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RIBEIRÃO PRETO . 2013 BRUNA REINALDI DE OLIVEIRA REABILITAÇÃO URBANA: BAIRRO VILA TIBÉRIO

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Trabalho final de graduação para o Curso de Arquitetura e Urbanismo no Centro Universitário Moura Lacerda.

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BRUNA REINALDI DE OLIVEIRA

REABILITAÇÃO URBANA: BAIRRO VILA TIBÉRIO

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CENTRO UNIVERSITÁRIO MOURA LACERDA

BRUNA REINALDI DE OLIVEIRA

REABILITAÇÃO URBANA: BAIRRO VILA TIBÉRIO

RIBEIRÃO PRETO2013

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BRUNA REINALDI DE OLIVEIRA

REABILITAÇÃO URBANA: BAIRRO VILA TIBÉRIO

Caderno de projeto apresentado ao Centro Universitário Moura Lacerdapara cumprimento das exigências parciais para a obtenção do título deGraduação em Arquitetura e Urbanismo sob a orientação da Prof.ª VeraLucia Blat Migliorini.

RIBEIRÃO PRETO2013

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Dedicatória

Dedico este trabalho aos meus pais, Claudio Otávio

de Oliveira e Angela Maria Reinaldi de Oliveira, exemplo

de amor incondicional e generosidade. Foi o amor de

vocês a Vila Tibério e o enraizamento ao lugar onde

construíram a família e a história que me inspiraram

neste projeto. Que este trabalho represente minha

enorme gratidão pela riqueza com a qual me

proporcionaram, riqueza não de bens materiais, mas de

valores. Valores estes que fizeram de mim uma mulher e

que irão me acompanhar como Arquiteta e Urbanista.

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Agradecimentos

À Deus, que concede a cada um os dons, e a mim

escolheu para a arquitetura.

Ao meu pai, Cláudio e minha mãe, Angela pelo

apoio, amor e compreensão.

Ao meu irmão, Leonardo, ao meu Avô, Augusto e

meu namorado, Fernando pelo apoio e paciência.

A todos que me ajudaram nesta caminhada,

professores e colegas. De forma especial a minha

orientadora, Vera Lúcia Blat Migliorini, pela facilidade de

acesso e pela amizade.

A todos que, de alguma maneira, contribuíram para

realização deste sonho.

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Resumo

O presente estudo tem como objetivo a reabilitação do

bairro Vila Tibério, propondo diretrizes que tenham como

consequência a restituição da identidade e história dos

moradores, proporcionando segurança, áreas verdes e

equipamentos de lazer.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO

CAPÍTULO 1: VILA TIBÉRIO............................................................................................................9

CAPÍTULO 2: CARACTERIZAÇÃO FÍSICA E MORFOLÓGICA .................................................24

2.1.:Equipamentos Urbanos..........................................................................................26

2.2.: Hierarquia Viária....................................................................................................27

2.3.: Transporte Coletivo...............................................................................................28

2.4.: Topografia.............................................................................................................29

2.5.: Ocupação do Solo.................................................................................................30

CAPÍTULO 3: LEITURAS PROJETUAIS ......................................................................................31

3.1.: A Identidade de um bairro – Vila Virgínia – História Tradições Valores...............32

3.2.: Projeto Nova Luz – São Paulo..............................................................................34

3.3.: Pocket Park...........................................................................................................35

CAPÍTULO 4: PROPOSTA DE INTERVENÇÃO............................................................................36

4.1.: Intervenção Praça Coração de Maria e Praça Schmidt........................................38

4.2.: Passagens entre quadras – Pocket Park..............................................................39

4.3.: Avenida do Café / Entrada do Parque Linear.......................................................42

CAPÍTULO 5: PAVIMENTAÇÃO E MOBILIÁRIO URBANO..........................................................43

5.1.: Pavimentação........................................................................................................44

5.2.: Iluminação.............................................................................................................45

5.3.: Mobiliário Urbano..................................................................................................46

5.3.1.: Bancos...............................................................................................46

5.3.2.: Mesas................................................................................................46

5.3.3.: Bicicletário.........................................................................................47

5.3.4.: Totem Informativo.............................................................................47

5.3.5.: Ponto de ônibus................................................................................48

5.4.: Arborização...........................................................................................................49

CAPÍTULO 6: PROJETO................................................................................................................50

6.1.: Praça Coração de Maria.......................................................................................51

6.2.: Praça Maria Fumaça e Praça Schmidt.................................................................51

6.3.: Pocket Park...........................................................................................................51

6.4.: Projeto de Implantação.........................................................................................52

6.5.: Legenda – Detalhamento de Mobiliário Urbano...................................................53

6.6.: Detalhamento de Projeto......................................................................................54

CAPÍTULO 7: CONSIDERAÇÕES FINAIS...................................................................................75

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.............................................................................................77

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INTRODUÇÃO

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Introdução

Nos dias de hoje, os meios de comunicação transformaram

e ainda transformam radicalmente as relações sociais,

rompendo assim as fronteiras do espaço. Ao alcançar tais

possibilidades, o cidadão perde a referência de lugar, como por

exemplo, relação de espaço, seus valores de uso, e as

relações que ali se desenvolvem, e isso acaba se refletindo na

produção da cidade.

Bonetti (2009, p.07) diz que “insuflados pela sociedade de

consumo a classe média busca um novo modo de vida, onde a

cidade é planejada, ou simplesmente produzida, para ser

funcional. Os valores de uso sucumbem diante dos valores de

troca, os espaços públicos diante dos privados, o coletivo

diante do individual”.

Tal fenômeno está diretamente ligado à extensão territorial

e ao número de habitantes. Segundos dados disponibilizados

pela Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto, em 27 anos ( 1980

a 2007) a cidade teve um crescimento de 72,70%.

Com esse crescimento, vários bairros antigos tiveram que

se adaptar, ou até mesmo se “ajeitar” para suprir as

necessidades da população, e isso não foi diferente na Vila

Tibério, mas este crescimento acarretou vários problemas para

o bairro.

Para tanto escolhe-se o Bairro Vila Tibério, um bairro

popular (área de interesse social), nascido em 1911, mas que

teve grande desenvolvimento até 1920, para uma reabilitação

urbana, pois o bairro apresenta um grande valor histórico para

cidade e para a população, possui uma característica de

vizinhança notável e muito forte, e encontra-se com vários

problemas pela falta de hierarquia viária, impermeabilização do

solo, infraestrutura antiga, praças abandonadas, falta de

manutenção, pontos de prostituição, entre outros.

8

Os principais objetivos desta reabilitação são preservar a

história e cultura do bairro; melhorar os equipamentos e

mobiliários urbanos; revitalizar praças e proporcionar

equipamentos de lazer que façam ligação entre elas, visando

sempre à mobilidade e acessibilidade, considerando a grande

quantidade de idosos que temos no bairro; entender o que

promove a vitalidade de um bairro urbano; propor diretrizes que

tenham como conseqüência a restituição da identidade dos

moradores.

Diante de tais características a metodologia adotada

para a realização do trabalho não poderia se limitar a leituras e

interpretação de dados coletados em levantamentos

morfológicos, mais também a expectativas e valores da

população. Com isso, os dados foram coletados a partir de

inúmeras caminhadas, conversas com moradores e

frequentadores do bairro, e isso permitiu uma visão mais

ampla da história, dos pontos positivos e negativos do bairro.

Soma-se também a experiência de ser moradora do bairro por

vinte anos, acompanhando e participando de suas

transformações.

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1 VILA TIBÉRIO

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N

Figura 1: LOCALIZAÇÃO

Fonte: Bruna R. de Oliveira 2013

10

Localização da área

Capitulo 1: Vila Tibério

Ribeirão Preto desenvolveu-se após o êxodo rural,

principalmente após 1930. Observa-se, no entanto, um grande

crescimento populacional a partir da década de 80, que teve

reflexos no desenho das cidades.

Chama atenção na ultima década a grande quantidade de

condomínios horizontais fechados, implantados na região

sul da cidade. O anseio por bairros que resgatem a escala

de vizinhança e com mais qualidade ambiental tem sido

campo fértil para a especulação imobiliária, que tem

ofertado tais espaços com o ônus de uma segregação sócio-

espacial ainda maior. (Bonetti: 2009, pg. 07)

Gottidiener (1997, p.271) apud Bonetti (2009, p. 07) diz que “os

vizinhos se tornam cada vez mais estranhos devido às faltas de

experiências comuns, apesar da aparência superficial de civilidade

entre eles.”

Para tanto escolhe-se o tema reabilitação do bairro Vila Tibério,

por ser um lugar que possui uma característica de vizinhança

notável e muito forte. A Vila Tibério é um dos bairros mais antigos

de Ribeirão Preto, próximo a região central. O percurso do bairro ao

centro pode ser feito a pé.

