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10 6 8 · na tributação em 2005 ... Roberto do Nascimento e Antonio Gaspar Filho Projeto Gráfico e Diagramação: Marcos Magno ... do comércio e dos serviços, os

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Seções

QUALIFICAÇÃOCurso forma operadores de fomentoe já atrai profissionais de outras áreas

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Capa

Capa:Ron Lowery/Corbis/Stock Photos

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EDITORIAL 4

ARTIGO 5

SERVIÇOS 18

NOS SINDICATOS 19

INVESTIMENTOS/CARTAS 22

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CAPITALFundos de recebíveis são opçãoà captação e planejamento de recursos

PREVIDÊNCIAComo ficam os planoscom a nova legislação

FUTURO

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IMPOSTOSO que muda ou pode mudarna tributação em 2005

FOMENTO MERCANTIL 3

Capa

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Assembléia discute os novosos novos rumos do fomento

Anfac lança plano

estratégico para

os próximos anos

e amplia base de atuação

via sindicatos

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15ÍNDICE SETORIALNúmeros mostram crescimentonos pedidos de falência

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O

Luiz Lemos Leite

Presidente da Anfac

4 FOMENTO MERCANTIL

Mudanças

representam

ratificação

do pacto

de ação

Pensar o amanhãFomento Mercantil é uma publicação

da Associação Nacionaldas Sociedades de Fomento

Mercantil-Factoring (ANFAC) Endereço: Av. Paulista, 1.499 – 9.º andar – SãoPaulo – SPCEP: 01311-928Telefone: (11) 3549-4855Fax: (11) 3549-4866End. eletrônico:[email protected] ou www.anfac.com.br DIRETORIAPresidenteLuiz Lemos Leite1.º Vice-presidenteManoel F. Pires da Costa2.º Vice-presidenteDaniel Gonçalves Vice-presidentesAlexandre Bucker de SouzaAlexandre Dumont PradoCésar Moura RodriguesCirio Faller JúniorGastão FráguasJosé GóesLuiz Napoleão da Silva BritoMarconi José A. PereiraSérgio Silveira MeloTarcísio ZontaDiretor Adm. e FinanceiroMarcelo Augusto de MenezesCONSELHO FISCALPresidentePio DanieleConselheirosJosé Augusto GonçalvesOdilon Pereira GuerraCONSELHO DE ÉTICAPresidente: Alcedo Ferreira MendesVice-presidente: Matias Nazari Puga NetoConselheiros: Cláudio Good, Luiz FernandoD. Lycarião da Trindade e Marcos Jair Garutti ASSESSORES DA PRESIDÊNCIASão Paulo: Dorival Maso, Livio Aruta Neto,Siguenobu Yoshimura e Viviane CuruncziRio de Janeiro: Jorge Lisboa SalgueiroDistrito Federal: Nadir Baruzzi EDIÇÃO: TPT Comunicações Ltda.Telefone: (11) 3077-2790Endereço: Rua Tabapuã, 422, 5.º andarJornalistas responsáveis: Roberto doNascimento e Antonio Gaspar Filho Projeto Gráfico e Diagramação:Marcos MagnoProdução: Luiz Eduardo M.S. PradoRedação: Roberto do Nascimento, AntonioGaspar Filho, Luciana Araripe e Jayme AlvesFotografia: Juan Guerra Tiragem: 9 mil exemplaresImpressão: Takano Editora Gráfica Ltda. Obs.: A reprodução do conteúdo da revista depende deautorização da ANFAC.

primeiro período deatividade da Anfac,com suas conquistas,

cujos primórdios remontamao longínquo 1982, está con-solidado e suas bases se rami-ficaram pelo País. Essa solidi-ficação, longe de propor aco-modações, convida, inspira emotiva novas ações que de-vem resultar no fortalecimen-to do setor nos próximos anose décadas. Atenta às transfor-mações econômico-sociais, aAnfac inicia nova era comum plano que rompe o hori-zonte do ano que se inicia, an-tevendo ações que vão nortearum planejamento estratégicocom metas de curto, médio elongo prazos.

Instituto reconhecido poratuar em todos os quadrantes do País, dasmetrópoles aos recônditos, o factoring refor-ça sua representatividade regional para falarmais diretamente a todos que compõem o uni-verso ligado às atividades do setor: socieda-des de fomento, empresas-clientes, os milhõesde trabalhadores a elas vinculados, entida-des representativas da indústria, do comércioe dos serviços, os poderes públicos, enfim, asociedade em seu sentido mais amplo.

É preciso que cada empresário do fo-mento mercantil esteja absolutamente cons-ciente de suas responsabilidades como pro-fissional e cidadão, cumprindo efetivamen-te a sua missão institucional sob o pontode vista social e econômico.

2005 é a partida para essa nova etapa,cujo êxito dependerá do espírito corporati-vista de unidade de propósitos, de harmo-nia de interesses, de uniformidade ideoló-gica e de integração institucional de todosos agentes do setor, para podermos galgarum patamar mais alto, com um projeto avan-çado e inovador adequado a um gerencia-mento moderno e eficiente.

Com otimismo e determinação, explo-remos nosso poder de luta, enfrentando todasorte de dificuldades para garantir um gran-de futuro. Normal é a luta da vida e é paraessa luta que estamos aqui. E a realidade

está a comprovar nossa decisão.Errar, por vezes, erramos, mas,

na busca dos objetivos, tivemosa humildade de ouvir semprepara proceder a correções, parareunir conhecimentos e know-how, para obviar as dificuldadese problemas e para procurar, emtodas as situações, soluções deconsenso, amoldando-nos à ex-traordinária oportunidade de tervivido cada minuto das etapasde consolidação do fomentomercantil, com consciência e or-gulho de que fizemos história.

Daí a nossa iniciativa de terpromovido sucessivas reuniõescom nossos dirigentes, paraprojetar horizontes e construiruma nova visão corporativa dofomento mercantil, focada paralidar com as inevitáveis e

céleres mudanças do mundo moderno.Considerando o âmbito nacional de atu-

ação da Anfac e visando ao cumprimentode sua finalidade essencial, que se funda-menta na preservação e viabilização da prá-tica do fomento mercantil com a rigorosaobservância das regras do direito vigenteno País, preparamos uma profunda reformaestatutária com a introdução de regras atu-alizadas de administração de nossa entida-de, conferindo-lhe caráter federativo.

A decisão de federalizar o Sistema Fo-mento Mercantil, além de ser parte de umplanejamento imprescindível, à sua sobre-vivência, significa ratificar o pacto de açãoconjunta e coordenada com vistas a forta-lecer, valorizar e integrar as sociedades defomento mercantil dentro de uma entidadenacional moderna com organizaçãocorporativa coesa e harmonizada com osobjetivos institucionais protagonizados edefendidos pela Anfac. Esperamos comisso dar uma dimensão de trabalho muitomais dinâmico à nossa entidade, nesse tem-po que estamos vivendo, do qual emergempara o fomento mercantil amplos caminhose horizontes de desenvolvimento.

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F

artigo

FOMENTO MERCANTIL 5

A responsabilidade social da empresa

Cada um de

nós é

insubstituível

na sua missão

Alexandre Dumont Prado é vice-presidente da Anfac e proprietário da

Dumont e Dumont Fomento Mercantil

Alexandre Dumont Prado

oi-se o tempo em que as empre-sas podiam se dar ao luxo de focarseu objetivo na produção, ven-

das e lucro, relegando a segundo plano odesenvolvimento social dos agentes envol-vidos, que – segundo elas - deveriam serprioridade dos governantes. O governo, porsua vez, por incompetência, falta de recur-sos financeiros, falha da administração,assistiu pacificamente ao crescimento daexclusão social, da marginalidade, acaban-do com a tranqüilidade da população.

A realidade requer mudanças rápidas eradicais, o que exigirá a participação dosagentes públicos e privados. Há forte con-vicção de que as empresas devem contri-buir nesse processo de transformação, poissão o agente mais dinâmico da sociedade,onde o ser humano, por meio do seu traba-lho e inteligência, gera riqueza - conheci-mentos, produtos e serviços, que constitu-em um bem comum, diz Alberto AugustoPerazzo, na revista Bem Comum.

É hora de definir o papel da empresa,ampliando sua função social, reduzindodesigualdades, dando qualidade de vida àpopulação. É imprescindível que se prati-que uma gestão que valorize a colaboraçãoe a solidariedade, possibilitando um climade confiança na organização. Dela necessi-tam todos os que pretendam permanecer nomercado, construindo e mantendo um am-biente sadio, transparente e de partilha emtodos os níveis da organização. A responsa-bilidade social corporativa não se resumeao trabalho voluntário, à filantropia. É umprocesso integrado à visão estratégica daempresa, mantendo permanente diálogocom todos os interessados.

Trata-se de um processo, não de umaação pontual, e se integra na visão estraté-gica da empresa da mesma forma que osprojetos de engenharia, produção, vendas,finanças. A empresa assume um espectrode responsabilidades que transcende a pro-dução. É uma tomada de consciência paraassumir as questões decorrentes da gestãonos planos econômico, social e ambiental.

Esse novo conceito ganha força e adep-tos no Brasil, seguindo as orientações deinstituições como Ethos, Ibase e Fides. Éuma nova visão da empresa que tem seufoco no ser humano, sujeito e objeto desua razão de ser, com sua dignidade e per-sonalidade próprias. É impossível consi-derar a empresa fora da sociedade, comotambém é impossível pretender transfor-mar essa sociedade sem a participação ple-na da empresa. Afinal, existem empresascom faturamento superior ao PIB de mui-tos países, como o grupo Wall Mart.

