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MINISTÉRIO DAS RELAÇÕES EXTERIORES
EMBAIXADA DO BRASIL EM PRETÓRIA
RELATÓRIO DE GESTÃO DE 2012
PRETÓRIA, 2013
MINISTÉRIO DAS RELAÇÕES EXTERIORES
EMBAIXADA DO BRASIL EM PRETÓRIA
RELATÓRIO DE GESTÃO ― EXERCÍCIO 2012 PÁGINA 2
EMENTA Relatório de Gestão do exercício de 2012, apresentado aos órgãos de controle
interno e externo como prestação de contas anual a que esta Unidade Jurisdicionada
está obrigada nos termos do artigo 70 da Constituição Federal, elaborado de acordo
com as disposições da Instrução Normativa do Tribunal de Contas da União (TCU)
número 63/2010, de 1º de setembro de 2010; das Decisões Normativas do Tribunal
de Contas da União números 119/2012, de 18 de janeiro de 2012, 108/2010 e
110/2010, ambas de 1º de dezembro de 2010; das prescrições contidas na Portaria
TCU/150, de 3 de julho de 2012, e das orientações da Secretaria de Controle Interno
(CISET) do Ministério das Relações Exteriores contidas por meio de mensagem
eletrônica de 22 de março de 2013.
SUMÁRIO
ITEM DESCRIÇÃO PÁGINA
INTRODUÇÃO 8
A CONTEÚDO GERAL 10
1 IDENTIFICAÇÃO E ATRIBUTOS DAS UNIDADES CUJAS GESTÕES COMPÕEM O
RELATÓRIO 10
1.1
Informações de identificação da unidade jurisdicionada, contendo: Poder e órgão
de vinculação ou supervisão; nome completo; denominação abreviada; código
SIORG; código na LOA; situação operacional; natureza jurídica; principal
atividade econômica; telefones de contato, endereço postal; endereço eletrônico;
página na internet; normas de criação; normas relacionadas à gestão e estrutura;
manuais e publicações relacionadas às atividades da unidade; códigos e nomes
das unidades gestoras e gestões no Sistema SIAFI.
10
1.2
Finalidade e competências institucionais da unidade jurisdicionada definidas na
Constituição Federal, em leis infraconstitucionais e em normas regimentais,
identificando cada instância normativa.
10
1.3
Apresentação do organograma funcional com descrição sucinta das competências
e das atribuições das áreas, departamentos, seções, etc. que compõem os níveis
estratégico e tático da estrutura organizacional da unidade, assim como a
identificação dos macroprocessos pelos quais cada uma dessas subdivisões são
responsáveis e os principais produtos deles decorrentes.
10
1.4
Macroprocessos finalísticos da unidade jurisdicionada, com a indicação dos
principais produtos e serviços que tais processos devem oferecer aos cidadãos-
usuários e clientes.
16
1.5 Principais macroprocessos de apoio ao exercício das competências e finalidades
da unidade jurisdicionada. 17
1.6 Principais parceiros (externos à unidade jurisdicionada, da administração pública
ou da iniciativa privada) relacionados aos macroprocessos finalísticos da unidade. 17
MINISTÉRIO DAS RELAÇÕES EXTERIORES
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RELATÓRIO DE GESTÃO ― EXERCÍCIO 2012 PÁGINA 3
SUMÁRIO
ITEM DESCRIÇÃO PÁGINA
2 PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO, PLANO DE METAS E AÇÕES 18
2.1
Informações sobre o planejamento estratégico da unidade, comtemplando:
(a) período de abrangência do plano estratégico, se houver;
(b) demonstração da vinculação do plano estratégico da unidade, com suas
competências constitucionais, legais ou normativas;
(c) demostração da vinculação do plano estratégico da unidade com o Plano
Plurianual (PPA) do Governo Federal, identificando os Programas Temáticos, os
Objetivos, as Iniciativas e os Programas de Gestão, Manutenção e Serviços ao
Estado do Plano Plurianual vigente em que estejam inseridas ações de
responsabilidade da unidade;
(d) se a unidade jurisdicionada estiver inserida no contexto de planejamento
estratéfico maior (de um órgão ou ministério, por exemplo), demonstração dos
objetivos estratégicos, dos processos e dos produtos desse planejamento
estratégico aos quais se vincula;
(e) principais objetivos estratégicos traçados para a unidade para o exercício de
referência do relatório de gestão;
(f) principais ações planejadas para que a unidade pudesse atingir, no exercício
de referência, os objetivos estratégicos estabelecidos.
18
2.2
Informações obre as estratégias adotadas pela unidade para atingir os objetivos
estratégicos do exercício de referência do relatório de gestão, especialmente
sobre:
(a) avaliação dos riscos que poderiam impedir ou prejudicar o cumprimento dos
objetivos estratégicos do exercício de referência das contas;
(b) revisão dos macroprocessos internos da unidade, caso tenha sido necessária;
(c) adequações nas estruturas de pessoal, tecnológica, imobiliária, etc., caso
tenham sido necessárias ao desenvolvimento dos objetivos estratégicos;
(d) estratégias de divulgação interna dos objetivos traçados e dos resultados
alcançados;
(e) outras estratégias consideradas relevantes pelos gestores da unidade para o
atingimento dos objetivos estratégicos.
23
2.3
Demonstração da execução do plano de metas ou de ações para o exercício,
informando, por exemplo:
(a) resultado das ações planejadas, explicando em que medida as ações foram
executadas;
(b) justificativas para a não execução de a;ções ou não atingimento de metas, se
for o caso;
(c) impactios dos resultados das ações nos objetivos estratégicos da unidade.
25
2.4
Informações sobre indicadores utilizados pela unidade jurisdicionada para
monitorar e avaliar a gestão, acompanhar o alcance das metas, identificar os
avanços e as melhorias na qualidade dos serviços prestados, identificar
necessidade de correções e de mudança de rumos.
26
MINISTÉRIO DAS RELAÇÕES EXTERIORES
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RELATÓRIO DE GESTÃO ― EXERCÍCIO 2012 PÁGINA 4
SUMÁRIO
ITEM DESCRIÇÃO PÁGINA
3 ESTRUTURAS DE GOVERNANÇA E DE AUTOCONTROLE DA GESTÃO 28
3.2
Informações sobre o funcionalmento dosistema de controle interno da UJ,
contemplando os seguintes elementos:
(a) ambiente de controle;
(b) avaliação de risco;
(c) atividades de controle;
(d) informação e comunicação, e
(e) monitoramento.
28
3.4
Informações sobre a estrutura e as atividades do sistema de correição da unidade
ou do órgão de vinculação da unidade, identificando, inclusive, a base
normativa que rege a atividade no âmbito da unidade ou do órgão.
28
3.5
Informações quanto ao cumprimento, pela instância de correição da unidade, das
disposições dos arts. 4º e 5º da Portaria no 1.043, de 24 de juho de 2007, da
Controladoria-Geral da União – CGU, no que tange aos fatos originados em
unidade jurisdicional cuja gestão esteja contemplada no relatório de gestão.
29
4 PROGRAMAÇÃO E EXECUÇÃO DA DESPESA ORÇAMENTÁRIA E FINANCEIRA 29
4.1
Relação dos programas do Plano Plurianual vigente que estiveral integral ou
parcialmente na responsabilidade da unidade jurisdicionada ou de unidade
consolidada no relatório de gestão, especificando:
(a) identificação do programa;
(b) informações sobre a programação e a execução orçamentária e financeira
relativa ao programa;
(c) avaliação dos resultados dos ndicadores associados a programa;
(d) reflexos de contingenciamentos sobre os resultados dos programas, e
(e) reflexos dos restos a pagar na execução dos programas.
29
4.2
Relação das Ações da Lei Orçamentária Anual do exercício que estiveram integral
ou parcialmente na responsabilidade da unidade jurisdicionada ou de unidade
consolidada no relatório de gestão, especificando:
(a) função, subfunção e programa de vinculação da ação;
(b) metas e desempenhos físicos e financeiros;
(c) reflexos de contingenciamento sobre os resultados das ações, e
(d) reflexos dos restos a pagar na execução das ações.
30
4.3
Demonstração e análise do desempenho da unidade na execução orçamentária e
financeira, contemplando:
(a) idenfiticação das unidades orçamentárias (UO) consideradas no relatório de
gestão;
(b) programação orçamentária das despesas correntes, de capital e da reserva de
contingência;
(c) demonstração dos limites impostos por cronograma de desembolso definido
pelos órgãos competentes, explicando o impacto das limitações na execução das
ações de resonsabilidade da unidade jurisdicionada;
(d) movimentação de créditos interna e externa;
(e) execução das despesas por modalidade de licitação e por elementos de
despesas;
(f) demonstração e análise de indicadores institucionais para medir o desempenho
orçamentário e financeiro, caso tenham sido instruídos pela unidade.
31
MINISTÉRIO DAS RELAÇÕES EXTERIORES
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RELATÓRIO DE GESTÃO ― EXERCÍCIO 2012 PÁGINA 5
SUMÁRIO
ITEM DESCRIÇÃO PÁGINA
5 TÓPICOS ESPECIAIS DA EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA E FINANCEIRA 34
5.1 Informações sobre o reconhecimento de passivos por insuficiência de créditos ou
recursos. 34
5.2 Informações sobre a movimentação e os saldos de Restos a Pagar de Exercícios
Anteriores. 35
5.3
Informação sobre as transferências mediante convênio, contrato de repasse,
termo de parceira, termo de cooperação, termo de compromisso ou outros
acordos ajustes ou instrumentos congêneres, vigentes no exercício de referência.
36
5.4 Informações sobre utilização de suprimentos de fundos, contas bancárias tipo “be”, cartões de pagamento do Governo Federal.
36
5.5
Informações sobre Renúncia Tributária, contendo declaração do gestor de que os
beneficiários diretos da renúncia, bem como da contrapartida, comprovaram, no
exercício, que estavam em situação regular em relação aos pagamentos dos
tributos juntos à Secretaria da Receita Federal do Brasil – SRFB, ao Fundo de
Garantia do Tempo de Serviço – FGTS e à Seguridade Social.
36
6 GESTÃO DE PESSOAS, TERCEIRIZAÇÃO DE MÃO-DE-OBRA E CUSTOS
RELACIONADOS 36
6.1
Informações sobre a estrutura de pessoal da unidade, contemplando as seguintes
perspectivas:
a) Demonstração da força de trabalho e dos afastamentos que refletem sobre ela;
b) Qualificação da força de trabalho de acordo com a estrutura de cargos, idade e
nível de escolaridade;
c) Custos associados à manutenção dos recursos humanos;
d) Composição do quadro de servidores inativos e pensionistas;
e) Demonstração do cadastramento, no Sistema de Apreciação e Registro dos
Atos de Admissão e Concessões (Sisac), das informações pertinentes aos atos de
admissão e concessão de aposentadoria, reforma e pensão ocorridos no exercício,
bem como da disponibilização das informações para o respectivo órgão de
controle interno, nos termos da Instrução Normativa TCU nº 55/2007;
f) Providências adotadas para identificar eventual acumulação remunerada de
cargos, funções e empregos públicos vedada pelo art. 37, incisos XVI e XVII, da
Constituição Federal (nas redações dadas pelas Emendas Constitucionais nos
19/98 e 34/2001);
g) Providências adotadas nos casos identificados de acumulação remunerada de
cargos, funções e empregos públicos, nos termos do art. 133 da Lei nº 8.112/93;
h) Indicadores gerenciais sobre recursos humanos.
36
6.2 Informações bore a terceirização de mão-de-obra e sobre o quadro de estagiários. 39
7 GESTÃO DO PATRIMÔNIO MOBILIÁRIO E IMOBILIÁRIO 40
7.1
Informações sobre a gestão da frota de veículos próprios e locados de terceiros,
inclusive sobre as normas que regulamentam o uso da forta e os custos
envolvidos.
40
7.2 Informações sobre a gestão do patrimônio imobiliário próprio, da União que
esteja sob responsabilidade da unidade e dos imóveis locados de terceiros. 40
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RELATÓRIO DE GESTÃO ― EXERCÍCIO 2012 PÁGINA 6
SUMÁRIO
ITEM DESCRIÇÃO PÁGINA
8 GESTÃO DA TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E GESTÃO DO CONHECIMENTO 41
8.1
Informações sobre a gestão de tecnologia da informação (TI) da UJ,
contemplando os seguintes aspectos:
(a) planejamento da área;
(b) perfil dos recursos humanos envolvidos;
(c) segurança da informação;
(d) desenvolvimento e produção de sistemas, e
(e) contratação e gestão de bens e serviços de TI.
41
9 GESTÃO DO USO DOS RECURSOS RENOVÁVEIS E SUSTENTABILIDADE AMBIENTAL 43
9.1
Informações quanto à adoção de critérios de sustentabilidade ambiental na
aquisição de bens, materiais de tecnologia da informação (TI) e na contratação de
serviços ou obras, tendo como referência a Instrução Normativa no 1/2010 e a
Potaria no 2/2010, ambas da Secretaria de Logística e Tecnologia da Informação
do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, e informações relacionadas
à separação de resíduos recicláveis descartados em conformidade com o Decreto
no 5.940/2006.
43
9.2
Informações sobre medidas adotadas pelas unidades que compõem o relatório de
gestão para redução do consumo próprio de papel, energia elétrica e água,
contemplando:
(a) detalhamento da política adotada pela unidade para estimular o uso racional
desses recursos;
(b) adesão a programa de gestão da sustentabilidade, tais como Agenda
Ambiental na Administração Pública (A3P), Programa de Eficiência do Gasto
(PEG) e Programa de Eficiência Energética em Prédios Públicos (Procel EPP);
(c) evolução histórica do consumo, em valores monetários e quantitativos, de
energia elétrica e água no âmbito das unidades que compõem o relatório de
gestão.
44
10 CONFORMIDADES E TRATAMENTO DE DISPOSIÇÕES LEGAIS E NORMATIVAS 45
10.1
Informações sobre o tratamento de deliberações exaradas em acórdãos do TCU e
em relatórios de auditoria do órgão de controle interno a que a unidade
jurisdicionada se vincula.
45
10.2 Informações sobre a atuação da unidade de auditoria interna da entidade, bem
como sobre o tratamento de recomendações por ela expedidas. 45
10.3
Informações sobre o cumprimento das obrigações estabelecidas na Lei no 8.730,
de 10 de novembro de 1993, relacionadas à entrega e ao tratamento das
declarações de bens e rendas.
58
10.4
Declaração da área responsável atestando que as informações referentes a
contratos e convêncios ou outros instrumentos congêneres estão disponíveis e
atualizadas, respectivamente, no Sistema Integrado de Administração de
Serviços Gerais – SIASG, e no Sistema de Gestão de Convênios, Contratos de
Repasse e Termos de Parceria – SICONV, conforme estabelece o art. 19 da Lei
no 12.465, de 12 de agosto de 2011.
58
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SUMÁRIO
ITEM DESCRIÇÃO PÁGINA
11 INFORMAÇÕES CONTÁBEIS 59
11.1 Informações sobre a adoção de critérios e procedimentos estabelecidos pelas
Normas Brasileiras de Contabilidade Aplicada ao Setor Público NBC T 16.9 e
NBC T 16.10, publicadas pelas Resoluções CFC no 1.136/2008 e 1.137/2008,
respectivamente, para tratamento contábil da depreciação, da amortização e da
exaustão de itens do patrimônio e avaliação e mensuração de ativos e passivos da
unidade.
59
11.2 Declaração do contador responsável por unidade jurisdicionada que tenha
executado sua contabilidade no Sistema Integrado de Administração Financeira
do Governo Federal – SIAFI, que as Demonstrações Contábeis (Balanço
Patrimonial, Balanço Orçamentário, Balanço Financeiro, Demonstração das
Variações Patrimoniais, Demonstração dos Fluxos de Caixa e Demonstração do
Resultado Econômico) previstas pela Lei no 4.320, de 17 de março de 1964, e
pela Norma Brasileira de Contabilidade Aplicada ao Setor Púlbico NBC T 16.6
aprovada pela Resolução CFC no 1.133/2008, assim como o demonstrativo
levantado por unidade gestora responsável – UGR (válido apenas para as
unidades gestoras não-executoras) refletem a adequada situação orçamentária,
financeira e patrimonial da unidade jurisdicionada que apresenta relatório de
gestão.
59
12 OUTRAS INFORMAÇÕES SOBRE A GESTÃO 60
12.1 Outras informações consideradas relevantes pela unidade para demonstrar a
conformidade e o desempenho da gestão no exercício. 60
CONCLUSÕES 61
ANEXOS
1 Declaração do contador responsável pela unidade jurisdicionada 63
2 Organograma da Embaixada do Brasil em Pretória, com nomes dos ocupantes
dos cargos em 31 de dezembro de 2012. 64
3
Organograma das funções desempenhadas no Sistema de Administração
Financeira do Governo Federal (SIAFI), pelo pessoal lotado na Embaixada do
Brasil em Pretória, em 31 de dezembro de 2012.
65
MINISTÉRIO DAS RELAÇÕES EXTERIORES
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RELATÓRIO DE GESTÃO ― EXERCÍCIO 2012 PÁGINA 8
INTRODUÇÃO:
O Relatório de Gestão da Embaixada do Brasil em Pretória referente ao Exercício
Orçamentário e Financeiro de 2012 está estruturado segundo o disposto no Anexo III da Decisão
Normativa do Tribunal de Contas da União (TCU) no. 119, de 18 de janeiro de 2012. O Relatório
de Gestão também obedece à Instrução Normativa do Tribunal de Contas da União (TCU) número
63/2010, de 1º de setembro de 2010; das Decisões Normativas do Tribunal de Contas da União
números 108/2010 e 110/2010, ambas de 1º de dezembro de 2010; das prescrições contidas na
Portaria TCU/150, de 3 de julho de 2012, e das orientações da Secretaria de Controle Interno
(CISET) do Ministério das Relações Exteriores , recebidas pela Embaixada do Brasil em Pretória
por meio de mensagem eletrônica de 22 de março de 2013.
2. Todos os itens do Anexo II da Decisão Normativa do Tribunal de Contas da União
(TCU) no.119, de 18 de janeiro de 2012 que se aplicam à realidade da Embaixada do Brasil em
Pretória foram preenchidos e constam do presente Relatório de Gestão.
3. Alguns itens contidos no Anexo II da Decisão Normativa do Tribunal de Contas da
União (TCU) no.119, de 18 de janeiro de 2012 não se aplicam, todavia, à natureza, às
competências, à estrutura ou às rotinas administrativas e contábeis da Embaixada do Brasil em
Pretória, a saber:
3.2 Não aplicável à natureza jurídica da Unidade Jurisdicional (UJ). A Embaixada em Pretória
não possui, em sua estrutura, órgão de auditoria ou controle interno.
3.4 Não aplicável à natureza jurídica da Unidade Jurisdicional (UJ). A Embaixada em Pretória
não possui, em sua estrutura, órgão de auditoria ou controle interno.
3.5 Não aplicável à natureza jurídica da Unidade Jurisdicional (UJ). Os Artigos 4º e 5º da
Portaria 2.043, de 24 de julho de 2007, da Controladoria-Geral da União referem-se aos
“Órgãos Cadastradores do Sistema de Correição do Poder Executivo Federal”. A Embaixada
em Pretória não é órgão ou entidade componente do citado sistema.
4.3.b Quanto à pergunta sobre “reservas de contingência”, o tema não aplicável à natureza
jurídica da Unidade Jurisdicional (UJ). A Embaixada em Pretória, por receber autorizações de
recursos para fins específicos, em parcelas mensais, e não possui autonomia administrativa para
criar reservas de contingência ou de capital.
4.3.d Não aplicável à natureza jurídica da Unidade Jurisdicional (UJ). A Embaixada em
Pretória, por receber autorizações de recursos para fins específicos, em parcelas mensais, não
possui autonomia administrativa para tomar créditos no mercado brasileiro ou internacional.
5.3 Não aplicável à natureza jurídica da Unidade Jurisdicional (UJ). A Embaixada em Pretória
não mantém convênios ou firmou contratos de repasse, termos de parceria, termos de
cooperação, termos de compromisso o qualquer outro ou instrumento que tenha contemplado a
transferência de recursos ou repasses no exercício de 2012. Tampouco firmou documentos
nesse sentido nos últimos 3 anos.
5.4 A Embaixada em Pretória não dispõe de cartões de pagamento do Governo Federal. Todos
os pagamentos e despesas efetuadas são procedidos por meio de empenhos no SIAFI, pagos por
meio de cheques, firmados por pelo menos dois servidores (Ordenador de Despesas e Gestor),
ou por intermédio de suprimento de fundos. Essa última modalidade, em valores reduzidos.
Não aplicável, por conseguinte, à natureza jurídica da Unidade Jurisdicional (UJ).
5.5 Não aplicável à natureza jurídica da Unidade Jurisdicional (UJ). A Embaixada do Brasil
em Pretória não aquiesceu ou ofeceu Renúncia Tributária quer no Brasil, que na República da
África do Sul. Tampouco foi objeto de exoneração tributária.
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RELATÓRIO DE GESTÃO ― EXERCÍCIO 2012 PÁGINA 9
6.6.d Os temas de pessoal do serviço exterior são de responsabilidade da Divisão do
Pessoal, na Secretaria de Estado, em Brasília. Os contratados locais de nacionalidade
brasileira, por seu turno, aposentam-se no âmbito do INSS, tendo em vista a inexistência de
sistema previdenciário na África do Sul. Não aplicável, por conseguinte, à natureza jurídica da
Unidade Jurisdicional (UJ).
6.6.e Pelas mesmas razões citadas no item anterior, a demonstração do cadastramento, no
Sistema de Apreciação e Registro dos Atos de Admissão e Concessões (Sisac), das informações
pertinentes aos atos de admissão e concessão de aposentadoria, reforma e pensão ocorridos no
exercício, bem como da disponibilização das informações para o respectivo órgão de controle
interno, nos termos da Instrução Normativa TCU nº 55/2007: Não aplicável à natureza jurídica
da Unidade Jurisdicional (UJ).
8.1.a As informações sobre a gestão de tecnologia da informação (TI) do Ministério das
Relações Exterioress são atribuições de áreas específicas da Secretaria de Estado das Relações
Exteriores, não cabendo ao Posto. Não aplicável, por conseguinte, à natureza jurídica da
Unidade Jurisdicional (UJ).
8.1.d O desenvovimento e a produção de sistemas da área de informática, utilizados pela
Embaixada em Pretória, obedecem às instruções emanadas das áreas pertinentes da Secretaria de
Estado. Não aplicável, dessa forma, à natureza jurídica da Unidade Jurisdicional (UJ).
10.4 A Embaixada em Pretória não mantém convênios ou firmou contratos de repasse,
termos de parceria, termos de cooperação, termos de compromisso o qualquer outro ou
instrumento que tenha contemplado a transferência de recursos ou repasses no exercício de 2011.
Tampouco firmou documentos nesse sentido nos últimos 3 anos. Não aplicável, por
conseguinte, à natureza jurídica da Unidade Jurisdicional (UJ).
11.1 As informações sobre a adoção de critérios e procedimentos estabelecidos pelas
Normas Brasileiras de Contabilidade Aplicada ao Setor Público NBC T 16.9 e NBC T 16.10,
publicadas pelas Resoluções CFC no 1.136/2008 e 1.137/2008, respectivamente, para
tratamento contábil da depreciação, da amortização e da exaustão de itens do patrimônio e
avaliação e mensuração de ativos e passivos da unidade não são aplicáveis à natureza jurídica da
Unidade Jurisdicional (UJ).