O bairro foi caracterizado como operário, pois na época grande

parte da mão-de-obra que ali se instalou foi para trabalhar na

construção civil, e nas fábricas da época: Companhia Antarctica

Paulista, Fábricas de Refrigerantes Ipiranga, Fábrica de Vime,

Cerâmica São Luiz, entre outros, que se instalavam nos bairros

próximos, como por exemplo, Vila Tibério e Vila Virgínia.

Grande parte da população eram imigrantes europeus.

Conforme relatos de moradores mais antigos, a população

formadora do bairro era, na sua maioria, de trabalhadores rurais,

vindos das colônias das fazendas, Santa Adelaide, Conquista,

Santa Luzia e São José (atualmente Fazenda experimental).

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Figura 3: MAPA SEÇÃO E ACESSO PARA NÚCLEO COLONIAL ANTÔNIO PRADO

Fonte: C. Elíseos e Ipiranga – Memórias do Antigo Barracão – Adriana Capretz

BAIRRO VILA TIBÉRIO

11

O bairro era composto em sua maioria por ferroviários, isto em

função da ferrovia, instalada na cidade desde 1883 pela

companhia Mogiana, ou seja, eram empregados de todo o

complexo cafeeiro e seu principal meio de transporte.

Posteriormente a Vila Tibério será composta em sua maioria por

operários e imigrantes, atraídos pelos estabelecimentos

comerciais ali presentes, e após 1911, pela Companhia

Antarctica, uma das maiores indústrias da cidade em época de

sua instalação. Em função da contribuição destes fatos, o bairro

da Vila Tibério apresentou um crescimento acentuado após

1911, onde a companhia Antarctica Paulista teve grande

participação. (Placciti: 2012, pg.06)

Com isso, a instalação da Companhia Antarctica Paulista estimulou

a expansão do bairro por quase uma década, que teve seu

crescimento direcionado para a malha oeste da cidade, isto entre os

anos de 1911 e 1920.

Valadão (1998, p.60) apud Placciti (2012, p.06), se referindo ao

bairro Vila Tibério diz que

Essa súbita valorização foi sempre justificada pela

característica plana dos terrenos, proximidade do centro e da

estação da Mogiana. O loteamento localizava-se a oeste do

núcleo original, além da linha férrea, tendo sido ocupado a

princípio por funcionários da ferrovia, imigrantes (na sua

maioria italianos) que abandonavam a lavoura de café, atraídos

pela vida urbana e, posteriormente, pelos operários das

indústrias de bebidas que se instalaram nas imediações.

A Antarctica deixa um grande vazio, tanto de cunho material como

imaterial após a sua desativação no ano de 2003, pois foram perdidos

cerca de 1200 postos de trabalho diretos. A indústria patrocinava vários

eventos da cidade, investia em promoções e propagandas de rádio e

jornais. Contribuía também com os clubes esportivos, sociais, e

entidades da cidade, e também com a arrecadação de impostos sobre

a indústria.

Figura 2: ANTARCTICA RIBEIRÃO PRETO, 1911.

Fonte: Arquivo Público apud Leonardo José Placciti

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Figura 4: CASSINO ARTARCTICA, 1920.

Fonte: Arquivo Público apud Leonardo José Placciti

Figura 5: FÁBRICA DA ARTARCTICA, 1911.

Fonte: Arquivo Público apud Leonardo José Placciti

Figura 6: FÁBRICA DA ARTARCTICA.

Fonte: Bruna R. de Oliveira, 2013.

12

O jornalista Fernando Braga, editor do jornal da Vila Tibério,

morador do bairro, também ressalta esta perda de caráter

econômico e material deixada pela companhia, o próprio se refere

a respeito dos investimentos sobre propagandas e eventos

esportivos. Informa também, que a companhia patrocinava o

Botafogo e o Comercial (clubes de futebol da cidade), e que

sempre estava ligada e este esporte de maneira direta, isto fica

evidente pelo fato deste esporte ser a preferência nacional, e

atrair muitas pessoas, e em conseqüência, o consumo da cerveja.

Braga, também se refere ao comércio que existia dentro do bairro

em função da grande movimentação de caminhões que existia nas

proximidades, segundo Brittes (2007) a demanda era bem maior

do que a produção, já que esta unidade alimentava outras cidades

de São Paulo, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso, Maranhão e

Rondônia, em função disto, o tráfego de caminhões eram muito

grande, e muitos deles permaneciam no local, como os motoristas

e carregadores, desta forma, lotavam os restaurantes e

lanchonetes da região. Segundo Braga, muitos dos motoristas

vinham até com a esposa, e compravam no caminho utilidades

domésticas, ou seja, é visível que todo este complexo alimentava

o comércio interno do bairro de forma bastante significativa.

(Placciti: 2012, pg. 42)

A Antarctica também era o “despertador” da Vila Tibério, e de alguns

bairros próximos, isto, em função da indústria possuir e utilizar uma

sirene, que tocava as 6 horas e as 18 horas, que indicava o início e o fim

do expediente. A Antarctica o seguia de forma controlada e eficiente.

O relógio era um símbolo de poder, representava fartura e

prosperidade, isto fica evidente quando analisamos o fato da

companhia em questão (Antarctica), presentear os seus

funcionários mais antigos com relógios de ouro maciço, algo

simbólico, que representava os valores capitalistas, ou seja, além

deste tempo ser controlado, ele era repassado por intermédio

desta relação entre indústria e funcionário, um processo de

doutrinação, como ressaltado em linhas passadas. (Thompson:

1998 “apud” Placciti: 2012, pg. 42)

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Figura 7: CASAS ALINHAMENTO FRONTAL.

Fonte: Bruna R. de Oliveira, 2013.

Figura 8: CASAS ALINHAMENTO FRONTAL.

Fonte: Bruna R. de Oliveira, 2013.

Figura 9: VIZINHOS NA CALÇADA CONVERSANDO.

Fonte: Bruna R. de Oliveira, 2013.

. 13

O relógio da indústria era praticamente o relógio do bairro todo,

pelo menos todos em casa utilizavam o mesmo para ir à escola, ou

ir para o trabalho.

A Antarctica, além de seguir a rigor este processo, o repassava

aos seus funcionários de forma direta, e de forma indireta aos que

não eram empregados da indústria, ou seja, esta educação era

seguida e repassada pelo capitalista, pelo operário da indústria,

pelo habitante do bairro da Vila Tibério, e o das localizações

próximas, ou seja, a partir do momento em que esta indústria deixa

de funcionar a “falta” da antiga “ordem” foi muito forte, mas é

lembrada pelos habitantes, e permanece na memória dos mesmos.

Assim como a Antarctica foi importante para o

desenvolvimento econômico; as construções também têm sua

importância histórica na Vila Tibério.

As referências das colônias estiveram presentes nas primeiras

construções que eram implantadas no alinhamento frontal nos

lotes, características que predominam em quase todo o bairro, com

alpendres que davam acesso às ruas e recuos laterais.

Nos fundos dos lotes, grandes áreas eram reservadas para

criação de animais (porcos, galinhas) e plantação de pomares.

O espaço público, principalmente a rua, funcionava com

extensão da casa, espaço de socialização. Muitas ruas no bairro

ainda funcionam desta forma, onde o morador possui o hábito que

sentar na calçada no final da tarde e conversar com os vizinhos.

Apesar de todas as transformações que o bairro sofreu ao

longo dos anos, ainda sobrevivem num mesmo espaço: o

Armazém familiar, o barbeiro, o sapateiro, a vendedora de

pães caseiros, o vendedor de frutas da Praça Coração de

Maria, entre outros, como loja de aparelhos eletrônicos de

última geração, e algumas LAN HOUSES, abarrotada de

jovens em salas de bate-papo conversando com outros

jovens do mundo todo. Não houve, assim, um total

desaparecimento do passado, mas, sim uma interpolação

do ontem com o hoje. (Marcussi: 2011)

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Figura 10: MAPA HIERARQUIA FUNCIONAL

Fonte: Bruna R. de Oliveira, 2013.

N

Os leitos carroçáveis

que antes eram

pavimentados com

paralelepípedos, hoje

são asfaltados, o que

promove um alto

índice de

impermeabilização do

solo.

Figura 11: CERÂMICA SÃO LUIZ

Fonte: Bruna R. de Oliveira, 2013.

Figura12: RUA MARTINICO PRADO – 7:30 HORAS.

Fonte: Bruna R. de Oliveira, 2013

14

Com o crescimento da cidade, vários bairros antigos

tiveram que se adaptar, ou até mesmo se “ajeitar” para suprir

as necessidades da população, e isso não foi diferente na Vila

Tibério.

Esse crescimento proporcionou um aumento significativo

de automóveis, carros e ônibus, e o bairro foi prejudicado. As

ruas ficaram superlotadas em horário de pico (7:00 horas às

8:00 horas e 17:00 horas as 18:00 horas), pois há um intenso

fluxo de passagem pelo bairro.

Há uma falta de hierarquia viária. Muitas vias assumem

características de coletoras e distribuidoras. Vias como Rua

Luiz da Cunha e Rua Martinico Prado funcionam como Sistema

Binário (duas pistas de uma avenida).