No Brasil, é grande o trabalho a ser re-alizado: 30% da população está na linhade pobreza, 140 mil crianças morrem aquiantes de completar 5 anos, metade dos jo-vens não completa o 1º grau e o País é oque mais concentra renda. Os problemasjá ultrapassam o limite do aceitável. Mes-mo diante da imensidão dos problemas,não cabe omissão. Há muito o que ofereceralém do dinheiro: tempo, talento, alegria,disposição, experiência. Quando as empre-sas adotam a responsabilidade social, o re-torno pode ser medido em duas vertentes:

1 - Como empresários, sob a forma dolucro obtido em conseqüência da melhoriado clima interno, lealdade, confiança e ale-gria - que acabam contagiando fornecedo-res e clientes -, do aumento da produtivi-dade, da redução dos custos de controle ede demandas judiciais. Essas empresas ten-dem a ser mais produtivas e duradouras.Por isso, são acompanhadas pelo mercadofinanceiro e é com base nessas informa-

ções que investidores priorizam aplicações.Tanto assim que o Banco Itaú anunciou emsetembro a criação de um fundo ético deações, voltado a empresas com práticas deresponsabilidade social.

2 - Como pessoas, ao partilhar dons erecursos para a construção de uma socieda-de em que todos possam ter uma vida maisdigna com direito a moradia, saúde e lazer.

Em palestra em Belo Horizonte, por oca-sião do Encontro Mineiro das Empresas deFactoring, em 2001, o professor EduardoBotelho afirmou: “É burrice não ser ético.Vai plantar e não vai colher nunca.”

É burrice, também, não partilhar dons ecarismas, para a construção de uma socie-dade mais justa, pois esta é uma fonte ines-gotável de energia para o nosso espírito. Énisso que consiste a nossa felicidade.

Não é por outro motivo que o médicoRoberto Shiniashiki disse, em 2001, AnoInternacional do Voluntariado, que “nin-guém chega ao fim da vida, lamentandonão ter ficado mais rico ou poderoso, maslamentando não ter amado mais, aprovei-tado mais as pessoas amadas e realizado amissão que Deus lhe destinou”.

Cada um de nós é chamado a cumprir asua missão. Nela, somos insubstituíveis.

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ecialização

FOMENTO MERCANTIL 76 FOMENTO MERCANTIL

Qualificação profissional atingemarca histórica de cem cursosQuase 6 mil pessoas já fizeram o curso de agente de fomento mercantil, possibilitandoa formação de empresários e de especialistas, essenciais à profissionalização do setor Curso é divisor na doutrina

do fomento mercantil no PaísQualificação. A palavra, que ex-prime um componente essenci-al na vida de qualquer empresa,

tem um forte aliado, que atinge umamarca emblemática: o curso de agentede fomento mercantil chegou ao núme-ro 100 nos seus 21 anos de existência,habilitando 5.919 pessoas. “Essa ediçãodo curso sintetiza o esforço de levar adi-ante um ideal (o fomento mercantil) peloqual estou lutando. Um ideal consomeuma vida, mas dura uma eternidade”,disse o presidente da Associação Nacio-nal das Sociedades de Fomento Mercan-til – Factoring, Luiz Lemos Leite.

Em cinco dias de curso, mais 62 alu-nos receberam informações sobre aconceituação e fundamentos básicos dosetor, com Lemos Leite, e de matemáti-ca financeira e crédito, com o professorPaulo Freire. “Há 12 anos, atuo comoprofessor do curso de agente e essa tur-ma tem uma característica própria, é uma

turma muito jovem e poucos são operado-res, mostrando assim a renovação do se-tor”, comentou Freire.

O diferencial do curso para quem vai ini-ciar carreira no fomento mercantil é o foco,diz o professor. “É totalmente voltado para aatividade e vivenciamos na sala de aula tudoo que ocorre em uma empresa de factoring.”

Para o advogado Ar-mando Wallach, do escri-tório Haack Wallach, deRecife, que participou docurso por orientação deuma cliente que tem em-presa de factoring, o cursofoi muito positivo. “Gos-tei muito, superou todas asminhas expectativas. Tan-to que a minha intençãoagora é buscar a especiali-zação no assunto”, comen-tou Wallach.

Já a estudante do pri-

meiro ano da faculdade de fonoaudiologiaRaphaela Castro se prepara para ser uma dasmais novas empresárias do setor em Belém.“Aprendi muito sobre matemática financei-ra. Trabalharei na factoring depois da aula,no período da tarde. No início, terei o supor-te de meus pais.”

Para a mãe de Raphaela, Teresa CristinaDias Costa, a decisão deabrir uma empresa de fo-mento mercantil foi toma-da com o objetivo de di-versificar parte dos recur-sos da família, que já ad-ministra imóveis no Pará.A nova empresa começa afuncionar em março.

Caio Rodrigo AlvesLima, que já trabalha nosetor há quatro anos, fezo curso para aprimorarseus conhecimentos. Paraele, a especialização é um

fator básico em qualquer atividade, maisainda no fomento mercantil, segmentocom características próprias. “Nesses anosamadureci na ACDC (empresa de factoringde Guarulhos) e o curso é fundamental paraconcluir esse processo”. Lima começou atrabalhar na empresa como office-boy, pas-sou por diversas etapas dentro da empresae partiu para a complementação, dominan-do teoria e prática.

O curso atrai empresários e profissionaisde outros setores. Renato Venâncio, por exem-plo, gerente-financeiro da empresa PolimixConcreto, de Barueri (SP), participou do cur-

João Requia abriu uma empresa de fomentomercantil. Mas não sabia bem o que fazer comela. A luz veio com o primeiro curso de agentede fomento mercantil, ministrado no Rio deJaneiro pelo presidente da Anfac, Luiz LemosLeite. “Ali é que começou a doutrina do facto-ring. A bibliografia nacional sobre o assuntoinexistia, não havia fontes de consulta.”

Empresário do fomento mercantil há 21anos – sua empresa, Constec concentra as ati-vidades no Rio Grande do Sul –, Requia dizque no princípio era difícil a interessados deoutros Estados fazer o curso de agente. As au-las eram dadas duas vezes por semana, à noi-te. A concentração das aulas em alguns diasfacilitou sua participação. “Já fiz o curso trêsvezes, no Rio, no Rio Grande do Sul e em SãoPaulo”, afirma o decano do fomento mercantilno sul do País. “Quem não se atualiza nãochega a lugar nenhum.” O primeiro curso deque participou foi realizado na Delegacia do

Banco Central no Rio, de6 a 8 de abril de 1989.

“Meu filho Lauritambém fez o curso ehoje é diretor da empre-sa”, informa, destacan-do a importância daqualificação. “O suces-so das nossas empresasdeve-se exclusivamen-te às instruções emana-das da Anfac. Nossos operadores de factoringtambém fizeram o curso.” As empresas deRequia vêm apresentando resultados positivosseguidos nos últimos três anos.

Além do curso, o empresário ressalta a im-portância dos serviços e orientações da Anfac.Como ponto marcante, cita a formulação do con-trato de factoring. “Antes de a associação idea-lizar esse documento, fazíamos dois contratos,um de cessão de crédito e outro de prestação de

serviços. O contrato é umadas maiores conquistas daAnfac. Bem elaborado, foi ummarco nas operações das em-presas de fomento.”

A sociedade do empresá-rio gaúcho atua preferencial-mente com pequenas e médi-as empresas dos setoresmetalúrgico e de serviços. Dizque graças a operações bemfeitas a inadimplência ébaixíssima e busca sempre ocaminho da negociação.

Ele observa que a agili-dade no atendimento às ne-

cessidades das empresas-clientes faz dasempresas de fomento mercantil grandesparceiras dos segmentos que mais carecemde serviços e de liquidez para manter asatividades.

Entusiasta da permanente atualização,indica o curso de operador como o caminhopara que dirigentes e funcionários do setortrilhem um caminho mais seguro dentro daatividade.

so com mais duas colegas da empresa. O ob-jetivo é de aprender como funciona o setor.“Os professores dominam muito a matéria epassam isso com muita vida. Valeu muito apena. No nosso dia-a-dia, vai ajudar bastanteporque teremos uma crítica mais apurada.Além disso, vamos estudar o assunto tambémpensando em montar um negócio no futuro esabendo que temos a Anfac com todo esseconhecimento fica mais fácil”, avaliou.

O 100º curso de agente de fomento mer-cantil contou com depoimentos de empre-sários e pessoas ligadas ao setor. Participa-ram da mesa Pio Daniele (Daniele Factoring

-SP), Gastão Fráguas (SantaCruz Factoring - SP), DanielGonçalves (ACDC -Guarulhos), Dorival Maso(assessor da presidência daAnfac) e Alcedo Ferreira(consultor jurídico daAnfac).

Fráguas destacou a im-portância do curso como ins-trumento que dá ao partici-pante uma visão empresariale profissional da atividade. EDaniele reforçou: “Factoringé assunto de profissional,

quem não o é assim, como entra, sai.”Daniel Gonçalves, sócio-proprietário

da ACDC, atua no setor desde 1990. “Es-távamos à procura de algo que pudessedar certo e nesses 14 anos nos fortalece-mos e crescemos no meio.” Para ele, o des-tino do setor é o sucesso.

