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1 AVANÇOS E DESAFIOS EGIDIO RIBEIRO Dezembro/2008

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AVANÇOS E AVANÇOS E DESAFIOSDESAFIOS

AVANÇOS E AVANÇOS E DESAFIOSDESAFIOS

EGIDIO RIBEIROEGIDIO RIBEIRODezembro/2008Dezembro/2008

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22

Como eraComo era Sistema centralizado, privatizado, focado na atenção

médico-hospitalar

Brasileiros sem carteira assinada –> caridade e filantropia

Atenção à saúde dividida entre os Ministérios da Saúde, Previdência e Educação

Gastos em internação maiores do que os ambulatoriais

Cultura sedimentada de que a saúde era competência federal

Ausência de controle social

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33

Como ficouComo ficou

Sistema universal, integral, descentralizado, baseado no conceito ampliado de saúde

Direito de cidadania à população

O MS é o gestor nacional do sistema

Gestor único do sistema em cada estado e município

Controle social em todas as instâncias de governo

Financiamento compartilhado entre três esferas

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Sistema Único de SaúdeSistema Único de Saúde Criação: Constituição Federal de 1988

Regulamentação: Lei 8.080/90 de 19.09.90 – Lei Orgânica da Saúde Lei 8.142/90 de 28.12.90

Operacionalização: NOB: 01/91 , 01/92, 01/93 e 01/96 NOAS/SUS 01/2002 Pacto pela Saúde

Gestão: Comunidade: Conselhos e Conferências de Saúde Ministro e Secretários de Saúde Comissão Intergestores

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55

Sistema Único de SaúdeSistema Único de Saúde

UNIVERSALIDADEEQÜIDADE

INTEGRALIDADE

Princípios Doutrinários

Participação Popular

Descentralização e comando único

Regionalização e Hierarquização

Diretrizes Organizativas

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66

Áreas de AtuaçãoÁreas de AtuaçãoAssistência

FarmacêuticaAssistência à Saúde

Ciência e Tecnologia

Educação em Saúde

Gestão do Trabalho

Vigilância em Saúde

Hemoderivados

Vigilância Sanitária

Controle e Avaliação

Regulação e Auditoria

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77

AVANÇOSAVANÇOSAVANÇOSAVANÇOS

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88

Maior número de transplantes de órgãos em serviços públicos

Distribuição de medicamentos para todos os pacientes com AIDS

Vigilância sanitária de produtos e serviços beneficiando toda população

ESF acompanhando cerca de 88 milhões de pessoas

Programas de excelência internacional como o PNI (130 milhões /ano)

Ampliação do atendimento restrito de 30 milhões com carteira assinada para 140 milhões (75%) que dependem do SUS para seu atendimento, tratamento, prevenção de doenças e promoção da saúde

Exemplo de pacto federativo com ações acordadas em instâncias formais com a participação das três esferas de governo

Prática disseminada de participação popular/controle social

AvançosAvanços

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99

AvançosAvanços

Atestados pela:

Dimensão de seus números e

Qualidade dos seus programas

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1010

Números do SUSNúmeros do SUS

Rede Assistencial:

Brasil MA

Unidades com internação – 6.070 270 (Hospitais Dia, H. Gerais, H.Especializados, PS, U Mistas)

Unidades ambulatoriais – 67.840 2.281 (Centros de Saúde/UBS, Cl. Espec., Postos de Saúde)

Leitos de internação – 364.374 13.781

Fonte: CNES/DATASUS em 06.12.08

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1111

Números do SUSNúmeros do SUS

Atenção Básica (Dez 2007):

Brasil MA

ACS – 210.964 56,8% 14.033 91,3%

ESF – 27.324 46,6% 1.619 75,5%

ESB – 15.964 40,9% 1.024 69,4%

Fonte: DAB/SAS/MS

As 27 mil equipes de Saúde da Família são responsáveis pelo acompanhamento de cerca de 88 milhões de brasileiros.As 27 mil equipes de Saúde da Família são responsáveis pelo acompanhamento de cerca de 88 milhões de brasileiros.

