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2" Oproprietrio ou pOHuidor de imvelcom Reserva Legal conservada eaverbaM, mja rea ultrapasse o mlnimo exigido por esta Lei) poder instituir servido ambiental sob're a rea excedente, nos termos do
art. 9"-A daLej 6.938, de 31 de agosto de 1981.
CONSIDERAES
o fundamento ciendfico para a RL O fato de que, anres da existncia de uma propriedade, havia uma paisagem natural. Assim, ao reconhecer a importndade uma fonte de matrias~primas, prndpalmente
madeira, no mbito da propriedade, o Estado props a manuteno de uma determinada parcela da rea total da propriedade para satisfazer necessidades locas.
Na atualidade. todavia. amplamente consagrada a percepo de que a vegetao que compe a RL cum
pre tambm diversas outras funes relevantes que no apenas a utilitarsta. As origens histricas e os
fundamentos da instituio de terrenos Aorestais reservados podem ser examinados em i\.hrens (2007).
O substitutivo, como proposta para discusso, mantm a obrigatoriedade da manuteno de uma RL em
cada propriedade rural, ma> isenta. todavia. propriedades com at quatro mdulos fiscais de tal obriga
"'"""oriedade.
o C6digo Florestal vigente, em seu art. 16. 6, admite ser posslvel unir as APPs com a rea de RL para cmputo desta ltima, majorando-se seu valor percentual em rdao rea total de uma propriedade rural. Tal possibilidade, todavia. constitui uma exceo regra geral. O substicutvo, por Outro lado. em seu art. ] S. contempla aquela possibilidade como uma nova regra geral, muito embora condicionada observao de alguns pr-requisitos. mantidos os percentuais fixos estabdecidos no art. ] 3, mesmo nessa
hiptese. Observa-se que a proposIo presente no substitutivo no est. fundamentada,
Registre~se que as APPs e RLs foram legalmente institudas para cumprr diferentes funes socioam~
bientais. muito embora complementares. A esse respeito, Ahrens (20] O) examina a estrutura orgnica do Cdigo Florestal vigente e sugere que os seus fundamentos sejam mais bem apreciados. As APPs resultam
da oeorrncia de determinados acidentes geogrficos, no mbito da propriedade rural, como a presena
de nascentes, cursos d'gua. lagos, terrenos com declividade superior a 45\ morros e montanhas, assim
como dos solos, das guas e da bodiversidade.
Por Outro lado, a conservao da vegetao que compe a RL resulta de uma imposio legal. Alm de
possibilitar o uso sustentvel da vegetao, a RL constitui importante complemento s A PPs, como na re
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Adicionalmente, o substitutIvo no contempla a propriedade rural familiar propriamente dita l tal qual
consagrada no orclename,nto ;urdico brasileiro. maS to SOmente define pequena propriedade rural como
aquela com rea total de at quatrO mdulos fiscais.
Omite-se. assim, na definio proposta, os requisitos que caracterizam a natureza intrnseca da proprie
dade rural familiar, tais como a necessidade de que a familia resida na propriedade, trabalhe a terra com
o uso predominante de nlo de obra familiar e constitua-se em sua nica propriedade. A presena ine
qu voca de tais caractersticas - e no apenas a rea das glebas - o que constitui a base para justificar um tratamento diferenciado na legislao.
Do exposto, depreende~se que a hiptese proposta no substitutivo deve ser analisada com mais profundi
dade e melhor debatida para que possa, de fto, constituir um avano ou aprmoramento.
2.4. COMPENSAO DA RL FORA DA PROPRIEDADE RURAL NA MICROBAClA OU NO BIOMA
A proposta de subStitutivo cria novas possibilidades de compensao de RL, na forma de compra de cotas
de reserva ambiental, de arrendamento sob regime de servido ou de doao ao poder pblico de reas
dentto de Unidades de Conservao, O problema maior que essa compensao poder ser fdta em qualquer localidade dentro do mesmo bioma.
Cdigo atual
Art. 44. O proprietrio ou po)~"uidor de imvel rural C()rfJ drett de flores/a natit.hz~ natural, primitiva ou
regenerada ou outraforma de vegetao nativa em extensdo inferior ao estabelecido nOJ incisos L lI, lI! e IV do ar!. i 6, ressalvado o dispo.cto nas seus 50 e 60, deve adot.1.r as seguintes alternativas" isolad,u ouconjuntameute:
111" compensar a reserva legal por outra rea equivalente em importncia ecolgictl e extenso, desde que pertena ao mesmo ecossistema e esteja locAlizadA na mesma microbada~ conforme critrios estabelecidos em regulamento.
P' ,lva recomposipio de que tratll o infJo I, o rgo ambiental estadutd competente deve apoiar tecniramente a pequena propriedade ou posse ruralfomiliar.
2' A recomposi,o de que trata o inciso I pode ser realizada mediante o plantio temporrio de espcies exticas como piorJejras~ '1!isando ti restllurafto do ecossistema original, de acordo com critrios tcnicos gerais estabelecidos pelo CONAMA.
Sociedade Brasileira para o Progresso da Cincia - SBI'C Academia Brasileira de Cincias - ABC
http:natit.hz
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Y A regenerario de que trata () inciso 11 ser autorizada pelo rgo ambiental est(lduaJ competente, quando SI/4 viabilidade for comprovada por I:ludo tcnico, podmdo ser exigitJ o isolammto da rea.
4' Na impossibilidade de compensar"o da reserva lega! dentro da mesma microbada hidrogrfica, deve o rgo ambienta! estaduall'omptttnte aplialro critrio de maior proximidtlde possvel entre a propriedade
desprovida de reserva legal e a rea escolhida par,] compemaro, desde que na mesma bacia hidrogrfica e no mesmo estado, atendido, quando houl'er, O respectivo Plano de Bacd Hidrogrfica e respeitadas as demais condiconantes estabelecidas no inciso I/I.
S' A compemar"o de que tmta o inciso III deste artigo, dever ser submetida aaprovao pelo 6rgtio ambiental estadua! [Ompelente, epode ser implementada mediante o arrendamento de rea $Ob regime de sen'idao florestal {lU reserva. galj ou illjuisifo de cotas de que trata o artigo 44B.
6' Oproprietrio rural poder ser desoneYddo, pelo perodo t 30 anos, d,," obrigaes pret'iJtas neste artigo, medidnfe a dOdfiio; ao rgo ambiental competente, de drea !OC,izdda no interWY de Parque Nacmal ou Estadual, Floresta Nacional, Reserva ExtrativiJta, Reserva Biolgica ou Estao Ecolgila petldente de
~ regufariztldo fondiria, respeitados os critrios previstos no inciso lI! deste artigo.