4. Conforme a ser indicado nos itens do Relatório de Gestão a seguir, os principais
obstáculos pela Embaixada do Brasil em Pretória para a consecução das metas almejadas para o
exercício de 2012 foram:
(a) a tempestiva liberação de recursos orçamentários e financeiros ao longo do exercício, de
forma a permitir que o Posto pudesse, a seu tempo, não só cumprir para com as exigências legais e
prazos da legislação brasileira, como superar os obstáculos e dificuldades encontrados no mercado
sul-africano para a obtenção de cotações de preços, orçamentos e respostas a consultas comerciais;
(b) expressiva ausência de quadros funcionais de integrantes do Serviço Exterior Brasileiro
lotados no Posto, para o exercício de funções-meio (administrativas) e finais (área consular). a
reduzidíssima lotação de funcionários do quadro em Pretória (que em 2013 com apenas um Oficial
de Chancelaria e uma Contadora Oficial, já removida para Brasília). Essa situação de precariedade
funcional — motivada pela expressiva defasagem salarial —, transformou a lotação de servidores
de Brasemb Pretória como a menor entre todos os Postos nos BRICS. Esse quadro paradoxal
ocorre a despeito de ser o Posto o único “siafizado” entre as Embaixadas nos BRICS e no
continente africano; de ser o que mais possui adidâncias (5) e de caracterizar-se como o único a
receber voos diários (2) do Brasil. O Setor Consular do Posto tornou-se o segundo maior em
movimento no continente africano, atrás apenas de Luanda, apesar de não haver exigência de visto
para cidadãos sul-africanos. Não obstante, a Embaixada em Pretória possui lotação mínima.
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RELATÓRIO DE GESTÃO ― EXERCÍCIO 2012 PÁGINA 10
A – CONTEÚDO GERAL
1. IDENTIFICAÇÃO E ATRIBUTOS DAS UNIDADES CUJAS GESTÕES COMPÕEM O RELATÓRIO
1.1 IDENTIFICAÇÃO DA UNIDADE JURISDICIONADA
Poder e Órgão de Vinculação
Poder: Executivo
Órgão de Vinculação: Ministério das Relações Exteriores Código SIORG: Brasemb Pretória (886)
Identificação da Unidade Jurisdicionada
Denominação completa: Embaixada da República Federativa do Brasil em Pretória
Denominação abreviada: Embaixada em Pretória
Código SIORG: 886 Código LOA: 35101 (MRE) Código SIAFI: 263
Situação: ativa
Natureza Jurídica: órgão público
Principal Atividade: Relações Exteriores Código CNAE: 75.21-3
Telefones/Fax de contato: + 27 12 366.52.00 (geral) + 27 (12) 366.52.99 (fax geral)
E-mail: [email protected] ; [email protected] ; [email protected]
Página na internet: http://pretoria.itamaraty.gov.br/pt-br/ Endereço Postal: 177 Dyer Road, Hillcrest Office Park, WoodPecker Place, 1st Floor, Hillcrest, 0083
Pretória, República da África do Sul.
Normas relacionadas à Unidade Jurisdicionada
Normas de criação e alteração da Unidade Jurisdicionada
Decreto nº 74.093, de 23 de Maio de 1974, que elevou à categoria de Embaixada as então Legações do Brasil sediadas na
República Popular da Bulgária; na República Popular da Hungria; na República Socialista da Romênia e na República da
África do Sul (Pretória).
Outras normas infralegais relacionadas à gestão e estrutura da Unidade Jurisdicionada
― Guia de Administração dos Postos (GAP) – 2011;
― Regimento Interno da Secretaria de Estado (RISE), e
― Textos de Serviço (contendo os Decretos referentes à gestão e estrutura dos órgãos e unidades do Ministério das
Relações Exteriores), disponíveis na aba “Legislação e Normas de Administração”, contidos na Intratec do Itamaraty
(pagina https://intratec.itamaraty.gov.br ).
Manuais e publicações relacionadas às atividades da Unidade Jurisdicionada
— Manual de Classificação e Indexação;
― Manual de Patrimônio e Inventário – Versão 2006;
— Manual de Renda Consular; — Manual sobre Malas e Correspondência Diplomática;
— Manual do Serviço Consular e Jurídico;
— Manual do Sistema Consular Integrado;
— Plano Diretor da Tecnologia da Informação, e outras normas consolidadas em Circulares Postais, Circulares
Telegráficas e normas , disponíveis na aba “Manuais”, contidas na Intratec do Itamaraty (pagina
https://intratec.itamaraty.gov.br ).
Unidades Gestoras e Gestões relacionadas à Unidade Jurisdicionada
Unidades Gestoras relacionadas à Unidade Jurisdicionada
Código SIAFI Nome
não aplicável —
Gestões relacionadas à Unidade Jurisdicionada
Código SIAFI Nome
não aplicável —
Relacionamento entre Unidades Gestoras e Gestões
Código SIAFI da Unidade Gestora Código SIAFI da Gestão
não aplicável —
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RELATÓRIO DE GESTÃO ― EXERCÍCIO 2012 PÁGINA 11
ITEM PARTE “A” ― INFORMAÇÕES GERAIS SOBRE A GESTÃO
1.2
1.3
Finalidade e competências institucionais da Unidade Jurisdicionada definidas na
Constituição Federal, em leis infraconstitucionais e em normas regimentais,
identificando cada instância normativa:
a) Competênciuas institucionais da unidade:
I. Competência:
Cabe à Embaixada do Brasil em Pretória a competência de representar o Governo
brasileiro junto aos governos da República da África do Sul, do Reino do Lesoto e da República das Ilhas Maurício, conforme disposto no “Regimento Interno da Secretaria
de Estado (RISE)”, publicado por meio da Portaria nº 212, de 30 de abril de 2008, e
no Decreto nº 74.093, de 23 de Maio de 1974.
A dupla cumulatividade de representação diplomática reflete-se na jurisprudência
consular e nas prestações de serviços desempenhadas pelos diferentes setores da
Embaixada em Pretória, conforme disposto no Decreto 5.073, de 10 de maio de 2004,
sobre consolidação da rede de Embaixadas cumulativas do Serviço Exterior Brasileiro.
A Embaixada em Pretória participa nas negociações comerciais, econômicas,
jurídicas, financeiras, técnicas e culturais com os Governos sul-africano, lesotiano e
mauriciano e entidades nacionais destes países. Ocupa-se, igualmente, dos
programas de cooperação internacional e de promoção comercial com aqueles Estados
e presta apoio a delegações, comitivas e representações brasileiras nas tratativas e
negociações bilaterais.
A Embaixada em Pretória tem, ademais, a competência de prestar os serviços
consulares em sua jurisdição, a saber:
— África do Sul (exceto as províncias de Eastern Cape, Western Cape, Northern
Cape e no Free State),
— Reino do Lesoto,
— Ilhas Mayotte;
— Ilhas Maurício, e
— Ilha da Reunião.
Desempenha, ademais, tarefas relacionadas à proteção dos interesses e à garantia dos
direitos da comunidade brasileira residente em sua área de atuação.
Apresentação do organograma funcional, com descrição sucinta das competências e
atribuições das áreas, departamentos, seções, etc. que compõem os níveis estratégico e
tático da estrutura organizacional da unidade, assim como a identificação dos
macroprocessos pelos quais cada uma dessas subdivisões são responsáveis e os
principais produtos deles decorrentes:
O organograma funcional e com as funções desempenhadas no Sistema de
Administração Financeira do Governo Federal (SIAFI) da Embaixada em Pretória
encontra-se anexo, nas páginas 60 e 61.
A distribuição de pessoal dá-se com base na Portaria do Senhor Ministro de Estado das
Relações Exteriores, que define a lotação numérica de diplomatas e inegrantes do
Serviço Exterior Brasileiro no Posto. A mais recente Portaria, de número 156, de 26
de março de 2013, determinou que a Embaixada em Pretória contasse com duas vagas
de Ministro de Segunda Classe (uma das quais para o cargo de Ministro-Conselheiro),
MINISTÉRIO DAS RELAÇÕES EXTERIORES
EMBAIXADA DO BRASIL EM PRETÓRIA
RELATÓRIO DE GESTÃO ― EXERCÍCIO 2012 PÁGINA 12
oito vagas para diplomatas (entre Conselheiros e Secretários), quatro vagas para
Oficiais de Chancelaria e duas posições para Assistentes de Chancelaria.
A lotação numérica do Posto, tal como definida pela Secretaria de Estado, determina
a estrutura dos setores. Cabe notar que não obstante o número de vagas disponíveis, a
Embaixada em Pretória possui claros de lotação em todas as carreiras que compõem o
Serviço Exterior (diplomatas, Oficiais de Chancelaria e Assistentes de Chancelaria).
Os setores têm como base as atribuições do Ministério das Relações Exteriores,
contidas no Decreto número 7.304, de 22 de setembro de 2010, pelos quais
atribuiu-se ao Itamaraty as funções de: (a) política internacional; (b)relações
diplomáticas e serviços consulares; (c) participação nas negociações comerciais,
econômicas, técnicas e culturais com governos e entidades estrangeiras; (e) programas de cooperação internacional e de promoção comercial; e (f) a prestação
de apoio a delegações, comitivas e representações brasileiras em agências e
organismos internacionais e multilaterais.
Com base nas atribuições legais da Secretaria de Estado e da lotação numérica da
Embaixada, são 8 (oito) o número de setores do Posto, a saber:
(i) Promoção Comercial;
(ii) Consular e Direitos Humanos;
(iii) Cooperação Técnica e Cumulatividades (Reino do Lesoto e República das Ilhas
Maurício);
(iv) Econômico, Energia, Política Financeira e Meio-Ambiente;
(v) Política Interna, Política Africana e Imprensa;
(vi) Política Externa, Temas Multilaterais, BRICS, IBAS e Candidaturas;
(vii) Cultural e Esportes, e
(viii) Administração.
Ao Setor de Promoção Comercial (SECOM) compete efetuar as atividades de
promoção comercial na África do Sul instruídas pela Secretaria de Estado, assim como
de executar ações de atração de investimento direto estrangeiro, além de apoiar as
atividades de internacionalização de empresas brasileiras sediadas no país e que
pretendem abrir negócios e prestar as informações comerciais e tarifárias demandadas
pelas firmas nacionais. Também presta esclarecimentos ao empresariado sul-africano
interessado em executar negócios com parceiros brasileiros. A promoção comercial
também inclui atividades como o apoio na participação de feiras e mostras
especializadas, destinadas a abrir oportunidades de negócios.
Os “macroprocessos” desempenhados pelo SECOM compreendem a coleta de
informações sobre práticas de comércio locais junto a fontes primárias (câmaras de
comércio e indústria, federações empresariais, associações comerciais e empresários
locais). Também incluem a busca de dados tarifários, sanitários e estatísticos junto a
agências governamentais sul-africanas. A manutenção de banco de dados atualizado
sobre o comércio Brasil-África do Sul, o atendimento às consultas eletrônicas ou
telefônicas e o acompanhamento de missões empresariais também são atividades
desenvolvidas pelo Setor Comercial. Também integram as atividades desenvolvidas
pelo SECOM os preparativos para a organização e participação de empresas e
entidades de classe brasileira (como federações e associaçowes) em feiras comerciais
realizadas na África do Sul.
MINISTÉRIO DAS RELAÇÕES EXTERIORES
EMBAIXADA DO BRASIL EM PRETÓRIA
RELATÓRIO DE GESTÃO ― EXERCÍCIO 2012 PÁGINA 13
O Setor Consular e de Direitos Humanos, por seu turno, está encarregado de prestar
atendimento consular em geral e assistência aos nacionais brasileiros que residem ou
estão em visita à África do Sul, ao Reino do Lesoto e à República das Ilhas Maurício,
tanto considerados individualmente como em termos de coletividade.
O Setor tem como responsabilidade a execução e prática de atos notariais e de registro
civil. Cabe ao Setor Consular a tramitação dos pedidos de emissão de títulos de eleitor
e certificados de reservista, assim como a promoção de eleições para Presidente de
República. Presta, igualmente, assistência aos cidadãos brasileiros detidos e que
cumprem penas em centros detencionais na África do Sul. É igualmente responsável
por efetuar o controle e registro aos estrangeiros que desejem ingressar no Brasil,
mediante a concessão de vistos de entrada e a intermediação dos pedidos de concessão
de documentos (como CPF). O Setor Consular também é o ponto focal entre o Posto e
as comunidades brasileiras.
Os “macroprocessos” do Setor Consular em Pretória incluem a operação dos Sistemas
Consular Integrado (SCI) e de Emissão de Documentos de Viagem (SCEDV),
responsáveis pela produção de passaportes, documento de “Autorização de Retorno ao
Brasil (ARB), certidões de nascimento, falecimento, casamento, procurações,
autorizações de viagem, entre outros. Também compreendem o acompanhamento da
legislação local sobre o tratamento aos estrangeiros e a atualização das normas
brasileiras sobre a concessão de documentos e vistos.
Dentre as atividades do Setor Consular estão os contatos com autoridades
aeroportuárias e policiais locais, para permitir o bom atendimento aos nacionais
brasileiros em visita ao país, e o relacionamento com interlocutores sul-africanos nos
Ministérios da Justiça, Interior e nos presídios em que estão detidos nacionais
brasileiros. As funções de cooperação judiciária internacional, que englobam o
encaminhamento de pedidos da Justiça brasileira ao Poder Judiciário sul-africano
também é outra atividade levada a cabo pelo Setor Consular. O bom trânsito e o
constante ontato constante com os parceiros da Chancelaria sul-africana responsável
pela área consular e jurídica também são tarefas levadas a cabo pelo Setor Consular.
O Setor de Cooperação e de Cumulatividades (Reino do Lesoto e República das Ilhas
Maurício) tem como principal atribuição acompanhar, ajudar na execução e prestar
informações sobre os programas, projetos e atividades de cooperação para o
desenvolvimento desenvolvidas pelo Brasil na África do Sul e, complementarmente,
nos países da cumulatividade. A disseminação de informações e o contato com
interlocutores governamentais nos campos da capacitação e da cooperação técnica são
atividades igualmente desenvolvidas.
Os “macroprocessos” do Setor de Cooperação e Cumulatividades incluem a estreita
interlocução com autoridades locais da Chancelaria e dos Ministérios da Educação
Secundária, da Educação Universitária, da Ciência & Tecnologia, da Indústria e
Comércio, e da Agricultura, para a implementação de ações e programas bilaterais.
Também sobressaem entre as atividades do Setor de Cooperação e Cumulatividades a
colaboração constante com os Alto Comissariados do Reino do Lesoto e da República
das Ilhas Maurício sediados em Pretória, de forma a permitir fácil trânsito aos pedidos
e solicitações do Governo brasileiro junto aos Executivos daqueles dois países.
O Setor Econômico, de Energia, de Política Financeira e de Meio Ambiente, por seu
MINISTÉRIO DAS RELAÇÕES EXTERIORES
EMBAIXADA DO BRASIL EM PRETÓRIA
RELATÓRIO DE GESTÃO ― EXERCÍCIO 2012 PÁGINA 14
turno, tem como atribuição prestar informações sobre temas de interessa nacional
relacionados aos sistemas monetário e financeiro sul-africano, assim como à
cooperação financeira e ações comuns com a África do Sul. Tem a si, igualmente, as
tarefas de acompanhar a participação do Governo brasileiro nas negociações no tocante
a fluxos financeiros, arranjos monetários, cambiais, tributários e fiscais bilaterais ou
nos foros promovidos na África do Sul. Presta, igualmente, informações sobre as
políticas públicas relativas à utilização dos recursos energéticos (renováveis e não
renováveis), e sobre as atividades na área geológica e mineral, inclusive acordos
para importação e exportação de minérios, de forma a subsidiar a participação do
Governo brasileiro em negociações bilaterais, regionais e em foros e organismos
internacionais. Presta, também, informações relativas ao meio ambiente, ao
desenvolvimento sustentável, à proteção da atmosfera, de forma atender às
solicitações da Secretaria de Estado quanto a gestões e iniciativas bilaterais.
Os “macroprocessos” do Setor Econômico, de Energia, de Política Financeira e de
Meio Ambiente envolvem a manutenção de contatos com autoridades sul-africanas dos
Ministérios das Finanças, da Indústira e Comércio, do Meio Ambiente, das Relações
Internacionais e Cooperação e do Banco Central, além de relacionamento com
jornalistas, acadêmicos, formadores de opinião e pesquisadores de centros de estudos.
O acompanhamento da literatura econômico-financeira e a leitura das publicações
especializadas integram a rotina do Setor. Contatos com diplomatas de outras
Embaixadas e Missões multilaterais que acompanham os temas integram igualmente as
rotinas do Setor.
O Setor de Política Interna, Política Africana e Imprensa trata do acompanhamento das
questões políticas sul-africanas com impacto no relacionamento internacional do país e
dos temas continentais cuja ação da África do Sul é proeminente, como nos foros
regionais da região austral. Os temas afetos aos pedidos da imprensa brasileira para
ações no país, como reportagens, marcações de entrevistas, entrada de equipamentos
e informações sobre procedimentos para a concessão de vistos são também abordados
pelo Setor.
Os “macroprocessos” do Setor de Política Interna, Política Africana e Imprensa
concentram-se no acompanhamento do noticiário local, nos contatos com autoridades
sul-africanas (no Parlamento e no Executivo), no trânsito junto aos centros de
pesquisas políticas e às universidades, e a troca de informações com integrantes do
corpo diplomático. A relação com formadores de opinião e jornalistas dos principais
órgãos de divulgação é, da mesma forma, rotina seguida pelo Setor.
O Setor de Política Externa, Temas Multilaterais, BRICS, IBAS e Candidaturas, por
seu turno, foca o acompanhamento das iniciativas sul-africanas no campo da política
externa e nos foros multilaterais. O Setor é responsável pelo tratamento e execução
das instruções referentes ao Foro “Brasil – Rússia – Índia – China e África do Sul
(BRICS)”. Também se ocupa do Agrupamento “Índia – Brasil – África do Sul
(IBAS)”, grupo dos maiores países em desenvolvimento com série de iniciativas nos
campos político e de cooperação. O Setor também é responsável pelo
acompanhamento dos pedidos de candidaturas brasileiras a cargos em organismos
multilaterais, junto aos governos sul-africano, do Reino do Lesoto e da República das
Ilhas Maurício.
Os “macroprocessos” do Setor de Política Externa, Temas Multilaterais, BRICS,
MINISTÉRIO DAS RELAÇÕES EXTERIORES
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RELATÓRIO DE GESTÃO ― EXERCÍCIO 2012 PÁGINA 15
IBAS e Candidaturas incluem o acompanhamento do noticiário local e contatos com
estreitos com diplomatas e autoridades sul-africanas da Chancelaria e da Presidência da
República, e na constante troca de informações com com integrantes do corpo
diplomático. A proximidade com os centros de pesquisas políticas e às universidades,
e a troca de informações sobre temas de interesse brasileiro também integram a rotina
do Setor. A relação com formadores de opinião e jornalistas dos principais órgãos de
divulgação é tarefa igualmente rotineira adotada pelo Setor.
O Setor Cultural e de Esportes tem como atribuição a execução das diretrizes de
política exterior no âmbito das relações culturais e educacionais, principalmente no
que diz respeito às atividades de promoção da língua portuguesa, de difusão de
informações sobre a arte e a cultura brasileiras, de divulgação do Brasil na África do
Sul, no Reino do Lesoto e na República das Ilhas Maurício e na cooperação
educacional. A realização de exposições, seminários, a participação em mostras de
filmes e atividades culturais e esportivas são atividades desempenhadas pelo Setor.
Os “macroprocessos” do Setor Cultural e de Esportes incluem as atividades de
planejamento e manutenção do Centro Cultural Brasil-África do Sul (CCBAS),
instituição para o ensino de português-variante brasileira para alunos sul-africanos,
sediada na Embaixada em Pretória. Também incluem contatos com os Ministérios da
Cultura, da Educação Secundária e do Ensino Universitário, das Relações
Internacionais e Cooperação e com os integrantes do corpo diplomático sediado em
Pretória. Incluem, igualmente, contatos com universidades e a imprensa local.
O Setor de Administração se incumbe de desempenhar as tarefas de apoio
administrativo ao bom desempenho das funções da Embaixada em Pretória e de seus
diferentes setores.
Suas atividades incluem a contratação de pessoal local (Auxiliares Administrativos e
de Apoio); a execução de atividades de administração de material e de patrimônio; a
consecução de processos de consulta de preços e de licitações para a compra e/ou
contratação de serviços; as atividades referentes à transmissão, guarda, circulação e
disseminação de informações e documentos, bem como à manutenção das estruturas
de informática e comunicações, à luz das orientações da Secretaria de Estado, e ao
controle e execução das tarefas e rotinas de pessoal do quadro, em obediência às
instruções do Itamaraty na matéria. O Setor de Administração se ocupa, igualmente,
da operação do Sistema de Administração Financeira do Governo Federal (SIAFI)
instalado no Posto.
Cabe notar, a respeito, que a Embaixada em Pretória é a única repartição do
Ministério das Relações Exteriores no continente africano ligada ao SIAFI.
O Setor de Administração se ocupa igualmente do relacionamento do Posto com a
Chancelaria sul-africana no que diz respeito ao trâmite de expedientes de protocolo e
privilégios e imunidades, tais como emissão de documentos de identificação ou
carteiras de motorista, pedidos de vistos, formulários de importação, entrada de
pertences aos diplomatas, adidos e servidores. Também é por intermédio do Setor de
Administração que o Consulado-Geral na Cidade do Cabo realiza suas tratativas com a
Chancelaria sul-africana no que diz respeito aos registros de diplomatas e servidores e
para o trâmite de pedidos de registro de autoridades consulares.
MINISTÉRIO DAS RELAÇÕES EXTERIORES
EMBAIXADA DO BRASIL EM PRETÓRIA
RELATÓRIO DE GESTÃO ― EXERCÍCIO 2012 PÁGINA 16
1.4
Os “macroprocessos” do Setor de Administração compreendem o acompanhamento
das instruções das Unidades Gestoras na Secretaria de Estado, o relacionamento com
as autoridades da Chancelaria sul-africana, notadamente no Departamento de
Protocolo, o conhecimento das normas administrativas e de pessoal sul-africanas por
meio de contato com advogados e publicações especializadas. Incluem, ainda,
pesquisas de mercado sobre fornecedores em diversos setores, de forma a cumprir os
preceitos da Lei 8.666/93 sobre processos licitatórios para as compras de bens e
serviços.
Macroprocessos finalísticos da Unidade Jurisdicionada, com a indicação dos
principais produtos e serviços que tais processos devem oferecer aos cidadãos-
usuários e clientes.
A Embaixada em Pretória subsidia em informações e realiza ações em diversas áreas e
setores junto aos Governos sul-africano, do Reino do Lesoto e da República das Ilhas
Maurício na defesa dos interesses nacionais brasileiros. São inúmeros os objetos das
gestões realizadas, nos mais diferentes campos de atividades, decorrentes da
multiplicidade das relações bilaterais do Brasil e da variedade de interesses
econômicos e políticos. A maioria dessas ações visa a atender instruções de Governo,
quer do próprio Itamaraty, quer de outros órgãos da Administração Direta. Há,
ademais, gestões efetuadas por instruções dos Poder Judiciário e Legislativo.