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1212

Números do SUSNúmeros do SUS

Fonte: DAB/MS

0

5000

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15000

20000

25000

30000

1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007

300 700 800 1600 4000 5000 10500 17000 20000 21000 23000 25000 26000 27324

EVOLUÇÃO DAS EQUIPES DO PSF

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1313

Números do SUS - 2007Números do SUS - 2007

Fonte: DATASUS/MS

Procedimento Quantidade

Internações hospitalares 11.709.023

Procedimentos ambulatoriais 2.686.548.289

Procedimentos da atenção básica 1.343.451.148

Cirurgias ambulatoriais 8.163.854

Exames laboratoriais 372.090.855

Radiodiagnóstico 46.463.415

Tomografia Computadorizada 1.380.238

Ultrassonografia 11.446.357

Ressonância Magnética 268.818

Sessões de hemodiálise 9.739.581

Hemodinâmica 115.416

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1414

Números do SUS - 2007Números do SUS - 2007

Fonte: DATASUS/MS

Procedimento Quantidade

Partos 2 milhões

Atendimentos de Alta Complexidade 132 milhões

Consultas médicas 300 milhões

Transplantes 15 mil

Doses de vacinas 130 milhões

DST/AIDS – Soropositivos Atendidos com medicamentos

184 mil

Procedimentos de quimioterapia e radioterapia

9 milhões

Brasileiros atendidos por ACS 110 milhões

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1515

Números do SUSNúmeros do SUS

1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 20051997

Brasil

Região Norte

Região Nordeste

Região Sudeste

Região Sul

Região Centro-Oeste

No período de 1997 a 2005 a TMI no Brasil caiu de 31,9 óbitos de menores de 1 ano por mil nascidos vivos para 21,17.No período de 1997 a 2005 a TMI no Brasil caiu de 31,9 óbitos de menores de 1 ano por mil nascidos vivos para 21,17.

Fontes: MS/SINASC/SIM

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1616

Números do SUSNúmeros do SUS

2007

72,5

Expectativa de vida

Os brasileiros estão vivendo, em média, cinco anos e meio a mais do que no início dos anos 90.

Fonte: IBGE

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1717

Qualidade dos programasQualidade dos programas

Programa Nacional de Imunizações – PNI

Erradicadas: Varíola (1993) / Poliomielite (1994)

Controladas: Formas graves de tuberculose / Tétano neonatal / Difteria / Coqueluche / Rubéola / Caxumba

Processo de erradicação: Sarampo (desde 2000 não é detectado o vírus no país)

Dias nacionais de vacinação - estratégia adotada por outros países

26.000 postos de rotina de vacinação

Disponíveis gratuitamente vacinas contra 13 doenças.

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1818

Qualidade dos programasQualidade dos programas

Programa Nacional de Imunizações – PNI

Implantada a vacinação de adultos, principalmente mulheres em idade fértil e idosos

Mulheres em idade fértil – 12 a 49 anos: dupla bacteriana contra tétano e difteria

Idosos: gripe, tétano e difteria. Os hospitalizados e em asilos ou casa geriátricas: pneumonia

Crianças menores de 2 anos – 1999 – c/ H. Influenzae tipo b (Hib)

Hepatite B – a partir de 1992

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1919

Qualidade dos programasQualidade dos programas

Programa Nacional de Imunizações – PNI

Coberturas vacinais alcançadas:

100% contra tuberculose desde 1995

98% contra sarampo

94% contra difteria, coqueluche e tétano

98% contra pólio

83,9% contra gripe em idosos

Rubéola : Maranhão 2º estado no país

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2020

Qualidade dos programasQualidade dos programas

Sistema Nacional de Transplantes

Instituído em 1997

Maior programa público de transplantes de órgãos do mundo

555 estabelecimentos de saúde e 1.376 equipes de transplantes

25 centrais estaduais

Em 2007: 15.855 transplantes

Maranhão – Central de Captação no HU – córneas e rim

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2121

Qualidade dos programasQualidade dos programas

Programa de Controle do HIV/AIDS

Instituído em 1986

Referência internacional no tratamento e na prevenção

Acesso universal ao tratamento

Programa nacional com operação descentralizada

Tratamento dos 180 mil pacientes com antiretrovirais em 2005 – custo de 850 milhões de reais

Universo atual – acima de 184 mil pacientes soropositivos

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2222

desafiosdesafiosdesafiosdesafios

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2323

Desafio da UniversalizaçãoDesafio da Universalização

Não tem sido possível construir a universalização instituída em 1988

Dilema dos países na definição entre universalização e segmentação

Sistema público universal: Alemanha, Canadá, Costa Rica, Dinamarca,Espanha

Universalização irrestrita + integralidade restrita a uma carteira de serviços considerados sanitária ou socialmente necessários. Sistemas privados são suplementares.

Sistema público segmentado: Estados Unidos (Medicaid- pobres Medicare – idosos) cobertura 25% da população.

Segregação de diferentes clientelas em nichos institucionais singulares. Sistemas privados são complementares pois atendem clientelas distintas.

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2424

Desafio da UniversalizaçãoDesafio da Universalização

Brasil: alta taxa de pobreza e forte concentração de renda –>

baixo percentual de pessoas podendo pagar serviços de saúde.

Não utilizam SUS – 8,7%Não utilizam SUS – 8,7%Exclusivamente SUS – 28,6%Exclusivamente SUS – 28,6%

SUS + Outros serviços – 61,5%SUS + Outros serviços – 61,5%

Fonte: PESQUISA CONASS 2003

Utilizam SUS > 90%Utilizam SUS > 90%

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2525

Desafio da UniversalizaçãoDesafio da Universalização

A pesquisa mostra que: 61,5% dos brasileiros utilizam-se também dos sistemas privados e 8,7% são usuários exclusivos dos sistemas privados.

SUS vem se consolidando como parte de um sistema segmentado que incorpora dois outros subsistemas relevantes:

Sistema de Saúde Suplementar (35,8 milhões) e Sistema de Desembolso Direto.

Desafio maior da universalização – propiciar uma universalização e uma integralidade irrestritas com um financiamento insuficiente e sem fontes estáveis.

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2626

Desafio do FinanciamentoDesafio do Financiamento

O direito à saúde exige destinação de recursos adequada às

necessidades do Sistema de Saúde.

São necessários recursos para: realizar investimentos, manutenção da rede de atenção, aporte de medicamentos e insumos estratégicos, ações de vigilância, promoção e prevenção, educação em saúde, ações assistenciais nos níveis ambulatorial e hospitalar, etc.

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2727

Desafio do FinanciamentoDesafio do Financiamento

Fatores de pressão para aumento dos custos

Incorporação tecnológica

Aumento populacional

Diminuição da mortalidade

Aumento da esperança de vida (61,74 /1980 para 72,5 anos/2007)

Necessidade de compatibilizar acesso, resolubilidade, humanização

e qualidade, conforme as premissas do SUS.

Atendimento de pacientes oriundos de planos de saúde na alta

complexidade.

Judicialização da saúde – garantindo tratamento negado pelo gestor

ou medicamento geralmente de alto custo.

