68
Diogo Machado, Joana Santos, Madalena Pinto Coelho e Monica Nunes Página 1 Sebenta de Farmacologia e Toxicologia Veterinária II Diogo Machado Joana Santos Madalena Pinto Coelho Monica Nunes 2008/2009

Sebenta de Farmacologia e Toxicologia Veterinária IIxa.yimg.com/kq/groups/23134371/1702550780/name/Sebenta+de... · Sebenta de Farmacologia e Toxicologia Veterinária II Diogo Machado

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Sebenta de Farmacologia e Toxicologia Veterinária IIxa.yimg.com/kq/groups/23134371/1702550780/name/Sebenta+de... · Sebenta de Farmacologia e Toxicologia Veterinária II Diogo Machado

Diogo Machado, Joana Santos, Madalena Pinto Coelho e Monica Nunes Página 1

Sebenta de Farmacologia e Toxicologia Veterinária II

Diogo Machado

Joana Santos Madalena Pinto Coelho

Monica Nunes

2008/2009

Page 2: Sebenta de Farmacologia e Toxicologia Veterinária IIxa.yimg.com/kq/groups/23134371/1702550780/name/Sebenta+de... · Sebenta de Farmacologia e Toxicologia Veterinária II Diogo Machado

Diogo Machado, Joana Santos, Madalena Pinto Coelho e Monica Nunes Página 2

_________________________Antiprotozoários: A maior parte possui estreito espectro de actividade________________________

Contra amibas e flagelados

Grupo Fármaco Actividade/Aplicações Farmacocinética/ Mecanismo de acção Toxicidade e Efeitos

Adversos Características

físicas/químicas

Nitroimidazóis (metronidazol, dimetronidazol, ronidazol, carnidazol e tinidazol

Metronidazol

- Contra bactérias (bactericida de espectro intermédio) e protozoários anaeróbios

- Giardia

- Clostridium

- Entamoeba histolyca

-Trichomonas foetus - Treponema hyodysenteriae

- Disenteria

- Bem absorvido no TGI - Distribuem-se ampla/ atingindo elevadas concentrações nos tecidos e fluidos, intra e extra-celulares (atravessa fácil/ BHE) - Metabolização hepática oxidação+glucuronidação; - Excreção: urina, saliva e leite - Meia-vida de cerca de 8h, liga-se 20%

Penetra no protozoário, sofre redução (descompõem-se espontaneamente em condições de baixo potencial oxiredutor: por isso é q são selectivos pa anaeróbios), transforma-se em metabolitos activos tóxicos que atacam o DNA celular ruptura das cadeias de DNA e inibição das DNAase (Igual aos nitrofuranos) No rúmen o fármaco é inactivado (act. metabólica redutora) n pode ser Per Os em rums!!! (Podem ser activos contra baterias aeróbias em condições de anaerobiose)

- Rara em doses terapeuticas -Glossite, estomatite, náusea, emesis, sialorreia

( ) ou sinais neurológicos. - Possível irritação e necrose qd IM - Potencialmente mutagénicoM, teratogénicoT (contra-indicado em fêmeas gestantes) e carcinogénicoC

Composto heterocíclico Ocorre na forma de cristais cremes; Pouco solúvel em água e etanol, mas solúvel em ácidos diluídos

Carnidazol Trichomonas em columbídeos.

Nitrofuranos (furazolidona, nitrofurazona)

Furazolidona Giardia - Nitrofuranos são mt bem absorvido no TGI (muito lipossuluveis) (?)

- Urina vermelhao-escura devido à presença de metabolitos (?)

- Anorexia, náusea e vómitos - MTC

Ocorre na forma de cristais amarelos,

existindo também em formulações líquidas.

Tetraciclinas

Doxiciclina Minociclina ________________________________________________1º Semestre___________________________________________________

Contra Apicomplexa Grupo (actua

contra) Fármaco Actividade/Aplicações Farmacocinética/ Mecanismo de acção Toxicidade

Características físicas/químicas

Coccidiose (derivados tiazínicos)

Clazuril Columbídeos - Bem tolerado. - Pó branco, insolúvel

em água.

Toltrazuril

Amplo espectro anti-coccídico (Eimeria, Isospora, Neospora, Toxoplasma e Sarcocystis)

-Resistências após ciclo de 5 tratamentos consecutivos - Eliminado lentamente dos tecidos (detectado no tecido do músculo peitoral até 24 dias após o

Pensa-se que esteja relacionado com a inibição do transporte de electrões e síntese de pirimidinas no parasita

-Baixa toxicidade nos e provavelmente no resto dos mamíferos (DL50 em ratos = 1600-1500 mg/kg)

Solúvel em água

Page 3: Sebenta de Farmacologia e Toxicologia Veterinária IIxa.yimg.com/kq/groups/23134371/1702550780/name/Sebenta+de... · Sebenta de Farmacologia e Toxicologia Veterinária II Diogo Machado

Diogo Machado, Joana Santos, Madalena Pinto Coelho e Monica Nunes Página 3

tratamento)

Diclazuril

- Acção contra as principais formas do género Eimeria - Encefalomielite Equina por Sarcocystis neurona

Produz resistências cruzadas com o toltrazuril – por isso mec. de acção deve ser = ao toltrazuril (rodar com outros fármacos anti-coccídeos a cada 6 meses)

Ocorre na forma de pó amarelado, insolúvel em água.

Crisptosporidiose

Paramomicina (n é mto imp.

em vet)

Uso expermiental no tratamento de Criptosporidyum

(ex. )

- Mesma acção que os antibióticos aminoglicosídicos (exe.: gentamicina), toxicidade, características químicas etc -Efeitos adversos

-Oto e nefrotóxico.

É um aminoglicosido antibiótico produzido

por Streptomyces rimosus

Toxoplasmose Clindamicina

-Actividade contra Gram+

-Quase completamente absorvida após PO (pico máximo após 1h); -Distribui-se em todos os fluidos e tecidos, atravessa a placenta; -Metabolização: fígado; -Excreção: metabolitos e droga na bílis e urina; -Tempo de meia-vida de 5h.

Droga semi-sintética derivada da lincomicina,

produzida por Streptomyces lincolnensis

Malária Cloroquina Plasmodium na malária

Babesiose Imidocarb

(pouco efectivo)

-Desenvolvimento de imunidade do hospedeiro (apenas reduzem o nº de babesias); -Fígado → muita fixação da droga; -IV (para casos agudos) (lenta/), SC, IM

-SC, IM – irritante para os tecidos; -Hepatotoxicidade.

Derivado carbanilídico

__________________________________________Agentes Antifungicos_______________________________________

Substância Actividade / Aplicações Farmacocinética/ Mecanismo de Acção Toxicidade e Efeitos

Adversos

Características

físicas/químicas

Griseofluvina

- : infecções

multifocais por dermatófitos:

Microsporum spp. e Tricophyton

spp, e Epidermophyton

- Efeito anti-inflamatório em

alguns animais.

- Ab oral aumentada por alimentos ricos

em lípidos e por preparações

consistindo de partículas micronizadas;

- Distribui-se na queratina das células

percursoras da pele, da base dos pêlos e

das unhas;

- Metabolização: hepática

(desmetilação+glucuronidação);

- Excreção: urina.

1º Captada activa/ por dermatófitos em

crescimento → liga-se aos microtúbulos

do fuso e do citoplasma, inibindo a

mitose celular fúngica;

2º Pode também provocar alterações

morfogenéticas na parede celular, e

produzir um efeito antagónico na

síntese da quitina considera-se

fungistático.

(acção lenta porque só actua em células

-Teratogénico (duante a

maior parte da gestação);

- Transtornos digestivos

leves/transitórios (náuseas;

vómitos; meterorismo se

administrado a animais em

jejum ou com diarreia);

- Muito esporadica/:

alergias, fotossensibilidade,

porfíria ( ),

candidíase cutânea;

Antifungico

benzofurano

ciclohexânico, insolúvel

em água.

Page 4: Sebenta de Farmacologia e Toxicologia Veterinária IIxa.yimg.com/kq/groups/23134371/1702550780/name/Sebenta+de... · Sebenta de Farmacologia e Toxicologia Veterinária II Diogo Machado

Diogo Machado, Joana Santos, Madalena Pinto Coelho e Monica Nunes Página 4

Substância Actividade / Aplicações Farmacocinética/ Mecanismo de Acção Toxicidade e Efeitos

Adversos

Características

físicas/químicas

capazes de realizar mitose) - Sobredosagem por via

parenteral afecta

espermatogénese;

- Mts efeitos adversos,

alguns predispostos por FIV.

Cetoconazol (há muitos

outros derivados

de azol

(imidazois e

triazóis) usados

em Vet)

- Uso sistémico: eficaz contra a

maioria dos fungos patogénicos

responsáveis por infecções

Blastomyces , Coccidia,

Criptococcus, Histoplasma e

Candida.

- Em Med.Vet. é principalmente

usado contra Candida e

dermatófitos resistentes à

griseofluvina, e dermatite por

Malassezia.

- Abs oralmente; - Distribui-se amplamente (- SNC); - Excreção: bílis.

Inibição da síntese do ergosterol em

membranas citoplasmáticas fúngicas por

inibição do P450 na desmetilação do

lanosterol, um percursor do esterol

acumulação de percursores alteração

da permeabilidade da membrana

saída de K+ Morte celular.

-Pode provocar anorexia,

vómito e disenteria;

- Pode dar lugar à supressão

da actividade adrenal ou de

esteróides (gónadas).

Antifungico imidazólico

(imidazol)

Anfotericina

B

-Eficaz contra a maioria dos

microrganismos causadores de

micoses sistémicas Aspergyllus e

Blastomyces, coccidioides,

criptococcus, histoplasma e

candida.

-Não Abs no TGI;

-Após IV é lentamente distribuída pela

maioria dos tecidos (por se libertar

lenta/ de proteínas) excepto SNC, olhos

e ossos;

-Eliminação bifásica: 24h eliminação

rápida + 15 dias de eliminação mt lenta;

-Excreção: urina;

-Reposta clínica rápida.

-Liga-se irreversível/ ao ergosterol da

membrana celular para formar canais →

aumento da permeabilidade celular →

saída de K+, nutrientes e electrólitos →

alterações do metab celular;

-É fungicida (mas em doses baixas

fungistático).

Rim – pode ser grave:

Vasoconstrição renal,

filtração glomerular e lesão

do epitélio tubular.

-Antifungico macrólido

poliénico, estabilizado

em desoxicolato de

sódio em suspensão

coloidal;

-Ionóforo;

-Anfotérico (porção

hidrofílica e porção

lipofílica).

Flucitosina

Substituído

actualmente

pelos triazóis

Aspergilose e candidiase em

psitacídeos;

- + Anfotericina B: trata

criptococose (especial/ a

meníngica) em e

-Bem absorvida PO (TGI);

-Distribui-se amplamente nos tecidos,

mesmo no SNC;

-Excreção: urina 80-90% sem

transformação;

1º Desaminado pela acção do fungo

num potente antimetabolito (5-fluro-

uracilo) → liga-se ao mRNA → bloqueia

a síntese do RNA nos fungos susceptíveis

→ alteram seq de codões → proteínas

erróneas;

2º Outros metabolitos inibem timidilato

-Baixa toxicidade

distúrbios gastrointestinais

leves ou supressão da

medula óssea;

- - Erupção cutânea

Pró-antifungico

pirimidinico fluorado

Page 5: Sebenta de Farmacologia e Toxicologia Veterinária IIxa.yimg.com/kq/groups/23134371/1702550780/name/Sebenta+de... · Sebenta de Farmacologia e Toxicologia Veterinária II Diogo Machado

Diogo Machado, Joana Santos, Madalena Pinto Coelho e Monica Nunes Página 5

Substância Actividade / Aplicações Farmacocinética/ Mecanismo de Acção Toxicidade e Efeitos

Adversos

Características

físicas/químicas

infecções do SCN, ósseas e

oculares.

- Fungos tendem a ganhar resistência. sintetase → inibe síntese de DNA;

-É fungicida.

___________________________________Drogas que actuam no SNC_____________________________________

Estudar 2 primeiros slides do power point Função: efeito anticonvulsivante, tranquilizante (sedação), analgesia e anestesia

Drogas Anticonvulsivantes

Estabilizam membranas neuronais.

Directos- actuam directamente em canais iónicos hiperpolarização da membrana

Indirectos – podem actuar ↑ a actividade do GABA (inibidor da act. cerebral).

Usos Terapêuticos: reduzem a incidência, a severidade ou a duração das convulsões.

Administração: tratamento por, no mínimo, 5 meias vidas antes de obter níveis plasmáticos estáveis; análise sérica para det. se a [] é benéfica

Page 6: Sebenta de Farmacologia e Toxicologia Veterinária IIxa.yimg.com/kq/groups/23134371/1702550780/name/Sebenta+de... · Sebenta de Farmacologia e Toxicologia Veterinária II Diogo Machado

Diogo Machado, Joana Santos, Madalena Pinto Coelho e Monica Nunes Página 6

Sub-grupo

Fármaco e

Características

físicas/químicas

Efeito Farmacológico Farmacocinética / Mecanismo de acção Utilização terapêutica Toxicidade e Efeitos

Adversos

Page 7: Sebenta de Farmacologia e Toxicologia Veterinária IIxa.yimg.com/kq/groups/23134371/1702550780/name/Sebenta+de... · Sebenta de Farmacologia e Toxicologia Veterinária II Diogo Machado

Diogo Machado, Joana Santos, Madalena Pinto Coelho e Monica Nunes Página 7

Bar

bit

ura

tos

1) Fenobarbital

(oxibarbiturato)

2) Pentobarbital

(oxibarbiturato)

(pentobarbital sódico é +

para anestesia cirúrgica)

3) Primidona (análogo do

fenobarbital e muito

semelhante na sua act.

anticonvulsiva -

desoxibarbiturato)

1) -Barbitúrico de acção

prolongada e anti-epiléptico

de eleição em ;

- Efeito anti-

convulsionante, (c/ acção

sedativa não muito

pronunciada com doses

terapêuticas);

1) - Metabolização: hepática

(enzimas microssomais

hidroxilação, oxidação,

glucuronidação);

-Excreção: urina;

-Potente indutor do

metabolismo hepático e

estimula sistema oxidativo-

citocromo P450, como tal

ele próprio aumenta a sua

Cl administração crónica

= ↓ progressiva do seu

efeito (↑velocidade do

metabolismo dos

barbituratos e outras

drogas)

2) Inicio rápido e curta

duração de acção

3) - metabolizado

rapida/ no fígado a

feniletilmalonamida (PEMA)

e fenobarbital (também

anticonvulsivantes). T1/2

desta e PEMA mt curto

(85% efeito d fenobarbital);

- raro uso: metabolismo

+ lento, T1/2 mt longa.

1) Agonista GABA (neuro

transmissor inibitóro)

acção sobre receptor GABAA

abertura dos canais de Cl

hiperpolarização da

membrana Limita difusão

dos potenciais de acção

depressão específica dos

centros motores corticais e

limiar de convulsões. (por

libertação de ACh,

norepinefrina, glutamato)

Assim sendo o efeito

depende dos efeitos do GABA

nos seus receptores

inibitórios.

1) - Controlo de

convulsões durante

longo período. Não útil p

controlar convulsões no

momento (lapso de 20

min entre admin. e

efeito);

-Per Os, IV ou IM

2)- Usado qd nada

funicona: controla

convulsão com doses

anestésicas (depressão

cardio-respiratória

intensa);

-IV.

1) - SNC: sedação (por vezes

ataxia).

- SNeuro-Endócrino:

polidipsia e poliúria

(inibição da ADH)

Interação com estrogéneos

e gonadotrofinas (não deve

ser usado em animais

gestantes);

- Polifagia;

- Alguma hepatotoxicidade

(admn. crónica em =

da [enzimas hepáticas] ou

lesão).

3) = ao anterior;

-Pode reduzir a albumina

sérica e cirrose hepática em

(uso prolongado

durante mais q 5 anos)

Page 8: Sebenta de Farmacologia e Toxicologia Veterinária IIxa.yimg.com/kq/groups/23134371/1702550780/name/Sebenta+de... · Sebenta de Farmacologia e Toxicologia Veterinária II Diogo Machado

Diogo Machado, Joana Santos, Madalena Pinto Coelho e Monica Nunes Página 8

Hid

anto

ínic

os

(qu

imic

ame

nte

rel

acio

nad

os

com

os

Bar

bit

úri

cos)

1) Fenitoína

(difenilhidantoína)

(derivado da hidantoína)

2) Mefenitoína

1) Estabiliza as membranas

neuronais e limita o

desenvolvimento e a

difusão da actividade

convulsiva.

-Tb é um agente anti-

arrítmico. (Efeito

semelhante à lidocaína

arritmias ventriculares em

)

Mais ou menos igual ao de

cima, até na indução do

metabolsimo e sistema…

1) – T1/2 curta (uso

impraticável); - muito

longa

2) Rápida/ metabolizada a

nirvanol (T1/2 longa)

1) Actua sobre características

da membrana que controlam

o fluxo eléctrico: Bloqueia

canais de Na+ ↓ influxo

de Na+ durante potencial de

acção; Efluxo de K+ + lento +

↓ influxo de Ca+ durante a

despolarização e promove o

efluxo de Na+ inibição da

actividade convulsiva, com

período refractário

aumentado e redução nas

despolarizações repetitivas

1) Usa-se qd

Fenobarbital e a

Primidona não

funcionam.

2) Como

medicação adicional se o

fenolbarbital e brometo

de potássio não são

efectivos

1) Hiperplasia gengival e

hipersensibilidade mas,

provavelmente devido ao

T½ mto curto, são raros.

2) - sedação

Be

nzo

dia

zep

inas

1) Diazepam

2) Midazolam

3) Clorazepato

4) Clordiazepóxido

(menos potente uso

só em IM)

Efeito anti-eléptico,

sedativo, ansiolítico, e

relaxante muscular. Leve

efeito hipotensor e

depressão resp.

2) + potente que Diazepam

1) -Liga-se aos receptores GABA e potencia os seus efeitos

inib;

- Insolúvel em H2O: para injecção é dissolvido em

propilenoglicol e benzoato de sódio;

- IM abs lenta (pouco hidrossolúvel);

- Atravessa rapid/ BHE (mt lipossolúvel);

- Distribuição: mt ligado a proteínas plasmáticas

- Metabolização: hepática (glucuronidação), alguns

metabolitos activos (ex. desmetildiazepam – T1/2 + longa que

diazepam e oxazepam);

- Excreção: urina.

2)- T1/2 e duração de acção mais curtas que diazepam;

- pH baixo = hidrossolúvel; alto = lipossolúvel atravessa

facilmente BHE e membranas celulares;

- Metabolitos com (-) efeitos farmacológicos que a droga.

3) - metabolizado em desmetildiazepam;

- pode ser útil com + fenobarbital

MA: União a receptores de membrana → ↑ na freq de

abertura dos canais de Cl associados aos receptores GABAA.

1,2) Anticonvulsivante,

relaxante muscular,

tranquilizante e

estimulante do apetite

1) - controlo de

convulsões Per Os;

- controlo de

convulsões e estado

epiléptico IV.

2) IV, IM.

Geralmente seguros:

complicação em

sobredosagem aguda→

Depressão do SNC (marcha

incoordenada e confusão).

1) Propilenoglicol:

- IV rápida

tromboflebites, depressão

cardiovascular transitória e

arritmias;

- Mistura com a maioria das

drogas precipitação.

3) – dependência e

actividade convulsiva após

retirada da droga.

Page 9: Sebenta de Farmacologia e Toxicologia Veterinária IIxa.yimg.com/kq/groups/23134371/1702550780/name/Sebenta+de... · Sebenta de Farmacologia e Toxicologia Veterinária II Diogo Machado

Diogo Machado, Joana Santos, Madalena Pinto Coelho e Monica Nunes Página 9

Efeitos adversos: sintomas de abstinência, convulsões ou estado “epiléptico” podem-se sguir à súbita suspensão do fármaco; redução do limiar de convulsão (por exemplo

com +: tranquilizantes fenotiazínicos, alguns anti-helminticos, metoclopramida)

Toxicidade: hepatotoxicidade (efeito adverso mais comum em )

(Sal

ión

ico

)

Brometo de Potássio

(KBr)

- Rapid/ absorvido no tracto GI

- não metabolizado, nem se liga

às proteínas séricas (T1/2 longa)

- Excreção: urina

Potencia efeitos inibitórios

do GABA: ↑ do movimento

de cloretos para o interior da

célula competição entre

os iões Cl- e Br- nos canais de

Cl hiperpolarização da

membrana e aumento do

limiar convulsivo

- + fenobarbital (que

aumenta a condutância de Cl)

actua sinergicamente

- Em combinação

com fenobarbital para

controlar convulsões

tónicas-clónicas

generalizadas e

refratárias em cães.

