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1 Ministério das Relações Exteriores Secretaria de Controle Interno Coordenação-Geral de Auditoria RELATÓRIO DE AUDITORIA DE GESTÃO EXERCÍCIO : 2013 PROCESSO : 09144.000039/2014-11 RELATÓRIO : 04/2014 UNIDADE JURISDICIONADA : Escritório Financeiro em Nova York (EFNY) UNIDADE(S) GESTORA(S) : 2400.17 Escritório Financeiro em Nova York (UGE) 2400.55 Escritório Financeiro em Nova York (UG) MUNICÍPIO - UF : Nova York I INTRODUÇÃO Em atendimento à determinação contida no Memorandum CISET nº 22, de 7 de fevereiro de 2014, do Secretário de Controle Interno, apresentamos o presente Relatório de Auditoria, que examina os atos e os fatos de gestão praticados no período de 1º de janeiro a 31 de dezembro de 2013, sob a responsabilidade dos dirigentes da Unidade em referência. 2. Os exames foram efetuados por amostragem, de acordo com as normas de auditoria aplicáveis ao Serviço Público Federal, e contemplaram as seguintes áreas: a) Gestão orçamentária, financeira, patrimonial e operacional. b) Gestão de Recursos Humanos. c) Adiantamentos a Unidades e Entidades: i) Concessão de Adiantamentos.

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Ministério das Relações Exteriores

Secretaria de Controle Interno

Coordenação-Geral de Auditoria

RELATÓRIO DE AUDITORIA DE GESTÃO

EXERCÍCIO : 2013

PROCESSO : 09144.000039/2014-11

RELATÓRIO : 04/2014

UNIDADE JURISDICIONADA : Escritório Financeiro em Nova York (EFNY)

UNIDADE(S) GESTORA(S) : 2400.17 – Escritório Financeiro em Nova York

(UGE)

2400.55 – Escritório Financeiro em Nova York

(UG)

MUNICÍPIO - UF : Nova York

I – INTRODUÇÃO

Em atendimento à determinação contida no Memorandum CISET nº 22, de 7 de

fevereiro de 2014, do Secretário de Controle Interno, apresentamos o presente Relatório de

Auditoria, que examina os atos e os fatos de gestão praticados no período de 1º de janeiro a 31 de

dezembro de 2013, sob a responsabilidade dos dirigentes da Unidade em referência.

2. Os exames foram efetuados por amostragem, de acordo com as normas de

auditoria aplicáveis ao Serviço Público Federal, e contemplaram as seguintes áreas:

a) Gestão orçamentária, financeira, patrimonial e operacional.

b) Gestão de Recursos Humanos.

c) Adiantamentos a Unidades e Entidades:

i) Concessão de Adiantamentos.

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ii) Prestação de contas dos recursos repassados aos Postos.

d) Contratos – Programa Complementar de Assistência Médica do Serviço Exterior

(PCAMSE)

e) Convênios.

3. Considerando o volume de recursos geridos e a relevância dos controles

administrativos, os trabalhos da Auditoria concentraram-se na análise da consistência de dados

do sistema informatizado e da adequação de mecanismos para processamento e pagamento da

folha de pagamento no exterior, assim como na análise da fidedignidade do cadastro de titulares,

dependentes e pensionistas beneficiários do Programa Complementar de Assistência Médica no

Exterior – PCAMSE.

4. No que tange aos riscos potenciais de danos ao Erário, a Auditoria procedeu ao

exame dos adiantamentos concedidos aos Postos em mora no dever de prestação de contas, seja

por falta de apresentação de processo ou por ausência de medidas tempestivas para corrigir

falhas, com vistas à conclusão do processo de exame das contas por parte do Escritório

Financeiro. A Auditoria também avaliou o efeito das medidas adotadas para promover a redução

do quantitativo de inadimplências.

5. Com relação à folha de pagamento, a Auditoria utilizou o extrator de dados para

confrontar dados funcionais e financeiros entre os registros do Sistema Integrado de

Administração de Pessoal (SIAPE) e os do APEX (sistema informatizado próprio do Escritório

Financeiro em Nova York para processar a folha de pagamentos no exterior), com o objetivo de

avaliar riscos causados pela inconsistência de informações relativas a cadastro funcional.

6. Com relação à Unidade Gestora 2400.55 – Escritório Financeiro em Nova York, a

amostra foi colhida com base em informações, extraídas do Sistema Integrado de Administração

Financeira (SIAFI), sobre os atos de gestão orçamentária e financeira. Considerando a natureza

das atividades do Escritório Financeiro como UG, foram selecionados processos administrativos

de licitação e de pagamento relacionados às despesas de maior materialidade, como locação de

imóveis, contrato de seguro de assistência à saúde dos contratados locais, concessão e prestação

de contas de suprimentos de fundos, entre outros. Ademais, foram verificados os controles de

bens móveis e de almoxarifado.

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7. Os exames foram efetuados por amostragem, segundo a natureza do gasto e sua

representatividade, de acordo com as normas de auditoria aplicáveis ao Serviço Público Federal.

II – TOTAL E REPRESENTATIVIDADE DA DESPESA REALIZADA

8. As despesas realizadas pela Unidade Executora (2400.17), no exercício de 2012,

totalizaram US$ 553.196.243,61 (quinhentos e cinquenta e três milhões, cento e noventa e seis

mil, duzentos e quarenta e três dólares e sessenta e um cêntimos), equivalentes a R$

1.295.917.520,33 (um bilhão, duzentos e noventa e cinco milhões, novecentos e dezessete mil,

quinhentos e vinte reais e trinta e três centavos), que correspondem a 50,09% do montante das

despesas realizadas pelo Itamaraty, no País e no Exterior.

