Upload
ayla-de-sa-marques
View
5.526
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
10 dicas para entender a crase
A crase consiste na fusão de duas vogais idênticas. No caso
da fusão da preposição a com o artigo definido a(s) ou com o pronome
demonstrativo a(s) a crase é indicada por um acento grave (à). Emprega-se
igualmente o acento grave quando o pronome demonstrativo a(s) pode ser
substituído por aquela.
Sabendo a regra básica, listo aqui 10 dicas infalíveis para entender a
crase. Vamos a elas:
1. A crase da preposição a com o artigo definido a(s) só ocorre diante de
palavras femininas, visto que o artigo definido das palavras masculinas é o(s) e
não a(s).
Constitui erro, portanto, usar acento grave na preposição a de locuções como a
contento, a gosto, a esmo, a exemplo, a fogo, a frio, a fundo, a juízo
de, a lápis, a modo de, a pé, a prazo. A única exceção consiste nas
locuções em que está implícita e oculta uma palavra feminina, como moda,
maneira. Ex.: vestido à Carlos Tufvesson.
2. Se houver dúvida devemos mentalmente substituir a palavra feminina por
outra masculina; se a partícula “a” se alterar em ao, usa-se o acento grave
indicativo de crase; se não se alterar, trata-se da preposição a, que deve
permanecer sem acento; se for substituída por o(s) trata-se de artigo definido,
que também não comporta acento.
3. Atenção! Há palavras que não admitem a anteposição do artigo, tais como
verbo, advérbio, artigo indefinido (um, uma), pronome pessoal (ela, nós, vós),
pronome demonstrativo (esta, essa), pronome relativo (quem, cuja), pronome
indefinido (cada, alguma, alguém, toda, qualquer, ambas). Nestes casos, é óbvio
que não há crase.
4. Diante de possessivos femininos usados em função adjetiva (minha, tua, sua,
nossa vossa), o acento é facultativo.
5. Em locuções prepositivas, geralmente com o “de”, (à custa de, à espera de,) e
locuções conjuntivas, geralmente com o “que”, (à proporção que, à medida que)
precedendo nomes femininos, usa-se a crase.
6. Em locuções adverbiais diante de nomes femininos (à vontade, às vezes, à
vista, à distância) usa-se igualmente a crase.
7. Usa-se crase diante de palavras femininas após os verbos regidos pela
preposição a (assistir a, responder a).
8. No caso do pronome relativo qual, usa-se o acento sempre que o antecedente
for do gênero feminino. Quando o pronome é interrogativo, no entanto, não há
crase.
9. Usa-se crase antes de adjuntos adverbiais de tempo e diante da palavra horas
(à tarde, à noite, às 10 horas).
10. Constitui erro a indicação de crase com o artigo no singular diante de um
nome no plural. Ex.: Ele fez referência a bicicletas. E não “à”. Não há artigo.
A crase – 12 casos proibidos
Você já sabe quando usar a crase, certo? E quando não
usá-la? Sabe? O excesso de crase em um texto é tão ruim quanto a falta dela. E
como o Enem taí, este post é dedicado a todos os aqueles que precisam de uma
dica rápida de última hora para não trocar as bolas na hora da prova. Boa sorte!
Nunca use crase nos seguintes casos:
1 – Antes de substantivos masculinos
* andar a pé
* dinheiro a rodo
Exceção: quando se subentende: à moda de, à maneira de, faculdade,
universidade, empresa, companhia. Exemplos:
Concedeu privilégio à Ford.
Vestiu-se à Pierre Cardin.
2 – Antes de verbo
* Condições a combinar
* Aprender a ler
3 – Antes do artigo indefinido uma e dos pronomes que não admitem
o artigo a (pronomes pessoais, indefinidos, demonstrativos,
relativos)
* não me submeto a uma exigência dessas
* a mim, a ela, a si, a V.Exa
* a nenhuma parte
* a cada uma
* a qualquer hora
* a uma hora qualquer
* a ninguém
* a nada
* a certa hora
* a essa hora
* a quem respeito
* a cuja autoridade admiro
4 – Antes de numerais
* de 12 a 20
* de 1990 a 2008
Exceto para horários. Exemplo: O avião sairá às 14h.
5 – Entre substantivos idênticos
* cara a cara
* gota a gota
* de parte a parte
6 – Quando está sozinho antes de palavra no plural
* a obras
* a pessoas ilustres
* a conclusões favoráveis
7 – Antes de Nossa Senhora e nomes de santas
* Apelava a Nossa Senhora e a santa Clara
8 – Depois de preposições
* após as aulas
* ante a evidência
* conforme a ocasião
* contra a maré
* desde a véspera
* durante a palestra
* entre as palmeiras
* mediante a força
* para a paz
* perante a sociedade
* sob a jurisprudência
* sobre a questão do acordo
* segundo a lei
9 – Antes da palavra casa quando se refere ao próprio lar
* Voltara a casa pois esquecera o cartão.
