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1 1.0 INTRODUÇÃO A década de 1980 vivenciou avanços significativos no campo do planejamento ur bano no Brasil. Nesse período de redemocratização do país, foram retomadas as discussões do Movimento Nacional pela Reforma Urbana cujos anseios estão, em parte, expressos no capítulo de dicado à Política Urbana da Constituição Federal de1988, constituído pelos artigos n.°s 182e183. Já no início do século XXI, após um período de aproximadamente treze anos de tramitação, a regulamentação dos artigos n.°s 182 e183 culminou na aprovação da Lei Federal n.º 10.257, de 2001, denominada Estatuto da Cidade e definida como o instrumento regulador do uso da terra urbana em prol do interesse coletivo. Esta lei delegou o poder de decisão à esfera municipal, principalmente com o intuito de fortalecer os municípios e conferir maior autonomia aos governos locais. Dentre os avanços trazidos pela nova lei, destaca-se a obrigatoriedade de elaboração e Revisão dos planos diretores de forma participativa e seguindo diretrizes baseadas nos conceitos da função social da cidade e da propriedade, na justa distribuição dos ônus e benefícios advindos do processo de urbanização e na gestão democrática. Além de definir os caminhos para a condução das políticas de desenvolvimento municipal, o Estatuto introduziu um conjunto de instrumentos urbanísticos inovadores, como ferramentas de apoio ao planejamento e gestão das cidades, dentre os quais estão o Estudo de Impacto de Vizinhança(EIV) e o Estudo de Impacto Ambiental(EIA), este último já previsto em legislação ambiental específica. O Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV), deliberação introduzida pelo Estatuto da Cidade, consiste em um instrumento urbanístico que possibilita a análise eavaliação dos impactos provenientes do desenvolvimento urbano sobre os diversos usos que compõem o espaço da cidade.

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1.0 INTRODUÇÃO A década de 1980 vivenciou avanços significativos no campo do planejamento ur

bano no Brasil. Nesse período de redemocratização do país, foram retomadas as

discussões do Movimento Nacional pela Reforma Urbana cujos anseios estão, em

parte, expressos no capítulo de dicado à Política Urbana da Constituição Federal

de1988, constituído pelos artigos n.°s 182e183.

Já no início do século XXI, após um período de aproximadamente treze anos de

tramitação, a regulamentação dos artigos n.°s 182 e183 culminou na aprovação da

Lei Federal n.º 10.257, de 2001, denominada Estatuto da Cidade e definida como o

instrumento regulador do uso da terra urbana em prol do interesse coletivo. Esta

lei delegou o poder de decisão à esfera municipal, principalmente com o intuito de

fortalecer os municípios e conferir maior autonomia aos governos locais.

Dentre os avanços trazidos pela nova lei, destaca-se a obrigatoriedade de

elaboração e Revisão dos planos diretores de forma participativa e seguindo

diretrizes baseadas nos conceitos da função social da cidade e da propriedade, na

justa distribuição dos ônus e benefícios advindos do processo de urbanização e na

gestão democrática.

Além de definir os caminhos para a condução das políticas de desenvolvimento

municipal, o Estatuto introduziu um conjunto de instrumentos urbanísticos

inovadores, como ferramentas de apoio ao planejamento e gestão das cidades,

dentre os quais estão o Estudo de Impacto de Vizinhança(EIV) e o Estudo de

Impacto Ambiental(EIA), este último já previsto em legislação ambiental

específica.

O Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV), deliberação introduzida pelo Estatuto da

Cidade, consiste em um instrumento urbanístico que possibilita a análise

eavaliação dos impactos provenientes do desenvolvimento urbano sobre os

diversos usos que compõem o espaço da cidade.

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Apesar da contemporaneidade do tema, verifica-se que os princípios elencados

pelo EIV têm relação com antigas preocupações que orientaram a normatização de

parâmetros de ocupação do solo. Pode-se apontar que a necessidade de

resguardar os ‘vizinhos’ de possíveis incômodos, decorridos de determinados usos

e edificações, foi aspecto balizador para a formulação das leis e regulamentos

urbanísticos que adotamos ainda hoje.

2.0 JUSTIFICATIVA

2.1 Mobilidade do Transporte Terrestre

O setor de transporte da região Norte do Brasil possui forte e permanente

interferência das condicionantes hidrológicas determinadas pela sazonalidade dos

regimes de chuvas/vazão, onerando o custo e, nmuitas vezes, inviabilizando

algumas atividades econômicas. O transporte de cargas entre Porto Velho e Manaus

é feito por via fluvial, através de balsas, que ficam a mercê do nível da água do rio

Madeira. No período entre junho e setembro, quando o rio Madeira atinge seu nível

mínimo, o transporte fica comprometido, aumentando significativamente o custo

das mercadorias e provocando, muitas vezes, desabastecimento de mercadorias,

principalmente combustível, cimento e gás.

Rondônia, Acre e Mato Grosso se interligarão aos países da fronteira norte do Brasil

e outras nações das Américas, proporcionando-lhes a possibilidade real de Na

tentativa de reduzir os custos de transporte e viabilizar novas alternativas, a

BR-319 está incluída no sistema de corredores estratégicos de desenvolvimento.

Com a abertura da ponte ao tráfego, em conjunto com a finalização das obras de

revitalização da BR-319 e conexão à BR-174, os Estados de colocação de seus

produtos no mercado internacional. Da mesma forma, os produtos do Pólo Industrial

de Manaus terão mais uma alternativa para sua inserção

no mercado interno brasileiro.

A ponte integrará um segmento da BR-319 localizada na zona urbana de Porto

Velho, bairro Balsa, em continuidade física com o fim na Avenida dos Integrantes.

Estará inserida próxima a área central do Município, o que justifica sobremaneira a

realização do EIV/RIV, conforme mastram as figuras abaixo.

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Foto: Início do Acesso Lado direito

Foto: Final do acesso Lado Direito

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3.0 HISTÓRICO DO PROJETO

A malha viária da BR-319, no Estado de Rondônia, tem uma extensão de 64,80

km e seu início se dá na Div. do AM/RO até o Entr. BR-364(Porto Velho)(Trevo do

Roque), área urbana de Porto Velho, ramificando-se a partir do Trevo do Roque

para o estado do Acre por intermédio da continuidade da BR-364 e para a República

da Bolívia através da BR-425/RO a partir do Distrito de Abunã. O projeto em

questão, assume a partir da construção da Ponte sobre o Rio Madeira a função de

interligar o Estado de Rondônia ao Estado do Amazonas, possibilitando,

principalmente, que o Estado do Amazonas se inteligue com os demais estados da

federação através da BR-364.

Este projeto inteligará o bairro de São Sebastião, mais conhecido como bairro da

Balsa, isto na margem direta, à margem esquerda a BR-319/RO acessa a cidade de

Humaitá/AM e posteriormente à cidade de Manaus após pavimentação final desta

rodovia. Por esta rodovia trafegam hoje, veículos oriundos de todo país que

transportam mercadorias que abastecem o Estado do Amazonas, que ora é

realizado por balsas, gerado intensas atividades comerciais, turísticas e de serviços

localizadas nesta área portuária do município de Porto Velho.

A implantação da construção da Ponte sobre o Rio Madeira e Acessos na travessia

do Rio Madeira na BR-319, facilitará o ordenamento do acesso de veículos e da

população de Porto Velho que residem na margem esquerda do Rio, beneficiando

o deslocamentos rotineiro desta região norte do município de PortoVelho.

Também estão contemplados neste projeto os ciclistas, motociclista e

pedestres que através da implantação de ciclovias e passeios. O sistema de

transporte coletivo também deverá se estendido para atender os moradores da

margem esquerda através da realocação de novas rotas urbanas, propiciando o

público local com maior segurança e benficio

na redução do tempo de deslocamento.

