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10.001 - PLANTAS MEDICINAIS INDICADAS PELOS VENDEDORES
DE ERVAS DO MERCADO SÃO JOSÉ- RECIFE/PE PARA O
TRATAMENTO DE DOENÇAS DO FÍGADO
Lima, I. R. , Silva, I. B. , Silva, T. M. S. , Maia, M. B. S. , Leite, S. P. ,
Departamento de Histologia e Embriologia - UFPE Departamento de
Fisiologia e Farmacologia - UFPE
Introdução:
A utilização de plantas medicinais é uma prática comum entre as populações.
Segundo a Organização Mundial da Saúde, 80% da população recorre a
medicina tradicional para atender suas necessidades primárias de assistência
médica (OMS, 1993). O conhecimento popular pode fornecer dados
importantes para novas descobertas científicas e as pesquisas acadêmicas
podem originar novos conhecimentos sobre as propriedades terapêuticas das
plantas (Simões, 1998).
Objetivos:
Realização de levantamento no Mercado São José- Recife/PE das espécies de
plantas utilizadas para doenças do fígado e verificar se existe comprovação na
literatura da atividade hepatoprotetora dessas espécies.
Métodos:
O estudo não realizou experimentos com animais nem com humanos. A coleta
de dados para este trabalho foi realizada no Mercado Público de São José em
Recife-PE. Proprietários dos quiosques que comercializavam ervas medicinais
foram entrevistados através de um questionário semi-estruturado e
responderam perguntas abrangendo modo de obtenção, finalidade terapêutica,
uso e parte da planta utilizada para doenças do fígado. O número de
questionários aplicados (11), foi feito em função do número de boxes (16) de
plantas medicinais ao redor do Mercado de São José e da disponibilidade dos
vendedores em responder os questionários.
Resultados:
As plantas mais citadas como indicadas para doenças do fígado foram: Quebra
faca, Alcachofra, Boldo, Macela do Reino, Carqueja, Capeba e Picão Preto.
As partes mais utilizadas são as folhas (80%) e 90% dessas preparações é
feita em forma de chá. Do total de plantas citadas apenas 19% tem atividade
hepatoprotetora confirmada e descrita na literatura.
Conclusão:
Os resultados mostram que mais de 70% das plantas medicinais para
tratamento de doenças do fígado comercializadas no Mercado público de São
José em Recife/PE, não têm atividade hepatoprotetora comprovadas
cientificamente. Este é um dado preocupante, um alerta para a comunidade
científica e a população que faz uso dessas plantas. É necessário intensificar
os estudos fitoterápicos desses produtos e fiscalizar sua comercialização, em
detrimento do uso inadequado pela população.
Apoio Financeiro:
Os resultados mostram que mais de 70% das plantas medicinais para
tratamento de doenças do fígado comercializadas no Mercado público de São
José em Recife/PE, não têm atividade hepatoprotetora comprovadas
cientificamente. Este é um dado preocupante, um alerta para a comunidade
científica e a população que faz uso dessas plantas. É necessário intensificar
os estudos fitoterápicos desses produtos e fiscalizar sua comercialização, em
detrimento do uso inadequado pela população.
Gerado em: 2014-5-21 16:21:30
10.002 - A TIBOLONA MELHORA O PERFIL LIPÍDICO, REVERTE
A ESTEATOSE E MELHORA O ESTADO REDOX DO FÍGADO DE
RATAS OVARIECTOMIZADAS
Campos-shimada, L. B. , Garcia, R. F., Maciel, E. R. M. , Ishii-iwamoto,
E. L. , Salgueiro, C. L. ,
Departamento de Ciências Fisiológicas - UEM Departamento de
Bioquímica - UEM
Introdução:
À semelhança do que ocorre com mulheres na pós-menopausa, ratas
ovariectomizadas (OVX) apresentam diversos distúrbios no metabolismo
lipídico, que resultam em maior incidência da síndrome metabólica (SM), um
conjunto de alterações que incluem obesidade, dislipidemias, hipertensão,
resistência à insulina, diabetes tipo I e esteatose hepática. A Tibolona é um
esteróide sintético, utilizado no tratamento dos sintomas da menopausa. Pouco
se sabe, no entanto sobre as suas ações sobre o metabolismo hepático de
lipídios.
Objetivos:
O objetivo deste trabalho foi investigar os efeitos da Tibolona sobre o perfil
lipídico, esteatose hepática e estado redox do fígado em ratas OVX,
portadoras de dislipidemia e esteatose.
Métodos:
Parecer 056/2011-CEAE Ratas Wistar OVX, após um período de 13 semanas
desenvolvem esteatose e dislipidemia e foram utilizadas neste estudo. Treze
semanas após a OVX, as ratas foram tratadas diariamente com Tibolona (0,16
mg/kg, OVX + T) ou veículo (goma arábica 1%, OVX), por um período de
três semanas. Os resultados foram comparados com aqueles obtidos em
animais sham-operadas para OVX e tratadas com goma arábica 1% (CONT).
O perfil lipídico e a glicemia foram avaliados por meio de kits de dosagens.
Os conteúdos hepáticos de lipídios foram avaliados por análises histoquímicas
(Sudam III) e gravimétricas, utilizando a técnica de extração em
clorofórmio:metanol (2:1). O estado redox do fígado foi avaliado por medidas
dos conteúdos de glutationa reduzida (GSH), níveis de proteínas carboniladas
e de lipoperoxidação, este último através da detecção de malondialdeído,
espécie reativa ao ácido tiobarbitúrico, utilizando a técnica de TBARS
(thiobarbituric acid reactive substances). Os procedimentos realizados foram
aprovados pelo Comitê de Ética em Experimentação Animal (Parecer n°
056/2011-CEAE). Os resultados foram expressos como médias ± EP. A
existência de significância estatística foi avaliada por meio de realizados testes
“t” de Student não pareado ou one-way ANOVA (nível de significância, p <
0,05).
Resultados:
O tratamento de ratas OVX com Tibolona reduziu a glicemia destes animais
para valores próximos àqueles dos CONT. Além disso, o tratamento destes
animais reduziu o colesterol total, HDL e LDL, para valores que foram,
inclusive, significativamente menores do que aqueles dos CONT. Já os níveis
de VLDL e de triacilgliceróis, ambos aumentados em ratas OVX em cerca de
37%, não foram alterados pelo tratamento com a Tibolona (n = 10). As
análises histoquímicas (n = 3) e gravimétricas do fígado (n = 8) revelaram
que, em ratas OVX, os conteúdos de lipídios estavam aumentados, mas o
tratamento com a Tibolona reduziu estes conteúdos para níveis próximos
àqueles dos CONT. A reversão da esteatose pelo tratamento com a Tibolona
foi acompanhada por uma melhora no estado redox do fígado. Assim, os
conteúdos de GSH, diminuídos em ratas OVX, foram completamente
restaurados pelo tratamento dos animais (n = 6). Os danos oxidativos também
foram reduzidos nos fígados de animais tratados com Tibolona. Os níveis de
carbonilação de proteínas (n = 6) e de lipoperoxidação (n = 10), aumentados
em ratas OVX, reduziram para níveis semelhantes àqueles dos CONT, em
ratas OVX + T.
Conclusão:
A Tibolona exerceu efeitos benéficos sobre a glicemia, o perfil lipídico e
reverteu a esteatose, fenômeno que foi acompanhado por uma melhora no
estado redox do fígado.
Apoio Financeiro:
Capes e Fundação Araucária.
Gerado em: 2014-5-21 16:21:30
10.003 - DETERMINAÇÃO DE FENÓIS TOTAIS, FLAVONÓIDES E
ATIVIDADE ANTIOXIDANTE DE Euphorbia hirta L.
(EUPHORBIACEAE)
Almeida, J. R. G. S. , Bezerra, G. S. , Guimarães, A. L. , Macedo, S. K. S.
, Cruz, D. R. R. , Oliveira, A. P. , Araujo, E. C. C. ,
Programa de pós-graduação em Recursos Naturais do - UNIVASF
Introdução:
Euphorbia hirta é uma espécie comumente encontrada na região do vale do
São Francisco, sendo conhecida popularmente como “erva de Santa Luzia”,
pertence à família Euphorbiaceae. Seu uso tradicional tem sido relatado no
tratamento de tosse, coriza, asma, infecções nos brônquios, reclamações
intestinais, infestações por vermes, feridas, pedras nos rins e furúnculos.
Objetivos:
Quantificar fenóis totais, flavonóides totais e avaliar o potencial antioxidante
pelos modelos de seqüestro do radical DPPH e inibição da autooxidação do β
-caroteno da espécie em estudo.
Métodos:
Experimento que não utiliza animais ou humanos. O material vegetal (folhas,
flores e caule) foi coletado na cidade de Petrolina-PE, e a exsicata da espécie
E. hirta foi depositada no HVASF (número 10994). Após isto, realizou-se a
secagem, pulverização e preparação do extrato etanólico das partes aéreas
através da técnica de maceração. Em seguida o extrato etanólico foi submetido
a um sistema de cromatografia à vácuo com os solventes hexano, clorofórmio,
acetato de etila e metanol para obtenção das fases. Os teores de fenóis e
flavonóides totais foram determinados por interpolação da absorbância das
amostras contra uma curva de calibração construída com padrões de ácido
gálico e catequina, respectivamente. Para avaliação da atividade antioxidante
no modelo de seqüestro do radical DPPH foram preparadas soluções do
extrato, fases e padrões, em etanol, nas concentrações de 1, 3, 9, 27, 81 e 243
μg/mL. Os padrões utilizados foram BHT, BHA e ácido ascórbico. Para
avaliar a capacidade antioxidante, pelo modelo de inibição da autooxidação
do β -caroteno, foram preparadas soluções do extrato e fases e foram
utilizados os padrões quercetina, pirogalol e ácido ascórbico. Todos os
experimentos foram realizados em triplicata.
Resultados:
Na quantificação de fenóis totais a fração que apresentou melhor valor da
ordem de 102,9 mg/g, medidos através de curva de calibração em mg de
equivalente de ácido gálico/g da amostra (R2= 0,999) foi a metanólica (Eh-
MeOH). Através do experimento de flavonóides totais podemos presumir que
uma parte do conteúdo fenólico deve corresponder a metabólitos secundários
da classe dos flavonóides, sendo que neste experimento o extrato etanólico
bruto (Eh-EEB) apresentou melhor valor na ordem de 54,16 mg de
equivalente de catequina/g de extrato. Em relação às atividades antioxidantes
dos extratos e fases da espécie Euphorbia hirta verificou-se que no método do
seqüestro do radical DPPH o extrato etanólico bruto (Eh-EEB) apresentou
maior poder antioxidante com CI50 de 14,92 ± 0,55 µg/mL. No modelo da
inibição da autooxidação do β-caroteno a fração clorofórmica (Eh-CHCl3) foi
a que se mostrou com melhor atividade com um valor de 77,22 ± 2,484.
Conclusão:
Os resultados deste estudo demonstram que os materiais vegetais de
Euphorbia hirta coletados em Petrolina-PE nos permitem afirmar que o
emprego popular pode estar relacionado à proeminente capacidade
antioxidante explicitada nos resultados obtidos. Um estudo fitoquímico mais
aprofundado está sendo realizado para uma melhor discussão com relação aos
constituintes químicos desta planta e a atividade antioxidante observada.
Apoio Financeiro:
CAPES/ CNPq/BNB.
Gerado em: 2014-5-21 16:21:30
10.004 - POTENCIAL FOTOPROTETOR E ANTIRADICALAR DE
TRIPLARIS GARDNERIANA WEDD. (POLYGONACEAE)
Macedo, S. K. S. , Ferraz, C. A. A. , Oliveira, A. P. , Bezerra, G. S. ,
Anjos, V. H. A. , Almeida, J. R. G. S. , Nunes, X. P. ,
Pós-graduação em Recursos Naturais do Semiárido, - UNIVASF
Coordenação de Química - IF SERTÃO-Petrolina/PE.
Introdução:
O excesso de radicais livres produzidos na pele após a exposição à radiação
UV pode ser combatido por antioxidantes produzidos pelo corpo ou
absorvidos da dieta (Quim. Nova. 29:113, 2006), por isso a busca por
substâncias antioxidantes é tão promissora hoje em dia. Comprovada a
capacidade de absorver a radiação solar e antioxidante de substâncias naturais
pode-se intensificar a proteção final do produto empregado em formulações
associadas aos filtros UV (Rev. Ciênc. Farm. Básica Apl. 34:69, 2013).
Objetivos:
Avaliar o potencial fotoprotetor e antioxidante dos extratos da folha de
Triplaris gardneriana Wedd.
Métodos:
Os testes foram in vitro. As folhas foram coletadas no município de Santa
Maria da Boa Vista, Pernambuco em julho de 2013. Depois secas,
pulverizadas e maceradas em etanol para obtenção do extrato etanólico bruto.
Em seguida, fracionado em hexano, clorofórmio, acetato de etila e metanol
para obter os extratos. A atividade antioxidante foi feito segundo o método de
Mensor e colaboradores (Phytother. Res. 15:127, 2001) utilizando o 2,2-
difenil -1- picrylhydrazil (DPPH) e como padrões o ácido ascórbico, BHA e
BHT nas concentrações de 1, 3, 9, 27, 81 e 243 µg/mL. Os valores de CE50
foram calculados por regressão linear utilizando o programa GraphPad Prism
5.0. A determinação da atividade fotoprotetora dos extratos foi realizada de
acordo com a metodologia utilizada por Violante et al. (Braz. J. Pharmacogn.
19:452, 2009), nas concentrações de 5, 25, 50 e 100 mg/L. Posteriormente,
foi realizada a leitura espectrofotométrica em comprimentos de onda entre
260-400 nm. O cálculo do FPS foi obtido de acordo com a equação
desenvolvido por Mansur et al. (An Bras. Dermatol. 61:121, 1986). Os ensaios
foram realizados em triplicata e calculados a média e o erro padrão dos
valores.
Resultados:
Os dados mostraram que o extrato etanólico bruto (EBB), fase acetato de etila
e a fase metanólica exibiram excelente atividade antioxidante no sequestro do
DPPH com menor valor CE50 (2,27± 0,19; 5,42± 0,84 e 3,35± 0,15 µg/mL),
respectivamente. Porém, o EEB apresentou melhor atividade antioxidante do
que os padrões utilizados. O extrato bruto, as fases clorofórmica, acetato de
etila e metanólica apresentaram perfil de absorção espectrofotométrica dentro
da faixa da região UVC (100-290 nm). A fase clorofórmica e acetato de etila
absorveram na região do UVA (320- 400 nm), mas a clorofórmica mostrou-se
mais eficaz. Todas as amostras, exceto a fase hexânica exibiram FPS maiores
que 6,0 na concentração 100 mg/L. Nesta, os valores de FPS de 7,4± 0,13;
12,8± 0,16; 11,3± 0,12 e 11,9± 0,29 para EEB, fase clorofórmica, fase acetato
de etila e fase metanólica, respectivamente.
Conclusão:
Todas as amostras, exceto a fase hexânica exibiram efeito fotoprotetor. Essa
boa fotoproteção pode ser explicada pelo extraordinário potencial
antioxidante que os extratos exibiram. Portanto, a espécie vegetal testada, em
condições padronizadas, pode ser considerada como um ótimo fotoprotetor,
pois de acordo com a legislação brasileira RDC Nº 30 de 1º de junho de 2012
(Brasil, 2012), um produto adequado para utilização em cosméticos para
fotoproteger deve apresentar um FPS igual ou superior a 6.
Apoio Financeiro:
Todas as amostras, exceto a fase hexânica exibiram efeito fotoprotetor. Essa
boa fotoproteção pode ser explicada pelo extraordinário potencial
antioxidante que os extratos exibiram. Portanto, a espécie vegetal testada, em
condições padronizadas, pode ser considerada como um ótimo fotoprotetor,
pois de acordo com a legislação brasileira RDC Nº 30 de 1º de junho de 2012
(Brasil, 2012), um produto adequado para utilização em cosméticos para
fotoproteger deve apresentar um FPS igual ou superior a 6.
Gerado em: 2014-5-21 16:21:30
10.005 - Avaliação da atividade citotóxica de extratos de plantas do
gênero MICONIA (Melastomataceae).
Silva, B. I. M. , Lima, S. M. A. , Leite, T. C. C. , Borba, E. F. O. , Araújo,
L. C. C. , Silva, T. G. ,
Antibióticos - UFPE
Introdução:
O gênero Miconia é composto por mais de 1000 espécies e destaca-se por ser
o maior em número de espécies da família Melastomataceae. Diante da
abundância destas espécies e a escassez de registros, é de extrema importância
uma maior atenção ao estudo das mesmas. O uso de culturas de células em
pesquisas vem ganhando destaque nos últimos anos. Pois esses modelos de
experimentação permitem criar condições semelhantes às que ocorrem em
organismos, possibilitando a análise de alterações sofridas pelas células frente
à determinada substância.
Objetivos:
Investigar a citotoxicidade de extratos obtidos de três espécies vegetais do
gênero Miconia, utilizando o teste de viabilidade celular (MTT) em linhagens
de macrófagos J774 A1.
Métodos:
Trabalho não utilizou de animais ou humanos As espécies M. amacurensis
(MA), M. mirabilis (MM) e M. hypoleuca (MH) foram coletadas nos
municípios de Maceió e Satuba (AL) e na Zona da Mata Sul (PE).
Aproximadamente 300 g das partes aéreas de cada espécie vegetal foram
secas em estufa, moídas e extraídas com os solventes hexano, acetato de etila
e metanol. Os extratos foram concentradas por rotaevaporação. A viabilidade
celular foi determinada através do método do MTT, utilizando as células de
macrófagos da linhagem J774 A1, semeadas (3,5 x 104 células/poço) em
placas de 96 poços. Os extratos foram dissolvidos em DMSO (10 mg/mL) e
adicionado aos poços na concentração de 50 μg/mL. Após 72 h adicionou-se
MTT (5 mg/mL) e incubou-se a placa por 3 h. A absorbância foi medida em
espectrofotômetro (540nm) após dissolução do precipitado em DMSO. O
percentual de inibição do crescimento celular (IC%) foi determinado
considerando a média do controle negativo como 100% de proliferação e
calculado a partir da regressão não linear pelo programa GraphPad Prism
5.0.Uma escala de intensidade foi utilizada para avaliar o IC% das amostras
testadas. Amostras sem atividade, com pouca atividade (1-50%), com
moderada atividade (50-75%) e com alta atividade (75-100%).
Resultados:
Os extratos acetoetílicos das espécies MA e MM apresentaram alta atividade
citotóxica frente aos macrófagos (77,4±5,9 e 86,7±2,4 µg/mL)
respectivamente, o extrato acetoetílico da MH apresentou atividade moderada
(67,0±3,3 µg/mL), enquanto os extratos metanólicos e hexânicos
apresentaram baixa citoxicidade. A citotoxicidade para os extratos
metanólicos foi: MA (41,4±0,4 µg/mL), MM (19,0±0,0 µg/mL) e MH
(35,7±3,5 µg/mL); e para os extratos hexânicos foram: MA (40,1±0,4 µg/mL),
MM (21,8±2,5 µg/mL) e MH (10,5±00 µg/mL).
Conclusão:
Os extratos metanólicos e hexânicos das espécies de Miconia utilizados neste
trabalho foram os menos citotóxicos frente a células de macrófagos,
merecendo destaque para os extratos hexânico de M. hypoleuca e o
metanólico de M. mirabilis.
Apoio Financeiro:
FACEPE e CNPq.
Gerado em: 2014-5-21 16:21:30
10.006 - AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTINOCICEPTIVA DO
FITOL EM CAMUNDONGOS.
Santos, C. C. M. P. , Mota, V. G. , Salvadori, M. S. , Benedito, R. B. ,
Salgado, P. R. R. , Sousa, D. P. , Almeida, R. N. ,
Unidade Acadêmica de Saúde - UFCG Departamento de Fisiologia e
Patologia - UFPB
Introdução:
Fitol é um diterpeno presente na molécula da clorofila e, portanto, muito
abundante na natureza. Os terpenos, constituintes dos óleos essenciais,
possuem várias propriedades farmacológicas, tais como analgésica e anti-
inflamatória. Algumas atividades farmacológicas do fitol já foram
demonstradas, no entanto, há escassez de estudos sobre seu efeito analgésico.
Objetivos:
O presente estudo foi desenvolvido com a finalidade de traçar um perfil da
atividade antinociceptiva do fitol em modelos animais químicos e térmicos de
dor.
Métodos:
0104/11 Todos os experimentos foram previamente aprovados pelo CEPA-
UFPB, sob a certidão n0 0104/11. Foram utilizados camundongos swiss
machos albinos, pesando entre 25 a 35g, com 3 meses de idade. O fitol foi
administrado intraperitonealmente (i.p.) nas doses de 25, 50, 100 e 200 mg/kg
em todos os testes. A atividade antinociceptiva do fitol foi investigada em 3
testes: (1) no teste das contorções abdominais induzidas pelo ácido acético,
uma solução e 1% de ácido acético foi administrada i.p. após 30 min dos
tratamentos, sendo observado o número de contorções. (2) teste da formalina,
na qual a formlina (2,5%) foi administrada i.pl. e o tempo de lambida da pata
foi observado, e (3) teste da placa quente, onde o animal foi colocado sob uma
placa aquecida a 50 graus, e a latência foi contabilizada como nocicepção.
Resultados:
No teste das contorções abdominais induzidas pelo ácido acético, em todos os
grupos tratados com fitol ocorreu diminuição significativa das contorções,
quando comparado ao grupo controle [controle (43,8 ± 4,3), 25: 81,7% (8,0 ±
2,3); 50: 95,4% (2,0 ± 0,8); 100 e 200 mg/kg: 100% (0,0 ± 0,0) de inibição].
Nos grupos tratados com indometacina (10 mg/kg) e morfina (6 mg/kg), a
inibição foi de 56,0% (19,3 ± 2,0) e 98,6% (0,6 ± 0,3), respectivamente. Na 1a
fase do teste da formalina, apenas as doses de 50, 100 e 200 mg/kg de fitol
[50: 32,5% (51,6 ± 4,7), 100: 28,9% (54,3 ± 5,1), e 200: 52,9% (36,0 ± 3,9)] e
a morfina [10mg/kg: 53,0% (35,9 ± 4,7)] reduziram o parâmetro comparado
ao controle (76,4 ± 9,4). Já na 2a fase, todos os grupos reduziram o parâmetro
[25: 35,0% (165,8 ± 44,0), 50: 86,3% (34,9 ± 14,6), 100: 89,8% (26,0 ± 10,6),
200: 98,7% (3,3 ± 0,3), indometacina: 43,3% (165,4 ± 31,0) e morfina: 98,5%
(3,8 ± 1,6) de inibição do tempo de lambida da pata] em relação ao controle
(255,3 ± 24,3). No teste da placa quente, o fitol foi capaz de aumentar a
latência (em seg) dos animais em resposta ao estímulo térmico após 30 min de
sua administração: 25 (9,6 ± 0,9), 50 (11,0 ± 2,0), 100 (10,1 ± 1,0) e 200 (9,3
± 0,6) mg/kg, bem como o grupo tratado com morfina (15,0 ± 1,5), quando
comparados ao grupo controle (3,8 ± 0,4). Aos 60 min, apenas a dose de 50
mg/kg de fitol (10,3 ± 1,9) e morfina (13,6 ± 1,4) mantiveram o aumento da
latência de forma significativa (controle: 3,9 ± 0,4). Aos 120 min, a morfina e
todas as doses de fitol, exceto a de 25 mg/kg, apresentaram aumento deste
parâmetro (morfina: 7,2 ± 0,6; 50: 8,8 ± 1,0; 100: 8,0 ± 1,2 e 200: 7,3 ± 1,0;
controle: 3,7 ± 0,7).
Conclusão:
Portanto, podemos observar que, em todos os testes, o fitol apresentou um
efeito antinociceptivo significativo, que pode ser interpretado como atividade
tanto em nível central como periférica.
Apoio Financeiro:
CNPq.
Gerado em: 2014-5-21 16:21:30
10.007 - Constituintes químicos do óleo essencial de folhas e frutos de
Schinus terebinthifolius Raddi provenientes do município de Neópolis,
Sergipe.
Nunes, R. K. V. , Nascimento, P. E. S. , Alves, P. B. , Santos, A. L. L. M. ,
Dias, A. S. , Santos, D. T. V. , Moraes, S. Z. C. , Araujo, B. S. , Shan, A. Y.
K. V. , Estevam, C. S. ,
Fisiologia - UFS Quimica - UFS
Introdução:
A espécie Schinus terebinthifolius Raddi, conhecida popularmente por aroeira,
é muito conhecida por seus frutos, explorados pelas indústrias alimentícias
devido ao aroma e sabor característico, advindos do óleo essencial o qual
possui propriedades biológicas cientificamente comprovadas. Da mesma
forma, também foram comprovadas do óleo essencial presente nas folhas.
Entretanto, a produção quali-quantitativa desses óleos, depende das variações
genéticas e ambientais cujas interações, originam a expressão de quimiotipos
específicos bem como à variação resultante da ontogenia que define o estádio
de desenvolvimento específico para obtenção de metabólitos alvos em
maiores quantidades, sendo uma ferramenta muito útil para a seleção de
materiais genéticos promissores. Neste sentido, propôs-se estudar
quimicamente os óleos essenciais presentes em folhas e frutos.
Objetivos:
Avaliar as similaridades e ou diferenças químicas entre os óleos essenciais
presentes nas folhas e nos frutos maduros de S. terebinthifolius Radii
provenientes do município de Neópolis Sergipe.
Métodos:
O estudo não utilizou experimento com animais e humanos. Os óleos foram
extraídos por hidrodestilação, por um período de 90 min, a partir do material
vegetal fresco e água destilada (1:10 para folhas, 1:5 para frutos). Após, foram
coletados do tubo de separação e armazenados em local livre de umidade e luz
até a análise química, feita por cromatografia gasosa acoplada à
espectrometria de massas (CG/EM) cujos padrões de similaridades estruturais
e abundâncias relativas foram relacionados.
Resultados:
Os óleos essenciais apresentaram uma constituição mono e sesquiterpênica
sendo observada maior diversidade de compostos presentes nos frutos
(Quadro1). Entretanto em ambos, folhas e frutos, os constituintes majoritários
foram identificados como ?-pineno e o ?-3-careno, compostos monoterpênicos
isoméricos. Vale ressaltar que embora os majoritários sejam os mesmos, a
proporção é bastante diferente. Nos óleos das folhas, a proporção entre ?-
pineno e??-3-careno é de 76,05% e 16,12% e no óleo dos frutos, 38,54% e
43,93%. Quadro1. Constituintes químicos do óleo essencial de folhas e frutos
de S. terebinthifolius Raddi analisados por CG/EM. Amostra vegetal: Frutos
Amostra vegetal: Folhas TR (min) Composto %GC-MS TR (min) Composto
%GC-MS 10.957 α-pineno 38.54 10.960 α-pineno 76.05 11.430 NI 0.10
11.505 canfeno 0.62 11.506 canfeno 0.64 12.570 β-pineno 1.88 12.316 NI
0.14 12.995 miceno 0.75 12.569 β-pineno 1.45 13.835 δ-3-careno 16.12
12.985 mirceno 2.61 14.560 limoneno 1.17 13.873 δ-3-careno 43.93 29.530
NI 0.99 14.385 s-cimeno 0.77 31.805 viridifloreno 1.35 14.550 limoneno 2.55
32.075 NI 1.07 14.685 1,8-cineol 0.36 17.412 NI 0.21 21.003 α-terpineol
0.73 24.722 (trans)- acetato de penocarvila 0.59 24.846 (cis)-acetato de
verbenila 0.45 25.098 (cis)- acetato de penocarvila 0.33 25.658
piperitenona 0.91 26.300 (trans)-acetato de carvila 0.48 26.472 acetato de
mirtenila 0.93 27.509 NI 2.63 27.913 α-copaeno 0.20 29.525 (E)-
cariofileno 0.62 31.805 ??patchouleno 0.33 35.011 oxido de cariofeleno
0.50
Conclusão:
Ó óleo essencial de frutos e folhas possuem os mesmos constituintes
majoritários, ?-pineno e ?-3-careno, que variam quantitativamente nos órgãos
vegetais estudados.
Apoio Financeiro:
FAPITEC-SE/CNPq.
Gerado em: 2014-5-21 16:21:30
10.008 - ATIVIDADE ANTINOCICEPTIVA DO ÓLEO ESSENCIAL
DE Hyptis martiusii Benth (CIDREIRA-BRAVA) ATRAVÉS DO
MODELO DE CONTORÇÕES ABDOMINAIS
Oliveira, C. D. M. , Ramos, A. G. B. , Neto, L. J. L. , Amaro, E. N. , Cruz,
L. P. , Delmondes, G. A. , Oliveira, M. R. C. , Menezes, I. R. A. ,
DEPARTAMENTO DE QUÍMICA BIOLÓGICA - URCA
Introdução:
A dor é uma realidade intrínseca à natureza das espécies de animais
superiores, cujo papel fisiológico é de grande importância para o nosso
organismo, funcionando como um sintoma clínico de alerta para a detecção de
ameaças à integridade física ao organismo. As plantas medicinais são de
grande importância para a saúde de toda população mundial por seu potencial
terapêutico, comprovado através de ensaios pré-clínicos, partindo de pesquisas
etnofarmacológicas sobre espécies vegetais utilizadas na medicina popular.
Dentre essas espécies, destaca-se o Hyptis martiusii Benth (cidreira-brava),
pertencente ao gênero Hyptis e família Lamiaceae, utilizada pelas
comunidades da Chapada do Araripe para o tratamento de doenças
inflamatórias e do trato gastrointestinal.
Objetivos:
Verificar o potencial antinociceptivo do óleo essencial de Hyptis martiusii
Benth (OEHM), a partir da redução da dor de origem central.
Métodos:
18/2012.2 O projeto submetido ao Comitê de Ética em Pesquisa Animal
(CEUA) da Universidade Regional do Cariri, sendo aprovado sob o número
18/2012.2. Foram utilizados cinco grupos de camundongos (n=6) (Mus
musculus), albinos, da linhagem Swiss de ambos os sexos, com massa
corpórea entre 20-30g Os grupos de camundongos foram pré-tratados com
solução salina (0,1 mL/10g), indometacina 10mg/kg e OEHM 50, 70 e
100mg/kg, todos por via oral. Após 1h, estes receberam injeção
intraperitoneal de ácido acético (6%) diluído em salina. Logo após, os animais
foram colocados sob funis de vidro individuais transparentes, sendo durante
30 minutos, o número de contorções abdominais quantificado
cumulativamente. A análise estatística utilizada foi ANOVA de uma via
utilizando o teste de post hoc de Tukey, utilizando o software Prisma para
Windows.
Resultados:
O número de contorções provocadas pelo ácido acético, foi reduzido em
68,24% na indometacina e 29,40%, 30% e 54,51% pelo OEHM,
respectivamente, nas concentrações de 50, 75 e 100mg/kg em relação ao
grupo salina, demonstrando o potencial antinociceptivo significativo do óleo,
apresentado principalmente na concentração de 100mg/kg.
Conclusão:
O OEHM na concentração de 100mg/kg apresenta atividade antinociceptiva,
através da redução da dor de origem central e periférica.
Apoio Financeiro:
CAPES, CNPq, FUNCAP.
Gerado em: 2014-5-21 16:21:30
10.009 - CONCENTRAÇÃO MÍNIMA INIBITÓRIA (CMI)
CONCENTRAÇÃO MINIMA BACTERICIDA (CMB) DO ÁCIDO
DIVARICÁTICO PURIFICADO DO LÍQUEN RAMALINA ASPERA
FRENTE À STAPHYLOCOCCUS AUREUS OXACILINA –
RESISTENTE (ORSA)
Cordeiro, B. M. P. C. , Gomes, N. M. F. , Martins, M. C. B. , Arruda, F.
V. F. , Filho, R. J. N. C. , Baptista, N. M. Q., Silva, T. F. , Natividade, C.
M. C. L. , Conceição, E. M. , Sena, K. X. F. R. , Gusmão, N. B. , Silva, N.
H.,
Departamento de Bioquímica e Fisiologia - UFPE Biomedicina - FACIPE
Departamento de Ciencias Geograficas - UFPE Departamento de
Antibioticos - UFPE
Introdução:
Devido à alta incidência de doenças infecciosas que vêm surgindo causadas
por bactérias e pela resistência destes micro-organismos a alguns antibióticos,
faz-se necessário o estudo de novos compostos. Neste contexto encontram-se
as substancias liquênicas, que possuem ação antibiótica comprovada.
Objetivos:
O objetivo deste trabalho foi avaliar a concentração mínima inibitória (CMI) e
concentração mínima bactericida (CMB) do ácido divaricático purificado do
líquen Ramalina aspera frente à bactéria Staphylococcus aureus oxacilina-
resistente (ORSA).
Métodos:
Foi feito um teste de difusão em meio sólido, com uma linhagem de
Staphylococcus aureus não resistente com o extrato etéreo do líquen que
continha em sua composição como composto majoritário o ácido divaricático.
Os discos foram impregnados com 50 µL do extrato a uma concentração de
1mg/ml diluído em DMSO. Após os resultados do teste de disco resolveu-se
fazer um teste de CMI do ácido divaricático purificado utilizando uma
linhagem Staphylcoccus aureus resistente a oxacilina. O teste foi realizado
segundo os critérios da Clinical and Laboratory Standards Institute (CLSI).
Foi preparada uma suspensão da cultura bacteriana (UFPEDA 728 ORSA),
com uma turbidez equivalente ao tubo 0,5 da escala Marc- Farland (108
UFC/ml). Em placa de 96 poços foi distribuído 100 µL do meio liquido
Muller-Hinton (MH) Nas duas primeiras colunas foram realizados,
respectivamente, os controles negativos e positivos, e logo após foi adicionado
mais 80 µL do meio de cultura na coluna 3, e mais 20 µL do composto
liquênico (concentração inicial 1280 µg/mL de DMSO). A partir desta coluna
foram feitas diluições sucessivas de 1:2, logo após foi adicionado 10 µL da
suspensão bacteriana. A placa foi incubada a 35 ºC por 18 h para crescimento
bacteriano. Em seguida, foi adicionado 20 µL de resarzurina (0,001%) aos
poços (revelador da reação). As placas foram incubadas a 35 ºC e após 2 h foi
realizada a leitura da reação. Após a leitura, foram semeados os poços a partir
de onde foi detectado a CMI ate o da mais alta concentração para determinar
CMB, em meio ágar M.H. O mesmo teste de CMI foi feito para o antibiótico
oxacilina que serviu para a comparação dos resultados, pois a linhagem do
micronismo escolhido é resistente ao antibiótico citado.
Resultados:
: O extrato etéreo mostrou, no teste de difusão em meio sólido, um halo de
inibição de 17mm. O ácido divaricático purificado mostrou uma CMI de 32
µg/mL para a cepa UFPEDA 728 ORSA e uma CMB a cima de 128 µg/mL. O
antibiótico oxacilina mostrou uma CMI e CMB maior que 128 µg/ml, ou seja,
não se mostrou eficaz em nenhuma concentração testada.
Conclusão:
Os resultados mostram que o ácido divaricático purificado é mais eficaz que o
antibiótico oxacilina para o combate a bactéria resistente e pode ser um novo
protótipo de fármaco natural.
Apoio Financeiro:
Capes
Gerado em: 2014-5-21 16:21:30
10.010 - EFEITO DO EXTRATO DE FOLHAS DE Schinus
terebinthifolius NA SOBREVIVÊNCIA E NO DESENVOLVIMENTO
DE LARVAS DE Aedes aegypti A PUPAS E ADULTOS
Procopio, T. F., Oliveira, A. R. C. , Pontual, E. V. , Martins, G. F. ,
Navarro, D. M. A. F. , Paiva, P. M. G. , Napoleao, T. H. ,
Bioquímica - UFPE Química Fundamental - UFPE Biologia Geral - UFV
Introdução:
O mosquito Aedes aegypti é o principal alvo no controle da dengue. A busca
por novos larvicidas tem crescido, uma vez que populações desse inseto têm
apresentado resistência aos inseticidas atualmente utilizados, os quais são
tóxicos para organismos não-alvo além de persistentes. Atividade larvicida de
lectinas (proteínas que reconhecem carboidratos) contra A. aegypti tem sido
descrita. Extrato de folhas de Schinus terebinthifolius (aroeira da praia)
contêm a lectina SteLL.
Objetivos:
Avaliar o efeito do extrato de folhas de S. terebinthifolius contendo lectina na
sobrevivência de larvas de A. aegypti, bem como na passagem das larvas para
os estágios de pupa e adulto.
Métodos:
De acordo com a instrução normativa do IBAMA Nº 141, de 19 de dezembro
de 2006, não é necessária autorização para trabalhos visando controle
artrópodes nocivos (ex. mosquitos) Folhas de S. terebinthifolius secas a 28 °C
por 3 dias foram trituradas e a farinha obtida foi homogeneizada (16 h, 4°C)
com NaCl 0,15 M na proporção de 10% (p/v). O extrato foi obtido após
centrifugação (15 min, 3.500 g, 4°C) e avaliado quanto à concentração de
proteínas. Cada bioensaio consistiu em manter 20 larvas no quarto estágio em
contato com 20 mL do extrato (4,0 a 15,0 mg/mL de proteína) ou água de
torneira (controle), com ou sem adição de alimento (ração para gato). Os
ensaios foram conduzidos em triplicata, fotoperiodismo 12:12 e temperatura
de 25–27ºC. Os números de larvas vivas e mortas, pupas vivas e mortas, bem
como de adultos emergidos foram registrados diariamente.
Resultados:
Em ambos os ensaios, com ou sem adição de ração, a taxa de sobrevivência
das larvas não foi alterada pelo extrato após 24 h de exposição. Entretanto,
todas as larvas tratadas expeliram todo o bolo alimentar revestido pela matriz
peritrófica. Esse fenômeno não foi visualizado no controle. Nos ensaios sem
adição de ração, as taxas de mortalidade das larvas expostas ao extrato durante
8 dias foram de 10,2%, 17,5%, 20,9% e 82,2% nas concentrações de 4,0, 6,0,
8,0 e 10,0 mg/mL, respectivamente. No controle, não houve mortalidade
larval. O número de larvas que evoluíram a pupas ou adultos foi maior
(p<0,05) no controle que em todos os tratamentos. A quantidade de adultos
emergidos foi de 4,65% e 4,4% nos tratamentos com o extrato a 8,0 e 10,0
mg/mL, enquanto que nas demais concentrações e no controle esse valor
variou entre 11,1% e 12,5%. Nos testes com adição de ração, os efeitos foram
menos pronunciados. Após 8 dias, não houve emergência de adultos apenas
no tratamento a 10,0 mg/mL e as taxas de mortalidade (0%, 10%, 26,3% e
31,5% para 4,0, 6,0, 8,0 e 10,0 mg/mL, respectivamente) foram menores que
no ensaio sem ração. Foi realizado então ensaio com o extrato a 15,0 mg/mL
de proteínas e adição de ração. Após 8 dias, não houve emergência de adultos
e a mortalidade larval foi de 42,1%. O ensaio foi acompanhado até o 23º dia e
apenas 15,8% dos indivíduos emergiram como adultos enquanto o restante
morreu no estágio larval (78,9%) ou de pupa (5,3%). No controle, 73,7% dos
indivíduos emergiram como adultos.
Conclusão:
O extrato de S. terebinthifolius demonstrou um efeito crônico sobre larvas de
A. aegypti, interferindo na sobrevivência e desenvolvimento. A eliminação do
bolo alimentar com a matriz peritrófica indica que ocorrem danos ao nível do
trato digestivo das larvas. O extrato foi ativo tanto na ausência quanto
presença de alimento, sugerindo que pode funcionar no controle de larvas
presentes em ambiente natural com alimento disponível. Ensaios para
determinação dos efeitos de preparação pura contendo SteLL estão em
andamento.
Apoio Financeiro:
Gerado em: 2014-5-21 16:21:30
10.011 - Estudo da hidrofobicidade do ácido protocatecúico e seus ésteres
alquílicos na inibição do complexo NADPH oxidase e modulação de
citocinas
Faria, C. M. Q. G, Paracatu, L. C. , Quinello, C, Renno, C. , Palmeira, P.,
Fonseca, L. M. , Ximenes, V. F. ,
Análises Clínicas - UNESP Departamento de Pediatria - USP
Introdução:
A NADPH oxidase compreende uma família de complexos de subunidades
multienzimáticos que catalisa a redução do oxigênio molecular para radical
ânion superóxido (O2•-). Processos deletérios resultantes da ativação de
NADPH oxidase e da produção excessiva de espécies reativas de oxigênio
(EROs) estão envolvidos no desenvolvimento e progressão de uma variedade
de doenças inflamatórias, vasculares e degenerativas. Para tanto, inibidores
específicos e potentes de NADPH oxidase são potenciais agentes
terapêuticos.
Objetivos:
Considerando que determinados fenóis, como o ácido protocatecúico (P0),
além de apresentarem alto potencial antioxidante, apresentam maior
lipofilicidade e melhor interação com modelos celulares após sua
esterificação, avaliamos a relação do aumento da hidrofobicidade das
substâncias em estudo com relação aos efeitos no metabolismo oxidativo dos
leucócitos humanos (no que diz respeito a inibição de NADPH oxidase) e na
modulação de citocinas.
Métodos:
Protocolo: CEP/FCF/Car nº 26/2 Células polimorfonucleares (PMN) e
mononucleares (PBMC) foram separadas por gradiente de densidade
(Protocolo: CEP/FCF/Car nº 26/2011). Os ésteres etila (P2), butila (P4),
heptila (P7) e decila (P10) foram sintetizados e seu potencial de inibição do
O2•- e peróxido de hidrogênio (H2O2) intra e extracelular foram estudados
utilizando WST-1, DHR (citometria de fluxo) e Amplex Red,
respectivamente. A dosagem de citocinas pró (TNF-a) e anti-inflamatórias
(IL-10) foi realizada por Ensaio Imunoenzimático a partir do sobrenadante
resultante da cultura de monócitos. A diferença estatística foi determinada por
One-way Anova e teste de comparação múltipla de Tukey. Um valor de
p<0,05 foi considerado estatisticamente significativo.
Resultados:
Os ésteres apresentaram maior potencial de inibição de O2•- liberado por
PMN ativados quando comparados ao seu ácido precursor (10µM – P0,
1,10%; P2, 12,51%; P4, 35,63%; P7, 93,46%; P10, 81,09%). O mesmo
resultado foi observado em relação a inibição de H2O2 intracelular liberado
por neutrófilos ativados (200µM – P0, 12,17%; P4, 74,56%; P7, 56,92%; P10,
34,06%), (500µM – P0, 11,52%; P4, 87,74%; P7, 75,64%; P10, 47,60%) e
monócitos ativados (200µM – P0, 19,69%; P4, 31,94%; P7, 53,06%; P10,
33,73%), (500µM – P0, 22,70%; P4, 33,46%; P7, 58,87%; P10, 31,08%).
Com relação ao H2O2 extracelular liberado por PMN ativados (10µM – P0,
52,05%; P7, 94,18%). E PBMC ativados: (10µM – P0, 38,67%; P7, 76,83%).
Os ésteres também foram capazes de diminuir a produção de ambas citocinas
estudadas com maior eficiência, em relação ao P0: TNF-a pg/mL (70µM – P0,
1588,4; P2, 886,7; P4, 449,2; P7, 183,5; P10, 87,36; C+, 2814,9). IL-10
pg/mL (70µM – P0, 460,2; P2, 35,7; P4, 10,7; P7, 23,6; P10, 11,3; C+,
1075,5).
Conclusão:
Os resultados mostraram que o aumento da hidrofobicidade provocado pela
esterificação do precursor P0 pode ser um fator determinante no que diz
respeito ao aumento do potencial de inibição da enzima NADPH oxidase e das
EROs produzidas a partir da sua ativação. E que mesmo não apresentando
diferenças significativas entre os ésteres em relação a diminuição da produção
das citocinas estudadas, os resultados evidenciam que os ésteres do ácido
protocatecúico são substâncias promissoras no tratamento de doenças crônicas
inflamatórias.
Apoio Financeiro:
Os resultados mostraram que o aumento da hidrofobicidade provocado pela
esterificação do precursor P0 pode ser um fator determinante no que diz
respeito ao aumento do potencial de inibição da enzima NADPH oxidase e das
EROs produzidas a partir da sua ativação. E que mesmo não apresentando
diferenças significativas entre os ésteres em relação a diminuição da produção
das citocinas estudadas, os resultados evidenciam que os ésteres do ácido
protocatecúico são substâncias promissoras no tratamento de doenças crônicas
inflamatórias.
Gerado em: 2014-5-21 16:22:04
10.012 - Relação entre Estrutura Química e Inibição do Complexo
NADPH oxidase: Ácido cafeico versus Ester Fenetílico do Ácido Cafeico.
Paracatu, L. C. , Faria, C. M. Q. G. , Fonseca, L. M. , Ximenes, V. F. ,
Analises Clinicas - UNESP Quimica - UNESP
Introdução:
Inúmeras patologias têm a sua gênese e/ou progressão relacionadas à
produção desregulada de intermediários oxidantes. O complexo
multienzimático NADPH oxidase é um dos componentes de maior relevância
neste contexto, pois é uma das principais fontes de ânion superóxido, expresso
em inúmeros tecidos, incluindo leucócitos e células do tecido vascular. O
desenvolvimento de inibidores eficientes deste complexo enzimático poderá
significar uma nova terapêutica para o tratamento de doenças inflamatórias
crônicas e vasculares.
Objetivos:
Neste trabalho estudamos como a hidrofobicidade molecular poderia
influenciar no desenvolvimento de novos inibidores do complexo NADPH
oxidase. Para isso, o ácido fenólico conhecido como ácido cafeico (CA) foi
estudado e comparado com o seu derivado éster fenetílico do ácido cafeico
(CAPE), o qual além de apresentar maior hidrofobicidade, apresenta inúmeras
propriedades biológicas relatadas na literatura científica.
Métodos:
CAAE: 21496413.8.0000.5426 Neutrófilos humanos foram coletados e
separados por gradiente de densidade (comitê de ética: CAAE:
21496413.8.0000.5426). A capacidade sequestradora de radicais livres das
substâncias testadas foi determinada pelo seu potencial de redução sobre o
radical livre 2,2-difenil-1-picril-hidrazila (DPPH) e de radical peroxila gerado
pela decomposição térmica de 2,2`-azobis 2-amidinopropane (AAPH). No que
diz respeito aos estudos celulares, a capacidade de produção de ânion
superóxido pelos neutrófilos ativados foi avaliado pela redução do sal de
tetrazólio solúvel (WST-1) e a produção de peróxido de hidrogênio pela sonda
fluorescente Amplex Red. As análises estatísticas foram feitas pelo método
ANOVA.
Resultados:
Para o teste de redução de DPPH, não observamos diferenças em suas
capacidades de sequestro de radicais livres (IC50: CAPE = 16,46 µM e CA =
15,67µM. O CAPE foi mais efetivo como supressor de radicais peroxila,
embora a diferença foi pouco expressiva (TEAC CAPE: 1.43±0,12 versus
TEAC CA: 1.77±0,12). Por outro lado, o Cape foi significativamente mais
eficiente como inibidor da geração de ânion superóxido pelos neutrófilos
ativados (CAPE 90% ±0,94 versus CA 11%±5,54, quando utilizados na
concentração de 10 µM). Tanto o CAPE quanto o CA não foram capazes de
neutralizar ânion superóxido produzidos quimicamente, portanto os resultados
obtidos com células sugerem a inibição da atividade enzimática do complexo
NADPH oxidase e não a simples ação scavenger. O mesmo padrão se repetiu
quando avaliados suas capacidade como inibidores da produção de peróxido
de hidrogênio (CAPE 95%±0,38 versus CA 56%±6,59).
Conclusão:
Pode-se concluir que a alteração de hidrofobicidade desses ácidos fenólicos
não alterou significativamente suas capacidades como espécies anti-
radicalares. No entanto, a maior hidrofobicidade do CAPE propiciou seu
acesso ao interior da célula e provocou a inibição do complexo NADPH
oxidase. Esta propriedade pode ser relevante no desenvolvimento de
inibidores do complexo NDPH oxidase.
Apoio Financeiro:
CAPES e Fapesp.
Gerado em: 2014-5-21 16:22:04
10.013 - Atividade antinociceptiva e anti-inflamatória do derivado
aminoguanidínico substituído com grupamento 3,5-di-terc-butil-fenol.
Silva, J. P. N. , Ferro, J. N. S. , França, P. H. B. , Ribeiro, E. A. N. ,
Ferreira, E. , Araujo-Junior, J. X. , Barreto, E. O. ,
Biologia Celular e Molecular - ICBS Famácia - ESENFAR Química - IQB
Introdução:
As modificações moleculares fazem parte de estratégias de planejamento
para o desenvolvimento de novos fármacos. Diferentes estudos reportam as
atividades antitumorais, antidiabéticas, antimaláricas e angiogênicas dos
derivados da aminoguanidina. Considerando que o radical guanidina mostra-
se como um ponto chave para a atividade biológica, decidimos substituir o
anel imidazol por um anel de fenilo uma vez que esta oferece a vantagem de
modificação do núcleo. Este processo resultou o derivado aminoguanidínico
2-[(3,5-di-terc-butil-4-hidroxifenil)metileno]-
hydrazinecarboximidamidecloridrato, chamado de WE10. Porém, até o
momento não foram descritos os efeitos deste composto, WE10, sobre a dor e
inflamação.
Objetivos:
Assim, decidimos avaliar a atividade antinociceptiva e anti-inflamatória do
WE10.
Métodos:
CEUA (nº 009481/2011-21) O derivado WE10, foi obtido a partir da reação
direta do aldeído aromático com cloridrato de aminoguanidina em etanol a
95%, sob refluxo. A reação foi monitorada por CCD. O solvente foi removido
sob pressão reduzida e a trituração do resíduo com acetato de etila forneceu o
derivado WE-10 como pó amorfo branco, com 90% de rendimento, e sua
estrutura foi devidamente elucidada através de espectros de RMN de 13C e
1H, e Infravermelho. Camundongos Swiss (20–35 g, n = 6) machos foram
tratados por via intraperitoneal com salina (NaCl; 0,9%) ou WE10 (0,1–10
mg/kg) e, 1 h após, submetidos ao estímulo nociceptivo. O efeito
antinociceptivo do WE-10 foi avaliado pelos testes de contorção abdominal
induzida por ácido acético (0,6%; 10 μl/g, i.p.), formalina (2,5% em 20 μl),
capsaicina (2 μg/pata) e placa-quente (54 ± 1ºC). O teste do rota-rod foi
utilizado para avaliar a atividade motora. Os antagonistas ioimbina (1 mg/kg),
atropina (5 mg/kg) e glibenclamida (10 mg/kg) foram utilizados para elucidar
os mecanismos de ação do WE10 sobre a resposta nociceptiva. Em outro
experimento, a atividade anti-inflamatória foi avaliada utilizando o modelo de
edema de pata induzido por carragenina. In vitro, a citotoxicidade foi avaliada
pelo ensaio de MTT com macrófagos expostos ao WE10 por 24 h. Os
resultados foram analisados estatisticamente por ANOVA. Este estudo foi
realizado em estrita conformidade com as recomendações do Guia para o
Cuidado e Uso de Animais de Laboratório da Sociedade Brasileira de
Laboratório de Ciência Animal (SBCAL). Cabe destacar ainda que os efeitos
antinociceptivo e anti-inflamatório do composto WE10 foram previstos no
projeto apresentado ao Comitê de Ética em Pesquisa da UFAL (nº
009481/2011-21).
Resultados:
No modelo de contorção abdominal o tratamento com WE10 (0,1; 1; 5 e 10
mg/kg) reduziu respectivamente em 53,3; 89,4; 90,1 e 97,5 % o número de
contorções. No teste de formalina, o WE10 (10 mg/kg) inibiu apenas a
resposta nociceptiva da segunda fase quando comparado ao controle (de 221,8
± 35,06s para 102,8 ± 5,17s). No modelo de contorção, nenhum dos
antagonistas utilizados foi capaz de reverter os efeitos antinociceptivos
apresentados pelo WE-10. Na nocicepção induzida por capsaicina, o WE10
(10 mg/kg) reduziu a resposta nociceptiva para 27±5 s quando comparado ao
controle (48±3,8 s). Nos testes de placa quente e rota-rod, animais tratados
com WE10 não exibiram alteração na percepção ao estímulo térmico ou no
desempenho motor. Na inflamação induzida por carragenina, o tratamento
com WE10 (10 mg/kg) inibiu a formação do edema em 46% após 4 h do
estímulo. Em adição, a viabilidade de macrófagos expostos ao WE10 (10 ou
100 μM) por 24h não foi alterada.
Conclusão:
Estes resultados indicam que o derivado aminoguanidínico WE10 possui
efeitos antinociceptivos periféricos dependentes de receptores vaniloides,
além da atividade anti-inflamatória. Além disso, este derivado não apresentou
efeitos citotóxicos in vitro.
Apoio Financeiro:
CAPES, CNPq e FAPEAL.
Gerado em: 2014-5-21 16:22:04
10.014 - AVALIAÇÃO DA CITOTOXICIDADE E ATIVIDADE
LEISHMANICIDA E TRIPANOCIDA in vitro DOS EXTRATOS
HIDROALCOÓLICOS DE Passiflora cincinnata Mast L.
Rodrigues, C. K. S. , Felipe, C. F. B. , Coutinho, H. D. M. , Costa, J. G. M.
, Coronel, C. , Gomez, M. C. V. , Nascimento, E. P. , Delmondes, G. A. ,
Figueiredo, F. R. S. D. N. , Tintino, S. R. , Oliveira, L. R. , Sales, V. S. ,
Menezes, I. R. A. , Kerntopf, M. R. ,
Departamento de Química Biológica - URCA Centro para el Desarrollo
de La Investigación Cent - CEDIC
Introdução:
A doença de Chagas, causada pelo Trypanosoma cruzi, pode ser transmitida
aos humanos através das fezes dos insetos triatomíneos infectados, alimentos
contaminados, transfusão sanguínea e transplante de órgãos a partir de
doadores infectados e por via transplacentária (WHO. 2013. Disponível em:
http://www.who.int/mediacentre/factsheets/fs340/en/). A leishmaniose é uma
doença causada por protozoários do gênero Leishmania, podendo ser
transmitida ao hospedeiro definitivo pela picada de flebotomíneos fêmeas
infectadas, podendo apresentar-se sob a forma visceral, cutânea ou
mucocutânea (Parasitol., Guan. Koogan, 3ª ed.; 241, 2001). Atualmente os
fármacos disponíveis para a terapia convencional, tanto da leishmaniose
quanto da doença de Chagas, são altamente tóxicos, sendo esse um dos
motivos que dificultam à adesão terapêutica e, assim, levando à busca e
desenvolvimento de novas drogas eficazes e seguras para o tratamento dessas
enfermidades.
Objetivos:
Este trabalho teve como objetivo avaliar a atividade antiparasitária in vitro
contra as formas promastigota dos parasitas Leishmania braziliensis e
Leishmania infantum e epimastigota de Trypanosoma cruzi, utilizando os
extratos hidroalcoólicos das folhas, casca, sementes e caule da espécie
Passiflora cincinnata Mast L., além de avaliar a atividade citotóxica em
fibroblasto.
Métodos:
Não se aplica, pois não fizemos o uso de animais nem de humanos. Nos testes
in vitro para a avaliação da atividade antipromastigota e antiepimastigota, bem
como a citotoxicidade, foram realizados em microplacas com 96 cavidades,
com culturas na fase exponencial, na qual cada concentração foi testada em
triplicata, seguindo a metodologia descrita por Vega et al. (2005). Para a
avaliação da atividade leishmanicida foram utilizadas as linhagens
promastigotas de L. braziliensis (MHOM/CO/88/UA301) e L. infantum
(MHOM/ES/92/BCN83), cultivadas a 22° C em meio Schneider’s Drosophila,
suplementado com soro fetal bovino a 20%. No tocante a avaliação da
atividade tripanocida, realizamos testes in vitro de T. cruzi utilizando o clone
CL-B5 (BUCKNER et al., 1996). Nos ensaios de citotoxicidade utilizamos a
linhagem de fibroblastos NCTC929, cultivada em Minimal Essential Medium
(Sigma).
Resultados:
Os resultados demonstram que os extratos das folhas, casca e sementes não
foram eficazes contra L. brasiliensis e T. cruzi, porém, o Extrato
Hidroalcoólico do Caule de P. cincinnata (EHCPC) promoveu uma inibição
de 29,12% contra T. cruzi numa concentração de 500 µg/mL, entretanto,
contra a L. infantum, o EHCPC foi ineficaz em todas as doses testadas. O
extrato da casca de P. cincinnata foi o que apresentou a melhor atividade
contra as formas parasitárias de L. infantum, causando um percentual de
morte >20% nas concentrações de 250 a 1000 µg/mL. Referente à toxicidade,
o extrato das folhas foi o que apresentou maior citotoxicidade, quando
comparado com os demais extratos, causando a mortalidade de 68,63% dos
fibroblastos numa concentração de 1000 µg/mL.
Conclusão:
O presente estudo revelou que os extratos testados não apresentam atividades
leishmanicida e tripanocida clinicamente relevante. Entretanto, devido à
pequena citotoxicidade revelada, a P. cincinnata abre espaço para novos
estudos biológicos in vivo.
Apoio Financeiro:
URCA, CEDIC, CAPES, FUNCAP e CNPq.
Gerado em: 2014-5-21 16:22:04
10.015 - EFEITO FOTOPROTETOR DO 3-CUMARINOL SOBRE
GAMETAS E EMBRIÕES DE OURIÇOS-DO-MAR EXPOSTOS À
UVB
Leite, J. C. A. , Junior, F. J. B. M. , Araujo, R. S. A. , Barbosa-filho, J. M.
, Siqueira-junior, J. P. , Marques-Santos, L. F.,
DBM - UFPB PgPNSB - UFPB
Introdução:
Nos últimos anos, a incidência de várias patologias relacionadas à radiação
UVB, incluindo o câncer, tem aumentado em níveis alarmantes e a tendência é
continuar crescendo até o fim do século. Pesquisas recentes têm identificado
produtos naturais de diversas classes com atividade fotossensibilizante ou
fotoprotetora à radiação UVB. Entre esses compostos, destacam-se os
derivados cumarínicos que podem ser utilizados como drogas na
fotoquimioterapia de certas patologias. O desenvolvimento embrionário de
ouriços-do-mar tem sido utilizado na prospecção de produtos naturais com
propriedades fotoativas, uma vez que a obtenção dos gametas é realizada de
forma não invasiva e milhões de gametas maduros são obtidos a partir de um
único indivíduo. Além disso, a fertilização in vitro ocorre com alta eficiência e
o desenvolvimento embrionário é rápido e sincrônico.
Objetivos:
Desta forma, o objetivo do presente trabalho foi investigar a fotoatividade do
3-cumarinol, um derivado sintético da cumarina, contra os efeitos danosos da
UVB sobre gametas e embriões do ouriço-do-mar Echinometra lucunter.
Métodos:
Não é necessária a submissão do presente projeto ao Comitê de Ética em
Pesquisa, uma vez que a LEI Nº 11.794, de 8 de outubro de 2008, que
regulamenta o inciso VII do §1o do art. 225 da Constituição Federal,
estabelecendo procedimentos para o uso científico de animais, aplica-se
somente aos animais das espécies classificadas como filo Chordata, subfilo
Vertebrata (§3o, art. 2). Os animais foram coletados no litoral de João Pessoa,
Paraíba – Brasil (código de autorização do ICMBio: 32105-1) e os gametas
foram obtidos por injeção intracelomática de KCl. Os gametas ou embriões
(10 minutos após a fertilização) foram irradiados, com diferentes doses de
UVB (0,056 a 0,9 kJ m-2), na presença ou ausência do 3-cumarinol (1 µM). Os
embriões foram mantidos na ausência de luz branca e o desenvolvimento
embrionário foi monitorado sob microscopia óptica comum.