Os leitos carroçáveis que antes eram pavimentados com

paralelepípedos, hoje são asfaltados, o que promove um alto

índice de impermeabilização do solo.

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15

Figura 15: PRAÇA SCHMIDT

Fonte: Bruna R. de Oliveira, 2013

Os sistemas de água, esgoto, e retenção de águas pluviais

são execuções antigas que precisam ser trocadas, pois muitas

delas entopem a cada chuva.

Muitas praças foram abandonadas pelos moradores e

frenquentadores do bairro, pela falta de equipamentos

urbanos, e foram ocupadas pelos usuários de drogas,

andarilhos entre outros.

Há um descaso com o pedestre. Descontinuidade dos

passeios, barreiras físicas, falta de manutenção, rampas de

acesso, faixas de travessia e descaso com modal de

transporte não motorizado (não possui ciclovia ou ciclofaixa).

A vegetação é escassa em alguns locais do bairro. Nas áreas

predominantemente comerciais quase não vemos vegetação, mas

em áreas predominantemente residencial podemos perceber uma

árvore na frente de cada edifício.

O bairro Vila Tibério precisa de uma reabilitação, pois o

mesmo não proporciona segurança aos seus moradores, pela falta

de iluminação em alguns pontos do bairro, grande quantidade de

andarilhos e pontos de prostituição, poucas áreas verdes e

equipamentos de lazer, calçadas e ruas em degradação que

proporciona insegurança aos pedestres, infraestrutura antiga

(água, esgoto e captação de águas pluviais), entre outros.

Figura 13: BAIRRO VILA TIBÉRIO

Fonte: Bruna R. de Oliveira, 2013

•Calçadas não

possuem rampa para

deficiente físico.

•Ruas degradadas.

•Calçadas quebradas

•Grande quantidade de

andarilhos e usuários de

drogas nas praças,

trazendo inseguranças

para os moradores e

frquentadores do bairro

Figura 14: BAIRRO VILA TIBÉRIO

Fonte: Bruna R. de Oliveira, 2013

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Localização de Praças

Legenda

1 – Praça José Mortário

2 – Praça Coração de Maria

3 – Praça Schmitd

1

2

3

16

N

Figura16: LOCALIZAÇÃO DE PRAÇAS

Fonte: Bruna R. de Oliveira, 2013.

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Praça Coração de Maria

Figura 17: PRAÇA CORAÇÃO DE MARIA

Fonte: Bruna R. de OliveiraFigura 18: PRAÇA CORAÇÃO DE MARIA

Fonte: Bruna R. de Oliveira

Figura 19: PRAÇA CORAÇÃO DE MARIA

Fonte: Bruna R. de Oliveira

Praça abandonada pelos moradores e

frenquentadores do bairro. Há muitos

andarilhos e usuários de drogas no local.

Figura 20: PRAÇA CORAÇÃO DE MARIA

Fonte: Bruna R. de Oliveira

Figura 22: PRAÇA CORAÇÃO DE MARIA

Fonte: Bruna R. de Oliveira

Falta de padronização dos equipamentos urbanos (2

bancas de jornais na mesma praça, com desenhos

diferentes).

Figura21: PRAÇA CORAÇÃO DE MARIA

Fonte: Bruna R. de Oliveira

Figura 24: NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO

Fonte: Bruna R. de Oliveira

Figura 23: E.E. DONA SINHÁ JUNQUEIRA

Fonte: Bruna R. de OliveiraLocal de grande importância histórica para os

moradores.17

Page 19: 1 tfg bruna reinaldi de oliveira

Praça José Mortário

Figura 26: PRAÇA JOSÉ MORTÁRIO

Fonte: Bruna R. de Oliveira

Figura 28: PRAÇA JOSÉ MORTÁRIO

Fonte: Bruna R. de Oliveira

Figura 29: PRAÇA JOSÉ MORTÁRIO

Fonte: Bruna R. de Oliveira

Figura 27: PRAÇA JOSÉ MORTÁRIO

Fonte: Bruna R. de Oliveira

Figura 31: PRAÇA JOSÉ MORTÁRIO

Fonte: Bruna R. de Oliveira

Figura 32: PRAÇA JOSÉ MORTÁRIO

Fonte: Bruna R. de Oliveira

Figura 30: PRAÇA JOSÉ MORTÁRIO

Fonte: Bruna R. de Oliveira

Figura 25: PRAÇA JOSÉ MORTÁRIO

Fonte: Bruna R. de Oliveira

18

A Praça José Mortário é de grande importância

para o bairro. A Rua Dois de Julho aos

Domingos recebe feira livre. Isso proporciona a

vinda de pessoas de bairros vizinhos.

Mas a mesma encontra-se em degradação pela

falta de iluminação pública, mobiliário e

calçadas quebradas, grande quantidade de

andarilhos e usuários de drogas.

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Praça Schmidt / Maria Fumaça

Figura 33: PRAÇA SCHMIDT

Fonte: Bruna R. de Oliveira,2013.

Figura 34: UBDS CENTRAL

Fonte: Bruna R. de Oliveira, 2013.

Figura 35: PRAÇA SCHMIDT

Fonte: Bruna R. de Oliveira, 2013.

Figura 36: PRAÇA SCHMIDT

Fonte: Bruna R. de Oliveira, 2013.

Praça de grande importância histórica, mas

sem uso dos moradores, por proporcionar

insegurança pela grande quantidade de

andarilhos, usuário de drogas e iluminação

deficiente.

Figura 37: UBDS CENTRAL

Fonte: Bruna R. de Oliveira, 2013.

Figura 38: UBDS CENTRAL

Fonte: Bruna R. de Oliveira, 2013.

Figura 39: MARIA FUMAÇA

Fonte: Bruna R. de Oliveira, 2013.

19

Banca antiga que possui os serviços de

chaveiro, amolador de alicates, entre outros.

A mesma não possui uma linguagem com o

local e encontra-se degradada. Sua

cobertura serve de abrigo para alguns

andarilhos.

Page 21: 1 tfg bruna reinaldi de oliveira

20

O presente estudo aborda um tema atual, que é a

reabilitação de comunidades, no sentido de transformação da

estrutura urbana.

A reabilitação uma operação mais avançada do que

simples melhorias no habitat. Menos custosa que a

restauração, supõe trabalhos delicados, que

frequentemente desencorajam as ações do poder

público. (Choay e Merlin: 1988, pg. 537)

Tais ações consideradas de reabilitação constituem em

um processo integrado de recuperação de uma área urbana

que se pretende salvaguardar, implicando o restauro de

edifícios e revitalização do tecido econômico e social, no

sentido de tornar a área atrativa e dinâmica.

Lerner, no livro Acupuntura Urbana (2003, p.45) diz que

“Uma boa acupuntura é ajudar a trazer gente para rua, criar

pontos de encontro e, principalmente, fazer com que cada

função urbana catalise bem o encontro entre as pessoas”.

Nos dias de hoje a sociabilidade deu lugar ao

individualismo, o público sucumbiu diante do privado, os

vizinhos se tornaram cada vez mais estranhos devido à falta

de experiências comuns. As casas se fecharam e a rua se

tornou inóspita.

Diante da degradação dos bairros tradicionais a

indústria da construção percebeu um campo fértil a

ser explorado. Na busca da qualidade socioambiental

perdida, o mercado imobiliário passou a produzir e

vender espaços com a promessa de recuperar tais

qualidades. São os condomínios fechados onde as

casas não têm muros (somente as muralhas externas),

as ruas e calçadas bem cuidadas, amplas áreas

verdes e espaços destinados ao convívio, como

quadras de esportes, piscinas e salões de festas. No

entanto não é possível reproduzir componentes

históricos ou afetivos que se mostraram essenciais na

formação de um bairro. (Bonetti: 2009, pg. 20)

Deve-se buscar diretrizes para minimizar o impacto da

urbanização no meio ambiente, aumentando as áreas verdes, a

arborização, devolvendo qualidade de vida e forte senso de

lugar as pessoas.

Lutar pela qualidade de vida, o que para a maioria

dos cidadãos provavelmente significa um estilo de

vida mais tranquilo, é lutar por um cálculo

científico da intensidade de usos que permitida

pelo zoneamento em coerência com determinado

sistema de transporte existente ou a ser

construído, previsto por um sério e sistemático

planejamento. (Malta: 2003, pg. 10)

Com isso tem-se como objetivo fazer com que o bairro

volte a ser com era, onde as pessoas não saiam de casa com

medo de ir à um bar a noite a pé com os amigos, ou a uma

padaria de manhã.

Propõe-se então melhorar os equipamentos e mobiliários

urbanos, requalificar a infraestrutura (sistema de água, esgoto,

águas pluviais e drenagem), revitalizar praças e proporcionar

equipamentos de lazer para os moradores, visando sempre à

mobilidade e acessibilidade, considerando a grande quantidade

de idosos que temos no bairro.