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A economia da cidade, em geral, será beneficiada de forma

significativa, tanto pelosretornoseconômicos decorrentes dos investimentos como

pelas melhores condições de trafegabilidade e de segurança, que serão oferecidas

para o acesso viário da população e dos agentes econômicos às atividades

socioeconômicas em geral.

4.0 OBJETIVOS DO EESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA

- Identificar previamente os impactos significativos na área de influência do

empreendimento, com vistas a confecção de um diagnóstico ambiental e

socioeconômico, além de instruir e assegurar o Poder Público da capacidade do

meio urbano para comportar o referido empreendimento.

- Disponibilizar ao administrador municipal os instrumentos necessários para

planejar a cidade, amparado pelo que lhe confere o Estatuto da Cidade - Lei

Federal 10.257, promulgada em 10 de julho de 2001.

- Verificar a viabilidade da implantação do empreendimento, além de definir

medidas mitigadoras e compensatórias para minimizar os impactos previstos.

- O presente estudo visa, também, atender ao Mandado de Intimação da Justiça

Federal de Primeiro Grau, nº 0974/2011, Seção Judiciária do Estado de Rondônia,

referente à Ação Civil Pública ajuizada pelo Ministério Público Federal e o Ministério

Público do Estado de Rondônia.

5.0 BASE LEGAL

Para complementar o acima citado, EIV foi elaborado orientado pelas seguites

leis:

Legislação Federal:

- Lei nº 6.766/79 (Lei de Parcelamento do Solo Urbano);

- Lei nº 4.771/65 (Código Florestal)

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- Decreto-Lei nº 25/1937 (Proteção do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional);

- Resolução CONAMA 303/2002 (Áreas de Preservação Permanente);

Legislação Estadual:

- Lei do Zoneamento Socioeconômico, Ecológico do Estado de Rondônia,

foi instituído em 14 de junho de 1988, pelo Decreto Estadual nº 3.782, na escala

1:1.000.000, posteriormente ratificado pela Lei Complementar nº 052, de 20 de

dezembro de 1991;

Legislação Municipal:

- Lei Complementar nº 398 de 22/11/2010, que outorga Outorga Onerosa

do Direito de Construir, altera dispositivos da Lei Complementar nº 97, de 29 de

dezembro de 1999, alterada pela Lei Complementar nº 110, de 26 de dezembro de

2000, e pela Lei Complementar nº 336, de 02 de janeiro de 2009, e dá outras

providências.

- Lei Complemenar n ° 138 de 28/12/2001 (Código Ambiental do Muncípio

de Porto Velho);

- LEI COMPLEMENTAR Nº 311, DE 30 DE JUNHO DE 2008. Dispõe sobre o

Plano Diretor do Município de Porto Velho e dá outras providências.

- LEI COMPLEMENTAR No 52, DE 22 DE JUNHO DE 1995, Altera dispositivo

da Lei no 053-A de 26/12/72, que Institui o Código de Postura do Município de Porto

Velho e dá outras providências.

- LEI COMPLEMENTAR No 45, DE 12 DE ABRIL DE 1995. Acrescenta

dispositivo do art. 183 da Lei no 53-A, de 26 de dezembro de 1972 (Código de

Posturas).

6.0 PRINCÍPIOS METODOLÓGICOS

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Para a execução deste Estudo de Impacto de Vizinhança foram tomados como base

para a análise os seguintes princípios metodológicos:

− Eficiência: A infra-estrutura física, social e econômica deve consentir (agregar)

questões originadas pela urbanização. Geralmente a eficiência dos projetos é

analisada pela comparação com os parâmetros técnicos reconhecidos, tais como

velocidade do tráfego, percentual da população beneficiada ou afetada, etc..

− Equidade: Deve existir igual oportunidade de acesso no atendimento das

necessidades sociais básicas. A equidade dos projetos é analisada através

do grau de acessibilidade que os segmentos sociais mais pobres ou com

menos autonomia – crianças, idosos, portadores de necessidades especiais – têm

das benfeitorias previstas pelos projetos.

− Qualidade: Os espaços oriundos da urbanização devem ser compatíveis com a

natureza biológica e cultural dos habitantes. Comumente a

qualidade é avaliada pelo nível de preservação e de conforto ambiental,

riqueza estética e valor simbólico ou espiritual para os usuários.

7.0 CARACTERÍSTICA DO EMPREENDIMENTO

7.1 IDENTIFICAÇÃO DO EMPREENDIMENTO

Rodovia: BR-319/RO

Trecho: AM/RO – Entr. BR-364(Trevo do Roque)(Porto Velho)

Subtrecho: AM/RO – Entr. BR-364(Trevo do Roque)(Porto Velho)

Empreendimento: Construção de Ponte sobre o Rio Madeira e Acessos

Segmento: km 17,67 – km 19,32

Extensão: 1,65 km

Lote: Único

SNV: 319BRO0310 - 319BRO0330 - 319BRO0350

7.2 IDENTIFICAÇÃO DO EMPREENDEDOR

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Razão Social: Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes - DNIT

Rua: Quadra 03 – Núcleo dos Transporte

Bairro: Setor de Autarquia Norte

CEP: 70.040-902

Cidade: Brasilia/DF

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Mapa de Localização do Empreendimento

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8.0 DELIMITAÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO

8.1 DELIMITAÇÃO DA ÁREA DE VIZINHANÇA

Considerndo que a legislação vigente e demais estudos que orientam com

procedimentos para a Elavoração do Estudo de Impacto de Vizinhança e respectivo

Relatório, não determinam as medidas ou áreas de influências e critérios

mensuráveis, e muito menos no que se refere à tipologia de obras em geral, este

estudo adotou como parâmetro 03(três) diferentes escalas ou níveis de abordagem

Para a caracterização dos impactos sobre a área de vizinhança: a) Área de

Vizinhança Indireta (AVin); b)Área de Vizinhança Direta (AVD) e c) Área de

Vizinhança Imediata (AVI).

8.1.1 ÁREA DE VIZINHANÇA INDIRETA (AVIN):

Para definir esta área, considerandou-se todo o perímetro urbano do município de

Porto Velho, por entedermos que seus efeitos operativos influência indiretamente a

cidade como um todo, podendo se estender ao município como mum todo.

8.1.2 ÁREA DE VIZINHANÇA DIRETA (AVD):

É entendida como aquela sujeita aos impactos diretos de operação e implantação

da construção da Ponte sobre o Rio Madira e seus Acessos. Para delimitar esta área ,

tomou-se como parâmetro principal o que determina o Art. 3º da Resolução do

CONAMA nº 303, de 20 de março de 2002, diz que Constitui Área de Preservação

Permanente a área situada: quinhentos metros, para o curso d`água com mais de

seiscentos metros de largura, item “I”, letra “e”. O Rio Madeira onde está sendo

contruída a ponte é de 704,00m de largura e sua área de entorno possui

características sociais, econômicas, físicas e biológicas muito peculiar. Do ponto de

vista social a população que reside nas proximidade são remanescentes de

populações tradicionais Ribeirinhas que ali se instalaram e construíram o local de

morada e desenvolveram uma base econômica de pequenos comércios de

gêneros alimentícios e restaurantes . Em termos fisico e biológico, a área onde

essas familias estão assentadas, assim como empresas de distribuição de gás de

cozinha(Fogás), de aramazenamento de grãos, área pertencente a APA -Área de

Proteção Ambiental de Porto Velho, isto é, dentro dos 500m estipulado por Lei.

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Justamente por essas particularidades, e por se entender que o novo sistema viário

que passsará funcionar quando do iíncio de operação, assumirá um papel

desestruturante de toda essa construção ali formada há mais de 20 anos,

interferindo diretamente nos bairros São Setastião(balsa) e Panair, que integram a

“Área de Vizinhança Direta”, acrescidas de mais 100m sobre os 500m da APP do

Rio Madeira, ou seja, esta área ficou delimitada em 600m de raio a partir de

qualquer ponto da Ponte.