- não recomendado

- Sedação transitória (no

inicio da terapia),

- Gastrintestinais: irritação

gástrica (pode levar a

náuseas e vómitos),

anorexia e constipação

(últimos 3 são sinais de

intoxicação),

- polidipsia, poliúria,

polifagia, letargia,

irritabilidade e andar em

marcha.

- Pode precipitar

aparecimento de

pancreatite.

Ácido valpróico

(derivado de ácido

carboxílico)

Estrutura não relacionada com

outros anticonvulsivantes

- Potente antieléptico

(para os 2 tipos de

epilepsia)

- - T1/2 curta

- 2 dos metabolitos têm

actividade anticonvulsiva

- eficaz em convulsões

- Tratamento prolongado

é impraticável

- Não existem dados do

uso em

Page 10: Sebenta de Farmacologia e Toxicologia Veterinária IIxa.yimg.com/kq/groups/23134371/1702550780/name/Sebenta+de... · Sebenta de Farmacologia e Toxicologia Veterinária II Diogo Machado

Diogo Machado, Joana Santos, Madalena Pinto Coelho e Monica Nunes Página 10

Estimulantes do SNC (analépticos)

Tranquilizantes, ataráxicos, neurolépticos e sedativos

Drogas que acalmam o animal e promovem o sono, mas não necessariamente induzem o sono, mesmo em doses

Quando utilizadas como pré-anestésicos estas drogas permitem o uso de menos anestésico geral.

Sub

grup

o

Fármaco e Caract. Mecanismo de

acção/Farmacocinética

Efeito Farmacológico Uso terapêutico Toxicidade

Cloridrato de doxaprano

Mais usado em medicina

veterinária

- usado para despertar animais de dose excessiva de anestésicos

- doses , a estimulação do SNC produz um despertar da anestesia

transitório. A profundidade da anestesia é reduzida mas o efeito é

temporário, inespecífico e não recomendado

- estimulação respiratória em neonatos (parto assistido ou cesariana)

- IV, IM e tópica na mucosa oral

- Doses podem

provocar convulsões

Sub

grup

o

Fármaco e Caract. Mecanismo de acção/

Farmacocinética

Efeito Farmacológico Uso terapêutico Toxicidade

Page 11: Sebenta de Farmacologia e Toxicologia Veterinária IIxa.yimg.com/kq/groups/23134371/1702550780/name/Sebenta+de... · Sebenta de Farmacologia e Toxicologia Veterinária II Diogo Machado

Diogo Machado, Joana Santos, Madalena Pinto Coelho e Monica Nunes Página 11

Sub

grup

o

Fármaco e Caract. Mecanismo de acção/

Farmacocinética

Efeito Farmacológico Uso terapêutico Toxicidade

Der

ivad

os

bu

tiro

fen

ón

ico

s

1) Droperidol

2) Azaperona

- Receptores α1

adrenérgicos periféricos

- Ligam-se aos receptores

da dopamina no SNC e

efeitos da dopamina

- Metabolização: fígado

- Excreção: renal (24h)

- Efeitos cardiovasculares

Contractilidade do miocárdio não alterada

Coração protegido de arritmias induzidas por

epinefrina

2) leve bloqueio α adrenérgico e a

vasoconstrição resultante PS

- Efeitos respiratórios: ventilação minimamente

afectada, resposta ao CO2 não alterada

1) Tranquilizante de acção longa

1) Cães

2) Tranquilizante, para prevenir comportamento

agressivo ao introduzir um suíno no lote

2) Pré-anestesia em suínos

2) Prevenção da hipertermia maligna (previne esta

síndrome de stress em suínos halotano)

- Hipotensão,

agressividade

temporária em cães,

persistente agitar da

cabeça em cães da raça

Doberman-pinscher

Sub

Grup

o

Fármaco e

Caract.

Mecanismo de acção/

Farmacocinética

Efeito Farmacológico Uso terapêutico Toxicidade

Der

ivad

os

fen

oti

azín

ico

s

1) Acepromazina

2) Promazina

3) Clorpromazina

4) Propriopromazina

5) Triflupromazina

- Afectam o SNC nos

gânglios da base,

hipotálamo, sistema

límbico, tronco

cerebral e sistema

reticular activador

- Bloqueiam receptores

da dopamina e

reduzem a acção da

serotonina

- Longa duração de

acção

- Metabolizados no

fígado, excretados

pelos rins por vários

dias

- Efeitos cardiovasculares

Hipotensão – receptores adrenérgicos α1 (vasoconstrição) e

do tonus do SNsimpático

Bradicardia sinusal e bloqueio cardíaco de 2º grau com doses

Taquicardia sinusal reflexa se houver hipotensão

Efeitos anti-arrítmicos (por receptores α1 no miocárdio, efeito

anestésicos local nas cél miocárdicas e PS sistémica

Efeito ionotrópico

- Efeitos respiratórios

Doses deprimem a resp.

+ Opióides neuroleptanalgesia

Deprimem a resposta max ao aumento da pressão parcial de CO2

- Motilidade GI, emese

- Hematócrito (sequestro de glob verm pelo baço)

- Tcorporal perda de calor por vasodilatação, produção de calor

devido à falta de act muscular e centro termorregulador do cérebro

-tranquilização

- não têm efeito

analgésico

- Anti-emético

- Administração antes

do uso de anestésico

de inalação

incidência

arritmias causadas

pela sensibilização

do miocárdio ás

catecolaminas

- Oral, IV, IM, SC

- Não existe um reversor dos

efeitos dos derivados

fenotiazínicos;

- Pode limiar de convulsões

- Inibem a ACHE e podem agravar

os sinais clínicos da intoxicação

por organofosforados;

- Efeito anti-histamínico

(impróprios para sedar antes de

testes de alergia)

- Contra-indicações:

envenenamento com

organofosforados; tratamento

com anti-helmínticos

organofosforados; história de

convulsões.

Page 12: Sebenta de Farmacologia e Toxicologia Veterinária IIxa.yimg.com/kq/groups/23134371/1702550780/name/Sebenta+de... · Sebenta de Farmacologia e Toxicologia Veterinária II Diogo Machado

Diogo Machado, Joana Santos, Madalena Pinto Coelho e Monica Nunes Página 12

Ago

nis

tas

adre

nér

gico

s α

2

1) Xilazina

2) Detomidina

3) Medetomidina

1,2) agonistas de

adrenoreceptores α2,

alguma actividade α1

3) mais selectiva para os

receptores α2, 30 a 40

vezes + potente em cães

e gatos

- agonistas adrenérgicos

α2 libertação de

neurotransmissores

1) metabolizada

excretada pelos rins

- Efeitos cardiovasculares

Inicialmente PS (estimulação de receptores α2), depois PS normal

(dos estímulos simpáticos do SNC, por isso de norepinefrina)

Inicialmente débito cardíaco, depois normal (diminuição resulta da

FC e PS inicial)

Bradicardia sinusal que responde a anticolinérgios e arritmia sinusal

Pode ocorrer bloqueio A-V de 1º e 2º grau, bloqueio sinusal e

dissociação A-V

Sensibilidade à epinefrina (dose arrítmica de epinefrina pode ser

alterada por estes)

- Efeitos respiratórios: FR e volume tidal PaO2 e PaCO2

- Efeitos no SNC: cérebro efeito analgésico; medula efeito analgésico e

relaxante muscular

Potencializam os efeitos dos opióides, barbituratos e anestésicos

inalatórios

Diminuem o tónus simpáticos

Efeito hipnótico

- ruminantes deglutição salivação excessiva

1) gatos, IM frequente/ emese; cães ocasional/

- Analgesia transitória,

efeito calmante e

relaxante muscular;

- Boa analgesia visceral em

cavalos

- Dose necessária para

anestesia geral

1) Boa sedação;

1) epidural analgesia

regional, sem fraqueza

muscular substancial em

cavalos, bovinos, suínos

e lamas.

- Reversão: antagonistas α2

1) Cavalos injecção

intracarotidiana

acidental convulsões

colapso imediato

1) Ovinos PaO2

1) Cavalos♂ relaxamento e

exposição do pénis

1) Insulina sanguínea (gato,

cão, cavalo, gado)

glucose sanguínea

1) Bovinos parto

prematuro (ultimo

trimestre de gestação)

1) bovinos e

póneiseliminação urina

Sub

grup

o

Fármaco e

Caract.

Mecanismo de acção/

Farmacocinética

Efeito Farmacológico Uso terapêutico Toxicidade

Page 13: Sebenta de Farmacologia e Toxicologia Veterinária IIxa.yimg.com/kq/groups/23134371/1702550780/name/Sebenta+de... · Sebenta de Farmacologia e Toxicologia Veterinária II Diogo Machado

Diogo Machado, Joana Santos, Madalena Pinto Coelho e Monica Nunes Página 13

Der

ivad

os

ben

zod

iaze

pín

ico

s

1) Diazepam

2) Midazolam

3) Zolazepam

- uma parte do receptor do

GABA no cérebro liga as

benzodiazepinas e outra

porção do receptor fica livre

para se ligar ao GABA

- efeito inibitório do GABA

potencializado

- activação de receptores

GABA Cl- no interior do

neurónio, hiperpolarizando a

membrana e inibindo a

despolarização celular

- efeitos

cardiovasculare

mínimos

- + outros depressores

respiratórios pode

ocorrer depressão na

ventilação

- efeitos na medula

relaxamento

- tranquilizantes satisfatórios em ovinos, caprinos e potros neonatos

- fluxo sanguíneo cerebral e taxa de consumo de O2 pelo cérebro adequados

para admiistração a animais com traumatismos cranianos

- + cetamina ou tiletamina relaxamento muscular

1) IV, oral anticonvulsivante para o controlo de convulsões e do estado epiléptico

1) IV + opióides neuroleptanalgesia

1) IV + cicloexilaminas (cetamina) ou barbituratos indução de anestesia geral

2) + butorfanol e oximorfona tranquilizante em cães e gatos velhos ou debilitados

2) indução de anestesia

2) + cetamina relaxamento muscular

3) + tiletamina anestesia (cães e gatos)

- excitação

- ataxia, fraqueza

e fasciculação

musculares

- reversão:

flumazenil

Opióides

Receptores: cérebro, medula espinal, tracto urinário, tacto gastrointestinal e ducto deferente.

3 tipos:

- mü (M) estimulação causa analgesia medular e supra-medular, euforia, sedação, miose, depressão respiratória, dependência química, inibição da

motilidade GI e libertação de ADH

- kapa (κ) (1,2,3) analgesia medular, sedação suave, inibição da libertação de vasopressina, diurese e miose

- delta (∆) sistema límbico analgesia e modulação dos receptores mü

1 droga pode afectar vários receptores da mm forma ou pode ser agonista ou agonista parcial de uns e antagonista de outros.

Efeitos farmacológicos

Usos terapêuticos Efeitos analgésicos Efeitos respiratórios

Efeitos

cardiovasculares Efeitos gastrointestinais

- Analgesia opióide ocorre a

nível cerebral, da medula

espinal e possível/ da

periferia

- Agonistas mü produzem

analgesia intesa

- Agonistas mü depressores

respiratórios PaCO2 ePaO2 e pH

hipercápnia

- Cães agonistas mü podem causar

respiração ofegante, que pode ser

uma resposta termorreguladora

- Geral/ poupam

sist. CV

- Cão agonistas

müFC

- Estimulação mü e κ

efeito antidiarreico e

constipante

- Analgesia

- Medicação pré-anestésica

- Indução e manutenção da anestesia

(agonistas müdose-dependente da CAM

dos agentes anestésicos), mas não produzem

anestesia sozinhos

Page 14: Sebenta de Farmacologia e Toxicologia Veterinária IIxa.yimg.com/kq/groups/23134371/1702550780/name/Sebenta+de... · Sebenta de Farmacologia e Toxicologia Veterinária II Diogo Machado

Diogo Machado, Joana Santos, Madalena Pinto Coelho e Monica Nunes Página 14

Sub

grup

o

Fármaco e

Caract.

Mecanismo de acção/

Farmacocinética

Efeito Farmacológico Uso terapêutico Toxicidade A

gon

ista

s o

pió

ides

Morfina - Agonista de receptores mü

- Metabolizado no fígado

(glucuronidação)

- Excretada pelo rim

- fácil/ atravessa a placenta

- Cão induz o vómito, inibidor da

motilidade GI, mas pode causar

defecação inicial

- Cão, primatas miose

-Cães, gatos, cavalos tratamento da dor

aguda

-Gatos doses seguras para o alivio da dor

-Cavalos + tranquilizantes andar em

marcha, boa analgesia para procedimentos

em estação

-Cães pré-anestesia

-Venodilatação resultante é usada no

tratamento da insuficiência cardíaca em

cães (para pré-carga cardíaca)

-Gato, porco, gado e cavalo

hiperexcitabilidade

-IV libertação histamina pode induzir

hipotenção como resultado da

vasodilatação

-Cães com lesão na cabeça agrava

edema e hemorragia cerebral

-Doses ADHformação de urina

Oximorfona

(derivado

dihidroxi da

morfina)

-Efeitos analgésicos: 10x a morfina

-Efeito GI: ocasional/ vómitos

-Efeitos CV: IV, cães normovolémicos

débito cardíaco

transitoriamente,PA, resistência

vascular sistémica e PaCO2

-Cães e gatos analgésico

-Gatosdoses ou + tranquilizante

-Cães pré-anestesia

-+Tranquilizante neuroleptanalgesia

-Porcos + xilazina ou cetamina para

anestesia IV

-Revertidos com naloxona

- Cães- respiração ofegante e bradicardia

-Gatos- excitação dose-dependente

-Animais com lesão na cabeça agrava

edema e hemorragia cerebral

Fentanila

(sintético)

-Início de acção mais rápido

que a morfina por via IV

(+lipossolúvel)

-Duração de acção mais curta

que a morfina

-75 a 125 x’s + potente que a

morfina

-Cães- parte de esquemas de indução

anestésica ou em infusão contínua para

promover analgesia

-Cães- neuroleptanalgesia (innovar-Vet –

fentanila+droperidol)

-Estímulos auditivos podem provocar

resposta motora do animal

-Respiração ofegante, defecação e

flatulência

-Bradicardia e salivação (tratamento com

drogas anticolinégicas)

Meperidina

(sintético)

-Estrutura semelhante à

atropina

-10-20% potencia da morfina

-Semelhante à morfina, agonista dos

receptores mü.

-Produz leves efeitos semelhantes à

atropina

-Alivia dores moderadas a intensas

-Pré-anestésico

-Não administrar IV em cães libertação

de histamina, taquicardia, contratilidade

do miocárdio

Page 15: Sebenta de Farmacologia e Toxicologia Veterinária IIxa.yimg.com/kq/groups/23134371/1702550780/name/Sebenta+de... · Sebenta de Farmacologia e Toxicologia Veterinária II Diogo Machado

Diogo Machado, Joana Santos, Madalena Pinto Coelho e Monica Nunes Página 15

Carfentanila -10000vezes mais potente que

a morfina

-t1/2 muito variável, pode ser

longo

-imobilizar grandes animais exóticos,

principal/ ungulados não domésticos

-+xilazina imobilizar cavalos selvagens

Sub

grup

o

Fármaco e

Caract.

Mecanismo de acção/

Farmacocinética

Efeito

Farmacológico

Uso terapêutico Toxicidade

An

tago

nis

tas

op

ióid

es

1) Naloxona

2) Naltrexona

-Ligam-se a receptores mü, κ, ∆, mas não os estimulam. São

antagonistas puros

1)Afinidade para o receptor mü e κ e ∆ permite-lhe

deslocar os opióides destes receptores

1)Duração muito mais curta que os agonistas que vai reverter

1)Metabolizada no fígado (glucuronidação), excretada no rim

2)Antagonista de longa duração dos receptores mü, κ e ∆

2)Metabolizada no fígado, principal metabolito tem actividade

bloqueadora de receptor opióide

1)Reversão da depressão respiratória causada pelos opióides

mü. O efeito analgésico tb desaparece

1)Reversão da depressão ventilação induzida por opióides em

neonatos

1)Doses tratamento do choque cardiogénico, hipovolémico

e séptico

1)IV, IM

2)Trata problemas comportamentais em cães (ex: lamber

contínuo)

2)Oral

Sub

grup

o

Fármaco e

Caract.

Mecanismo de acção/

Farmacocinética

Efeito Farmacológico Uso terapêutico Toxicidade

Page 16: Sebenta de Farmacologia e Toxicologia Veterinária IIxa.yimg.com/kq/groups/23134371/1702550780/name/Sebenta+de... · Sebenta de Farmacologia e Toxicologia Veterinária II Diogo Machado

Diogo Machado, Joana Santos, Madalena Pinto Coelho e Monica Nunes Página 16

Ago

nis

tas-

anta

gon

ista

s

1) Pentazocina

2) Tartarato de

butorfanol

3) Buprenorfina

4) Nalbufina

-Ligam-se a vários receptores e afectam cada um de forma diferente. Dois

tipos:

Alta afinidade por receptores mü mas não induz act

Alta afinidade por receptores mü, mas é apenas um agonista parcial

1)Agonista receptores κ e ∆ e antagonista fraco mü; 25 a 50% de potencia da

morfina

2)Potência analgésica 4 a 7 x’s a morfina; afinidade moderada receptores mü

(sem act.); afinidade κ e ∆ (act. moderada)

2)Metabolizada no fígado (metabolitos inactivos) e excretada pelos rins

3)30x’s potencia da morfina; afinidade mü (agonista parcial)

4)Agonista-antagonista com potencia = morfina (agonista κ, antagonista mü)

2)Analgesia até certo ponto

(aumentando a dose a

anestesia não aumenta)

3)efeitos antagonistas

(desloca os receptores mü

puros)

-Usados para produzir analgesia

através da estimulação de

receptores mü ou κ

-Reversão da depressão

respiratória e do SNC de

agonistas puros de receptores

mü, sem eliminar totalmente a

analgesia

2)Reversão de opióides,

analgesia, antitússico (cães,

doses)

-são mais

difíceis de

reverter que

os agonistas

(afinidade

para

receptores)

2)reversão:

Naloxona

Fármacos que afectam a transmissão neuro-humoral periférica

Medicamentos simpaticomiméticos:

Acção directa – actuam directamente nos receptores adrenérgicos e podem ou não ter um grupo catecol (ex: NA, AD, DA, isoprotenol e dobutamina)

Acção indirecta – actuam principal/ na libertação de NA, e só secundariamente podem actuar nos receptores adrenérgicos ou inibir a recaptação de NA (ex:

anfetamina, efedrina, IMAO e antidepressivos tricíclicos (ADT) e cocaína)

Relação estrutura actividade

Necessário núcleo catecol potencia máxima em receptores α e β

distancia entre o grupo amino e o anel actividade

substituição no grupo amino selectividade α

Page 17: Sebenta de Farmacologia e Toxicologia Veterinária IIxa.yimg.com/kq/groups/23134371/1702550780/name/Sebenta+de... · Sebenta de Farmacologia e Toxicologia Veterinária II Diogo Machado

Diogo Machado, Joana Santos, Madalena Pinto Coelho e Monica Nunes Página 17

Grupos hidroxilo em 3 ou 4 do anel actividade em α e β

Sub-

grupo

Fármaco e

Características

físicas/químicas

Efeito Farmacológico Farmacocinética / Mecanismo de acção Utilização

terapêutica

Toxicidade e Efeitos

Adversos

Page 18: Sebenta de Farmacologia e Toxicologia Veterinária IIxa.yimg.com/kq/groups/23134371/1702550780/name/Sebenta+de... · Sebenta de Farmacologia e Toxicologia Veterinária II Diogo Machado

