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10 Atualidades PM PR

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ATUALIDADESNOÇÕES GERAIS SOBRE

TEMAS DA VIDA ECONÔMICA,POLÍTICA E CULTURAL DOPARANÁ, DO BRASIL E DO

MUNDO. O DEBATE SOBRE ASPOLÍTICAS PÚBLICAS PARA O

MEIO AMBIENTE, SAÚDE,EDUCAÇÃO, TRABALHO,

SEGURANÇA, ASSISTÊNCIASOCIAL E JUVENTUDE.

ASPECTOS RELEVANTES DASRELAÇÕES ENTRE OSESTADOS E POVOS.

ATENÇÃOAs questões da prova de atualidades são

baseadas em temas regionais, nacionais einternacionais importantes para a compreen-são da realidade atual, uma vez que requerdo concursando um vasto conhecimento doprocesso histórico que a originou.

É importante frisar que, para oconcursando ter um bom rendimento nasquestões de atualidades, não basta que omesmo leia revistas e jornais da atualidade,visto que as bancas estão cobrando ques-tões envolvendo a compreensão do proces-so histórico que originou o momento atual.Sendo assim, é necessário que o candidatodomine os grandes acontecimentos políti-cos, históricos e sociais ocorridos no Brasile no mundo, correlacionando-os entre si eainda reconhecendo suas implicações naconjuntura atual.

Desta forma aconselhamos aosconcursandos que enfrentarão provas deatualidades que procurem uma preparaçãosólida a partir do entendimento da atualida-de, e não a partir somente de uma leitura dasnotícias aqui veiculadas (transcritas daInternet e dos jornais e revistas de maior cir-culação do país).

Boa Sorte!Julgamento do mensalão revela apenaspequena parte do esquema, diz Mendes

Ministro do STF afirmou que provas da ação penal470 dão ‘ideia da ousadia dos acusados’

09 de novembro de 2012 | 15h 58

Fausto Macedo, de O Estado de S. Paulo

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Fede-ral (STF), afirmou nesta sexta-feira, 9, em São Paulo, que oconteúdo da ação penal do mensalão revela apenas umapequena parte do alcance da atuação dos mensaleiros. Se-gundo ele, “a dimensão das provas nos autos da ação penal470 (mensalão) dá uma ideia da ousadia dos acusados”.

“Não esqueçamos, o que está judicializado, submeti-do ao Supremo, é talvez um pequeno porcentual do queocorreu. Temos aí vários processos em tramitação, talvez14, 15, sei lá, processos ou ainda inquéritos, investigações,algumas ações iniciadas, nas várias instâncias. Tudo issoforma esse conjunto. O que dá a dimensão da ousadia”,afirmou Mendes.

O ministro está em São Paulo participando de um ci-clo de debates na Escola da Advocacia-Geral da União so-bre concessão de rodovias. Indagado se o julgamento domensalão está perto do fim e se isto ocorrerá até a aposen-tadoria do presidente da corte, ministro Ayres Britto, eleironizou. “Por um milagre, as coisas podem acontecer”.

STF fará ‘pente fino’ após calcular penasdos réus do mensalão

Segundo ministro Luiz Fux, Corte não quer deixar es-capar ‘nenhuma irregularidade’

09 de novembro de 2012 | 11h 36

Fausto Macedo, de O Estado de S. Paulo

SÃO PAULO - O ministro Luiz Fux, do Supremo Tribu-nal Federal (STF), disse nesta sexta-feira, 9, que a Cortefará uma revisão geral, “um pente fino”, das penas fixadaspara os réus do mensalão. Ao ser indagado se a maioriados acusados vai cumprir prisão em regime fechado, Fuxdeclarou. “Não terminamos ainda a dosimetria (cálculo daspenas), temos um compromisso de ao final fazermos umarevisão geral. Depois da dosimetria feita, nós vamos ter ummomento de revisão geral das penas, as premissasadotadas que podem influir exatamente no computo geralda pena.

Fux lembrou que em todas as sessões, os ministrosjá adiantam que vão rever as penas. O ministro disse quese houver decretação de prisão, como pede o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, ela será cumprida. “Nãotem a menor dúvida, as decisões do Supremo têm que sercumpridas.”

Ao falar novamente sobre a revisão geral das penas,Fux observou que o STF está julgando “vários ilícitos e vári-as pessoas”. “Ao final, todos nós queremos fazer um pentefino na decisão para não deixar que escape nenhuma irre-gularidade, nenhuma falha na aplicação da pena, nenhu-ma brecha para evitar, inclusive, embargos de declaração.Deixar tudo bem claro. Eventualmente, se houver uma mu-dança de critério, pode influir na dosimetria”.

Fux afirmou que a defesa dos mensaleiros está “exer-cendo seu direito em sua plenitude”. O ex-ministro JoséDirceu (Casa Civil), condenado por corrupção ativa e forma-ção de quadrilha - sua pena ainda não foi imposta pelo STF- disse que é “populismo” a medida que o obriga e a todosos outros réus a entregarem seus passaportes. “O julga-mento tem sido técnico, referente a questões penais, nãohá nenhum enfoque político”, rebateu o magistrado. “Sãoanalisados fatos penais previstos no Código Penal.”

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ATUALIDADESFux disse que os acusados poderão recorrer da or-

dem de apreensão dos passaportes.

Ele disse que já foi mais “otimista” com relação ao fimdo julgamento. A aposentadoria pela via compulsória (70anos de idade), do ministro Ayres Britto, presidente do Su-premo, ocorrerá na próxima semana. Para Fux, é provávelque o julgamento não acabe antes da aposentadoria docolega. Ele disse não haver entendimento de o ministroJoaquim Barbosa, relator do mensalão, acumular funçãode presidente da Corte.

Empresas ‘enquadradas’ por Dilmaperderam R$ 61 bilhões na Bolsa este ano

11 de novembro de 2012 | 2h 05

RAQUEL LANDIM, NAIANA OSCAR - O Estado deS.Paulo

As intervenções feitas pelo governo federal em algunssetores da economia, em nome do aumento dacompetitividade, já custaram R$ 61,6 bilhões para as em-presas. A cifra corresponde ao valor de mercado perdidopelos setores elétrico, bancário e de telecomunicações naBolsa.

Para especialistas, as incertezas geradas pelas mu-danças de regras afugentam investimentos e prejudicam oambiente de negócios no País. Para o governo, no entanto,essas medidas podem dar uma nova cara à economia bra-sileira.

Desde o início do ano, as ações das empresas dosetor elétrico caíram, em média, 24%. A queda foi de 21,4%nas telecomunicações e de 9,8% nos bancos, revela estu-do feito por Sérgio Lazzarini, professor do Insper, e pelaassistente de pesquisa Camila Bravo Caldeira. No mesmoperíodo, o índice Ibovespa teve uma queda de apenas 0,8%.

“As relações entre Estado e empresas mudaram nogoverno Dilma”, diz Lazzarini, autor do livro Capitalismo deLaços. “Em vez de movimentações de bastidores por meiodo BNDES e dos fundos de pensão, como ocorria nos go-vernos Lula e FHC, as intervenções são explícitas e ocor-rem por meio de mudanças nas leis ou da utilização dasestatais para forçar a concorrência.”

Para o governo, as medidas eram necessárias. “Ogoverno compreendeu que chegara o momento de fazercom que a eletricidade deixasse de ser um entrave para acompetitividade das empresas brasileiras”, escreveu o mi-nistro interino de Minas e Energia, Márcio Zimmerman (lerartigo na página B3).

Para o presidente do Centro Brasileiro de Infraestrutura,Adriano Pires, “a finalidade é justa, mas a maneira como foiconduzida gera insegurança”. No início do mês, o governodetalhou seu plano para renovar as concessões para asgeradoras, sob a condição de que aceitem patamares depreço inferiores. Se aceitarem as condições, a receita de 81usinas pode despencar até 70%. A maior prejudicada foi aprópria Eletrobrás. “Recebi ligações de investidores exter-nos que queriam saber se o Brasil tinha virado uma Argenti-na”, diz Gabriel Laera, analista do Banco Espírito Santo.