Ou seja, do ponto de vista governamental, o principal “produto” oferecido pela
Embaixada do Brasil em Pretória é informar e dar conhecimento sobre os mais
diferentes aspectos da realidade sul-africana às diferentes áreas da Secretaria de Estado
e do Governo brasileiro e realizar atos e cumprir instruções específicas quanto à ações
de interesse nacional.
No que tange aos “cidadãos-usuários”, a Embaixada em Pretória presta serviços
principalmente por intermédio dos Setores Consular e de Promoção Comercial. Além
dos serviços notariais e de expedição de documentos, essenciais para os viajantes e os
residentes no exterior, a assistência consular em casos de desprovimento, acidentes e
perda de documentos é parte essencial da atividade consular.
O apoio aos cidadãos desvalidos, localização de nacionais, prestação de informações
sobre condições locais para os visitantes brasileiros são outros “produtos” também
oferecidos aos nacionais.
Outra atividade não menos imporante é o apoio oferecido pelo Setor Consular aos
cidadãos brasileiros que cumprem penas em presídios localizados na África do Sul. O
acompanhamento dos casos, a verificação das condições de tratamento, a tramitação
das solicitações junto às autoridades de instituições penais e o atendimento de
consultas de familiares no Brasil são “produtos” igualmente prestados pelo Setor
Consular.
O Setor de Promoção Comercial (SECOM), por seu turno, oferece aos cidadãos-
usuários, do setor privado, que estão envolvidos no comércio exterior, ferramentas
diversas para o apoio à atividade exportadora para a África do Sul.
Os principais “produtos” oferecidos pelo SECOM são informações diversas sobre
como exportar para a África do Sul, quer pela identificação de importadores,
fornecimento de dados estatísticos, apoio na participação em feiras e eventos
MINISTÉRIO DAS RELAÇÕES EXTERIORES
EMBAIXADA DO BRASIL EM PRETÓRIA
RELATÓRIO DE GESTÃO ― EXERCÍCIO 2012 PÁGINA 17
1.5
1.6
comerciais, informação sobre barreiras comerciais, restrições alfandegárias e tarifas
aduaneiras e o acompanhamento de missões comerciais.
O Setor Cultural, por seu turno, oferece cursos de língua portuguesa-variante
brasileira por meio do Centro Cultural Brasil – África do Sul (CCBAS). Os cursos,
primariamente destinados a estrangeiros, são também procurados por integrantes da
diáspora brasileira que temem perder o contato com a língua nacional.
Principais macroprocessos de apoio ao exercício das competências e finalidades da
unidade jurisdicionada.
As atividades-fim da Embaixada em Pretória ocorrem mediante a gestão de recursos
humanos, orçamentários e financeiros, patrimoniais, e de material exercida no âmbito
da legislação brasileira e das normas vigentes na República da África do Sul.
No que tange aos recursos orçamentários e financeiros, a gestão é realizada por
intermédio do Sistema SIAFI, ao qual o Posto está conectado. No que diz respeito ao
controle patrimonial, este é efetuado por meio do “Sistema Programa Inventário dos
Postos no Exterior” e, complementarmente, pelo SIAFI.
A administração dos recursos humanos dos contratados locais da Embaixada em
Pretória segue a legislação trabalhista vigente na República da África do Sul e no
disposto pela legislação brasileira sobre a matéria, notadamente o Decreto 1.570/1995.
Os processos de compras de materiais, bens e serviços, por seu turno, são realizados
à luz das instruções contidas na Lei 8.666/93, com a constante consulta de preços para
a determinação do fornecedor cuja oferta é mais em conta aos cofres públicos.
Os “macroprocessos” administrativos objetivam oferecer aos diversos setores
condições ótimas para o exercício de suas atividades, tais como boas condições de
comunicações, condizentes estruturas de informática e apoio administrativo, correto
mobiliário e suprimento de material de consumo.
Principais parceiros (externos à unidade jurisdicionada, da administração pública
ou da iniciativa privada) relacionados aos macroprocessos finalísticos da unidade.
Os principais parceiros da Embaixada em Pretória na África do Sul para a obtenção das
informações e realização de gestões são os Departamentos de Relações Internacionais e
Cooperação (DIRCO); da Presidência; de Comércio & Indústria; de Turismo; de
Agricultura, Florestas & Pesca,; de Defesa; de Assuntos Ambientais; de Saúde; de
Educação Universitária & Treinamento; do Interior, da Justiça & Desenvolvimento
Constituicional; do Tesouro Nacional; da Ciência e Tecnologia; dos Recursos
Minerais; do Desenvolvimento Rural e da Reforma Agrária; e dos Serviços
Correcionais. Contatos com o Banco Central, associações comerciais e grêmios
industriais também são privilegiados.
Empresas brasileiras sediadas na África do Sul, companhias sul-africanas com
interesses e investimentos no Brasil, formadores de opinião na imprensa local,
pesquisadores de universidades e centros de estudos políticos e de relações
internacionais além de integrantes do corpo diplomático são parceiros externos da
MINISTÉRIO DAS RELAÇÕES EXTERIORES
EMBAIXADA DO BRASIL EM PRETÓRIA
RELATÓRIO DE GESTÃO ― EXERCÍCIO 2012 PÁGINA 18
Embaixada em Pretória.
Em função das cumulatividades com o Reino do Lesoto e a República das Ilhas
Maurício, o relacionamento com os Altos-Comissariados do Reino do Lesoto e das
Ilhas Maurício sediados em Pretória revestem-se de particular importância para as
gestões junto àqueles governos.
No que diz respeito aos parceiros institucionais da Embaixada do Brasil em Pretória
para a obtenção de informações e para as providências do Posto relacionadas a gestões
junto a autoridades sul-africanas, encontram-se praticamente todos os Ministérios, os
Governos estaduais e municipais, o Poder Legislativo central e estaduais e o Poder
Judiciário.
Empresas e entidades da iniciativa privada e companhias de capital mistas ou estatal,
assim como universidades, centros de pesquisa e órgãos da imprensa brasileira
também solicitam os serviços da Embaixada do Brasil em Pretória.
PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO, PLANO DE METAS E AÇÕES
Informações sobre o planejamento estratégico da unidade, comtemplando:
(a) período de abrangência do plano estratégico, se houver:
O planejamento estratégico da Embaixada em Pretória refere-se ao exercício financeiro
de 2012.
(b) demonstração da vinculação do plano estratégico da unidade, com suas
competências constitucionais, legais ou normativas:
O planejamento estratégico da Embaixada em Pretória não está vinculado a qualquer
outra ação do Governo Federal, tendo em vista estar relacionado à pequenas melhoras
para o bom funcionamento do Posto
(c) demostração da vinculação do plano estratégico da unidade com o Plano
Plurianual (PPA) do Governo Federal, identificando os Programas Temáticos, os
Objetivos, as Iniciativas e os Programas de Gestão, Manutenção e Serviços ao
Estado do Plano Plurianual vigente em que estejam inseridas ações de
responsabilidade da unidade:
Conforme informado no item anterior, as ações desenvolvidas pela Embaixada do
Brasil em Pretória seguem as orientações da Secretaria de Estado. O planejamento
administrativo realizado pelo Posto, por sua reduzida abrangência e por seu escopo
limitado a ações pontuais, não está abrangido pelo planejamento macroeconômico do
Governo Federal.
A Embaixada em Pretória não tem sob sua responsabilidade qualquer atribuição de
gestão de Programa de Governo inscrito na Lei do Plano Plurianual (PPA), conforme
constante na tabela intitulada “ANEXO II — PROGRAMAS DE GOVERNO — APOIO ÀS
POLÍTICAS PÚBLICAS E ÁREAS ESPECIAIS” do Plano Plurianual, em particular no que diz respeito ao programa número “0683 – Gestão da Política Externa”, cujo órgão
2
2.1
MINISTÉRIO DAS RELAÇÕES EXTERIORES
EMBAIXADA DO BRASIL EM PRETÓRIA
RELATÓRIO DE GESTÃO ― EXERCÍCIO 2012 PÁGINA 19
gestor responsável é o Ministério das Relações Exteriores (35000).
O que cabe à Embaixada em Pretória, isto sim, são atribuições específicas para
consecução de ações delimitadas, inseridas no escopo de programas geridos e
administrados por Unidades Gestoras Coordenadoras na Secretaria de Estado, que
transferem recursos orçamentários e financeiros com objetivos e funções estipuladas.
Da mesma forma, tal como descrito no item referente aos “ÓRGÃOS RESPONSÁVEIS
POR PROGRAMAS” do PPA, nenhum dos exercícios finalísticos (a saber: “0355 —
Promoção das Exportações”; “0682 — Difusão da Cultura e da Imagem do Brasil no
Exterior”; “1264 — Relações e Negociações do Brasil no Exterior e Atendimento
Consular”, e “1279 — Análise e Difusão da Política Externa brasileira”) são geridos
por esta Unidade Jurisdicionada, muito embora, a Embaixada em Pretória, em suas
funções diárias, desempenhe essas atividades-fim por intermédio do recebimento de
Notas de Crédito específicas, com montantes orçamentários e financeiros delimitados,
concedidos pelas Unidades Gestoras Coordenadoras da Secretaria de Estado com base em solicitações de recursos “ad hoc” ou à luz de compromissos recorrentes assumidos.
(d) se a unidade jurisdicionada estiver inserida no contexto de planejamento
estratéfico maior (de um órgão ou ministério, por exemplo), demonstração dos
objetivos estratégicos, dos processos e dos produtos desse planejamento estratégico
aos quais se vincula:
As ações desenvolvidas pela Embaixada do Brasil em Pretória ao longo de 2012
tiveram como base o desenvolvimento no plano interno, das metas de planejamento
estratégico do Itamaraty, definidas no ano anterior, em 2011.
Com efeito, os objetivos estratégicos do Ministério das Relações Exteriores, tal como
definidos no Relatório de Gestão de 2011 foram assim definidos:
“(i) coordenar a execução da política administrativa do MRE, de modo a
possibilitar a execução da Política Externa Nacional;
(ii) aprimorar os métodos de gerenciamento e supervisão das atividades
relacionadas com a administração de material e do patrimônio, incluindo a
aquisição no Brasil de material padronizado para os Postos no exterior e serviços
gerais de apoio administrativo no Brasil e de apoio à Comissão Permanente de
Inventário.
(iii) prover meios e sistemas de tecnologia da informação para a Secretaria de
Estado e Postos no exterior. Desenvolver programas de elaboração, transmissão e
salvaguarda de informação oficial. Manter, preservar e divulgar o acervo
bibliográfico do MRE.
(iv) recrutar e capacitar pessoal e promover maior eficiência na lotação e
movimentação dos servidores e na formalização e publicação de atos diversos.”
(e) principais objetivos estratégicos traçados para a unidade para o exercício de
referência do relatório de gestão;
À luz dos objetivos estratégicos do Itamaraty, a Embaixada em Pretória pautou seu
planejamento estratégico com o objetivo, na área de pessoal, para lograr o aumento da
lotação de diplomatas e servidores do quadro do Serviço Exterior Brasileiro, de forma
a melhor atender as demandas de informações e serviços por parte dos órgãos de
instituições públicas e privadas, de empresas e de cidadãos brasileiros.
MINISTÉRIO DAS RELAÇÕES EXTERIORES
EMBAIXADA DO BRASIL EM PRETÓRIA
RELATÓRIO DE GESTÃO ― EXERCÍCIO 2012 PÁGINA 20
Outro objetivo perseguido foi o incremento da capacidade de atendimento consular, de
forma a garantir a correta e tempestiva resposta à crescente demanda por documentos e
serviços à comunidade brasileira residente na jurisdição consular da Embaixada em
Pretória, assim como dos nacionais em turismo ou trânsito no país, e do público
estrangeiro que aflui à Embaixada, uma vez que o Posto é responsável por ¾ da
movimentação consular na África do Sul.
Destaque particular foi dado à prestação da adequada assistência consular aos
nacionais desvalidos e aos brasileiros detidos ou que cumprem penas em presídios na
República da África do Sul, com a reintrodução de programa de visitas aos presos e a
criação de seção da “Assistência Consular”.
O planejamento de ações incluiu a promoção de melhorias das instalações da
Chancelaria da Embaixada, de forma a dar as necessárias condições de trabalho aos
servidores.
Foram igualmente empreendidas ações para o bom-termo das pesquisas de mercado
para a aquisição de imóvel para a instalação de Residência Oficial da Embaixada em
Pretória e preparação do processo para o pedido de aquisição da propriedade pela
União.
(f) principais ações planejadas para que a unidade pudesse atingir, no exercício de
referência, os objetivos estratégicos estabelecidos:
Tendo em consideração que a quase totalidade dos recursos orçamentários e
financeiros concedidos à Embaixada em Pretória é caracterizada como custeio ou é
destinada ao pagamento dos vencimentos dos Auxiliares Administrativos, aos
Assistentes Técnicos e aos Auxiliares de Apoio contratados localmente, a atuação
administrativa no exercício de 2012 objetivou, sobretudo, otimizar o emprego dos
montantes alocados ao Posto pela Secretaria de Estado, por meio da renegociação de
contratos (como os de aluguel da Residência Oficial e de segurança), o cancelamento
de serviços considerados desnecessários ou redundantes, e implementação da prática
de extensas consultas de preços de mercado, de modo a assim lograr melhores
resultados com os montantes disponíveis.
No exercício que se encerrou, procedeu-se à realização de processo seletivo, para a
contratação de 3 (três) Auxiliares Administrativos locais, a serem lotados nos Setores
Consular e de Administração. A carência de pessoal, em particular na área contábil-
administrativa constitui severa limitação interna da unidade. A prioridade de lotação
no Setor Consular tem em conta a demanda por serviços pelo público. Cabe notar que
o crescimento da movimentação consular tem sido anualmente superior a dois dígitos.
Em 2012, o incremento foi de 12,0%. Esse maior volume deu-se a despeito da
substancial elevação na renda consular no ano anterior. Cabe registrar que, em 2011,
o aumento na movimentação foi de 11,0%.
Logrou-se aumentar a lotação de servidores do quadro do Serviço Exterior Brasileiro,
para o desempenho de funções específicas de funcionários públicos brasileiros —
como as de Vice-Cônsul e de Chefe da Contabilidade/Operador do SIAFI. Os vazios
de lotação no Posto, contudo, permaneceram.
MINISTÉRIO DAS RELAÇÕES EXTERIORES
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RELATÓRIO DE GESTÃO ― EXERCÍCIO 2012 PÁGINA 21
A carência de pessoal, em particular para o desempenho das funções contábeis
exigidas no SIAFI, foi uma das dificuldades administrativas enfrentadas pelo Posto.
Foi também registrada, em 2012, elevação no número de atendimentos a empresários
e firmas brasileiras, por parte do Setor Comercial, em resposta aos questionamentos
sobre as condições do mercado sul-africano.
O apoio na organização dos estandes e na participação de órgãos dos Governos Federal
e Estaduais e de empresas brasileiras em feiras e eventos comerciais na África do Sul
foi intensificada.
Aumentou-se a capacidade de prestação de serviços consulares ― por meio de maior
número de funcionários; da adoção de novas técnicas de expedição de documentos e
da modernização do equipamento de informática existente. As melhoras tiveram por
fim o atendimento da maior demanda do público, decorrente do crescimento numérico
da comunidade brasileira residente na África do Sul (em particular na Província de
Gauteng, onde está a capital e a maior cidade do país, Johanesburgo) e da
intensificação de relações comerciais e diplomáticas bilaterais.
Também foi executada ampla atualização e reformulação geral da página na internet do
Posto, para a cobertura dos temas consulares de interesse dos cidadãos brasileiros e
estrangeiros. Procedeu-se à impressão em gráfica dos formulários de atendimento ao
público e à elaboração das respostas-padrão às consultas por correio eletrônico, para
lograr o pronto atendimento e a unificação das instruções concedidas aos clientes.
Ao final do exercício, logrou-se completar os trabalhos relacionados à aquisição de
propriedade para abrigbar a Residência Oficial do Posto, para eventual ocupação pelo
em 2013, tão logo encerrados os trâmites locais relacionados ao pagamento, registro e
transferência do imóvel.
Do ponto de vista administrativo, procedeu-se à renovação do parque de informática
do Posto, e deu-se início à preparação para os trabalhos relacionados à conexão do
Posto à Rede Mundial Itamaraty, pela qual as estações de trabalho instaladas no Posto
passarão a ser controladas diretamente pelos servidores do Itamaraty, em Brasília, de
forma a garantir a segurança das comunicações.
Foram igualmente empreendidas reformas das instalações elétricas, trabalhos de
pintura e de substituição de piso, mediante emprego dos recursos orçamentários e
financeiros disponíveis, de forma a prover melhores condições de trabalho.
Providenciou-se, ademais, a aquisição de móveis de escritório e de armários para a
guarda de documentos.
De forma a garantir a economia de energia elétrica, foram instaladas tomadas de luz
em cada uma das salas e dependências do Posto, permitindo que as lâmpadas fossem
desligadas nas salas que eventualmente estejam desocupadas, opção inexistente
anteriormente com o quadro de distribuição único de controle de luz.
O planejamento do Posto para 2012 previu a ampliação do uso do “Sistema Consular
Integrado (SCI)”, com a utilização de novas estações de trabalho, o aumento do
número de impressoras e a maior lotação numérica do Setor, de forma a permitir a
concessão de serviços consulares praticamente de forma imediata aos cidadãos
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EMBAIXADA DO BRASIL EM PRETÓRIA
RELATÓRIO DE GESTÃO ― EXERCÍCIO 2012 PÁGINA 22
brasileiros e aos visitantes estrangeiros.
Para tanto, procurou-se, ao longo do ano, solucionar dois fatores limitantes
encontrado: a falta de pessoal e a carência de meios.
Em 2012, o Setor Consular já dotado da necessária infraestrutura para o correto
atendimento aos seus clientes, por meio da aquisição de seis computadores e cinco
impressoras específicas para as atividades consulares, recebeu duas novas impressoras,
leitores óticos, que se somaram às quatro máquinas detectoras de vistos e documentos
falsificados adquiridas no ano anterior.
A lotação do setor passou a contar com um diplomata (Cônsul), um servidor do
quadro (Vice-Cônsul) e dois contratados locais (Agentes de Atendimento) de forma a
bem atender a demanda por serviços pela comunidade brasileira e pelos visitantes
estrangeiros ao país.
Adicionalmente, foram completados os trabalhos para a conexão rápida pela internet
com a Secretaria de Estado/SERPRO, para a emissão dos documentos consulares.
Outro fator determinante nas ações administrativas da Embaixada em Pretória em 2011
foi solucionar a carência de pessoal diplomático no Posto, para o desempenho geral
das funções-fim, e de servidores na área meio (Administração), em particular no que
diz respeito à operação do SIAFI.
Nesse sentido, gestões foram empreendidas para o aumento da lotação do Posto, de
forma a, de um lado, garantir que os diferentes setores da Embaixada em Pretória
contassem com diplomatas à frente e, de outro, que a Contabilidade e o Setor de
Administração dispusessem de um mínimo de funcionários que garantissem o
cumprimento das obrigações legais a que está submetida a Unidade Jurisdicionada.
Os funcionários lotados no Setor de Administração ainda são insuficientes para o
volume de rotinas e as exigências e demandas do Posto, que conta com cinco
Adidâncias (três militares, uma da Polícia Federal e uma da Agricultura) e que
também é responsável pela tramitação administrativa dos pedidos do Consulado-Geral
na Cidade do Cabo junto à Chancelaria sul-africana.
Em decorrência, a Embaixada em Pretória envidou esforços para o aumento da lotação
do quadro de contratados locais e realizou processo seletivo para três vagas de Auxiliar
Administrativo, para pessoal a ser destinada às atividades-meio, como arquivamento e
preparação de processos contábeis no âmbito do SIAFI, realização de consulta de
preços e compras de materiais, e responsabilidade pelo acompanhamento patrimonial.
Um dos candidatos aprovados foi designado para cumprir funções no Setor Consular.
O Setor passou a contar, dessa forma, com uma Contadora do Tesouro, lotada na
Seção de Contabilidade, onde também um Auxiliar Administrativo se ocupa das
funções de arquivamento contábil e operação do SIAFI. Três Auxiliares
Administrativos passaram a tratar, a partir de 2012, dos trabalhos de controle
patrimonial, compras de material e de controle de pessoal.
O montante ainda se mostra, contudo, por demais exíguo.
MINISTÉRIO DAS RELAÇÕES EXTERIORES
EMBAIXADA DO BRASIL EM PRETÓRIA
RELATÓRIO DE GESTÃO ― EXERCÍCIO 2012 PÁGINA 23
2.2
Outra limitação encontrada na Embaixada em Pretória — ainda em processo de
superação — diz respeito às instalações da Chancelaria. Ocupada em 2007, a área já
dava mostras de várias deficiências, tais como conservação dos pisos, pintura,
iluminação, cabeamento elétrico, entre outras.
Ao longo de 2012 (e dando sequência a planejamento inciado em 2011), procedeu-se à
série de melhorias, consertos e pequenas reformas, de forma a garantir aos que
trabalham no Posto as devidas e recomendadas condições para o exercício de suas
funções. Foram, dessa forma, trocados os pisos, realizados trabalhos de reforma
elétrica, de pintura e de adequação das divisórias às necessidades de serviço, de forma
a melhor utilizar as áreas disponíveis.
Um fator que restringiu as atividades empreendidas foi, sem dúvida, além da carência
de pessoal, as dificuldades encontradas no dia-a-dia da economia sul-africana, como
demora das operações de crédito de recursos, falta de profissionalismo das empresas
locais e carência dos serviços disponíveis. O Posto teve, em consequência, que
adequar o plano de implantação de medidas administrativas às condições encontradas
localmente.
Informações obre as estratégias adotadas pela unidade para atingir os objetivos
estratégicos do exercício de referência do relatório de gestão, especialmente sobre:
(a) avaliação dos riscos que poderiam impedir ou prejudicar o cumprimento dos
objetivos estratégicos do exercício de referência das contas:
Os principais riscos que poderiam prejudicar o cumprimento do planejamento para
2012 estão relacionados à variação cambial entre o dólar norte-americano e o rand sul-
africano.
Com efeito, tendo a Embaixada em Pretória a quase totalidade de suas despesas em
moeda local (rand sul-africano) e os recursos creditados ao Posto em dólares norte-
americanos, a execução financeira fica a mercê dos fluxos cambiais.
O ano de 2012 foi, nesse sentido, caracterizado por extrema volatilidade nas taxas de
troca registradas entre o rand e a moeda estadunidense. No primeiro semestre de
2012, ocorreu forte valorização do rand sul-africano. Ao longo do segundo semestre,
movimento oposto, em proporções ainda mais expressivas, foi registrado.
Essas variações na taxa de troca afetam diretamente o volume de recursos que o Posto
pode contar para suas ações de custeio.
Outro fator de risco, esse de caráter estrutural da economia sul-africana, está
relacionado às deficiências do setor empresarial do país, ainda afeto a práticas de
descaso com o cumprimento de prazos, de mudança de condições de fornecimento e
de cancelamentos intempestivos de fornecimento.