Diogo Machado, Joana Santos, Madalena Pinto Coelho e Monica Nunes Página 18

Sub-

grupo

Fármaco e

Características

físicas/químicas

Efeito Farmacológico Farmacocinética / Mecanismo de acção Utilização

terapêutica

Toxicidade e Efeitos

Adversos

C

A

T

E

C

O

L

A

M

1) Epinefrina

2) Norepinefrina

3) Dopamina

1)Efeitos sobre PS limitados:

*doses - activa receptores β1 (FC e força de

contracção) e β2 (fluxo sanguíneo no musculo

esquelético)

*doses – activa receptores α (fluxo sanguíneo

no musculo esquelético), activam receptores β1

noPS barorreceptores no arco aórtico e

seios carotídeos activos tónus vagalPS

*adrenoreceptores + nos vasos cutâneos,

mesentérico e renal PS

*activação dos adrenoreceptores - resistência

periférica e neutraliza a vasodilatação induzida

pelos β2

1) efeitos vasculares:

*activa α1 fluxo sanguíneo na pele

*fluxo sang cardíaco e músculo esquelético

*fluxo sang mesentério e rins

*vasoconstrição de artérias e veias fluxo sang

pulmonar

1) efeitos cardíacos:

*força de contração (efeito inotrópico+)

*FC (efeito cronotrópico +)

*débito

*excitabilidade

*automaticidade

*potencial de arritmias

*eficiencia devido ao consumo O2

1) efeitos musculo liso:

*relaxante do tracto GI (activa α2 e β)

*contracção esficter (activa α)

*pode ocorrer contracção do útero (receptores α)

ou relaxamento (receptores β) – depende da fase

estral, gestação, espécie

*retenção urinária vesicular

*relaxamento do broquíolo (activa β2)

*midríase (activa α)

*vasoconstrição ocular formação humor

aquoso pressão intra-ocular

*contracção baço nível de eritrócitos no

- Pouco absorvidas via oral

pk sofrem conjugação e

oxidação

- Absorvidas no tracto

respiratório após

nebulização ou inalação

- Absorção cutânea lenta

devido a vasoconstrição

- Não atravessa fácil/ a

barreira hemato-cefálica

- Mecanismos de

capturação tissular

removem o fármaco do

local receptor

receptores ocupados,

resposta

*captação-1: fármaco

para o interior do

terminal nervoso

simpático

*captação-2:

catecolaminas para o

interior do tecido

efector (MAO e COMT

metabolitos

inactivos)

1) potente agonista

de todos os

adrenoreceptores

2) não afecta os β2

3) causa a

libertação de (2)

em α e β1, activa

os seus receptores

D1 e D2

1) Espasmo

brônquico

1) Tratar reacções de

hipersensibilidade e

choque anafilático

1) Prolonga o efeito

anestésico geral

1) Controlar

hemorragias

localizadas

1) Tratar glaucoma

de ângulo aberto

1) Restabelecer act.

cardíaca após

paragem

2) corrigir a

hipotensão induzida

por anestesia

espinal

3)trata choque

cardiogénico,

choque séptico e

insuficiência

cardíaca aguda

- Ansiedade, medo

e irritabilidade

- Palpitações

- Hemorragia

cerebral

- Arritmias

cardíacas

2,3)IV pode

provocar necrose

3) efeitos adversos

de mais curta

duração, pk é

rápida/

metabolizada

Page 19: Sebenta de Farmacologia e Toxicologia Veterinária IIxa.yimg.com/kq/groups/23134371/1702550780/name/Sebenta+de... · Sebenta de Farmacologia e Toxicologia Veterinária II Diogo Machado

Diogo Machado, Joana Santos, Madalena Pinto Coelho e Monica Nunes Página 19

Sub-

grupo

Fármaco e

Características

físicas/químicas

Efeito Farmacológico Farmacocinética / Mecanismo de acção Utilização

terapêutica

Toxicidade e Efeitos

Adversos

Isoproterenol - infusão IV:

*PS média pela da resistência periférica

principal/ do musc esq

*contratilidade e FC débito cardíaco

*relaxa músculos q possuem adrenoreceptores β2

*inibe a libertação de histamina (β2) induzida por

antigénios

-facil/ absorvível por via

parenteral ou como

aerossol

-metabolitos excretados

na urina

- Pontente agonista

β-adrenérgico não

selectivo

- receptores β1 e

β2 activam

adenilciclases

níveis de AMPc

-afinidade para os

receptores α

- metabolizado

principal/ pela

COMT e MAO

- constrição

brônquica aguda e

no bloqueio A-V

completo

-taquicardia e

arritmias

(resultado da

estimulação

generalizada do

tecido cardíaco)

Page 20: Sebenta de Farmacologia e Toxicologia Veterinária IIxa.yimg.com/kq/groups/23134371/1702550780/name/Sebenta+de... · Sebenta de Farmacologia e Toxicologia Veterinária II Diogo Machado

Diogo Machado, Joana Santos, Madalena Pinto Coelho e Monica Nunes Página 20

Sub-grupo

Fármaco e

Características

físicas/químicas

Efeito Farmacológico Farmacocinética / Mecanismo de acção Utilização terapêutica Toxicidade e Efeitos

Adversos

Page 21: Sebenta de Farmacologia e Toxicologia Veterinária IIxa.yimg.com/kq/groups/23134371/1702550780/name/Sebenta+de... · Sebenta de Farmacologia e Toxicologia Veterinária II Diogo Machado

Diogo Machado, Joana Santos, Madalena Pinto Coelho e Monica Nunes Página 21

N

Ã

O

C

A

T

E

C

O

L

A

M

I

N

A

S

1) Dobutamina

2) Fenilefrina

3) Metoxamina

4) Terbutalina

5) Efedrina

6) Fenilpropanolamina

1)efeitos inotrópicos >

efeitos cronotrópicos

1)contratilidade

cardíaca e volume

sistólico débito

cardíaco

2,3) PS, por

vasoconstrição

5,6)PS por estimulação

cardíaca e vasoconstrição

periférica

5,6) broncodilatação pela

activação de

adrenorreceptores β2

5,6) constrição do

esfíncter da bexiga pela

estimulação de

adrenorreceptores

6)pouco efeito

estimulante sobre o SNC

1)IV, não absorvida via

oral

1)t1/2

5,6) Absorção no tracto

GI, pode-se administrar

via oral

5,6)resistente ao

metabolismo pela MAO e

não é substrato da COMT,

tendo acção prolongada

1) activa

adrenorreceptores α e β

1) enantiómero (-)

agonista de α1 e

β1,enantiómero (+)

antagonista α1 e agonista

β1

2,3) agonista directo

receptores α1)

4) agonista directo

receptores β2

5)acções directas e

indirectas, mas a acção

primária é indirecta; uma

parte significativa da sua

acção resulta da

libertação de

norepinefrina do terminal

nervoso adrenérgico

6) amina

simpaticomimética de

acção indirecta

1) Tratamento de curta

duração na insuficiência

cardíaca

2) Vasopressor nas

situações que a estimulação

cardíaca é indesejável (ex:

anestesia com halotano)

2) Descongestionante nasal

tópico

2) Agente midríaco (exames

oftalmológicos formação

de sinéquias e dor

associada a uvite)

4) Broncodilatador de

escolha para animais

cardíacos, hipertiroidismo

ou hipertensão (deve ser

administrado com

cuidado doses

estimula receptores β1)

5) Tratamento de condições

asmáticas e

Midriático

5,6) trata a complacência

primária do esfíncter da

bexiga

6)via oral

descongestionante nasal

1) pode aumentar o uso de

O2 usada com cuidado

após enfarto do miocárdio

para evitar que este

aumente

1) pode produzir arritmias

(outros efeitos adversos ≈

epinefrina)

2)IV bradicardia reflexa

2) hipertensão em doentes

hipertensos ou geriátricos

2)uso prolongado

irritação nasal e congestão

5,6) uso sistémico – pode

ocorrer hipertensão e

arritmias cardíacas

5) estimulação do SNC pode

provocar insónia,

nervosismo, náusea e

agitação

5) pode ocorrer taquifilaxia

(atribuído à depleção de

norepinefrina nos terminais

nervosos adrenergicos

sensíveis a esta

6)pode ocorrer anorexia

Page 22: Sebenta de Farmacologia e Toxicologia Veterinária IIxa.yimg.com/kq/groups/23134371/1702550780/name/Sebenta+de... · Sebenta de Farmacologia e Toxicologia Veterinária II Diogo Machado

Diogo Machado, Joana Santos, Madalena Pinto Coelho e Monica Nunes Página 22

Antagonistas adrenérgicos

Sub-grupo

Fármaco e

Características

físicas/químicas

Efeito Farmacológico Farmacocinética /

Mecanismo de acção Utilização terapêutica

Toxicidade e Efeitos

Adversos

A

N

T

A

G

O

N

I

S

T

A

S

α

-

A

D

R

E

N

E

R

G

I

C

O

S

1) Fenoxibenzamina

2) Prazosina

3) Fentolamina

4) Ioimbina

1) hipotensão resistência periférica total

1,3)activação de reflexo barorreceptor ou por

bloqueio de receptores pré-sinápticos α2 no

pode FC

1) pode bloquear dilatação pupilar, retracção

da pálpebra e contracção da membrana

nictitante

2)relaxa a musculatura lisa arterial e venosa

2)resistência periférica total, mas

taquicardia pk os adrenorreceptores α2 não

bloqueados

3) PS pela inibição dos adrenorreceptores α1

e α2 no musculo liso vascular e relaxamento

directo do musculo liso

4)pode níveis séricos de insulina em animais

diabéticos II (receptores α2 inibem a libertação

de insulina)

4)pode estimular o SNC, FC e Parterial

1)liga-se covalente/ ao

receptor α bloqueio

irreversível e de longa

duração (mais eficaz nos α1 q

nos α2)

2) antagonista do receptor α1

selectivo e competitivo

3)antagonista competitivo de

adrenorreceptores α1 e α2

4) anatgonista competitivo de

adrenorreceptores α2 que

promove a formação de AMPc

por bloquear a activação de

α2

1) hipertonus do esfincter

uretral

1)trata laminite e diarreia

secretora

2) tratamento da insuficiência

cardíaca congestiva (Parterial

melhora a saída de sangue do)

e hipertensão

3)tratamento da hipertensão e

controlar a PS resultante de dose

excessiva de amina

simpaticomimética

4)reverte os efeitos da xilazina e

pode ser efectiva na reversão dos

efeitos tóxicos da amitraz (tem

acção agonista α2)

1) animais hipovolémicos –

pode hipotensão

1)não utilizar em com

cólica

2) diarreia, taquicardia,

hipotensão e retenção de

líquidos

3)taquicardia

4)primaria/ estimulação do

SNC

Page 23: Sebenta de Farmacologia e Toxicologia Veterinária IIxa.yimg.com/kq/groups/23134371/1702550780/name/Sebenta+de... · Sebenta de Farmacologia e Toxicologia Veterinária II Diogo Machado

Diogo Machado, Joana Santos, Madalena Pinto Coelho e Monica Nunes Página 23

Sub-grupo

Fármaco e

Características

físicas/químicas

Efeito Farmacológico Farmacocinética / Mecanismo de acção Utilização terapêutica Toxicidade e Efeitos Adversos

A

N

T

A

G

O

N

I

S

T

A

S

β

-

A

D

R

E

N

E

R

G

I

C

O

S

1) Propranolol

2) Atenolol

1)FC sinusal e deprime

a condução A-V

1)débito cardíaco,

demanda cardíaca por

O2, automaticidade do

tec cardíaco e

resistência das vias

aéreas.

2)FC, débito

cardíaco, pressões

sistólica e diastólica

1) via oral

1) metabolismo rápido

no fígado. Efeito de 1ª

passagem significativo

que reduz a

biodisponibilidade

sistémica

1)antagonista β-

adrenorreceptor

inespecifico que

bloqueia competitiva/

os receptores β1e β2

2) antagonista β1

selectivo e

competitivo

1)tratar hipertensão

associada com tiritoxicose e

feocromocitoma e arritmias

2)tratar arritmias

supraventriculares,

hipertensão e

cardiomiopatia hipertrófica

em

1) Terapias de longa duração – sensibilização

de receptores β (nº receptores)

1) Suspensão súbita da terapia pode

estimulação excessiva de receptores β e

sintomas

1) contra-indicado em animais asmáticos

(pode provocar broncoespasmo), com

insuficiência cardíaca, bradicardia sinusal ou

doença ou insuficiência hepática

2)deve ser usado com cuidado em animais

com asma ou história de broncoespasmo

2)bloqueio β1 completo excessivo pode

débito cardiaco

Page 24: Sebenta de Farmacologia e Toxicologia Veterinária IIxa.yimg.com/kq/groups/23134371/1702550780/name/Sebenta+de... · Sebenta de Farmacologia e Toxicologia Veterinária II Diogo Machado

Diogo Machado, Joana Santos, Madalena Pinto Coelho e Monica Nunes Página 24

Agonistas colinégicos

Fármaco e

Características

físicas/químicas

Efeito Farmacológico Farmacocinética / Mecanismo de acção Utilização terapêutica Toxicidade e Efeitos

Adversos

1) ACh

2) Metacolina

(acetil-β-

metilcolina) (adição de um grupo

metilo na posição β

da colina na ACh)

3) Carbacol

(carbomilcolina)

4) Batanecol

5) Pilocarpina

1)efeitos cardiovasculares (≈ estimulação vaga): IV - PS sistémica

mecanismos: acção cronotrópica e ionotrópica (-) e

vasodilatação. Vasodilatação causada por:

* inibição da libertação de norepinefrina dos terminais nervosos

simpáticos

*interação com receptores muscarínicos nas células endoteliais

para libertação de óxido nítrico inicia relaxamento do

músculo liso vascular

1) receptores muscarínicos

motalidade GI e secreções

1) contracção do musculo liso do útero, ureteres, bexiga,

brônquios e musculo esfíncter da íris

1)activação receptores muscarínicos secreções salivar e

lacrimal

5) imita a metacolina, contudo como n tem N quaternário, pode

atravessar as membranas biológicas + fácil/

2) hidrolisada ++

lentamente que a ACh

+ útil como droga

3)não hidrolisável pela

colinesterase

1,3) estimula

receptores

muscarínicos e

nicotínicos

4)agonista de

receptores

muscarínicos

1) pouco ou nenhum uso

como droga terapêutica

3)topicamente em

oftalmologia miose

4) tratar distensão

abdominal, refluxo

esofágico e distensão da

bexiga

5)primaria/ para produzir

miose e pressão

intraglobular no glaucoma

1) reversão: atropina

Page 25: Sebenta de Farmacologia e Toxicologia Veterinária IIxa.yimg.com/kq/groups/23134371/1702550780/name/Sebenta+de... · Sebenta de Farmacologia e Toxicologia Veterinária II Diogo Machado

Diogo Machado, Joana Santos, Madalena Pinto Coelho e Monica Nunes Página 25

Agentes anticolinesterásicos (agonistas colinérgicos indirectos)

Mecanismo de acção: actuam indirectamente por prevenir a hidrólise da ACh pela AChE + receptores colinérgicos são ocupados por ACh respostas muscarínica e

nicotínica

Estes actuam prevenindo a hidrólise da ACh através de 3 mecanismos primários:

1. Inibição AChE reversível: o N quaternário da droga liga-se revervivel/ ao centro activo da enzima no sítio aniónico

2. Carbamilação da AChE: agentes substratos da AChE e ocupam o sitio activo por um período de tempo maior, permitindo o [ACh] nas sinapses

3. Fosforilação da AChE: drogas formam uma ligação covalente estável com a enzima e os seus efeitos são de longa duração

Fármaco e

Características

físicas/químicas

Efeito Farmacológico Farmacocinética / Mecanismo de acção Utilização terapêutica Toxicidade e Efeitos Adversos

Page 26: Sebenta de Farmacologia e Toxicologia Veterinária IIxa.yimg.com/kq/groups/23134371/1702550780/name/Sebenta+de... · Sebenta de Farmacologia e Toxicologia Veterinária II Diogo Machado

Diogo Machado, Joana Santos, Madalena Pinto Coelho e Monica Nunes Página 26

Antagonistas parassimpáticos (antimuscarínicos)

Fármaco e

Características

físicas/químicas

Efeito Farmacológico Farmacocinética / Mecanismo de acção Utilização terapêutica Toxicidade e Efeitos

Adversos

1) Fisostigmina

2)Neostigmina

3) Edrofónio

4) Piridostigmina

5) Demecário

6) Carbaril (anticolinesterático

carbamato)

7) Organofosforados:

7.1)Diisopropilfluor

ofosfato (DFP)

7.2)Ecotiofato

7.3)Malation e

paration

7.4)Diclorfos

1,2,3)mimetizam os da ACh:

*miose, salivação,

motilidade GI

*doses fasciculações

seguida de paralesia dos

músculos esqueléticos

(causada pelo acumulo de

ACh na junção

neuromuscular)

2,3) reverte o bloqueio

neuromuscular produzido

pelas drogas curarizantes por:

*inibir a AChE

* libertação de ACh dos

terminais nervosos

*agir directa/ na junção

neuromuscular esquelética

1) bem absorvida do tracto

GI, tecido subcutâneo e

membranas mucosas;

atravessa a barreira hemato-

cefálica

2) não é bem absorvida por

via oral nem atravessa a

barreira hemato-cefálica

2)hidrolisada pelas esterases

plasmáticas, excretada na

urina

3)via parenteral; curta

duração de acção

4,5) ≈ (1) e (2), mas t1/2 maior

7.1, 7.2)acção de longa

duração

7.3)metabolizados pelas

enzimas do citocromo P450 a

malaoxon e paraoxon

inibidores de colinesterase

activos

1,2) carbamilação

da AChE

3) inibição

reversível da AChE

7.1) inibidor

reversível que

fosforila o sítio

esterático da ACh

7.2, 7.3) imita o DFP

1)tratar glaucoma simples e

secundário e intoxicaão por atropina

e outras drogas antimuscarínicas

2)reversão do bloqueio tipo curare na

junção neuromuscular esquelética;

íleo paralítico; atonia da bexiga;

condições do tipo miastenia gravis

3)para diagnosticar miastenia gravis e

antagonizar drogas do tipo curare

4)miastenia gravis

5, 7.1, 7.2)tratamento do glaucoma

6)controlo de pulgas

7.3) insecticida

7.4)antil-helmintico de largo espectro

; controlo de pulgas,

piolhos e carraças

2)contra-indicada na presença de

obstrução intestinal ou da bexiga

6)efeitos de doses excessivas

similares ao envenenamento por

organofosforados e tratados com

atropina

7)sinais clínicos:

*salivação, lacrimejamento, micção,

defecação, miose e bradicardia

(relacionados com estimulação

muscarínica)

*pode ocorrer anorexia e vómitos

*convulsões e fasciculações dos

músculos esq

*insuficiência respiratória por

fraqueza dos mm respiratórios

morte

7)tratamento:

*detoxificação (exposição dérmica-

pele lavada para remover droga n

absorvida; exposição oral – lavagem

gástrica

*estabilização: pode ser necessária

assistência respiratória

Page 27: Sebenta de Farmacologia e Toxicologia Veterinária IIxa.yimg.com/kq/groups/23134371/1702550780/name/Sebenta+de... · Sebenta de Farmacologia e Toxicologia Veterinária II Diogo Machado

Diogo Machado, Joana Santos, Madalena Pinto Coelho e Monica Nunes Página 27

1) Atropina (protótipo de

todas as drpgas

antimuscarínicas; alcalóide

obtido da Atropa belladona)

2) Escopolamina (estrutura

química e propriedades

farmacológicas ≈atropina)

3) Propantelina (sintética)

4) Glicopirrolato (sintético)

5) Tropicamida

6) Pirenzepina (em

investigação)

1,4) Efeitos :

FC variável:

*pode inicial/ ou após dose,

possivelmente como resultado de

estimulação vagal central

*[atropina] receptores muscarínicos do

nódulo S-A bloqueados taquicardia

intervalo PR

1,4) vasos: doses normais efeito a

modesto na PS sistémica

1,4) doses tóxicas estimulação do SNC,

possível/ seguido de depressão com a

progressão da toxicidade

1,4)músculos lisos:

*amplitude e frequência das contracções

peristálticas intestinais, tónus muscular

*musculo do tracto biliar relaxado

*tónus dos ureteres e bexiga

*broncodilatação nos brônquios calibrosos

1,4) olho:

*bloqueia receptores muscarínicos da ACh

no musc esfíncteriano da íris

*cicloplegia (inalbilidade de acomodar para

a visão próxima atropina inibe o controlo

colinérgico do musculo ciliar do cristalino

1,4) secreções:

*secreções salivar, biliar e glândulas

sudoríparas

*(1,4,5)doses secreção gástrica

2) produz excitação ou sedação

1)via oral – rápida e

bem absorvida

4) não entra noSNC

e olho

4) metabolismo tem

pouco papel na sua

eliminação,

eliminado pelos rins

1,3) antagonista

competitivo e não

selectivo da ACh

nos receptores

muscarínicos

1,3) tem afinidade

pelos receptores

muscarínicos e

efeito no bloqueio

de receptores de

outras substâncias

como histamina,

serotonina ou

norepinefrina

6) selectividade

para receptores M1

1) agente pré-anestésico, para

secreção salivar e respiratória

1,5) em oftalmologia para

cicloplegia e midríase ( 1acção

prolongada utilização limitada;

5 acção muito mais curta)

1) + opióides tratar cólicas

renais e biliares

1)neutralizar excesso de dose ou

toxicidade de anticolinesterásicos

1)tratar intoxicação por fungos (se

muscarina é o agente tóxico)

2)eficaz contra a cinetose (enjoo

do movimento)

3) antiespamódico e

droga anti-secretora no

tratamento de diarreia

3) relaxar o recto antes do

exame rectal

4) droga pré-anestésica

4) tratar bradicardia sinusal,

bloqueio S-A e bloqueio A-V

incompleto

1)taquicardia, fotofobia

(pela midríase),

xerostomia, temperatura

corporal(sudação),

intraquilidade,

desorientação e

estimulação SNC

(controlada por

benzodiazepinas)

1)tratamento da toxicidade

– administrar agentes

anticolinesterásicos

[ACh] nos receptores

muscarínicos

3)≈ atropina, excepto não

entrar no SNC

Agonistas e antagonistas nicotínicos ganglionares

Page 28: Sebenta de Farmacologia e Toxicologia Veterinária IIxa.yimg.com/kq/groups/23134371/1702550780/name/Sebenta+de... · Sebenta de Farmacologia e Toxicologia Veterinária II Diogo Machado

Diogo Machado, Joana Santos, Madalena Pinto Coelho e Monica Nunes Página 28

Uso limitado em medicina veterinária. Os antagonistas nicotínicos da junção neuromuscular esquelética têm mais usos terapêuticos.

