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1 - HISTÓRICO e LEGISLAÇÕES:
Idealizadas a partir da lei 5692/71, como forma de atendimento ao grande contingente de evadidos do
ensino regular, as Unidades de Ensino Supletivo – UES iniciaram suas atividades em 1975.
O dimensionamento da clientela, a disponibilidade de instalações físicas, o interesse das administrações
municipais e a existência de recursos financeiros destinados à atividade, constituíram os principais
indicadores que determinaram a opção por instalar Centro, Unidade ou Posto de Estudos Supletivos na
comunidade.
HISTÓRICO LEGISLAÇÕES
Inicialmente, as Unidades de Ensino Supletivo
funcionavam através de convênios com a Prefeitura
Municipal, ministrando seus cursos preparatórios para
os Exames de Suplência (Exames de Massa).
- CRIAÇÂO: Lei Municipal nº 2813 de
09 de junho de 1978.
Autoriza, em caráter experimental, para ministrar
exames supletivos especiais aos alunos dos Cursos de
Suplência Preparatórios aos Exames Supletivos
Especiais de 1° e 2° graus oferecidos pela SEE-MG/
DESU.
- Resolução CEE/MG n° 260 de 20 de
novembro de 1979.
- Parecer CEE/MG nº 455/79.
Cria as Unidades Estaduais de Ensino Supletivo.
- Art. 30 da Lei nº 9381, de 18 de
dezembro de 1986 e regulamentada pelo
Art. 82 do Decreto nº 26 515 de 14 de
janeiro de 1987.
Instala o Centro de Estudos Supletivos de Uberlândia
(CESU) e autoriza ministrar curso especial de Suplência
de 1º e 2º graus, cursos de Qualificação Profissional
com avaliação especial, ambos como experiência
pedagógica e cursos de Suprimento nos termos da
legislação de Ensino Supletivo em vigor.
- Resolução SEE / MG nº 6163 de
11 de março de 1987.
- Resolução CEE / MG nº 6363 de
14/01/1988.
Regulariza o funcionamento de Cursos Estaduais e
Municipais de Suplência de 1º e 2º graus.
- Resolução CEE / MG nº 363 de 22 de
dezembro de 1987.
- Parecer CEE /MG nº 173 de 28 de março
de 1989.
Avalia o funcionamento dos Centros e Unidades de
Ensino Supletivo das redes Estaduais e Municipais de
Ensino.
Parecer do CEE / MG nº 405 de 06 de
junho de 1990.
HISTÓRICO LEGISLAÇÕES
Descentraliza o Processo de Avaliação Especial ficando
a cargo de cada CESU e UES a responsabilidade de
elaborar, aplicar e corrigir as avaliações especiais, bem
como emitir seus resultados.
- Portaria da Subsecretaria de
Desenvolvimento Educacional – SEE / MG
nº 14 de 14 de outubro de 1994.
- Instrução SEE-MG nº 02 de 1994.
Prorroga a autorização de funcionamento do Curso
Especial de Suplência como experiência pedagógica até
31 de dezembro de 1997.
Parecer do CEE nº 740 de 10 de agosto de
1995.
Regulamenta o funcionamento dos Centros e Postos de
Estudos Supletivos como alternativa viável para a
Educação de Jovens e Adultos e não mais como
experiência pedagógica.
Parecer CEE/MG nº 706 de 29 de julho de
1998.
Regulamenta o funcionamento dos Centros e Postos de
Estudos Supletivos e autoriza o funcionamento
permanente do CESU DE UBERLÂNDIA.
Resolução SEE / MG nº 9514, de 17 de
novembro de 1998.
Institui nova denominação para os Centros Estaduais de
Estudo Supletivos - CESUs, que passa a ser Centros
Estaduais de Educação Continuada - CESECs.
Resolução SEE / MG nº 162 de 21 de
novembro de 2000.
Define critérios para a realização de Exames Especiais
oferecidos nos CESECs. Resolução SEE / MG nº 251 de 2002.
Regulamenta a Educação de Jovens e Adultos na Rede
Estadual de Minas Gerais.
Resolução SEE / MG nº 171 de janeiro de
2002.
Credencia os Centros Estaduais de Educação
Continuada – CESECs para funcionamento da Banca
Permanente e Avaliação e define critérios para a
realização de Exames Especiais.
Resolução SEE/MG nº 625 de 02 de
dezembro de 2004.
Credencia os Centros Estaduais de Educação
Continuada – CESECs para funcionamento da Banca
Permanente de Avaliação e define novos critérios para
a realização de Exames Especiais.
Resolução SEE/MG nº 1774 de 23 de
outubro de 2010.
Estabelece o Calendário Escolar para o ano de 2013 nas
Escolas Públicas de Minas Gerais Resolução SEE/ MG nº 2.233, de 11 de dezembro de 2012
Dispõe sobre a organização e o funcionamento do
ensino nos Centros Estaduais de Educação Continuada
(CESEC) de Minas Gerais.
Resolução SEE/MG nº 2250 de 28 de
dezembro de 2012.
Estabelece normas para a organização do Quadro de
Pessoal das Escolas Estaduais e a designação para o
exercício de função pública na rede estadual de
educação básica.
Resolução SEE/MG nº 2253 de 09 de janeiro de 2013
2 - CARACTERIZAÇÃO DA ENTIDADE.
2.1 - HISTÓRICO DA INSTITUIÇÃO
O Centro Estadual de Educação Continuada de Uberlândia iniciou suas atividades em 09 de setembro de
1977 como Curso de Ensino Supletivo, na Avenida João Pinheiro nº 768, em Uberlândia, sendo
subvencionado pela Prefeitura Municipal de Uberlândia, Universidade Federal de Uberlândia e Secretaria
de Estado da Educação de Minas Gerais, em convênio, por tempo indeterminado. Foi implantado pela
Diretora Maria Vicentina de Campos Carvalho, sendo na época Secretário Municipal de Educação o Senhor
José Fernandes Filho.
Em 22 de junho de 1979 foi inaugurada a atual sede do CESEC de Uberlândia na Rua Prata, nº 649 no Bairro
Aparecida, ainda como Curso de Ensino Supletivo. A primeira coordenadora e, quem também implantou o
CESU em Uberlândia foi Dona Gláucia Santos Monteiro, na gestão do prefeito municipal Virgílio Galassi.
Inicialmente, as Unidades de Ensino Supletivo ministravam cursos preparatórios para os Exames de
Suplência (Exames de Massa) e, a partir da Resolução do CEE- MG nº 260 de 20 de novembro de 1979,
passaram a preparar para os exames especiais de 1º e 2º graus, oferecidos pela SEE- MG/DESU. As provas
vinham de Belo Horizonte, eram aplicadas e devolvidas, depois recebíamos o resultado da aprovação ou
reprovação dos alunos.
Em l987, conforme o Art. 30 da Lei nº 9381, de 18 de dezembro de 1986 do Governo do Estado,
regulamentada pelo Art. 82 do Decreto nº 26 515 de 14 de janeiro de 1987, as Unidades Estaduais de
Ensino Supletivo foram implantadas e ministravam curso especial de suplência de 1º e 2º graus, cursos de
qualificação profissional com a avaliação especial, ambos como experiência pedagógica, de acordo com
que dispõe a Resolução CEE nº 6363 de 14 de janeiro de 1988 e cursos de suprimento.
Conforme Resolução SEE- MG nº 6163, de 11 de março de 1987, o CESU passa a exercer suas funções
educacionais sob a inteira responsabilidade da Secretaria de Estado da Educação, mantendo convênio com
a Prefeitura Municipal, a qual continuava a oferecer o espaço físico para seu funcionamento,
complementação do quadro de pessoal e colaboração no fornecimento de material. A Prefeitura Municipal
de Uberlândia manteve alguns professores e funcionários cedidos ao CESU até 31 de janeiro de 1997
quando os retornou às escolas municipais de origem, mantendo apenas o compromisso de cessão do
prédio para seu funcionamento.
