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1 - HISTÓRICO e LEGISLAÇÕES: Idealizadas a partir da lei 5692/71, como forma de atendimento ao grande contingente de evadidos do ensino regular, as Unidades de Ensino Supletivo – UES iniciaram suas atividades em 1975. O dimensionamento da clientela, a disponibilidade de instalações físicas, o interesse das administrações municipais e a existência de recursos financeiros destinados à atividade, constituíram os principais indicadores que determinaram a opção por instalar Centro, Unidade ou Posto de Estudos Supletivos na comunidade. HISTÓRICO LEGISLAÇÕES Inicialmente, as Unidades de Ensino Supletivo funcionavam através de convênios com a Prefeitura Municipal, ministrando seus cursos preparatórios para os Exames de Suplência (Exames de Massa). - CRIAÇÂO: Lei Municipal nº 2813 de 09 de junho de 1978. Autoriza, em caráter experimental, para ministrar exames supletivos especiais aos alunos dos Cursos de Suplência Preparatórios aos Exames Supletivos Especiais de 1° e 2° graus oferecidos pela SEE-MG/ DESU. - Resolução CEE/MG n° 260 de 20 de novembro de 1979. - Parecer CEE/MG nº 455/79. Cria as Unidades Estaduais de Ensino Supletivo. - Art. 30 da Lei nº 9381, de 18 de dezembro de 1986 e regulamentada pelo Art. 82 do Decreto nº 26 515 de 14 de janeiro de 1987. Instala o Centro de Estudos Supletivos de Uberlândia (CESU) e autoriza ministrar curso especial de Suplência de 1º e 2º graus, cursos de Qualificação Profissional com avaliação especial, ambos como experiência pedagógica e cursos de Suprimento nos termos da legislação de Ensino Supletivo em vigor. - Resolução SEE / MG nº 6163 de 11 de março de 1987. - Resolução CEE / MG nº 6363 de 14/01/1988. Regulariza o funcionamento de Cursos Estaduais e Municipais de Suplência de 1º e 2º graus. - Resolução CEE / MG nº 363 de 22 de dezembro de 1987. - Parecer CEE /MG nº 173 de 28 de março de 1989. Avalia o funcionamento dos Centros e Unidades de Ensino Supletivo das redes Estaduais e Municipais de Ensino. Parecer do CEE / MG nº 405 de 06 de junho de 1990. HISTÓRICO LEGISLAÇÕES Descentraliza o Processo de Avaliação Especial ficando a cargo de cada CESU e UES a responsabilidade de elaborar, aplicar e corrigir as avaliações especiais, bem como emitir seus resultados. - Portaria da Subsecretaria de Desenvolvimento Educacional – SEE / MG nº 14 de 14 de outubro de 1994. - Instrução SEE-MG nº 02 de 1994.

1 - HISTÓRICO e LEGISLAÇÕES...706/98, publicado no Diário Oficial “MG” de 29/07/98, aprovando o Parecer da SEE e regulamenta o funcionamento dos Centros e Postos de Estudos

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1 - HISTÓRICO e LEGISLAÇÕES:

Idealizadas a partir da lei 5692/71, como forma de atendimento ao grande contingente de evadidos do

ensino regular, as Unidades de Ensino Supletivo – UES iniciaram suas atividades em 1975.

O dimensionamento da clientela, a disponibilidade de instalações físicas, o interesse das administrações

municipais e a existência de recursos financeiros destinados à atividade, constituíram os principais

indicadores que determinaram a opção por instalar Centro, Unidade ou Posto de Estudos Supletivos na

comunidade.

HISTÓRICO LEGISLAÇÕES

Inicialmente, as Unidades de Ensino Supletivo

funcionavam através de convênios com a Prefeitura

Municipal, ministrando seus cursos preparatórios para

os Exames de Suplência (Exames de Massa).

- CRIAÇÂO: Lei Municipal nº 2813 de

09 de junho de 1978.

Autoriza, em caráter experimental, para ministrar

exames supletivos especiais aos alunos dos Cursos de

Suplência Preparatórios aos Exames Supletivos

Especiais de 1° e 2° graus oferecidos pela SEE-MG/

DESU.

- Resolução CEE/MG n° 260 de 20 de

novembro de 1979.

- Parecer CEE/MG nº 455/79.

Cria as Unidades Estaduais de Ensino Supletivo.

- Art. 30 da Lei nº 9381, de 18 de

dezembro de 1986 e regulamentada pelo

Art. 82 do Decreto nº 26 515 de 14 de

janeiro de 1987.

Instala o Centro de Estudos Supletivos de Uberlândia

(CESU) e autoriza ministrar curso especial de Suplência

de 1º e 2º graus, cursos de Qualificação Profissional

com avaliação especial, ambos como experiência

pedagógica e cursos de Suprimento nos termos da

legislação de Ensino Supletivo em vigor.

- Resolução SEE / MG nº 6163 de

11 de março de 1987.

- Resolução CEE / MG nº 6363 de

14/01/1988.

Regulariza o funcionamento de Cursos Estaduais e

Municipais de Suplência de 1º e 2º graus.

- Resolução CEE / MG nº 363 de 22 de

dezembro de 1987.

- Parecer CEE /MG nº 173 de 28 de março

de 1989.

Avalia o funcionamento dos Centros e Unidades de

Ensino Supletivo das redes Estaduais e Municipais de

Ensino.

Parecer do CEE / MG nº 405 de 06 de

junho de 1990.

HISTÓRICO LEGISLAÇÕES

Descentraliza o Processo de Avaliação Especial ficando

a cargo de cada CESU e UES a responsabilidade de

elaborar, aplicar e corrigir as avaliações especiais, bem

como emitir seus resultados.

- Portaria da Subsecretaria de

Desenvolvimento Educacional – SEE / MG

nº 14 de 14 de outubro de 1994.

- Instrução SEE-MG nº 02 de 1994.

Prorroga a autorização de funcionamento do Curso

Especial de Suplência como experiência pedagógica até

31 de dezembro de 1997.

Parecer do CEE nº 740 de 10 de agosto de

1995.

Regulamenta o funcionamento dos Centros e Postos de

Estudos Supletivos como alternativa viável para a

Educação de Jovens e Adultos e não mais como

experiência pedagógica.

Parecer CEE/MG nº 706 de 29 de julho de

1998.

Regulamenta o funcionamento dos Centros e Postos de

Estudos Supletivos e autoriza o funcionamento

permanente do CESU DE UBERLÂNDIA.

Resolução SEE / MG nº 9514, de 17 de

novembro de 1998.

Institui nova denominação para os Centros Estaduais de

Estudo Supletivos - CESUs, que passa a ser Centros

Estaduais de Educação Continuada - CESECs.

Resolução SEE / MG nº 162 de 21 de

novembro de 2000.

Define critérios para a realização de Exames Especiais

oferecidos nos CESECs. Resolução SEE / MG nº 251 de 2002.

Regulamenta a Educação de Jovens e Adultos na Rede

Estadual de Minas Gerais.

Resolução SEE / MG nº 171 de janeiro de

2002.

Credencia os Centros Estaduais de Educação

Continuada – CESECs para funcionamento da Banca

Permanente e Avaliação e define critérios para a

realização de Exames Especiais.

Resolução SEE/MG nº 625 de 02 de

dezembro de 2004.

Credencia os Centros Estaduais de Educação

Continuada – CESECs para funcionamento da Banca

Permanente de Avaliação e define novos critérios para

a realização de Exames Especiais.

Resolução SEE/MG nº 1774 de 23 de

outubro de 2010.

Estabelece o Calendário Escolar para o ano de 2013 nas

Escolas Públicas de Minas Gerais Resolução SEE/ MG nº 2.233, de 11 de dezembro de 2012

Dispõe sobre a organização e o funcionamento do

ensino nos Centros Estaduais de Educação Continuada

(CESEC) de Minas Gerais.

Resolução SEE/MG nº 2250 de 28 de

dezembro de 2012.

Estabelece normas para a organização do Quadro de

Pessoal das Escolas Estaduais e a designação para o

exercício de função pública na rede estadual de

educação básica.

Resolução SEE/MG nº 2253 de 09 de janeiro de 2013

2 - CARACTERIZAÇÃO DA ENTIDADE.