Substitutivo
Art. 26. O proprietrio ou possuidor de im"(}el rural que tiver rea de Reserva Legal em extenso inftriay ao estabelecido no art. 13 poder regularizar sua situao, independentemente da adeso ao Programa de Regularizado Ambiental, adotando dJ Jeguintes alternativas~ oladas ou conjuntamente:
I - recompor a Reserva Legal;
11 - permitir d regeneraro natural dt, vegeta"o na re" t Rem'va Legal;
III - compensar a Reserva Legal
S' A compensd1;o de que traia o capul poder serfli! mediante:
1- .Iquisitio de Cota t Reserva Ambiental CRA;
II - atTendamemo de rea sob ,'egime de Servid,io Ambiental ou Reserva Legal equivalente em importncia ecolgica e extenstQ, no mesmo h/oma, conforme critrios estabelecidos em regulamento; ou
"'" III - doao ao Poder Pblico de rea localizada no interior de Unidade de Comervaro tJ grupo de proteftio integral pendmte de regulariza"o fundtria, ou contribuil,io para jimdo pblico que tenha essa finalid,u/e, respeitatJ! os critrios estabelecido.' em regulamento.
oCOIGO FLORESTAL E A CINCIA Collllibuies Para o Dilogo
161
CONSIDERAES
Conforme a propo~ta apresentada no substitutivo, um proprietrio do interior de So Paulo que deveria
conservar uma RL de Floresta Estacionai Semidecdua pode compensar a destruio irregular desta RL comprando uma rea de Floresta Ombrfila Densa da Serra do ~1ar) ou mesmo de uma arca de floresta
em Pernambuco.
Nos dois exemplos, as florestas no so equivalentes, pois esto situadas em condies ambientais e clim
ticas muito distintas, com vegetaes e ecossistemas bastante diferentes e que nao se equivalem. Esse novo
dispositivo legal ignora que as florestas e demais formaes vegetacionais brasileiras so heterogneas, re~
sulcado de comp1exos processos biogeogrficos, sendo esta. justamente, a razo para que essas reas sejam
reconhecidas intcrnacionalmente pela sua alta biodiversidade.
A maioria da, espcies tem distribuio geogrfica limitada dentro de cada bioma, seja em centros de endemismos ou zonas biogeogrhcas~ seja em diferentes fisionomias. reas de compensao no adjacentes ou em diferentes regies fitoccolgcas no se prestam a conservar espcies da regio perdida.
Alm disso, a possibilidade de compensao de RL mediame doao ao poder pblico de tea localizada
dentro de uma Unidade de Conservao desvirtua a funo da RL e transli:re para o proprietrio uma
responsabilidade do Estado: a manuteno da biodiversidade em UC sob 'tIa responsabilidade.
As compensaes deveriam Ser realizadas somente em reas ecologicamente equivalentes. considerando
no apenas as regies de endemismo. mas tambm as diferenas de composio de espcies e estrutura dos
ecossistemas que ocorrem dentro das subdlvises de cada grande bioma brasileiro.
:Mesrno assim. importante notar que qualquer compensao de perda da RL em urna regio realizada em outra rea no repe os servios ecossis[micos que a RL perdida prestava na su rea original, nem impede a degradao amhiental progressiva que tal perda provoca.
No Brasil. os escudos sobre servios ccossistmcos da RL numa propriedade rural so ainda iniciais, porm j h evidncias de aumento na produo agrcola em funo de servios de polinizao hitica. 1v1as as reas florestais devem estar prximas na paisagem, para que esse servio ecossistmco seja mais eficiente.
rmportncia dos fragmentos na paisagem regional
Alm da questo biolgica e dos servios ecossstmicos, pequenos fragmentos de vegetao nativa, man
tidos como RL na mesma micro bacia ou bacia tm importante papel para diminuir o isolamento dos
Sociedade Brasteira para o Progresso da Cincia - SBPC .. Academia Brasileira de Cincias - ABC ..
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poucos fragmentos maiores, funcionando como rrampolIns eco16gicos no deslocamento das espcies pela paisagem. Sem esses fragmentos, os fluxos biolgicos seriam muito prejudicados, acelerando ainda
mas o processo de extino,
Em regies com alta ocupao humana, os fragmentO> pequenos 100 ha) representam uma parcela
considervel do que sobrou, No caso da Mata Aclm:ica, esses fragmentos representam 90% do restan
te e 30% da rea total de floresta remanescente, Embora pequenos tais fragmentos representam reas
relevantes c prestam importantes servios ao homem e s espcies, principalmente se forem planejados
espacialmente, considerando os parmetros da paisagem regional.
Planejamento agrcola e ambiental na paisagem regional
J\..{uiros dados cientficos apontam a existncia de uma significativa porcentagem de reas de baixa aptido
agrcola e elevada aptido florestal em paisagens de muttas regies brasileiras. Pela sua condio de baixa
aptido agrcola. uma parte dessas reas foi mantida com cobertura natural que pode c deve ser usada na
-ompensao da RL de regies de maior aptido agrcola demro da microbacia ou na bacia, definindo
'-'ctssim um instrumento legal e disponvel, muito efetivo de proteo desses remanescentes naturais.
Alm de permitir um ganho econmico aos proprietrios, essa'i reas j estaro compensando o dficit
de RL de propriedades nas regies de elevada aptido agrcola, No emanro, muitas dessas reas foram
histrica e inadequadamente revertidas para atividade agrcola e hoje so usadas marginalmente, com
atividade de produo de baixa tecnologia e, consequentemente. de murro baixo rendirnento econmico.
Tais reas poderiam ser revertidas para florestas de produo. usando espcies nativas. dentro dos precei~
tos definidos para Ri, no s6 permitindo o cumprimento do Cdigo Florestal, mas usando os mecanismos j disponveis de compensao da Ri. garantindo com isso um significativo aumento de rendimento econmico dos proprietrios.
So exemplos de reas agrcolas marginais as pas,tagens em reas de declividade mais acentuadas nas
regies serranas, Na Mata Ad~ntica, as pastagens com declividades entre 25 e 4; somam mais de 6
milhes de hectares c poderiam ser revertidas para floresra de produo, sendo que o dficit de RL no domnio de Mata Atlntica de menos de 3 milhes de ha.
oCODlGO FLORESTAL E A CI~NIA ContribUies Para o Dilogo
163
Concluso
Dessa forma, fica daro que a permisso da compensao da RL no boma e no na microhada ou baK
da como propoSto pelo SUbStiCUclVO certamente demanda mais conhecimento cientfico que sustente
a definio de parmetros adequados para a normatizao dessa permisso. buscando garantir que essa
compensao assegure pelo menos o cumprimento dos mesmos beneficios promovidos pela manuteno
de uma cobertura de vegcca-o nativa na microhacia ou na bacia,
Com base no conhecimento disponvel, a recolnendao mais pertinente orientar que a compensao
da RL seja fcita o mais prximo possvel da rea com dficit. considerando a prpria microbada ou mes~
mo mkrobacias ou bacias prximas, mas de mesma equvaJnda ecolgica e no permitir indistintamen
te a compensao no bioma, sem nenhum mecanismo claramente definido para assegurar os aspectos
eco16gics e at econmicos dessa compensao.
Sociedade Brasileira para o Progresso da Cincia - SBPC Academia Brasileira de Cincias - ABC
164
3. PROPOSTA DE ENCAMINHAMENTOS FUTUROS
A SBPC e a ABC desejam continuar contribuindo para o aprimoramento do Cdigo Florestal, ofere
cendo subsdios cientficos e tecnolgicos para o mais amplo dilogo. A reviso crtica dos vrios temas
abordados no Cdigo Florestal dever ser feita tambm :\ luz da cincia e das tecnologias mais avanadas,
numa prospeco cuidadosa das virtudes e dos problemas da lei vigente, pois preciso avanar na legislao ambiental e agrcola brasileira.