9. Do total das despesas realizadas (US$ 553.196.243,61), US$ 322.356.004,17

correspondem a despesas com pessoal e encargos sociais do pessoal do Quadro Permanente, que

representam 58% dos recursos utilizados no exterior no exercício sob análise, conforme

demonstra o quadro a seguir:

Tipo de Despesa Valores - US$ Valores - US$ %

Despesas Correntes 548.786.975,32 99

Pessoal e Encargos Sociais 322.356.004,17 58

Outras Despesas Correntes 226.430.971,15

40

Despesas de Capital 4.409.268,29 1

Investimentos 3.859.268,29 1

Inv. Financeiras 550.000,00 0

Total 553.196.243,61 100%

10. Com relação à Unidade 2400.55 – Escritório Financeiro em Nova York (Posto), as

despesas no exercício de 2013 totalizaram US$ 5.059.315,12 (cinco milhões, cinquenta e nove

mil, trezentos e quinze dólares e doze cêntimos), equivalentes a R$ 11.851.951,60 (onze milhões,

oitocentos e cinquenta e um mil, novecentos e cinquenta e um reais e sessenta centavos), que

correspondem a 0,46% do montante das despesas realizadas pelo Itamaraty, no País e no

Exterior.

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III - RESULTADO DOS EXAMES

11. Com base nos exames realizados na documentação comprobatória dos atos e dos

fatos de gestão que deram origem ao presente processo e em cumprimento ao disposto no Anexo

IV da Decisão Normativa TCU nº 132/2013, apresentamos as seguintes observações:

12. Não há ocorrência de atos de gestão relacionados aos itens 7 e 10 do Anexo IV da

DN/TCU 132/2013.

Item 1 - Avaliação, considerando a natureza jurídica e o negócio da unidade

jurisdicionada, da conformidade das peças exigidas nos incisos I e II do art. 13 da IN TCU

nº 63/2010 com as normas que regem a elaboração de tais peças.

13. A Unidade elaborou todas as peças a ela atribuídas pelas normas do Tribunal de

Contas da União para o exercício de 2013. As peças contemplaram os formatos e conteúdos

obrigatórios nos termos da IN/TCU nº 63/2010, DN/TCU nº 127/2013 e da Portaria TCU nº

175/2013.

Item 2 - Avaliação dos resultados quantitativos e qualitativos da gestão, em especial quanto

à eficácia e eficiência no cumprimento dos objetivos estabelecidos no PPA como de

responsabilidade da UJ auditada, dos objetivos estabelecidos no plano estratégico, da

execução física e financeira das ações da LOA vinculadas a programas temáticos,

identificando as causas de insucessos no desempenho da gestão.

14. De conformidade com a Portaria Ministerial de 10 de janeiro de 2013, cabe ao

EFNY transferir e aprovar os recursos repassados aos Postos na forma de adiantamentos,

mediante autorizações de despesa das Unidades Gestoras Coordenadoras no Brasil – UGCs. As

UGCs são responsáveis pela programação orçamentária e pela coordenação de uma ou mais

ações do Ministério das Relações Exteriores no exterior. Portanto, o Escritório Financeiro não é

responsável pelos programas temáticos relacionados no PPA e à LOA.

Item 3 - Avaliação dos indicadores instituídos pela unidade jurisdicionada para aferir o

desempenho da sua gestão, pelo menos, quanto à:

capacidade de representar, com a maior proximidade possível, a situação que a UJ

pretende medir e de refletir os resultados das intervenções efetuadas na gestão;

capacidade de proporcionar medição da situação pretendida ao longo do tempo, por

intermédio de séries históricas;

confiabilidade das fontes dos dados utilizados para o cálculo do indicador,

avaliando, principalmente, se a metodologia escolhida para a coleta, processamento

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e divulgação é transparente e reaplicável por outros agentes, internos ou externos à

unidade;

facilidade de obtenção dos dados, elaboração do indicador e de compreensão dos

resultados pelo público em geral;

razoabilidade dos custos de obtenção do indicador em relação aos benefícios para a

melhoria da gestão da unidade.

15. A exemplo dos exercícios anteriores, a Unidade deixou de elencar os indicadores

ou os parâmetros usados para avaliar o desempenho da gestão, informando no Relatório de

Gestão que: "Conforme Portaria Ministerial de 10 de janeiro de 2013, e Regimento Interno da

Secretaria de Estado das Relações Exteriores, instituído pela Portaria no. 212/2008, cabe às

unidades gestoras coordenadoras na Secretaria de Estado o estabelecimento das Ações da Lei

Orçamentária Anual, não tendo esta unidade competência para o estabelecimento de metas e

avaliação dos reflexos de contingenciamento e restos a pagar na execução das ações".

Item 4 - Avaliação da gestão de pessoas contemplando, em especial:

a) adequabilidade da força de trabalho da unidade frente às suas atribuições;

16. No exterior, as lotações e quantitativos de pessoal do quadro de pessoal do

Itamaraty são aprovados, anualmente, mediante Portaria do Ministério das Relações Exteriores,

segundo classificação das missões diplomáticas, nos grupos A, B, C e D.

17. A Portaria nº 156, de 26 de março de 2013, fixou a seguinte lotação máxima das

missões no exterior:

Missão

Categorias

Diplomatas Oficiais de

Chancelaria

Assistentes de

Chancelaria

Apoio

Embaixadas, Representações e Escritórios 886 426 289 87

Consulados e Vice-Consulados 193 210 178 102

Total 1079 636 467 189

18. Em 31/12/2013, o quadro de pessoal no Exterior era:

Categoria Quantidade

Diplomata 822

Oficial de Chancelaria 445

Assistente de Chancelaria 330

Outras Categorias 333

Total 1930

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19. Existiam 15 servidores do quadro do Itamaraty em exercício na Unidade Gestora

n° 240055 – Escritório Financeiro em Nova York, sendo:

Categoria Quantidade

Diplomatas 4

Oficial de Chancelaria 8

Assistente de Chancelaria 2

Outras Categorias 1

Total 15

20. Em 31/12/2013, existiam, no exterior, Postos sublotados em comparação ao

quantitativo previsto pela Portaria nº 156 de 26 de março de 2013.

21. Os Postos no Exterior, quando da contratação de Auxiliares Locais, observam o

Decreto nº 1570/95, a Portaria Ministerial nº 12/1995 e o Guia de Administração dos Postos,

entre outros normativos vigentes. O processo seletivo e as contratações somente são realizados

após autorização da Secretaria de Estado.