(b) revisão dos macroprocessos internos da unidade, caso tenha sido necessária:
As rotinas administrativas do Setor de Administração têm sido paulatinamente
modificadas, de forma a permitir o desempenho mais rápido das demandas. Nesse
sentido, em virtude da maior lotação, promoveu-se a especialização de funções e a
determinação de substitutos, para os casos de ausências em períodos de férias e
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RELATÓRIO DE GESTÃO ― EXERCÍCIO 2012 PÁGINA 24
afastamentos.
Deu-se início, ademais, às providências administrativas junto à Secretaria de Estado e ao banco local com o qual a Embaixada em Pretória opera (o “First National Bank –
FNB”), para a implantação de sistema de pagamentos de compra de bens e serviços
por meio eletrônico, de forma a reduzir os custos de cobranças bancárias incidentes
sobre a emissão de cheques e, ao mesmo tempo, dar maior agilidade aos pagamentos
efetuados.
Semelhante procedimento foi empreendido no Setor Consular, em decorrência da
contratação de Auxiliar Administrativo adicional, na função de “Agente de
Atendimento”. Promoveu-se a especialização de funções entre os três servidores
(assistência consular, atos notarias, vistos & documentos de viagem), de forma a
garantir maior presteza no atendimento ao público.
(c) adequações nas estruturas de pessoal, tecnológica, imobiliária, etc., caso
tenham sido necessárias ao desenvolvimento dos objetivos estratégicos:
Conforme informado no item “2.1.e” acima, procedeu-se ao aumento do quadro de
contratados locais do Posto (com duas novas vagas criadas).
Deu-se continuidade, ademais, ao projeto de melhoria do parque de informática
instalado na Embaixada em Pretória, com vistas à conexão do Posto à “Rede Mundial
Itamaraty”. Investimentos na infraestrutura, tais como a aquisição de dois novos servidores, de dois novos “routers”, da compra de UPS central e da instalação de
UPS periféricos em cada uma das estações de trabalho, instalação de “firewall”,
conexão por fibra-ótica, aquisição de programas antivírus, reinstalação de rede
estruturada e instalação de rede dedicada sem fio foram algumas das iniciativas
tomadas ao longo de 2012.
A aquisição de mobiliário, tais como estações de trabalho, cadeiras de trabalho,
armários para arquivamento e estantes foram algumas das medidas tomadas para
melhorar as instalações do Posto.
Completou-se, ademais, a pesquisa de imóveis para a aquisição de imóvel que
abrigará a Residência Oficial e terminou-se o processo elaborado para apreciação das
Consultorias Jurídicas do Itamaraty e da Secretaria do Patrimônio da União (SPU). A
documentação foi aprovada ao final de 2012 e os recursos para a compra do imóvel
foram recebidos pelo Posto ao final do exercício financeiro.
(d) estratégias de divulgação interna dos objetivos traçados e dos resultados
alcançados:
Os objetivos a serem buscados em cada exercício financeiro são definidos e priorizados
pela Chefia do Posto e informados a todas as Chefias de Setores e funcionários. No
caminho inverso, as necessidades e demandas de cada um dos setores são canalizadas
para o Setor de Administração, de forma a preparar a agenda de ações a serem
futuramente empreendidas pela Embaixada em Pretória, a partir de consulta às Chefias
do Posto e aos setores pertinentes na Secretaria de Estado.
(e) outras estratégias consideradas relevantes pelos gestores da unidade para o
atingimento dos objetivos estratégicos:
A tempestiva informação aos setores responsáveis na Secretaria de Estado da
MINISTÉRIO DAS RELAÇÕES EXTERIORES
EMBAIXADA DO BRASIL EM PRETÓRIA
RELATÓRIO DE GESTÃO ― EXERCÍCIO 2012 PÁGINA 25
2.3
importância das ações a serem empreendidas em Pretória e o impacto positivo que sua
eventual aprovação terão sobre os serviços prestados ao público ou sobre as condições
do Posto são ações que têm-se mostrado úteis para o atingimento das metas e objetivos
administrativos definidos.
Demonstração da execução do plano de metas ou de ações para o exercício,
informando, por exemplo:
(a) resultado das ações planejadas, explicando em que medida as ações foram
executadas:
Ao final de 2012, a quase totalidade das ações planejadas para serem realizadas
durante o exercício, à exceção do plano de se instalar dois balcões de atendimento ao
público que aflui ao Setor Consular.
Todas as demais ações de melhoria e modernização do Posto foram plenamente
atingidas no decorrer de 2012.
No que tange ao aumento de pessoal do quadro lotado na Embaixada em Pretória, não
foi possível lograr que as vagas ora desocupadas e disponíveis para designação em
virtude do desinteresse dos servidores do quadro em servirem na África do Sul
motivados pelos reduzidos salários e pelas condições de segurança vigentes no país,
em particular na capital e na região vizinha de Joanesburgo.
(b) justificativas para a não execução de ações ou não atingimento de metas, se for
o caso:
Além do não-atingimento da meta de aumento da lotação de pessoal do quadro do
Serviço Exterior Brasileiro — explicada no item anterior — outra ação cujo
planejamento não se tornou realidade foi aquela relacionada à implantação de balcões
de atendimento ao público, no Setor Consular.
A impossibilidade de levar-se a cabo, tempestivamente, a tomada de preços para a
instalação de dois balcões de atendimento ao público foi a principal razão encontrada.
Quando da aprovação, por parte da Secretaria de Estado, para a realização da pequena
obra, o tempo hábil no exercício de 2012 não permitiria que se completasse o processo
de tomada de preços.
A consecução da obra está programa para ser realizada no decorrer de 2013, a
depender da devida autorização do Ministério das Relações Exteriores, à luz dos
recursos orçamentários e financeiros disponíveis.
Cabe ressaltar que o empreendimento em muito melhoraria as condições de recepção e
de atendimento dos brasileiros e dos visitantes estrangeiros que afluem ao Setor
Consular a procura de serviços.
(c) impactios dos resultados das ações nos objetivos estratégicos da unidade:
Houve sensível melhora das condições de trabalho oferecidas aos diferentes setores e
ao público visitante no decorrer de 2012. As melhorias no mobiliário e a recuperação
dos pisos e paredes permitiram dar àqueles que afluem à Embaixada do Brasil em
MINISTÉRIO DAS RELAÇÕES EXTERIORES
EMBAIXADA DO BRASIL EM PRETÓRIA
RELATÓRIO DE GESTÃO ― EXERCÍCIO 2012 PÁGINA 26
2.4
Pretória boas condições de trabalho e de atendimento.
No que diz respeito às comunicações, houve igual melhoramento. Ligações
telefônicas e por internet mais estáveis e confiáveis, a custos mais reduzidos, foram
implementadas no decorrer de 2012, com evidentes vantagens para todos os setores e
para aqueles que procuram informações do Posto.
Cabe apontar que os investimentos realizados na mudança de lâmpadas na Chancelaria
e no Centro Cultural Brasil-África do Sul (CCBAS), por exemplares de baixo
consumo e maior índice de iluminação, somados às obras de instalação de minuteiras e
interruptores elétricos em todas as salas e ambientes, permitiram oferecer aos Setores
salas e ambientes mais bem iluminados, a custos inferirores àqueles verificados ao
longo de 2011. O impacto no consumo de energia elétrica do Posto foi, nesse sentido,
substantivo.
Informações sobre indicadores utilizados pela unidade jurisdicionada para
monitorar e avaliar a gestão, acompanhar o alcance das metas, identificar os
avanços e as melhorias na qualidade os serviços prestados, identificar necessidade
de correções e de mudança de rumos:
A Embaixada do Brasil em Pretória conta com setores que prestam serviços
diretamente ao público (Consular, Cultural e de Promoção Comercial) e áreas voltadas
principalmente para a atividade de manutenção das relações bilaterais com a República
da África do Sul, tais como o acompanhamento político, as negociações de temas de
natureza bilateral e/ou multilateral, a defesa dos interesses nacionais e as tarefas de
representação do Brasil.
Os setores que prestam atendimento de forma direta ao público prestam-se à
mensurabilidade dos serviços e à quantificação da produtividade.
Tendo em vista a reduzido volume dos recursos utilizados e a natureza dos serviços
prestados, o Setor de Administração utiliza como avaliação de alcance das metas o
índice de execução física dos recursos orçamentários e financeiros colocados à sua
disposição pelas diferentes Unidades Gestoras Coordenadoras na Secretaria de Estado,
por intermédio das ações e programas disponibilizados.
Em função das peculiaridades do Posto — em que a maioria das despesas executadas
são relacionadas ao pagamento de gastos correntes de manutenção e o pagamento de
vencimentos dos contratados locais, em montantes previsíveis — não foi registrada
necessidade de solicitação de créditos complementares ou a concessão de expressivas
despesas de capital.
As melhorias empreendidas em 2012, no que diz respeito ao reequipamento do parque
de informática do Posto e do mobiliário da Chancelaria e da Residência Oficial, não
implicaram em montantes expressivos utilizados em despesas de capital/investimentos.
A execução financeira foi praticamente integral, descontando-se os saldos residuais
frutos da variação cambial (recursos recebidos em dólares norte-americanos e
posteriormente trocados para rands sul-africanos, para quitação dos compromissos).
Outro indicador utilizado, este no Setor Consular, refere-se ao volume de produtos
entregues ao público. Conforme informado anteriormente, o índice de aumento no
volume anual de emissão de documentos tem-se mantido, nos últimos anos, acima de
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EMBAIXADA DO BRASIL EM PRETÓRIA
RELATÓRIO DE GESTÃO ― EXERCÍCIO 2012 PÁGINA 27
dois dígitos, tendo sido de 12.0% em 2012.
No que diz respeito à área consular, o principal indicador da movimentação da
Embaixada em Pretória é a arrecadação da renda consular, realizada por meio da
cobrança de emolumentos e a consequente aposição de etiquetas consulares referentes
aos documentos expedidos, reconhecidos ou legalizados, ou aos vistos de entrada
entregues ao público que aflui em busca de serviços consulares.
Cabe registrar, por oportuno, que o Setor Consular da Embaixada em Pretória
responde por ¾ da movimentação consular na África do Sul, em função do expressivo
movimento de turistas na região de Johanesburgo/Pretória (principal porto de entrada
do país) e da grande concentração de indústrias e empresas nas províncias de Gauteng,
Kwazulu-Natal e Limpopo, áreas que contêm grande parte do PIB sul-africano e que
se encontram na jurisdição consular do Posto.
O aumento é ainda mais expressivo tendo em vista que não houve qualquer majoração
dos serviços consulares cobrados do público e à luz da inexistência de exigência de
apresentação de visto de turista para os cidadãos de nacionalidade sul-africana que se
deslocam ao Brasil.
Muitos dos serviços, por sinal, passaram a ser gratuitos, com as autorizações de
viagem de menor e vários vistos de turismo. Cabe notar que durante grande parte do
ano, o Setor Consular contou com apenas dois funcionários, muito embora a lotação
ideal seja de cinco servidores (entre Agentes de Atendimento, Vice-Cônsul e Cônsul).
O Setor Consular da Embaixada do Brasil em Pretória tornou-se, a despeito do
reduzidíssimo quadro de funcionários, a segundo maior repartição consular do Brasil
no continente africano em volume de documentos expedidos, estanto apenas atrás do
Setor Consular da Embaixada do Brasil em Luanda.
Outros indicadores utilizados pelo Setor Consular são o índice de satisfação do
público, recolhido por intermédio de comentários e observações, e o tempo de demora
de concessão de documentos e serviços. Em ambos, registra-se o excelente
desempenho, com invejável volume de elogios e comentários favoráveis e com a
crescente redução do tempo de entrega de expedientes.
Os indicadores administrativo e consular demonstram, dessa forma, o atingimento das
metas de bom atendimento ao público e de melhor utilização dos recursos
orçamentários e financeiros disponíveis.
Outro indicador que pode ser utilizado é o número de atendimento às consultas de
empresários e de exportadores brasileiros sobre as condições do mercado sul-africano
e, igualmente, de firmas e importadores sul-africanos, sobre oportunidades de
negócios com o Brasil.
As estatísticas de atendimento do Setor de Promoção Comercial demonstram que, em
2012, o número de consultas formais sobre informações de natureza comercial
respondidas por meio de mensagens eletrônicas aumentou em 4,0%.
Cabe ressaltar, ademais, que o Setor de Promoção Comercial da Embaixada em
Pretória é o quarto maior, em toda rede de SECOM’s do Itamaraty no exterior, em
número de atendimento a consultas e demandas do empresariado brasileiro sobre
MINISTÉRIO DAS RELAÇÕES EXTERIORES
EMBAIXADA DO BRASIL EM PRETÓRIA
RELATÓRIO DE GESTÃO ― EXERCÍCIO 2012 PÁGINA 28
3
3.2
3.4
informações comerciais, conforme estatística compilada pelo Departamento de
Promoção Comercial (DPR), do Ministério das Relações Exteriores.
Outro indicador de produtividade refere-se ao Centro Cultural Brasil-África do Sul
(CCBAS), dedicado à difusão da cultura brasileira e ao ensino da língua portuguesa-
variante brasileira. Inaugurado em suas novas instalações em meados de 2011, o
CCBAS no intervalo de seis meses logrou triplicar o número de alunos inscritos. O
número de contratados locais, no entanto, foi reduzido em função de pedidos de
demissão voluntária apresentados. Em 2012, o Centro Cultural logrou alcançar
número de alunos semelhante àquele de outros institutos de língua, como o Instituto
Camões, de Portugal, já estabelecido há anos na capital sul-africana.
Vê-se, assim, que o número de integrantes do serviço exterior brasileiro (diplomatas,
Oficiais e Assistentes de Chancelaria) não foi aumentado em 2012. Ao contrário. foi
registrada redução no número de diplomatas lotados no Posto durante o exercício.
O congelamento do número de contratados locais e a redução no número de servidores
do quadro Serviço Exterior Brasileiro, concomitante ao expressivo aumento dos
serviços prestados, levou à dedicação da quase totalidade dos servidores do quadro e
contratados locais às atividades administrativas (SIAFI, comunicações e arquivo) e de
prestação de serviços ao público (Setores de Promoção Comercial e Consular).
A produtividade dos servidores e contratados locais, em consequência, elevou-se de
forma expressiva, já que, como apontado anteriormente, um volume expressivamente
maior de documentos consulares e de serviços comerciais foi prestado em 2012 em
relação aos anos anteriores, com quadro de funcionários reduzido.
Por fim, cabe assinalar que os registros de faltas e de acidentes funcionais são baixos e
dentro dos limites definidos pela legislação trabalhista sul-africana, para os
contratados locais (direito de 35 dias de licença médica autorizados a cada dois anos).
Os problemas disciplinares são em número reduzido. A rotatividade dos contratados
locais é reduzida. Os servidores do quadro do Serviço Exterior Brasileiro, por seu
turno, são lotados no Posto em missões cuja duração varia entre 2 (dois) a 5 (cinco)
anos.
ESTRUTURAS DE GOVERNANÇA E DE AUTOCONTROLE DA GESTÃO
Informações sobre a estrutura orgânica de controle no âmbito da unidade
jurisdicionada ou do órgão a que se vincula tais como unidade de auditoria ou de
controle interno, conselhos fiscais, comitês de avaliações, etc., descrevendo de
maneira sucinta a base normativa, as atribuições e a forma de atuação de cada
instância de controle.
Não aplicável à natureza jurídica da Unidade Jurisdicional (UJ).
A Embaixada em Pretória não possui, em sua estrutura, órgão de auditoria ou
controle interno.
Informações sobre a estrutura e as atividades do sistema de correição da unidade ou
do órgão de vinculação da unidade, identificando, inclusive, a base normativa que
rege a atividade no âmbito da unidade ou do órgão.
MINISTÉRIO DAS RELAÇÕES EXTERIORES
EMBAIXADA DO BRASIL EM PRETÓRIA
RELATÓRIO DE GESTÃO ― EXERCÍCIO 2012 PÁGINA 29
3.5
4
4.1
Não aplicável à natureza jurídica da Unidade Jurisdicional (UJ).
A Embaixada em Pretória não possui, em sua estrutura, órgão de auditoria ou
controle interno.
Informações quanto ao cumprimento, pela instância de correição da unidade, das
disposições dos arts. 4º e 5º da Portaria no 1.043, de 24 de juho de 2007, da
Controladoria-Geral da União – CGU, no que tange aos fatos originados em
unidade jurisdicional cuja gestão esteja contemplada no relatório de gestão.
Não aplicável à natureza jurídica da Unidade Jurisdicional (UJ).
Os Artigos 4º e 5º da Portaria 2.043, de 24 de julho de 2007, da Controladoria-Geral
da União referem-se aos “Órgãos Cadastradores do Sistema de Correição do Poder
Executivo Federal”. A Embaixada em Pretória não é órgão ou entidade componente
do citado sistema.
PROGRAMAÇÃO E EXECUÇÃO DA DESPESA ORÇAMENTÁRIA E FINANCEIRA
Relação dos programas do Plano Plurianual vigente que estiveral integral ou
parcialmente na responsabilidade da unidade jurisdicionada ou de unidade
consolidada no relatório de gestão, especificando:
(a) identificação do programa;
(b) informações sobre a programação e a execução orçamentária e financeira
relativa ao programa;
(c) avaliação dos resultados dos ndicadores associados a programa;
(d) reflexos de contingenciamentos sobre os resultados dos programas, e
(e) reflexos dos restos a pagar na execução dos programas.
Conforme informado no item “2.1.c” acima, as ações desenvolvidas pela Embaixada
do Brasil em Pretória seguem as orientações da Secretaria de Estado. O planejamento
administrativo realizado pelo Posto, por sua reduzida abrangência e por seu escopo
limitado a ações pontuais, não está abrangido pelo planejamento macroeconômico do
Governo Federal.
A Embaixada em Pretória não tem sob sua responsabilidade qualquer atribuição de
gestão de Programa de Governo inscrito na Lei do Plano Plurianual (PPA), conforme
constante na tabela intitulada “ANEXO II — PROGRAMAS DE GOVERNO — APOIO ÀS
POLÍTICAS PÚBLICAS E ÁREAS ESPECIAIS” do Plano Plurianual, em particular no que
diz respeito ao programa número “0683 – Gestão da Política Externa”, cujo órgão
gestor responsável é o Ministério das Relações Exteriores (35000).
O que cabe à Embaixada em Pretória, isto sim, são atribuições específicas para
consecução de ações delimitadas, inseridas no escopo de programas geridos e
administrados por Unidades Gestoras Coordenadoras na Secretaria de Estado, que
transferem recursos orçamentários e financeiros com objetivos e funções estipuladas.
Da mesma forma, tal como descrito no item referente aos “ÓRGÃOS RESPONSÁVEIS
POR PROGRAMAS” do PPA, nenhum dos exercícios finalísticos (a saber: “0355 —
Promoção das Exportações”; “0682 — Difusão da Cultura e da Imagem do Brasil no
MINISTÉRIO DAS RELAÇÕES EXTERIORES
EMBAIXADA DO BRASIL EM PRETÓRIA
RELATÓRIO DE GESTÃO ― EXERCÍCIO 2012 PÁGINA 30
4.2
Exterior”; “1264 — Relações e Negociações do Brasil no Exterior e Atendimento
Consular”, e “1279 — Análise e Difusão da Política Externa brasileira”) são geridos
por esta Unidade Jurisdicionada, muito embora, a Embaixada em Pretória, em suas
funções diárias, desempenhe essas atividades-fim por intermédio do recebimento de
Notas de Crédito específicas, com montantes orçamentários e financeiros delimitados,
concedidos pelas Unidades Gestoras Coordenadoras da Secretaria de Estado com base
em solicitações de recursos “ad hoc” ou à luz de compromissos recorrentes assumidos.
Relação das Ações da Lei Orçamentária Anual do exercício que estiveram integral
ou parcialmente na responsabilidade da unidade jurisdicionada ou de unidade
consolidada no relatório de gestão, especificando:
(a) função, subfunção e programa de vinculação da ação;
(b) metas e desempenhos físicos e financeiros;
(c) reflexos de contingenciamento sobre os resultados das ações, e
(d) reflexos dos restos a pagar na execução das ações.
As seguintes ações e programas do Sistema Integrado de Administração Financeira do
Governo Federal (SIAFI) foram utilizadas pela Embaixada do Brasil em Pretória em
2011, para a execução das suas tarefas e atribuições:
― Relações e Negociações com a África do Sul, Nigéria e demais Países da África,
exceto os de Língua Portuguesa;
― Atendimento Consular a Brasileiros – Nacional;
― Atendimento Consular – Nacional;
― Administração da Unidade – Nacional;
― Eventos Internacionais Oficiais – Nacional;
— Cooperação Técnica Internacional;
— Equipamento e Material Permanente;
— Difusão da Língua Portuguesa e da Cultura Brasileira no Exterior – Nacional;
— Fomento a Eventos de Divulgação do Brasil no Exterior – Nacional;
— Missões Comerciais e Feiras Setoriais e Multissetoriais – Nacional;
— Sistema BrazilGlobalNet;
— Operações de Assistência no Exterior;
— Missões Oficiais do Presidente e Vice-Presidente da República ao Exterior;
― Movimentação de Pessoal.
Os dados disponíveis no SIAFI, demonstram a alta percentagem de execução do
recursos orçamentários e financeiros colocados à disposição da Embaixada em Pretória
no exercício de 2012.
A Embaixada em Pretória logrou, em 2012 alto índice de execução física dos recursos
orçamentários e financeiros colocados à sua disposição pelas diferentes Unidades
Gestoras Coordenadoras na Secretaria de Estado, por intermédio das ações e
programas disponibilizados.
MINISTÉRIO DAS RELAÇÕES EXTERIORES
EMBAIXADA DO BRASIL EM PRETÓRIA
RELATÓRIO DE GESTÃO ― EXERCÍCIO 2012 PÁGINA 31
4.3
Demonstração e análise do desempenho da unidade na execução orçamentária e
financeira, contemplando:
(a) idenfiticação das unidades orçamentárias (UO) consideradas no relatório de
gestão:
As ações e programas do SIAFI utilizados pela Embaixada do Brasil em Pretória foram
relacionados no item “4.2”.
(b) programação orçamentária das despesas correntes, de capital e da reserva de
contingência:
A programação orçamentária do Posto obedece às liberações efetuadas mensais pela
Secretaria de Estado quer por meio de parcelas pré-estabelecidas, destinadas à
quitação das despesas correntes de custeio, quer por intermédio de créditos
orçamentários e financeiros específicos, concedidos em resposta a solicitação de
recursos, em particular para aquisição de material permanente ou a realização de
despesas de caráter não-recorrente, como obras, consertos emergenciais e reformas ou
reparos das instalações.
Conforme constante nos registros do SIAFI, a Embaixada em Pretória recebeu, em
2012, um provisionamento total de recursos orçamentários e financeiros de USD
4,686,033.15 (quatro milhões, seiscentos e oitenta e seis mil e trinta e três dólares
norte-americanos e quinze centavos).
A maior parte dos recursos da programação orçamentária e financeira da Embaixada
em Pretória no decorrer de 2012 concentrou-se em despesas correntes, em particular,
nas rubricas “outras despesas correntes” (como material de consumo) ou em gastos de
custeio recorrentes, tais como a locação dos imóveis da Chancelaria e da Residência
Oficial, o “leasing” de equipamentos de informática e de telefonia, e as despesas com
os vencimentos dos contratados locais do Posto.