2.1 - HISTÓRICO DA INSTITUIÇÃO

O Centro Estadual de Educação Continuada de Uberlândia iniciou suas atividades em 09 de setembro de

1977 como Curso de Ensino Supletivo, na Avenida João Pinheiro nº 768, em Uberlândia, sendo

subvencionado pela Prefeitura Municipal de Uberlândia, Universidade Federal de Uberlândia e Secretaria

de Estado da Educação de Minas Gerais, em convênio, por tempo indeterminado. Foi implantado pela

Diretora Maria Vicentina de Campos Carvalho, sendo na época Secretário Municipal de Educação o Senhor

José Fernandes Filho.

Em 22 de junho de 1979 foi inaugurada a atual sede do CESEC de Uberlândia na Rua Prata, nº 649 no Bairro

Aparecida, ainda como Curso de Ensino Supletivo. A primeira coordenadora e, quem também implantou o

CESU em Uberlândia foi Dona Gláucia Santos Monteiro, na gestão do prefeito municipal Virgílio Galassi.

Inicialmente, as Unidades de Ensino Supletivo ministravam cursos preparatórios para os Exames de

Suplência (Exames de Massa) e, a partir da Resolução do CEE- MG nº 260 de 20 de novembro de 1979,

passaram a preparar para os exames especiais de 1º e 2º graus, oferecidos pela SEE- MG/DESU. As provas

vinham de Belo Horizonte, eram aplicadas e devolvidas, depois recebíamos o resultado da aprovação ou

reprovação dos alunos.

Em l987, conforme o Art. 30 da Lei nº 9381, de 18 de dezembro de 1986 do Governo do Estado,

regulamentada pelo Art. 82 do Decreto nº 26 515 de 14 de janeiro de 1987, as Unidades Estaduais de

Ensino Supletivo foram implantadas e ministravam curso especial de suplência de 1º e 2º graus, cursos de

qualificação profissional com a avaliação especial, ambos como experiência pedagógica, de acordo com

que dispõe a Resolução CEE nº 6363 de 14 de janeiro de 1988 e cursos de suprimento.

Conforme Resolução SEE- MG nº 6163, de 11 de março de 1987, o CESU passa a exercer suas funções

educacionais sob a inteira responsabilidade da Secretaria de Estado da Educação, mantendo convênio com

a Prefeitura Municipal, a qual continuava a oferecer o espaço físico para seu funcionamento,

complementação do quadro de pessoal e colaboração no fornecimento de material. A Prefeitura Municipal

de Uberlândia manteve alguns professores e funcionários cedidos ao CESU até 31 de janeiro de 1997

quando os retornou às escolas municipais de origem, mantendo apenas o compromisso de cessão do

prédio para seu funcionamento.

Na década de 90 o processo das Avaliações Especiais foi descentralizado. Em 15 de outubro de 1994 a SEE-

MG, por meio da Subsecretaria de Desenvolvimento Educacional, dispõe através da Portaria nº 14 de 14

de outubro de 1994 e da Instrução nº 02 de 1994 que a responsabilidade de elaborar, aplicar e corrigir as

Avaliações Especiais, bem como emitir seus resultados passa a ser de competência de cada CESU/UES.

Em 10 de agosto de 1995, o CEE – MG após examinar o relatório de avaliação dos Cursos Especiais de

Suplência, como experiência pedagógica, emite o Parecer n º 740 prorrogando a autorização de

funcionamento desses cursos até 31 de dezembro de 1997.

Em março de 1998 a SEE – MG, após examinar o relatório de avaliação dos CESU / UES e solicitar ao CEE-

MG o reconhecimento do Curso Especial de Suplência, não mais como experiência pedagógica, mas sim

como alternativa viável para a Educação de Jovens e Adultos. O CEE-MG manifesta-se através do Parecer

706/98, publicado no Diário Oficial “MG” de 29/07/98, aprovando o Parecer da SEE e regulamenta o

funcionamento dos Centros e Postos de Estudos Supletivos. A Resolução da SEE – MG nº 9514, publicada

em 17 de novembro de 1998, regulamenta o funcionamento dos Centros e Postos de Estudos Supletivos.

No Anexo 01 desta Resolução, o CESU de Uberlândia teve sua autorização de funcionamento permanente.

De acordo com a Resolução da SEE – MG nº 162 de 21 de novembro de 2000, no seu Art. 1º, os Centros

Estaduais de Estudos - CESUs passam a denominarem-se CENTROS ESTADUAIS DE EDUCAÇÃO

CONTINUADA – CESECs.

A partir de 2001, conforme a Resolução da SEE – MG nº 251, o CESEC de Uberlândia passou a contar com a

Banca Permanente de Avaliação, sendo autorizado a realizar os Exames Especiais de conclusão dos Ensinos

Fundamental e Médio. Os Exames Especiais realizados pela Banca Permanente de Avaliação são oferecidos

às pessoas jovens e adultas que não cursaram ou não concluíram as etapas da Educação Básica e que

necessitam da conclusão rápida desses níveis de ensino para elevação de escolaridade e/ou

prosseguimento dos estudos, inserção no mercado de trabalho ou manter-se no emprego. Proporcionam

agilidade nos procedimentos relacionados à regulamentação da vida escolar dos estudantes, uma vez que

oferecem ao candidato a oportunidade de conclusão dos estudos por meio de quatro avaliações nas quais

as disciplinas são agrupadas por áreas de conhecimento.

Atualmente os critérios para a realização destes Exames Especiais são definidos pela Resolução SEE/MG nº

2250 de 28 de dezembro de 2012.

Cabe ressaltar que temos uma importante função social exercida pela relevância do nosso atendimento

prestado à sociedade na solução de problemas referentes à certificação de escolaridade. Além de

proporcionar a realização da educação básica, historicamente, desde sua implantação, o CESEC de

Uberlândia atende às demandas sociais pela ampliação das oportunidades educacionais e culturais de seus

alunos de modo a proporcionar-lhes a educação permanente.

3 – MARCO REFERENCIAL

3.1 – MARCO SITUACIONAL:

O conhecimento da realidade da escola, enquanto instituição que contribui para a formação cidadã do

aluno em todas as faixas etárias e modalidades de ensino, no âmbito de sua atuação, é o início da jornada

para a realização do seu Projeto Político Pedagógico. O Centro Estadual de Educação Continuada de

Uberlândia é uma Escola Aberta que procura atender o educando em suas necessidades individuais,

respeitando seu ritmo de aprendizagem e disponibilidade para o estudo

Nossa clientela é heterogênea, formada por alunos de diversas realidades e níveis sociais, oriundos de

todos os bairros da cidade, zona rural e região. Nosso alunado é composto por adolescentes, jovens,

adultos e alguns idosos com defasagem escolar, aqueles que não tiveram acesso ou oportunidade de

estudar na idade própria o Ensino Fundamental e Médio e, também, por aqueles que não se adaptaram ou

ficaram impossibilitados de frequentar o ensino presencial e, agora, com grandes expectativas, buscam no

CESEC de Uberlândia uma nova oportunidade de recomeço e/ou de conclusão de seus estudos na

educação básica.

Compreender o perfil do educando da EJA requer o conhecimento de sua história, cultura e costumes,

entendendo-o como sujeito com diferentes experiências de vida e que em algum momento afastou-se da

escola devido a vários fatores, sociais, econômico, políticos e culturais. Entre esses fatores, destaca-se o

ingresso prematuro no mundo do trabalho, a evasão ou repetência escolar conforme a pesquisa realizada

entre os alunos.

Os jovens, adultos e idosos ingressos no CESEC possuem uma bagagem de conhecimentos adquiridos em

outras instâncias sociais, visto que a escola não é o único espaço de produção e socialização dos saberes.

Os educandos trabalhadores acorrem à escola por ter uma modalidade de ensino que oferece a conclusão

dos estudos em um período menor de tempo e para resgatar as lacunas em sua formação, visando à

manutenção ou inserção no mundo do trabalho em constantes transformações e a continuidade dos

estudos em outros níveis de escolaridade.

As pessoas idosas atendidas pela escola buscam ampliar seus conhecimentos e ter outras oportunidades

de convivência. Inclui-se aqui o convívio social e a realização pessoal. São pessoas que possuem

temporalidade específica no processo de aprendizagem, devendo-se dispensar atenção especial no

atendimento a esses alunos.

A presença da mulher na Educação de Jovens e Adultos atualmente equipara-se à presença dos homens.