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2828

Desafio do FinanciamentoDesafio do Financiamento

0

2

4

6

8

10

12

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Colombia

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o P

IB

Despesa Total Despesa Pública

Fonte: OMS – World Health Report, 2006

Despesas Total e Pública com Saúde em % do PIB, 2002 Países Selecionados da América do Sul e Central

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2929

Desafio do FinanciamentoDesafio do Financiamento

Fonte: World Health Organization, 2006

Percentual do gasto público em relação ao gasto total em saúde

País %

CUBA 86,8

REINO UNIDO 85,7

SUÉCIA 85,2

COSTA RICA 78,8

ALEMANHA 78,2

FRANÇA 76,3

ITÁLIA 75,1

ESPANHA 71,3

CANADÁ 69,9

PORTUGAL 69,7

CHILE 48,8

ARGENTINA 48,6

MÉXICO 46,4

BRASIL 45,3

ESTADOS UNIDOS 44,6

A evidência internacional permite afirmar que os sistemas públicos universais caracterizam-se por uma participação relativa do gasto público em relação ao gasto total em per-centuais superiores a valores próxi-mos a 70%.

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3030

Desafio do FinanciamentoDesafio do Financiamento

-

50,0

100,0

150,0

200,0

250,0

300,0

2001 2002 2003 2004

Índ

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20

00

= 1

00

União Estados Municípios

Despesas com Ações e Serviços Públicos de Saúde por Esfera de Governo, 2001 a 2004 – Índice: 2000 = 100

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3131

Desafio do FinanciamentoDesafio do Financiamento

Despesas com ações e serviços públicos de saúde financiadas com recursos próprios - BRASIL

Anos Federal Estadual Municipal R$ Total/hab.

2000 59,76 % 18,54 % 21,70 % 205,03

2001 56,15 % 20,66 % 23,19 % 232,20

2002 52,12 % 22,59 % 25,29 % 271,79

2003 51,30 % 23,07 % 25,63 % 299,56

2004 50,23 % 24,63 % 25,14 % 358,55

Fonte: SIOPS/MS

Valores Percentuais sobre o Total de Recursos Gastos

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3232

Desafio do FinanciamentoDesafio do Financiamento

Estado do Maranhão - cumprimento da EC 29:

Ano % Mínimo % Aplicado Dif. no % 2000 - 7,00 01,52 - 5,48 2001 - 08,00 01,76 - 6,24

2002 - 09,00 05,51 - 3,49 2003 - 10,00 05,96 - 4,04 2004* - 12,00 07,17* - 4,83 2005* - 12,00 08,92* - 3,08

2006* - 12,00 08,13* - 3,87

Fonte: *Notas Técnicas - SIOPS/AESD/SE/MS

• Valores corrigidos em conformidade com Res. CNS 322/03 e EC 29

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3333

Desafio do FinanciamentoDesafio do Financiamento

Cumprimento da EC 29 em 2006:

Estado %

Acre 13,42

Amapá 13,23

Amazonas 23,73

D Federal 16,78

Rio G Norte 13,35

Rondônia 12,97

Roraima 14,62

S Catarina 12,16

Tocantins 13,47

Estado %

R G Sul 4,41

M Gerais 6,04

Goiás 7,06

Maranhão 8,13

M G Sul 8,14

Paraíba 8,55

Piauí 8,93

Ceará 9,47

Alagoas 9,68

Estado %

Rio Janeiro 10,27

E Santo 10,71

M Grosso 10,96

Sergipe 11,22

Paraná 11,33

Bahia 11,44

Pernambuco 11,45

São Paulo 11,63

Pará 11,82

Cumpriram a EC 29 Não cumpriram a EC 29

Fonte: Nota Técnica nº 21/2007 – SIOPS/AESD/SE/MS

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3434

Desafio do FinanciamentoDesafio do Financiamento

• Aprovar a Regulamentação da EC nº 29 pelo Congresso Nacional

• PLC nº 01/03 – Deputado Roberto Gouveia ou

• PLS-121/07 – Senador Tião Viana

• Ambas determinam:

Percentual de 10% para o ente federal - a ser escalonado ao

longo de 4 anos: 8,5, 9, 9,5 e 10%

Definição do que se trata de despesa com saúde conforme

Resolução 322/03 do CNS

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3535

Desafio da gestão do trabalhoDesafio da gestão do trabalho

Intenso processo de descentralização com grande expansão de serviços

municipais levando a necessidade de precarização do trabalho.