8.1.3 ÁREA DE VIZINHANÇA IMEDIATA (AVI):

É entendida como aquela do entorno imediato do empreendimento e que poderá

sofrer impactos a partir da implantação da referida obra, principalmente aqueles

impactos relacionados ao aumento da emissão de gases, ruídos e alteração do

cotidiano local. Definiu-se como AVI toda extensão da Ponte com seus respectivos

acessos considerando a Faixa de Domínio Federal que é 80m, ou seja, 40m para

cada lado a partir do eixo da pista. A título de informação o corpo esturtural

(vão)da Ponte é de 937,00m e seus acesso são de 0,45 km lado direto

incorporando o final da Av. dos Imigrantes e 0,35 km lado esquerdo do Rio Madeira

sobre o mesmo traçado da BR-319 formando um polígono entre a estaca inicial

(-10 + 13,61) e a estaca final (71 + 18,67), totalizando 15,6880 hectares.

A seguir apresentamos o mapa com a localização e delimitação da Área de

Vizinhança Indireta, Área de Vizinhança Direta e Área de Vizinhança Imediata,

anexo I em tamanho A3:

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FOTO: IDENTIFICANDO AS ÁREAS DE VIZINHANÇA: INDIRETA - DIRETA - IMEDIATA.

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9.0 DIMENSÕES DO EMPREENDIMENTO

9.1 PROJETO GEOMÉTRICO

O estaqueamento do acesso até o encabeçamento da ponte no lado direito

inicia na estaca (-10 + 13,61) e estaca (5 + 14,01), perfazendo uma extensão

de 0,45 km, segmento este, que compreende os 450m final da Avenida

Imigrante que é coincidente com a BR-319/RO. A partir desta última estaca

inicia a parte estrutural do vão da ponte estaca (5 + 14,01) até a estaca (54 +

8,95) totalizando um vão de 937,00m. Prosseguindo a partir da estaca (54 +

8,95) inicia o acesso do lado esquerdo da ponte que finaliza na estaca (71 +

18,67), somando 350m, até o final do segmento sobreposto também na

BR-319 do lado esquerdo do Rio Madeira.

O Projeto Geométrico foi desenvolvido com base nos estudos topográficos. O

projeto planimétrico foi realizado de forma a utilizar-se da maneira mais

adequada a plataforma e o alinhamento predial existentes, enquanto que

no projeto altimétrico procurou adequar o nível do greide de acordo com as

soluções técnicas definidas para os encontros das cabeceiras da ponte,

considerando os estudos de hidrologia no que diz respeito aos nível de

variação das cotas mínima e máxima do Ria Madeira.(ver planta tamanho

A3, anexoII).

A seguir serão apresentadas as Plantas Geométricas em tamanho A4.

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PLANTA: GEOMETRIA ACESSO – LADO DIREITO

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PLANTA: GEOMETRIA DA CABECEIRA E METADE DA PONTE – LADO DIREITO

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PLANTA: GEOMETRIA DA CABECEIRAE METADE DA PONTE – LADO ESQUERDO

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PLNATA: GEOMETRIA ACESSO – LADO ESUQERDO

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9.2 DEFINIÇÃO DA PLANTA

Com os dados obtidos no levantamento topográfico e com o emprego do

software adequado, foram geradas as plantas planialtimétricas. Essas plantas

definiram o traçado em planta com a determinação do eixo de locação e a

implantação do estaqueamento de 20 em 20 metros, além dos pontos

notáveis do início ao final do segmento. (Ver planta do projeto

geométrico em A3, anexo II)

9.3 DEFINIÇÃO DO GREIDE

Com o perfil do terreno gerado pelo software empregado e as limitações das

soleiras prediais, dos cruzamentos das vias existentes e demais soluções

previstas para construção da ponte, definiram-se as rampas e concordâncias

verticais do greide de pavimentação. Esse greide forneceu subsídios ao

desenvolvimento das Notas de Serviço e do Projeto de Terraplenagem.(ver

Perfis anexo III). A seguir plantas de pavimentação.

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PLANTA: LINEAR DO PAVIMENTO

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9.4 APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS

A geometria da via pode ser visualizada no anexo III, detalhe "seção tipo"

onde se evidencia toda a concepção da pista de rolamento e passeio

aplicando-se parâmetros como dimensões e declividades.

Quanto aos parâmetros relativos ao traçado horizontal e vertical, o projeto

apresenta todos os elementos de locação necessários (ângulos, distâncias,

coordenadas referência, deflexões, cotas) em planta e perfil, além

de todas as planilhas com estes dados. Também constates nos anexos IV.

10.0 LEVANTAMENTO FLORESTAL DO TERRENO

10.1 DESCRIÇÃO DA ÁREA

A área onde está sendo construída a Ponte, está localizada no perímetro

urbano do município de Porto Velho/RO, mais precisamente na travessia sobre

o Rio Madeira ao noroeste do município, que no seu lado direito abrange

bairros urbanos, e parte da APA de Porto Velho e pelo lado esquerdo

residências de moradorees ribeirinhos em quantidade bem menor do que do

lado direito e dentro da APA de Porto Velho. Por se tratar de um Rio com

alargura acima de 500 metros conforme prescreve a Lei Federal 4.771/65, a

área de Vizinhança Direta e Imediata são de: 229,9560 ha e 15,8910 ha,

respectivamente. Estando ambas dentro da APP – Área de Proteção

Permanente e da APA – Área de Proteção Ambiental, sendo que a margem

direita á área da APA é menor do que a margem esquerda.

Assim sendo, a Área de Vizinhança Indireta abrange toda área urbana do

municipio de Porto Velho, podendo se estender ao município como um todo.

A área de Vizinhança Direta, abrange no seu lado direito áreas urbanas dos

bairros São Sebastião(Balsa) e Panair e no seu lado esquerdo familias

ribeirinha distribuidas em parcelas de terras passadas de pais para filhos e

está sobreposta na APA e APP de Porto Velho.

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A menor porção deste estudo é a Àrea de vizinhança Imediata, que está

sub-dividida em duas áreas: lado esquerdo e direito do Rio Madeira.

A área de vizinhança Imediata situada na margem direita do Rio Madeira

totaliza uma área de 5,3360 ha, do total de 15,8910 ha e se sobrepõe a APA de

Porto Velho e da APP formando um polígono compreendido pela largura da

faixa de domínio de 40m para da lado da pista(eixo central) a partir da estaca

inicial do acesso e a estaca incial da construção da ponte, onde encontramos

casas de madeira e alvenaria, igreja, associação de bairro, posto policial,

comércios, restaurantes, revendedorade gás de cozinha (Fogás) e empresa

armazenadora de gãos em grandes silos, além do Lago dos Milagres,

caracterizando uma área urbana consolidada que incorpora um lago que

necessita ser recuperado e urbanizado. A topografia local é plana toda

antropizada há mais de 20 anos.

A Área de vizinhança Imediata situada na margem esquerda do Rio Madeira

totaliza uma área de 4,4990 ha, de um total de 15,8910 há. Esta AVI

compreende um polígono formado pela largura da faixa de domínio de 40m

para da lado da pista(eixo central) a partir da estaca final da cabeceira da

ponte na margem esquerda até a estaca final do acesso deste mesmo lado,

onde se encontram casas de madeira e alvenaria, igreja, associação de bairro,

pequenos comércios e restaurantes, caracterizando uma área ribeirinha

consolidada tendo em suas proximidades igarapés que necessitam ser

preservados. A topografia local é ondulada com remanescente florestal de

aproximadamente 17,291 há dentro da APA de Porto que é Velho, cuja área é

de 6.741 há, e perímetro de 65.080 metros, com forte intervenção antrópica.