Há uma necessidade de entender o que promove a

vitalidade de um bairro urbano, e propor diretrizes que tenham

como conseqüência a restituição da identidade dos moradores.

Reabilitar o Bairro Vila Tibério é fazer com que o bairro

“dure” para sempre, não perdendo sua identidade e história.

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Avenida do Café

Figura 40: AVENIDA DO CAFÉ

Fonte: Bruna R. de Oliveira, 2013.

Figura 41: AVENIDA DO CAFÉ

Fonte: Bruna R. de Oliveira, 2013.

Figura 42: AVENIDA DO CAFÉ

Fonte: Bruna R. de Oliveira, 2013.

Figura 45: AVENIDA DO CAFÉ

Fonte: Bruna R. de Oliveira, 2013.

Figura 43: AVENIDA DO CAFÉ

Fonte: Bruna R. de Oliveira, 2013.

Figura 44: AVENIDA DO CAFÉ

Fonte: Bruna R. de Oliveira, 2013.

Figura 46: AVENIDA DO CAFÉ

Fonte: Bruna R. de Oliveira, 2013.

Figura 47: AVENIDA DO CAFÉ

Fonte: Bruna R. de Oliveira, 2013.

Figura 48: AVENIDA DO CAFÉ

Fonte: Bruna R. de Oliveira, 2013.

21

Canteiro da Avenida do café obstruído

com galhos caídos, atrapalhando a

passagem de pedestres

Page 23: 1 tfg bruna reinaldi de oliveira

Figura 49: CASAS DO BAIRRO

Fonte: Bruna R. de Oliveira, 2013.

Figura 50: PRÉDIO DO BAIRRO

Fonte: Bruna R. de Oliveira, 2013.

Figura 51: CARREFOUR VIA NORTE E CERÂMICA SÃO LUIZ

Fonte: Bruna R. de Oliveira, 2013.

Figura 52: LAN HOUSE

Fonte: Bruna R. de Oliveira, 2013.

Interpolação do ontem com o hoje. O

bairro mistura o antigo com o novo.

22

Pasquoto (2010, p.144) diz que

Uma renovação urbana, considerando diferentes programas,

como “reabilitação” no sentido de processo de transformação

da estrutura urbana, “conservação” que envolve a

reabilitação e demolição para melhoria do local e

“redesenvolvimento” do local para melhorias, dando sempre

a atenção necessária à recuperação e preservação do

patrimônio histórico.

Conclui-se que a Vila Tibério é um bairro bom para se

morar, pois nele há diversos equipamentos de comércio e

serviços, onde o morador não precisa sair de carro para

comprar um pão ou uma pizza, mas é necessária a reabilitação

no sentido de transformação, para devolver qualidade de vida e

conforto para à população.

Lima (2004, p.05) diz que “O refazer dos espaços,

implícito nas ocupações urbanas, é, na verdade um apropriar-

se de locais e transformá-los em lugares”.

Page 24: 1 tfg bruna reinaldi de oliveira

Diferentes EscalasO ESTADO

A CIDADE

O BAIRRO

A RUA

Figura 53: DIFERENTES ESCALAS URBANAS

Fonte: Bruna R. de Oliveira, 2013

Escala Rua: (um ponto), fachada,

mobiliário urbano, pavimentos, cores

e texturas, etc.

Escala Bairro: (um percurso),

estrutura de ruas e praças,

somatória de elementos da escala da

rua.

Escala Cidade: (exige movimentação

mais rápida que nas escalas

anteriores), conjunto de bairro e a

maneira como se articulam, sistema

viário e zoneamento.

23

Page 25: 1 tfg bruna reinaldi de oliveira

2 CARACTERIZAÇÃO

FÍSICA E MORFOLÓGICA

Page 26: 1 tfg bruna reinaldi de oliveira

Figura 54: MAPA USO DO SOLO

Fonte: Bruna R. de Oliveira, 2013. 25

Figura 55: BOTAFOGO

Fonte: Bruna R. de Oliveira, 2013.

Figura 56: SUPERMERCADO

Fonte: Bruna R. de Oliveira, 2013.

N

Capítulo 2: Caracterização Física e Morfológica

O bairro Vila Tibério é predominantemente residencial, com

pontos concentrados de comércio. Possui um comércio forte e

diversificado. É possível encontrar estabelecimentos que dão

apoio à moradia, como por exemplo, farmácias, padarias ,

mercearias, açougues, mas também é possível encontrar um

grande supermercado, concessionárias de automóveis, loja de

materiais de construção, lojas de roupas, calçados, presentes,

lanchonetes e restaurantes. Esta diversidade está mais

presente na Rua Martinico Prado, Rua Luiz da Cunha, avenida

Helena Zerrener e Avenida do Café.

Os estabelecimentos de maior destaque são

Concessionária Santa Emília, Concessionária Lance Fiat,

Pedrão PVC, entre outros.

O Bairro Vila Tibério contém três Escolas Estaduais, duas

Escolas Municipais, uma Escola Sesi, uma escola particular,

uma UBDS, dois Pronto Socorro, uma Igreja Católica, Clube

Poliesportivo do Botafogo (desativado), três praças Públicas e

Parque Maurílio Biagi.

Page 27: 1 tfg bruna reinaldi de oliveira

N

Figura 57: MAPA EQUIPAMENTOS URBANOS

Fonte: Bruna R. de Oliveira, 2013 26

2.1. Equipamentos Urbanos

Page 28: 1 tfg bruna reinaldi de oliveira

Figura 59: HIERARQUIA FUNCIONAL

Fonte: Bruna R. de Oliveira, 2013

Figura 58: HIERARQUIA FÍSICA

Fonte: P.M.R.P. edição Bruna R. de Oliveira, 2013.

LEGENDA

Funcionam como

Sistema Binário

N

N

27

2.2. Hierarquia ViáriaSegundo a Hierarquia Física do bairro (LC 2157/2007), as

Avenidas Helena Zerrener, Avenida do Café, Avenida Costa e

Silva, Avenida Jerônimo Gonçalves, Rua Rodrigues Alves,

Rua Elpídeo Gomes e Rua J. Solano são consideradas Vias

Principais, e todas as outras ruas do bairro são consideradas

locais.

Com crescimento da cidade, houve algumas mudanças

quanto a hierarquia viária, ou seja, ruas que antes eram vias

locais, passaram a ser vias de distribuição e coletoras, que

são elas, Rua Martinico Prado, Rua Luiz da Cunha (Ruas de

ligação com o centro), Rua Jorge Lobato, Rua Aurora, Rua

Tenente Catão Roxo e Rua Marques da Cruz.

Page 29: 1 tfg bruna reinaldi de oliveira

2.3. Transporte Coletivo

Como já foi visto anteriormente, a Vila Tibério está

localizada entre o Centro da cidade e vários bairros do setor

oeste. Sendo assim o bairro se configurou ao longo do tempo

como um espaço de passagem, de transição dos bairros ao

centro e do centro aos bairros.

O bairro recebe diariamente 8 linhas de ônibus, são eles,

Linha Paulo Gomes Romeu, Linha Hospital das Clínicas, Linha

Circular oeste noturno, Linha Castelo Branco / Vila Amélia,

Linha Circular 3, Linha Jardim Recreio, linha Sumarezinho e

ônibus Intermunicipais.

Muitas dessas ruas não possuem capacidade de

suporte para esse tráfego, fazendo com que trechos do tecido

urbano acabem necrosando. Muitos dos pontos de ônibus não

possuem cobertura, e quando possuem na maioria estão

quebrados

É importante lembrar que muitas dessas linhas apenas

cortam o bairro, não sendo origem e nem destino de

passageiros.

28

1- LINHA PAULO GOMES ROMEU O0407

2- LINHA HOSPITAL DAS CLÍNICAS N0207

3- LINHA CIRCULAR OESTE NOTURNO A0001

4- LINHA CASTELO BRANCO/VILA AMELIA E0437

5- LINHA CIRCULAR 3 U0399

6- LINHA JD. RECREIO N0370

7- LINHA SUMAREZINHO O0107

8- ONIBUS INTERMUNICIPAIS

Figura 60: LINHAS TRANSPORTE COLETIVO

Fonte: Bruna R. de Oliveira, 2013.

Figura 61: PONTO DE ESPERA DOS ÔNIBUS

Fonte: Bruna R. de Oliveira, 2013.

N

Page 30: 1 tfg bruna reinaldi de oliveira

29Figura 62: TOPOGRAFIA – VILA TIBÉRIO

Fonte: Bruna R. de Oliveira, 2013

N

2.4. Topografia

Como o bairro Vila Tibério é delimitado por córregos tem-se a topografia da seguinte forma, a área central do bairro é a área

mais alta, e as extremidades do bairro são as áreas mais baixas, formando uma pequena colina.

Em grande parte do bairro a declividade é suave (Leste e Oeste do bairro) como percebe-se no mapa e declividade acentuada

(norte e sul do bairro) ao longo doa fundos de vale.