Representa o resgate social da sua condição, pois, durante anos sofreu e ainda, muitas vezes, sofre

consequências de uma sociedade discriminatória e desigual, que a impediu das práticas educativas em

algum momento de sua história, muitas se afastaram da escola devido ao casamento, filhos pequenos e

mesmo pela gravidez precoce.

O CESEC de Uberlândia contempla ainda o atendimento a educandos com necessidades educacionais

especiais oportunizando o acesso, a permanência, a socialização e o progresso destes educandos no

espaço escolar.

A Educação de Jovens e Adultos na modalidade de ensino semipresencial – anos finais do Ensino

Fundamental e Ensino Médio - oferecida pelo CESEC se caracteriza pelo regime didático de matrícula por

disciplina ou conjunto de disciplinas, a qualquer época do ano, sendo que sua organização, estrutura e

funcionamento incluem momentos presenciais e não presenciais, sem frequência obrigatória.

Anualmente atendemos em torno de 5100 alunos matriculados no curso semipresencial da Educação de

Jovens e Adultos e 1500 candidatos fazem os Exames Especiais oferecidos pela Banca Permanente de

Avaliação. Neste ano houve um aumento expressivo em relação ao atendimento da Banca Permanente de

Avaliação, fato analisado pela comunidade escolar como decorrente das novas determinações da

Resolução SEE-MG nº 2250 de 28 de dezembro de 2012 no que se referem aos Exames Especiais,

anteriormente realizados duas vezes por ano sob a responsabilidade da SEE–MG e que a partir de 2013 são

oferecidos somente nos Centros Estaduais de Educação Continuada por ela credenciados.

O CESEC de Uberlândia localiza-se em bairro da região central da cidade, cujo entorno se caracteriza pelo

comércio e prestação de serviços bem diversificados. Desenvolve suas atividades em prédio próprio e

reformado recentemente, mas sem acessibilidade. O espaço físico é restrito, não tem quadra de esportes,

nem local para recreação. Compõe-se de uma biblioteca, secretaria, sala de professores, nove salas de aula

(sendo seis no segundo piso e três no térreo), uma sala destinada aos Exames Especiais da Banca

Permanente de Avaliação, Laboratório de Informática, duas salas de arquivos, uma sala para o

Departamento de Pessoal e Supervisão Pedagógica, Diretoria, Xerox, banheiros masculino e feminino,

cozinha, despensa e refeitório.

“O ambiente escolar que favorece a mediação da aprendizagem se torna fonte de estímulos originais, formando em

seu conjunto o processo educativo e socializador da educação”, com este pensamento em 2013 implantamos no

CESEC a organização das salas de aula como salas ambiente sendo uma para cada disciplina ou disciplinas

afins definidas pelas áreas do conhecimento.

A biblioteca escolar é um instrumento de desenvolvimento do currículo e permite o fomento à leitura e à

formação de uma atitude científica; constitui um elemento que oportuniza ao educando aprendizagem

permanente; fomenta a criatividade, a comunicação, a recreação, apóia os docentes na sua formação

continuada e oferece as informações necessárias para a

tomada de decisão em seus planejamentos de ensino. Nas instituições de Educação de Jovens e Adultos ela

deve transformar-se num novo espaço. Um espaço que privilegie a descoberta, o exercício da criatividade

e o autoaprendizado. Os professores desse estabelecimento atuam em conjunto na implantação de ações

que dinamizem a Biblioteca.

A Biblioteca Comunitária Judith Moreira Torres tem por missão atender à comunidade do Centro Estadual

de Educação Continuada de Uberlândia e contribuir para sua formação científica e pessoal, sendo alguns

de seus serviços oferecidos, também, à Comunidade em geral. Tem um bom acervo de livros literários,

mapas, CDs e DVDs de diversos conteúdos disciplinares. Conta com três professores para ensino do uso da

biblioteca e proporciona atendimento nos três turnos de funcionamento. Além de oferecer suporte à

escola em suas atividades pedagógicas nossa Biblioteca busca atender aos objetivos:

- proporcionar o hábito de leitura e pesquisa, divulgando obras literárias e científicas por meio de

exposições de livros e revistas, palestras e debates;

- oferecer à comunidade material informativo, colocando à sua disposição espaço cultural, bem propício à

criatividade;

- ampliar o conhecimento visto ser uma fonte cultural;

- oferecer aos professores o material necessário à implementação de seu trabalho e ao enriquecimento do

currículo escolar;

- colaborar no processo educativo, oferecendo modalidades de recursos, quanto à complementação do

ensino-aprendizado;

- proporcionar aos professores e alunos condições de constante atualização e de conhecimentos, em

todas as áreas do saber;

- atender aos interesses individuais do educando, permitindo-lhe aquisição personalizada de

conhecimento;

- contribuir para uma melhor compreensão da ação educativa da escola e reduzir a distância cultural entre

educando e seu meio social.

No ano de 2012, o CESEC de Uberlândia passou a integrar o Programa Nacional do Livro

Didático – PNLD. Participou da escolha dos livros e recebeu pela primeira vez os livros didáticos para serem

distribuídos aos alunos do Ensino Fundamental e Médio.

O Laboratório de Informática do CESEC de Uberlândia criado em 2011 encontra-se instalado e equipado,

mas ainda não foi liberado para uso. Estamos aguardamos que a Superintendência Regional de Ensino de

Uberlândia ofereça capacitação aos docentes da Escola. Sabemos da importância do laboratório como

instrumento que reforça o princípio pedagógico da contextualização, além do atendimento aos objetivos

sociais e de cidadania do aprendizado em informática para nosso alunado.

Vivemos em uma sociedade globalizada que privilegia a rapidez da comunicação e das informações, o uso

do laboratório de informática, enfatiza a valorização de uma abordagem prática para o ensino de

conteúdos e a busca de observação fora da sala de aula.

A apropriação significativa do conhecimento científico, de modo a contribuir para a compreensão dos

fenômenos do mundo natural, social e econômico em diferentes espaços e tempos do planeta, a

renovação dos conteúdos e a busca de novas práticas de ensino e aprendizagem que possam auxiliar

alunos e professores a compor a massa crítica voltada às ciências e novas linguagens são pontos de

fundamental importância para atualizar e alfabetizar tecnologicamente e auxiliar o desenvolvimento do

conjunto de habilidades e competências necessárias à elaboração de conhecimentos novos e qualificação

para o trabalho.

O CESEC tem uma sala destinada ao serviço de Xerox, com equipamento em bom estado de conservação,

que é responsável pela reprodução das provas e atividades destinadas aos alunos do curso semipresencial

e as provas dos Exames Especiais da Banca Permanente de Avaliação.

A Secretaria é o setor que tem sob sua responsabilidade todo registro de escrituração escolar e

correspondência do Estabelecimento de Ensino. Responde, também, pelo atendimento ao público em

geral que procura por nossa instituição de ensino, seja para obter informações, efetuar matrícula, solicitar

documentação escolar. É o cartão de visitas da escola onde o aluno ou futuro aluno tem o primeiro contato

com os princípios educativos propostos por nossa instituição. Daí a importância do acolhimento, da

solicitude, da presteza.

CONCEPÇÕES:

HOMEM

O homem na sociedade atual necessita envolver-se em seu contexto histórico, visando transformar a

sociedade, tomando por base as necessidades do grupo. Somente um homem consciente, pode

transformar a si mesmo e o mundo que o cerca, visto que a sociedade hoje exige um cidadão crítico,

participativo, consciente de seu papel e com autonomia para decidir suas próprias escolhas.

SOCIEDADE

Vivemos em uma sociedade informatizada e globalizada, na qual as informações são transmitidas

rapidamente. O avanço tecnológico, produzido pelo uso de computadores nas empresas, bancos,

mercados, telecomunicações e em todos os campos da sociedade, têm modificado a forma de agir e

pensar do ser humano, fazendo brotar uma nova sociedade, a que chamamos de sociedade do

conhecimento. Esta requer novas competências, exigindo um indivíduo atuante, pensante, pesquisador e

com autonomia intelectual.

ESCOLA

A escola é parte integrante da sociedade, sendo influenciada por ela ao mesmo tempo em que a influencia.

Enquanto instituição educativa não pode permanecer alheia aos condicionantes sociais que a envolve.