22. Existiam, em 31/12/2013, na Unidade Gestora 24.0055 – Escritório Financeiro em

Nova York, 24 Auxiliares Administrativos e oito Auxiliares de Apoio, contratados localmente.

b) observância da legislação sobre admissão, remuneração, cessão e requisição de pessoal,

bem como, se for o caso, sobre concessão de aposentadorias, reformas e pensões;

23. A remuneração dos servidores da União em serviço no exterior é regulada pela

Lei 5.809/72 e é composta pelas seguintes parcelas principais: retribuição básica (RB),

gratificação por tempo de serviço e indenização de representação no exterior (IREX). Sobre a

retribuição no exterior incide índice de correção, cujo valor é diferente para cada posto no

exterior.

24. O Escritório Financeiro em Nova York utiliza sistema informatizado próprio para

processar a folha de pagamentos no exterior, denominado APEX, que não se comunica com o

Sistema Integrado de Administração de Recursos Humanos. Quando o servidor é lotado no

exterior, as informações afetas à sua remuneração deixam de constar do SIAPE e passam a

integrar o sistema específico utilizado pelo EFNY. Os pagamentos aos servidores em exercício

no Exterior são realizados pelo EFNY.

25. Os atos relativos à admissão, retribuição básica, cessão, requisição, concessão de

aposentadoria, reforma ou pensão, relativos a servidores públicos, estão reportados no Relatório

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de Auditoria de Gestão da Unidade Gestora Departamento do Serviço Exterior – DSE (UG

2400.09), à qual compete gerenciar a política de recursos humanos do MRE, no Brasil e no

exterior, conforme prevê o artigo 213 da Portaria Ministerial nº 212/2008.

c) consistência dos controles internos administrativos relacionados à gestão de pessoas;

26. A Auditoria analisou a conformidade dos pagamentos de pessoal no exterior e

apurou, por amostragem, que tem diminuído a ocorrência de pagamento concomitante no Brasil

e no Exterior. Apurou-se que a Unidade, em conjunto com a Secretaria de Estado, tem

identificado os eventuais pagamentos indevidos e solicitado o ressarcimento aos servidores, nos

termos do art. 46 da Lei n° 8.112/90.

Item 5 – Avaliação da gestão das transferências concedidas mediante convênio, contrato de

repasse, termo de parceria, termo de cooperação, termo de compromisso ou outros

acordos:

27. Dando continuidade à linha de ação adotada pela área cultural no sentido de

eliminar gradualmente os convênios firmados com Institutos Culturais, conforme registro

efetuado no Relatório da Auditoria do exercício passado, no exercício de 2013 não foram

firmados novos convênios com instituições culturais.

28. Consta no SIAFI como pendente de prestação de contas o montante de US$

68.744,84, relativo a repasses efetuados, no final do exercício, ao Instituto Brasileiro-

Equatoriano de Cultura – IBEC, no valor de US$ 55.024,93 e ao Instituto de Cultura Brasil-

Venezuela (ICBRV), no valor de US$ 13.729,92.

29. Caber registrar que o Escritório não analisa as prestações de contas dos recursos

repassados aos convenentes, função que é de responsabilidade das Embaixadas, que entregam os

recursos, recebem e analisam as prestações de contas. Ao Escritório cabe, mediante informação

formal recebidas dos Postos, realizar a baixa contábil dos repasses.

30. Cabe registrar a existência de pendência no valor de US$ 101.850,24, relativa à

inadimplência da comprovação da contrapartida das parcelas de número 09 e 10 devidas pelo

Convênio 01/2009, firmado com do Instituto Brasil-Itália. Referido valor não se encontra

registrado no SIAFI devido a problemas de ordem operacional no próprio sistema.

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31. Nos parágrafos 55, 56 e 57 detalham-se providências e a situação atual da

inadimplência em questão.

Item 6 – Avaliação da gestão de compras e contratações, especialmente no que diz respeito

à:

a) regularidade dos processos licitatórios e das contratações e aquisições feitas por

inexigibilidade e dispensa de licitação;

32. Com relação à Unidade Gestora 240055, as seguintes licitações foram objeto de

verificação pela equipe de Auditoria, não tendo sido encontradas irregularidades:

33. A principal impropriedade que merece ser mencionada foi a declaração de

inexigibilidade de licitação para a contratação dos serviços de consultoria para produção de

índices de custo de vida, no valor de US$ 90,872.51. A Auditoria não considerou suficientes os

argumentos da Unidade para a contratação por inexigibilidade de licitação com arrimo no inciso

II, artigo 25 e artigo 13 da Lei nº 8.666/93. Foram feitas recomendações em relatório específico

para que a declaração de inexigibilidade de licitação seja sustentada por documentos que

comprovem a inviabilidade de competição.

34. Foram, ainda, objeto de análise os seguintes contratos e/ou Termos aditivos da

Unidade Gestora 240055, não tendo sido encontradas irregularidades:

Objeto Contratado Contrato Fund. Legal Valor (US$) Vigência

Seguro de veículos

dos Postos nos

Estados Unidos.

Willis of New

Jersey. Inc.

TA Art. 123 da

Lei nº

8.666/1993

120.923,22 26/05/13

a

24/05/14

Consultoria e

fiscalização do

MERCER Health &

Benefits Inc

TA Art. 123 da

Lei nº

70.000,00 03/08/2013

a

02/08/2014

Modalidade Fund.

Legal CONTRATADO OBJETO

Valor

Global

(US$)

Tomada de

Preços

Art. 123 da Lei nº

8.666/1993

GDW Government Aquisição de placas Fortinet para

interconexão da rede mundial do

MRE.

135.244,03

Dispensa de

Licitação

Art. 123 da Lei nº

8.666/1993

Staples Consultoria no âmbito da licitação

para seguro dos Contratados Locais. 1.108,50

Carta-convite Art. 123 da Lei nº

8.666/1993

Platinum Moving

Services. Inc.

Transporte de Bagagem de pessoal. 24.010.,00

Inexigibilidade

de Licitação

Inciso II, § 1º do art.

25 e inciso I, art. 13,

ambos da Lei nº

8.666/93.

MERCER Health

& Benefits Inc.