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FOTO: ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL – APA DE PORTO VELHO

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FOTO: ÁREA DE VIZINHANÇA IMEDIATA – LODO DIREITO

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FOTO: ÁREA DE VIZINHANÇA IMEDIATA – LODO ESQUERDO

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A construção da ponte e posterior operação, certamente remeterá a expansão

urbana rumo a AVI do lado esquerdo do rio, razão pela qual deve ser observado com

cuidado a ocupação indiscriminada do solo, da supressão de vegetação e da

preservação do remanescente florestal da faixa de APP e da APA. Como trata-se de

uma área ainda pouco habitada, o poder público municipal tem que prever no

planejamento urbanistico da cidade, os equipamentos ambientais, sociais

necessários à população urbana, assim como, água, expansão de energia elétrica,

saude, lazer e educação.

10.2 CARACTERIZAÇÃO DA COBERTURA VEGETAL

A área está compreendida entre os segmentos dos paralelos de 8º a 9º S e

meridianos de 63º00’ a 64º 30’ WGr (RADAMBRASIL, 1978).

Segundo Radambrasil (1978), a feição geomorfológica mais expressiva na área é a

dos interflúvios tabulares pertencentes ao Terciário, revestidas

predominantemente por contatos Savana/Floresta e Floresta Aberta. Nas partes

centro-sul e sudeste da região encontram-se áreas de embasamento, com relevo

ondulado recoberto por Floresta Aberta e Densa. Observa-se a sudoeste,

testemunhos areníticos pré-cambrianos cobertos por Floresta Aberta.

As áreas do Quaternário, antigo e recente, situam-se ao longo do igarapé Cuniã e

dos rios 5 Mucuim, Açuã, Aponiã, Madeira e, ao norte deste identificadas por

Parques de Cerrado, que constituem uma extensão dos “Campos de Puciari” –

Humaitá (RADAMBRASIL, 1978). O rio Madeira, exceção aos outros rios citados,

apresenta além de formações florestais, comunidades assentadas sobre aluviões

recentes.

De um modo geral, os solos situados à esquerda do rio Madeira apresentam

impedimentos de drenagem, refletidos pelo tipo de vegetação. Em sua grande

extensão é representada pela Categoria de Unidade Antrópica Ap + Vsp - Pecuária

(pastagens) + Vegetação Secundária com Palmeiras. De forma dispersa, existem

áreas de Floresta Ombrófila Aberta Terras Baixas com Palmeiras (Abp), Floresta

Ombrófila Aberta Submontana com Palmeiras (Asp) e Formações Pioneiras com

influência fluvial e / ou lacustre - herbácea (Pah), esta última, na ilha próxima a

Cachoeira de Santo Antônio (fotos abaixo).

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É nesse ecossistema que será construída a ponte sobre o rio Madeira, na BR-319,

em sítio já enormemente impactado pela sua proximidade com o perímetro urbano

de Porto Velho.

As áreas de influência do empreendimento possuem ambiente natural em grande

parte descaracterizado, principalmente a área de influência direta onde os

impactos decorrentes do desenvolvimento econômico e expansão da zona

peri-ubana se fazem sentir com maior rigor. Nessa área estão assentados: (a)

fazendas ribeirinhas para criação de gado bovino, à margem esquerda do rio

Madeira; e (b) populações locais e empreendimentos industriais e comerciais, à

margem direita, com destaque para o porto fluvial de Porto Velho e os grandes

silos de armazenamento de combustíveis fósseis das distribuidoras que

abastecem os postos de serviço de Porto Velho e demais municípios de Rondônia.

Na área de influência indireta, por outro lado, ainda são observados extensos

terrenos revestidos pela cobertura vegetal nativa contínua e, frequentemente, a

fragmentação desta cobertura resistindo nas áreas de preservação permanente

(APP) ou de reserva legal (ARL), em meio às áreas desmatadas pelos

estabelecimentos rurais (fazendas).

Ainda quanto a vegetação de acordo com SILVA (1978), a fitogeografia das áreas

de influência do empreendimento compreende, basicamente, parte de três regiões

fitoecológicas distintas: Floresta Ombrófila Densa Tropical, Floresta Ombrófila

Aberta Tropical e Savana, além de Áreas de Ação Antrópica.

A Floresta Ombrófila Densa Tropical reveste os mais variados macro ambientes,

desde planícies e terraços inundáveis até relevos montanhosos (não

ultrapassando 600 m de altitude), de diferentes épocas geológicas e ocupando os

mais diversos tipos de solo, sendo composta de espécies de crescimento variado,

dependendo do macro ambiente, e em geral alcançando grandes alturas. Nas

áreas de planície e terraços inundáveis, verificam-se frequentemente o tronco do

tipo botija, raízes tabulares e pneumatóforos; dossel com árvores emergentes e,

às vezes, um grande número de palmeiras, além de submata com ou sem plantas

herbáceas gigantescas e considerável regeneração arbórea. Nas áreas de relevo

montanhoso, o dossel é uniforme com algumas espécies emergentes, a submata

apresenta árvores arbustivas 83 (para enorme quantidade de plantas de

regeneração arbórea), algumas ervas e umas poucas palmeiras e lianas lenhosas,

sendo as epífitas mais numerosas.

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Dentre as espécies de reconhecido valor comercial e que interessam aos

mercados

externo e interno citam-se: piquiá, amapá, amarelão, cinzeiro, castanha-de-paca,

jutaí-mirim, fava-folha-fina, jutaí-pororoca, seringueira, louro-abacate, sumaúma,

angelim, angelim-pedra, castanha-de-sapucaia, copaíba, tauari, cupiúba,

maçaranduba, milho-verde (roxinho), sucupira e tauari, sem esquecer a

castanheira (protegida por lei). As Palmae mais freqüentes são Oenocarpus bataua,

Obygnia martiana, Euterpe spp. Attalea spp. (palha-preta), Astrocaryum mumbaca,

Orbygnia martiana, Maximiliana regia, Clitoria racemosa, Euterpe spp.

Astrocaryum tucumã, Lepidocaryum tenue, Iriartea exorrhiza, Bactris cuspidata

var. marajaí, Geonoma spp e Mauritia flexuosa, e a Musaceae Ravenala

guianensis.

A Floresta Ombrófila Aberta Tropical, da mesma forma que a anterior, reveste os

mais variados tipos de relevo e solos, cobrindo terrenos de idade geológica variada,

sendo reconhecidas duas fisionomias típicas: floresta de palmeiras (cocal) e

floresta de cipós (cipoal). Nas áreas das planícies e dos terraços inundáveis, a

Floresta Aberta com palmeiras é dominante. Por vezes, observam-se em meio a

essa subformação grupamentos de Floresta Densa com árvores emergentes. Nas

áreas de relevo montanhoso, as fisionomias observadas são as das florestas de

palmeiras (dominante) e de cipó, com bambu, que revestem relevos variados, ora

na forma de platô, ora dissecados, ora ondulados, constituindo frações espalhadas

por toda a área de influência indireta do empreendimento.

As espécies mais frequentes na composição da paisagem dessa tipologia florestal

são

abioranas, envira-da-várzea, mandioqueira-escamosa, pau-mulato, sumaúma,

táxi-pitomba, castanheira, açoita-cavalo, janitá, carité, seringueira, copaíba,

jatobá, macucu, uxirana, marupá, tento, abiorana-vermelha, matamatá,

cacau-domato, cacauí e abiorana-branca. As Palmae de maior ocorrência são

Oenocarpus bataua, Mauritia flexuosa, Euterpe spp., Maximiliana regia. Os cipós

mais comuns são Bauhinia splends, (escada-de-jabuti), Dliocarpus rolandri

(cipó-defogo, d’água ou vermelho), Chicocca brachiata (cipó-crus), Passiflora spp.

(maracujá-do-mato), Machaerium spp., Machaerium quinata (cipó-de-sangue),

Abuta spp., Heteropsis jenmani (cipótitica),Dioclea lasiocarpa (mucunã),

Allamandra cathartica (cipó-de-leite) e Biognoniaceae (graxamas branca e

vermelha). Cabe também destacar a presença de bambus, sendo dominante

ogênero Bambusa, sub-gênero Guadua, classificado como Guadua superba. Esta

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espécie é considerada como o bambu mais alto das Américas, atingindo em média

30 m de altura.