A comparação entre os exercícios de 2011 e 2012 demonstra volume relativamente
estável de recursos orçamentários recebidos pela a Embaixada em Pretória, não
obstante as oscilações cambiais registradas no biênio.
Não houve, dessa forma, alterações significativas na programação orçamentária, à
exceção das correções de valores decorrentes dos custos envolvidos e dos reflexos da
desvalorização cambial.
Cabe registrar que a Embaixada em Pretória indica, anualmente, por meio da Proposta
Orçamentária do Posto (POP), previsão das necessidades orçamentárias e financeiras
nas diferentes atividades de custeio e capital, previstas para o exercício subsequente.
Há, da mesma forma, previsão de planejamento anual para o orçamento e os recursos
financeiros a serem alocados ao Posto para as atividades de promoção de exportações e
apoio às atividades comerciais. Proposta de Planejamento Estratégico de Promoção
Comercial (PEPCOM) anual, formulada ao final do segundo semestre, concentra as
solicitações orçamentárias para as atividades ligadas ao Setor de Promoção Comercial.
O atendimento das indicações e pedidos enumerados na POP e da PEPCOM dependem
da disponibilidade de recursos por parte das correspondentes Unidades Gestoras
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RELATÓRIO DE GESTÃO ― EXERCÍCIO 2012 PÁGINA 32
Coordenadoras (UGCs) na Secretaria de Estado e, adicionalmente, da capacidade do
Ministério das Relações Exteriores em responder às demandas elencadas, por
intermédio dos recursos alocados no Orçamento do exercício.
Quanto à pergunta sobre “reservas de contingência”, o tema não aplicável à natureza
jurídica da Unidade Jurisdicional (UJ).
A Embaixada em Pretória, por receber autorizações de recursos para fins específicos,
em parcelas mensais, e não possui autonomia administrativa para criar reservas de
contingência ou de capital.
(c) demonstração dos limites impostos por cronograma de desembolso definido pelos
órgãos competentes, explicando o impacto das limitações na execução das ações de
resonsabilidade da unidade jurisdicionada:
A Embaixada em Pretória percebe seus recursos de custeio por meio de cronograma
de autorizações mensais, das correspondentes Unidades Gestoras Responsáveis na
Secretaria de Estado.
Os atrasos nas liberações de recursos, principalmente no início de cada exercício
financeiro e quando do encerramento do calendário gregoriano, provocam sérios
problemas junto aos fornecedores e acarretam a penalização financeira do Posto com
multas de atraso e juros de mora.
Problema adicional decorrente das tardias liberações orçamentárias e financeiras é a
estabilidade cambial. Quanto maior o período entre o pedido de verbas e a liberação
de recursos, maior a probabilidade de que uma vez recebidos os montantes em dólares
norte-americanos haja diferenças em relação à cotação originalmente calculada.
Fator que comprometeu a execução orçamentária, ao longo de 2012, foi a expressiva
oscilação da moeda norte-americana frente ao rand sul-africano. O mercado sul-
africano de divisas registrou fortes oscilações na cotação da moeda local, com
variações substantivas durante o mesmo dia das taxas de troca interbancárias.
Cabe assinalar que o rand — dentre as divisas dos países do G-20 — tem sido a
moeda com a maior variação nas paridades com o dólar norte-americano e o euro
desde o agravamento da crise econômica européia. Esse fenômeno atuou
negativamente sobre a execução orçamentária do Posto, uma vez que as previsões de
custos de compromissos financeiros, originalmente planejadas em dólares norte-
americanos com base em taxas de troca estimadas no início do ano, mostraram-se
inadequadas e grandemente defasadas.
(d) movimentação de créditos interna e externa:
Não aplicável à natureza jurídica da Unidade Jurisdicional (UJ).
A Embaixada em Pretória, por receber autorizações de recursos para fins específicos,
em parcelas mensais, não possui autonomia administrativa para tomar créditos no
mercado brasileiro ou internacional.
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EMBAIXADA DO BRASIL EM PRETÓRIA
RELATÓRIO DE GESTÃO ― EXERCÍCIO 2012 PÁGINA 33
(e) execução das despesas por modalidade de licitação e por elementos de despesas:
A totalidade das despesas efetuadas pela Embaixada do Brasil em Pretória durante o
exercício de 2012 foi caracterizada no SIAFI como “dispensa de licitação” (USD
2,856,425.66 — dois milhões, oitocentos e cinquenta e seis mil, quatrocentos e vinte
e cinco dólares norte-americanos e sessenta e seis centavos). Cabe registrar, por
oportuno, que o Posto realiza consulta de preços, com no mínimo três fornecedores,
à luz das determinações da Lei 8.666/93.
Um total de USD 1,809,813.85 (um milhão, oitocentos e nove mil, oitocentos e treze
dólares norte-americanos e oitenta e cinco centavos) foram classificados como “não-
aplicável”. Em função de orientações recebidas da Missão de Auditoria de Tomada
de Contas Anual da Embaixada em Pretória referente ao exercício de 2012, esses
gastos deveriam ter sido classificados, igualmente, como “dispensa de licitação”.
Os gastos com suprimentos de fundos, utilizados para o pagamento de despesas
miúdas de pronto pagamento, somaram tão somente USD 1,616.78 (um mil,
seiscentos e dezesseis dólares norte-americanos e setenta e oito centavos). As
despesas por tomada de preços, por sue turno, USD 13,016.38 (treze mil e dezesseis
dólares norte-americanos e trinta e oito centavos).
A maioria dos gastos efetuados em 2012 concentrou-se no elemento de despesas
3390.39 (gastos de manutenção, pessoa jurídica), com dispêndio de R$ 2.683.187,82
(dois milhões, seiscentos e oitenta e três mil, cento e oitenta e sete reais e oitenta e
dois centavos), 28,05 % dos R$ 9.565.363,31 (nove milhões, quinhentos e sessenta e
cinco mil, trezentos e sessenta e três reais e trinta e um centavos) que totalizaram as
despesas no exercício.
Também sobressaem os gastos no elemento de despesas 3390.36 (serviços, pessoa
física), que englobam os gastos com a quitação dos vencimentos aos contratados
locais. Em 2012, a Embaixada em Pretória dispendeu R 779.711,74 (setecentos e
setenta e nove mil, setecentos e onze reais e setenta e quatro centavos) nessa rubrica.
Isso correspondeu a 8,14% dos gastos da Unidade Jurisdicionada no exercício.
Os gastos com a compra de equipamentos e mobiliário, cobertos pelo elemento de
despesas 4490.52, também sobressaíram em relação aos demais. Atingiram R$
102.330,00 (cento e dois mil, trezentos e trinta reais), isto é, 1,07% das despesas da
Embaixada em Pretória em 2012.
A maior despesa do ano foi, no entanto, aquela relacionada à compra da Residência
Oficial da Embaixada do Brasil em Pretória, realizada ao final do exercício, pelo
elemento de despesas 4590.61.07. A compra do imóvel somou R$ 4.818.238,48
(quatro milhões, oitocentos e dezoito mil, duzentos e trinta e oito reais e quarenta e
oito centavos). O aquirimento da propriedade representou pouco mais da metade da
execução financeira do Posto em 2012 (50,37 %).
(f) demonstração e análise de indicadores institucionais para medir o desempenho
orçamentário e financeiro, caso tenham sido instruídos pela unidade:
A Embaixada em Pretória utiliza, como indicador da boa utilização dos recursos
orçamentários e financeiros colocados à disposição pela Secretaria de Estado, o
MINISTÉRIO DAS RELAÇÕES EXTERIORES
EMBAIXADA DO BRASIL EM PRETÓRIA
RELATÓRIO DE GESTÃO ― EXERCÍCIO 2012 PÁGINA 34
5
5.1
percentual referente à efetiva execução orçamentária à luz dos valores disponíveis.
Nesse sentido, tal como no exercício anterior, 2012 caracterizou-se por a execução
orçamentária com percentual superlativo em relação aos créditos orçamentários
recebidos.
Com efeito, do total de recursos orçamentários provisionados à Embaixada em
Pretória em 2012 — no montante de USD 4,686,033.15 (quatro milhões, seiscentos e
oitenta e seis mil e trinta e três dólares norte-americanos e quinze centavos), foram
executados empenhos no valor de USD 4,680,872.67 (quatro milhões, seiscentos e
oitenta mil, oitocentos e setenta e dois dólares norte-americanos e sessenta e sete
centavos.
Ou seja, a execução de empenhos atingiu a invejável percentagem de 99,89 % dos
recursos recebidos.
Em 2012, apenas e tão somente USD 5,160.48 (cinco mil, cento e sessenta dólares
norte-americanos e quarenta e oito centavos) provisionados durante o exercício não
lograram ser executados pela Embaixada em Pretória no período Esse volume
corresponde à percentual de execução financeira de 99,89%, o que indica excelente
índice de aproveitamento de quase a totalidade dos recursos orçamentários e
financeiros colocados à disposição do Posto pela Secretaria de Estado.
Trata-se do segundo ano consecutivo com nível de execução superlativa. Em 2011, a
Embaixada em Pretória logrou executar o altíssimo percentual de 98,20% (noventa e
oito pontos percentuais e vinte centésimos) dos recursos orçamentários recebidos da
Secretaria de Estado.
TÓPICOS ESPECIAIS DA EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA E FINANCEIRA
Informações sobre o reconhecimento de passivos por insuficiência de créditos ou
recursos.
Em função das peculiaridades do Posto — em que a maioria das despesas executadas
são relacionadas ao pagamento de gastos correntes de manutenção e o pagamento de
vencimentos dos contratados locais, em montantes previsíveis — não foi registrada
necessidade de solicitação de créditos complementares ou a concessão de expressivas
despesas de capital.
A execução financeira foi praticamente integral, descontando-se os saldos residuais
frutos da variação cambial (recursos recebidos em dólares norte-americanos e
posteriormente trocados para rands sul-africanos, para quitação dos compromissos).
Poucos recursos foram necessários para cobrir despesas na rubrica “Exercícios
Anteriores”, motivados pelo tardia.
Não houve, por conseguinte, registro no SIAFI de reconhecimento de passivos por
insuficiência de créditos ou recursos.
Conforme apontado nos demonstrativos emitidos pelo Sistema Integrado de
Administração Financeira do Governo Federal (SIAFI) referente à Embaixada em
Pretória nas contas 21211.11.00, 21212.11.00, 21213.11.00, 21.215.22.00 e
21219.22.00, não houve qualquer registro de valores a título de reconhecimento de
MINISTÉRIO DAS RELAÇÕES EXTERIORES
EMBAIXADA DO BRASIL EM PRETÓRIA
RELATÓRIO DE GESTÃO ― EXERCÍCIO 2012 PÁGINA 35
5.2
passivos por insuficiência de créditos ou recursos.
O Posto incorreu em despesas classificadas como gastos em “Exercícios Anteriores
(EAN)” — ou seja, gastos que foram reconhecidos como verdadeiros, mas que não
foram quitados por não terem sido tempestivamente cobrados pelos credores,
principalmente à luz das diferenças dos calendários fiscais seguidos pelo Brasil e
África do Sul.
Esses montantes pagos a título de EAN, todavia, não são caracterizados por
insuficiência de créditos ou recursos, mas sim pela tardia notificação. A
classificação dos empenhos e pagamentos em EAN, efetuados com recursos do
exercício do exercício em curso, ocorre por elemento de despesas com indicador 92,
e não pelos códigos indicados nas instruções.
Informações sobre a movimentação e os saldos de Restos a Pagar de Exercícios
Anteriores:
Algumas ações, em virtude das particularidades locais, como a demora na entrega de
bens e serviços e as férias coletivas de fim-de-ano, apresentaram problemas em sua
tempestiva execução, tendo requerido sua inclusão na rubrica “Restos a Pagar –
2012”.
Esse fenômeno deveu-se às características particulares da economia sul-africana.
Tradicionalmente, as indústrias e grande parte do comércio entram em recesso
antecipado de Natal em Ano Novo a partir do início da 2ª quinzena de dezembro,
quando aqui é comemorado o importante feriado do “Dia da Reconciliação”.
A maioria das empresas só volta a funcionar de forma plena no final de janeiro, após
as festividades de fim de ano e o término de período de férias coletivas. Trata-se de
época em que aqui, tradicionalmente, são realizadas reformas e revisões industriais,
além de paradas técnicas para manutenção.
É comum, em consequência, que as encomendas efetuadas ao final de novembro e no
início de dezembro — justamente o período que concentra parte substantiva das
liberações orçamentárias e financeiras da Secretaria de Estado ao Posto — sejam
postergadas para entrega ou prestação de serviços no primeiro trimestre do ano
subsequente.
Não se trata, por conseguinte, de inexecução das ações, mas sim postergamento da
finalização das compras ou das prestações de serviço contratadas, com decorrente
expressivo volume de inscrições na rubrica “Restos a Pagar”.
Cabe apontar que as liquidações dos empenhos efetuados ocorrem, assim, ao longo
do primeiro trimestre seguinte.
Outra característica estrutural, que atua como fator limitante à pronta liquidação dos
compromissos do Posto, está ligada à deficiência do SIAFI, em não operar na moeda
sul-africana (o rand), apesar de ser esta uma das mais trocadas divisas entre os países
emergentes. Esse impedimento obriga o Posto efetuar os registros em dólares norte-
americanos e trocar os créditos concedidos em moeda estadunidense, com
considerável atraso no crédito dos valores financeiros a serem dispendidos.
MINISTÉRIO DAS RELAÇÕES EXTERIORES
EMBAIXADA DO BRASIL EM PRETÓRIA
RELATÓRIO DE GESTÃO ― EXERCÍCIO 2012 PÁGINA 36
5.3
5.4
5.5
6
6.1
Informação sobre as transferências mediante convênio, contrato de repasse, termo
de parceira, termo de cooperação, termo de compromisso ou outros acordos ajustes
ou instrumentos congêneres, vigentes no exercício de referência.
Não aplicável à natureza jurídica da Unidade Jurisdicional (UJ).
A Embaixada em Pretória não mantém convênios ou firmou contratos de repasse,
termos de parceria, termos de cooperação, termos de compromisso o qualquer outro
ou instrumento que tenha contemplado a transferência de recursos ou repasses no
exercício de 2012. Tampouco firmou documentos nesse sentido nos últimos 3 anos.
Informações sobre utilização de suprimentos de fundos, contas bancárias tipo “be”,
cartões de pagamento do Governo Federal.
O total de suprimento de fundos empenhando e gasto no decorrer de 2012 somou USD
1,616.78 (um mil, seiscentos e dezesseis dólares norte-americanos e setenta e oito
centavos). O reduzido valor deveu-se à natureza da utilização de suprimento de
fundos pela Embaixada em Pretória: restrito ao pagamento de despesas miúdas de
pronto pagamento, de pequeno valor e com reduzida frequência.
A Embaixada em Pretória não dispõe de cartões de pagamento do Governo Federal.
Todos os pagamentos e despesas efetuadas são procedidos por meio de empenhos no
SIAFI, pagos por meio de cheques, firmados por pelo menos dois servidores
(Ordenador de Despesas e Gestor), ou por intermédio de suprimento de fundos. Essa
última modalidade, em valores reduzidos.
Não aplicável, por conseguinte, à natureza jurídica da Unidade Jurisdicional (UJ).
Inforamções sobre Renúncia Tributária, contendo declaração do gestor de que os
beneficiários diretos da renúncia, bem como da contrapartida, comprovaram, no
exercício, que estavam em situação regular em relação aos pagamentos dos tributos
juntos à Secretaria da Receita Federal do Brasil – SRFB, ao Fundo de Garantia do
Tempo de Serviço – FGTS e à Seguridade Social.
Não aplicável à natureza jurídica da Unidade Jurisdicional (UJ).
GESTÃO DE PESSOAS, TERCEIRIZAÇÃO DE MÃO-DE-OBRA E CUSTOS RELACIONADOS
Informações sobre a estrutura de pessoal da unidade, contemplando as seguintes
perspectivas:
a) Demonstração da força de trabalho e dos afastamentos que refletem sobre ela:
A lotação da Embaixada em Pretória ao final de 2012 era de:
i) Embaixador, Chefe do Posto;
ii) um Ministro-Conselheiro,
ii) Ministro de 2ª Classe, Encarregado do Setor de Administração;
iii) seis diplomatas, um deles Cônsul;
iv) uma Contadora Oficial, operadora do SIAFI;
v) um Oficial de Chancelaria, Vice-Cônsul;
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RELATÓRIO DE GESTÃO ― EXERCÍCIO 2012 PÁGINA 37
vi) uma Assistente de Chancelaria, responsável pela seção de comunicações e
arquivo;
vii) cinco Auxiliares Administrativos, desempenhando funções nos setores
Consular (1) e de Administração (3) e no Gabinete do Chefe do Posto (1);
viii) uma Assistente Técnica, lotada no Setor de Promoção Comercial;
ix) oito Auxiliares de Apoio (sendo que destes, quatro trabalham na Residência
Oficial, em tarefas de manutenção e em serviços de copa, arrumação,
jardinagem e limpeza). Os quatro Auxiliares de Apoio lotados na
Chancelaria da Embaixada, por sua vez, executam tarefas ligados à
atividade-fim, como serviços de condução de automóveis e atendimento em
portaria.
As férias e saídas periódicas, e as reduzidas licenças médicas não prejudicaram o
andamento dos serviços nem afetaram a força de trabalho do Posto.
b) Qualificação da força de trabalho de acordo com a estrutura de cargos, idade e
nível de escolaridade:
É a seguinte a qualificação da força de trabalho da Embaixada em Pretória:
(a) diplomatas:
Total de 9 (nove), sendo 1 com Doutorado, 7 com Mestrado e 1 com nível superior.
1 está entre 60/70 anos, 3 têm entre 50/60 anos, 1 tem entre 40/50 anos, 3 estão entre
30/40 anos, e um entre 20/30 anos.
(b) servidores do quadro do Serviço Exterior Brasileiro:
Total de 3 (três) servidores, sendo 1 com Mestrado e dois com curso superior
completo. 1 esta entre 20/30 anos, duas estão entre 50/60 anos.
(c) contratados locais (Auxiliares Administrativos e Assistente Técnica):
Total de 5 (cinco) auxiliares locais: todos com nível superior completo. 1 entre 20/30
anos, 3 entre 30/40 anos, e um entre 40/50 anos.
c) Custos associados à manutenção dos recursos humanos;:
Os valores permitem visualizar estabilidade nos gastos com os contratados locais ao
longo dos últimos três anos, em que pese o aumento inflacionário registrado no
período. Da mesma forma, possibilita verificar a estabilidade no número de auxiliares
locais contratados, a despeito do aumento no volume de serviços prestados pelo Posto.
Observa-se que os contratos de prestação de serviços que implicam na contratação de
mão-de-obra — reduzidos tão somente a quatro (vigilância da Residência Oficial,
jardinagem da Residência Oficial, serviços de limpeza e copa da Chancelaria e
manutenção da rede de informática do Posto) — não implicam a tercerização de
funcionários ou a ocupação de cargos existentes na Embaixada em Pretória.
d) Composição do quadro de servidores inativos e pensionistas:
A Embaixada em Pretória não administra quadro de servidores inativos ou pensionistas
nem possui quadro de servidores inativos e pensionistas.
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RELATÓRIO DE GESTÃO ― EXERCÍCIO 2012 PÁGINA 38
Cabe registrar que os temas de pessoal do serviço exterior são de responsabilidade da
Divisão do Pessoal, na Secretaria de Estado, em Brasília. Os contratados locais de
nacionalidade brasileira, por seu turno, aposentam-se no âmbito do INSS, tendo em
vista a inexistência de sistema previdenciário na África do Sul.
Não aplicável, por conseguinte, à natureza jurídica da Unidade Jurisdicional (UJ).
e) Demonstração do cadastramento, no Sistema de Apreciação e Registro dos Atos de
Admissão e Concessões (Sisac), das informações pertinentes aos atos de admissão e
concessão de aposentadoria, reforma e pensão ocorridos no exercício, bem como da
disponibilização das informações para o respectivo órgão de controle interno, nos
termos da Instrução Normativa TCU nº 55/2007:
Não aplicável à natureza jurídica da Unidade Jurisdicional (UJ).
f) Providências adotadas para identificar eventual acumulação remunerada de
cargos, funções e empregos públicos vedada pelo art. 37, incisos XVI e XVII, da
Constituição Federal (nas redações dadas pelas Emendas Constitucionais nos 19/98
e 34/2001):
O controle exercido sobre os funcionários do Serviço Exterior Brasileiro não é de
responsabilidade da natureza jurídica da Unidade Jurisdicional (UJ).
No que tange aos processos seletivos de Auxiliares de Apoio, Auxiliares
Administrativos ou Assistentes Técnicos, os candidatos participantes de nacionalidade
brasileira devem firmar declarações de que não são detentores de qualquer cargo
público e de que não percebem aposentadorias pagas pelo Governo Federal.
g) Providências adotadas nos casos identificados de acumulação remunerada de
cargos, funções e empregos públicos, nos termos do art. 133 da Lei nº 8.112/93:
Não foi registrado, até o momento, nem durante o exercício de 2012, qualquer caso
de acumulação remunerada de cargos, funções e empregos públicos, nos termos do
art. 133 da Lei nº 8.112/93.
h) Indicadores gerenciais sobre recursos humanos:
A Embaixada em Pretória não é Unidade Jurisdicionada dedicada à elaboração e
normas e regras para utilização de recursos humanos. Os integrantes do quadro do
Serviço Exterior Brasileiro diplomatas, Oficiais e Assistentes de Chancelaria
têm suas atividades profissionais geridas pela Secretaria de Estado, por intermédio da
Divisão do Pessoal, da Divisão de Recursos Humanos, do Instituto Rio Branco, entre
outras unidades que se ocupam da formação, acompanhamento e mensuração dos
indicadores profissionais.
Os contratados locais do Posto Auxiliares Administrativos, Assistente Técnica e
Auxiliares de Apoio são regidos pela lei laboral sul-africana, que determina limites
para as ausências de trabalho em função de problemas médicos (35 dias a cada dois
anos), e prazos de dispensa por acidentes. Da mesma forma, há codificação
específica, com ritos e praxes estritos a serem observados pelos empregadores, com
MINISTÉRIO DAS RELAÇÕES EXTERIORES
EMBAIXADA DO BRASIL EM PRETÓRIA
RELATÓRIO DE GESTÃO ― EXERCÍCIO 2012 PÁGINA 39
6.2
relação às questões disciplinares, não permitindo qualquer latitude dos contratantes
quanto à criação de normas ou conceitos específicos.
Cabe registrar que a precariedade do arcabouço jurídico sul-africano com relação à
seguridade social (inexistente no país) e à assistência médica (a cargo do empregador).
A reduzida expectativa de vida na África do Sul (de tão somente 49 anos, contra 73,2
anos no Brasil) paradoxalmente transferiu para um segundo plano, no debate político
local, as questões da concessão de aposentadoria e da implementação de sistemas de
seguridade social e de atendimento médico universal.
A rotatividade dos integrantes do Serviço Exterior Brasileiro é determinada pela
categoria funcional e pelos prazos das missões a que foram designados no país (entre 2
a 5 anos). A rotatividade dos contratados locais do Posto por seu turno, é reduzida.
Embora o Posto não disponha de indicadores gerenciais sobre seus recursos humanos
contratados localmente, conforme demonstrado nas tabelas anteriores, a produtividade
dos funcionários tem aumentado, levando-se em conta o virtual congelamento das
vagas existentes e a crescente produção de documentos e prestação de serviços.