Resultados:
O 3-cumarinol induziu um aumento do percentual de desenvolvimento em
embriões derivados de espermatozoides irradiados em comparação com o
controle irradiado e não tratado. A percentagem de embriões, submetidos à
dose de 0,056 kJ m-2, que realizaram a primeira clivagem, foi de
52,75 + 1,71%; enquanto que no grupo tratado com 3-cumarinol o percentual
foi de 80,05 + 2,20%. O 3-cumarinol também induziu um aumento no
percentual de desenvolvimento em embriões derivados de óvulos irradiados
em comparação com o controle irradiado e não tratado. A percentagem de
embriões, submetidos à dose de 0,45 kJ m-2, que realizaram a primeira
clivagem, foi de 52,13 + 2,66%; enquanto que no grupo tratado com 3-
cumarinol o percentual foi de 92,53 + 2,93%. De forma semelhante, o
percentual de desenvolvimento dos embriões irradiados (0,9 kJ m-2) e tratados
com 3-cumarinol foi maior que o apresentado pelo grupo controle irradiado e
não tratado: 48,46 + 1,21% e 89,10 + 1,41%, respectivamente. Resultados
semelhantes foram obtidos na progressão para o estágio de 4-células.
Conclusão:
Esses dados demonstram um relevante efeito fotoprotetor do 3-cumarinol.
Estudos prévios relataram atividade antioxidante do 3-cumarinol (Bioorg Med
Chem, 12:5611, 2004), o que pode explicar os efeitos observados em nosso
trabalho. Entretanto, estudos adicionais devem ser conduzidos para investigar
os mecanismos moleculares envolvidos na fotoproteção atribuída ao 3-
cumarinol.
Apoio Financeiro:
CAPES/CNPq.
Gerado em: 2014-5-21 16:22:04
10.016 - Atividade citotóxica de um derivado tiazólico contra célula HEP-
2 (carcinoma de cólon-humano)
Silva, T. G. , Silva, I. M. , Gadelha, G. C. M. , Albuquerque, J. F. C. ,
Departamento de Antibióticos-UFPE - UFPE
Introdução:
Os tiazois são compostos heterocíclico que apresentam um átomo de
nitrogênio, outro de enxofre e duas ligações duplas no anel aromático de cinco
membros com amplo espectro de atividade biológica tais como: anticâncer,
antibacteriana, antidepressiva, anti-inflamatória entre outras Quím. Nova, 28;
77, 2005. O tiazol é utilizado como intermediário na fabricação de drogas
sintéticas, fungicidas e corantes. O anel tiazólico é encontrado naturalmente
na vitamina B1 (tiamina) Intern.J.Pharm.Sci & Drug Res., 1; 136-143, 2009.
Por apresentar diferentes atividades biológicas descritas, o núcleo tiazólico
atrai interesse no desenvolvimento de compostos farmacologicamente ativos,
E.J.Med.Chem. 45; 651-660, 2010.
Objetivos:
Sintetizar e testar um derivado tiazólico para determinar a possível atividade
citotóxica.
Métodos:
O experimento foi feito em células, por isso não tem código. O composto
sintetizado foi o 4-nitro-benzilideno-[4-(4-cloro-fenil)-tiazol-2-il]-amina (Ju-
433). A síntese procedeu reagindo por 2 horas quantidades equimoleculares de
4-(4-clorofenil)-2-aminotiazol e 4-nitro-benzaldeido dissolvido em Metanol e
adicionado HCl(conc.). O produto foi cristalizado, pesado, determinado a
estrutura química e submetido ao teste para verificar a citoxicidade in vitro da
substância pura. A linhagem celular tumoral utilizada foi HEP-2 (carcinoma
de cólon-humano). Esta linhagem foi cultivada em meio RPMI 1640,
suplementado com 10 % de soro fetal bovino e 1 % de antibiótico e mantido
em estufa a 37 °C sob atmosfera contendo 5 % de CO2. A amostra foi diluída
em DMSO puro estéril e testada a viabilidade celular na concentração de 25
µg/mL. Análise da citotoxicidade pelo método do MTT-brometo de 3-(4,5-
dimetil-2-tiazol)-2,5-difenil-2-H-brometo de tetrazolium, é uma análise
colorimétrica que converte o sal 3-(4,5-dimetil-2-tiazol)-2,5-difenil-2-H-
brometo de tetrazolium (MTT) em azul de formazan, a partir de enzimas
mitocondriais presentes somente nas células metabolicamente ativas. O estudo
citotóxico pelo método MTT permite definir facilmente a citotoxicidade, mas
não o mecanismo de ação. As células foram plaqueadas na concentração de
1x105 células/mL. A substância dissolvida em DMSO foi diluída em série no
meio RPMI para obtenção das concentrações finais e adicionada em placa de
96 poços (100 μL/poço). As placas foram incubadas por 72 horas em estufa a
5 % de CO2 a 37 °C. Em seguida, foram adicionados 25 mL da solução de
MTT, as placas incubadas por três horas. A absorbância foi lida após
dissolução do precipitado em DMSO puro em espectrofotômetro.
Resultados:
O experimento foi testado em triplicata e analisado no programa GraphPad
Prism pela média e desvio. O produto apresentou ação citotóxica significante
(acima de 50%) para células HEp-2. O potencial de inibição da linhagem foi
84,4±0,6%. Para avaliação do resultado foi considerado o parâmetro: amostras
sem atividade (1 a 20 % de inibição do crescimento celular), com pouca
atividade (inibição de 20 a 50 %), com atividade moderada (inibição de 50 a
70 %), com muita atividade (inibição de 70 a 100 %).
Conclusão:
O derivado tiazólico apresentou atividade antiproliferativa frente à célula
neoplásica derivada de carcinomas humanos HEP-2 (epidermóide de laringe)
com 84,4±0,6% de inibição.
Apoio Financeiro:
CNPq
Gerado em: 2014-5-21 16:22:04
10.017 - LEVANTAMENTO DE PLANTAS MEDICINAIS
COMERCIALIZADAS EM UM MERCADO PUBLICO DE RECIFE/PE
UTILIZADAS NO TRATAMENTO DE AMIDALITE
Silva, I. B. , Lima, I. R. , Silva, T. M. S. , Leite, S. P. ,
Departamento de Histologia e Embriologia - UFPE
Introdução:
Desde a antiguidade, o homem utiliza conhecimento popular para obtenção de
cura das doenças, de forma empírica ou intuitiva, onde acredita-se, por
exemplo, que determinada planta pode eliminar um determinado mal físico
(SANTOS; DIAS; MARTINS, 1995). Muitas espécies são utilizadas para
tratamento de infecções e processos inflamatórios, sem ter, contudo eficácia
comprovada cientificamente (Santos, et al. 2013). A amigdalite aparece
geralmente como parte de uma infecção generalizada da faringe, pode ser
causada por vírus ou bactérias, geralmente da família dos estreptococos, sendo
os sintomas normalmente semelhantes. Quando causada por bactérias deve ser
tratada com antibióticos. No entanto, é possível verificar que diversas plantas
são utilizadas, na medicina popular, para tratamento dessa afecção. (Catão, et
al.2012).Trabalhos reportando o estudo com plantas medicinais utilizadas no
tratamento de afecções bucais são escassos, no entanto Catão, et al.(2012)
apresenta uma análise de algumas ervas utilizadas para tratamento de
infecções desses gêneros, as mesmas apresentaram resultado satisfatório,
sugerindo assim, uma alternativa de tratamento. Nesse trabalho não houve
experimentação com humanos ou animais.
Objetivos:
Realizar um levantamento no Mercado São José - Recife/PE das espécies de
plantas comercializadas com a finalidade de tratar infecções de gargantas
(amidalites) causadas por bactérias.
Métodos:
Não houve experimentação com animais ou humanos A coleta de dados para
este trabalho foi realizada no Mercado Público de São José em Recife-PE.
Proprietários dos boxes que comercializam ervas medicinais foram
entrevistados através de um questionário semi-estruturado e responderam
perguntas abrangendo modo de obtenção, finalidade terapêutica, uso e parte
da planta utilizada para tratamento de infecções. O número de questionários
aplicados (10) foi feito em função do número de boxes (16) de plantas
medicinais ao redor do Mercado de São José e da disponibilidade dos
vendedores em responder os questionários.
Resultados:
Os resultados mostraram que as plantas mais citadas para tratar processos
infecciosos da garganta foram: Gengibre (28%); Romã (21%); Transagem
(18%); Aroeira (15%); Babatenon (9%); outras (9%). As partes mais
utilizadas são caule e folhas (62%), frutos e sementes (38%). A preparação
prevalente das ervas foi chá, sendo utilizado como gargarejo. Após
levantamento na literatura foi constatado que 50% das plantas acima citadas
apresentam ação anti-inflamatória e 38% tem efeito antibiótico.
Conclusão:
Nesse estudo foi possível verificar que a maioria das plantas utilizadas no
tratamento de processos infecciosos possui atividade anti-inflamatória. Este é
um dado preocupante, um alerta para a população que faz uso dessas plantas.
Evidenciando a necessidade de fiscalização dos órgãos competentes, e a
atuação dos mesmos nas feiras e mercados públicos.
Apoio Financeiro:
CAPES; UFPE
Gerado em: 2014-5-21 16:22:04
10.018 - GESTATIONAL EXPOSURE TO GENISTEIN INHIBITS THE
DELETERIOUS EFFECTS OF BISPHENOL-A ON UTERINE
DEVELOPMENT OF SPRAGUE-DAWLEY RATS OFFSPRING
Romualdo, G. R. , Grassi, T. F. , Fragoso, M. F. , Barbisan, L. F. ,
Departamento de Patologia - FMB Departamento de Morfologia - IBB
Introdução:
Bisphenol A (BPA), a component of epoxy resins and polycarbonate plastics,
is a hormonally active chemical and a potential endocrine disruptor
(Endocrinology, 147:56, 2006). Previous studies showed that BPA caused
long-term adverse effects on female reproductive tract when exposure
occurred during critical periods of sex organ development (Reprod. Toxicol.
24:253, 2007). Genistein, one of the major soy isoflavones, has showed
protective effects against mammary and prostate cancers by regulating
specific sex steroid receptors pathways (J. Nutr. 132:552, 2002)
Objetivos:
Evaluate the modifying effects of gestational exposure to BPA alone or
associated with genistein on uterine morphogenesis in female Sprague-
Dawley (SD) rats offspring.
Métodos:
447-CEUA Pregnant Sprague Dawley females were fed basal diet or diets
containing genistein (250 mg/kg) during all the gestational period. Pregnant
SD females also received BPA (25 µg/kg or 250 µg/kg body weight) by
gavage from GD (Gestacional Day) 10 until GD 21. Female SD offspring
were euthanized on PND (Post-natal Day) 21 and PND 226 (n=15 per group).
On PDN 21, uteri were removed for immunohistochemical analysis for
Estrogen Receptor-α [ER-α] and Progesterone Receptor [PR]. On PND 226,
uteri were removed for histological analysis and determination of incidence of
uterine proliferative lesions. Data from immunohistochemical analysis were
analyzed by one-way analysis of variance (ANOVA) followed by the Tukey
test (p<0.005). Data from incidence of proliferative lesions were analyzed by
Chi-Square test or Fisher’s exact probability test (p<0.005). Protocol Number
447-CEUA.
Resultados:
On PND 21, BPA treatment alone (250 μg/kg) significantly reduced (p=0.021)
uterine epithelial ER-α expression (positive cells/epithelial area) when
compared to control group (0.62 ± 0.19 vs. 1.27 ± 0.46). Moreover, BPA
treatment alone (25 μg/kg) significantly reduced (p=0.046 and p=0.030,
respectively) uterine epithelial PR expression (positive cells/epithelial area)
when compared to control and genistein and BPA (25 μg/kg)-treated groups
(0.30 ± 0.13 vs. 0.71 ± 0.17; 0.73 ± 0.21). On PND 226, BPA treatment alone
(250 μg/kg B.W.) significantly increased (p=0.002) the incidence of uterine
proliferative papillary lesions when compared to control group (5/12 (41,67
%) vs. 0/12 (0%)). Genistein treatment significantly reduced (p<0.001) the
incidence of proliferative papillary lesions in BPA-exposed (250 μg/kg B.W.)
offspring when compared to the group treated with BPA alone (0/12 (0 %)
(both) vs. 5/12 (41,67 %)).
Conclusão:
The results suggest that gestacional exposure to BPA promotes uterine
disruption in offspring. However, gestational exposure to genistein inhibits of
noxious effects of BPA on uterine development of offspring.
Apoio Financeiro:
FAPESP
Gerado em: 2014-5-21 16:22:04
10.019 - AVALIAÇÃO DOS EFEITOS VASCULARES E RENAIS DE
Aspidosperma subincanum Mart.
Ribeiro, E. F. , Reis, C. F. , Andrade, D. M. L. , Garrote, C. F. , Carvalho,
F. S. , Rocha, M. L. ,
Laboratório de Farmacologia Cardiovascular - UFG Laboratório de
Pesquisa em Produtos Naturais - UFG
Introdução:
O guatambu (Aspidosperma subincanum Mart.) é uma espécie utilizada
popularmente no tratamento de doenças cardiovasculares como dislipidemias,
hipertensão e impotência sexual. Porém, seus efeitos biológicos foram pouco
elucidados cientificamente.
Objetivos:
Determinar in vitro o efeito vasodilatador do Extrato Etanólico de
Aspidosperma subincanum Mart. (EEAS) em artérias aorta isoladas de ratos.
Ainda, verificar, se o EEAS produz efeito diurético em ratos normotensos.
Métodos:
187/2011 Foram utilizados ratos Wistar fêmeas (180-210g; n=5 por grupo; 5-
6 semanas) mantidos em biotério climatizado com ciclo claro-escuro de 12h e
livre acesso à água e ração. O projeto foi aprovado pelo comitê de ética no uso
de animais (CEUA/UFG 187/2011, com ementa para experimentação in vivo).
Para os experimentos, foram isoladas as artérias aorta dos ratos e montadas
em forma de anéis com e sem endotélio em banho para órgãos isolados para
análise da reatividade vascular e mecanismos relacionados. Para análise do
efeito diurético, animais foram pesados e confinados individualmente em
gaiolas semi-metabólicas. Após jejum de 8h, todos os animais receberam
solução salina (NaCl 0,9%, 1mL/100g) via oral. Após 45min, os animais
foram divididos em 4 grupos e receberam por gavagem intra-gátrica volumes
iguais de: 1) veículo (NaCl 0,9%); 2) EEAS 60mg/Kg; 3) EEAS 120mg/Kg;
4) furosemida 20 mg/Kg. O volume urinário foi coletado e medido nos
períodos de 1, 2, 4, 6, 8, 12, 24h após o tratamento dos animais e análises
físico-químicas foram realizadas (fita reagente Accu-Tell). Para análise dos
dados utilizou-se software GraphPad Prism® versão 5.01, empregando-se
ANOVA e Newman-Keuls (p<0,05). Resultados expressos como média ± erro
padrão da média.
Resultados:
Em artérias isoladas pré-contraídas com fenilefrina, o EEAS (0-27μg/mL)
induziu relaxamento concentração-dependente de forma independente do
endotélio. O pré-tratamento das artérias com CPA (ácido ciclopiazônico), um
inibidor da bomba Ca2+ do retículo sarcoplasmático, reduziu o relaxamento.
O EEAS reduziu o efeito contrátil da fenilefrina e do Bay K 8644 (ativador
dos canais para Ca2+ do tipo L) de forma concentração-dependente. No teste
de diurese, o volume urinário foi aumentado (p<0,001) na 1ª hora após o
tratamento com EEAS 60, 120mg/Kg e furosemida (7,54±0,66; 10,35±0,93; e
10,62±0,84mL, respectivamente) vs. grupo controle (4,26±0,44mL). A
administração de EEAS 60 e 120mg/Kg causou incremento relativo do
volume urinário de 24h na ordem de 77% e 142,95%, respectivamente. Não
houve diferença estatística entre o tratamento com furosemida e EEAS 120.
Com relação ao consumo hídrico, EEAS 120 e furosemida causaram aumento
de 75,5% e 85,7%, respectivamente (p<0,001), vs. grupo controle.
Conclusão:
Estes achados mostram que o EEAS induz relaxamento vascular de forma
independente do endotélio vascular. A capitação de Ca2+ pelo retículo
sarcoplasmático e a inibição do influxo de Ca2+ pela membrana plasmática
estão envolvidos neste relaxamento. O estudo evidenciou um provável efeito
diurético do EEAS. Estes resultados aumentam o corpo de evidências que
comprovam a indicação popular da espécie.
Apoio Financeiro:
FAPEG
Gerado em: 2014-5-21 16:22:04
10.020 - Bloqueio da excitabilidade do nervo isquiático de ratos pelo óleo
essencial de Lippia alba e seu constituinte majoritário citral
Morais, L. P. , Sousa, D. G. , Sousa, S. D. G. , Alves, K. S. S. , Silva, F. W.
F. , Silva, R. E. R. , Matos, D. F. , Silva, A. A. , Mendonça, M. R. K. ,
Menezes, I. R. A. , Leal-cardoso, J. H. , Carvalho, P. M. M. , Barbosa, R.
,
Ciências Biológicas - URCA Instituto superior de ciências biomédicas -
UECE
Introdução:
Lippia alba é um vegetal aromático, conhecido popularmente como erva-
cidreira, suas folhas são utilizadas pela população em infusões, chás,
macerados e extratos hidroalcoolicos por apresenta entre outras atividades
ação calmante, antiespasmódica leve, analgésica, sedativa, ansiolítica. O citral
é uma mistura do trans-isômero geranial e o cis-isômero neral, é o principal
constituinte do óleo essencial extraído das folhas de Lippia alba (OELa),
apresenta atividade analgésica, ansiolítica, anticonvulsivante e sedativa.
Objetivos:
O presente estudo avaliou o efeito do OELa e do citral sobre o potencial de
ação composto (PAC) do nervo isquiático de ratos.
Métodos:
01/2013.1 O projeto com protocolos relativos à pesquisa foi submetido e
aprovado pelo Comitê de Experimentação e Uso de Animais CEUA/URCA
com parecer nº 01/2013.1. Foram utilizados ratos Rattus novergicus (Wistar)
de ambos os sexos, com massa corpórea variando entre 200-250 g, de onde
foram dissecados os nervos isquiáticos, mantidos a uma temperatura entre 18º
C e 24º C, numa solução de Locke com pH = 7,4. As concentrações utilizadas
tanto para óleo como citral foram (3, 10, 30, 60, 100, 300, 1000, µg/mL). Para
o registro do potencial de ação composto (PAC) no nervo isquiático, foi
evocado pulso de onda quadrada, com amplitude de 40 V, duração de 100 μs a
uma frequência de 0,2 Hz.
Resultados:
O OELa e o citral inibiram o PAC de maneira concentração-dependente, visto
que na concentração de 300 μg/mL de ambas as drogas foi possível observar o
bloqueio total do 1º e 2º componente, com recuperação parcial do 1º
componente aos 180 minutos de lavagem, e os valores de CI50 para o OELa e
para o citral foram 53,19 µg/mL e 35,05 µg/mL respectivamente. A
amplitude pico-a-pico (APP) foi bloqueada de forma estatisticamente
significante pelo OELa, a partir da concentração de 30, 60, 100 e 300 µg/mL,
sendo seus valores respectivos 62,83 ± 7,10, 49,51 ± 8,34, 38,11 ± 8,43 0, 00
± 0,00 e pelo citral a partir de 10, 30, 60, 100, 300 µg/mL e seus valores
respectivamente 84,09 ± 5,38, 61,62 ± 4,91, 39,17 ± 6,58, 2,95 ± 2,54, 0,00 ±
0,00 todos os dados foram comparando com a porcentagem do controle. As
concetrações de 60 µg/mL do OELa e 30 µg/mL de citral foram as que mais
se aproximaram dos valores de CI50, e portanto, utilizadas na coleta da
reobase e cronaxia. Um aumento na reobase e na cronaxia foi demonstrado
para ambos no OELa a reobase aumentou de 3,10± 0,08 V para 3,70± 0,09 V
(n=7), e a cronaxia de 45,71± 2,98 µs para 61,14± 6,80µs (n=7) e no citral a
reobase variou de 3,83±0,40 V (n=9) para 4,66±0,54 V e a cronaxia de
55,33±3,15µs (n=9)para 65,22±5,26 µs. A velocidade de condução dos dois
componentes foi reduzida a partir de 10 µg/mL do OELa, alterando de forma
significante o primeiro componente de 100% para 85,85 ± 3,87 % e segundo
componente para 86,93 ± 2,68 %, em presença de 300 μg/mL a amplitude foi
totalmente bloqueada. E em todas as concentrações utilizadas do citral, houve
redução na velocidade de condução, sendo o segundo componente mais
afetado pela ação do OELa e do citral.
Conclusão:
Esse estudo mostra que o OELa inibe a excitabilidade do nervosa, efeito esse
atribuído ao citral, e tanto o OELa quanto o citral exercem atividade
depressora em menor concentração que em outros óleos essenciais, e
constituintes com potencial anestésico, descritos na literatura, mostrando que
Lippia alba e seu constituinte citral são compostos promissores para o
desenvolvimento de novas drogas com ação anestésica.
Apoio Financeiro:
Cnpq e Funcap
Gerado em: 2014-5-21 16:22:04
10.021 - Síntese e atividade citotóxica do composto 4-(4-cloro-fenil)-
tiazol-2-il-amina-2-nitro-benzilideno (Ju- 419)
Silva, H. M. M. , Silva, I. M. , Egito, M. S. , Gadelha, G. C. M. , Silva, T.
G. , Albuquerque, J. F. C. ,
Departamento de Antibióticos - UFPE
Introdução:
Os tiazóis são compostos que possuem duas duplas ligações no anel
heterocíclico e por isso diferem das tiazolidinas tanto na estrutura química
quanto nas propriedades. Este núcleo também está sendo estudado por nosso
grupo em relação as atividades farmacológicas. O núcleo tiazólico está
presente em diversas moléculas biologicamente ativas, como a do sulfatiazol,
um importante fármaco antimicrobiano, o ritonavir (Norvir®) utilizado no
combate ao vírus HIV, as epotilonas A e B produtos naturais com potente
atividade antitumoral e o pirofosfato de tiamina, presente em uma variedade
de descarboxilases e de aldolases, Quím. Nova, 28, 77, 2005. Devido aos
crescentes casos surgidos por meio de proliferação celular, as pesquisas têm
assumido importante papel em detectar novas substâncias antitumorais.
Objetivos:
Sintetizar um novo derivado tiazólico e avaliar in vitro sua atividade
citotóxica.
Métodos:
O derivado tiazólico (Ju-419) foi sintetizado a partir de quantidades
equimolares 0,483 g (2,3×10-3 mol) de 4-(4-clorofenil)-2-aminotiazol e 0,350
g (2,3×10-3 mol) de 2-nitro-benzaldeido dissolvidos em 15 mL de MeOH,
adicionado 0,08 mL de HCl(conc.) e aquecidos a 75 °C por 5 horas. O produto
foi cristalizado e submetido a testes citotóxicos em duas linhagens, células
neoplásicas derivadas de carcinomas humanos como: HT29 (de cólon), e NCI
H-292 (de pulmão). A avaliação citotóxica foi feita pelo método do MTT
utilizado no programa de Screening baseado na colorimetria por meio da
conversão do sal 3-(4,5-dimetil-2-tiazol)-2,5-difenil-2-H-brometo de
tetrazolium (MTT) em azul de formazan, a partir de enzimas mitocondriais
presentes somente nas células metabolicamente ativas, J. Nat. Cancer Inst., 82,
1107-1112, 1990. As células foram plaqueadas na concentração de 1x105
células/mL e as substâncias previamente dissolvidas em DMSO foram
diluídas em série no meio RPMI para obtenção das concentrações finais e
adicionadas em placa de 96 poços (100 μL/poço), incubadas por 72 horas em
estufa a 5 % de CO2 a 37 °C. A seguir foram adicionados 25 µL da solução de
MTT (sal de tetrazolium), as placas novamente foram incubadas por mais 3 h.
Resultados:
O composto sintetizado apresentou PF=203-204 ºC, rendimento 40 % e Rf 0,5
sistema Hex/Acetato etila (0,7:0,3). A leitura do resultado foi analisado
segundo suas médias e respectivos desvios padrão usando o programa
computacional GraphPad Prism. Os resultados consideram determinação da
Cl50, (concentração que inibe 50 % da proliferação celular em relação ao
controle). A leitura do resultado obedeceu a classificação adotada: sem
atividade (1 a 20 % de inibição do crescimento celular observado), com pouca
atividade (inibições de crescimento celular variando de 20 a 50 %), com
atividade moderada (inibição de crescimento celular variando de 50 a 70 %),
com muita atividade (inibição de crescimento variando de 70 a 100 %). A
célula HT 29 apresentou índice de inibição de crescimento de 46,1±5,5. A
célula NCI-H292 apresentou índice de inibição de 65,7±5,1 considerado
índice de inibição de crescimento celular com moderada atividade de acordo
com a escala de intensidade empregada nesse experimento.
Conclusão:
O rendimento da reação foi considerado razoável. As constantes PF e Rf estão
dentro dos padrões internacionais. A atividade citotóxica para a célula HT29
apresentou índice de inibição de crescimento na faixa de 20 a 50 %. Este
resultado foi considerado com pouca atividade. A célula NCI-H292
apresentou índice de inibição variando entre 50 a 70 % que foi considerado
moderado.
Apoio Financeiro:
CNPq
Gerado em: 2014-5-21 16:22:16
10.022 - AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTIPARASITÁRIA E
CITOTÓXICA DO EXTRATO HIDROALCOÓLICO DAS FOLHAS
DE ZIZIPHUS JOAZEIRO MART.
Oliveira, M. R. C. , Brito, S. M. O. , Coutinho, H. D. M. , Costa, J. G. M. ,
Miriam, M., Coronel, C. , Gomez, M. C. V. , Figueredo, F. G. , Tintino, S.
R. , Lima, L. F. , Boligon, A. A., Athayde, M. L. , Menezes, I. R. A. ,
Química Biológica - URCA Farmácia Industrial - UFSM Microbiologia -
CEDIC
Introdução:
A utilização das plantas pela população como fontes medicinais é uma prática
antiga e que tem despertado cada vez mais o mundo científico para a
investigação das atividades que as plantas possuem e a comprovação dos seus
potenciais. A Chapada do Araripe abriga diversas espécies com potenciais
medicinais, dentre as plantas destaca-se o Ziziphus joazeiro Mart., conhecida
popularmente como juazeiro. Esta espécie que já apresenta atividade
farmacológica descritas na literatura, como atividade antimicrobiana,
antifúngica, antisséptico bucal entre outras. Popularmente, o gênero Ziziphus
apresenta atividade antiparasitária e antihelmintica já descritas. Porém, não há
relatos sobre a atividade antiparasitária descrita para Ziziphus joazeiro Mart.
Objetivos:
Esse trabalho teve como objetivo avaliar a atividade antiparasitária e
citotóxica do extrato hidroalcoólico das folhas de Ziziphus joazeiro Mart.
Métodos:
Nos testes realizados não foram utilizados animais ou humanos. Para o teste
da atividade antiparasitária in vitro foram utilizados parasitas Trypanossoma
cruzi (clone CL-B5) (Buckner et al., 1996). Os parasitas transfectados com
gene da β-galactosidase de Escherichia coli (lacZ), os quais foram fornecidos
pelo Dr. Buckner do Conmemorativo Gorgas Instituto (Panamá). Os parasitas
foram cultivados a 28°C em meio de cultura caldo de infusão de fígado
triptose (Difco, Detroit, MI), suplementado com 10% soro bovino fetal (SFB)
(Gibco, Carlsbad, CA), penicilina (Ern, S.A., Barcelona, Espanha) e
estreptomicina (ReigJofr e S.A., Barcelona, Espanha), como descrito por Le
Senne et al. (2002). As células foram coletadas para testes em fase de
crescimento exponencial. Culturas de Leishmania braziliensis foram obtidas
do Instituto de Investigaciones en Ciencias de la Salud, Assunção, Paraguai-
IICS e identificadas pela análise da isoenzima. A manutenção de linhas,
formas de cultivo e isolamento de formas promastigotas de Leishmania spp.
seguiram os procedimentos descritos por Roldos et al. (2008). Testes de
inibição de formas promastigotas foram realizados utilizando uma cepa de
L.braziliensis (MHOM/BR/75/M2903) e L. infantum (MCAN/ES/92/BCN83)
cultivadas a 22°C suplementadas com SFB Drosophila Schneider 20%. Foram
realizados testes de citotoxicidade usando a linhagem de fibroblastos
NCTC929, cultivadas em meio essencial mínimo (Sigma). O meio de cultura
foi suplementado com SFB inativado pelo calor (10%), penicilina G (100
U/mL) e estreptomicina (100 mg/mL). As culturas foram mantidas a 37° C
numa atmosfera úmida com 5% de CO2. A viabilidade destas estirpes foi
avaliada através da utilização de resazurina como método colorimétrico
(Rolón et al., 2006). O teste de atividade anti-epimastigota foi realizado em 96
microplacas bem, com culturas a crescer exponencialmente conforme descrito
por Vega Vega et al. (2005). Cd39 foi inoculado com uma concentração de 1
x 105 mL-1 em 200 μL de caldo fígado triptose. As placas foram incubadas
em seguida com os extrato em concentrações de 100 e 500 μg/mL a 28° C por
72 horas. Após este tempo 50 μL da solução CPRG foi adicionada e incubado
por 6 horas a 37° C. após este período as placas foram lidas utilizando leitora
com filtro a 595 nm. Cada experimento foi realizado três vezes e de forma
independente, e cada concentração testada em triplicata em cada experimento.
A eficiência de cada composto foi estimada através do cálculo da percentagem
de atividade anti-epimastigota (AE). O teste da atividade anti promastigota foi
realizado com promastigotas de L. braziliensis que foram cultivadas até uma
concentração de 106 células/mL e logo após transferidas para o teste. A
atividade dos compostos foi avaliada após 72 horas pela contagem direta das
células após diluições em série e em comparação com um controle não
tratado. No teste de citotoxicidade foram usados fibroblastos NCTC929 que
foram banhados em placa 96 poços com concentração final de 3x104 células.
As células foram cultivadas a 37° C em uma atmosfera de 5% de CO2. Depois
disso, o meio de cultura foi removido e, 200 μL das diferentes concentrações
do extrato foram adicionados e incubado por 24 h. Seguida esta incubação,
20μL de solução resazurina foi adicionado a cada poço. As placas foram
incubadas por 3 horas e a redução de resazurina foi determinada pela
absorbância em dois comprimentos de onda de 490 e 595 nm. Todos os
ensaios foram realizados em triplicata e os resultados foram expressos como a
média de repetições. Para calcular o IC50, as equações foram determinadas
por regressão linear, utilizando o software prisma.
Resultados:
O EHFZJ apresentou uma atividade citotóxica com IC50 = 119.34 µg/mL
contra fibroblastos, que atesta a sua baixa toxicidade. Sobre a avaliação da
atividade antiparasitária contra epimastigotas de T. cruzi apresentou um valor
de IC50 = 316.28 µg/mL. Para atividade antileishimania mostrou uma IC50 de
214.12 µg/mL e 174 µg/mL para L. brasiliensis e L. infantum,
respectivamente. Estes resultados demonstram que o EHFZJ é eficaz contra
todos os protozoários testados, já que, demonstram valor de IC50 menor que
500 µg/mL que são considerados clinicamente relevantes.
Conclusão:
Durante os testes EHFZJ mostrou um potencial antiparasitário significativo
contra as formas promastigota de L. braziliensis e L. infantum e epimastigota
de T. cruzi, além de demonstrar baixa citotoxicidade contra fibroblastos.
Apoio Financeiro:
CNPq
Gerado em: 2014-5-21 16:22:16
10.023 - TRIAGEM FITOQUÍMICA E ATIVIDADE
FOTOPROTETORA DE EXTRATOS OBTIDOS DE DIFERENTES
PARTES DE HYMENAEA MARTIANA HAYNE (FABACEAE)
Oliveira, F. G. S. , Rabêlo, S. V. , Nunes, X. P. , Almeida, J. R. G. S. ,
Programa de pós-graduação em Recursos Naturais do - UNIVASF
Introdução:
Hymenaea martiana, conhecida popularmente como “jatobá”, é uma espécie
utilizada na medicina tradicional no tratamento de inflamações, reumatismo, e
com atividade antinociceptiva e anti-inflamatória.
Objetivos:
O objetivo desta pesquisa foi realizar uma triagem fitoquímica e estudar o
potencial fotoprotetor dos extratos etanólicos obtidos de diferentes partes de
H. martiana.
Métodos:
Ensaios in vitro O material vegetal (cascas, folhas, frutos e sementes) foi
coletado na cidade de Petrolina-PE, e a exsicata da espécie foi depositada no
HVASF (número 6444). Foi realizada extração por maceração, utilizando
etanol 95%, e o solvente foi evaporado em evaporador rotativo. Os extratos
obtidos foram avaliados em placas de cromatografia em camada delgada para
verificação da presença das principais classes de metabólitos secundários. A
absorbância dos extratos etanólicos secos foram medidas em diferentes
concentrações entre os comprimentos de onda de 260 a 400 nm, para verificar
a absorção nas regiões ultravioleta A e B, e o foi realizado o cálculo de FPS,
segundo método de Mansur. As análises foram realizadas em triplicata.
Resultados:
A análise do extrato das cascas indicou a presença de naftoquinonas,
derivados antracênicos, terpenoides, esteroides, saponinas e flavonoides, o que
está de acordo com outros estudos realizados com outras espécies do gênero.
Já a análise do extrato das folhas mostrou resultado positivo para antracenos,
naftoquinonas, flavonoides e saponinas, porém outras espécies do gênero
apresentaram diterpenos e esteroides. A análise do extrato dos frutos indicou
forte presença de monoterpenos, diterpenos, antracenos, flavonoides,
naftoquinonas e saponinas, resultado compatível com estudos anteriores de
outras espécies do gênero, e reação negativa para cumarinas, porém em
estudos anteriores é relatada a presença desta classe de substâncias em
sementes de outras espécies de Hymenaea. Os extratos apresentaram
absorbância máxima entre 260 e 285 nm, e o maior valor de FPS foi
encontrado no extrato da casca, na concentração de 100 mg/L, com 20,27 ±
5,21, seguidos pelo extrato das folhas, na concentração de 50 mg/L, com valor
10,44 ± 0,72. Os valores de FPS para o extrato dos frutos foi de 0,66 ± 0,41, e
de 4,54 ± 0,11 para o extrato das sementes, na maior concentração. Alguns
autores mostram que as plantas que absorvem na região ultravioleta
apresentaram uma complexidade de substâncias, destacando-se metabólitos
secundários como flavonoides, taninos, antraquinonas, alcaloides e compostos
fenólicos, o que está de acordo com a triagem fitoquímica realizada com os
extratos obtidos com os materiais vegetais de Hymenaea martiana.
Conclusão:
Os resultados deste estudo demonstram que os materiais vegetais de
Hymenaea martiana coletados em Petrolina-PE possuem um perfil fitoquímico
semelhante a outras espécies do gênero Hymenaea e apresentam potencial
fotoprotetor. Um estudo fitoquímico mais aprofundado torna-se necessário
para uma melhor discussão em relação aos constituintes químicos desta
planta, bem como suas atividades biológicas, evidenciando o seu potencial
terapêutico.
Apoio Financeiro:
CNPQ/FACEPE/CAPES
Gerado em: 2014-5-21 16:22:16
10.024 - AVALIAÇÃO DE CITOXICIDADE DO ÓLEO ESSENCIAL
DE Rhaphiodon echinus (Nees & Mart.) Schuaer (LAMIACEAE) NO
SARCOMA 180
Lavor, A. L. , Nogueira, S. H. C. , Lavor, E. M. , Silva, M. G. , Mendes, R.
L. , Maia, G. L. A. ,
Núcleo de Estudos e Pesquisas de Plantas Medicinai - UNIVASF
Introdução:
A família Lamiaceae é amplamente distribuída pelo Brasil e possui várias
espécies produtoras de óleos essenciais (OEs). Uma de suas representantes, a
Raphiodon echinus (Re) é uma planta típica da Caatinga formando grandes
populações nas áreas irrigadas do Vale do São Francisco cujo óleo essencial é
constituído por uma complexa mistura de substâncias terpênicas. Os
Terpenoides são descritos com importantes atividades farmacológicas:
antimicrobiana, antifúngica, antitumoral e espasmolítica associadas
frequentemente a inibição ou regulação proteica, por isso, não só estes, como
os produtos naturais em geral, tem representado grande interesse para
desenvolvimento de novos fármacos,sobretudo para as neoplasias. Essas
patologias consistem no crescimento e proliferação celular autônoma e
contínua, por vezes resultante de vários eventos genéticos deletérios e
constituem a segunda causa de morte da população mundial e no Brasil.
Diante da gravidade e, às vezes, de um mal prognóstico aliados a uma
quimioterapia de alta toxicidade, faz-se necessária a busca por novos
tratamentos mais eficazes e com menos efeitos colaterais.
Objetivos:
Avaliar a atividade citotóxica do óleo essencial extraído da Re frente a
linhagem de Sarcoma 180.
Métodos:
O OE foi extraído de 0,5Kg de folhas frescas por hidrodestilação em aparelho
de Clevenger. Foi realizado o ensaio de MTS para avaliação do potencial
citotóxico frente a células do sarcoma S-180. Em uma placa de 96 poços,
foram plaqueadas 1x106 células/poço em meio RPMI suplementado com 10%
Soro Fetal Bovino. Após 3h, o OE de Rhaphiodon echinus (OE-Re) foi
adicionado em três diluições diferentes à cultura celular que ficou incubada
em estufa por 24 horas à 37°C. Após a incubação, foram adicionados 20μL de
MTS em uma concentração de 5 mg/mL aos poços. A placa foi incubada
durante 3h em estufa, sendo posteriormente a absorbância lida a 492 nm em
leitora de microplacas Thermoplate®. O cálculo da porcentagem de
viabilidade celular foi dado pela razão da absorbância dos poços tratados
menos a absorbância do branco pela absorbância do controle negativo menos
a absorbância do branco multiplicado por 100. Os dados foram analisados
pelo programa GraphPad Prism® versão 5.0 por ANOVA seguido de teste de
Tukey.
Resultados:
Foi obtido aproximadamente 1mL OE-Re, apresentando cor amarela, de odor
agridoce picante característico. O percentual de viabilidade celular para a dose
de 10μL/mL foi de 41,07% (±0,85), para a dose de 20μL/mL 23,33% (±1,7) e
para a dose de 50μL/mL 14,71% (±2,5). A análise no ANOVA mostrou a
inibição do crescimento estatisticamente significantes (p>0,05) para todas as
doses testadas.
Conclusão:
Os resultados obtidos indicam atividade de inibição do OE-Re frente ao
crescimento da linhagem tumoral de Sarcoma 180 in vitro.
Apoio Financeiro:
CNPq.
Gerado em: 2014-5-21 16:22:16
10.025 - Avaliação da Atividade antiparasitária e citotóxica in vitro de
Extrato hidroalcoólico de Annona Muriata L., contra Trypanossoma
cruzi, Leishmania brasiliensis, Leishmania Infantum
Rodrigues, C. K. S. , Coutinho, H. D. M. , Menezes, I. R. A. , Felipe, C. F.
B. , Costa, J. G. M. , Lemos, I. C. S. , Figuêiredo, F. R. S. D. N. , Sales, V.
S. , Coronel, C. , Gomez, M. C. V. , Tintino, S. R. , Monteiro, Á. B. ,
Amaro, E. N. , Kerntopf, M. R. ,
DEPARTAMENTO QUIMICA BIOLOGICA - URCA
DEPARTAMENTO DE MICROBIOLOGIA - CEDIC
Introdução:
Doenças infecciosas e parasitárias estão presentes em todo mundo ocorrendo
com maior frequência em países em desenvolvimento, sendo elas a causa da
morte de milhões de pessoas. (WHO, 2003). Um grupo destas são transmitidas
por protozoários e transmitida por vetores, porém seu tratamentos é
inexistente, precário ou desatualizado (OLIVEIRA, 2009). As leishmanioses
são doenças infecciosas, não contagiosas, causadas por protozoários do gênero
Leishmania e a doença de Chagas, causada pelo Trypanossoma cruzi. Plantas
utilizadas tradicionalmente para o tratamento de doenças causadas por
protozoários vêm recebendo considerável atenção em pesquisas na procura de
novas drogas com atividade antiparasitária (TEMPONE et al, 2005).
Objetivos:
Tem como objetivo avaliar a potencial atividade antiparasitária in vitro do
extrato hidroalcoólico das folhas de Annona muricata, com o intuito de
pesquisar novos fármacos com atividade Leischmanicida e Trypanocida.
Métodos:
Não foi utilizado humanos e nenhuma espécie de animal. Foram cultivadas
formas epimastigostas cultivadas a 28ºC em meio de cultura Liver Infusion
Tryptose Broth (Difco, Detroit, MI), suplementado com Soro Fetal Bovino
10%, penicilina e estreptomicina conforme descrito por LE SENNE et al.,
(2002. As culturas de Leishmania spp. foram identificadas por análise
isoenzimática seguiram os procedimentos descritos por ROLDOS et al.,
(2008). O teste de citotoxicidade foi realizado utilizando fibroblastos
NCTC929 plaqueados em microplacas de 96 cavidades a uma concentração
final de 3 x 104 células/cavidade. Cada concentração foi testada em triplicata.
A viabilidade destas linhagens foi avaliada através do uso da resazurina como
método colorimétrico (ROLÓN et al., 2006).
Resultados:
Os resultados observados na avaliação da atividade citotóxica, leishmanicida e
tripanocida do extrato hidroalcoólico das folhas de Annona muricata,
demonstraram que o EHFAM apresentou toxicidade moderada nas
concentrações de 31,2 e 62,5 µg/ml. o EHFAM na concentração de 125
µg/ml apresentou um percentual de inibição de 21% da atividade
antipromastigota de L. Infantum e 1,72% para L. brasiliensis .
Conclusão:
Annona Muricata L. na forma de extrato hidroacóolico apresentou baixa
atividade antipromastigota contra Leishmania infantum e toxicidade
moderada. No presente estudo os resultados demonstraram que Annona
Muricata L. na forma de extrato hidroacóolico apresentou baixa atividade
antipromastigota contra Leishmania infantum e toxicidade moderada. Em
relação a sua ação epimastigota tripanocida não obtiveram atividade
clinicamente relevante, novos testes devem ser realizados tendo em vista
futuros ensaios in vivo.
Apoio Financeiro:
FUNCAP, CAPES, URCA e CNPq.
Gerado em: 2014-5-21 16:22:16
10.026 - AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTI-Leishmania E ANTI-
Trypanosoma DO EXTRATO ETANÓLICO DAS FOLHAS DA
Duguetia furfuracea
Rodrigues, C. K. S. , Coutinho, H. D. M. , Menezes, I. R. A. , Costa, J. G.
M. , Coronel, C. , Tintino, S. R. , Fernandes, C. N. , Macedo, M. C. C. ,
Felipe, C. F. B. , Sales, V. S. , Gomez, M. C. V. , Figuêiredo, F. R. S. D. N.
, Cruz, L. P. , Kerntopf, M. R. ,
DEPARTAMENTO DE QUÍMICA BIOLÓGICA - URCA
DEPARTAMENTO DE MICROBIOLOGIA - CEDIC
Introdução:
As doenças negligenciadas predominam em condições de pobreza e
constituem um obstáculo no desenvolvimento dos países. Como exemplos,
podemos citar a doença de Chagas e a leishmaniose (Rev. Saúde Públ. 200,
2010), estando bem prevalentes. Cerca de 7 a 8 milhões de pessoas estão
infectadas pelo Tripanosoma cruzi e há cerca de 1,3 milhões de novos casos
de leishmaniose a cada ano (WHO, 2013). A terapêutica atual para essas
doenças é bem limitada e possui alta toxicidade. A pesquisa com plantas
medicinais em busca de princípios ativos constitui uma das alternativas para o
tratamento dessas parasitoses, podendo revelar compostos que serão uteis no
desenvolvimento de novas drogas e com preços mais acessíveis para grande
parte da população (Acta bot. Bras. 815, 2006).
Objetivos:
Avaliar a atividade anti-Tripanosoma e anti-Leishmania in vitro do extrato
etanólico das folhas de Duguetia furfuracea (EEDF), bem como o grau de
toxicidade.
Métodos:
Não foi realizada nenhuma experimentação animal/humana. Nos testes in
vitro para a avaliação da atividade antipromastigota e antiepimastigota, bem
como a citotoxicidade, utilizamos o EEDF nas concentrações de 125, 250, 500
e 1000 µg/mL, em microplacas com 96 cavidades, com culturas na fase
exponencial, na qual cada concentração foi testada em triplicata, seguindo
metodologia descrita por Vega e colaboradores (2005). Para a avaliação da
atividade leishmanicida foram utilizadas as linhagens promastigotas
de Leishmania braziliensis (MHOM/CO/88/UA301) e Leishmania
infantum (MHOM/ES/92/BCN83), cultivadas a 22° C em meio Schneider’s
Drosophila, suplementado com soro fetal bovino a 20%. No tocante a
avaliação da atividade tripanocida, realizamos testes in vitro de T.
cruzi utilizando o clone CL-B5 (BUCKNER et al., 1996). Nos ensaios de
citotoxicidade utilizamos a linhagem de fibroblastos NCTC929, cultivada em
Minimal Essential Medium (Sigma).
Resultados:
O EEDF apresentou uma melhor atividade antiparasitária na concentração de
1000 µg/mL, causando a de morte de 100% das formas promastigotas de L.
infantum e L. brasiliensis e 54,75% das formas epimastigotas de T. cruzi. Na
concentração de 125 µg/mL o EEDF não foi eficaz contra nenhuma das
formas dos parasitas estudados. Nas concentrações de 250 e 500 µg/mL o
extrato apresentou os melhores resultados contra L. brasilienses causando uma
inibição de 31,96% e 62,81%, respectivamente. Referente a citotoxicidade, a
concentração de 1000 µg/mL foi a que apresentou o maior percentual de
inibição dos fibroblastos, causando a morte de 67% dessas células.
Conclusão:
O presente estudo demonstrou que o EEDF apresenta atividade
antiprotozoária (antipromastigota e antiepimastigota). Com relação a
citotoxicidade novos testes deverão ser realizados possibilitando futuros
ensaios in vivo.
Apoio Financeiro:
FUNCAP, CAPES, URCA E CNPq
Gerado em: 2014-5-21 16:22:16
10.027 - EFEITOS DO β-CITRONELOL EM TRAQUEiA DE RATOS:
POTENCIAL AÇÃO inibitória NA HIPERREATIVIDADE por
DESAFIO ANTIGÊNICO
Vasconcelos, T. B. , Filho, H. V. R. , Magalhães, P. J. C. ,
Departamento de Fisiologia e Farmacologia - UFC
Introdução:
O β-citronelol é álcool monoterpênico de ocorrência natural em vários óleos
essenciais como no óleo de citronela. Recentemente, a esta molécula tem sido
atribuídas outras propriedades que envolvem atividade antibacteriana,
antiespasmódica, hipotensora e vasorrelaxante.
Objetivos:
Estudar suas possíveis ações no comportamento motor do músculo liso
traqueal de ratos Wistar, assim como, verificar qual seu efeito em modelo
experimental mimetizando asma.
Métodos:
(CEUA nº: 28/12) Ratos Wistar machos (200 - 300 g) foram divididos em 04
grupos: Controle, Sensibilizado, Desafiado e Tratado. Após eutanásia pós
anestesia (pentobarbital sódico; 40 mg/kg, i.p.) e exsanguinação (CEUA nº:
28/12), anéis de traqueia foram obtidos para registro isométrico de contrações
in vitro. Para isso, os anéis de traqueia foram dispostos em banho para órgão
isolado contendo 5 mL de solução fisiológica de Krebs-Henseleit com os
seguintes parâmetros: pH 7,4, 37°C e aeração constante com 5% CO2 em O2;
a tensão basal foi de 1 g. As respostas contráteis observadas foram registradas
através de transdutores de força conectados a sistema de aquisição de dados
(PowerLab™ 8/30, AD Instruments, Austrália). A comparação dos resultados
foi realizada através de análise de variância (ANOVA) e testes post-hoc.
Resultados:
Inicialmente, avaliamos o efeito do β-citronelol (30, 200 ou 600 µM) na curva
concentração-efeito (CCE) para K+ (10 a 120 mM) - acoplamento
eletromecânico, construída em preparações isoladas de traqueia, e observamos
que, nas concentrações de 200 e 600 µM, o β-citronelol foi capaz de inibir a
resposta máxima do K+ (p < 0,001; two-Way ANOVA, seguida de teste
Holm-Sidak) para 52,26 ± 6,7% de contração induzida por 60 mM K+ que
serviu como referência. Na concentração de 600 µM, β-citronelol inibiu por
completo o efeito contraturante da adição de K+. Em seguida, com o intuito
de anular o recrutamento de canais de Ca2+ operados por voltagem na
resposta induzida pela acetilcolina (ACh) – acoplamento farmacomecânico,
CCE para ACh (0,01 a 104 µM) foram construídas na presença de verapamil
(1 µM), assumindo que a força contrátil envolve recrutamento dos canais de
Ca2+ ativados por receptor. Assim, observou-se que, mesmo na concentração
de 600 µM, o b-citronelol não foi capaz de reduzir a resposta máxima para
ACh na presença de verapamil. No grupo de animais submetidos ao modelo
de asma através do antígeno sensibilizante ovalbumina, a inalação prévia de b-
citronelol (300 µM) preveniu a hiperreatividade traqueal a K+ (Emax
desafiado = 31,33 ± 3,98 vs. Emax tratado = 20,66 ± 4,2 g/mg de tecido) ou
ACh (Emax desafiado = 52,56 ± 5,9 vs. Emax tratado = 28,02 ± 4 g/mg de
tecido) na cuba para órgãos isolados.
Conclusão:
O β-citronelol possui efeito inibitório e antiespasmódico em músculo liso
traqueal de ratos Wistar. A administração prévia de β-citronelol, por via
inalatória (in vivo) ou na cuba para órgãos isolados (in vitro), preveniu a
hiperreatividade traqueal ocasionada pela adição de estímulos eletromecânicos
e farmacomecânicos, sendo potencialmente agente anti-inflamatório em
animais que mimetizam a asma.
Apoio Financeiro:
Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – CNPq;
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – Capes,
Fundação Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico –
FUNCAP.
Gerado em: 2014-5-21 16:22:16
10.028 - EFEITO GASTROPROTETOR DO EXTRATO ETANÓLICO
DA MAYTEUS ERYTHROXYLON REISSEK (CELASTRACEAE)
CONTRA ÚLCERAS INDUZIDAS POR ANTIINFLAMATÓRIO NÃO
ESTEIRODAL EM CAMUNDONGOS.
Formiga, R. O. , Sousa, C. G. B. L. , Silva, A. K. M. , Souza, S. S. ,
Quirino, Z. G. M. , Batista, L. M. ,
DCF/CCS - UFPB CCAE/DEMA - UFPB
Introdução:
Maytenus Erythroxylon Reissek é uma planta que pertence à família
Celastraceae, rica em metabolitos bioativos como terpenos e flavonoides, já
referenciados na literatura como antiulcerogênicos (Gutierrez, F., J. Nat.
Prod., 70, 1049, 2007).
Objetivos:
Avaliar a atividade gastroprotetora do extrato etanólico bruto obtido das partes
aéreas da Maytenus erythroxylon frente o modelo agudo de indução de úlceras
por anti-inflamatório não esteiroidal (AINE).
Métodos:
São utilizados apenas modelos animais no presente projeto de pesquisa Para a
realização desse trabalho foram utilizados Camundongos Swiss machos (Mus
musculus) pesando entre 25–35 g e todos os procedimentos experimentais
foram aprovados pelo Comitê de Ética em Uso Animal (CEUA) com certidão
número 2205/13. Os animais foram pré-tratados com o veículo (NaCl a 0,9%
v.o. - controle negativo), 100 mg/kg de cimetidina (controle positivo) e o
extrato etanólico - EEtOH-Me nas doses de 62,5; 125; 250 e 500 mg/kg - v.o.,
respectivamente. Após 30 min os animais foram submetidos ao agente lesivo
(piroxicam 20 mg/kg – s.c.) e 4 horas após foram eutanasiados e foi avaliada
a atividade gastroprotetora a partir da determinação do Índice de Lesão
Ulcerativo (Puscas, I. Arzneimittelf., 47, 568, 1997). Os resultados foram
analisados ??por ANOVA, seguido pelo teste de Dunnett.
Resultados:
Os resultados para esse modelo mostram que as doses do EEtOH-Me (62.5;
125; 250 e 500 mg/kg) apresentaram efeito protetor da mucosa gástrica, com
ILU de 86.00 ± 12.39, 54.00 ± 6,63, 41,33 ± 6.80 e 44.83 ± 8.45
respectivamente, quando comparado com o grupo de controle negativo (117,9
± 34,74).
Conclusão:
Os resultados do presente estudo mostram que o extrato etanólico de
Maytenus erythroxylon apresenta atividade gastroprotetora nas doses testadas
frente ao modelo de AINE.
Apoio Financeiro:
CNPq.
Gerado em: 2014-5-21 16:22:16
10.029 - AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE HIPOGLICEMIANTE E
CICATRIZANTE DA Bauhinia holophylla e da Cleome spinosa EM
RATOS DIABÉTICOS INDUZIDO POR ESTREPTOZOTOCINAS
Miranda, J. L. , Silva, N. M. B. , Magnata, S. S. L. P. ,
Biofísica e Radiobiologia - UFPE
Introdução:
A espécie Bauhinia holophylla é usada na medicina popular como
hipoglicemiante, já a Cleome spinosa conhecida popularmente por mussambê,
é usada no tratamento da gripe, tosse e inflamações. O Diabetes mellitus (DM)
é caracterizado pela hiperglicemia, causada pela deficiência e/ou resistência à
insulina. A cicatrização de feridas consiste em uma perfeita e coordenada
cascata de eventos celulares e moleculares que interagem para que ocorra a
reepitelização e a reconstituição do tecido.
Objetivos:
Tendo em vista a procura por substâncias mais adequadas que possam
interferir no processo cicatricial e no processo hipoglicemiante, substituindo
os tradicionais tratamentos que demandam alto custo, esta pesquisa visou
comparar o processo de cicatrização, em feridas abertas, sob influencia do
tratamento com gel de Bauhinia e Cleome, assim como a atividade
hipoglicemiante dos extratos aquosos das duas espécies.
Métodos:
23076020842/2011-16 Bauhinia holophylla e a Cleome spinosa utilizadas no
estudo foram coletadas no Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA). O
estudo foi realizado com camundongos albinos suíços, fêmeas, com 60 dias de
idade, pesando entre 30 e 35g. Os animais foram pesados e separados em 4
grupos contendo 5 animais cada. Foram pesados, marcados e anestesiados.
Após a anestesia foi feita a indução a ferida cirúrgica. Para tratamento das
feridas os animais foram distribuídos aleatoriamente em 4 grupos de 5
animais: GRUPO I ( Controle negativo), GRUPO II (Gel de Bauhinia ),
GRUPO III (Gel de T. Cleome) e GRUPO IV ( Controle positivo). Os animais
foram induzidos ao diabetes, após o tempo de comprovação do diabetes os
ratos receberam o tratamento destinado ao grupo a que pertence. Os animais
com diabetes comprovada foram distribuídos aleatoriamente em 3 grupos de 5
animais para tratamento: GRUPO I (Controle negativo), GRUPO II (Extrato
de Bauhinia) e GRUPO III (Extratto de T. Cleome). A glicemia foi mensurada
uma vez na até completar 35 dias de experimento. Os animais foram
anestesiados e a gota de sangue retirada da cauda e colocada na fita, fazendo-
se a leitura da glicemia. Os extratos foram administrados por via oral. Esse
procedimento foi executado todos os dias até completar 35 dias de
experimento.
Resultados:
Foi observada uma melhora significativa na cicatrização com o uso do extrato
da Cleome spinosa, o que não aconteceu nas mesmas proporções com a
Bauhinia holophylla, no ponto de vista macroscópico, quando comparados aos
controles positivo e negativo. O tratamento com extrato da Bauhinia
holophylla apresentou uma redução significativa dos níveis glicêmicos, da
ordem de 30 a 35%.
Conclusão:
Mediante os resultados obtidos no teste de cicatrização, pode-se sugerir que a
utilização de gel da Cleome spinosa, permitiu a ocorrência do processo de
reparação cutânea de feridas cirúrgicas em camundongos. Associado a isso, os
tratamentos foram biocompatíveis, uma vez que não induziram nenhum tipo
de reação imunológica, num aspecto macroscópico. Quanto a avaliação do
potencial hipoglicemiante, a Bauhinia holophylla foi a espécie que apresentou
melhor resultado, contudo as duas espécies merecem ser melhor estudadas,
com um número maior de amostras posteriormente.
Apoio Financeiro:
Propesq-UFPE
Gerado em: 2014-5-21 16:22:16
10.030 - AÇÃO BACTERIOSTÁTICA DE EXTRATO DE FLORES DE
Moringa oleifera CONTRA PATÓGENOS HUMANOS
Souza, C. S. , Procopio, T. F., Coelho, L. C. B. B. , Napoleao, T. H. ,
Paiva, P. M. G. , Pontual, E. V. ,
Bioquímica - UFPE
Introdução:
Bactérias de importância médica podem causar infecções graves em humanos.
Enterococcus faecium, Shigella sonnei e Klebsiella pneumoniae, por exemplo,
são bactérias patogênicas que podem causar doenças como meningite
neonatal, shigelose (desinteria acompanhada de febre e dor abdominal) e
pneumonia, respectivamente. Pseudomonas aeruginosa é responsável por
infecções pulmonares, urinárias e sanguíneas, sendo uma importante causa de
infecções hospitalares. O desenvolvimento de resistência por bactérias aos
quimioterápicos atualmente utilizados tem sido descrito, o que estimula a
busca por novos agentes antibacterianos. Extrato de flores de M. oleifera,
obtido com água destilada, contém um inibidor de tripsina, denominado
MoFTI (do inglês M. oleifera flower trypsin inhibitor). Inibidores de tripsina
têm sido descritos como agentes antimicrobianos.
Objetivos:
Avaliação do efeito de extrato aquoso de flores de M. oleifera, contendo
atividade inibidora de tripsina, sobre o crescimento e sobrevivência de E.
faecium, S. sonnei, K. pneumoniae e P. aeruginosa.
Métodos:
O presente trabalho não inclui experimentos com animais ou seres humanos.
O extrato de flores de M. oleifera foi obtido a partir da homogeneização de
flores frescas (50 g) com água destilada (100 mL) por 5 min, utilizando
liquidificador. Em seguida, a mistura foi filtrada em gaze e centrifugada
(3.000 x g; 15 min) e o sobrenadante correspondeu ao extrato de flores. A
estimativa da concentração de proteínas foi realizada de acordo com Lowry et
al.(J. Biol. Chem. 193:265, 1951). Atividade inibidora de tripsina foi avaliada
de acordo com Pontual et al. (Arch. Insect Biochem. Physiol. 79:135, 2012),
utilizando tripsina bovina (0.1 mg/mL) e o substrato N-α-benzoil-DL-
arginina-p-nitroanilida (BApNA). Uma unidade de atividade enzimática da
tripsina foi definida como a quantidade de enzima que hidrolisa 1 μmol de
BApNA por minuto. Cada unidade de tripsina reduzida na presença do extrato
correspondeu a uma unidade de atividade inibidora de tripsina. As cepas
bacterianas utilizadas foram fornecidas pelo Departamento de Antibióticos do
Centro de Ciências Biológicas da Universidade Federal de Pernambuco.