No setor de telecomunicações, a Agência Nacional deTelecomunicação decidiu que as grandes operadoras (TIM,Vivo, Claro e Oi) terão de compartilhar, a um custo duas

vezes e meia menor, redes e infraestrutura com empresasmenores, como Nextel, Sercomtel e CTBC.

“Com o plano, as donas da rede terão de renunciar auma receita que têm hoje. Conclusão: as margens terão deencolher”, diz uma fonte. Mas, para o especialista Guilher-me Ieno, a Anatel está forçando a abertura das redes deacesso e favorecendo a entrada de novos competidores.“As operadoras estavam muito acomodadas.” / COLABO-RARAM NAYARA FRAGA E LÍLIAN CUNHA

Uma pessoa é vítima de tentativa defraude a cada 15 segundos no Brasil

Indicador da Serasa Experian registrou 1,56 milhãode tentativas de golpes - como clonagem de cartão de cré-dito - em 2012, número 5,9% maior que no ano passado

09 de novembro de 2012 | 11h 10

Mariana Congo, do Economia & Negócios

SÃO PAULO - As tentativas de fraude de roubo de iden-tidade são comuns e crescem desde 2010, segundo o Indi-cador Serasa Experian de Tentativas de Fraudes.

O estudo mostra que um consumidor brasileiro é víti-ma da tentativa de fraude a cada 15 segundos. São pesso-as que correm o risco de ter seus cartões de créditoclonados, talões de cheque falsos emitidos e empréstimosbancários feitos por golpistas em seu nome, entre outroscrimes.

Os golpes são classificados como o roubo de dadospessoais de consumidores para obter crédito com a inten-ção de não honrar os pagamentos ou fazer um negócio sobfalsidade ideológica.

Segundo a Serasa Experian, entre janeiro e setembrodeste ano 1.565.028 tentativas de fraudes foram registradas.

O número representa um crescimento de 5,9% nastentativas de fraude na comparação com o mesmo períodode 2011 e de 13,7% na comparação com 2010.

Setores

O setor de serviços responde por 36% do total de ten-tativas de fraudes neste ano. O segmento inclui segurado-ras, construtoras, imobiliárias e serviços em geral - comopacotes turísticos, salões de beleza.

Já a telefonia está em segundo lugar, com 33% dosregistros entre janeiro e setembro deste ano. Um exemplode golpe neste segmento é a compra de celulares comdocumentos falsos ou roubados.

O ranking é completado pelos bancos e financeiras(18%), varejo (11%) e outros (2%).

“É comum, no dia a dia, apresentarmos nossos docu-mentos a quem não conhecemos. Podemos mostrar, porexemplo, a carteira de identidade ou o CPF a funcionáriosde lojas e porteiros de condomínios. E há ainda os cadas-tros pela internet. Tudo isso torna difícil ter controle sobrequem tem acesso aos nossos dados, mas há formas de oconsumidor se prevenir. Uma delas é nunca deixar o docu-mento com um desconhecido quando você não estiver porperto”, afirma Ricardo Loureiro, presidente da SerasaExperian.

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ATUALIDADESSegundo a empresa, o cuidado deve ser maior no fim

de ano, quando a busca por crédito e o movimento no co-mércio são maiores.

Metodologia

Os dados do Indicador Serasa Experian de Tentativasde Fraude são resultado do cruzamento do total de consul-tas de CPFs efetuado mensalmente na empresa, da esti-mativa do risco de fraude e do valor médio das fraudesefetivamente ocorridas.

Nº de ligados ao PCC quase triplica em 6 anos

Relatórios do Coaf mostram que em 20061.485 pessoas tinham relação com facção

12 de novembro de 2012 | 2h 01

ALANA RIZZO / BRASÍLIA - O Estado de S.Paulo

Documentos do Conselho de Controle de AtividadesFinanceiras (Coaf) mostram o envolvimento de cerca de 4mil pessoas no Primeiro Comando da Capital (PCC). Oórgão de inteligência financeira vinculado ao Ministério daFazenda já tem mais de 60 relatórios prontos sobre a atua-ção da facção e, a partir desta semana, passa a compor aAgência Integrada de Inteligência, criada no dia 6 pelosgovernos federal e paulista para combater o crime organi-zado.

Mapear contas de pessoas ligadas ao PCC e rastreara movimentação financeira de líderes e subordinados serájustamente uma das primeiras ações da agência, que temcomo objetivo a troca de informações entre órgãos de se-gurança do Estado e da União no combate à onda de vio-lência em São Paulo.

As informações do Coaf serão compartilhadas comas Polícias Federal e Civil, a Secretaria Estadual de Admi-nistração Penitenciária e outros integrantes da agência. Aintenção é estancar fontes de financiamento da facção eidentificar mecanismos de lavagem de dinheiro. Relatórioscom todos os detalhes das operações já identificadas se-rão entregues aos representantes dos órgãos oficiais nasreuniões desta semana. Novos documentos serão produ-zidos a partir de agora.

Documentos do Coaf indicam ainda a centralizaçãode depósitos em contas bancárias de São Paulo, com mai-or incidência na capital e em cidades do interior com gran-des penitenciárias. E revelam a falta de capacidade econô-mico-financeira dos envolvidos para o volume de recursosmovimentados.

Em 2006, durante a série de ataques do PCC, o Coaftambém foi acionado no combate ao crime organizado emSão Paulo. Entre novembro de 2005 e novembro de 2006,1.485 pessoas foram identificadas como tendo relação di-reta ou indireta às organizações criminosas do Estado. Umnúmero quase três vezes menor do que o indicado nosúltimos relatórios.

Os nove relatórios de inteligência financeira produzi-dos à época listaram 232 contas bancárias, em um totalmovimentado de R$ 37 milhões. Segundo os dados, 20%das movimentações nessas contas era superior a R$ 100mil. Grande parte do fluxo financeiro estava diretamente li-gado ao alto comando da facção. Também foi identificadagrande quantidade de débitos por meio de saques em es-

pécie e recebimento de depósitos de outros Estados, comoBahia, Rio, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Rondônia e MatoGrosso. No Pará, o Coaf achou movimentação de cerca deR$ 10 milhões em três contas de pessoas físicas e jurídi-cas com relacionamentos em comum.

A criação da agência faz parte do plano integrado anun-ciado pelo governador Geraldo Alckmin e pelo ministro daJustiça, José Eduardo Cardozo.

Sequência de noites violentas tem aomenos 151 mortos a tiros na Grande SP

Seis policiais militares foram assassinados desde odia 24 de outubro; mapa traz amostra dos locais dos crimesnas últimas semanas

09 de novembro de 2012 | 19h 11

SÃO PAULO - Ao menos 151 pessoas foram mortas atiros na Grande São Paulo, de acordo com levantamentofeito pelo estadão.com.br entre o dia 24 de outubro e estedomingo, 11. Nesse fim de semana, foram confirmadaspela polícia as mortes de 12 pessoas entre sábado e do-mingo e as de outras oito pessoas entre sexta e sábado.

A região vive uma sequência ininterrupta de noites vi-olentas, com alto índice de homicídios. O mapa acima éuma amostra das mortes que aterrorizaram a cidade nasúltimas semanas. O período entre a noite dos dias 8 e 9 foium dos mais violentos: ao menos 15 pessoas foram mor-tas em 17 horas.

Entre o total de mortes desde o dia 24, estãoseis policiais militares e dois agentes prisionais. A maioriaestava de folga e quase metade dos casos têm caracterís-ticas de execução, segundo o comandante-geral da PM,coronel Roberval França. Na noite do último dia 3, uma sol-dado morreu após ser baleada na porta de casa, na frenteda filha. Em 2012, já são 90 agentes da corporação assas-sinados.

Na Capital, foram registradas 100 mortes. As outras51 mortes aconteceram em cidades da Grande São Paulo.