Na década de 90 o processo das Avaliações Especiais foi descentralizado. Em 15 de outubro de 1994 a SEE-
MG, por meio da Subsecretaria de Desenvolvimento Educacional, dispõe através da Portaria nº 14 de 14
de outubro de 1994 e da Instrução nº 02 de 1994 que a responsabilidade de elaborar, aplicar e corrigir as
Avaliações Especiais, bem como emitir seus resultados passa a ser de competência de cada CESU/UES.
Em 10 de agosto de 1995, o CEE – MG após examinar o relatório de avaliação dos Cursos Especiais de
Suplência, como experiência pedagógica, emite o Parecer n º 740 prorrogando a autorização de
funcionamento desses cursos até 31 de dezembro de 1997.
Em março de 1998 a SEE – MG, após examinar o relatório de avaliação dos CESU / UES e solicitar ao CEE-
MG o reconhecimento do Curso Especial de Suplência, não mais como experiência pedagógica, mas sim
como alternativa viável para a Educação de Jovens e Adultos. O CEE-MG manifesta-se através do Parecer
706/98, publicado no Diário Oficial “MG” de 29/07/98, aprovando o Parecer da SEE e regulamenta o
funcionamento dos Centros e Postos de Estudos Supletivos. A Resolução da SEE – MG nº 9514, publicada
em 17 de novembro de 1998, regulamenta o funcionamento dos Centros e Postos de Estudos Supletivos.
No Anexo 01 desta Resolução, o CESU de Uberlândia teve sua autorização de funcionamento permanente.
De acordo com a Resolução da SEE – MG nº 162 de 21 de novembro de 2000, no seu Art. 1º, os Centros
Estaduais de Estudos - CESUs passam a denominarem-se CENTROS ESTADUAIS DE EDUCAÇÃO
CONTINUADA – CESECs.
A partir de 2001, conforme a Resolução da SEE – MG nº 251, o CESEC de Uberlândia passou a contar com a
Banca Permanente de Avaliação, sendo autorizado a realizar os Exames Especiais de conclusão dos Ensinos
Fundamental e Médio. Os Exames Especiais realizados pela Banca Permanente de Avaliação são oferecidos
às pessoas jovens e adultas que não cursaram ou não concluíram as etapas da Educação Básica e que
necessitam da conclusão rápida desses níveis de ensino para elevação de escolaridade e/ou
prosseguimento dos estudos, inserção no mercado de trabalho ou manter-se no emprego. Proporcionam
agilidade nos procedimentos relacionados à regulamentação da vida escolar dos estudantes, uma vez que
oferecem ao candidato a oportunidade de conclusão dos estudos por meio de quatro avaliações nas quais
as disciplinas são agrupadas por áreas de conhecimento.
Atualmente os critérios para a realização destes Exames Especiais são definidos pela Resolução SEE/MG nº
2250 de 28 de dezembro de 2012.
Cabe ressaltar que temos uma importante função social exercida pela relevância do nosso atendimento
prestado à sociedade na solução de problemas referentes à certificação de escolaridade. Além de
proporcionar a realização da educação básica, historicamente, desde sua implantação, o CESEC de
Uberlândia atende às demandas sociais pela ampliação das oportunidades educacionais e culturais de seus
alunos de modo a proporcionar-lhes a educação permanente.
3 – MARCO REFERENCIAL
3.1 – MARCO SITUACIONAL:
O conhecimento da realidade da escola, enquanto instituição que contribui para a formação cidadã do
aluno em todas as faixas etárias e modalidades de ensino, no âmbito de sua atuação, é o início da jornada
para a realização do seu Projeto Político Pedagógico. O Centro Estadual de Educação Continuada de
Uberlândia é uma Escola Aberta que procura atender o educando em suas necessidades individuais,
respeitando seu ritmo de aprendizagem e disponibilidade para o estudo
Nossa clientela é heterogênea, formada por alunos de diversas realidades e níveis sociais, oriundos de
todos os bairros da cidade, zona rural e região. Nosso alunado é composto por adolescentes, jovens,
adultos e alguns idosos com defasagem escolar, aqueles que não tiveram acesso ou oportunidade de
estudar na idade própria o Ensino Fundamental e Médio e, também, por aqueles que não se adaptaram ou
ficaram impossibilitados de frequentar o ensino presencial e, agora, com grandes expectativas, buscam no
CESEC de Uberlândia uma nova oportunidade de recomeço e/ou de conclusão de seus estudos na
educação básica.
Compreender o perfil do educando da EJA requer o conhecimento de sua história, cultura e costumes,
entendendo-o como sujeito com diferentes experiências de vida e que em algum momento afastou-se da
escola devido a vários fatores, sociais, econômico, políticos e culturais. Entre esses fatores, destaca-se o
ingresso prematuro no mundo do trabalho, a evasão ou repetência escolar conforme a pesquisa realizada
entre os alunos.
Os jovens, adultos e idosos ingressos no CESEC possuem uma bagagem de conhecimentos adquiridos em
outras instâncias sociais, visto que a escola não é o único espaço de produção e socialização dos saberes.
Os educandos trabalhadores acorrem à escola por ter uma modalidade de ensino que oferece a conclusão
dos estudos em um período menor de tempo e para resgatar as lacunas em sua formação, visando à
manutenção ou inserção no mundo do trabalho em constantes transformações e a continuidade dos
estudos em outros níveis de escolaridade.
As pessoas idosas atendidas pela escola buscam ampliar seus conhecimentos e ter outras oportunidades
de convivência. Inclui-se aqui o convívio social e a realização pessoal. São pessoas que possuem
temporalidade específica no processo de aprendizagem, devendo-se dispensar atenção especial no
atendimento a esses alunos.
A presença da mulher na Educação de Jovens e Adultos atualmente equipara-se à presença dos homens.
Representa o resgate social da sua condição, pois, durante anos sofreu e ainda, muitas vezes, sofre
consequências de uma sociedade discriminatória e desigual, que a impediu das práticas educativas em
algum momento de sua história, muitas se afastaram da escola devido ao casamento, filhos pequenos e
mesmo pela gravidez precoce.
O CESEC de Uberlândia contempla ainda o atendimento a educandos com necessidades educacionais
especiais oportunizando o acesso, a permanência, a socialização e o progresso destes educandos no
espaço escolar.
A Educação de Jovens e Adultos na modalidade de ensino semipresencial – anos finais do Ensino
Fundamental e Ensino Médio - oferecida pelo CESEC se caracteriza pelo regime didático de matrícula por
disciplina ou conjunto de disciplinas, a qualquer época do ano, sendo que sua organização, estrutura e
funcionamento incluem momentos presenciais e não presenciais, sem frequência obrigatória.
Anualmente atendemos em torno de 5100 alunos matriculados no curso semipresencial da Educação de
Jovens e Adultos e 1500 candidatos fazem os Exames Especiais oferecidos pela Banca Permanente de
Avaliação. Neste ano houve um aumento expressivo em relação ao atendimento da Banca Permanente de
Avaliação, fato analisado pela comunidade escolar como decorrente das novas determinações da
Resolução SEE-MG nº 2250 de 28 de dezembro de 2012 no que se referem aos Exames Especiais,
anteriormente realizados duas vezes por ano sob a responsabilidade da SEE–MG e que a partir de 2013 são
oferecidos somente nos Centros Estaduais de Educação Continuada por ela credenciados.
O CESEC de Uberlândia localiza-se em bairro da região central da cidade, cujo entorno se caracteriza pelo
comércio e prestação de serviços bem diversificados. Desenvolve suas atividades em prédio próprio e
reformado recentemente, mas sem acessibilidade. O espaço físico é restrito, não tem quadra de esportes,
nem local para recreação. Compõe-se de uma biblioteca, secretaria, sala de professores, nove salas de aula
(sendo seis no segundo piso e três no térreo), uma sala destinada aos Exames Especiais da Banca
Permanente de Avaliação, Laboratório de Informática, duas salas de arquivos, uma sala para o
Departamento de Pessoal e Supervisão Pedagógica, Diretoria, Xerox, banheiros masculino e feminino,
cozinha, despensa e refeitório.