Ensaio de atividade antibacteriana foi realizado em microplacas de acordo
com Gomes et al. (J. Appl. Microbiol. 114:672, 2013). A concentração
mínima inibitória (CMI) foi determinada correspondendo à menor
concentração em que ocorreu diminuição igual ou maior que 50% em relação
ao crescimento (medido pela densidade óptica a 490 nm) no poço controle. A
concentração mínima bactericida foi definida como a menor concentração
capaz de reduzir o crescimento bacteriano em 99,9%. Os ensaios foram
realizados em triplicata.
Resultados:
O extrato de flores apresentou uma concentração de proteínas de 2,87 mg/mL
e atividade inibidora de tripsina específica de 0,128 U/mg de proteínas. O
extrato inibiu o crescimento de colônias das bactérias S. sonnei e P.
aeruginosa, com CMI de 1.44 mg/mL de proteínas para ambas as bactérias.
Não foi detectado nenhum efeito sobre o crescimento de E. faecium e P.
aeruginosa (CMI > 2,81 mg/mL). Atividade bactericida não foi detectada
contra nenhuma das bactérias testadas.
Conclusão:
Extrato aquoso de flores de M. oleifera apresentou efeito bacteriostático sobre
P. aeruginosa e S. sonnei. A investigação da atividade antibacteriana de
MoFTI, bem como outros estudos visando identificar o(s) princípio(s)
antibacteriano(s) do extrato estão em andamento.
Apoio Financeiro:
CNPq, FACEPE, CAPES, MCTI.
Gerado em: 2014-5-21 16:22:16
10.031 - ATIVIDADE INSETICIDA DE PREPARAÇÃO LECTÍNICA
DE RIZOMA DE Microgramma vaccinifolia CONTRA O GORGULHO
DO MILHO (Sitophilus zeamais).
Guedes, C. C. S. , Albuquerque, L. P. , Pontual, E. V. , Napoleão, T. H. ,
Paiva, P. M. G. ,
Bioquímica - UFPE
Introdução:
Sitophilus zeamais (Coleoptera) é responsável por danos a grãos de milho,
trigo e arroz, bem como alimentos processados como macarrão e biscoito. A
elevada toxicidade dos inseticidas sintéticos e o desenvolvimento de
resistência pelos insetos aos compostos químicos atualmente utilizados
estimulam a busca por inseticidas derivados de plantas para controle de
pragas. Lectinas são proteínas ou glicoproteínas que possuem a capacidade de
se ligar reversivelmente a carboidratos e apresentam atividade inseticida.
Rizoma de Microgramma vaccinifolia contêm uma lectina (MvRL) com
atividade inseticida sobre cupins Nasutitermes corniger.
Objetivos:
Avaliar a toxicidade por ingestão de preparação lectínica de rizoma de M.
vaccinifolia sobre S. zeamais através da determinação da taxa de mortalidade,
parâmetros nutricionais (taxa de crescimento relativo, taxa de consumo
relativo e eficiência de conversão do alimento ingerido) e do índice de
deterrência alimentar.
Métodos:
O trabalho não envolveu experimentos com animais e humanos, não
necessitando de aprovação do comitê de ética. A colônia de S. zeamais é
mantida de acordo com autorização (nº 36301-2) do Instituto Chico Mendes
de Conservação da Biodiversidade (ICMBiO), IBAMA. Extrato (10%, p/v) foi
obtido por homogeneização da farinha de rizoma em NaCl 0,15 M durante 16
h a 4 ºC. Após filtração e centrifugação (3000 g, 15 min), as proteínas do
extrato foram precipitadas com sulfato de amônio (60% de saturação) e o
precipitado obtido (F0-60) foi dialisado durante 4 h em NaCl 0,15 M e
avaliado quanto à concentração protéica e presença de lectina (atividade
hemaglutinante, AH). Cada bioensaio consistiu em uma placa de Petri com
cinco discos de farinha de trigo contendo F0-60 nas concentrações de 30, 40,
90, 110 ou 130 mg/g (mg de proteínas por g de farinha de trigo), preparados
de acordo com Napoleão et al. (J. Stor. Prod. Res. 54: 26-33, 2013). No grupo
controle foi utilizado NaCl 0,15 M em substituição a F0-60. Em seguida, 20
insetos adultos foram transferidos para a placa. Os bioensaios foram
realizados em quadruplicata a 28 ºC ± 2 ºC. Após 7 dias, foram determinadas
as taxas de mortalidade, o valor de biomassa adquirida pelos insetos e a massa
ingerida. Os seguintes índices nutricionais foram calculados: 1) taxa relativa
de ganho de biomassa: (biomassa adquirida)/(biomassa inicial dos insetos x
dias); 2) taxa de consumo relativo: (massa ingerida)/(biomassa inicial dos
insetos x dias) e 3) eficiência de conversão do alimento ingerido (ECAI):
([biomassa adquirida / massa ingerida] x 100).
Resultados:
As taxas de mortalidade dos insetos que ingeriram dieta contendo F0-60
variaram de 18,4±2,9% a 36,2±6,0%, enquanto no controle o valor foi de
9,3±3,3%. A taxa de consumo relativo foi maior em todos os tratamentos
(entre 0,067 e 0,144 mg/mg/dia) que no grupo controle (0,036 mg/mg/dia),
aumentando de acordo com a concentração de F0-60 na dieta. Contudo, a
ingestão de F0-60 foi prejudicial para os insetos, uma vez que além das taxas
de mortalidade terem aumentado, os valores de taxa relativa de ganho de
biomassa e de ECAI foram negativos, variando de -0,030 a -0,043 mg/mg/dia
e de -30,2% a -94,6%, respectivamente.
Conclusão:
F0-60, uma preparação de rizoma de M. vaccinifolia enriquecida em MvRL
apresentou atividade inseticida contra adultos de S. zeamais, induzindo
mortalidade e promovendo perda de peso, mesmo tendo estimulado o
consumo da dieta artificial pelos insetos.
Apoio Financeiro:
CNPq, FACEPE, CAPES, MCTI.
Gerado em: 2014-5-21 16:22:31
10.032 - AVALIAÇÃO DE CITOXICIDADE DO EXTRATO
ETANÓLICO BRUTO DOS CAULES DE Rhaphiodon echinus (Nees &
Mart.) Schuaer (LAMIACEAE) NO SARCOMA S-180
Mendes, R. L. , Lavor, E. M. , Silva, M. G. , Lavor, A. L. , Nogueira, S. H.
C. , Maia, G. L. A. ,
NEPLAME- Núcleo de Estudos e Pesquisas em Plantas - UNIVASF
Introdução:
O câncer pode ser entendido como uma falha nos processos homeostáticos
normais relacionados com a proliferação, diferenciação, quiescência celular e
apoptose. A maioria (60%) dos fármacos anticâncer introduzidos na
terapêutica nas últimas décadas tem sua origem nos produtos naturais. A
Caatinga é um bioma exclusivamente brasileiro, ocorrendo quase que
exclusivamente na região Nordeste. No entanto, apresenta poucos estudos
químicos e biológicos. A família Lamiaceae é amplamente encontrada nesse
bioma, testes realizados com espécies dessa família mostraram atividade
antitumoral, antimicrobiana, antifúngica e espasmolítica. A espécie
Rhaphiodon echinus encontra-se distribuída nas regiões irrigadas do Vale do
São Francisco, seu óleo essencial apresenta majoritariamente mono e
sesquiterpenos, já os extratos são positivos para a presença de saponinas,
taninos e flavonoides.
Objetivos:
Avaliar a atividade citotóxica do extrato etanólico bruto dos caules de
Rhaphiodon echinus (EEB -Re) frente à linhagem tumoral sarcoma S-180.
Métodos:
Não se aplica o código de experimentação animal, pois os testes foram
realizados in vitro. Foi realizada à maceração exaustiva de 121,4g de pó dos
caules da planta, em etanol 95%, obtendo-se (EEB -Re). Para avaliação do
potencial citotóxico foi realizado o ensaio de MTS frente a células do sarcoma
S-180. Em uma placa de 96 poços foram incubadas 1x106 células/poço em
meio RPMI suplementado com 10% Soro Fetal Bovino. Após 3h, o EEB-Re
foi adicionado nas concentrações de 100, 200 e 400 µg/mL à cultura celular
que ficou incubada em estufa por 24 horas à 37°C. Após a incubação, foram
adicionados 20μL de MTS em uma concentração de 5 mg/mL aos poços. A
placa foi incubada durante 3h em estufa, sendo posteriormente a absorbância
lida a 492nm em leitora de microplacas Thermoplate®. O cálculo da
porcentagem de viabilidade celular foi dado pela razão da absorbância dos
poços tratados menos a Absorbância do branco pela Absorbância do controle
negativo menos a Absorbância do branco multiplicado por 100. Os dados
foram analisados pelo programa GraphPad Prism® versão 5.0 por ANOVA
seguido de teste de Tukey.
Resultados:
A massa de EEB concentrado foi 12,33g. O percentual de viabilidade celular
para a dose de 100μg/mL foi de 31,075% (±1,7), para a dose de 200μg/mL
26,287% (±0,4) e para a dose de 400μg/mL 22,011%(±0,45). A análise
mostrou inibição do crescimento estatisticamente significantes (p>0,005) para
todas as doses testadas.
Conclusão:
O EEB-Re apresenta ação inibitória de crescimento in vitro sobre a linhagem
tumoral de Sarcoma 180.
Apoio Financeiro:
CNPq.
Gerado em: 2014-5-21 16:22:31
10.033 - PURIFICAÇÃO PARCIAL DE INIBIDOR DE TRIPSINA A
PARTIR DAS FOLHAS DE IPEZINHO (TECOMA STANS)
Patriota, L. L. S. , Procopio, T. F., Paiva, . P. M. G. , Pontual, . E. V. ,
Napoleão, T. H.,
Bioquímica - UFPE
Introdução:
Inibidores de tripsina de natureza proteica têm sido isolados de plantas e
apresentam diversas atividades biológicas, tais como inseticida,
antimicrobiana e antitumoral. Esses inibidores são capazes de causar bloqueio
ou redução da capacidade catalítica por se ligarem ao sítio ativo, atuando
como inibidores competitivos, ou interagirem com outras regiões da molécula
da enzima.
Objetivos:
O presente trabalho descreve a purificação parcial de inibidor de tripsina, a
partir do extrato salino das folhas de Tecoma stans (ipezinho), através de
precipitação proteica com sulfato de amônio e cromatografia em coluna de
troca iônica.
Métodos:
O presente trabalho não envolveu experimentos com animais ou humanos.
As folhas foram coletadas no campus da UFPE e secas durante 2 dias a 28 ºC.
O pó das folhas (10 g) foi homogeneizado com NaCl 0,15 M (100 mL)
durante 16 h a 28 ºC, utilizando agitador magnético. Após centrifugação
(9.000 g, 15 min, 28 ºC) e filtração, o sobrenadante correspondeu ao extrato
de folhas. O extrato foi tratado com sulfato de amônio (80% de saturação)
durante 4 h a 28 ºC. A fração de proteínas precipitadas (FP) e a fração
sobrenadante (FS) obtidas após centrifugação (9.000 g, 15 min, 28 ºC) foram
dialisadas contra água destilada (2 h) e NaCl 0,15 M (2 h) e avaliadas quanto à
concentração de proteínas (Lowry et al., J. Biol. Chem. 193: 265-275, 1951) e
atividade inibidora de tripsina (Pontual et al., Arch. Insect Biochem. Physiol.
79:135-152, 2012) utilizando tripsina bovina (0,1 mg/mL) e o substrato N-α-
benzoil-DL-arginina-p-nitroanilida (BApNA). Uma unidade de atividade
enzimática da tripsina foi definida como a quantidade de enzima que hidrolisa
1 μmol de BApNA por minuto. Cada unidade de tripsina reduzida na presença
da amostra correspondeu então a uma unidade de atividade inibidora de
tripsina. FP foi então dialisada contra tampão Tris-HCl 0,1 M pH 8,0 (2 h) e
cromatografada em coluna de troca iônica (DEAE-celulose) equilibrada com
esse mesmo tampão. A eluição foi realizada com tampão Tris-HCl 0,1 M pH
8,0 contendo NaCl 1,0 M e as frações contendo as proteínas adsorvidas
(frações 16 a 28) foram avaliadas quanto à concentração de proteínas e
atividade inibidora de tripsina.
Resultados:
O extrato apresentou elevada concentração protéica (23,5 mg/mL) e atividade
inibidora de tripsina de 9,3 U/mg. FP e FS apresentaram atividade inibidora de
150 e 60 U/mg, respectivamente. FP foi então escolhida para utilização na
próxima etapa devido a sua maior atividade específica. Cromatografia de FP
em coluna DEAE-celulose resultou em um único pico contendo proteínas que
adsorveram à matriz, o qual apresentou atividade inibidora de tripsina de
183,3 U/mg, indicando um fator de purificação de 19,7 vezes em relação ao
extrato. A adsorção em coluna trocadora de ânions indica que a(s) proteína(s)
inibidora(s) de tripsina de T. stans apresenta(m)-se carregada(s)
negativamente em pH 8,0.
Conclusão:
Folhas de T. stans contêm inibidor de tripsina proteico de natureza aniônica, o
qual foi purificado parcialmente pelo protocolo utilizado. Ensaios para
determinação da homogeneidade e caracterização do inibidor estão em
andamento.
Apoio Financeiro:
CNPq, FACEPE, CAPES, MCTI.
Gerado em: 2014-5-21 16:22:31
10.034 - ISOLAMENTO, PURIFICAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO
PARCIAL DA LECTINA DA BAUHINIA CHEILANTHA (Bong.)
Steud. NATIVA DO BIOMA CAATINGA.
Cruz, D. R. R. , Moraes, L. M. A. , Bezerra, G. S. , Felix, W. P. ,
Programa de Pós-graduação em Recursos Naturais do - UNIVASF
Introdução:
Lectinas são proteínas que se ligam especificamente e reversivelmente a mono
ou oligossacarídeos, mas são destituídas de atividade catalítica e, em
contraste, com anticorpos, não são produtos de uma resposta imune. O gênero
Bauhinia é muito utilizado com fins medicinais e, para algumas espécies, são
atribuídas propriedades antifúngicas, antibacterianas, antiinflamatórias e
antidiabética.
Objetivos:
Isolar, purificar e caracterizar parcialmente lectina da Bauhinia
cheilantha (Bong.) Steud., espécie nativa do Bioma Caatinga ainda não
plenamente estudada na região do Vale do Rio São Francisco.
Métodos:
protocolo nº 0002/210114 O material vegetal (folhas) de Bauhinia cheilantha
foi coletado na cidade de Petrolina-PE. O extrato bruto foi obtido após a
maceração mecânica de 48 g de folhas frescas em 200 mL de tampão Tris-
HCl pH 8,0 com PVP 2% (v/v). Deixou-se sob agitação por 30 min e filtrou-
se em gaze dupla. A seguir, centrifugou-se a 2.500 × g por 20 min a 4° C e
descartou-se o resíduo, obtendo assim o Extrato bruto, que foi usado nos
ensaios de hemaglutinação. Para os ensaios de atividade hemaglutinante
(U.H.) foram empregadas amostras de eritrócitos de coelho (Oryctolagus
cuniculus), da raça Nova Zelândia, cor branca, sexo masculino com 4 kg e 4
meses de idade. Para determinação da U.H. no extrato bruto foram utilizadas
soluções a 2% (v/v) de eritrócitos de coelho tratados e não tratados
enzimaticamente (pepsina e tripsina). Os ensaios foram realizados com
volumes iguais do extrato bruto, diluídos seriadamente com solução salina
(NaCl 0,15M) com e sem a adição de Mn++ e Ca++), incubando-os por 30
min a 38°C e deixado-os em repouso por mais 30 min a temperatura ambiente
e a determinação da U.H. foi observada macroscopicamente.
Resultados:
A ligação da lectina oriunda do extrato bruto das folha de Bauhinia
cheilantha aos carboidratos da superfície dos eritrócitos de coelho, tratados e
não tratados, promoveu a formação de uma rede que foi visível a olho nu. Os
resultados foram positivos na presença e na ausência de íons Ca2+ e Mn2+.
Conclusão:
A capacidade de hemaglutinação verificada no extrato bruto aponta para a
presença de lectina nas folhas de Bauhinia cheilantha e que essa lectina é
independentes de Ca2+ e Mn2+, e também do tratamento enzimático.
Apoio Financeiro:
FACEPE/CNPq/FABESB/CAPES/UNIVASF
Gerado em: 2014-5-21 16:22:31
10.035 - EFEITO DO COMPOSTO SINTÉTICO A2CN SOBRE A
CORRENTE TOTAL DE POTÁSSIO DE CÉLULAS DE LEUCEMIA
MIELÓIDE CRÔNICA (K562)
Vasconcelos, A. P. , Faheina-martins, G. V. , Vasconcellos, M. L. A. A. ,
Junior, C. G. L. , Araujo, D. A. M. ,
Departamento de Biotecnologia - UFPB Departamento de Quimica -
UFPB
Introdução:
O efeito do composto A2CN tem sido demostrado pelo nosso grupo na
indução de citotoxicidade em células de tumor humano, tais como, leucemia
aguda e crônica. O A2CN é um composto sintético que faz parte do grupo de
moléculas Morita-Baylis-Hillman adutos (MBHA). No entanto, a mecanicista
envolvida no processo de morte realizado pelo composto A2CN e consequente
relação com apoptose ainda não está totalmente esclarecida. Adicionalmente,
a literatura relata que os canais de K+ são importantes no desenvolvimento de
tumores, além de estarem envolvidos com os processos de morte celular.
Objetivos:
Analisar a corrente total de K+, na ausência e presença do composto A2CN.
Métodos:
Os experimentos foram realizados com a linhagem celular K562 que foi
adquirida do banco de celulas do rio de janeiro As células da linhagem K562
(leucemia mielóide crônica) foram cultivadas e as correntes iônicas foram
registradas utilizando a técnica de patch-clamp, configuração “whole-cell”. O
protocolo de voltagem para obtenção das correntes consistiu de pulsos
despolarizantes, entre -50mV a +70mV, com incremento de 20mV e 3
segundos de duração, que eram disparados a cada 20s. A partir deste
protocolo, foi obtida a relação corrente-voltagem (I/V), bem como, a
condutância ao K+ (gK). Os registros controles eram gerados na ausência de
incubação e de perfusão da molécula, e os registros tratados, eram traçados
durante a perfusão com o composto A2CN. A aquisição foi obtida por meio de
amplificador de “patch clamp” (HEKA Electronics, versão 10) e análise feita
utilizando o programa FitMaster (HEKA Electronics). Os dados foram
avaliados por meio dos ajustes dos pontos experimentais, seguindo o método
dos quadrados mínimos.
Resultados:
O composto A2CN aumentou a corrente total de potássio dependente de
voltagem (IKtotal). A amplitude da corrente na ausência e presença do A2CN
verificada no pulso de -70mV foi aumentada de 38,67 ± 2,83 pA/pF para
59,74 ± 3,7 pA/pF na concentração de 120 µM de A2CN. A curva de ativação
da IKtotal foi deslocada para esquerda na presença do A2CN (120 µM).
Conclusão:
Nós concluímos que o A2CN promoveu um aumento na IKtotal e que gK foi
alterada para valores mais negativos, indicando abertura do canal de potássio
em potenciais nos quais estes canais estariam fechados.
Apoio Financeiro:
CNPQ e CAPES
Gerado em: 2014-5-21 16:22:31
10.036 - Estudo da atividade cicatrizante da β-ionona [4-(2,6,6-trimetil-1-
ciclohexeno)-3-buten-2-ona] em úlceras cutâneas experimentais.
Souza, T. F. G. , Figueiredo, I. S. T. , Carmo, L. D. , Couto, T. S. , Paiva,
Y. T. C. N. , Nunes, M. O. , Sousa, D. P. , Alencar, N. M. N. ,
Fisiologia e Farmacologia - UFC Ciências Farmacêuticas - UFPB
Introdução:
Apesar dos recentes avanços na busca de novas substâncias químicas para o
tratamento de enfermidades, os produtos naturais continuam sendo a principal
fonte delas. A β-ionona é um sesquiterpeno presente em óleos essenciais de
uma variedade de plantas, vários estudos com este composto já foram
relatados, mas ainda são escassos. A cicatrização de feridas é um processo
complexo e dinâmico, compreendido pelas fases inflamatória, proliferativa e
de remodelação.
Objetivos:
Este estudo teve como objetivo a investigação do efeito do tratamento tópico
com creme de β-ionona no modelo de cicatrização por segunda intenção de
úlceras cutâneas experimentais em camundongos.
Métodos:
CEPA UFC 08/2012 Foram utilizados camundongos swiss machos (peso: 20-
25 g; n=10/grupo) para a indução da lesão dorsal (1,5 cm2) e distribuídos
aleatoriamente em quatro grupos experimentais, de acordo com o tratamento
tópico estabelecido: grupo controle (creme base) e três grupos experimentais
tratados com creme base incorporado com β-ionona (BI) a 1%, 5% e 10%. Os
tratamentos foram realizados diariamente e as feridas clinicamente avaliadas
durante 14 dias, de acordo com parâmetros macroscópicos dos sinais
inflamatórios e proliferativos da cicatrização. Os resultados foram expressos
como a média ± erro padrão da média (EPM), a mediana e variações, além
de porcentagem de tecido cicatricial e reepitelização de cada grupo
experimental, sendo aplicados os resultados ao testes de ANOVA, seguido do
pós-teste de Bonferroni (comparações múltiplas), teste Mann Whitney
(medianas) e teste do qui-quadrado (porcentagem), onde a diferença estatística
foi encontrada considerando p<0,05.
Resultados:
Os resultados obtidos demonstraram que feridas tratadas com BI 1% e BI 5%,
no 2º e 4º dia de avaliação, respectivamente, apresentaram edema de forma
mais intensa em relação ao grupo controle (p<0,05). Neste mesmo período, o
grupo BI 10% apresentou feridas moderadamente hiperêmicas em relação ao
grupo controle (p<0,05). A área das lesões foi avaliada para se estimar o efeito
pró-cicatricial da β-ionona. A redução na área das lesões do grupo BI 1%
(0,31 ± 0,017) foi significativamente diferente do grupo controle (0,50 ±
0,07), no 8º dia de avaliação. Enquanto que no 12º dia, os grupos BI 5% e BI
10% apresentaram uma redução significativa (0,012 ± 0,006) e (0,020 ±
0,008), respectivamente, em relação ao grupo controle (0,46 ± 0,012)
(p<0,05). Quanto aos parâmetros da fase proliferativa, o grupo BI 1%
apresentou tecido cicatricial já no 9º dia (100% das lesões), em relação a 71%
de animais do grupo controle (p<0,05). Quanto à reepitelização, no 12° dia,
uma maior frequência foi observada em animais tratados com BI 1% (55%),
em relação ao grupo controle (14%) (p<0,05). Nos dias subsequentes, todos
os grupos tratados com creme β-ionona apresentaram reepitelização de forma
significativa em relação ao grupo controle (p<0,05).
Conclusão:
Esses resultados demonstram que a β-ionona possui atividade cicatrizante em
lesões cutâneas experimentais. Porém, é necessária a realização de mais
estudos pra se compreender melhor o seu mecanismo de ação.
Apoio Financeiro:
CNPQ, Capes, Funcap
Gerado em: 2014-5-21 16:22:31
10.037 - AVALIAÇÃO DA GENOTOXIDADE DO MALEATO DE
ROSIGLITAZONA (AVANDIA) PELO TESTE DE MUTAÇÃO E
RECOMBINAÇÃO SOMÁTICA (SMART).
Cardoso, M. N. , Alves, M. V. , Bispo, L. M. , Valadares, B. L. B. ,
Departamento de Biologia - UFS Departamento de Medicina - UFS
Introdução:
Avandia (AVA - maleato de rosiglitazona), membro da classe das
tiazodinedionas, é um antidiabético oral produzido pela GlaxoSmithKline, que
age aumentando a sensibilidade do organismo à insulina. A partir desse
mecanismo melhora o controle da glicemia enquanto reduz os níveis de
insulina circulante no sangue. AVA é usada no tratamento dos pacientes com
diabetes mellitus tipo 2. Pode ser usada sozinha ou associada a outros
antidiabéticos pertencentes a outras classes, como exemplo, a metformina e a
glibenclamida.
Objetivos:
Este estudo teve como objetivo avaliar os efeitos mutagênicos e
recombinogênicos do AVA por meio do Teste de Mutação e Recombinação
Somática (SMART) e eventuais efeitos moduladores da ação mutagênica do
uretano (URE).
Métodos:
Para testar potencial genotóxico, larvas de Drosophila melanogaster no
terceiro estágio, obtidas dos cruzamentos padrão (ST) (fêmeas flr3 / TM3,
BdS cruzadas com machos mwh) e de alta capacidade de ativação metabólica
(HB) (fêmeas ORR; flr3 / TM3, BdS cruzadas com machos mwh), foram
tratadas com AVA nas concentrações 0,2; 0,1; 0,05; 0,025 e 0,0125 mg/mL,
isoladamente e em associação com URE (0,891mg/mL). Como controle
positivo e negativo foram utilizados, respectivamente, URE (0,891mg/mL) e
água destilada. Indivíduos de ambos os cruzamentos foram coletados e
armazenados em etanol 70%. Suas asas foram extraídas e fixadas entre lâmina
e lamínula. Durante a análise das lâminas foi registrado o número de manchas
mutantes, assim como o tipo e tamanho (número de células mutantes na
mancha). A análise estatística dos experimentos de genotoxicidade foi feita de
acordo com o teste do X2 para proporções, bicaudal, com nível de
significância: α=β=0,05 de acordo com Frei e Würgler (1988), comparando as
frequências obtidas com os grupos tratados e controle.
Resultados:
Os resultados obtidos não apresentaram diferença estatisticamente
significativa entre o controle negativo e os tratados com AVA nas condições
experimentais utilizadas. Na avaliação de antigenotoxicidade, foram
encontrados resultados estatisticamente significativos nas associações de
AVA com URE mais expressivos nos descendentes do cruzamento HB,
representando uma relação com a ativação metabólica pelo P450.
Conclusão:
Sendo assim, AVA não apresenta ação genótóxica, bem como a ativação do
P450 não exerce influência na sua genotoxidade. Por outro lado, a Avandia
apresentou efeito inibidor da ação mutagênica do Uretano.
Apoio Financeiro:
COPES, CNPq, Fapitec e UFS.
Gerado em: 2014-5-21 16:22:31
10.038 - ANÁLISE COMPARATIVA DA ATIVIDADE
ANTIMICROBIANA DOS EXTRATOS CICLOHEXANO E
CLOROFÓRMIO DE Commiphora leptophloeos FRENTE A
MICROORGANISMOS DE INTERESSE HOSPITALAR.
Pereira, A. P. C. , Pereira, J. J. S. , Jandú, J. J. B. , Silva, M. V. , Correia,
M. T. S. ,
1Departamento de Bioquímica - UFPE
Introdução:
Commiphora leptophloeos, conhecida popularmente como Umburana,
pertence a família Burseraceae. É amplamente usual na medicina popular no
tratamento de diversos processos patológicos, sendo uma importante fonte de
compostos bioativos. Alguns patógenos são naturalmente resistentes a
determinados fármacos quimioterápicos, gerando uma crescente necessidade
na produção de novos agentes antimicrobianos para abordagens terapêuticas.
Nesse cenário, o interesse na investigação do potencial farmacológico das
plantas medicinais torna-se imprescindível na ampliação dessas terapias
antibacterianas.
Objetivos:
Neste contexto, objetivou-se na elaboração deste trabalho, analisar a atividade
antimicrobiana dos extratos de Clorofórmio (CL) e Ciclohexano (CH) da
casca de Commiphora leptophloeos, através dos estudos da Concentração
Mínima Inibitória (MIC) e Concentração Mínima Bactericida (CMB).
Métodos:
Para elaboração do presente trabalho não foi necessária a aprovação do
Comitê de Ética Experimental da Instituição no local. O material vegetal foi
coletado no PARNA do Catimbau-PE, processado, identificado e incorporado
ao acervo do Herbário do Instituto Agronômico de Pernambuco. Em seguida,
as cascas foram secas e processadas para obtenção da farinha. Para produção
dos extratos, foram utilizadas 5g da casca para cada solvente (Clorofórmio e
Ciclohexano) na proporção de 1:10, mantidos sob agitação por 24 horas; em
seguida o material foi filtrado, evaporado e mantido em diferentes
concentrações para estudos posteriores. Os microorganismos: Klebsiella
pneumoniae (UFPEDA 396), Bacillus subtilis (UFPEDA 86), Escherichia coli
(UFPEDA 224) e Enterococcus faecalis (UFPDA 138) foram disponibilizadas
pelo Departamento de Antibióticos da UFPE (UFPEDA). Para análise da CMI
foi realizada a diluição em série do extrato, em meio de cultura MHC
(Mueller-Hinton Caldo) e 100 mL de uma suspensão microbiana
(aproximadamente 1,5 x 108 UFC/mL) foram adicionados. As amostras foram
incubadas por 24 horas a 37 °C. Solução de resazurina (0,01%) foi usada
como um indicador de mudança na coloração de visualização: qualquer
alteração de cor variando de púrpura a rosa foi registrado como crescimento
bacteriano. A menor concentração em que nenhuma mudança de cor ocorreu,
foi tomado como o MIC.
Resultados:
Os resultados mostraram que os extratos apresentaram amplo espectro de
atividade antibacteriana. Para K. pneumoniae os extratos inibiram com MIC:
12,5 mg/mL (CL) e 12,5 mg/mL (CH); B. subtilis apresentou MIC: 3,125
mg/mL (CL) e 1,56 mg/mL (CH); E. coli apresentou MIC: 3,125 mg/ml (CL)
e 3,125 mg/ml (CH); E. faecalis demonstrou MIC: 25 mg/ml (CL) e 25mg/ml
(CH). Nos testes de Concentração Mínima Bactericida (CMB), obteve-se
atuação contra K. pneumoniae em 25 mg/ml em Ciclohexano e, E. coli de
25mg/ml (CL) e 12,5mg/ml (CH).
Conclusão:
Como conclusão, observamos que ambos os extratos se comportaram de
maneira semelhante, apresentando resultados mais significativos em suas
atividades antibacterianas contra Escherichia coli com elevado potencial
bacteriostático.
Apoio Financeiro:
FACEPE, CAPES, CNPQ
Gerado em: 2014-5-21 16:22:31
10.039 - Identificação da atividade lectínica em sementes de Schinopsis
brasiliensis (ANACARDIACEAE)
Ramos, B. A. , Melo, M. C. L. V. , Arcoverde, J. H. V. , Silva, M. V. ,
Correia, M. T. S. ,
Departamento de Bioquímica - UFPE
Introdução:
Na região Nordeste a presença das plantas medicinais faz parte da rotina
popular onde as receitas tradicionais são repassadas de geração em geração.
Desta forma estudos com plantas da caatinga, vem crescendo muito, não só
para confirmar os ditos populares, mas também para procurar substâncias que
possam ser utilizadas em aplicações médicas. Essas substâncias são geradas
de metabólitos primários e secundários que sofrem interferência da natureza.
Por possuírem aplicações biotecnológicas as Lectinas vêm sendo pesquisadas
também nessas plantas. Lectinas são proteínas ou glicoproteínas que se ligam
a carboidratos, sendo capazes de induzir a aglutinação de células ao
interagirem com glicoconjugados presentes na superfície celular e são
encontradas em todos os tecidos vegetais, porém sabe-se que geralmente a
maior quantidade se encontra armazenada nas sementes.
Objetivos:
Desta forma o presente trabalho tem como objetivo pesquisar a presença de
lectinas inéditas nas sementes de Schinopsis brasiliensis e, posteriormente
purificar, caracterizar com vista a aplicações biológicas.
Métodos:
O presente trabalho não fez uso de experimentos em humanos nem em
animais. O Extrato protéico foi obtido a partir da homogeneização da farinha
da sementes de Schinopsis brasiliensis em solução salina (NaCl 0,15 M) por
16 h à 4° C na proporção de 10% (p/v), utilizando agitador magnético. O
extrato foi obtido após filtração em gaze e centrifugação (9000 x g; 15 min, 4
°C). A presença de lectinas nas preparações ao longo do processo foi avaliada
através de ensaio de atividade hemaglutinante (AH) em placas de
microtitulação. Alíquota de 50 mL da amostra foi serialmente diluída em
NaCl 0,15 M antes da adição de 50 mL de suspensão (2,5% v/v) de eritrócitos
humanos (Tipo B, AB e O ) e de coelho tratados com glutaraldeído. Uma
unidade de atividade hemaglutinante é definida como o inverso da maior
diluição da amostra que promoveu total hemaglutinação (AH = Título-1) a
atividade hemaglutinante específica (AHE) é razão entre o título e a
quantidade de proteínas (mg/mL). O ensaio de inibição da AH por
carboidratos foi realizado incubando a preparação lectínica com Glicose,
Galactose, Frutose, Maltose, e N-acetil-glicosamina por 15 min a 28 °C antes
da determinação da AH.
Resultados:
A AH de sementes de S. brasiliensis foi de 512 frente aos eritrócitos de
coelho, sendo esta utilizada como padrão. A AH nos tipos sanguíneos B, AB e
O de humanos foi 8, 4 e 8, respectivamente. A concentração protéica da
semente foi de 16,8 mg/mL e assim sua AHE foi de 30,47. O extrato salino foi
inibido parcialmente por N-Acetil-Glicosamina, Maltose e Frutose, porém não
sendo inibida por glicose e galactose.
Conclusão:
O presente trabalho mostra a presença de lectinas em sementes de S.
brasiliensis. De acordo com os resultados a purificação parcial da lectina
poderá ser efetuada por cromatografia por afinidade em coluna de quitina.
Apoio Financeiro:
FACEPE, CAPES e CNPQ.
Gerado em: 2014-5-21 16:22:31
10.040 - Pesquisa de lectinas nas sementes de Pseudobombax marginatum
(MALVACEAE)
Melo, M. C. L. V. , Ramos, B. A. , Arcoverde, J. H. V. , Silva, M. V. ,
Correia, M. T. S. ,
Departamento de Bioquímica - UFPE
Introdução:
Pseudobombax marginatum, também conhecida como Embiratanha, possui
uma distribuição ampla, em Pernambuco ocorre exclusivamente na região
semi-árida. Estudos com plantas da caatinga vêm crescendo cada vez mais, já
foi comprovado que o extrato hidroalcoólico da Embiratanha apresenta
atividade biológica antiinflamatória e também analgésica periférica (Paiva,
Dayane Carla Costa, Mossoró, RN, 2013). Lectinas são proteínas ou
glicoproteínas de origem não imunológica, capazes de interagir de forma
reversível com carboidratos, e possuem a capacidade de aglutinar eritrócitos.
Essas proteínas são amplamente distribuídas, estão em vários organismos
vivos, porém nas plantas se encontram em geralmente em maior quantidade
nas sementes. No entanto, a presença de lectinas nas sementes de P.
marginatum, nunca foram descritas.
Objetivos:
O presente trabalho tem como objetivo identificar a presença de lectinas na
semente de Pseudobombax marginatum, para posterior purificação,
caracterização e aplicações biológicas.
Métodos:
O presente trabalho não fez uso de experimentos em animais nem em
humanos. O extrato foi obtido da farinha de sementes de P. marginatum,
através da a partir da homogeneização (16 h a 4° C) em solução salina (NaCl
0,15 M), na proporção de 10% (p/v), utilizando agitador magnético.
Posteriormente foi filtrado em gaze centrifugado (9000 x g, 15 min, 4 °C). A
atividade hemaglutinante (AH) é feita para detecção de lectinas em placas de
microtitulação. 50 mL da amostra foi serialmente diluída em NaCl 0,15 M
antes da adição de 50 mL de suspensão (2,5% v/v) de eritrócitos de coelho
tratados com glutaraldeído. Uma unidade de atividade hemaglutinante (AH =
Título-1) foi definida como o inverso da maior diluição da amostra que
promoveu total hemaglutinação depois a atividade hemaglutinante específica
(AHE) foi determinada pela razão entre o título e a quantidade de proteínas
(mg/mL). Ensaios de inibição da AH por carboidratos são feitas para
confirmação da presença de lectinas e foram feitos incubando a solução
contendo lectina com monossacarídeos ou dissacarídeos por 15 min a 28 °C.
Resultados:
As sementes de P. marginatum possuem AH igual a 64, frente aos eritrócitos
de coelho glutarizados. Sua concentração protéica foi de 2,8 mg/mL e a AHE
foi de a 22,8. A inibição da AH foi realizada com os açúcares Glicose,
Galactose, Frutose, Maltose e N-Acetil-Glicosamina e foi inibida por todos
esses.
Conclusão:
De acordo com os resultados observamos a presença de lectinas nas sementes
de P. marginatum e sua purificação parcial se fará através de cromatografia
por afinidade usando coluna de quitina.
Apoio Financeiro:
CAPES, FACEPE e CNPQ.
Gerado em: 2014-5-21 16:22:31
10.041 - ATIVIDADE ANTI-INFLAMATÓRIA DE Croton adamantinus
Müll. Arg. (CARRASCO).
Albuquerque, J. F. C. , Santos, S. M. , Rodrigues, T. B. , Mendes, R. F. V.
, Silva, Y. K. D. , Nogueira, L. M. , Martins, R. D. , Ximenes, R. M. ,
Departamento de Antibióticos - UFPE Departamento de Fisiologia e
Farmacologia - UFC Centro Acadêmico de Vitória - UFPE
Introdução:
Croton adamantinus, conhecido na medicina popular como carrasco, é
utilizado para o tratamento de problemas inflamatórios, dor, cicatrização de
feridas e distúrbios gastrointestinais.
Objetivos:
O objetivo deste trabalho foi avaliar se a atividade anti-inflamatória atribuída
a planta pela população realmente existe.
Métodos:
23076.020508/2010-26 As cascas de C. adamantinus foram coletadas em
Salgueiro/PE, secas e trituras, e extraídas com etanol P.A. O extrato foi
evaporado até a secura e utilizado para realização dos experimentos. Foram
utilizados camundongos Swiss (n = 6), machos, com aproximadamente 60
dias de idade, aclimatados a 22ºC com ciclo circadiano de 12h e água e
comida ad libitum. Para avaliação da atividade anti-inflamatória, foi utilizado
o teste de edema de orelha induzido por óleo de cróton a 3%. Foram
realizados dois grupos para avaliar a atividade tópica e sistêmica. Nos dois
grupos, o edema foi induzido pela aplicação de 20uL de óleo de cróton a 3%
diluído em acetona na orelha direita. A orelha esquerda recebeu somente
acetona como controle negativo. No grupo tópico, os animais foram tratados
imediatamente com o carrasco (1 mg/orelha) ou dexametasona (0,1
mg/orelha), ambos diluídos em acetona. No grupo sistêmico, os animais
receberam o carrasco (10, 30, 100 e 300 mg/kg, i.p.) ou indometacina (10
mg/kg, i.p.) trinta minutos antes da indução do edema. Após 6 horas, os
animais foram sacrificados por deslocamento cervical e amostras de 6 mm de
diâmetro foram retiradas de cada orelha e pesadas em balança analítica. A
diferença entre os pesos das orelhas esquerda e direita foi utilizada como
indicativo de edema. Os resultados foram expressos como média ± EPM e
analisados por ANOVA com pós-teste de Dunnet, considerando p < 0,05.
Resultados:
Tanto o carrasco quanto a dexametasona foram capazes de inibir a formação
de edema quando aplicados por via tópica (Controle 10,03 ± 0,52; Carrasco
3,38 ± 0,47*; Dexa 1,85 ± 0,20*). Por via sistêmica, o carrasco nas doses de
100 e 300 foi capaz de inibir a formação do edema (Controle 10,03 ± 0,52;
Carrasco100 6,36 ± 0,94*; Carrasco300 4,73 ± 0,79*; Indo 8,36 ± 1,14).
Conclusão:
O extrato etanólico das cascas de C. adamantinus foi eficaz, por via tópica e
por via sistêmica, em inibir a formação de edema induzida pela aplicação
tópica de óleo de cróton.
Apoio Financeiro:
Propesq/UFPE.
Gerado em: 2014-5-21 16:22:31
10.042 - Tratamento tópico com o triterpeno friedelina acelera a
cicatrização de feridas cutâneas em camundongos.
Ferro, J. N. S. , Aquino, F. L. T. , Carvalho, P. S. M. , Conserva, L. M. ,
Barreto, E. O. ,
Laboratório de Biologia Celular - ICBS Laboratório de Pesquisa em
Química de Produtos Nat - IQB
Introdução:
Os triterpenos apresentam diversos efeitos de interesse para a saúde humana,
incluindo efeitos cicatrizantes. A friedelina, um triterpeno pentacíclico, exibe
uma ampla gama de propriedades farmacológicas, porém, não há registros na
literatura cientifica de que a friedelina possa apresentar efeitos de cura em
lesões cutâneas.
Objetivos:
Portanto, o objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito da friedelina no
processo de cicatrização de feridas cutâneas em camundongos.
Métodos:
CEUA (009481/2011-21). Camundongos Swiss machos (n=5; 25-30 g)
foram anestesiados e submetidos a uma cirurgia com lâmina de bisturi estéril
na região dorsal para indução da ferida. O tratamento ocorreu por via tópica
com 200 µl friedelina (0,001%; 0,01% e 0,1%) ou solução salina (NaCl,
0.9%). Foram avaliados nos dias 4, 8 e 11 após a indução da ferida parâmetros
macroscópicos (área de contração da ferida e tempo de epitelização avaliada
pelo registro diário de imagens obtidas por meio de uma câmera digital) e
microscópicos (morfologia tecidual utilizando coloração de H&E e deposição
de colágeno através da coloração de tricrômico de Masson). Todos os
protocolos experimentais foram aprovados pelo CEUA (009481/2011-21).
Resultados:
No dia 11º dia após a indução da ferida, o tratamento com friedelina
(0,001%; 0,01% e 0,1%) reduziram significativamente a área da ferida (em
83,92±2,87; 82,88±2,84 e 72,83±4,2%, respectivamente) quando comparados
ao veículo (49,15±2,57%). A análise histológica revelou que o tratamento
local com a friedelina proporcionou uma melhor organização tecidual com
epitélio hiperplásico estruturado na borda da ferida, presença de estruturas
semelhante a vasos, um aumento na deposição de colágeno e com menor
infiltrado inflamatório quando comparado ao grupo tratado com veículo.
Conclusão:
Em conjunto, estes resultados, demonstram pela primeira vez o potencial
cicatrizante promovido pelo tratamento tópico do triterpeno friedelina sobre
feridas cutâneas. Estudos estão em andamento para esclarecer as vias que a
FD promove tais reparos e os efeitos sobre fibroblastos.
Apoio Financeiro:
CAPES e CNPq
Gerado em: 2014-5-22 10:06:12
10.043 - SÍNTESE E ATIVIDADE CITOTÓXICA DO DERIVADO
TIAZOLIDÍNICO 5-(2-HIDROXI-3-BROMO-5-
CLOROBENZILIDENO)-TIAZOLIDINA-2,4-DIONA 1Santiago,
P.B.G.S., 1Egito, M.S., 2Militão, G.C.G., 1Silva,T.G., 1Albuquerque,
J.F.C., 1Departamento de Antibióticos, 2Departamento de Farmacologia
e Fisiologia, UFPE, Recife/PE
Santiago, P. B. G. S. , Egito, M. S. , Militao, . G. C. G. , Silva, T. G. ,
Albuquerque, J. F. C. ,
Departamento de Antibióticos - UFPE Departamento de Farmacologia e
Fisiologia - UFPE
Introdução:
A síntese de novos fármacos tem contribuído decisivamente para a evolução
da terapêutica, através do uso de novas metodologias sintéticas e dos estudos
relação estrutura-atividade. Os derivados tiazolidínicos e seus análogos
estruturais, substituídos nas diversas posições do anel heterocíclico se
destacam por possuírem propriedades com amplo espectro de ação em
diversos alvos biológicos, são moléculas potencialmente ativas. Estes
compostos vêm despertando o interesse de vários pesquisadores nas diversas
parte do mundo devido as suas propriedades farmacológicas. Neste contexto,
foi sintetizado um novo composto a partir da condensação da tiazolidina-2,4-
diona com 2-Hidroxi-3-Bromo-5-clorobenzaldeído. O produto obtido foi
enviado para avaliação da atividade citotóxica utilizando as células de
linhagem MCF-7 (adenocarcinoma mamário).
Objetivos:
Sintetizar e testar o composto 5-(2-Hidroxi-3-Bromo-5-clorobenzilideno)-
tiazolidina-2,4-diona (Ju-604) contra a linhagem celular MCF-7.
Métodos:
O presente trabalho não utilizou para suas pesquisas, em qualquer etapa,
nenhuma experimentação humana ou animal. O composto Ju-604 foi
sintetizado partindo da tiazolidina-2,4-diona (Ju-32) 0,100g (0,85 mmol)
dissolvida em 4 mL de Etanol e 2 gotas de piperidina. A mistura foi mantida
sob agitação magnética à temperatura ambiente por 10 min. Em seguida, foi
adicionado 0,2010g (0,85 mmol) do 2-Hidroxi-3-Bromo-5-clorobenzaldeído
aquecido a 75 °C. Após 24 horas de reação, o produto foi purificado por
cristalização em etanol, filtrado, seco e determinada suas constantes físicas.
Os testes para a determinação da atividade citotóxica foram realizados com
células de linhagem MCF-7 pelo método colorimétrico do MTT conforme
protocolo usado e aprovado pelo Instituto Internacional do Câncer. Uma
suspensão celular (105 células/mL) foi distribuída em placa de cultura com 96
poços (100 µL em cada poço). A placa foi incubada a 37 °C, com atmosfera
úmida enriquecida com 5% de CO2 por 24 h. Em seguida, foi adicionada a
substância teste (100 µL/poço) e a placa foi reincubada a 37 °C. Após 72 h de
contato das células com o produto teste, foi adicionado 0,25 µL de MTT
(brometo (3-[5,4-dimetiltiazol-2-il]-2,5-difeniltetrazólio), 5 mg/mL em PBS
(p/v) em cada poço e a placa foi deixada por duas horas em estufa 37° C. Ao
final desse período o meio de cultura, juntamente com o excesso de MTT
foram aspirados e em seguida, 100 µL de DMSO foi adicionado a cada poço
para dissolução dos cristais de formazano. A leitura óptica foi feita em leitor
automático de placas do tipo Multiskan (490 nm) e a densidade óptica (DO)
média dos poços foi comparada com a DO média do poço controle.
Resultados:
Rendimento 43 %, Rf 0,47 (CHCl3/MeOH - 0,96:0,04) e Ponto de Fusão 197
ºC. A estrutura química foi comprovada por meio de métodos físicos
espectroscópicos de RMN1H, RMN13C, Massas e Infravermelho. No teste
inicial o composto tiazolidínico (Ju-604) evidenciou capacidade de inibir o
crescimento da célula tumoral testada em 69% e apresentando IC50 de
17,98µg/ml.
Conclusão:
O composto Ju-604 foi obtido puro, com rendimento razoável e suas
constantes físicas definidas comprovando assim, a pureza do composto. O
teste de atividade citotóxica desse derivado apresentou inibição em relação ao
crescimento desordenado das células da linhagem testada, MCF-7. O
resultado da IC50 foi considerado baixo.
Apoio Financeiro:
CNPq.
Gerado em: 2014-5-22 10:06:12
10.044 - EFEITO CITOTÓXICO INDUZIDOS POR FITOTERÁPICOS
NAS LINHAGENS MACL-1 E MGSO-3 DE CÂNCER DE MAMA
PRIMÁRIO
Dias, M. T. S. , Gontijo, M. R. , Gonsalves, I. V. , Cruz, J. S. , Almeida, G.
P. , Pôssas, N. A. A. , Goes, A. M. , Rodrigues, A.L.P. , Tafuri, L. S. A. ,
Faculdade de Ciências Humanas e da Saúde - FUMEC Departamento de
Bioquímica e Imunologia - UFMG
Introdução:
O câncer de mama é considerado o segundo tipo de câncer mais freqüente no
mundo, e o mais comum entre as mulheres. Apesar dos avanços no tratamento
e nos estudos sobre a biologia do câncer de mama, a taxa de mortalidade ainda
é alta. Diversas substâncias derivadas de produtos naturais parecem exercer
várias ações celulares, como regulação do ciclo celular, indução de apoptose e
modulação de vias de transdução de sinais, tornando-se alternativas
interessantes para estudos que visam identificar substâncias fitoterápicas para
prevenção e tratamento alternativo para o câncer.
Objetivos:
Investigar efeitos citotóxicos de alguns fitoterápicos em células das linhagens
MACL-1 e MGSO-3 de câncer de mama primário.
Métodos:
Porque nossos experimentos são realizados em linhagens celulares isoladas e
mantidas em cultura. Os fitoterápicos testados foram: Linalool, Eugenol,
Carvacrol, LABDA e Warifteína. As células foram tratadas com cada
composto em diferentes concentrações por 24 e 48 horas. A citotoxicidade foi
avaliada pelo ensaio de MTT [3-(4,5-dimethylthiazol-2-yl)-2,5-
diphenyltetrazolium bromide]. Os resultados foram calculados como
porcentagem de viabilidade celular em relação a células controle não tratadas.
Os resultados foram expressos como média ± DP de quatro experimentos
independentes. A análise estatística foi feita utilizando-se o teste T de student.
As células foram também fotografadas ao microscópio para observação da
morfologia.
Resultados:
Os experimentos preliminares demonstraram que dos cinco compostos
testados, o Eugenol e a Warifteína foram os que apresentaram maiores ações
citotóxicas celulares. A substância Warifteína foi a que apresentou os maiores
efeitos. Os resultados demonstram que foi possível observar uma redução
significativa na viabilidade celular induzida pela Warifteína nas duas
linhagens celulares após 24 horas de tratamento, nas doses de 50, 100 e 200
µg/mL (p<0,05). Após 48 horas de tratamento, todas as concentrações foram
capazes de reduzir a viabilidade celular (p<0,05), de maneira dependente de
concentração. A avaliação morfológica demonstra uma menor quantidade de
células aderidas, e muitas células em suspensão, com alterações na morfologia
original, após o tratamento com Warifteína.
Conclusão:
Os resultados sugerem um importante efeito citotóxico de compostos
derivados de plantas, em especial a Warifteína, em células de câncer de
mama. Outros experimentos estão sendo realizados para investigar as ações de
outros fitoterápicos, bem como os mecanismos moleculares envolvidos no
processo de citotoxicidade.
Apoio Financeiro:
ProPIC/FUMEC e CNPq
Gerado em: 2014-5-22 10:06:12
10.045 - SÍNTESE DE DERIVADO TIOSSEMICARBAZÔNICO E
DETERMINAÇÃO DE SUA ATIVIDADE CITOTÓXICA.
Egito, M. S. , Santiago, P. B. G. S. , Souza, C. C. S. , Militao, G. C. G. ,
Albuquerque, J. F. C. ,
Farmácia - UFPE Antibióticos - UFPE Farmacologia e Fisiologia - UFPE
Introdução:
O câncer, doença caracterizada pelo crescimento descontrolado de células, é a
segunda maior causa de mortes no mundo. As pequenas moléculas são fontes
para a descoberta de novos candidatos a fármacos (Bioorg. Medic. Chem.
18:5090–5102, 2010). As tiossemicarbazonas consitem em bases de Schiff.
São compostos versáteis e muito estudados pelos pesquisadores, devido ao
grande perfil farmacológico que apresentam. Algumas das atividades
apresentadas por esses compostos são: antitumoral, antimicrobiana e
antiparasitária (Quim. Nova 28:1030-1037, 2005). Estas moléculas são
consideradas um dos mais importantes núcleos na Química Medicinal.
Objetivos:
Sintetizar o composto tiossemicarbazônico e determinar sua atividade
citotóxica frente a diferentes linhagens celulares.
Métodos:
Neste trabalho não foram realizados testes in vivo. O composto 2-Nitro-
tiossemicarbazona (Ju-729) foi obtido a partir da reação de condensação entre
a tiossemicarbazida e o 2-Nitro-benzaldeído. Nesta reação foram utilizados
ácido clorídrico como catalizador e iso-propanol como solvente. A reação foi
processada sob refluxo e aquecimento a 70 °C por 11 minutos. O produto foi
vertido para um béquer e filtrado em funil sinterizado. Para determinação da
atividade citotóxica foram utilizadas células da linhagem Hep-2 (carcinoma de
epidermóide de laringe) e da linhagem NCI H-292 (carcinoma muco
epidermóide de pulmão). A atividade foi avaliada pelo método MTT, baseado
na conversão do sal 3-(4,5-dimetil-2-tiazol)-2,5-difenil-2-H-brometo de
tetrazolium (MTT) em azul de formazan. Foi utilizada uma suspensão celular
(105 células/mL), distribuída nas placas de cultura com 96 poços (200 µL em
cada poço) e incubadas a 37 °C por 24 h. Posteriormente, a substância teste
foi adicionada (10 µL/poço) e as placas reincubadas a 37 °C. Após 72 horas,
foi adicionado 0,25 µL de MTT em cada poço e as placas foram deixadas por
duas horas em estufa a 37 °C. Em seguida, o meio de cultura e o excesso de
MTT foram aspirados e 100 µL de DMSO foi adicionado a cada poço para
dissolução dos cristais de formazan.
Resultados:
Os resultados apresentados pelo produto reacional puro foram: Ponto de
Fusão. 173-174 ºC, Rf: 0,54 (Hexano/Acetato de etila 0,6:0,4). O rendimento
foi de 68,14%. Esse rendimento foi considerado bom em relação aos demais
compostos sintetizados em nosso laboratório. O composto apresentou inibição
de 49,41 % para as células Hep-2 e de 29,83 % para as células da linhagem
NCI H-292 na concentração de 25 µg/mL. A inibição destes compostos para
estas células está abaixo do percentual inibitório do controle positivo que foi
utilizado, a doxorrubicina, e abaixo do valor preconizado pelo protocolo
adotado, que é de 50 % em concentrações menor ou igual a 30 µg/mL (Canc.
Chemoter. Rep. 3:2, 1972).
Conclusão:
O composto foi sintetizado dentro das normas planejadas. As constantes
físicas foram taxativas para determinar a pureza do composto. O derivado
tiossemicarbazônico apresentou fraca atividade citotóxica frente às células
NCI H-292 e atividade um pouco melhor frente à linhagem Hep-2. Logo, se
faz necessário a realização de modificações na molécula, sejam elas em
relação a substituintes ou ciclizações, para, assim, potencializarmos a sua
atividade citotóxica.
Apoio Financeiro:
CNPq.
Gerado em: 2014-5-22 10:06:12
10.046 - VENENO DA SERPENTE Bothrops jararacussu INDUZ A
MIGRAÇÃO DE NEUTRÓFILOS POR UM MECANISMO
QUIMIOTÁTICO DIRETO
Wanderley, C. W. S. , Silva, C. M. S. , Wong, D. V. T. , Cosker, F. , Colon,
D. F. , Ximenez, R. M. , Palheta-Jr, R. C. , Cunha, F. Q., Ribeiro, R. A. ,
Lima-Junior, R. C. P. ,
1 Departamento de Fisiologia e Farmacologia - UFC 2 Departamento de
Farmacologia - FMRP - USP 3 Colegiado de Medicina Veterinária -
UNIVASF
Introdução:
Os efeitos locais do envenenamento produzido por serpentes da espécie
Bothrops jararacussu são resultantes das lesões induzidas pela ação direta do
veneno e da resposta inflamatória associada. Neste contexto, os mecanimos de
interação entre o veneno e a resposta imune e a contibuição destes para a
indução das lesões ainda são pouco compreendidos.
Objetivos:
Investigar a participação dos neutrófilos nos danos locais induzidos pelo
veneno da serpente Bothrops jararacussu (VBj) em camundongos e avaliar a
ação direta do VBj sobre a migração e a ativação de neutrófilos humanos.
Métodos:
CEPA: 62/2012 Para avaliar o efeito local do VBj in vivo utilizaram-se
camundongos swiss fêmeas (25 ± 2g, n=7/grupo, CEPA: 62/2012). Para isso
foi realizada a aplicação intraplantar (i.pl.) de solução salina ou VBj (0,125 - 8
µg/pata) e mensurado o edema de pata porpletismografia, a cada hora por 24h.
Outros grupos foram pré-tratados com solução salina ou Fucoidina (um
inibidor de P- e L-selectinas, Fuco 25 mg/kg, i.p.) uma hora antes da injeção
do VBj (8 µg/pata i.pl.). Após a eutanásia, amostras de tecido foram obtidas
para dosagem da atividade da mieloperoxidase (MPO, U/mg tecido) e exame
histopatológico. Para obtenção dos neutrófilos humanos, 2 mL de sangue de
voluntários sadios (Homens, 20-25 anos, CEP:543.774) foi adicionado sobre
gradientes de Percoll (72, 63, 54 e 45%). Após a centrifugação (650xg por
30min) a camada inferior contendo neutrófilos foi separada e ressuspensa em
meio RPMI. Na Câmara de Boyden, o VBj (10, 30, 100 ng/poço), IL-8 (100
ng/poço), ou meio RPMI, foram adicionados aos poços da placa inferior,
separados por uma membrana de policarboneto dos poços superiores onde
foram adicionados os neutrófilos (5 x 104 cél/poço, 25 ul/poço). Após 1 h de
incubação o número de células atraídas para a membrana foi contado. Para
avaliar a ativação dos neutrófilos, as células foram incubadas com o Fluo4
(marcador de Ca2+) e após o período de observação basal foi adicionado o
VBj (30 ng/mL), ou fMLP (10 nM), ou IL-8 (100 ng/ml). A dinâmica
intracelular de Ca2+ foi monitorada a 488 nm por meio da microscopia
confocal (intensidade de fluorescência, F1/F0). Os valores foram expressos
como média ± S.E.M. e analisados por teste t, ou one- ou two- way
ANOVA/Bonferroni. Um P<0,05 foi aceito.
Resultados:
A injeção do VBj (8 µg/pata) na pata de camundongos causou uma rápida
resposta edematogênica, dose e tempo dependente, com um pico as 0,5 h que
manteve-se estável até 4,5 h acompanhado pelo aumento da atividade da MPO
vs. grupo controle, (edema: 62,6±8,0 vs. 0±0 %; MPO:31,5±3,6 vs. 2,1±0,3,
respectivamente). No exame histopatológico a injeção do VBj causou um
precoce aumento do infiltrado neutrofílico observado 1,5 h após a injeção do
veneno. Entretanto, o edema e o aumento da MPO induzidos pelo veneno
foram marcadamente inibidos pela Fuco (edema: Fuco+VBj
[46,2±8,5]vs.VBj[72,4±6,6] %; MPO: Fuco+VBj [5,1±3,0]vs.VBj [31,5±3,6],
respectivamente).Na Câmara de Boyden, o VBj(10 e 30 ng/poço) ou a IL-8
atraíram diretamente os neutrófilos em comparação ao RPMI (10,1±1,3,
13±1,4 ou 10,5± 0,8 vs. 1,2±0,4, respectivamente). Além disso, o veneno
ativou os neutrófilos aumentando o influxo de Ca2+ assim como observado
com o fMLP ou IL-8 vs. controle negativo (1,6±0,1; 2,2±0; 1,6±0,1 vs.
0,8±0,1, respectivamente).
Conclusão:
O VBj induz uma rápida resposta edematogênica dependente da ativação
direta de neutrófilos.
Apoio Financeiro:
CNPQ, CAPES e FUNCAP
Gerado em: 2014-5-22 10:06:12
10.047 - A ISOFLAVONA FORMONONETINA DE PRÓPOLIS
VERMELHA É RESPONSÁVEL PELA ATIVIDADE ANTIGÚNGICA
SOBRE O GÊNERO Candida.