Ações. O avanço da violência levou o governo do Es-tado a ocupar favelas e bairros considerados focos de ho-micídios na cidade. Na madrugada de 29 de outubro, porexemplo, a ocupação de Paraisópolis por mais de 500 PMsdeu início a essas ações, batizadas pelo governo de Opera-ção Saturação.

Paraisópolis é considerada uma das fortalezas doPrimeiro Comando da Capital, o PCC. De membros da fac-ção criminosa na área partiram ordens para a execução depoliciais em São Paulo, segundo o governo estadual.

O crescimento dos assassinatos em São Paulo le-vou, inicialmente, a um bate-boca entre autoridades dosgovernos federal e estadual. A disputa foi interrompida como anúncio do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, edo governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, no dia 6 denovembro, da criação de uma agência de atuação integra-da das polícias federal e estadual a fim de enfrentar organi-zações criminosas.

Mapa. Cada ponto do mapa indica a área aproximadade um ataque. Em azul, estão apontados os crimes contraagentes do Estado. Em vermelho, os mortos ou feridos con-siderados civis - com ou sem ficha criminal. As marcas

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ATUALIDADESamarelas indicam mortes de suspeitos em supostos con-frontos com a polícia.

Nova tarifa em concessão elétrica trazretorno de 10% a empresas, diz Aneel

Diretor da agência sustenta que margem será atingi-da para as companhias que forem eficientes

09 de novembro de 2012 | 12h 55

duardo Rodrigues, Anne Warth e Célia Froufe, da Agên-cia Estado

BRASÍLIA - O diretor geral da Agência Nacional de Ener-gia Elétrica (Aneel), Nelson Hubner, disse que as novastarifas e receitas, fixadas pelo governo para as concessõesde geração e transmissão que poderão ser renovadas, pre-servam uma margem de lucro de 10%, na média. “Se acompanhia for eficiente, essa lucratividade será de 10%. Equem for mais eficiente, terá mais lucratividade”, afirmou.

De acordo com ele, em alguns casos, principalmenteno setor de transmissão, certas companhias conseguemter um custo até 30% inferior à média do sistema. Por isso,essas empresas ainda conseguirão praticar margens me-lhores, mesmo sob o novo modelo para o setor. Hubnerlembrou que no caso de geração, como as usinas entra-ram no modelo de tarifa com revisão periódica a cada cincoanos, parte dos ganhos de eficiência das concessionárias,a cada período, deve ser revertido para a modicidade tarifária,mas outra parte continuará remunerando as companhias.

O diretor geral da Aneel disse ainda que o governopossui formas para assegurar um desconto médio nascontas de luz residenciais de cerca de 20%, a partir de 2013,mesmo sem as três usinas que a Cemig não colocou den-tro do pacote de renovação. As estimativas do governo sãode que a energia dessas três usinas possa ter um impactode 1 ponto porcentual no cálculo inicial da redução do preçoda energia. “Os 20% iniciais eram uma projeção que podeser alcançada mesmo sem essas três usinas”, afirmou.

Mais cedo, o ministro interino de Minas e Energia,Márcio Zimmermann, disse que torce para que a Cemigvolte atrás e pleiteie a renovação desses empreendimen-tos junto ao governo.

Perfil dos punidos no Enem revelaimaturidade

Entre os 66 desclassificados por postar fotos da pro-va na internet, 48 concorriam a vaga; para psicopedagoga,ato foi sinal de ‘descrédito na educação’

10 de novembro de 2012 | 15h 56

Paulo Saldaña e Renato Vieira, Especial para O Esta-do de S. Paulo

Não foi uma brincadeira de treineiros. Dos 66 elimi-nados no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) porpostarem fotos da prova ou do caderno de questão, 48 sãoconcluintes ou já haviam concluído o ensino médio e podi-am concorrer a uma vaga na universidade. Além disso, 40haviam pago a inscrição do exame.

No primeiro dia da prova, no sábado dia 3, 38 inscri-tos haviam sido eliminados após publicarem fotos na rede

social. Mesmo com o anúncio das punições, outros 28 re-petiram o ato no domingo. As regras do Enem - transforma-do em 2009 em vestibular para a maioria das universida-des federais - proíbem manter o celular na mesa. O apare-lho deve ficar debaixo da cadeira, lacrado em um saco plás-tico.

As demonstrações de exibicionismo eirresponsabilidade chamaram a atenção. Em uma ediçãosem problemas de infraestrutura, foram uma das grandespreocupações do Ministério da Educação (MEC) com o exa-me.

Para a psicopedagoga Maria Irene Maluf, o episódiodas eliminações do Enem mostra um descrédito na educa-ção. “Há uma banalização da educação. Além disso, é umaatitude típica da idade de que é possível burlar tudo, quenão existe penalidade”, diz ela. “É como entrar em um festasem ser convidado. Ele quer mostrar que é capaz de mos-trar que o Enem é furado. E a rede social é onde ele está.”

Antonio, que pediu para não ter o sobrenome divulga-do, foi um dos 20 candidatos eliminados em São Paulo. Elemesmo não consegue explicar a razão das publicações.“Sabe quando você tem aqueles momentos de idiotice?Faltavam 10 minutos para começar a prova, eu tirei a foto.Uma ideia de jerico”, disse.

Essa “ideia de jerico” adiou seus planos de tentaruma vaga em Química. Ele não se inscrevera para nenhumoutro vestibular. “Não achei que teria maioresconsequências. Agora, só ano que vem.”

O pesquisador de comportamento jovem DanielGasparetti lembra que, apesar do tom de brincadeira queas fotos podem ter, esse público incorporou a internet àrotina. “Apesar de levarem a internet a sério, eles ainda aconsideram um ambiente alheio às leis, inatingível pelasautoridades. Não imaginam que podem estar sendo ob-servados e identificados”, diz.

Dados do MEC obtidos pelo Estado mostram que,entre os 66 eliminados, 24 não pagaram inscrição. Dozeporque são concluintes de escola pública e, pelas regras,são isentos. Os 14 restantes já haviam concluído o ensinomédio e declararam carência para obter a gratuidade. Meta-de dos desclassificados tem menos de 17 anos. Do total,dez têm mais de 21 anos, sendo que dois deles já chega-ram aos 25. / COLABOROU OCIMARA BALMANT

Irã e agência nuclear da ONU planejamnegociação em dezembro

Conversa é o mais recente esforço para solucionardisputa que desperta temores de uma guerra no OrienteMédio

09 de novembro de 2012 | 14h 18

Reuters

VIENA - A agência nuclear da ONU afirmou que vairealizar uma nova rodada de negociações com o Irã sobre oprograma atômico da República Islâmica no próximo mês,no mais recente esforço para solucionar uma disputa quedesperta temores de uma guerra no Oriente Médio. O anún-cio desta sexta-feira, 9, foi feito dias depois da reeleição dopresidente dos EUA, Barack Obama.

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ATUALIDADESAnalistas dizem que isso pode criar novas oportuni-

dades para continuar com esforços em busca de um fimpacífico para a crise com o Irã. Porém o tempo pode nãoestar do lado da diplomacia: Israel, considerado o únicopaís da instável região com poderio de armamento nuclear,tem ameaçado com frequência uma ação militar contra oIrã, caso o governo não interrompa suas atividades nuclea-res.

O Irã nega sucessivamente as acusações de que estáem busca de um arsenal nuclear. A Agência Internacional deEnergia Atômica (AIEA) disse esperar que as negociaçõescom o governo iraniano resultassem em um acordo quepermitisse a volta para uma investigação paralisada sobrepossíveis aspectos militares do programa nuclear do Irã.

O Irã negou as alegações do Ocidente de que estátentando desenvolver a capacidade de fabricar armas nu-cleares. “A AIEA e o Irã concordaram em realizar mais nego-ciações no dia 13 de dezembro em Teerã”, disse a porta-vozda agência Gill Tudor.