Considerando que promove a socialização do indivíduo deve construir um currículo que possibilite esse

processo, investindo em propostas metodológicas inovadoras, visando proporcionar a aprendizagem

significativa do aluno. Assim, a escola torna-se intencional, sistemática e organizada para atender o

adolescente, o jovem e o adulto de forma diferenciada da família e de outras instituições sociais. Cabe à

escola a função de ensinar, visto que é instituição social criada com esse fim. Ensinar implica investir em

um processo de conscientização.

EDUCAÇÃO

Impregnada de determinantes sociais, políticos e culturais, a educação possui um papel ativo na sociedade.

Não há neutralidade na educação, visto que a mesma implica em escolhas. Escolher um caminho é um ato

político imerso em um contexto sociocultural. Precisa ser desenvolvida de forma crítica, no sentido de

formar cidadãos críticos que pensam, criam e que produzam em função das necessidades do grupo e que

buscam pelo conhecimento sua realização pessoal e a instrumentalização para agir social e

profissionalmente.

CONHECIMENTO

A sociedade atual também é conhecida como a sociedade do conhecimento, pois a velocidade com que as

informações são veiculadas impulsiona a construção e reconstrução do conhecimento. Compreende–lo

como algo que não é pronto ou acabado, mas construído diariamente nas relações sociais e com a

natureza, não como verdade absoluta, mas que precisa ser construído e não repassado, cabe à escola, a

reorganização do seu papel, no sentido de proporcionar ao indivíduo essa reconstrução. Para isso, a

postura tradicional e reprodutora, precisa ser substituída por uma postura crítica de ensino, na qual o

aluno participa ativamente.

CULTURA

A cultura não é nata, envolve as características humanas que são aprendidas no convívio em sociedade.

Regula também, a ação do indivíduo e do coletivo, pois compreende um conjunto de códigos e padrões

que estabelecem e delimitam limites. Dessa forma a cultura está presente no cotidiano das pessoas, bem

como nos valores e normas partilhados socialmente. As instituições sociais, tais como a família, a escola, a

igreja e outras, enfatizam o caráter socializador da cultura. Cabe à escola, assumir seu papel enquanto

instituição do saber nesse processo: participar da produção e difusão da cultura erudita respeitando e

valorizando a cultura popular como expressão do nosso povo, na certeza de atender à diversidade cultural

que nos envolve.

CURRÍCULO

Segundo César Coll, currículo “é um instrumento que deve levar em conta as diversas possibilidades de

aprendizagem não só no que se concerne à seleção de metas e conteúdos, mas também na maneira de

planejar as atividades”.

Baseado nos conceitos e objetivos (aprender a aprender, aprender a ser, aprender a fazer e aprender a

conviver), entende-se que o currículo busca uma visão de totalidade, contradição e movimento, sendo

flexível e contextualizado no tempo/espaço e que valorize por meio das áreas do conhecimento o

conhecimento que o aluno jovem e adulto traz consigo. E para que haja eficácia no processo ensino e

aprendizagem, o mesmo deve ser definido e estudado coletivamente antes de ser trabalhado.

PLANEJAMENTO

O ato de planejar é inerente à existência humana, está relacionado com a possibilidade de transformação.

O planejamento pedagógico é fundamental para operacionalização dos objetivos de ensino, no sentido de

alcançar as finalidades educativas.

ENSINO / APRENDIZAGEM

A Educação de Jovens e Adultos do CESEC prioriza o processo de ensino e aprendizagem individualizados,

que oportuniza a atividade reflexiva e permite ao aluno conquistar uma autonomia intelectual pela

capacidade de ler, interpretar e reinventar a sua realidade social, ampliando seus conhecimentos e

consequentemente sua autoestima e melhoria da qualidade de vida, possibilitando, assim, que o aluno

torne-se crítico e que exerça a sua cidadania ao refletir sobre as questões sociais para buscar alternativas

de superação da realidade.

METODOLOGIA

Nossa metodologia de ensino e aprendizagem possibilita o atendimento individualizado, a flexibilidade na

organização do tempo escolar, o respeito ao ritmo de aprendizagem do aluno e sua disponibilidade de

tempo para os estudos.

RELAÇÃO PROFESSOR /ALUNO

Dentro da filosofia de trabalho do CESEC de Uberlândia as “funções reparadora e qualificadora” da EJA tem

seu início na relação professor/aluno. É no primeiro contato e, posteriormente, na convivência cotidiana

que o aluno vai redescobrindo seu valor e o potencial acumulados pela vida, fora dos bancos escolares.

Investir na relação professor/aluno é investir na permanência e sucesso do aluno na escola.

AVALIAÇÃO

A avaliação é um processo diagnóstico, contínuo, dialético, como parte integrante das relações de ensino e

aprendizagem. É um recurso pedagógico para auxiliar o educador a rever sua prática e reorientá-la na

perspectiva do aprimoramento do processo educativo e o educando na busca e construção de si mesmo,

de tomada de consciência de suas conquistas, dificuldades, possibilidades e necessidades ao longo do

processo de aprendizagem. É uma reflexão sobre o nível de qualidade do trabalho escolar tanto do

professor como dos alunos. A avaliação da aprendizagem escolar auxilia o educador e o educando na sua

viagem comum de crescimento e a escola na sua responsabilidade social.

A partir destes pressupostos a Educação de Jovens e Adultos, enquanto modalidade educacional que

atende a alunos trabalhadores tem como objetivo o compromisso com a formação humana e com o acesso

à cultura geral, possibilitando ao educando a participação política nas relações sociais, com

comportamento ético.

Esta modalidade de ensino se caracteriza pela diversidade do perfil dos alunos quanto à idade,

escolarização, situação econômica e cultural.

Assim, o papel fundamental na formação dos alunos é subsidiá-los para que possam aprender

permanentemente, refletir criticamente, agir com responsabilidade individual e coletiva, acompanhar as

mudanças sociais, científicas e tecnológicas.

Para tanto, considera-se o educando da EJA como sujeito sócio-histórico-cultural, com conhecimento e

experiências acumuladas. Também possui um tempo próprio de formação e nesta perspectiva, cada um

tem um tempo diferenciado de aprendizagem e não um tempo único para todos. Os limites e

possibilidades de cada aluno devem ser respeitados, atendendo desta forma suas necessidades individuais

com uma proposta que viabilize o acesso, permanência e o sucesso nos estudos.

O conhecimento deve ser organizado de forma abrangente, na qual os conteúdos culturais relevantes,

estejam articulados à realidade em que o educando se encontra, viabilizando um processo integrador dos

diferentes saberes, a partir da contribuição das diferentes áreas/disciplinas do conhecimento.

O Ensino não deve priorizar o caráter enciclopédico do conteúdo, mas um processo que oportunize a

atividade reflexiva, com a qual, o educando conquiste a autonomia intelectual pela capacidade de ler,

interpretar e reinventar a sua realidade social, ampliando seus conhecimentos, e consequentemente a

melhoria de sua qualidade de vida, resgatando assim a sua cidadania e autoestima.

Em nossa sociedade, marcada por práticas sociais e educacionais excludentes o CESEC deve pensar em um

ensino que leve em consideração a capacidade do indivíduo de tornar-se autônomo, intelectual e

moralmente, que seja capaz de interpretar as condições histórico-culturais da sociedade em que vive.

A sociedade cria o homem para si, ou seja, transmite - lhe seus conhecimentos, valores e experiências

adquiridas no passado, juntamente com o que processa no decorrer do aprendizado atual. Esse processo

desloca-se para a práxis-social, a interação entre professor e aluno se dá pela atuação do professor

orientador como mediador entre o saber sistematizado e a prática social de ambos.

A escola tem como finalidade a transmissão, construção e reconstrução de conhecimentos

sistematizados, e a partir destes conhecimentos, das vivências e experiências que o educando traz consigo

é que o processo ensino e aprendizagem torna acessível a apropriação dos conhecimentos socialmente

acumulados e também interage transformando-os. Assim, o conhecimento humano adquire diferentes

formas: do senso comum ao científico, tecnológico e estético, pressupondo diferentes concepções, muitas

vezes antagônicas que o homem tem sobre si, sobre o mundo e sobre o conhecimento.