Consultoria para produção de índices

de custo de vida. 90,872.51

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9

seguro de saúde no

âmbito do PCANSE

8.666/1993

Serviços de seguro

saúde dos Auxiliares

Locais dos Postos nos

Estados Unidos

SIGNA HEALTH

AND LIFE

INSURANCECOM

PANY

2º TA Art. 123 da

Lei nº

8.666/1993

6.088.746,00 01/01/2014

a

21/12/2014

35. No âmbito da Unidade Gestora 240017, a Auditoria analisou o Terceiro Termo

Aditivo ao Contrato assinado com a empresa Allianz Worlwide Care Limited:

Objeto Contratado Contrato Fund. Legal Valor (US$) Vigência

Assistência médica e

odontológica, seguro

de vida e de morte

por acidente e

mutilação.

Allianz

Worlwide Care

Limited

3º TA

Contrato

02/2010

Art. 123 da

Lei nº

8.666/1993

47.930.447,00

01/042013

a

31/03/2014.

36. Na Análise do Terceiro Termo Aditivo assinado com a empresa Allianz Worlwide

Care Limited para serviços de assistência médica e odontológica, seguro de vida e de morte por

acidente e mutilação, não foram encontradas irregularidades. As principais impropriedades

foram a não inclusão do valor do Termo Aditivo, no extrato publicado no D.O.U. e atrasos no

pagamento de faturas na data estabelecida em cláusula contratual. Foram feitas recomendações à

Unidade para regularização das mencionadas falhas, as quais serão objeto de monitoramento

pelo Controle Interno.

b) utilização de critérios de sustentabilidade ambiental na aquisição de bens e contratação

de serviços e obras;

37. Tendo em vista que as licitações, compras e contratações da Unidade são

efetuadas no Exterior, os critérios de sustentabilidade ambiental são adaptados às realidades e

normas locais.

38. De acordo com as informações constantes do Relatório de Gestão do exercício de

2013, o Escritório Financeiro tem adotado medidas para orientar o uso racional e responsável dos

recursos, o que tem demonstrado redução de custos, conforme detalhamento a seguir:

Consumo de papel: é incentivada a impressão frente e verso e a reutilização do verso de

folha impressa; em 2012 logrou-se reduzir o uso de papel com a redução do número de

vias de documentos emitidos pela Unidade, tais como cartas para o Banco do Brasil e

contracheques impressos, substituindo-os pela versão eletrônica; em 2013 foi dada

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continuidade à iniciativa, reduzindo também o número de vias das GROs (guias de

Recolhimento ao Orçamento), antes impressas em três vias, para duas vias.

Água: as torneiras e vasos sanitários dos banheiros da Chancelaria são acionadas

automaticamente, evitando o desperdício pelo uso manual dos dispositivos.

Energia Elétrica: é incentivado o hábito de se apagar as luzes da sala durante o horário

de almoço e ao final do expediente. O edifício onde está situada a Chancelaria dispõe de

dispositivo automático de desligamento das luzes dos corredores internos do andar após

as 18 horas.

c) qualidade dos controles internos administrativos relacionados à atividade de compras e

contratações.

39. As falhas mais relevantes encontradas nos processos administrativos de compras e

contratações dizem respeito, principalmente, à fragilidade na organização dos documentos que

compõem tais processos. Quanto ao processo licitatório para aluguel de máquina fotocopiadora e

de fax, nos arquivos disponibilizados para análise, não se localizou a documentação completa do

processo correspondente. Com relação ao contrato e aditivos para e leasing de veículos, a

documentação só foi entregue à equipe já no final dos trabalhos, quando não havia mais tempo

para análise. Em ambos os casos, a análise ficou prejudicada.

40. Em que pese à fragilidade dos controles internos relacionada às falhas assinaladas,

não se evidenciaram, em princípio, prejuízos ao Erário. As observações da Auditoria foram

objeto de Relatório Complementar de Auditoria e as providências a serem adotadas para

correção dessas falhas, quando cabíveis, serão objeto de monitoramento pelo Controle Interno.

Item 8 - Avaliação objetiva sobre a gestão de tecnologia da informação (TI) da UJ.

41. A Unidade dispõe de 3 (três) profissionais especializados na área da Tecnologia

da Informação, contratados localmente com base no Decreto 1.570/95, com amplo conhecimento

organizacional das rotinas do Escritório Financeiro e desempenham satisfatoriamente as funções

de manutenção e desenvolvimento de soluções em TI para atender às necessidades do EFNY.

Conforme mencionado no Relatório de Gestão, o Setor de Informática tem contribuído, ainda,

com o desenvolvimento de sistema para atender as demandas das Unidades Administrativas da

Secretaria de Estado.

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42. Nos termos do inciso I, artigo Art. 183 da Portaria Nº 212, de 30 de abril de 2008,

compete ao Departamento de Comunicações e Documentação "prover e administrar os meios e

sistemas corporativos para tratamento da informação do Ministério das Relações Exteriores e

gerir os recursos aplicados aos sistemas corporativos de tratamento da informação no

Ministério nas áreas de tecnologia da informação, comunicações e gestão documental". Com

vistas a uniformizar procedimentos e a melhor planejar a gestão dos recursos e processos de

tecnologia da informação no Brasil e exterior, a equipe de auditoria entende que a Subsecretaria

do Serviço Exterior – SGEX deveria avaliar a conveniência e oportunidade de incluir os sistemas

desenvolvidos pelo Setor de Informática do Escritório Financeiro no Plano Diretor de

Tecnologia da Informação – PDTI.

Item 9 - Avaliação da gestão do patrimônio imobiliário de responsabilidade da UJ, no

mínimo, quanto à correção dos registros contábeis; à estrutura tecnológica e de pessoal

para administrar o patrimônio e à qualidade dos controles internos administrativos

instituídos pela UJ para a referida gestão.

43. A Coordenação de Patrimônio – Unidade Gestora 240021 é a unidade responsável

pela administração do patrimônio imobiliário do MRE.

44. O EFNY tem sob sua administração três imóveis locados, que, durante o exercício

de 2013, implicaram em gastos no montante de US$ 879.654,39. Os três imóveis se destinam: 1)

à Chancelaria, que é onde são realizadas as atividades do Escritório, 2) à Residência Oficial do

Chefe do Posto, que, assim como a Chancelaria, funciona em um edifício, e 3) espaço locado

para guarda, principalmente, dos originais das prestações de contas analisadas pelo Escritório.