“O objetivo é concluir uma abordagem estruturada parasolucionar questões extraordinárias relacionadas ao pro-grama nuclear do Irã”, afirmou Gill em resposta a uma ques-tão. As negociações da AIEA com o Irã são separadas dasdiscussões do governo iraniano com seis potências mun-diais - EUA, Rússia, China, Grã-Bretanha, França e Alema-nha.

A última reunião entre o Irã e a agência da ONU, orga-nização sediada em Viena que tem a tarefa de impedir oespalhamento de armas nucleares no mundo, aconteceuem agosto, mas não obteve progresso.

Governo chinês bloqueia Google no paísPor Anna Carolina Papp

O bloqueio a sites como o Gmail, Google Maps, Drivee Analytics coincidiu com o 18º Congresso do Partido Co-munista

SÃO PAULO – Nesta sexta-feira, 9, usuários chinesesreportaram dificuldades ao tentar acessar os serviços doGoogle, como a página de buscas, Gmail, Maps, Drive,Chrome e a rede social, o Google Plus. O bloqueio coinci-diu com o 18º PCCh (Congresso do Partido Comunista),com os líderes que governarão o país na próxima década.

O episódio, parte de um longo conflito entre o Googlee o governo chinês, foi relatado pelo site GreatFire, quemonitora a internet chinesa.

O Google também confirmou o bloqueio ao siteamericano The Next Web, ao relatar que a falha não era daempresa: “Checamos e não há nada de errado com nos-sos serviços”.

O acesso a praticamente todos os serviços da em-presa está restrito: buscas, Gmail, Drive, Maps, Analytics,Play e Google Plus.

“Nunca antes vimos tantas pessoas afetadas por umadecisão de bloquear um site. Se o Google continuar blo-queado, muitas outras pessoas na China vão ficar cientesda dimensão da censura”, diz o site GreatFire.

Ainda não se sabe se o bloqueio é temporário e se oacesso será restabelecido ao fim do congresso. A China é

conhecida por bloquear o acesso à internet durante even-tos ou datas políticas importantes, como o aniversário domassacre na Praça da Paz Celestial, em 1989. Ao fazeruma busca com o nome da praça, os chineses encontra-vam uma mensagem dizendo que o conteúdo não podiaser exibido devido a “leis, regulações e políticas relevan-tes”.

Em junho de 2010, o Google decidiu encaminhar aspesquisas feitas no país, sob o domínio ‘google.com.ch’,ao domínio ‘.hk’, de Hong Kong, que não está sujeito àsrestrições de internet impostas na China continental. A em-presa afirmou que seus serviços estavam sendo parcial-mente bloqueados. A mudança de domínio, no entanto, en-fureceu as autoridades locais.

Apesar da censura, o uso da internet na China cres-ceu 11% em 2011. As ferramentas que mais têm sido utili-zadas para driblar o bloqueio e discutir o regime são asredes sociais – mais difíceis de serem censuradas.

Obama vence na Flórida após recontagemdos votos

Autoridades da Flórida disseram que Obama teve 50%dos votos, enquanto o candidato republicano Mitt Romneysomou 49,1%

10 de novembro de 2012 | 16h 44

EQUIPE AE - Agência Estado

O estado americano da Flórida finalizou a contagemdos votos neste sábado. O presidente dos Estados Unidos,Barack Obama, foi declarado vencedor, o que dá a ele umamargem de 332 a 206 no Colégio Eleitoral.

Autoridades da Flórida disseram que Obama teve 50%dos votos, enquanto o candidato republicano Mitt Romneysomou 49,1%, uma diferença de cerca de 74 mil votos.

O resultado saiu quatro dias depois das eleições de-vido a uma recontagem dos votos e Obama já tinha sidoconsiderado vencedor por causa da vitória em outros esta-dos.

Obama agora contabiliza 8 vitórias nos 9 estados con-siderados “de transição”, perdendo apenas na Carolina doNorte. Além da Flórida, ele obteve a maioria dos votos emOhio, Iowa, New Hampshire, Wisconsin, Virginia, Coloradoe Nevada. As informações são da Associated Press.

Fonte das notícias: www.estadao.com.br

ÉTICA E CIDADANIA

O que é “ética”?

Há três maneiras mais importantes como a palavra“ética” é usada atualmente.

No vocabulário filosófico contemporâneo, “ética” égeralmente o nome da disciplina filosófica que tem por ob-jeto amoral ou a moralidade.

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ATUALIDADESA moral ou a moralidade, por sua vez, têm a ver com o

agir humano, na medida em que o que está envolvido nele(ações propriamente ditas, traços de caráter, pessoas, etc.)é considerado - é avaliado - bom ou mau, justo ou injusto,correto ou incorreto, etc.

Não é nesse sentido,no entanto, que “ética” nos inte-ressa aqui.

Um segundo sentido, mais importante no contexto quenos interessa aqui, aparece agora no uso da palavra “ética”na linguagem comum.

Esse sentido tem a ver com o uso dessa palavra emexpressões como “ética médica”, “ética jornalística”, “éticado servidor público”, “ética do administrador”, etc.

Nesse sentido, “ética” significa um padrão a que deter-minado conjunto de pessoas (geralmente definido em ter-mos profissionais) está submetido na medida em que atuacomo médico, jornalista, servidor público, administrador, etc.

Naturalmente, esse padrão restrito ao grupo a que sedirige deve, ao ser fixado, respeitar dois limites: o limiteimposto pela lei (não faz, obviamente, sentido tentar usaresse padrão para legitimar ações ou comportamentos ile-gais) e o limite imposto pelo padrão mais geral da socieda-de a que pertence esse grupo (igualmente, não é aceitávelque o padrão ético de um grupo dentro da sociedade maisampla use esse padrão para criar exceções éticas para simesmo).

Finalmente, o terceiro sentido de “ética” que nos inte-ressa é bem diferente dos dois apontados antes. Muitasvezes usamos “ética” já com um sentido valorativo: quandodizemos de uma pessoa que ela é “ética” estamos, emgeral, aprovando-a, isto é, estamos dizendo: essa pessoaage de forma correta,boa, aceitável, etc.

Como é fácil de ver, os dois últimos sentidos de “éti-ca” estão intimamente ligados:quando aprovamos a atua-ção, por exemplo, de um médico ou de um jornalista, dizen-do que ele é”ético”, estamos querendo dizer que segue opadrão que define sua atuação como médico oujornalista.Quando se exige, portanto, ética no serviço públi-co ou na vida pública em geral, o que se está pedindo é,antes de mais nada, que se fixe um padrão a partir do qualpodemos, em seguida, julgar a atuação dos servidores pú-blicos ou das pessoas envolvidas na vida pública. Mas, so-bretudo, o que se exige é que a atuação dos servidoresseja “ética”, no sentido valorativo apontado acima. Ou seja:não basta que exista o padrão, é necessário - e esse é osentido mais sério da exigência - que o padrão seja efetiva-mente seguido e que isso transpareça de fato na atuaçãodo serviço público.

O que está incluído no “padrão ético”?

Tomado em geral, um “padrão ético” a partir do qualse avalia a atuação de um grupo no sentido apontado com-preende, fundamentalmente, valores, princípios, ideais eregras. Fixar o padrão ético, assim, significa explicitar osvalores que afirmamos, os princípios que guiam nossosjuízos, os ideais que nos permitem construir nossa identi-dade como grupo e as regras que definem nossas obriga-ções. Um valor é, genericamente, tudo aquilo que afirma-mos merecer ser desejado.

Afirmamos, em primeiro lugar, que determinados fins

devem ser desejados ou buscados.

Dizemos, por exemplo, que ter saúde, ter felicidade,ter um grau razoável de conforto material, ter uma boa edu-cação, etc., são coisas que merecem ser buscadas ou de-sejadas. Saúde, felicidade, conforto, educação, assim, sãovalores para nós.

Também afirmamos que determinadas característi-cas das pessoas ou de suas ações merecem ser aprova-das.

Dizemos, por exemplo, que uma pessoa é honestaou veraz, uma ação é corajosa ou uma pessoa étemperante, tem mérito.