Neves, M. V. M. D. , Cunha, E. V. L. , Lima, E. O. , Oliveira, E. J. ,
Oliveira, E. J. ,
Departamento de Biotecnologia - UFPB Departamento de Ciências
Farmacêuticas - UFPB
Introdução:
A própolis é um produto resinoso e que geralmente contém bálsamos vegetais,
ceras, óleos essenciais e aromáticos, pólen e outros. A própolis brasileira foi
classificada em 12 grupos, com base na sua composição química e atividades
biológicas. O tipo 13, chamado de própolis vermelha, possui diversas
atividades biológicas relatadas, tais como antimicrobiana, anti-inflamatória,
antitumoral, entre outras. Entre as substâncias isoladas de amostras de
própolis, destacam-se os flavonoides e os ácidos fenólicos, pois a eles é
atribuída grande parte das atividades biológicas.
Objetivos:
Realizar um fracionamento biomonitorado de própolis vermelha, a fim de
determinar os compostos responsáveis pela atividade antimicrobiana,
especialmente contra Candida sp.
Métodos:
O trabalho foi desenvolvido sem a utilização de experimentação animal ou
humana. As amostras de própolis vermelha foram coletadas em Igarassu-PE,
na forma in natura bruta. Em seguida foram trituradas e extraídas em etanol
96% por 30 minutos em ultrassom e filtrada. O sobrenadante foi concentrado
obtendo-se o extrato etanólico bruto seco. Esse extrato foi suspenso em uma
mistura de metanol-água (1:1) e fracionado por separação líquido-líquido com
hexano e acetato de etila. Após a evaporação dos solventes, obtiveram-se as
frações hexano, acetato e metanol. A avaliação da atividade antimicrobiana foi
feita através das concentrações: inibitória mínima (CIM), bactericida mínima
(CBM) e fungicida mínima (CFM).
Resultados:
Observou-se que a própolis in natura bruta triturada e o extrato etanólico bruto
seco da amostra 1 e 2 apresentaram 100% de atividade sobre os 12
microrganismos, com CIM de 256µg/mL. Ambas as frações hexano, acetato e
metanol da amostra 1 apresentaram 100% de atividade, com CIM’s de 128-
512µg/mL sobre as seis bactérias e 32-1024µg/mL sobre as seis leveduras.
Ambas as frações hexano e acetato da amostra 2 apresentaram 100% de
atividade, com CIM’s de 512µg/mL sobre as seis bactérias e 32µg/mL sobre
as seis leveduras. A fração metanol da amostra 2 apresentou 41,6% de
atividade, com CIM de 32µg/mL sobre cinco das seis leveduras. A
formononetina foi o componente encontrado majoritariamente, na própolis in
natura bruta triturada, no extrato etanólico bruto seco e nas frações hexano,
acetato e metanol, não sendo encontrada apenas na fração metanol da amostra
2, apresentando 100% de atividade, com CIM de 200µg/mL sobre as seis
bactérias e 25µg/mL sobre as seis leveduras. Apenas a fração acetato da
amostra 2 apresentou atividade bactericida sobre quatro bactérias, com CBM
de 1024µg/mL. Verificou-se que as seguintes amostras apresentaram atividade
fungicida: extrato etanólico bruto seco da amostra 2 sobre as seis leveduras; as
frações hexano, acetato e metanol da amostra 1 sobre três, três e uma
leveduras, respectivamente; as frações hexano e acetato da amostra 1 sobre
três e seis leveduras, respectivamente e formononetina sobre cinco leveduras.
Conclusão:
Formononetina é uma isoflavona presente na própolis vermelha como um dos
principais constituintes responsáveis pela atividade sobre Candida sp. Esta
molécula pode servir como um protótipo para a síntese de análogos mais
potentes e para a investigação do mecanismo de ação contra a Candida sp.
Apoio Financeiro:
CNPq
Gerado em: 2014-5-22 10:06:12
10.048 - EFEITO MIORELAXANTE DO ÓLEO ESSENCIAL DE Lippia
alba E SEU CONSTITUINTE MAJORITÁRIO CITRAL SOBRE A
MUSCULATURA LISA DA TRAQUEIA DE RATOS WISTAR.
Silva, A. A. , Carvalho, P. M. M. , Morais, L. P. , Matos, D. F. , Souza, D.
G. , Souza, S. D. G. , Silva, R. E. R. , Menezes, I. R. A. , Kerntopf, M. R. ,
Barbosa, R. ,
Ciências Biológicas e da Saúde - URCA Quimica Biológica - Urca
Introdução:
A espécie em estudo é a Lippia alba conhecida também como erva-cidreira, tem
o seus efeitos comprovados como excelente expectorante nas tosses causadas
por gripes e resfriados. Os constituintes majoritários do óleo essencial da L.
alba são o citral e mirceno, com ação espasmolítica e analgésica
respectivamente. Devido a sua ação espasmolíticas a L. alba e o citral tornam-
se grande alvo de estudo para as doenças respiratórias, como exemplo as
doença pulmonar obstrutiva (DPOC).
Objetivos:
Dessa forma objetivou-se com este estudo, avaliar o efeito do óleo essencial de L.
alba (OELa) e do seu componente majoritário citral, sobre a contração da
musculatura lisa da traqueia de ratos.
Métodos:
O projeto foi aprovado dentro das normas de ética em pesquisa animal e
registrado no número acima.
Para a realização dos experimentos utilizou-se 62 ratos Wistar (machos, com peso de180-250 g), mantidos com água e ração a vontade. Os animais foram eutanasiados em câmara de CO2 seguido de pneumotórax para a dissecação da traqueia, que foi cortada em anéis com aproximadamente 3 mm de diâmetro e colocados nas cubetas do banho de órgão contendo 10 ml de solução nutridora (Tyrode modificado), com pH ajustado para 7.4 e uma temperatura de 37°C, permanecendo em estabilização por 1 hora. Decorrido este tempo, foram feitas
administração dos agentes contraturantes: KCl na concentração de 60 mM (paraa via
eletromecânica), ACh 10 μM (para via farmacomecânica) e
BaCl (cumulativas 0,1-30 mM). Após a aplicação dos agentes contracturantes
foram administradas concentrações crescentes e cumulativas de OELa e citral
(1–10.000 μg/ml).
Resultados:
Na via eletromecânica verificamos que a redução com o OELa começou em 30 μg/ml,
mas foi estatisticamente significante nas concentrações de 300 μg/ml, sendo
esta também a concentração que o citral apresentou relaxamento e
significância (66,22 ± 3,63 e 15, 19± 2,51, respectivamente) o limiar de
relaxamento para ambos foi com a concentração de 1000 μg/ml, obtendo os valores
de 31,70±5,48 e 7,95±3,28, (p< 0,001 OELa e p< 0,01 citral) comparando
com a porcentagem do controle. O OELa foi mais potente do que seu
constituinte majoritário citral, tendo como IC50 374 µg/ml e IC50 651.2 µg/ml
respectivamente. Quando foi utilizado a ACh observou-se que OELa e o citral
não promoveram um relaxamento estatisticamente significante na musculatura
lisa traqueal, logo, ambos não agem sobre a via farmacomecânica
(p<0,09). Para confirmar se o relaxamento da musculatura lisa na via
eletromecânica é dependente dos canais catiônicos operados por voltagem
(VOCCs), utilizou-se bário (30 mM) e nifedipina (10 μm) resultando em um
relaxamento total da musculatura lisa da traqueia. O OELa relaxou a
musculatura lisa e foi estatisticamente significante na concentração de
bário 30 μg/ml com valores 29 ± 0,8 e 19 ± 0,82, OELa e Citral
respectivamente, comparando com a porcentagem do controle. Quando
utilizamos a nifedipina verificamos que também houve um relaxamento da
musculatura lisa, por meio desta e pelo OELa (p< 0,005) comparando com a
porcentagem do controle(54± 2.6% e 52 ± 3,5 ).
Conclusão:
Concluímos o efeito miorelaxante do OELa na musculatura lisa da traquéia de ratos, esse efeito se dá pelo acoplamento eletromecânico e tanto o OELa quanto o citral promove o relaxamento
via VOCCs e que ambos relaxaram a musculatura lisa de maneira concentração dependente. O
que confere ao OELa e o citral um potencial como agente terapêutico.
Apoio Financeiro:
FUNCAP, CNPq e URCA
Gerado em: 2014-5-22 10:06:12
10.049 - TOXICIDADE AGUDA E EFEITO GASTROPROTETOR DO
p-CIMENO EM ÚLCERAS GÁTRICAS INDUZIDAS POR
HCl/ETANOL EM CAMUNDONGOS
Paulo, L. L. , Formiga, R. O. , Sousa, C. G. B. L. , Castello Branco, M. V.
S., Batista, L. M.,
DCF/CCS - UFPB PgPNSB/CCS - UFPB
Introdução:
p-cimeno (p-isopropiltolueno) é um composto orgânico aromático de
ocorrência natural, presente em muitos óleos de plantas gimnospermas e
angiospermas. É classificado como monoterpeno, presente em óleos voláteis
de mais de 100 plantas e ocorre naturalmente em mais de 200 alimentos.
Objetivos:
Avaliar a toxicidade aguda e a atividade gastroprotetora do p-cimeno em
úlceras induzidas por HCl/Etanol em camundongos.
Métodos:
Os modelos experimentais deste trabalho não se aplicam a humanos. Os
protocolos experimentais foram aprovados pelo Comitê de Ética no Uso de
Animais (CEUA/CBIOTEC/UFPB) com o número 0110/13. A avaliação da
toxicidade aguda foi realizada de acordo com a OECD 423 em que
camundongos Swiss fêmeas (Mus musculus) (25-30g, n=3-6) as quais foram
tratadas por via oral (v.o) com o veículo, uma solução de Tween 80 (5%)
(controle negativo) e o p-cimeno (300 e 2000 mg/kg) e posteriormente foi
realizada uma avaliação comportamental (ALMEIDA, R. N. Rev Bras Far, 80,
72, 1999). Os animais foram observados durante um período de 14 dias. Na
avaliação da atividade gastroprotetora camundongos Swiss machos foram
tratados (v.o) com o veículo (controle negativo), a carbenoxolona 100 mg/kg
(controle positivo) e p-cimeno (25, 50, 100 e 200 mg/kg) e posteriormente
foram submetidos ao agente lesivo (HCl/Etanol 60 % - 0,2 mL). A atividade
gastroprotetora foi avaliada a partir da determinação do Índice de Lesão
Ulcerativo (ILU) (Puscas, I. Arzneimittelf., 47, 568, 1997). Os resultados
foram analisados por ANOVA, seguido pelo teste de Dunnett ou teste t
student.
Resultados:
Camundongos tratados com a dose de 2000 mg/kg do p-cimeno apresentaram
analgesia e diminuição da ambulação. Não foi observada morte de animais
tratados com 300 mg/kg do p-cimeno, já na dose de 2000 mg/kg um animal
morreu. Assim a DL50 (Dose Letal 50%) do p-cimeno é de aproximadamente
2500 mg/kg de acordo com OCDE 423. O tratamento com o p-cimeno (300
mg/kg) não alterou o ganho de peso, nem o peso dos órgãos quando
comparado com o grupo de controle negativo. No modelo de úlcera induzida
por HCl/Etanol, o p-cimeno (25, 50, 100 e 200 mg/kg) mostrou um efeito
protetor da mucosa gástrica, com ILU de 93.80 ± 13.59, 38.29 ± 8.75, 35.67 ±
9.68 e 33.67 ± 11.74 respectivamente, quando comparado com o grupo de
controle negativo (126.4 ± 29.56).
Conclusão:
Os resultados do presente estudo mostram que o p-cimeno apresenta baixa
toxicidade e atividade gastroprotetora nas condições experimentais avaliadas.
Apoio Financeiro:
Capes/CNPq
Gerado em: 2014-5-22 10:06:12
10.050 - Avaliação da atividade anti-inflamatória do ácido rosmarínico,
frente aos modelos de permeabilidade vascular e peritonite.
Nascimento, R. F. , Lima, G. R. M. , Andrade, F. H. D. , Barbosa-filho, J.
M. , Batista, L. M. ,
Programa de Pós Graduação em Produtos Naturais e S - UFPB
Departamento de Ciências Farmacâuticas - UFPB
Introdução:
O ácido rosmarínico (AR) é um metabólico secundário presente em várias
espécies vegetais, sendo caracterizado quimicamente como um éster do ácido
caféico e do 3,4-dihidroxifenillático, seu nome é derivado da Rosmarinus
officinalis, primeira planta da qual foi isolado.
Objetivos:
Avaliar a atividade anti-inflamatória do AR frente aos modelos de
permeabilidade vascular e peritonite.
Métodos:
Não foi realizada pesquisa com humanos Em ambos os modelos foram
utilizados camundongos Swiss fêmeas, com idade de 8 semanas, pesando
entre 25-30g, divididos em seis grupos (n=5-7). O grupo I foi tratado com
salina, grupo II com indometacina (25 mg/Kg), grupo III não recebeu nada
(Sham) e os demais grupos (IV, V, VI) foram tratados com AR (25, 50, 100
mg/Kg, v.o.), respectivamente. No modelo de permeabilidade vascular
injetou-se, após 1 h do tratamento, 0,3 mL de azul de Evans (10 mg/mL, i.v.),
decorridos 30 min os animais foram desafiados com 0,4 mL de ácido acético
(0,7%, i.p.) e após 30 min os mesmos foram eutanasiados e a lavagem do
peritônio foi realizada utilizando 5 mL de água destilada, em seguida o lavado
foi centrifugado a 1500 rpm por 10 min e o sobrenadante foi lido em um
espectrofotômetro no comprimento de onda de 590 nm.. No ensaio de
peritonite, após 1h do tratamento, foi administrado 0,5 mL de carragenina
(1%, i.p.) e após 4h foi realizado eutanásia dos animais, seguido da lavagem
do peritônio com 2 mL de PBS (solução de tampão fosfato), na sequência foi
realizada a contagem dos leucócitos totais em câmara de Neubauer. Os dados
obtidos foram analisados por ANOVA seguido do teste de Dunnett (p <0,05) e
expressos como média + dp. Os protocolos experimentais foram aprovados
pelo CEUA/CBIOTEC/UFPB (2205/13).
Resultados:
No modelo de permeabilidade vascular o AR nas três doses avaliadas 25, 50 e
100 mg/Kg (0,06742 ± 0,001**; 0,0778 ± 0,001**; 0,07264 ± 0,004**;
respectivamente) diminuiram, significativamente, o extravasamento de líquido
para o peritônio quando comparado ao grupo controle negativo (0,1082 ±
0,018). Enquanto no modelo de peritonite, o tratamento com o AR nas três
doses (25, 50 e 100 mg/kg) reduziu o número de leucócitos totais no líquido
peritoneal significativamente (349,0 ± 33,96**; 355,0 ± 28,90**; 243,0 ±
34,64***; respectivamente), quando comparado ao controle negativo (582 ±
34,70).
Conclusão:
Portanto, o AR tem efeito anti-inflamatório por redução da permeabilidade
vascular e diminuição do número de leucócitos totais para o local inflamado.
Apoio Financeiro:
CNPq, Universidade Federal da Paraíba
Gerado em: 2014-5-22 10:06:12
10.051 - AVALIAÇÃO IN VITRO DA ATIVIDADE LEISHMANICIDA
DO ÁCIDO ÚSNICO ISOLADO DA Cladonia substellata Vainio SOBRE
FORMAS PROMASTIGOTAS DE L. chagasi
Luz, J. S. B. , Santos, F. A. , Oliveira, E. B. , Martins, M. C. , Silva, N. H. ,
Silva, L. L. S. , Alves, L. C. , Silva, E. C. , Medeiros, P. L. ,
Histologia e Embriologia - UFPE Laboratório de Imunopatologia Keizo
Asami - LIKA Bioquímica - UFPE
Introdução:
A leishmaniose é considerada pela Organização Mundial da Saúde como uma
das cinco doenças infecto-parasitárias endêmicas de grande relevância e um
problema de saúde pública mundial, sendo enquadrada no rol das doenças
negligenciadas. Os pentavalentes antimoniais utilizados para tratamento
dessa doença apresentam-se limitados com relação ao uso; especialmente,
devido à toxidez e/ou ineficácia dos mesmos. Logo, a busca por novos
fitofármacos com ação antiparasitária, surge como uma alternativa aos
tratamentos existentes, em função da baixa toxicidade e redução de
custos. Alguns estudos mostraram que o ácido úsnico, metabólito secundário
do líquen Cladonia substellata Vainio, apresenta atividades biológicas como
antineoplásica, antioxidante, antimicrobiana e antiprotozoário.
Objetivos:
Avaliar a atividade leishmanicida in vitro do ácido úsnico sobre formas
promastigotas da Leishmania chagasi.
Métodos:
As formas promastigotas de Leishmania chagasi foram cultivadas em estufa
a 26°C em meio LIT suplementado com soro fetal bovino a 20%, 0,2% de
hemina e mistura de antibióticos. Para obtenção da IC50, os parasitas foram
distribuídos em placa de 96 poços na concentração de 2x106 parasitas/mL e o
ácido úsnico dissolvido em DMSO foi utilizado nas concentrações de 100 a
0,195 µg/mL. A anfotericina B (fármaco de referência) foi utilizada como
controle positivo e o DMSO como controle negativo. Foi realizado o teste do
MTT, com leitura das placas em espectrofotômetro (585 nm). Os ensaios
foram feitos em triplicata. Os valores de IC50, foram calculados utilizando o
teste da análise de variância, um critério, seguido pelo teste a posteriore de
Tukey.
Resultados:
O IC50 do ácido úsnico frente os parasitas foi de 18,30 ± 2,00 µg/mL e da
anfotericina B foi de 1,36 ± 0,067 µg/mL.
Conclusão:
Concluímos que o ácido úsnico apresentou atividade leishmanicida frente às
formas promastigotas de L. chagasi. Logo, serão necessários maiores estudos
para elucidação dos mecanismos de ação desse produto no intuito de sugeri-lo
como alternativa atrativa no tratamento de Leishmania chagasi e demais
espécies do gênero.
Apoio Financeiro:
Gerado em: 2014-5-22 10:06:12
10.052 - Atividade toxicológica e vasorrelaxante do extrato etanólico das
folhas de Zanthoxylum rhoifolium Lam. em ratos.
Silva, J. C. , Carvalho, G. D. , Miranda, V. C. , Morais, I. C. P. S. ,
Chaves, M. H. , Arcanjo, D. D. R. , Silva-Filho, J. C., Oliveira, A. P.,
Núcleo de Pesquisas em Plantas Medicinais - NPPM Universidade
Federal do Piauí - UFPI Departamento de Quimica - UFPI
Introdução:
Zanthoxylum rhoifolium Lam. (Rutaceae Juss), espécie encontrada nos
estados do Piauí e Ceará. Conhecida como, “mamica-de-cadela” e usada
popularmente como: relaxante muscular, analgésico, diurético, antiagregante
plaquetário e anti-inflamatório (Eur. J. Pharmacol. 576:180, 2007; Quim.
Nova, 51:2071, 2008).
Objetivos:
Avaliar a toxicidade aguda e o efeito vasorrelaxante do extrato etanólico das
folhas de Zanthoxylum rhoifolium.
Métodos:
CEEA/UFPI Nº 008/12 Foram utilizados ratos wistar (Rattus norvegicus)
(250- 300 g - 12 semanas) e camundongos machos (Mus musculus 25-30g -
12 semanas). Os protocolos foram aprovados (CEEA/UFPI Nº 008/12). O
estudo de toxicidade seguiu o OECD 423 – (2001). Os camundongos
receberam dose única de (2 g/kg v.o.) do extrato etanólico das folhas de
Zanthoxylum rhoifolium (EtOH-Zr/folhas) e observados por até 14 dias. Após
o 14º dia os animais foram anestesiados com xilazina-cetamina (0,2
mL/100g), para coleta de sangue por punção plexo orbital e posterior análise,
em seguida os animais foram eutanasiados (tiopental sódico 100 mg/kg, i.p. -
Resolução Nº 1000, de 2012 – CFMV) para retirada dos órgãos e observação
morfológica e macroscópica. Em outros experimentos a artéria mesentérica de
rato foi removida, e seccionada em anéis (1- 2 mm) e mantidos em Tyrode
(37º C - 95 % O2 + 5 % CO2 a 0,75 g/f). As tensões isométricas foram
obtidas através de transdutores acoplados ao sistema (AQCAD 2.3.9., AVS
Projetos-SP). Após estabilização (60 minutos) os anéis com e sem endotélio
foram pré-contraídos com fenilefrina (10 µM) e, na fase tônica da contração,
adicionou-se EtOH-Zr/folhas (0,1 – 750 μg/mL). Para a reatividade vascular
os anéis de artéria mesentérica dos ratos tratados com ETOH-Zr/folhas (50
mg/kg/7 dias. v.o.), foram estimulados com Fenilefrina (10-9 – 10-5 M)
obtendo-se uma curva concentração-resposta. Os resultados foram expressos
como média ± EPM. Significativos quando p<0,05 - “t Student” pós-teste de
Tuckey – PRISM 5.03.
Resultados:
O EtOH-Zr/folhas não provocou morte e nem demonstrou toxicidade
evidente, não sendo possível determinar a DL50. O extrato não alterou o peso
corporal e dos órgãos (coração, fígado, pulmão e rins). Na análise bioquímica,
não houve diferença significativa entre o grupo controle e o grupo EtOH-
Zr/folhas, indicando ausência de toxicidade. Na análise do efeito
vasorrelaxante os anéis de artéria mesentérica, o EtOH-Zr/folhas induziu
vasorrelaxamento dependente de concentração, na presença (pD2 = 2,17 ±
0,05 µg/mL; n=6) e na ausência (pD2 = 2,14 ± 0,05 µg/mL; n=6) do endotélio
vascular. Em anéis de artéria mesentérica dos ratos tratados com EtOH-
Zr/folhas/7 dias, observou-se menor reatividade à fenilefrina (Emáx = 0,99 ±
0,02 g/f **, p<0,05 vs controle, n=5) quando comparados com grupo controle
(Emáx = 1,17 ± 0,03 g/f, n=5).
Conclusão:
EtOH-Zr/folhas não apresentou toxicidade aguda. O EtOH-Zr/folhas promove
vasorrelaxamento independente do endotélio, e a administração prolongada do
extrato altera a resposta contrátil da Fenilefrina.
Apoio Financeiro:
FAPEPI/CNPq
Gerado em: 2014-5-22 10:06:46
10.053 - SÍNTESE, elucidação estrutural e possível AVALIAÇÃo
biológica frente ao modelo do air-pouch DE UM NOVO DERIVADO
TIAZOLIDÍNICO.
Souza, E. R. , Oliveira, T. B. , Carneiro, B. D. L. , Jacob, I. T. T. , Silva,
W. L. , Lima, M. C. A. ,
Antibióticos - UFPE Ensino - IFAL
Introdução:
Inflamação é uma resposta de defesa que ocorre após dano celular causado por
micróbios, agentes físicos, químicos, necrose tecidual e/ou reações
imunológicas. A resposta inflamatória conta com a participação de várias
células, tais como neutrófilos, macrófagos, mastócitos, linfócitos, plaquetas,
células dendríticas, células endoteliais e fibroblastos. E desde os tempos
remotos que as doenças de cunho inflamatório são um preocupante problema
para o homem. Um grupo de moléculas que apresentam atividade
antiinflamatória são as tiazolidinas. A tiazolidina-2,4-diona é um heterociclo
pentagonal que apresenta dois heteroátomos (um nitrogênio na posição 3 e um
enxofre na posição 1) e dois grupamentos oxo (posições 2 e 4), que lhes
conferem a características de ser um grupo farmacofórico presente em
moléculas antiiflamatórias. Com isso, faz-se necessária a busca por novos
fármacos tiazolidínicos mais ativos e menos tóxicos frente as mais diversas
doenças de cunho inflamatório.
Objetivos:
Sintetizar nova molécula das séries 5-arilideno-3-(4-tercbutil-benzil)-
tiazolidina-2,4-diona (GQ-143), caracterizar físico-quimicamente e comprovar
estruturalmente as duas séries de compostos utilizando diferentes técnicas
espectroscópicas e espectrométricas.
Métodos:
A área desse trabalho é química medicinal e se encontra descrita apenas a
parte química. O derivado tiazolidínico GQ-143 foi sintetizado por meio de
duas etapas reacionais. Na primeira etapa foi obtido o intermediário
substituído na posição 3 do anel tiazolidínico. O mecanismo é concertado e
SN2, ou seja a partir no mesmo momento que o nucleófilo ataca o carbono
positivo o halogênio, por ser um bom grupo de partida sai do molécula e se
forma o produto final da reação. Na segunda etapa reacional temos o grupo
metilênico em posição 5 da tiazolidina-2,4-diona que apresenta uma
reatividade característica frente a vários reagentes. Esse carbono metilênico
comporta-se como um nucleófilo, e as reações ocorrem normalmente em
presença de uma base, a tiazolidina-2,4-diona reage como um ânion. Enfim,
nesta etapa ocorrerá uma reação de Michael para a formação do composto
final.
Resultados:
O composto sintetizado (GQ-143) se apresentou como um sólido de cor
branca, ponto de Fusão: 155-157 °C, rendimento: 56%, razão de frente e
sistema: 0,44, n-Hex./AcOEt. 6:4. As descrições espectroscópicas RMN 1H
(DMSO, 300MHz) δ: 3,28 (s, 3H, CH3); 4,85 (s, 2H, CH2); 7,33 (dd, 1H,
hidrogênio benzílico, J1= 8,4Hz e J2= 1,8Hz); 7,63 (d, 1H, hidrogênio
benzílico, J=8,4Hz); 7,65 (d, 1H, hidrogênio benzílico, J=1,8Hz); 7,88 (d, 2H,
hidrogênios benzilidênicos, J=8,7Hz); 8,06 (d, 2H, hidrogênios
benzilidênicos, J=8,7Hz); 8,05 (s, 1H, -HC=).
Conclusão:
O composto apresentou um bom rendimento, pois sua rota de síntese estava
bem elucidada. A próxima etapa diz respeito à atividade biológica que será o
método do air-pouch. Segundo Uchôa e colaboradores (J Pharm Pharmacol. v.
61(3), p. 339-45, 2009) que sintetizaram tiazolidinonas substituídas na posição
5 por benzilidenos, comprovaram que compostos análogos ao GQ-143 que
foram testados pelo método air pouch apresentaram inibição das
ciclooxigenase 1 e 2 in vitro.
Apoio Financeiro:
CAPES-PIBIC/CNPq/UFPE
Gerado em: 2014-5-22 10:06:46
10.054 - AVALIAÇÃO TOXICOLÓGICA DO COMPLEXO
BETACICLODEXTRINA/(-)-BORNEOL
Silva-filho, J. C. , Morais, I. C. P. S. , Carvalho, G. D. , Miranda, V. C. ,
Sousa, F. . M. , Santos, M. R. V. , Lima, S. G. , Rocha, M. S. , Oliveira, A.
P. ,
Núcleo de Pesquisas em Plantas Medicinais - UFPI
Introdução:
(-)-Borneol (BOR) (C10H18O) é um monoterpeno presente em óleos
essenciais de várias plantas medicinais. Em estudos prévios, BOR apresentou
atividade antioxidante e induziu vasorrelaxamento em aorta torácica de ratos
(J Sci Food Agric., 53: 9452, 2005, Basic Clin. Pharmacol. Toxicol., 37: 2,
2011). A fim de melhorar a estabilidade e solubilidade do (-)-Borneol, o
mesmo foi adicionado a um complexo de inclusão com β-ciclodextrinas.
Objetivos:
Avaliar a toxicidade aguda do complexo BETACICLODEXTRINA/(-)-
BORNEOL.
Métodos:
008/12 Foram utilizados camundongos (Mus musculus 25 - 30g - 12
semanas). Os protocolos foram aprovados pelo Comitê de Ética em
Experimentação Animal da UFPI Nº 008/12). O estudo de toxicidade seguiu o
OECD 423 – (2001). Os camundongos receberam dose única de (2g/kg v.o.)
do complexo BETACICLODEXTRINA/(-)-BORNEOL e foram observados
por até 14 dias. Após o 14º dia os animais foram anestesiados com xilazina-
cetamina (0,2 mL/100g), para coleta de sangue por punção plexo orbital e
posterior análise, em seguida os animais foram eutanasiados (tiopental sódico
100 mg/kg, i.p. - Resolução Nº 1000, de 2012 – CFMV) para retirada dos
órgãos e observação morfológica e macroscópica. Os resultados foram
expressos como média ± EPM e significativos quando p<0,05 - “t Student”–
PRISM 5.03.
Resultados:
O complexo BETACICLODEXTRINA/(-)-BORNEOL não provocou morte e
nem demonstrou toxicidade evidente, não sendo possível determinar a DL50.
O complexo não alterou o peso corporal e dos órgãos (coração, fígado,
pulmão e rins). Na análise bioquímica, ocorreu uma diminuição da glicose do
grupo tratado com o complexo BETACICLODEXTRINA/(-)-BORNEOL em
relação ao grupo controle, não havendo diferença significativa entre o grupo
controle e o grupo tratado com o complexo BETACICLODEXTRINA/(-)-
BORNEOL no restante dos parâmetros bioquímicos analisados, indicando
ausência de toxicidade.
Conclusão:
O complexo BETACICLODEXTRINA/(-)-BORNEOL não apresentou
toxicidade aguda.
Apoio Financeiro:
FAPEPI/CNPq
Gerado em: 2014-5-22 10:06:46
10.055 - AVALIAÇÃO DA TOXICIDADE DE DOSES REPETIDAS DO
EXTRATO HIDROALCOÓLICO DE Zornia brasiliensis Vog.
(FABACEAE) EM CAMUNDONGOS
Silva, B. L. , Branco, M. V. S. C. ,
Departamento de Ciências farmacêuticas - UFPB
Introdução:
Zornia brasiliensis (Fabaceae), popularmente conhecida como “urinária” e
“urinana carrapicho`, é usada pela população como diurético e contra doenças
venérea (AGRA; FREITAS; BARBOSA-FILHO, 2007), entretanto, não há
relatos na literatura sobre sua possível toxicidade. Dessa forma, a avaliação da
toxicidade de Z. brasiliensis é essencial para a utilização segura pela
população. Poucos estudos fitoquímicos e biológicos de Z. brasiliensis são
relatados.
Objetivos:
Avaliar a toxicidade de doses repetidas do extrato hidroalcoólico das partes
aéreas de Z. brasiliensis (EHZB) em camundongos.
Métodos:
1105/13 Todos os procedimentos experimentais foram aprovados pelo Comitê
de Ética no uso de animais do CBiotec /UFPB (CEUA), sob a certidão
1105/13.Foram utilizados camundongos albinos Swiss (Mus musculus)
pesando entre 25 e 30 g, com faixa etária próxima de 60 dias. Os animais
foram divididos em quatro grupos (n=10 machos e 10 fêmeas), sendo um
controle (tween 80, 5%), e três grupos tratados com EHZB (250, 500 e 1000
mg/kg), durante 28 dias (v.o.). Os seguintes parâmetros foram avaliados:
consumo de água, evolução ponderal, temperatura corporal, glicemia,
atividade exploratória e atividade motora, parâmetros hematológicos e os
índices dos órgãos.
Resultados:
Dentre os parâmetros avaliados, pode-se observar que não houve alterações
significantes no peso corporal, temperatura corporal, no tempo de
permanência dos animais na barra giratória, em nenhuma dose e independente
do gênero, em relação ao grupo controle. Pode-se observar uma diminuição
significativa no consumo de água no grupo dos machos tratados nas doses de
500 e 1000 mg/kg, quando comparados ao grupo controle. No entanto, as
fêmeas tratadas com a dose 1000 mg/kg apresentaram um aumento no
consumo de água. Apenas o tratamento das fêmeas na dose de 1000 mg/kg
induziu variação da glicemia, na segunda quinzena de tratamento. O EHZB na
dose de 1000 mg/kg induziu um aumento significativo da ambulação das
fêmeas, quando comparada a do grupo controle. Ainda, a maior dose (1000
mg/kg), produziu diminuição do número de bolos fecais das fêmeas, quando
comparado ao grupo controle, apenas na primeira quinzena de avaliação.
Quanto à avaliação hematológica, nos machos, houve uma diminuição
significativa nos parâmetros de Concentração Hemoglobínica Corpuscular
Média (CHCM) no grupo tratado com EHZB na dose de 1000 mg/kg. Houve
ainda um aumento significativo no número de hemácias, na quantidade de
hemoglobina e no hematócrito nos grupos tratado com EHZB nas doses de
250 e 500 mg/kg, em relação ao grupo controle. Em relação às fêmeas, a única
alteração significante foi uma redução nos valores do Hematócrito no grupo
tratado EHZB na dose de 500 mg/kg. Nenhuma alteração significante no
índice de coração, rins, fígado, baço e timo foi observada entre os grupos de
animais controle e tratados com EHZB independente da dose e do gênero.
Conclusão:
Portanto, é possível inferir que o extrato hidroalcoólico das partes aéreas de Z.
brasiliensis possui baixa toxicidade, após tratamento de 28 dias, fornecendo
perspectivas para estudos farmacológicos posteriores.
Apoio Financeiro:
Gerado em: 2014-5-22 10:06:46
10.056 - Efeito de FAFCS sobre a função erétil de ratos
Alves, M. A. S. G. , Passaglia, R. C. A. T. , Carneiro, F. S. , Silva, M. S. F.
, Neves, K. B. , Lopes, R. A. M. , Veras, R. C. , Filho, J. M. B. , Medeiros,
I. A. ,
Unidade Acadêmica de Ciências Biológicas - UFCG Faculdade de
Medicina de Ribeirão Preto - USP Centro de Biotecnologia - UFPB
Departamento de Ciências Farmacêuticas - UFPB
Introdução:
A disfunção erétil pode ser definida como a incapacidade de um homem para
alcançar e manter a ereção do pênis o suficiente para permitir uma relação
sexual satisfatória. Estudos prévios demonstram que FAFCS aumentou os
níveis de AMPc em células musculares lisas de traqueia de cobaia por inibição
fosfodiesterases 4 e 5.
Objetivos:
Investigar o efeito e os possíveis mecanismos de ação de FAFCS sobre a
função erétil de ratos.
Métodos:
0311/10 Os protocolos experimentais foram aprovados pelo Comitê de Ética
(certidão 0311/10). Foram utilizados ratos Wistar machos pesando entre 250-
350 g, com 12-24 semanas. Os ratos foram eutanasiados e os tecidos
cavernosos foram dissecados, isolados e mantidos em cubas contendo solução
Krebs-Ringer, gaseificadas com uma mistura carbogênica (95% de O2 e 5%
de CO2), à 37° C (pH 7,4). O tecido foi suspenso e ligado a um transdutor de
força sob uma tensão de 5 mN. As alterações de tensão foram registradas em
sistema PowerLab™ de aquisição de dados. Os níveis de GMPc foram
determinados por enzima imunoensaio. O diabetes foi induzido por uma
injeção i.p. de estreptozotocina (STZ) (60 mg/kg). Os ratos foram divididos
em 5 grupos: controle (não diabéticos), STZ (diabéticos), dois grupos STZ
tratados com FAFCS (50 ou 100 mg/kg) e um grupo STZ tratado com
sildenafila (1,5 mg/kg). Os tratamentos duraram 24 dias. A função erétil foi
avaliada pela medida da relação ICP/MAP após estimulação elétrica do
gânglio pélvico maior. A quantificação de PDE-5 foi realizada utilizando a
técnica de Western-Blot. Os valores de Log da CE50 e de Emáx foram
expressos como média ± erro padrão da média. Foram realizados os testes “t”
de Student e análise de variância com o pós-teste de Bonferroni ou Tuckey.
Valores de p < 0,05 foram considerados significantes. Foi utilizado o
programa Graph Pad Prism versão 5.0 para as análises estatísticas.
Resultados:
No corpo cavernoso de rato pré-contraído com fenilefrina (10 µM), FAFCS
(1-3000 µg/mL) causou relaxamento dependente de concentração (Log CE50
= 2,54±0,06 µg/mL; Emáx = 93,40±6,73%, n = 5). O relaxamento não foi
atenuado na presença de L-NAME. O efeito máximo foi significantemente
atenuado na presença de ODQ (Log CE50 = 2,48±0,07 µg/mL; Emáx =
70,97±1,67% n = 3) e KT-5823 (Log CE50 = 1,90±0,21 µg/mL; Emáx =
53,05±9,73%, n = 5). Na concentração de 3000 µg/mL, FAFCS aumentou
significantemente o conteúdo de GMPc no tecido cavernoso (38,50±4,70
pmol/g, n = 4) comparado ao grupo controle (16,93±1,32 pmol/g, n = 4). Esse
efeito foi inibido na presença de ODQ (8,69±0,54 pmol/g, n = 4). A relação
ICP/MAP nos grupos diabéticos foi significantemente diminuída (0,43±0,09,
n = 4; 16 Hz) comparada ao grupo controle (0,72±0,03, n = 7; 16 Hz). Essa
relação foi significantemente aumentada nos grupos tratados com FAFCS 50
mg/kg (0,67±0,05, n = 5; 16 Hz), 100 mg/kg (0,62±0,06, n = 8; 16 Hz) e
sildenafila (0,62±0,07, n = 6; 16Hz). A expressão de PDE-5 foi
significantemente aumentada no grupo STZ (328,50±26,78% , n = 6) quando
comparado ao controle (considerado 100%). Os tratamentos com FAFCS na
dose de 100 mg/kg (143,70±52,85% , n = 5) assim como sildenafila (159,20
±48,60% , n = 4) reduziram significantemente a expressão de PDE-5 quando
comparados ao grupo STZ.
Conclusão:
FAFCS induz relaxamento do corpo cavernoso isolado de rato pela ativação
da via CGs-GMPc-PKG. Além disso, FAFCS causa uma diminuição da
expressão de PDE-5, melhorando a resposta erétil de animais com diabetes
induzidos por STZ.
Apoio Financeiro:
CNPq
Gerado em: 2014-5-22 10:06:46
10.057 - EUGENOL ALTERA A EXCITABILIDADE DO NERVO
VAGO DE RATOS
Nunes-Guimaraes, M. V., Silva-Sampaio, T., Silva-Alves, K. , Ferreira-
da-Silva, F. W. , Coelho-de-Souza, A. N. , Leal-Cardoso, J. H. ,
Laboratório de Eletrofisiologia - UECE
Introdução:
O eugenol(EUG) é o constituinte majoritário do óleo essencial da Eugenia caryophyllus (cravo-da-índia),
sendo amplamente usado em consultórios odontológicos por apresentar propriedades antimicrobiana e inflamatória, anestésica e analgésica. É relatado na literatura que o EUG reduz a amplitude pico-a-pico do potencial de ação composto(PAC) do nervo vago(NV) e ciático de ratos e que sua ação anestésica local se deve ao bloqueio das correntes de Na
+. O NV é responsável por comunicar o estado das vísceras ao
cérebro. Apresenta todos os tipos de fibras (A, B e C), predominando fibras do tipo C. Os trabalhos na literatura apresentam apenas uma concentração de EUG (0,8mM) sobre as fibras do NV.
Objetivos:
Assim, este trabalho visa levantar a curva concentração-resposta do EUG e comparar seus efeitos nas
fibras C (amielinizadas) e A (mielinizadas) do NV.
Métodos:
06379067-0
Foram utilizados ratos Wistar, de ambos os sexos, com massa entre 200-350g e 11-13 semanas. O
projeto foi aprovado pelo CEUA-UECE sob o nº06379067-0. O NV foi dissecado, acondicionado em uma
câmara de registro, estimulado com pulsos elétricos (frequência de 0,2Hz) de 60V e 1,5ms para o registro
extracelular do PAC das fibras C e 40V e 0,1ms para fibras A. O EUG foi utilizado nas concentrações de
0,03;0,1;0,3;0,6;1 e 3mM diluído em DMSO(0,2% v/v) e em solução de Locke. Após uma hora de
estabilização, o nervo foi exposto ao EUG durante uma hora e em seguida, foi feita a lavagem (retirada da
droga) com duração de uma hora. Os dados estão representados como média ±E.P.M e número de
experimentos entre parênteses. Foram avaliadas as velocidades de condução, amplitudes positivas do
PAC, reobase e cronaxia.
Resultados:
O registro do PAC das fibras C apresentou três picos que foram denominadas de 1ª, 2ª e 3ª componente,
com velocidades de condução de 1,62±0,08(39), 0,65±0,02(38) e 0,3±0,01m/s(28), respectivamente. As
amplitudes para os mesmos componentes foram 1,66±0,19(37), 1,63±0,14(37) e 0,5±0,06mV(35),
respectivamente e a obtenção desses três picos é totalmente original, não tendo sido descrita antes na
literatura. Para as fibras A, a velocidade de condução foi de 17,44±2,22m/s(41) e a amplitude de
0,84±0,1mV(38). A reobase e cronaxia das fibras C na situação controle foram 12±1,6V(2) e 450±50μs(2),
respectivamente. Para fibras A a reobase e cronaxia foram respectivamente 3,3±0,067V(3) e
52,3±6,3μs(3). 3mM de EUG bloqueou completamente as componentes do PAC das fibras A e C. Na
concentração de 1mM houve um bloqueio de 84,65±4,34(12) e 93,29±3,08%(13) para a 1ª e 2ª
componentes C, respectivamente. Na concentração de 0,6mM, o bloqueio foi de 66,01±3,2(6),
81,71±3,24(5) e 72,88±7,11%(4) para a 1ª, 2ª e 3ª componentes C do controle, respectivamente. Ainda na
concentração de 0,6mM o EUG bloqueou 91,14±2,5%(4) do PAC das fibras A. Nas concentrações de 0,03
e 0,1mM, não houve bloqueio significativo das três componentes C. Contudo, para fibras A houve um
bloqueio de 37,65±4,2%(7) do controle na concentração de 0,1mM. Todos os efeitos do EUG foram
reversíveis após lavagem. Com relação à reobase e cronaxia, parâmetros ligados à excitabilidade
nervosa, o EUG também elevou esses parâmetros para 14,3±1,7V(2) e 530±40μs(2), respectivamente
nas fibras C e para 3,6±0,12V(3) e 59±8μs(3) nas fibras A.
Conclusão:
Os dados demonstram que o EUG reduz a excitabilidade e bloqueia a condução nervosa das fibras A e C
do NV. Esse efeito apresentou-se dependente de concentração e mais pronunciado nas fibras A.
Apoio Financeiro:
CAPES, FUNCAP, CNPq, UECE.
Gerado em: 2014-5-22 10:06:46
10.058 - AVALIAÇÃO DA TOXICIDADE AGUDA EM
CAMUNDONGOS TRATADOS COM TRACHYLOBANO-360
Mangueira, V. M. , Santos, S. G. , Silva, M. S. , Abrantes, R. A. , Gomes,
I. F. , Xavier, A. L., Tavares, J. F. , Batista, T. M. , Moura, A. P. G. ,
Castello Branco, M. V. S. ,
Departamento de Ciências Farmacêuticas - UFPB
Introdução:
O estudo fitoquímico de Xylopia langsdorffianaSt. Hil. &Tul.permitiu o
isolamento do Trachylobano-360 (T-360), um diterpeno que possui
importantes atividades farmacológicas (Nat. Prod. Res. 26: 2335, 2012;
Molecules. 17: 9573, 2012). No entanto, não há relatos sobre estudos
toxicológicos deste promissor produto natural.
Objetivos:
Este trabalho teve como objetivo avaliar a toxicidade aguda do T-360 em
camundongos Swiss, pelas vias endovenosa (e.v.) e intraperitoneal (i.p.).
Métodos:
certidão Nº 1009/12 Este ensaio, aprovado pelo Comitê de Ética (certidão Nº
1009/12), foi realizado de acordo com o protocolo da OECD n. 423, com
modificações. Camundongos Swiss (Mus musculus), fêmeas, pesando entre
28 e 32 g, com faixa etária próxima de 60 dias, foram submetidos a doses i.p.
(300 mg/kg, n=3) ou e.v. (50, n=3; 300 mg/kg, n=6) únicas, e ao grupo
controle (n=3) foi administrado apenas o veículo (0,5% de Tween 80). Com o
objetivo de mapear possíveis alterações comportamentais do Sistema Nervoso
Central (SNC) ou Autônomo (SNA), após administração do T-360 i.p. ou e.v.,
foi realizada observação para se detectar sinais tóxicos de caráter geral nos
intervalos: 0, 15, 30 e 60 minutos; após 4 horas; e diariamente durante 14 dias
(Rev. Bras. Farmacogn. 80: 72, 1999). Ao fim do período de observação todos
os animais sobreviventes foram anestesiados com tiopental sódico (50 mg/kg)
para coleta do sangue em tubos contendo heparina (25 UI/mL) para avaliação
hematológica dos seguintes parâmetros: volume corposcular médio (VCM),
hemoglobina corpuscular média (HCM), concentração da hemoglobina
corpuscular média (CHCM), hemoglobina, hematócrito, número de hemácias
e leucócitos. Os resultados obtidos foram expressos como média ± erro padrão
da média (e.p.m.) e analisados empregando-se teste de Mann Whitney. Os
resultados foram considerados significativos quando p< 0,05.
Resultados:
A dose de 300 mg/kg (i.p.) não provocou mortes. Nestes animais, observou-se
moderados efeitos depressores do SNC (ataxia e resposta diminuída ao toque),
de curta duração (até 30 min). Com relação às mudanças autonômicas,
diarreia esteve presente em todos os animais desse grupo experimental. Como
a dose de 300 mg/kg i.p. já é 12 vezes maior que sua dose
farmacologicamente ativa em relação à atividade antitumoral na mesma
espécie animal (25 mg/kgi.p.) (Molecules. 17: 9573, 2012) e esta não causou
mortes nem mudanças comportamentais significantes e duradouras, não
realizou-se avaliação toxicológica com a doses maiores. Para a via e.v., a dose
de 50 mg/kg não provocou nenhuma desordem central nem autonômica. Na
dose de 300 mg/kg e.v., não se observou nenhuma alteração e dois terços dos
animais morreram imediatamente após administração. Com isso, baseado no
guia 423 da OECD, o valor da DL50 foi estimado em 200 mg/kg para o T-360
(e.v.). Nenhum dos animais apresentou alterações hematológicas.
Conclusão:
O T-360 apresentou baixa toxicidade na dose de 50 mg/kg (e.v.) e 300 mg/kg
(i.p.), e alta toxicidade nos animais submetidos ao tratamento com 300 mg/kg
e.v. do T-360.
Apoio Financeiro:
Apoio financeiro:CNPq.
Gerado em: 2014-5-22 10:06:46
10.059 - O 1,8-CINEOL REDUZ A EXCITABILIDADE NERVOSA DO
GÂNGLIO CERVICAL SUPERIOR DE RATOS ATRAVÉS DO
BLOQUEIO PARCIAL DA CORRENTE DE NA+.
Ferreira-da-Silva, F. W. , Silva-Alves, K. S. , Coelho-de-Souza, A. N. ,
Leal-Cardoso, J. H. ,
Centro de Ciências da Saúde - ISCB/UECE
Introdução:
O 1;8-cineol (CIN) é um terpeno constituinte de diversos óleos essenciais de
plantas utilizadas na medicina popular. Este constituinte apresenta várias
ações farmacológicas como antiinflamatória, antitumoral e gastroprotetora.
Trabalho de nosso grupo de pesquisa (Clin. Exp. Pharmacol. Physiol. 36:11,
2009) demonstrou que o CIN (0,1-6 mM) bloqueia o potencial de ação (PA)
dos neurônios do Gânglio Cervical Superior (GCS), com despolarização da
membrana. Levantamos a hipótese de que esse bloqueio pode ser,
possivelmente, pela ação do composto diretamente sobre os canais de sódio
dependentes de voltagem, pelo mecanismo indireto de despolarização da
membrana celular ou pela ação de ambos os mecanismos.
Objetivos:
Assim, o objetivo deste trabalho foi avaliar a ação do 1,8-cineol sobre a
corrente de Na+ dependentes de voltagem (INa+) do GCS de ratos.
Métodos:
06379067 -0 Ratos Wistar, idade 12 semanas e massa 200 – 300g, foram
sacrificados por concussão cerebral, seus GCS’s dissecados e realizada a
dissociação neuronal por meio de etapas enzimáticas e mecânicas. A técnica
do whole-cell patch clamp, clampeamento de voltagem, foi utilizada para o
registro da INa+ e utilizada soluções apropriadas para a obtenção dessa
corrente. Pulsos despolarizantes de 100 ms de duração e para 0 mV a
frequência de 2 Hz foram aplicados para deflagrar a INa+ a partir do
potencial de holding de – 80 mV. O CIN foi dissolvido em dimetilsulfóxido
(0,2% v/v) e foi utilizada a concentração que bloqueou o PA de todas as
células do GCS intacto (6 mM). Os registros foram feitos entre 6 –24 h após
dissociação e os dados estão expressos como média ± E.P.M, onde o valor
entre parênteses representa o número de experimentos. Duas médias foram
consideradas significantes pelo teste-t quando p < 0,05 e todos os protocolos
experimentais foram submetidos e aprovados pelo CEUA da UECE.
Resultados:
A capacitância das células utilizadas foi 28,48 ± 1,52 pF, resistência de acesso
de 4,91 ± 0,58 Mohm, vazamento de -120,64 ± 35,68 pA e resistência de
entrada de 719,40 ± 142,26 Mohm (11). A média da INa+ no controle foi de
3445,05 ± 262,68 pA e densidade de corrente de 133,78 ± 7,15 pA/pF (11). A
exposição ao CIN (~150 s) provocou redução de ~20% na INa+ e densidade
de corrente e os valores foram 2928,85 ± 135,00 pA e 106,94 ± 5,74 pA/pF
(11), respectivamente, e houve diferença estatística significante entre os
valores. A resistência de entrada também foi reduzida após a exposição ao
CIN para 591,98 ± 149,31 Mohm (11). Com o intuito de verificar alterações
na cinética da corrente após a droga, o tempo até o pico e as constantes
temporais do decaimento da corrente foram medidas. Os valores controle do
tempo até o pico e das constantes de decaimento lenta e rápida foram 1,05 ±
0,04 ms, 2,68 ± 0,23 ms e 0,58 ± 0,03 ms (11), respectivamente. Após a
exposição ao CIN, não houve alterações significantes nos parâmetros da
cinética da corrente e os valores foram 1,02 ± 0,05 ms, 2,64 ± 0,41 ms e 0,54
± 0,03 ms (11), respectivamente.
Conclusão:
Os dados mostram que a concentração de 6 mM de CIN bloqueia parcialmente
a INa+ sem provável alteração na cinética da corrente e com redução da
resistência de membrana. Os dados corroboram com os achados no GCS
intacto e comprovam a hipótese de que o bloqueio do PA pode, em parte, ser
explicado pela redução da corrente de Na+ no GCS.
Apoio Financeiro:
CNPq, CAPES, FUNCAP, UECE.
Gerado em: 2014-5-22 10:06:46
10.060 - AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE CITOTÓXICA DA
CUMARINA FRENTE À LINHAGEM DE CÉLULAS VERO IN
VITRO
Oliveira, E. B. , Barbosa-Filho, J. M. , Araujo, R. S. A. , Silva, L. L. S. ,
Silva, E. C. , Medeiros, P. L. ,
Programa de Pós-graduação em Inovação Terapêutica - UFPE
Laboratório de Tecnologia Farmacêutica - UFPB Departamento de
Histologia e Embriologia - UFPE
Introdução:
As plantas usadas na medicina popular têm sido alvo constante pela indústria
farmacêutica na busca de novos protótipos úteis para a fabricação de fármacos
direcionados ao tratamento de variadas doenças. Isso tem levado ao
ressurgimento do interesse por metabólitos secundários produzidos por
vegetais como os compostos fenólicos, dentre os quais se ressaltam as
cumarinas. Essas substâncias purificadas exibem atividades biológicas
potentes e relevantes, além de apresentarem baixa toxicidade em mamíferos.
Esse conjunto de benefícios mantém as cumarinas como alvo de investigação
nas pesquisas atuais e fomenta o interesse farmacêutico a nível mundial.
Objetivos:
Avaliar a atividade citotóxica da cumarina (1,2-benzopirona) sobre a linhagem
de células Vero in vitro e analisar as características morfológicas decorrentes
desse ensaio.
Métodos:
As células Vero foram mantidas em meio DMEM suplementado com 10%
de Soro Fetal Bovino, 0,1 % de antibióticos em estufa de 5% de CO2 e 95%
de umidade a 37°C. A citotoxicidade foi determinada através do teste
colorimétrico do MTT. As células foram adicionadas na concentração de
2x105 células/mL em placas de 96 poços onde a substância-teste estava nas
concentrações de 6,25 a 100 µg/mL. O DMEM foi utilizado como controle
positivo. A leitura da absorbância foi realizada após dissolução do precipitado
com DMSO absoluto (100μL/poço) em espectrofotômetro no comprimento de
595nm. Cada amostra foi testada em triplicata. Os dados foram submetidos ao
teste não paramétrico de Kruskal-Wallis (p < 0,05). A morfologia das células
foi avaliada com auxílio de microscópio invertido com contraste de fase e
foram realizados registros fotográficos referentes a cada concentração testada.
Resultados:
A cumarina (1,2-benzopirona) apresentou atividade citotóxica em todas as
concentrações testadas (6,25; 12,5; 25; 50 e 100 µg/mL), sendo
estatisticamente significativo (p < 0,05) quando comparado ao controle. As
alterações morfológicas foram mais evidentes nas concentrações de 25, 50 e
100 µg/mL, tendo sido observado inicialmente confluência reduzida com
desprendimento de algumas células e formação de agrupamentos celulares na
maior concentração (100 µg/mL). A morfologia das células sob efeito das
menores concentrações (6,25 e 12,5 µg/mL) comportaram-se semelhante ao
controle.
Conclusão:
A cumarina (1,2-benzopirona) apresentou atividade citotóxica frente ao
crescimento de células Vero in vitro, culminando com a formação de
agrupamentos celulares na concentração mais elevada (100 µg/mL).
Apoio Financeiro:
Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia do Estado de Pernambuco
(FACEPE) e Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).
Gerado em: 2014-5-22 10:06:46
10.061 - Titulo: AVALIAÇÃO DA TOXICIDADE DE DOSES
REPETIDAS DO EXTRATO LIOFILIZADO DE Pedilanthus
tithymaloides EM CAMUNDONGOS
Guimarães, A. R. B. V. , Branco, M. V. S. C. ,
Departamento de Ciências farmacêuticas - UFPB
Introdução:
Pedilanthus tithymaloides (Euphorbiaceae), popularmente conhecido como
“Sapatinho-do-diabo” e “Dois-amores”, tem uma variedade de propriedades
curativas relatadas na literatura como anti-inflamatório, antimicrobiano,
antiséptico, dentre outras (Life Sciences 78; 1578, 2006). Entretanto, não há
dados de avaliação da toxicidade na literatura que respaldem seu uso popular.
Objetivos:
Avaliar a toxicidade de doses repetidas do extrato liofilizado de Pedilanthus
tithymaloides (EPT) em camundongos.
Métodos:
0508/13 Todos os procedimentos experimentais foram analisados e
previamente aprovados pelo Comitê de Ética em Uso de Animais do
CBiotec/UFPB (CEUA), sob a certidão Nº 0508/13. Foram utilizados 80
camundongos albinos Swiss (Mus musculus), sendo 40 machos e 40 fêmeas,
pesando entre 28 e 32 g, com faixa etária aproximada de oito semanas, obtidos
do biotério Prof. Thomas George (ANVISA/CBiotec/UFPB). Os animais
foram divididos em quatro grupos de 20 animais cada (10 machos e 10
fêmeas), sendo um grupo controle, no qual os animais foram tratados
diariamente, durante 28 dias, por via oral (gavagem), apenas com o veículo de
dissolução da amostra (Tween 80, 5% em salina), e três grupos tratados (v.o.,
28 dias) com as doses de 250, 500 e 1000 mg/kg do EPT. Os seguintes
parâmetros foram observados: consumo de água, evolução ponderal,
temperatura corporal, glicemia, atividade exploratória (Campo Aberto) e
atividade motora (Rota Rod) e índices dos órgãos. Os dados estão expressos
como média ± erro padrão da média e foram analisados por ANOVA seguido
de Tukey. Os resultados foram considerados significativos quando p < 0,05.
Resultados:
Dentre os parâmetros avaliados, não foram observadas alterações significantes
no evolução ponderal, temperatura corporal, glicemia, atividade exploratória e
atividade motora, em relação ao grupo controle. Pode-se observar que houve
uma diminuição significativa no consumo de água, nos animais machos
tratados com a dose 250 mg/kg do EPT (47,96 ± 0,97a mL) em relação ao
grupo controle (53,90 ± 1,98 mL), bem como no peso final dos animais
machos tratados com a dose de 1000 mg/kg (37,89 ± 1,18a g), em relação ao
grupo controle (41,78 ± 0,96 g). Observa-se que houve uma redução
significante apenas no índice de fígado de animais machos após tratamento de
28 dias com a menor dose 250 mg/kg de EPT (51,02 ± 0,42a mg/g), em
relação ao grupo controle (Machos: 55,92 ± 0,41 mg/g).
Conclusão:
Portanto, é possível inferir que o extrato liofilizado de Pedilanthus
tithymaloides possui baixa toxicidade, após tratamento de 28 dias fornecendo
perspectivas para futuros estudos e uso medicinal.
Apoio Financeiro:
Gerado em: 2014-5-22 10:06:46
10.062 - CARACTERIZAÇÃO TÉRMICA E FITOQUÍMICA PARA
EXTRATO SECO DE Morinda citrifolia 1,2Ribeiro, A.G., 1Gouveia,
A.L.A, 1Brasileiro, W. B., 2Freitas Neto, J. L., 1Lima, M. C. A., 2Rolim
Neto, P. J., 2Silva, R.M.F. 1Departamento de Antibióticos 2Departamento
de Ciências Farmacêuticas, UFPE, Recife/PE.
Gouveia, A. L. A. , Brasileiro, W. B. , Neto, P. J. R. , Lima, M. C. A. ,
Neto, J. L. F. , Silva, R. M. F. ,
Departamento de Antibióticos - UFPE Departamento de Ciências
Farmacêuticas - UFPE
Introdução:
O suco de Morinda citrifolia (noni) vem sendo utilizado pela população por
seu poder de controlar uma gama de enfermidades. Porém, recentemente a
ANVISA vedou a comercialização dos produtos oriundos dessa fruta, pois não
há comprovação científica de que o fruto não seja nocivo à saúde. Faz-se
necessário então, o desenvolvimento de um produto que cumpra os requisitos
de qualidade, efetividade e segurança exigidos. Assim, o caráter inovador
deste trabalho estará suportado na obtenção de produtos intermediários
integrados, com funcionalidade superior a uma simples mistura dos
componentes, garantindo assim uma maior viabilidade tecnológica e
econômica.
Objetivos:
Obter o perfil térmico e realizar a prospecção fitoquímica do extrato
hidroalcoólico liofilizado de M. citrifolia (EHLMC).
Métodos:
Não trabalhamos com experimentação animal e nem com experimentação
humana. Os frutos de M. citrifolia foram coletados no município do Cabo de
Santo Agostinho/PE e uma exsicata foi depositada no Herbário Geraldo Mariz
(UFP), sob o nº do protocolo 74.792. Eles foram cortados e triturados em uma
solução hidroalcóolica numa proporção de 70% de álcool. Após a extração, o
produto foi filtrado, rotaevaporado e liofilizado. Para obtenção das curvas
termogravimétricas (TG e DTA) do EHLMC, utilizaram-se cerca de 6 mg,
sendo submetida a uma faixa de temperatura entre 25 e 900ºC, no analisador
térmico ShimadzuÒ. Os cálculos de perda de massa (%) e diferença de
temperatura (ΔT) foram feitos no programa TA-60WS da ShimadzuÒ. Para a
prospecção fitoquímica, utilizou-se a cromatografia de camada de delgada. No
teste de triterpenos e esteróides, foi utilizado o padrão β-sitosterol, o sistema
Tolueno/Acetato (9:1) e o revelador Liberman. Para flavonóides, os padrões
foram a quercetina, rutina e o ácido gálico, o sistema foi o acetato de
etila/ácido acético/ácido fórmico/água (100:11:11:27) e para a revelação
aplicou-se o Neu. Para taninos, o ácido gálico foi utilizado como padrão, uma
solução de acetato de etila/ácido acético/ácido fórmico/água (100:11:11:27)
como sistema e o revelador aplicado foi a vanilina clorídrica. Para saponinas,
foram dissolvidos 50 mg do EHLMC em 5 mL de água destilada. Em seguida,
diluiu-se para 15 mL e agitou-se vigorosamente durante 2 min em tubo
fechado.