Fármaco e

Características

físicas/químicas

Efeito Farmacológico Farmacocinética / Mecanismo de acção Utilização terapêutica Toxicidade e Efeitos

Adversos

1) Nicotina

2) Hexametónio

3) Trimetafano

4) Mecamilamina

1) Estimulação do córtex motor tremores

1) Respiração inicial/ estimulada e depois

deprimida

1) Estimulação gânglios simpáticos e da

medula adrenalPS, FC, resistência

periférica

1) Estimulação gânglios parassimpáticos pode

motilidade GI e a secreção salivar

1) agonista de receptor nicotínico (NN) simpáticos e

parassimpáticos, estimulante o neurónio pós-

ganglionar (mimetiza acção da ACh)

1)estimula a medula adrenal para libertar

epinefrina e norepinefrina na corrente sanguínea

1) estimula a junção neuromuscular nos receptores

NN (SN somático)

2,3,4) antagonistas NN, o bloqueio não é selectivo

(tanto gânglios simpáticos como parassipáticos)

- Utilização limitada em

veterinária

1) Insecticida

3) Para PS durante cirurgia

1) Utilizada como

insecticida e a ingestão de

fumo tem resultado na

intoxicação

1) Doses pode ocorrer

convulsões

1) pode ocorrer vómito e

fasciculações musculares

Page 29: Sebenta de Farmacologia e Toxicologia Veterinária IIxa.yimg.com/kq/groups/23134371/1702550780/name/Sebenta+de... · Sebenta de Farmacologia e Toxicologia Veterinária II Diogo Machado

Diogo Machado, Joana Santos, Madalena Pinto Coelho e Monica Nunes Página 29

Drogas bloqueadoras neuromusculares

Actuam nos receptores NN através de 2 mecanismos para relaxar o músculo esquelático.

Factores que influenciam os efeitos dos bloqueadores neuromusculares:

Factores genéticos ou os inibidores de colinesterase actividade da colinesterase plamática prolongam a duração de acção da succinilcolina

Doenças hepáticas pode prolongar a duração de acção da succinilcolina, pk o fígado sintetiza a colinesterase plasmática

Os antibióticos aminoglicosídios, que inibem a libertação de ACh, exibem actividade bloqueadora neuromuscular

Os anestésicos gerais hidrocarbonetos halogenados (halotano) o bloqueio neuromuscular pela estabilização da membrana pós-juncional

Sub-

grupo

Fármaco e

Características

físicas/químicas

Farmacocinética / Mecanismo de acção Utilização terapêutica Toxicidade e Efeitos Adversos

Dro

gas

des

po

lari

zan

tes

1) Succinilcolina 1) IV inicio rápido de

acção, duração:

2-3min

5min

6-8min

25min

1)hidrolisada por

pseudocolinesterase

1) actua como a ACh para

despolarizar a junção

neuromuscular, mas é

hidrolisada +lenta/ pela AChE

*Fase I: canal de Na associado

com o receptor NM aberto

receptor depolarizado. A

ligação persistente de 1 ao

receptor NM transforma o

receptor impossibilitando a

transmissão de impulsos

adicionais. Fase associada com

fasciculações musculares

*Fase II: passado tempo o

canal Na fecha e ocorre

repolarização junção

neuromuscular resistente a

despolarizações paralisia

flácida

- promovem e

relaxamento muscular

esquelético

-facilita a intubação

endotraqueal e permite que

a cirurgia seja feita com

menos anestésicos geral,

segurança (não bloqueiam a

dor)

-podem produzir apneia (necessária respiração artificial

até à recuperação)

- não tem um bom antagonista

1) contracção muscular dolorosa, bradicardia e

secreções bronquiolar e salivar.

1) Hipertermia maligna

Page 30: Sebenta de Farmacologia e Toxicologia Veterinária IIxa.yimg.com/kq/groups/23134371/1702550780/name/Sebenta+de... · Sebenta de Farmacologia e Toxicologia Veterinária II Diogo Machado

Diogo Machado, Joana Santos, Madalena Pinto Coelho e Monica Nunes Página 30

Dro

gas

blo

qu

ead

ora

s co

mp

etit

ivas

1) Tubocurarina

2) Galamina

3) Pancurónio

4) Atracúrio

5) Vencurónio

6) Alcurónio

1) não é metabolizada

significativa/; excretada

inalterada 50% na urina e

50% nas bílis

2)excretada inalterada na

urina

3) metabolizado pelo

fígado, rins são a maior via

de eliminação

4) degradação espontânea

no plasma, tb hidrolizado

pelas esterases (não

envolve o fígado e rins)

5) elininado pelos rins

(≈15%), por metabolização

e excreção biliar

- Ocupam o receptor NM, mas

não o activam. nº receptores

NM disponíveis para a ACh

potencial de placa o limiar

para excitar o músculo não é

alcançado e o músculo relaxa

- promovem e

relaxamento muscular

esquelético

-facilita a intubação

endotraqueal e permite que

a cirurgia seja feita com

menos anestésicos geral,

segurança (não bloqueiam a

dor)

4)droga de escolha para

relaxar a musculatura

esquelética de animais

hepáticos ou renais

-podem produzir apneia (necessária respiração artificial)

- podem ser antagonizadas pelos inibidores das

colinesterases (edrofónio e neostigmina)

1) libertação de histamina e bloqueio da transmissão em

gânglios autónomosPS

1)libertação de histamina broncoespasmo, secreções

brônquicas e salivação

1) não utilizado em libertação de histamina

1) Não administrar em animais hepáticos ou renais

2) bloqueia receptores muscarínicos FC

2)evitada em animais que não podem tolerar taquicardia

2,4) liberta menos histamina que (1)

3)pequeno FC

6) não liberta histamina ou bloqueia gânglios autónomos

significativa/

6) não deve ser usado em animais renais

Page 31: Sebenta de Farmacologia e Toxicologia Veterinária IIxa.yimg.com/kq/groups/23134371/1702550780/name/Sebenta+de... · Sebenta de Farmacologia e Toxicologia Veterinária II Diogo Machado

Diogo Machado, Joana Santos, Madalena Pinto Coelho e Monica Nunes Página 31

_____________________________________Sistema Cardiovascular________________________________

Vários tipo de anormalidades fisiopatológicas → Insuf cardíaca = funcionamento anormal do coração resulta na inadequada distribuição de sangue para os tecidos ou a distribuição adequada só acontece com pressões de enchimento cardíaco elevadas. Insuf ventricular direita congestiva → hipertensão venosa periférica, efusão pleural, congestão hepática e de outras vísceras abdominais Insuf ventricular esquerda congestiva → congestão venosa (se crónica pode → insuf ventricular direita, se a pressão art aumentar), pulmonar e edema Insuf de débito de ambos os ventrículos pode coexistir com insuf congestiva → (pode dar) fraqueza, síncope e azotemia pré-renal Causas primárias da insuf cardíaca: (ajudam na escolha da terapia) - disfunção miocárdica (insuf sistólica ou de bombeamento) – tb pode ser uma complicação secundária da insuf cardíaca - sobrecarga de fluxo-volume - sobrecarga de pressão - enchimento diastólico restrito (insuf diastólica) - arritmias persistentes Mecanismos cardíacos compensatórios: -Mecanismo de Frank-Starling → enchimento cardíaco → contracções + fortes → ajuda a restablecer o débito; (ex. insuf valvular; hipertensão arterial; obstrução de efluxo ventricular) - Hipertrofia miocárdica → ajuda a os batimentos das paredes e o consumo de O2 (que com sobrecargas de volume e pressão); pode interferir com a diástole = ventrículo menos complacente (ex. sobrecarga de pressão sistólica - dá hipertrofia concêntrica e engrossamento de fibras miocárdicas; sobrecarga de volume – dá principal/ hipertrofia excêntrica, alongamento de fibras miocárdicas e ampliação dos compartimentos) Mecanismos compensatórios neuro-humorais: - do tónus nervoso simpático

- Activação do sistema renina-angiotensina-aldosterona - Libertação de ADH e vasopressina

Activação neuro-humoral continuada sinais congestivos → a demanda sistólica do coração (necessidade de sístoles mais eficazes) e as taxas de morbidade e mortalidade; Geral/ → insuf cardíaca = grau de activação neuro-humoral Tratamento: redução de sal na dieta + exercício físico + terapia com drogas

Causam retenção de volume e vasoconstrição –

vitais em def aguda de débito cardíaco (ex. hemorragias)

Page 32: Sebenta de Farmacologia e Toxicologia Veterinária IIxa.yimg.com/kq/groups/23134371/1702550780/name/Sebenta+de... · Sebenta de Farmacologia e Toxicologia Veterinária II Diogo Machado

Diogo Machado, Joana Santos, Madalena Pinto Coelho e Monica Nunes Página 32

Activação de mecanismos neuro-humorais compensatórios→ retenção de líquidos e de sódio → administrar diuréticos

Vasodilatadores

- Podem débito cardíaco e o edema e as efusões resultantes da insuf cardíaca; - Afectam arteríolas, sistema venoso ou ambos (vasodilatadores balanceados). Vasodilatador arteriolar e balanceado____ cuidado!! Hipotensão e taquicardia reflexa Vasodilatadores arteriolares: - Relaxamento do mm liso arteriolar → resistência vascular sistémica, pressão arterial e a pós-carga no coração (tensão numa câmara

para que se possa contrair) → + sangue ejectado do coração;

Diuréticos de alça (potentes)

Furosemida: usada pratica/ apenas para edemas

associados a insuf cardíaca congestiva

Efeitos adversos – excessiva perda de líquidos e

de electrólitos ou de ambos

Diuréticos poupadores de K+

Ex. Espironolactona, Trianterena – rara/ usados isoladamente na insuf

cardáca; + furosemida → perda de K+; úteis para hipopotassemia e qd

furosemida n consegue controlar a acumulação de líquidos

Efeitos adversos – contra-inidicados k tenham recebido

suplementação de K+ ou um inibidor da ECA (enzima conversora de

angiotensina)

Diuréticos tiazídicos

Ex. Clortiazida, Hidroclortiazida: ocasional/ para a insuf cardíaca

congestiva recente

Efeitos adversos – fluxo sanguíneo renal e não usar na presença

de azotomia

Page 33: Sebenta de Farmacologia e Toxicologia Veterinária IIxa.yimg.com/kq/groups/23134371/1702550780/name/Sebenta+de... · Sebenta de Farmacologia e Toxicologia Veterinária II Diogo Machado

Diogo Machado, Joana Santos, Madalena Pinto Coelho e Monica Nunes Página 33

- Gradiente de pressão sistólica através da mitral quando há refluxo mitral → fluxo sanguíneo regurgitante ( pressão arterial esquerda e a congestão pulmonar) e fluxo expelido pela aorta;

- Relaxam as veias sistémicas, capacitância venosa, pressão de enchimento cardíaco (pré-carga) e congestão pulmonar.

FARMACO MEC. ACÇÃO FARMACOCINÉTICA EFEITO FARMA. USO TERAPEUTICO REAÇÕES ADV.

Inib

ido

r d

a en

zim

a co

nve

rso

ra d

e an

gio

ten

sin

a (E

CA

)

Captoprila Inibidores de ECA,

interferem na conversão

de angiotensina I em

angiotensina II. Inibindo

os efeitos de retenção de

volume e vasoconstricção

de Ang II.

~75% rapidamente absorvido PO

Administração com alimentos reduz a

absorção.

- Em : Ligação a proteína: 40%

Efeitos hemodinâmicos agudos duram

menos de 4 horas.

Eliminado pelos rins.

Dilatação arteriolar e

venosa:

Efeito vasodilatador local , mesmo na ausência de níveis elevados de renina circulante.

Efeitos aumentados pelas cininas vasodilatadoras, normalmente degradadas pela ECA.

Redução da retenção de Na

e H2O:

↓AngII ↓ aldosteronal

(↓retenção renal de Na+)

Moderação da respostas

neuro-humorais

compensatórias

excessivas: vantagens

sobre hidralazina (e outros

dilatadores arteriolares)

na insuficiência cardíaca.

: com

hipertensão eficiência

variável.

Úteis no tratamento de

insuficiência cardíaca

causada por insuficiência

valvular ou outra

sobrecarga de volume.

Pode ser útil em com

insuf. cardíaca direita

secundária a hipertrofia

crónica ou cardiomiopatia

restritiva.

Hipotensão

Transtornos

gastrintestinais (c/

captoprila

principalmente).

Pode potenciar

insuficiência renal ou

piora função renal

(reduzir diurético e/ou

inibidor de ECA pode

restabelecer).

Hiperpotassemia quando

usados com diurético

poupadores de K ou

animais insuficientes

renais.

Maleato de

enalaprila

(Um dos nomes

comerciais é

Enacar, o único ECA

licenciado para uso

veterinário)

Administração com alimentos não

diminui a biodisponibilidade (PO).

Tem inicio mais lento, o efeito é mais

longo que da captoprila.

Transformado no fígado: metabolito

activo enalaprilato.

Excreção urinária de enalaprila e

enalaprilato.

Lisinoprila Lisina-análogo de enalaprila

Benazeprila ~40% absorvido após PO.

Administração com alimento não afecta

a absorção.

Convertido em benazaprilato no fígado.

Eliminação: ~50% renal, 50% biliar.

Page 34: Sebenta de Farmacologia e Toxicologia Veterinária IIxa.yimg.com/kq/groups/23134371/1702550780/name/Sebenta+de... · Sebenta de Farmacologia e Toxicologia Veterinária II Diogo Machado

Diogo Machado, Joana Santos, Madalena Pinto Coelho e Monica Nunes Página 34

FARMACO MEC. ACÇÃO FARMACOCINÉTICA EFEITO FARMA. USO TERAPEUTICO REAÇÕES ADV.

Hidralazina Relaxa directamente o

m. liso arteriolar, mas

tem pouco efeito sobre o

sistema venoso.

É necessário um

endotélio vascular

intacto.

Administração com alimento diminui a

biodisponibilidade em mais de 60%.

Extensa metabolização de 1ª passagem

pelo fígado.

Em cães doses altas saturam o

mecanismo de metabolização de 1ª

passagem, aumentando a

biodisponibilidade.

Diminui a pressão arterial

média e a resistência

vascular, aumentando o

débito cardíaco.

A circulação cerebral,

coronária, esplâncnica e

renal são as mais afectadas.

Insuficiência da válvula

mitral: em combinação

com a furosemida quando

há grave edema pulmonar

(especialmente útil no

)

Insuficiência miocárdica.

Hipertensão.

- Hipotensão (+ comum).

- Taquicardia reflexa:

dosagem deve ser

reduzida; adicionar

digoxina ou bloqueador β

pode ser necessário.

- Pode aumentar a

resposta neuro-humoral

da insuf. cardíaca e

retenção de Na+ e H2O.

- Distúrbio gastrintestinal

(especialmente ).

Nit

rato

s

Nitroprussiato de

sódio

Distende directamente os

músculos lisos arteriais e

venosos.

Amds preferencial por Infusão IV (por

ter curta duração de acção).

Desenvolve-se tolerância rapidamente:

(monitorização, ajuste das doses)

Extensa metabolização hepática de 1ª

passagem após admin. PO.

Potente dilatador arterial e

venoso. : Algms vezes na insuf.

cardíaca congestiva

fulminante

- Pode produzir

hipotensão grave

(monitorizar!).

- Intoxicação por cianeto

(doses excessivas ou

prolongadas).

Pomada de

nitroglicerina

Dilata o músculo liso

venoso possivelmente

pela estimulação da

produção de GMPc.

Nitroglicerina: PO; sublingual;

transcutânea.

Pomada: Tópica (virilha, axila, pavilhão

auricular).

Dosagem e abs variáveis.

A nitroglicerina sofre extensa

metabolização hepática de primeira

passaggem após adms PO.

Aumentam primariamente

a capacitância venosa e

reduzem a pressão de

enchimento cardíaco.

- Redução de edema

pulmonar cardiogénico

agudo.

- Terapia de longa duração

com edema pulmonar

persistente (para além dos

diuréticos).

- Hidralazina pode ser

adicionada a esquema

terapêutico ef.

vasodilatador+equilibrado.

- Terapia com inibidores

de ECA pode ser mais

vantajosa.

Hipotensão (doses

excessivas ou

inapropriadas)

Dinitrato de

isossorbida

PO ou transcutânea.

Page 35: Sebenta de Farmacologia e Toxicologia Veterinária IIxa.yimg.com/kq/groups/23134371/1702550780/name/Sebenta+de... · Sebenta de Farmacologia e Toxicologia Veterinária II Diogo Machado

Diogo Machado, Joana Santos, Madalena Pinto Coelho e Monica Nunes Página 35

FARMACO MEC. ACÇÃO FARMACOCINÉTICA EFEITO FARMA. USO TERAPEUTICO REAÇÕES ADV.

Blo

qu

ead

or

α1-

adr.

Prazosina

(não se custuma

usar ← tolerância +

tamanho (mau para

pequenos))

Bloqueia selectivamente

adrenoreceptores α1

(são pós-sinápticos)

vasoconstricção arterial e

venosa.

Melhoria de

hemodinâmica

(inicialmente) mas a

tolerância desenvolve-se

rapidamente.

DROGAS INOTRÓPICAS POSITIVAS

Gli

co síd

ios

di

git

áli

co s FARMACO MEC. ACÇÃO FARMACOCINÉTICA EFEITO FARMA. USO TERAPEUTICO REAÇÕES ADV.