O volume de ausências injustificadas é desprezível e as faltas motivas por necessidades
médicas mantêm-se em níveis reduzidos.
A força de trabalho do Posto tem sido reduzida ao longo dos anos, apesar da crescente
movimentação dos setores que prestam serviços ao público. Ou seja, a produtividade
por trabalhador tem, com isso, sido aumentada consideravelmente.
A Embaixasda em Pretória procedeu, em 2012, à luz das instruções emanadas da Casa
Civil da Presidência da República e do Ministério do Planejamento Orçamento e
Gestão, contidas na Circtel. 86.284, redução da folha de pagamentos de contratados
locais (Auxiliares de Apoio) da Residência Oficial em 10,75%.
Da mesma forma, o Posto reduziu o montante gasto com os vencimentos dos
contratados locais (Auxiliares de Apoio) da Chancelaria em 11,91%.
Cumpre registrar que, em função das providências de terceirização de serviços,
contratados junto a firmas locais de limpeza, jardinagem e vigilância, o número de
vagas de Auxiliares de Apoio do Posto decresceu de 11 (onze) para 8 (oito), contenção
de quase 1/3.
Informações sobre a terceirização de mão-de-obra e sobre o quadro de estagiários.
A Embaixada em Pretória não mantém contratos de terceirização de mão-de-obra, mas
sim de prestação de serviços de vigilância armada e de jardinagem na Residência
Oficial, e de limpeza dos escritórios da Chancelaria e de informática também na
Chancelaria.
Nenhum dos contratos de prestação de serviços mantidos pela Embaixada em Pretória
que contemplam a locação de mão-de-obra implicou a substituição de funcionários do
quadro do Serviço Exterior Brasileiro.
Cabe registrar, por oportuno, que por ser a Embaixada em Pretória Representação
MINISTÉRIO DAS RELAÇÕES EXTERIORES
EMBAIXADA DO BRASIL EM PRETÓRIA
RELATÓRIO DE GESTÃO ― EXERCÍCIO 2012 PÁGINA 40
7
7.1
7.2
Diplomática no exterior, os serviços de vigilância armada devem, necessariamente,
ser desempenhados por empresas e nacionais sul-africanos.
GESTÃO DO PATRIMÔNIO MOBILIÁRIO E IMOBILIÁRIO
Informações sobre a gestão da frota de veículos próprios e locados de terceiros,
inclusive sobre as normas que regulamentam o uso da forta e os custos envolvidos.
A Embaixada em Pretória possui quatro veículos próprios: um de representação e três
de serviço. Não efetua locação de terceiros para suas necessidades.
O uso dos veículos obedece à regulamentação prevista no “Guia de Administração dos
Postos – 2011”.
Em 2012, a Embaixada em Pretória dispendeu USD 4,136.63 (quatro mil, cento e
trinta e seis dólares norte-americanos e sessenta e três centavos) com a compra de
combustíveis, lavagem, revisões automotivas e consertos.
Informações sobre a gestão do patrimônio imobiliário próprio, da União que esteja
sob responsabilidade da unidade e dos imóveis locados de terceiros.
O prédio que abriga a Chancelaria da Embaixada em Pretória, está situado no 1o andar
do prédio Woodpecker Place, integrante do conjunto de edifícios comerciais que
compõem o Hillcrest Office Park, localizado na 177 Dyer Road, no bairro de
Hillcrest, 0083, em Pretória. Trata-se de imóvel alugado junto à empresa “Encha
Properties Services (Pty) Ltd. Trust”.
O imóvel, construído em 2005, dispõe de três andares, servidos por elevador e escada.
A Chancelaria ocupa parte do térreo, onde estão situadas as Adidâncias Agrícola e da
Polícia Federal, e as instalações do Centro Cultural Brasil-África do Sul. A
Embaixada também ocupa o segundo piso, onde estão localizadas as três Adidâncias
militares, os demais setores do Posto e o Gabinete do Embaixador. A área total
ocupada perfaz 1.355 m2 de escritórios, 30 m2 de área para depósitos, 9 vagas de
estacionamento interno para os veículos oficiais da Embaixada e das 5 Adidâncias, e
cinco vagas para estacionamento externo destinado aos visitantes e clientes. O
contrato de locação, com validade por 5 (cinco) anos. Iniciou-se em 1º de maio de
2007. A primeira etapa do contato de aluguel expirou em 30 de abril de 2012 e foi
renovado automaticamente por período adicional de cinco anos.
O prédio está situado em área central, de fácil acesso por parte da população brasileira
residente. Estação de trem de alta velocidade para Joanesburgo e o Aeroporto O. R.
Tambo situa-se nas proximidades. Há diversas vias de acesso ao redor do centro de
escritórios onde está situada a Embaixada.
O valor do aluguel é de R 267,916.99 (duzentos e sessenta e sete mil, novecentos e
dezesseis rands e noventa e nove centavos) por mês, pagos pelo período a vencer.
Àquele valor devem ser somados os gastos condominiais correspondentes,
proporcionais à ocupação do prédio e à manutenção da área livre comum.
A Residência Oficial situa-se no bairro adjacente ao da Chancelaria da Embaixada,
chamado de Waterkloof, onde estão situadas a maioria das Residências dos países
MINISTÉRIO DAS RELAÇÕES EXTERIORES
EMBAIXADA DO BRASIL EM PRETÓRIA
RELATÓRIO DE GESTÃO ― EXERCÍCIO 2012 PÁGINA 41
8
8.1
que aqui possuem representação diplomática. Há cerca de 75 outras sedes
diplomáticas no bairro.
O contrato de locação da Residência Oficial, renovado por dois anos, prevê
pagamentos anuais, quitadas de forma a vencer, no montante de R 780.000,00
(setecentos e oitenta mil rands). A assinatura do "Sexto Termo Aditivo" ao contrato
vigente de locação foi firmado em 4 de julho de 2011, com a devida autorização da
Secretaria de Estado.
A empresa proprietária do imóvel, a “Victoria Twee Twee (Pty) Ltd.” já indicou que
não tem interesse em renovar o contrato de locação, cuja vigência vem sendo renovada
há quase vinte anos e manifestou desejo de que a ocupação da casa seja encerrada
quando da expiração do aluguel.
A compra de propriedade para abrigar a Residência Oficial tornou-se, nesse sentido,
atividade prioritária, tendo em vista as condições do mercado imobiliário local.
Em decorrência, o Posto procedeu à visita de mais de 50 (cinquenta) casas situadas em
Pretória, no contexto de extensa pesquisa imobiliária promovida no primeiro semestre
de 2011 para encontrar imóvel alternativo para a instalação da Residência Oficial.
A pesquisa de mercado empreendida contou com a participação das principais
empresas e agentes imobiliários situadas em Pretória.
De todos os imóveis visitados, um deles sobressaiu. Trata-se de casa situada no
número 357 da Edward Street, no bairro de Waterkloof, em terreno por coincidência
contíguo ao da atual Residência Oficial.
O imóvel, construído no início da década de 1930 pelo renomado arquiteto George
Esselmont Gordon Leith, discípulo e integrante da escola de Sir Herbert Baker — o
mais importante arquiteto sul-africano — conta com 750 m2 (setecentos e cinquenta
metros quadrados) de área construída e está situado em terreno de 5.165 m2 (cinco
mil, cento e sessenta e cinco metros quadrados). A propriedade é vizinha das
Residências Oficiais da Espanha, Itália e Alemanha.
O imóvel deverá ser ocupado no decorrer de 2013.
GESTÃO DA TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E GESTÃO DO CONHECIMENTO
Informações sobre a gestão de tecnologia da informação (TI) da UJ, contemplando
os seguintes aspectos:
(a) planejamento da área:
O planejamento da área de informática da Embaixada em Pretória obedece às
instruções emanadas das áreas pertinentes da Secretaria de Estado, a saber:
• a Coordenação-Geral de Planejamento Administrativo (CGPLAN), do
Departamento de Comunicações e Documentação (DCD), para as aquisições de
material e equipamento de informática e de aplicativos de uso geral do Posto, e
• a Coordenação-Geral de Planejamento e Integração Consular (CGPC), para as
MINISTÉRIO DAS RELAÇÕES EXTERIORES
EMBAIXADA DO BRASIL EM PRETÓRIA
RELATÓRIO DE GESTÃO ― EXERCÍCIO 2012 PÁGINA 42
máquinas e os aplicativos relacionados ao funcionamento do Sistema Consular
Integrado (SCI) e do Sistema de Controle e Emissão de Documentos de Viagem
(SCEDV).
Não aplicável, por conseguinte, à natureza jurídica da Unidade Jurisdicional (UJ).
(b) perfil dos recursos humanos envolvidos:
O Posto conta com contrato em vigência, firmado junto à empresa “Tshwane Digital
Solutions, Ltd.”, para a prestação de serviços de manutenção das redes estruturadas
internas e sem fio da Chancelaria, do Centro Cultural Brasil-África do Sul (CCBAS),
e da Residência Oficial. A empresa é igualmente responsável pela atualização de
programas e instalação de aplicativos.
A Embaixada em Pretória não conta, dessa forma, com servidor do quadro ou com
contratado local para o desempenho de tais funções.
(c) segurança da informação:
O acesso dos servidores e Auxiliares Locais à rede interna do Itamaraty e aos
programas de correio eletrônicos utilizados pela Embaixada em Pretória ocorrem
mediante a digitação de senhas alfa-numéricas periodicamente modificadas.
Do mesmo modo, o manuseio dos programas e aplicativos relacionados às atividades
consulares (SCI e SCEDV) passaram a exigir dos Agentes Consulares, Vice-Cônsul,
Cônsul e dos diplomatas acreditados no exercício das funções consulares a geração de
senhas de acesso segundo as normas emanadas do Tribunal de Contas da União
(descritas na Circular Telegráfica 78.900, de 14 de setembro de 2010). Os códigos
de registro de acesso têm validade de quatro semanas e exigem a substituição
periódica por parte dos usuários.
(d) desenvolvimento e produção de sistemas:
Da mesma forma que informado no item “a” acima, o desenvovimento e a produção
de sistemas da área de informática, utilizados pela Embaixada em Pretória, obedecem
às instruções emanadas das áreas pertinentes da Secretaria de Estado, responsável
pela escolha, definição de parâmetros, desenvolvimento ou escolha e aquisição dos
aplicativos, a saber:
• a Coordenação-Geral de Planejamento Administrativo (CGPLAN), do
Departamento de Comunicações e Documentação (DCD), para as aquisições de
material e equipamento de informática e de aplicativos de uso geral do Posto, dos
sistemas de criptografia e de comunicação, e
• a Coordenação-Geral de Planejamento e Integração Consular (CGPC), para as
máquinas e os aplicativos relacionados ao funcionamento do Sistema Consular
Integrado (SCI) e do Sistema de Controle e Emissão de Documentos de Viagem
(SCEDV).
Não aplicável, por conseguinte, à natureza jurídica da Unidade Jurisdicional (UJ).
(e) contratação e gestão de bens e serviços de TI:
MINISTÉRIO DAS RELAÇÕES EXTERIORES
EMBAIXADA DO BRASIL EM PRETÓRIA
RELATÓRIO DE GESTÃO ― EXERCÍCIO 2012 PÁGINA 43
9
9.1
Conforme assinalado no item “b” acima, a Embaixaeda em Pretória conta atualmente
com contrato em vigência, firmado junto à empresa “Tshwane Digital Solutions,
Ltd.”, para a prestação de serviços de manutenção das redes estruturadas internas e
sem fio da Chancelaria, do Centro Cultural Brasil-África do Sul (CCBAS), e da
Residência Oficial. A empresa é igualmente responsável pela atualização de
programas e instalação de aplicativos.
O valor mensal dos serviços pagos, por quinze horas de trabalho/mês, prevê custo de
R 11,970.00 (onze mil, novecentos e setenta rands).
A empresa “Tshwane Digital Solutions, Ltd.” foi contratada em dezembro de 2012
mediante consulta de preços no mercado local, em substituição à empresa “ITT
Trust”, responsável pela prestação dos serviços de manutenção de informática até
agosto de 2012. A qualidade dos serviços prestados, contudo, deixavam a desejar.
Em decorrência dos problemas encontrados com anterior empresa prestadora de
serviços − dentre os quais a constante mudança do pessoal técnico; a incapacidade
recorrente dos especialistas em resolver problemas e o descaso e desatenção com os
equipamentos do Posto (que motivaram, inclusive, a queima de impressora e
subsequente lide para que o bem fosse substituído) promoveu-se extensa pesquisa de
mercado para a identificação de empresas que pudessem oferecer serviços de
qualidade para o Posto.
Na consulta efetuada, o menor preço foi oferecido pela firma "TDS - Tshwane Digital
Solutions (Pty) Ltd.", com custo da hora de trabalho fixado em R 380.00 (trezentos e
oitenta rands) e tempo de resposta máxima de 4 (quatro) horas. O valor mensal para
os serviços de assistência de 30 horas, acrescido do imposto incidente sobre valor
agregado (de 14%) soma, por conseguinte, R 11,970.00 (onze mil, novecentos e
setenta rands). . O contrato prevê a prestação de serviços por número fixo de horas e
duas visitas semanais.
Quando do encerramento do contrato ora vigente, será procedida consulta de preços
no mercado local, para verificação das condições financeiras pactuadas e eventual
contratação de outro provedor de serviços ou renovação.
GESTÃO DO USO DOS RECURSOS RENOVÁVEIS E SUSTENTABILIDADE AMBIENTAL
Informações quanto à adoção de critérios de sustentabilidade ambiental na
aquisição de bens, materiais de tecnologia da informação (TI) e na contratação de
serviços ou obras, tendo como referência a Instrução Normativa no 1/2010 e a
Potaria no 2/2010, ambas da Secretaria de Logística e Tecnologia da Informação do
Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, e informações relacionadas à
separação de resíduos recicláveis descartados em conformidade com o Decreto no
5.940/2006.
Por ser Unidade Jurisdicional sediada na República da África do Sul, a Embaixada
em Pretória deve obedecer às regras e à legislação pertinentes, vigentes no país.
MINISTÉRIO DAS RELAÇÕES EXTERIORES
EMBAIXADA DO BRASIL EM PRETÓRIA
RELATÓRIO DE GESTÃO ― EXERCÍCIO 2012 PÁGINA 44
9.2
Não há, ainda, regime jurídico estabelecido sobre a disposição de resíduos sólidos
recicláveis ou sobre a eliminação de equipamentos eletrônicos na África do Sul. O
país, em particular a capital, não possui sistema de coleta seletiva ou regime de
incentivos para a gestão ambiental.
Essas limitações enfrentadas pelo Posto, à luz das condições vigentes na sociedade e
no arcabouço jurídico sul-africanos, afetam as ações para separação de resíduos
sólidos descartáveis recicláveis.
A ausência de quadro jurídico específico e de normas a serem aplicadas, somados à
inexistência de conjunto estabelecido de regras ambientais de caráter obrigatório às
entidades e aos residentes na África do Sul dificultam, por conseguinte, o
cumprimento das orientações do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão,
que, em decorrência, não são aplicáveis às condições específicas onde está situada a
Unidade Jurisdicional (UJ).
Informações sobre medidas adotadas pelas unidades que compõem o relatório de
gestão para redução do consumo próprio de papel, energia elétrica e água,
contemplando:
(a) detalhamento da política adotada pela unidade para estimular o uso racional
desses recursos;
(b) adesão a programa de gestão da sustentabilidade, tais como Agenda Ambiental
na Administração Pública (A3P), Programa de Eficiência do Gasto (PEG) e
Programa de Eficiência Energética em Prédios Públicos (Procel EPP);
(c) evolução histórica do consumo, em valores monetários e quantitativos, de
energia elétrica e água no âmbito das unidades que compõem o relatório de gestão.
Cabe apontar que as compras de lâmpadas econômicas, de material de limpeza em
embalagens reutilizáveis (recargas) são algumas das poucas iniciativas que podem ser
implantadas localmente. Ambas têm apresentado resultados positivos em termos de
custos.
No que tange às lâmpadas econômicas, os resultados econômicos têm sido
sobrepostos pela crise energética ora enfrentada pelo país, que tem acarretado a
imposição de aumentos substantivos (15%), aplicados semestralmente, às tarifas
energéticas cobradas.
Foram igualmente instalados minuteiras e sensores de movimento em áreas de menor
movimento e circulação (como banheiros e corredores), instalados interruptores em
todas as dependências, de forma a possibilitar o desligamento de luz quando os
ambientes não se encontram ocupados.
Não obstante os aumentos de luz impostos pelo Governo sul-africano aos
consumidores, as medidas tomadas para a contenção dos custos implicaram na
estabilização dos gastos em energia nos últimos dois anos.
No que tange à redução de economia de água, o complexo de edifícios onde está
situada a Embaixada em Pretória não possui hidrômetros individuais. O faturamento
da conta de água é medido com base no rateio dos gastos com base na área alugada. O
custo do consumo de água têm-se mantido estável.
MINISTÉRIO DAS RELAÇÕES EXTERIORES
EMBAIXADA DO BRASIL EM PRETÓRIA
RELATÓRIO DE GESTÃO ― EXERCÍCIO 2012 PÁGINA 45
10
10.1
10.2
CONFORMIDADES E TRATAMENTO DE DISPOSIÇÕES LEGAIS E NORMATIVAS
Informações sobre o tratamento de deliberações exaradas em acórdãos do TCU e em
relatórios de auditoria do órgão de controle interno a que a unidade jurisdicionada
se vincula.
A Embaixada em Pretória não recebeu, ao longo de 2012, qualquer notificação ou
comunicação por parte do Órgão de Controle Interno do Ministério das Relações
Exteriores — a Secretaria de Controle Interno (CISET) — sobre deliberações
exaradas em acórdãos da Corte de Contas aplicáveis às atividades relacionadas às
desenvolvidas pela Unidade Jurisdicionada.
Informações sobre o tratamento das recomendações realizadas pela unidade de
controle interno (OCI), caso exista na estrutura do órgão, apresentando as
justificativas para os casos de não-acatamento:
A Embaixada em Pretória recebeu comunicação, por intermédio do despacho
telegráfico no. 05, de 18 de março de 2013, as observações e achados da “Missão de
Tomada de Contas Anual da Embaixada do Brasil em Pretória referente ao Exerício de
2012”, elaborado pelos integrantes da equipe da Secretaria de Controle Interno
(CISET) em visita ao Posto no período de 25 de fevereiro a 3 de março de 2013.
Em resposta às observações efetuadas, a Embaixada em Pretória prestou os seguintes
comentários e manifestações formais sobre os pontos levantados, por meio do Ofício
no 03, de 18 de março de 2013 e pelo telegrama 444, com distribuição CISET, da
mesma data.
Os esclarecimentos prestados foram:
“CONCILIAÇÃO BANCÁRIA:
* Comentários e esclarecimentos:
2. Conforme bem apontado pela Missão de Auditoria, os saldos constantes
nas conciliações bancárias das contas do Posto no Banco de Brasil em Miami e no
First National Bank (FNB) em Pretória praticamente se equivalem, descontadas as
variações cambiais decorrentes do emprego de múltiplas taxas de troca ao longo do
ano.
3. Essas discrepâncias entre as conciliações dos valores em USD constantes
no Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal (SIAFI) e os
valores em rands da conta geral secundária em rands, junto ao FNB, ocorrerão até
que o SIAFI passe a também incluir o rand sul-africano como moeda operacional.
4. Conforme adiantado à Missão de Auditoria da CISET, em razão das
variadas taxas de troca registradas durante um exercício financeiro, sempre serão
registradas diferenças contábeis entre os saldos obtidos. A conversão para USD do
saldo em rands sul-africanos encontrado na conta secundária mantida em Pretória —
realizada com base em taxa média de câmbio ao longo do ano — não consegue
refletir as diferentes cotações de troca ocorridas no exercício.
5. Cabe registrar que aquela diferença será tanto maior quanto mais instável
MINISTÉRIO DAS RELAÇÕES EXTERIORES
EMBAIXADA DO BRASIL EM PRETÓRIA
RELATÓRIO DE GESTÃO ― EXERCÍCIO 2012 PÁGINA 46
for a cotação entre o rand e o dólar norte-americano, algo que vem sendo registrado
ultimamente. Será igualmente tanto mais acentuada quanto maior o for o número de
operações de troca que venham a ser realizadas — tendência que vem da mesma
forma ocorrendo, em decorrência da crescente movimentação financeira do Posto.
6. Há, sim — como de fato assinalado —, diferença contábil entre o saldo
bancário em dólares norte-americanos, tal como disposto no SIAFI, e aqueles saldos
constantes das às conciliações da conta principal em USD junto ao BB-Miami e da
conta-geral secundária em rands, mantida no FNB-Pretória. Essa discrepância,
decorre da prática levada a cabo pelo Posto de somente lançar a Nota de Liquidação
no SIAFI quando a correspondente despesa tiver sido completamente encerrada (no
entendimento de que a “Nota de Liquidação - NL” equivaleria ao fechamento da
prestação de contas, tal como praticado no Programa de Administração de Postos
(ADMP), e não, tal como informado pela Missão de Auditoria da CISET, no instante
em que o cheque é firmado ou a autorização de pagamento (fax, ordem bancária,
etc.) é assinada.
7. Ao comprender-se a “Nota de Liquidação (NL)” como o ato mais
abrangente, que assinalaria e compreenderia o encerramento do processo de compra
de bens ou serviços — ao contrário de simples ato de pagamento, como aponta a
equipe da CISET — o Posto passou a emitir “NL’s” com posterioridade à emissão
dos cheques ou da quitação do compromisso.
8. Aquele procedimento foi particularmente seguido nas compras efetuadas na
rubrica capital, ocasiões em que as NL’s apenas foram emitidas uma vez entregues os
equipamentos adquiridos e recebida a comunicação da Coordenação-Geral de
Patrimônio (CPAT) para a incorporação dos bens. Dessa forma, ao fechar-se a NL,
o processo contaria com o número de incorporação do bem, o telegrama com o
pedido de lançamento patrimonial e o desptel da Secretaria de Estado com a
correspondente autorização.
9. O procedimento idêntico foi seguido por ocasião da compra do imóvel que
sediará a Residência Oficial da Embaixada em Pretória. Não se completou a NL
aguardando a emissão pelo Cartório de Pretória do “Deed of Transfer” (título de
transferência no Registro de Imóveis), operação que na África do Sul demora até dois
meses após a compra. Nesse intervalo, os recursos referentes ao pagamento da
propriedade permanecem em conta em fideicomisso, gerando juros, até que o
certificado de propriedade seja finalmente entregue. O processo contábil no SIAFI,
contudo, permaneceu aberto à espera da emissão dos documentos comprobatórios de
compra, ou seja, a emissão do título de posse para registro no SIAFI. O cheque de
pagamento, todavia, foi emitido de imediato à conta de fideicomisso. Gerou-se,
assim, diferença entre o saldo bancário, tal como registrado no SIAFI (que ainda
não havia dado “baixa” à despesa) e os saldos do FNB-Pretória e do BB-Miami, que
registraram a respectivamente, a troca dos recursos em USD e a transferência do
montante em rands para a conta de fideicomisso para pagamento ao escritório de
advocacia responsável pela operação.