Honestidade, veracidade, coragem, temperança, etc.,são, para nós,também valores.Os valores funcionam emgeral como orientadores de nossas escolhas e decisões.Determinando quais são aquelas coisas que merecem serdesejadas, podemos mais facilmente estabelecer nossaspreferências e, em função disso, escolher e decidir.

Daí a importância de ter claro quais são nossos valo-res.

A expressão “Princípios”, muitas vezes, é usada comosinônimo de “valores” segundo a definição proposta acima.

É assim, por exemplo, na Constituição Federal, que,no art. 37, estabelece que são “princípios” da administra-ção pública a legalidade, a impessoalidade, a moralidade,a publicidade e a eficiência, querendo, com isso, afirmarque essas características ou qualidades devem ser busca-das ou merecem ser desejadas (ou seja, são valores fun-damentais, de acordo com a definição proposta acima). Maspodemos também entender “princípios” de outra forma, útiltambém para fixarmos nosso padrão.

Um princípio, como o próprio nome já indica, é umcomeço: é algo que é posto no início, como base ou funda-mento.

Há princípios de vários tipos, em vários domínios. Háprincípios matemáticos (os axiomas, por exemplo), há prin-cípios lógicos (o da não-contradição, por exemplo) e há prin-cípios morais.

Princípios morais poderiam ser descritos, generica-mente, como regras de aplicação muito geral.Há muitos prin-cípios morais, alguns de origem religiosa, outros de origemfilosófica. A famosa “regra de ouro”, por exemplo, encontrável,em várias versões, em inúmeras tradições religiosas, é umprincípio, no sentido definido antes. Na tradição filosófica,dois princípios são particularmente importantes.

Um deles é o “princípio da maior felicidade”, propostopelos filósofos chamados de “utilitaristas”, que diz quedevemos agir de tal maneira a promover a maior felicidade(entendida por eles, em geral, em termos de bem-estar) domaior número possível dos afetados por nossa ação.

Outro é o “imperativo categórico”, proposto pelo filó-sofo alemão I. Kant, que diz que devemos agir de tal modoque possamos querer que a regra escolhida para nossaação possa ser uma lei universal e que nunca devemostratar as outras pessoas apenas como meios, mas sem-pre como fins. Essas são regras gerais, aplicáveis a todosos casos.

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443

ATUALIDADESOs princípios, entendidos assim, como regras muito

gerais, são úteis para guiar nosso raciocínio sobre ques-tões éticas. Muitas vezes, encontrar um princípio geral quesubsuma o caso particular sobre o qual julgamos justificanosso juízo particular.

Além desse papel de justificação, os princípios funci-onam também como elementos de previsibilidade, servin-do como barreiras contra a arbitrariedade. Quando dize-mos de alguém que é uma “pessoa de princípios”, estamosquerendo dizer também que é uma pessoa que age deforma regrada e não de forma arbitrária, de tal maneira que,com ela, pode-se interagir e cooperar.

Finalmente, princípios também servem para guiarnossas escolhas,funcionando como elementos de previ-são. Assim, fixar nossos princípios, tal como fixar nossosvalores, é importante para orientar nossas decisões e es-colhas, bem como para pôr às claras as bases éticas denossa convivência.Ideais estão intimamente relacionadosaos valores. O conjunto de valores (fins ouobjetivos,características e traços de caráter ou “virtudes”,etc.) compõe, no conjunto, uma concepção do que, paranós como grupo ou como membros desse grupo, é consi-derado bom.

Essa concepção do que é bom é o que estamos cha-mando aqui de ideal, individual ou coletivo. Um “padrão éti-co” implica, assim, um ideal aplicável seja à totalidade dogrupo a que se refere (por exemplo, ao serviço público: oque deve buscar alcançar, como deve fazê-lo, como os valo-res se incorporam a sua estrutura, etc.), seja aos indivídu-os que o compõem (que qualidades ou virtudes deve pos-suir um servidor público, por exemplo). Esses ideais, emgeral, aparecem na forma de modelos ou exemplos a se-rem seguidos ou imitados. É com referência a esses ide-ais, ou seja, dessas concepções gerais do que, para nós,constitui o bem, que um grupo pode definir sua identidadecomo grupo.

Finalmente, o “padrão ético” vai conter um número deregras ou normas particulares aplicáveis às várias situa-ções e problemas encontráveis na vida do grupo a que seaplica. Essas regras procuram orientar mais de perto a con-duta, aplicando e dando maior concretude aos valores afir-mados.

Freqüentemente, essas regras aparecem organiza-das na forma de códigos de ética ou de conduta.

Qual deve ser o padrão ético do serviço público?

Posto isso, em geral, qual deve ser agora o padrãoético do serviço público? Não nos cabe aqui ditar qual sejaesse padrão (só o conjunto dos servidores públicos devepoder fixar seu padrão ético),mas podemos, em todo caso,apresentar algumas reflexões preliminares sobre algunsaspectos desse padrão, em especial sobre os valores as-sociados a ele. O ponto fundamental, que deve ser antes demais nada bem compreendido, é que o padrão ético doserviço público decorre de sua própria natureza.

Os valores fundamentais do serviço público decor-rem primariamente do seu caráter público e de sua relaçãocom o público. De um ponto de vista normativo (ou seja, doponto de vista do “dever ser”), que é o que nos interessaaqui, podemos imaginar que o Estado (e a estrutura admi-nistrativa que o torna funcional) foi instituído com o propósi-to de realizar determinados fins daqueles que o instituiram.

Podemos imaginar que existe uma espécie de “pac-to” (para usar, mesmo que um pouco imprecisamente, umaidéia sugerida por alguns filósofos e teóricos políticos) en-tre aqueles que governam e administram o Estado e aque-les que, em certo sentido, concederam-lhes a autoridadesuficiente para agir de modo a garantir a realização daque-les fins.

Como sugerem alguns, deveríamos pensar que essaautoridade é concedida como que “em depósito”: osgovernantes e administradores da coisa pública recebemcomo um depósito feito em confiança a autoridade de quedispõem. Nesta maneira de ver, é essa confiança que “au-toriza” os governantes: sem ela, a autoridade desfaz-se outorna-se arbitrária.Essa idéia é sumarizada de forma parti-cularmente feliz (e por isso lembramos aqui o exemplo)nos Padrões de Conduta Ética para Funcionários do PoderExecutivo, principal documento norte-americano relativo àética no serviço público. O princípio fundamental, do qualdecorre a obrigação básica do serviço público, é que esseserviço é um public trust, isto é, envolve uma espéciede”depósito de confiança” por parte do público. O padrãoético do serviço público, assim, deve refletir,em seus valo-res, princípios, ideais e regras, a necessidade primária dehonrar essa confiança.

Da mesma forma, a necessidade do respeito a essaconfiança depositada pelo público está implícita nos “prin-cípios” (ou valores fundamentais) da administração públicaafirmados pela Constituição Federal. Afirmar o valor da le-galidade, por exemplo, implica reconhecer na lei uma dasmais importantes condições de possibilidade da vida emcomum. Em um Estado cujo ordenamento jurídico pode serminimamente caracterizado como correto (ou seja, as nor-mas jurídicas têm origem em um processo legítimo, estãopostas em uma estrutura que as relaciona e lhes dá senti-do, respeitam princípios gerais de justiça, etc.), seguir asleis é garantia da liberdade no sentido político.