Maso destacou o valor institucional daAnfac e a busca da uniformidade do setor.“Estamos sempre à disposição dos nossosassociados e interessados no segmento”,disse. Alcedo reforçou a importância dosempresário recorrerem à entidade para es-clarecer dúvidas jurídicas.

Freire e a 100ª turma de operadores: “Vivenciamos na sala de aula tudo o que ocorre em uma empresa de factoring”

Lima: curso conclui um processoRaphaela, com a mãe: empresa própria em março

Requia: contrato é conquista

especialização

Venâncio: novos negócios

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Novos fundos oferecem boa oportunidade às empresas que querem ampliaro volume de recursos para atendimento aos clientes

FOMENTO MERCANTIL 98 FOMENTO MERCANTIL

ma nova modalidade de investi-

mento tem atraído importantes

empresas e pode passar a fazer

parte da estratégia das sociedades de fo-

mento mercantil na obtenção de liquidez

para ampliar o atendimento aos clientes.

São os fundos de investimento em direi-

tos creditórios (FIDCs), mais conhecidos

como fundos de recebíveis.

Esses fundos devem ter de um lado o

cedente dos recebíveis e de outro os cha-

mados investidores qualificados que po-

dem ser as instituições financeiras, as com-

panhias seguradoras, as sociedades de ca-

pitalização, as entidades abertas e fecha-

das de previdência privada, as pessoas ju-

rídicas não-financeiras com patrimônio

líquido superior a R$ 5 milhões, os fun-

dos de investimento em cotas destinados

exclusivamente a investidores qualifica-

dos, as pessoas físicas com patrimônio su-

perior a R$ 5 milhões e os investidores

individuais que possuam carteira de valo-

U

Katz: créditos de curto prazo

res mobiliários de valor superior a R$ 300

mil. “Esse novo produto interessa principal-

mente aos grandes investidores, como segu-

radoras e fundos de pensão, porque a legis-

lação determina que a aplicação de recursos

no fundo somente deve ser feita por esses

investidores qualificados”, informa a

tributarista Tiziane Machado.

O grande diferencial dos FIDCs é a pos-

sibilidade da coexistência de dois tipos de

cotas: as subordinadas e as seniores. As co-

tas seniores podem ter como limite de renta-

bilidade, por exemplo, uma porcentagem

dos certificados de depósito interbancários

(CDIs), além de preferência nas amortizações

e resgates. Já as cotas subordinadas têm como

principal obrigação arcar, em primeiro lu-

gar, com eventuais perdas por inadimplên-

cia dos papéis do fundo. As perdas só atin-

gem as cotas seniores se os recursos das su-

bordinadas não forem suficientes para co-

brir o prejuízo. Em contrapartida, se a renta-

bilidade superar a referência definida pelo

fundo (benchmarck), esse excedente é des-

tinado às cotas subordinadas.

A estruturação de um FIDCs obedece a

critérios rigorosos, que incluem a contrata-

ção de um administrador, um gestor e um

custodiante dos títulos, todos eles, necessa-

riamente, instituições financeiras, além de

um auditor independente e de uma agência

de classificação de riscos.

O assessor jurídico da Petra Corretora,

João Baptista Peixoto Neto, afirma que a

participação de empresas de fomento mer-

cantil em fundos de recebíveis deve ser van-

tajosa para os dois lados. “As factorings pres-

tam os serviços e trabalham com recebíveis.

Os fundos precisam de serviços e de

recebíveis”, diz. “Ninguém melhor do que

uma empresa de fomento para analisar os

papéis de curto prazo que vão compor a car-

teira do fundo. Isso as coloca à frente das

demais empresas. Assim, essas sociedades

podem até ser contratadas exatamente para

prestar esse tipo de serviço.”

Os fundos são viáveis tanto para empre-

sas que precisam de mais recursos para aten-

der os clientes quanto por aquelas que não

estão com a totalidade do capital aplicada

em recebíveis, diz Peixoto Neto. Os custos

de constituição e manutenção desse fundo

não são proibitivos, garante. Por ser um pro-

duto recente, fundos têm preços de

estruturação e operação variáveis de uma

instituição para outra. Mas podem até ser

estruturados sem desembolso imediato por

parte do interessado, garante o assessor da

corretora Petra. Ele calcula esse custo em

aproximadamente 1% do valor do fundo,

mais 2% a 3% anuais para sua manutenção.

Empresas que já estruturaram seus

fundos de recebíveis entendem que esse

mecanismo só é economicamente viável

quando movimenta acima de R$ 30 mi-

lhões. Mas agentes do mercado acredi-

tam que, com a sua disseminação e a re-

dução dos seus custos, já são viáveis com

valores bem mais baixos.

A BRR Factoring Fomento Mercantil,

do Rio de Janeiro, já estruturou o próprio

fundo de recebíveis, informa o diretor Mar-

celo Katz. O fundo mantém no mínimo 50%

de seu patrimônio líquido em direitos

creditórios de curto prazo, representados por

contratos de fomento mercantil.

A tributarista Tiziane afirma que os fun-

dos podem receber papéis, por exemplo, de

diferentes empresas de um mesmo grupo:

“Podemos citar um grupo empresarial que

tenha uma construtora, uma empresa de fac-

toring e uma consultoria. Os recebíveis des-

sas empresas podem ser ‘empacotados’, trans-

feridos para o fundo e, então, vendidos a

investidores”.

Há a possibilidade até de transferir o ris-

co do título para o fundo, mas quem já está

no mercado prefere bancar a eventual

inadimplência dos papéis que passou para a

carteira do fundo, dando uma garantia adi-

cional de rentabilidade dos investidores.

Os fundos podem ser abertos ou fecha-

dos. Os FIDCs abertos têm liquidez diária.

Já nos fechados, as cotas somente são resga-

tadas ao término do prazo de duração do

fundo ou de cada série ou classe de cotas,

conforme estipulado no regulamento. Os

saques das cotas ocorrem ainda em caso de

liquidação, admitindo-se, ainda, a amorti-

zação de cotas por disposição do regulamen-

to ou por decisão da assembléia geral de

cotistas. A rentabilidade corresponde à dife-

rença entre o valor pago pelos recebíveis e o

de seu resgate, no vencimento do título.

Os custos de captação de recursos por

meio do FIDC são compatíveis com os

do mercado, mas têm uma função estraté-

gica como fonte de liquidez. As socieda-

des de fomento mercantil já têm como al-

ternativas legalmente amparadas para fa-

zer o seu fundeamento: recursos própri-

os, linhas de crédito bancário e, eventu-

almente, quando sociedade anônima, tí-

tulos e valores mobiliários.

Para evitar eventuais choques de custos,

caso, por exemplo, o Banco Central passe a

adotar uma política monetária muito agres-

siva, elevando a taxa básica de juros, o fun-

do tem a possibilidade de definir uma polí-

tica variável de remuneração das cotas. Esse

procedimento serve também para não

desestimular os investidores, se os juros bá-

sicos forem reduzidos drasticamente.

Enfim, quem vai estruturar um fundo de

direitos creditórios tem à disposição meca-

nismos capazes de torná-lo atraente tanto

para quem investe quanto para quem quer

levantar recursos, vendendo seus recebíveis.

Em seu plano estratégico para os pró-

ximos anos, a Anfac negocia a estrutura-

ção de um FIC-FIDC, ou seja, um fundo

que investe em cotas de recebíveis cria-

dos pelas empresas de fomento mercantil

associadas.

Mais capitale investimentoqualificado

Mais capitale investimentoqualificado

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Planos incluem a federalização da entidade, com a participação dos sindicatos,e a adoção de novos serviços que vão facilitar a vida das sociedades de fomento mercantil

O

FOMENTO MERCANTIL 1110 FOMENTO MERCANTIL

Anfac define planejamentopara os próximos anos

Em 11 de fevereiro de 1982 -fundada a Anfac na cidade do Rio deJaneiro.

Em 16 de junho de 1982, editada aCircular nº 703 do Banco Central.

De 25 de maio a 27 de julho de1983, é realizado, na cidade do Rio, o 1ºCurso de Agente de Fomento Mercantil.

De 20 a 30 de maio de 1988,realizada a Convenção de Ottawa, noCanadá.

Em 30 de setembro de 1988, editadaa Circular 1359, do Banco Central, querevogou a Circular 703 de 16 de junhode 1982.

Em agosto de 1989, a Anfac adota omodelo de Contrato de Fomento Mercantilcom base nos antigos Código Civil eCódigo Comercial.

Em 29 de janeiro de 1990, é fundado,na cidade do Rio de Janeiro, o SindicatoNacional das Sociedades de FomentoMercantil Factoring.

Realizado de 6 a 8 de setembro de1991, em São Paulo, o I Congresso Brasileirode Factoring.

Em 3 de fevereiro de 1993, é fundada,em São Paulo, a Febrafac – FederaçãoBrasileira de Factoring.

Em agosto de 1996, é aprovado, naComissão de Assuntos Econômicos do SenadoFederal, o Projeto de Lei nº 230, que consolidao balizamento legal do fomento, de autoria dosenador José Fogaça.

Em 1999, assinado o Acordo deCooperação Técnica com o Ministério daJustiça por intermédio da Secretaria deDireito Econômico. Criado o selo dequalidade SDE/Anfac.

Em 1999, a Anfac adota o novomodelo de Contrato de Fomento Mercantilque prevê a opção de recompra.

Em 11 de dezembro de 2002,aprovado, em primeiro turno, na CCJ doSenado, o PLS – 230/1995.

Em fevereiro de 2003, a Anfac libera aprimeira versão do modelo de Contrato deFomento Mercantil nos moldes do novoCódigo Civil Brasileiro.