10. Outro caso de preparo tardio da Nota de Liquidação, dentre os vários
ocorridos ao longo de 2012 e que foram sendo fechados tão logo a Seção de
Contabilidade dispunha da documentação completa, foi aquele citado no parágrafo
II.a do Relatório da Missão da CISET, referente à folha de vencimentos dos
MINISTÉRIO DAS RELAÇÕES EXTERIORES
EMBAIXADA DO BRASIL EM PRETÓRIA
RELATÓRIO DE GESTÃO ― EXERCÍCIO 2012 PÁGINA 47
contratados locais de dezembro de 2013.
11. A Nota de Liquidação correspondente ao pagamento da folha salarial
somente foi emitida um mês mais tarde, à espera de que todos os recibos contábeis
estivessem devidamente assinados e rubricados e o processo pudesse ser assim
terminado. Novamente, o entendimento errôneo de que a emissão da NL significaria
o último ato de encerramento do processo contábil — e não, como reiterado pela
Missão da CISET, apenas um marco de pagamento contábil — motivou o tardio
registro da operação no SIAFI, com a consequente diferença de saldos bancários e o
registro contábil no SIAFI.
12. As conversas mantidas com a Missão de Auditoria de Tomada de Contas
permitiram ver que a prática seguida pelo Posto, muito embora resultasse, ao final,
em processos contábeis completos, com todos os elementos e informações possíveis,
acarretava demora na liquidação da Nota de Liquidação. Mais ainda, trazia como
resultado indesejável diferenças entre os saldos contábeis no SIAFI e aqueles das
contas bancárias principal em USD (BB-Miami) e geral secundária em rands (FNB-
Pretória) até que a NL em tela fosse finalmente emitida.
13. Cumpre registrar que as diferenças de saldos aludidas, de caráter
temporário, desaparecem tão logo emitidas as NL’s pendentes. Não há, por
conseguinte, falta de recursos ou erros de pagamentos. Ocorreram, isto sim,
fechamentos tardios de NL’s decorrentes do entendimento do Gestor Financeiro, neste
caso não condicente, em preparar os processos contábeis no SIAFI com o maior
volume possível de informações e documentos.
14. No que tange à observação contida no item “III”, referente à não-
realização de conciliação bancária específica das contas secundárias “renda
consular” e “renda cultural”, o Posto não seguia a prática de emitir documentos
separados de conciliação bancária no entendimento de que o procedimento repetiria
os controles efetuados mensalmente para a remessa mensal à Coordenação-Geral de
Orçamento e Finaças (COF) dos comprovantes referentes à arrecadação de
emolumentos consulares e culturais.
15. A conciliação bancária das contas “renda consular” e “renda cultural” é
efetuada, respectivamente, pelo Setor Consular e pelo Centro Cultural Brasil-África
do Sul (CCBAS) e é arquivada junto com a documentação referente à arrecadação de
emolumentos consulares e culturais. A Missão de Auditoria da CISET pôde atestar a
propriedade e o cuidado com os recolhimentos de rendas ao Tesouro e a qualidade
dos arquivos contábeis mantidos em ambos os setores.
* Medidas tomadas pelo Posto:
16. Ainda durante o período dos trabalhos de Tomada de Contas Anual, a
Seção de Contabilidade da Embaixada do Brasil em Pretória passou a emitir as Notas
de Liquidação no âmbito do SIAFI tão logo efetuados os referidos pagamentos. A
emissão da NL agora ocorre concomitante ao ato de assinatura dos cheques ou das
ordens de pagamento de bens e serviços.
17 Não mais ocorrerão, dessa forma, os atrasos na emissão de NL’s e, em
consequência, não mais serão verificadas diferenças -- além daquelas referentes às
oscilações cambiais aludidas nos parágrafos 2 a 6 acima -- entre os saldos bancários
MINISTÉRIO DAS RELAÇÕES EXTERIORES
EMBAIXADA DO BRASIL EM PRETÓRIA
RELATÓRIO DE GESTÃO ― EXERCÍCIO 2012 PÁGINA 48
registrados no SIAFI e os saldos obtidos das conciliações da conta principal em USD
junto ao BB-Miami e da conta-geral secundária em rands junto ao FNB-Pretória.
18. A Seção de Contabilidade do Posto passará, doravante, a também efetuar
a conciliação bancária mensal das duas contas secundárias em rands mantidas junto
ao FNB com propósito específico de arrecadação de emolumentos consulares e
culturais. Efetuará, igualmente, a conciliação bancária de terceira conta secundária
em processo de abertura junto ao FNB-Pretória (“conta SARS”), destinada ao
pagamento dos impostos e taxas incidentes sobre a folha de vencimentos dos
contratados locais.
RECOLHIMENTO DE VALORES:
* Comentários e esclarecimentos:
19. A Embaixada em Pretória tem efetuado de forma sistemática o pedido de
restituição do imposto sobre valor agregado (VAT), incidente sobre as compras de
bens e serviços no montante de 14% (catorze pontos percentuais). Esse
procedimento, que exige do Posto o cumprimento de pesada rotina administrativa
para o preenchimento dos formulários e a cópia de todas as notas-fiscais pagas no
período, tem como recompensa o recolhimento ao Tesouro Nacional de parte
representativa da movimentação financeira da Embaixada em Pretória.
20. As dificuldades de fazer com que os recursos cheguem ao destino — não
obstante o estrito cumprimento das instruções de recolhimento contidas na Circular
Telegráfica 81.532/2011 —, motivaram expedientes de consulta à Coordenação-Geral
de Orçamento de Finanças (COF), distribuídos igualmente à CISET (telegramas
249/2013 e 198/2013).
21. Cabe registrar que todas as operações de recolhimento de recursos à conta
da Secretaria do Tesouro Nacional foram devidamente informadas tanto à Secretaria
de Estado quanto ao Escritório Financeiro em Nova York, por meio dos telegramas
1195/2012, 1130/2012, 1197/2012, 1131/2012, 1127/2012 e 1211/2012.
22 A Embaixada em Pretória mantém atualmente à conta em Miami, dessa
forma, total de USD 118,469.01 (cento e dezoito mil, quatrocentos e sessenta e nove
dólares norte-americanos e um centavo), devolvidos por não ter a STN, segundo o
Banco do Brasil, “reclamado tempestivamente os recursos transferidos”.
* Medidas tomadas pelo Posto:
24 Em decorrência da incerteza sobre os procedimentos bancários de
transferência ao Tesouro, os recursos devolvidos, referentes aos recolhimentos
efetuados permanecerão à conta do Posto, no aguardo de instruções como proceder.
25. Foram temporariamente suspensos os pedidos de restituição de impostos
locais, até que se saiba como agir para que a Secretaria do Tesouro Nacional
efetivamente se aproprie dos recursos a serem recolhidos.
PAGAMENTOS INDEVIDOS:
* Comentários e esclarecimentos:
MINISTÉRIO DAS RELAÇÕES EXTERIORES
EMBAIXADA DO BRASIL EM PRETÓRIA
RELATÓRIO DE GESTÃO ― EXERCÍCIO 2012 PÁGINA 49
26. O gasto mencionado no item VII do relatório da Missão de Auditoria,
constante da Nota de Empenho 1152/2012 (Nota de Liquidação 021/2013), refere-se
ao pagamento de parecer ao escritório de advocacia do Posto e foi efetuado em
decorrência da particular situação encontrada ao final do exercício de 2012 com a
demissão de motorista por parte da Adidância do Exército.
27. O chofer foi demitido por ter sido flagrado em furto de mercadorias durante
o expediente, com uso de veículo com imatriculação diplomática brasileira, de
propriedade de Auxiliar do Adido do Exército. A partir da comprovação do incidente,
por meio de testemunhas e vídeo da ação, a Embaixada em Pretória comunicou
formalmente ao Adido do Exército que considerava insustentável a permanência do
então Auxiliar de Apoio da Adidância do Exército nas instalações do Posto.
28. O motorista abriu ação trabalhista não contra a Adidância, mas sim contra
a Embaixada do Brasil em Pretória. O Posto viu-se, assim, obrigado a cercar-se de
medidas acautelatórias que preservassem sua posição jurídica em face da demanda
judical recebida por meio de Nota Verbal da Chancelaria local, com prazo de
resposta baseado em dispositivos da Convenção de Viena.
29. Recorreu, assim, aos serviços do escritório de advocacia “Emile Myburgh
& Associados” para, no prazo indicado pela Justiça do Trabalho sul-africana e
ouvidas as explicações do Adido do Exército sobre os procedimentos adotados para a
demissão do chofer, fornecer os elementos necessários à defesa da Embaixada em
Pretória perante a Justiça trabalhista local.
30. Se não houvesse assim procedido, a Embaixada em Pretória — e não a
Adidância do Exército, já que ação corria contra o Posto — correria o sério risco de
ver-se julgada à revelia e certamente condenada. A hipótese foi afastada justamente
em função do parecer pago pelo Posto. Cabe notar que o motorista desejava, com
sua ação, ser readmitido no quadro de Auxiliares Locais da Embaixada em Pretória e
merecer eventuais indenizações pecuniárias.
31. Para a Embaixada em Pretória, deixar de adotar os procedimentos
empreendidos diante da gravidade do episódio e da urgência que se afigurava,
poderia configurar-se até mesmo suspeita de prevaricação tendo em vista os evidentes
prejuízos que seriam eventualmente causados ao Erário e à reputação da instituição
com a condenação do Posto, a readmissão e o pagamento de indenização pleiteados.
32. No que tange o processo contido na Nota de Empenho 1173/2012,
finalizado pela Nota de Liquidação 067/2013, sobre a troca do carpete da área de
acesso às Adidâncias militares situadas no primeiro pavimento do prédio da
Chancelaria, a despesa não foi, ao contrário do que deixa entender o texto do item
VIII do parecer da Missão de Tomada de Contas Anual, “efetuada em favor das
adidâncias”.
33. Trata-se de despesa realizada em área comum do Posto, que dá acesso às
três adidâncias militares. Essa área comum de acesso é de responsabilidade da
Embaixada em Pretória. A proximidade das dependências ocupadas pelos Adidos
militares não impede que sejam conservadas e mantidas pelo Posto.
34. Cumpre registrar, a respeito, que não foram efetuadas trocas dos carpetes
MINISTÉRIO DAS RELAÇÕES EXTERIORES
EMBAIXADA DO BRASIL EM PRETÓRIA
RELATÓRIO DE GESTÃO ― EXERCÍCIO 2012 PÁGINA 50
de nenhuma das salas ocupadas pelos Adidos militares ou pelos Ajudantes do Adidos
de Defesa e de Marinha, do Exército ou da Aeronáutica. Essas seis salas
permanecem com os pisos originais instalados quando o prédio foi construído (em
2008).
35. O que o Posto efetuou foi a troca dos carpetes das áreas comuns que dão
acesso às adidâncias militares — cuja responsabilidade de conservação recai sobre a
Embaixada em Pretória — uma vez que são utilizadas por todos no Posto.
Semelhante procedimento deverá ser adotado em 2013, quando a área de acesso
comum às adidâncias policial e agrícola deverá merecer substituição do carpete ali
instalado. Trata-se de espaço público do Posto, embora contíguo às adidâncias. As
salas dos Adidos Agrícola e Policial, assim como de seus Adjuntos, num total de
quatro escritórios, contudo, não serão objeto de tal melhoria.
36. Em decorrência, é firme entendimento dos Ordenadores de Despesas e do
Gestor Financeiro de que a despesa realizada por meio da Nota de Empenho
1173/2012 (completado pela Nota de Liquidação 067/2013) reveste-se de total
propriedade e correção, tendo em vista estar relacionado à manutenção e
conservação de área comum da Embaixada do Brasil em Pretória.
* Medidas tomadas pelo Posto:
37. Por meio do Ofício DV-03/2013, de 14 de março de 2013, a Embaixada do
Brasil em Pretória solicitou formalmente à Adidância do Exército que providenciasse
o repasse de USD 983.70 (novecentos e oitenta e três dólares norte-americanos e
setenta centavos), por meio de destaque orçamentário, para cobrir a despesa
referente à emissão de parecer jurídico, considerada como indevida pela Missão de
Tomada de Contas do Exercício de 2012 da CISET.
LICITAÇÃO/FRACIONAMENTO DE DESPESAS:
* Comentários e esclarecimentos:
38. As orientações e esclarecimentos da Missão de Tomada de Contas Anual da
CISET sobre os procedimentos licitatórios apropriados foram em muito úteis ao Posto,
de forma a aprimorar os processos de consulta de preços efetuados nas compras de
bens e serviços.
39. Como bem apontou o relatório da CISET, a Embaixada em Pretória tem,
de forma sistemática, realizado licitações para alcançar os melhores preços e lograr
condições de fornecimento de materiais, bens e serviços. Todos os processos
contábeis são acompanhados por tabelas-resumo das consultas de preços efetuadas,
firmadas por todos os agentes envolvidos. Os referidos processos contêm todos os
documentos e propostas recebidas, de forma a demonstrar a obdiência ao disposto na
Lei 8.666/93.
40. Em decorrência das orientações prestadas pela equipe da Controladoria
Interna, todas as operações financeiras do processo referente à Feira
SAITEX/Africa’s Big Seven em 2013 serão realizadas na modalidade de carta-convite,
em função dos valores envolvidos.
41. No que tange o preenchimento, no SIAFI, da modalidade de licitação, os
esclarecimentos da equipe da CISET ao operador do Sistema no Posto foram de
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grande serventia. O preenchimento desse campo vinha sendo efetuado de forma
sistemática, para todos os processos lançados, com a escolha da opção “não se
aplica”. O operador do SIAFI alegou ter sido aquela a instrução recebida quando de
sua assunção de funções.
42. Essa falha — já sanada — sinaliza a necessidade de oferecimento de
programas de treinamento e capacitação dos servidores do quadro e dos contratados
locais que operam o SIAFI, de forma a garantir que os processos contábeis bem
reflitam as condições e modalidades de consulta de preços empreendidas.
* Medidas tomadas pelo Posto:
43. Tanto o Setor de Promoção Comercial quanto o Setor de Administração
observarão os limites definidos para a realização de consulta de preços pela
modalidade de carta-convite. No que se refere especificamente à edição de 2013 da
“Feira Saitex/Africa’s Big Seven”, os textos das correspondências a serem remetidas
aos fornecedores já estão prontos, no aguardo das instruções sobre o alcance e
formato do evento, a serem fornecidas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento (MAPA).
44 A Seção de Contabilidade, devidamente instruída sobre as diferentes
opções existentes, já passou a preencher de forma correta o campo referente à
modalidade de licitação nos processos contábeis do Posto.
CLASSIFICAÇÃO CONTÁBIL:
* Comentários e esclarecimentos:
45. As orientações da equipe da CISET quanto ao emprego do subitem “89”
nos códigos de classificação de despesas no SIAFI foram particularmente úteis, de
forma a melhor capacitar os operadores do Sistema no Posto.
46. Com efeito, o operador do SIAFI fazia uso do código 3390.39.89
(“Manutenção de Serviço no Exterior”) de forma sistemática para todo e qualquer
despesa distanta daquelas habitualmente pagas pelo Posto. Teria sido essa a
instrução recebida para a classificação de gastos de que não soubesse qualificar,
quando de sua assunção de funções.
47. Tal como aludido no parágrafo 42 acima, os exemplos citados denotam a
necessidade de que sejam ministrados cursos de aperfeiçoamento dos servidores que
operam com o SIAFI no exterior, de forma a melhor habilitá-los às boas práticas e
aos procedimentos no Sistema. A contínua expansão da rede de Postos que operam o
SIAFI torna a necessidade de permanente formação de pessoal iniciativa ainda mais
premente.
48. No que diz respeito à observação sobre o registro contábil da Nota de
Empenho 162/2012 (finalizada pelas Notas de Liquidação 171/2012 e 668/2012),
referente à compra de uma cafeteira elétrica, informo que a classificação considerada
errônea deveu-se ao fato de a aquisição ter sido completada mediante a
complementação de USD 6.57 (seis dólares norte-americanos e cinquenta e sete
centavos) por meio de recursos na rubrica EAN-2011.
49. Os responsáveis pela Seção de Contabilidade do Posto já estão cientes dos
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procedimentos a adotar caso surja, no futuro, semelhante situação de recebimento de
recursos para a compra de bens inventariados por meio de fundos de Exercícios
Anteriores.
* Medidas tomadas pelo Posto:
50. Os lançamentos no SIAFI das despesas de horas-extras já passaram a ser
registrados no código 3390.36.35.
51. A Embaixada em Pretória já está em contato com a Coordenação-Geral de
Orçamento e Finanças (COF) para definir como proceder para contabilizar o registro
de forma correta.
COMPRA DA NOVA RESIDÊNCIA OFICIAL:
* Comentários e esclarecimentos:
52. A aquisição da Residência Oficial da Embaixada em Pretória deverá ser
completada nas próximas semanas, quando o título de propriedade definitiva (“Deed
of Title”) será finalmente emitido. O Governo brasileiro passará, então a ser o
proprietário oficial da casa.
* Medidas tomadas pelo Posto:
53. Por meio do telegrama 434, o Posto solicitou à DAEx a remessa da
documentação existente na Secretaria de Estado sobre o processo de aquisição da
nova Residência Oficial em Pretória.
DESPESAS BANCÁRIAS:
* Comentários e esclarecimentos:
55. O sistema bancário sul-africano é dos mais fechados à concorrência —com
apenas quatro grandes bancos locais que disputam o mercado de varejo — e, em
consequência, apresenta altíssimas taxas por serviços prestados. Até mesmo os
depósitos efetuados em conta são aqui objeto de pagamento, para serem completados
pelos bancos. As únicas modalidades transferência de fundos que não são passíveis
de cobrança por serviços prestados são as transferências efetuadas por via eletrônica.
56. Nessas condições — e graças às orientações recebidas durante a Missão de
Auditoria de Tomada de Contas — o Posto ultimou os trâmites para a instalação dos
serviços de pagamentos eletrônicos bancários, por meio de duas senhas individuais,
independentes, a serem inseridas por dois diplomatas ou servidores distintos, nos
mesmos moldes dos pagamentos por cheques ou ordens bancárias atualmente
empreendidos.
* Medidas tomadas pelo Posto:
57. Todos os diplomatas lotados no Posto assim como a Chefe da Seção de
Contabilidade foram habilitados a, conjuntamente, efetuar pagamentos eletrônicos.
Em 14 de março de 2013 o processo de solicitação e recolhimento de assinaturas foi
completado. Até o final de março, o sistema deve finalmente ser implantado.
58. Uma vez estabelecido o sistema de pagamento eletrônico de contas, bens e
serviços, os correspondentes processos contábeis a serem mantidos em arquivo no
Posto continuarão a conter todas as assinaturas em papel, tal como ocorrer
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atualmente, de modo a permitir futuras consultas pelas controladorias interna e
externa. Daqueles processos contábeis deverão fazer parte, ademais, as
comprovações de pagamento eletrônico a serem emitidas pelo FNB tão logo
encerradsa as transferências por internet.
59. A medida resultará em sensível redução das despesas hoje registradas por
serviços bancários, além de maior agilidade nos pagamentos efetuados.
SUPRIMENTO DE FUNDOS:
* Comentários e esclarecimentos:
60. A inexistência de anexos ao Processo 58/2012, contendo os
correspondentes comprovantes de gastos após a tabela resumo de despesas deve ser
considerada como um extravio de documentação, já que se trata do único processo de
suprimento de fundos do Posto que não conteve as faturas das despesas lançadas.
Todos os demais processos estão acompanhados dos recibos e das notas expedidas.
60. No que tange o processo 479/2012, a descoberta do lançamento de duas
notas de comprovação de despesas de lavagem de toalhas (no valor de R 70.00 –
setenta rands, equivalentes USD 9.18 (nove dólares e dezoito centavos) à taxa de
troca de referência de março de 2013, de USD 1.00 / R 7.95, lançada no Sistema de
Informação de Câmbio (SICAM), na Intratec, foi elemento preocupante, pois não
obstante o reduzido valor do pagamento, a iniciativa indica intenção de fraude por
parte de algum dos contratados locais envolvidos com as tarefas de lavagem das
toalhas utilizadas na Chancelaria.
* Medidas tomadas pelo Posto:
62. O Posto já estabeleceu rotina pela qual a Seção de Contabilidade emitirá
declaração de verificação da prestação de contas e dos documentos contidos nos
processos de suprimento de fundos. Aquela declaração da Seção de Contabilidade
será acompanhada por aprovação por parte do Ordenador de Despesas Titular,
Substituto ou por delegação de Competência.
63. Todos os recibos de despesas incluídos nos processos de suprimentos de
fundos deverão ser firmados pelos contratados locais responsáveis pelo recebimento
dos produtos ou serviços. Carimbos com o nome do Auxiliar de Apoio e com a frase
“Declaro que foi prestado o serviço constante do presente documento” serão apostos
em cada uma das páginas, com os correspondentes comprovantes de pagamentos.
64. As tabelas de resumo dos pagamentos efetuados a título de suprimento de
fundos passarão a contar com coluna adicional, contendo o nome do contratado local
responsável pela entrega da nota-fiscal ou do comprovante de pagamento.
65. Não mais será aceita a entrega de cópia de notas-fiscais por parte dos
contratados locais responsáveis pelos pagamentos dos pequenos serviços lançados nos
processos de suprimento de fundos, sob a alegação de perda durante o transporte, de
modo a evitar a possibilidade de uso repetido, tal como registrado.
ADMINISTRAÇÃO:
* Comentários e esclarecimentos:
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66. A Embaixada em Pretória tem, de forma sistemática, empreendido
consulta de preços anuais junto ao mercado local para os serviços de caráter
continuado contratados. Essa praxe tem permito a redução significativa de custos,
como foram os casos dos serviços de manutenção da piscina da Residência Oficial, de
limpeza, de conservação dos computadores e das redes estruturada e sem-fio da
Chancelaria, de fornecimento de água potável, entre outros.
67. Conforme informado à Missão de Auditoria de Tomada de Contas da
CISET, o único contrato que não foi objeto de consulta de preços junto ao mercado,
por ocasião da renovação, foi aquele referente ao serviço de guarda e vigilância da
Residência Oficial.
68. Não se tratou, todavia, de esquecimento ou desídia. Como o Gestor
Financeiro acreditava que o processo de aquisição da nova Residência Oficial fosse
completado de forma mais expedita, tomou a decisão de aguardar a entrega da nova
propriedade de forma a proceder a processo licitatório abrangente, com os
quantitativos (posições de vigilância) adequados às duas casas. Cabe apontar que os
serviços de vigilância da nova casa implicarão a contratação mínima do dobro de
guardas hoje dispostos na atual Residência Oficial. Em consequência, entendeu-se
que abrir uma licitação para a prestação de serviços para tão somente a propriedade
hoje ocupada e, ato contínuo, aumentá-los em 100% uma vez recebida a casa
adquirida seria procedimento inadequado. Manteve-se, assim, a contratação
precária dos serviços de vigilância nos dois últimos meses de 2012.
* Medidas tomadas pelo Posto:
69. As cartas-convite às firmas locais de vigilância já foram emitidas e as
visitas das empresas consultadas às duas propriedades para a elaboração de
propostas estão sendo realizadas entre 11 e 22 de março. A abertura das cotações de
serviços ocorrerá em 25 de março corrente. A adjudicação dos serviços de vigilância
e segurança ocorrerá até o final de março de 2013.