No Icem 2, desenvolveu-se um primeiro exercdo neste tipo de anlise. demoll5rrando com base no CO~
nhecimento cientfico disponvel quais os pr6s e contras da lei vigente e de uma das alteraes propostas, tentando avanar com progn6sticos para um aperfeioamento da lei.
o Brasl o pas que abriga o maior nmero de espcies de plantas, animais e microrganismos do mundo. Isso representa um enorme diferencial de capit:al natural, estratgico para o desenvolvimento socioecon~
mico do pais e que precisa ser conservado e utilizado de forma sustentve1. Ao mesmo tempo, a inovao
1"ecnolgica est na raiz do suces.m brasileiro da agricultura tropical e o trunfo mais poderoso a qualifi~ '-ar pases na competio no mercado globalizado.
Seria muito desejvel que no aprimoramento do Cdigo Florestal uma nova poltica pblica pudesse
estimular o conceito de ordenamento territorial inteligente e justo, surgido do planejamento cuidadoso
e infonnado da paisagem. A construo de um novo Cdigo FloreStal, mais aperfeioado, partiria de
algumas premissas bsicas consideradas primordiais para a consolidao de uma poltica ambiental sustent.lvef, tais como:
A) Dever se fundamentar nmua construo participativa, de consenso, com consulta a todos os
setores diretamente envolvidos com a temtica~ Nenhum setor do meio rural ou urbano dever ser
unilateralmente privilegiado nessas alteraes, mas, certamente, a propriedade familiar precisa de aten~
o especial. dada as suas particularidades sociais e econmicas, Todos os setores devem ter espao para
pronunciamento e para inAuir na deciso sobre alteraes propostas.
B) Todas as proposies feitas devero estar fundamentada. no conhecimento cientfico sobre o respectivo tema~ Caso o conhecimento requerido para sustentar algumas dessas pr()posj~es ainda seja controverso ou no esteja disponveL elas seriam colocadas como pendentes de sustentao cientfica,
para posterior reviso, e includas num programa de preenchimento de lacunas do conhedmento~ fomen~ -~tdo por instituies pblicas de financiamento;
........
C) Dever estar embasado numa viso plural e propositiva, que integre o meio rural (om o urbano,
respeitando as particularidades ambientais de cada bioma, dentro do conceito de ordenamento
oCDIGO FLORESTAL E A CI~NCIA
Contribuies Para ODilngo
165
territorial e planejamento da paisagem, usando para isso os recursos mais atuais e avanados de
imageamento e modelagem computacional de terrenos;
D) Deveri estar fundamentado na viso integrada da propriedade rural. dentro da perspectiva de
sua adequa
166
AGRADECIMENTOS
Na elaborao deste estudo as pessoas abaixo nominadas trouxeram imporrantes contribuies, nas mais
variadas formas, as quas muito acrescentaram densidade do contedo tcnico~dentifico do documento.
1. Ana Luiz. Coelho Netto - Gegrafa e Geomorfloga; Dr. Se IK.tholieke Univer';teit Leuven, Belgium; Post-DoeJUniversity af California-Berkeley,USA; Professora Tirular-IGEO/UFRJ;
Pesquisadora lA-CNPq e Gemista do Estado-FAPER).
2. Andr de Souza Avelar Gelogo e Geotcnco; M Se. e DL Se. I Programa de Engenhatia Civil. -COPPE. UFRJ; Professor Adjunto IV- IGEO/l.JFRj.
3. Andr Silveira - Cientista da Computao (UFI) I Especialista em geoproeessamento e anlise vetorial I Grupo de Modelagem de Terrenos, Centro de Cincia do Sistema Terrestre, INPE,
4. Cludio Cesar de Almeida Buschinelli - Embrapa Meio Ambiente; Eclogo (Unesp); Mestrado
em Ecologia (UFRS); Doutorado em Geografia (Universidade de Aleal de Henores/Espanha),
S. Daniel de Cama Victoria- (E~tBRAPA }'Ionitoramento por Satlite); Agrnomo (ESALQ
USP); Mesrrado em Ecologia Aplicada (USP); Doutorado CENA USP
6. Jos Felipe Ribeiro (Pesquisador e Assessor da Diretoria Executiva da Embrapa); Bilogo (UNI.
CAMP); Mestrado em Ecologia (UnB) e Doutorado em Ecologia (University ofCalifomia-Davis. USA).
7. Eduardo Delgado Assad - Embrapa Inform:\ricaAgropecuria; Engenheiro Agrcola (Universida
de de Viosa); Mestrado e Doutorado em Hidrologie Ec Marhmatique (Universite de Monrpellier, Frana).
8. Grasiela Rodrigues Engenheira Ambiental (UFI) / Mestrado em Sensoriamento Remoto (UFl)
I Doumrandaem Cincia do Sistema Terrestre (INPE) / Espedalista em geoprocessamento e anlises de terreno, Grupo de Modelagem de Terrenos, Centro de Ciocia do Sistema Terrestre, INPE,
~. Helosa Ferreira Filizolla - Embrapa Meio Ambiente, Gegrafu (PUC/SP); Doutorado em Cin das da Terra (USP).
IO.Luis Carlos Hernani - Embrapa ICentro de Pesquisa Agropecuria do Oeste; Agrnomo (USP); Mestrado em Energia Nuclear na Agricultura (USP); Doutorado em Solos e Nutrio de Plantas (USP) e Psdoutorado (UFRJ).
DCDIGO FLORESTAL E A CI~NCIA
Cooibuies Para o Oilogo
167
H.Laerte Scanavac. Jnior - Emhrapa Meio Ambiente. Engenheiro Florestal (Esalq); Mestrado em
Cincias Florestais (Esalq).
12.Luciano Mansor Mattos Embrapa. Departamento de Transferncia de Tecnologia. Engenheiro
Agrnomo (Esalq), Mestrado em Engenharia Ambiental (Escola de Engenharia de So Carlos.
USP). Doutorado em Desenvolvimento Econmico (Unicamp) e Antropologia Soeial e Mudanas Climticas Globais (Indiann. University).
13.Mateus Batistella (E~lBRAPA -. Monitoramento por Satlite) - Graduao em Cincias Biolgi
cas (CSP) e Filosofia (PUC-SP), Mestrado em Ecologi. (USP); PhD Cincia Ambiental (Indiana Universiry-USA);
14.Pedro Luiz de Freitas - Embrapa Solos. Engenheiro Agrnomo (CSP); Mestrado em Hidrolo
gia Aplicada (Cniversidade Federal do Rio Grande do Sul); Domorado em Agronomia (ComeU
Univcrsity. CU. USA) e Ps-doutorado em Cincias Agrrias (Institute Franais de Reeherche Et Dveloppement. Frana).
l5.Ricardo de Oliveira Figueiredo Embrapa Meio Ambienre, Engenheiro Agrnomo (Universidade
Federal Rural do Rio deJ.neiro); Mestrado em Geocincias (Universidade Federal Fluminense);
Doutorado em Biocincias e Biotecnologia (Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro) e Ps-dourorados em Cincias Biolgicas (Woods Hole Rescarch Center e University of
Georgia).
Sociedade Brasileira para o Progresso da Cincia - SSPC Academia Brasileira de Cincias - ABC
168
ANEXO I
Novas Tecnologias Geoespaciais para apoiar o Ordenamento Territorial
oCDIGO FLORESTAL EACI~NCIA Contribuies Para o Dilogo
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Sumrio
Imagens tridmensionais da Terra geradas com avan~das tecnologias como o radar ou o laser permitem
a constru~ao de maquetes virtuas da paisagem que podem ser facilmente analisadas em computadores.