O ordenamento jurídico estabelece um sistema pú-blico de regras que, definindo direitos e deveres, torna pos-sível que se afaste a arbitrariedade da vida em comum aomesmo tempo que garante a cada um a possibilidade derealizar seus projetos de vida ao permitir um controle razo-ável dos conflitos e ao possibilitar a cooperação. O compro-misso do serviço público com a lei é ainda mais estreito: éo serviço público, afinal, que é responsável por traduzir umaboa parte desse sistema público de regras em ações. Nãopode, assim, deixar de orientar-se pelo valor fundamentaldo respeito às leis - pelo valor da legalidade - sem negarsua própria razão de ser, sem negar o compromisso implí-cito que, de certa forma, presidiu sua instituição.O valor daimpessoalidade está ainda mais diretamente associadoao caráter público do serviço público. “Público” é tambémaquilo que é comum: nesse sentido, contrapõe-se a “priva-do”. Os laços que constituem a comunidade no sentido pú-blico são diferentes daqueles que constituem o domínioprivado. Afirmar, então, que o serviço público deve caracteri-zar-se pela impessoalidade significa dizer que as relaçõesem que está de algum modo envolvido são de caráter dife-rente das que caracterizam o domínio privado. Um pontoimportante é que, nesse domínio privado, as relações sãofreqüentemente caracterizadas pela diferença, pelas prefe-rências: as relações entre pais e filhos, entre irmãos ouentre amigos envolvem em geral aspectos (afetivos, bio-gráficos, etc.) que as tornam irrepetíveis, únicas.Parece na-tural, neste domínio privado, que um pai trate de forma pri-vilegiada seus próprios filhos ou um amigo dê preferência

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444

ATUALIDADESa outro amigo.

Dizer que o serviço público deve ser impessoal signi-fica dizer que essas preferências, esses privilégios, essasdiferenças não cabem mais no domínio público -justamen-te porque, nesse domínio, trata-se daquilo que é comum,trata-se daquilo que é devido a cada um não do ponto devista particular de suas peculiaridades, mas do ponto devista geral da cidadania. O valor da impessoalidade, as-sim, vem acompanhado de perto pelos valores da igualda-de e da imparcialidade. Todos são iguais no sentido emque todos têm o mesmo valor como pessoas morais oucomo cidadãos e, assim, merecem, em princípio, o mesmotratamento. Todos os casos, mesmo aqueles que, por suascaracterísticas, são os mais peculiares, devem ser consi-derados do ponto de vista imparcial de qualquer um.O valorda impessoalidade, visto assim em conexão com a idéiade imparcialidade, supõe uma distinção clara entre aquiloque é público e aquilo que é privado. Um dos pontos maisenfatizados nos programas de promoção da ética públicanos mais variados países é, justamente, o do conflito deinteresses - os conflitos que podem surgir entre o interes-se comum, público, e os interesses particulares dos servi-dores. Administrar esses conflitos - ou seja, evitar que aperspectiva privada imponha-se sobre a comum e, assim,perca-se a perspectiva imparcial a partir da qual deve serconsiderado o interesse público - é uma necessidade im-posta também pela afirmação do valor da impessoalidade.

O valor da moralidade impõe-se já pelo que foi ditoanteriormente. O padrão que define a conduta ética dosservidores públicos não pode ir de encontro ao padrão éti-co mais geral da sociedade.Esse padrão ético mais geralresume a moralidade vigente em uma sociedade. É, tal comoo ordenamento jurídico, um sistema público de valores, prin-cípios, ideais e regras. E, ainda tal como o ordenamentojurídico, é outra condição de possibilidade da vida em co-mum. A falta de respeito a esse padrão implica, portanto,uma violação direta da confiança depositada pelo público,uma vez que atenta contra aquilo mesmo que torna possí-vel sua existência como comunidade.Mais do que todos, ovalor da publicidade liga-se ao aspecto público do serviçopúblico. A esse valor podemos associar, por exemplo, a idéiade transparência e a da necessidade de prestar contas di-ante do público.A esses valores foi acrescentado o da efici-ência, que decorre não tanto do aspecto público do serviçopúblico, mas do fato de que é um serviço prestado. Em todocaso, é uma obrigação do serviço público, assumida diantedaqueles que o mantêm - diante do público, portanto -, sero mais eficiente possível na utilização dos meios (públicos)que são postos à sua disposição para a realização dasfinalidades que lhe cabem realizar. A confiança do públicovaria também em função da eficiência do serviço que lhes éprestado.

Afinal, para que a ética?

Qual o sentido da preocupação cada vez mais gene-ralizada, no Brasil eno mundo, com a ética na vida pública?Que razões, afinal, nós temos para promover a ética noserviço público? Vamos tentar responder a essas questõespor duas vias.

Primeiramente, se aceitamos, como um postulado,que os limites impostos pela moralidade são uma condi-ção sine qua non da vida em sociedade, pode ser útil tentarver, a partir da própria natureza da moralidade consideradadesde esta perspectiva, qual o sentido de afirmarmos pa-

drões éticos em geral. Em seguida, é preciso ver, no con-texto mais restrito do serviço público, por que se justifica apreocupação com a promoção da ética.

Vamos chamar aqui de moralidade o sistema de re-gras, valores, ideais e princípios que corresponde ao pa-drão ético geral de uma sociedade. Tal como o ordenamentojurídico, esse sistema de regras caracteriza-se por ser pú-blico, isto é, comum a todos e de conhecimento de todos.Para que uma comunidade exista com o mínimo de coesãoe estabilidade é necessário que exista um tal sistema, quetodos o conheçam e que todos acreditem que pelo menosa maior parte das pessoas, na maior parte do tempo, estádisposta a segui-lo.

Parte substancial de ambos os sistemas - o jurídico eo moral - tem a finalidade de regular o comportamento decada um na medida em que suas ações afetam os interes-ses dos outros. Essa regulação em geral aparece comouma limitação imposta às possibilidades de agir de cadaum.

O ordenamento jurídico e a moralidade têm a funçãode assinalar, dentre as inúmeras possibilidades de açãoabertas a um agente, quais as que são aceitáveis, tendoem vista a forma como essas ações afetam os interessesde outros agentes. Vista assim, a moralidade é, substanci-almente, um sistema de exigências mútuas que tem a fina-lidade de garantir o respeito aos vários interesses dos indi-víduos que compõem uma sociedade.

O objetivo é, de certa forma, diminuir o mal ou o danoque poderia ser causado a esses interesses na ausênciade tais limites. A fixação e a explicitação do padrão ético,assim, cumpre uma função geral de justificação: o padrãoserve justamente para ajudar-nos a decidir ou identificarquais são as exigências e limitações justificadas e quaisnão o são.

O que vale para o padrão ético geral (a moralidadevigente) de uma determinada sociedade vale para o padrãoético mais restrito, no sentido em que aparece no contextodas “éticas profissionais”.Também eles visam a possibilitara escolha de alternativas de ação dentre as várias existen-tes. Também cumprem uma função de justificação: é sem-pre em relação a esses padrões que podemos justificar asexigências que erguemos uns aos outros em nossa convi-vência - exigências que tornam mesmo essa convivênciapossível.

Se por “promover a ética” entendermos o esforço defixar, explicitar e tornar efetivo, nas ações, o padrão ético,então a promoção da ética é absolutamente necessáriapara a coesão e a estabilidade do grupo a que se dirige,para a redução da possibilidade de dano e para a elimina-ção da arbitrariedade na imposição necessária de limites,em função das exigências mútuas que erguemos.

Mas no caso específico do serviço público, uma outrasérie de razões reforça a preocupação com a promoção daética. Essa série de razões provém agora das relações entreo serviço público e o público que é servido por ele e estáligada à idéia de confiança, a que já aludimos antes maisacima.

Confiança tem um duplo aspecto.

Liga-se, por um lado, à idéia de legitimidade: a crençado público na integridade do serviço público é um compo-

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ATUALIDADESnente fundamental da crença na legitimidade das institui-ções, em geral. Por outro lado, parece haver uma relaçãodireta entre a confiança do público nas instituições e a ca-pacidade delas de responder adequadamente às suas ne-cessidades. Esses dois aspectos da confiança - o aspectonormativo da legitimidade e o aspecto da eficácia - apare-cem sempre nas tentativas mais recentes de justificar apreocupação com a promoção da ética pública.

Essa preocupação, assim, liga-se à necessidade deresponder às demandas dos cidadãos - demandas por in-tegridade e correção, exigidas em contrapartida à confian-ça depositada nas instituições, e demandas por resulta-dos, por eficiência e eficácia dos serviços prestados.