A Savana é caracterizada por apresentar uma vegetação xeromórfica, oligotrófica,

com árvores tortuosas, de folhas largas, geralmente de casca grossa e suberosa,

constituindo 84 formas biológicas adaptadas a solos deficientes e aluminizados.

Essa fisionomia vegetal ocorre numa pequena parte do extremo noroeste da área

de influência indireta do empreendimento, localizada na região de fronteira entre

os estados de Rondônia e Amazonas, revestindo áreas pediplanadas e se

assentando, predominantemente, sobre solos do tipo Laterita Hidromórfica, que

apresentam uma drenagem ineficiente, com infiltração per descensun.

De forma geral, podem ocorrer Gentiaceae Lusianthus coenelenscens;

Lycopodiaceae Lycopodium carolinianum; Melastomataceae Macairea

spruceanum, Clidemia novannervia, Henrientella ovata, Miconia albicans, Miconia

spp., Rhynchanthera grandiflora; Myrtaceae Myrcia paivai; Rubiaceae Pagamea

guianensis, Palicourea tryphyla, Remia sp., Maranthaceae Marantha sp.;

Guttifereae Vismia cayanensis; Annonaceae Guatteria stenopetala; Vochysiaceae

Qualea retusa, Q. grandiflora, Vochysia divergens, Erisma parvifolium; Labiatae

Hyptis spp.; Dilleniaceae Curatella americana; Malpighiaceae Byrsonima spp.;

Polypodiaceae Blenchnum serrulatum; Cyperaceae Bulbostylis lanatum,

Rhynchospora divergens; Gramineae Andropogon virgotum, Panicum nervosum,

Aristida torta, Aristida spp. e Eyocaulaceae Syngonanthus gracilis.

Outras áreas de ocorrência de Savana situam-se em áreas deprimidas, sendo

observadas ao longo do rio Madeira, logo a norte da cidade de Porto Velho, onde o

rio,

descrevendo meandros fortemente angulosos, elaborou planícies aluviais. Nessas

planícies, a Savana encontra-se nos estágios graminóide, arbustivo e arbóreo

aberto, sendo frequente a ocorrência dos gêneros Bulbostyles sp., Cyperus sp. e

Rynchospora sp.

Finalmente, citam-se as áreas antropizadas resultantes da intervenção do homem,

estando representadas pelas zonas urbana e peri-urbana de Porto Velho, pelas

áreas de mineração e pelas áreas onde estão assentados os estabelecimentos

rurais (fazendas) com desenvolvimento de atividades agropecuárias e de

vegetação secundária. O cultivo de pastos nas fazendas, para a criação de gado

bovino, de corte e leite, é de grande expressão. Em face dos incentivos, esta

cultura tem se desenvolvido rapidamente, tornando a área de influência indireta

do empreendimento uma grande produtora do produto.

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11.0 Área de Trabalho

Na área de Vizinhança Imediata do empreendimento, é a principal área de trabalho,

é uma área intensamente antropizada, onde os fragmentos de floresta

apresentam degradação acentuada e os fragmentos mais estruturados se

encontram-se mais afastados desta AVI, motivos pela qual não se fez nenhum

levantamento florestal nesta área, haja vista que qualquer amostragem

sistemática não contribuiria em nada em termos de remanescente florestal (ver

foto real de campo da AVI).

FOTOS: AVI LADO DIREITO TOTALMENTE HABITADA

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FOTOS: AVI LADO ESQUERDO TOTALMENTE HABITADA

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Na área de Vizinhança Direta, o trabalho de amostragem ocorreu de forma

aleatória apenas no lado esquerdo, por apresentar uma maior representatividade

de remanescente florestal. Para tanto, a amostragem delimitada foi de 100m

dentro do raio de 600m determinado para a Área de Vizinhança Direta.

Foram colhidos dados dendrométricos de altura, CAP (circunferência à altura do

peito – 1,30 m) e formas de vida (árvores, arbustos, palmeiras, cipós), entre outros.

A incidência de árvores de pequeno porte predominou nas áreas levantadas, com

a maioria dos indivíduos mensurados apresentando CAP < 20 cm. Como nos

levantamentos efetuados a volumetria comercial encontrada foi insignificativa, a

análise foi direcionada para parâmetros como frequência e abundância. Essa baixa

volumetria deve-se à intensa antropização que esta área apresenta.

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FOTOS: COBERTURA VEGETAL ÁREA DE VIZINHANÇA DIRETA – AVD

(PALMEIRAS DE BURITI)

FOTO: PLANTAS DE TUCUMÂ E VEGETAÇÃO EM REGENERAÇÃO

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FOTO: COBERTURA VEGETAL EM REGENERAÇAO

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FOTO: ÁREA EXPLORADDA COM PASTO

FOTO: IMBAUBEIRA EM REGENERAÇÃO

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CASTANHEIRAS PRESERVADAS

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FOTO: VEGETAÇÃO REMANESCENTE MARGEM ESQUERDA

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FOTO: VEGETAÇÃO REMANESCENTE MARGEM DIREITA

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Para a Área de Vizinhança Indireta - AVIn, aqui definida como a área do município

de Porto Velho, aqui representada pela área urbana por ser a que recebe os

maiores impactos indiretos, não foi realizado nenhum levantamento. Contudo, as

informações bibliográficas disponíveis apontam de maneira mais generalizada

conforme citado em parágrafos anteriores o que voltamos descrever, Segundo

Radambrasil (1978), a feição geomorfológica mais expressiva na área é a dos

interflúvios tabulares pertencentes ao Terciário, revestidas predominantemente

por contatos Savana/Floresta e Floresta Aberta. Nas partes centro-sul e sudeste da

região encontram-se áreas de embasamento, com relevo ondulado recoberto por

Floresta Aberta e Densa. Observa-se a sudoeste, testemunhos areníticos

pré-cambrianos cobertos por Floresta Aberta.

Tabela I – Pontos das coordenadas geográficas onde se efetuaram as

observações de campo Margem Esquerda.

Margem Esquerda na distância de

600m

Pontos Coordenadas

Geográficas

P1

S – 08º 44’ 04.8”

W – 63º 55’ 40.5””

P2

S – 08º 43’ 53.6”

W – 63º 55’ 32.4””

P3

S – 08º 43’ 38.5”

W – 63º 55’ 36.2””

P4

S – 08º 43’ 36.7”

W – 63º 55’ 35.3””

P5

S – 08º 44’ 18.3”

W – 63º 55’ 36.2””

P6

S – 08º 44’ 21.8”

W – 63º 55’ 37.7””

P7

S – 08º 44’ 32.7”

W – 63º 55’ 29.6”

P8

S – 08º 44’ 40.8”

W – 63º 55’ 31.2”

P9

S – 08º 44’ 32.5”

W – 63º 55’ 38.6”

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Na identificação do povoamento florestal foi assinalado um total de 119 indivíduos

em 24 espécies; não foram levantados indivíduos com diâmetro menor que 20

centímetros. Nesse povoamento, foram adicionadas outras espécies ao

levantamento de SILVA (1978), conforme depreende-se da tabela ll apresentada a

seguir:

Tabela II - Espécies Identificadas no Levantamento de Campo

Nome Vulgar Nome Científico Família Nº de Ocorrência

Nome Vulgar Nome Científico Família Nº de

Ocorrência

Babaçu Attaleia speciosa ARECACEAE 28

Baginha Stryphnodendron sp MIMOSACEAE 1

Buriti Mauritia flexuosa ARECACEAE 19

Cajá Spondias lutea ANACARDIACEAE 4

Caroba/

Parapará

Jacaranda copaia BIGNONIACEAE 1

Castanheira Bertholletia excelsa LECYTHIDACEAE 9

Castanhola’ Caryodendron sp. EUPHORBIACEAE 2

Embauba Cecropia sp. CECROPIACEAE 16

Espera Ai Uncaria . RHAMNACEAE 1

Figueira Ficus insipida MORACEAE 1

Goiaba de Anta Bellucia sp. MELASTOMATACEAE 1

Ingá Inga sp. MIMOSACEAE 3

Jambo Palicourea sp. RUBIACEAE 1

Jenipapo Tcayena brasiliensis RUBIACEAE 1

Lacre Vismia sp.. CLUSIACEAE 7

Louro Ocotea sp LAURACEAE 1

Mamorana Bombax spruceanum BOMBACACEAE 1

Mangueira Mangifera indica ANACARDIACEAE 8

Morototo Scheflera morototoni ARALIACEAE 2

Mulateiro Capirona decorticans RUBIACEAE 1

Mututi Pterocarpus

ancylacalice

LEGUMINOSAE 1

Palheteira Dalberguia monetária FABACEAE 1

Pente de Macaco Apeiba glabra. TILIACEAE 4

Tucumã Astrocarium tucuma ARECACEAE 5

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Embora não muto expressivo a ocorrência de espécies de valor econômico, mas

considerando a variedades de espécies ainda remanescentes, recomenda-se por

ocasião da implantação de qualquer impreendimento nestas áreas de

remanescente florestal, principalmente, os que produzam supressão de vegetação,

a realização de um inventário florestal como forma de caracterizar a situação

atual em que se encontra a flora da área de influência, identificando assim, as

diferentes formações vegetais e composição florística presentes

Fotos: Vista Parcial da Vegetação Lado Esquerdo

PALMEIRAS E VEGETAÇÃO EM REGENERAÇÃO AO FUNDO

PLANTIO DE MANDIOCA E PASTO

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PASTO E PLANTAS DE TUCUMÂ

PLANTAS DE CASTANHEIRAS PRESERVADAS

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11.1 CLASSIFICAÇÃO DA VEGETAÇÃO

O levantamento de campo registrados através de fotografias

evidenciam os seguintes resultados: floresta com ariáveis de diâmetro médio,

altura total média e área basal média por hectare, com os valores citados na

Resolução do CONAMA nº 04 de 04 de maio de 1994, esta vegetação classifica-se

como VEGETAÇÃO SECUNDÁRIA EM ESTÁGIO MÉDIO DE REGENERAÇÃO.

11.2 ÁREA VERDE

Para fins de ilustração a área verde do lado esquerdo do rio e que fica dentro da

AVD, está estimada em 17,291 ha. Como projeto em si não demonstrou a

necessidade de suprimir vegetação desta área, entende-se não haver razão para

repor áreas a serem compensadas.

11.3 COMPENSAÇÃO NA FORMA DE DESTINAÇÃO DE ÁREA EQUIVALENTE

Apenas para ilustrar, a Lei Federal 11.428/06, Art 17, o requerente deve compensar

através de destinação de área equivalente, uma área com a mesma extensão da

área suprimida e mesmas características necológicas, se possível na mesma bacia

hidrográfica.

Noe caso em comento a construção da ponte e seus acessos ocupará uma da

faixa de dominio federal totalmente habitada por moradores que deverão ser

reassentados em outra área que comporte o número de moredores que optaram

pelo reassentamento.

Como na Área de Vizinhança Imediata, onde será desenvolvido o mpreendimento

não existia menum tipo de floresta não há essa preocupaçao quanto a destinação

de área como forma de compensação, uma vez que o impacto é purante social e

está sendo resolvido através do processo de desapropriação dos moradores

afetados pelo empreendimento.

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12.0 PROJETO DE CONSTRUÇÃO DA PONTE SOBRE O RIO MADEIRA

12.1 - Terraplenagem: visa à manutenção do leito existente da via e a inserção

de material de reforço nos bordos, onde se percebe a existência de um solo mais

expansivo e com menor índice de suporte.

Foi desenvolvida a partir de informações fornecidas pelos seguintes

projetos e estudos:

• Projeto Geométrico: fixou os elementos geométricos básicos;

• Estudos Geotécnicos: compreende o estudo do sub-leito e de

ocorrências de materiais. O estudo do sub-leito tem o objetivo de reconhecimento

dos solos visando a caracterização das diversas camadas e o posterior traçados

dos perfis dos solos para efeito do projeto do pavimento. O estudo de ocorrência de

materiais para a pavimentação tem como objetivo o reconhecimento e

caracterização dos materiais de jazidas como fonte de matéria-prima para a

construção das diversas camadas de reforço do sub-leito, sub-base, base e

revestimento de acordo com o projeto do pavimento.

Os serviços de corte e regularização do corpo da estrada existente, serão

realizados com o emprego de equipamentos de corte tipo escavadeiras hidráulicas,

tratores de esteira, moto niveladoras e caminhões para o serviço de escavação,

transporte e descarga de materiais.

12.2 - Pavimentação: determina a espessura do pavimento, foi dimensionado

em função do número equivalente “N” de operações de um eixo tomado com

padrão, durante um período de projeto escolhido.

13.0 DESMATAMENTO, DESTOCAMENTO E LIMPEZA DO TERRENO

Deverão atender a IS – 209 - 2003 – Projeto de Terraplenagem e Manual de

Pavinetação, Publicação IPR-719/2006

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13.1 CORTES

Deverão ser executados de acordo com a especificação DNER-ES-T280/97 - Cortes

.

Será executada a escavação dos materiais constituintes do terreno natural,

revestimento primário existente, solos de elevada expansão e baixa capacidade de

suporte.

Sempre que houver necessidade de escavação, será precedido de execução dos

serviços de desmatamento, destocamento e limpeza nos locais indicados,

previamente, pela fiscalização. O material gerado na escavação do revestimento

primário será utilizado na confecção de aterros para alargamento e os materiais

obtidos na escavação dos alargamentos da plataforma serão utilizados no

preenchimento dos espaços dos passeios.

Nos pontos de passagem de corte para aterro, precedendo este último, a

escavação transversal ao eixo deverá ser executada até a profundidade

necessária para evitar recalques diferenciais.

13.2 ATERROS

Serão executados de acordo com a especificação do DNER-ES-T 282- 97 -

Aterros. A camada final do aterro deverá ser constituída de solos selecionados,

não sendo permitido o uso de solos de expansão maior que 1%

e ISC menor que 20%.

O aterro deverá ser executado em camadas sucessivas, que permitam o seu

umedecimento e compactação, a espessura da camada não deverá ser

maior que 30cm. 13.3 CÁLCULOS DOS VOLUMES

Definidas as características geométricas dos segmentos, das seções tipos e

através do programa computacional são geradas automaticamente superfícies de

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projeto e seções transversais com áreas de cortes e aterros calculadas. Com as

áreas calculadas utilizando-se também do programa computacional, são geradas

automaticamente as planilhas de Volumes para cortes e aterros.

14.0 PROJETO DE DRENAGEM E OBRAS DE ARTE CORRENTES

Baseado na IS-210 – Projeto de Drenagem/2006, foi desenvolvido o Projeto de

Drenagem deste projeto, que se divide em: drenagem de transposição de talvegues,

drenagem superficial, drenagem do pavimento ou sub-superficial, drenagem

subterrânea ou profunda e drenagem de travessia urbana. Por tratar-se de

Perímetro Urbano do Município de Porto Velho, teremos o dimensionamento da

drenagem superficial e da drenagem profunda.

A drenagem superficial utiliza dispositivos para conduzir a água que Escoa

superficialmente na plataforma da via, para preservar o pé de corte e o corpo da

via. A drenagem profunda, através de galerias, visa garantir um perfeito e rápido

escoamento das águas até um ponto de descarga (rios, valas).