Resultados:
A partir da análise das curvas TG e DTA do EHLMC, observaram-se dois
eventos. O primeiro, endotérmico, iniciou-se em 123,92ºC e terminou em
144,54ºC. Neste, houve uma perda de massa de 0,415 mg (6,665%),
possivelmente equivalente à perda de água e solventes voláteis. O segundo,
exotérmico, iniciou-se em 180,32ºC e terminou em 213,80ºC, no qual houve
uma perda de massa de 1,746 mg, equivalente a 28,039%, representando uma
etapa de decomposição. Foi verificado que não houve a presença de taninos,
triterpenos e esteróides, porém, há flavonóides e saponinas no EHLMC.
Conclusão:
Os resultados obtidos contribuem para a elaboração de uma monografia
farmacopeica para este insumo vegetal, e um futuro desenvolvimento de
produtos farmacêuticos derivados a partir de M. citrifolia.
Apoio Financeiro:
PROPESQ –UFPE, CNPq
Gerado em: 2014-5-22 10:09:09
10.063 - A CITOTOXICIDADE DO COMPOSTO C2 É MEDIADO
PELA PRODUÇÃO DE ROS INTRACELULAR EM HL-60.
Camara, C. A. , Coulidiati, T. H. , Dantas, B. B. , Faheina-martins, G. V. ,
Goncalves, J. C. R. , Oliveira, R. N. , Oliveira, E. J. , Araujo, D. A. M. ,
Departamento de Biotecnologia - UFPB Departamento de Ciências
Moleculares - UFRPE
Introdução:
O triazole e seus derivados têm atraído uma atenção considerável nessas
últimas décadas devido aos seus valores quimioterápicos. O interesse em
moléculas que contêm o grupo 1,2,3-triazole como agentes quimioterapêuticos
para várias doenças tem aumentado, isto porque esta classe de heterocíclicos é
conhecida por exibir uma vasta gama de atividades biológicas, tais como, anti-
proliferativo e anti-neoplásico. O composto C2 é um derivado 1,2,3-triazole a
partir do 1,4-naftoquinona.
Objetivos:
No presente trabalho, avaliou-se a formação das espécies reativas de oxigênio
(ROS) intracelular, associada ao efeito citotóxico do composto C2 em HL-60.
Métodos:
05878712.7.0000.5183 O nível de ROS intracelular foi avaliado por
citometria de fluxo, após 24 horas de tratamento das células com o composto
C2 usando a sonda fluorescente DCFH2-DA. O n-acetil cisteina (NAC) foi
usado como antioxidante para inibir o efeito das ROS. A citotoxicidade foi
avaliada pelo ensaio do MTT, após um período de incubação de 24 horas do
composto C2. Usamos células mononucleares normais do sangue periférico
(PBMC), como modelo não cancerígeno humano e assim, avaliar o efeito
tóxico do composto C2.
Resultados:
Após 24 horas de tratamento com o composto C2, utilizando a IC50 de 10
µM, verificou-se um aumento do nível de ROS intracelular comparado com o
controle (as células não tratadas). Esse aumento do nível de ROS intracelular
é diminuído quando as células foram tratadas com o NAC (1 mM). O ensaio
de MTT mostrou que o composto C2 não apresenta citotoxicidade enfrente
das células tratadas com o NAC. O nível de ROS intracelular nas células
PBMC não foi alterado quando tratadas durante 24 horas com C2, não sendo
verificado citotoxicidade.
Conclusão:
Concluímos que o aumento do nível de ROS intracelular na linhagem HL-60
pode ser um dos responsáveis pelo efeito citotóxico do composto C2.
Apoio Financeiro:
CNPq, CAPES e TWAS.
Gerado em: 2014-5-22 10:09:09
10.064 - Avaliação da atividade esquistossomicida in vitro de derivados
imidazolidínicos (RH-40 e FZ-24).
Júnior, A. S. A. A. , Oliveira, S. A. , Silva, A. L. , Oliveira, J. F. , Santiago,
E. F. , Silva, P. R. , Botelho, S. P. S. , Lima, M. C. A. ,
Antibióticos - UFPE Imunologia - FIOCRUZ
Introdução:
A esquistossomose é reconhecida pela OMS, como um grave problema de
saúde pública, acometendo os países da África, América Latina, Caribe e
Oriente Médio (IVR -
www.who.int/vaccine_research/diseases/soa_parasitic/en/index5.html. 2013).
No Brasil, é encontrada a espécie Schistosoma mansoni, com estimativas de 6
a 8 milhões de indivíduos infectados (Guia da Vig Epid e Cont da Esquist.
2007). O fármaco utilizado para a quimioterapia desta parasitose é o
praziquantel (Int J of Ant Agents, 29, 570–575, 2007). Contudo, são relatados
na literatura casos de possíveis cepas de S. mansoni resistentes a esse
tratamento (Acta Trop,111:82– 85.2009). Desde então, novas alternativas
quimioterápicas devem ser desenvolvidas para que cepas de S. mansoni não
apresentem evidências de resistência e que outros medicamentos possam fazer
parte da quimioterapia dessa parasitose. O núcleo imidazolidínico é um
heterociclo pentagonal, farmacóforo importante presente em vários compostos
biologicamente ativos (Tetra Let. 45, 7049–7051. 2004), conhecido na
literatura pelo seu amplo espectro de atividades biológicas, inclusive a
atividade esquistossomicida (The Sc World J., vol 2012. 2012).
Objetivos:
Avaliar o potencial esquistossomicida dos derivados imidazolidínicos RH-40
((Z)-3-(4-cloro-benzil)-5-(4-bis-benzilóxi-benzilideno)-4-tioxo-imidazolidin-
2-ona) e FZ-24 ((Z)-3-(4-cloro-benzil)-5-(4-benzilóxi-benzilideno)-
imidazolidina-2,4-diona).
Métodos:
38/2012 Este trabalho foi aprovado pelo Comitê de Ética no Uso de Animais
do Centro de Pesquisa Aggeu Magalhães/Fundação Oswaldo Cruz
(CPqAM/FIOCRUZ) autorizado pela licença No. 38/2012. Foram utilizados
camundongos machos albinos Swiss Mus musculus com 25 dias de idade
pesando 50 gramas. Os derivados imidazolidínicos (FZ-24 e RH-40) foram
sintetizados no LPSF/UFPE e após isso, foram analisados quanto a sua
citotoxicidade através de células de linhagem macrofágica J774. O valor da
concentração inibitória (LC50) foi determinada por regressão não linear,
utilizando o GraphPad Prism versão 5.01. Em seguida, o composto foi
avaliado in vitro frente aos vermes adultos do S. mansoni nas concentrações
100 a 5 µg/mL. O PZQ foi o controle positivo do experimento.
Resultados:
O composto FZ-24 apresentou LC50 de >100µM e o composto RH-40
apresentou LC50 de >100µM. Na avaliação in vitro foi verificada uma melhor
resposta biológica com o derivado RH-40 apresentando uma taxa de
mortalidade de 83,33% nas concentrações de 80 e 10 μg/mL no último dia de
observação (144h). O derivado LPSF/FZ-24 apresentou uma taxa de
mortalidade de 16,66% nas concentrações de 40 μg/mL e 20 μg/mL, no último
de dia observação. Foi possível observar, que ambos os compostos,
impediram a oviposição das fêmeas, aderência nas placas de cultura e o
pareamento entre os casais, além da redução expressiva da motilidade dos
vermes adultos de S. mansoni.
Conclusão:
o derivado imidazolidínico RH-40 apresentou uma atividade
esquistossomicida in vitro promissora. O derivado imidazolidínico FZ-24
apesar de não apresentar mortalidade expressiva na atividade biológica, eles
mostraram ação sobre os movimentos corporais dos parasitos de S. mansoni,
provocando a diminuição de seus movimentos. Porém, ainda é necessária a
realização de ensaios in vivo frente à esquistossomose mansônica.
Apoio Financeiro:
FACEPE, CNPq e FIOCRUZ
Gerado em: 2014-5-22 10:09:09
10.065 - SÍNTESE DO COMPOSTO 4-AMINO-2-(FENIL)-6-(p-OC2H5-
FENIL)-5-CARBONITRILA-PIRIMIDINA E AVALIAÇÃO DE SUA
ATIVIDADE IN VITRO FRENTE A BACTÉRIA Pseudomonas
aeruginosa
Lira, M. A. C. , Rocha, T. A. , Nunes, A. B. , Falcao, E. P. S. ,
Departamento de Biologia - UFPE Departamento de Bioquímica - UFPE
Introdução:
Compostos heterocíclicos são descritos por uma gama de pesquisados, por
apresentarem diversas propriedades biológicas. Entre as várias classes deste
composto destacam-se, as pirimidinas, apresentando uma enorme
aplicabilidade farmacológica. Pirimidinas são aminas heterocíclicas
aromática, isoeletrônicas ao benzeno Heter. Chem. 4th ed. 2000., nas quais se
observam dois átomos de Carbono substituídos pelo Nitrogênio, nas posições
1 e 3 do anel benzênico. O núcleo pirimidínico tem atraído cada vez mais a
atenção de Químicos Medicinais e Sintéticos, por possuir uma vasta gama de
atividades biológicas. Diante os dados é possível se verificar que compostos
orgânicos contendo o núcleo pirimidínico apresentam um grande potencial de
atividades biológicas.
Objetivos:
Sintetizar o novo composto 4-amino-2-(fenil)-6-(p-OC2H5-fenil)-5-
carbonitrila-pirimidina e avaliar a eventual atividade in vitro frente a bactéria
Pseudomonas aeruginosa.
Métodos:
O trabalho a ser apresentado não necessita da aprovação do comitê de ética
para ser realizado por não haver experimentação animal e humana. O derivado
pirimidínico foi produzido a partir de reações consecutivas, principiando com
aldeído aromático, que reage com a malononitrila, resultando assim na p-
OC2H5-bisnitrila. Em seguida esta reage, em metanol e a temperatura de
refluxo, e na presença de quantidades catalíticas de trietilamina, com
benzamidina, originando o composto 4-amino-2-(fenil)-6-(p-OC2H5-fenil)-5-
carbonitrila pirimidina. A reação foi acompanhada pelo método de
Cromatografia em Camada Delgada e ao término os produtos foram
recristalizados em metanol. Sua estrutura química foi confirmada por técnicas
usuais de espectrometria de massas, infravermelho e ressonância magnética
nuclear de prótons. O composto sintetizado foi submetido a testes de atividade
antibacteriana através do método de difusão em meio sólido utilizando discos
de papel. Os ensaios foram realizados em triplicata e a atividade avaliada
através da mensuração dos halos de inibição comparando-os àqueles
observados para o padrão comercial de Gentamicina. Os ensaios foram
desenvolvidos em meio de cultura Müeller – Hinton e as placas foram
incubadas a 37°C por 18 horas. Os resultados foram expressos em
milímetros. Foi selecionado para os testes a bactéria P. aeruginosa. O ensaio
foi feito em triplicata.
Resultados:
O composto pirimidínico 4-aminado obtido mostrou-se como composto
sólidos e cristalino. Estável, apresentou temperaturas elevadas de fusão,
203°C - 225°C, com um rendimento de 46%. Sua pureza foi avaliada através
de Cromatografia em Camada Delgada. Os dados obtidos mostraram que o
composto sintetizado apresentou atividade antibacteriana, com um halo de
inibição de 13 mm frente a P. aeruginosa. Os resultados obtidos mostram o
controle positivo testado, a Gentamicina com um halo de inibição de 16 mm.
Conclusão:
A abordagem sintética utilizada mostrou-se adequada, sendo obtido o
compostos de interesse em rendimentos adequados e em bom nível de pureza;
O composto mostrou propriedades antibacteriana, sendo que a cepa testada
mostrou-se sensível ao composto 4-aminado.
Apoio Financeiro:
Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia do Estado de Pernambuco –
FACEPE.
Gerado em: 2014-5-22 10:09:09
10.066 - AÇÃO ESPASMOLÍTICA DE Zornia brasiliensis Vogel.
(LEGUMINOSAE) ENVOLVE BLOQUEIO DO INFLUXO DE
CÁLCIO EM ÍLEO DE COBAIA
Oliveira, F. R. M. B. , Silva, B. A. , Moreno, G. T. A. , Ferreira, S. R. D. ,
Silva, M. S. , Tavares, J. F. , Silva, A. D. S. , Cavalcante, F. A. ,
Departamento de Ciências Farmacêuticas - UFPB Departamento de
Fisiologia e Patologia - UFPB
Introdução:
O gênero Zornia (Leguminosae) contém cerca de 80 espécies distribuídas
nas regiões tropicais e subtropicais do mundo (Legumes of the World, p. 307.
Royal Botanic Gardens, Kew, 2005). Zornia brasiliensis é uma espécie
herbácea, conhecida popularmente como “urinária”, “urinana” e “carrapicho”,
utilizada na medicina popular como diurética e para tratamento de doenças
venéreas (Brazilian Journal of Ethnopharmacology, v. 111, p. 383, 2007) e foi
relatado que o extrato etanólico bruto das partes aéreas de Zornia brasiliensis
(ZB?EtOHPA) apresenta atividade antidiarreica (IX Simpósio Brasileiro de
Farmacognosia, Goiânia, C-45, p. 42, 2013).
Objetivos:
Investigar uma possível atividade espasmolítica do ZB-EtOHPA em íleo de
cobaia.
Métodos:
Comissão de Ética no Uso de Animais da UFPB (CEUA) nº 3206/13 Eram
utilizados cobaias (Cavia porcellus) de ambos os sexos, pesando entre 300 e
500 g (3 meses), o íleo era isolado e suspenso em cubas de banho para órgão
isolado sob condições apropriadas. Eram obtidas contrações isotônicas e
isométricas Os resultados (n = 4-5) foram expressos como a média e o e.p.m.
empregando-se o teste “t” ou análise de variância (ANOVA) “one-way”
seguido do pós-teste de Bonferroni, onde os valores de p < 0,05 foram
considerados significantes. Toda metodologia foi aprovada pela Comissão de
Ética no Uso de Animais da UFPB (nº 3206/13).
Resultados:
O extrato ZB-EtOHPA inibiu as contrações fásicas induzidas por 10?6 M de
carbacol (CI50 = 73,6 ± 19,5 μg/mL) e de histamina (CI50 = 53,5 ± 13,6
μg/mL) de maneira dependente de concentração e equipotente, sugerindo que
o extrato pode estar agindo por um mecanismo de ação comum à via de
sinalização dos agonistas testados. O extrato ZB-EtOHPA (1–729 μg/mL)
também relaxou de maneira dependente de concentração o íleo de cobaia pré-
contraído com 40 mM de KCl (CE50 = 38,3 ± 4,1 μg/mL), com 10-5 M de
carbacol (CE50 = 65,1 ± 8,2 μg/mL) ou com 10-6 M de histamina (CE50 =
39,9 ± 4,4 μg/mL), sendo cerca de 1,6 vezes mais potente para KCl e
histamina, quando comparado ao carbacol. Como o passo comum à via de
sinalização destes agentes contráteis são os canais de Ca2+ dependentes de
voltagem (CaV), hipotetizou-se que o ZB-EtOHPA estaria impedindo o
influxo de Ca2+ através destes canais. E foi observado que o ZB-EtOHPA
(27, 81 e 243 µg/mL) antagonizou as contrações induzidas por CaCl2 em
meio despolarizante nominalmente sem Ca2+ forma não paralela e com
redução do Emax de 100% (controle) para 79,4 ± 6,7; 42,8 ± 6 e 11,1 ± 2%,
respectivamente. Os valores de CE50 do CaCl2 passaram de 0,6 ± 0,1 x 10-
3 M (controle) para 4,6 ± 0,7 x 10-3; 2,0 ± 0,3 x 10-2 e 1,0 ± 0,04 x 10-1 M,
respectivamente, confirmando que o ZB?EtOHPA estaria interferindo com o
influxo de Ca+2 através dos CaV para exercer seu efeito espasmolítico.
Conclusão:
O extrato ZB-EtOHPA apresenta atividade espasmolítica em íleo de cobaia e
seu mecanismo de ação envolve o bloqueio do influxo de Ca2+ através dos
CaV.
Apoio Financeiro:
CNPq, CAPES, UFPB.
Gerado em: 2014-5-22 10:09:09
10.067 - RIPARINA A, UM COMPOSTO OBTIDO A PARTIR DA
Aniba riparia, ATENUA A RESPOSTA INFLAMATÓRIA POR
MODULAR A MIGRAÇÃO DE NEUTRÓFILOS
Silva, R. O. , Damasceno, S. R. B. , Silva, V. G. , Brito, C. F. C. , Silva, I.
S. , Aragão, K. S. , Gutierrez, S. J. C. , Barbosa, A. L. R. , Freitas, R. M. ,
Souza, M. H. L. P. , Medeiros, J-V. R. ,
1. Departamento de Fisiologia e Farmacologia - UFC 2. Programa de Pós-
graduação em Biotecnologia - UFPI 3. Laboratório de Química de
Produtos Sintéticos e - UFPI 4. Laboratório de Pesquisa em
Neuroquímica Experim - UFPI
Introdução:
A resposta inflamatória é uma série de eventos coordenados que depende do
aumento da permeabilidade vascular e liberação seqüencial de mediadores
inflamatórios. As drogas comumente usadas para o tratamento das condições
inflamatórias, como os AINES, são associadas com importantes efeitos
colaterais e baixa eficácia terapêutica.
Objetivos:
Investigar as propriedades antiinflamatórias da Riparina A, um derivado semi-
sintético isolado a partir da Aniba riparia, em camundongos.
Métodos:
0066/09 Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa Animal
da UFPI (protocolo n° 0063/09). A atividade antiinflamatória da Riparina A
foi avaliada usando diversos agentes inflamatórios (carragenina, composto
48/80, serotonina e histamina) para induzir edema na pata e o modelo de
peritonite em camundongos swiss machos (n=6). Amostras do fluido
peritoneal foram removidas para dosagem de mieloperoxidase (MPO),
glutationa (GSH), malondialdeído (MDA) e níveis de TNF-α e IL-1β.
Resultados:
Nossos resultados mostraram que o pré-tratamento com Riparina A, reduziu
marcadamente a resposta edematogênica causada pela administração de
carragenina de uma maneira dose-dependente, com efeito máximo na dose de
10 mg/kg, reduzindo em todos os tempos avaliados, incluindo o pico a 4h
(57% de redução) e 72h (73% de redução). Similarmente, a Riparina A (10
mg/kg) inibiu efetivamente o edema induzido por composto 48/80 (50% de
redução), serotonina (71% de redução) e histamina (80% de redução). A
administração de carragenina induziu um aumento na atividade de MPO
(7.69±0.80 U/ml), concentração de MDA (25.1 ± 4.4 nmol/ml), níveis de
TNF-α (208.7±39.2 pg/ml) e IL-1β (1073.0±180.1 pg/ml), e reduziu os níveis
de GSH (44.2 ± 8.8 μg/ml) no fluido peritoneal, quando comparado com o
grupo controle. No entanto, o pré-tratamento com Riparina A (10 mg/kg, i.p.)
reduziu significativamente a atividade de MPO (2.80 ± 0.75 U/ml), a
concentração de MDA (15.7 ± 2.8 nmol/ml), os níveis de TNF-α (90.4 ± 32.8
pg/ml) e IL-1β (635.2 ± 65.9 pg/ml), e aumentou os níveis de GSH (95.6 ± 9.7
μg/ml). Além disso, o pré-tratamento com Riparina A inibiu a contagem total
(1.97 ± 0.36×103 cells/ml) e diferencial (0.68 ± 0.11 × 103 cells/ml) de
leucócitos, quando comparados com o grupo carragenina (4.83 ± 0.99×103
cells/ml e 3.55 ± 0.32 × 103 cells/ml, respectivamente).
Conclusão:
Riparina A exerce seus efeitos anti-inflamatórios através de mecanismos
dependentes da inibição de eventos vasculares, migração de neutrófilos para o
sítio inflamado, redução da produção de citocinas pró-inflamatórias e do
estresse oxidativo.
Apoio Financeiro:
CNPq e FAPEPI
Gerado em: 2014-5-22 10:09:09
10.068 - AVALIAÇÃO DA TOXICIDADE DO ÁCIDO CAPERÁTICO
EXTRAÍDO DA PARMOTREMA PRAESOREDIOSUM SOBRE
EMBRIÕES DE BIOMPHALARIA GLABRATA E LARVAS DE
ARTEMIA SALINA
Carvalho, A. N. , Falcão, E. P. S. , Martins, M. C. B. , Pereira, E. C. ,
Silva, H. A. M. F. , Amâncio, F. F. , Melo, A. M. M. A. , Silva, N. H. ,
Bioquímica - UFPE Ciências Geográficas - UFPE Centro Acadêmico de
Vitória de Santo Antão - UFPE Biofísica e Radiobiologia - UFPE
Introdução:
A esquistossomose constitui um sério problema de saúde pública, uma
estratégia promissora para o controle da doença é o combate ao hospedeiro
intermediário com o uso de substâncias moluscicidas. A procura pelos
produtos biodegradáveis aumenta o interesse pelo uso de moluscicidas
naturais. Os compostos extraídos de liquens têm chamado atenção, visto que
estes organismos são formados pela simbiose entre algas e fungos,
responsáveis pela produção de metabólitos secundários que são encontrados
depositados sobre as hifas corticais e medulares do talo liquênico, sob forma
de cristais cujas propriedades biológicas são amplamente descritas na
literatura.
Objetivos:
Avaliar o efeito moluscicida do ácido caperático purificado a partir do extrato
etéreo de Parmotrema praesorediosum sobre embriões dos moluscos da
espécie Biomphalaria glabrata e o ensaio de letalidade com as larvas do
microcrustáceo Artemia salina.
Métodos:
Neste estudo foram utilizados animais invertebrados da espécie Biomphalaria
glabrata e larvas do microcrustáceo Artemia salina para os testes biológicos
não sendo necessário a submissão do projeto para o Comitê de Ética em
Pesquisa. O líquen foi coletado no município de Serra Talhada/PE e
acondicionado em sacos de papel. O talo foi macerado e submetido a
sucessivas extrações a frio com éter dietílico sendo o extrato etéreo evaporado
até a secura em rotaevaporador acoplado a banho maria a 40°C. Para obtenção
do ácido caperático o extrato etéreo foi dissolvido no éter para separar as
frações solúveis e insolúveis. A porção solúvel em éter foi tratada com
carbonato de sódio a 10% até atingir o pH 9.0, sendo em seguida, adicionado
ácido clorídrico a 20% até chegar ao pH 1.0. O precipitado formado após a
reação foi dissolvido em etanol gelado e deixado em repouso (-4°C) até a
formação de cristais do ácido caperático. Para os ensaios biológicos, os
embriões B. glabrata, foram expostos por 24 horas ao ácido caperático nas
concentrações de 0 (controle), 125, 250 e 500ppm. Após a exposição, foram
observados por oito dias consecutivos e classificados como inviáveis
(embriões mortos e malformados) e viáveis (embriões eclodidos). Os
experimentos foram realizados em triplicata com 100 embriões por grupo. O
bioensaio com Artemia salina foi realizados com dez larvas incubadas em
tubos ensaio contendo o extrato etéreo de P. praesorediosum nas
concentrações de 0 (controle) ; 200, 125; 62,5 ppm. A exposição foi realizada
por 24 horas e os testes feitos em quadruplicata. Os grupos foram analisados
quanto à frequência de letalidade e sobrevivência. Os testes estatísticos
utilizados foram o ANOVA e o Newman- keuls com p<0,05.
Resultados:
Os embriões expostos ao ácido caperático apresentaram 99,0% de
inviabilidade embrionária na concentração de 500 ppm, as demais
concentrações (250 e 125 ppm) apresentaram 52,60% e 10,30% de
inviabilidade respectivamente, significativamente diferente do controle. No
bioensaio com A. salina foi observado nas concentrações de 200, 125, 12,5
ppm uma toxicidade relativamente baixa de 9,25%, 9,50% e 9,50%
respectivamente sobre as larvas do microcrustáceo expostas ao extrato.
Conclusão:
O ácido caperático obtido do extrato etéreo de P. praesorediosum pode ser
considerado um potente agente moluscicida, uma vez que causou significativa
letalidade sobre embriões de B. glabrata e apresentou baixa toxicidade as
larvas de A. salina.
Apoio Financeiro:
CNPq
Gerado em: 2014-5-22 10:09:09
10.069 - A LIGNANA JUSTICIDINA B APRESENTA ATIVIDADE
ANTIAMASTIGOTA PARA Leishmania (L.) amazonensis associada à
síntese de óxido nítrico
Dias, C. N. S. , Rodrigues, K. A. F. , Néris, P. L. N. , Figueredo, S. L. ,
Rocha, J. C. , Silva, M. S. , Tavares, J. F. , Oliveira, M. R. ,
1 Departamento de Biologia Molecular - UFPB 2 Departamento de
Ciências Farmacêuticas - UFPB
Introdução:
As leishmanioses são um complexo de doenças inseridas no grupo de doenças
tropicais negligenciadas. As drogas utilizadas em seu tratamento são
principalmente os antimoniais pentavalentes e a anfotericina B, usados há
muitos anos nessa terapêutica. Contudo, estão associados a sérios efeitos
colaterais. Portanto, torna-se necessário a busca por novas drogas para serem
empregadas na terapêutica das leishmanioses.
Objetivos:
Investigar a atividade da lignana Justicidin B sobre formas amastigotas
intracelulares de Leishmania (L) amazonensis.
Métodos:
1210/13 Este projeto foi aprovado pelo comitê de ética em pesquisa animal do
Centro de Biotecnologia da UFPB–CEUA com o seguinte número de certidão
1210/13. A atividade de Justicidina B foi avaliada frente a formas amastigotas
intracelulares. Macrófagos murinos foram coletados de camundongos machos
ou fêmeas em idade de 30 a 60 dias e peso entre 25-30g. Os macrófagos
foram coletados da cavidade intraperitoneal dos animais através da injeção de
PBS suplementado com 3% de SBF. O lavado peritoneal foi centrifugado e os
macrófagos foram quantificados. Utilizando placas de 24 poços 1x106
macrófagos foram aderidos em lamínulas e infectados com 5x106
promastigotas de Leishmania (L.) amazonensis em fase estacionária de
crescimento, na ausência (controle) e na presença de Justicidina B nas
concentrações de 1,25 µg/ml, 2,5 µg/ml, 5 µg/ml, 10 µg/ml e 20µg/ml. As
lamínulas foram coletadas após 24h e 72h e coradas. Os sobrenadantes desses
ensaios foram quantificados quanto à presença de nitrito pela reação de
Griess, como uma medida da síntese de óxido nítrico. A análise estatística foi
realizada com análise de variância onde p<0.05 com nível máximo de
significância estatística, utilizando o programa GraphPad Prism 5.0.
Resultados:
As concentrações da Justicidina B apresentaram uma diminuição na
porcentagem de infecção dos macrófagos nas concentrações de 10 µg/ml e
20µg/ml. Nos controles as taxas de infecção dos macrófagos foram de 72% e
71% após 24h e 72 h de incubação, respectivamente. O tratamento com
20µg/ml por 24 horas resultou em 67% de macrófagos infectados,
apresentando uma redução de 33% da infecção, em relação ao controle. Após
72h de tratamento com 20µg/ml de Justicidina B, essa atividade
antiamastigota foi ainda maior, apresentando 83% de redução em relação ao
controle. O número de amastigotas por macrófago infectado também foi
mensurado, observando-se uma diminuição no número de parasitas após 72h
de tratamento nas concentrações de 10 µg/ml e 20µg/ml de Justicidina B. A
síntese de NO pelos macrófagos infectados foi aumentada na presença de
Justicidina B. Foram realizados no mínimo três experimentos independentes
com dois a quatro animais por experimento.
Conclusão:
A lignana Justicidina B possui atividade contra formas amastigotas
intracelulares de L. (L.) amazonensis associada à síntese de NO.
Apoio Financeiro:
Capes, PPgPNSB.
Gerado em: 2014-5-22 10:09:09
10.070 - Síntese e caracterização estrutural de novo derivado indólico
tiazolidínico.
Nascimento, P. H. B., Oliveira, T. B. , Amorim, C. A. C. , Segundo, M. Â.
S. P. , Silva, V. B. R. , Silva, W. L. , Pitta, I. R. , Lima, M. C. A. ,
Antibióticos - UFPE Ensino - IFAL
Introdução:
Tiazolidinonas são derivados dos heterocíclicos pentagonais, contendo um
grupo carbonila nas posições 2, 4 e/ou 5 que pertencem a um importante
grupo de compostos. Sua utilização em síntese orgânica é de grande
importância, tendo em vista as diversas atividades biológicas relacionadas a
seus análogos estruturais, tais como anticancerígena, anti-inflamatória,
anticonvulsivante, hipoglicemiante e antiviral, dentre outras (Bioorg. Med.
Chem., v. 18, p. 3805-3811, 2010). Devido a esta vasta aplicabilidade de suas
atividades biológicas, o presente trabalho propõe a obtenção de um novo
derivado das tiazolidinonas juntamente com o indol que possui uma
similaridade estrutural com a indometacina, também conhecida por seu
potencial terapêutico.
Objetivos:
Promover a síntese do novo derivado 5-(1H-indol-3il-metileno)-3-benzil-
tiazolidina-2,4-diona da série SF-39.
Métodos:
Este trabalho é da área de química medicinal e apenas está descrita a parte
química. O composto SF-39 foi sintetizado por meio de duas etapas. Primeira
foi obtido o intermediário substituído na posição 3 do anel da tiazolidina-2,4-
diona. Na segunda etapa, a mistura reacional de quantidades equimolares da
3-benzil-tiazolidina-2,4-diona e do éster 3-(1H-indol-3-il-metileno)-2-ciano-
acrilato de etila (IP) dissolvido em etanol seco, em presença de morfolina
como catalisador, foi aquecida a refluxo durante 4 horas. A mistura reacional
foi filtrada ainda quente e lavada com água destilada. A purificação do
composto final foi através de lavagens sucessivas com etanol.
Resultados:
O composto sintetizado (SF-39) se apresentou como um sólido de cor branca,
ponto de Fusão: 259-260ºC, rendimento: 50%, razão de frente e sistema: 0,74,
n-Hex./AcOEt. 7:3. As descrições espectroscópicas RMN 1H (DMSO,
300MHz) δ: 5.0 (2H, s, CH2), 7.3 (1H, m, ArH), 7.5 (2H, d, ArH, J = 9 Hz),
7.59 (2H, d, ArH, J = 9 Hz), 7.8 (1H, s, HC=, metileno), 8.1 (1H, d, ArH, J =
5.4 Hz) , 8.2 (1H, d, ArH, J = 4.8 Hz), 8.4 (1H, s, HC=, indol), 12.1 (1H, s, N-
H, indol). IV (KBr 1 %, υ cm-1) NH: 3407,10; C=O: 1729,04; C=O: 1673,11;
C=C: 1599,77.
Conclusão:
O composto SF-39 apresentou um rendimento considerado bom, pois sua rota
de síntese estava bem elucidada. Por meio da interpretação dos dados
espectroscópicos é possível elucidar a estrutura química do composto SF-39 e
assim comprovar a ocorrência da reação entre o intermediário substituído na
posição 3 do anel da tiazolidina-2,4-diona e o éster 3-(1H-indol-3-il-
metileno)-2-ciano-acrilato de etila.
Apoio Financeiro:
CAPES-PIBIC/CNPq/UFPE
Gerado em: 2014-5-22 10:09:09
10.071 - ALTERAÇÕES MORFOLÓGICAS E GENOTOXICA DE
HEMÓCITOS DE Biomphalaria glabrata EXPOSTO AO
OXIFLUORFEN.
Lima, M. V. , Silva, H. A. M. F. , Silva, L. R. S. , Melo, A. M. M. A. ,
Departamento de Biofísica e Radiobiologia - UFPE
Introdução:
O herbicida Oxifluorfen (Goal*BR) é indicado para o controle de gramíneas e
ervas daninhas de folhas largas nas diferentes culturas na região Nordeste.
Entretanto, a contaminação de ecossistemas aquáticos por agrotóxicos, mesmo
em baixas concentrações, é um fato preocupante, por colocar em risco
diversas espécies de organismos aquáticos, provocando sérios danos às
moléculas de DNA, tanto nos processos de duplicação como de transcrição
gênica, induzindo efeitos que podem ter ação imediata, ocasionando morte, ou
tardiamente, causando mutações que poderão se manifestar após várias
gerações. A utilização de sistemas biológicos capazes de detectar tais efeitos é
de suma importância. Moluscos da espécie Biomphalaria glabrata vem sedo
utilizados em trabalhos de monitoramento ambiental por serem bons
bioindicadores, possuirem um curto ciclo de desenvolvimento, reproduzirem-
se com facilidade e possuírem baixo custo de manutenção laboratorial. O teste
de micronúcleo e alterações nucleares têm se mostrado um ótimo meio de
identificação dos efeitos de genotoxicidade.
Objetivos:
Quantificar o número de células hemocitárias, e a frequência de alterações
celulares como micronúcleos, células binucleadas e apoptose, em hemolinfa
de Biomphalaria glabrata expostos ao herbicida Oxifluorfen.
Métodos:
Este trabalho não se faz necessário a aprovação do comitê de ética, por se
tratar de um experimento com animal invertebrado. Moluscos da espécie B.
glabrata foram expostos ao herbicida Oxifluorfen nas concentrações de 0,125;
e 0,5 ppm, durante 48 horas. Um grupo controle com apenas água foi
submetido às mesmas condições dos grupos expostos. Após a exposição, 100
µL da hemolinfa dos moluscos foram coletadas em lâminas de microscopia,
em seguida foi acrescentada a mesma quantidade de EDTA. Após esse
procedimento, cada lâmina foi colocada por 30 minutos em câmara úmida.
Passado este tempo, as células foram fixadas com 200 µL gluteraldeído. Em
seguida as lâminas foram enxaguadas com Ringer, coradas com Giemsa e
analisadas no microscópio óptico.
Resultados:
O número total de hemócitos de B. glabrata expostos e não expostos ao
herbicida oxifluorfen foi de 4.300 células para dose de 0 (controle água),
2.921 células para dose de 0.125 ppm e 3.846 células para dose de 0.5 ppm.
Quanto às alterações nucleares sofridas pelas células pode verificar que a
frequência de MNs, binucleação e apoptose celular ampliaram com o aumento
da concentração de Oxifluorfen. Somando as três alterações verificou-se os
seguintes valores 0,046 % (controle); 0,513 e 7,722% para as concentrações
de 0,125 e 0,5 respectivamente.
Conclusão:
A análise dos resultados evidencia que o herbicida Oxifluorfen, nas
concentrações de 0,125 e 0,5 ppm, interferiu no número de hemócitos de B.
glabrata diminuindo sua produção, bem como causando surgimento de
micronúcleo, células binucleadas e apoptose celular sugestivo de alta
toxicidade. Hemócitos mostraram-se sensíveis a ação do herbicida testado.
Este ensaio colabora para o início da padronização da utilização dos
hemócitos de B. glabrata como um bioindicador ambiental da ação de agentes
genotóxicos.
Apoio Financeiro:
PIBIC/CNPq – UFPE
Gerado em: 2014-5-22 10:09:09
10.072 - DERIVADOS 2-AMINO-TIOFENOS COMO POTENCIAIS
AGENTES ANTI-Leishmania: EFEITOS SOBRE Leishmania
amazonensis
Rodrigues, K. A. F. , Rocha, J. C. , Dias, C. N. S. , Neris, P. L. N. , De
Lima, M. C. A., Oliveira, T. B. , Mendonca-Junior, F. J. B. , Moura, R. O.
, Oliveira, M. R. ,
1PpPNSB-CBiotec - UFPB 2Programa de Pós-Graduação em Biologia
Molecular - UFPB 3Laboratório de Síntese e Vetorização de Moléculas -
UEPB
Introdução:
As leishmanioses compreendem um espectro de doenças infecciosas causadas
por parasitos do gênero Leishmania, que são responsáveis por altas taxas de
morbidade e mortalidade em todo o mundo. A terapêutica atual é limitada,
com alto potencial para resistência, de custo elevado e com graves efeitos
colaterais, necessitando a descoberta de novos fármacos mais eficazes, mais
acessíveis e seguros para o paciente. Uma nova abordagem na busca de
agentes quimioterápicos mais baratos e menos tóxicos é o screening de novas
substâncias sintéticas ou de origem natural. Nesse contexto, os derivados 2-
amino-tiofenos, que são uma importante classe de heterocíclicos, têm ganhado
atenção pelas suas diversas propriedades farmacológicas como anti-
inflamatória, antitumoral, antibacteriana, antifúngica, dentre outros, tornando
essas moléculas atraentes para outras atividades como a anti-Leishmania
Objetivos:
Avaliar a atividade anti-Leishmania de 10 derivados 2-amino-tiofenos
(representados pelas siglas SB-44, SB-83, SB-200, SB-80, SB-81, SB-63, SB-
68, 6CN01, 6CN09 e 6CN10) sobre formas promastigotas de L. amazonensis
e a citotoxicidade frente à macrófagos peritoneais murinos
Métodos:
CEUA Nº 0312/12 - CBiotec/UFPB Neste trabalho foram utilizados
macrófagos de camundongos Swiss (20-30g), machos e/ou fêmeas de 6 a 8
semanas de vida. Para avaliação da atividade anti-Leishmania, formas
promastigotas de L. amazonensis foram cultivadas em meio Schneider (1x106
células/mL) na ausência (controle) ou presença de diferentes concentrações
das substâncias-teste por 72h a 26ºC e foi avaliado o crescimento e viabilidade
por microscopia óptica. Na determinação da citotoxicidade sobre macrófagos
peritoneais murinos, foi utilizado o método colorimétrico do brometo de 3-
[4,5-dimetiltiazol-2-il]-2,5-difeniltetrazolio (MTT), no qual os macrófagos
foram expostos a diferentes concentrações das substâncias por 24h, depois
adicionado MTT na concentração de 5mg/mL e realizada a leitura em
espectrofotômetro a 550nm.
Resultados:
Todos os derivados 2-amino-tiofenos mostraram atividade in vitro sobre
promastigotas de L. amazonensis, com concentrações inibitórias de 50% do
parasito (CI50) de 187,1μM (6CN10), 88μM (6CN09), 61,5μM (6CN01),
139,44μM (SB-80), 164,66μM (SB-68), 189,3μM (SB-63), 49,12μM (SB-81),
3,65μM (SB-200), 7,37μM (SB-44) e 3,37μM (SB-83). Os compostos SB-
200, SB-44 e SB-83, mais efetivos, apresentam um anel indólico terminal, que
pode estar envolvido no incremento da atividade anti-Leishmania. Em
comparação, os compostos da série 6CN apresentam um grupamento amino-
benzilideno, que parece está envolvido numa atividade intermediária. Na
avaliação da citotoxicidade, todas as moléculas demonstraram menor
toxicidade aos macrófagos do que ao parasito, com concentrações citotóxicas
em 50% dos macrófagos e índice de seletividade (CC50/IS) de
228,86μM/1,22 (6CN10), 211,43μM/2,4 (6CN09), 141,1μM/2,29 (6CN01),
540,44μM/3,87 (SB-80), 438,46μM/2,66 (SB-68), 721,76μM/3,81 (SB-63),
196,01μM/3,99 (SB-81), 32,02μM/8,77 (SB-200), 49,08μM/6,65 (SB-44) e
113,4μM/33,64 (SB-83). As moléculas com anel indólico também
apresentaram os melhores índices de seletividade, sendo, portanto, as mais
promissoras e escolhidas para os futuros estudos sobre a forma amastigota e
de mecanismos de ação da atividade anti-Leishmania.
Conclusão:
Os derivados 2-amino-tiofenos apresentam atividade anti-Leishmania in vitro,
demonstrando uma potencialidade na terapêutica das leishmanioses.
Apoio Financeiro:
Gerado em: 2014-5-22 10:09:43
10.073 - AVALIAÇÃO DA TOXICIDADE AGUDA DA ASSOCIAÇÃO
DE NANOPARTICULAS DE ÓXIDO DE CÉRIO E ÓXIDO DE ZINCO
Xavier, A. L. , Keyson, D. , Sampaio, F. C. , Albuquerque, A. J. R. ,
Farias, . I. A. P. , Santos, C. C. L. , Gonzaga, J. C. O. , Brito, M. T. ,
Sousa, A. G. , Sobral, M. V. ,
Departamento de Farmácia - UFPB Departamento de Química - UFPB
Departamento de Biotecnologia - UFPB
Introdução:
Nanopartículas de óxidos de metais têm sido amplamente utilizados em
indústria química, indústrias relacionadas a semicondutores, a indústria em
cosméticos e na biomedicina (Química de (nano) materiais. Química Nova, v.
30, n. 6, p. 1469, 2007.), contudo existem poucas informações a respeito
dessas partículas tanto do ponto de vista farmacológico quanto toxicológico.
Objetivos:
Avaliar a toxicidade oral aguda associação de nanoparticulas de óxido de
cério e óxido de zinco em camundongos.
Métodos:
CEPA Nº 0812/10 O ensaio toxicológico agudo foi realizado em
camundongos fêmeas (Mus Musculus), pesando entre 28 - 32 g, com 8
semanas de vida, utilizando-se uma dose única de 2000 mg/kg (v.o., n = 5) de
acordo com o protocolo experimental número 415 da OECD (2001). O
experimento foi aprovado pelo comitê de ética em pesquisa animal
(CEUA/CBiotec) sob nº 0812/10. Comportamento geral, efeitos adversos e
mortalidade foram avaliados ao longo de 14 dias. Foram avaliados ainda: peso
corporal, consumo de água e ração, parâmetros hematológicos, parâmetros
bioquímicos e índices de órgãos (coração, fígado, rins, baço e timo).Os
resultados obtidos foram expressos como média ± erro padrão da média
(SEM) e analisados pelo teste t de Student não pareado, com pós-teste de
Mann-Whitney. Os resultados foram considerados significativos quando
p < 0,05.
Resultados:
Não foram observadas mortes nem alterações comportamentais nos animais
tratados no estudo após administração da amostra. Não houve alteração
significativa no consumo de água, no entanto observou-se uma redução
significativa no consumo de ração pelos animais tratados com a amostra em
estudo (48,1 ± 5,07 g), quando comparados ao grupo controle (69,8 ± 3,79 g),
redução esta não considerada clinicamente relevante uma vez que não levou a
uma alteração significativa no peso dos animais, mesmo após 14 dias de
observação. Também não foram observadas diferenças significativas nos
parâmetros bioquímicos analisados. Em relação à avaliação hematológica,
houve aumento na contagem de leucócitos totais no grupo tratado com com
associação de nanoparticulas de óxido de cério e óxido de zinco (6,6 ± 0,7
103/mm3), em relação do grupo controle (3,7 ± 0,7 103/mm3), no entanto a
contagem total de leucócitos, em ambos os grupos, se manteve dentro dos
parâmetros normais para camundongos (Animal Models in Toxicology 2nd
ed; p. 815 ; 2007.).Não foram observadas alterações significativas no índice
dos órgãos.
Conclusão:
O estudo de toxicidade aguda da associação de nanopartículas de óxido de
cério e óxido de zinco demonstrou uma baixa toxicidade oral da substância
quando administrada a camundongos.
Apoio Financeiro:
CNPq e CAPES.
Gerado em: 2014-5-22 10:09:43
10.074 - ATIVIDADE LARVICIDA DO USNATO DE POTÁSSIO
SOBRE O AEDES AEGYPTI
Silva, R. C. S. , Albuquerque, B. N. L. , Navarro, D. M. A. F. , Martins,
M. C. B. , Silva, N. H. ,
Bioquímica - UFPE Química Fundamental - UFPE
Introdução:
O mosquito Aedes aegypti é o principal vetor de doenças virais como dengue
e febre amarela. A dengue ocorre em mais de 100 países e segundo a
Organização mundial de saúde cerca de 2,5 bilhões de pessoas estão sob risco
de contrair a doença. O uso de inseticidas químicos têm sido a forma mais
frequente de combate, porém a resistência à estes tem despertado para a busca
de novos compostos. O ácido úsnico é um composto liquênico já descrito por
apresentar atividade contra larvas de A. aegypti, porém a sua solubilização em
água depende do uso de solventes orgânicos, o que torna difícil a sua
aplicabilidade pela população.
Objetivos:
Avaliar o efeito do sal usnato de potássio, obtido através da modificação do
ácido úsnico isolado da Cladonia substella Vainio (Líquen).
Métodos:
Náo se aplica. nao foi utilizado animais nos experimentos O ácido único
(USN) foi obtido através de extrações sucessivas com éter dietílico em
Soxhlet a 40 °C por 16 h. o extrato foi filtrado e concentrado até a secura em
rotaevaporador acoplado a banho maria 40 °C. Para purificação o extrato foi
fracionado em coluna de sílica gel (70-230 porosidade) eluída com
clorofórmio:hexano (80:20 v/v). Para obtenção do usnato de potássio, o USN
(500 mg) foi parcialmente dissolvido em água destilada a 40 °C (40 mL), em
seguida uma solução de hidróxido de potássio (KOH 10%), previamente
preparada foi adicionada (2 mL) até a completa solubilidade do USN. O USN
purificado foi confirmado através de RMN H1 e o usnato foi analisado através
de Infravermelho. Os ensaios larvicidas sobre A. aegypti foram feitos a partir
de uma solução estoque de 100 ppm preparada com 0,005 g do usnato de
potássio dissolvido em 50 mL de água e em seguida foram feitas diluições
para obtenção das demais concentrações. Foram testadas concentrações
preliminares, e em seguida as concentrações de 1,4, 1,2, 1,0, 0,8 e 0,4 ppm
foram estabelecidas para o cálculo da concentração letal média (CL50). Foram
utilizadas 20 larvas para cada teste e realizadas quatro repetições por
concentração. A mortalidade das larvas foi avaliada após 24 e 48h e foi
analisada pelo teste de Probit, através do programa StatPlus2008.
Resultados:
O RMN H1 e o IV mostram os seguintes resultados para o USN purificado e
usnato, respectivamente: RMN H1 (300 MHz, DMSO-d6) δH (H; mult.; int.):
1,73 (3H; s, CH3-13), 2,08 (3H; s, CH3-16), 2,64 (3H; s, CH3-15), 2,65 (3H;
s, CH3-18), 5,92 (1H; s, C-4-H), 11,04 (1H; s, C-10-OH), 13,29 (1H; s, C-8-
OH), 18,89 (1H; s, C-3-OH). IV (KBr): 3454, 2982, 2929, 1687, 1631, 1540,
1480, 1460, 1382, 1330, 1291, 1240, 1140, 1188, 1136, 1073, 1038, 980, 940,
880, 840, 820, 770, 730, 700 cm-1. Os ensaios larvicidas mostraram que após
48 h, a mortalidade das larvas foi de 88,6%, 77,2%, 71,9%, 56,4% e 8,3%
para as concentrações de 1,4, 1,2, 1,0, 0,8 e 0,4 ppm, respectivamente. A
CL50 de 0,76 ppm foi obtida para as larvas do A. aegypti.
Conclusão:
Esse resultado sugere que o usnato de potássio pode ser utilizado como um
promissor agente larvicida, além de auxiliar futuros estudos para elaboração
de compostos sintéticos úteis no controle de larvas do mosquito transmissor
da dengue e febre amarela.
Apoio Financeiro:
CNPq, CAPES, FACEPE
Gerado em: 2014-5-22 10:09:43
10.075 - Envolvimento das prostaglandinas no efeito gastroprotetor do
extrato de folhas de Caryocar coriaceum Wittm.
Sousa, S. D. G. , Kerntofp, M. R. , Lacerda Neto, L. J., Ramos, A. G. B. ,
Morais, L. P. , Matos, D. F. , Sousa, D. G. , Barbosa, R. , Sales, V. S. ,
Meneses, I. R. A. ,
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS - URCA
Introdução:
As úlceras pépticas atingem cerca de 10 % da população mundial, sendo os
agentes causadores das lesões o H+ e a pepsina. A principal defesa contra
estes é uma barreira física formada por muco, bicarbonato e fosfolipídeos
surfactantes que recobrem a camada superficial. Esta barreira sofre grande
influencia da ação das prostaglandinas, principalmente PGE2. Alguns anti-
inflamatórios não esteroidais, a exemplo da indometacina, são utilizados como
indutores de lesão gástrica, por inibirem a cicloxigenase (COX) e impedirem
assim a síntese de prostaglandinas. Uma fonte para buscar novas substancias
ativas e mais eficazes no tratamento de tais afecções é a biodiversidade, na
qual encontramos o Caryocar coriaceum, espécie típica do cerrado e de
ocorrência na Chapada do Araripe, que é utilizado popularmente para
tratamento de gripes, resfriados, bronquites, controle de tumores e tem
comprovada atividade anti-inflamatória e antibacteriana.
Objetivos:
Verificar a participação das prostaglandinas no efeito gastroprotetor do extrato
hidroalcoólico das folhas de Caryocar coriaceum (EHFCC) e determinar a
ação do extrato em relação à produção de muco.
Métodos:
01/2011 Foram utilizados camundongos Swiss (Mus musculos) de ambos os
sexos (n =6), com idade média entre 100 e 120 dias (20-30 g), autorizado pelo
Comitê de Experimentação e Uso de Animais da Universidade Regional do
Cariri CEUA/URCA, sob o número de protocolo 01/2011. Foram realizados
testes de indução de lesão gástrica por etanol e indometacina, mensurado por
método de pontuação, também realizados experimentos para verificação do
efeito de barreia promovido pelo EHFCC, além da participação das
prostaglandinas e a influencia do extrato na secreção de muco, utilizando
Alcian Blue. Os dados foram expressos em valores de média ± erro padrão da
média. A diferença entre os grupos foi avaliada pela análise de variância de
uma via (ANOVA). Quando o valor de F foi significativo, comparações post
hoc foram feitas pelo teste de Newman-Keuls.
Resultados:
Notou-se que a dose de 100 mg/kg do EHFCC foi mais eficiente em relação a
gastroproteção diante das lesões induzidas por indometacina e etanol, com
redução de 69,43%. O teste de barreira física revelou uma diminuição de
80,97% para administração intraperitoneal em relação ao grupo salina. O
inibidor não específico das COXs, antes da aplicação de misoprostol e
EHFCC, resultaram em valores com média de 19,28 ± 1,98 e 20,67 ± 0,99,
respectivamente. O misoprostol e o EHFCC via intraperitoneal e oral
apresentaram aumento da produção de muco em 291% e 184% se comparado
ao grupo salina, respectivamente.
Conclusão:
As lesões induzidas por indometacina resultam tanto por ação tópica, como
pelo bloqueio da síntese das prostaglandinas pela inibição das COX, sendo a
redução das lesões explicada pelos polifenois, taninos e flavonoides presentes
no extrato. O teste de barreira física evidenciou uma maior proteção do extrato
pela administração intraperitoneal devido a um aumento da biodisponibilidade
dos seus componentes. A reversão parcial dos efeitos protetores promovida
pela indometacina indica o envolvimento das prostaglandinas no mecanismo
utilizado pelo EHFCC, e o aumento da produção de muco supõe o possível
envolvimento de receptores EP3.
Apoio Financeiro:
Funcap
Gerado em: 2014-5-22 10:09:43
10.076 - Atividade antimicrobiana do Extrato da Buchenavia tetraphylla
frente isolados clínicos de Staphylococcus aureus
Filho, J. R. N. C. , Cordeiro, B. M. P. C. , Arruda, F. V. F. , Silva, M. V. ,
Baptista, N. M. Q. , Silva, T. F. , Gusmão, N. B. , Silva, L. C. N. , Correia,
M. T. . S. ,
Antibioticos - UFPE Bioquimica e Fisiologia - FACIPE Departamento de
Biologia - UK
Introdução:
Staphylococcus aureus é considerado um dos principais patógenos causadores
de inúmeras manifestações clínicas que compreendem: infecções em
ferimentos, pneumonias, endocardites e até septicemias, sendo importante a
busca de novas fontes de moléculas bioativas anti-S. aureus. Buchenavia
tetraphylla (Combretaceae) é uma espécie neotropical, distribuída desde Cuba
ao Rio de Janeiro, sendo uma planta etnomedicinal utilizada por comunidades
tradicionais da região Nordeste do Brasil.
Objetivos:
Neste contexto, o objetivo des trabalho foi avaliar atividade antimicrobiana de
extratos obtidos de folhas de B. tetraphylla frente a isolados clínicos recentes
de S. aureus.
Métodos:
Folhas de B. tetraphylla foram coletados no Parque do Camtimbau (Buíque,
Pernambuco, Brasil) foram secas, moídas através do equipamento Macsalab
mil (Model 200 LAB). O material obtido (25g) foi misturado com hexano
(100 mL) e submetido à agitação constante em mesa agitadora com rotação de
125 rpm, durante 72 horas em temperatura de 25° C. Em seguida, o extrato foi
filtrado e o sobrenadante foi rotaevaporado, o resíduo foi misturado em 100
mL de cada um dos seguintes solventes em ordem sequencial: clorofórmio,
acetato de etila e mentanol. O resíduo de cada solvente foi dissolvido em
dimetilsulfóxido e armazenado (4° C). A atividade antimicrobiana foi
determinada pela determinação das Concentrações Mínima Inibitória (CMI) e
Mínima Bactericida (CMB) (método de microdiluição) contra a linhagem
padrão de S. aureus (UFPEDA02), e cepas clínicas recentes. Resazurina
(0,01%) foi utilizada como indicador do crescimento bacteriano.
Resultados:
Todos os extratos apresentaram ação anti-S. aureus. Os valores de CMI para a
linhagem UFPEDA02, foram de 1,25 mg/mL, 5 mg/mL, 2,5 mg/mL e 5
mg/mL; e CMB de 2,5 mg/mL, >5mg/mL, 5mg/mL e >5 mg/mL,
respectivamente para metanol, hexano, clorofórmio e acetato de etila. Para as
linhagens clínicas o extrato metanólico obteve CMI variando de 0,01953125
mg/mL a 2,5 mg/mL e CMB de 0,078125 mg/mL a 5mg/mL. Os valores de
CMI do extrato hexânico variaram de 0,15625 mg/mL a 5mg/mL, e os de
CMB de 0,3125 mg/mL a >5 mg/mL. Para o extrato clorofórmico observou-se
uma variação de 0,0390625 mg/mL a 2,5 mg/mL (CMI) e de 0,078125
mg/mL a >5 mg/mL (CMB). Por fim, o extrato de acetato de etila no extrato o
CMI foi de 0,0390625 mg/mL a 5mg/mL e CMB de 0,15625 mg/mL a >
5mg/mL. Dos quatros extratos testados o metanólico foi mais ativo para a
maioria das linhagens, apresentando um maior potencial bactericida (Relação
CMB/CMI entre 1 e 4), seguido pelo extrato acetato de etila. Utilizando o
Coeficiente de Correlação de Pearson (ρ) foi possível observar que o extrato
metanólico não apresentou correlação significativa (ρ= 0,05) com os índices
de Múltipla Resistência à antibióticos (MAR; Multiple antibiotic resistance),
sugerindo que a ação do mesmo foi independente do perfil de resistência das
linhagens estudadas. Adicionalmente, foi encontrada uma correlação
moderada negativa entre os valores de CMI (ρ= -0,45) do extrato metanólico e
cloramfenicol, indicando que o mesmo foi ativo para as linhagens mais
resistentes à ação da droga.
Conclusão:
O metanólico da B. tetraphylla apresentou os melhores resultados, mostrando-
se ativo contra linhagens multirresistentes de S. aureus, e representando uma
alternativa sustentável na utilização dos recursos naturais da Caatinga como
fonte de moléculas para o tratamento de infecções causadas por este micro-
organismo.
Apoio Financeiro:
Capes, FACEPE e CNPQ
Gerado em: 2014-5-22 10:09:43
10.077 - AVALIAÇÃO DA GENOTOXICIDADE DO
TRACHYLOBANO-360, UM POTENCIAL AGENTE
ANTITUMORAL.
Abrantes, R.A., Pita, J. C. L. R. , Fernandes, I. G. , Xavier, A. L. , Batista,
T. M. , Mangueira, V. M. , Tavares, J. F. , Silva, M. S. , Santos, S. G. ,
Branco, M. V. S. C. ,
Departamento de Ciências Farmacêuticas - UFPB
Introdução:
O trachylobano-360 (T-360), um diterpeno isolado de Xylopia langsdorffiana
St. Hil. & Tul. (Annonaceae), apresenta importantes atividades
farmacológicas: espasmolítica (Nat. Prod. Res. 26: 2335, 2012) e antitumoral
sem causar alterações em parâmetros bioquímicos, hematológicos e
histopatológicos que frequentemente estão associadas ao uso clínico de
antineoplásicos (Molecules. 17: 9573, 2012). Além disso, no desenvolvimento
de novos medicamentos, os estudos de genotoxicidade desempenham um
papel importante já que substâncias genotóxicas causam dano ao material
genético podendo levar a mutações críticas e, portanto, a um aumento do risco
de câncer e outras doenças (J. Ethnopharmacol. 122: 136, 2009).
Objetivos:
Diante disto, o objetivo deste trabalho foi avaliar o potencial genotóxico do T-
360, utilizando o ensaio do micronúcleo in vivo.
Métodos:
CEUA N° 1009/12 Todos os procedimentos experimentais foram analisados e
previamente aprovados pelo Comitê de Ética em Uso de Animais do
CBiotec/UFPB (CEUA), sob a certidão Nº 1009/12. O ensaio do micronúcleo
em camundongos foi realizado de acordo com o OECD “Guidelines for
testing of chemicals” n. 474. Para isso, grupos de 5 camundongos Swiss (Mus
musculus), fêmeas, pesando entre 28 e 32 g, com faixa etária de 60 dias,
foram tratadas intraperitonealmente (i.p.) com três diferentes doses do T-360
(25, 150 e 300 mg/kg). Os grupos controles positivo (ciclofosfamida – 50
mg/kg) e negativo (0,5% de Tween 80) foram incluídos. Após 48 horas, os
animais foram anestesiados com tiopental sódico (50 mg/kg), e o sangue
periférico foi coletado pelo plexo orbital para a produção das distensões
sanguíneas. Depois de secas, as lâminas foram coradas com a coloração
panótica para análise em microscopia de luz. Para cada animal, três distensões
foram preparadas e um mínimo de 2.000 eritrócitos foram contados para
determinação da frequência de eritrócitos micronucleados. Os resultados
obtidos foram expressos como média ± erro padrão da média (e.p.m.) e
analisados empregando-se o teste de análise de variância (ANOVA) one-way
seguido do teste de Bonferroni (para variáveis paramétricas). Os resultados
foram considerados significativos quando p < 0,05.
Resultados:
O tratamento dos animais com as doses 25 (2,59 ± 0,19), 150 (3,27 ± 0,99) e
300 (2,95 ± 0,56) mg/kg do T-360 (i.p.) não induziu aumento na frequência de
eritrócitos micronuclados no sangue periférico quando comparados ao grupo
controle (2,92 ± 0,43).
Conclusão:
O T-360 não foi capaz de provocar lesões cromossômicas, não apresentando
ações clastogênicas nem aneugênicas. Dessa forma, o T-360 se mostra como
uma droga de baixa toxicidade, contribuindo para sua aplicabilidade
farmacológica.
