Upload
jessica-lima
View
213
Download
1
Embed Size (px)
DESCRIPTION
1 Funções da administração
Citation preview
O PROCESSO ADMINISTRATIVO: PLANEJAMENTO, ORGANIZAÇÃO, DIREÇÃO E CONTROLE.
A fim de delinear a capacidade administrativa, Fayol
apresenta 14 princípios:
• Divisão do Trabalho – especialização das tarefas e pessoas
para a máxima eficiência;
• Autoridade e Responsabilidade - Uma pessoa responsável pelo
resultado de uma operação deve ter autoridade para tomar as
medidas necessárias para o sucesso dessa operação;
• Disciplina – obediência, respeito aos acordos;
• Unidade de Comando - um empregado deve receber ordens de
apenas um superior;
• Unidade de Direção - deve haver “uma cabeça e um plano” para
um grupo de atividades que cumpre o mesmo objetivo;
• Interesses Gerais – sobrepostos aos interesses particulares
• Remuneração do Pessoal – retribuição justa para a organização
e para seus colaboradores;
• Centralização – concentração da autoridade no topo da
pirâmide hierárquica;
• Cadeia de Comando – linha única de autoridade, do topo à
base;
3
• Ordem – “um lugar para cada coisa, cada coisa (ou pessoa) em
seu lugar”;
• Eqüidade – amabilidade e justiça para obter lealdade
• Estabilidade – quanto mais tempo em um cargo, melhor;
• Iniciativa – visualizar um plano e garantir seu sucesso;
• Espírito e Equipe – união e harmonia entre as pessoas.
A teoria clássica também é conhecida como Gestão
Administrativa, do qual identifica as funções do administrador:
PLANEJAMENTO
ORGANIZAÇÃO
DIREÇÃO
CONTROLE
A Administração compreende no processo de planejar,
organizar, dirigir e controlar os esforços realizados pelos
membros da organização para alcançar objetivos estabelecidos.
Administrador
Planeja
Organiza
Dirige
Controla
4
2. PLANEJAR
O planejamento é como uma locomotiva que puxa o trem das
ações de organizar, liderar e controlar.
Trata-se de uma função importante, porque contribui para o
sucesso da organização como um todo e possibilita à organização
adotar um comportamento pro ativo em relação ao futuro.
Sem planos os administradores encontrariam bastantes
dificuldades na sua liderança e tornaria-se um exercício sem
consistência, o que consequentemente afetariam toda a
organização.
Pode-se concluir que o planejamento é um processo complexo e
abrangente, que envolve uma série de elementos que se superpõe.
O Planejamento é um processo consciente e sistemático de
tomar decisões sobre o objetivo que buscará no futuro, para
tanto há diferentes níveis de organizacionais.
No nível institucional ou estratégico, o planejamento envolve
a determinação dos objetivos;
No nível intermediário, trata-se da alocação de recursos,
traduzindo e interpretando as decisões estratégicas,
transformando-as em planos concretos em nível departamental;
No nível operacional, o planejamento desdobra os planos de
táticos, de cada departamento, em planos operacionais, de cada
tarefa.
Os recursos disponíveis deverão ser distribuídos
continuamente, pois eles são limitados aos objetivos traçados.
As empresas direcionam seus negócios e operações de maneira
racional, por meio de padrões próprios, ou seja, determinando
ações organizacionais e comportamentos diferenciados, definindo
5
sua estratégia: definição para alcançar os objetivos, através
de um plano unificado, compreensível e integrado.
A estratégia empresarial é formada pelos componentes:
Ambiente: Conjuntos de negócios, mercados ou setores em que as
organizações competem.
Empresa: distribuição dos recursos disponíveis, capacidades e
habilidade entre esses negócios.
Adequação entre ambos: posição que a empresa deve adotar para
compatibilizar seus objetivos.
No topo da hierarquia dos objetivos está a missão, a razão da
existência da organização, do qual descreve os valores e razão
de ser de ser.
Os objetivos são importantes porque as organizações existem
para uma finalidade definida e estabelecida por elas.
São utilizadas as políticas para a tomada de decisão, elas
orientam em direção ao objetivo, em situações que requeiram
julgamentos.
O planejamento estratégico consiste em planos gerais que
moldam o destino da organização, deverá ser feito respeitando
uma seqüência de etapas que vão da determinação dos objetivos,
até a implementação através de planos táticos e operacionais.