Combinando em modelos matemticos os conhecimentos Funcionais diagnsticos e quantitativos de
geologia, geomorfologia, solos e hidrologia possvel idencificar e mapear acuradamentc o pocencial de uso, as lTagilidades e os riscos de cada terreno na paisagem,
o cruzamento dos mapas de potenciais e fragilidades dos terrenos com os mapas de uso e cobertura da terra permite avaliar diferentes graus de uso sustentvel. se o uso est adequado e onde pode melhorar.
Permire tambm planejar o uso do solo de forma objetiva e substanciada pelas propriedades funcionais
dos terrenos.
Assitn como j acontece com a previso do tempo) o mapeamenco de todo o territrio em alta resoluo
tambm pode ser transparentemente colocado disposio da sociedade via interncr, No dilogo sobre o Cdigo Florestal, a disponibilidade de novos mapas diagnsticos acurados c verificveis oferece o poten
cial indito de simplificar a definio de reas para a produo, a conservao e a recuperao ambiental,
Com essas novas tecnologias - muitas delas desenvohidas no Brasil -j ser possvel construr uma nova
era no uso do solo baseada em inteligncia, justia e responsabilidade, com respeito aos potenciais e limi
tes da natureza.
Introduo
o ordenamento territorial no sculo 21 j pode contar com ferramentas tecnolgicas poderosas de diagnostico de terrenos e espacializao dos potenciais de uso e dos riscos ambientais. Sofisticadas tcni
cas de sensoriamento remotO areo ou orbital tm sido utilizadas extensivamente para descrever e quan
tificar propriedades na superfkie terrestre. A maioria dessas tcnicas vale~se das assinaturas espectrais
(cor) da superRde para elassificar as coberturas e usos da terra e so baseadas em imagens que capturam caractersticas bidimensonais da paisagem, Porm) saber somente qual a cobertura ou o uso da terra
torna o diagnstico insuficiente para estimar apddes e potenciais de uso ou zonas de risco para desastres
naturals. natural que a proximidade horizontal de um rio ou de sua zona ripria por exemplo - atributos extraveis de um mapa de cobertura e uso atravs de buffers (faixas marginais) em torno da rede de drenagem - tenha alguma relao com aptido ou fragilidades e risco, Mas devido fska da gua no campo gravitacional da Terra, a definio de aptido e risco real depende diretamente da topografia, ou seja, da combinao das dimenses horizontars e vertkais,
Para agregar a dimenso vertieal ou de volume s imagens da superfcie existem tcnicas de imageamento
Sociedade Brasileira para o Progresso da Cincia - SBPC Academia Brasileira de Cincias - ABC
170
tridimensional, como aquelas empregadas para gerar Modelos Digitais de Elevao (MDE). MDEs so
maqueres virtuais (ou numricas) da paisagem das quais se podem extrair computacionalmente muitos
arributos fsicos, descritivos e funcionais, relevantes para a definio de aptides e reas de risco.
Os MDEs podem ser Modelos Digitais de Superfcie (MDS), que retratam a topografia da superfcie
mais externa na paisagem. o que indui o delineamento do topo do dosse! da vegetao e os telhados das
edificaes; ou podem ser Modelos Digitais de Terreno (MDT). que retratam a topografia real ou hidro
logicamente relevante do solo: dircramente quando este est descoberto e visvel; ou, quando existem
vegetao e edificaes, atravs de imageamento remoto penetrante e/ou processamento para remoo
de obstculos. ALguns MDEs esto disponveis para reas continentais em todo o globo, como O de
imageamento ativo por radar do SRTM (Shutrle Radar Topographie Mission, resoluo venical de 1 me
horizontal de 90 rn); ou com o imagcamento tico passivo estereoscpko do ASTER (resoluo vertical
de I m e horizontal de 30 m). Tanto o SRTM quauto o ASTER so MDSs, o que representa algumas
restries quanto ao mapeamento de zonas com ilhas de florestas densas ocupando vales e grotes ou
dispersas no meio de desmatamentos ou de reas urbanas com edifcios altos. :rvDTs de grande potendal
para mapeamentos acurados das zonas de risco comeam a estar disponveis com tcnicas de senso ria
'-"menta remoto areo ativo, como o laser irnageador (LIDAR) e o radar d.e abertura sinttica com Banda p,
ambos com resolues desde poucos metros at inferiores a 1 m na horizontal e na escala de centmetros
na venicaL Embora a disponibilidade em larga escala de modelos de elevao com resolues compatveis
atenda ao requerimento bsico de dados usados em vrios tipos de mapeamentos, para a definio de po
tenciais de uso e zonas de risco, somente estes modelos no so suncientes, apesar de recurso necessrio.
Os MDSs e ?v1DTs representam superfcies respectivas de modo quantitativo, permitindo a manipulao matemtica da topologia em ambiente computacionaL Nessas manipulaes, pode-se empregar lgica
derivada de principios fsicos fLUldamentais e com isso ressaltar e revelar as propriedades da paisagem
associadas a aptides, fragilidades e risco especficos,
Modelo HAND de Terrenos
Um dos modelos maremticos apropriado para anlises dos MDSs ou MDTs o BAND (Height Above
the Nearest Drainage - ou Altura Acima do Curso d'dgua m.. Prximo), Trata-se de um revolucionrio
modelo de terrenos desenvolvido no Brasil. que possui capacidade para, entre outras coisas, predizer a
profundidade do lenol fretico a partir apenas da topografia digira! ou modelo de elevao. um mode lo que resolve o quebracabea da umidade do solo atravs de mapas topolgicos de ambientes hidrologi.
~camente relevantes. Fodesenvolvido em uma colaborao entre o grupo do INPA atuante na microbacia instrumentada do Igarap A~u> em Manaus, (Projeto LBA) - que descobriu e estruturou o conceito com
oCDIGO FLORESTAL E A CINCIA
Contribuiles Para o Dilogo
171
base em daJos topogrficos e hidrol6gicos (:Kobre et aI, 2011a) - e o grupo do CCST - INPE atuante
na modelagem de terrenos, que escreveu o programa computacional para representar o novo conceiro
(Renn et aI, 2008). Esse modelo consiste numa normalizao topogrfica que uti Iiza a rede de drenagem como referncia relativa.
Na aplicao aqui descrita, a anlise comea com o reconhecimento de que cada encosta numa bacia h~
drogrfica est submetida fora gravitacional cujo efeito acelerar o movimento da gua de percolao
ou daquela no escoamento superficial. Assim, os graJienres topogrficos so ingredientes fundamentais
a definir a dinmica da gua na superfcie. Os rios so os pontos do rdevo posicionados na cota mais
baixa relativa s encostas, donde provm os Auxos episdicos no eSCOamenm superficial ou os fluxos
saturados contnuos do melo poroso. Os terrenos no entorno ao curso d'gua tendem a possuir lenol
fretco superficlaL Esse lenol vai ficando mais profundo na medida em que aumenta o desnvel relarivo
da superfcie drenagem mais prxima. Assim. o modelo HAND indiretamente desueve os terrenos de acordo com a profundidade do lenol fretico.