Apoio Financeiro:
CNPq
Gerado em: 2014-5-22 10:09:43
10.078 - AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTILEUCÊMICA DO
COMPOSTO SINTÉTICO DNT 18
Dantas, B. B. , Coulidiati, T. H. , Faheina-martins, G. V. , Peixoto, R. F. ,
Vasconcellos, M. L. A. , Silva, F. P. L. , Araujo, D. A. M. ,
Departamento de Biotecnologia - UFPB Departamento de Química -
UFPB
Introdução:
O câncer tornou-se uma das principais causas de morte do mundo. Em
paralelo ao avanço dessa patologia, houve um avanço na química medicinal
que permite a síntese de uma variedade de compostos, favorecendo a busca
por novas estruturas com rico potencial terapêutico. A síntese de derivados do
núcleo tetraidropirano (DNT) vem recebendo atenção, considerando a ampla
atividade biológica dessas estruturas já descritas, tais como, efeito antibiótico,
analgésico e antitumoral.
Objetivos:
O objetivo desse estudo foi avaliar o efeito antileucêmico do composto inédito
DNT 18.
Métodos:
Protocolo de aprovação pelo CEP/HULW nº 655/10, folha de rosto n° 378119
Após o tratamento com o composto DNT 18 (3-100 µM) por 24 e 72h, a
viabilidade celular de células leucêmicas (K562, HL-60 e cultura primária de
células humanas de leucemia mieloide crônica), bem como de células não-
cancerígenas (L929 e células mononucleares de sangue humano periférico) foi
analisada pelo ensaio de redução do MTT e de captação de vermelho neutro
(CNV). Em seguida, avaliou-se, por citometria de fluxo, a capacidade do
composto DNT 18 (2,5-13 µM) induzir alterações moleculares associadas a
características de morte celular, nas linhagens HL-60 e K562.
Resultados:
O composto DNT 18 induziu um potente efeito citotóxico de forma não
seletiva e dose-dependente. Para a linhagem HL-60, os valores de CI50 foram
12,54 ± 4,5 e 14,94 ± 5,4 µM respectivamente, para os tempos de 24 e 72h e
para a linhagem K562, os valores de CI50 foram 8,97 ± 4,1 e 29,07 ± 4,9 µM;
respectivamente, para os tempos de 24 e 72h. Na linhagem de leucemia
mieloide aguda (HL-60), este composto induziu fragmentação do DNA
(30%), despolarização do potencial transmembrânico mitocondrial (15%), não
estimulou a produção de espécies reativas de oxigênio e desencadeou
externalização da fosfatidilserina associada a danos na membrana plasmática
(14%). Na linhagem de leucêmia mieloide crônica (K562), o composto
induziu fragmentação do DNA (10%) e parada do ciclo celular na fase G1
(15%), mas não foi capaz de alterar as demais características analisadas.
Conclusão:
O composto DNT 18 possui um potente efeito citotóxico, desencadeando
morte celular por apoptose na linhagem HL-60 e efeito citostático na
linhagem K562.
Apoio Financeiro:
CNPq e CAPES
Gerado em: 2014-5-22 10:09:43
10.079 - ESTUDOS PRELIMINARES DO EFEITO
VASORRELAXANTE DO LIOFILIZADO DO SUCO DA Syzygium
jambolanum (Lam) EM RATOS
Assis, K. S. , Goncalves, I. G. A. , Azevedo, F. L. A. A. , Almeida, M. M. ,
Silva, T. A. F. , Maciel, P. M. P. , Assis, V. L. , Machado, N. T. ,
Fernandes, L. F. , Medeiros, I. A. ,
Ciências Farmacêuticas - UFPB
Introdução:
Vários estudos epidemiológicos têm sugerido uma associação entre dietas
ricas em polifenóis e menor risco de doenças cardiovasculares.
Objetivos:
O objetivo deste trabalho foi avaliar os efeitos cardiovasculares induzidos pelo
liofilizado do suco da fruta Syzygium jambolanum (Lam) (LSFSJ).
Métodos:
Comissão de ética no uso de animal; nº 1405/13. Foram utilizadas abordagens
in vivo (medida direta da pressão arterial e frequência cardíaca de ratos não
anestesiados) e in vitro (medida da tensão isométrica em anéis de artéria
mesentérica superior) utilizando ratos Wistar (12 a 14 semanas, 250 - 300 g).
Foi realizada a análise fitoquímica do LSFSJ para a determinação de taninos,
saponinas, esteroides, alcaloides e flavonoides.
Resultados:
O LSFSJ apresentou alto teor de polifenóis (988,55 ± 5,41 mg de ác. Gal/100
g) e presença de esteroides e flavonoides. O LSFSJ (10; 30 e 50 mg/kg,
intravenoso) induziu hipotensão seguida de taquicardia. Em anéis de artéria
mesentérica superior pré-contraídos com fenilefrina (FEN) (1 μM), o LSFSJ
(10 - 10000 µg/mL) induziu relaxamento dependente de concentração na
presença e ausência do endotélio funcional, sem diferença significativa no
efeito máximo (Emáx = 110,72 ± 3,30 % e 115,79 ± 2,88 %, respectivamente)
e na concentração da substância que induz 50% de seu Emáx (CE50 =
1183,94 ± 149,40 µg/mL e 1694,55 ± 242,16 µg/mL; n = 7 e 6,
respectivamente), sugerindo que a resposta induzida pelo LSFSJ parece ser
independente dos fatores liberados pelo endotélio vascular. Para investigar o
envolvimento dos canais para potássio utilizou-se solução de tyrode com 20
mM de KCl (KCl 20) ou Cloreto tetraetilamônio (TEA) (1, 3 ou 5 mM). A
resposta induzida pelo LSFSJ foi significativamente atenuada na contração
induzida por KCl 20 (Emáx = 103,72 ± 2,66 %; CE50 = 2864,80 ± 341,95
µg/mL; n = 5) e na presença de TEA nas concentrações de 1 mM (Emáx =
80,29 ± 10,03 %; n = 6); 3 mM (Emáx = 59,30 ± 4,55 %; n = 8) e 5 mM
(Emáx = 11,36 ± 2,95 %; n = 7). Para investigar os subtipos de canais para
potássio envolvidos na resposta foram utilizados: 4-aminopiridina, bloqueador
seletivo dos canais para K+ dependentes de voltagem (KV), glibenclamida (10
µM), bloqueador seletivo dos canais para K+ sensíveis ao ATP (KATP),
BaCl2 (30 µM), bloqueador seletivo dos canais para K+ retificadores de
entrada (KIR) e iberiotoxina (100 nM), bloqueador seletivo dos canais de K+
de grande condutância ativados por cálcio (BKCa). A resposta induzida pelo
LSFSJ foi significativamente atenuada na presença de 4-aminopiridina (Emáx
= 34,26 ± 7,35 %; n = 5) ou glibenclamida (Emáx = 87,71 ± 2,96 %; n = 7).
Na presença de BaCl2 (CE50 = 2953,71 ± 457,20 µg/mL; n = 7) ou
iberiotoxina (CE50 = 2318,16 ± 138,31 µg/mL; n = 6) teve sua potência
significativamente reduzida. Na contração induzida por solução despolarizante
de tyrode com 60 mM de KCl ou por ácido 3-piridinacarboxilico-1,4-diidro-
2,6-dimetil-5-nitro-4-[2-(trifluorometil)fenil]-metil ester (S(-) Bay K8644)
(100 nM), ativador de canais para cálcio sensíveis à voltagem do tipo L (CaV
1.2), a resposta induzida pelo LSFSJ foi significativamente menor (Emáx =
38,43 ± 3,65 e 31,83 ± 16,01 %, respectivamente, n = 6 ) do que aquela
observada nas contrações induzidas por FEN.
Conclusão:
Estes resultados sugerem que o LSFSJ induz hipotensão e vasorrelaxamento,
por mecanismo não totalmente esclarecido que leva à ativação de canais Kv,
KATP, KIR e BKCa. Estudos adicionais são necessários para esclarecer o
mecanismo envolvido na resposta do LSFSJ.
Apoio Financeiro:
CNPq e CAPES.
Gerado em: 2014-5-22 10:09:43
10.080 - AVALIAÇÃO DO EFEITO DA PECTINA PRESENTE NA
FARINHA DA CASCA DO MARACUJÁ AMARELO (PASSIFLORA
EDULIS F. FLAVICARPA DEG.) SOBRE O CONTROLE DO
DIABETES MELLITUS TIPO 2
Queiroz, M. S. R. , Janebro, D. I. , Santos, S. C. ,
BIOTECNOLOGIA - RENORBIO FARMÁCIA - UFPB
Introdução:
As fibras alimentares podem ser classificadas por duas propriedades de
solubilidade em água sendo denominada fibra solúvel e fibra insolúvel. As
solúveis formam misturas de consistência viscosa (presença de géis), sendo
estas compostas por pectinas, gomas, mucilagens, algumas hemiceluloses e
polissacarídeos modificados. À pectina é atribuído o efeito de retardar o
esvaziamento gástrico e diminuir o incremento da área sob a curva de
tolerância à glicose contribuindo assim para o controle da glicose pós
prandial.
Objetivos:
Avaliar o efeito da pectina presente na farinha da casca do maracujá amarelo
(Passiflora edulis f. flavicarpa Deg.) no controle do Diabetes Mellitus tipo 2
(DMT2).
Métodos:
A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) da
Universidade Estadual da Paraíba (nº 0146.0.133.000-07) e tratou-se de um
ensaio clínico fase II transversal e intervencionista realizado em usuários do
Programa de Hipertensão e Diabetes Mellitus da Prefeitura Municipal de
Campina Grande. A seleção seguiu critérios da American Diabetic
Association, sendo incluídas 60 pessoas (36 mulheres e 24 homens), com
idade entre 57 e 73 anos. Destes 43 voluntários permaneceram até o final do
experimento, cada um deles serviu como seu próprio controle. O estudo foi
realizado antes (T0), durante T30 a T60 dias e após (três meses) da
suplementação diária de 30g farinha da casca do maracujá amarelo (Passiflora
edulis f. flavicarpa Deg.). Os parâmetros avaliados foram: glicemia de jejum,
insulina, índice HOMA, hemoglobina glicada (HbA1c) e frações lipídicas. A
análise estatística descritiva dos dados foi realizada utilizando-se os
programas Epi-Info, nas versões 6.04 e 3.4 e SPSS versão 14, aplicando-se o
teste t de Student pareado. Para todos os testes estatísticos realizados
considerou-se o intervalo de confiança de 95%, nível de significância 5% (p ≤
0,05) e os resultados foram relatados como Média ± DP.
Resultados:
Com relação à glicemia de jejum, observou-se uma diminuição
estatisticamente significante (p = 0,000) após a suplementação. Esta redução
foi observada nas primeiras quatro semanas do estudo (p = 0,000). A HbA1c
também apresentou diferença (p = 0,032), acompanhando a redução nos
valores médios da glicemia em jejum. Quanto aos teores de colesterol total e
LDL-c através do teste t para amostras independentes, aos 30 e 60 dias do
ensaio clínico, não foi verificado diferença estatística significante. Enquanto,
que ao ser comparado os valores médios basais dos triglicerídeos (TG)
(211,98 ± 119,31), observou-se redução dessa variável, após o término do
estudo (161,21 ± 91,09). Na avaliação do índice HOMA RI, foi visto que,
mesmo após a suplementação, os valores de insulina se mantiveram
constantes (p > 0,05) enquanto HOMA RI mostrou níveis reduzidos com
diferença significativa (p = 0,005) aos 60 dias do estudo. O HOMA Beta
apresentou médias mais elevadas durante todo o ensaio com valores de p =
0,001 e p = 0,000, respectivamente.
Conclusão:
A ingestão da pectina através do consumo diário da farinha da casca do
maracujá amarelo (Passiflora edulis f. flavicarpa Deg.), ou de outro alimento
rico neste tipo de fibra sugere efeito favorável na sensibilidade à insulina e no
controle de lipídeos. Diante dos resultados obtidos é um desafio elaborar
produtos funcionais com propriedade de saúde capazes de contribuir para o
tratamento do DMT2 consequentemente das Doenças Cardiovasculares.
Apoio Financeiro:
Gerado em: 2014-5-22 10:09:43
10.081 - AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE DO EXTRATO ETANÓLICO
BRUTO DAS CASCAS DE Cnidoscolus quercifolius Pohl.
(EUPHORBIACEAE) EM CAMUNDONGOS COM METÁSTASES DE
SARCOMA-180.
Silva, M. G. , Lavor, E. M. , Santos, O. G. N., Cavalcanti, I. M. L. ,
Oliveira, V. R. , Almeida, J. R. G. S. , Mendes, R. L. ,
Colegiado de Ciências Farmacêuticas - UNIVASF
Introdução:
Câncer pode ser entendido como uma condição anormal dos processos
homeostáticos relacionados à proliferação, diferenciação, quiescência celular
e apoptose. A capacidade da célula cancerosa de se transportar para outros
locais e originar um tumor secundário chama-se metástase, que é tida como
mal prognóstico. Nessa perspectiva, vários agentes naturais e sintéticos que
possuem propriedades antitumorais são propostos para redução ou inibição do
crescimento tumoral. Devido à presença de compostos bioativos, vários
produtos naturais têm demonstrado efeito antitumoral, revelando-se assim,
como uma importante alternativa terapêutica.
Objetivos:
Investigar o efeito do extrato etanólico bruto de Cnidoscolus quercifolius
(EEB-Cq) em camundongos com metástases de Sarcoma-180.
Métodos:
nº 0012/040713 Utilizou-se 25 camundongos fêmeas da espécie Mus
musculus, com 6 semanas de idade e peso entre 25 e 30 gramas, divididos em
cinco grupos experimentais: Grupo 1: Controle normal - recebeu apenas o
veículo; Grupo 2: Controle negativo - recebeu o veículo durante os sete dias
posteriores a inoculação do tumor; Os grupos 3,4 e 5 foram tratados
respectivamente com as doses de 100, 200 e 400mg/kg do EEB-Cq 24h após a
indução das metástases, durante 7 dias. Durante os dias de tratamento, os
animais foram pesados diariamente, assim como a água e a ração consumida
nos grupos. No oitavo dia, os animais foram anestesiados, o sangue foi
recolhido e processado para contagem da série leucocitária. Órgãos como o
coração, pâncreas, estômago, baço, fígado, pulmão e os rins foram retirados e
pesados, processados para análise histopatológica. Os dados foram plotados
no programa estatístico GraphPad Prism® 5, pelo teste ANOVA seguidos por
teste t de student, considerando as diferenças significativas quando p<0,05.
Resultados:
A partir do estudo observou-se macroscopicamente a presença de metástases
pulmonares nos animais submetidos a inoculação. A partir da avaliação
ponderal notou-se que não houve redução estatisticamente significativa dos
pesos dos animais assim como do consumo de água e ração de todos os grupos
tratados. Considerando os valores de media ± e.p.m dos parâmetros
hematológicos observou-se um aumento de linfócitos (95.00 ± 0.7071) e
neutrófilos (4.000 ± 0.7071) nos grupos 2 e 5 se comparados com o controle
normal respectivamente (90.40 ± 1.077 e 9.600 ± 1.077). As análises
demonstraram ainda um aumento de monócitos (4.000 ± 1.354) no grupo
tratado coma dose de 100 mg/Kg quando comparado ao grupo controle
negativo (1.000 ± 0.3162).
Conclusão:
A partir das análises realizadas pode-se observar que o tratamento não
interferiu na avaliação ponderal dos animais. A contagem diferencial revelou
presença de células leucocitárias, majoritariamente de linfócitos, nos grupos
tratados, o que se pode alvitrar que o extrato pode agir de modo a estimular ou
potencializar a ação das células de defesa contra o tumor metastático.
Apoio Financeiro:
CNPq, UNIVASF.
Gerado em: 2014-5-22 10:09:43
10.082 - DESENVOLVIMENTO DE FILTRO SOLAR ORGÂNICO A
PARTIR DO ÁCIDO SULFANÍLICO Santos, M. C. S.1; Santos, V. L.
A.1; Gonsalves, A. A.1; Araújo, C. R. M.1. 1- Colegiado de Ciências
Farmacêuticas, UNIVASF, Petrolina-PE.
Santos, M. C. S. , Gonsalves, A. A. , Anjos, V. L. S. , Araújo, C. R. M. ,
Colegiado de Ciências Farmacêuticas - UNIVASF
Introdução:
A neoplasia de pele é tratada no Brasil pelo Ministério da Saúde (MS) como
um problema de saúde pública, em razão do elevado número de casos deste
tipo de câncer no país. Dentre os fatores de riscos que estão associados ao
câncer de pele, a Radiação Ultravioleta (RUV) é considerada o principal,
diante disto, o uso diário de protetor solar (PS) é recomendo como medida de
prevenção. Os PSs são qualquer preparação cosmética designada ao uso
tópico na pele humana com finalidade principal ou exclusiva de proteger
contra a RUV. Sendo os filtros solares (FS) os constituintes dos PSs que
podem refletir, dispersar ou absorver a radiação UVA e UVB, as mais nocivas
a pele humana. De acordo com a RDC nº 47 de 16 de março de 2006 da
ANVISA há apenas 38 FS que podem fazer parte das formulações
fotoprotetoras. Ao observar a estrutura molecular dos fotoprotetores orgânicos
é possível notar que se trata de compostos com um ou dois anéis aromáticos
substituídos ou não. Diante disso, o presente projeto propõe a síntese do ácido
2-hidroxi-5-((4-sulfofenil)diazenil)benzóico (1), um diazo aromático, que
apresenta substituintes comuns aos fotoprotetores orgânicos, e em seguida,
será avaliada a sua capacidade fotoprotetora in vitro.
Objetivos:
O presente trabalho pretende sintetizar o ácido 2-hidroxi-5-((4-
sulfofenil)diazenil)benzóico (1) e em seguida, determina o se Fator de
Proteção Solar UVB (FPS-UVB) in vitro.
Métodos:
Os tesfes de fotoproteção foram realizados in vitro. O ácido 2-hidroxi-5-((4-
sulfofenil)diazenil)benzóico (1) foi obtido através do azoacoplamento entre
sal de diazônio do ácido sulfanílico e o ácido salicílico, em meio básico. Em
seguida, o seu FPS-UVB foi determinado utilizando o método
espectrofotométrico in vitro desenvolvido por Mansur e colaboradores (An.
Bras. Dermatol., 61, 167, 1986). Inicialmente foram preparadas soluções
etanólicas de (1) nas concentrações de 0,5 e 0,3 mmol/L. As soluções tiveram
suas absorbâncias determinadas na faixa de 260 a 400 nm, com intervalos de 5
nm, sendo usado etanol absoluto como branco. Cada experimento foi
realizado em triplicata, e por fim, o FPS-UVB foi determinado empregando-se
a seguinte equação: FPS = FC • S 290320 EE(l) • I(l) • Abs(l).
Resultados:
O ácido 2-hidroxi-5-((4-sulfofenil)diazenil)benzóico foi obtido da reação de
acoplamento azo entre o ácido sulfanílico e o ácido salicílico com 60% de
rendimento. O produto da reação (1) apresentou melhor absorção na região do
UVB (290-320 nm) do que na região UVA (320-400 nm). O FPS-UVB do
azocomposto (1) nas concentrações de 0,5 e 0,3 mmol/L foram 27,97±0,71 e
14,28±0,87, respectivamente, valores superiores ao determinado pela
ANVISA (FPS de 6,0).
Conclusão:
O ácido 2-hidroxi-5-((4-sulfofenil)diazenil)benzóico foi sintetizado e o
mesmo se mostrou uma molécula promissora, visto que, o FPS-UVB exibido
nas concentrações de 0,5 e 0,3 mmol/L estão acima do mínimo aceitável pela
ANVISA.
Apoio Financeiro:
: UNIVASF e CNPq.
Gerado em: 2014-5-22 10:09:43
10.083 - Efeito cardiodepressor do β-citronelol em preparações atriais
isoladas de ratos
Veras, H. R. F. , Nobrega, F. C. , De Siqueira, R. J. B. , Magalhaes, P. J.
C. ,
Departamento de Fisiologia e Farmacologia - UFC
Introdução:
β-Citronelol (BCT), monoterpeno acíclico, é encontrado no óleo de citronela,
termo que denomina óleo essencial obtido de espécies de plantas aromáticas
do gênero Cymbopogon, várias delas utilizadas na medicina popular como
anti-hipertensivas. BCT produz efeito hipotensor quando administrado a ratos
normotensos, porém o possível envolvimento cardíaco nesse efeito ainda não
foi esclarecido.
Objetivos:
Avaliar em preparações atriais isoladas se BCT produz efeito cardíaco direto.
Métodos:
28/2012 Após eutanásia, o átrio esquerdo ou direito de ratos Wistar foi
rapidamente dissecado e isolado em placa contendo solução Krebs-Henseilet
resfriada (4 ºC). Cada átrio foi acomodado em câmara preenchida com
solução de Krebs-Henseilet (pH 7,4, 37ºC, aerado continuamente com 5%
CO2/95% O2). Ao átrio direito foi permitido o registro dos batimentos
espontâneos, enquanto que o átrio esquerdo foi estimulado eletricamente (5V;
frequência de pulso: 5 Hz; duração do pulso: 0,5 ms). Alterações na tensão
contrátil gerada pelas preparações foram registradas isometricamente
utilizando transdutor de força (ML870B60/CV, AD Instruments, Austrália)
ligado a sistema de aquisição de dados (PowerLabTM 8/30 Instruments, AD).
Foi estabelecido um período de estabilização de 30 min para todas as
preparações atriais mantidas em tensão basal de 0,5 g. Curvas concentração-
efeito cumulativas (0,1uM – 1000uM) do BCT foram construídas para
estabelecer seus efeitos nos comportamentos inotrópico (átrio esquerdo) e
cronotrópico (átrio direito) na ausência e na presença de atropina (1 ou 10
µM). Curvas concentração-efeito cumulativas de isoproterenol (0,01 nM –
100 nM) ou Ca2+ (3 – 5 mM) foram construídas em ausência e presença de
BCT (200 ou 600 µM).
Resultados:
A adição de BCT (0,1 µM – 1000 µM) causou efeito cronotrópico negativo no
átrio direito, estatisticamente significativo a partir da concentração de 100 µM
com redução máxima de 45,3 ± 18,8% da frequência cardíaca basal na maior
concentração (1000 µM) empregada (p<0,05; One Way ANOVA, teste de
Dunn; n = 6). No átrio esquerdo, BCT reduziu significativamente a amplitude
de contração a partir da concentração de 1 µM (10,7 ± 1,9%; p<0,05; one Way
ANOVA, Holm-Sidak; n = 6) e efeito máximo de 44,6 ± 5,7% da amplitude
basal na maior concentração (1000 µM). A estimulação β-adrenérgica
induzida pelo isoproterenol provocou aumento tanto da frequência (Emax de
81,1 ± 12,9%; n = 6) quanto da amplitude (Emax de 113,8 ± 16,5%, n = 6) de
contração atrial. Esses efeitos estimuladores cardíacos não foram alterados de
maneira significativa em presença de 200 µM de BCT (p > 0,05; two way
ANOVA, Holm-Sidak; n = 6). O pré-tratamento com BCT (200 µM ou 600
µM) não alterou o incremento da amplitude de contração promovido pela
elevação da concentração extracelular de Ca2+ (Emax de 49,3 ± 5,8%; n = 6)
em preparações atriais esquerdas (p > 0,05; one way ANOVA). Os efeitos
cronotrópico e inotrópico negativos induzidos pelo BCT (0,1 µM – 1000 µM)
não foram significativamente modificados (p > 0,05; two way ANOVA,
Holm-Sidak) em presença de atropina (1 e 10 µM).
Conclusão:
BCT exerce efeito cardiodepressor reduzindo a frequência e a amplitude da
atividade cardíaca atrial. Não há envolvimento de estimulação colinérgica
muscarínica ou inibição beta-adrenérgica nos efeitos cardiodepressores
induzidos pelo BCT. Além disso, o BCT não interfere no efeito inotrópico
positivo induzido pelo aumento nos níveis extracelulares de Ca2+.
Apoio Financeiro:
Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq
Gerado em: 2014-5-22 11:30:09
10.084 - AÇÕES VASCULARES DE CARVACROL ENVOLVEM
MECANISMOS DE AÇÃO DISTINTOS EM ANIMAIS
NORMOTENSOS E ANIMAIS COM HIPERTENSÃO ESSENCIAL:
UM FOCO PARA OS CANAIS TRP
Reis, M. R. , Albuquerque, J. , Simoes, L. O. , Alves, Q. L. , Ferreira, J.
M. , Silva DF,
Departamento de Biorregulação - UFBA
Introdução:
Carvacrol, um monoterpeno fenólico, é um produto natural isolado de óleos
essenciais de várias plantas utilizadas na medicina alternativa e apresenta
ações previamente descritas em alguns canais TRP, do inglês “Transient
Receptor Potential”.
Objetivos:
Investigar as diferenças entre o efeito vasodilatador induzido por carvacrol em
ratos normotensos Wistar-Kyoto (WKY) e ratos espontaneamente hipertensos
(SHR), comparando o envolvimento dos canais potencial receptor transiente
(TRP) nestas respostas.
Métodos:
CEUA/UFBA nº 012/2011 Os animais WKY e SHR(machos; peso entre 250-
300g; e com 13-16 semanas de idade) foram eutanasiados de acordo com as
normas do CEUA/UFBA nº 012/2011. Ensaios in vitro foram realizados com
anéis de artéria mesentérica superior isolados (1-2mm), suspensos por linhas
de algodão para o registro das tensões isométricas em solução fisiológica de
Tyrode, a 37ºC, aerados com uma mistura de 95% de O2 e 5% de CO2 e
submetidos a uma tensão constante de 0,75g. Análises estatísticas foram feitas
utilizando teste t de Student ou análise de variância one-way (ANOVA)
seguido de teste de Bonferroni, quando apropriado.
Resultados:
Em anéis de artéria mesentérica pré-contraídos com fenilefrina (FEN, 1 uM) e
na ausência do endotélio funcional, carvacrol (10-8 – 10-3M) induziu
relaxamento dependente de concentração (pD2 = 4,64 ± 0,09; Emáx= 127,70
± 6,97 %; N=8) e este efeito não foi alterado estatisticamente quando
comparado com o efeito de carvacrol em animais SHR (pD2= 4,9 ± 0,1;
Emáx= 112,80 ± 5,39 %; N=9), sugerindo que carvacrol induz vasodilatação
independente das alterações fisiopatológicas existentes entre estes animais.
Em preparações pré-incubadas com vermelho de rutênio (10-5 M, inibidor
não-seletivo de canais TRP), a curva concentração resposta do carvacrol não
foi modificada significantemente, não havendo alteração na potência nem
eficácia de carvacrol (pD2 = 4,36 ± 0,07; Emáx= 116,93 ± 5,17%; N=7)
quando comparado ao controle na ausência do inibidor. Este resultado foi
semelhante ao observado em animais SHR, onde a presença deste inibidor
também não alterou a resposta mediada por carvacrol (pD2 = 5,17 ± 0,07;
Emáx= 115,59 ± 7,28%; N=6). Entretanto, na presença de outros inibidores de
canais TRP, os íons lantânio (10-4 M), gadolínio (10-4 M) e magnésio (2
mM), o efeito vasodilatador do monoterpeno foi alterado significantemente
em relação ao controle sem os inibidores, com mudança significante na
potência farmacológica de carvacrol (pD2 = 4,8 ± 0,1; N=5, p<0.05; pD2=
4,20 ± 0,09; N=6, p<0.01; pD2= 3,97 ± 0,07; N=7, p<0,001;
respectivamente). Estes resultados foram diferentes dos obtidos em animais
SHR, onde a presença destes inibidores não alterou a curva concentração
resposta induzida por carvacrol (pD2 = 4,8 ± 0,1; N=8; pD2 = 4,69 ± 0,10;
N=10; pD2 = 4,90 ± 0,03; N=6; respectivamente).
Conclusão:
Os efeitos vasculares induzidos por carvacrol em animais WKY
provavelmente envolvem a participação de canais TRP sensíveis aos íons
lantânio, gadolínio e magnésio, porém, estes efeitos não foram observados em
animais SHR, sugerindo que há diferenças no padrão de resposta
farmacológica do carvacrol em animais hipertensos quando comparados a
animais normotensos, o que pode ser decorrente das alterações funcionais dos
canais TRP envolvidos na fisiopatologia da hipertensão.
Apoio Financeiro:
Fundação de amparo à pesquisa do estadoda Bahia - FAPESB e CNPq.
Gerado em: 2014-5-22 11:30:09
10.085 - Avaliação da atividade citotóxica in vitro de Novo Heterociclo 4-
amino-pirimidínico 2-6-Bissubstituído
Rocha, T. A. , Lira, M. A. C. , Nunes, A. B. , Falcao, E. P. S. , Silva, N. H.
,
Departamento de Bioquímica - UFPE Departamento de Biologia - UFPE
Introdução:
Os compostos Pirimidínicos apresentam uma grande variedade de atividades
biológicas descritas na literatura tais como atividade antiinflamatória,
antineoplásicas dentre outras. Em geral, compostos contendo este heterocíclo
constituído de seis membros que contém dois átomos de nitrogênio estão
largamente distribuídos na natureza, fazendo parte de estruturas químicas
fundamentais para a vida. A busca de novos compostos pirimidínicos com
relevantes propriedades biológicas e farmacológicas é a meta principal da
presente pesquisa.
Objetivos:
Este trabalho descreve a síntese e a avaliação da atividade citotóxica de um
novo composto 4-amino-2-(cloro-fenil)-6-(p-etox-fenil)-5-carbonitrila-
pirmidina.
Métodos:
Este trabalho não necessita da aprovação do comitê de ética pois não utiliza
experimentação animal ou humana O composto foi produzido a partir de
reações consecutivas, principiando com o p-etox-benzaldeído que reagiu com
malononitrila. A bisnitrila resultante reage, em metanol, a temperatura de
refluxo com a benzamidina em presença de quantidades catalíticas de
trietilamina. A reação foi acompanhada por cromatografia em camada delgada
(CCD) e o composto pirimidínico resultante foi recristalizado em metanol. A
atividade citotóxica foi determinada através do método colorimétrico do MTT
sendo utilizadas as linhagens celulares K562 (leucemia mielocitica crônica) e
HEp-2 (derivadas de tumor primário de laringe humana) sendo 105células/mL
(HEp-2) e 0,3x106células/mL (K562). O material foi distribuído em placas de
cultura com 96 poços e incubadas a 37ºC, em atmosfera úmida (5% de CO2),
durante 24h.
Resultados:
O composto pirimidínico é cristalino e estável. Sua pureza foi avaliada por
cromatografia em camada delgada (n-hexano/acetato de etila, 8:2 v/v) e
apresentou um rendimento satisfatório de 63 %. O seu ponto de fusão foi
determinado Pf= 204-207ºC, sendo sua estrutura confirmada através de
espectrometria de massas, RMN-H1, espectrometria em Infravermelho. O
composto não apresentou atividade citotóxica frente às linhagens celulares
HEp-2 e K562, apresentando uma porcentagem de inibição abaixo de 70%,
sendo assim a CI50 não foi determinada.
Conclusão:
Os dados espectrais e os ensaios de atividade citotóxica demonstraram que o
composto não apresentou toxidez nas condições de ensaio. A abordagem
sintética utilizada apresentou bons resultados e a baixa atividade citotóxica
pode indicar baixa toxidez in vivo o que é interessante para futuros ensaios
farmacológico.
Apoio Financeiro:
A Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia do Estado de Pernambuco -
FACEPE, pelo suporte financeiro.
Gerado em: 2014-5-22 11:30:09
10.086 - EFEITO PROTETOR DA N-ACETILCISTEÍNA NOS
EVENTOS INFLAMATÓRIOS E FUNCIONAIS DA
ESTEATOHEPATITE EXPERIMENTAL INDUZIDA POR
IRINOTECANO
Lopes, C. D. H. , Aragao, K. S. , Leal, R. M. L. V. , Júnior, R. C. P. L. ,
Almeida, P. R. C. , Pereira, V. B. M. , Ribeiro, R. A. ,
Serviço de Cirurgia Gastrointestinal - ICC Departamento de Fisiologia e
Farmacologia - UFC Departamento de Patologia e Medicina Legal - UFC
Introdução:
O câncer colorretal (CCR) é um dos mais comuns tumores malignos
atualmente. Na evolução natural da doença, o fígado é o principal sítio de
metástases. Regimes à base de irinotecano (IRI) têm sido utilizados no
tratamento do CCR metastático, permitindo muitas vezes a conversão de
metástases hepáticas irressecáveis em ressecáveis. Contudo, tais regimes estão
associados ao surgimento de esteatohepatite (STH) não alcoólica (NASH),
muitas vezes limitante do tratamento. A patogênese da STH por IRI ainda é
desconhecida. Recentemente, nosso grupo desenvolveu um modelo inédito de
STH induzida por IRI em camundongos no qual a participação de IL-1, iNOS
e receptor Toll-4 foi evidenciada. N-acetilcisteína (NAC) é um derivado
acetilado da L-cisteína que apresenta na sua estrutura química o grupo
sulfidrila(-SH), o qual pode reagir e neutralizar radicais livres, além de
restabelecer os protetores celulares do estresse oxidativo, como a glutationa.
NAC é utilizada na prática clínica para o tratamento da lesão hepática
induzida por paracetamol.
Objetivos:
Avaliar o efeito protetor da NAC sobre a STH induzida por IRI.
Métodos:
21/2012 Camundongos Swiss machos (25g, n=8) receberam salina (5 mL/Kg,
i.p), NAC (1000 mg/Kg, s.c), IRI (50 mg/Kg, i.p) ou NAC (10, 100 ou
1000mg/Kg)+IRI 3x/semana/7semanas. Avaliou-se a variação ponderal e a
sobrevida. Ao final do tratamento, o sangue foi coletado para dosagem sérica
de ALT e AST (U/L) e realizou-se o sacrifício dos animais para coleta do
fígado e pesagem (mg/30g de animal), análise histopatológica de acordo com
os Critérios de Kleiner para NASH(inflamação lobular[0-3],esteatose[0-3] e
vacuolização[0-3]), mensuração da atividade da citocina Interleucina-1 (IL-
1β, pg/mL), e ensaio imunoistoquímico (IMQ) para IL-1β e Óxido Nítrico
Sintase induzida (iNOS). Na análise estatística utilizou-se ANOVA/Student
Newman Keul ou Kruskal Wallis/Dunn. Um nível de significância menor que
5% foi aceito (p<0,05). (CEPA 21/12).
Resultados:
O IRI induziu uma significativa (p<0,05) redução de sobrevida (44%), um
marcante aumento das concentrações séricas de ALT (48,99±13,4), AST
(90,55±19,7), da citocina IL1-β (288,5±35,86), do peso do fígado
(1814±159,3) e aumento dos escores de Kleiner [5,5 (4 - 7)] vs o grupo salina
(sobrevida: 100%; ALT: 17,31±5,2; AST: 44,58±5,4; citocina IL1-β
(104±36,9); peso hepático: 1425±39,5; Kleiner: 0(0-0). Tais alterações, foram
prevenidas (p<0,05) pelo tratamento com NAC. NAC aumentou a sobrevida
de animais injetados com IRI (10 mg/kg: 90%; 100 mg/kg: 80%). NAC 10
mg/Kg preveniu a elevação das enzimas ALT: 26,95±7 e AST: 56,42±4,8;
NAC (10mg/Kg e 1000mg/Kg) inibiram o aumento da citocina IL-1 em
(152±23,92 e 149±17,21, respectivamente); NAC (10mg/Kg e 100mg/Kg)
reverteram o aumento do peso hepático (1375±68,2 e 1467±28,6,
respectivamente) e NAC 10mg/Kg reverteu o aumento dos escores de Kleiner:
2[1-4]) vs o grupo IRI. Na IMQ do grupo IRI, observou-se um significativo
aumento da imunomarcação para IL-1(3[1-3]), iNOS(3[3-3]) quando
comparado ao grupo salina (IL-1: 0[0-1]; iNOS: 1[1-2]; NAC na dose de
10mg/Kg previne o aumento da imunomarcação (IL-1: 1[1-1]; iNOS: 2[1-2]
vs o grupo IRI.
Conclusão:
NAC na dose de 10mg/kg previne as alterações dos parâmetros clínicos,
histopatológicos, bioquímicos e inflamatórios no modelo de NASH induzida
por IRI. Estudos adicionais estão sendo realizados para identificar os
mecanismos envolvidos nessa proteção.
Apoio Financeiro:
CNPq, CAPES, FUNCAP.
Gerado em: 2014-5-22 11:30:09
10.087 - EFEITO DO ÁCIDO ÚSNICO PURIFICADO DE Cladonia
substellata (AHTI) SOBRE O DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO
EM FÊMEAS WISTAR.
Silva, C. R. , Oliveira, A. P. , Rocha, A. C. , Ferreira, D. K. S. , Aguiar, G.
M. , Sena, N. S. , Santos, K. R. P. , Santos, N. P. S. , Barroso, . M. C. M. ,
Silva, N. H. ,
Departamento de Bioquímica - UFPE Departamento de Biotecnologia e
Fármacos - UFPE
Introdução:
Diversas propriedades são relatadas para o ácido úsnico (USN), como:
antiviral, antimicrobiana, antiinflamatória, antitumoral, antioxidante e
cicatrizante. Quando comparado às pesquisas científicas relacionadas à
toxicidade as publicações de artigos científicos não acompanharam o ritmo de
pesquisas como a de atividades biológicas, com isso não elucidando o
potencial tóxico que esses produtos podem desenvolver no organismo. De
acordo com a ANVISA, ensaios pré-clínicos sobre o ciclo reprodutivo são
necessários para novas moléculas, pois determina situações que pode
ocasionar potenciais riscos para a reprodução humana de ordem maior, menor
ou igual a aquelas visualizadas em modelos experimentais.
Objetivos:
Esse estudo teve o objetivo de investigar o potencial toxicológico do (USN)
purificado e isolado de C. substellata (ATHI) em ratas Wistar no período da
organogênese.
Métodos:
nº 23076.029828/2013-94 Os protocolos experimentais foram aprovados pelo
Comitê de Ética da UFPE (nº 23076.029828/2013-94). Foram utilizados 27
ratos com 90 dias e pesando 300 g. 18 fêmeas foram submetidas ao estudo do
ciclo estral no intuito de se determinar o período fértil. Em seguida foram
pareadas com 9 machos (2:1), após a confirmação da gestação, foram
distribuídas aleatoriamente nos grupos controle (n=6), tratado I (n=6) e tratado
II (n=6). As do grupo controle receberam solução fisiológica e as dos grupos
tratados receberam o (USN) purificado nas doses de 15 e 25mg/kg,
respectivamente. Ao 20° dia as fêmeas foram sacrificadas por overdose de
anestésico Urethame (1,25g/kg). O peso dos fetos e suas placentas foram
mensurados. As implantações foram identificadas por Lugol.
Resultados:
Nas fêmeas tratadas com o (USN) purificado nas doses de 25 e 15mg/kg o
número de reabsorções foi maior 5±1,0 e 3,5±0,5, respectivamente quando
comparado com o grupo controle 1,1±0,4. Foi observada uma redução no
número de feto viáveis 8±1,4 e 10±1,0 nas fêmeas tratadas com o (USN)
purificado nas doses de 25 e 15mg/kg, respectivamente quando comparado
com o grupo controle 12± 0,51 e redução no peso corporal dos fetos onde o
controle apresentou 5,7± 0,3 e 3,5±0,1 e 4,1±0,1 para os tratamentos com 25 e
15mg/kg, respectivamente. Na dose de 25mg/kg os fetos apresentaram
alterações morfológicas como exposição do globo ocular, presença de uma
massa celular na região superior do feto e atrofia dos membros superiores e
inferiores, essas alterações não foram observadas na dose de 15mg/kg.
Conclusão:
O modelo experimental utilizado no presente estudo demonstrou que o
composto apresentou toxicidade no período da organogênese onde a dose mais
tóxica foi a de 25mg/kg. A dose de 15mg/kg é uma candidata a novos
experimentos. Estes estudos revelam a importância de se avaliar os efeitos
tóxicos de substâncias naturais a fim de elucidar os cuidados na sua utilização
ou indicação com potencial fármaco.
Apoio Financeiro:
FACEPE
Gerado em: 2014-5-22 11:30:09
10.088 - EFEITO DA LECTINA DE TESTA DE Punica granatum L. NO
CRESCIMENTO E SOBREVIVÊNCIA DE ESPÉCIES DE Candida
Silva, P. M. , Barros, L. C. P. B. , Gomes, F. S. , Paiva, P. M. G. ,
Departamento de Bioquímica - UFPE
Introdução:
Lectinas são proteínas hemaglutinantes que ligam carboidratos livres ou
imobilizados na superfície celular. A interação das lectinas a carboidratos e
glicoconjugados presentes na parede celular de fungos pode promover efeitos
deletérios no crescimento e sobrevivência dos mesmos. A romãzeira (Punica
granatum L.) é uma espécie frutífera pertencente à família Lythraceae que é
bastante utilizada pela medicina popular contra diversos tipos de infecções
que acometem a cavidade oral. Espécies do gênero Candida são
frequentemente encontradas na cavidade bucal e a busca por novos agentes
anti-Candida tem crescido devido ao desenvolvimento de resistência aos
agentes antifúngicos atualmente utilizados.
Objetivos:
Avaliar o efeito da lectina isolada da testa de P. granatum (PgTeL) contra
Candida albicans, C. krusei, C. parapsilosis, C. pelliculosa e C. tropicalis.
Métodos:
O experimento não envolveu testes com animais e humanos. Sementes de
romã foram passadas em peneira de plástico e a testa (90 mL) foi misturada a
NaCl 0,15 M (10 mL). O extrato salino da testa foi tratado com sulfato de
amônio (30% de saturação) e a fração sobrenadante 30% (FS30%) foi
submetida à coluna cromatográfica de quitina equilibrada com NaCl 0,15 M.
PgTeL foi eluída com ácido acético 1,0 M e dialisada contra água destilada e
NaCl 0,15 M. PgteL foi avaliada quanto a dosagem protéica e atividade
hemaglutinante (AH) bem como foram definidas as concentrações mínima
inibitória (CMI, concentração que inibiu em 50% ou mais o crescimento) e
mínima fungicida (CMF, menor concentração que causa morte do fungo).
Resultados:
PgTeL (AH específica: 19.430; 3,5 mg de proteína; fator de purificação:
1.061) foi agente fungistático e fungicida contra C. albicans (CMI e CMF de
22 µg/mL) e C. parapsilosis (CMI 9 µg/mL e CMF de 75 µg/mL). PgTeL não
apresentou atividade antifúngica contra C. krusei, C. pelliculosa e C.
tropicalis.
Conclusão:
A lectina da testa de P.granatum (PgTeL), isolada por cromatografia em
coluna de quitina em quantidades miligramas, foi agente fungicida contra duas
espécies de Candida. Os valores de CMI de PgteL (9 e 22 µg/mL) indicam
potencial para uso como antifúngico, uma vez que são menores que os valores
considerados de relevância clínica (entre 64 e 100 µg/mL).
Apoio Financeiro:
CAPES, CNPq, FACEPE e MCTI.
Gerado em: 2014-5-22 11:30:09
10.089 - AVALIAÇÃO GENOTÓXICA DE ÓLEOS ESSENCIAIS DE
SACATINGA (Croton argyrophylloides Mull. Arg.) PELO TESTE DE
MUTAÇÃO E RECOMBINAÇÃO SOMÁTICA.
Alves, M. V. , Cardoso, M. N. , Valadares, B. L. B. ,
Departamento de Biologia - UFS
Introdução:
Estudos etnobotânicos realizados em regiões da caatinga revelam diversas
aplicações de Croton argyrophylloides Mull. Arg. no tratamento de várias
doenças, entre elas disfunções do sistema respiratório, diabetes, distúrbios do
trato gastrintestinal e infecções fúngicas.
Objetivos:
Devido a sua ampla utilização e ausência de estudos relacionados a possíveis
efeitos genotóxicos, o objetivo desse trabalho foi verificar a presença de tais
efeitos.
Métodos:
Como disposto na a Lei nº 11.794, de 2008, define-se ‘Animal: qualquer
vertebrado vivo não humano, das espécies classificadas no filo Chordata,
subfilo Vertebrata’. De acordo com o disposto, o presente trabalho não
necessita da autorização e/ou quaisquer documentação do Comitê de Ética. A
avaliação de genotoxicidade foi realizada através do Teste para Detecção de
Mutação e Recombinação Somática (SMART) de asas de Drosophila
melanogaster, no qual larvas de terceiro estágio resultantes dos cruzamentos
padrão (ST) e de alta bioativação metabólica (HB) foram tratadas com
diferentes concentrações (0,5; 0,125; 0,03125 mg/mL) do óleo essencial
diluído de C. argyrophylloides. Os cruzamentos ST e HB foram realizados
simultaneamente, de modo que posteriormente, as larvas obtidas de ambos os
cruzamentos fossem tratadas sob idênticas condições.
Resultados:
Os resultados obtidos com os dois diferentes cruzamentos foram bastante
similares, e em ambos não foram observados efeitos mutagênicos ou
recombinogênicos. Sob as condições experimentais, o SMART de asas de D.
melanogaster não detectou efeitos genotóxicos por parte dos compostos
presentes no óleo essencial de sacatinga, mesmo metabolizado pelas enzimas
do citocromo P450.
Conclusão:
A partir dos resultados obtidos, juntamente com suas diversas propriedades
descritas na literatura, nota-se que esse composto apresenta diversos fatores
favoráveis ao desenvolvimento de novos fármacos, necessitando de mais
estudos específicos, incluindo uma possível atividade anti-genotóxica.
Apoio Financeiro:
Gerado em: 2014-5-22 11:30:09
10.090 - Efeito vasorrelaxante do extrato e frações da casca do caule de
Platonia insignis Mart. em aorta isolada de rato
Carvalho, E. F. , Martins, H. B. , Silva, N. C. B. , Costa, I. C. G. , Chaves,
M. H. , Santos, R. F. , Oliveira, A. P. , Oliveira, R. C. M. ,
Núcleo de Pesquisa em Plantas Medicinais - UFPI Departamento de
Química - UFPI
Introdução:
Platonia insignis Mart. (Clusiaceae), conhecida como bacurizeiro é uma
espécie arbórea da região Norte e Nordeste, utilizada na alimentação e como
medicinal. Estudos relatam que a espécie possui diferentes fitoquímicos,
muitos dos quais possuem propriedades antioxidantes (Food Res. Intern. 44:
2072, 2011).
Objetivos:
Investigar o efeito vasorrelaxante do extrato e frações da casca do caule de P.
insignis Mart. em aorta isolada de rato.
Métodos:
008/2012 Os protocolos foram aprovados pelo Comitê de Ética em
Experimentação Animal da UFPI (008/12). Ratos Wistar (250-350 g),
machos, com 8 a 12 semanas de idade, mantidos em ciclo claro-escuro de 12
horas, temperatura de 24 ± 1º C e livre acesso à alimentação e água. Após
eutanásia (100 mg/kg, i.p. de tiopental sódico), a artéria aorta torácica foi
seccionada em anéis (2-3 mm) livres de tecido conectivo e adiposo, que foram
incubados a 37° C em solução de Krebs Normal (pH 7,4) aerados com
carbogênio (95% O2, 5% CO2), suspensos por linhas de algodão e fixados a
transdutores de força acoplados a um sistema de aquisição (AQCAD/AVS
Projetos), para registro das tensões isométricas. As preparações foram
estabilizadas por 60 min, sob tensão de repouso de 1 g. Renovou-se a solução
nutritiva a cada 15 min, para prevenir a interferência de metabólitos. Após
estabilização (1,0 gf, 1h), verificou-se a integridade do endotélio vascular,
pela adição de acetilcolina (10-6 M) sobre contração com fenilefrina (10-6
M), considerando sua ausência (E-) em relaxamento inferior a 10% e sua
presença (E+) quando deste superior a 50%. Durante a fase tônica de uma
segunda resposta ao agonista, o extrato etanólico (Pi-EtOH) e frações aquosa
(Pi-AQ) e acetato de etila (Pi-AcOEt) de P. insignis Mart. foram adicionados
cumulativamente à cuba (0,1 a 1000 µg/mL). O relaxamento foi expresso
como a percentagem reversa da contração induzida por fenilefrina. Para
comparações entre médias, foi usado o teste t de Student não-pareado,
considerando significantes valores de *p<0,05 e **p<0,001(GraphPad Prism,
5.03).
Resultados:
O extrato Pi-EtOH apresentou efeito vasorrelaxante dependente de endotélio
e de concentração em anéis de aorta pré-contraídos com fenilefrina 10-6 M
(E+: pD2 = 4,69 ± 0,47, n=4; E-: pD2 = 3,05 ± 0,07*, n=3;), sem atingir o
efeito máximo. A fração Pi-AcOEt apresentou efeito vasorrelaxante
dependente de endotélio e de concentração em anéis aórticos pré-contraídos
por fenilefrina 10-6 M (E+: pD2 = 2,68 ± 0,07, n=4; E-: pD2 = 4,66 ± 0,82**,
n=3;). A fração Pi-AQ não apresentou efeito vasorrelaxante em anéis de aorta
pré-contraídas por fenilefrina 10-6 M (n=6).
Conclusão:
Os resultados obtidos indicam o que o extrato Pi-EtOH e a fração Pi-AcOEt
apresentaram efeito vasorrelaxante dependente de endotélio sobre contrações
induzidas por fenilefrina (10-6 M) em anéis de artéria aorta torácica isolada de
ratos sugerindo que a casca do caule da espécie objeto de estudo têm
metabólitos especiais, responsáveis pelo efeito evidenciado.
Apoio Financeiro:
CAPES;FAPEPI;CNPq
Gerado em: 2014-5-22 11:30:09
10.091 - SÍNTESE DE AZOCOMPOSTO DERIVADO DO ÁCIDO
SALICÍLICO E POSTERIOR AVALIAÇÃO in vitro DA ATIVIDADE
FOTOPROTETORA
Santos, V. L. A. , Santos, M. C. S. , Bastos, M. D. M. , Gonsalves, A. A. ,
Araujo, C. R. M. ,
Colegiado de Ciências Farmacêuticas - UNIVASF
Introdução:
Dentre as radiações emitidas pelo sol, a mais nociva é a radiação ultravioleta
(RUV), devido ao seu alto poder energético. O uso de protetores solares
tornou-se uma necessidade, uma vez que estes funcionam como medida de
prevenção contra os efeitos deletérios da radiação solar. Os filtros solares
orgânicos são compostos por moléculas capazes de absorver e converter a
RUV em uma energia de menor intensidade, o que reduz os danos na pele
humana. Estes são principalmente compostos aromáticos com grupos
carboxílicos apresentando, em geral, grupos retiradores de elétrons e
moléculas que apresentam sistemas de duplas conjugadas. Azocompostos são
caracterizados por uma dupla ligação entre os nitrogênios (R–N=N–R) e
podem ser preparados através de reações de azoacoplamento. Esta reação
possibilita a formação de estendidos sistemas de duplas conjugadas o que
potencializa a absorção da radiação, sendo considerado, o uso destes
compostos como filtros solares orgânicos.
Objetivos:
Diante do exposto, o presente trabalho pretende sintetizar a Salazosulfamida
(AZ) e posteriormente determinar in vitro o seu Fator de Proteção Solar UVB
(FPS-UVB).
Métodos:
Não foram realizados experimentação em animais nem em humanos. A AZ foi
obtida através da reação de azoacoplamento entre o sal de diazônio, produzido
in situ a partir da sulfanilamida (SN), com o ácido salicílico (AS) em meio
básico. Posteriormente o seu Fator de Proteção Solar UVB (FPS-UVB) foi
determinado in vitro pelo método de Mansur et al., no qual foram preparadas
soluções etanólicas da AZ obtida e dos reagentes empregados na síntese, a SN
e o AS, nas concentrações de 0,5; 0,3; 0,2 e 0,1 mmol/L para realização da
análise espectrofotométricas entre 260-400 nm em triplicata e empregando o
etanol como branco. Por fim, o FPS-UVB foi determinado empregando-se a
seguinte equação: FPS = FC • S 290320 EE(l) • I(l) • Abs(l). (An. Bras.
Dermatol., 61, 167, 1986).
Resultados:
O AS e a SN, apresentaram absorbância maior na região do UVB e UVC,
respectivamente, enquanto que a AZ apresentou maior absorbância na região
do UVA e UVB. O FPS-UVB da AZ na concentração de 0,3 mmol/L foi de
28,15±2,02, sendo este muito superior ao FPS da SF e do AS que na
concentração de 0,5mmol/L foram 9,21±0,9 e 14,98±0,4, respectivamente.
Todas as substâncias analisadas apresentaram FPS acima do mínimo
preconizado pela ANVISA, por meio da RDC Nº 30 de 1º de junho de 2012,
no qual se encontra determinado que o FPS de protetores solares deve ser
maior que 6. O AZ apresentou FPS-UVB, na concentração de 0,3mmol/L
(28,15±2,02), comparável ao da Benzofenona (28,97±0,69), um filtro solar
químico comercial.
Conclusão:
Inicialmente verificou-se que o produto de azoacoplamento permitiu a
obtenção de uma molécula com atividade fotoprotetora superior a dos seus
reagentes. E em adição, o AZ se mostrou uma molécula com potencial
fotoprotetor promissor, visto que a mesma absorveu a radiação UVA e UVB,
e o seu FPS-UVB foi similar ao da Benzofenona, na mesma concentração.
Apoio Financeiro:
UNIVASF e CNPq.
Gerado em: 2014-5-22 11:30:09
10.092 - Efeito anti-hipertensivo da administração oral do extrato bruto
de Solanum capsaicoides All. em animais espontaneamente hipertensos.
Simoes, L. O. , Ribeiro, T. S. , Conceicao Filho, G. , Silva, A. Q. G. ,
Fregoneze, J. B. , Silva, D. F. ,
Biorregulação - UFBA Programa de Pós-Graduação em Farmácia -
UFBA
Introdução:
Estudos realizados com extratos de plantas são de extrema importância para o
desenvolvimento de novos fármacos. O Solanum capsaicoides All. (Sc),
conhecido popularmente como “mata-cavalo”, é utilizado por conter
propriedades medicinais, dentre elas, potencial anti-hipertensivo.
Objetivos:
Investigar o efeito da administração venosa de Sc em ratos espontaneamente
hipertensos (SHR) e seus controles normotensos (WKY) bem como,
investigar os efeitos do tratamento sub-crônico oral com Sc em animais SHR.
Métodos:
CEUA/UFBA (030/2012) Ratos SHR e WKY pesando 250-300g e com 12-16
semanas foram anestesiados e neles foram implantados cateteres de
polietileno na artéria e veia femoral para medida direta da pressão arterial
(PA) e freqüência cardíaca (FC). O extrato de Sc foi administrado
intravenosamente em doses de 5, 10, 20 e 40 mg/kg. Em outro conjunto de
experimentos, Sc foi administrado oralmente (100 mg/kg) por 21 dias
consecutivos. Peso corpóreo, volume urinário, PA e FC dos animais, foram
medidos no início do tratamento e a cada 5 dias. Todos os procedimentos
experimentais foram aprovados pelo - CEUA/UFBA (030/2012).
Resultados:
Injeções intravenosas de Sc em ratos SHR e WKY induziram hipotensão em
ambas linhagens de animais de forma dose-dependente (n=5). A redução da
pressão sanguínea foi proeminente em SHR em relação ao WKY com a dose
de 40 mg/ kg, (Δ PAM = -39,7 ± 1,7 (SHR) e Δ PAM = -20,2 ± 2,9 (WKY)
mmHg) (**p < 0,01). Este efeito hipotensor foi associado a um aumento da
frequência cardíaca que foi significantemente maior (*p < 0,05) nos animais
WKY em relação aos SHR (Δ FC=16,7 ± 3,0; 23,0 ± 4,5; 25,4 ± 4,3 (SHR) e
(Δ FC = 33,1 ± 3,4; 43,8 ± 4,8; 47,9 ± 3.3 (WKY) bpm) nas doses de 10, 20 e
40 mg/kg respectivamente (n = 5). Em outra serie de experimentos, animais
que receberam Sc oralmente, foi observado um efeito anti-hipertensivo
significante ( PAM= 138,13 ± 1,70, n=5), em comparação a Salina (152,2 ±
3,0 mmHg, n=7) . Um aumento de peso corporal equivalente entre os três
grupos experimentais foi observado (113,7%, 115,1% e 108,2±1,8%, Salina,
Sc e Captopril (n=6), respectivamente). Adicionalmente foi observado que o
tratamento com Captopril e Sc impediram o desenvolvimento da hipertrofia
cardíaca em relação aos animais tratados com Salina (453,9±7,8 e 437,5±7,6
mg/100g Peso Corporal, respectivamente vs 487,4±10,1 mg/100g Peso
Corporal do grupo controle). Já o volume urinário dos animais tratados com
Captopril, sofreu um aumento significante (**p < 0,01) no final do tratamento
em relação ao grupo controle (26,1 ± 0,89 ml/kg/24hrs vs 17,0 ± 1,8
ml/kg/24hrs, Captopril e Salina respectivamente), enquanto em animais
tratados com Sc, foi observado um aumento significante (**p<0,001 e
*p<0,05) apenas no quinto dia (27,4 ± 2,9 vs 16,9 ± 1,4 ml/kg/24hrs, Sc e
Salina, respectivamente) e décimo quinto dia de tratamento (21,7 ± 1,6; vs
15,4 ± 1,5 ml/kg/24hrs, Sc e Salina respectivamente).
Conclusão:
Esses resultados sugerem que a administração oral sub-crônica de Sc inibe,
pelo menos em parte, o desenvolvimento da hipertensão em animais SHR,
com diminuição da hipertrofia cardíaca além de uma potencial atividade
diurética.
Apoio Financeiro:
CNPq e FAPESB.
Gerado em: 2014-5-22 11:30:09
10.093 - PARTICIPAÇÃO DOS CANAIS TRP NA FUNÇÃO
CARDÍACA DE RATOS ESPONTANEAMENTE HIPERTENSOS
Alves, Q. L. , Jesus, R. L. C. , Santos, P. V. S. , Vasconcelos, . D. F. S. A. ,
BIOREGULAÇÃO - UFBA
Introdução:
A correlação funcional entre os canais TRP, do inglês Transient Receptor
Potential, e alterações da pressão sanguínea na hipertensão torna esses canais
potenciais alvos terapêuticos. Os canais TRPM (melastatina) estão
relacionados com enfermidades cardiovasculares tais como arritmias e
hipertrofia cardíaca. No entanto, o papel destes canais em função cardíaca no
estado hipertensivo ainda permanece pouco esclarecido.
Objetivos:
Investigar o papel dos canais TRPM no cronotropismo e inotropismo
cardíaco.
Métodos:
FOI UTILIZADOS ANIMAIS DE LABORATORIO (RATOS). Ratos
espontaneamente hipertensos (SHR) e os seus controles normotensos Wistar
Kyoto (WKY), entre 12-16 semanas e 250-300g, foram eutanasiados, e os
átrios direito (AD) e esquerdo (AE) foram removidos, isolados e mantidos em
solução de Krebs a 37°C e gaseificados com 95% de O2 e 5% de CO2. O AE
foi continuamente estimulado eletricamente por pulsos quadrados de voltagem
com frequência de 3Hz, por 3ms à 1,5 vezes o limiar de excitação do tecido
cardíaco. O AD, por apresentar o nó sinoatrial, não foi estimulado
eletricamente, permitindo medidas de ritmicidade e contrações espontâneas.
Foram considerados significantes valores de p<0,005 e todos os resultados
foram comparados aos seus respectivos controles (100% ± 0,0). Todos os
protocolos experimentais foram aprovados pelo CEUA/UFBA (019/2011).