O conhecimento escolar é dinâmico e não uma mera simplificação do conhecimento científico, que deve se

adequar à faixa etária e aos interesses dos alunos, pois cada um tem suas peculiaridades e ritmo próprio

de aprendizagem, por isso, deve-se priorizar o que é relevante ao aluno.

A função específica da escola é garantir a seus alunos uma aprendizagem de qualidade e emancipatória,

sem esquecer as experiências de vida e a realidade social. Pensando nisso precisamos de um currículo que

seja mais do que conteúdos distribuídos em disciplinas isoladas.

“ (...) define-se currículo como um conjunto de ações que cooperam para a formação humana. Nesse sentido, falar de currículo é falar de uma perspectiva de mundo, de sociedade e de ser humano. O currículo preside as atividades educativas escolares, define suas intenções e proporciona subsídios para a execução das ações. Porém, questões como o que ensinar, quando ensinar, como ensinar e como avaliar devem estar presentes.”

(Guia de Estudos para Certificação Ocupacional do Dirigente Escolar – SEE/MG– 2008)

Assim, entender Currículo Escolar pressupõe compreender todo o conjunto de atividades desenvolvidas na

Escola para cumprir sua função social. O CESEC adota as diretrizes curriculares dos Conteúdos Básicos

Comuns, conforme o estabelecido nos Artigos 17 e 18 da Resolução SEE/MG nº 2250 de 28 de dezembro

de 2012 para proporcionar aos alunos o entendimento do mundo onde vivem e busca privilegiar, também,

a cultura, os interesses e as necessidades de seus educandos.

A Lei Federal nº 11.645 acrescentou a obrigatoriedade do ensino da cultura e história indígena à lei 10.639,

de 2003, responsável por inserir a história afro-brasileira e africana nos currículos escolares. A intenção é

fazer com que as questões indígenas e afro-brasileiras sejam abordadas em disciplinas como Arte,

Literatura e História do Brasil levando-se em conta as contribuições das diferentes culturas e etnias para a

formação do povo brasileiro, especialmente das matrizes indígena, africana e européia.

§1º - o conteúdo programático a que se refere este artigo incluirá diversos aspectos da história e da cultura que caracterizam a formação da população brasileira, a partir desses grupos étnicos, tais como o estudo da história da África e dos africanos, a luta dos negros e dos povos indígenas no Brasil, a cultura negra e indígena brasileira e o negro e o índio na formação da sociedade nacional resgatando as contribuições nas áreas social, econômica e política, pertinentes a história do Brasil. § 2º - os conteúdos referentes à história e cultura afro-brasileira e dos povos indígenas brasileiras deve ser ministrado no âmbito de todo o currículo escolar, e em todas as disciplinas.

Assim a Lei mostra a importância dos indígenas para a construção da identidade brasileira. Apesar de

serem hoje poucos no país, os indígenas influenciaram muito a interculturalidade

de todos os brasileiros. É uma questão importante sobre a realidade dos povos do Brasil e traz para o

debate o perfil indígena em suas diversidades, assim como os africanos e europeus, para que não se

reproduza equivocadamente a ideia etnocêntrica de que existe apenas um único modelo civilizatório e

consequentemente a inexistência de outras formas de relacionamento do sujeito com o outro, com a

natureza no seu entorno, enfim, outras possibilidades de estar no mundo. O olhar etnocêntrico não só

corrobora com a visão unilateral de realidade, como também inferioriza e discrimina a diferença, ou seja, a

crença de que aquele diferente é naturalmente inferior.

Desta forma devem-se trabalhar estes conteúdos objetivando a importância sobre a imensa diversidade

cultural que permeia a formação da nacionalidade brasileira e para que se perceba a originalidade de cada

cultura.

O Estatuto da Criança e do Adolescente, Lei Federal nº 8.069 de 13 de julho de1990, cumpre função

institucional de elevado valor ao destacar normas e princípios que defendem condições ideais para a

infância e a juventude incluindo-as numa inovadora perspectiva de direitos e deveres de vida cidadã.

“Nesse intento, o Estatuto – harmonizado com princípios constitucionais – atua em diferentes campos temáticos. Assim, o direito à vida e à saúde; o direito à liberdade, ao respeito e à dignidade; o direito à convivência familiar e comunitária; o direito à educação, à cultura, ao esporte e ao lazer; os direitos à profissionalização e à proteção no trabalho, numa relação ainda mais ampla de preceitos, revelam a abrangência normativa pretendida, na certeza de que proteger a cidadania infanto-juvenil muito significa. Reafirmá-la é fortalecer a crença num futuro cada vez melhor para os brasileiros do amanhã”. (TEMER, 2010)

Apesar das especificidades da EJA semipresencial e do nosso alunado (adolescentes, jovens e adultos), as

normas e princípios defendidos no Estatuto da Criança e do Adolescente estão presentes em nossa prática

educativa, pois o CESEC é uma escola inclusiva por excelência, que proporciona ao aluno adolescente tanto

a conclusão de seus estudos por meio da modalidade de ensino semipresencial, como a regulamentação

de sua vida escolar e sua adequação idade/ano de escolaridade, para que possa dar continuidade em seus

estudos.

As temáticas destacadas pelo Estatuto da Criança e do Adolescente são também contempladas na Lei

Federal nº 11 988 de 27 de julho de 2009 que dispões obre a criação da Semana de Educação para a Vida, a

qual tem como finalidade dar visibilidade às ações educativas realizadas por meio dos temas transversais

apresentados pelos PCNs. É importante ressaltar que a inserção dos Temas Transversais promove a

discussão de questões relacionadas à Ética (respeito mútuo, justiça, diálogo, solidariedade), Orientação

Sexual (sexualidade, relações de gênero, prevenções das doenças sexualmente transmissíveis), Meio

Ambiente (os ciclos da natureza, sociedade e meio ambiente, manejo e conservação ambiental), Saúde

( autocuidado, vida coletiva), Pluralidade Cultural (constituição da pluralidade cultural no Brasil, o Ser

Humano Como Agente Social e Produtor de Cultura, Cidadania) e Trabalho e Consumo ( relações de

trabalho, trabalho, consumo, meios de comunicação de massas, publicidade e vendas).

Os Temas Transversais caracterizam-se, também, com um problema da vida real, local ou global que

necessita informação, reflexão e busca de uma solução. Espera-se que quando problematizados no

contexto escolar possibilitem a análise e a reflexão a ponto de promover mudanças de comportamento e

atitudes necessárias que promovam realmente a transformação social.

3.2 – MARCO FILOSÓFICO

MISSÃO

Ofertar educação de qualidade na modalidade EJA semipresencial a adolescentes, jovens e adultos que não

tiveram acesso ou interromperam seus estudos na idade própria e necessitam recuperar sua escolaridade,

ensinando conhecimentos e desenvolvendo habilidades que os capacitem para a continuidade de seus

estudos e/ou manter-se no mercado de trabalho, com ênfase no exercício da cidadania e no resgate da

autoestima, promovendo, assim, a inclusão social.

FUNÇÃO SOCIAL

Em nossa sociedade, a escola pública, em todos os níveis e modalidades da Educação Básica

tem como função social formar o cidadão, construindo conhecimentos, atitudes e valores que tornem o

estudante solidário, crítico, ético e participativo.

VALORES

Participação

Cidadania

Respeito mútuo

Comprometimento

Solidariedade

Formação

Responsabilidade

OBJETIVOS

O CESEC de Uberlândia objetiva sua ação educativa em promover o atendimento da educação de jovens e

adultos que necessitam recuperar seus estudos para garantirem melhor integração social, cultural e

profissional e continuidade dos estudos.

Fundamentado nos princípios da universalização de igualdade de acesso e permanência na escola para que

o aluno tenha sucesso nos estudos este objetivo está divido nas funções:

Reparadora que se refere à entrada de jovens e adultos no âmbito dos direitos civis. A restauração de um

direito a eles negado - o direito a uma escola de qualidade;

Equalizadora que se relaciona à igualdade de oportunidades que possibilite oferecer aos indivíduos novas

inserções no mundo do trabalho, na vida social e nos demais canais de participação;

Qualificadora que diz respeito à educação continuada, com base no caráter incompleto do ser humano,

cujo potencial de desenvolvimento e de adequação pode se atualizar em quadros escolares ou não

escolares.

