro de Barros 6 o Direito do Trabalho temcaracterstica de tendncia in fieri (crescente ampliao; direito tuitivo, ouseja, de reivindicao de classe; de cunho intervencionista; cosmopolita, ouseja, influenciado pelas normas internacionais; seus institutos mais tpicosso de ordem coletivo ou socializante; direito em transio.

    V NATUREZA JURDICA e AUTONOMIA DO DIREITO DOTRABALHO

    Natureza jurdica de um instituto a sua caracterstica essencial, que odiferencia dos demais. Ter natureza jurdica de direito pblico ou dedireito privado. A primeira ocorre quando h interesses sociais, como, porexemplo, direito constitucional, administrativo, tributrio e penal; ao passo

    que a segunda diz respeito ao interesse de particulares.Determinar a natureza de um ramo do direito encontrar o gnero prximoa que ele pertence. Vrias teorias:a) Direito Pblicoos que sustentam essa teoria, o fazem com suporte emtrs argumentos:1)Natureza administrativa de suas normasfiscalizaoart. 29, art. 49,art. 55 da CLT;2)Imperatividade das normasart. 9 da CLT3)Carter estatutriosemelhana com as relaes do Estado.

    5BOMFIM, Op cit. p. 56BARROS, Alice Monteiro de. Curso de Direito do Trabalho. So Paulo; Ltr, 4.ed. p. 92 e ss.

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    b) Direito Privado - Tem por escopo as origenslocao de servios, ossujeitos (empregadoempregador); vem da sociedade industrial; liberdadesindicalart. 8 CRFB/88 e art. 544 da CLT.

    c) Direito SocialRamo do direito que rene todas as normas de proteos pessoas economicamente fracas (previdencirio). (Cesarino Jr.)

    d) Direito MistoNo Direito do Trabalho tanto existem normas de DireitoPblico quanto de Direito Privado;

    e) Direito UnitrioResultante da fuso do pblico e do privado, fazendonascer um terceiro gnero(Evaristo de Moraes Filho); sem dvida ramo do direito privado.

    VI DIVISO DA MATRIADivide-se em Introduo com fontes eprincpios; Direito individual e Direito coletivo.

    VIIRELAO COM OS DEMAIS RAMOS DO DIREITO E COMOUTRAS CINCIAS:Ramo do direitopenal ( arts. 197 a 207; 297; 149; 15 da L. 7783/89;6. 1; % 3, 2. Parte); constitucional; Civil; Administrativo; Tributrio,PrevidencirioFilosofia ; Sociologia; Economia; Psicologia; antropologia; medicina;engenharia

    VIIIFONTES DO DIREITO DO TRABALHO art. 8 e 769 da CLTa) MateriaisFatores sociolgicos (movimentos sociais) e filosficos;

    b) Formais meios de revelao e exteriorizao da norma jurdica.CRFB/88art. 7 a 11; art. 10 do ADCT;Leis CLT: L.605/49 (RSR); Leis 5859/72 e 11.324/06 (domstico); L.5889/85 (rural); L.8.036/90 (FGTS); L. 7998/90 (SD), Lei 7783/89 (Lei deGreve)Dec. Lei. Ato do Poder executivo. 57.155/65 (regulamento do 13);

    Acordos e Convenes coletivas

    art. 611 da CLT;Sentena Normativaart. 114, 2. CFato-regra;

    Regulamento de Empresa

    Disposies contratuais- ( CTPS, contratos);

    Usos - a prtica reiterada de uma conduta, muito utilizado para aintegrao doordenamento jurdico, como o caso da fixao do intervalo do trabalhadorrural, fixado de acordo com os usos e costumes de determinada regio) eCostumes (da empresa ou da regio) art. 8 da CLT e L.4090/62(gratificao natalina)

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    Jurisprudncia Na falta da lei, o juiz do trabalho pode se utilizar dajurisprudncia para suprir a lacuna? A jurisprudncia tem fora de lei?majoritrio -a jurisprudncia no mtodo de integrao, por no possuirfora de lei. A jurisprudncia, assim, to somente mtodo de auxlio na interpretao da lei, semcomplet-la. Mas. 8 da CLT inclui, expressamente, a jurisprudncia

    como mtodo de integrao da norma,podendo suprir a lacuna deixada pelo legislador- Smulas, OJ;Medidas Provisrias

    Analogias forma de auto-integrao da norma na forma proposta ,quando, na falta de lei especfica, h a utilizao de lei semelhante. Aanalogia pode classificar-se em analogia legal interna que aquela em queo intrprete utiliza-se de lei semelhante na prpria legislao trabalhista,como no caso do intervalo para os digitadores ( S. 346, TST) , e tambm osregimes de sobreaviso e prontido previstos originariamente para os

    ferrovirios ( S. 229, TST._ e a externa aquela que utiliza uma norma noprevista no direito do trabalho, recorrendo legislao comum, como autilizao da ao rescisria no mbito do processo do trabalho, nos termosda S. 194, TST.Equidade - De acordo com Miguel Reale, a justia bem aplicada, com

    bom senso e razoabilidade, somente pode ser utilizada quando houverautorizao legal, como o caso do art. 8 da CLT. Outros dispositivostambm autorizam a utilizao da equidade, como o caso do art. 766 e art.852, I, ambos da CLT.

    Princpios Os princpios podem ser utilizados para completar a lacunadeixada pelo legislador, por expressa previso do art. 8. CLTDireito comparado.

    Pacto social

    As fontes podem ser heternomas (origem estatal lei, Dec. Lei) eautnomas (origem no segmento da sociedadeconveno coletiva).H leis especiaiscomo bancrios, ferrovirios, mulher, mdico, etc.