Page 36: Sebenta de Farmacologia e Toxicologia Veterinária IIxa.yimg.com/kq/groups/23134371/1702550780/name/Sebenta+de... · Sebenta de Farmacologia e Toxicologia Veterinária II Diogo Machado

Diogo Machado, Joana Santos, Madalena Pinto Coelho e Monica Nunes Página 36

Gli

co síd

ios

di

git

áli

co s FARMACO MEC. ACÇÃO FARMACOCINÉTICA EFEITO FARMA. USO TERAPEUTICO REAÇÕES ADV.

Digoxina

(Glicosídio

digitálico

que tá a dar

← é bué da

cena)

Efeito inotrópico positivo:

inibição da bomba Na-K ATPase

através de ligação competitiva

na membrana da célula

miocárdica acumulo

intracelular de Na promove a

entrada de Ca via troca Na-Ca.

aumento da disponibilidade

de Ca para as proteínas

contrateis

Efeitos antiarrítmicos: aumento

do tónus parassimpático no

nódulos sino-atrial (SA) e

atrioventricular (AV).

Digoxina: prolonga o tempo de

condução e o período

refractário no nódulo AV.

↑ Sensibilidade dos

baroreceptores na insuf.

cardíaca ajudando a combater a

activação neuro-humoral

excessiva.

- Dose inicial oral baixa! (doses de

ataque são frequentemente

tóxicas)

- IV muito lenta (em emergência):

rápida/ vasoconstricção

periférica

- Abs: ~60% (comprimidos); 75%

(elixir); diminuída pela presença de

alimentos., compostos com

caolimpectina, antiácidos, ou

síndrome de mal-absorção.

- Biodisponibilidade PO 20% -

- Ligação a proteína no soro: ~27%

- Metabolismo hepático mínimo.

- Concentração sérica terapêutica:

1,0 a 2,4 ng/ml medir!

Dosagem ajustada com:

Doença renal: menor depuração; menor Vd (momotorizar!)

Doença cardíaca – concentração sérica ↑ (mas n mt relevante)

Peso: com caquexia dar menos (liga-se ao músc. esquelético).; obesos: calcular dose para peso magro

Doença hepática: - pode estar associada a toxicidade

- Aumento da

contratilidade do

músculo cardíaco, mas

são agentes inotrópicos

positivos relativamente

fracos (há drogas

ionotrópicas positivas

intravenosas + seguras).

- Reduzem a estimulação

sinusal, prolongam o

tempo de condução

atrioventricular, e

suprimem as

despolarizações atriais

prematuras e a

taquicardia ventricular.

Insuficiência cardíaca

associada com

disfunção

miocárdica.

↑ débito cardíaco,

↓pressão do

enchimento,

↓ tamanho do

coração, ↓pressões

venosas e capilar.

Contra arritmias

supraventriculares, (

moderadamente

eficaz na redução da

resposta ventricular

na fibrilhação atrial e

não converte para

ritmo sinusal)

Contra-indicações:

Cardiomiopatia hipertrófica: pode piorar a obstrução de fluxo ventricular existente.

Toxicidade miocárdica fatal

especialmente em pacientes com

insuf. cardíaca distúrbios no

ritmo cardíaco (taquiarritmias

ventriculares, complexos

supraventriculares prematuros,

taquicardia, bloqueio sinusal,

bloqueio AV de segundo grau,

ritmos juncionais).

Distúrbios gastrintestinais

(anorexia, vómitos, diarreia,

borborismos)

Causas:

Sobrecarga de Ca2+ instabilidade eléctrica.

↑tónus simpático = ↑automatismo

Despolarização pós-tardia automacidade espontânea das células miocárdicas

Factores predisponentes:

Hipopotassemia sítios na bomba Na-K ATPase de menbrana+ disponíveis para este fármaco toxicidade miocárdica

Page 37: Sebenta de Farmacologia e Toxicologia Veterinária IIxa.yimg.com/kq/groups/23134371/1702550780/name/Sebenta+de... · Sebenta de Farmacologia e Toxicologia Veterinária II Diogo Machado

Diogo Machado, Joana Santos, Madalena Pinto Coelho e Monica Nunes Página 37

Gli

co síd

ios

di

git

áli

co s FARMACO MEC. ACÇÃO FARMACOCINÉTICA EFEITO FARMA. USO TERAPEUTICO REAÇÕES ADV.

Digitoxina - Bem abs PO

- Apolar e mt lipossolúvel.

- Ligação a prot. plasmáticas:

~90%.

- T½: 8-12h ; >100h (NÃO

USAR!)

- Concentração sérica terapêutica:

15-35 ng/ml, medida 6-8 h após

última dose.

- Eliminação: depuração pelo

fígado, parece ser bem tolerada

com doença hepática e

insuficiência renal.

Doença pericárdica

Doença sinusal ou do nódulo AV

Taquiarritmias ventriculares.

Hipercalcemia;hipernatremia: (potencializam o ef. inotrópico e tóxico)

Hipertiroidismo: ↑efeitos miocárdicos.

Hipotiroidismo: ↓depuração

Hipoxia: sensibiliza miocárdio aos ef. tóxicos

Age

nte

s si

mp

atic

om

imét

ico

s (C

atec

ola

min

as)

Dopamina Estimulam os adrenoreceptores

β1 cardíacos, activando

adenilciclase transforma ATP

em AMPc estimula sistema

proteína quinase que, via

fosforilação de certas proteínas

de membrana ↑ do influxo de

Ca2+ e maior contratilidade.

- T½ mt curta (< 2 mins).

- Metabolismo hepático extenso

- Clinicamente: adms IV,

normalmente infusão contínua.

- As catcolaminas ↑

Freq. cardíaca e

contratilidade (+ em

doses altas)

- Doses baixas estimula:

receptores

dopaminérgicos

vasodilatadores da

circulação mesentérica,

renal, cerebral,

coronária. - Doses

elevadas estimula

adrenoreceptores α e

β vasoconstricção

perifér.

Pode acelerar a

depuração renal de

outras drogas pelo

aumento do fluxo renal.

- Insuficiência

miocárdica

(cardiomiopatia

dilatada): Dopamina

e Dobutamina em

conjunto c/ + drogas

em

inotropismo de curta

duração.

(uso limitado por

densenvolvimento

de dessensibilização

dos

adrenoreceptores β:

(- receptores e -

afinidade).

- Hipotensão

irresponsiva a

Catecolaminas , em doses altas

podem causar:

↑ da FC

↑ do consumo miocárdico de 02.

Arritmias: taquiarritmias ventriculares e sinusal.

Dobutamina:

(-) arritmogénica.

+ sensíveis: podem apresentar tremores mm com doses relativamente baixas.

Page 38: Sebenta de Farmacologia e Toxicologia Veterinária IIxa.yimg.com/kq/groups/23134371/1702550780/name/Sebenta+de... · Sebenta de Farmacologia e Toxicologia Veterinária II Diogo Machado

Diogo Machado, Joana Santos, Madalena Pinto Coelho e Monica Nunes Página 38

Gli

co síd

ios

di

git

áli

co s FARMACO MEC. ACÇÃO FARMACOCINÉTICA EFEITO FARMA. USO TERAPEUTICO REAÇÕES ADV.

Dobutamina - ↑ Contratilidade c/

efeito mínimos na freq.

cardíaca e na P.

sanguínea, com taxas de

infusão baixas.

- Estimula

adrenroreceptores β1( +

acção fraca em α e β2)

- Não estimula

receptores

dopaminérgicos.

reposição dos

líquidos.

- Insuficiência renal

aguda com oligúria

(dopamina).

Bloqueadores β, e bloqueadores de canais de Ca: doença cardíaca que causa disfunção diastólica (cardiomiopatia hipertrófica) responde a drogas que diminuem a frequência cardíaca, (e por isso aumentam o tempo de enchimento e reduzem a isquémia) facilitam o relaxamento cardíaco, ou ambos.

Bloqueadores β: Propanolol, Atenolol: diminuem a frequência cardíaca, reduzem o consumo de 02 no miocárdio.

Bloqueadores de canais de Ca: causam vasodilatação coronária e sistémica, aumentam o relaxamento do miocárdio, algumas vezes reduzem a contratilidade

cardíaca. (diltiazem usado em com cardiomiopatia hipertrófica).

Page 39: Sebenta de Farmacologia e Toxicologia Veterinária IIxa.yimg.com/kq/groups/23134371/1702550780/name/Sebenta+de... · Sebenta de Farmacologia e Toxicologia Veterinária II Diogo Machado

Diogo Machado, Joana Santos, Madalena Pinto Coelho e Monica Nunes Página 39

Drogas Antiarrítmicas

Freq e ritmo cardíaco → controlados pelo nódulo sinusal

Ritmos cardíacos anormais: distúrbios na função do nódulo sinusal, automaticidade de outras fibras cardíacas alterada, anormalidades de condução num local do coração

ou combinação dos anteriores.

Drogas usadas em arritmias

Agentes da Classe I – anestésicos locais (alteram automacidade, excitabilidade, condução e refractariedade das membranas cardíacas); alguns (ex. quinidina e

procainamida) têm efeitos autonómicos indirectos (sobre o SNA?); maioria depende da [] extracelular de K+;

Agentes da Classe II – bloqueadores β (inibem os efeitos das catecolaminas no coração);

Agentes da Classe III – prolongam os potenciais de acção;

Agentes da Classe IV – bloqueadores dos canais de Ca2+

FARMACO MEC. ACÇÃO FARMACOCINÉTICA EFEITO FARMA. USO TERAPEUTICO REAÇÕES ADV.

Cla

sse

IA:

anes

tési

cos

loca

is.

Pocainamid

a

- Bem abs PO. IM; infusão IV(equilíbrio

em 12-22h)

- : Ligação de 20% a proteínas;

- Metabolito N-acetil-procainamida no

, quantidade não significativa em

;

- Metabolismo: hepático;

- Excreção renal (proporcional a

depuração da creatinina).

- Deprimem a automaticidade

e a velocidade de condução,

prolongam o período

refractário efectivo →

alterações electrofisiológicas

(directas) e vagolíticas

(indirectas).

Quinidina: doses baixas -

efeito vagolítico pode

Contracções

ventriculares

prematuras

frequentes, taquicardia

ventricular.

- Despolarizações

atriais prematuras,

taquicardias.

Quinidina: pode

IV rápida: hipotensão

significativa; depressão

cardíaca.

Page 40: Sebenta de Farmacologia e Toxicologia Veterinária IIxa.yimg.com/kq/groups/23134371/1702550780/name/Sebenta+de... · Sebenta de Farmacologia e Toxicologia Veterinária II Diogo Machado

Diogo Machado, Joana Santos, Madalena Pinto Coelho e Monica Nunes Página 40

Quinidina - Bem abs PO, IM, (preferido em é

int. nasogástrica).

- O Sal sulfato abs + rapidamente q o sal

gliconato; Poligalacturonato de

libertação lenta os 3 prolongam abs e

eliminação da quinidina

- Metabolismo: pouca metabolização

hepática de primeira passagem (é

extensa e não depende muito do fluxo

sanguíneo hepático);

- Excreção urinária;

- : mt ligado a proteína;

- Níveis terapêuticos: 12-24 h.

aumentar frequência sinusal

ou taxa de resposta

ventricular à fibrilação atrial

por antagonismo dos efeitos

directos da droga.

provocar a conversão

de fibrilhação atrial em

ritmo sinusal e função

ventricular normal (no

início) em

de grande porte.

Procainamida: (-)

eficaz nas arritmias

atriais e não converte

fibrilação atrial para

ritmo sinusal.

- Efeitos hemodinâmicos

adversos podem ocorrer

com doença cardíaca

subjacente.

- IV pode causar:

vasodilatação por

bloqueio receptor

adrenérgico α, depressão

cardíaca, e hipotensão.

Disopirami

da

- Não usado clinicamente (pk meia vida

nos é (-) de 2h)

- Electrofisiologicamente

semelhante à quinidina e

procainamida.

- : efeitos depressores

significativos no

miocárdio.

An

esté

sico

s lo

cais

: cl

asse

IB

Lidocaína Efeitos anestésicos locais:

alteram a automaticidade,

excitabilidade, condução e

refratariedade das

membranas cardíacas.

Dependente da concentração

extracelular de potássio para

os efeitos.

- Metabolismo: hepático rápido; alguns

metabolitos podem contribuir para os

efeitos antiarrítmicos, mas tb tóxicos;

-Eliminação hepática de 1ª passagem

quase completa → Bolus IV lentos,

seguida de infusão em taxa constante.

- Inibe a automaticidade de

fibras de Purkinje normais ou

doentes, diminui a condução e

reduz o período super normal;

- Efeitos aumentados em céls.

cardíacas doentes ou

hipóxicas;

- Efeitos hemodinámicos

mínimos, pouca ou nenhuma

depressão da contratilidade

(em doses terapêuticas e em

IV lento);

- Pouco efeito na frequência

sinusal, na velocidade de

condução A-V e na

refractariedade.

- Contracções

ventriculares

prematuras

frequentes, taquicardia

ventricular;

- : I_V de escolha

para a arritmia

ventricular (geral/

ineficaz nas arritmias

supraventriculares).

- Níveis tóxicos:

hipotensão.

Page 41: Sebenta de Farmacologia e Toxicologia Veterinária IIxa.yimg.com/kq/groups/23134371/1702550780/name/Sebenta+de... · Sebenta de Farmacologia e Toxicologia Veterinária II Diogo Machado

Diogo Machado, Joana Santos, Madalena Pinto Coelho e Monica Nunes Página 41

Tocainida -Bem absorvida PO;

-Não sofre metabolismo de 1ª passagem

significativo;

-Excreção: renal e hepática; depuração

hepática não é muito influenciado pelo

fluxo sanguíneo.

~lidocaína (nas suas

propriedades

electrofisiológicas e

hemodinâmicas)

Contracções

ventriculares

prematuras

frequentes, taquicardia

ventricular.

Fenitoína

(nome

comercial:

Dilantin)

- PO (biodisponibilidade baixa) e infusão

IV lenta;

- Metabolismo: fígado (acelera a sua

própria eliminação pk estimula enzimas

microssomais hepáticas)

~lidocaína excepto: alguns

efeitos inibidores de canais de

cálcio lentos e do SNC

maior eficácia contra arritmias

induzidas por digitálicos

glicosídios.

- Usada só em :

arritmias ventriculares

induzidas por

glicosídios digitálicos q

n respondem a

lidocaína.

IV rápida → o veículo

propilenoglicol pode

deprimir a contratilidade

miocárdica e causar

vasodilatação, hipotensão,

exacerbação de arritmias

e paragem respiratória.

Mexiletina - Parece ter boa absorção PO;

- Metabolismo: fígado (influenciado pelo

fluxo sanguíneo hepático);

- Meia-vida 4,5-7 horas em cães,

dependendo do pH da urina;

- Excreção: urina (~10% excretada

inalterada; a alcalinização da urina

prolonga a eliminação).

~lidocaína (nas suas

propriedades

electrofisiológicas,

hemodinâmicas e

antiarritmicas)

Cla

sse

IC

Flecainida

Encaidina

Propalenon

a

PO -Usados primaria/ para

contracções

ventriculares

prematuras freq e para

taquicardia ventricular

- IV - Hipotensão

significativa, depressão

miocárdica;

-Exacerbam arritmias (pró-

arritmogénico);

- acentuada da

velocidade de condução

cardíaca;

- doses elevadas: deprimir

a automaticidade no

nódulo sinusal e no tecido

especializado de

condução.

Page 42: Sebenta de Farmacologia e Toxicologia Veterinária IIxa.yimg.com/kq/groups/23134371/1702550780/name/Sebenta+de... · Sebenta de Farmacologia e Toxicologia Veterinária II Diogo Machado

Diogo Machado, Joana Santos, Madalena Pinto Coelho e Monica Nunes Página 42

Cla

sse

II:

Blo

qu

ead

ore

s β

Propanolol

(nome

comercial :

Inderal)

Tem sido

usado +

ampla/ em

vet

Antagonistas adrenérgicos β,

inibem os efeitos das

catecolaminas no coração.

- Alimentação retarda a abs oral e

aumenta a velocidade de depuração de

uma dose IV ( pk aumenta o fluxo

sanguíneo hepático);

- Metabolismo: extenso metab de 1ª

passagem pelo fígado; administração

prolongada e doses elevadas →

saturação das enzimas hepáticas →

biodisponibilidade;

- T1/2: < 1,5 horas (mas persistem

metab activos) : 0,5-4,2 horas :

1,2-1,7 horas (biodisponibilidade baixa);

- Eliminação: como fluxo sanguíneo

hepático, prolonga a sua própria

eliminação (e de outros metabolizados

no fígado)

-frequência cardíaca e

velocidade de condução A-V;

- Reduz: contratilidade,

consumo de oO2 pelo

miocárdio, resistência vascular

sistémica;

- Efeitos farmacológicos são

proporcionais ao tónus

simpático existente (apesar de

bloquear os efeitos

simpáticos).

-Em animais com doença

miocárdica grave (k

dependem do do

simpático para manter o

débito) → efeitos

inotrópicos negativos

pronunciados

(contratilidade,

condução e frequência

cardíaca).

Atenolol

e outros tb

são usados

actual/

Igual ao de cima Igual ao de cima

Cla

sse

III:

pro

nlo

nga

m o

s

po

ten

cia

is d

e ac

ção

.

Tosilato de

bretílio

- Prolongam a duração do

potencial de acção cardíaco e

o período refractário

efectivo, sem a velocidade

de condução.

- Abs oral extremamente baixa→ IM, IV;

-T1/2: 10,4 horas. Concentrações nos

tecidos aumentam lentamente: pico em

1,5-6 horas;

- A [] nos tecidos relaciona-se + com os

efeitos antifibrilatórios q com a []

plasmática;

-Excreção: rins.

-Libertação inicial de

catecolaminas, seguida de

longo período de tempo onde

a libertação de norepinefrina

é inibida;

- IV: aumento transitório,

seguido de diminuição

prolongada no ritmo sinusal,

velocidade de condução A-V,

resistência vascular e pressão

arterial;

- Efeitos antifibrilatórios até 4-

6 horas.

- Supressão de

arritmias de reentrada,

prevenindo fibrilação

ventricular;

- Tratamento de

arritmias ventriculares

com risco de vida, que

não respondem a

terapia convencional e

para outros animais

com risco de fibrilação

ventricular;

- IV rápida: pode dar

ataxia, náusea, vómito;

- Hipotensão significativa

(raro).

- Pode haver agravamento

de arritmia e taquicardia

nos estágios iniciais do

tratamento.

Page 43: Sebenta de Farmacologia e Toxicologia Veterinária IIxa.yimg.com/kq/groups/23134371/1702550780/name/Sebenta+de... · Sebenta de Farmacologia e Toxicologia Veterinária II Diogo Machado

Diogo Machado, Joana Santos, Madalena Pinto Coelho e Monica Nunes Página 43

Amiodaron

a

- Pode ser por via oral →PO crónica leva

ao acumulo de um metabolito activo.

- Farmacocinética complexa (tempo

prolongado para atingir equilíbrio e []

miocárdicas);

- Aumenta as [] séricas da digoxina,

quinidina, procainamida, fenitoína e

teofilina.

- doses terapêuticas: ritmo

sinusal, a velocidade de

condução A-V e causa

depressão mínima da

contratilidade miocárdica e da

pressão sanguínea.

- Não são indicados

para tratamento inicial

de arritmias

ventriculares;

- Contra-indicações:

bradicardia extrema,

hipotensão.

Sotalol - Pode ser por via oral. - Bloqueador β não selectivo,

com actividade primaria/ de

classe III (prolonga a

repolarização e

refractariedade).

Cla

sse

IV: b

loq

uea

do

res

de

can

ais

de

cálc

io Diltiazem

(nome

comercial:

Cardizem)

- Bloqueio da corrente de

cálcio de entrada lenta →

influxo de cálcio pelo; os

tecidos dependentes da

corrente de cálcio de entrada

lenta (ex. nódulo sinusal A-V)

são os mais afectados.

- Diltiazem: Abs oral parecer ser boa;

-Extensivamente metabolizado;

alguns metabolitos

farmacológica/ activos.