Implantação contínua de novos programas -> mais pessoal

Exigência do MT para concurso público X restrições orçamentárias

impostas pela LRF

Indefinição federal quanto a reposição da força de trabalho (ex-INAMPS)

descentralizada pelo MS, em processo de aposentadoria.

Crise na formação e desenvolvimento de RH na Saúde -> carência de

médicos nas regiões norte e nordeste, ocasionando custo proibitivo para

a interiorização de profissionais.

Desníveis salariais X a gratificação SUS

Lentidão para implantação dos PCCS específicos para a Saúde.

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3636

Desafio da gestão do trabalhoDesafio da gestão do trabalho

Estratégias de gestão de pessoal usadas pelos gestores das três

esferas e que têm levado a problemas de ordem legal e gerencial:

Contratação temporária

Terceirização por meio de empresas ou cooperativas

Contratos por órgãos internacionais

Contratos através de serviços prestados

Bolsas de trabalho, estágios

Triangulações por meio de empresas privadas

Contratos com entidades privadas não lucrativas

Contratos de gestão com organizações sociais

Convênios com Organizações Sociais de Interesse Público - OSCIP

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3737

Desafio da gestão do trabalhoDesafio da gestão do trabalho

Velhos e novos problemas que dificultam a gestão do trabalho no SUS: Pouca flexibilidade do RJU para a gestão do trabalho

Indefinição quanto a regulamentação da CLT para o setor público

Trabalho desregulado e desprotegido

Formação inadequada dos profissionais para desempenho nos serviços públicos

Gestão do trabalho não é destaque na agenda de pactuação entre gestores

Inexistência de processo de educação permanente para trabalhadores do SUS

Baixa institucionalização do processo de planejamento de recursos humanos

Baixa eficácia, qualidade e efetividade dos serviços

Termos de Ajuste de Conduta realizados com foco na questão trabalhista, como

determinante, mas nem sempre exeqüível pelos gestores, sem constrangimentos

de outras despesas também necessárias ao bom funcionamento do SUS

Atuação das auditorias de órgãos de controle interno e externo com questiona-

mentos às múltiplas interpretações da lei que se expressam em contratos

efetuados com problemas de múltiplas naturezas.

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3939

Desafio da re-politizaçãoDesafio da re-politização

A saúde vem sendo discutida de forma menos ampla, mais interna ao setor e mais focada em sua tecnicidade.

Os laços com outros atores sociais relevantes na arena sanitária e potencias defensores do SUS vêm sendo afrouxados por um processo de crescente institucionalização da Saúde.

Os avanços inegáveis são amortecidos por significações de senso comum, assumidas pela grande mídia e verberadas como o fracasso da Saúde Pública brasileira.

O SUS vem perdendo a batalha da comunicação com a sociedade brasileira.

PPS 2006: PACTO EM DEFESA DO SUS

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Outros desafiosOutros desafios

Garantir o aperfeiçoamento dos serviços e a ampliação da oferta de consultas, exames, cirurgias e internações nos hospitais públicos.

Diminuir a dependência que tem do setor privado/contratado por meio do fortalecimento da rede pública e estatal.

Profissionalizar a gestão e a gerência dos serviços a partir de seus próprios quadros.

Estabelecer uma política de valorização dos trabalhadores com reais perspectivas de carreira.

Investir fortemente na estruturação e valorização da atenção primária e multiprofissional.

Fortalecer a participação social.

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4141

O SUS NÃO DEVE SER VISTO COMO UM O SUS NÃO DEVE SER VISTO COMO UM

PROBLEMA SEM SOLUÇÃO, MAS COMO PROBLEMA SEM SOLUÇÃO, MAS COMO

UMA SOLUÇÃO COM PROBLEMAS.UMA SOLUÇÃO COM PROBLEMAS.

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4242

OBRIGADO.OBRIGADO.

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[email protected]@globo.com