Aplicao do modelo HAND ao mapeamento de aptides de uso do solo
Uma das tarefas mais laboriosas para um bom planejamento das atividades agrcolas e florestais o mapeamenro das caractersticas topogrficas. flsicas e qumcas dos solos. Para uma maior parte dos agriculto
res taL'i mapas so lnaccessveis por seu custo ou por falta de assistncia tcnica que lhes pernta aplicar o
conhecimento espacializaJo de forma frutfera para a produo. Tal dificuldade torna raro o emprego de
mapas diagnsticos de terrenos, o que tem representado grandes perdas tanto para as atividades produti~
vas no otimizadas, quanto pafa reas frgeis udlizadas de forma insustentveL O Modelo HAND ofere
ce, de furma direta e quantitativa, dados topogrficos (declividade, posio no relevo, etc.) e hidrolgicos
(profundid"de do lenol fretico, disrnci" p"ra o curso d'gua, etc.), que so fatores determinantes para
alocao parencial de usos do solo. Indiretamente, o modelo HAND pode tambm oferecer informaes
sobre tipos de solos e susceptibilidades ambientais e de uso, fatores impOrtantes para a alocao especfica
de atividades agrcolas e de reas de proteo.
Um exemplo de aplicao do modelo HA:KD no mapeamento de aptides de 050 pode ser visto na
Figura 5. para a regio de Brodowsky prxima a Ribeiro Preto em SP. A imagem de satlite indica uma
tpica regio agrcola com interRvios planos recortados por drenagem encaixada. O mapa HAND da
mesma rea (base em dados de radar TOPODATA, resoluo vertical de 1 m e hori
172
solos hidromrhcos (continuamem:e saturados com gua ou brejosos), portanto frgeis e que devem
ser obrigatoriamente protegidos por vegetao natural. As reas contguas com lenol freatko raso (demonstr.ldas em verde) tendem a ser terrenos tambm relativamente frgeis! mas que podem alternativa
mente ser usadas para reserva legal, no aumento de corredores para a fauna e na proteo adicional das
reas tiprias. Em algumas situaes bem definidas, agricultura pode ser feita nestas reas, com cuidados.
especiais visando a conservao dos soIos e a no-contamnao dos lenis e cursos d'gua prxi mos. Os
locais com declividades alra e crtica (demonstrados em amarelo e vermelho) tendem a ser quase sempre
terrenos frgeis. altamente suscetveis a eroso, que precisam obrigatoriamente de proteo permanente
de vegetao naturaL reas com declividades moderadas e acentuadas (demonstrados em rosa e magcnra)
tendem tambm a ser terrenos relativamente frgeis, mas que podem ser alternativamente usadas para
reserV legal, na complementao de corredores para fauna e na proteo de solos sujeitos a eroso. Em algumas situaes bem dennidas, culturas perenes, como fruticultura por exemplo. podem ser feitas nes~
tes solos, desde que respeitando prticas evoludas de conscn"ao do solo, como terraos c plantio direto
em culturas de ciclo curto.
oCDIGO FLORESTAL E A CI~CIA Contribuies Para o Dilogo
173
Figura 5. Exemplo de aplicao do :Viodelo HAND para mapeamemo de aptido de uso na paisagem
e zonas: de risco ambienta) na regio Brodowski. pr6xima a Ribeiro Preto (SP). rcas em
negro correspondem aos solos planos, mecanizveis, com melhores aptides para atividades
prod\ltivas agrkoJas. Azul e verde corresPQndem a reas midas sujeics a inundaes; em
amarelo (risco alro} e vermelho (risco crldco) reas dedivosas com alta limtao de uso, Em
pink e magenra, esto as are:as com porencial limitadO' de uso gue requerem cuidados com eroso,-Sociedade Brasileira para o Pro9"'sso da Cincia - SBPC ..
Academia BrasIleira de Cincias - ABC -.:
174
Aplicao do modelo HAND ao mapeamento de reas de risco
Devido morfologia vari
175
Figura 6. Mapa HAND de reas sujeitas inundao para a zona central da regio metropolitana de So Paulo, superposta imagem de satlire mostrando ateas urbanas suscedvei$, a} imagem de
satlite do Jardim Panranal, na regio metropolitana de So Paulo; b) Mapa HA~D de reas
sujeitas inundao para a mC,
17G
Com a agrega~o das declividades ao modelo HAND de alturas relativas normalizadas, rorna-se possvel identificar e mapear em detalhe encostas sujeitas ao risco de desmoronamento. No trabalho feito no
projeto Meg.cidades, Agostinho Ogura (IPT) definiu classes de risco par. deslizamentos e fluxos de massa atravs de espectros de declividade, A partir do modelo digital de c!evaes, O algoritmo HAND
localizou e mapeou essas classes de declividade, indkando ento em conjunto todas as reas sujeitas ao
risco ambiental (Figura 7).
Figura 7. Aplkao do Modelo HAND para mapeamento das zonas de risco ambjentalna regio metropolitana de $o Paulo, mostrando em azul as reas sujeitas a inundaes e enxurradas e em amarelo (risco alro) c vermelho (risco riticoJ reas sujeitas a cslizamenros e fluxos de massa. Em prao esto as reas relativamenre seguras para ocupao humana, Fonte ~obre ti ai. (2010).
oCDIGO FlORESTAL E A a~NCIA Conlrlbuies Para ODilogo
177
Embora as classes de declividade sejam um bom comeo par, o delineamento de risco geolgico ligado a
encostas, existem Ol.UCOS fatores igualmente ou mais importantes na determinao de risco real pata des~
lizameocos e fluxos de massa. Curvaturas geomrhcas. cipo e profundidade do regolito. uso e cobertura
do solo so os mais imporrantes. todos potencialmente passveis de modelagem computacional. A anlise
de terrenos sujeitos a deslizamentos para a Zona Metropolitana de So PauJo. que empregou somente a
dedividade em suas classes de risco, ofereceu a opocwoidade para grande avano no sistema de alerta.
especificamente na otmizao de esforos. permitindo focar nas ZOnas de maior potencial de acidentes. ~1esmo sem ainda possu r acurada capacidade preditiva para deslizamentos. para a qual seriam neces~
sidos modelos mais sofisticados. a definio de reas menores pelos mapas de declIvidade permite uma
racionalizao no planejamento urbano e oferece uma primeira aproximao para ateno nos esforos em um sistema de alerra.
Concluses e Recomendaes
Conforme verificado em extensivas validaes em varias regies do Brasil. o Modelo HAND demonstra excelente potencial para utilizao em larga escala. de modo rpido e a baixo custo na gerao de mapas de
terrenos teis ao planejamento do ordenamento terricoriaL Outras abordagens bem estabelecidas! como
mapas de cobertura e uso e mapas de clima e balano hdrico podem ser cruzados computacionalmente
aos mapas de terrenos e ambientes, gerando produtos cartogr6co5 ainda mais acurados e especficos para
a delineao de aptides e fragilidades de terrenos e ambientes, Abordagens topolgicas maremaricamen
re elaboradas (Cortzo, 2007) tm ainda o potencial de agregar melhores e mais sofisricadas capacidades
ao modelo HAND de rerrenos, ajudando a rrans!Ormar o dilogo sobre, legislao florestal e ambiental
em um novo 'Renascimento' para o planejamento do uso do solo.
A exemplo de tantas outras tecnologias agrcolas. essas novas ferramentas diagnscas quantirativas tm porenciaI para contribuir para um considervel aumento da produo rural sem comprometer 0$ servios
ambientais gerados pelos ecossistemas protegidos. permitindo tambm localizar com mxima eficincia
os melhores locais para recuperar a vegetao natural.