Realizado, em maio de 2004, o VIICongresso Brasileiro de Fomento Mercantilna cidade do Rio de Janeiro.

Realizado, de 6 a 10 de dezembro de2004 em São Paulo, o 100º Curso deAgente de Fomento Mercantil.

Em dezembro de 2004, Anfac adotaplano estratégico para os próximos anos ealtera os estatutos.

TRAJETÓRIAPrincipais acontecimentos que marcaram a história da Anfac

fomento mercantil inicia maisum ciclo na direção da consoli-dação e do desenvolvimento. O

ponto de partida desta nova etapa é afederalização da Anfac e a adoção de umplano estratégico que antevê ações pelospróximos dez anos. Em assembléia dasempresas associadas, dia 14 de dezem-bro, em São Paulo, foi aprovada a inclu-são dos presidentes dos Sinfacs comovice-presidentes regionais da associação.

“É um pacto federativo para valer”,afirma o presidente da entidade, LuizLemos Leite. “As mudanças têm um pro-fundo caráter democrático e exigem

ações sincronizadas que, na minha leitu-ra, conduzem à unidade e ao fortalecimen-to do setor”, reforça o 1º vice-presidente,Manoel Francisco Pires da Costa. Na vi-são de Daniel Gonçalves, 2º vice-presiden-te, as mudanças conduzirão naturalmenteà expansão da base de associados.

Em janeiro, os novos vice-presiden-tes regionais dão início ao seu trabalho.Vão se reunir com o presidente da Anfac

para apresentar propostas. Cada lideran-ça deve levar cinco projetos para o apri-moramento da entidade, informa o presi-dente do Sinfac-PE, Alcidésio SabinoMaciel. “Essas propostas serão analisa-

das e posteriormente implantadas, casosejam aceitas.”

O planejamento estratégico da Anfac

prevê, entre outras ações, o desenvolvi-mento de atividades e produtos capazesde tornar a entidade auto-sustentável, re-duzindo a dependência do atual sistemade custeio centralizado nas mensalidades.No plano institucional, a melhoria daimagem das empresas de fomento mercan-til será garantida com selo de qualidadee sua fidelização virá da oferta de servi-ços que possam agregar valor ao dia-a-dia das sociedades de fomento.

Entre os serviços a serem oferecidos

ou para futura implantação estão a cria-ção de um Fundo de Investimento em Co-tas de Fundo de Recebíveis (FIC-FIDC),planos de assistência médica global e deprevidência privada, consultoria técnico-operacional aos associados e consultoriaempresarial (recuperação de empresas).

Com a unidade e uniformidade deprocessos e métodos a serem adotadaspelas empresas do setor, o compartilha-mento de uma série de produtos e servi-ços será facilitado, reduzindo de formaimportante os custos das empresas.

O novo ciclo de planejamento estraté-gico da Anfac tem ingredientes diferencia-dos dos anteriores, a começar pelo perío-do, agora estendido a dez anos. As mudan-ças mais importantes vinham ocorrendo acada sete anos, desde a fundação da asso-ciação, em 1982. No mesmo ano, uma cir-cular do Banco Central proibiu as opera-ções de factoring, decisão revogada em1988. No ano seguinte, a Anfac adotou omodelo de contrato de fomento mercantil.

Mais sete anos se passaram até que,em 1995, a Comissão de Assuntos Eco-nômicos do Senado aprovou o Projetode Lei nº 230, de autoria do senador José

Fogaça. O projeto consolida num únicotexto o balizamento legal do fomento mer-cantil no País. Após um longo período, oprojeto avançou, com a aprovação, em2002, em primeiro turno, pela Comissãode Constituição e Justiça.

Agora, em 2004, ano de ampla divulga-ção do fomento mercantil na sociedade, es-pecialmente de esclarecimento dos funda-mentos da atividade ao Poder Judiciário, aassociação dá um novo contorno institucio-nal à sua atuação: traça o novo planejamen-to estratégico para ser colocado em práticajá em 2005 e transforma em dirigentes regi-onais os presidentes de sindicatos.

A federalização, de acordo com LemosLeite, será reforçada pela participação maisativa do Sindisfac-MG de Belo Horizonte,pelo revigoramento do Sinfac de Alagoas,que passa a atender também as empresas deSergipe, e pela criação da vice-presidênciaregional no Rio Grande do Norte. “Com oâmbito nacional de atuação, a Anfac se de-senvolve em todos os Estados brasileiros,para ampliar e preservar a prática do fomentomercantil com a rigorosa observância dasregras do direito vigente no País”, diz opresidente da associação.

Na assembléia que aprovou as mudan-ças, Gastão Fráguas, vice-presidente, des-tacou a importância da unidade e da uni-formidade das ações do setor. José Góes,também presidente do Sinfac-PR,enalteceu a decisão da Anfac e a condu-ção dos trabalhos pela comissão que re-presentou os dirigentes sindicais nas ne-gociações. O presidente do Sinfac Nortee Centro-Oeste de Santa Catarina,Tarcisio Zonta, fez um breve balanço dasatividades do fomento mercantil. Em2004, foram realizados encontros com ma-gistrados em Santa Catarina, Pernambu-co e Mato Grosso.

Após consolidaçãoda atividade no País,

novo ciclo deveacelerar crescimentodas empresas do setor

Fráguas, Gonçalves, Daniele, Lemos Leite, Pires da Costa e Alcedo: assembléia dá rumos à nova etapa da entidade

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12 FOMENTO MERCANTIL

Entidades farão reunião com a Anfac para a escolha das mudanças a serem adotadas

Sindicatos devem apresentar propostasOs presidentes dos Sinfacs, que passam a

ocupar a vice-presidência regional da Anfac,

vão propor ações para compor o plano estra-

tégico da associação. Os novos representan-

tes comentam as mudanças:

Sérgio Dagostim (Sinfac-SC) –

“Com a inclusão dos presidentes do Sinfac

na Anfac, o País estará representado na asso-

ciação. Estaremos mais próximos da Anfac e

vamos levar os desejos dos associados.”

Rubens Filinto da Silva (Sinfac-MS) – “A opinião da diretoria do Sinfac/MS

é de que a iniciativa do dr. Luiz Lemos Leite

em alterar o estatuto da Anfac é positiva. Com

uma entidade forte, todo o setor ganha.”

Luiz Magno Pires (Sinfac–PA) – “A

nossa idéia é trabalhar para unir cada vez mais

o setor, porque somente com a união pode-

mos fazer com que a atividade seja respeita-

da e regulamentada.”

Lindomar Moreira (Sinfac-GO/TO)– “Sempre defendi o fortalecimento da

Anfac. Espero que os novos vice-presiden-

tes regionais se mantenham coesos em be-

nefício das empresas do setor.”

Odair Aparecido Busíquia (Sinfac-MT) – “Estamos trabalhando com a Anfac

na criação de parâmetros para que mais em-

presas se associem à entidade.”

João Carlos Ribeiro Vargas(Sinfac-ES) – “Vamos apresentar as pro-

postas em 2005. Mas o princípio é estarmos

unidos e buscar a parceria com a Anfac.”

Luis Alberto Villar de Carvalho(Sinfac-AL) – “Esse é um passo muito im-

portante. A regionalização revigora a asso-

ciação e vai atrair mais factorings para a nos-

sa base de associados.”

Francisco Gomes Coelho (Sinfac-CE/PI/MA) – “Sempre defendemos essa

tese, para fortalecer ainda mais a Anfac.”

Luiz Napoleão Silva Brito (Sinfac-DF) – “ Vamos disseminar a cultura do facto-

ring como preconiza a Anfac.”

Paulo Villas Boas (Sinfac-BA) –

“Difundiremos o factoring na região, den-

tro dos preceitos da Anfac. Agora com uma

ligação mais forte.”

Flávio Augusto Vieira Lacerda(Sinfac-RJ) – “Vamos dar continuidade ao

trabalho que já estávamos fazendo. O fato

de termos mais esse encargo aumenta nossa

responsabilidade, mas as metas continuam

sendo as mesmas com algumas atribuições

a mais, consolidando a base do sindicato no

Rio aumentando o número de associados, e

levando para lá encargos que hoje são atri-

buídos a Anfac, para desonerar a estrutura

da associação que está sobrecarregada”

Álvaro Francisco Acosta López(Sinfac-RS) – “A busca é por uma lingua-

gem única, a unidade, trazendo os associa-

dos do sindicato para dentro da Anfac.”

Régis Barros de Carvalho(Sindisfac – MG) – “Na reunião de 27 de

janeiro vamos trazer propostas, idéias.”

Empresários e dirigentes do fomento mercantil: reestruturação dará nova dinâmica às atividades do setor

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FOMENTO MERCANTIL 14

A

Quando vale a pena mudar de plano

alíquota do Imposto de Renda (IR)

incidente sobre o saque dos recur-

sos será a principal mudança que

começa a vigorar em janeiro de 2005 no

novo regime tributário para a previdência

complementar no Brasil.

Os interessados em começar um plano pri-

vado de aposentadoria ou que já possuem

investimentos nessa modalidade têm de

estar atentos a essa mudança. Atualmente,

a forma de tributação é semelhante à dos

salários. Ou seja, ao resgatar o dinheiro

paga-se IR de acordo com a tradicional ta-

bela progressiva, com três faixas, que vari-

am de 0%, para rendimentos até R$ 1,06

mil, 15% para os rendimentos de R$ 1,06

mil a R$ 2,12 mil, e 27,5%, para a parcela

dos ganhos superiores a R$ 2,12 mil.