Page 31: 1 tfg bruna reinaldi de oliveira

30Figura 63: MAPA – OCUPAÇÃO DO SOLO

Fonte: Bruna R. de Oliveira, 2013

N

2.5. Ocupação do solo

A Vila Tibério foi formada no seu início por trabalhadores

rurais, muitos imigrantes, vindos de diversas fazendas da

região e que traziam consigo um modo de morar. Algumas

características ainda estão presentes no bairro, outras

desapareceram. Umas são frequentes em alguns setores e

residuais em outros.

Quanto ao gabarito, quase todo bairro é composto por

residências térreas, mas existem algumas construções mais

recentes assobradas.

Na maior parte do bairro houve um grande aumento na

taxa de ocupação dos lotes e consequente adensamento. É

comum a construção de salões comerciais em partes dos lotes.

Nestes trechos a relação com a rua deu lugar ao isolamento

com muros altos e sistemas de seguranças.

Page 32: 1 tfg bruna reinaldi de oliveira

3 LEITURAS PROJETUAIS

Page 33: 1 tfg bruna reinaldi de oliveira

32

Figura 64: UNIDADE AMBIENTAL DE MORADIA

Fonte: José Roberto Bonetti, 2009.

Figura 66: REDESENHO DAS RUAS

Fonte: José Roberto Bonetti, 2009.

Figura 67: SISTEMA DE MICRODRENAGEM

Fonte: José Roberto Bonetti, 2009.Figura 65: IMPLANTAÇÃO DE EQUIPAMENTOS E MOBILIÁRIOS

Fonte: José Roberto Bonetti, 2009.

3.1. A Identidade de um Bairro – Vila Virgínia –

História Tradições Valores

José Roberto Bonetti, autor do Trabalho final de

Graduação sobre o bairro Vila Virgínia, faz diversas proposta

interessante para aplicar na reabilitação do Bairro Vila Tibério.

Como o bairro Vila Virgínia, o bairro Vila Tibério também foi

caracterizado como operário, pois na época grande parte da

mão-de-obra que se instalou no bairro foi para trabalhar na

construção civil, e nas fábricas da época: Companhia

Antarctica Paulista,

Fábricas de Refrigerantes Ipiranga, Fábrica de Vime, Cerâmica

São Luiz, entre outros. Segundo José Roberto Bonetti, o bairro

Vila Virginia também sofre com intenso fluxo de passagens,

ruas que não comportam o grande número de automóveis,

descaso com o pedestre, áreas abandonadas, praças

abandonadas, usuários de drogas. Para isso foram feitas as

seguintes propostas para o bairro:

Page 34: 1 tfg bruna reinaldi de oliveira

Figura 69: IMPLANTAÇÃO DE DOIS PARQUES NO BAIRRO

Fonte: José Roberto Bonetti, 2009.

Figura 70: PARQUE LINEAR

Fonte: José Roberto Bonetti, 2009.

Figura 71: PARQUE LINEAR

Fonte: José Roberto Bonetti, 2009.

Figura 68: PARQUE LINEAR

Fonte: José Roberto Bonetti, 2009.

33

A Identidade de um Bairro – Vila Virgínia – História Tradições Valores

Page 35: 1 tfg bruna reinaldi de oliveira

34Figura 72: PROJETO NOVA LUZ – SÃO PAULO

Fonte: http://www.novaluzsp.com.br

Figura73: PROJETO NOVA LUZ – SÃO PAULO

Fonte: http://www.novaluzsp.com.br

Figura 74: PROJETO NOVA LUZ

Fonte: http://www.novaluzsp.com.br

3.2. Projeto Nova Luz – São PauloO Projeto Urbanístico Específico da Nova Luz propõe a

requalificação de uma área localizada na região central do

Município de São Paulo fazendo uso da Concessão

Urbanística, um Instrumento de Política Urbana, previsto no

Plano Diretor Estratégico da cidade.

O que se busca com a implantação do Projeto é diversificar

os usos instalados, intensificando o uso residencial e

mantendo a dinâmica da região.

Um local para morar, trabalhar e se divertir, no qual as

pessoas estejam cercadas por elementos históricos e culturais,

com espaços públicos convidativos, para circulação e convívio

de moradores e daqueles que fazem uso da área, privilegiando

pedestres e ciclistas.

Tem como principais diretrizes urbanísticas a diversificação

dos perfis habitacionais, de forma a constituir um ambiente

heterogêneo; a recuperação de áreas degradadas ou

deterioradas visando à melhoria do meio ambiente; a ampliação

das áreas públicas destinadas a praças e ao convívio social; a

melhoria das condições gerais de mobilidade e da infraestrutura

da região; a recuperação do patrimônio histórico, cultural e

artístico existente no local; a criação de um ambiente social que

promova o desenvolvimento social e econômico.

O motivo para usar o projeto Nova Luz como referência

para reabilitação do bairro Vila Tibério é pela relação de

preservação dos elementos históricos e culturais, tendo como

objetivo preservação e recuperação, e proporcionar um local

para morar, trabalhar e se divertir, com espaços públicos

convidativos para moradores e frequentadores do bairro.

Page 36: 1 tfg bruna reinaldi de oliveira

35

Figura79: POCKET PARK

Fonte:http://cidadequequeremos.wordpress.com/campus-

aberto/

Figura 75: POCKET PARK

Fonte: Quadras abertas – Rita Fantini

Figura 76: POCKET PARK

Fonte: Quadras abertas – Rita Fantini

Figura 77: POCKET PARK

Fonte: Quadras abertas – Rita Fantini

Figura 78: POCKET PARK

Fonte: Quadras abertas – Rita Fantini

3.3. Pocket Park

Thomas Hoving 1931-2009 é considerado o criador do conceito de Pocket Park, os primeiros foram projetados na cidade de

Nova York. Trata-se de parques inseridos no meio da cidade para proporcionar aos cidadãos um oasis no meio do ritmo frenético

das Megalópoles.

Os princípios básicos são:

1.Que seja localizado na rua para que as pessoas sejam atraídas a olhar e entrar;

2.Que tenha cadeiras e mesas soltas para que as pessoas possam se sentir a vontade e tenham controle sobre onde desejam se

sentar;

3.Tenha sombra de árvores no verão porém sua estrutura não é tão profunda ao ponto de evitar a passagem de luz;

4.Iluminação.

Page 37: 1 tfg bruna reinaldi de oliveira

4PROPOSTA DE INTERVENÇÃO

Page 38: 1 tfg bruna reinaldi de oliveira

Capítulo 4: Proposta de Intervenção

A proposta de intervenção para o bairro Vila

Tibério tem como principais fatores:

1. Redesenho da praça Schmidt;

2. Proposta de elevar a rua ao nível de

passeio, com o objetivo de diminuir a

velocidade de veículos e maior atenção aos

pedestres;

3. Passagens entre quadras, que farão a

ligação da Praça Coração de Maria à Praça

Schmidt. Para esses espaços serão

propostos os chamados Pocket Park.

4. Redesenho da Praça coração de Maria,

proporcionando a volta da história do bairro,

onde praça e igreja se interligavam;

5. Proposta de elevar a rua ao nível de

passeio, com o objetivo de diminuir a

velocidade de veículos e maior atenção aos

pedestres;

6. Ciclovia em toda a extensão da Avenida do

Café;

7. Proposta de um parque linear (fundo de

vale do Córrego Laureano), que faça ligação

ao Parque Maurílio Biagi;

8. Passagens entre quadras, farão ligação

das Praças ao Parque linear. Para esses

espaços serão propostos os chamados

pocket park;

9. Proposta de um local para exposições, e

parada de ônibus regionais e locais;

10. Ponte de ligação do Centro ao bairro Vila

Tibério proposto pelo arquiteto João Figueiras

Lima (Lelé). O uso do projeto Vale dos Rios

tem finalidade de desafogamento do transito

na Rua Martinico Prado.

N

37

Figura 80: MAPA INTERVENÇÕES

.

Page 39: 1 tfg bruna reinaldi de oliveira

Elevação do Leito Carroçável.

N

Figura 81: PROPOSTA

38

4.1. Intervenção Praça Coração de Maria e Praça

Schmidt

A Paróquia Nossa Senhora do Rosário foi criada em 1914, e na época

a Praça Coração de Maria era uma extensão da Igreja. A Igreja utilizava a

Praça para seus eventos, como por exemplo, quermesses,

comemorações de dias santos, entre outros. Com o passar dos anos, o

bairro precisou sofrer algumas alterações, e com isso foi criada a Rua

Martinico Prado, que acabou separando os dois equipamentos.

Para integrar estes espaços propõe-se a ligação da Escola Sinhá

Junqueira e Igreja Nossa Senhora do Rosário à Praça Coração de Maria,

na finalidade de voltar a cultura e história da época, pois é necessário que

os moradores percebam que esses três equipamentos fazem parte de um

contexto único.

Para que essa ligação aconteça propõe-se elevar o leito carroçável ao

mesmo nível do passeio de pedestres, e com isso fazer com que os

motoristas percebam que o carro não é a prioridade naquele local.