Outra razão geralmente apresentada para justificar apreocupação crescente com a ética pública diz respeito àstransformações pelas quais vem passando a administra-ção pública. Para responder mais rápida e eficazmente aum ambiente complexo de mudanças cada vez mais velo-zes, muitos países vêm adotando reformas substanciaisem suas administrações. Uma ênfase maior nos resulta-dos vem, em geral, nessas reformas, acompanhada pormaior flexibilidade e descentralização na administração.

Essa situação, por sua vez, põe nova pressão sobre odever dos administradores públicos de responder e prestarcontas, diante do público, por suas ações e resultados.Afixação de um padrão de conduta para os servidores públi-cos e sua efetiva promoção, assim,responde a imperativosde várias ordens.

Responde, antes de mais nada, a um imperativo daprópria moralidade: padrões impõem-se na medida em queprecisamos justificar nossas ações diante dos demais.

Responde ainda a imperativos ligados às idéias dedemocracia e de cidadania.

Por fim,responde aos imperativos de eficiência e efi-cácia. A preocupação com a ética, enfim, longe de ser umapreocupação acessória ou periférica, justifica-se pela pró-pria natureza e finalidades do serviço público.

TESTES

A seguir veremos alguma questões apli-cadas em concursos. Deve-se observarque as questões, assim como a matéria, sedesatualizam com o tempo, portanto, a ve-rificação de questões da matéria de atuali-dades é necessária e importante, principal-mente, para que o candidato verifique qualo estilo e forma de raciocínio das questõesrequerido pela banca da atual organizadora.1. Severino Cavalcanti, líder político acusado de re-ceber propina para prorrogação da concessão do res-taurante Fiorela, pago por Sebastião Buani, figurava,na data dos fatos, como Presidente:

a) do Senado Federal

b) da câmara dos deputadosc) da Assembléia Legislativad) da Casa Civile) da Republica

2. Em 2005, jornais, revistas e telejornais têm atribu-ído destaques à balança comercial brasileira que

a) é cada vez mais instável, devido ao volume deimportações.

b) Não tem crescido, como se esperava no iní-cio do ano.

c) É negativa, pois as importações são maioresdo que as exportações.

d) Tem apresentado recorde de exportação deprodutos.

3. No Brasil, o incentivo à construção de hidrovias pode-rá proporcionar inúmeras conseqüências, dentre as quais,

a) o barateamento do transporte de cargas.b) A diminuição das atividades turísticas.c) O fechamento de várias ferrovias.d) A decadência do transporte ferroviário.

4. No atual estágio da industrialização brasileira temocorrido grande mobilidade das indústrias que têmsaído da Grande São Paulo e migrado para outroslocais. Um exemplo é a instalação de indústrias

a) siderurgicas em Santa Catarina.b) Têxteis no Piauí.c) Alimenticias no Mato Grosso do Sul.d) Automobilísticas na Bahia.

5. Apresenta um forte crescimento populacional esempre aparece nos noticiários, que mostram a gran-de pobreza de parte da população e as constantescrises de fome que atingem principalmente as crian-ças. Trata-se do continente da

a) África. b) Ásia.c) Oceania. d) América Latina.

6. O Mercosul é um bloco econômico que foi criadoem 1991, reunindo o Brasil, Argentina, Paraguai eUruguai. Atualmente, Mercosul

a) pode ser considerado um dos mais importan-tes do mundo.

b) é integrado também por outros membros comoEquador, Colômbia e Cuba.

c) tem encontrado dificuldades políticas e eco-nômicas para crescer.

d) sofre grande concorrência do APEC, lideradapelo Japão.

7. Hoje o mundo é considerado multipolar porque écomandado economicamente por

a) União Européia, China e Inglaterra.b) Estados Unidos da América, Japão e União

Européia.

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ATUALIDADESc) Japão, Inglaterra e Estados Unidos da América.d) Estados Unidos da América, China e Alemanha.

8. Quais são as duas regiões do mundo que mantémas maiores reservas mundiais de petróleo?

a) Sudeste da Ásia e Américas.b) Sudeste da Ásia e China.c) Oriente Médio e Américas.d) Oriente Médio e China.

9. O fato de mais de seis mil veículos serem incendi-ados nos meses de outubro e novembro de 2005, ape-nas na França, refere-se

a) aos baderneiros e bandidos incitados porskinheads.

b) aos imigrantes e filhos de imigrantes segre-gados nos subúrbios.

c) ao movimento separatista do leste europeu.d) às disputas territoriais dos agricultores.

10. O protocolo de Kioto é um instrumento paraimplementar a Convenção das Nações Unidas sobreas Mudanças Climáticas. Um de seus objetivos é queos países industrializados reduzam as emissões degases que causam o efeito estufa.

Sobre o texto, pode-se afirmar quea) o dióxido de carbono (CO2) não contribui para

o aquecimento global.b) o planeta, atualmente está, sofrendo o aque-

cimento mais rápido dos últimos 900 mil anos.c) os Estados Unidos da América se recusam a

participar do Acordo.d) a atividade industrial não contribui para o aque-

cimento global.11. Considere as seguintes ações:

• investimentos em saneamento, rede de esgo-to e água;

• aumento no número de postos de saúde eambulatórios;

• campanhas preventivas contra obesidade, Aidse câncer de mama.

(Veja, 24.10.2001)

As ações apresentadas pelo Relatório de De-senvolvimento Humano da ONU indicam que o Bra-sil

a) registra aumento da expectativa de vida.b) vive um rápido processo de urbanização.c) registra aumento da taxa de mortalidade infantil.d) tem ainda o predomínio de população jovem.e) apresenta diminuição da taxa de natalidade.

12. Aos 448 anos, São Paulo está em reforma... Aprefeita Marta Suplicy e o governador GeraldoAlckmin assinam, com atraso de quase cinco anos, oprotocolo do PROJETO LUZ MONUMENTA, dereurbanização da região.

A idéia é transformar o distrito da Luz, porta deentrada dos imigrantes no fim do século XIX, como pólo

(Folha de S. Paulo, 25.01.2002)a) ecológico.b) cultural e arquitetônico.c) geopolítico.d) dispersor de metrovias.e) religioso.

13. A nova moda no setor público é a criação das agên-cias reguladoras. A transição do modelo de Estadointervencionista para o de Estado regulador está ocor-rendo desde meados da década de 90. Criaram-se, eestão sendo criadas, agências e regimes regulatóriospara administrar mercados novos em telecomunica-ções, energia, petróleo, distribuição de água e trans-portes, entre outros. Já existem 14 agências regulado-ras federais, 13 estatais e uma municipal.

(Exame, 23.01.2002)Uma das principais agências reguladoras é aa) EMBRATEL.b) ANEEL.c) SUDAM.d) SUDENE.e) PRODESP.

14. I. Viviane Senna – Presidente do Instituto Ayrton Senna,uma das principais organizações do Terceiro Setor.

(Exame, 28.11.2001.)II. Milú Vilela, que dirigiu a campanha, de 2001,

do Ano Internacional do Voluntário, a pedido da ONU,começa nesta semana a se reunir com outros empre-sários para apresentar propostas de trabalho e pedirfundos para o IBRAVO (Instituto Brasileiro doVoluntariado), que tem parceria com a ONU no pro-grama Voluntário Corporativo.

(O Estado de S. Paulo, 16.01.2002)O Instituto Ayrton Senna e o IBRAVO fazem par-

te do Terceiro Setor, expressão que se referea) ao sistema de terceirização das indústrias.b) à política antiglobalização desenvolvida por al-

guns partidos políticos.c) à formação de profissionais que estavam ex-

cluídos do mercado de trabalho.d) à divisão da população economicamente ativa

em setores primário, secundário e terciário.e) a organizações privadas que se constituem

para defender temas que seriam de iniciativado poder público.