Por sua natureza, 0
178
mais fina, de 30 metro" foram mapeados mais de 300 mil km' nas regies Norte, Nordesre, Sul e Sudeste.
Assim, no necessrio esperar anos de minuciosos e difceis trabalhos de campo para agregar ao dilogo sobre o Cdigo Florestal o amplo conhecimenro sobre terrenos. O pais soube at agora aproveitar de
maneira extraordinria as inovaes produzida, pela pesquisa agropecuria para galgar o pdio dos pases
produtores, preciso~ ento. aproveitar esta e outras inovaes das tecnologias geo-espaciais para conquistar a paz no campo e nas cidades e o respeito dos mercados peIo avano inteligente do ordenamento
territorial no Brasil.
oCDIGO FLORESTAL E A CI~CIA
Conbibuiiies Para oOIl090
179
Sociedade Brasileira para O Progresso da Cincia - SBPC Academia Brasileira de Cincias - ABC
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180
LISTA DE TABELAS
Tabela 1. Aptido das terras do Brasil, por regio c por nvel de manejo
para 0$ diferentes tipos de usos indicados 22
Tabela 2. Uw atuai das terras do Brasil 26
Tabela 3. Uso atual das terras oro pastagens por regies do Brasil 27
Tabela 4. Intensidade de uso agrossitvipastorH da~ terras municipais por regic5 no Brasil 28
Tabela 5. Indicadores da irriga~o no Brasil 30
Tabela 6. Estimativa) de reas com cobertura vegetal nativa c Unidades de Conservao 31
Tabela 7. Relaes entre biodivcrsidadc, servios cco5sistmicos e o bem-estar humano S4
Tabela 8. Bomassa epgea seca c estoque de carbono em diferentes ripologias
vegetais nas regies Norte c Sul
Tabela 9. Area plantada. produo, valor da produo e de exportao de
algumas culturas brasileiras, em 2008 62
oCIlIGO FLORESTAL E A CI~NCIA
Conlribules Para o Dilogo
181
LISTA DE fIGURAS
Figura 1. Uso atuai das terras no Brasil (MANZATTO et ai., 2009). 27
Figura 2. Unidades de consenao da natureza c terras indgenas no Bra:.iI
(Fome: Embrapa J\tionitotamento por Satlite) 31
Figura 3. Evoluo da rea cultivada (vermelho), da produo (azul) e da produtividade (verde) de gros entre 1975 e2010 (CONTINI et "I" 2010), 34
Figura 4. N'vel:. de dependncia de polinizao bjtlca com base nas potenciais quedas de produo na ausncia de polinizao em 107 culturas de Lmportnda agrcola mundial Essenial: at 90% de reduo; Alto: 40 a 90%; lvlodesto: 10 a 40%: Pouco: at 10%; Neutro:
sem interferncia da pollniz.ao bitica na produo; Desconhecido: sem informaes disponlveis. Adaptado de Klein et ai. (2007). 61
Figura 5. Exemp[o de aplicao do Modelo HAND para mapeamento de aptido de uso na paisagem e zonas de risco ambtental na regio Brodowskj, prxima a Ribeiro Prew (SP). ,.\reas em negro correspondem aos solos planos, mecanizveis, com melhores aptides para atividades produtivas agrcolas. Azul e verde correspondcm a reas midas sujeitas a inundaes; em amarelo (risco alto) evermdho (risco critico) reas dedivosas ;;;om alta Iimirao de uso. Em
Figura 6. ~1apa HAND de reas sujeiras inundao para a zona central da regio metropolitana de So Paulo, superposta imagem de satdite mostrando reas urbanas .ms;;;erveis. a} imagem de satlite doJardim Pantanal, na regio metropolitana de So Paulo;
~~H~& "
Figura 7. Aplicao do Modelo HAND para mapeamento das zonas de risco ambiental na reghl0 metropolitana de So Paulo, mostrando em azul as reas sujeitas a inundaes e
enxurradas e em amarelo (risco alto) e vermelho (rsco critico) reas sujeitas a dcslizamctltos e
fluxos de massa. Em preto esto as reas relativamente seguras para ocupao humana. 100
Sociedade Brasileira para o Progresso da Cincia - SBPC Academia Brasileira de Cincias - ABC
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~~CllvioGuilherme CardOllOAIVes 1IeI1ll> I\~OOha!o J',JobI9(.INPAllNPE) .
SI!Cte~_:AldOMalIWll$i .. . . C$rIOsAllted0 JoIy ~P" alOTA)
SC~OII;. . C!\rtos'.Alo!l$O Noon; (IHPI '-MCT) RuI\) Mria~~[v8s Andrade. Cl!!$OVilioor Mn~_(eMSRAI>A-Melolllb~) .. . Jo>l& An\O!lluAlellro da Sitva e~bI lopoldo Recl1 FIIM (liiMsltAPA"'!laeUI'$!l~tlC08 e Dan~~gu~~ealQne foMGIlOI09II11) . . . .... . ... . . . 1~rem:.: .Jos Aa~Br'lg,aOoelh
Doc. 3
2Dl
MINISTRIO PBLICO FEDERAL
4" CMARA DE COORDENAO E REVISO
Meio Ambiente e Patrimnio Cultural
PARECER TCNICO N 13812011-4"CCR ~ ~~-l ~ - -~- .. -~ ~-=---_.
REFERNCIA IP.~___n:: 1.00.000.006800/2010-69 UNIDADE SOLICITANTE '4aCCR
Meio Ambiente. Espao territorial especialmente protegido. rea de Preservao Permanente e
EMENTA Reserva Legal. Anlise do Projeto de Lei n." 1.876C de 1999 e Emenda de Plenrio nO 164.
1. INTRODUO
O presente Parecer Tcnico trata da anlise do Projeto de Lei (PL) n." 1.876-C de 1999
que altera o atual Cdigo Florestal, Lei n." 4.771165, aprovado na Cmara do Deputados, e da Emenda de Plenrio nO 164 que substitui o artigo 8 do Substitutivo aprovado.
A anlise, feita com o objetivo de identificar os dispositivos do referido PL e da Emenda
de Plenrio que reduzem a proteo ambiental, ser apresentada a seguir, por artigo.
2. ANLISE
Art. 3, 111
Comentrio: O conceito de rca rural consolidada apresentado no Projeto de Lei um conceito novo e ser utilizado posteriormente para justificar a ocupao de reas de APP e Reserva LegaL O limite temporal relativo edio do ltimo decreto que regulamenta a Lei de Crimes Ambientais, 22 de julho de 2008, desconsiderando a existncia de regulamentos anteriores dessa mesma lei.
Art. 3", IV
Comentrio: O conceito de leito regular apresentado no Projeto de Lei um conceito novo e ser utilizado posteriormente como referncia para demarcao da faixa de APP. A utilizao desse conceito ir reduzir consideravelmente a extenso da rea protegida. O referencial para demarcao da faixa de APP ser alterado para o leito regular, e no mais do leito maior, como atualmente. Essa alterao reduzir consideravelmente a extenso da rea protegida, podendo, em funo de caractersticas topogrficas, chegar a uma reduo maior que a prpria faixa. A redefinio da APP como faixa demarcada a partir do leito regular acarretar a possibilidade de ocupao do leito maior de cursos d'gua, sujeito a inundaes no perodo de cheias, por atividades antrpicas e at mesmo assentamentos humanos. Com isso, de se esperar o aumento de casos de danos materiais lavouras, criaes, benfeitorias e edificaes, alm do risco vida humana.