45. Durante os trabalhos foi possível observar que a administração dos imóveis e dos

respectivos contratos está em dia e em ordem.

Item 11 - Avaliação da qualidade e suficiência dos controles internos administrativos

instituídos pela unidade jurisdicionada com vistas a garantir que seus objetivos estratégicos

sejam atingidos, considerando os seguintes elementos do sistema de controles internos da

UJ:

a) Ambiente de controle;

b) Avaliação de risco;

c) Atividades de controle;

d) Informação e Comunicação;

e) Monitoramento.

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46. Os trabalhos realizados pela Unidade nas áreas de Folha de Pagamento, Licitação

e Contratos, Plano Complementar de Assistência Médica do Serviço Exterior – PCAMSE,

Concessão e Prestação de Contas dos recursos repassados aos Postos não interligados ao SIAFI

na modalidade de "Adiantamentos a Unidades e Entidades" teve como objetivo avaliar se os

procedimentos e controles administrativos instituídos têm contribuído para o alcance dos

objetivos estratégicos da unidade, bem como verificar a implementação das medidas constantes

da Portaria Ministerial de 10 de janeiro de 2013, quanto aos procedimentos necessários para

apuração de responsabilidade dos Chefes dos Postos em mora dever de prestar de contas.

47. A tabela abaixo apresenta como foram distribuídas as pontuações atribuídas pelo

gestor (autoavaliação) a cada um dos componentes da estrutura de controle interno.

Níveis de Avaliação 1 2 3 4 5

Ambiente de Controle (9 questões) 1 4 4

Avaliação de Risco (9 questões) 1 8

Procedimentos de Controle (4 questões) 4

Informação e Comunicação (5 questões) 5

Monitoramento (3questões)

3

TOTAL 1 1 19 9

% (nível de avaliação) 3,33% 3,33% 63,33% 30%

Escala de valores da Avaliação (Portaria TCU nº 175/2013):

(1) Totalmente inválida: Significa que o fundamento descrito na afirmativa é integralmente não aplicado no

contexto da UJ.

(2) Parcialmente inválida: Significa que o fundamento descrito na afirmativa é parcialmente aplicado no

contexto da UJ, porém, em sua minoria.

(3) Neutra: Significa que não há como afirmar a proporção de aplicação do fundamento descrito na

afirmativa no contextoda UJ.

(4) Parcialmente válida: Significa que o fundamento descrito na afirmativa é parcialmente aplicado no

contexto da UJ, porém, em sua maioria.

(5) Totalmente válido. Significa que o fundamento descrito na afirmativa é integralmente aplicado no

contexto da UJ.

48. No que tange ao item "Ambiente de Controle", o Gestor registra que a estrutura do

controle é totalmente ou parcialmente válida. Entretanto, as observações feitas no presente

relatório indicam que há falhas nos controles que necessitam ser corrigidas.

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49. Com relação à avaliação de risco, a resposta da Unidade indica que 88,89% das

afirmativas são parcialmente aplicadas no contexto da UJ. Esse resultado foi confirmado por

evidências obtidas durante os trabalhos de auditoria. Embora a Unidade tenha adotado

tempestivamente medidas para evitar as inconsistências como falhas no cadastro de dependentes,

pagamento de remunerações simultâneas no Brasil e Exterior e morosidade no processo de

análise e aprovação dos processos de prestação de contas apresentados pelos Postos não

interligados ao SIAFI, os controles não são plenamente satisfatórios na opinião da equipe de

auditoria. Permanecem os riscos de pagamentos indevidos de benefícios a servidores e de

potenciais danos ao Erário, em razão da omissão do dever de prestar contas por parte dos

responsáveis pela gestão financeira e patrimonial dos Postos não interligados ao SIAFI.

Item 12 - Situações constatadas em exercícios anteriores, registradas em relatórios das

auditorias de tomadas de contas anuais encaminhados ao TCU, que se repetem ou não

foram corrigidas.

50. A exemplo do verificado e registrado em Relatórios de Auditorias de anos

anteriores, não foram implementadas medidas pelo EFNY no tocante à regularização dos saldos

contábeis e do registro das Variações Patrimoniais.

Manifestação do Gestor

51. Este Escritório está apurando e consolidando os valores das Recapitulações

Patrimoniais recebidas, relativas aos últimos exercícios, de modo a que se possa dar continuidade

ao esforço empreendido de atualização, no SIAFI, dos valores do Patrimônio dos Postos (Tel

5770/2010). A esse respeito, vale relembrar as diversas falhas nos dados encaminhados pelos

Postos, que já foram apontadas em 2010 por este Escritório e que ainda persistem, tais como:

Erros nos cálculos dos grupos (valores e quantidades);

Classificação equivocada de bens;

Valores de bens que variam de um trimestre para outro, sem que tenha havido baixa ou

inclusão de bens;

Sérios problemas técnicos apresentados pelo programa de controle de inventário dos

Postos no exterior.

52. Após cobranças efetuadas pela CPAT e o encaminhamento de algumas

Recapitulações que estavam naquela unidade da SERE, o número atualizado de Postos pendentes

Page 14: 1 Ministério das Relações Exteriores Secretaria de Controle Interno

14

de Recapitulação para os exercícios de 2012 e 2013 é de 10 e 30 Postos, respectivamente,

conforme tabela a seguir:

2012 2013

BRASEMB EM ACRA

BRASEMB EM ASTANA

BRASEMB EM BAKU

BRASEMB EM BISSAU BRASEMB EM BISSAU

BRASEMB EM CARACAS

BRASEMB EM CARTUM

BRASEMB EM CINGAPURA

CONSBRAS EM CIUDAD GUAYANA

BRASEMB EM CONACRI

BRASEMB EM COPENHAGUE

BRASEMB EM DACAR BRASEMB EM DACAR

BRASEMB EM DILI

CONSBRAS EM FRANKFURT CONSBRAS EM FRANKFURT

BRASEMB EM FREETOWN

VC EM GUAYARAMERIM VC EM GUAYARAMERIM

CONSBRAS EM HARTFORD

BRASEMB EM HAVANA

BRASEMB EM IAUNDÊ

BRASEMB EM JACARTA

BRASEMB EM KATMANDU

VC.EM LETHEM VC.EM LETHEM

BRASEMB EM LUSACA

BRASEMB EM MALABO

BRASEMB EM PEQUIM

BRASEMB EM PRAIA

BRASEM EM PYONGYANG

CONSBRAS EM RIVERA

BRASEMB EM SAINT JOHN"S

BRASEM EM TBILISI BRASEM EM TBILISI

BRASEMB EM TRIPOLI BRASEMB EM TRIPOLI

BRASEMB EM UAGADUGU

BRASEMB EM WELLINTON

BRASEMB EM WINDHOEK

53. Considerando que dos 30 Postos que estão pendentes de recapitulação em 2013,

23 enviaram recapitulação em 2012 e que desses 7 restantes, apenas 1 Posto (Vice-Consulado em