“O ambiente escolar que favorece a mediação da aprendizagem se torna fonte de estímulos originais, formando em
seu conjunto o processo educativo e socializador da educação”, com este pensamento em 2013 implantamos no
CESEC a organização das salas de aula como salas ambiente sendo uma para cada disciplina ou disciplinas
afins definidas pelas áreas do conhecimento.
A biblioteca escolar é um instrumento de desenvolvimento do currículo e permite o fomento à leitura e à
formação de uma atitude científica; constitui um elemento que oportuniza ao educando aprendizagem
permanente; fomenta a criatividade, a comunicação, a recreação, apóia os docentes na sua formação
continuada e oferece as informações necessárias para a
tomada de decisão em seus planejamentos de ensino. Nas instituições de Educação de Jovens e Adultos ela
deve transformar-se num novo espaço. Um espaço que privilegie a descoberta, o exercício da criatividade
e o autoaprendizado. Os professores desse estabelecimento atuam em conjunto na implantação de ações
que dinamizem a Biblioteca.
A Biblioteca Comunitária Judith Moreira Torres tem por missão atender à comunidade do Centro Estadual
de Educação Continuada de Uberlândia e contribuir para sua formação científica e pessoal, sendo alguns
de seus serviços oferecidos, também, à Comunidade em geral. Tem um bom acervo de livros literários,
mapas, CDs e DVDs de diversos conteúdos disciplinares. Conta com três professores para ensino do uso da
biblioteca e proporciona atendimento nos três turnos de funcionamento. Além de oferecer suporte à
escola em suas atividades pedagógicas nossa Biblioteca busca atender aos objetivos:
- proporcionar o hábito de leitura e pesquisa, divulgando obras literárias e científicas por meio de
exposições de livros e revistas, palestras e debates;
- oferecer à comunidade material informativo, colocando à sua disposição espaço cultural, bem propício à
criatividade;
- ampliar o conhecimento visto ser uma fonte cultural;
- oferecer aos professores o material necessário à implementação de seu trabalho e ao enriquecimento do
currículo escolar;
- colaborar no processo educativo, oferecendo modalidades de recursos, quanto à complementação do
ensino-aprendizado;
- proporcionar aos professores e alunos condições de constante atualização e de conhecimentos, em
todas as áreas do saber;
- atender aos interesses individuais do educando, permitindo-lhe aquisição personalizada de
conhecimento;
- contribuir para uma melhor compreensão da ação educativa da escola e reduzir a distância cultural entre
educando e seu meio social.
No ano de 2012, o CESEC de Uberlândia passou a integrar o Programa Nacional do Livro
Didático – PNLD. Participou da escolha dos livros e recebeu pela primeira vez os livros didáticos para serem
distribuídos aos alunos do Ensino Fundamental e Médio.
O Laboratório de Informática do CESEC de Uberlândia criado em 2011 encontra-se instalado e equipado,
mas ainda não foi liberado para uso. Estamos aguardamos que a Superintendência Regional de Ensino de
Uberlândia ofereça capacitação aos docentes da Escola. Sabemos da importância do laboratório como
instrumento que reforça o princípio pedagógico da contextualização, além do atendimento aos objetivos
sociais e de cidadania do aprendizado em informática para nosso alunado.
Vivemos em uma sociedade globalizada que privilegia a rapidez da comunicação e das informações, o uso
do laboratório de informática, enfatiza a valorização de uma abordagem prática para o ensino de
conteúdos e a busca de observação fora da sala de aula.
A apropriação significativa do conhecimento científico, de modo a contribuir para a compreensão dos
fenômenos do mundo natural, social e econômico em diferentes espaços e tempos do planeta, a
renovação dos conteúdos e a busca de novas práticas de ensino e aprendizagem que possam auxiliar
alunos e professores a compor a massa crítica voltada às ciências e novas linguagens são pontos de
fundamental importância para atualizar e alfabetizar tecnologicamente e auxiliar o desenvolvimento do
conjunto de habilidades e competências necessárias à elaboração de conhecimentos novos e qualificação
para o trabalho.
O CESEC tem uma sala destinada ao serviço de Xerox, com equipamento em bom estado de conservação,
que é responsável pela reprodução das provas e atividades destinadas aos alunos do curso semipresencial
e as provas dos Exames Especiais da Banca Permanente de Avaliação.
A Secretaria é o setor que tem sob sua responsabilidade todo registro de escrituração escolar e
correspondência do Estabelecimento de Ensino. Responde, também, pelo atendimento ao público em
geral que procura por nossa instituição de ensino, seja para obter informações, efetuar matrícula, solicitar
documentação escolar. É o cartão de visitas da escola onde o aluno ou futuro aluno tem o primeiro contato
com os princípios educativos propostos por nossa instituição. Daí a importância do acolhimento, da
solicitude, da presteza.
CONCEPÇÕES:
HOMEM
O homem na sociedade atual necessita envolver-se em seu contexto histórico, visando transformar a
sociedade, tomando por base as necessidades do grupo. Somente um homem consciente, pode
transformar a si mesmo e o mundo que o cerca, visto que a sociedade hoje exige um cidadão crítico,
participativo, consciente de seu papel e com autonomia para decidir suas próprias escolhas.
SOCIEDADE
Vivemos em uma sociedade informatizada e globalizada, na qual as informações são transmitidas
rapidamente. O avanço tecnológico, produzido pelo uso de computadores nas empresas, bancos,
mercados, telecomunicações e em todos os campos da sociedade, têm modificado a forma de agir e
pensar do ser humano, fazendo brotar uma nova sociedade, a que chamamos de sociedade do
conhecimento. Esta requer novas competências, exigindo um indivíduo atuante, pensante, pesquisador e
com autonomia intelectual.
ESCOLA
A escola é parte integrante da sociedade, sendo influenciada por ela ao mesmo tempo em que a influencia.
Enquanto instituição educativa não pode permanecer alheia aos condicionantes sociais que a envolve.
Considerando que promove a socialização do indivíduo deve construir um currículo que possibilite esse
processo, investindo em propostas metodológicas inovadoras, visando proporcionar a aprendizagem
significativa do aluno. Assim, a escola torna-se intencional, sistemática e organizada para atender o
adolescente, o jovem e o adulto de forma diferenciada da família e de outras instituições sociais. Cabe à
escola a função de ensinar, visto que é instituição social criada com esse fim. Ensinar implica investir em
um processo de conscientização.
EDUCAÇÃO
Impregnada de determinantes sociais, políticos e culturais, a educação possui um papel ativo na sociedade.
Não há neutralidade na educação, visto que a mesma implica em escolhas. Escolher um caminho é um ato
político imerso em um contexto sociocultural. Precisa ser desenvolvida de forma crítica, no sentido de
formar cidadãos críticos que pensam, criam e que produzam em função das necessidades do grupo e que
buscam pelo conhecimento sua realização pessoal e a instrumentalização para agir social e
profissionalmente.
CONHECIMENTO
A sociedade atual também é conhecida como a sociedade do conhecimento, pois a velocidade com que as
informações são veiculadas impulsiona a construção e reconstrução do conhecimento. Compreende–lo
como algo que não é pronto ou acabado, mas construído diariamente nas relações sociais e com a
natureza, não como verdade absoluta, mas que precisa ser construído e não repassado, cabe à escola, a
reorganização do seu papel, no sentido de proporcionar ao indivíduo essa reconstrução. Para isso, a
postura tradicional e reprodutora, precisa ser substituída por uma postura crítica de ensino, na qual o
aluno participa ativamente.
CULTURA
A cultura não é nata, envolve as características humanas que são aprendidas no convívio em sociedade.