Para a Praça Coração de Maria propõe-se um redesenho,

proporcionando em um dos lados uma praça seca para que a Igreja e a

Escola utilize em eventos e exposições.

Na Praça Schmidt propõe-se também a ligação com a Praça da Maria

Fumaça, considerando que a rodoviária se tornará uma espaço para

exposições e paradas de ônibus locais e regionais. Assim essa proposta

promoveria uma amarração dos equipamentos de lazer (Praça Schmidt,

Praça Maria Fumaça, Espaço para exposições, Parque Maurílio Biagi e

Parque linear).

Para propor essa ligação do centro da cidade com a Rua Martinico

Prado (Rua de grande fluxo de carros), buscou-se a implantação da

ponte proposta pelo João Filgueiras Lima (Lelé) para a diminuição do

trânsito, um belíssimo projeto desenvolvido para a cidade, que nunca

saiu do papel.

Page 40: 1 tfg bruna reinaldi de oliveira

Passagem entre quadras.Figura 82: MAPA INTERVENÇÕES – PASSAGENS ENTRE QUADRAS

Fonte: Bruna R. de Oliveira39

4.2. Passagens entre quadras – Pocket Park

Propõem passagens entre quadras que farão a ligação das

Praças no interior do Bairro Vila Tibério ao Parque linear

proposto, e ligação da Praça Coração de Maria com a Praça

Schmidt.

Estas passagens entre quadras serão definidas como

Pocket Park, e serão equipadas com mesas, cadeiras, bancos,

iluminação pública, ciclofaixa e lanchonetes.

Para propor as passagens entre quadras houve a

necessidade de fazer desapropriações em alguns pontos para

melhoramento das passagens. Para propor as desapropriações

foram selecionados alguns lotes que possuem grandes áreas

livres e que facilitam as aberturas nos miolos de quadras.

N

Page 41: 1 tfg bruna reinaldi de oliveira

Passagens entre quadras – Pocket Park

40

Figura 83: MAPA INTERVENÇÕES – PASSAGENS ENTRE QUADRAS

Fonte: Bruna R. de Oliveira, 2013

N

Área a ser desapropriada.

Page 42: 1 tfg bruna reinaldi de oliveira

Passagens entre quadras – Pocket Park

N

Área a ser destinada ao Pocket Park.

Figura 84: MAPA INTERVENÇÕES – PASSAGENS ENTRE QUADRAS

Fonte: Bruna R. de Oliveira, 2013.

41

Page 43: 1 tfg bruna reinaldi de oliveira

NEntrada/Saída do Parque Linear.

Vegetação localizada na Avenida do Café (proposta ciclofaixa)

Figura 85: MAPA INTERVENÇÕES – CICLOFAIXA E PARQUE LINEAR

Fonte: Bruna R. de Oliveira, 2013.

.42

4.3. Avenida do café

Para a Avenida do Café propõe-se ciclofaixa em toda sua

extensão, com a finalidade de ligação com os Pocket Park,

Parque linear e parque Maurílio Biagi. A mesma terá término

na entrada dos dois parques.

Há a necessidade da ciclofaixa pelo fato de muitas

pessoas do bairro Vila Tibério e bairros vizinhos usarem

bicicletas para fins de lazer ou trabalho sem segurança.

A ciclofaixa respeitará as espécies arbóreas localizadas na

Avenida do Café.

Entrada do Parque Linear

As entradas para o parque linear serão estratégicas,

sendo duas entradas/saída na Avenida do Café (saída do

Pocket Park), duas entradas/saídas pela Rua dos Migrantes, e

uma entrada/saída pala Marginal da Avenida Bandeirantes ,

para ligação com o Parque Maurílio Biagi.

Page 44: 1 tfg bruna reinaldi de oliveira

5PAVIMENTAÇÃO E

MOBILIÁRIO

URBANO

Page 45: 1 tfg bruna reinaldi de oliveira

Capítulo 5: Pavimentação e Mobiliário Urbano

5.1. Pavimentação

A pavimentação é pensada para transformar a identidade

da região, favorecendo a circulação de pedestres, reforçando a

hierarquia viária, criando novos espaços públicos,

diferenciando os caminhos de pedestres dos de veículos.

Nas praças, ruas em nível da calçadas, calçadas e pocket

park serão utilizados os pisos intertravados (blocos pré-

moldados), pois são de rápida execução, possui vida útil longa,

baixa manutenção e alta capacidade de drenagem das águas

das chuvas.

As peças são assentadas sobre uma camada de areia ou

pó de pedra espalhada sobre o solo previamente compactado.

Por ser assentado sobre o solo, o sistema de pavimentação

intertravada possibilita melhor drenagem, com poucas camadas

de interferência.

Quanto a conservação, os blocos pré-moldados de

concreto podem ser retirados e recolocados, o que permite

consertos subterrâneos, como vazamentos de canalização e de

eventuais recalques do subleito, sem remendos. A capacidade

de drenagem da pavimentação intertravada também evita

despesas com operações tapa-buracos, recapeamento e

selagens de trincas.

1. Contenção lateral;

2. Areia de rejuntamento;

3. Peças pré-moldadas de concreto;

4. Areia de assentamento ou pó de pedra;

5. Base;

6. Sub-base;

7. Subleito.

44

Figura 87: BLOCO INTERTRAVDO

Fonte:http://www.livingdesign.net.br/wpcontent/uploads/20

10/01/blocos-de-concreto.jpg

.

Figura 86: DETALHE DA PAVIMENTAÇÃO

Fonte:http://www.infraestruturaurbana.com.br/solucoes-tecnicas/2/artigo212948-1.asp

.

Page 46: 1 tfg bruna reinaldi de oliveira

Recomendações:

• Iluminação das vias (postes e luzes provenientes da

parte externa das construções) deverá ser projetada de

modo a direcionar o foco de luz para baixo e evitar a

poluição visual;

• Lâmpadas de baixo consumo de energia deverão ser

utilizadas;

• Emprego de LED ou tecnologia solar;

• Recomenda-se a instalação de controles inteligentes

para monitorar e ajustar os níveis de luz de acordo com o

ambiente (controlado através de um sistema central);

5.2. Iluminação

A paleta de iluminação pretende promover níveis

adequados para a visibilidade e a segurança de todo o bairro,

reforçando a hierarquia das ruas e dos espaços e ajudando a

consagrar a área como única na cidade.

Os materiais selecionados para a paleta de iluminação são

baseados de acordo com quatro princípios:

• Segurança e visibilidade de modo a minimizar a poluição

visual e lúmica;

• Desenho e funcionalidade de alta qualidade (baixo uso de

energia);

• Apropriação com a hierarquia das ruas e dos espaços

urbanos;

• Durabilidade.

45

Iluminação especial

em praças

Iluminação padrão

N

•Uso somente nas ruas;

•Alumínio de alta qualidade, estrutura

em aço inoxidável;

•Eficiência energética através de

lâmpadas de LED.

Figura 88: MAPA LOCALIZÃO DA ILUMINAÇÃO

Fonte: Bruna R. de Oliveira, 2013.

.

Figura 89: ILUMINAÇÃO DE CHÃO E

POSTES - PRAÇAS

Fonte:

http://www.spazioluce.com.br/produto

Figura 90: POSTE DE ILUMINAÇÃO - RUAS

Fonte: http://www.spazioluce.com.br/produto.

Page 47: 1 tfg bruna reinaldi de oliveira

5.3. Mobiliário Urbano

5.3.1. Bancos

Para os Pocket parks, um dos bancos adotados serão os

assinados pelo designer britânico Charlie Davidson, que trarão

conforto e iluminação aos frequentadores do local.

Os bancos são feitos com um polímero com base de

concreto, eles ficam presos ao chão e recebem uma

iluminação colorida, com um spot localizado abaixo de cada

um deles.

Figura 91: BANCOS ILUMINADOS

Fonte: http://revistacasaejardim.globo.com.

Para os Pocket parks e praças serão adotados os

chamados Banco Piano, concepção de um escritório suéco

ADDI, que é uma mistura de bicicletário com banco externo.

No caso do mobiliário para o bairro Vila Tibério será utilizado a

madeira como material e um vaso em casa ponta.

5.3.2. Mesas

Serão adotados para as praças e pocket parks as

seguintes mesas:

• Mesa para piquenique (retangular);

• Mesa destina da jogos de dama e xadrez (quadrada);

• Mesa para recreação (redonda).

Figura 92: BANCO PIANO

Fonte: http://mateussz.blogspot.com.br/2009_01_01_archive.html.

Figura 93: BANCO PIQUENIQUE

Fonte:http://www.verde.pt/produtos/Mobili%C3%A1rio%20urbano%20reciclado/Mobili%C3%A1rio/imagens/urbano_mesa_urbana.jpg

.

Figura 94: BANCO DE JOGOS

Fonte: http://www.mude.esp.br/design_recreativo.php

.