3.3 – MARCO OPERATIVO

DIRETRIZES EDUCACIONAIS

A lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDBEN. Nº 9394/96, em seu artigo 37, prescreve que “a

educação de jovens e adultos será destinada àqueles que não tiveram acesso ou continuidade de estudos

no ensino fundamental e médio na idade própria”.

Com a promulgação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, a EJA passou a ser considerada uma

modalidade da Educação Básica nas etapas do Ensino Fundamental e Médio, usufruindo de uma

especificidade própria. A lei nº 9394/96 incorpora uma concepção de formação mais ampla para Educação

de Jovens e Adultos enfatizando a pluralidade de vivências humanas. Conforme artigo 1º da lei vigente

abaixo.

“A educação abrange os processos formativos que se desenvolvem na vida familiar, na convivência humana, no trabalho, nas instituições de ensino e manifestações culturais. A educação escolar deverá vincular-se ao mundo do trabalho e à prática social.”

Neste sentido, os saberes adquiridos e apropriados na educação escolar ressignificam as experiências

socioculturais dos educandos e se constituem em instrumentos e suporte para o mundo do trabalho e para

o exercício da cidadania.

As diretrizes educacionais propostas pelo CESEC de Uberlândia estão em consonância com a Legislação

Nacional, com os fundamentos e procedimentos definidos pelos Conselhos Nacional e Estadual de

Educação, com as normas do Sistema Estadual de Ensino de Minas Gerais, em especial a Educação de

Jovens e Adultos.

Na LDBEN 9394 de 2006 são definidos como princípios e fins da Educação Nacional:

Art.2º - O Ensino será ministrado com base nos seguintes princípios

I- igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;

II- liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento, a arte, o saber;

III- pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas;

IV- respeito à liberdade e apreço à tolerância;

V- coexistência de instituições públicas e privadas de ensino;

VI- gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais;

VII- valorização do profissional da educação escolar;

VIII- gestão democrática do ensino público na forma desta legislação e dos sistemas de ensino;

IX- garantia do padrão de qualidade;

X- valorização da experiência extraescolar;

XI- vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas sociais.

Conforme o disposto no Art. 3º a Resolução SEE-MG 2197 de 26 de outubro de 2012:

(....)

Art. 3º - As Escolas da Rede Estadual de Ensino adotarão, como norteadores de suas ações pedagógicas, os seguintes princípios:

I - Éticos: de justiça, solidariedade, liberdade e autonomia; de respeito à dignidade da pessoa humana e de compromisso com a promoção do bem de todos, contribuindo para combater e eliminar quaisquer manifestações de preconceito de origem, gênero, etnia, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação;

II - Políticos: de reconhecimento dos direitos e deveres de cidadania, de respeito ao bem comum e à preservação do regime democrático e dos recursos ambientais; da busca da equidade e da exigência de diversidade de tratamento para assegurar a igualdade de direitos entre os alunos que apresentam diferentes necessidades;

III - Estéticos: do cultivo da sensibilidade juntamente com o da racionalidade; do enriquecimento das formas de expressão e do exercício da criatividade; da valorização das diferentes manifestações culturais, especialmente, a da cultura mineira e da construção de identidades plurais e solidárias.

O CESEC de Uberlândia tem por objetivos específicos para o Ensino Fundamental e Médio:

I- oferecer oportunidades de estudos em nível de Ensino Fundamental e/ ou Médio, para alunos com

defasagem escolar e/ou aqueles que não se adaptaram ou ficaram impossibilitados de frequentar o ensino

presencial;

II- concorrer para que o adolescente, o jovem e o adulto desenvolvam suas potencialidades e participem da

vida coletiva, por meio de ensino orientado, para melhoria de sua formação:

a) pessoal - fornecendo-lhe o instrumental necessário à autorrealização e comunicação

interpessoal, de modo a se tornarem agentes de seu próprio desenvolvimento e mudança social;

b) intelectual - desenvolvendo-lhes as habilidades de aquisição, aplicação, análise, síntese e julgamento de novas

informações para a reestruturação dos conhecimentos anteriormente adquiridos;

c) social - desenvolvendo-lhe a capacidade de integração nos grupos sociais, de desempenho consciente dos

deveres e direitos do cidadão e de participação na evolução social e cultural;

d) profissional - desenvolvendo-lhes a competência para atender às solicitações do progresso tecnológico e das

novas estruturas e condições para o trabalho;

e) estratégia metodológica centrada no ensino personalizado.

Assim, o Projeto Político Pedagógico da escola deverá contemplar, em sua organização e

desenvolvimento, além dos valores, princípios e finalidades previstos nas Diretrizes Curriculares Nacionais

para o Ensino Fundamental e Médio também os princípios orientadores presentes no Artigo 16 da Resolução

SEE-MG nº 2250 de 28 de dezembro de 2002:

I - situações de aprendizagem que proporcionem ao aluno a aquisição de conhecimento e o desenvolvimento

de habilidades socialmente significativas, visando formar o cidadão solidário, autônomo, competente e

responsável;

II- ambiente incentivador da curiosidade, do questionamento, do diálogo, da criatividade e da originalidade;

III- seleção de conteúdos curriculares adequados aos jovens e adultos;

IV- aproveitamento de conhecimentos e habilidades adquiridas pelo aluno por meios informais privilegiando

temas adequados ao nível de ensino;

V- utilização de metodologias e estratégias diversificadas de aprendizagem, apropriadas às necessidades e

interesses dos alunos;

VI- uso de recursos audiovisuais, biblioteca e de novas tecnologias de informação e comunicação;

VII- capacitação continuada do professor para trabalhar com jovens e adultos;

VIII- avaliação diagnóstica e contínua do desempenho do educando, como instrumento de tomada de

consciência de suas conquistas, dificuldades, possibilidades e necessidades ao longo do processo de

aprendizagem e de reorientação da prática pedagógica.

A partir das diretrizes educacionais mencionadas e das reflexões sobre as questões propostas nos marcos

situacional e filosófico nossa escola realizou reuniões com todos os seguimentos e pesquisa junto aos

alunos e servidores para delinear as nossas concepções de como vemos e sentimos a realidade social e

educacional em que estamos inseridos.

Com a participação efetiva de todos, nas reuniões trabalhamos de forma pormenorizada as cinco

dimensões de Gestão Escolar: Gestão de Resultados Educacionais, Gestão Pedagógica, Gestão de Pessoas,

Gestão de Recursos e Administração da Escola e Gestão Democrática, para definir o ideal que temos de

todas as questões que permeiam a ação educativa e subsidiar as ações que serão necessárias à melhoria

de nossa atuação e, consequentemente do processo ensino-aprendizagem.

IV – DIAGNÓSTICO ( A escola que temos)

1ª DIMENSÃO – GESTÃO DE RESULTADOS EDUCACIONAIS

O projeto político-pedagógico é o fruto da interação entre os objetivos e prioridades estabelecidas pela

coletividade e que por meio da reflexão institui as ações necessárias à construção de uma nova realidade.

No decorrer deste ano de 2013 e a partir das reflexões de todos os segmentos, tanto na sua prática

cotidiana como nos momentos específicos das reuniões de formação continuada, analisamos as

prioridades da educação que pretendemos desenvolver na Escola, avaliando e reelaborando as ações

propostas pelo coletivo, modificando-as quando foi necessário, tendo como parâmetro as legislações

vigentes e as orientações recebidas da SEE-MG, com sensibilidade e competência.

A organização, estrutura e funcionamento do CESEC têm características específicas como:

- regime didático de matrícula por componente curricular ou grupo de disciplinas, escolhidas pelo próprio

aluno, em qualquer época do ano;

- momentos presenciais e não presenciais sem exigência de frequência mínima;

- flexibilidade na organização do tempo escolar de cada aluno, não há formação de turmas, o aluno tem

liberdade para escolher o turno ou turnos, horário e dia conforme sua disponibilidade de tempo para os

estudos;

- atendimento individualizado ou em pequenos grupos, diariamente nos três turnos de funcionamento da

escola, para esclarecimento de suas dúvidas em relação aos conteúdos propostos para cada módulo do

componente curricular matriculado;

- respeito ao ritmo de aprendizagem, o aluno decide quando está preparado para fazer a avaliação de cada

módulo de ensino;

Devido a estas peculiaridades os indicadores relativos à frequência e resultados das avaliações externas

(PROEB, IDEB, SAEB e outros ) não foram considerados para análise pois não registramos a frequência dos

alunos e os mesmos não participam das avaliações externas.