-Níveis plasmáticos máximos

(após PO): 30-60 min.

Efeitos máximos 2-6 horas.

Gatos: níveis séricos máximos

após 6 h (PO), efeitos duram ~24

horas;

- T1/2: (pouco + de) 2 horas;

-Dosagens orais por tempo

prolongado podem T1/2

(devido a circulação entero-

hepática);

-Excreção: urina.

- dose-dependente da freq

sinusal e da condução A-V;

-Vasodilatação coronária e

sistémica, o relaxamento do

miocárdio, a contratilidade

cardíaca;

- Alguns têm efeitos anti-

arrítmicos.

Diltiazem: vasodilatação

coronária potente e periférica

moderada; (-) efeitos

inotrópicos negativos que

verapamil.

Verapamil: significativo efeito

-Eficazes contra

taquicardias supra-

ventriculares de

reentrada e

taquicardias atriais;

Diltiazem (normal/ +

digoxina) →

vvelocidade de

resposta ventricular na

fibrilação atrial.

Page 44: Sebenta de Farmacologia e Toxicologia Veterinária IIxa.yimg.com/kq/groups/23134371/1702550780/name/Sebenta+de... · Sebenta de Farmacologia e Toxicologia Veterinária II Diogo Machado

Diogo Machado, Joana Santos, Madalena Pinto Coelho e Monica Nunes Página 44

Verapamila

(nome

comercial:

Calan,

Isoptin)

-Pouco abs;

- Metabolismo: hepático de primeira

passagem baixa biodisponibilidade

oral;

- T1/2: 1-2,5 horas.

inotrópico negativo, algum

efeito vasodilatador (que

pode dar descompensação

sérica, hipotensão e quando

há doença cardíaca grave

→morte).

Pode causar

descompensação séria

pela vasodilatação e efeito

inotrópico negativo,

mesmo morte em

presença de doença

cardíaca grave.

____________________________________Autacóides__________________________________

São substâncias cuja síntese e acção estão restritas a áreas localizadas na proximidade. Participam na resposta a lesões.

Alguns modulam o fluxo sanguíneo em tecidos específicos e outros processos secretórios.

Antagonistas de autacóides – inibem a síntese, libertação ou os efeitos destes em tecidos receptores.

Classes:

Aminas biogénicas (serotonina, purinas e histamina)

Derivados de fosfolípidos (eicosanóides prostaglandinas, leucotrienos e tromboxanos, e factor agregador plaquetário)

Polipéptidos (angiotensina, cinina, péptido vasoactivo intestinal, citoquinas e substância P)

Page 45: Sebenta de Farmacologia e Toxicologia Veterinária IIxa.yimg.com/kq/groups/23134371/1702550780/name/Sebenta+de... · Sebenta de Farmacologia e Toxicologia Veterinária II Diogo Machado

Diogo Machado, Joana Santos, Madalena Pinto Coelho e Monica Nunes Página 45

Biosintese, armazenamento e catabolismo Mecanismos de

liberação Receptores Efeitos farmacológicos Usos terapêuticos

Page 46: Sebenta de Farmacologia e Toxicologia Veterinária IIxa.yimg.com/kq/groups/23134371/1702550780/name/Sebenta+de... · Sebenta de Farmacologia e Toxicologia Veterinária II Diogo Machado

Diogo Machado, Joana Santos, Madalena Pinto Coelho e Monica Nunes Página 46

His

tam

ina

Agonistas:

- 2-

metilhistamina

(agonista H1)

- 4-

metilhistamina

e impromidina

(agonistas H2)

- [] e velocidade de síntese de histamina é

bastante variável de tecido para tecido

Biossíntese: histidina da dieta é

descarboxilada pela L-histidina

descarboxilase histamina

Armazenamento: ampla/ distribuída pelos

tecidos

Histamina ligada: [] em muitos tecidos é

determinada pelo nº de mastócitos e

basófilos que contém

- os grânulos de armazenamento dos

mastócitos e dos basófilos têm histamina

complexada c/ sulfato de heparina e

sulfato de condroitina E. velocidade de

síntese e renovação nos mastócitos

- maioria está armazenada nos pulmões,

pele e mucosa intestinal

- está envolvida na resposta alérgica; e os

alimentos e estimulação vagal podem

libertar histamina das células da mucosa

gástrica (no inicio dá inicio à secreção de

HCl

Histamina livre: hipotálamo

neurotransmissão no sistema endócrino

Catabolismo: 2 enzimas

- histamina-N-metiltransferase

(histamina N-metilhistamina)

- diaminooxidase ( ou histaminase)

(histamina ác. imidazol acético)

Lesões físicas: calor,

frio ou trauma

podem destruir

mastócitos

libertação de

histamina;

componente

importante na rx

fisiológica aos

venenos de insectos

ou animais (eritema,

dor, prurido)

Libertação imuno-

mediada: antigénio

IgE mastócitos e

basófilos

desgranulam

histamina

Libertação induzida

por drogas: drogas

(principal/ bases

fortes- morfina,

polimixina,

tubocurarina) ou seus

veículos são capazes

de induzir a

libertação de

histamina (mas não

envolve a

desgranulação de

mastócitos). Estas

drogas deslocam ou

competem com a

histamina pelo sítio

de ligação com a

heparina

Receptores H1:

mediam a

contração da

musculatura

lisa

bronquiolar e

intestinal, a

vasodilatação

de peq

artérias e

veias, a

permeabilidad

e capilar e o

prurido

Receptores H2:

mediam a

secreção ácida

gástrica e a

vasodilatação

Receptores H3:

localizados

pré-

sinapticament

e aos

neurónios,

modulam a

libertação de

transmissores

(em vet não há

drogas que

activem ou

bloqueiem

estes

receptores)

Sistema cardiovascular:

-PS (dilata arteriolas, capilares e vénulas,

contractilidade cardíaca e FC (activa receptores H1

e H2), a resistência periférica não pode ser

compensada pelo débito cardíaco, logo a PS cai;

-edema: permeabilidade capilar, qd há

contracção das cél endoteliais, expondo a

membrana basal. Liquido e proteína atravessam a

membrana basal, produzindo o edema

Sistema respiratório:

-activação de receptores H1 contracção de

músculos lisos respiratórios (todas as espécies

menos gatos – provoca broncodilatação).

Asmáticos são + sensíveis.

-estimula a secreção glandular e formação de PG

Tecido glandular:

-secreção de ácido gástrico e pepsina (via

receptores H2, nas cél parietais da mucosa

gástrica)

-libertação de catecolaminas da medula

adrenal e estimula a secreção salivar

Tecido intradérmico:

-Resposta tríplice: (injecção intradérmica de

histamina – ex: picada de insectos):

Vermelhidão (dilata pequenas arteríolas no

local)

Rubor (dilatação de arteríolas além do local

de injecção)

Edema (permeabilidade capilar

separação de cél endoteliais e edema)

-Dor e prurido (estimlua receptores H1 nos

terminais nervosos sensitivos)

Análogos da histamina

são ocasional/

utilizados com

propósito diagnóstico

(ex: testar a secreção

ác gástrica):

-Fostato de histamina:

intensos efeitos

colaterais limitam o seu

uso com objectivo

diagnóstico

-Betazol: selectividade

10 vezes maior para a

estimulação gástrica do

que sobre a

vasodilatação

Page 47: Sebenta de Farmacologia e Toxicologia Veterinária IIxa.yimg.com/kq/groups/23134371/1702550780/name/Sebenta+de... · Sebenta de Farmacologia e Toxicologia Veterinária II Diogo Machado

Diogo Machado, Joana Santos, Madalena Pinto Coelho e Monica Nunes Página 47

pouco efeito nos receptores H1, inibem a secreção gástrica ácida. Os antagonistas de

receptor H2 inibem a secreção ácida gástrica estimulada pela histamina, bem como a

secreção estimulada pela gastrina, acetilcolina e alimento, daí serem utilizados na terapia

de úlceras pépticas.

Biosintese, armazenamento e catabolismo Receptores Efeitos farmacológicos Usos terapêuticos

Sero

ton

ina

Biossíntese: triptofano (dieta) + triptofano hidroxilase 5-

hidroxitriptofano , + descarboxilase de ácido L-aromático

serotonina

Armazenamento:

-SNC: é sintetizada e armazenada no SNC, actua como

neurotransmissor

-Trato gastrointestinal: cél enterocromafins armazenam ≈90% da

serotonina corporal; a sua função aqui é desconhecida, possível/

regula a motilidade

-Sangue: plaquetas transportam activamente e armazenam

serotonina; a sua função nas plaquetas é dsconhecida

Catabolismo: desaminada pela monoamino oxidase (MAO) 5-

hidroxi-indol acetaldeído, que é oxidade a ácido 5-hidroxi-indolacético

Há + receptores para

a serotonina q para

outra amina

biogénica. Os

principais são: 5HT1,

5HT2,5HT3,5HT4,5HT5

,5HT6,5HT7

Alterações vasculares: pode produzir vasoconstrição ou

vasodilatação, dependendo do leito vascular e da espécie

Contracção da musculatura lisa: muitos tipos de musculo

liso (brônquico, uterino, gastrointestinal) contraem em

resposta à serotonina

Dor: a que é encontrada em plantas, animais e venenos de

insectos causa dor e prurido por estimulação de terminais

nervosos sensitivos

Outros efeitos: pode estar envolvida na regulação da

motilidade intestinal, temperatura corporal, sono,

agressividade, dor, humor e função endócrina

Não tem uso

terapêutico

Page 48: Sebenta de Farmacologia e Toxicologia Veterinária IIxa.yimg.com/kq/groups/23134371/1702550780/name/Sebenta+de... · Sebenta de Farmacologia e Toxicologia Veterinária II Diogo Machado

Diogo Machado, Joana Santos, Madalena Pinto Coelho e Monica Nunes Página 48

Antagonistas da Serotonina

Uso não establecido em med vet.

Eicosanóides Derivados do ác. araquidónico

FARMACO MEC. ACÇÃO FARMACOCINÉTICA EFEITO FARMA. USO TERAPEUTICO REAÇÕES ADV.

FARMACO FARMACOCINÉTICA

Ácido Araquidónico

Ácido gordo essencial (substrato primário)

libertado primaria/ da fosfolipase A2,

perante estímulos físicos, químicos,

hormonais e de neurotransmissores

- Metabolismo: Via ciclooxigenase (origina PGs e TXs)

Via 5-lipooxigenase (LTs)

Via Monooxigenase dependente de citocromo P-450

(vários epóxidos, como epoxieicosatetranóico)

Page 49: Sebenta de Farmacologia e Toxicologia Veterinária IIxa.yimg.com/kq/groups/23134371/1702550780/name/Sebenta+de... · Sebenta de Farmacologia e Toxicologia Veterinária II Diogo Machado

Diogo Machado, Joana Santos, Madalena Pinto Coelho e Monica Nunes Página 49

Eico

san

óid

es

(der

ivad

os

de

ác.

Po

li-iin

satu

rad

os)

1 Prostaglandinas

Originam-se nas vesículas

seminais e têm um anel

ciclopentano; 10 grupos

moleculares (A a J)

substituinte q os caracteriza

ligado às posições 9 e 11 do

anel; num. 1,2,3 indica num.

de lig duplas na cadeia lateral

alifática; para a série PGF, α e

β são a configuração do grupo

hidroxilo no carbono 9

o 1,2 - Não

armazenados:

sintetizados de novo

perante det. estímulos;

o 1- Derivados da PGF2 –

não administrar IV

(grande abs cutânea:

cuidado em pessoas

gestantes, asma ou

prob resp);

- 3 – Estímulos para a

sua produção:

fagocitose e presença

de complexos imunes

- 1,2 - Afecta: mm. Lisos

(pulmões, vasos e tracto

GI), agregação

plaquetária, sist. rep.,

nervoso central e

periférico;

- Agregação plaquetária:

Prostaciclina (PGI2)

(sintetizada nas cél

endoteliais vasculares)

inibe e TXA2 (sintetizado

pelas plaquetas)

promove

o 1- Derivados da PGF2:

+ usados em vet

indução de luteólise

e sincronização e

programação do

estro e ovulação,

tratar piómetra ou

endometrite crónica,

expulsão de fetos

mumificados,

indução de aborto

(cruzamentos

indesejados ou

novilhas com – de

150 dias de gestação)

e de parto;

- 2 - com

cardiomiopatia:

Tromboembolismo

(pode ser prevenido ao

administrar aspirina

inibe permanente/ a

ciclooxigenase

plaquetária em animais

c doença

cardiovascular inibe

formação de TXA2);

- 2- coágulos

hemostáticos: lesões

nas cél endoteliais

2 Tromboxanos

Sintetizados nos trombócitos e

têm anel oxano (inverso do

anel ciclopentano das PGs)

Page 50: Sebenta de Farmacologia e Toxicologia Veterinária IIxa.yimg.com/kq/groups/23134371/1702550780/name/Sebenta+de... · Sebenta de Farmacologia e Toxicologia Veterinária II Diogo Machado

Diogo Machado, Joana Santos, Madalena Pinto Coelho e Monica Nunes Página 50

3 Leucotrienos

Sintetizados pelo enzima 5-

lipooxigenase nos neutrófilos,

monócitos, macrófagos,

mastócitos, queratinócitos,

pulmões, baço, cérebro e

coração; trienos conjugados

primeira/ detectados em

leucócitos

em macrófagos,

anticorpos anti-IgE de

mastócitos e libertação

de PAF por basófilos e

mastócitos:

- 1, 2 – Antagonistas:

aspirina e outros anti-

inflamatórios não

esteróides inibem

ciclooxigenase (logo, a

formação de PGE2,

PGF2α, PGD2, PGI2 e

TXA2; não existem

antagonistas de

receptores disponíveis

clinica/;

- 3 – não há

antagonistas

disponíveis clinica/.

o 3 – Substância de rx

lenta da anafilaxia

(SRS-A): mistura de

LTC4, LTD4 e LTE4

contracção de mm.

Lisos e potente vaso

e broncoconstrição,

aumento da

permeabilidade

capilar e da secreção

mucosa;

o - 3 - LTB4 potente

quimiotático para

leucócitos,

eosinófilos e

monócitos; promove

adesão de

neutrófilos ao

endotélio vascular e

migração através

dele;

diminuição da síntese

da PGI2 e aumento de

TXA2;

- 1- Derivados da PGF2 –

parto prematuro,

brococonstrição,

estimulação GI e

exacerbação de efeitos

cardiovasculares (em

animais idosos).

Page 51: Sebenta de Farmacologia e Toxicologia Veterinária IIxa.yimg.com/kq/groups/23134371/1702550780/name/Sebenta+de... · Sebenta de Farmacologia e Toxicologia Veterinária II Diogo Machado

Diogo Machado, Joana Santos, Madalena Pinto Coelho e Monica Nunes Página 51

FARMACO MEC. ACÇÃO FARMACOCINÉTICA EFEITO FARMA. USO TERAPEUTICO REAÇÕES ADV.

PA

F (f

osf

olip

ase

A2 p

rod

uz

liso

-PA

F

acet

ilad

o p

elo

Ace

til-

Co

A n

a p

rese

nça

d li

so-P

AF

acet

iltra

nsf

eras

e

PA

F); C

om

a a

ctiv

ação

da

fosf

olip

ase

A2 t

b s

e lib

erta

ác.

ara

qu

idó

nic

o

sín

tese

de

eico

san

óid

es

dif

icil

del

inea

r

fun

ções

fis

iop

ato

lógi

cas

do

PA

F

- Não há antagonistas de

receptores ou inibidores

selectivos da síntese de

PAF disponíveis clinica/.

- Grande vasodilatação,

aumento da permeabilidade

vascular (1000x’s + do que a

histamina ou bradicina),

agregação de plaquetas,

leucócitos

polimorfonucleares e

monócitos, contração de

mm. Lisos GI, uterinos e de

peq. Bronquíolos, pode

estar envolvido na

ovulação, implantação,

parto, inflamação e resp.

alérgicas;

o

Page 52: Sebenta de Farmacologia e Toxicologia Veterinária IIxa.yimg.com/kq/groups/23134371/1702550780/name/Sebenta+de... · Sebenta de Farmacologia e Toxicologia Veterinária II Diogo Machado

Diogo Machado, Joana Santos, Madalena Pinto Coelho e Monica Nunes Página 52

FARMACO MEC.

ACÇÃO

FARMACOCINÉTICA EFEITO FARMA. USO

TERAPEUTICO

REAÇÕES ADV.

An

gio

ten

sin

as (

po

lipép

tid

os

qu

e el

evam

a

pre

ssão

san

guín

ea)

- Angiotensinogénio (globulina α2 plasmática sintetizada

no fígado): percursor de tds as angiotensinas por meio da

renina (secretada nas célls justaglomerulares do rim)

decapeptido angiotensina I enzima conversora de

angiotensina (ECA) (mt qtd nas célls endoteliais de

capilares pulmonares e outros leitos vasculares)

angiotensina II (octapéptido biologica/ activo)

aminopeptidase angiotensina III (alguma act biologica

(outras peptidases produtos inactivos);

- Receptores para a angiotensina II: 2 tipos:

1. receptores angiotensina II e suas vias de transdução

ainda em estudo

2. receptores angiotensina1 que medeiam maioria das

suas acções (ligados a proteína G activam fosfolipase C

produção de trifosfato inositol (IP3) e diacilglicerol

(DAG) a partir de fosfatidil inositol); IP3 leva a libertação

de cálcio do retículo endoplasmático e DAG activa a

proteína cinase C contração do mm. liso.

- Sistema renina-angiotensina regulação da

pressão sanguínea e balanço hídrico e

electrolítico: vasoconstrição (angiotensina II é 40

x’s + potente que norepinefrina), produção de

aldosterona (pela zona glomerulosa do cortex

adrenal, levando à retenção de Na+ e H2O e

eliminação de K+) e aumento da sede

(angiotensina II tem acção dipsogénica central);

e estimulação do SN simpático (angiotensina II

facilita libertação de noradrenalina pelos

neurónios simpáticos e inibe a sua captação);

- Antagonistas de receptor

Saralasina (análogo estrutural da angiotensina):

Baixas * +’s de angiotensina II – actua como

agonista parcial fraco e pode aumentar pressão

sanguínea

Altas * +’s – predomina actividade antagonista

Outros não peptídicos, sem actividade agonista

sob avaliação clínica.

o - Angiotensina II

não é aprovada

para uso clínico.

- Hiperactividade

do sistema

renina-

angiotensina:

hipertensão,

edema e

desequilíbrio

electrolítico.

Page 53: Sebenta de Farmacologia e Toxicologia Veterinária IIxa.yimg.com/kq/groups/23134371/1702550780/name/Sebenta+de... · Sebenta de Farmacologia e Toxicologia Veterinária II Diogo Machado

Diogo Machado, Joana Santos, Madalena Pinto Coelho e Monica Nunes Página 53

Cin

inas

(p

olip

épti

do

s va

sod

ilata

do

res)

Bradicinina

Nonapéptid

o

- Originadas a partir de α2–globulinas através de um

enzima do plasma e outro de tecidos (calicreínas);

- Catabolismo: inactivadas por cininases, especial/ peptidil

dipeptidase (ECA);

- Receptores: existem, mas não existem antagonistas de

receptores disponíveis para terapêutica

- Efeito tóxico de vários tipos de venenos de

cobras e insectos formação de cininas;

- Vasodilatação de artérias de resistência,

contracção da musculatura lisa não vascular

(explo: brônquica e intestinal), contracção

venosa, aumento da permeabilidade vascular e

edema e indução de dor;

- Podem estimular formaçao de PGs

o

Calidina

(lisil-

bradicinina)

Decapéptid

o

Diuréticos: Revisão de fisiologia (dispensável): ler slides 6,7,8 e 9.

Mecanismo de Acção: ↑ Excreção urinária de ião sódio e H20.

Em consequência da ↓ do V de fluído extracelular (ex: casos de líquido acumulado no espaço intersticial (edema)) Restabelecimento da perfusão

tecidular normal e função do órgão.

Locais de acção: Todos os agentes diuréticos (excepto os osmóticos) actuam directamente no epitélio tubular renal, em locais específicos do nefrónio.