Além disso, hoje, as faixas, devem ser

acrescidas de R$ 100,00 a título de bônus

concedido pelo governo. No próximo

ano, teremos também a atualização da ta-

bela do imposto de renda, o que reduzirá

o imposto anual pago sobre os resgates.

Mas, os saques nos planos antigos passa-

rão a ter recolhimento de 15% na fonte,

ajustando-se na declaração de final de

ano. Ou seja, no fim do ano, conforme os

saques e a renda, o participante arcará com

mais imposto ou será restituído do que

pagou a mais. A distinção conforme o pla-

no permanecerá. No caso dos PGBL, o im-

posto incide sobre o total do capital e, no

VGBL, sobre o rendimento.

A tributação antiga continua a valer

para o aplicador que quiser permanecer

nela e ingressou em um plano de previ-

dência complementar até 31 de dezembro

de 2004. Mas, passará a existir a nova al-

ternativa para aquele que quiser migrar

ou ingressar nos fundos que estarão sob

as novas regras. A alíquota será decres-

cente, conforme o tempo de permanência

dos recursos na aplicação.

O valor começa punitivo, em 35%, para

os recursos que permanecerem investidos

por até dois anos. A seguir, a alíquota do

imposto cai cinco pontos porcentuais a cada

dois anos que o investidor mantiver o di-

nheiro aplicado, até atingir a taxa mínima

de 10%, para quem permanecer por um pra-

zo superior a dez anos.

As novas regras serão aplicadas em to-

dos os produtos, como o Plano Gerador de

Benefício Livre (PGBL), o Vida Gerador de

Benefícios Livre (VGBL) e o Fundo de Apo-

sentadoria Programada Individual (Fapi).

O governo pretende com essa mudança

incentivar o alongamento da poupança e dar

maior disciplina ao segmento de produtos

previdenciários. Hoje em dia, boa parte das

aplicações é feita no curto prazo, apenas para

fugir ou postergar o pagamento do IR. Ago-

ra, os investidores deverão separar os recur-

sos, conforme a necessidade de utilização

do dinheiro e os objetivos de sua poupança.

Migração – Para migrar para essa

metodologia de tributação o aplicador terá

de lembrar que o tempo acumulado no pla-

no antigo não contará para o novo, afirma o

economista e consultor Jayme Alves. Para

ter direito à tabela regressiva de IR, o parti-

cipante terá que cumprir os prazos de per-

manência exigidos pelo novo plano.

Ele faz algumas ressalvas. “A atrativida-

de da migração para os planos novos vai

variar conforme o valor a ser recebido men-

salmente na aposentadoria e conforme o pra-

zo que resta para o participante se aposentar.

Menos de quatro anos, a opção não é vanta-

josa, não importando a renda que receberá.

Isso porque, quando fizer os resgates men-

sais, cairá na alíquota de 30% ou mais.”

No caso de restarem mais de quatro anos

para a aposentadoria, o consultor diz que

dependerá muito da renda mensal a ser rece-

bida. “Para quem prevê retiradas de até R$

1,06 mil, por exemplo, a migração não inte-

ressa. Se permanecer no plano antigo, terá

isenção sobre os saques e receberá a restitui-

ção do valor pago na fonte. Mas, se a apo-

sentadoria for complemento de outras

rendas, como aluguéis, pode valer a pena,

conforme o prazo de permanência.”

As pessoas que estão nas demais faixas

de renda exigem um cálculo individual, para

se medir o porcentual de imposto a ser pago

no plano antigo e de quanto será a dedução

no plano novo, conforme o tempo restante

previsto até a aposentadoria. “Não será fá-

cil, mas o certo é que crescerá a necessidade

de planejamento e de o depositante enten-

der o mecanismo da previdência para não

tomar decisões precipitadas que reduzam sua

renda futura”, avalia o economista.

Novas normas dos planos de previdência privada, que entram em vigor em 2005,devem ser bem analisadas, porque mudanças podem não ser vantajosas para todos

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FOMENTO MERCANTIL 15

Pedidos de falência têm

alta de 8% em dezembroCom o aumento da taxa básica de juros e as despesas de fime início de ano, os problemas de liquidez podem agravar-seRodrigues: volatilidade

s pedidos de falência subiram deuma média de 24 para 26 por dianas primeiras semanas de dezem-

bro. A alta, de 8,3%, sinaliza problemasno primeiro semestre de 2005, especial-mente por causa da inadimplência sa-zonal de janeiro a março, a partir de pro-blemas com os consumidores, que nãofazem provisão para as dívidas contraí-das no final do ano e as despesas do anoseguinte, como IPTU, IPVA, matrículasescolares e salários de férias gastos an-tecipadamente.

O aumento dos juros básicos pelo Ban-co Central para 17,75% deve contribuirpara as dificuldades, já que a tentativa deconter a inflação via aperto monetáriodeve surtir pouco efeito, uma vez que ospreços que estão puxando os índices sãoaqueles controlados ou administrados enão os livremente formados pelo merca-do, afirma o empresário Saulo KrichanãRodrigues, que calcula o Índice Setorialde Liquidez (ISL) da Virtual Vendor Fo-mento Mercantil.

“Assim, para o empresário e investi-

dor, ficam clarasduas sinalizaçõesantagônicas: o setorprodutivo querendoatender ao cresci-mento do consumo- com vários seg-mentos da exporta-ção e aqueles volta-dos ao mercado in-terno suspendendoférias coletivas emantendo turnosextras de produção -e o setor monetário sinalizando alta dejuros até no mercado futuro.”

Para Rodrigues, com a expansão da pro-dução há margem para viver um semestreinteiro sem precisar de “produção nova”.Assim, “as dificuldades de liquidez seaprofundam e a recuperação dos créditosse torna problemática.”

O ISL, dessa forma, se expande, aindaque lentamente, antecipando dificuldadesem áreas sempre voltadas para o consumode massa como o comércio de calçados –

em que um lojista tradicional do segmentocaptou mais do que podia em empresas defomento mercantil e puxou o índice do se-tor, ou em que os fornecedores da constru-ção civil continuaram a liderar pedidos defalência contra construtoras e empresas deengenharia. Adicionalmente, no segmentotêxtil e de confecções, houve aumento dospedidos de falência em novembro.

“Em síntese, o primeiro semestre podeser muito diferente do que o governoacredita”, afirma.

O

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Correção proposta para a tabela do IR vai representar ganho de apenas 87 centavospara quem está na faixa de 15%. Fiscalização vai aumentar sobre empresas

FOMENTO MERCANTIL 1716 FOMENTO MERCANTIL

Quantoo Leãodo IRlevou em9 anos

epois de elevar impostos e con-

tribuições das empresas, o go-

verno trata agora de alterar o

IR das pessoas físicas. Mas a anuncia-

da correção da tabela (10%) está longe

de repor as perdas impostas nos últi-

mos anos, que devem ser ampliadas em

2005, já considerado o ajuste de 2004.

Estudo feito pelo especialistas em im-

posto de renda Edino Ribeiro Garcia,

do IOB, mostra o quanto os contribuin-

tes vêm perdendo ano a ano.

“A correção proposta pelo governo

para o ano que vem vai aliviar muito

pouco a situação”, afirma Garcia, que

levou em conta dois níveis de renda: 1)

quem ganhava R$ 980 líquidos e 2) R$

2.000 líquidos. Nos dois casos, a partir

de 1996 e com correção anual pelo

IPCA. O primeiro contribuinte, que de-

veria ficar isento todos esses anos, se a

tabela tivesse sido corrigida, acabou

pagando R$ 4.809,96. A diferença no

segundo caso foi bem maior, de R$

12.565,49.

“Se a tabela tivesse sido reajustada

D

Garcia: defasagem de 49%

veria ter contribuído. Houve uma perda

do poder aquisitivo em razão da não atua-

lização da tabela progressiva”, afirma.

“No caso do rendimento mais alto, o

contribuinte teve ao longo do tempo uma

perda de 61,64% do seu rendimento, mes-

mo considerando os reajustes de 2002,

de 17,5%, e de 2005 em 10%.”

Com o ajuste anunciado pelo gover-

no para 2005, a tabela ainda vai continu-

ar bastante defasada. Para eliminar as per-

das seria preciso corrigi-la em mais

48,11%.

A última correção do IR pessoa física

ocorreu em 2002, de 17,5%. Após esse

ajuste, também inferior ao necessário, a

tabela voltou a acumular perdas, supe-

rando 60%, atraso que deve ser pouco re-

duzido agora em 2005.

A correção terá um impacto praticamen-

te nulo, afirma o presidente do Instituto Bra-

sileiro de Planejamento Tributário (IBPT),

Gilberto Luis do Amaral. “Não vai corrigir

as deduções e deve excluir o bônus de R$

100. Para quem está na faixa de 15%, o im-

pacto será de 87 centavos. Na faixa de

27,5%, será de R$ 14,81.”

Como não há mudanças importantes

previstas para 2005, a preocupação de

Amaral era com o que o governo ainda

poderia fazer nos dias restantes do ano (a

entrevista foi concedida 22 de dezembro).

“Mas não acredito que esteja reservada

nenhuma surpresa”, disse.

Para o tributarista, mesmo sem novas

alíquotas de impostos e contribuições,

como ocorreu de 2003 para 2004 com o

PIS e a Cofins, a Receita Federal deve

continuar batendo recordes de arrecada-

ção, agora por dois caminhos: o do cres-

cimento econômico e o da melhoria da

fiscalização.