A frequência diária do aluno não é obrigatória, não sendo computada para fins de aprovação/reprovação,

entretanto para que tenha êxito nos estudos, o aluno é orientado a comparecer nos plantões de

atendimento conforme o horário dos professores orientadores e após o cumprimento do Plano de Estudo,

submeter-se à avaliação de aprendizagem de cada módulo de ensino. Aquele que não comparecer por um

período de 60 dias letivos consecutivos será considerado evadido e terá sua matrícula cancelada, devendo

ser efetuada nova matrícula, caso retorne.

O rendimento escolar de cada aluno é realizado de forma sistemática pelos docentes, pois é um

importante indicador da aprendizagem e, também, um parâmetro para análise dos conteúdos

selecionados para cada módulo de ensino e dos instrumentos de avaliação utilizados, para as devidas

ações de melhoria do processo de ensino-aprendizagem. A divulgação dos resultados das avaliações é

individualizada, divulgadas pelo professor ou pela secretaria ao próprio aluno. Quando o aluno conclui o

número de avaliações de cada componente curricular seus resultados são repassados para a supervisão

pedagógica que faz o levantamento junto com a secretaria do número de matriculados e concluintes.

Cabe ressaltar que o trabalho pedagógico realizado no CESEC não se refere a ano de escolaridade, o aluno

só conclui o nível de ensino no qual está matriculado se aprovado em todas as avaliações dos módulos de

ensino, de todos os componentes curriculares, de cada nível e este tempo é determinado pelo próprio

aluno.

A grande procura pela modalidade de ensino semipresencial oferecida pelo CESEC de Uberlândia é a

principal fonte de satisfação dos educandos de acordo com a pesquisa de opinião e relatos dos próprios

alunos aos professores e funcionários da escola, pois em seus relatos, além de ser um processo que atende

o objetivo de terminar sua escolaridade em menos tempo, a maior parte dos professores e funcionários

são atenciosos e compromissados. A maioria dos alunos sente-se acolhida, são tratados com igualdade e

justiça e gostam de estar na escola da qual sentem muito orgulho e reconhecimento. Referem-se também

às dificuldades que encontram: salas pequenas e com grande número de alunos o que dificulta o

atendimento individualizado, colegas que ficam no refeitório ou nos corredores conversando alto e

atrapalhando os demais; nas relações interpessoais consideram que a organização e funcionamento da

escola não auxiliam no relacionamento entre as pessoas e solicitam atividades que promovam mais

entrosamento entre os alunos e destes com os professores e gestores e, também maior participação dos

alunos nas reuniões. Consideram que a comunicação das informações é insuficiente e precisa ser

melhorada. Os docentes e demais funcionários estão satisfeitos em trabalhar na escola e gostam do que

fazem. Salientaram também a necessidade de buscar alternativas que promovam mais entrosamento entre

todos os segmentos.

2ª DIMENSÃO – GESTÃO PEDAGÓGICA

Os Cursos de Educação de Jovens e Adultos são ministrados em regime semipresencial no Centro de

Educação Continuada de Uberlândia, portanto podem se matricular aqueles que já tenham 15 anos

completos para o Ensino Fundamental e 18 anos completos para o Ensino Médio, sendo que sua matrícula

pode ser efetuada em qualquer época do ano.

O aluno se matricula no ano civil em curso durante o qual irá estudar e tentar concluir os módulos das

disciplinas do nível escolhido. No início do ano civil seguinte, caso esteja na escola, deverá renovar sua

matrícula. É importante destacar que cada aluno só pode ter uma matrícula, independentemente do

número de disciplinas em curso.

No CESEC não existe a formação de turmas. No ato da matrícula o aluno é orientado sobre a

escolha dos componentes curriculares que pretende cursar conforme sua necessidade e disponibilidade de

tempo para o estudo, horário dos professores orientadores e de funcionamento da escola, número de

módulos de estudo e respectivas avaliações por disciplina descritos no Programa de Orientação de Estudo

que recebe. Este programa é elaborado pelos docentes de acordo com a Proposta Curricular da Escola e

em consonância com os CBCs que são parâmetros adotados na abordagem dos conteúdos, também são

referencias os conteúdos disciplinares dos livros didáticos adotados.

Nas sala de aula de cada disciplina em que se matriculou, junto ao professor orientador de aprendizagem

o aluno recebe os esclarecimento de todas as suas dúvidas relacionadas ao Plano de Estudos, aos

conteúdos do componente curricular e às avaliações.

O atendimento individual é flexível e realizado nos turnos, sendo ofertadas todas as disciplinas de uma a

cinco vezes por semana em todos os turnos, conforme cronograma de atendimento dos professores

orientadores de aprendizagem do CESEC e disponibilidade do educando, sendo que o mesmo poderá

cursar até quatro disciplinas por semana .

A organização do tempo escolar em cada turno é divida em dois momentos: 1) uma hora e trinta minutos

dedicadas ao atendimento e estudo individualizado com o professor orientador de aprendizagem de cada

disciplina, seguido de intervalo de dez minutos para o lanche; 2) a aplicação das provas das disciplinas

previstas pelo horário semanal. Caso não esteja preparado o suficiente o aluno tem liberdade em fazê-la

ou não, podendo retornar em qualquer horário, seja para ter novo atendimento ou fazer a avaliação do

módulo de ensino.

A escola adota metodologias e estratégias diversificadas de aprendizagem apropriadas às necessidades e

interesse do aluno, considerando os seguintes aspectos: motivação dos alunos; respeito ao ritmo próprio

de aprendizagem; adequação de conteúdo ao nível de experiência do aluno; gradação de dificuldades;

atividades de estudos independentes e avaliação dialógica da aprendizagem.

A metodologia é centrada nas atividades propostas pelo material didático e em outras estratégias de

ensino personalizado ou de pequenos grupos. Os recursos didáticos são elaborados obedecendo aos

princípios da instrução personalizada, proporcionando a autoaprendizagem.

A verificação do rendimento do ensino ministrado no CESEC realiza-se através de avaliação diagnóstica e

contínua do desempenho do aluno como instrumento de tomada de consciência de suas conquistas,

dificuldades, possibilidades e necessidades, ao longo do processo de aprendizagem.

Consiste, essencialmente, em determinar se os objetivos educacionais estão sendo realmente alcançados,

de acordo com a proposta pedagógica da escola e os planos de ensino. Tem por finalidade a verificação dos

conhecimentos, habilidades e atitudes dos alunos, tendo em vista mudanças comportamentais,

especificadas nos objetivos traçados nos conteúdos, bem como a apuração do rendimento escolar para

fins de promoção.

Considerando-se o aluno como agente na construção e/ ou transformação de seus conhecimentos e de

suas relações com a sociedade, a avaliação, preferencialmente, focaliza a compreensão dos fatos, a

percepção de relações e a mobilização dos conhecimentos, habilidades e competências construídos,

evitando a aferição somente de dados memorizados.

O processo de avaliação compreende: elaboração, aplicação, correção e emissão de resultados e são de

responsabilidade do professor orientador da aprendizagem de cada componente curricular.

A avaliação do processo de aprendizagem acontece após o cumprimento do Plano de Estudo de cada

módulo em todos os componentes curriculares, mediante a realização de exames presenciais no CESEC

através de provas elaboradas pelos professores orientadores, contendo questões objetivas e dissertativas.

Para cada módulo são distribuídos 100 (cem) pontos, sendo 20 (vinte) pontos destinados ao Plano de

Estudos e 80 (oitenta) à prova. A nota final de cada módulo é a soma da pontuação obtida no plano de

estudo e na prova, sendo considerado aprovado o aluno que obtiver no mínimo 50 (cinquenta) pontos.

Para aprovação em cada componente curricular, o resultado final do aluno, é a média aritmética dos

pontos obtidos nos módulos avaliados.

Os resultados da prova de cada módulo e o resultado final obtido com o total de módulos de cada

componente curricular são registrados em formulários próprios. O resultado final de cada disciplina é

registrado, também, em atas e livro de resultados finais de aproveitamento

Ao longo do processo de ensino aprendizagem as atividades variadas que constarem nos Planos de Estudo

como trabalhos, pesquisas e outras podem e devem ser desenvolvidas para enriquecer os estudos dos

alunos com informações e produção de novos conhecimentos, essas atividades diversificadas são

importantes para diagnosticar o nível de aprendizagem dos alunos e prepará-los para as avaliações de cada

módulo.