O Projeto de drenagem consistem na definição me dimensionamento das estruturas

de captação, controle e condução das águas pluviais, a mfim de evitar

os danos que possam vir a causar ao corpo da rodovia.

Como denota o “Manual de Pavimentação” do DNIT, quase todos os materiais

empregados na pavimentação têm seu comportamento fortemente afetado por

variações no seu teor de umidade. Não obstante, outros elementos rodoviários que

fazem parte da infra-estrutura viária, tais como taludes de cortes e de aterros,

também demonstram-se suscetíveis à ação das águas.

Falhas no sistema de drenagem da rodovia podem provocar danos severos aos

usuários (conseqüentemente ao patrimônio), dos quais assumem papel relevante:

Redução da capacidade de suporte do solo de fundação (subleito),

em virtude de sua saturação, acrescida ou não de alteração de

volume (expansão);

Bombeamento de finos de solo do subleito e materiais granulares

das demais camadas do pavimento, com perda da capacidade de

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suporte;

Arrastamento de partículas dos solos e materiais granulares

superficiais, em virtude da velocidade do fluxo d`água.

Sob este aspecto, o Projeto de Drenagem teve o objetivo da definição dos tipos de

dispositivos a serem utilizados assim como a localização de implantação dos

mesmos.

Os dispositivos que compõem o sistema de drenagem, e são objetos do projeto,

podem ser englobados em três classes segundo a utilização dos mesmos: Drenagem

Superficial, Drenagem Subsuperficial, Drenagem Profunda e, ainda, Bueiros. (ver

anexo IV, Planta de e localização da drenagens projetadas em A3). A

seguir a planta da drenagem.

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PLANTA: DISPOSITIVOS DE DRENAGEM – LADO DIREITO

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PLANTA: DISPOSITIVOS DE DRENAGEM – LADO ESQUERDO

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15.0 OBRAS DE ARTES ESPECIAIS

O projeto de uma obra-de-arte especial exige o conhecimento de uma quantidade

razoável de dados que, genericamente, pertencem a dois grupos:

- Elementos de Campo

- Elementos Básicos de Projeto

15.1 Elementos de Campo

O detalhamento dos elementos de campo, necessários ao projeto de uma obra-de-

arte especial, de uma maneira resumida, se constituem de elementos de campo

bem definidos em manuais do DNIT, tendo como principais :

a – uma planta de situação mostrando o traçado do trecho da rodovia onde se

implantará a obra-de-arte e os obstáculos, tais como rios, estradas e vales

profundo, a serem transpostos;

b - uma seção longitudinal do terreno ao longo do eixo da ponte a ser projetada,

juntamente com o perfil da rodovia e os gabaritos ou seções de vazão a serem

atendidos;

c - as características geotécnicas e geológicas do solo de fundação;

d - as condições locais de acesso para transporte de equipamentos, materiais e

elementos estruturais;

e - a disponibilidade de água, energia elétrica e mão-de-obra especializada;

f - as características locais principais tais como níveis máximos e mínimos das

águas, ocorrência de secas ou inundações, amplitude de variação e variação

brusca de temperaturas;

g – a topografia geral da área, se região plana, ondulada ou montanhosa, as

características da vegetação, a proximidade ou não de regiões urbanas;

h - as condições de agressividade do meio ambiente com vistas a estudos de

durabilidade.

Manual de Projeto de Obras-de-Arte Especiais MT/DNER/IPR 12

Antes do projeto ser iniciado é de toda conveniência a visita do projetista ao local

da futura obra e o pleno conhecimento de todas as condicionantes regionais de

projeto.

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15.2 Elementos Básicos de Projeto

15.2.1 Definição

Elementos básicos de projeto são elementos tais como Normas, Especificações,

Manuais, Detalhes Padrão e Princípios Básicos, que devem ser seguidos na

elaboração dos projetos de obras-de-arte especiais do DNER.

15.2.2 - Normas Gerais

A elaboração dos projetos deverá obedecer às condições gerais prescritas neste

Manual e o seu desenvolvimento deverá ser efetuado de acordo com as Normas

Brasileiras em vigor, relacionadas a seguir, as principais:

a - NB-1 ou NBR-6118/80: Projeto e Execução de Obras de Concreto Armado.

b - NB-2/86 ou NBR-7187/87: Projeto e Execução de Pontes de Concreto Armado e

Protendido.

c - NB-6/82 ou NBR-7188/84: Carga Móvel em Ponte Rodoviária e Passarela de

Pedestres.

d - NB-7/83 ou NBR-7189/85: Cargas Móveis Para Projeto Estrutural de Obras

Ferroviárias.

e - NB-11/51 ou NBR-7190/82: Cálculo e Execução de Estruturas de Madeira.

f - NB-14/86 ou NBR-8800/86: Projeto e Execução de Estruturas de Aços de

Edifícios.

g - NB-16/51 ou NBR-7191/82: Execução de Desenhos Para Obras de Concreto

Simples ou Armado.

h - NB-51/85 ou NBR-6122/86: Projeto e Execução de Fundações.

i - NB-116/89 ou NBR-7197/89: Projeto de Estruturas de Concreto Armado

Protendido.

j - NB-599 ou NBR-6123/88: Forças Devidas ao Vento em Edificações Manual de

Projeto de Obras-de-Arte Especiais MT/DNER/IPR 13.

l - NB-601/83 ou NBR-6497/83: Levantamento Geotécnico.

m - NB-862/84 ou NBR-8681/84: Ações e Segurança nas Estruturas.

n - NB-949/85 ou NBR-9062/85: Projeto e Execução de Estruturas de Concreto

Pré-Moldado.

o - NB-1223/89 ou NBR-10839/89: Execução de Obras-de-Arte Especiais em

Concreto Armado e Protendido.

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p - NBR-7480/85 ou EB-3/85: Barras e Fios de Aço Destinados a Armaduras Para

Concreto Armado.

q - NBR-7482/91 ou EB-780/90: Fios de Aço Para Concreto Protendido

r - NBR-7483/91 ou EB-781/90: Cordoalhas de Aço Para Concreto Protendido

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16.0 ESTIMATIVA DE PRODUÇÃO DE FATORES IMPACTANTES .

A formulação dos impactos potenciais decorrentes da implantação e operação do

empreendimento, identificados inicialmente como hipóteses de impacto, considera os

seguintes procedimentos:

Cruzamento das informações do diagnóstico sócio-ambiental com as

informações relativas à caracterização do sistema de construção da

ponte e seus acessos;

Caracterização dos principais processos impactantes emergentes da

interação entre as solicitações imprimidas pelo empreendimento e o meio

ambiente urbano, conforme as limitações e potencialidades

características de cada unidade identificada como impactante neste

estudo;

Seleção dos elementos de avaliação capazes de caracterizar os processos

impactantes identificado sobre cada unidade impactante. Na seleção dos

elementos de avaliação, foram considerados as pectos relativo a área de

estudo e as Características do empreendimento;

Realização de atividades interdisciplinares para promover a

integração das análises realizadas para as diversas unidades,

tornando possível a incorporação das inter-relações entre o processo

impactante de diferentes componentes, através de seus elementos de

avaliação;

Revisão da caracterização dos processos impactantes, em função de

integração das análises. Como produto, deve resultar uma descrição

geral dos processos impactantes e dos elementos de avaliação adotados.

Neste momento,sãoapontados aqueles processos para os quais é

possível prever ações de controle, de mitigação e de compensação, que

serão traduzidas em custos ambientais, a serem incorporados aos custos

de implantação.

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16.1 EMISSÃO DE RUÍDOS, VIBRAÇÕES, POEIRAS E GASES

16.1.1 Ruídos

O registro de ruídos se deu com mais significância nas fases de obra e operação(hoje

bem menor), abrangendo as áreas de canteiros, faixas de domínio e os arredores da

via, com diferentes graus de importância em cada fase da obra.