Para as empresas, o sistema de tribu-

tação deve continuar complexo e caro.

“O governo vem transferindo para o setor

privado os seus encargos, como a reten-

ção de impostos na fonte e a adoção de

documentos como a Declaração de Débi-

tos e Créditos Tributários Federais

(DCTF) e o Demonstrativo de Apuração

de Contribuições Sociais (Dacon).”

A obrigatoriedade de apresentar a

DCTF todo mês para cerca de 10 mil gran-

des empresas é, para ele, a demonstração

do cerco e da maior eficiência que a Re-

ceita deve empreender na fiscalização.

“O objetivo é que o fiscal possa traba-

anualmente, o contribuinte que ganhava

o menor salário não pagaria Imposto de

Renda em todos os anos. Dessa forma, com

a não atualização da tabela ao longo dos

anos, houve uma disparidade entre o que

foi arrecadado e o que o contribuinte de-

A consultora Drausilene Diniz, do IOB, dizque a principal preocupação das empresasbrasileiras no final do ano são as mudançasna legislação tributária que costumeiramentesão publicadas nessa época. Como essasalterações são deixadas sempre para a últimahora, ela enumerou operações para as quaisas empresas devem ficar atentas. Ele fazacompanhamento direto de ICMS e ISS dasempresas do Estado e da cidade de São Paulo,além do IPI. A partir disso, enumerousituações que podem ter impacto maisimediato no pagamento dos impostos.A alíquota do ICMS nas operações internasno Estado de São Paulo é 17%, entretanto,desde 1990 o percentual tem sido majoradoem 1%. Com esta medida os contribuintespaulistas têm que desembolsar um valormaior em toda a apuração do imposto apagar, onerando inclusive o custo dos seusprodutos ou serviços.

Produtos da cesta básica, tais como: ave, coelho,farinha de trigo, leite longa vida, café torrado,óleos vegetais comestíveis, farinha de milho,queijo mussarela e arroz estão beneficiados comuma redução de base de cálculo, acarretandopara o contribuinte uma carga tributária de 7%.Este benefício tem vigência até 31/12/2004 e,se não for prorrogado, os produtos ficarão maiscaro de 5% a 11%.Outros exemplos de produtos com isenção (dispensalegal do pagamento do imposto) com prazodeterminado até 31 de dezembro de 2004 são osveículos destinados a portadores de deficiênciafísica, bem como alguns medicamentos. Caso aisenção não seja prorrogada, o contribuinte passaráa ter seus produtos onerados com uma cargatributária de 12% a 18%.Drausilene lembra ainda que osestabelecimentos que comprarem ou os que jáutilizam e tenham interligados o cartão decrédito e débito vinculado ao emissor de cupom

fiscal (ECF) poderão abater do imposto a pagaro valor de R$ 2 mil em 2005.Mas uma das mudanças mais importantesdeve ser mesmo de procedimentos. Aprincipal delas é a alteração naperiodicidade da entrega da Declaração deDébitos e Créditos Tributários Federais(DCTF), que passa a ser mensal para 9.800grandes empresas que respondem por cercade 80% da arrecadação e semestral para asdemais. Até este ano, a declaração étrimestral para todas as empresas.Para o sindicato das empresas de serviçoscontábeis, o Sescon, 2005 deve dar a partidana desburocratização, com a simplificaçãodas chamadas operações acessórias. “Mas,ao mesmo tempo, deve dar à Receita Federalmaior poder de fiscalização, ampliando acapacidade de arrecadação”, afirma JoséConstantino Bastos Júnior, assessor dapresidência do sindicato.

O que pode mudar no Estado e no município

lhar de casa, via computador. Mesmo com

um número pequeno de fiscais, medidas

como essas aumentam a capacidade de

fiscalizar.”

Até 2004, todas as empresas eram obri-

gadas a apresentar a DCTF a cada trimes-

tre. Agora as maiores vão declarar mensal

e as demais, a cada semestre.

O objetivo da Receita é ampliar o con-

trole sobre o faturamento dessas empre-

sas, conforme a Instrução Normativa nº

482, de 21 de dezembro de 2004. A DCTF

mensal deverá ser entregue pelas pessoas

jurídicas, inclusive as equiparadas, imu-

nes e isentas, cuja receita bruta anual seja

superior a R$ 30 milhões ou débitos de-

clarados superior a R$ 3 milhões.

Para a transmitir a DCTF, será obriga-

tória a assinatura digital da declaração

mediante utilização de certificado digi-

tal. Para as empresas que fizerem a decla-

ração semestral, em 2005 a utilização de

certificado digital ainda será opcional.

Esses mecanismos de autofiscalização,

segundo Amaral, devem dar à Receita con-

dições para ampliar a arrecadação.

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18 FOMENTO MERCANTIL

A obra AEra do Eu S.A. –em Busca daImagemProfissional deSucesso, de Marlene Theodoro, discute aimportância de saber como encontrar oscaminhos para prosperar e manter-se em ummercado de trabalho em constante transfor-mação, que exige cada vez mais novosconhecimentos e novas habilidades.

O livro mostra a necessidade de adminis-trar a carreira e a vida construindo a própriaimagem e marca. Ajuda a esclarecer asconseqüências das transformações econômi-cas e sociais na vida do profissional, o dilemavivido por ele e os meios de que dispõe parareencontrar o equilíbrio e a serenidade, demodo a fortalecer a si mesmo e à sua marca,atingindo o destaque no mercado.

Mestra em Comunicação e Mercado, pós-graduada em Comunicação Social e Lingüís-tica a autora atua como professora emdiversas faculdades de São Paulo.

Obra: A Era do Eu S.A. – em Busca daImagem Profissional de SucessoPreço: R$ 29,00Editora: SaraivaInformações: (11) 3933-3366

O chamado cheque pré-datado, que

na verdade é pós-datado, uma vez com-

provada a sua condição de ter sido emi-

tido para pagamento futuro mediante

acordo entre as partes, perde a sua ca-

racterística de “ordem de pagamento à

vista” e assume a de um título de paga-

mento de dívida.

A Lei nº 7.357/85 dispõe que o che-

que é pagável à vista e mesmo antes do

dia indicado como data de emissão é pa-

gável no dia da apresentação. No entanto,

no País, ficou generalizado o uso do che-

que pré-datado, que funciona como ga-

rantia de pagamento de dívidas.

De acordo com a orientação da

Anfac, desde que estruturado e vincu-

lado a um documento formal represen-

tativo de uma legítima transação mer-

cantil entre pessoas jurídicas – fazen-

do constar no verso o número e a data

da emissão da respectiva nota fiscal –,

o cheque pode ser considerado um tí-

tulo de crédito e, portanto, objeto de

operação de fomento mercantil.

Para a associação, é importante es-

clarecer que uma vez que a empresa de

O livroContabilidadeGerencial eSocietária, deÁlvaro Ricardino,mostra uma nova teoria acerca do estudo dacontabilidade que, para o autor, tem origemna Idade Média e não no início da Revolu-ção Industrial, como é pregado por estudio-sos do tema.

Ricardino, que é administrador, contabi-lista e professor-doutor em Controladoria eContabilidade pela Universidade de SãoPaulo (USP), traça uma linha do tempo paramostrar três teorias que explicam a evoluçãoe o desenvolvimento da contabilidadegerencial, destacando também as origensdos profissionais que vêm fazendo uso dela(stewards, contadores e controllers). Alémdisso, o livro aborda a ‘redescoberta’ dacontabilidade societária, explorando ascausas que levaram a contabilidade aabandonar a sua característica gerencialdurante um período de cerca de 50 anos.

Obra: ContabilidadeGerencial e SocietáriaPreço: R$ 59,00Editora: SaraivaInformações: (11) 3933-3366

fomento mercantil opere com cheque, den-

tro das normas da Anfac, o cheque deverá

integrar o ativo da empresa de factoring,

contabilizado em “títulos a receber”. Em

nenhuma hipótese é admitida a negocia-

ção do cheque emitido por pessoa física.

Novo ajusteO fator Anfac é uma referência para aobtenção do preço de compra de créditosoriginados no faturamento de vendasmercantis de bens, produtos e serviços. Emdezembro, apresentou novo ajuste, comoreflexo da conjuntura econômica. Ofomento mercantil é um mecanismo deestímulo às atividades produtivas usado emmais de cinqüenta países. Tem por objetivopropiciar condições de produção,principalmente à pequena e média empresa,e gerar riquezas, agregando valoressocioeconômicos. O contrato de fomentomercantil é celebrado entre duas pessoasjurídicas e o custo da operação é formadopor uma comissão de prestação de serviçose pelo fator de compra que representa odiferencial entre o valor de face e odisponibilizado pela aquisição dos direitoscreditórios negociados.