Lethem), não mandou qualquer recapitulação patrimonial, desde 2010, estima-se que, mesmo

com as deficiências apontadas, será possível, muito em breve, efetuar a devida atualização no

Page 15: 1 Ministério das Relações Exteriores Secretaria de Controle Interno

15

SIAFI com um mínimo de confiabilidade que permita a este Escritório que acompanhe e atualize

no SIAFI as variações patrimoniais dos Postos, dando cumprimento às recomendações dessa

Auditoria e do TCU.

Item 13 – Síntese das irregularidades cometidas por responsáveis não arrolados, conforme

o §7º do artigo 10 da DN TCU nº 132/2013

54. Durante os trabalhos de auditoria foram identificadas situações, a seguir

relacionadas, que podem vir a caracterizar irregularidades passíveis de instauração de

procedimentos apuratórios que, na opinião da Auditoria, não podem ser atribuídas aos

responsáveis titulares e seus substitutos arroláveis (artigo 10, caput, da IN TCU nº 63/2010).

Ressalte-se que tais situações foram objeto de pedido de esclarecimentos por parte dos gestores e

de recomendações específicas no presente relatório.

13.1 - Convênios

55. No parágrafo 31, registrou-se situação de inadimplência relativa ao Convênio

01/2009, firmado com do Instituto Brasil-Itália, caracterizada pela ausência de comprovação da

aplicação da contrapartida prevista no termo de convênio firmado. Cabe registrar que o

Escritório Financeiro em Nova York cumpriu fielmente com as obrigações que lhe cabiam no

tocante aos valores repassados e aos termos do convênio, ou seja: registrou contabilmente os

adiantamentos e as baixas, quando comprovadas. Cobrou solução para as situações de falta de

comprovação, e, esgotadas as medidas administrativas internas, registrou no SIAFI a

inadimplência e a encaminhou para o Departamento Cultural, para que fosse dado início ao

procedimento apuratório com instauração de Tomada de Contas Especial.

56. No entanto, conforme registro, abaixo reproduzido, do Relatório de Auditoria de

Gestão da Subsecretaria-Geral de Cooperação, Cultura e Promoção Comercial (SGEC) do

exercício de 2013, Unidade Jurisdicionada à qual está subordinada o Departamento Cultural, até

o momento da realização dos trabalhos de auditoria, nenhuma providência efetiva havia sido

tomada.

"Item 13 – Considerações sobre o Convênio 01/2009 – Instituto Brasil-Itália

203. Apurou-se que, dada a não aprovação da contrapartida da nona e décima

parcela do Convênio 01/2009, firmado com do Instituto Brasil-Itália, as contas do

Consulado-Geral em Milão, não puderam ser aprovadas. Após serem esgotadas

Page 16: 1 Ministério das Relações Exteriores Secretaria de Controle Interno

16

todas as providências cabíveis para solucionar a pendências, sem que a as

prestações de contas pudessem ter sido aprovadas, o Controle Interno

encaminhou para o Departamento Cultural, em 21/08/2013, o Memorando

CISET/136/QIPC QUIAU, pelo qual solicitou a instauração de Tomada de

Contas Especial.

204. Em 13/02/2014, o DC encaminhou para o Departamento do Serviço

Exterior memorando providências. A Auditoria constatou que não foram

adotadas, até o momento, providências para a instauração de Tomada de Contas

Especial".

57. Na opinião da equipe de Auditoria, a ausência de adoção de providências

tempestivas para apuração de responsabilidades e, se for o caso, ressarcimento de recursos ao

Erário por conta da irregularidade constatada, configura descumprimento de obrigações legais

estabelecidas normativamente, entre elas a constante do Artigo 3º da Instrução Normativa nº

71/2012, do Tribunal de Contas da União, que prevê a responsabilização do dirigente máximo

pela intempestividade de providências.

13.2 – Recursos Pendentes de Prestação de Contas

58. A Auditoria verificou que os Postos relacionados no quadro a seguir continuam a

descumprir o prazo previsto nos parágrafos 13.2.5 e 13.2.6 do Guia de Administração dos Postos

- 2011, para remessa das prestações de contas ao EFNY, ademais de não responderem

tempestivamente aos pedidos de esclarecimentos apresentados pelo Escritório. O quadro retrata a

situação em 30/06/2014:

Em US$

2007 2008 2009 2010 2011 2012 TOTAL

Emb. Georgetown 13.021,49 55.287,40 2.745,94 71.054,83

Emb. Kingston 5.989,81 5.989,81

Emb. Kinshasa 13.000,00 13.000,00

VC. Guayaramerin 18.250,60 35.248,02 62.082,30 36.444,45 44.474,33 196.499,70

VC. Puerto ayacucho 2.720,18 10.475,17 1.632,66 14.828,01

Emb. Bamako 640.032,76 640.032,76

VC. Lethem 10.444,12 15.000,00 55.929,30 81.373,42

Emb. Lisboa 400,00 4.129,79 4.529,79

Emb. Lusaca 660,39 84.468,43 85.128,82

Emb. Malabo 187.352,80 187.352,80

Page 17: 1 Ministério das Relações Exteriores Secretaria de Controle Interno

17

Emb. Nassau 1.293,00 2.155,00 2.585,60 6.033,60

CG Paris 11.214,45 11.214,45

Emb. Pyongyang 4.814,28 143,00 4.957,28

Emb. Lima 1.600,00 124,00 1.724,00

Emb. Lomé 6.546,48 15.405,90 21.952,38

Emb. Trípoli 10.847,37 97.356,96 108.204,33

Emb. Túnis-Trípoli 123.207,55 550,00 123.757,55

CG Ciudad del Este 49.060,54 49.060,54

CG Cochabamba 1.410,06 1.410,06

Emb. Dacar 53.380,29 53.380,29

Emb. Gaborone 47.982,89 47.982,89

CG Lagos 2.637,36 2.637,36

VC Salto del Guaira 75.067,70 75.067,70

Emb. São Jose 283.412,74 283.412,74

Emb. Daca 130.071,32 130.071,32

CG Frankfurt 469.729,98 469.729,98

Emb. Katmandu 32.622,83 32.622,83

Emb. Nairóbi 36.630,92 36.630,92

C Pedro J Caballero 55.325,45 55.325,45

Emb. Porto Príncipe 234,84 234,84

TOTAIS 13.021,49 92.527,81 35.248,02 921.014,28 213.294,75 1.540.094,10 2.815.200,45

59. Embora existam Postos em mora por se enquadrarem em situações previstas no

parágrafo 13.4.1 do Guia de Administração dos Postos, cabe registrar que, após a auditoria

efetuada no Escritório Financeiro pelo Tribunal de Contas da União no exercício de 2011, que

resultou no Acórdão nº 574/2012, as medidas adotadas pelo Escritório, como as inovações no

procedimento de análise e a edição da Portaria Ministerial de 13 de janeiro, bem como as

instruções expedidas por meio de circulares, impactaram muito positivamente na situação das

pendências. Conforme demonstram os quadros a seguir, houve uma redução na ordem de 75%

do quantitativo e dos valores pendentes quando da comparação entre a posições das contas da

Unidade nos exercícios de 2011 e de 2013.

Page 18: 1 Ministério das Relações Exteriores Secretaria de Controle Interno

18

QUADRO RESUMO SITUAÇÃO EM 2011 Em US$

ANO PENDÊNCIAS

TOTAL POR

IMPROPRIEDADES

TOTAL POR

PRESTAÇÃO DE

CONTAS NÃO

RECEBIDAS

TOTAL DAS

PENDÊNCIAS

2006 3 138.970,84 138.970,84

2007 5 169.769,53 4.998,02 174.767,55

2008 10 764.693,20 32.198,75 796.891,95

2009 34 1.848.583,16 218.572,12 2.067.155,28

2010 182 6.851.839,81 1.204.223,62 8.056.063,43

TOTAL 234 9.773.856,54 1.459.992,51 11.233.849,05

QUADRO RESUMO SITUAÇÃO EM 2013

Em US$

ANO PENDENCIAS TOTAL POR

IMPROPRIEDADES

TOTAL POR

PRESTAÇÃO DE

CONTAS NÃO

RECEBIDAS

TOTAL DAS

PENDENCIAS

2006 0 - - -

2007 1 11.773,57 1.247,92 13.021,49

2008 4 66.491,66 26.036,15

92.527,81

2009 1 12.380,00 22.868,02 35.248,02

2010 10 909.139,84

11.874,84 921.014,28

2011 11 192.530,44 20.764,31 213.294,75

2012 33 1.472.743,77 67.350,33 1.540.094,10

Total 60 2.665.058,88 150.141,57 2.815.200,45

Obs: Em ambos os quadros, para efeitos de comparação, não se registram as pendências do exercício que está sendo auditado.

60. Constatou-se, como causa da melhoria observada, que o Escritório passou a agir

de forma mais tempestiva, tanto no momento da análise, quanto no momento das cobranças e

notificações aos Postos inadimplentes, em cumprimento às novas instruções emanadas da

Portaria Ministerial de 13 de janeiro de 2013.

61. Após as notificações, nos casos em que não foram sanadas as pendências, o

Escritório providenciou o devido registro na conta de Diversos Responsáveis em Apuração,

conforme abaixo detalhado, e encaminhou comunicação à Coordenação de Orçamento e

Page 19: 1 Ministério das Relações Exteriores Secretaria de Controle Interno

19

Finanças – COF para providências de apuração. Registre-se que, ademais das notificações, e

seguindo o procedimento estabelecido nas instruções, o Escritório acionou a COF em diversas

ocasiões para que notificasse os responsáveis de Postos que já não estavam lotados no exterior:

Posto/Agente Em US$

Vc Guayaramirim 152.025,40

Emb. Malabo 187.352,80

Emb. Georgetown 78.729,83

Emb. Kingston 5.989,81

Emb. Bamako 640.032,76

MCA 11.214,45

AML 30.578,93

EAM 17.468,13

TSC 81.373,42

UTR 3.370,43

Total 1.208.135,96

62. Dando seguimento à verificação do cumprimento das medidas estabelecidas na

Portaria de 13 de janeiro, o Controle Interno procurou, por intermédio da Subsecretaria-Geral do

Serviço Exterior, Unidade Jurisdicionada à qual esta vinculada a COF, informação da situação

atual das providências em relação às notificações por ela recebidas do Escritório Financeiro,

contemplando os Postos acima listados, além daqueles por ela diretamente notificados cujos

responsáveis já não estavam lotados no exterior. Como resposta, a Unidade informou que "Está

sendo criada Comissão de Apuração de Responsabilidade em Prestações de Contas para avaliar

a situação atual, das notificações contidas na tabela em anexo."

63. Na opinião da equipe de auditoria, os reflexos positivos das medidas saneadoras

adotadas poderiam ter sido ainda melhores, caso a Secretaria de Estado, por meio da COF,

tivesse dado seguimento efetivo ao processo apuratório, ou seja, não se limitando à expedição de

notificações.

64. Pode-se, então, concluir que o Escritório fez a parte que lhe cabia no processo. O

acompanhamento por parte da Administração na SERE, porém, não apresentou a eficácia

desejada.

Page 20: 1 Ministério das Relações Exteriores Secretaria de Controle Interno

20

65. Na mesma resposta reproduzida no parágrafo 62 acima, a SGEX agregou a

informação: "determinei à COF que adote providências necessárias para instauração, até o fim do

corrente ano, de Tomada de Contas Especial junto à Embaixada em Georgetown."