Figura 95: MESAS DE RECREAÇÃO

Fonte: http://pt.aliexpress.com/promotion/metal-products_metal-patio-tables-promotion.html

.46

Figura 91: BANCO DE MADEIRA

Fonte: Bruna R. de Oliveira, 2013..

Page 48: 1 tfg bruna reinaldi de oliveira

5.3.3. Bicicletário

Os bicicletários foram colocados em prontos estratégicos

para que haja o empréstimo e devolução no começo e final das

praças. No total foram colocados 5 (cinco) bicicletários, 2 (dois)

na Praça Coração de Maria, 1 (um) na Praça Maria Fumaça e

2 (dois) na Praça Schmidt.

Os bicicletários poderão ser utilizados por todos os

munícipes. Todos deverão fazer um cartão de acesso ao

mobiliário na Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto, que será

gratuito.

O cartão será utilizado no painel que ficará

ao lado do bicicletário, podendo assim utilizar as

bicicletas para se locomover e devolver em outro

bicicletário no final do destino.

Figura 96: BICICLETÁRIO

Fonte: http://dahortanaitalia.blogspot.com.br/2012/06/paris-verde.html.

Figura 97: PAINEL DE COBRANÇA

Fonte: http://dahortanaitalia.blogspot.com.br/2012/06/paris-verde.html.

5.3.4. Totem Informativo

O totem informativo foi projetado exclusivamente para o

exterior, perfeitamente capaz de suportar as condições

climáticas mais adversas e garantir o funcionamento perfeito,

com design inovador e mais recente em tecnologia.

No mobiliário será informado todo o caminho a ser

perseguido nas praças e pocket park , eventos agendados nas

praças, como por exemplo, evento da escola Sinhá Junqueira,

Igreja Nossa Senhora do Rosário e campanhas do Pronto

Socorro central. Também haverá a informação de data, hora,

temperatura, umidade do ar e notícias atualizadas de atos

municipais.

47

Figura 98: TOTEM INFORMATIVO

Fonte: http://kioscomultimedia.blogspot.com.br/.

Page 49: 1 tfg bruna reinaldi de oliveira

5.3.5. Ponto de Ônibus

Na Rua Martinico Prado passam duas linhas de ônibus, a

linha do Hospital das Clínicas e linha Sumarezinho. Antes do

projeto ser desenvolvido a rua já possuía dois pontos de

ônibus em estado degrado e sem cobertura de proteção contra

intempéries.

Com isso foi proposto para o projeto um modelo

semelhante ao ponto de ônibus instalado em São Paulo.

Como em São Paulo o equipamento não foi bem aceito

pelo uso do vidro transparente, para o equipamento no bairro

Vila Tibério será utilizado o vidro laminado, que é formado por

uma ou mais lâminas do material intercaladas por película de

polivinil butiral (PVB).Um dos grandes méritos desse tipo de

vidro é a propriedade conferida ao produto pela película de

filtrar a radiação ultravioleta do sol.

Figura 99: PONTO DE ÔNIBUS

Fonte: http://arktetonix.com.br/2013/06/os-novos-pontos-de-onibus-da-cidade-de-sao-paulo/.

Segundo Luciano Arruda, gerente comercial da Solutia, que

comercializa as marcas Saflex e Vanceva, as películas são

capazes de conter até 99,6% dos raios UV.

Outra propriedade conferida ao produto é que eles não

se estilhaçam em caso de quebra: os fragmentos permanecem

presos ao filme de PVB

Os pontos de ônibus também terão painéis com

informações da área da Vila Tibério, visor luminoso informando

os horários de chegada e partida dos ônibus e telas de vídeos

para anúncios especiais de segurança e/ou potencial receita

publicitária.

Os pontos terão também proteções laterais

transparentes que não impeçam a visualização da chegada do

ônibus, espaços para cadeirantes, acentos em maior

quantidade que hoje, costas do abrigo fechadas para proteger

do frio e vento e câmeras de monitoramento do entorno.

48

Figura 100: PONTO DE ÔNIBUS

Fonte: http://arktetonix.com.br/2013/06/os-novos-pontos-de-onibus-da-cidade-de-sao-paulo/.

Page 50: 1 tfg bruna reinaldi de oliveira

5.4. Arborização

Nas praças não serão necessário o plantio de árvores, pois

todas as árvores no projeto são existentes.

Nos pocket parks haverá o plantio de árvores em transição

da Mata Atlântica para o Cerrado, consideradas apropriadas às

condições urbanas e ao clima de Ribeirão Preto. Isto ajuda a

maximizar a biodiversidade e os benefícios microclimáticos,

assim como a redução da necessidade de irrigação. Outro

objetivo principal é a melhoria do ambiente destinado aos

pedestres, trazendo conforto e sombra adicional ao espaço.

Serão propostas o plantio de espécies como o Ipê Branco,

Rosa, Roxo e Amarelo.

O Ipê Branco alcança de 7 a 16 metros de altura, com

tronco medindo de 40 até 50 cm de diâmetro. Floresce

principalmente durante os meses de agosto-outubro com a

planta totalmente despida da folhagem.

O Ipê Rosa possui um crescimento bem rápido em regiões

livres de geadas (em dois anos ela atinge 3,5 metros), pode

atingir até 35 m. Suas flores duram de Maio a Agosto, e são

recortadas e na forma de sino.

O Ipê Roxo também possui um crescimento rápido, com

altura de 8 a 12 m. A floração ocorre na estação seca (maio-

agosto), época em que perde todas as folhas.

O Ipê Amarelo possui altura cerca de 30 metros. Tronco

reto ou levemente tortuoso, casca externa grossa, cinza-rosa,

com fissuras longitudinais esparsas e profundas.

A floração inicia-se no final de julho e vai até setembro,

podendo ocorrer alguma variação devido a fenômenos

climáticos. Como a espécie floresce no final do inverno é

influenciada pela intensidade do mesmo. Quanto mais frio e

seco for o inverno, maior será a intensidade da florada do ipê-

amarelo.

Plantio

Ipê Roxo

Ipê Amarelo

Ipê Rosa

Ipê Branco

49

Figura 102: IPÊ ROSA, ROXO, BRANCO E AMARELO

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Ip%C3%AA

Figura 101: MAPA DE PLANTIO

Fonte: Bruna R. de Oliveira.

Page 51: 1 tfg bruna reinaldi de oliveira

6PROJETO

Page 52: 1 tfg bruna reinaldi de oliveira

51

Capítulo 6: Projeto

O projeto contempla o redesenho das Praças Coração de

Maria, Praça Schmidt, Praça Maria Fumaça e desenho do

Pocket Park, que interligará todas as praças através da ciclo

faixa.

6.1. Praça Coração de Maria

Para a Praça Coração de Maria foi proposta uma área

destinada à Praça seca, para que haja eventos da Escola

Estadual Sinhá Junqueira e da Igreja Nossa Senhora do

Rosário. Locais destinados a descanso e convivência, com

mesas e bancos cobertos com pérgula, foram colocados

propositalmente em espaços onde há lanchonetes, bancas de

jornais e sorveteria.

O projeto contempla um espaço para crianças, que contém

uma mini ciclofaixa e plaugroud. O local será rebaixado 40

centímetro em relação ao nível da praça, para que dificulte a

passagem de qualquer pessoa que não queira a permanência.

Há um espaço destinado ao bicicletário, que os moradores e

frequentadores do bairro poderão utilizar na própria praça, no

pocket park e praças Schmidt e Maria Fumaça.

Para que fosse feita a ligação da Praça Coração de Maria

com a Igreja Nossa Senhora do Rosário e Escola Estadual

Sinhá Junqueira, foi proposta a elevação do leito carroçável ao

nível da calçada com a mesma paginação de piso, tendo como

objetivo a diminuição de velocidade de veículos e maior atenção

com os pedestres.

O projeto também contempla o melhoramento da iluminação

pública, que trará mais segurança a seus frequentadores.

6.2. Praça Maria Fumaça e Praça Schmidt

Para a Praça Maria Fumaça foi proposta uma pequena

praça seca onde fica a Maria Fumaça, coberta por pergolado,

tendo como objetivo a preservação da mesma e eventos do

Pronto Socorro, como por exemplo campanha de vacinação,

entre outros.

Foram propostos espaços amplos para a passagem de

pedestres, espaço destinados a descanso e convivência, com

mesas e bancos e ciclo faixa em toda a extensão da praça (que

fará ligação com Pocket Park e Praça Schmidt).

Para que fosse feita a ligação da Praça Maria Fumaça e

Praça Schmidt, foi proposta a elevação do leito carroçável ao

nível do passeio de pedestre com a mesma paginação de

piso,tendo como objetivo a diminuição de velocidade de

veículos e maior atenção com os pedestres.

Para a Praça Schmidt foi proposta uma pequena cascata

e um espelho d`água que percorre toda sua extensão. A praça

contará também com um amplo espaço verde, passagens de

pedestres, ciclo faixas, espaço para descanso e convivência e

melhoramento da iluminação pública.