Período

Fonte: ANFAC

1993

28,07

25,64

24,73

27,00

26,64

27,09

27,42

28,22

28,83

28,55

29,47

31,26

JAN

FEV

MAR

ABR

MAI

JUN

JUL

AGO

SET

OUT

NOV

DEZ

1994

30,67

32,96

34,56

36,80

35,30

35,40

9,85

10,40

8,58

8,46

8,71

8,36

1995

8,36

8,32

8,90

9,29

9,07

9,00

9,02

8,49

8,11

7,85

7,72

7,28

1996

6,64

6,73

6,61

6,51

6,23

5,89

5,60

5,44

5,25

5,02

4,78

4,70

1997

4,55

4,43

4,28

4,25

4,24

4,20

4,20

4,15

4,13

4,10

4,96

4,80

1998

4,79

4,75

4,64

4,55

4,50

4,42

4,33

4,20

4,50

4,55

4,50

4,49

1999

4,52

4,85

5,10

4,92

4,82

4,79

4,75

4,70

4,56

4,40

4,39

4,35

2000

4,20

4,16

4,12

4,01

3,99

3,97

3,92

3,88

3,88

3,86

3,88

3,83

2001

3,80

3,77

3,83

3,89

3,89

3,93

4,10

4,04

4,03

3,97

3,95

3,90

2002

3,89

3,88

3,82

3,83

3,81

4,10

4,04

4,04

4,01

4,25

4,37

4,38

2003

4,42

4,40

4,40

4,40

4,43

4,39

4,36

4,34

4,33

4,28

4,25

4,24

2004

4,24

4,40

4,40

4,39

4,41

4,40

4,42

4,43

4,45

4,46

4,49

*4,51

O fator de compra é um dos ítens que compõe o custo de uma operação de factoring

Cheque pré-datadopode ser “título a receber”

*Até 27 de dezembro

Page 13: 10 6 8 · na tributação em 2005 ... Roberto do Nascimento e Antonio Gaspar Filho Projeto Gráfico e Diagramação: Marcos Magno ... do comércio e dos serviços, os

Agente de Fomento Mercantil, em abril, que contouinclusive com a participação do senador GersonCamata, na abertura do evento”, comentou Vargas.Além da participação e realização de eventos, osindicato lançou o Sentinela, central de cadastronegativo e positivo para os seus afiliados. Paraparticipar do evento, as inscrições deverão ser feitasvia e-mail. Mais informações podem ser obtidas notelefone (0xx27) 3225-2834, todos os dias a partirdas 13 horas.

FOMENTO MERCANTIL 19

O prefeito eleito de Porto Alegre,José Fogaça, acredita que seu novocargo será uma trincheira eficiente naluta pela aprovação final do Projeto deLei nº 230, que ele, então senador,apresentou em 1995. O texto consoli-da o balizamento legal do fomentomercantil. Fogaça diz que a lei dofomento mercantil é de interesse doPaís, por isso vai manter os contatosno Congresso para que seja aprovada.“Às vezes, parece um trabalho deSisifo, mas vale a pena, porque omaior inimigo é a ignorância, odesconhecimento do que é factoring.Como se trata de uma atividadefundamental, vamos continuar traba-lhando por sua consolidação”, afirma.

Para Fogaça, o segmento devemanter a “unidade e a uniformidade”,condições importantes para que ofomento mercantil avance na sua tarefaeconômica e social, no atendimento aoseu mercado, em que predominam aspequenas e médias empresas.

O ex-senador foi homenageadopela Anfac, em São Paulo, por seutrabalho pelo setor e pela vitória naeleição da capital gaúcha. Tomaram

Fogaça mantém luta pela consolidação do fomento

parte no evento o ex-presidente do BancoCentral Elmo Araújo Camões, o ex-diretorda área Externa do Banco Central, ArnimLore, o diretor de Normas e Organizaçãodo Sistema Financeiro do BC, SérgioDarcy, além dos principais dirigentes eempresários do fomento mercantil.

Camões teve importante papel natrajetória e consolidação do factoring noPaís, ao liberar o funcionamento dessasempresas, por meio da Circular 1.359, de30 de setembro de 1988, revogando aCircular 703, em 16 de junho de 1982.“O tempo se encarregou de provar aimportância da decisão, porque ofomento mercantil é um poderosoinstrumento de desenvolvimento do Paíse agora parte até para comércio interna-

cional, auxiliando nas exportaçõesbrasileiras”, diz Camões. Duas empresasde fomento, a Exicon de Porto Alegre, ea SM Internacional, de Fortaleza, jáatuam no comércio exterior.

Já Darcy, que apóia a Lei do Facto-ring, informa que pretende proporpequenas modificações na proposta, quenão alteram o texto em sua essência. “Naquestão das penalidades, deve ser maisflexível, com a possibilidade de substituirmulta por advertência.” Para ele, a leiconsolidada “vai dar mais visibilidade etransparência, o que é bom para prestigiaras empresas do setor”.

O presidente da Anfac, Luiz LemosLeite, diz que a disposição do agoraprefeito José Fogaça de manter os traba-lho pela aprovação de seu projeto é maisuma frente no fortalecimento e expansãodo setor. O PL 230 já foi votado emprimeiro turno pela Comissão de Consti-tuição e Justiça do Senado. ComoFogaça, Lemos Leite vê na unidade e nauniformidade o melhor caminho para queo fomento mercantil possa atingir seusobjetivos, o reconhecimento como osegmento capaz de atuar na sustentaçãode empresas em todos os pontos do País.

Agora prefeito,ex-senador diz quemanterá luta para

a aprovaçãodo PL 230

Fogaça fala durante jantar em sua homenagem: “O maior inimigo é a ignorância, o desconhecimento do que é factoring”

Page 14: 10 6 8 · na tributação em 2005 ... Roberto do Nascimento e Antonio Gaspar Filho Projeto Gráfico e Diagramação: Marcos Magno ... do comércio e dos serviços, os

20 FOMENTO MERCANTIL FOMENTO MERCANTIL 21

MS prevê aumentode novos serviços

O presidente do Sindicato dasSociedades de Fomento Mercantil –Factoring do Mato Grosso do Sul,Rubens Filinto, prevê que 2005 será umbom ano para a atividade. “Tanto emrelação ao volume de negócios, poistenho percebido que as empresas estãose mexendo cada vez mais na busca denovos produtos, serviços e relaciona-mento com seus clientes, como emrelação à rentabilidade das empresas.”

Com o aumento da taxa básica dejuros, a Selic, Filinto prevê que asempresas que buscam recursos embanco para atender a parte dos seusclientes devem ter uma rentabilidademenor. Os custos das operações vãoaumentar, mas “dificilmente serãorepassados ao mercado”.

Em viagens por várias cidadesbrasileiras, Filinto constatou que asempresas de fomento estão cada vezmais atentas aos fundamentos do setor,como riscos de crédito e balizamentolegal das operações. “Como o factoringopera, na sua maioria com empresas emdificuldades, o risco de ‘default’ docedente é alto, sendo assim não háespaço para amadorismo em nossosetor, dada a complexidade nossonegócio.”

Ele destaca, por isso, aprofissionalização. “Percebo que asempresas começaram a atentar para a

Filinto: profissionalização é essencial

necessidade de ter profissionais emseus quadros e não pessoas semtreinamento ou com pouca experiên-cia.” E cita como referência o curso deagente de fomento ministrado pelopresidente da Anfac, Luiz Lemos Leite.O sindicato mantém um Manual deCrédito com informações e orientaçõespara que as afiliadas tenham umacarteira de recebíveis saudável elíquida.

Filinto observa, ainda, que com achegada do acordo da Basiléia 2, apartir de 2006, “a rigidez das políticasde crédito tende a aumentar no mundotodo, o que colocará as empresas defactoring em uma situação favorável,pois a flexibilidade emprestada nasoperações de fomento é um grandediferencial competitivo”.

Com a presença de profissionais de vários Estados ecoordenação da Anfac, o Encontro Nacional deAdvogados do Fomento Mercantil realizado em SãoPaulo em novembro, debateu temas como o direitocambiário, apresentado por José Luis da Silva, doescritório Savóia Advogados, e duplicata eletrônica,aos cuidados do advogado do Sinfac do Rio Grandedo Sul, Alexandre Fuchs das Neves. Participaram opresidente da Anfac, Luiz Lemos Leite, e o consultorjurídico, Alcedo Ferreira Mendes.

Empresários do fomento mercantile a diretoria do Sinfac-MT participa-ram da 1a Reunião do Sindicato dasSociedades de Fomento Mercantil –Factoring do Mato Grosso (Sinfac-MT), no dia 9 de dezembro. O presi-dente do sindicato, Odair Aparecido

Busíquia, discutiu com os convidados aregulamentação da atividade e aimportância da união dos empresáriosdo segmento. Foram definidas açõespara 2005, como reuniões mensais,atividades na área de marketing eaumento do número de associados.

O sindicato do Mato Grosso do Suldesenvolve há mais de um ano campa-nha publicitária nos jornais do Estado,mostrando o que faz o fomento mer-cantil. “Temos procurado alinhar aimagem do sindicato a ações de cunhosocial. Criamos uma diretoria deresponsabilidade social, que tem àfrente Erlon Franco, que apóia diversasentidades e realiza campanhas como ade uso de papel reciclado em nossosimpressos.”

O Sinfac-MS participou do McDiaFeliz da AACC, da campanha paraarrecadação de cestas básicas realizadapelo Sinfac/CE-PI-MA, realizou aCampanha do Agasalho no Estado,além de dois encontros de factoringonde o ingresso era um quilo de alimen-to não-perecível. “Estamos engajadosagora na campanha Natal Sem Fome,que visa arrecadar cestas básicas.”

Como os demais representantes dofomento mercantil, Filinto considera atributação um grande obstáculo para aatividade. “A obrigatoriedade doregime de lucro real onera por demaisas empresas, assim como faz com que ocusto da operação suba.”

Favorável à aprovação do projeto delei 230/95, que consolida as normas dofomento mercantil, o presidente doSinfac-MS observa que a Anfac vemrealizando um trabalho institucionalbastante interessante, para que aredação da lei seja coerente, justa ebusque a atender a essência do facto-ring, protegendo os ativos das empresase coibindo operações estranhas ao setor.