Regula também, a ação do indivíduo e do coletivo, pois compreende um conjunto de códigos e padrões
que estabelecem e delimitam limites. Dessa forma a cultura está presente no cotidiano das pessoas, bem
como nos valores e normas partilhados socialmente. As instituições sociais, tais como a família, a escola, a
igreja e outras, enfatizam o caráter socializador da cultura. Cabe à escola, assumir seu papel enquanto
instituição do saber nesse processo: participar da produção e difusão da cultura erudita respeitando e
valorizando a cultura popular como expressão do nosso povo, na certeza de atender à diversidade cultural
que nos envolve.
CURRÍCULO
Segundo César Coll, currículo “é um instrumento que deve levar em conta as diversas possibilidades de
aprendizagem não só no que se concerne à seleção de metas e conteúdos, mas também na maneira de
planejar as atividades”.
Baseado nos conceitos e objetivos (aprender a aprender, aprender a ser, aprender a fazer e aprender a
conviver), entende-se que o currículo busca uma visão de totalidade, contradição e movimento, sendo
flexível e contextualizado no tempo/espaço e que valorize por meio das áreas do conhecimento o
conhecimento que o aluno jovem e adulto traz consigo. E para que haja eficácia no processo ensino e
aprendizagem, o mesmo deve ser definido e estudado coletivamente antes de ser trabalhado.
PLANEJAMENTO
O ato de planejar é inerente à existência humana, está relacionado com a possibilidade de transformação.
O planejamento pedagógico é fundamental para operacionalização dos objetivos de ensino, no sentido de
alcançar as finalidades educativas.
ENSINO / APRENDIZAGEM
A Educação de Jovens e Adultos do CESEC prioriza o processo de ensino e aprendizagem individualizados,
que oportuniza a atividade reflexiva e permite ao aluno conquistar uma autonomia intelectual pela
capacidade de ler, interpretar e reinventar a sua realidade social, ampliando seus conhecimentos e
consequentemente sua autoestima e melhoria da qualidade de vida, possibilitando, assim, que o aluno
torne-se crítico e que exerça a sua cidadania ao refletir sobre as questões sociais para buscar alternativas
de superação da realidade.
METODOLOGIA
Nossa metodologia de ensino e aprendizagem possibilita o atendimento individualizado, a flexibilidade na
organização do tempo escolar, o respeito ao ritmo de aprendizagem do aluno e sua disponibilidade de
tempo para os estudos.
RELAÇÃO PROFESSOR /ALUNO
Dentro da filosofia de trabalho do CESEC de Uberlândia as “funções reparadora e qualificadora” da EJA tem
seu início na relação professor/aluno. É no primeiro contato e, posteriormente, na convivência cotidiana
que o aluno vai redescobrindo seu valor e o potencial acumulados pela vida, fora dos bancos escolares.
Investir na relação professor/aluno é investir na permanência e sucesso do aluno na escola.
AVALIAÇÃO
A avaliação é um processo diagnóstico, contínuo, dialético, como parte integrante das relações de ensino e
aprendizagem. É um recurso pedagógico para auxiliar o educador a rever sua prática e reorientá-la na
perspectiva do aprimoramento do processo educativo e o educando na busca e construção de si mesmo,
de tomada de consciência de suas conquistas, dificuldades, possibilidades e necessidades ao longo do
processo de aprendizagem. É uma reflexão sobre o nível de qualidade do trabalho escolar tanto do
professor como dos alunos. A avaliação da aprendizagem escolar auxilia o educador e o educando na sua
viagem comum de crescimento e a escola na sua responsabilidade social.
A partir destes pressupostos a Educação de Jovens e Adultos, enquanto modalidade educacional que
atende a alunos trabalhadores tem como objetivo o compromisso com a formação humana e com o acesso
à cultura geral, possibilitando ao educando a participação política nas relações sociais, com
comportamento ético.
Esta modalidade de ensino se caracteriza pela diversidade do perfil dos alunos quanto à idade,
escolarização, situação econômica e cultural.
Assim, o papel fundamental na formação dos alunos é subsidiá-los para que possam aprender
permanentemente, refletir criticamente, agir com responsabilidade individual e coletiva, acompanhar as
mudanças sociais, científicas e tecnológicas.
Para tanto, considera-se o educando da EJA como sujeito sócio-histórico-cultural, com conhecimento e
experiências acumuladas. Também possui um tempo próprio de formação e nesta perspectiva, cada um
tem um tempo diferenciado de aprendizagem e não um tempo único para todos. Os limites e
possibilidades de cada aluno devem ser respeitados, atendendo desta forma suas necessidades individuais
com uma proposta que viabilize o acesso, permanência e o sucesso nos estudos.
O conhecimento deve ser organizado de forma abrangente, na qual os conteúdos culturais relevantes,
estejam articulados à realidade em que o educando se encontra, viabilizando um processo integrador dos
diferentes saberes, a partir da contribuição das diferentes áreas/disciplinas do conhecimento.
O Ensino não deve priorizar o caráter enciclopédico do conteúdo, mas um processo que oportunize a
atividade reflexiva, com a qual, o educando conquiste a autonomia intelectual pela capacidade de ler,
interpretar e reinventar a sua realidade social, ampliando seus conhecimentos, e consequentemente a
melhoria de sua qualidade de vida, resgatando assim a sua cidadania e autoestima.
Em nossa sociedade, marcada por práticas sociais e educacionais excludentes o CESEC deve pensar em um
ensino que leve em consideração a capacidade do indivíduo de tornar-se autônomo, intelectual e
moralmente, que seja capaz de interpretar as condições histórico-culturais da sociedade em que vive.
A sociedade cria o homem para si, ou seja, transmite - lhe seus conhecimentos, valores e experiências
adquiridas no passado, juntamente com o que processa no decorrer do aprendizado atual. Esse processo
desloca-se para a práxis-social, a interação entre professor e aluno se dá pela atuação do professor
orientador como mediador entre o saber sistematizado e a prática social de ambos.
A escola tem como finalidade a transmissão, construção e reconstrução de conhecimentos
sistematizados, e a partir destes conhecimentos, das vivências e experiências que o educando traz consigo
é que o processo ensino e aprendizagem torna acessível a apropriação dos conhecimentos socialmente
acumulados e também interage transformando-os. Assim, o conhecimento humano adquire diferentes
formas: do senso comum ao científico, tecnológico e estético, pressupondo diferentes concepções, muitas
vezes antagônicas que o homem tem sobre si, sobre o mundo e sobre o conhecimento.
O conhecimento escolar é dinâmico e não uma mera simplificação do conhecimento científico, que deve se
adequar à faixa etária e aos interesses dos alunos, pois cada um tem suas peculiaridades e ritmo próprio
de aprendizagem, por isso, deve-se priorizar o que é relevante ao aluno.
A função específica da escola é garantir a seus alunos uma aprendizagem de qualidade e emancipatória,
sem esquecer as experiências de vida e a realidade social. Pensando nisso precisamos de um currículo que
seja mais do que conteúdos distribuídos em disciplinas isoladas.
“ (...) define-se currículo como um conjunto de ações que cooperam para a formação humana. Nesse sentido, falar de currículo é falar de uma perspectiva de mundo, de sociedade e de ser humano. O currículo preside as atividades educativas escolares, define suas intenções e proporciona subsídios para a execução das ações. Porém, questões como o que ensinar, quando ensinar, como ensinar e como avaliar devem estar presentes.”
(Guia de Estudos para Certificação Ocupacional do Dirigente Escolar – SEE/MG– 2008)
Assim, entender Currículo Escolar pressupõe compreender todo o conjunto de atividades desenvolvidas na
Escola para cumprir sua função social. O CESEC adota as diretrizes curriculares dos Conteúdos Básicos
Comuns, conforme o estabelecido nos Artigos 17 e 18 da Resolução SEE/MG nº 2250 de 28 de dezembro
de 2012 para proporcionar aos alunos o entendimento do mundo onde vivem e busca privilegiar, também,
a cultura, os interesses e as necessidades de seus educandos.