10 – Antes da palavra terra quando se opõe a bordo
* Assim que desembarcaram, desceram a terra.
11 – Quando antes do feminino se subentende o artigo indefinido
“uma”
* Encontrava-se presa a terrível melancolia. Subentende-se: Encontrava-se
presa a [uma] terrível melancolia
12 – Antes de lugares que não admitem o artigo a
* Fui a Brasília, a Belém, a Recife, a Paris e a Roma
Segunda a primeira premissa, a crase ocorre quando há artigo feminino e só há
artigo feminino quando há uma palavra feminina (um substantivo feminino),
como A mesa, A praia, A cidade, etc.
Agora quando a palavra feminina “pedir” o artigo, podemos dizer que termos
uma crase. Mas como saber se a palavra feminina pede ou não, o artigo?
Essa regrinha tenho certeza que você já ouviu por aí. Basta reler a oração em
que apareça regidos das preposições: “de”, “em” e “por”. Se tivermos meras
preposições, o nome dispensa artigo.
Exemplo:
Vou a Copacabana.
Vou a Vitória.
Substituo o verbo ir (= vou) por: venho, passo, moro
Venho de Vitória.
Passo por Vitória.
Moro em Vitória.
Então:
Vou a Copacabana.
Vou a Vitória.
Atenção! O “a” é mera preposição e as palavras Copacabana e Vitória não
pedem o artigo, por isso não se usa crase.
Porém, se houver necessidade de usar, respectivamente: da (= de + a); na(= em
+ a); pela (= por + a), a palavra feminina tem o artigo feminino definido “a”,
então haverá crase:
Ex.:Vou à Bahia
Venho da Bahia
Moro na Bahia
Passa pela Bahia.
Houve contração da preposição de + a = da, em + a = na, por + a = pela por
isso “a” da Bahia é craseado.
Vou à Bahia.
Outra regra prática para sabermos se o substantivo exige ou não o artigo
feminino definido “a” é substituir o vocábulo feminino por um masculino. E se
aparecer a contração da preposição “a” com o artigo “o” = ao antes do nome
masculino, haverá crase. Ex.:
Eu vou a cidade
Posso dizer:
Eu vou ao Município.
Logo, na oração:
Eu vou à cidade. O “a” da cidade deve ser craseado.
E se não pedir, como saber? Veja o exemplo:
Eu vou a Roma.
Eu venho de Roma.
Atenção! A palavra Roma não pede o artigo feminino, porém se eu disser:
Eu vou a Roma dos Césares. A palavra Roma, agora, está determinada.
Pense assim: Não é qualquer Roma que vou, eu vou àquela Roma dos Césares,
então, craseia-se o “a” de Roma. Esse é o exemplo clássico.
Eu vou à Roma dos Césares.
Outro exemplo:
Eu vou a Copacabana.
Eu vou à Copacabana de minha infância
Ele foi a Minas.
Ele foi à Minas de Tiradentes.
Dica! Há uma música para ninguém esquecer o uso da crase nesses casos:
Se vou a
E venho dá
Eu craseio o à
Exemplo:
Vou à festa
Venho da festa
Se eu vou a
E venho dê
Crasear o a
Para quê ?
Exemplo:
Vou a São Paulo.
Venho de São Paulo.
PARA MEMORIZAR:
Se venho “da” é “à” (com crase).
Se venho “de” é “a” (sem crase).
Vou à Grécia. Venho da Grécia.
Vou a Santa Catarina. Venho de Santa Catarina.
Exercícios:
1. “O pobre fica ___ meditar, ___ tarde, indiferente ___ que
acontece ao seu redor”.
a) à – a – aquilo
b) a – a – àquilo
c) a – à – àquilo
d) à – à – aquilo
e) à – à – àquilo
2. “O grupo obedece ___ comando de um pernambucano, radicado
___ tempos em São Paulo, e se exibe diariamente ___ hora do
almoço”.
a) o – à – a
b) ao – há – à
c) ao – a – a
d) o – há – a
e) o – a – a
3. “Nesta oportunidade, volto ___ referir-me ___ problemas já
expostos ___ V. Sª ___ alguns dias”.
a) à – àqueles – a – há
b) a – àqueles – a – há
c) a – aqueles – à – a
d) à – àqueles – a – a
e) a – aqueles – à – há
Gabarito:
1.C
2.B
3.B
http://quemtemmedodeportugues.wordpress.com/2010/08/23/10-dicas-
para-entender-a-crase/