Art. 3, VI e VII
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4' CMARA DE COORDENAO E REVISO
Meio Ambiente e Patrimnio Cultural
Comentrio: O Projeto de Lei diferencia nascente de olho d'gua, considerados sinnimos pelo Cdigo Florestal vigente e consoante o entendimento tcnico-cientfico. O Cdigo Florestal vigente considera como de preservao permanente o espao ao redor de nascentes, ainda que intermitentes. No Projeto de Lei, as nascentes intermitentes foram denominadas olhos d'gua. A partir dessa distino, ser permitida, em alguns casos, a interferncia em reas de Preservao Permanente ao redor de nascentes que sejam intermitentes, consideradas olho d'gua, como visto acima. Enquadram-se nesses casos a possibilidade de interveno em olhos d'gua por atividade de interesse social.
O Projeto de Lei desconsidera que h casos em que nascentes, mesmo perenes, em virtude de condies topogrficas especficas, no permitem o direcionamento da gua surgida para a formao de um curso d'gua, dando origem a regies midas, alagadas, encharcadas, com significativo valor ecossistmico e fragilidade e vulnerabilidade ambiental, demandando, igualmente, proteo legal. A redao proposta no PL, retira a proteo legal dessas reas de
........ nascentes, uma vez que no do incio a um curso d'gua.
Outro caso relevante diz respeito s nascentes de rios intermitentes que, embora deem incio a um curso d'gua, deixariam de ser consideradas nascentes por no flurem em determinada poca do alio e, com isso, receberiam menor proteo com a adoo da distino proposta no Projeto de Lei. No se deve esquecer que eventual alterao na cobertura vegetal ou mudana do uso das vizinhanas de nascentes, decorrente dessa menor proteo legal, pode implicar a afetao dessa e possivelmente o seu desaparecimento.
Art. 3, XIII
Comentrio: O conceito de vereda apresentado no Projeto de Lei altera o conceito presente na Resoluo Conama 303/2002 e mais restritivo que esse quanto ao enquadramento de reas como veredas, reduzindo, portanto a extenso da rea protegida. Ao invs de caracterizar o espao protegido, o Projeto de Lei nO 1.876-C/99, aprovado na Cmara dos Deputados, descreve a fitofisionomia, o que, para efeito da descrio de reas de Preservao Permanente, no o mais adequado. O conceito adotado parece ter sido adaptado de Ribeiro e Walter (1998)1, no entanto, esses autores fazem distino entre a fitofisionomia vereda e a fito fisionomia Palmeiral, o qual inclui o subtipo Buritizal. Essa distino, embora pertinente em termos de fitofisionornia, no o em termos de definio de espaos protegidos, at mesmo por no ser a definio desses espaos o objetivo dos autores. O buritizal, de ocorrncia associada a solos brejosos ou encharcados, em fundos dc vale, apresentando dossel, em termos gerais, um estgio mais avanado da vereda. Os prprios autores informam que a distino entre uma fito fisionomia e outra se d pelo fato das veredas
RIBEIRO, l. F.; WALTER, B. M; T. Fitofisionomias do bioma Cerrado. In: SANO, S. M.; ALMEIDA, S. P. De; RIBEIRO, l.F. Cerrado: ecologia e flora. Embrapa Cerrados. - Braslia. Embrapa Infonnao
TecnOlgica, 2008. p. 151-212,
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4' CMARA DE COORDENAO E REVISO Meio Ambiente e Patrimnio Cultural
apresentarem necessariamente um estrato arbustivo-herbceo acompanhando o buriti, sem a formao de dossel e sem um trecho de campo associado. Informam ainda que muitas vezes o buritizal tem sido referido como vereda. Destacam ainda que, em sentido puramente fisionmico, alguns trechos de buritizais, por formarem dosse!, devem ser considerados como formaes florestais. Outros autores classificam as fitofisionomias florestais de buritis como vereda, como Eiten (l983l H tambm formaes brejosas caractersticas de cerrados que, apesar de abrigarem nascentes e cabeceiras de rios, ainda no evoluram de forma suficiente para apresentarem a fitofisionomia adotada no conceito. Ora, a proteo a ser conferida aos buritizais e a esses espaos brejosos deve ser idntica proteo das veredas, uma vez que devem ser protegidos em toda a sua extenso, e no apenas a vegetao situada em faixas marginais, dada a fragilidade e importncia ecolgica desses ecossistemas como um todo, O conceito da Resoluo Conama, descrevendo o espao, e inclusive vinculando ocorrncia de nascentes e cabeceiras de cursos d'gua, mais apropriado3, A definio de vereda adotada no presente Projeto de Lei reduzir a proteo atualmente vigente. Vale lembrar que as veredas tm relevncia ecolgica, inclusive, pelo papel que desempenham na manuteno e perenidade dos recursos hdricos.
Art. 4", I
Comentrio: O Projeto de Lei prev que a faixa de APP nas margens dos rios seja identificada a partir da borda da calha do leito regular causando uma reduo de rea a ser protegida legalmente. O Cdigo Florestal vigente considera APP as faixas marginais de cursos d'gua, desde o curso mais alto, ou seja, o leito maior sazonal. Portanto, a mudana de referencial para a borda da calha do leito regular levar a significativa reduo da rea protegida. A redefinio da APP como faixa demarcada a partir da borda da calha do leito regular acarretar'a possibilidade de ocupao do leito maior de cursos d'gua, sujeito a inundaes no perodo de cheias. Com isso, de se esperar o aumento de casos de danos materiais a edificaes, lavouras, criaes e benfeitorias, alm do risco vida humana.
Art. 4", I, a)
Comentrio: A previso de observao do disposto no artigo 35, l, implicar a admisso da manuteno de atividades agrossilvopastoris em reas de preservao permanente de cursos d'gua com at 10 metros de largura, mediante a recuperao de uma faixa de 15 metros de largura, reduzindo portanto, pela metade, a faixa de 30 metros de proteo.
Art. 4, lU
2 ETTEN, G. Classificao da Vegetao do Brasil. Braslia: CNPq/Coordenao Editorial, 1983.305 p. 3
Vereda espao brejoso ou encharcado, que contm nascentes ou cabeceiras de cursos d'gua, onde h ocorrncia de solos hdrommcos, caracterizado predominantemente por renques de buriti. do brejo (Mauritia flexuosa) e outras formas de vegetao tlpica.
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4" CMARA DE COORDENAO E REVISO
Meio Ambiente e Patrimnio Cultural
Comentrio: O Projeto de Lei prev que a faixa de preservao permanente de reservatrios d'gua artificiais seja definida na licena ambiental do empreendimento, contrariando o princpio do artigo 4, que define quais reas sero consideradas de preservao permanente pelo s efeito da Lei.