15. O Aedes Aegypti começou a reinfectar o Estadode São Paulo há pelo menos uma década, sem quehouvesse campanhas eficientes para detê-lo. O resul-tado foi a multiplicação dos casos de

(O Estado de S. Paulo, 28.01.2002)a) dengue. b) doença de Chagas.c) febre amarela.

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ATUALIDADESd) varíola.e) hepatite.

16. (TJSP - 2005) A revista Veja publicou, em outubrode 2004, extensa reportagem sobre uma instituiçãoda qual alguns integrantes foram acusados e presospor corrupção. Eram agentes graduados e delegadosque facilitavam o contrabando de armas em nossasfronteiras, lideravam esquemas de roubo e recepta-ção de carros, atuavam em quadrilhas especializadasna adulteração de combustível e locupletavam-secom o tráfico de drogas. Trata-se

a) do Comando de Operações Táticas.b) da Polícia Florestal do Amazonas.c) do Departamento de Inteligência Policial.d) da Agência Brasileira de Inteligência.e) da Polícia Federal.

17. (TJSP - 2005) O número de mortes no campo vemcrescendo nos três últimos anos. A maioria dessasmortes ficou concentrada na região norte do país.Em fevereiro de 2005, a morte da missionária ameri-cana Dorothy Stang, naturalizada brasileira, ganhourepercussão internacional. Dorothy liderava o “Pro-jeto de Desenvolvimento Sustentável Esperança”, aoeste do estado do Pará, na cidade de

a) Parauapebas. b) Altamira.c) Santarém. d) Anapu.e) Carajás.

18. (TJSP - 2005) Após as eleições municipais em no-vembro de 2004, o Partido dos Trabalhadores sofreu der-rotas nos grandes centros e aumentou sua força no inte-rior. Segundo cientistas políticos, isso é típico de todopartido que detém o governo federal, pois a prática deprogramas assistencialistas e de alianças obtém maiorsucesso no interior, mas acarreta maior desgaste entreos eleitores das grandes cidades. Dentre as prefeiturasimportantes que o PT perdeu, pode-se destacar

a) São Paulo e Porto Alegre.b) Belo Horizonte e Caxias do Sul.c) São Paulo e Recife.d) Fortaleza e Sorocaba.e) Santos e Vitória.

19. (VUNESP - 2007) O atual governador do Estadode São Paulo é:

a) Gilberto Kassab. b) José Serra.c) José Alckimin. d) Marta Suplicy.

20. (VUNESP - 2007) O presidente Lula nasceu emqual estado brasileiro?

a) Bahia. b) Sergipe.c) Paraíba. d) Pernambuco.

GABARITO

1. B

2. D

3. A

4. D

5. A

6. C

7. B

8. C

9. B

10. C

11. A

12. B

13. B

14. E

15. A

16. E

17. D

18. A

19. D

20. D

QUESTÕES COMENTADAS

01. A aprovação do Projeto de Lei Ficha Limpa, noSenado, ocorrida no dia 19 de maio de 2010, foi con-siderada um avanço na política brasileira, no sentidode criar mecanismos para combater a corrupção nopaís.

(http://educacao.uol.com.br/atualidades,28.05.2010)

Sobre essa Lei, pode-se afirmar queI. foi um projeto de lei apresentado pela iniciativa

popular, contendo assinaturas de mais de 1milhão de brasileiros;

II. impede a candidatura de políticos suspeitosde terem praticado crimes de corrupção;

III. entrará em vigor somente a partir das eleiçõesde 2012.

Está correto o contido apenas em(A) I. B) II. (C) III.(D) I e II. (E) II e III.

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ATUALIDADES02. O Congresso dos Estados Unidos aprovou [em24.06.2010] sanções ainda mais duras contra o Irã (...).A legislação pune empresas estrangeiras que contri-buam com a indústria de energia iraniana e tambémbancos que façam negócios com a Guarda Revoluci-onária Iraniana o braço militar do regime (...).

(Folha de S.Paulo, 25.06.2010)As sanções citadas pela notícia têm como obje-

tivo(A) enfraquecer a política econômica dos EUA

no Oriente Médio.(B) fortalecer a liderança do Irã junto aos países

árabes.(C) pressionar o Irã a suspender seu programa

nuclear.(D) forçar a retirada dos exércitos norte-america-

nos do Iraque.(E) impedir a formação de aliança militar entre Irã

e Rússia.

03. O parlamento aprovou [em 06.05.2010] o planodo governo para reduzir o déficit fiscal (diferença entrearrecadação e gastos) do país, atualmente em 13,6%do Produto Interno Bruto (PIB). (...) Outra face do pro-blema é a reação da população (...), que foi às ruascontra o plano aprovado pelo parlamento. Como con-dição para receber ajuda da União Europeia e doFundo Monetário Internacional (FMI), o governo teveque propor medidas para cortar seus gastos (...). Osplanos incluem o congelamento de salários de funci-onários públicos, redução de pensões e aumento deimpostos (...).

(http://g1.globo.com, 07.05.2010)A notícia refere-se a um país que atravessa uma

grave crise econômica. Trata-se(A) da Alemanha. (B) da Grécia.(C) da França. (D) da Holanda.(E) de Portugal.

04. Os quatro principais países emergentes do mun-do – o BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China) – cancela-ram [em 26.06.2010] um encontro do grupo durante areunião do G20, no Canadá, (...). O grupo representa16,5% do PIB (Produto Interno Bruto) mundial e tembuscado influência nas instituições financeiras glo-bais.

(http://noticias.r7.com/economia/noticias,27.06.2010)

Dentre as características comuns existentesentre os países que compõem o BRIC, estácorreto afirmar que

(A) suas economias estão estagnadas, desde2008, em razão da grande crise econômicavivida pelos Estados Unidos.

(B) são grandes potências militares que se ali-nharam contra a OTAN na corr idaarmamentista pós-Guerra Fria.

(C) não fazem parte do G-20, motivo pelo qualformaram um bloco paralelo para defender seusinteresses econômicos.

(D) passaram a fazer parte do Conselho Perma-nente de Segurança da ONU, a partir de feve-reiro de 2010.

(E) se destacaram no cenário mundial pelo rápi-do crescimento das suas economias em de-senvolvimento.

GABARITO COMENTADO

01 - D

A proposta do Ficha Limpa foi encaminhada à Câma-ra dos Deputados pelo Movimento de Combate à CorrupçãoEleitoral (MCCE) em setembro de 2009. Foram coletadasmais de 1,6 milhão de assinaturas. A campanha começouem abril de 2008. O Projeto Ficha Limpa altera a Lei Com-plementar nº 64 de 1990. Esta lei, atualmente em vigor, es-tabelece critérios de impedimento para a candidatura depolíticos, de acordo com a Constituição. O objetivo, segun-do o texto, é proteger a “probidade administrativa” e a“moralidade no exercício do mandato”. O TSE (Tribunal Su-perior Eleitoral) decidiu que o projeto terá validade já naseleições de outubro deste ano.

02 - C

O Congresso dos Estados Unidos aprovou, em junhode 2010, sanções ainda mais duras contra o Irã, aumentan-do a pressão para que o país persa suspenda o seu pro-grama nuclear. A legislação pune empresas estrangeirasque contribuam com a indústria de energia iraniana e tam-bém bancos que façam negócios com a Guarda Revolucio-nária iraniana.

03 - B

O Parlamento grego aprovou, em maio de 2010, o pro-grama para reduzir o déficit fiscal nos próximos três anosde 13,6% para 8,1% do PIB. O pacote, que inclui aumentode impostos e redução de salários, era condição para queo país tivesse acesso ao pacote de ajuda patrocinado pe-las nações da zona do euro e pelo Fundo Monetário Interna-cional (FMI).

04 - E

O BRIC é uma sigla que se refere a Brasil, Rússia,Índia e China, que destacaram-se no cenário mundial pelorápido crescimento das suas economias em desenvolvi-mento. Em 16 de junho de 2009, os líderes dos países doBRIC realizaram sua primeira reunião, em Ecaterimburgona Rússia.