A Lei Federal nº 11.645 acrescentou a obrigatoriedade do ensino da cultura e história indígena à lei 10.639,
de 2003, responsável por inserir a história afro-brasileira e africana nos currículos escolares. A intenção é
fazer com que as questões indígenas e afro-brasileiras sejam abordadas em disciplinas como Arte,
Literatura e História do Brasil levando-se em conta as contribuições das diferentes culturas e etnias para a
formação do povo brasileiro, especialmente das matrizes indígena, africana e européia.
§1º - o conteúdo programático a que se refere este artigo incluirá diversos aspectos da história e da cultura que caracterizam a formação da população brasileira, a partir desses grupos étnicos, tais como o estudo da história da África e dos africanos, a luta dos negros e dos povos indígenas no Brasil, a cultura negra e indígena brasileira e o negro e o índio na formação da sociedade nacional resgatando as contribuições nas áreas social, econômica e política, pertinentes a história do Brasil. § 2º - os conteúdos referentes à história e cultura afro-brasileira e dos povos indígenas brasileiras deve ser ministrado no âmbito de todo o currículo escolar, e em todas as disciplinas.
Assim a Lei mostra a importância dos indígenas para a construção da identidade brasileira. Apesar de
serem hoje poucos no país, os indígenas influenciaram muito a interculturalidade
de todos os brasileiros. É uma questão importante sobre a realidade dos povos do Brasil e traz para o
debate o perfil indígena em suas diversidades, assim como os africanos e europeus, para que não se
reproduza equivocadamente a ideia etnocêntrica de que existe apenas um único modelo civilizatório e
consequentemente a inexistência de outras formas de relacionamento do sujeito com o outro, com a
natureza no seu entorno, enfim, outras possibilidades de estar no mundo. O olhar etnocêntrico não só
corrobora com a visão unilateral de realidade, como também inferioriza e discrimina a diferença, ou seja, a
crença de que aquele diferente é naturalmente inferior.
Desta forma devem-se trabalhar estes conteúdos objetivando a importância sobre a imensa diversidade
cultural que permeia a formação da nacionalidade brasileira e para que se perceba a originalidade de cada
cultura.
O Estatuto da Criança e do Adolescente, Lei Federal nº 8.069 de 13 de julho de1990, cumpre função
institucional de elevado valor ao destacar normas e princípios que defendem condições ideais para a
infância e a juventude incluindo-as numa inovadora perspectiva de direitos e deveres de vida cidadã.
“Nesse intento, o Estatuto – harmonizado com princípios constitucionais – atua em diferentes campos temáticos. Assim, o direito à vida e à saúde; o direito à liberdade, ao respeito e à dignidade; o direito à convivência familiar e comunitária; o direito à educação, à cultura, ao esporte e ao lazer; os direitos à profissionalização e à proteção no trabalho, numa relação ainda mais ampla de preceitos, revelam a abrangência normativa pretendida, na certeza de que proteger a cidadania infanto-juvenil muito significa. Reafirmá-la é fortalecer a crença num futuro cada vez melhor para os brasileiros do amanhã”. (TEMER, 2010)
Apesar das especificidades da EJA semipresencial e do nosso alunado (adolescentes, jovens e adultos), as
normas e princípios defendidos no Estatuto da Criança e do Adolescente estão presentes em nossa prática
educativa, pois o CESEC é uma escola inclusiva por excelência, que proporciona ao aluno adolescente tanto
a conclusão de seus estudos por meio da modalidade de ensino semipresencial, como a regulamentação
de sua vida escolar e sua adequação idade/ano de escolaridade, para que possa dar continuidade em seus
estudos.
As temáticas destacadas pelo Estatuto da Criança e do Adolescente são também contempladas na Lei
Federal nº 11 988 de 27 de julho de 2009 que dispões obre a criação da Semana de Educação para a Vida, a
qual tem como finalidade dar visibilidade às ações educativas realizadas por meio dos temas transversais
apresentados pelos PCNs. É importante ressaltar que a inserção dos Temas Transversais promove a
discussão de questões relacionadas à Ética (respeito mútuo, justiça, diálogo, solidariedade), Orientação
Sexual (sexualidade, relações de gênero, prevenções das doenças sexualmente transmissíveis), Meio
Ambiente (os ciclos da natureza, sociedade e meio ambiente, manejo e conservação ambiental), Saúde
( autocuidado, vida coletiva), Pluralidade Cultural (constituição da pluralidade cultural no Brasil, o Ser
Humano Como Agente Social e Produtor de Cultura, Cidadania) e Trabalho e Consumo ( relações de
trabalho, trabalho, consumo, meios de comunicação de massas, publicidade e vendas).
Os Temas Transversais caracterizam-se, também, com um problema da vida real, local ou global que
necessita informação, reflexão e busca de uma solução. Espera-se que quando problematizados no
contexto escolar possibilitem a análise e a reflexão a ponto de promover mudanças de comportamento e
atitudes necessárias que promovam realmente a transformação social.
3.2 – MARCO FILOSÓFICO
MISSÃO
Ofertar educação de qualidade na modalidade EJA semipresencial a adolescentes, jovens e adultos que não
tiveram acesso ou interromperam seus estudos na idade própria e necessitam recuperar sua escolaridade,
ensinando conhecimentos e desenvolvendo habilidades que os capacitem para a continuidade de seus
estudos e/ou manter-se no mercado de trabalho, com ênfase no exercício da cidadania e no resgate da
autoestima, promovendo, assim, a inclusão social.
FUNÇÃO SOCIAL
Em nossa sociedade, a escola pública, em todos os níveis e modalidades da Educação Básica
tem como função social formar o cidadão, construindo conhecimentos, atitudes e valores que tornem o
estudante solidário, crítico, ético e participativo.
VALORES
Participação
Cidadania
Respeito mútuo
Comprometimento
Solidariedade
Formação
Responsabilidade
OBJETIVOS
O CESEC de Uberlândia objetiva sua ação educativa em promover o atendimento da educação de jovens e
adultos que necessitam recuperar seus estudos para garantirem melhor integração social, cultural e
profissional e continuidade dos estudos.
Fundamentado nos princípios da universalização de igualdade de acesso e permanência na escola para que
o aluno tenha sucesso nos estudos este objetivo está divido nas funções:
Reparadora que se refere à entrada de jovens e adultos no âmbito dos direitos civis. A restauração de um
direito a eles negado - o direito a uma escola de qualidade;
Equalizadora que se relaciona à igualdade de oportunidades que possibilite oferecer aos indivíduos novas
inserções no mundo do trabalho, na vida social e nos demais canais de participação;
Qualificadora que diz respeito à educação continuada, com base no caráter incompleto do ser humano,
cujo potencial de desenvolvimento e de adequação pode se atualizar em quadros escolares ou não
escolares.
3.3 – MARCO OPERATIVO
DIRETRIZES EDUCACIONAIS
A lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDBEN. Nº 9394/96, em seu artigo 37, prescreve que “a
educação de jovens e adultos será destinada àqueles que não tiveram acesso ou continuidade de estudos
no ensino fundamental e médio na idade própria”.
Com a promulgação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, a EJA passou a ser considerada uma
modalidade da Educação Básica nas etapas do Ensino Fundamental e Médio, usufruindo de uma
especificidade própria. A lei nº 9394/96 incorpora uma concepção de formação mais ampla para Educação
de Jovens e Adultos enfatizando a pluralidade de vivências humanas. Conforme artigo 1º da lei vigente
abaixo.
“A educação abrange os processos formativos que se desenvolvem na vida familiar, na convivência humana, no trabalho, nas instituições de ensino e manifestações culturais. A educação escolar deverá vincular-se ao mundo do trabalho e à prática social.”
Neste sentido, os saberes adquiridos e apropriados na educação escolar ressignificam as experiências
socioculturais dos educandos e se constituem em instrumentos e suporte para o mundo do trabalho e para
o exercício da cidadania.