6.3. Pocket Park

O projeto do Pocket Park foi desenvolvido para fazer

uma ligação direta entre a Praça Coração de Maria com a

Praça Maria Fumaça e Praça Schmidt.

O projeto do Pocket Park contempla ampla passagem para

passeio de pedestres, arborização, ciclofaixa (proporciona a

ligação entre as três praças), espaço de recreação e descanso.

Em alguns Pocket parks houve a possibilidade de se

colocar espelhos d`água. Todos os Pocket Parks possuem a

mesma linguagem quanto a paginação de pisos, iluminação

pública

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6.5. Legenda – Detalhamento de Mobiliário Urbano

Poste de iluminação - Rua

Poste de Iluminação – Praças e

Pocket Parks

Iluminação de Chão – Praças e

Pocket Parks

Totem Informativo

Bancos Iluminados

Bebedouro

Banco

Mesas de Recreação

Mesas de Piquenique

Mesa de Jogos

Bicicletário

Ponto de ônibus

Banca de Jornal

Ponto de Táxi

53Figura 103: DETALHAMENTO DE MOBILIÁRIO

.

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Espaço de convivência e

descanso com pérgola;

Praça seca;

Espaço para crianças –

rebaixado 40 cm em relação ao

nível da praça;

Bicicletário;

Espaço de convivência e

descanso com pérgola.

Leito carroçável em nível de

calçada;

Praça Coração de Maria

N

54Figura 104: PROJETO PRAÇA CORAÇÃO DE MARIA

.

6.6. Detalhamento de Projeto

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Figura 105: ESPAÇO DESTINADO AS CRIANÇAS

.

55

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Figura 106: VISTA DA PRAÇA

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Figura 107: ESPAÇO DE CONVIVÊNCIA E DESCANSO

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Page 58: 1 tfg bruna reinaldi de oliveira

Figura 108: VISTA DA PRAÇA

.Vista da esquina pra praça, que chama a atenção da rua em nível de passeio, dos postes de

iluminação (o lado maior voltado para rua e o menor para calçada) que traz segurança aos

pedestres e espaço de convivência e descanso, localizado em ponto estratégico da praça.

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Figura 109: VISTA NOTURNA DA PRAÇA

.

Praça muito iluminada para trazer segurança e consequentemente o uso pelos

moradores e frequentadores do bairro.

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Praça Maria Fumaça Leito carroçável em nível

de calçada;

Espaço para crianças;

Praça seca com pergolado

para proteção do sol;

Bicicletário;

Espaço de recreação e

descanso;

60

N

Espaço de recreação;

Passeio;

Figura 110: PROJETO PRAÇA MARIA FUMAÇA

.

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Figura 111: VISTA PRAÇA MARIA FUMAÇA

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Page 62: 1 tfg bruna reinaldi de oliveira

Figura 112: PASSEIO PRAÇA MARIA FUMAÇA

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Figura 113: PASSAGEM ENTRE PRAÇAS MARIA FUMAÇA E SCHMIDT

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Page 64: 1 tfg bruna reinaldi de oliveira

Praça Schmidt

Cascata;

Leito carroçável em

nível de calçada;

Espaço de

convivência e

descanso;

64

Bicicletário;

N

Passeio;

Figura 114: PROJETO PRAÇA SCHMIDT

.

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Figura 115: VISTA PRAÇA SCHMIDT

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Figura 116: VISTA PRAÇA SCHMIDT

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Figura 117: PASSEIO PRAÇA SCHMIDT

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Page 68: 1 tfg bruna reinaldi de oliveira

Pocket Park 1

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Leito carroçável em

nível de calçada;

Ciclofaixa;

Espaço de convivência e

descanso;

N

Figura 118: PROJETO POCKET PARK 1

.

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Pocket Park 2Ponto de ônibus;

Cascata e

espelho d’água; Espaço de

convivência e

descanso;

Ciclofaixa;

Passeio;

N

Figura 119: PROJETO POCKET PARK 2

.

Page 70: 1 tfg bruna reinaldi de oliveira

Ciclofaixa;

Passeio;

Pocket Park 3

N

Espaço de

convivência e

descanso com

pérgola;

Espaço de

convivência e

descanso;

70Figura 120: PROJETO POCKET PARK 3

.

Page 71: 1 tfg bruna reinaldi de oliveira

Espaço de

convivência e

descanso;

Pocket Park 4

N

Passeio;

Ciclofaixa;

71Figura 121: PROJETO POCKET PARK 4

.

Page 72: 1 tfg bruna reinaldi de oliveira

Pocket Park 5

N

Cascata;

Ponto de ônibus;

Espaço de recreação;

Espelho d’ Água;

Espaço de recreação;

Passeio;

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Figura 122: PROJETO POCKET PARK 5

.

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Figura 123: VISTA POCKET PARK

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Figura 124: VISTA POCKET PARK

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Page 75: 1 tfg bruna reinaldi de oliveira

7CONSIDERAÇÕES FINAIS

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Capítulo 7: Considerações Finais

A preservação dos espaços de moradia é de fundamental

importância nos processos de planejamento de uma cidade.

Sem planejamento a cidade se desenvolve segundo a lógica

do mercado.

Na busca da cidade funcional, modelo adotado pela

sociedade capitalista, priorizam os fluxos de veículos e os

rápidos deslocamentos. Neste modelo a via local perde seu

valor.

Diante de vários impactos, as pessoas de média e alta

classe social buscam as periferias, para fugir do caos urbano,

enquanto isso os bairros sofrem com a poluição sonora e do ar

e com conflitos ocorridos pelas diversas atividades num

mesmo espaço.

Muitos bairros têm desaparecido, enquanto outros têm se

mostrados como espaços de resistência.

Pode-se observar isso no bairro Vila Tibério, onde não se

tem mais hierarquia viária (rua locais se transformaram em

vias coletoras/distribuidoras), muitos espaços estão

comprometidos, mas mesmo assim a identidade forte do local

tem preservado o espaço com o status de bairro.

Ações simples como ordenação de fluxos de veículos

(retirar o grande fluxo de passagem em alguns pontos do

bairro), áreas de lazer e convivência para moradores e

frequentadores do bairro, incentivo do uso de meios de

transportes não motorizados, redesenho de algumas praças

importantes para o bairro, novo uso para alguns equipamentos,

podem recuperar a qualidade de vida e de moradia.

Enfim, foram muitos os levantamentos, os diagnósticos e

as propostas. No entanto, sabe-se que qualquer trabalho

nesta escala (Bairro) é multidisciplinar. As propostas aqui

formuladas se limitarão ao conhecimentos na área da

arquitetura e do urbanismo e, na prática precisaria de estudos

mais aprofundados.

Outra questão importante é o nível de detalhes das

propostas, pois ao trabalhar com a escala urbana, o objetivo

não era chegar ao detalhamentos arquitetônico, pois cada

assunto tratado, como por exemplo, as elevações na Rua

Martinico Prado ao nível de passagem de pedestres,

passagens entre quadras (Pocket Park), Parque Linear ao

longo do Córrego Laureano, Ciclofaixa em toda a extensão da

Avenida do Café, daria um tema para Trabalho Final de

Graduação.

Espera-se na vida profissional dar continuidade a estas

discussões e estudos.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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Referências Bibliográficas

BONETTI, José Roberto – A Identidade de um bairro – Vila Virgínia – História Tradições Valores, Ribeirão Preto – SP, 2009;

CAMPOS FILHO, Candido Malta – Reinvente seu bairro: caminhos para você participar do planejamento de sua cidade – São

Paulo, Ed. 34, 2003;

CHOAY, Françoise – O Urbanismo – Utopias e Realidades Uma Antologia - Editora Perspectiva, 1988;

LERNER, Jaime – Acupuntura Urbana – Curitiba, Editora Record, 2003;

CAPRETZ, Adriana – Campos Elíseos e Ipiranga – Memórias do Antigo Barracão - Ribeirão Preto, Editora COC, 2006;

MARTINS DE LIMA, Fábio José – Reabilitação Urbana do Bairro Borboleta e Adjacências;

BRIZOTTI PASQUOTO, Geise – Renovação, Revitalização e Reabilitação: Reflexões sobre as terminologias nas intervenções

urbana- Salto/SP, 2010;

MARCUSSI, Elaine – Vila Tibério: Um Patrimônio da cidade em transformação, 2011;

PLACCITI, Leonardo José – Companhia Cervejaria Antarctica Paulista – Sua Memória e Simbologia - Ribeirão Preto, 2012;

BRAGA, Fernando – Jornal da Vila – Junho de 2011

CONCREMAT ENGENHARIA, CIA. CITY, AECOM, FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS – Projeto Nova Luz – São Paulo.

Disponível em http://www.novaluzsp.com.br/projeto.asp?item=projeto.

PREFEITURA MUNICIPAL DE RIBEIRÃO PRETO – Mapas. Disponível em www.ribeiraopreto.sp.gov.br;

Observação direta em visita técnica realizada em 2 de Março de 2013 e 15 de Abril de 2013.

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