    IXAPLICAO DAS NORMAS TRABALHISTAS - s. 51 TST

    Face ao princpio da Norma mais favorvel, no esttica, nem imutvel,salvo na hiptese da CF, est acima.HierarquiaPirmide de Kelsen No dizer de Luciano Martinez7No

    plano das relaes de trabalho, entretanto, no se pode falar numa

    hierarquia normativa rgida, haja vista que no topo da pirmide

    hierrquica estar a norma mais favorvelInterpretao das normas -No h na CLT dispositivo especfico para tratar

    de normas de interpretao, aplicando-se, assim, o art. 5 da LICC,

    7MARTINEZ, Luciano.Curso de Direito do Trabalho. Saraiva. SP. 2010. p; 61

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    atendendo sempre aos fins sociais da norma. A hermenutica a cinciaque estuda os mtodos de interpretao. interpretar significa alcanar o verdadeiro sentido do alcance da norma. colocar em prtica a hermenutica, o que pode ocorrer atravs dediversos mtodos.No h um melhor mtodo.

    Nem puramente formal, nem exclusivamente subjetivo.

    gramaticaltambm chamada de literal, tradicional, filolgica, ou verbalegis. ainterpretao literal da norma, atravs dos seus vocbulos. o primeiromtodo interpretativo.No possvel se afastar, mas sofre criticas.- teleolgicabusca-se o fim objetivado pelo legislador; o seu sentido, que proteger o trabalhador. As leis trabalhistas devem ser interpretadas para a

    proteo do hipossuficiente.- LgicaEstabelece uma conexo entre os diferentes textos legais;- Sistemticasignifica interpretar o direito como um sistema interligado a

    outros ramos do direito, em conjunto.. Ex. Dano moral, - Cdigo civil, CLTe CF- Extensivaamplia-se quando a forma legal menos ampla;- Restritiva o legislador j usou da expresso mais ampla;Tem que serinterpretada nos exatos termos da lei, no possibilitando a interpretaoampliativa. As normas punitivas, restritivas de direito devem serinterpretadas de forma restritiva,- Autntica (legal ou legislativa) quando a prpria lei traz a definio de uminstituto, o caso do Cdigo de Defesa do Consumidor que estabelece oconceito de direitos difusos, coletivos e individuais homogneos.

    No DT deve-se sempre buscar os fins sociais da norma. o trao marcante.

    Integrao Integrar suprir as lacunas deixadas pelo legislador,preencher as lacunas da lei. O legislador no tem condies de pensar emtodas as situaes da vida.A plenitude da ordem jurdica mantida sempreque uma norma jurdica aplicada ao fato a ser decidido. umaautorizao para que o intrprete utilizando certas tcnicas, promova asoluo do caso.A integrao est prevista no art. 4 da LICC, art. 126 do Cdigo de

    Processo Civil e o art. 8 da CLT. (AnalogiaOutra norma para situaosemelhante. Ex.: horas de sobreaviso com bancrio art. 244 2 CLT;Equidade Sentido de justia, elaborao de uma norma com base nos

    princpios )

    Sempre que se falar em eficcia da norma, deve-se lembrar da eficciaterritorial, eficcia temporal e eficcia espacial.

    Eficcia no tempo diz respeito ao momento em que a norma pode ser

    aplicada. Princpio da aplicao imediata e princpio da irretroatividade dasleis.

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    Princpio da Irretroatividade art. 6 LICC e art. 5 XXXVI, CRFB/88,revogao expressa ou tcita. Pode ter efeito imediatoEficcia territorial: a norma trabalhista possui eficcia em todo oterritrio nacional, j que a competncia para legislar sobre matriatrabalhista da, por fora do disposto no art. 22, I da CF/88Eficcia no espao envolve direito internacional. Disciplina o caso doempregado contratado noBrasil para prestar servios no exterior, havendoconflitos entre normas. Qual deve prevalecer? Local da contratao. Se noBrasil, a legislao protetiva daquiart. 651 2, CLTprincpio da territorialidadebrasileiros no exterior

    algumas leis ( 7.064/82transferncia de brasileiro; CLT 352, 358 e 651 2; Dec. Lei 691/69.

    SUMULAS REFERIDASSUM-51 NORMA REGULAMENTAR. VANTAGENS E OPO PELO NOVOREGULAMENTO. ART. 468 DA CLT (incorporada a Orientao Juris-

    prudencial n 163 da SBDI-1) - Res. 129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005I - As clusulas regulamentares, que revoguem ou alterem vantagens deferidasanteriormente, s atingiro os trabalhadores admitidos aps a revogao ou alte-raodo regulamento. (ex-Smula n 51 - RA 41/1973, DJ 14.06.1973)II - Havendo a coexistncia de dois regulamentos da empresa, a opo do em-pregado

    por um deles tem efeito jurdico de renncia s regras do sistema do ou-tro. (ex-OJ n163 da SBDI-1 - inserida em 26.03.1999)

    SUM-229 SOBREAVISO. ELETRICITRIOSPor aplicao analgica do art. 244, 2, da CLT, as horas de sobreaviso dos eletricit-rios so remuneradas base de 1/3 sobre a totalidade das parcelas de natureza salarial.

    SUM-346 DIGITADOR. INTERVALOS INTRAJORNADA. APLICAO ANA-LGICA DO ART. 72 DA CLTOs digitadores, por aplicao analgica do art. 72 da CLT, equiparam-se aos tra-

    balhadores nos servios de mecanografia (datilografia, escriturao ou clculo), razopela qual tm direito a intervalos

    VIDE JURISPRUDENCIAS