A tomada de decisões consiste em decidir ou optar, entre
várias alternativas, aquela que mais favoreça a organização e
pareça adequada a situação, sabendo dos riscos que corre e das
conseqüências.
“As estratégias devem estar subordinadas aos objetivos, isto
é, elas só são relevantes na medida em que ajudam a alcançar os
objetivos.”
J.Scott Armstrong
6
3. ORGANIZAR
Organização significa uma unidade social, representando um
agrupamento de pessoas que interagem para alcançar um objetivo
comum e específico.
A função de organização é o instrumento de operacionalização
do planejamento, é a estrutura organizacional que possibilita a
transformação de um modelo teórico, traçado no planejamento, em
ação organizacional para o alcance dos objetivos.
Para desempenhar a função de organização, o administrador
deve listar o trabalho que precisa ser realizado, dividir o
trabalho em tarefas que possam ser realizadas de modo lógico e
eficiente, por indivíduos ou grupos, efetuar a
departamentalização, ou seja, agrupar as tarefas segundo um
critério determinado e criar mecanismos de integração de
esforços dos indivíduos, grupos e órgãos da empresa para
facilitar o alcance dos objetivos.
A vantagem da divisão do trabalho é facilitar a realização de
tarefas complexa, por meio da execução de uma série de tarefas
pequenas, simples e separadas, do qual se atribuindo ao
trabalhador seria possível sua especialização, com reflexos
imediatos sobre o aumento da produtividade.
A especialização é a forma de um indivíduo conhecer apenas
uma parte do processo produtivo global. Entretanto, deverá ser
observada a necessidade de buscar modos para evitar a monotonia
que a realização de uma única tarefa pode provocar, levando
assim ao indivíduo ficar propício a cometer erros e não pode
ignorar o fato de que o indivíduo perde a noção da contribuição
para o alcance do objetivo levando assim a alienação,
desinteresse e desmotivação.
7
Os administradores devem ter uma visão do conjunto
administrativo para avaliar as implicações globais do processo
administrativo, aplicar técnicas de rotatividade no trabalho,
ampliação e enriquecimento de cargos, para que possa minimizar
os efeitos negativos da especialização.
No processo de organização, é necessária a delegação de
autoridade, pois uma pessoa não consegue supervisionar e
realizar todas as atividades necessárias para o alcance do
objetivo.
Deve-se considerar que autoridade é o direito de dar ordens e
a responsabilidade é o dever de responder pelas ações
praticadas.
A escolha da estrutura organizacional adequada para a
operacionalização de determinada estratégia pode representar o
sucesso ou o fracasso da ação da organização.
A estrutura organizacional fornece papéis e status,
relacionados com os cargos ou as funções do indivíduo na
organização formal, é importante a empresa desenvolver e
cultivar valores que darão aos funcionários significados
pessoais, tornando-os mais seguros e conscientes das posições
que ocupam.
A estrutura organizacional será modelada para cada
organização, dependendo do seu tamanho, objetivos, missão, etc.
O que influencia a modelagem da estrutura organizacional é a
amplitude administrativa, que diz respeito ao número de
subordinados que um chefe pode supervisionar com eficiência.
Os fatores que interferem na determinação da amplitude
administrativa ideal são: Tecnologia utilizada;
Interdependência entre os subordinados; Similaridade entre as
funções; Qualificação dos subordinados.
8
A função de organização também estabelece a inter-relação
entre os órgãos, que pode ser uma relação hierárquica ou
coordenativa. Podem-se construir os seguintes modelos de
estruturas organizacionais, baseando se no tipo de autoridade
disponível:
Organização Linear: é uma estrutura simples, baseada na
autoridade linear, em que as funções geralmente são dispostas
em “uma organização de linha em que a cadeia de comando é clara
e descendente através dos níveis gerenciais”. Comporta chefes
que devem entender um pouco de tudo; essa estrutura promove e
facilita a tomada de decisões, estabelecendo relações
funcionais e hierárquicas pouco complexas.
Organização Linha-Staff: permite a convivência da assessoria
com as posições de linha, existe uma equipe de especialistas
capaz de resolver questões mais específicas, que demandem um
nível de conhecimento mais profundo; Os órgãos de linha
concentram suas atividades no alcance dos objetivos e os órgãos
de staff concentram suas atividades na prestação de serviços
especializados, aconselhamento e consultoria técnica,
auxiliando a linha por meio de sugestões.
Cabendo assim autoridade hierárquica para os administradores
de linha e autoridade técnica ou funcional para os
administradores de assessoria.