Resultados:
Para análise da participação dos canais TRP na Força de Contração Cardíaca
(FCC), os AE foram incubados com bloqueadores de canais TRP. Com a
utilização de Vermelho de Rutênio (VR) (10uM), bloqueador não seletivo de
canais TRPA1, TRPM6, TRPV1, V2, V3, V4 e V6 não houve alteração
significante da FCC em SHR (87,4%±7,9, n=6), nem em WKY (87%± 4,3,
n=5). Na presença de Lantânio (Lan)(10uM), bloqueador não seletivo de
canais TRPC1, C3, C5, C7, M3, M1 e M4 houve alteração significante da
FCC em SHR (73,9% ± 3,6), mas não em WKY (85,5%±3,8). A adição de
Ácido Flufenâmico (Ac.FF) (10uM), bloqueador não seletivo dos canais
TRPC5, TRPM2, M4 e M5, levou a uma alteração significante da FCC
(78,7% ± 5,8, n=6) em SHR, mas não em WKY (64,6% ± 8,8, n=5). A
incubação com BCTC (2uM), bloqueador não seletivo dos canais TRPV1 e
TRPM8, não alterou significantemente a FCC de SHR (87,8% ± 4,6, n=6)
mas alterou em WKY (75,4% ± 6,7, n=6). A ritmicidade cardíaca foi avaliada
com os AD frente aos bloqueadores e foi observado que na presença de VR, a
RC de SHR não sofreu alteração significante (92,8% ± 2,4, n=5), assim como
WKY (93,6% ± 3,8, n=5). Com a adição de Lan, a RC de SHR não foi
alterada significantemente (89,2%± 1,25, n=3), de maneira semelhante ao
WKY (91,4% ± 5,6; n=5). A incubação com Ac.FF não alterou de forma
significante a RC de SHR (92,2% ± 2,0, n=5), nem a de WKY (92% ± 2,1;
n=5). A utilização de BCTC não alterou significantemente a RC de SHR
(93,7% ± 3,3, n=6) e em WKY a resposta foi semelhante (92% ± 3,8, n=3).
Conclusão:
Estes resultados sugerem que os canais que, quando bloqueados levaram a
alterações no inotropismo e cronotropismo cardíacos, parecem influenciar
estas funções e podem estar envolvidos em mecanismos fisiopatológicos da
hipertensão. Entretanto mais ensaios serão realizados com bloqueadores
seletivos no intuito de melhor caracterizar a participação dos canais TRP no
coração.
Apoio Financeiro:
CNPq/FAPESB.
Gerado em: 2014-5-22 11:30:35
10.094 - SÍNTESE DE OXIMA TERPÊNICA COM POTENCIAL
ANTIMICROBIANO A PARTIR DO ÓLEO DE CITRONELAL
Bastos, M. D. M. , Santos, V. L. A. , Gonsalves, A. A. , Araujo, C. R. M. ,
Colegiado de Ciências Farmacêuticas - UNIVASF
Introdução:
Com o crescente aumento da resistência bacteriana a maioria dos
antimicrobianos disponíveis, observa-se um interesse pela busca de agentes
terapêuticos alternativos para este fim. Encontram-se, na literatura, várias
publicações a respeito da atividade antimicrobiana dos óleos essenciais. O
gênero Cymbopogo, ao qual pertence o óleo de citronela, inclui cerca de 140
espécies e encontra-se amplamente distribuído nas regiões de climas semi-
temperado a tropical em todo o mundo. Duas espécies principais de citronela
são conhecidas e têm importância industrial na área farmacêutica, cosmética e
de perfumaria: C. nardus (citronela do Ceilão) e C. winterianus (citronela de
Java). Dentre suas atividades biológicas, destacam-se a ação repelente de
insetos, apresentando atividade contra larvas do mosquito Aedes aegypti e a
atividade antimicrobiana. As oximas (RR’=NOH) compõem um grupo
funcional orgânico que apresenta inúmeras atividades farmacológicas.
A gemifloxacina é um antimicrobiano com atividade contra bactérias gram-
negativas que possui em sua estrutura o grupamento oxima.
Objetivos:
Desta forma, considerando o potencial antimicrobiano do citronelal,
constituinte majoritário do óleo de citronela, assim como das oximas propõe-
se a síntese da 7-cloro-6-(oxima)-3,7-dimetiloctanal oxima têrpenica inédita
com potencial antimicrobiano.
Métodos:
O trabalho realizado não realiza exeperimentos com animais. A obtenção da
oxima terpênica procedeu a partir de uma reação entre o citronelal,
pentilnitrito e ácido clorídrico. O NOCl gerado in situ reagiu com citronelal,
obtendo um líquido de coloração esverdeada.
Resultados:
A oxima terpênica inédita foi obtida com um rendimento de 58%.O sucesso
da síntese foi confirmada pelo espectro de UV, RMN 1H e 13C do produto
purificado.
Conclusão:
A 7-cloro-6-(oxima)-3,7-dimetiloctanal foi sintetizada e segue para avaliação
do seu potencial antimicrobiano.
Apoio Financeiro:
CNPq e UNIVASF.
Gerado em: 2014-5-22 11:30:35
10.095 - Efeito hipotensor do extrato etanólico das inflorescências de
Mimosa caesalpiniifolia Benth. (Mimosaceae) em ratos.
Santos, M. E. P. , Morais, I. C. P. S. , Citó, A. M. D. G. L. , Arcanjo, D. D.
R. , Mendes, M. B. , Avelino, L. D. , Carvalho, G. D. , Oliveira, A. P. ,
Núcleo de Pesquisas em Plantas Medicinais - UFPI Departamento de
Química - UFPI
Introdução:
Mimosa caesalpiniifolia Benth. é uma planta nativa da Caatinga e do Cerrado
brasileiro (Rev. Caatinga 20:152, 2007). A espécie é utilizada pela população
do semi-árido para o tratamento da hipertensão (J Ethnopharmacol 114, 325,
2007) e do derrame (Rev. Bras. Pl. Med 12:282, 2010).
Objetivos:
Determinar o efeito do extrato etanólico das inflorescências de Mimosa
caesalpiniifolia (Mc-EtOH) sobre a PAM e FC em ratos.
Métodos:
CEEA/UFPI Nº 008/12 Todos os protocolos foram aprovados pelo Comitê de
ética em experimentação animal (008/12). Foram utilizados ratos (Rattus
norvegicus), entre 250-350g com idade a partir de 12 semanas. Após
anestesiados com tiopental sódico (45 mg/kg, i.p.) inseriu-se cateteres de
polietileno na aorta abdominal e a veia cava inferior, via artéria e veia femoral
esquerdas, respectivamente, para registros da PAM e FC e quando realizado
administração intragástrica, foi implantado um cateter na aorta abdominal, via
artéria femoral. A pressão arterial foi registrada após 24 h, conectando o
catéter arterial a um transdutor de pressão pré-calibrado (Statham P23 ID,
Gould, Cleveland, OH, EUA), acoplado a um computador equipado com
software AQCAD 2.3.9 (AVS Projetos, São Paulo, Brasil). Após estabilização
dos parâmetros hemodinâmicos utilizou-se NPS 10 μg/Kg i.v. E ao retorno
dos valores basais os animais foram tratados com atropina (2 mg/kg, i.v.) ou
hexametônio (20 mg/kg, i.v.) por 30 min e administrou-se Mc-EtOH (6,25;
12,5 e 25 mg/kg, i.v.). Por via oral, o primeiro grupo recebeu salina (0,3 ml)
mais cremofor e o segundo recebeu uma dose de 100 mg/kg do Mc-EtOH. Os
valores da PAM e FC foram registrados nos tempos 0 a 240 min após
administração. Os valores foram expressos como média ± e.p.m. Foram
utilizados ANOVA “one-way” com medidas repetidas, seguida do teste de
Newman-Keuls ou Teste-t de Student não pareado. Significantes valores de
p<0,05, GraphPad Prism 5.0.
Resultados:
A administração venosa do extrato, promoveu uma hipotensão (-9,98 ± 0,79; -
28,55 ± 6,56; -38,87 ± 6,09 mmHg) seguido de bradicardia (9,47 ± 1,00; -
19,12 ± 7,33; -36,68 ± 5,75 bpm) nas maiores doses. O pré-tratamento com
atropina aboliu tanto a hipotensão (0,51 ± 0,29; -4,73 ± 4,73; 4,21 ± 2,12
mmHg, n=4) quanto à bradicardia (1,29 ± 0,61; 3,55 ± 1,00; 2,09 ± 0,62 bpm),
já com o hexametônio (n=5) a hipotensão foi revertida (17,39 ± 5,77; 18,22 ±
5,51; 12,21 ± 12,30 mmHg) e bradicardia atenuada (-2,83 ± 0,46; -7,83 ±
0,87; -7,50 ± 1,97 bpm) e por via oral (n=5), o Mc-EtOH, promoveu uma
diminuição da PAM a partir dos 90 min, sem alterar a frequência cardíaca.
Conclusão:
O Mc-EtOH induz uma hipotensão e bradicardia, envolvendo a ativação
indireta dos receptores muscarínicos cardíacos. Por via oral o Mc-EtOH
diminui a pressão arterial sem alterar a frequência cardíaca.
Apoio Financeiro:
CAPES/FAPEPI/CNPq
Gerado em: 2014-5-22 11:30:35
10.096 - AVALIAÇÃO DO POTENCIAL HEMOLÍTICO DOS
EXTRATOS DE MICONIA PRASINA (MELASTOMATACEA)
Borba, E. F. O. , Araujo, L. C. C. , Leite, T. C. C. , Silva, B. I. M. , Silva,
T. G. ,
Antibióticos - UFPE
Introdução:
O gênero Miconia destaca-se pela diversidade do número de espécies arbóreas
e arbustivas, com mais de 1.056 espécies descritas. Diversos estudos tem
indicado uma diversidade de atividades biológicas para o gênero, como
antimicrobiana, anti-inflamatória e analgésica. Entretanto, o gênero ainda é
pouco estudado, evidenciando a necessidade de estudos farmacológicos com
espécies de Miconia.
Objetivos:
Investigar a atividade hemolítica dos extratos metanólico (MeOH), hexânico
(HEX) e acetato de etila (AcEOt) de Miconia prasina sobre eritrócitos
murinos.
Métodos:
23076.03756/2010-66 Foram utilizados camundongos swiss provenientes do
Biotério do Departamento de Antibióticos- UFPE. O protocolo experimental
foi aprovado pelo Comitê de Ética em Experimentação Animal da UFPE (nº
23076.03756/2010-66). Os animais (n=3) foram anestesiados e o sangue foi
coletado através de punção cardíaca. Os eritrócitos foram lavados com
solução salina (NaCl 0,85% + CaCl2 10 mM), após centrifugação (3000 rpm,
5 min) o sobrenadante foi descartado e as células ressuspendidas em solução
salina para se obter uma suspensão de eritrócitos a 2%. O experimento foi
realizado em microplaca de 96 poços. Foram plaqueados: 100 µL de solução
salina (controle negativo); 50 µL da solução salina + 50 µL do veículo
(branco); 80 µL de solução salina + 20 µL de Triton X- 100 a 1% (controle
positivo); 100 µL de solução salina + 100 µL dos extratos em DMSO a 10 %
(teste). Em seguida, 100 µL da suspensão de eritrócitos foi plaqueada em
todos os poços. Após incubação por 1 h sob agitação constante a 28 °C, a
placa permaneceu em repouso por um período de 1 h, após o qual o
sobrenadante foi analisado. A leitura óptica (450 nm) foi realizada em leitor
automático de microplacas e os dados analisados usando o software GraphPad
Prism v.5.0. Para este ensaio, considera-se tóxico o produto que apresenta
valor de concentração efetiva 50% (CE50) < 200 µg/mL.
Resultados:
Os extratos MeOH , HEX e AcEOt M. prasina apresentaram CE50 de
558,9; 279,8 e 267,4 respectivamente. Estes resultados indicam que os
extratos não são capazes de promover a hemólise celular, sendo considerados
não tóxicos para as hemácias.
Conclusão:
Os extratos em MeOH, HEX e AcEOt de Miconia prasina não possuem
toxicidade sobre eritrócitos murinos.
Apoio Financeiro:
FACEPE, CNPq.
Gerado em: 2014-5-22 11:30:35
10.097 - ATIVIDADE ANTINOCICEPTIVA DO ÓLEO ESSENCIAL
DE Croton cordiifolius Baill. (QUEBRA-FACA): POSSÍVEL
MECANISMO DE AÇÃO.
Santos, S. M. , Mendes, R. F. V. , Silva, Y. K. D. , Nogueira, L. M. ,
Martins, R. D. , Albuquerque, J. F. C. , Havt, A. , Ximenes, R. M. ,
Departamento de Antibióticos - UFPE Departamento de Fisiologia e
Farmacologia - UFC Centro Acadêmico de Vitória - UFPE
Introdução:
Croton cordiifolius, conhecido na medicina popular no interior de
Pernambuco como quebra-faca, é utilizado para o tratamento de problemas
inflamatórios, dor e distúrbios gastrointestinais. A atividade antinociceptiva
do óleo essencial desta espécie foi relatada nos modelos de contorções
abdominais induzidas por ácido acético e no teste da formalina.
Objetivos:
O objetivo deste trabalho é avaliar o possível mecanismo de ação do efeito
antinociceptivo do óleo essencial de C. cordiifolius em modelos químicos de
nocicepção.
Métodos:
23076.020508/2010-26 Foram utilizados camundongos Swiss (n = 6),
machos, com aproximadamente 60 dias de idade, aclimatados a 22ºC com
ciclo circadiano de 12h e água e comida ad libitum. Os experimentos foram
aprovados pela Comissão de Ética para Uso de Animais (CEUA/UFPE). Para
avaliação do possível mecanismo de ação foram utilizados o teste da
capsaicina e do glutamato. No primeiro teste, os animais receberam o óleo
essencial (50 e 100 mg/kg, i.p.) ou veículo (10 mL/kg, i.p.) e após trinta
minutos, 20 uL de uma solução de capsaincina recém preparada em PBS (1,6
ug/pata) foi injetada na região plantar da pata traseira direita de cada animal.
No segundo teste, o mesmo tratamento foi realizado e após 30 minutos, 20 uL
de uma solução de glutamato (20 umol/pata) foi injetada na região plantar da
pata traseira direita de cada animal. Em ambos os testes, o tempo gasto pelo
animal lambendo ou balançando vigorosamente a pata foi cronometrado e
utilizado como indicativo de nocicepção. Os animais foram observados por 5
min no teste da capsaicina, e por 15 min no teste do glutamato. Além disso,
para eliminar a possibilidade de efeitos falso-positivos por ação no sistema
nervoso central (SNC), foi realizado o teste do campo aberto. Os resultados
foram expressos como média ± EPM e analisados por test t de Student,
considerando p < 0,05.
Resultados:
Nenhuma das doses do óleo essencial foi capaz de inibir a nocicepção
induzida pela capsaicina, indicando que este não age através dos receptores
TRPV1. No entanto, o óleo essencial (EO) na dose de 100 mg/kg inibiu
significativamente a nocicepção induzida pelo glutamato (veículo 101,03 ±
3,26, EO50 85,81 ± 7,88; EO100 66,33 ± 3,70*) sugerindo a participação do
sistema glutamatérgico no efeito antinociceptivo do óleo essencial de C.
cordiifolius. No teste do campo aberto, o óleo essencial (100 mg/kg) não
alterou os parâmetros de avaliados quando comparado ao veículo.
Conclusão:
O efeito antinociceptivo do óleo essencial de C. cordiifolius pode ser
explicado, pelo menos em parte, pela inibição do sistema glutamatérgico.
Apoio Financeiro:
CNPq, Capes, Propesq/UFPE.
Gerado em: 2014-5-22 11:30:35
10.098 - AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTIMICROBIANA DE
Miconia mirabilis (MELASTOMATACEA)
Leite, T. C. C. , Borba, E. F. O. , Sena, A. R. , Nerys, L. L. A. , Chagas, E.
C. O. , Santos, R. H. S. , Silva, T. G. ,
Antibióticos - UFPE Agroindustria - IFPE Herbário - IMA
Introdução:
Miconia é o maior gênero da família Melastomataceae com cerca de 1000
espécies, sendo que 274 são encontradas no Brasil e destas 120 são
endêmicas. A espécie vegetal Miconia mirabilis é conhecida popularmente
como capa de xangô é utilizada na forma de banhos ou cataplasmas para tratar
os sintomas do reumatismo.
Objetivos:
avaliar a atividade antimicrobiana de extratos de Miconia mirabilis.
Métodos:
O presente trabalho não fez de uso de animais ou humanos Foram utilizados
os extratos em hexano (HEX), acetato de etila (AcEOt) e metanol (MeOH) de
M. mirabilis frente aos microrganismos testes Staphylococcus aureus,
Micrococcus luteus, Bacillus subtilis, Enterococcus faecalis, Escherichia coli,
Serratia marcescens, Pseudomonas aeruginosa, Mycobacterium smegmatis e
Candida albicans, obtidos da coleção UFPEDA. Para avaliar a atividade
antimicrobiana utilizaram-se os métodos difusão em ágar com disco de papel,
segundo o CLSI e a microdiluição em caldo segundo o NCCLS. No ensaio de
difusão em ágar os extratos estéreis foram testados na concentração de 300
mg/mL e o meio, Ágar Mueller hinton, inoculado com 100 µL de suspensão
bacteriana na concentração de 2x108 UFC/mL. Os microrganismos que se
mostraram sensíveis frente aos extratos de M. mirabilis foram avaliados pelo
método da microdiluição em caldo, adicionados 90 µL de meio Caldo Mueller
hinton na placa de 96 poços e 90 µL de extrato na concentração inicial de
32mg/mL. Realizaram-se diluições seriadas do extrato e por ultimo foi
adicionado 10 µL do microrganismo em cada poço. A placa foi incubada por
24 horas para determinação da Concentração Mínima Inibitória (CMI) e
posteriormente por mais 24 horas para a Concentração Mínima Bactericida
(CBM)
Resultados:
No teste de difusão em ágar o extrato HEX não inibiu o crescimento de
nenhum microrganismo, o extrato AcEOt inibiu S. aureus (média do halo de
14,7 mm), M. luteus (14,3) e B. subtilis (10,7). O extrato MeOH inibiu S.
aureus (14,0), M. luteus (24,3) e B. subtilis (13,0), M. smegmatis (21,3) e C.
albicans (22,0). Na Microdiluição em Caldo o extrato em HEX mostrou-se
eficaz frente a vários microrganismos, destacando-se M. luteus, B. subtilis e
M. smegmatis com CMI de 0,5 mg/mL, já os extratos AcEOt e MeOH foram
ativos frente a todos os microrganismos testados e alguns se destacaram
apresentando CMI igual a 0,06 mg/mL frente a M. luteus e CMB igual a 0,5
mg/mL para o extrato MeOH frente a P. aeruginosa e M. smegmatis
Conclusão:
O extrato HEX de M. mirabilis não foi ativo no ensaio de Difusão em Agar já
na Microdiluição foram ativos frente a praticamente todos os microrganismos
testados. Comparando a eficiência na inibição dos extratos pode se inferir que
dentre os três, o extrato metanólico foi o melhor em ambos os ensaios seja no
maior número de microrganismos inibidos no ensaio da difusão em ágar ou
nos valores menores encontrados de CMI e CMB frente a todos os
microrganismos testados e isto pode estar relacionado à presença de
compostos mais polares característicos deste extrato.
Apoio Financeiro:
Facepe e CNPQ.
Gerado em: 2014-5-22 11:30:35
10.099 - INFLUENCIA DA RADIÇAO GAMA SOBRE A PRODUÇÃO
DE FENÓIS EM CLADINA KALBII AHTI.
Filho, L. O. , Santo, B. C. E. , Lima, M. J. G., Martins, M. C. B. , Silva, N.
H. , Pereira, E. C. ,
Bioquímica - UFPE Geografia - UFPE
Introdução:
A atividade biológica das substancias liquênicas tem sido amplamente
estudada, entretanto para o isolamento e purificação destas quase sempre e
necessário uma quantidade expressiva de biomassa, de difícil renovação, pois
o crescimento do talo liquênico é lento. Uma das alternativas para produção
dos compostos produzidos pelos liquens inclui a técnica de imobilização de
fragmentos do talo em biorreatores, afim de produzir seus compostos
biologicamente ativos. Em adição alguns autores observaram que quando
submetidos aos efeitos da radiação, os liquens podem aumentar a produção
dos compostos fenólicos, já que estes têm importante papel ecológico na
proteção do talo contra os excessos de luminosidade.
Objetivos:
Avaliar o efeito da radiação gama sobre a produção dos fenóis de Cladina
Kalbii Ahti.
Métodos:
a pesquisa tem como objetivo principal apenas produçao dos compostos,
portanto nao tendo no momento aplicabilidade em ensaios com animais ou
humanos. Cladina kalbii (100 g) foi coletada na serra de Itabaiana, Sergipe,
Nordeste do Brasil. Parte do material (40 g) foi submetida à radiação Gama
nas doses de 10, 50 e 100 Gy. Estas amostras foram distribuídas em
erlenmeyer (125 mL), 3 g para cada e mesclados com 30 g de caulinita
previamente hidratada com água deionizada, e adicionados 50 mL do
precursor biossintético acetato de sódio (NAOAc) nas concentrações de 0,1;
1,0 e 10 mM para cada amostra do líquen irradiado nas diferentes doses.
Uma alíquota de 50 mL foi coletada (a cada coleta foi reposto o mesmo
volume do NAOAc em cada reator) nos quatro primeiros dias e depois
semanalmente até completar 4 meses. As alíquotas foram submetidas a
extrações em sistema de solventes com éter/acetato de etila (S1) (65:35, v/v) e
clorofórmio/acetonitrila (S2) (60:40, v/v) e subsequentemente fora lidas em
espectrofotômetro nos comprimentos de onda de 210, 252 e 312 nm. Uma
amostra de 10 g da C. kalbii foi submetida à extração com éter, clorofórmio e
acetona, a fim de obter os extratos: etéreo, clorofórmio e acetônico (controle
de campo). Todas as amostras irradiadas, não irradiadas (controle laboratório)
e campo foram analisadas através de cromatografia em camada delgada
(CCD), a fim de se verificar o perfil fenólico de cada um.
Resultados:
Os resultados nos mostraram o talo da C. kalbii imobilizado produziu
compostos fenólicos durante todo o período do experimento (4 meses). O
sistema de solvente S1 mostrou-se ser mais eficiente em extrair os compostos
fenólicos que o sistema S2 para amostras irradiadas em todas as doses,
entretanto, para as amostras controle (não irradiadas) o sistema S2 foi mais
eficaz. Houve um aumento na produção dos fenóis nas amostras irradiadas
com 50 e 100 Gy nas concentrações de 0,1;1,0 e 10 mM NAOAc, com
destaque para dose de 50 Gy que mostrou os maiores picos de produção,
entretanto este aumento não foi significativamente diferente entre as
concentrações utilizadas. A analise de CCD mostrou um perfil fenólico
semelhante entre as amostras irradiadas e não irradiadas, ou seja, além de
apresentarem atranorina (Rf-95) pode-se observar a presença de outras
substancias não identificadas (Rfs 0,65; 0;67; 0;85 e 0,88) que estavam
ausentes nos extratos etéreo, clorofórmio e acetônico obtidas da amostra
controle de campo.
Conclusão:
A C. kalbii quando imobilizados foram capaz de produzir atranorina. A dose
de radiçao de 50 Gy estimulou a produção dos compostos fenólicos.
Apoio Financeiro:
CAPES, FACEPE, CNPq
Gerado em: 2014-5-22 11:30:35
10.0100 - SÍNTESE DE NOVA TIAZOLHIDRAZONA E
DETERMINAÇÃO DE SUA ATIVIDADE CITOTÓXICA.
Egito, M. S. , Santiago, P. B. G. S. , Souza, C. C. S., Militao, G. C. G. ,
Albuquerque, J. F. C. ,
Farmácia - UFPE Antibióticos - UFPE Farmacologia e Fisiologia - UFPE
Introdução:
Os compostos heterocíclicos são bastante estudados para diversas atividades
biológicas, uma vez que são descritos na literatura como fármacos
promissores. Neste contexto, são evidenciadas as tiazolhidrazonas, moléculas
que possuem dois grupos bioativos, a hidrazona e o anel tiazólico. Os tumores
malignos são uma das mais graves ameaças contra a saúde humana no mundo.
O grande desafio para o tratamento dessa doença continua sendo encontrar
uma molécula seletiva, ou seja, que atue apenas nas células tumorais (Bioog.
Medic. Chem. Let. 19:5661–4, 2009).
Objetivos:
Sintetizar uma nova tiazolhidrazona e determinar sua atividade citotóxica
frente a uma linhagem celular.
Métodos:
Neste trabalho não foram realizados testes in vivo. O 4-{2-[N’-(3-Cloro-
benzilideno)-hidrazina]-tiazol-4-il}-fenol (Ju-735) foi obtido em duas etapas.
Na primeira, ocorreu a reação entre a tiossemicarbazida e o 3-
Clorobenzaldeído, obtendo-se o derivado tiossemicarbazônico e na segunda,
ocorreu a condensação entre a molécula obtida na etapa anterior e 2-Bromo-
4’-hidroxiacetofenona em ácido clorídrico e iso-propanol. A reação foi
processada no ultrassom com aquecimento. O produto foi vertido para um
béquer e filtrado, pesado e submetido à atividade citotóxica. Para
determinação desta atividade foram utilizadas células da linhagem NCI H-292
(carcinoma muco epidermóide de pulmão). A atividade foi avaliada pelo
método MTT, baseado na conversão do sal 3-(4,5-dimetil-2-tiazol)-2,5-
difenil-2-H-brometo de tetrazolium (MTT) em azul de formazan, a partir de
enzimas mitocondriais presentes apenas nas células metabolicamente ativas.
Foi utilizada uma suspensão celular (105 células/mL), distribuída na placa de
cultura com 96 poços (200 µL em cada poço) e incubada a 37 °C por 24 horas.
Posteriormente, a substância teste foi adicionada (10 µL/poço) e a placa
reincubada a 37 °C. Após 72 h, foi adicionado 0,25 µL de MTT em cada poço
e a placa foi deixada por duas horas em estufa a 37 °C. Em seguida, o meio de
cultura e o excesso de MTT foram aspirados e 100 µL de DMSO foi
adicionado a cada poço para dissolução dos cristais de formazan.
Resultados:
Os resultados apresentados pelo produto puro foram: Ponto de Fusão. 172-173
ºC, Rf. 0,43 no sistema (Hexano e Acetato de etila 0,55:0,45). O rendimento
foi de 35,81 %. Esse rendimento não foi considerado bom. O composto
sintetizado Ju-735 apresentou atividade antitumoral relevante frente às células
NCI H-292. Na concentração de 25 µg/mL apresentou inibição de 69,93%. O
valor percentual é menor quando comparado ao controle positivo
Doxorrubicina, mas é superior ao que preconiza o protocolo adotado. Segundo
este, são considerados ativos compostos que inibem 50 % da proliferação
celular em concentrações menor ou igual a 30 µg/mL (Canc. Chemoter. Rep.
3:2, 1972).
Conclusão:
O composto sintetizado apresentou rendimento baixo, sendo necessária a
repetição da reação para otimização desse resultado. A molécula apresentou
bom percentual de inibição, porém por ser mais baixo que o demonstrado pelo
padrão, fica a perspectiva de testar o potencial desta molécula frente a outras
linhagens e sintetizar outros derivados com diferentes substituintes.
Apoio Financeiro:
CNPq.
Gerado em: 2014-5-22 11:30:35
10.0101 - ATIVIDADE ANTIRRADICALAR E DETERMINAÇÃO DO
TEOR DE FENÓLICOS TOTAIS DE EXTRATOS DE Miconia prasina
(Melastomataceae).
Oliveira, T. B. , Silva, B. I. M. , Carrazzoni, A. S. H. S. G. G. , Lima, S. M.
A. , Leite, T. C. C. , Tenório, J. A. B. , Aguiar, J. S. , Silva, T. G. ,
Departamento de Antibióticos - UFPE
Introdução:
O gênero Miconia é exclusivamente neotropical nas Américas, ocorre desde o
sul do México até o norte da Argentina e Uruguai. Existem poucos estudos
sobre este gênero, entretanto, algumas atividades biológicas já foram descritas
como antioxidante, antimicrobiana, antitumoral, antiviral e analgésica.
Objetivos:
Quantificar o teor de fenólicos totais de extratos de M. prasina e sua
correlação com a atividade antirradicalar.
Métodos:
No seguinte trabalho, não foram utillizados animais ou material de origem
humana. Os extratos das partes aéreas de M. prasina foram obtidos em
aparelho extrator automático, utilizando os solventes acetato de etila (MPA),
hexano (MPH) e metanol (MPM), e concentrados por rotaevaporação. O teor
de fenólicos totais foi determinado de acordo com o método de Folin-
Ciocalteu, empregando-se o ácido gálico como composto fenólico padrão. Os
extratos foram solubilizados em EtOH com concentração final de 1 mg/mL.
Uma alíquota de 30 µL de cada amostra foi transferida para a placa de 96
poços, seguido da adição de água, carbonato de sódio 15% m/v e o reativo de
Folin-Ciocalteu, resultando na concentração final de 100 µg/mL. Após 2 h, a
absorbância das amostras foi medida em espectrofotômetro a 760 nm. As
análises foram realizadas em triplicata e o teor de fenólicos totais (FT) foi
determinado por interpolação da absorbância das amostras contra uma curva
de calibração construída com soluções do padrão de ácido gálico e expressos
como miligramas equivalentes de ácido gálico por grama de extrato (mg
EAG/g). Os extratos para avaliação da atividade sequestradora do radical
DPPH foram preparados em concentrações variando de 1 a 5 mg/mL. Através
de triagem preliminar, quantidades apropriadas dos extratos foram
transferidas, em triplicata, para a placa de 96 cavidades e adicionado à solução
de DPPH• (23,6 µg/mL em EtOH). O ácido ascórbico foi utilizado como
controle positivo. Após 30 min de agitação, a absorbância foi lida em
espectrofotômetro a 517 nm. A atividade sequestradora foi expressa em
percentagem de acordo com a equação: AS% = 100 x [(Abs controle - Abs
amostra) / Abs controle] e a CE50 foi estabelecida utilizando a análise de
regressão linear, obtido pelo programa GraphPad Prism 5.0.
Resultados:
O teor de FT foi maior no extrato MPM (580,25 0,10 mg EAG/g), seguido do
MPA (320,80±1,36 mg EAG/g) e MPH (90,96±0,24 mg EAG/g). Na
atividade antirradicalar foi encontrado um efeito de inibição dose-dependente
para ambos os extratos com CE50 para MPM (7,94±0,04 µg/mL), MPA
(34,04±1,58 µg/mL), MPH (> 500 µg/mL) e ácido ascórbico (4,82±0,06
µg/mL). Ao comparar os resultados do teor de fenólicos totais com a atividade
antirradicalar dos extratos, é possível observar que o maior conteúdo de
compostos fenólicos em MPM resultou em um aumento da capacidade
sequestradora do radical DPPH.
Conclusão:
Nossos resultados demonstram o potencial de M. prasina como fonte de
compostos fenólicos com elevada capacidade antirradicalar frente ao radical
DPPH. Outras metodologias devem ser aplicadas para isolamento e
caracterização dessas biomoléculas presentes nos extratos.
Apoio Financeiro:
CAPES e FACEPE
Gerado em: 2014-5-22 11:30:35
10.0102 - EFEITOS PSICOFARMACOLÓGICOS DOS EXTRATOS
METANÓLICOS BRUTOS ISOLADOS DE ESPÉCIES DO GÊNERO
ERYTHROXYLUM EM CAMUNDONGOS.
Silva, F. D. , Barbosa, C. C. , Albuquerque, C. H. , Tavares, J. F. , Silva,
M. S. , Almeida, R. N. , Nobrega, F. F. F. ,
Ciências Farmacêuticas-Centro de Ciências da Saúde - UFPB Fisiologia e
Patologia-Centro de Ciências da Saúde - UFPB Programa de Pós-
Graduação em Produtos Naturais e S - UFPB Unidade Acadêmica de
Tecnologia do Desenvolvimento - UFCG
Introdução:
Com sua riquíssima biodiversidade, o Brasil se destaca como fornecedor de
produtos naturais e já é visível a importância da busca de novos fármacos a
partir de produtos naturais. A família Erythroxylaceae compreende quatro
gêneros com distribuição em regiões tropicais, sendo o Bioma Caatinga um
dos centros de diversidade de espécies pertencentes ao gênero Erythroxylum.
Objetivos:
Nesse contexto, este trabalho teve como objetivo realizar uma triagem
farmacológica, bem como a observação das atividades psicofarmacológicas
dos extratos metanólicos das espécies do gênero Erythroxylum: E. caatingae
(ECCA), E. revolutum (EREV), E. pauferrense (EPAU), E. simonis (ESIM) e
E. pulchrum (EPUL).
Métodos:
Experimentação animal Foram utilizados camundongos Swiss albinos
(machos e fêmeas), pesando entre 20-40 g (2-3 meses de idade). Estes foram
divididos em grupos (n=6) e tratados por via intraperitoneal com doses de 200
mg/Kg (extratos). Os grupos controle receberam a solução de Tween 80 a
0,2%, via i.p. (veiculo). O grupo padrão para o teste de nocicepção induzida
por formalina foi tratado com Morfina (6 mg/Kg, i.p.) e o grupo padrão para o
teste de convulsões induzidas pelo Pentilenotetrazol (PTZ) recebeu o
Diazepam (DZP) na dose de 5 mg/Kg (i.p.). Os procedimentos metodológicos
foram aprovados pela Comissão de ética no Uso de Animais
(CEUA/CBIOTEC/UFPB), certidão Nº 0505/13. Os valores foram analisados
através da ANOVA one-way seguidos pelo pós-teste de Dunnett, expressos
como média ± e.p.m., sendo considerados como significativos os resultados
com p< 0,05.
Resultados:
Na triagem farmacológica, após a administração dos respectivos extratos,
foram observados os seguintes efeitos: sedação e analgesia no grupo ECCA;
ptose palpebral, aumento da micção, contorções abdominais e diminuição da
ambulação no grupo tratado com EREV; ato de levantar, escalar e contorções
abdominais no grupo EPAU; ptose palpebral, aumento da micção, sedação,
diminuição da ambulação, aumento da defecação, diminuição do tônus
muscular e da força para agarrar no grupo tratado com ESIM; e cauda de
Straub no grupo que recebeu EPUL. Na 1ª fase do teste da formalina todos os
extratos (ECAA: 78,5±11,8; EREV: 64,0±10,3; EPAU: 77,8±11,1; ESIM:
71,7±10,9; EPUL: 84,2±7,5), foram capazes de diminuir significativamente
(p<0,05) o tempo de lambida da pata em relação ao grupo controle
(114,3±4,9) de forma semelhante ao grupo tratado com a morfina (52,7±6,3,
p<0,01). Na segunda fase do mesmo teste, os animais administrados com
ECCA (75,8±33,5) EREV (24,0±16,0) e ESIM (49,7±32,2) evidenciaram
redução significativa (p<0,05) do tempo de lambida da pata se comparado ao
grupo controle (196,0±32,1) e de forma semelhante ao Padrão Morfina
(48,8±16,9). No teste das convulsões induzidas por PTZ, apenas o grupo
tratado com o extrato EPAU (269,2±113,5) houve aumento significativo
(p<0,05) da latência para o início de convulsões em relação ao grupo controle
(70,0±5,3).
Conclusão:
Os resultados sugerem que todos os extratos apresentam efeitos relacionados
ao Sistema Nervoso Central e que os extratos EREV e ESIM apresentaram
efeito antinociceptivo no modelo estudado. Por outro lado, apenas um dos
extratos apresentou efeito anticonvulsivante. Outros estudos se tornam
necessários para uma melhor compreensão dos resultados.
Apoio Financeiro:
Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico-CNPq.
Gerado em: 2014-5-22 11:30:35
10.0103 - Microscopia eletrônica de varredura e transmissão de vermes
fêmeas de Schistossoma mansoni tratados com o derivado tiazol LPQM-
45.
Alves, L. C. , Brayner, F. A. , Padilha, R. J. R. , Oliveira, J. F. , Júnior, A.
S. A. A. , Santiago, E. F. , Oliveira, S. A. , Filho, G. B. O. , Silva, A. L. ,
Leite, A. C. L. ,
Departamento de Farmácia - UFPE Departamento de Imunologia -
FIOCRUZ Parasitologia - FIOCRUZ
Introdução:
A esquistossomose mansônica é uma doença crônica debilitante ocasionada
por um trematódeo do gênero Schistossoma mansoni e afeta mais de 230
milhões de pessoas no mundo (Plos Med. 4:1071). A droga de escolha para o
tratamento desta doença é o praziquantel, o qual apresenta eficácia contra
todas as espécies de Schistossoma que infecta o homem, contudo não é efetivo
contra a forma imatura do verme (Parasitol Res. 110:2465, 2012; Mem. Inst.
Oswaldo Cruz 103:561, 2008) e tem apresentado relatos de possíveis casos de
resistência (Am J Trop Med Hyg. 60: 932, 1999). Diante deste contexto,
diversas moléculas vêm sendo testadas como alternativas para o
desenvolvimento de novos fármacos esquistossomicidas, dentre estas, muitas
têm provocado significativas alterações no tegumento do verme como a
oxaminiquine (Am J Trop Med Hyg 53: 61, 1995), a mefloquina (parasitol
137:85, 2010) e o próprio praziquantel (J Egypt Soc Parasitol. 36:197, 2006).
O tegumento representa uma estrutura vital para a evasão do sistema imune,
absorção de nutrientes e sobrevivência do parasito (Exp Parasitol 127:270,
2011).
Objetivos:
Avaliação ultraestrutural de vermes fêmeas de Schistosoma mansoni após
exposição in vitro ao derivado tiazol LPQM-45 por um período de 48h.
Métodos:
22/2011 Este projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética no Uso de Animais
do Centro de Pesquisa Aggeu Magalhães/Fundação Oswaldo Cruz
(CPqAM/FIOCRUZ) autorizado pela licença Nº 22/2011. Foram utilizados
camundongos fêmeas albinos Swiss Mus musculus com 25 dias de idade,
pesando 50 gramas. Estes camundongos foram infectados com 120 cercárias e
submetidos à eutanásia por perfusão do sistema porta, sessenta dias após a
infecção para recuperação dos vermes. Os parasitas recuperados foram
incubados com o derivado tiazol LPQM-45 na dose de 80 μg/mL, em meio
RPMI completo a uma temperatura de 37 °C com 5% de CO2 por um período
de 48h. Após este período os vermes foram analisados por meio da
microscopia eletrônica de varredura e transmissão para a observação de
alterações na sua ultraestrutura.
Resultados:
Na microscopia eletrônica de varredura 100% das fêmeas analisadas
apresentaram sérios danos no tegumento com extensa descamação,
desintegração de algumas áreas do tegumento com exposição e lesão da
musculatura. A microscopia eletrônica de transmissão confirmou os resultados
observados na varredura demonstrando destruição com ausência do tecido
tegumentar em algumas áreas, presença de vacúolos na região da matriz
sincicial, na região subtegumentar e próximo à musculatura circular e
longitudinal de 100% das fêmeas analisadas. Cem por cento (100%) dos
vermes do grupo controle apresentaram região tegumentar, subtegumentar e
da musculatura sem alterações.
Conclusão:
Os resultados obtidos demonstram que o composto LPQMC-45 apresenta
atividade esquistossomicida atuando como protótipo para a obtenção de
fármacos esquistossomidas, sendo necessários ensaios subsequentes e triagens
clínicas.
Apoio Financeiro:
CNPq e FIOCRUZ.
Gerado em: 2014-5-22 11:31:08
10.0104 - Licarina A apresenta atividade antipromastigota e
antiamastigota para Leishmania chagasi
Neris, P. L. N. , Leite, J. A. , Mascarenhas, S. R. , Rodrigues, L. C. ,
Oliveira, M. R. ,
Departamento de Biologia Celular e Molecular - UFPB Departamento de
Biotecnologia - UFPB
Introdução:
As principais drogas utilizadas no tratamento das leishmanioses no Brasil
(antimoniais pentavalentes e anfotericina B) apresentam elevada toxicidade,
sendo necessária a busca por novas moléculas com atividade antileishmania.
Nesse contexto temos Licarina A (LCA), uma neolignana encontrada na
natureza, a exemplo da espécie Nectandra glabrescens, mas que também
possui síntese viável.
Objetivos:
Avaliar a atividade antileishmania in vitro da LCA sobre formas
promastigotas de Leishmania chagasi, analisando se este tratamento interfere
nos níveis de cálcio intracelular ([Ca2+]i) e/ou induz fragmentação do DNA
genômico dos parasitas, assim como investigar sua atividade sobre
macrófagos (MØs) infectados com L. chagasi.
Métodos:
Formas promastigotas de L. chagasi (1x106 cel/mL) foram expostas a LCA
por 72h à 26ºC, e quantificadas em câmara de Neubauer. Essas células foram
expostas a LCA durante 1h para análise do [Ca2+]i através da sonda Fluo
3AM, sendo os resultados avaliados em citômetro de fluxo BD FACSCalibur.
Para análise de fragmentação de DNA, as formas promastigotas foram
expostas à LCA overnight à 26°C, o DNA genômico foi extraído pelo método
clorofórmio/fenol e analisado em gel de agarose (1%). MØs de camundongos
suíços fêmeas (Mus musculus) (8-10 semanas; 25-30g), foram infectados com
promastigotas de L. chagasi, incubados com LCA à 37°C em 5% CO2, e após
24 e 72h, as células foram quantificadas sob microscopia óptica. Os
sobrenadantes destas culturas foram analisados quanto à produção de óxido
nítrico (NO) através da reação de Griess. Os dados de [Ca2+]i são
representativos de um experimento (WinMDI 2.9) e os demais dados,
expressos como média ± erro padrão da média, foram analisados pelo teste t-
student (GraphPad Prisma 5.0) e significativos quando p<0,05. Este trabalho
foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa Animal da UFPB sob o
número de protocolo 0410/10.
Resultados:
A LCA apresentou atividade sobre formas promastigotas de L. chagasi (IC50
9,83 ± 1,13µg/mL), induzindo fragmentação do DNA genômico após
tratamento com a concentração de 8x IC50. Foi observado um aumento no
número de células com níveis de [Ca2+]i detectáveis após uma hora de
exposição à LCA, sendo este aumento de 25,4; 23,4 e 25,8% para as
concentrações de 1x, 2x e 4x IC50, respectivamente, quando comparados ao
controle. A LCA reduziu o índice de infecção de MØs infectados com L.
chagasi após 24 horas tratamento com a concentração de 20µg/mL (81,67%),
assim como após 72 horas de tratamento, tanto para a concentração de
5µg/mL (93,38%) quanto para a de 20µg/mL (99,54%), quando comparadas
ao controle. Esta atividade antiamastigota foi independente da produção de
NO.
Conclusão:
A LCA possui atividade antileishmania in vitro sobre a espécie L. chagasi,
especialmente sobre as formas amastigotas, que são aquelas presentes no
hospedeiro mamífero. Portanto, esta neolignana apresenta uma potencialidade
na terapêutica das leishmanioses.
Apoio Financeiro:
CNPq e CAPES.
Gerado em: 2014-5-22 11:31:08
10.0105 - PERFIL CROMATOGRAFICO POR CLAE-DAD E
ATIVIDADE BIOLOGICA DAS FRAÇÕES POLARES DA
ENTRECASCA DE Caesalpinia pyramidalis (Poincianella pyramidalis
(Tul.) L.P.Queiroz var. pyramidalis).
Moraes, S. Z. C. , Santos, A. L. L. M. , Dias, A. S. , Shan, A. Y. K. V. ,
Estevam, C. S. ,
Fisiologia - UFS
Introdução:
Poincianella pyramidalis, planta endêmica da caatinga, denominada
popularmente como catingueira e caracterizada pelo valor medicinal (folhas,
flores e casca para febre, doenças estomacais e diuréticos). Sabe-se que as
plantas constituem uma importante fonte de compostos bioativos com
constituições químicas diferentes, e diversas propriedades biológicas com
eficácia comprovada por isso, o presente estudo utilizou o saber popular como
base, para analisar a atividade antioxidante do extrato e frações das
entrecascas da P. pyramidalis bem como analisar o perfil cromatográfico por
CLAE-DAD da fração mais ativa. Também foi feita uma triagem
antimicrobiana do extrato etanólico (EHE) a fim de revelar a inibição de
organismos frente à microorganismos.
Objetivos:
Traçar o perfil fitoquímico, avaliar a atividade antioxidante, biológica e
analisar o perfil cromatográfico por CLAE-DAD das frações polares da
entrecasca de P. pyramidalis.
Métodos:
Os experiementos foram realizados in vitro, sem a utilização de animais e
pessoas. O extrato hidroetanólico foi obtido por maceração com etanol 90% e
as frações hexânica (FHX), clorofórmica (FCL), acetato de etila (FAE) e
hidrometanólica (FHM) foram obtidas através de partição líquido-líquido. A
atividade antioxidante foi medida através dos métodos de redução do radical
livre DPPH (2,2-difenil-1-picrildridrazila) e TBARS (reação dos metabólitos
do ácido tiobarbitúrico). Os dados foram expressos em percentagem de
inibição (PI) do radical DPPH e índice de atividade antioxidante (IAA), e os
valores de CE50 (concentração do extrato que consome 50% de radical livre)
foram calculados a partir de curvas cinéticas. A quantificação de fenóis totais
foi realizada pelo método de Folin Ciocautel. Para determinação da atividade
antimicrobiana utilizou-se a cepa ATCC 43504 de Helicobacter pylori,
mantida em TSB (Tripic soy broth) e congelada à -20ºC, doada pelo Instituto
Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS), Fiocruz/RJ e a
cromatografia líquida de alta eficiência (CLAE-DAD) foi utilizada a fim de
presumir a composição química dos extratos e frações da espécie. Os dados
foram apresentados como média + desvio padrão e as diferenças entre os
grupos foram determinadas por ANOVA seguida do teste de Tukey (p<0,05).
Resultados:
Dentre todas as amostras obtidas, a FAE foi a que apresentou o maior índice
de atividade antioxidante (IAA) para os dois modelos de inibição, sendo 90%
e 50% respectivamente. Esta fração também apresentou maior teor de fenóis
totais, 3,65 ± 1,32 mg EAG/g extrato. O cromatograma e o espectro de UV
dos picos majoritários nos tempos de retenção de 30,83 min e 34,59 min
sugerem a presença de flavonas na FAE. Frente aos microorganismos
Escherichia coli e Sthaphylocous aureus o EHE da P. pyramidalis possui
atividade antimicrobiana com halos de inibição do crescimento bacteriano
respectivamente de 10,6 mm±0,57 e 12,6 mm ± 0,57 e a tetraciclina,
antibiótico utilizado como controle positivo na concentração 30 μg /mL,
apresentou halos de inibição de 40,0 ±0,5mm.
Conclusão:
O extrato e frações de Poincianella pyramidalis apresentam efeito
antioxidante, que está relacionado com a quantidade de metabólitos
secundários presentes no seu extrato bruto e frações, o que embasa
cientificamente o uso medicinal desta planta pela população.
Apoio Financeiro:
Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq e
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES.
Gerado em: 2014-5-22 11:31:08
10.0106 - DETERMINAÇÃO DO PERFIL CROMATOGRAFICO E
ATIVIDADE BIOLÓGICA DAS FRAÇÕES POLARES DA
ENTRECASCA DE Croton blanchetianus Baill E Caesalpinia ferrea.
Santos, P. A. L. , Santos, A. L. L. M. , Santos, L. C. , Silva, A. , Moraes, S.
Z. C. , Dias, A. S. , Santos, D. T. V. , Shan, A. Y. K. V. , Antoniolli, A. R. ,
Estevam, C. S. ,
Fisiologia - UFS
Introdução:
As plantas Croton blanchetianus Baill e Caesalpinia ferrea, endêmicas do
bioma caatinga, denominadas como marmeleiro e pau-ferro respectivamente
são caracterizadas pelo valor medicinal, populações locais utilizam partes
como folhas, flores e casca para febre, doenças estomacais e como diuréticos,
sabe-se que a presença de metabólitos secundários como taninos, flavonóides
estão associados as sua propriedades medicinais.
Objetivos:
O presente estudo visou a análise do potencial antioxidantedas frações da
entrecasca das C. blanchetianus Baill e C. ferrea e o potencial antimicrobiano
dos extratos etanólicos das duas plantas.
Métodos:
O presente estudo foi realizado in vitro. A prospecção fitoquímica e a
cromatografia líquida de alta eficiência foram realizadas a fim de presumir a
composição química dos extratos e frações, os índices de fenóis totais foram
medidos pela reação de Folin Ciocalteu, para avaliação da atividade
antioxidante foram usados o modelo de captura do 1,1 difenil-2-picril
hidrazina e a reação de metabólitos do ácido tiobarbitúrico (lipoperoxidação),
para atividade antimicrobiana foi feita a difusão em ágar. Os dados foram
tratados com ANOVA seguido pós-teste de Tukey p<0,05.
Resultados:
Os resultados obtidos na prospecção fitoquímica sugeriram a presença dos
flavonoides, taninos e terpenos que já estavam descritos na literatura para esta
planta. As frações hidrometanólica e acetato de etila das duas plantas
apresentaram captura do radical livre semelhante ao controle positivo ácido
gálico (p<0,05%). Estas frações foram as mesmas que apresentaram os
maiores índices de fenóis totais.Quanto à atividade de lipoperoxidação
somente a fração acetato de etila do Caesalpinia ferrea apresentou uma
inibição de 60%. No teste antimicrobiano somente o C. ferrea demostrou
resultado positivo frente aos microrganismos escherichia coli e
Sthaphylococcus aureus com halos de inibição do crescimento bacteriano
respectivamente de 10,3 mm±0,57 e 11,3 mm ± 0,57. O espectro de UV dos
picos majoritários dos tempos de retenção de 30,83 min e 34,59 min sugerem
um perfil de flavonas na fração acetato de etila.
Conclusão:
Os estudos embasam o uso popular destas plantas, porém nota-se a
necessidade de estudos complementares para relacionar os metabólitos
secundários aos efeitos citados.
Apoio Financeiro:
CNPq-CAPES.
Gerado em: 2014-5-22 11:31:08
10.0107 - EFEITO ANTI-HIPERTENSIVO DO EXTRATO SECO DE
Schinus terebinthifolius, Raddi (Anacardiaceae).
Santos, J. D. , Valença, V. B. , Costa, C. P. , Wanderley, A. G. , Araújo, A.
V. ,
Fisiologia e Farmacologia - UFPE
Introdução:
As alterações que ocorrem durante a hipertensão arterial são, em parte, devido
ao estresse oxidativo. Evidências epidemiológicas sugerem a existência de
uma correlação negativa entre a incidência de doenças cardiovasculares e o
consumo de alimentos ricos em polifenóis, devido a sua propriedade
antioxidante. Schinus terebinthifolius, Raddi, conhecida popularmente como
aroeira, é rica nestes componentes polifenólicos.
Objetivos:
O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito anti-hipertensivo do extrato seco
da casca do caule de Schinus terebinthifolius, Raddi, em ratos hipertensos 2R-
1C.
Métodos:
23076.055205/2011-13 Foi determinado o conteúdo total de fenóis e de
flavonoides e taninos hidrolisáveis e condensados. Foi realizada também uma
análise dos constituintes por cromatografia líquida de alta eficiência (CLAE).
Foram utilizados ratos Wistar machos (180-200g) que foram submetidos à
cirurgia para implantação de um clipe de prata na artéria renal (hipertensão
2R-1C). Os animais do grupo controle (Sham) foram submetidos ao mesmo
procedimento cirúrgico, mas sem a implantação do clipe. Quatro semanas
após a cirurgia, os ratos tiveram sua pressão arterial aferida e aqueles que
apresentavam pressão arterial sistólica ≥ 150 mmHg foram considerados
hipertensos e incluídos no estudo. Os animais foram tratados durante 4
semanas com água ou extrato seco de S. terebinthifolius (ESSt 400 mg/kg/dia,
v.o.) e tiveram sua pressão arterial medida semanalmente. Os protocolos
experimentais foram aprovados pelo Comitê de Ética em Experimentação
Animal da UFPE (055205/2011-13). A diferença estatística entre os grupos
foi verificada através da análise de variância (ANOVA), seguida, quando
necessário, pelo teste de Newman-Keuls. O nível de significância para
rejeição da hipótese de nulidade foi sempre ³ 5%.
Resultados:
Na análise fitoquímica, foram encontradas grandes quantidades de compostos
fenólicos (conteúdo total de fenóis: 320,21 ± 9,48 mgEAT/g; taninos
hidrolisáveis: 319,74 ± 9,45 mgEAT/g; taninos condensados: 358,13 ± 3,48
mgEC/g e flavonóides: 2,72 ± 0,15 mgER/g). Os animais 2R-1C tratados com
água tiveram sua pressão arterial sistólica elevada (oitava semana: 213,92 ±
8,08, n=9, p<0,001) quando comparados ao grupo Sham (oitava semana:
129,96 ± 5,16, n=8). O tratamento por 28 dias com o ESSt reduziu os níveis
de pressão arterial dos animais (PAS na oitava semana: 178,55 ± 11,34, n=12,
p<0,001) quando comparados ao grupo 2R-1C.
Conclusão:
o tratamento por 28 dias com o ESSt apresenta efeito anti-hipertensivo em
ratos hipertensos 2R-1C, efeito que pode ser atribuído à presença de
compostos fenólicos encontrados no extrato.
Apoio Financeiro:
FACEPE e CNPq.
Gerado em: 2014-5-22 11:31:08
10.0108 - Síntese e avaliação das atividades citotóxicas e anti-microbiana
de novas moléculas tiazolidina-2,4-dionas. ¹Santos, K. L., ¹Alcântara,
S.C., ¹Lima, G. S. A., ¹Silva, G. P., ¹Silva, A.L, ¹Ribeiro, A. G. ¹Pitta, I.
R., ¹Lima, M. C. A. - Departamento de Antibióticos, UFPE, Recife/PE.
Santos, K. L. , Lima, G. S. A., Alcantara, S. C. , Silva, A. L. , Silva, G. P. ,
Ribeiro, A. G. , Pitta, I. R. , Lima, M. C. A. ,
Departamento de Antibióticos - UFPE
Introdução:
As tiazolidinonas são derivados tiazolidínicos contendo um grupo carbonila
nas posições 2,4 e/ou 5 que pertecem a um importante grupo de compostos
heterocíclicos. Sua utilização de síntese orgânica é de grande importância,
tendo em vista as diversas atividades biológicas relacionadas a seus análogos
estruturais, tais como anticancerígena, antiinflamatória, anticonvulsivante,
hipoglicemiante, antiviral e antibacteriana. Devido ao aumento do número de
infecções a ação antimicrobiana é um forte aliado no combate a resistência
adquirida por esses microrganismos. Neste contexto encontram-se os
compostos tiazolidínicos, cuja literatura descreve excelentes resultados como
antibacterianos.
Objetivos:
Verificar a citoxicidade in vitro de novos derivados ATZDs da série 5-
benzilideno-3-benzil-tiazolidina-2,4-diona (LPSF/RA) pelo método MTT e
avaliar a atividade antimicrobiana in vitro pela técninca de difusão em disco.
Métodos:
Não trabalhamos com experimentação animal, nem com experimentação
humana. Para realização do MTT (3-(4,5-dimetil-2-tiazol)-2,5-difenil-2-H-
brometo de tetrazolium) foram utilizadas três linhagens tumorais tais como
HT29 (carcinoma de cólon-humano), HEp-2 (carcinoma de laringe-humano) e
NCI H-292 (câncer de pulmão-humano) que foram obtidas do Banco de
células do Rio de Janeiro, tendo sido cultivadas em meio DMEN,
suplementados com 10% de soro fetal bovino e 1% de antibióticos, mantidas
em estufa a 37 °C e atmosfera contendo 5% de CO2. Na avaliação in vitro da
atividade antimicrobiana das amostras foi inicialmente aplicada a técnica de
difusão em disco onde as cepas selecionadas para o teste foram
Staphylococcus aureus ATCC 25923, Escherichia coli ATCC 25922,
Pseudomonas aeruginosa ATCC 27853.
Resultados:
As amostras apresentaram baixa citotoxicidade frente às células testadas na
concentração de 25µg/mL. Após 24 horas de cultivo não se observou a
formação de halo de inibição de crescimento com os derivados testados,
demostrando que as substâncias não apresentaram atividade antibacteriana
para nenhuma das cepas testadas. Embora o teste de Disco Difusão seja um
método qualitativo e na prática seja utilizada para realizar uma triagem, a
sensibilidade da técninca foi confirmada pela observação de halo de inibição
para o controle positivo e ausência de halo para o controle negativo.
Conclusão:
Estes resultados demonstram que esta série química possui baixa ou nenhuma
atividade frente às linhagens celulares tumorais humanas com exceção dos
derivados LPSF/RA-12 (Linhagem HT29) e LPSF/RA-24 (Linhagem NCI H-
292 e HEP-2) que apresentaram moderada ação citotóxica. Por outro lado,
investigações estruturais a cerca dessas moléculas podem ser importantes para
aumentar as chances dessas substâncias se tornarem antimicrobianos.
Apoio Financeiro:
CNPq
Gerado em: 2014-5-22 11:31:08
10.0109 - AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTITUMORAL IN VIVO
DE ANÁLOGOS FENÓLICOS SINTETICOS
Xavier, A. L. , Simões, S. M. Q. , Brito, M. T. , Moura, A. P. G. , Beltrão,
D. M. , Emery, F. S. , Almeida, R. N. , Sobral, M. V. ,
Programa de Pós-Graduação em Produtos Naturais e S - UFPB Curso de
Graduação em Farmácia - UFPB Programa de Pós Graduação em
Ciências Farmacêutica - USP
Introdução:
Os produtos naturais estão disponíveis em abundância e oferecem as melhores
possibilidades para o encontro de substâncias com interesse terapêutico. A
partir disso, pesquisas vêm mostrando a importante atividade antitumoral de
compostos fenólicos, por interagirem com a via do fator de transcrição nuclear
NF-κB, que tem sua atividade excessiva sendo atribuída a doenças
oncológicas. O estudo de um potencial fármaco que atue nesta via e leve à
morte celular programada das células doentes será muito útil. Então, três
compostos fenólicos obtidos por síntese (MTB03, MTB06 e MTB07) foram
encaminhados para uma triagem antitumoral.
Objetivos:
Realizar a triagem antitumoral in vivo no modelo de Carcinoma Ascítico de
Ehrlich dos compostos sintéticos selecionados.
Métodos:
Comitê de Ética em Pesquisa Animal do CBiotec/UFPB sob Nº CEPA N°
1311/11. Foram utilizados camundongos suíços, fêmeas, com 8 semanas de
vida e pesando de 28 a 42 gramas. O experimento teve como primeiro dia para
o implante das células do carcinoma ascítico de Ehrlich, na cavidade
peritoneal dos camundongos, seguido de 9 dias de tratamento e o 11º dia para
a eutanásia dos animais. Como inóculo, ou seja, a concentração tumoral
administrada na ocasião do implante, utilizou-se a 2x106 células/ 500 µL,
coletadas de um camundongo com 7 dias de implante, cujo inóculo inicial foi
de 2x106 células/ mL. A droga padrão utilizada (correspondente ao “controle
positivo”), foi a substância 5-Fluorouracila (5-FU), na dose de 25 mg/kg. Já os
parâmetros analisados foram: massa tumoral (em gramas), variação ponderal
(em gramas – variação negativa correspondendo a perda de peso), volume
tumoral (drenado, em mL), viabilidade celular (contagem de células, na
unidade x 106 células/mL). Foram testados quatro animais por grupo, uma vez
que o presente experimento corresponde a uma triagem. Os resultados obtidos
foram expressos como média ± erro padrão da média (SEM) e analisados pelo
teste ANOVA, com pós-teste de Dunns. Os resultados foram considerados
significativos quando p < 0,05. O projeto foi aprovado no Comitê de Ética em
Pesquisa Animal do CBiotec sob Nº CEPA N° 1311/11.