A avaliação da aprendizagem é dialógica, pois a entendemos como um processo de diagnóstico contínuo

da aprendizagem. O não acerto é trabalhado como novo momento de aprendizagem para o aluno e de

reflexão pelo professor orientador dando-lhe os subsídios necessários para redimensionar sua prática

pedagógica e reorientar a aprendizagem dos alunos.

A recuperação é concomitante ao processo ensino-aprendizagem, considerando a apropriação dos

conhecimentos básicos, sendo direito de todos os alunos, independentemente do nível de apropriação dos

mesmos.

As atividades para sanar deficiências ocorrem na situação em que o aluno não adquire os mínimos

necessários no teste de cada módulo, quando não são alcançados todos os objetivos do conteúdo, sendo

oferecidas a ele novas oportunidades de avaliação. Assim, é facultado ao aluno ter tantas oportunidades

de realização dos exames modulares quantas forem necessárias.

As avaliações de Língua Portuguesa do Ensino Fundamental e do Ensino Médio deverão constar de textos

com interpretação, conteúdo gramatical, redação e literatura.

A organização curricular dos anos finais do Ensino Fundamental e do Ensino Médio do CESEC contempla os

componentes curriculares que integram a Base Nacional Comum, como também a Língua Estrangeira

Moderna – Inglês, na Parte Diversificada, exceto os componentes curriculares de Educação Física e Ensino

Religioso, devido à especificidade de nossa organização e funcionamento. Conforme estabelecido pela

Resolução SEE-MG nº 666 de 07 de abril de 2005, o CESEC aplica os Conteúdos Básicos Comuns – CBC no

processo de orientação da aprendizagem dos alunos.

Os conteúdos dos componentes curriculares são ordenados quanto à sequência e ao tempo necessário

para seu desenvolvimento com objetivos, amplitude e profundidade de tratamento adequado às

demandas e às propriedades do aluno, priorizando a formação sobre a informação.

Os componentes curriculares são organizadas por meio de módulos, no mínimo cinco módulos por

disciplina e no máximo nove. Para proceder à organização modular, o material didático deve ser

selecionado e preparado pelo professor da disciplina, sob a supervisão das

equipes técnico-pedagógicas da própria escola e da Superintendência Regional de Ensino.

A organização modular não implica no esvaziamento de conteúdos curriculares ou na simplificação de sua

abordagem, mas na seleção e integração dos que são válidos para o desenvolvimento pessoal e para a

participação social, considerando que os mesmos devem fazer parte de um processo global com várias

dimensões articuladas, sendo que a adoção dessa perspectiva pressupõe uma modificação na maneira de

pensar e articular os componentes curriculares. Os conteúdos, as metodologias de ensino e a avaliação

buscam articular os novos conhecimentos com as experiências de vida do aluno e com temas relacionados

à saúde, sexualidade, vida familiar e social, meio ambiente, trabalho, tecnologia, cultura e outras

linguagens ministradas de forma interdisciplinar.

APROVEITAMENTO DE ESTUDOS

No ato da matrícula, os alunos são informados quanto à possibilidade de aproveitamento de estudos

concluídos em curso regular e em exames (Supletivo, ENCCEJA, ENEM, TELECURSO 2000) ou outros

equivalentes, mediante documentação comprobatória.

É necessário que o aluno seja submetido a estudos e avaliações em todos os módulos correspondentes à(s)

disciplinas da Base Nacional Comum nas quais não tenha logrado êxito.

INCLUSÃO EDUCACIONAL

Esta terminologia pode ser atribuída a diferentes grupos de educandos, desde aqueles que apresentam

deficiências permanentes até aqueles que, por razões diversas fracassam em seu processo de

aprendizagem escolar. A legislação assegura a oferta de atendimento educacional especializado aos que

apresentam necessidades educativas especiais decorrentes de:

- Deficiência intelectual, física/neuromotora, visual e auditiva;

- Condutas típicas de síndromes e quadros psicológicos, neurológicos ou psiquiátricos;

- Superdotação/altas habilidades.

É importante destacar que “especiais” devem ser consideradas as alternativas e as estratégias que a prática pedagógica deve assumir para remover barreiras para a aprendizagem e participação de todos

os alunos. (CARVALHO, 2001.)

Desse modo, desloca-se o enfoque do especial ligado ao educando para o atribuído à educação. Mesmo

que os alunos apresentem características diferenciadas decorrentes não apenas de deficiências, mas

também, de condições socioculturais diversas e econômicas desfavoráveis, eles tem o direito de receber

apoio diferenciado daqueles normalmente oferecidos pela educação escolar. Sob este olhar, o CESEC é

essencialmente uma escola inclusiva.

Considerando ainda:

- O direito de cada educando de realizar seus projetos de estudos, de trabalho e de inserção de vida social;

- A busca da identidade própria de cada educando, o reconhecimento e a valorização das suas diferenças e

potencialidades, bem como de suas necessidades educacionais especiais no processo de ensino e

aprendizagem, como base para constituição e ampliação de valores, atitudes, conhecimentos, habilidades

e competências;

- O desenvolvimento para o exercício da cidadania, da capacidade de participação social, política e

econômica e sua ampliação, mediante o cumprimento de seus deveres e uso fruto de seus direitos.

Garante-se, dessa forma, que a inclusão educacional assegure o direito à igualdade com equidade de

oportunidades. Isso não significa o modo igual de educar a todos, mas uma forma de garantir os apoios e

serviços especializados para que cada um aprenda, resguardando-se suas singularidades.

Assim, cabe ao professor orientador planejar e reajustar suas ações pedagógicas em função de parâmetros

estabelecidos pelo ponto de partida do aluno e pelas peculiaridades que apresenta em seu processo de

apreensão e construção do conhecimento

O CESEC de Uberlândia contempla também o atendimento a educandos com necessidades

educativas especiais, priorizando ações educacionais específicas e que oportunizem o acesso, a

permanência e o êxito destes no espaço escolar.

Em relação ao atendimento dos alunos portadores de deficiências permanentes a escola trabalha com

muita precariedade, pois não temos sala de recursos, nem profissionais especializados para a realização

deste atendimento. Estes alunos são atendidos e integrados à comunidade escolar pelo esforço e

compromisso dos professores orientadores de cada componente curricular. Contamos com poucos

equipamentos específicos para o atendimento na área da baixa visão como lupas e ampliação da fonte

com adequação das avaliações em relação a cada deficiência, mas para a perda total da visão dispomos

apenas de um notebook, a transcrição para Braille dos livros didáticos é repassada para instituições

filantrópicas, as quais também em parceria com o CESEC preparam os alunos para as avaliações dos

módulos de ensino. Durante o ano de 2013, na área da surdez, a escola contou com um professor

intérprete de Libras para auxiliar os alunos surdos e aos professores orientadores durante o atendimento e

avaliações.

Apesar das dificuldades nossa comunidade escolar tem boa receptividade (corpo docente, corpo discente e

funcionários) para realizar adaptações que viabilizem o atendimento especializado. Como a escola não tem

acessibilidade os alunos cadeirantes ou com dificuldades de locomoção fazem suas avaliações no

pavimento térreo, para os alunos cegos o professor de uso da biblioteca, as especialistas de educação e

outros são os ledores das avaliações.

CULTURA AFRO-BRASILEIRA E INDÍGENA E ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

Com objetivos estabelecidos na legislação vigente a escola desenvolve um trabalho sobre a temática racial

e ambiental e de direitos humanos valendo-se de vários textos didáticos, exposições de cartazes, palestras,

informações diversas, questões propostas nos Planos de Estudo e nas Avaliações e projetos de ensino

sobre cidadania, meio ambiente e cultura africana e indígena desenvolvidos pelos professores

orientadores das áreas de conhecimento das Ciências Humanas, Ciências da Natureza e Linguagens.

As especificidades do ensino semipresencial como a alta rotatividade do alunado, jornada de trabalho e os

interesses pragmáticos da maioria de nossos alunos são aspectos que de acordo com as observações dos

professores orientadores dificultam o trabalho pedagógico com projetos de ensino, principalmente no

desenvolvimento de atividades como apresentações em grupo e pesquisas extraclasse .