Usos Terapêuticos: + na prevenção/tratamento de edema generalizado (ex: por insuf. cardíaca congestiva; doença hepática; doença renal ou enteropatias com perda

proteica. Todas elas levam a: ↓ níveis de albumina plasmática ↓ p. oncótica plasmática transudação de fluido plasmático para o espaço intersticial) ou edema local

severo (infecção, inflamação, trauma ou envenenamento). Este último pode ser cerebral, pulmonar, ocular, ou mamário.

Page 54: Sebenta de Farmacologia e Toxicologia Veterinária IIxa.yimg.com/kq/groups/23134371/1702550780/name/Sebenta+de... · Sebenta de Farmacologia e Toxicologia Veterinária II Diogo Machado

Diogo Machado, Joana Santos, Madalena Pinto Coelho e Monica Nunes Página 54

Grupo Fármaco Actividade/Aplicações Farmacocinética/ Mecanismo de acção Toxicidade e Ef. Adversos

Diu

réti

cos

osm

óti

cos

(Glic

ero

l, is

oss

orb

ida,

man

ito

l e

ure

ia)

Manitol

Intoxicações: Em diurese forçada apressa a eliminação de tóxicos excretados pelo rim.

Insuf. Renal Oligúrica: Em pode ser usado como adjuvante do tratamento com furosemida Expansão osmótica do plasma ↑ V do filtrado glomerular e mantêm fluxo de urina.

Glaucoma agudo: Em ↓ da pressão intra-ocular. Edema cerebral: com furosemida, previne o choque hipovolémico observado em peq e gds animais com edema cerebral

- Abs: Pouco abs P.O. (dar I.V.) - Destribuição: líquido extracelular (meia vida plasmática = 1-2h) - Excreção: Não metabolizado, via riltração glomerular. Administração: no slide (inútil)

Filtrados no glomérulo mas pouco reabs no lúmen do nefrónio (↑ no fluxo sanguíneo medular renal por mecanismo mediado por prostaglandina) Estes solutos ñ sendo abs no túbulo proximal ↓ reabs de H20 ↑ V de urina + pequeno aumento da excreãod e Na+ e Cl-

- Toxicidade rara - Monotorizar balanço hídrico e electrolítico, e produção de urina (especialmente em insuf. renal oligúrica) - Contra indicado em animais com edema generalizado ou com edema pulmunar agudo: efeito salurético (habilidade de promover excreção de Na+ e Cl-) é pequeno expansão inicial do liq. Extracelular que pode agravar edema e causar descompensação em animais com insuf. cardíaca congestiva.

Inibidores da Anidrase Carbónica

(Acetazolamida, Diclorfenamida, Metazolamida)

- Tratamento de glaucoma - Adjuvantes na terapia de alcalose metabólica

- Abs: P.O. - Destribuição: Nos tecidos com elevadas [AC] (cortéx renal, olho, eritrócitos). Em peq animais o início da diurese ocorre em ? minutos e o efeito dura 6-12 horas) - Excreção: Renal, por secreção activa de reabs passiva Administração: no slide (inútil)

Rim: Inibem irreversivelmente AC (predominantemente no túbulo contorcido proximal) ↓ H+ disponível para a troca Na+ - H+ reabs de C02 do filtrado glomerular ↓, com ↑ excreção de Na+ - HCO3- urina alcalina. Para manter equilíbrio iónico Cl- é retido pelo rim acidose hiperclorémica ([HC03-] baixa) estádio refratário e ↓ da diurese Olho: ↓ a p. intra ocular (ex: glaucoma) pela ↓ na produção de humor aquoso (↑ concentração de AC nos processos ciliares do olho está envolvida na formação de humor aquoso).

- Vómito com adms P.O. (raro) - Contra indicado na presença de doença hepática (desviam amónia da urina para a circulação sistémica coma hepático)

Grupo Fármaco Actividade/Aplicações Farmacocinética/ Mecanismo de acção Toxicidade e Ef. Adversos

Page 55: Sebenta de Farmacologia e Toxicologia Veterinária IIxa.yimg.com/kq/groups/23134371/1702550780/name/Sebenta+de... · Sebenta de Farmacologia e Toxicologia Veterinária II Diogo Machado

Diogo Machado, Joana Santos, Madalena Pinto Coelho e Monica Nunes Página 55

Diu

réti

cos

de

alça

(o

u d

e an

sa)

Furo

sem

ida,

Bu

met

anid

a, á

c. E

tacr

ínic

o

Furo

sem

ida

- Tratamento de edemas - Combinada com diuréticos osmóticos para manter o fluxo de urina em casos de oligúria severa e insuf renal aguda - Tratamento de insuf. renal oligúrica.

- : Tratamento de hipercalcémia e nefropatia hipercalciúrica. - Prevenção de HPIE (hemorragia pulmunar induzida por exercício) em cavalos puros-sangue ingleses (talvez por: ↑ capacitância de vasos sanguíneos e ↓ da p. atrial esquerda)

- Abs: Boa P.O. - Destribuição: Secretados activamente na urina pelo sistema de transporte de ác. orgânicos do tubulo contorcido proximal alcançam rapidamente a ansa de henle (rápido início de acção). A diurese é superior a diuréticos de outras classes porque os mecanismos de compensação para aumentar a reabss de NA+ são limitados nas regiões posteriores à ansa de Henle. - Excreção: Renal, como droga inalterada (80%) ou como ác. glicuronídio (20%). O ácido etacrínico é excretado tanto na urina (65%) como na bilís (35%) Administração: no slide (inútil)

- Inibem reabs de Ca2+ e Mg2+ na parte espessa da ansa de Henle. Actuam na sup. Luminal das células epitiliais inibindo o cotransporte de Na+-K+-2Cl- para o interior celular - Acção diurética independente do pH urinário - Aumentam capacitância venosa sistémica, possivelmente estimulando a lib de PGs pelo aparelho justaglomerular.

- Desiquilíbrios de líquidos e electrólitos (o mais comum, especialmente hipopotassémia). Tratamentos prolongados podem produzir:

Desidratação

Fraquesa muscular

Depressão do SNC

Depleção de volume

Colapso cardiovascular - Ototoxicidade: Surdez (alterações electrolíticas na endolinfa do ouvido interno) - Granulocitopenia transitória e trombocitopenia podem ocorrer

Diu

réti

cos

Tiaz

ídic

os

Clo

roti

azid

a

Hid

rocl

oro

tiaz

ida

Hid

rofl

um

eri

azid

a

- Terapia diurética de longa duração:

Clorotiazida e hidroclorotiazida: adjuvantes no tratamento de insuf. cardíaca congestiva

em

Hidroclorazida e Triclortiazida: tratamento de

edema de úbere em

- Eficaz na redução da produção de urina em com Diabetes insipidus nefrogénica

- Urolitíase de oxalato de cálcio em (↓excreção urinária de Ca2+)

Farmacocinética não é conhecida em animais (está lá descrito para humanos mas acho q n temos tempo a perder cm isso)

: resposta diurética em 2-3h e dura 6-12h

- Distúrbios mínimos no balanço electrolítico do líquido extracelular (em relação às outras classes de diuréticos tiazidas produzem somente diurese moderada)

HIpopotassémia e hipoclorémia (terapia prolongada)

Hiperglicemia e glicosúria (em animais diabéticos ou ré-diabéticos) tiazídicos inibem conversão de pró-insulina em insulina

: Usar doses menores de d. de ansa (+

sensíveis aos ef. adversos que os )

Page 56: Sebenta de Farmacologia e Toxicologia Veterinária IIxa.yimg.com/kq/groups/23134371/1702550780/name/Sebenta+de... · Sebenta de Farmacologia e Toxicologia Veterinária II Diogo Machado

Diogo Machado, Joana Santos, Madalena Pinto Coelho e Monica Nunes Página 56

Diu

réti

cos

po

up

ado

res

de

K+

Am

ilori

da

Tr

ian

tere

no

- Edema crónico (Triantereno e amilorina em combinação com tiazídicos ou diuréticos de ansa aumentam o efeito natriurético, enquanto diminuem perda de K+) - Edema refractário (espironolactona é usada ocasionalmente em conjunto com outros diuréticos, quando é preciso evitar a perda excessiva de K+) - Tumores da gld. Adrenal (espironolactona é usada para contrapor as trocas de Na+ e K+ induzidas pela aldosterona em casos de tumor da gld adrenal)

- Abs: P.O. Espironolactona tem início de acção lento e ef. máx. em 48-72h Administração: no slide(inútil) ----

- Hiperpotassémia (poupadores de K+ não devem ser combinados entre si. - Distúbios gastrointestinais podem ocorrer. - Contra-indicadicados em pacientes com hiperpotassémia, especialmente naqueles com diabetes mellitus,

Antagonistas do receptor mineralocorticóide (Antagonistas da aldosterona; Diuréticos poupadores de potárriso) Espironolactona (parece que a espironolatona é uma classe diferente apesar de nos apontamentos ele falar com os poupadores de K+..)

Grupo Fármaco Actividade/Aplicações Mecanismo de acção Toxicidade e Ef. Adversos

Met

ilxan

tin

as

Am

ino

filin

a, T

eofi

lina,

Caf

eín

a, T

eob

rom

ina

- Doenças respiratórias (dilatação brônquica) - Diurese: Raramente usadas isoladamente, mas observa-se maior diurese quando são empregadas como broncodilatadores

- ↑ Fluxo sanguíneo renal - ↑ Volume de filtração glomerular Inibem reabs de Na+ no túbulo contornado proximal. - A diurese é aumentada pela alcalinização da urina, portanto, é ↑ em herbívoros que em carnívoros - Dilatação brônquica (inibição dos receptores de adenosina) - Estimulação do SNC

Doses altas ou prolongadas podem produzir: - ? - Fascilação muscular esquelética - Vómito - Toxicidade cardiovascular (ex: ? e hipotensão)

Sais

aci

dif

ica

nte

s

Clo

reto

de

amó

nio

- Acidificação urinária:

Promover excreção de dorgas ionizáveis ou venenos.

Prevenção/dissolução de urolitíase.

O cloreto de amónia diminui o pH do líquido extracelular e urina. O fígado converte o c. de amónia em ureia e Cl-. O H+ é tamponado pelo ? no plasma o que leva à acidose. O Cl- aumentado libertado para o rim, produz ? de Na+ e Cl-, e uma diurese moderada. Administração: no slide(inútil)

Pode ocorrer: - Acidose descompensada grave, se a função renal estiver comprometida - Náusea e irritação gástrica, aquando adms P.O.

Page 57: Sebenta de Farmacologia e Toxicologia Veterinária IIxa.yimg.com/kq/groups/23134371/1702550780/name/Sebenta+de... · Sebenta de Farmacologia e Toxicologia Veterinária II Diogo Machado

Diogo Machado, Joana Santos, Madalena Pinto Coelho e Monica Nunes Página 57

Fármacos Antianémicos ou hematínicos Sulfato, lactato, glucanato e fumarato ferrosos | Pirofosfato, citrato amoniacal e cloreto férricos

Indicações: Anemias não regenerativas - Anormalidades de maturação e hipoplástica (p.e. destruição da medula óssea, deficiência de eritropoietina, deficiência celular e

deficiência em ferro)

Anemias regenerativas - Perdas de sangue (p.e. defeitos vasculares e defeitos hemostáticos) e hemólise (intravascular, parasitas, tóxicos químicos, defeitos

intrínsecos e fragmentação)

Hemostáticos tópicos Trombosplastina (produzida naturalmente pelas plaquetas e tecidos em resposta ao traumatismo), Trombina (produzida por interacção da

tromboplastina e do cálcio com a protrombina de bovino), Fibrinogénio (origem humana) e Epinefrina e norepinefrina (vasoconstritores)

Hemostáticos sistémicos Vitamina K (antagonista das intoxicações com rodenticidas)

Anticoagulantes sistémicos Heparina (mucopolissacarídeo) que se liga reversivelmente à antitrombina III inibidor da protease e usa-se na coagulação

intravascular disseminada

Antagonistas da Vitamina K (derivados da cumarina)

Antigregantes plaquentários (Aspirina e Ticopidine)

Farmacologia do Sistema Respiratório____________________________________________________________________

Antitússicos

Dividem-se em Antitússicos narcóticos activos centralmente (Codeína e Hidrocodona ) e em Antitússicos não narcóticos activos centralmente (Butorfanol, noscapina e

dextrometorfano)

Ou

tro

s Si

stem

as e

Do

en

ças

Page 58: Sebenta de Farmacologia e Toxicologia Veterinária IIxa.yimg.com/kq/groups/23134371/1702550780/name/Sebenta+de... · Sebenta de Farmacologia e Toxicologia Veterinária II Diogo Machado

Diogo Machado, Joana Santos, Madalena Pinto Coelho e Monica Nunes Página 58

Broncodilatadores de acção periférica (Efedrina, teofilina e isoproterenol)

Mucocinéticos

Mecanismo de Acção Facilitam a remoção da secrecção da árvore respiratória por:

actividade ciliar (agonistas dos receptores … e metilxantinas)

mobilidade da secreção bronquial

alteração da viscosidade (água estéril ou salina, do pH, da força iónica ruptura das ligações S-S (mucolítico) pela N-acetil-L-cisteína, p.e.)

Expectorantes Mecanismo de Acção fluidez das secreções respiratórias por do reflexo vagal (sais de iodo) estimulação directa do simpático ou por eliminação respiratória de óleos

essenciais

Fármacos descongestionantes: Dividem-se em Antagonistas dos receptores da histamina H1 (dimenhidrinato, difenidramina, clorfeniramina e hidroxizina) e em Drogas simpaticomiméticas (agonistas dos

receptores … adrenérgicos - efedrina, pseudoefedrina e fenilefrina)

Fármacos broncodilatadores: Dividem-se em Agonistas dos receptores … (Albuterol) e Teofilina

Anti-inflamatórios (Anti-inflamatórios não esteróides AINE)

Exemplos Ácido acetilsalicílico ( ), Ácido meclofenâmico ( ), Ácido tolfenâmico ( ), Carprofeno ( ), Cetoprofeno

( ), Dipirona ( ), Fenilbutazona ( ), Flunixina meglumina ( ), Glicosaminoglicanos sulfatados ( ),

Meloxicam ( ), Naproxeno ( ), Nimesulida ( ), Paracetamol ( ), Piroxicam ( ) e Vedaprofeno ( )

Agentes anti-neoplásicos_______________________________________________________________________________

Grupo Agente Actividade | Aplicações Farmacocinética | Mecanismo de acção Toxicidade e Ef. Adversos

Agentes Alquilantes Colofosfamida Neoplasias linforreticulares, Carcinomas e Sarcomas

Ciclo Celular Não específico Leucopenia, trombocitopenia, esterilidade, náuseas, vómitos, cistite hemorrágica e alopecia

Antimetabólitos

Citarabina (Arabinosídeo de citosina)

Neoplasias linfóides e mielóides (leucemias linfocítica e granulocítica agudas, linfomas)

Ciclo Celular específico para a fase S Leucopenia, trombocitopenia, anorexia, vómitos e diarreia

Metotrexate (MTX) Neoplasias linfóides e mielóides, tumor venéreo transmissível, tumor das células de Sertoli, osteossarcoma

Ciclo Celular específico para a fase S Leucopenia, naúseas, vómitos, anemia, lesões orais, necrose dos túbulos renais (em doses )

5-fluorouracil Carcinomas da mama, do trato gastrintestinal, pulmão e fígado e carcinomas cutâneos

Ciclo Celular específico para a fase S Leucopenia leve, trombocitopenia e em

Page 59: Sebenta de Farmacologia e Toxicologia Veterinária IIxa.yimg.com/kq/groups/23134371/1702550780/name/Sebenta+de... · Sebenta de Farmacologia e Toxicologia Veterinária II Diogo Machado

Diogo Machado, Joana Santos, Madalena Pinto Coelho e Monica Nunes Página 59

ataxia cerebelar e Não usar em

5-mercaptopurina Leucemia linfocítica aguda e leucemia granulocítica

Ciclo Celular específico para a fase S Leucopenia, trombocitopenia, anemia, hepatopatias, alopecia e hiperpigmentação

Antimicrotúbulos

Vincristina Tumor venéreo transmissível, linfomas, tumores sólidos, carcinomas e sarcomas

Ciclo Celular específico para a fase da Mitose (M)

Anorexia, constipação, diarreia, neuropatia periférica

Vimblastina Linfomas, mastocitomas e sarcomas Ciclo Celular específico para a fase da Mitose (M)

Leucopenia (por 5-10 dias e recuperação com 7-14dias), naúseas, vómitos, trombocitopénia e mielossupressão

Paclitaxel Carcinomas Ciclo Celular específico para a fase da Mitose (M)

Anafilaxia

Antibióticos

Actinomicina-D Linfomas, carcinomas e sarcomas Ciclo Celular não específico Leucopenia, vómitos e anorexia

Doxorrubicina Linfomas, carcinomas e sarcomas Ciclo Celular não específico Leucopenia, trombocitopenia, naúseas, vómitos, reacções anafiláticas e toxicidade miocárdica

Mitoxantrona Linfomas, carcinomas, sarcomas e em substi. Da doxorrubicina em casos de toxicidade miocárdica

Ciclo Celular não específico Leucopenia, vómitos e diarreia

Bleomicina Carcinoma espinocelular e linfomas G2 e M Reacções alérgicas, leucopenia e fibrose pulmonar

Hormonas

Prednisona Neoplasias linfóides, mastocitomas, neoplasias cerebrais

- Pancreatite, diarreia, síndrome semelhante à de Cushing quando o tratamento for prolongado

Metilprednisolona Neoplasias linfóides, mastocitomas, neoplasias cerebrais

- Pancreatite, diarreia, síndrome semelhante à de Cushing quando o tratamento for prolongado

Dexametasona Neoplasias linfóides, mastocitomas, neoplasias cerebrais

- Pancreatite, diarreia, síndrome semelhante à de Cushing quando o tratamento for prolongado

Imunomoduladores (imunoestimulantes)

Interferão e indutores da sobrevivência de portadores do FeLV

Inibem e promovem proteínas, induzem receptores para IgG-1 e Fc em monócitos e macrófagos, estimulam macrófagos e células NK Origem em células animais: α-intérferon – leucócitos e macrófagos β-intérferon – fibroblastos e células mesenquimais γ-intérferon – células linfóides

-

Interleucinas Em estudo em ! Por isso não coloquei o que lá estava sobre o mecanismo de acção

BCC e derivados

Adjuvante em terapia de neoplasias mamárias

em , tumor venéreo transmissível, carcinoma epidermóide ocular em bovinos e

sarcóide

Activa as células B e T que libertam linfocinas e recrutam macrófagos, resultando numa reacção granulomatosa. Reacção inflamatória pode causar lise não específica das

-

Page 60: Sebenta de Farmacologia e Toxicologia Veterinária IIxa.yimg.com/kq/groups/23134371/1702550780/name/Sebenta+de... · Sebenta de Farmacologia e Toxicologia Veterinária II Diogo Machado

Diogo Machado, Joana Santos, Madalena Pinto Coelho e Monica Nunes Página 60

Farm

aco

logi

a En

crin

a

Estava apagado por isso não tenho certezas…

Farmacologia Endócrina___________________________________________________________________________ Mecanismo de acção. Muitas hormonas promovem a transdução de sinais através de um dos três principais mecanismos: 1. Proteína (proteína G) ligante de trifosfato de guanosina (GTP) a) A proteína G5 liga-se ao adenilato ciclase, promovendo a formação de monofosfato cíclico de adenosina (AMPc). O AMPc activa a proteína quinase A, que fosforila constituintes celulares. O Glucagon e péptidos semelhantes ao glucagon e agonistas adrenérgicos β usam este mecanismo. b) Gi e G0 ligam-se negativamente à adenilato ciclase e aos canais de cálcio voltagem-dependente (VDCC5) diminuindo a formação de AMPc e o influxo de cálcio, causando hiperpolarização da membrana e encerramento dos VDCC5. A somatostatina, galanina e agonistas adrenérgicos α2 utilizam este mecanismo. c) Proteínas Gq ligam-se à fosfolipase C e aumentam a formação de tirfosfato de inositol (IP3) e diacilglicerol (DAG). IP3 eleva a concentração intracelular de cálcio por aumentar a libertação a partir do retículo endoplasmático e o influxo através dos canais de catiões operados por receptor ou VDCC5 (ou ambos). DAG activa a proteína quinase C, que fosforila constituintes celulares. A vasopressina e a ocitocina utilizam este mecanismo. 2. Receptores tirosina-quinase. Algumas hormonas (p.e. insulina e certos factores de crescimento) actuam nos receptores de tirosina quinase na membrana plasmática. O receptor da insulina é usado como um exemplo para explicar como a tirosina quinase funciona.

células tumorais Origem microbiana (Mycobacterium bovis atenuado)

Propionibacterium acnes (Corynebacterium

parvum)

Carcinomas mamários, melanomas (cavidade bucal)

produção de linfócitos T e B, a imunidade mediada por células, facilitando a função dos macrófagos e das células NK Origem microbiana (suspensões de bactérias mortas)

-

Levamisol Neoplasias mamárias, carcinoma intranasal

Afecta todas as fases de resposta imune porque interfere com o metabolismo dos nucleotídeos cíclicos Origem sintética

-

Imunomoduladores (imunosupressores)

Glucocorticóides (prednisona, prednisolona, triancinolona,

dexametasona e betametasona)

Neoplasias linfóides, mastocitoma

Efeitos sobre linfócitos, causando linopenia e inibição das funções dos linfócitos T e B, tendo também efeito sobre monóticos, macrófagos e neutrófilos Origem celular ou sintética

-

Page 61: Sebenta de Farmacologia e Toxicologia Veterinária IIxa.yimg.com/kq/groups/23134371/1702550780/name/Sebenta+de... · Sebenta de Farmacologia e Toxicologia Veterinária II Diogo Machado

Diogo Machado, Joana Santos, Madalena Pinto Coelho e Monica Nunes Página 61

a) O receptor da insulina (tirosina quinase) activado fosforila os seus substratos (p.e. substrato-1 do receptor da insulina (IRS-1)). b) Para produzir os seus efeitos, o IRS-1 activado parece estar envolvido no movimento dos transportadores de glicose da membrana plasmática 3. Receptores citosólicos ou nucleares. Hormonas esteróides e tiroideias ligam-se a essas proteínas para actuar sobre o ácido desoxirribonucleico (DNA), aumentando o processo de transcrição (e portanto aumentando a síntese de proteínas). Além disso, evidências recentes indicam que hormonas esteróides podem se ligar a receptores na membrana plasmática que podem causar rápidas mudanças por outros meios além do aumento da transcrição (p.e. através da ligação aos VDCCs aumentando rapidamente o influxo de cálcio.