As diretrizes educacionais propostas pelo CESEC de Uberlândia estão em consonância com a Legislação
Nacional, com os fundamentos e procedimentos definidos pelos Conselhos Nacional e Estadual de
Educação, com as normas do Sistema Estadual de Ensino de Minas Gerais, em especial a Educação de
Jovens e Adultos.
Na LDBEN 9394 de 2006 são definidos como princípios e fins da Educação Nacional:
Art.2º - O Ensino será ministrado com base nos seguintes princípios
I- igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;
II- liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento, a arte, o saber;
III- pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas;
IV- respeito à liberdade e apreço à tolerância;
V- coexistência de instituições públicas e privadas de ensino;
VI- gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais;
VII- valorização do profissional da educação escolar;
VIII- gestão democrática do ensino público na forma desta legislação e dos sistemas de ensino;
IX- garantia do padrão de qualidade;
X- valorização da experiência extraescolar;
XI- vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas sociais.
Conforme o disposto no Art. 3º a Resolução SEE-MG 2197 de 26 de outubro de 2012:
(....)
Art. 3º - As Escolas da Rede Estadual de Ensino adotarão, como norteadores de suas ações pedagógicas, os seguintes princípios:
I - Éticos: de justiça, solidariedade, liberdade e autonomia; de respeito à dignidade da pessoa humana e de compromisso com a promoção do bem de todos, contribuindo para combater e eliminar quaisquer manifestações de preconceito de origem, gênero, etnia, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação;
II - Políticos: de reconhecimento dos direitos e deveres de cidadania, de respeito ao bem comum e à preservação do regime democrático e dos recursos ambientais; da busca da equidade e da exigência de diversidade de tratamento para assegurar a igualdade de direitos entre os alunos que apresentam diferentes necessidades;
III - Estéticos: do cultivo da sensibilidade juntamente com o da racionalidade; do enriquecimento das formas de expressão e do exercício da criatividade; da valorização das diferentes manifestações culturais, especialmente, a da cultura mineira e da construção de identidades plurais e solidárias.
O CESEC de Uberlândia tem por objetivos específicos para o Ensino Fundamental e Médio:
I- oferecer oportunidades de estudos em nível de Ensino Fundamental e/ ou Médio, para alunos com
defasagem escolar e/ou aqueles que não se adaptaram ou ficaram impossibilitados de frequentar o ensino
presencial;
II- concorrer para que o adolescente, o jovem e o adulto desenvolvam suas potencialidades e participem da
vida coletiva, por meio de ensino orientado, para melhoria de sua formação:
a) pessoal - fornecendo-lhe o instrumental necessário à autorrealização e comunicação
interpessoal, de modo a se tornarem agentes de seu próprio desenvolvimento e mudança social;
b) intelectual - desenvolvendo-lhes as habilidades de aquisição, aplicação, análise, síntese e julgamento de novas
informações para a reestruturação dos conhecimentos anteriormente adquiridos;
c) social - desenvolvendo-lhe a capacidade de integração nos grupos sociais, de desempenho consciente dos
deveres e direitos do cidadão e de participação na evolução social e cultural;
d) profissional - desenvolvendo-lhes a competência para atender às solicitações do progresso tecnológico e das
novas estruturas e condições para o trabalho;
e) estratégia metodológica centrada no ensino personalizado.
Assim, o Projeto Político Pedagógico da escola deverá contemplar, em sua organização e
desenvolvimento, além dos valores, princípios e finalidades previstos nas Diretrizes Curriculares Nacionais
para o Ensino Fundamental e Médio também os princípios orientadores presentes no Artigo 16 da Resolução
SEE-MG nº 2250 de 28 de dezembro de 2002:
I - situações de aprendizagem que proporcionem ao aluno a aquisição de conhecimento e o desenvolvimento
de habilidades socialmente significativas, visando formar o cidadão solidário, autônomo, competente e
responsável;
II- ambiente incentivador da curiosidade, do questionamento, do diálogo, da criatividade e da originalidade;
III- seleção de conteúdos curriculares adequados aos jovens e adultos;
IV- aproveitamento de conhecimentos e habilidades adquiridas pelo aluno por meios informais privilegiando
temas adequados ao nível de ensino;
V- utilização de metodologias e estratégias diversificadas de aprendizagem, apropriadas às necessidades e
interesses dos alunos;
VI- uso de recursos audiovisuais, biblioteca e de novas tecnologias de informação e comunicação;
VII- capacitação continuada do professor para trabalhar com jovens e adultos;
VIII- avaliação diagnóstica e contínua do desempenho do educando, como instrumento de tomada de
consciência de suas conquistas, dificuldades, possibilidades e necessidades ao longo do processo de
aprendizagem e de reorientação da prática pedagógica.
A partir das diretrizes educacionais mencionadas e das reflexões sobre as questões propostas nos marcos
situacional e filosófico nossa escola realizou reuniões com todos os seguimentos e pesquisa junto aos
alunos e servidores para delinear as nossas concepções de como vemos e sentimos a realidade social e
educacional em que estamos inseridos.
Com a participação efetiva de todos, nas reuniões trabalhamos de forma pormenorizada as cinco
dimensões de Gestão Escolar: Gestão de Resultados Educacionais, Gestão Pedagógica, Gestão de Pessoas,
Gestão de Recursos e Administração da Escola e Gestão Democrática, para definir o ideal que temos de
todas as questões que permeiam a ação educativa e subsidiar as ações que serão necessárias à melhoria
de nossa atuação e, consequentemente do processo ensino-aprendizagem.
IV – DIAGNÓSTICO ( A escola que temos)
1ª DIMENSÃO – GESTÃO DE RESULTADOS EDUCACIONAIS
O projeto político-pedagógico é o fruto da interação entre os objetivos e prioridades estabelecidas pela
coletividade e que por meio da reflexão institui as ações necessárias à construção de uma nova realidade.
No decorrer deste ano de 2013 e a partir das reflexões de todos os segmentos, tanto na sua prática
cotidiana como nos momentos específicos das reuniões de formação continuada, analisamos as
prioridades da educação que pretendemos desenvolver na Escola, avaliando e reelaborando as ações
propostas pelo coletivo, modificando-as quando foi necessário, tendo como parâmetro as legislações
vigentes e as orientações recebidas da SEE-MG, com sensibilidade e competência.
A organização, estrutura e funcionamento do CESEC têm características específicas como:
- regime didático de matrícula por componente curricular ou grupo de disciplinas, escolhidas pelo próprio
aluno, em qualquer época do ano;
- momentos presenciais e não presenciais sem exigência de frequência mínima;
- flexibilidade na organização do tempo escolar de cada aluno, não há formação de turmas, o aluno tem
liberdade para escolher o turno ou turnos, horário e dia conforme sua disponibilidade de tempo para os
estudos;
- atendimento individualizado ou em pequenos grupos, diariamente nos três turnos de funcionamento da
escola, para esclarecimento de suas dúvidas em relação aos conteúdos propostos para cada módulo do
componente curricular matriculado;
- respeito ao ritmo de aprendizagem, o aluno decide quando está preparado para fazer a avaliação de cada
módulo de ensino;
Devido a estas peculiaridades os indicadores relativos à frequência e resultados das avaliações externas
(PROEB, IDEB, SAEB e outros ) não foram considerados para análise pois não registramos a frequência dos
alunos e os mesmos não participam das avaliações externas.
A frequência diária do aluno não é obrigatória, não sendo computada para fins de aprovação/reprovação,
entretanto para que tenha êxito nos estudos, o aluno é orientado a comparecer nos plantões de
atendimento conforme o horário dos professores orientadores e após o cumprimento do Plano de Estudo,
submeter-se à avaliação de aprendizagem de cada módulo de ensino. Aquele que não comparecer por um
período de 60 dias letivos consecutivos será considerado evadido e terá sua matrícula cancelada, devendo
ser efetuada nova matrícula, caso retorne.