Sinfac SC/CS vêano de conquistas

O ano que se encerra foi de muitasconquistas e bastante trabalho, avalia opresidente do Sindicato das Sociedades deFomento Mercantil de Santa Catarina regiãoCentro-Sul, Sérgio Dagostim. “Realizamos eparticipamos de muitos eventos importantespara o setor, como os congressos de fomentomercantil, patrocinado pela Anfac, e o daAcademia dos Magistrados do Tribunal deJustiça de Santa Catarina, em novembro, emFlorianópolis. Este foi um dos grandesmarcos do ano para o segmento e me sintolisonjeado em função de ter ocorrido nacidade que pertence à jurisdição do Sinfacque presido.”

Para Dagostim, o setor está “colhendo osfrutos” do trabalho institucional que vemdesenvolvendo. “Os exemplos são diversasdecisões favoráveis ao nosso setor, asautoridades estão convencidas do grandeserviço que o segmento presta ao País, afinalsão milhares de empresas que necessitam dofactoring para sua sobrevivência e para amanutenção de milhares de empregos.”

Para 2005, o presidente do Sinfac dizestar otimista. “A cada dia as empresas defomento mercantil conquistam maiscredibilidade.” Ele afirmou que o setor está“acordando para o assessoramento deempresas por meio de gestão compartilha-da, o que abre novos mercados”. Alémdisso, Dagostim comentou que asfactorings têm trabalhado em conjuntopara o fortalecimento das atividades e daimagem do setor.

O presidente do Sinfac trabalha paraque os empresários busquem ampliar seumercado de atuação, com a oferta deserviços essenciais ao desempenho dasempresas-clientes, além da tradicionalcompra de títulos mercantis. “A factoringdeve ter sensibilidade para detectar essasnovas possibilidades dentro da suacarteira de clientes. Ver a razão de ummesmo empresário todo mês precisarvender seus títulos para conseguir capitalde giro, por exemplo.”

Um dos principais obstáculos à ativida-de continua sendo a tributação, dizDagostim. É o custo mais pesado dasoperações de fomento mercantil. “Tenho

esperança de que a Anfac sensibilize ogoverno federal a nos dar um tratamentoigual perante qualquer empresa comercial eque nós empresários de factoring tenhamosopção de escolha da tributação que melhoratenda às nossas necessidades.”

O representante sindical defende aaprovação da lei que consolida num sótexto todo o balizamento legal do fomentomercantil, hoje disperso em vários disposi-tivos legais. Para ele, o projeto de lei 230,em tramitação no Senado, dá uma claraidentidade ao fomento mercantil, embenefício das empresas vinculadas aosistema Anfac/Sinfac que atuam dentro dasnormas, fomentando o setor produtivo edando condições para que as pequenas emédias empresas prosperem.As empresas que se filiam ao Sinfac SC/CSautomaticamente se filiam também à Anfac.“Isso significa dizer que ela será detentorade um indicador de idoneidade, tendo emvista que para se associar a empresa defomento terá de preencher uma série derequisitos.”

Mato Grosso realiza reuniões para unir o setor

Sinfac Alagoaspassa a atender Sergipe

A partir de 2005, as empresas deSergipe farão parte do Sindicato dasSociedades de Fomento MercantilFactoring do Estado de Alagoas, quepassa a se chamar Sinfac AL/SE informao presidente Luiz Alberto Villar deCarvalho. “Sergipe entra na basesindical de Alagoas. Estaremos naprimeira semana de janeiro visitando asprincipais empresas do Estado, paramostrar a importância da sindicalizaçãoe da união dos empresários do setor.”Para os interessados em se filiar aoSinfac AL/SE, o telefone para contato é(0xx82) 325-8160.

Desembargador falasobre leis e fomento

O desembargador Nelson Schaeferdeu palestra em dezembro com otema O Fomento Mercantil e o PoderJudiciário. A apresentação ocorreudurante o jantar anual de confraterni-zação promovido pelo Sindicato dasSociedades de Fomento Mercantil deSanta Catarina Região Norte eCentro-Oeste (Sinfac SC-N) paraapresentação de um balanço daentidade em 2004. Durante o encon-tro, o consultor jurídico da Anfac,Alcedo Ferreira Mendes, falou sobre“Aspectos Jurídicos do FomentoMercantil”, para cerca de 80 pessoas,entre empresários e funcionários deempresas do setor.Advogados fazem

encontro em SP

Dagostim: hora de colher os frutos

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Sugestões e cartas à redação - Rua Tabapuã,422 - 5º andar - CEP 04533-001

São Paulo – SP - Fax: (11) 3077-2762

e-mail: [email protected]

Perspectivas deinvestimento em 2005

Jayme Alves

A

22 FOMENTO MERCANTIL

Jayme Alvesé economista e

consultor do

DiárioNet.

Encontro de Florianópolis“Agradeço o envio da revista Fomen-

to Mercantil e aproveito para reiterar o

meu muito obrigada pela oportunidade de

convivência em Florianópolis no belo

evento Encontro de Fomento Mercantil -

Florianópolis – 28 a 30 de outubro”

Ministra Nancy Andrighi

Superior Tribunal de Justiça (STJ)

Brasília- DF

Revista“Muito informativa a reportagem da Fo-

mento Mercantil “Quando o que está em

jogo é o próprio negócio”, sobre os perigos

das operações sem lastro, já que a consulta

sobre a legitimidade dos títulos é o alicerce

da operação de fomento mercantil.”

Almir Lini

Formalização

Santa Rita Fomento

São Paulo - SP

“Parabéns à revista Fomento Mer-

cantil pela excelência jornalística dos

seus artigos que possibilitam ao públi-

co tomar conhecimento de parcerias de

empresas de factoring capazes de gerar

20 mil empregos (Ed. 50, pág. 16). Tor-

nar de conhecimento público iniciativa

dessa natureza alicerça todo o segmen-

to e reacende nossos espíritos para a de-

fesa intransigente do fomento mercantil

no Brasil.”

José Eduardo Vuolo

Advogado

Contenfac

São Paulo- SP

“Recebi a revista Fomento Mer-

cantil (Ed. 50) e parabenizo o presi-

dente da Anfac, Luiz Lemos Leite, por

suas relevantes atividades frente à pre-

sidência da associação. Aproveito a

oportunidade para desejar feliz Natal e

pós disparar 97% em 2003, a bol-

sa de valores brasileira ainda teve

fôlego para situar-se no topo do

ranking de rendimentos dos ativos finan-

ceiros em 2004, ao lado das aplicações re-

ferenciadas ao CDI, com alta acumulada

de 15% até meados de dezembro. Para o

ano de 2005, a tendência da bolsa perma-

nece positiva, vide o bom desempenho da

economia, as projeções e os lucros recor-

des apresentados pelas empresas brasilei-

ras nos balanços de 2004. As últimas aná-

lises também dão conta da continuidade

do processo de alta da bolsa. Estudo da

Thompson (TFB), com analistas de

corretoras e bancos de investimentos, apon-

ta para uma valorização de cerca de 25%

em média, com o Ibovespa alcançando os

31,8 mil pontos.

Com relação às aplicações referencia-

das ao CDI, como fundos e CDB, os au-

mentos da Selic ele-

varam seus rendimen-

tos. O juro mensal de

referência está em

1,37% (17,75% ao

ano) antes do IR. Para

2005, a expectativa

dos agentes é de uma

Selic média de

16,8%, o que ainda trará bom rendimen-

to para as aplicações referenciadas. Já

para os investimentos em renda fixa vale

uma aposta na diversificação. O fim do

processo de aumento dos juros deverá

elevar o retorno dessa categoria. Um CDB

de um ano de prazo, por exemplo, é ofe-

recido a 17,5% e, apesar de abaixo da

Selic, é superior ao juro médio esperado.

Já aqueles que têm obrigações, cus-

tos ou planeja gastos em dólar, o patamar

atual, de R$ 2,7 a R$ 2,8, é interessante e

o espaço para quedas é reduzido, sobre-

tudo com as novas intervenções do Ban-

co Central. Mas, se for para investir, a mo-

eda não deve ter alta consistente e pos-

sui, por isso, pequena atratividade. Ten-

do em vista a Selic estimada em 2005, de

16,8%, para ao menos empatar com um

investimento em CDB-DI, por exemplo,

o dólar deveria alcançar patamar superior

a R$ 3,2 em dezembro, o que não é espera-

do. Na pesquisa Focus do BC, os analistas

prevêem um dólar a R$ 3,00 no fim de

2005, ou uma valorização inferior a 10%

no ano. Portanto, o ganho em renda fixa

será maior. Apenas um quadro externo tur-

bulento, com o dólar entrando em colapso

no mercado internacional de moedas, ou

ajustes mais agressivos nos juros nos EUA,

para conter esse movimento, terá impacto

efetivo sobre o dó-

lar no Brasil. Mas aí

todo o cenário será

reavaliado.

um Ano Novo repleto de realizações”

Serys Slhessarenko

Senadora PT-MT

Palestra“Agradecemos a brilhante palestra pro-

ferida por Luiz Lemos Leite no dia 18 de

novembro com tema Factoring. A palestra

superou todas as expectativas, tendo sido

abordadas importantes questões do setor

de fomento mercantil e com a presença sig-

nificativa de nossos associados.”

Antonio Luiz Sarno

Presidente da 5a seção regional do

Instituto dos Auditores Independentes do

Brasil (Ibracon)

São Paulo - SP