Há meios pelo qual a empresa opta para alcançar objetivos, em
razão de determinadas estratégias como o desenho de cargos e
tarefas, especialização e enriquecimento de cargos e desenho de
cargos e pessoa.
Há também a organização formal e informal, a organização
formal compreende numa divisão racional do trabalho, na
integração dos participantes segundo um critério estabelecido
por aqueles que detêm a autoridade, ela possui normas e
9
regulamentos, em geral escritos, determinados pela própria
organização e são compostas por cargos, funções, relações
hierárquicas e funcionais, ou seja, profissionais, sem levar em
conta sentimentos ou emoções. A organização informal surge
naturalmente entre as pessoas que ocupam cargos na organização
formal, há uma inter-relação entre as pessoas que não se
restringe ao espaço físico da empresa, existem normas, porém
não estabelecidas pela empresa e sim pelas pessoas.
4. DIRIGIR
Segundo Fayol o papel da Direção consiste em Dirigir e
Conduzir a empresa no sentido de atingir os objetivos visados,
razão de ser da empresa. Devendo haver um único plano e um só
diretor para dirigir todas as operações que tiveram o mesmo
objetivo. Todos os esforços dirigidos ao mesmo alvo, devem estar
coordenados para uma autoridade.
Para que o planejamento e a organização possam ser eficazes,
precisam ser complementados pela orientação a ser dada ás pessoas
por meio da liderança, e essa orientação é dada pelo administrador
no desempenho da função de direção, função que se refere á
relações interpessoais dos administradores com seus subordinados.
A função de direção está diretamente ligada a autoridade e
poder. Poder é o potencial para exercer influência, autoridade é o
poder institucionalizado, inerente ao papel de um cargo, a
autoridade proporciona o poder, entretanto o poder não proporciona
necessariamente a autoridade. Mas ambos são manifestações de
influência.
10
A função de direção nos diversos níveis hierárquicos assume
aspectos diferenciados, a forma de exercer a função dependera das
características específicas das tarefas desempenhadas nos
diferentes níveis.
[... A responsabilidade direta dos administradores dos níveis
institucional e gerencial é sobre o trabalho de outros
administradores...] Stephen P. Robins·.
A função de direção no nível operacional é chamada de
supervisão e suas as características específicas são:
Representação da administração diante do pessoal não
administrativo: aplicam regras, regulamentos e procedimentos
sobre o pessoal não administrativo;
Dependência da perícia técnica: precisam de peritos e
profundos conhecedores das técnicas e tarefas especializadas;
Comunicação em duas linguagens distintas: dos administradores
e dos não administradores.
Há vários sistemas de administração, nunca é igual em todas
as empresas, há alguns modelos de sistemas administrativos e
por se tratar de modelos, dificilmente serão encontrados, na
realidade, exatamente conforme descritos:
Sistema Autoritário Coercitivo: sistema autoritário,
forte, coercitivo, arbitrário, que utiliza controles
rígidos, apresentando sistema duro e fechado;
Sistema Autoritário Benevolente: sistema autoritário,
porém mais suave e menos rígido;
Sistema Consultivo: adota lado participativo e um
gradativo abrandamento organizacional;
Sistema Participativo: é democrático por excelência,
representando o mais aberto do sistema.
A função de direção requer atividade conjunta, grupal,
solidária e plena de comprometimento que caracteriza a gestão
11
participativa, daí o trabalho em equipe, e para que a gestão
administrativa funcione é fundamental o exercício da democracia,
para que todos possam participar. O resultado desta gestão é a
obtenção de melhores decisões, porque são tomadas em consenso.
As pessoas que participam dessas decisões se sentem motivadas
e isso impulsiona a pessoa a agir de determinada maneira, ou seja,
é a causa de um comportamento específico.
Dentro do processo de dirigir temos a Liderança, que é a
influência interpessoal exercida em uma situação, podemos
considerar a Liderança sobre dois aspectos: capacidade presumida
de levar as pessoas a fazer aquilo que precisa ser feito e
tendência dos liderados a seguir aqueles que eles percebem como
capazes de satisfazer suas necessidades.
O processo de comunicação encontra-se ligado principalmente á
direção, pois representa intercâmbio de pensamentos e informações
para proporcionar confiança e compreensão mútuas e bom
relacionamento entre as pessoas.
5. CONTROLAR
Para o Fayol o controle significa verificar se os
procedimentos do pessoal se acordam com as regras e os princípios
estabelecidos na empresa.