Grupo Fármaco Indicações | Usos

Terapêuticos Farmacocinética | Mecanismo de acção Efeitos Adversos

Características Físico-Químicas

Polipéptidos Hormona do

Crescimento (GH)

Promove o crescimento de todos os tecidos do corpo que são capazes de crescer especialmente os ossos e os músculos - captação de glicose e a.a. pelas células e promove lipólise - síntese de DNA e RNA

Absorção Destruídos no trato gastrintestinal após admin PO e são de rápida absorção via parenteral (polipeptídos); Admin Via SC (500 mg) 1x por cada 14 dias (GH) Distribuição Amplamente distribuídos e a maioria não penetra no SNC Metabolismo Rápido (fígado e rins) por peptidases no plasma. T1/2 curto (5-10 min) mas as suas acções têm duração de várias horas Excreção Poucos polipéptidos são excretados na urina e fezes

Não é completamente entendido. Pode actuar estimulando a produção de somatomedinas (factores de crescimento semelhantes à insulina)

Hipertermia moderada, mastite clínica e subclínica, ingestão alimentar, edema moderado e transitório no local de injecção, anemia moderada, taxa de gestação como consequência de quistos ovários e distúrbios no útero causado pela BHG e período de gestação + curto, peso ao nascimento, taxa de gémeos e retenção placentária

Grande molécula polipeptídica que contém 191 a.a. Semelhante à prolactina e ao lactogéneo placentário Preparação Origem bovina (somatotrofina bovina (BST)) formulação injectável de libertação lenta de análogo da BGH, derivada de DNA recombinante

Glicoproteínas Gonadotrofinas

Gonadorelina – Para a GnRH (SC) no tratamento de quistos foliculares em vacas LH e hCG – controlo da ovulação e tratamento de infertilidade persistente (fêmeas); tratamento de criptorquidismo pois

Absorção Destruídas no trato gastrintestinal após admin PO e são de rápida absorção via parenteral Distribuição Amplamente distribuídos e não penetram no SNC quando admin parenteral Metabolismo Lento (fígado e rins) por peptidases no plasma.

A FSH e a LH são produzidas e secretadas pelas células gonadotróficas da hipófise, estando sob o controlo do hipotálamo e é estimulado pela GnRH. - Nos machos - FSH diâmetro dos túbulos seminíferos e promove a espermatogénese. A LH estimula a ovulação e síntese de testosterona pelas

Pode ocorrer choque anafilático após administração repetida de gonadotrofinas entre diferentes espécies.

Page 62: Sebenta de Farmacologia e Toxicologia Veterinária IIxa.yimg.com/kq/groups/23134371/1702550780/name/Sebenta+de... · Sebenta de Farmacologia e Toxicologia Veterinária II Diogo Machado

Diogo Machado, Joana Santos, Madalena Pinto Coelho e Monica Nunes Página 62

testosterona que provoca descida dos testículos para o escroto (machos) FSH e eCG – estímulo do desenvolvimento do folículo de Graaf o que conduz ao estro e pode incidência de nascimentos múltiplos (fêmeas); tratamento de infertilidade por melhorar a líbido e o n.º de espermatozóides

Quanto + Carbohidratos + resistente é. T1/2 de 1-12h Excreção Após admin parenteral não são detectadas na urina e fezes

células de Leydig. - Nas fêmeas – FSH estimula desenvolvimento dos folículos de Graaf e a síntese de estrogéneo. A LH estimula a ovulação e luteinização, levando ao na síntese de progesterona. A secreção varia com o estágio do ciclo éstrico. A hCG é secretada pela placenta e extraída de urina de mulheres grávidas (semelhante à LH) A eCG é secretada pela placenta e extraída do soro de éguas prenhas (semelhante FSH)

Esteróides Sexuais e

Hormonas tiroideias

Absorção Bem absorvidos no trato gastrintestinal após admin PO. Esteróides naturais não devem ser administrados PO por serem rapidamente metabolizados no fígado (Apenas Esteróides sintéticos e hormonas tiroideias) Destino Aquando em circulação encontram-se ligados a proteínas plasmáticas (≥ 90% ligados) e a distribuição é uniforme, incluindo o SNC. T1/2 longo (dias-horas). Excreção Ao serem metabolizados (hidroxilação e conjugação) formam glucuronídeos e sulfatos que são solúveis em água logo são facilmente excretados.

Estrogéneos

Cópula indesejada em cães Correcção de anestro em vacas Tratamento de corpo lúteo persistente em vacas Tratamento de piómetra e feto mumificado Tratamento de problemas associados com castração Tratamento de hiperplasia prostática ou tumores (associados com de

Secretados pelos ovários, testículos (garanhão), córtex adrenal e placenta. Cipionato de estradiol – Admin IM Abs lentamente (dias) distribuído por todo corpo acumulado no tecido adiposo metabolismo hepático excretado na urina e bílis (maior parte reabsorvido no trato gastrintestinal) DES – bem abs no trato gastrintestinal de monogástricos metabolismo hepático lento excretado na urina e fezes

Estimulam e mantém o trato reprodutor e causam hiperemia, hipertrofia e edema durante o estro. Causam dilatação cervical. Estimulam o crescimento das glândulas mamárias. calcificação das epífises limitando o crescimento e a receptividade sexual. Tem efeitos anabólicos sobre as proteínas. Antagonizam os receptores de androgéneos

Prolapso vaginal e rectal, aborto, quistos foliculares, fracturas ósseas (calcificação excessiva), anemia aplástica e leucopenia (rara causada por supressão da medula

óssea em ) e piometrite. Contra-indicados gestação (elevados níveis pordem levar a malformações genitourinárias fetais e

Estrogéneos esteróides – estradiol (+ potente), estrona e estriol. Estrogéneos não esteróides – zeranol, 1 micotoxina e dietilestilbestrol (DES).

Page 63: Sebenta de Farmacologia e Toxicologia Veterinária IIxa.yimg.com/kq/groups/23134371/1702550780/name/Sebenta+de... · Sebenta de Farmacologia e Toxicologia Veterinária II Diogo Machado

Diogo Machado, Joana Santos, Madalena Pinto Coelho e Monica Nunes Página 63

act. androgénica) Promotor de crescimento: - estradiol combinado com progesterona (Admin parenteral) em

- zeranol (período de abstinência antes do

abate 65 dias em

e 40 dias em )

induzir aborto)

Progestagéneos

Tratamento de falhas na implatação e aborto frequente (sucesso limitado) Promotores de

crescimento em : - progesterona (via parenteral e sem período de retirar necessário) - melengestrol (aditivo alimentar sendo necessário período de retirar de 48h no mínimo) Progesterona com estrogéneo – aumenta receptividade em

Acetato de medroxiprogesterona – (SC e IM) controlo da agressividade e micção inapropriada da castração.

Secretados pelo corpo lúteo e placenta e pelo córtex adrenal. Progesterona – Abs no trato gastrintestinal rapidamente inactivada pelas enzimas hepáticas. Análogos sintéticos + resistentes. Acetato de medroxiprogesterona – duração de acção 30 dias (problemas comportamentais em

) Acetato de megestrol – bem abs no trato gastrintestinal nos monogástricos metabolismo

hepático. T1/2 de 8 dias em

crescimento glandular após sensibilização dos estrogéneos. Desensibiliza o miométrio à ocitocina Efeitos anabólicos (p.e. apetite e act física)

Hiperplasia do endométrio, endometrite e piómetra. A act semelhante das progestinas aos glucorticóides pode desencadear diabettes mellitus em animais já com doença em latência e inibição da função do córtex adrenal.

Preparações incluem: Progesterona e os progestagéneos sintéticos (medroxiprogesterona, megestrol, melengestrol e altrenogest)

Page 64: Sebenta de Farmacologia e Toxicologia Veterinária IIxa.yimg.com/kq/groups/23134371/1702550780/name/Sebenta+de... · Sebenta de Farmacologia e Toxicologia Veterinária II Diogo Machado

Diogo Machado, Joana Santos, Madalena Pinto Coelho e Monica Nunes Página 64

Acetato de megestrol – (PO por 32 dias com início no anestro)

contraceptivo em Altrenogest – (PO por 15 dias) sincronização ou suprime o estro e prolonga fase lútea em

Androgéneos

Tratamento de impotência e infertilidade (sucesso variável) e de incontinência urinária e dermatites em machos castrados “Produção” de animal

usado na idêntificação de fêmea no estro Mibolerona inibe a secreção de gonadotrofinas (contraceptivo em

) Estanozolol e boldenona promovem crescimento, desenvolvimento muscular e reversão de atrofia tecidual e para tratar anemia

Testosterona secretada pelo testículo e córtex adrenal (98% ligada a proteínas plasmáticas) Nos tecidos alvos, reduzida a diidrotestosterona (+ act) metabolismo hepático excretada na urina Ésteres de testosterona (IM) duração de acção por 2-4 semanas (T1/2 8 dias) Mibolerona (PO) metabolizada em + de 10 metabólitos urina e fezes Boldenona (IM) duração de acção por 8 semanas Estanozolol (IM ou PO) duração de acção no mín 1 semana

Responsável pela masculinização (desenvolvimento dos órgãos acessórios, epidídimo, ducto deferente, próstata e vesículas seminais e pelas características sexuais secundárias) Em conjunto com a FSH e a LH promove a espermatogénse, para além que aumenta a libido Efeitos anabólicos ( síntese de proteínas, retenção de P e K, e crescimento dos ossos, cartilagens e outros tecidos) Aumenta a eritropoiese

Infertilidade ou oligospermia, adenomas perianais, hérnias perineais, disfunções prostáticas e mudanças comportamentais (após administração de androgéneos por longo período), masculinização de fêmeas e fetos, hepatotoxicidade.

Preparações incluem ésteres de testosterona, mibolerona, boldenona e estanozolol (androgéneos fracos – esteróides anabólicos)

Page 65: Sebenta de Farmacologia e Toxicologia Veterinária IIxa.yimg.com/kq/groups/23134371/1702550780/name/Sebenta+de... · Sebenta de Farmacologia e Toxicologia Veterinária II Diogo Machado

Diogo Machado, Joana Santos, Madalena Pinto Coelho e Monica Nunes Página 65

Oci

tóci

tos

ute

rin

os

Oci

toci

na

Indução do parto e reversão de atonia uterina. Tratamento de agalactia

Armazenada e libertada pela hipófise posterior (em resposta a sinais com origem no trato genital glândulas mamárias)

Contracções uterinas, a ejecção de leite e facilita o transporte dos espermatozóides no trato genital da fêmea

Distocia uterina Hormona nonapeptídica hipotalâmica

Ergo

no

vin

a

Indução da involução uterina Controlo da hemorragia pós-parto Expulsão da placenta

( ) quando a ocitocina é ineficaz

Via IM Contracção prolongada do músculo liso (miométrio, vasos sanguíneos, etc.) por activação dos receptores α-adrenérgicos e possível/ através dos receptores serotonérgicos e dopaminérgicos

Dose excessiva pode causar excitação do SNC, fraqueza muscular, hipertensão e vómitos. Pode causar agalactia (por inibição da libertação da prolactina)

Alcalóide de ergot

Bro

mo

crip

tin

a

PO 2x por dia por 3-5 dias se utilizado como abortivo

(experimentalmente em )

Agonista dos receptores dopaminérgicos que inibe a secreção de prolactina luteólise (prolactina é luteotrófica)

Pode causar agalactia em animais lactantes

Alcalóide de ergot

Prostaglandina F2α e análogos

Controlo do ciclo éstrico em vacas Aborto precoce (após 7 dias da injecção) Indução do parto (em

em 30 min) Piómetra e expulsão de fetos mumificados Quistos ováricos

IM e SC. PGF2α (IM) distribuição rápida. Em gado T1/2 de minutos. Análogos aparentemente absorvidos e excretados + lentamente que as prostaglandinas. Doses são 5-20% da PGF2α

PGF2α intensa vasoconstrição que causa luteólise e da síntese de progesterona. Forte

efeito ocitócico ( )

Retenção placentária, distócia e toxicidade sistémica aguda (i.e. cólica, taquicardia, taquipneia, sudorese e temperatura rectal)

Os análogos incluem cloprostenol, fluprostenol, fenprostaleno

ACTH Não coloquei a fisiologia dos corticosteróides endógenos

Utilizado para diagnóstico na diferenciação de: Insuficiência adrenal primária (IM) produz pco ou nenhuma secreção de cortisol por causa da disfunção cortical adrenal latente Insuficiência adrenal

Receptores de ACTH estão aclopados ao sistema GS-adenilciclase

Hormona polipeptídica constituída por 39 a.a.

Page 66: Sebenta de Farmacologia e Toxicologia Veterinária IIxa.yimg.com/kq/groups/23134371/1702550780/name/Sebenta+de... · Sebenta de Farmacologia e Toxicologia Veterinária II Diogo Machado

Diogo Machado, Joana Santos, Madalena Pinto Coelho e Monica Nunes Página 66

secundária (p.e.disfunção hipófise anterior) produz grande na secreção de cortisol

Co

rtic

ost

eró

ides

PO, IV (drogas hidrossolúveis), IM e tópico (drogas insolúveis na água) Absorção facilmente no trato gastrintestinal, membranas mucosas e pele Destino ligam-se a proteínas plasmáticas (globulinas e ligadoras de corticosteróides) Metabolismo Grupo cetona C3 reduzido para grupo OH que sofre conjugação. Redução do grupo cetona C11 para OH é necessária para a conversão da cortisona em cortisol e da prednisona a prednisolona (formas activas) Excrecção Urina Controlam a velocidade de síntese de proteínas (p.e. aldosterona síntese de Na+-K+-ATPase no túbulo renal distal)

Efeitos Adversos Hipoadrenocorticismo iatrogénico (uso longo prazo de altas doses) Retardo na cicatrização de feridas, susceptibilidade às infecções, desiquílibrio hidroelectrolítico, miopatias, osteoporose (absorção de Ca no trato gastrintestinal e reabsorção pelos rins), edema (retenção de

Na), degeneração do fígado em , ulceração gastrintestinal, diabettes mellitus (usado cronicamente em animais com diabetes moderada), aborto no início da gestação. Contra-indicado infecções não controladas, diabettes mellitus, úlcera da córnea, distúrbios cardíacos, queimaduras e gestação

Glucorticóides de longa acção

(p.e. dexametasona)

Indução do parto em

(em 40h) Alívio imediato de hipersensibilidade e choque e para o controlo a longo prazo

de alergia em

(IM) Síntese e armazenamento de glicogénio hepático, a glicogénese, a lipólise e a redistribuição dos lípidos Podem mimetizar a acção do cortisol fetal induzindo o parto F. cardiovascular mantêm-se potencializando as catecolaminas Efeitos no SNC estimula-o causando euforia F. muscular em doses farmacológicas causa atrofia muscular Sangue policitemia ( eritrofagocitose), neutrofilia ( entrada de neutrófilos na circulação combinado com remoção das células da circulação sendo a função dos neutrófilos inibida) eosinopenia, monocitopenia (redistribuição dessas células para outros sistemas sendo a a proliferação de linfócitos B e a activação de linfócitos T sumprimidas) Efeito anti-inflamatório e anti-alérgico (doses farmacológicas):

Retenção da placenta. Quando usados como agentes ocitócitos, os efeitos adversos não tem problema

Outro tipo de glucorticóides Acção curta disponíveis para uso tópico Acção intermediária controlo de alergia, inflamação crónica e imunossupressão a longo prazo

Page 67: Sebenta de Farmacologia e Toxicologia Veterinária IIxa.yimg.com/kq/groups/23134371/1702550780/name/Sebenta+de... · Sebenta de Farmacologia e Toxicologia Veterinária II Diogo Machado

Diogo Machado, Joana Santos, Madalena Pinto Coelho e Monica Nunes Página 67

- involução dos nódulos linfáticos, timo e baço - migração e função dos leucócitos suprimidas - membranas plasmáticas e lisossomais estabilizadas da libertação de autacóides por na actividade da fosfolipase A2 - síntese de PG e leucotrienos (LT) suprimida por inibição da fosfolipase A2 - Actividade dos fibroblastos, síntese de colagéneo e a reparação dos tecidos são reduzidas nas áreas inflamadas - permeabilidade capilar associada com a libertação de autacóides (especialmente histamina) - produção de anticorpos e linfocinas inibida (doses elevadas)

Mineralocorticóides

Desoxicosterona e fludrocortisona para reposição de mineralocorticóides no hipoadrenocorticismo

retenção de Na e bicarbonato retenção de K e cloretos Alteram a actividade de reabsorção nos túbulos renais e em menor extensão no trato gastrintestinal

Aldosterona não está disponível como agente farmacológico (curta duração)

Page 68: Sebenta de Farmacologia e Toxicologia Veterinária IIxa.yimg.com/kq/groups/23134371/1702550780/name/Sebenta+de... · Sebenta de Farmacologia e Toxicologia Veterinária II Diogo Machado

Diogo Machado, Joana Santos, Madalena Pinto Coelho e Monica Nunes Página 68

Farmacologia Digestiva_________________________________________________________________________________

Antagonistas dos receptores histaminérgicos do Tipo 2 (anti-H2)

Dividem-se em Cimetidina ( - PO, IM, IV - - PO, IM, IV - - PO, IV), Famotidina ( - PO, IV - - PO, SC, IV - - PO, IV), Ranitidina ( - PO, SC, IV - - PO, IV

- - PO, IV - - PO - - PO)

Não continuei ainda porque não percebi o que tava lá escrito e como não tenho net disponível aqui não deu para acabar. Depois envio mas também são só mais três slides,

não vai ser mais que esta página de certeza!

Para além disto falta Toxicologia!!!

Farm

aco

logi

a D

ige

stiv

a