O rendimento escolar de cada aluno é realizado de forma sistemática pelos docentes, pois é um
importante indicador da aprendizagem e, também, um parâmetro para análise dos conteúdos
selecionados para cada módulo de ensino e dos instrumentos de avaliação utilizados, para as devidas
ações de melhoria do processo de ensino-aprendizagem. A divulgação dos resultados das avaliações é
individualizada, divulgadas pelo professor ou pela secretaria ao próprio aluno. Quando o aluno conclui o
número de avaliações de cada componente curricular seus resultados são repassados para a supervisão
pedagógica que faz o levantamento junto com a secretaria do número de matriculados e concluintes.
Cabe ressaltar que o trabalho pedagógico realizado no CESEC não se refere a ano de escolaridade, o aluno
só conclui o nível de ensino no qual está matriculado se aprovado em todas as avaliações dos módulos de
ensino, de todos os componentes curriculares, de cada nível e este tempo é determinado pelo próprio
aluno.
A grande procura pela modalidade de ensino semipresencial oferecida pelo CESEC de Uberlândia é a
principal fonte de satisfação dos educandos de acordo com a pesquisa de opinião e relatos dos próprios
alunos aos professores e funcionários da escola, pois em seus relatos, além de ser um processo que atende
o objetivo de terminar sua escolaridade em menos tempo, a maior parte dos professores e funcionários
são atenciosos e compromissados. A maioria dos alunos sente-se acolhida, são tratados com igualdade e
justiça e gostam de estar na escola da qual sentem muito orgulho e reconhecimento. Referem-se também
às dificuldades que encontram: salas pequenas e com grande número de alunos o que dificulta o
atendimento individualizado, colegas que ficam no refeitório ou nos corredores conversando alto e
atrapalhando os demais; nas relações interpessoais consideram que a organização e funcionamento da
escola não auxiliam no relacionamento entre as pessoas e solicitam atividades que promovam mais
entrosamento entre os alunos e destes com os professores e gestores e, também maior participação dos
alunos nas reuniões. Consideram que a comunicação das informações é insuficiente e precisa ser
melhorada. Os docentes e demais funcionários estão satisfeitos em trabalhar na escola e gostam do que
fazem. Salientaram também a necessidade de buscar alternativas que promovam mais entrosamento entre
todos os segmentos.
2ª DIMENSÃO – GESTÃO PEDAGÓGICA
Os Cursos de Educação de Jovens e Adultos são ministrados em regime semipresencial no Centro de
Educação Continuada de Uberlândia, portanto podem se matricular aqueles que já tenham 15 anos
completos para o Ensino Fundamental e 18 anos completos para o Ensino Médio, sendo que sua matrícula
pode ser efetuada em qualquer época do ano.
O aluno se matricula no ano civil em curso durante o qual irá estudar e tentar concluir os módulos das
disciplinas do nível escolhido. No início do ano civil seguinte, caso esteja na escola, deverá renovar sua
matrícula. É importante destacar que cada aluno só pode ter uma matrícula, independentemente do
número de disciplinas em curso.
No CESEC não existe a formação de turmas. No ato da matrícula o aluno é orientado sobre a
escolha dos componentes curriculares que pretende cursar conforme sua necessidade e disponibilidade de
tempo para o estudo, horário dos professores orientadores e de funcionamento da escola, número de
módulos de estudo e respectivas avaliações por disciplina descritos no Programa de Orientação de Estudo
que recebe. Este programa é elaborado pelos docentes de acordo com a Proposta Curricular da Escola e
em consonância com os CBCs que são parâmetros adotados na abordagem dos conteúdos, também são
referencias os conteúdos disciplinares dos livros didáticos adotados.
Nas sala de aula de cada disciplina em que se matriculou, junto ao professor orientador de aprendizagem
o aluno recebe os esclarecimento de todas as suas dúvidas relacionadas ao Plano de Estudos, aos
conteúdos do componente curricular e às avaliações.
O atendimento individual é flexível e realizado nos turnos, sendo ofertadas todas as disciplinas de uma a
cinco vezes por semana em todos os turnos, conforme cronograma de atendimento dos professores
orientadores de aprendizagem do CESEC e disponibilidade do educando, sendo que o mesmo poderá
cursar até quatro disciplinas por semana .
A organização do tempo escolar em cada turno é divida em dois momentos: 1) uma hora e trinta minutos
dedicadas ao atendimento e estudo individualizado com o professor orientador de aprendizagem de cada
disciplina, seguido de intervalo de dez minutos para o lanche; 2) a aplicação das provas das disciplinas
previstas pelo horário semanal. Caso não esteja preparado o suficiente o aluno tem liberdade em fazê-la
ou não, podendo retornar em qualquer horário, seja para ter novo atendimento ou fazer a avaliação do
módulo de ensino.
A escola adota metodologias e estratégias diversificadas de aprendizagem apropriadas às necessidades e
interesse do aluno, considerando os seguintes aspectos: motivação dos alunos; respeito ao ritmo próprio
de aprendizagem; adequação de conteúdo ao nível de experiência do aluno; gradação de dificuldades;
atividades de estudos independentes e avaliação dialógica da aprendizagem.
A metodologia é centrada nas atividades propostas pelo material didático e em outras estratégias de
ensino personalizado ou de pequenos grupos. Os recursos didáticos são elaborados obedecendo aos
princípios da instrução personalizada, proporcionando a autoaprendizagem.
A verificação do rendimento do ensino ministrado no CESEC realiza-se através de avaliação diagnóstica e
contínua do desempenho do aluno como instrumento de tomada de consciência de suas conquistas,
dificuldades, possibilidades e necessidades, ao longo do processo de aprendizagem.
Consiste, essencialmente, em determinar se os objetivos educacionais estão sendo realmente alcançados,
de acordo com a proposta pedagógica da escola e os planos de ensino. Tem por finalidade a verificação dos
conhecimentos, habilidades e atitudes dos alunos, tendo em vista mudanças comportamentais,
especificadas nos objetivos traçados nos conteúdos, bem como a apuração do rendimento escolar para
fins de promoção.
Considerando-se o aluno como agente na construção e/ ou transformação de seus conhecimentos e de
suas relações com a sociedade, a avaliação, preferencialmente, focaliza a compreensão dos fatos, a
percepção de relações e a mobilização dos conhecimentos, habilidades e competências construídos,
evitando a aferição somente de dados memorizados.
O processo de avaliação compreende: elaboração, aplicação, correção e emissão de resultados e são de
responsabilidade do professor orientador da aprendizagem de cada componente curricular.
A avaliação do processo de aprendizagem acontece após o cumprimento do Plano de Estudo de cada
módulo em todos os componentes curriculares, mediante a realização de exames presenciais no CESEC
através de provas elaboradas pelos professores orientadores, contendo questões objetivas e dissertativas.
Para cada módulo são distribuídos 100 (cem) pontos, sendo 20 (vinte) pontos destinados ao Plano de
Estudos e 80 (oitenta) à prova. A nota final de cada módulo é a soma da pontuação obtida no plano de
estudo e na prova, sendo considerado aprovado o aluno que obtiver no mínimo 50 (cinquenta) pontos.
Para aprovação em cada componente curricular, o resultado final do aluno, é a média aritmética dos
pontos obtidos nos módulos avaliados.
Os resultados da prova de cada módulo e o resultado final obtido com o total de módulos de cada
componente curricular são registrados em formulários próprios. O resultado final de cada disciplina é
registrado, também, em atas e livro de resultados finais de aproveitamento
Ao longo do processo de ensino aprendizagem as atividades variadas que constarem nos Planos de Estudo
como trabalhos, pesquisas e outras podem e devem ser desenvolvidas para enriquecer os estudos dos
alunos com informações e produção de novos conhecimentos, essas atividades diversificadas são
importantes para diagnosticar o nível de aprendizagem dos alunos e prepará-los para as avaliações de cada
módulo.
A avaliação da aprendizagem é dialógica, pois a entendemos como um processo de diagnóstico contínuo
da aprendizagem. O não acerto é trabalhado como novo momento de aprendizagem para o aluno e de
reflexão pelo professor orientador dando-lhe os subsídios necessários para redimensionar sua prática
pedagógica e reorientar a aprendizagem dos alunos.