Estabelecendo padrões e medidas de desempenho que permitam
assegurar que as atitudes empregadas são as mais compatíveis com o
que a empresa espera. O controle das atividades desenvolvidas
permite maximizar a probabilidade de que tudo ocorra conforme as
regras estabelecidas e ditadas.
O controle compreende a verificação da compatibilidade entre
a ação organizacional e o plano que a determinou.
12
O controle é a última função desempenhada, porque só é
possível ocorrer depois que as demais funções forem completadas,
ele está intimamente ligado ao planejamento, pois estabelece metas
e métodos para atingi-las.
A função de controle é importante porque complementa as
demais funções, procurando garantir que os rumos da ação
individual e grupal sejam compatíveis com os objetivos
organizacionais.
O Processo de controle envolve quatro etapas:
Estabelecer padrões de desempenho: pontos de referência
para avaliar o desempenho
Medir o desempenho: medição por meio de relatórios,
gráficos, tabelas, fluxos e outros recursos.
Comparar o desempenho com os padrões e determinar desvios:
identificação das diferenças existentes no processo de
operação, indicando assim a necessidade de intervenção.
Adotar medidas corretivas para ajustar o desempenho atual
ao padrão desejado: ajustes das operações onde
necessárias.
As técnicas de controle podem ser qualitativas, que engloba:
auditoria, observação pessoal, inspeção, controle por relatórios,
avaliação de desempenho, políticas e controle do desempenho humano
e podem ser também técnicas quantitativas, que engloba: controle
de retorno sobre Ativos, gráfico de Grantt, PERT, COM, análise do
ponto de equilíbrio, ponto econômico do pedido, sistema ABC,
desvio padrão, análise da variância, orçamento e relatórios
contábeis.
Eficiência e eficácia são excelentes parâmetros para a medida
do desempenho organizacional, pois indicam ênfase nos meios
13
utilizados para alcançar um objetivo e ênfase no alcance do
objetivo.
A informação é à base do controle gerencial, deverão ser
comunicadas de uma forma correta, no tempo certo e pessoas certas.
Um bom sistema de informação facilita muito cada uma das funções
gerenciais, e principalmente úteis quando se trata do planejamento
e do controle.
6. CONCLUSÃO
7. REFERÊNCIA
1.1 Estrutura Organizacional
Conceito de Estrutura Organizacional
A Estrutura Organizacional constitui o elo de ligação entre as orientações estratégicas
daorganização e a sua forma de actuação no mercado e pode ser definida como a forma
como a autoridade é atribuída através das relações de dependência hierárquica e de
cooperação, a forma como as actividades são especificadas e distribuídas e ainda a forma
como são estabelecidos os sistemas de comunicação no interior das organizações. Pode
ser dividida em macro-estrutura (relacionada com a totalidade das divisões
da organização) e micro-estrutura (relacionada com a organização das actividades dentro
de uma divisão).
Para melhor compreender o conceito de estrutura organizacional e as relações por ela
estabelecidas é conveniente abordar alguns conceitos fundamentais, nomeadamente os
conceitos de autoridade, responsabilidade e delegação.
Organograma
Para uma melhor interpretação da estrutura da organização é normalmente elaborada a
sua representação gráfica, o organograma, a qual permite visualizar rápida e facilmente
14
os diversos órgãos componentes da estrutura, a via hierárquica, as comunicações formais
e a interdependência entre as partes. Implícita neste conceito de organigrama estão a
divisão do trabalho e departamentalização, a hierarquia e a coordenação.
Tipos de Estrutura Organizacional
Dependendo da forma e dos critérios escolhidos para efectuar a divisão do trabalho e a
seu posterior reagrupamento (a chamada departamentalização), surgirão diferentes tipos
de estrutura organizacional. Dos diversos tipos de estrutura que a organização pode
assumir destacam-se a estrutura hierárquica (hierarquia como critério de divisão do
trabalho), a estrutura funcional (funções como critério de divisão do trabalho), a estrutura
staff & line (utilização simultânea de critérios de hierarquia e de funções), a estrutura
divisionalizada (produtos ou unidades geográficas como critérios de divisão do trabalho)
e, finalmente, a estrutura matricial (utilização simultânea de critérios de funções e de
produtos ou unidades geográficas). Naturalmente, podemos encontrar diversos tipos de
variações a estes tipos de estruturas, como a utilização de critérios de divisão do trabalho
distintos consoante o departamento, a utilização de estruturas divisionalizadas com
órgãos de staff, entre outras.
15