Resultados:
Os valores correspondentes à massa tumoral, variação ponderal, volume
tumoral e viabilidade celular estão apresentados respectivamente, para os três
compostos: MTB03: 0,0± 0,0g, 1,17±0,15 g, 0,0± 0,0 mL, 12,85±10,26 x 106
células/ mL; MTB06: 3,93± 0,43 G, 4,53±0,38 g, 2,33±0,85 mL,
162,00±33,32 x 106 células/ mL; MTB07: 5,78± 1,74 g, 2,82±0,97 g,
4,18±1,53 mL, 130,70±73,15 x 106 células/ mL.
Conclusão:
Pelos resultados observados, é possível verificar que a melhor substância
dentre os compostos testados foi a MTB03, analisando-se principalmente os
parâmetros volume tumoral e viabilidade celular. Sendo assim MTB03 será
selecionada para o estudo completo (com três doses para cada substância, e
com 10 animais por grupo).
Apoio Financeiro:
CNPq – Chamada Universal.
Gerado em: 2014-5-22 11:31:08
10.0110 - Investigação das atividades antimotilidade e antidiarreica de
Nanuza plicata (Mart.) L. B. Smith & Ayensu (Velloziaceae)
Machado, F. D. F. , Sousa, T. M. , Sales, I. R. P. , Tavares, J. F. , Batista,
L. M. ,
Centro de Ciências da Saúde CCS - UFPB
Introdução:
Introdução: Nanuza plicata pertence à familia Velloziaceae e é popularmente
conhecida como ‘’Canela d’ema’’. Estudos fitoquímicos com a espécie N.
plicata demonstraram o isolamento de dois derivados do 3-geranil-4-
hidroxibenzoato e três biflavonóides: amentoflavona, hinokiflavona e
podocarpusflavone. Também foram identificadas uma flavona e duas
biflavonas (luteolina, amentoflavona) e um novo biflavonóide, o qual foi
atribuído o nome trivial de nanuzoflavona.
Objetivos:
Objetivos: Esse trabalho teve por objetivo avaliar a atividade do extrato
etanólico bruto obtido das partes aéreas de Nanuza plicata (EEtOH-Np) frente
à motilidade gastrintestinal e a diarreia induzida por óleo de rícino.
Métodos:
CEUA- 0507/12 Métodos: Para isso foram utilizados Camundongos Swiss
machos (Mus musculus) pesando entre 25–35 g e todos os procedimentos
experimentais foram aprovados pelo Comitê de Ética em Uso Animal (CEUA)
com certidão número 0507/12. Para avaliação da atividade do EEtOH-Np no
esvaziamento gástrico e no trânsito intestinal normal, os animais foram
submetidos a um jejum de 12h, divididos em 6 grupos e tratados com controle
negativo (solução tween 80 a 12%); controle positivo (loperamida - 5 mg/kg )
e com o EEtOH-Np (62,5, 125, 250 e 500 mg/kg), respectivamente . Após 1h
do tratamento fez-se a administração de uma supensão de vermelho de fenol
0,05% em carboximetilcelulose 1,5% (v.o). Na sequência, foi realizada a
avaliação do EEtOH-Np frente ao modelo de diarreia induzida por óleo de
rícino, sendo os animais divididos conforme citados anteriormente. Após 1
hora do pré-tratamento, foi realizada a indução da diarreia por administração
do óleo de ricino (10ml/kg) (v.o.) e cada animal foi colocado em uma caixa
separada para avaliação dos bolos fecais durante 4 horas e posteriormente
foram eutanasiados para cálculo do índice de evacuação, que foi calculado de
acordo com a quantificação dos episódios sólidos, semi sólidos ou líquidos
IE=(sx1+ssx2+Lx3).
Resultados:
Resultados: observou-se que EEtOH-Np não alterou em nenhuma das doses
avaliadas, a porcentagem de esvaziamento gástrico, para o EEtOH- NP 62,5
(90,0 ± 3,4) ; EEtOH- NP 125 (91,2 ± 8,7); EEtOH-NP 250 (89,1 ± 7,7);
EEtOH-NP 500 (90,4 ± 7,0), quando comparado ao controle negativo (90,3 ±
5,0). O mesmo resultado foi observado para a porcentagem do trânsito em que
não houve diferença significativa das porcentagens das doses administradas
EEtOH- NP 62,5 (54,8 ± 5,3); EEtOH- NP 125 (57,5 ± 6,5); EEtOH-NP 250
(55,5 ± 9,0); EEtOH-NP P500 (52,1 ± 7,4) quando comparadas ao controle
negativo ( 54,3 ± 3,4), demonstrando que o extrato não alterou a motilidade
gastrintestinal. Em relação à atividade antidiarreica, todas as doses avaliadas
62,5 (5,4 ± 1,5); 125 (5,7 ± 1,6); 250 (5,7 ± 1,4); 500 (5,6 ± 1,0) não alteraram
o índice de evacuação quando comparadas ao controle negativo (11,3 ± 4,3).
Conclusão:
Conclusão: Diante dos resultados obtidos conclui-se que o EEtOH-Np não
alterou o esvaziamento gástrico e o trânsito intestinal e não apresentou
atividade antidiarreica.
Apoio Financeiro:
Apoio financeiro: UFPB, CAPES, PgPNSB
Gerado em: 2014-5-22 11:31:08
10.0111 - TRIAGEM FITOQUÍMICA E ATIVIDADE
FOTOPROTETORA DE Euphorbia hirta L. (EUPHORBIACEAE).
Bezerra, G. S. , Guimaraes, A. L. , Oliveira, A. P. , Oliveira, F. G. S. ,
Cruz, D. R. R. , Macedo, S. K. S. , Almeida, J. R. G. S. , Araujo, E.C.C.,
Programa de pós-graduação em Recursos Naturais do - UNIVASF
Introdução:
Euphorbia hirta é uma espécie pertencente à família Euphorbiaceae, conhecida
popularmente como “erva de Santa Luzia”, é uma planta medicinal cujo uso
tradicional tem sido relatado no tratamento de tosse, coriza, asma, infecções
nos brônquios, reclamações intestinais, infestações por vermes, feridas, pedras
nos rins e furúnculos.
Objetivos:
O presente estudo tem como objetivo realizar uma triagem fitoquímica e
avaliar a atividade fotoprotetora in vitro do extrato etanólico bruto (EtOH) das
partes aéreas de E. hirta, bem como das fases (Hex, CHCl3 AcOEt, MeOH).
Métodos:
Não se aplica a utilização de animais ou humanos. O material vegetal (folhas,
flores e caule) foi coletado na cidade de Petrolina-PE, e a exsicata da espécie
foi depositada no HVASF. O estudo iniciou-se com a secagem, pulverização e
preparação do extrato etanólico das partes aéreas através da técnica de
maceração. Em seguida o extrato etanólico foi submetido a um sistema de
cromatografia à vácuo com os solventes hexano, clorofórmio, acetato de etila
e metanol para obtenção das fases. Para a realização da triagem fitoquímica os
extratos foram avaliados em placas de cromatografia em camada delgada para
verificação da presença das principais classes de metabólitos secundários de
plantas. Para avaliar a atividade fotoprotetora os extratos foram previamente
secos e, em seguida, diluídos em etanol absoluto, obtendo-se concentrações de
5, 25, 50 e 100 mg/L. A leitura foi realizada através de varredura em
espectrofotômetro entre os comprimentos de 260 a 400 nm. Posteriormente,
foi calculado o Fator de Proteção Solar (FPS) das amostras. Os experimentos
foram realizados em triplicata.
Resultados:
A análise do Extrato etanólico bruto e demais fases na triagem fitoquímica
indicou a presença de terpenos, o que está de acordo com estudos realizados
com outras espécies do gênero. O material vegetal analisado também mostrou
resultado positivo para antracenos e derivados, cumarinas, naftoquinona e
flavonóides. Sobre a atividade fotoprotetora os valores obtidos nos extratos e
fases de E. hirta foram considerados razoáveis quando comparados ao valor
mínimo estabelecido pela ANVISA. Dentre estes valores, os maiores foram
observados nas concentrações mais altas como na fração Eh-MeOH com FPS
igual a 9,847±1,731 para a concentração de 100 mg/mL. Todos os resultados
demonstrados por E. hirta mostram que são necessárias doses relativamente
altas para que haja uma melhor fotoproteção.
Conclusão:
Os resultados deste estudo demonstram que as classes de metabólitos
secundários identificadas na triagem podem ter relação com a atividade
fotoprotetora da fase Eh-MeOH. Desta forma, percebe-se que os materiais
vegetais de Euphorbia hirta coletados em Petrolina-PE possuem um perfil
fitoquímico semelhante a outras espécies do gênero Euphorbia. Um estudo
fitoquímico mais aprofundado torna-se necessário para uma melhor discussão
em relação aos constituintes químicos desta planta, por fazer parte da cultura
da região e apresentar um enorme potencial terapêutico.
Apoio Financeiro:
CAPES/CNPq/BNB.
Gerado em: 2014-5-22 11:31:08
10.0112 - AVALIAÇÃO DO ENVOLVIMENTO DOS RECEPTORES
OPIÓIDES NA ATIVIDADE ANTINOCICEPTIVA DO ÓLEO
ESSENCIAL DE Hyptis martiusii Benth (CIDREIRA-BRAVA)
Oliveira, C. D. M. , Ramos, A. G. B. , Neto, L. J. L. , Tintino, S. R. , Silva,
A. A. , Morais, L. P. , Menezes, I. R. A. ,
DEPARTAMENTO DE QUÍMICA BIOLÓGICA - URCA
Introdução:
A dor é definida como uma experiência sensorial desagradável, associada a
dano tecidual, sendo os receptores opióides um dos importantes receptores
que atuam na regulação normal da sensação da dor. A avaliação do potencial
terapêutico de plantas medicinais para este estímulo, foram comprovadas
através de ensaios pré-clínicos com animais, partindo de pesquisas
etnofarmacológicas sobre espécies vegetais utilizadas na medicina popular.
Dentre essas espécies, destaca-se o Hyptis martiusii Benth (cidreira-brava),
pertencente ao gênero Hyptis e família Lamiaceae, utilizada pelas
comunidades da Chapada do Araripe para o tratamento de doenças do trato
gastrointestinal, além de apresentar propriedades farmacológicas já descritas
na literatura como atividade antiulcerogênica, antimicrobiana, antitumoral,
citotóxica e inseticida.
Objetivos:
Verificar o envolvimento do sistema opióide no efeito antinociceptivo do óleo
essencial de Hyptis martiusii Benth (OEHM).
Métodos:
18/2012.2 O projeto submetido ao Comitê de Ética em Pesquisa Animal
(CEUA) da Universidade Regional do Cariri, sendo aprovado sob o número
18/2012.2. Foram utilizados cinco grupos de camundongos (n=6) Mus
musculus, albinos, da linhagem Swiss de ambos os sexos, com massa corpórea
entre 20-30g. Foram pré-tratados com morfina (5 mg/kg, s.c), salina
(0,1mL/10g v.o.) e o óleo essencial (OEHM 100mg/kg v.o.), administrados 1h
antes de receberem óleo de mostarda e após 1,5h aplicada a morfina é
aplicado o agente flogístico à 0,75% em salina 0,9% (50 μl/animal i.c.),
através de uma cânula de ponta arredondada. O papel do sistema opióide foi
avaliado pela administração em dois grupos de naloxona (2 mg/kg, i.p.) 30
min antes de receber morfina (5 mg/kg, s.c.) e concomitantemente OEHM
100mg/kg no outro grupo. Após 30 min da administração da morfina e 1,5 h
após a administração do óleo essencial, os animais receberam óleo de
mostarda e após 20 minutos os comportamentos como lamber abdômen,
arrastar-se contra o solo, contorção e retrações abdominais foram contados. A
análise estatística utilizada foi ANOVA de duas vias utilizando o teste de post
hoc de Bonferroni, utilizando o software Prisma para Windows.
Resultados:
O número de comportamentos relacionados a expressão da dor induzida pelo
óleo de mostarda, foi reduzido em 83,47% na morfina e 61,61% no OEHM
em relação ao grupo salina, comprovando sua ação antinociceptiva. No grupo
naloxona com morfina, o antagonista reverteu o efeito analgésico da morfina
aumentando em 1,13%, os comportamentos relacionados a dor,
assemelhando-se ao controle negativo. Na associação naloxona e OEHM,
também houve uma reversão do efeito antinociceptivo do óleo essencial pelo
antagonista, evidenciado pela redução de apenas 0,64% da expressão dos
comportamentos de dor.
Conclusão:
O OEHM na concentração de 100mg/kg apresenta atividade antinociceptiva,
atuando através dos receptores opióides.
Apoio Financeiro:
CAPES, CNPq, FUNCAP.
Gerado em: 2014-5-22 11:31:08
10.0113 - Estudo da Atividade Antimicrobiana da Spathodea
campanulata P. Beauv
Silva, A. T. , Sena, K. X. F. R. , Albuquerque, J. F. C. ,
Departamento de Antibióticos - UFPE
Introdução:
Spathodea campanulata (Bignoneaceae) é uma planta originária da África
tropical, de grande porte com altura de 20 a 25 metros, tem copa frondosa com
grandes folhas de verde intenso, é a única representante da sua espécie. Suas
flores são grandes e belas variando do vermelho, alaranjado ao amarelo, sendo
esta última cor mais rara. Popularmente é conhecida como bisnagueira,
tulipeira-do-gabão, tulipa africana, xixi de macaco ou chama-da-floresta. É
uma planta invasiva dependendo do terreno onde é plantada, muito usada na
ornamentação de ruas e casas. É uma espécie tóxica e pode causar a morte de
animais por isso consta da lista da IUCN como as cem piores espécies
invasoras do mundo Suas grandes vagens lenhosas comportam várias
sementes aladas, o que facilita a propagação pelo vento. Isto favorece a
perpetuação da espécie em diversas áreas urbanas ou florestais.
Objetivos:
Este estudo teve como finalidade determinar a atividade antimicrobiana das
flores da Spathodea campanulata.
Métodos:
NÃO TEM CÓDIGO PORQUE OS TESTES FORAM REALIZADOS COM
MICRO-ORGANISMOS As flores foram colhidas no jardim do Campus da
Universidade Federal de Pernambuco, foram secas à temperatura ambiente, à
sombra, em local arejado e protegido de insetos ou animais. Após secagem o
material foi moído, pesado e extraído com hexano, seguido de etanol retirando
assim, os componentes apolares. O resíduo foi extraído com etanol, evaporado
até secura e testado contra nove micro-organismos de diferentes classes:
Gram-positivos: Staphylococcus aureus, Micrococcus luteus, Bacillus subtilis,
e Enterococcus faecalis; Gram-negativos: Pseudomonas aeruginosa,
Esherichia coli, e Serratia marcescens; micro-organismo álcool ácido
resistente: Mycobacterium smegmatis e a levedura Candida albicans. A
atividade antimicrobiana foi avaliada qualitativamente pelo método de difusão
em disco. Discos de 6 mm de diâmetros foram impregnados com 10 µL/mL
de soluções dos produtos à concentração de 200 mg/mL. Os discos foram
colocados sobre a superfície do meio Müeller-Hinton, semeados com os
micro-organismos-teste e suspensos previamente em soro fisiológico até
turbidez de 0,5 da escala McFarland. DMSO foi o controle e ciprofloxacina e
cetoconazol a droga padrão. As placas foram incubadas a 37 °C durante 24
horas (bactérias) e 30 °C durante 24-48 horas (leveduras). Os testes foram
realizados em triplicatas e os resultados expressos em mm foram calculados
pela média aritmética do diâmetro dos halos de inibição formado ao redor dos
discos nas três repetições (Amer. J. Clin. Pathol, 45: 493-496, 1966).
Resultados:
A fração etanólica apresentou os seguintes resultados Staphylococcus aureus
(10 mm), Micrococcus luteus (13 mm), Enterococcus faecalis (8 mm) todos
Gram-positivos. Os micro-organismos Gram-negativos, os álcool ácido
resistente e a levedura Candida albicans não foram inibidos pelo respectivo
extrato. Entre os nove micro-organismos testados a fração etanólica inibiu o
crescimento de apenas três deles, sendo baixa para a maioria dos micro-
organismos testados.
Conclusão:
Neste teste foram considerados apenas os valores iguais ou acima de 10 mm.
Assim, a fração etanólica apresentou resultados inibitórios consideráveis
apenas para dois micro-organismos Gram-positivos, portanto menos de 30%
das espécies testadas.
Apoio Financeiro:
CNPq
Gerado em: 2014-5-22 11:31:08
10.0114 - POTENCIAL ANTIOXIDANTE E TEOR DE FENÓIS
TOTAIS DO EXTRATO DE Senna alata e Senna lechriosperma.
Pereira, J. J. S. , Pereira, A. P. C. , Silva, E. C. N. , Silva, M. V. , Correia,
M. T. S. ,
Departamento de Bioquímica - UFPE
Introdução:
A utilização das plantas com atividades terapêuticas é uma das práticas mais
antigas empregadas pelo homem. As espécies de Senna são amplamente
encontradas no bioma da caatinga e usuais na medicina popular no combate a
infecções bacterianas, fúngicas, como purgativas, além de propriedades
antialérgica e antinflamatória com grande presença de compostos
antracênicos.
Objetivos:
Diante da presença de uma variedade de compostos bioativos e da necessidade
de investigação de seus aspectos químicos, objetivou-se o estudo comparativo
do extrato metanólico das duas espécies de Senna frente ao potencial
antioxidante.
Métodos:
Para elaboração do presente trabalho não foi necessária a aprovação do
Comitê de Ética Experimental da Instituição no local. O material vegetal foi
coletado no Parque Nacional do Catimbau, PE-Brasil, processado,
identificado e incorporado ao acervo do Herbário do Instituto Agronômico de
Pernambuco (IPA). Em seguida, as cascas foram secas a temperatura
ambiente, e processadas em moinho de bancada para obtenção do extrato
metanólico (EM). Foi realizada a dosagem do teor de compostos fenólicos
pelo método de Folin–Ciocalteu, sendo os resultados expressos como μg de
equivalentes de ácido gálico (EAG). Posteriormente, foi testada a capacidade
antioxidante pelo método de fosfomolibdenio e Peróxido de Hidrogênio com
os padrões: ácido gálico (AG) ácido ascórbico (AA).
Resultados:
Senna alata (SA) e Senna lechriosperma (SL) apresentaram dosagem de fenóis
totais de 0,19449 ug/g e 0,26108 ug/g respectivamente. Pelo método
fosfomolibdenio SA apresentou 72.03± 1,33% e 84,67±2,81%, e uma IC50
para avaliação do peróxido de hidrogênio de 13,7± 2,03 e 15,53 ± 4,18, para
SA e SL respectivamente, demonstrando que Senna alata apresenta um
potencial antioxidante melhor do que Senna lechriosperma.
Conclusão:
Os resultados demonstram que ambas as espécies de Senna possuem elevado
potencial antioxidante bem como uma alta dosagem de polifenóis totais, sendo
duas espécies promissoras para produção de novos fármacos.
Apoio Financeiro:
FACEPE, CAPES, CNPQ.
Gerado em: 2014-5-22 11:31:32
10.0115 - SÍNTESE E AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE CITOTÓXICA
IN VITRO DO DERIVADO TIAZOLIDÍNICO 5-(2-BROMO-3-
HIDROXI-4-METOXIBENZILIDENO)-TIAZOLIDINA-2,4-DIONA
1Santiago, P.B.G.S., 1Egito, M.S., 2Militão, G.C.G., 1Silva,T.G.,
1Albuquerque, J.F.C., 1Departamento de Antibióticos, 2Departamento
de Farmacologia e Fisiologia, UFPE, Recife/PE
Santiago, P. B. G. S. , Egito, M. S. , Silva, T. G. , Militao, G. C. G. ,
Albuquerque, J. F. C. ,
Departamento de Antibióticos - UFPE Departamento de Farmacologia e
Fisiologia - UFPE
Introdução:
As tiazolidinas, de modo geral, possuem variadas propriedades
farmacológicas, como antimicrobiana, antiparasitária, antifúngica, anti-
inflamatórias, inclusive anticâncer. A variação ou modificação molecular
realiza mudanças estruturais na molécula original, permitindo avaliar a
influência exercida pela modificação de um átomo ou grupo de átomos, sobre
a atividade biológica da droga. Com vistas nas propriedades citotóxicas desses
compostos, uma nova substância foi sintetizada a partir da condensação da
tiazolidina-2,4-diona com o 2-Bromo-3-Hidroxi-4-metoxibenzaldeído. A
avaliação da atividade citotóxica foi realizada utilizando as células de
linhagem NCIH-292 (linhagem contínua de células muco epidermóides).
Objetivos:
Sintetizar, purificar e testar o composto 5-(2-Bromo-3-Hidroxi-4-
metoxibenzilideno)-tiazolidina-2,4-diona (Ju-623) contra a linhagem celular
NCIH-292.
Métodos:
O presente trabalho não utilizou para suas pesquisas, em qualquer etapa,
nenhuma experimentação humana ou animal. O composto Ju-623 foi
sintetizado partindo da tiazolidina-2,4-diona (Ju-32) 0,200g (1,7 mmol)
dissolvida em 5 mL de Etanol e 4 gotas de piperidina. A mistura foi mantida
sob agitação magnética e à temperatura ambiente por 10 min. Em seguida, foi
adicionado 0,3945g (1,7 mmol) do 2-Bromo-3-Hidroxi-4-metoxibenzaldeído e
por fim, o balão foi levado ao banho de óleo sob agitação magnética e
estabilizado a 75 °C. Após 28 horas de reação, o produto foi purificado por
cristalização em etanol, filtrado e seco. A atividade citotóxica foi
desenvolvida pelo método colorimétrico do MTT conforme protocolo usado e
aprovado pelo Instituto Internacional do Câncer. Uma suspensão celular (105
células/mL) foi distribuída em placa de cultura com 96 poços (100 µL em
cada poço). A placa foi incubada a 37 °C, com atmosfera úmida enriquecida
com 5 % de CO2 por 24 h. Em seguida, foi adicionada a substância teste (100
µL/poço) e a placa foi reincubada a 37 °C. Após 72 h de contato das células
com o produto teste, foi adicionado 0,25 µL de MTT (brometo (3-[5,4-
dimetiltiazol-2-il]-2,5-difeniltetrazólio), 5 mg/mL em PBS (p/v) em cada poço
e a placa foi deixada por duas horas em estufa 37 °C. Ao final desse período o
meio de cultura, juntamente com o excesso de MTT foram aspirados e em
seguida, 100 µL de DMSO foi adicionado a cada poço para dissolução dos
cristais de formazano. A leitura óptica foi feita em leitor automático de placas
do tipo Multiskan (490 nm) e a densidade óptica (DO) média dos poços foi
comparada com a DO média do poço controle.
Resultados:
Rendimento 79 % e Rf 0,51 (CHCl3/MeOH - 0,96:0,04). O ponto de fusão do
composto aconteceu por decomposição à temperatura de 245 °C. A estrutura
química foi comprovada por meio de métodos físicos de espectroscopia de
RMN1H, RMN13C, Massas e Infravermelho. O composto tiazolidínico (Ju-
623) evidenciou capacidade de inibir o crescimento da célula tumoral testada
em 54,6%, apresentando IC50 (21,35µg/ml).
Conclusão:
O composto Ju-623 foi obtido puro, com rendimento considerado elevado,
suas constantes físicas definidas de acordo com os padrões internacionais que
comprovaram a pureza do produto. O teste de atividade citotóxica desse
derivado apresentou, inibição em relação ao crescimento desordenado das
células da linhagem testada, considerado baixo.
Apoio Financeiro:
CNPq
Gerado em: 2014-5-22 11:31:32
10.0116 - Síntese e estudo da interação do DNA com derivado acridíníco
(LPSF/AC)
Lafayette, E. A. , Júnior, A. S. A. A. , Almeida, S. V. , Amorim, C. A. C. ,
Santos, R. L. M. , Pitta, I. R. , Júnior, L. B. C. , Lima, M. C. A. ,
Antibióticos - UFPE Bioquímica - UFPE
Introdução:
As informações oficiais da Organização Mundial da Saúde indicam que o
mundo registra, a cada ano, mais de 6 milhões de mortes devido ao câncer. O
câncer é a 2a causa de morte dos países industrializados, depois das doenças
cardiovasculares (Lancet Oncol. 4, 45-55. 2003). Em 2020, estima-se que
aproximadamente 15 milhões de pessoas sejam diagnosticadas com câncer. O
tratamento do câncer pode ser feito através de cirurgia, radioterapia,
quimioterapia ou transplante de medula óssea, em muitos casos, é necessário a
combinação com mais de uma modalidade. Com o envelhecimento da
população e o aumento do número de casos de neoplasias, a busca por
quimioterápicos mais seletivos e menos tóxicos tem crescido em todo o
Mundo. Os derivados acridínicos tais como a N-[2-
(dimetilamino)etil]acridina-4-carboxamina conhecida como DACA e seus
análogos são uma classe de agentes intercaladores de DNA com atividade
inibitória frente a enzimas reguladoras do DNA, as topoisomerases I e II
(Cancer Chemother. Pharmacol., v. 36, p. 244-248, 1995). A DACA apresenta
um amplo espectro de atividade frente a tumores sólidos em animais e não é
relativamente afetada pela MDR mediada pela glicoproteina-P devido as sua
alta lipolificidade (Eur. J. Cancer. 32A, 708-714. 1996). No Laboratório de
Planejamento e Síntese de Fármacos (LPSF/UFPE) já foram sintetizadas
algumas acridinas e avaliadas frente a tumores malignos e apresentaram
valores de inibição de 72,25 % e 71,48 %.
Objetivos:
Analisar o estudo da ligação DNA usando ctDNA e topoisomerase I humano
e inibição da atividade de derivados acridínicos.
Métodos:
O trabalho pertence a área da química medicinal e consta a parte química e
teste in vitro, sem haver necessidade da utilização de animais. A obtenção do
núcleo acridínico é realizada a partir da difenilamina, a qual, em presença do
ácido acético e cloreto de zinco, conduzem a 9-metil-acridina. Subseqüentes
reações de oxidação com clorocromato de piridínio (PCC), na presença de
sulfato de magnésio e de condensação do tipo Knoevenagel utilizando o
cianoacetato de etila, conduz à formação deste intermediário reativo. Pelo
aquecimento do éster da acridina com a 3amino-2-tioxo-tiazolidin-4-ona,
dissolvido em etanol anidro, na presença de morfolina a uma temperatura
50ºC por 4 horas, obtêm-se o composto final (LPSF/AC-127). A interação do
derivado acridínico (LPSF/AC-127) com DNA timo de bezerro (ctDNA) foi
monitorado por espectrofotometria em UV-visível, em tampão de Tris-HCl
(10mM, pH 7.6). Inicialmente, foi determinada a concentração do DNA
usando o seu coeficiente de extinção molar de 6.600 m-1 cm-1. O derivado
acridínico foi solubilizando em DMSO na concentração de 1mM, e posterior
diluição para concentrações de 10 a 50 μM, em tampão Tris-HCl. Após
analise das propriedades espectrais no Uv-vis do derivado tiazacridínico, foi
preparada soluções do composto a 50 μM na presença de DNA em
concentrações de 10 a 120 μM. Os dados do espectro de absorção para
construção do gráfico foram ajustados usando o software SigmaPlot 10.0.
Resultados:
O produto obtido apresentou uma coloração amarela e com rendimento
satisfatório. Quanto à síntese dos produtos intermediários, todos obtiveram
rendimento satisfatório, uma vez que as rotas sintéticas são comuns no
laboratório e amplamente utilizadas. O derivado apresentou um coeficiente de
extinção molar de 10.340 M-1, e absorção máxima em comprimento de onda
de 346 nm. Na presença do DNA, quando o mesmo não absorve luz nesta
região, o composto mostrou uma diminuição da intensidade do pico de
absorção, apresentando um hipocromismo de 40,43%, o que é indicativo da
interação ao DNA. A presença do grupamento amino na posição 3 do anel da
tiazolidin-4-ona pode explicar o efeito hipocrômico apresentado pelo
composto, devido às interações que ocorrem com o grupamento amino e os
pares de bases do DNA, o que causa desestruturação da dupla hélice do DNA.
Conclusão:
Os estudos de intercalação DNA foram realizados e nos permitiu indicar que a
provável interação ocorre nos pares de bases. O estudo de dicroísmo circular é
necessário para confirmar o tipo de interação.
Apoio Financeiro:
FACEPE, CNPq e UFPE
Gerado em: 2014-5-22 11:31:32
10.0117 - AVALIAÇÃO FARMACOCINÉTICA DO
TRACHYLOBANO-360.
Abrantes, R. A. , Pita, J. C. L. R. , Fernandes, I. G. , Lucena, H. F. S. ,
Tavares, J. F. , Silva, M. S. , Santos, S. G. , Branco, M. V. S. C. ,
Departamento de Ciências Farmacêuticas - UFPB
Introdução:
Observa-se que estudos farmacodinâmicos de produtos naturais precedem os
estudos farmacocinéticos. Nesse sentido, o trachylobano-360 (T-360), obtido
de Xylopia langsdorffiana St. Hil. & Tul. (Annonaceae), é um produto natural
promissor do ponto de vista farmacológico (Nat. Prod. Res. 26: 2335, 2012;
Molecules. 17: 9573, 2012) sem estudos farmacinéticos descritos na literatura.
Para estes, técnicas bioanalíticas apropriadas que permitam quantificar a
exposição e respostas são cruciais, como a cromatografia líquida de alta
eficiência acoplada ao espectrômetro de massas (CLAE-EM) que fornece
capacidade superior para análise de biofármacos (J. Pharm. Anal. 4: 53, 2014).
Objetivos:
Determinar, após administração endovenosa (e.v.) do T-360, parâmetros
farmacocinéticos: concentração sanguínea máxima (Cmax), Clearance
sistêmico (CLs), área sobre a curva de concentração versus tempo (ASC),
tempo de meia-vida (t1/2) e volume de distribuição aparente (Vd).
Métodos:
CEUA N° 1009/12 Camundongos albinos Swiss (Mus musculus), machos (28
– 32 g), foram divididos em oito grupos (n = 6) de acordo com o tempo de
coleta do sangue. Após a administração da dose de 25 mg/kg (e.v.) em todos
os camundongos, 400 µL de sangue foram coletados em cada tempo dos
respectivos grupos: 10, 15, 30 min; 1, 2, 4, 8 e 24 h. Para a coleta do sangue,
os animais foram anestesiados com tiopental sódico (50 mg/kg) pela via
intramuscular no trem posterior. As alíquotas de sangue foram transferidas
para tubos contendo heparina (25 IU/mL) e congeladas em N2 líquido. Após
descongelamento, as amostras foram processadas: adição do padrão interno
(PI), acidificação com ácido fórmico, agitação por 60 s, adição de CHCl3 para
extração do T-360 e PI. As amostras foram centrifugadas a 14.000 x g por 15
min. A fase orgânica foi coletada e o sedimento foi ressubmetido à extração.
Ao término do processamento, toda a fase orgânica coletada foi submetida à
secagem, insuflando N2 gasoso. Todas as amostras foram mantidas a -20 ºC
até sua análise por CLAE-EMn utilizando método previamente desenvolvido
e validado, sendo este seletivo, linear, preciso e exato para o estudo
farmacocinético. Os dados de concentração em função do tempo foram
analisados utilizando o modelo farmacocinético não-compartimentado,
obtendo-se os parâmetros farmacocinéticos concentração sanguínea máxima
(Cmax), a área sob a curva (ASC0–t), volume de distribuição aparente (Vd)
(Dosee.v./Cmax), clearance sistêmico (CLs) (Dosee.v./ASCe.v.) e tempo de
meia-vida de eliminação (t1/2) (0,693xVd/CLs). Os resultados estão expressos
como média ± desvio padrão da média.
Resultados:
Os valores dos parâmetros obtidos foram: Cmax = 321,34±52,33 µg/mL;
ASC0-t = 30,09±5,71 µg/mL.h; Vd = 0,08±0,01 L/kg; CLs = 830,97±173,77
mL/h/kg; t1/2 = 3,89±0,11 min.
Conclusão:
Imediatamente após a sua administração, o T-360 apresentou Cmax elevado,
pois toda a droga é injetada na corrente sanguínea. O T-360 possui um t1/2
muito curto. Isso pode ser devido à rápida distribuição tecidual (elevado Vd)
acompanhada da rápida biotransformação e/ou acúmulo e excreção renal já
que apresentou elevado CLs
Apoio Financeiro:
CNPq
Gerado em: 2014-5-22 11:31:32
10.0118 - INFLUÊNCIA DE UM HEPARINOIDE OBTIDO DO
CAMARÃO Litopenaeus vannamei SOBRE O PROCESSO
INFLAMATÓRIO EM MODELO DE PERITONITE AGUDA
Luz, J. R. D. , Brito, A. S. , Coelho, L. F. , Cavalcante, R. S. , Palhares, L.
C. G. F. , Silva, D. J. A. , Pedroso, V. M. A. , Souza, G. P. V. A. ,
Chavante, S. F. ,
Departamento de Bioquímica - UFRN Departamento de Bioquímica -
FACISA
Introdução:
O processo inflamatório é constituído por uma série complexa de eventos
celulares, submetidos a um forte controle, que evoluíram para eliminar ou
conter os agentes infecciosos e reparar danos teciduais. Entretanto, uma
resposta inflamatória ineficiente ou descontrolada contribui para a disfunção
celular, dano tecidual e reparo inadequado encontrados em muitas doenças
inflamatórias. A heparina é conhecido por possuir ação anti-inflamatória.
Apesar do grande potencial desse polissacarídeo como fármaco anti-
inflamatório, seu uso clínico é limitado pela sua forte atividade anticoagulante
e complicações hemorrágicas. Por essa razão considerável esforço tem sido
empregado na descoberta de análogos da heparina (heparinoides) com
reduzida atividade hemorrágica, que preservem suas propriedades anti-
inflamatórias.
Objetivos:
Avaliar a influência de um heparinoide extraído do cefalotórax do camarão
Litopenaeus vannamei sobre o processo inflamatório.
Métodos:
044/2010 O composto foi isolado mediante proteólise, fracionamento com
acetona e purificado após cromatografia de troca-iônica, seu efeito sobre a
inflamação e a atividade de Metaloproteinases (MMPs) de matriz foi avaliado
através do modelo de peritonite aguda induzida em ratos, aprovado pela
comissão de ética no uso de animais – CEUA da UFRN com o protocolo de
número 044/2010. E a capacidade inibitória da elastase neutrofílica foi
realizada In vitro com kit obtido comercialmente. Os resultados foram
expressos como média ± SD e analisados por ANOVA. A diferença entre os
grupos foi realizada pelo teste de Tukey-Kramer. O valor de p<0,001 foi
considerado extremamente significante.
Resultados:
Os animais tratados com o heparinoide obtido do camarão apresentaram uma
redução significativa do recrutamento de leucócitos ao sítio de injúria, bem
como uma efetiva inibição da atividade da MMP-9 e proMMP-2. A menor
dose de heparina testada (5µg/Kg de animal) foi capaz de reduzir mais de 80%
da infiltração celular, enquanto a maior dose do heparinoide (15µg/Kg de
animal) promoveu uma redução de cerca de 60%. Além disso, o composto do
camarão reduziu significativamente (p<0,001) mais de 50% da atividade das
metaloproteinases (MMP-9 e proMMP-2) em todas as doses testadas. Os
resultados ainda mostraram que o composto em teste, na menor concentração
(5nM) reduziu significativamente (p<0,001) em torno de 34% a atividade da
enzima elastase, enquanto a heparina promoveu uma redução maior (~43%).
Conclusão:
A eficácia antimigratória, bem como a inibição da atividade da elastase e de
MMPs, enzimas crucialmente envolvidas no processo de inflamação, fazem
do heparinoide obtido do camarão Litopenaeus vannamei, um modelo
estrutural interessante para novos estudos como agente anti-inflamatório no
tratamento de doenças.
Apoio Financeiro:
CAPES e CNPq
Gerado em: 2014-5-22 11:31:32
10.0119 - Avaliação da atividade antioxidante de diferentes extratos de
folhas de M. Rufula.
Arcoverde, J. H. V. , Paula, R. A. , Silva, A. G. , Ramos, B. A. , Correia,
M. T. S. , Silva, M. V. ,
Departamento de Bioquímica - UFPE
Introdução:
Os radicais livres apresentam diferentes funções no organismo humano e estão
envolvidos na produção de energia, fagocitose, regulação do crescimento e
sinalização celular. No entanto a interação destes radicais livres com o sistema
biológico, independentemente de sua fonte, pode, por vezes, resultar em
consequências significativas para a saúde, onde o seu excesso apresenta
efeitos deletérios, tais como danos ao DNA, proteínas e lipídios que causam
stress oxidativo, favorecendo o aparecimento de diversas patologias como
doenças cardíacas e neurodegenerativas; diabetes e câncer. Os
antioxidantes são moléculas que possuem a capacidade de proteger
o corpo contra deteriorações causadas ??pelos radicais livres induzidos pelo
estresse oxidativo. Elas podem retardar ou inibir o início e/ou propagação da
reação em cadeia oxidativa e assim prevenir ou reparar danos causados as
células do corpo pelas espécies reativas de oxigênio (EROs). Diversos estudos
têm relatado as atividades antioxidantes e de eliminação de radicais livres em
extratos e compostos puros, naturais de algumas espécies de plantas do gênero
Manilkara.
Objetivos:
Neste contexto, o presente trabalho teve como objetivo avaliar a atividade
antioxidante de diferentes extratos (clorofórmio, acetato de etila, metanol e
água) de folhas de Manilkara rufula.
Métodos:
O presente trabalho não fez uso de experimentos em humanos nem em
animais. O material botânico foi coletado no Parque Nacional da Serra do
Catimbau, localizado na região do Semi Árido do estado de Pernambuco. As
folhas de M. rufula foram submetidas à secagem em temperatura ambiente, e
posteriormente, moídas e armazenadas. Os diferentes extratos foram obtidos a
partir de 100 g de farinha das folhas de M. rufula, em aparelho soxhlet usando
solventes orgânicos em ordem eleutrópica. Estes solventes foram eliminados
utilizando um evaporador rotativo sob pressão reduzida. A atividade
antioxidante dos extratos foram determinadas pelo ensaio do radical 2,2-
difenil-1-picrilhidrazil (DPPH), adicionando-se em cada poço de uma
microplaca 250 μL da solução de DPPH e 40 μL de: metanol (controle
negativo), soluções padrões de ácido ascórbico e quercetina (controle
positivo) e os diferentes extratos nas concentrações de 10, 25, 50, 100, 200,
300, 400 e 500 µg/mL . As leituras das absorbâncias foram realizadas após 25
min de reação em espectrofotômetro de microplaca, em triplicatas, a 517 nm.
Resultados:
A atividade do DPPH revelou que o extrato metanólico teve o maior sequestro
de radicais livres (86,36%), seguido do extrato acetato de etila (84,15%),
correspondendo à inibição da oxidação do DPPH. Os extratos clorofórmico e
aquoso apresentaram atividades menores que 6,63%. Das concentrações que
foram testadas (500, 400, 300, 200, 100, 50, 25 e 10 microgramasg/mL) viu-se
que a atividade de sequestro de radicais ocorreu até a concentração de 100
microgramas/mL, dependendo do solvente utilizado para obtenção do extrato,
observando assim que a atividade antioxidante de M. rufula diminui a medida
que sua concentração também diminui.
Conclusão:
De acordo com estes resultados, o potencial antioxidante apresentado pode
estar relacionado com a presença de compostos bioativos presentes nas folhas
de M. rufula, tornando esta espécie uma promissora fonte de novas moléculas
com aplicações biotecnológicas.
Apoio Financeiro:
CAPES, FACEPE e CNPQ.
Gerado em: 2014-5-22 11:31:32
10.0120 - Alterações tegumentares em vermes adultos de Schistosoma
mansoni pelo derivado imidazolidínico RN-4A. 1Silva, A.L., 2Oliveira,
S.A., 1Oliveira, J.F., 2Santiago, E.F., 1Almeida Júnior, A.S.A., 2Peixoto,
C.A., 2Rocha, V.P.C., 2Soares, M.B.P., 1Pitta, I.R., 1Lima, M.C.A.
1Departamento de Antibióticos, Universidade Federal de Pernambuco
(UFPE). 2Departamento de Imunologia, Fundação Oswaldo Cruz
(FIOCRUZ/PE).
Pitta, I. R. , Soares, M. B. P. , Rocha, V. P. C. , Peixoto, C. A. , Junior, A.
S. A. A. , Santiago, E. F. , Oliveira, J. F. , Oliveira, S. A. , Silva, A. L. ,
Lima, M. C. A. ,
Antibióticos - UFPE Imunologia - FIOCRUZ
Introdução:
A esquistossomose mansônica é uma doença parasitária causada pelo
tremátoda Schistosoma mansoni responsável por afetar mais de 230 milhões
de pessoas distribuídas pelo mundo (Rev Bras Clin Med. 10; 39–45, 2012). O
tratamento dessa parasitose é baseado na monoterapia com a utilização do
praziquantel (PZQ). No entanto, a grande utilização desse fármaco vem
ocasionando possíveis casos de resistência relatados na literatura (Am Jour of
Trop Med and Hyg. 60; 932–935, 1999). A superfície externa dos vermes
adultos S. mansoni é composta de um tegumento recoberto por minúsculos
espinhos, tubérculos e membranas apicais. A integridade da superfície
tegumentar está envolvida na sobrevivência do parasito quando em contato
com o ambiente do hospedeiro infectado (Adv in Parasit. 11; 233-305, 1973).
Dessa maneira, a estrutura tegumentar torna-se um potencial alvo biológico
para a atuação de um candidato a fármaco esquistossomicida (Mem do Inst
Osw Cruz. 97; 717-724, 2002). Numerosas alterações na superfície
tegumentar dos vermes adultos S. mansoni vêm sendo observadas através de
estudos utilizando compostos esquistossomicidas, tais como o praziquantel
(PZQ) (The jour of Egy soc of parasit. 36; 197-220, 2006), mefloquina
(Parasit. 137; 85–98, 2010) e derivados tioxo-imidazolidínicos (Exp Parasitol.
128; 82–90, 2011). As imidazolidinas são compostos heterociclos que
apresentam várias atividades biológicas, como atividade antimicrobiana
(Quim. Nova. 31; 614-622, 2008), anti- Tripanossomoa cruzi (Bioor and Med
Chem. 16; 2226–2234, 2008) e vem se destacando por apresentar resultados
promissores na atividade esquistossomicida (Parasit Res. 107; 531-8, 2010).
Objetivos:
Verificar o potencial esquistossomicida do derivado imidazolidínico, (5Z)-3-
(4-bromo-benzil)-5-(4-cloro-benzilideno)-4-tioxo-imidazolidin-2-ona (RN-
4A).
Métodos:
21/2011 Este projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética no Uso de Animais
do Centro de Pesquisa Aggeu Magalhães/Fundação Oswaldo Cruz
(CPqAM/FIOCRUZ) autorizado pela licença No. 21/2011. Foram utilizados
camundongos machos albinos Swiss Mus musculus com 25 dias de idade
pesando 30 gramas. O composto RN-4A foi sintetizado no laboratório de
Química/UFPE e após isso, foi analisado quanto a sua citotoxicidade através
de células de linhagem macrofágica J774. O valor da concentração inibitória
(LC50) foi determinada por regressão não linear, utilizando o GraphPad Prism
versão 5.01. Em seguida, o composto foi avaliado frente aos vermes adultos
do S. mansoni através da realização da atividade in vitro nas doses de 100 - 20
µg/mL e investigação ultraestrutural por meio de Microscopia Eletrônica de
Varredura (MEV) nas doses de 100 e 60 µg/mL. O PZQ foi o controle
positivo do experimento.
Resultados:
O derivado RN-4A apresentou LC50 de 29.7±3.9 µM. O composto RN-4A foi
capaz de apresentar uma diminuição da motilidade do S. mansoni (12 vermes
adultos por dose) culminando com uma taxa de mortalidade de 100 % nas
doses de 60 e 100 µg/mL no quarto dia de observação do experimento. No
entanto, as outras doses, 80 μg/mL e 40 μg/mL, apresentaram uma taxa de
mortalidade de 100% no último dia de experimento (sexto dia) e a dose de 20
μg/mL causou uma mortalidade de 33,3% frente aos vermes adultos do S.
mansoni. O PZQ apresentou 100% de mortalidade dos parasitos nas primeiras
24 horas de experimentos em todas as doses testadas. Com relação à MEV, o
composto causou várias alterações tegumentares dos parasitos S. mansoni tais
como formação de bolhas, destruição do tegumento com perda de espinhos e
tubérculos, contração corporal e das ventosas.
Conclusão:
Em conclusão, o derivado imidazolidínico RN-4A apresentou uma atividade
esquistossomicida in vitro promissora. No entanto, é necessária a realização
de estudos mais aprofundados com a realização de trabalhos in vivo frente à
esquistossomose mansônica.
Apoio Financeiro:
FACEPE e FIOCRUZ
Gerado em: 2014-5-22 11:31:32
10.0121 - EFEITO VASORRELANTE DE Lippia origanoides H.B.K. EM
ANÉIS DE ARTÉRIA MESENTÉRICA SUPERIOR DE RATAS
Miranda, V. C. , Carvalho, G. D. , Xavier, V. S. , Campelo, R. T. ,
Mendes, M. B. , Silva, D. P. , Arcanjo, D. D. R. , Citó, A. M. D. G. L. ,
Oliveira, A. P. ,
Núcleo de Pesquisas em Plantas Medicinais - NPPM Departamento de
Química - UFPI
Introdução:
Lippia origanoides H.B.K. (Verbenaceae) é um arbusto aromático nativo da
América Central e América do Sul conhecida como “Orégano-del-Monte” ou
“Alecrim-d’Angola”. É utilizada na culinária como tempero e na medicina
popular no tratamento distúrbios gastrintestinais e como antimicrobianos
(Toxicon; 51:37, 2008).
Objetivos:
O objetivo desse estudo é de avaliar o efeito vasorrelaxante induzido pelo
extrato etanólico das folhas de L. origanoides (Lo-EtOH) em artéria
mesentérica superior isolada de ratas.
Métodos:
CEEA/UFPI Nº 008/2012 Foram utilizadas ratas Wistar (Rattus norvegicus)
(270- 300g- 12 semanas). Após eutanásia tiopental sódico (100 mg/kg, i.p. -
Resolução Nº 1000, de 2012 – CFMV). A artéria mesentérica superior foi
retirada, dissecada e anéis (2-3 mm) foram obtidos e mantidos em cubas
contendo 6,0 mL de solução de Tyrode (37 ºC) e aerados com mistura
carbogênica (95% O2 + 5% CO2). Os anéis foram acoplados em alças de aço
inoxidável, suspensas por linha de algodão e conectados a um sistema de
aquisição de dados (AECAD 1604, software AQCAD 2.3.9, AVS Projetos,
SP). Para a verificação da presença de endotélio, acetilcolina (10 μM) foi
adicionada em preparações pré-contraídas com fenilefrina (10 μM). As curvas
concentração-resposta foram obtidas através de adição cumulativa do Lo-
EtOH (0,1 – 243 μg/mL) sobre pré-contrações induzidas por fenilefrina (10
μM) ou KCl 80 mM. A participação da NO-sintase (eNOS) no efeito
vasorrelaxante foi analisada após o pré-tratamento com L-NAME (100 μM)
em preparações com endotélio intacto. Os protocolos foram aprovados pelo
Comitê de Ética em Experimentação Animal da UFPI (CEEA/UFPI Nº
008/2012). Os resultados foram expressos como média ± EPM. Significativos
valores de p<0,05 - “t Student” pós-teste de Tuckey e os valores de pD2 foram
obtidos por regressões não linear – PRISM 5.03.
Resultados:
O extrato Lo-EtOH apresentou efeito vasorrelaxante dependente de
concentração sobre pré-contrações induzidas por fenilefrina (10 μM) em
preparações com endotélio intacto (E+: pD2 = 1,40 ± 0,04, n=6). Este efeito
foi atenuado após a remoção do endotélio (E-: pD2 = 1,62 ± 0,02***;
p<0,001, n=6). Na presença do L-NAME, um inibidor da NO sintase, o efeito
vasorrelaxante de Lo-EtOH foi atenuado (pD2 = 1,66 ± 0,03**; p<0,01 versus
E+, n=6). Em preparações pré-contraídas com KCl 80 mM, o efeito
vasorrelaxante apresentou maior potência (pD2 = 1,35 ± 0,02***; p<0,001
versus E-, n=6).
Conclusão:
Conclui-se que o Lo-EtOH apresenta efeito vasorrelaxante dependente de
endotélio, com evidencias da participação da enzima NO-sintase, e
independente do endotélio, com provável inibição do influxo de cálcio através
dos canais para Ca2+ sensíveis a voltagem.
Apoio Financeiro:
FAPEPI/CNPq/CAPES
Gerado em: 2014-5-22 11:31:32
10.0122 - PROTECTIVE EFFECTS OF AÇAÍ PULP POWDER
INTAKE ON EARLY DNA DAMAGE AND ABERRANT CRYPT FOCI
DEVELOPMENT IN MALE SWISS MICE
Fragoso, M. F. , Romualdo, G. R. , Fernandes, A. A., Barbisan, L. F. ,
Departamento de Patologia - FMB Departamento de Morfologia - IBB
Departamento de Bioquímica - IBB
Introdução:
Açaí (Euterpe oleraceae) is an exotic fruit consumed and cultivated in Brazil.
It is known to possess strong antioxidant and antiinflammatory properties and
potential to reduce the risk for different human chronic diseases, including
cancer development.
Objetivos:
The present study aimed the evaluation of the potential protective effects of
dietary spray-dried açai pulp powder (AP) administered before and during
initiation stage of colon carcinogenesis induced by azoxymethane (AOM) in
male Swiss mice (CEEA 302/2011).
Métodos:
CEEA 302/2011 Mice (4 week old) were given two i.p. injections of AOM
(15 mg/kg b.w., weeks 3 and 4) and were fed with low fat diet (LFD) (G1),
LFD containing 2.5%, 5.0% AP (G2 and G3) or 0.1% indole-3-carbinol (I3C)
(G4, positive control) during weeks 1 to 4. After AOM administrations, all
mice were fed with high-fat diet (HFD) to accelerate the development of
aberrant crypt foci (ACF) until week 14. Animals were euthanized at weeks 3
and 14 (n=15 per group). At week 3, peripheral blood samples were collected
for single cell gel electrophoresis (SCGE) assay (Environ. Mol. Mutagen.
35:206, 2000) and liver samples were collected for glutathione (total and
reduced) determinations (Anal. Biochem. 27:502, 1968). At week 14, colons
were collected for aberrant crypt foci (ACF) analysis (Cancer Lett. 37:147,
1987).
Resultados:
At week 3, a significant reduction (p<0.001) in leucocytes DNA damage was
observed in 2.5 %, 5.0 % AP and I3C-treated groups (G2-G4) in SCGE assay
when compared to the control group (G1) (4.6 ± 1.1; 4.4 ± 0.6; 6.1 ± 1.4 vs.
9.2 ± 1.5, as % DNA in comet tail). Moreover, a significant increase
(p=0.002) in hepatic total glutathione was observed in 5.0 % AP and I3C-
treated group (G3 and G4, respectively) in comparison to the control group
(G1) (11.2 ± 1.4; 9.7 ± 2.2 vs. 5.8 ± 1.3 as nmol/mg total protein) At week 14,
a significant reduction (p=0.035) in ACF multiplicity (aberrant crypts per
ACF) was observed in 5.0% AP-treated group (G3) when compared to the
control group (G1) (1.79 ± 0.54 vs. 2.73 ± 0.59).
Conclusão:
The results of this present study indicate that AP feeding may attenuate the
initiation stage of chemically-induced mouse colon carcinogenesis by
reducing early induction of DNA damage and ACF development.
Apoio Financeiro:
CNPq (PIBIC) and CAPES.
Gerado em: 2014-5-22 11:31:32
10.0123 - INFLUÊNCIA DO ESTADO TIREOIDIANO SOBRE
EFEITOS LOCAIS INDUZIDOS PELO VENENO DE BOTHROPS
LEUCURUS. Saraiva, RM, Caldas, ASC, Casais-e-Silva, LL.
Departamento de Biorregulação, Instituto de Ciências da Saúde, UFBA,
Salvador/BA
Saraiva, R. M. , Caldas, A. S. , Silva, L. L. C. ,
Departamento de Biorregulação - UFBA
Introdução:
O envenenamento por serpentes é um problema de saúde pública
negligenciado em todo o mundo, principalmente em países tropicais e
subtropicais. A soroterapia neutraliza de forma eficiente os efeitos sistêmicos
do envenenamento, no entanto, o desenvolvimento dos sintomas locais é
irreversível e de grande relevância. Estes são caracterizados por formação de
edema, dermonecrose e mionecrose, além de dor local. As disfunções
tireoidianas atingem cerca de 300 milhões de pessoas em todo o mundo. Além
do papel dos hormônios tireoidianos sobre o metabolismo energético, a
associação entre eles e a cicatrização de feridas é bem conhecida. Baixos
níveis de T3 e T4 retardam o processo de reparo e cicatrização.
Objetivos:
Propõe-se neste trabalho investigar a influencia dos hormônios tireoidianos no
desenvolvimento do edema, dermonecrose e mionecrose provocados pelo
envenenamento por Bothrops leucurus.
Métodos:
033/2012 Foram utilizados venenos de Bothrops leucurus provenientes da
Bahia e ratos da linhagem Wistar (Rattus norvegicus). Para indução do
hipertireoidismo, os ratos receberam, durante 1 semana, injeções diárias i.p.
de T4 (300μg/kg, dose que induz uma tireotoxicose); o controle recebeu
mesmo volume de injeções i.p. com solução salina estéril. O hipotireoidismo
foi induzido através disponibilização de propiltiouracil (PTU) diluído nos
bebedouros (0,05g/100mL) durante 4 semanas. Os estados de hipo e
hipertireoidismo foram confirmados por acompanhamento do peso dos
animais e pelos níveis hormonais detectados através de ensaio de
quimioluminescência. O edema de pata foi induzido pela injeção subplantar
de 50µg/100µL de veneno em solução salina estéril. A medida do edema foi
feita com um paquímetro digital no pré-tratamento e no pós-tratamento nos
tempos 15’, 30’, 60’, 120’, 180’, 6h e 24h. A dermonecrose foi avaliada
através de injeções intradérmicas de 250 ou 300 µg/100µL de veneno e a
mionecrose avaliada pela liberação de CK plasmático, após a inoculação de
50µg/100µL de veneno em solução salina. Os dados foram analisados com
teste de Kruskal-Wallis e pós-teste de Dunn. Valores de p≤0,05 foram
admitidos como estatisticamente significantes. Os ensaios foram realizados
segundo normas éticas de utilização de animais de laboratório e o projeto
aprovado pela CEUA-ICS, Protocolo 033/2012.
Resultados:
Os resultados demonstraram que o estado hipotireoidiano diminui a resposta
do veneno nas três atividades testadas. Não houve diferença estatística entre
os animais eutireoidianos e hipertireoidianos. No edema, os animais
hipotireoidianos apresentaram menor resposta em relação ao grupo
eutireoidiano (controle) nos tempos de 15’ (162 ± 31,4mm – controle; 117,19
± 19mm - hipotireoidiano), 30’ (155,29 ± 27,46mm – controle; 105,48 ±
16,2mm - hipotireoidiano) e 60’ (132,38 ± 22,95mm – controle; 87,73 ±
14,57mm – hipotireoidiano). O halo de dermonecrose também foi menor com
0,4 ± 0,2mm para o grupo hipotireoidiano e assim como a liberação de CK,
indicativo da mionecrose.
Conclusão:
Mostramos que o estado hipotireoidiano atenua a atividade inflamatória local
desencadeada pelo envenenamento. E fato que o hipotireoidismo interfere no
processo de cicatrização que envolve migração de células inflamatórias
importantes no processo de reparo e que o quadro local no envenenamento
envolve a participação de células inflamatórias de forma particular. A
interrelação entre estas condições necessita de melhores esclarecimentos.
Apoio Financeiro:
FAPESB e CAPES
Gerado em: 2014-5-22 11:31:32
10.0124 - AVALIAÇÃO DE ATIVIDADES INIBIDORA DE TRIPSINA
E ANTIBACTERIANA EM PREPARAÇÃO OBTIDA DO CAULE DE
Cereus jamacaru
Santos, P. F. V. , Procopio, T. F., Pontual, E. V. , Napoleão, T. H. , Paiva,
P. M. G. ,
Bioquímica - UFPE
Introdução:
Estratégias de aproveitamento do potencial biotecnológico do semiárido
brasileiro ainda são relativamente escassas. As cactáceas são vegetais nativos
das Américas, com mais de 70% das espécies ocorrendo em regiões áridas e
semiáridas. Dentre as principais cactáceas presentes no semiárido brasileiro
está o mandacaru (Cereus jamacaru), o qual, na estação seca, é utilizado para a
alimentação animal. Diversas plantas produzem metabólitos primários (ex.
inibidores de tripsina) e secundários com atividade antibacteriana.
Objetivos:
O presente trabalho visou investigar preparação obtida a partir do extrato
salino do caule de C. jamacaru quanto às atividades inibidora de tripsina e
antibacteriana.
Métodos:
O estudo não incluiu experimentos com animais ou seres humanos. A farinha
(10 g) de mandacaru foi homogeneizada em agitador magnético (16 h a 4 °C)
com NaCl 0,15 M (100 mL). O extrato foi filtrado em papel de filtro e depois
centrifugado (9.000 g; 15 min, 4 °C). Em seguida, o extrato de mandacaru foi
aplicado (2 mL) em uma coluna de Sephadex G-100 equilibrada com NaCl
0,15 M. As frações coletadas foram avaliadas quanto à presença de proteínas
através da leitura da absorbância a 280 nm. O pool (P1) contendo as frações
com absorbância maior que 0,100 foi avaliado quanto à atividade inibidora de
tripsina (Pontual et al., Parasitol. Res. 113:727, 2014), concentração de
proteínas (Lowry et al., J. Biol. Chem. 193:265, 1951) e atividade
antibacteriana (Gomes et al., J. Appl. Microbiol. 114:672, 2013) contra
Staphylococcus aureus (ATCC-6538), Escherichia coli (ATCC-25922)e
Salmonella enteritidis (MM 6247). A concentração mínima inibitória (CMI)
correspondeu à menor concentração capaz de promover redução maior ou
igual a 50% no crescimento em comparação ao controle. A concentração
mínima bactericida (CMB) foi definida como a menor concentração capaz de
reduzir o crescimento bacteriano em 99,9%. Os ensaios foram realizados em
triplicata.
Resultados:
O extrato de caule de mandacaru apresentou alta viscosidade, impossibilitando
a avaliação da atividade inibidora de tripsina e dosagem de proteínas. A alta
viscosidade do extrato do caule de mandacaru se deve provavelmente à
elevada concentração de carboidratos complexos, o que é comum em plantas
cactáceas. Foi realizada então uma etapa de cromatografia de gel filtração, a
fim de separar os açúcares de elevado peso molecular dos demais
componentes. P1 apresentou-se livre de viscosidade e passível de avaliação
das atividades biológicas. P1, contendo 0,292 mg/mL de proteínas, foi capaz
de inibir totalmente a atividade de tripsina em ambas as quantidades testadas
(20 e 50 µl). P1 apresentou apenas atividade bacteriostática e somente contra
S. aureus (CMI: 0,146 mg/mL de proteínas).
Conclusão:
O caule do mandacaru é fonte de moléculas com atividade inibidora de
tripsina e ação bacteriostática contra S. aureus.
Apoio Financeiro:
CNPq, FACEPE, CAPES, MCTI.
Gerado em: 2014-5-22 11:31:32