Art. 4", VI
Comentrio: O Projeto de Lei retira a proteo s dunas e aos manguezais em sua
integralidade. A redao apresentada no Projeto de Lei, tomada por emprstimo do Cdigo
Florestal vigente, por se referir a uma funo da vegetao (fixar dunas e estabilizar
mangues), encontra-se desprovida de sentido, uma vez que a proposta contida no caput a
preservao de espaos territoriais ("considera-se rea de preservao permanente, ... , pelo s efeito dessa lei"), ao invs da simples vegetao contida nesses espaos. No caso especfico da
restinga, a norma atual (Resoluo Conama 303/2002), prev a proteo em uma faixa de 300
....... metros a partir da linha de preamar mximo. Retirada essa proteo, ser facilitada a
ocupao, por empreendimentos de turismo e demais equipamentos urbanos, dessa importante
regio para a preservao da zona costeira. As restingas assumem importante papel na fixao do substrato arenoso, sujeito ao erosiva do vento evitando problemas de bloqueio de
estradas e invaso de habitaes, alm de atenuar o assoreamento de brejos, lagunas e eanais.
A cobertura vegetal eontribui ainda para manter o substrato permevel, permitindo que a gua
das chuvas alimente o lenol fretico, cujo nvel, por sua vez, garante o fornecimento de gua
potvel na regio, alm de proteger os recursos hdricos subterrneos da invaso de gua
salina e a manuteno do nvel dos corpos d'gua. A retirada da vegetao acarreta a lavagem
acelerada dos nutrientes, que so carreados para as profundezas do solo, fora do alcance das
razes, num processo de empobreeimento gradual do sistema. Em estgios mais avanados de
degradao, o solo sofrer intensa eroso pelos ventos, o que pode ocasionar a formao de
dunas mveis - um grave risco para o ambiente costeiro e, particularmente, para a populao
da faixa litornea. Hoje, no entanto, esto ameaados de descaracterizao definitiva. A
intensificao da atividade humana ao longo da zona costeira tem acarretado a progressiva
degradao - e mesmo destruio - de seus componentes biolgicos e paisagsticos. Em meio
dessa devastao, espcies animais e vegetais so eliminadas, o que restringe a diversidade
bitica e pe em risco valioso patrimnio genti~o4.
Art. 4, VIII
Comentrio: O Projeto de Lei restringe o enquadramento de topos de morro como Areas de Preservao Permanente. A altura mnima para o enquadramento aumentada de 50
Cincia Hoje. Vol. 06 N.o 33 4
00 r... JMINISTRIO PBLICO FEDERAL
4' CMARA DE COORDENAO E REVISO Meio Ambiente e Patrimnio Cultural
(Resoluo Conama nO 303/2002) para 100 metros e a declividade aumentada de 17 para 25. Com isso, um menor nmero de reas sero enquadradas no conceito, excluindo de
proteo reas relevantes para garantir, por exemplo, a estabilidade das encostas, o que de extrema importncia para o bem-estar da populao tendo em vista os desastres envolvendo
deslizamento de encostas em poca de chuvas. A redao tomada de emprstimo do Cdigo de 1965 destoa dos objetivos atuais, no sentido de proteger espaos territoriais e no apenas a
vegetao. Mais adequado seria a alterao para a seguinte redao "Os topos de morros,
montes, montanhas e serras, ... ").
Art. 4, IX
Comentrio: A redao tomada de emprstimo do Cdigo de 1965 destoa dos objetivos atuais, no sentido de proteger espaos territoriais e no apenas a vegetao. Mais adequado
seria a alterao para a seguinte redao "As altitudes superiores a 1.800 (mil e oitocentos)
metros ... ")
Art. 4, 1
Comentrio: A observao ao 1 dispensar os reservatrios artificiais no decorrentes de barramento ou represamento de cursos d'gua de faixa de APP, quando o
Cdigo em vigor prev APP para quaisquer reservatrios de gua.
Art. 4, 2"
Comentrio: Em comparao com a proteo prevista na Resoluo Conama n 302/2002, o Projeto de Lei reduzir, de 100 para 15 metros, a largura da faixa de proteo ao redor de reservatrios artificiais utilizados em abastecimento pblico ou gerao de energia eltrica, com at vinte hectares de superficie e localizados em rea rural. Importante ressaltar que essa diminuio tomar os reservatrios mais vulnerveis contaminao decorrente dos usos do solo nas vizinhanas, alm de outros impactos relativos fauna e biodiversidade, por exemplo.
Artigo 4, 3
Comentrio: O Projeto de Lei prope a excluso da proteo, pelo s efeito da Lei, das vrzeas para alm das larguras das faixas marginais de cursos d'gua, bem como dos salgados e apicuns, tomando a proteo dependente declarao, por ato do Poder Executivo, por interesse social, que delimite a abrangncia da rea protegida. As vrzeas constituem o leito maior dos rios, sendo sujeitas, portanto, a inundaes peridicas. Constituem reas de extrema importncia biolgica e fragilidade ambiental. A permisso da ocupao das vrzeas por
qualquer tipo de atividade, alm de danos ambientais, sujeitar os ocupantes, em vista da periodicidade das cheias, a risco de perda de patrimnio e da prpria vida.
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4' CMARA DE COORDENAO E REVISO
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Quanto proposta de excluso dos salgados e apicuns como reas protegidas, vale lembrar que em passado no to distante essa questo foi amplamente discutida no Conselho
Nacional de Meio Ambiente, quando da elaborao da Resoluo Conama 30312002, prevalecendo o entendimento de que os salgados e apcuns integram o ecossistema
manguezal'. Nesse sentido, vale transcrever parte da concluso de parecer gentilmente
elaborado, em maio de 2002, pelos Professores Doutores Vara Schaffer-Novell, vinculada ao
Instituto Oceanogrfico da Universidade de So Paulo; Mrio Luiz Gomes Soares, vinculado
ao Departamento de Oceanografia da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, e Biloga
Solange Alves Nascimento, vinculada a Administrao Estadual do Meio Ambiente do Estado
de Sergipe, para subsidiar o posicionamento do Ministrio Pblico F ederal no Conama:
Salgado ou apicum, parte integrante do manguezal da mesma forma que a rea de lavado. Enquanto esta ltima se situa frente dos bosques de mangue, lavada ao menos duas vezes por dia pela mar, o salgado se situa atrs dos mesmos, na rea de transio para a terra firme, sendo atingido nas mars equinociais (Ramos, 1992).
A expanso sem controle de empreendimentos como os de carcinocultura, cujas atividades localizam-se exatamente sobre terrenos da Zona Costeira, principalmente em reas do ecossistema manguezal, esto comprometendo no somente a qualidade de vida como tambm os ambientes necessrios a manuteno (sobrevivncia) de inmeras populaes de aves neotropicais.
O fenmeno da migrao de aves uma das expresses mais fascinantes da complexidade da natureza. O sistema migratrio Nertico-Neotropical um dos mais extensos em termos de distncias percorridas e dos mais complexos conhecidos. A conservao das populaes destas aves crtica, e somente ser possvel com cuidados especficos para cada um dos segmentos de suas rotas e respectivos padres migratrios.
Neste contexto, encontra-se o ecossistema manguezal, com suas feies de apicuns e lavados, onde aves Iimcolas neotropicais, endmicas e migratrias, enc.ontram alimento local de pouso no meio das longas jornadas que realizam todos os anos, entre os hemisfrios Norte e Sul.
Essas feies dos manguezais, banhadas somente pelas preamares de maiores amplitudes. sendo em grande parte desprovidas de vegetao vascular (vegetais superiores), so denominadas de plancies hipersalinas ou - apcuns, segundo a lngua indgena (Dias-Brito et ai., 1982). Essa situao, sem espcies arbreas, empresta aparncia de plancie (nem sempre caracterizada