A recuperação é concomitante ao processo ensino-aprendizagem, considerando a apropriação dos
conhecimentos básicos, sendo direito de todos os alunos, independentemente do nível de apropriação dos
mesmos.
As atividades para sanar deficiências ocorrem na situação em que o aluno não adquire os mínimos
necessários no teste de cada módulo, quando não são alcançados todos os objetivos do conteúdo, sendo
oferecidas a ele novas oportunidades de avaliação. Assim, é facultado ao aluno ter tantas oportunidades
de realização dos exames modulares quantas forem necessárias.
As avaliações de Língua Portuguesa do Ensino Fundamental e do Ensino Médio deverão constar de textos
com interpretação, conteúdo gramatical, redação e literatura.
A organização curricular dos anos finais do Ensino Fundamental e do Ensino Médio do CESEC contempla os
componentes curriculares que integram a Base Nacional Comum, como também a Língua Estrangeira
Moderna – Inglês, na Parte Diversificada, exceto os componentes curriculares de Educação Física e Ensino
Religioso, devido à especificidade de nossa organização e funcionamento. Conforme estabelecido pela
Resolução SEE-MG nº 666 de 07 de abril de 2005, o CESEC aplica os Conteúdos Básicos Comuns – CBC no
processo de orientação da aprendizagem dos alunos.
Os conteúdos dos componentes curriculares são ordenados quanto à sequência e ao tempo necessário
para seu desenvolvimento com objetivos, amplitude e profundidade de tratamento adequado às
demandas e às propriedades do aluno, priorizando a formação sobre a informação.
Os componentes curriculares são organizadas por meio de módulos, no mínimo cinco módulos por
disciplina e no máximo nove. Para proceder à organização modular, o material didático deve ser
selecionado e preparado pelo professor da disciplina, sob a supervisão das
equipes técnico-pedagógicas da própria escola e da Superintendência Regional de Ensino.
A organização modular não implica no esvaziamento de conteúdos curriculares ou na simplificação de sua
abordagem, mas na seleção e integração dos que são válidos para o desenvolvimento pessoal e para a
participação social, considerando que os mesmos devem fazer parte de um processo global com várias
dimensões articuladas, sendo que a adoção dessa perspectiva pressupõe uma modificação na maneira de
pensar e articular os componentes curriculares. Os conteúdos, as metodologias de ensino e a avaliação
buscam articular os novos conhecimentos com as experiências de vida do aluno e com temas relacionados
à saúde, sexualidade, vida familiar e social, meio ambiente, trabalho, tecnologia, cultura e outras
linguagens ministradas de forma interdisciplinar.
APROVEITAMENTO DE ESTUDOS
No ato da matrícula, os alunos são informados quanto à possibilidade de aproveitamento de estudos
concluídos em curso regular e em exames (Supletivo, ENCCEJA, ENEM, TELECURSO 2000) ou outros
equivalentes, mediante documentação comprobatória.
É necessário que o aluno seja submetido a estudos e avaliações em todos os módulos correspondentes à(s)
disciplinas da Base Nacional Comum nas quais não tenha logrado êxito.
INCLUSÃO EDUCACIONAL
Esta terminologia pode ser atribuída a diferentes grupos de educandos, desde aqueles que apresentam
deficiências permanentes até aqueles que, por razões diversas fracassam em seu processo de
aprendizagem escolar. A legislação assegura a oferta de atendimento educacional especializado aos que
apresentam necessidades educativas especiais decorrentes de:
- Deficiência intelectual, física/neuromotora, visual e auditiva;
- Condutas típicas de síndromes e quadros psicológicos, neurológicos ou psiquiátricos;
- Superdotação/altas habilidades.
É importante destacar que “especiais” devem ser consideradas as alternativas e as estratégias que a prática pedagógica deve assumir para remover barreiras para a aprendizagem e participação de todos
os alunos. (CARVALHO, 2001.)
Desse modo, desloca-se o enfoque do especial ligado ao educando para o atribuído à educação. Mesmo
que os alunos apresentem características diferenciadas decorrentes não apenas de deficiências, mas
também, de condições socioculturais diversas e econômicas desfavoráveis, eles tem o direito de receber
apoio diferenciado daqueles normalmente oferecidos pela educação escolar. Sob este olhar, o CESEC é
essencialmente uma escola inclusiva.
Considerando ainda:
- O direito de cada educando de realizar seus projetos de estudos, de trabalho e de inserção de vida social;
- A busca da identidade própria de cada educando, o reconhecimento e a valorização das suas diferenças e
potencialidades, bem como de suas necessidades educacionais especiais no processo de ensino e
aprendizagem, como base para constituição e ampliação de valores, atitudes, conhecimentos, habilidades
e competências;
- O desenvolvimento para o exercício da cidadania, da capacidade de participação social, política e
econômica e sua ampliação, mediante o cumprimento de seus deveres e uso fruto de seus direitos.
Garante-se, dessa forma, que a inclusão educacional assegure o direito à igualdade com equidade de
oportunidades. Isso não significa o modo igual de educar a todos, mas uma forma de garantir os apoios e
serviços especializados para que cada um aprenda, resguardando-se suas singularidades.
Assim, cabe ao professor orientador planejar e reajustar suas ações pedagógicas em função de parâmetros
estabelecidos pelo ponto de partida do aluno e pelas peculiaridades que apresenta em seu processo de
apreensão e construção do conhecimento
O CESEC de Uberlândia contempla também o atendimento a educandos com necessidades
educativas especiais, priorizando ações educacionais específicas e que oportunizem o acesso, a
permanência e o êxito destes no espaço escolar.
Em relação ao atendimento dos alunos portadores de deficiências permanentes a escola trabalha com
muita precariedade, pois não temos sala de recursos, nem profissionais especializados para a realização
deste atendimento. Estes alunos são atendidos e integrados à comunidade escolar pelo esforço e
compromisso dos professores orientadores de cada componente curricular. Contamos com poucos
equipamentos específicos para o atendimento na área da baixa visão como lupas e ampliação da fonte
com adequação das avaliações em relação a cada deficiência, mas para a perda total da visão dispomos
apenas de um notebook, a transcrição para Braille dos livros didáticos é repassada para instituições
filantrópicas, as quais também em parceria com o CESEC preparam os alunos para as avaliações dos
módulos de ensino. Durante o ano de 2013, na área da surdez, a escola contou com um professor
intérprete de Libras para auxiliar os alunos surdos e aos professores orientadores durante o atendimento e
avaliações.
Apesar das dificuldades nossa comunidade escolar tem boa receptividade (corpo docente, corpo discente e
funcionários) para realizar adaptações que viabilizem o atendimento especializado. Como a escola não tem
acessibilidade os alunos cadeirantes ou com dificuldades de locomoção fazem suas avaliações no
pavimento térreo, para os alunos cegos o professor de uso da biblioteca, as especialistas de educação e
outros são os ledores das avaliações.
CULTURA AFRO-BRASILEIRA E INDÍGENA E ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE
Com objetivos estabelecidos na legislação vigente a escola desenvolve um trabalho sobre a temática racial
e ambiental e de direitos humanos valendo-se de vários textos didáticos, exposições de cartazes, palestras,
informações diversas, questões propostas nos Planos de Estudo e nas Avaliações e projetos de ensino
sobre cidadania, meio ambiente e cultura africana e indígena desenvolvidos pelos professores
orientadores das áreas de conhecimento das Ciências Humanas, Ciências da Natureza e Linguagens.
As especificidades do ensino semipresencial como a alta rotatividade do alunado, jornada de trabalho e os
interesses pragmáticos da maioria de nossos alunos são aspectos que de acordo com as observações dos
professores orientadores dificultam o trabalho pedagógico com projetos de ensino, principalmente no
desenvolvimento de atividades como apresentações em grupo e pesquisas extraclasse .