66. No entendimento da Auditoria, como a Portaria do Ministro de Estado é

datada de 13 de janeiro de 2013, e, até o momento, julho de 2014, não foi criada a referida

Comissão, a intempestividade na adoção de medidas fere os normativos, entre eles a Instrução

Normativa nº 71/2012, do Tribunal de Contas das União, a qual estabelece que "cabe aos

responsáveis, ao tomar conhecimento de irregularidades, a adoção de medidas imediatas" (grifo

da auditoria).

Recomendação ao senhor SGEX

67. Dotar a Coordenação de Orçamento de Finanças de meios, para que, cumprindo

com suas obrigações regimentais, implemente, de forma imediata, a instauração de Tomadas de

Contas Especiais, ou, quando for o caso, processos apuratórios em relação aos Responsáveis

pelos Postos em mora.

68. Listam-se, a seguir, os Postos que, até a data de 30 de junho de 2014, estavam

inadimplentes com a prestação de contas de recursos recebidos no ano de 2013.

POSTO

PREST.DE CONTAS NÃO RECEBIDAS

(Em US$)

REA/2013 ABIDJAN Emb. 20.493,89

RPPC/2013 ANCARA Emb. 186.520,42

REA/2013 BELGRADO Emb. 485

RPPC/2013 CAIENA C.G. 696,95

RPPC/2013 CANTÃO C.G. 3.333,28

REA/2013 CARACAS 77.795,00

REA/2013 CARACAS Emb. 17.433,05

REA/2013 CASTRIES Emb. 547,32

REA/2013 CHUI Cons. 1.709,85

RPPC/2013 CIUDAD DEL ESTE C.G. 2.985,00

REA/2013 DACAR Emb. 27.234,78

REA/2013 ENCARNACION V.C. 63.524,44

REA/2013 FREETOWN Emb. 23.469,76

REA/2013 GEORGETOWN Emb. 28.406,05

REA/2013 GUAYARAMERIN C. 573,91

REA/2013 HAVANA Emb. 138.214,76

RPPC/2013 HELSINQUE Emb. 4,03

RPPC/2013 HONG-KONG C.G. 16.335,98

Page 21: 1 Ministério das Relações Exteriores Secretaria de Controle Interno

21

REA/2013 HONG-KONG C.G. 878,66

REA/2013 KATMANDU Emb. 450,00

RPPC/2013 KATMANDU Emb. 108.164,91

RPPC/2013 LA PAZ Emb. 296,00

RPPC/2013 LETHEM V. C. 80.138,78

REA/2013 LIMA Emb. 10.000,00

REA/2013 MANÁGUA Emb. 4.226,60

REA/2013 MOSCOU Emb. 15.343,00

REA/2013 NAIRÓBI Emb. 2.216,15

REA/2013 PEDRO J.CABALLERO Cons. 708,13

RPPC/2013 PORTO PRÍNCIPE Emb. 3.034,00

RPPC/2013 PRAIA Emb. 12.295,83

REA/2013 PRAIA Emb. 177,05

RPPC/2013 PYONGYANG Emb. 2,27

REA/2013 PYONGYANG Emb. 11.044,21

REA/2013 RAMALA Escr .Representação 43.100,00

REA/2013 RIADE Emb. 80.748,65

REA/2013 RIVERA C.G. 349,79

RPPC/2013 RIVERA C.G. 1.390,20

REA/2013 SANTA CRUZ E LA SIERRA C.G. 2.700,00

REA/2013 SANTA ELENA DE UAIREN V.C. 2.451,00

REA/2013 SÃO JOSÉ Emb. 317.688,14

REA/2013 SÃO TOMÉ Emb. 5.600,00

RPPC/2013 SÃO TOMÉ Emb. 595,62

REA/2013 SÓFIA Emb. 276,16

REA/2013 TALIN Emb. 47.110,08

REA/2013 TRÍPOLI Emb. 52.767,81

RPPC/2013 TRÍPOLI Emb. 231.331,16

REA/2013 VIENA AIEA – Missão 13.558,03

Total

1.658.405,70

69. Embora ainda não se tenha atingido a situação ideal, qual seja, a inexistência de

pendências, cabe anotar que o relatório da auditoria de gestão do exercício passado, registrava,

com relação a pendências do exercício de 2012, 56 Postos, enquanto no exercício da atual análise

figuram 48. No exercício de 2012, o montante relativo a pendências era US$ 3.879.093,39 e, em

2013, US$ 1.658.405,70. Isso demonstra que as medidas implementadas para corrigir pendências

antigas (vide parágrafos 60 e 61), também tiveram impacto positivo nas pendências atuais.

Page 22: 1 Ministério das Relações Exteriores Secretaria de Controle Interno

22

Recomendação

70. Recomenda-se ao Escritório Financeiro, caso ainda não o tenha feito, que adote a

providência prevista na Portaria de 13 de janeiro de 2013, expedindo notificação aos

responsáveis dos Postos relacionados nos quadros inseridos nos parágrafos 58 e 68 (com exceção

daqueles que tiveram aprovada prorrogação do prazo de apresentação da prestação de contas de

recursos inscritos em REA). Considerando os normativos vigentes, todos já estão na situação de

mora, ou seja, irregulares com relação à prestação de contas dos recursos recebidos.

IV – CONCLUSÃO

71. Tendo em vista que a responsabilidade pelas irregularidades mencionadas a partir

do parágrafo 58 não podem ser atribuídas ao Dirigente Máximo do EFNY, mas sim aos Chefes

de Postos em mora no dever de prestar contas, e, ainda, com base nos exames realizados no

período a que se refere o presente processo, concluímos pela REGULARIDADE do processo

de contas da Unidade Jurisdicionada.

Brasília-DF, em 22 de agosto de 2014.

S

Analista de Finanças e Controle

Matricula SIAPE – X

H

Técnico de Finanças e Controle

Matricula SIAPE – X

M

Analista de Finanças e Controle

Matricula SIAPE – X

L

Analista de Finanças e Controle

Matricula SIAPE – X

V

Técnica de Finanças e Controle

Matricula SIAPE – X

I

Técnica de Finanças e Controle

Matricula SIAPE – X