CONTROLE DE VEÍCULOS:
* Comentários e esclarecimentos:
70. Conforme assinalado pela Missão da Controladoria Interna, a Embaixada
em Pretória mantém tabelas individuais de cada veículo sobre o consumo de
combustível dos carros de representação e serviço, efetuadas com base nos gastos de
compra de gasolina e diesel, na quilometragem dos veículos a cada reabastecimento e
no consumo médio registrado. Todos os correspondentes cupons de pagamento
acompanham as tabelas de resumo.
71. Mais recentemente, coincidindo com o início do exercício de 2013, o Posto
reestabeleceu o preenchimento dos cadernos de registro de utilização dos automóveis
oficiais, completados pelos choferes a cada utilização, com os dados de destino e
horários de uso em cada empreitada.
* Medidas tomadas pelo Posto:
72. Os cadernos de registro de utilização dos veículos oficiais e de serviço do
Posto, preenchidos pelos choferes, serão mantidos com no Setor de Administração
para a consulta dos controles interno e externo.
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PESSOAL:
* Comentários e esclarecimentos:
73. Enorme esforço administrativo foi empreendido nos dois últimos anos para
regularizar a situação de horas-extras dos Auxiliares de Apoio, tendo em vista o
expressivo passivo encontrado ao início de 2011, que correspondia a quase um ano
do limite de horas-extras.
74. A sugestão da Missão de Auditoria de Tomada de Contas para que o
controle de horas-extras seja conferido e assinado antes do encerramento da folha de
pagamento, no entanto, se afigura de difícil implantação tendo em vista a diferença
temporal de pagamento: os vencimentos são quitados entre os dias 25 e 30 de cada
mês; já as horas-extras são contabilizadas a partir do dia 1º do mês subsequente,
tendo em vista a necessidade de computação dos dados individuais desempenhados
por cada um dos Auxiliares de Apoio.
75. No que diz respeito aos problemas técnicos encontrados com o sistema de
controle de frequência de presença da Chancelaria, cumpre registrar que estes
advieram não do sistema em si, mas das recorrentes falhas dos servidores instalados
no Posto. Era comum, ao longo de 2011 e de 2012, sucessivas paradas dos
servidores, quedas da rede interna e defeitos nos sistemas de “back-up”. Os cortes
de energia comuns em Pretória somavam-se às carências técnicas existentes,
agravando-as.
76. As sucessivas panes dos equipamentos motivaram, em 2011, a formulação
de pedido de substituição dos equipamentos, modernização da rede estruturada do
Posto e instalação de equipamentos “no-break” (UPS). Os trabalhos de melhoria
estrutural culmiram recentemente com a conexão da Embaixada em Pretória à Rede
Mundial Itamaraty. Cumpre registrar que não houve qualquer falha do sistema de
controle de ponto eletrônico nos últimos oito meses.
* Medidas tomadas pelo Posto:
77. Todos os demonstrativos de horas-extras de 2012 foram firmados pelo
Encarregado do Setor de Administração assim como os demonstrativos de 2013. O
procedimento passou, agora, a ser adotado de forma rotineira.
78. O Posto está em processo final de implantação de controle de horas-extras
mediante o preenchimento de formulário carbonado (com duas páginas), a ser
firmado pelo diplomata ou servidor que utilizou os serviços e que atestará, para o
Setor de Administração, a realização das horas-extras.
79. A via original do formulário será entregue pelo motorista ou pelo Auxiliar
de Apoio da Residência Oficial à Seção de Contabilidade, devidamente preenchida e
firmada pelo diplomata ou funcionário que requisitou o serviço. Do documento
constarão o nome do prestador das horas-extras (o Auxiliar de Apoio a receber as
horas-extras), o dia, a hora de início dos serviços, a hora de encerramento dos
trabalhos e o motivo da realização da tarefa. Permanecerá no bloco a segunda via,
que servirá ao Auxiliar de Apoio como seu recibo e documento de comprovação do
desempenho de funções.
80. A coleção de todos os recebos entregues à Seção de Contabilidade
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constituirá, dessa forma, o demonstrativo de horas-extras desempenhada pelos
Auxiliares de Apoio do Posto, com todas as informações necessárias para a devida
análise.
81. O modelo do formulário -- já elaborado -- será impresso em gráfica
proximamente, para testes e posterior implementação definitiva.
82. As providências para o estabelecimento folha de controle de presença dos
quatro Auxiliares de Apoio da Residência Oficial foram ultimadas e serão implantadas
a partir de 1º de abril de 2013.
83. Tão logo o Posto passe a ocupar a nova propriedade recém-adquirida para
abrigar a Residência Oficial, controle de presença informatizado por meio de cartão
magnético será implantado, nos mesmos moldes daquele vigente na Chancelaria do
Posto.
BENS MÓVEIS:
* Comentários e esclarecimentos:
84. As falhas e precariedades do “Programa Inventário” têm afetado de forma
expressiva os trabalhos de regularização patrimonial do Posto. Desde 2011, em
decorrência dos problemas de contabilização do aplicativo, as tabelas de “Variação
Patrimonial Trimestral” têm sido efetuadas com base em cálculos manuais, uma vez
que o programa não mais permite verificar a modificações efetuadas.
85. Da mesma forma, o aplicativo tem apresentado falhas quando da baixa de
bens. Uma vez processadas as baixas, os itens retornam à revelia à relação de bens
ativos. Outras deficiências são as falhas de impressão e os defeitos gráficos (com o
aparecimento de caracteres e símbolos nos descritivos).
86. Mais complexa e grave foi a repetição da mesma tabela de resumo contábil,
observada nos Inventários Patrimoniais de 2012 da Chancelaria, da Residência
Oficial e do Centro Cultural Brasil – África do Sul (CCBAS).
87. No que diz respeito ao registro patrimonial no SIAFI, cabe registrar que à
exceção de um único lançamento de baixa, efetuado em 2009, nenhuma outra
movimentação de retirada de bens foi efetuada. Persiste, por conseguinte, a
necessidade de conciliação entre as contas dos Inventários da Chancelaria,
Residência Oficial e do CCBAS com a contabilidade patrimonial do SIAFI.
88. Essa falha denota, uma vez mais, a necessidade de efetiva capacitação e
atualização dos funcionários encarregados de operar o SIAFI nas múltiplas tarefas
exigidas pelo Sistema.
89. No que tange à numeração dos bens incorporados ao patrimônio, cabe
registrar que a Embaixada em Pretória adotou o procedimento -- equivocado -- de
aguardar o recebimento do despacho telegráfico da Coordenação-Geral de
Patrimônio (CPAT) para só então proceder ao correspondente lançamento
patrimonial. Esse entendimento estrito provocou a interrupção da sequência
numérica da relação de bens listados à carga do Posto, tendo em vista a prática da
CPAT em interromper a concessão de autorizações de incorporação após 30 de
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RELATÓRIO DE GESTÃO ― EXERCÍCIO 2012 PÁGINA 57
novembro de cada ano.
95. Apenas cinco bens relacionados entre os bens do Posto superam o valor de
USD 10,000.00 (dez mil dólares norte-americanos): os quatro veículos de
representação e serviço e uma tapeçaria disposta na sala de entrada da Residência
Oficial. Todos os demais itens possuem valores patrimoniais inferiores.
96. A ausência de fotos dos bens junto aos Inventários da Chancelaria e da
Residência Oficial deveu-se à iniciativa de se também fotografar, em uma só
oportunidade, as dependências da casa e da Chancelaria, tal como exigido pela
Circular Telegráfica 87.208/2012.
97. Cumpre-me assinalar que as menções à falta de apresentação à Missão de
Auditoria de Tomada de Contas dos “Termos de Responsabilidade de Carga
Patrimonial por Setor” e das “Relações-Carga” surpreenderam, já que as
documentações em apreço, devidamente firmadas pela Comissão de Administração e
pelos diplomatas, servidores e contratados locais, foram entregues à equipe durante
a missão em Pretória.
* Medidas tomadas pelo Posto:
98. Graças à indicação recebida da Missão de Auditoria de Tomada de Contas
Anual da CISET, o banco de dados do “Programa Inventário” da Embaixada
Pretória (Chancelaria, Residência Oficial e CCBAS) foi transmitido a servidor da
Coordenação-Geral de Orçamento e Finanças (COF), especializado na recuperação
de dados. O funcionário tentará, em caráter pessoal, restabelecer as informações e
retirar as partes danificadas que afetam a utilização do aplicativo.
99. Caso os trabalhos de recuperação do banco de dados ora em curso não
cheguem a bom termo, o Posto empreenderá o relançamento de todos os dados --
como se agora estivesse sendo aberto nova Representação Diplomática. O trabalho,
embora de monta, afigura-se como a única solução possível caso não se logre
restaurar as informações patrimoniais existentes. Dessa forma, com um programa
novamente reinstalado e com banco de dados não-corrompido, espera-se que os
problemas atualmente encontrados sejam finalmente superados.
100 Tal como já adiantado pelo telegrama 337, a sugestão da equipe da
Controladoria Interna para que a indentificação dos bens inventariados, em
particular daqueles confeccionados em madeira ou compensado, fossem utilizados
pequenos pregos para a fixação dos números patrimoniais, de forma a garantir sua
contínua visualização, já se encontra em processo de implantação.
101. No que tange à regularização dos lançamentos patrimonias no
SIAFI — de forma a possibilitar a conciliação com os Inventários da Chancelaria,
Residência Oficial e CCBAS — após as orientações recebidas, o Setor de
Contabilidade de Brasemb Pretória providenciará, ao longo do corrente ano, a
conciliação dos lançamentos contábeis com as correspondentes movimentações
patrimoniais desde 2006, ano-a-ano.
102. O extenso trabalho a ser realizado ao longo de 2013 — que
implicará a regularização dos lançamentos patrimonais desde 2007 —, possibilitará
que se obtenha, ao seu final, a desejada compatibilização entre dos dados lançados no
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RELATÓRIO DE GESTÃO ― EXERCÍCIO 2012 PÁGINA 58
10.3
SIAFI com aqueles constantes no Programa Inventário.
103. Também será efetuada, doravante, coordenação interna do Setor de
Administração, entre os responsáveis pelas tarefas de acompanhamento patrimonial e
a Seção de Contabilidade, de forma a permitir a necessária atuação em conjunto
também por ocasião das baixas de bens. (As rotinas de lançamento e incorporação
patrimonial, por seu turno, já vêm sendo estritamente seguidas no âmbito do SIAFI.)
104. Os esclarecimentos da equipe da Controladoria Interna sobre a prática de
incorporação patrimonial de bens — a ser levada a cabo de forma independente da
resposta recebida da Secretaria de Estado — serão seguidos doravante para os
próximos lançamentos nos Inventários do Posto. Dessa forma, não mais ocorrerão
suspensões numéricas na série de bens lançados.
105. O Posto empreenderá, tão logo encerrados os trabalhos com a visita
presidencial a Durban — que ora ocupam integralmente o Setor de Administração —
o refazimento dos Inventários Patrimoniais da Chancelaria, da Residência Oficial e
do CCBAS, tal como sugerido pela Missão de Auditoria e Tomada de Contas, de
forma a permitir a correta indicação dos valores de resumos e os itens sequenciais
faltantes. A Embaixada em Pretória indicou à CPAT, por meio do telegrama 443, as
tarefas a serem realizadas.
106. As fotos do veículo de representação e dos três automóveis de
serviço, já se encontram apensas ao Inventário Patrimonial da Chancelaria. A foto
da tapeçaria Gobelin, intitulada “Refeição Campestre” (item 188), foi igualmente
anexada ao Inventário Patrimonial da Residência Oficial.
107. De forma a assegurar que os “Termos de Responsabilidade” e as
“Relações-Carga” fossem analisados pelos integrantes da Missão Auditoria de
Tomada de Contas, cópias eletrônicas foram transmitidas tão logo recebido o desptel.
232.
108. Concluo, reiterando o teor do tel. 337, que a vinda da Missão de
Auditoria e Tomada de Contas da CISET ao Posto foi em muito proveitosa para a
revisão das práticas administrativas em curso, o esclarecimento de procedimentos, a
orientação quanto às melhores práticas de gestão e a sinalização dos pontos a serem
adequados.”
Informações sobre o cumprimento das obrigações estabelecidas na Lei no 8.730, de
10 de novembro de 1993, relacionadas à entrega e ao tratamento das declarações de
bens e rendas.
A documentação enviada conteve as declarações de renda e bens dos seguintes
servidores lotados na Embaixada em Pretória em 2012, a saber:
(i) Embaixador Pedro Luiz Carneiro de Mendonça, Dirigente Máximo da
Unidade Gestora no SIAFI, Ordenador de Despesas Responsável Titular
pela gestão orçamentária, financeira e patrimonial;
(ii) Ministro de Segunda Classe Carlos Alfonso Iglesias Puente, Ordenador de
Despesas Substituto,
(iii) Ministro de Segunda Classe José Augusto Silveira de Andrade Filho,
Ordenador de Despesas, Interino; Responsável pela Gestão Orçamentária,
Financeira e Patrimonial, Titular, e Responsável pela Arrecadação de
MINISTÉRIO DAS RELAÇÕES EXTERIORES
EMBAIXADA DO BRASIL EM PRETÓRIA
RELATÓRIO DE GESTÃO ― EXERCÍCIO 2012 PÁGINA 59
10.4
11
11.1
11.2
Receitas, Titular;
As declarações foram entregues impressas, em envelopes individuais, identificados
pelos nomes e CPFs dos servidores. Não cabe à Embaixada em Pretória a análise das
declarações entregues.
Cumpre à Divisão do Pessoal, na Secretaria de Estado, a tarefa de gerenciamento da
documentação remetida. À Unidade Jurisdicionada competiu, tão somente, a
remessa tempestiva dos documentos e a notificação correspondente do cumprimento da
obrigação.
Declaração da área responsável atestando que as informações referentes a contratos
e convêncios ou outros instrumentos congêneres estão disponíveis e atualizadas,
respectivamente, no Sistema Integrado de Administração de Serviços Gerais –
SIASG, e no Sistema de Gestão de Convênios, Contratos de Repasse e Termos de
Parceria – SICONV, conforme estabelece o art. 19 da Lei no 12.465, de 12 de
agosto de 2011.
Não aplicável à natureza jurídica da Unidade Jurisdicional (UJ).
Tal como informado nos itens anteriores, a Embaixada em Pretória não mantém
convênios ou firmou contratos de repasse, termos de parceria, termos de cooperação,
termos de compromisso o qualquer outro ou instrumento que tenha contemplado a
transferência de recursos ou repasses no exercício de 2011. Tampouco firmou
documentos nesse sentido nos últimos 3 anos.
INFORMAÇÕES CONTÁBEIS
Informações sobre a adoção de critérios e procedimentos estabelecidos pelas Normas
Brasileiras de Contabilidade Aplicada ao Setor Público NBC T 16.9 e NBC T 16.10,
publicadas pelas Resoluções CFC no 1.136/2008 e 1.137/2008, respectivamente,
para tratamento contábil da depreciação, da amortização e da exaustão de itens do
patrimônio e avaliação e mensuração de ativos e passivos da unidade.
Não aplicável à natureza jurídica da Unidade Jurisdicional (UJ).
Declaração do contador responsável por unidade jurisdicionada que tenha
executado sua contabilidade no Sistema Integrado de Administração Financeira do
Governo Federal – SIAFI, que as Demonstrações Contábeis (Balanço Patrimonial,
Balanço Orçamentário, Balanço Financeiro, Demonstração das Variações
Patrimoniais, Demonstração dos Fluxos de Caixa e Demonstração do Resultado
Econômico) previstas pela Lei no 4.320, de 17 de março de 1964, e pela Norma
Brasileira de Contabilidade Aplicada ao Setor Púlbico NBC T 16.6 aprovada pela
Resolução CFC no 1.133/2008, assim como o demonstrativo levantado por unidade
gestora responsável – UGR (válido apenas para as unidades gestoras não-
executoras) refletem a adequada situação orçamentária, financeira e patrimonial da
unidade jurisdicionada que apresenta relatório de gestão.
Ver, na página seguinte, cópia do documento expedido pela Coordenação-Geral de
Orçamento e Finanças (COF), do Ministério das Relações Exteriores em 23 de janeiro
de 2012, contendo a “Declaração do Contador (item 1)” referente à Embaixada do
MINISTÉRIO DAS RELAÇÕES EXTERIORES
EMBAIXADA DO BRASIL EM PRETÓRIA
RELATÓRIO DE GESTÃO ― EXERCÍCIO 2012 PÁGINA 60
12
12.1
Brasil em Pretória.
OUTRAS INFORMAÇÕES SOBRE A GESTÃO
Outras informações consideradas relavantes pela unidade para demonstrar a
conformidade e o desempenho da gestão.
Os trabalhos de conformidade documental têm se pautado pela estrita independência
dos agentes responsáveis, em relação aos fatos e observações verificados, e à
cooperação com os Ordenadores de Despeas e Gestores Financeiros, para a indicação
das deficiências encontradas e a resolução das falhas e problemas observados.
O trabalho de fiscalização independente, dentro da própria Unidade Jurisdicional,
tem se mostrado extremamente positivo para a melhora das praxes observadas e para o
aprimoramento das tarefas administrativas, contábeis e de instrução dos processos de
pagamento.
MINISTÉRIO DAS RELAÇÕES EXTERIORES
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RELATÓRIO DE GESTÃO ― EXERCÍCIO 2012 PÁGINA 61
RESULTADOS & CONCLUSÕES:
Embaixada em Pretória é a única repartição do Ministério das Relações Exteriores no
continente africano ligada ao SIAFI. Cabe apontar que a Embaixada em Pretória não tem sob sua
responsabilidade qualquer atribuição de gestão de Programa de Governo inscrito na Lei do Plano
Plurianual (PPA), número “0683 – Gestão da Política Externa”, cujo órgão gestor responsável é o
Ministério das Relações Exteriores (35000). Cumpre à Embaixada em Pretória atribuições
específicas para consecução de ações delimitadas, inseridas no escopo de programas geridos e
administrados por Unidades Gestoras Coordenadoras na Secretaria de Estado, que transferem
recursos orçamentários e financeiros com objetivos e funções estipuladas
2. Tendo em consideração que a quase totalidade dos recursos orçamentários e
financeiros concedidos à Embaixada em Pretória é caracterizada como custeio ou é destinada ao
pagamento dos vencimentos dos Auxiliares Administrativos, aos Assistentes Técnicos e aos
Auxiliares de Apoio contratados localmente, a atuação administrativa no exercício de 2012
objetivou, sobretudo, otimizar o emprego dos montantes alocados ao Posto pela Secretaria de
Estado, por meio da renegociação de contratos (como os de aluguel da Residência Oficial e de
segurança), o cancelamento de serviços considerados desnecessários ou redundantes, e
implementação da prática de extensas consultas de preços de mercado, de modo a assim lograr
melhores resultados com os montantes disponíveis.
3. À luz dos objetivos estratégicos do Itamaraty, a Embaixada em Pretória pautou seu
planejamento estratégico com o objetivo, na área de pessoal, para lograr o aumento da lotação de
diplomatas e servidores do quadro do Serviço Exterior Brasileiro, de forma a melhor atender as
demandas de informações e serviços por parte dos órgãos de instituições públicas e privadas, de
empresas e de cidadãos brasileiros.
4. Outro objetivo perseguido foi o incremento da capacidade de atendimento consular,
de forma a garantir a correta e tempestiva resposta à crescente demanda por documentos e serviços
à comunidade brasileira residente na jurisdição consular da Embaixada em Pretória, assim como
dos nacionais em turismo ou trânsito no país, e do público estrangeiro que aflui à Embaixada, uma
vez que o Posto é responsável por ¾ da movimentação consular na África do Sul. O Setor
Consular em Pretória tornou-se a segunda maior unidade consular do Brasil no continente africano,
em número de documentos emitidos.
5. Ainda no que tange ao atendimento ao público — atividade considerada prioritária
— destaque particular foi dado à prestação da adequada assistência consular aos nacionais
desvalidos e aos brasileiros detidos ou que cumprem penas em presídios na República da África do
Sul, com a reintrodução de programa de visitas aos presos e a criação de seção da “Assistência
Consular”. O índice de satisfação do público, antes ruim, agora atinge excelente níveis de
avaliação.
6. O planejamento de ações incluiu a promoção de melhorias das instalações da
Chancelaria da Embaixada, de forma a dar as necessárias condições de trabalho aos servidores. A
redução de custos de comunicação, com a conexão do Posto à “Rede Mundial Itamaraty”, e a
implantação de sistemas de pagamentos eletrônicos, de forma a prescidir do pagamento de taxas
bancárias, foram outras medidas administrativas executadas ao longo do ano.
7. Foram igualmente empreendidas ações para o bom-termo das pesquisas de mercado
para a aquisição de imóvel para a instalação de Residência Oficial da Embaixada em Pretória e
preparação do processo para o pedido de aquisição da propriedade pela União. O próprio nacional
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veio a ser adquirido no início de 2013. Sua aquisição representará sensível economia de gastos em
locação.
8. Os principais obstáculos para o atingimento das metas, além da carência de pessoal,
residem nas dificuldades encontradas no dia-a-dia da economia sul-africana, tais como a demora
das operações de crédito de recursos bancários (por ter o país poucos bancos com praxes
incipientes), a falta de profissionalismo das empresas locais e a carência dos serviços disponíveis.
O Posto teve, em consequência, que adequar o plano de implantação de medidas administrativas às
condições encontradas localmente.
9. O principal fator limitante, contudo, permanece a lotação de servidores. Os
funcionários lotados no Setor de Administração, por exemplo, ainda são insuficientes para o
volume de rotinas e as exigências e demandas do Posto, que conta com cinco Adidâncias (três
militares, uma da Polícia Federal e uma da Agricultura) e que também é responsável pela
tramitação administrativa dos pedidos do Consulado-Geral na Cidade do Cabo junto à Chancelaria
sul-africana. A prioridade concedida à lotação no Setor Consular, em virtude do atendimento ao
público externo, dirimiu os problemas apresentados até o início de 2011.
10. Cabe apontar, ademais, a necessidade de oferecimento de programas de treinamento
e capacitação dos servidores do quadro e dos contratados locais que operam o SIAFI, de forma a
garantir que os processos contábeis bem reflitam as condições e modalidades de consulta de preços
empreendidas.
11. Por fim, não é ocioso registrar que o sistema SIAFI ainda apresenta expressivas
limitações quanto à operação pelos Postos no exterior. O fechamento do sistema em feriados
brasileiros (sem levar em conta que nos demais países existem operações de empenho e liquidação
nessas datas); as diferenças de fuso horário (que limitam as janelas operacionais do sistema); a
inoperalidade em outras moedas que não o dólar norte-americano, a libra esterlina, o iene ou o
euro (obrigando os Postos a dispor de diversos lançamentos de taxas de câmbio, às vezes para a
mesma Nota de Crédito), são algumas das dificuldades mais expressivas no seu emprego fora do
país.
12. O SIAFI exige, por sua natureza, uma multiplicidade de operadores, situação que
em Postos no exterior com pequena lotação, como a Embaixada em Pretória, também tem-se
apresentado problemática.
13. A despeito das dificuldades apresentadas, o exercício de 2012 mostrou-se proveitoso
em termos de melhoras nas práticas administrativas, em economias nas despesas recorrentes e em
investimentos para garantir melhores condições de atendimento ao público e o exercício das
funções precípuas de Missão Diplomática do Brasil no exterior.
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