Nas fases de pré-implantação e construção as principais fontes de ruídos serão os

equipamentos utilizados durante as obras, com especial destaque para a execução de

terraplenagem, e eventuais explorações de jazidas de solos, que atingirão, além dos

operários em atividade, também a população residente nas proximidades.

A emissão de ruídos representa ainda, nestas fases, impacto temporário sobre os

indivíduos da fauna local que em razão da mobilidade, se afastarão do incômodo

durante a duração das operações mais ruidosas.

A execução de cortes em rocha trarão, igualmente, efeitos negativos ao meio, como a

depreciação do ar e a alteração das condições sonoras, pois, neste caso,

somam-se aos efeitos descritos anteriormente, relacionados com o tráfego de

veículos pesados, aqueles oriundos das detonações e das próprias instalações de

britagem e usinas de asfalto (fumaças, poeira e ruídos). 16.1.2 Poeira e Gases

Emissão de poeiras, são causada principalmente durante as operações de

terraplenagem, espera-se que sua magnitude seja pequena especialmente

devido à facilidade de controle desta emissão, através da aspersão de ág

ua e utilização de lonas.

A qualidade do ar de uma região depende essencialmente das fontes emissoras de

poluentes e de suas condições físico-meteorológicas. O grau de contaminação do ar é

avaliado pela quantidade e pelo tipo de substâncias nocivas à saúde pública e

prejudiciais aos materiais, à fauna e à flora.

O principal instrumento de proteção da qualidade do ar é o Programa Nacional

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de Controle do Ar – PRONAR – instituído pela Resolução CONAMA n° 005/89.

Inserido como instrumento do PRONAR existe o Programa de Controle da Poluição do

Ar por Veículos Automotores – PROCONVE – através da Resolução CONAMA n° 18/86

que tem entre outros objetivos, é de reduzir os níveis de emissão de poluentes por

veículos automotores, responsabilizando os fabricantes pelo nível de emissão dos

veículos novos.

O monóxido de carbono (CO) constitui um dos mais perigosos tóxicos respiratórios

para homens e animais. Essa junção entre o CO, os hidrocarbonetos (HC), óxidos e

dióxidos de nitrogênio (NO e NO2) e o dióxido de enxofre (SO2) forma um conjunto de

elementos altamente nocivos às plantas, aos animais e ao homem.

Além dos gases, há materiais particulados que também poluem o ar. Essas partículas

causam irritação do trato respiratório e, conforme seu tamanho, podem

penetrar no organismo. É o que ocorre, por exemplo, com o material particulado

emitido pelos veículos a diesel.

Os poluentes podem ser divididos, de acordo com sua origem, em duas categorias:

Poluentes primários: aqueles diretamente emitidos pelas fontes;

Poluentes secundários: aqueles formados na atmosfera através da reação

química entre poluentes primários e os constituintes naturais da atmosfera.

Nas áreas metropolitanas, o problema da poluição do ar tem-se constituído numa das

mais graves ameaças à qualidade de vida de seus habitantes. As emissões causadas

por veículos carregam diversas substâncias tóxicas que, em contato com o sistema

respiratório, podem produzir vários efeitos negativos sobre a saúde.

Outro fator a ser considerado é que essas emissões causam grande incômodo aos

pedestres próximos às vias de tráfego. No caso da fuligem, a coloração intensa e o

profundo mau cheiro das emissões causam de imediato uma atitude de repulsa e pode

ainda ocasionar diminuição da segurança e aumento de acidentes de trânsito pela

redução da visibilidade.

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Na fase de implantação do empreendimento, ocorrerão emissões atmosféricas

resultantes do funcionamento de veículos e equipamentos que utilizam combustíveis.

Além disso, as obras como a movimentação de terra e supressão de vegetação

poderão gerar grande volume de particulados na área.

Mas é na fase de operação da rodovia que esse impacto poderá ser mais observado,

pois a implantação da ponte o prolongamento dos acessos irá acrescer um tráfego

bem mais do que o normal, numa área de tranquilidade moderada.

Entretanto, é importante considerar que o tráfego previsto para os acessos da

ponte, não tem outro lugar para ser desviado, porque quem objetiva acessar a ponte

ou a atual travessia sobre o rio madeira a través da balsa, é proveniente da região

central de Porto Velho através da Avenida dos Imigrantes. Isso significa que as

emissões de gases e poluição atmosférica na área de vizinhança imediata e direta

devem se manter no mesmo nível que o atual, sem projeto.

Além disso, considerando ainda que as emissões de gases dos veículos variam em

função de alguns fatores como: características da frota e sua conservação, tipo do

motor e tecnologia adotada, tipo e composição do combustível, sistema viário e

velocidade de tráfego, prevê-se que a melhoria das condições de tráfego e o controle

da velocidade de operação, tanto nas ruas que acessam a balsa, quanto os novos

acessos e e a construção da ponte, certamente irá melhorar as condições

atmosféricas tanto na área de vizinhança imediata, como em todo o município.

16.1.3 Vibrações

As vibrações se denotam mais durante a operação da via, conforme apresentado na

caracterização do empreendimento, o nível de intensidade sonora encontrado nos

acessos da ponte e na perfuração dos pilares através de verificações in loco, o nível

de intensidade sonora previsto para a implantação da ponte e seus acessos são

oriundo do volume de tráfego previsto, devem ficar dentro dos parâmetros

estabelecidos pela NBR, cuja velocidade deve ser de 50 km/h, soma-se ao

significativo trágego de caminhões e demais veículos que permaneceram trafegando

no local em razão de não ter sofrido desvio, e sim pequeno deslocamento da rampa

acesso à travessia no Rio Madeira na BR-319/RO, contribuindo assim, sobremaneira,

para o aumento de vobrações no local, vibrações estas, resultados das reclamações

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de moradores que tiveram suas casas danificadas com rachaduras nas paredes.

Trabalhos científicos relacionados com o ruído ambiental demonstram que

uma pessoa só consegue relaxar totalmente o sono, em níveis de ruído abaixo de

39 dB(A), enquanto a Organização Mundial de Saúde estabelece 55 dB(A) como nível

médio de ruído diário para uma pessoa viver bem.

A medicina preventiva considera que o limite do nível equivalente do ruído ao qual

uma pessoa poderia estar sempre exposta é 65 dB(A). Acima de 60 dB o barulho é

considerado como incomodativo. Acima de 75 dB(A), começa a acontecer o

desconforto acústico, ou seja, para qualquer situação ou atividade, o ruído passa a ser

um agente de desconforto. Nessas condições há uma perda da inteligibilidade da

linguagem, a comunicação fica prejudicada, passando a ocorrer distrações,

irritabilidade e diminuição da produtividade no trabalho. Acima de 80 dB(A), as

pessoas mais sensíveis podem sofrer perda de audição, o que se generaliza para níveis

acima de 85 dB (A).

Este impacto será adverso em todas as fases da obra e inevitável, embora possa ser

atenuado por medidas específicas. Ele é um impacto de ocorrência provável nas fases

de pré-projeto e projeto e certa nas outras fases, sendo temporário nas duas primeiras

fases e permanente na fase de operação. Sua abrangência será local e sua magnitude

e importância podem ser consideradas pequenas na fase de pré-projeto e projeto e

média na fase de implantação e alto na fase de operação, podendo se reverter a

médio caso as medidas mitigadoras previstas sejam implementadas.

16.1.4 PRODUÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS

Um dos grandes subprodutos da engenharia rodoviária como um todo é o entulho,

com restos de Fragmentos de asfalto, concreto, argamassa, aço e madeira, etc.,

provenientes do desperdício na construção, reforma e/ou demolição de estruturas.

Este material quando descartado nas construções, como material praticamente inerte,

sem a devida separação, pode causar ônus e problemas, pois seu volume que pode

chegar, a ocupar até 50% do volume total dos aterros públicos.

Além isto, as diversas destinações clandestinas do entulho causam problemas à

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saúde pública pela proliferação de insetos e roedores, problemas de deslizamentos de

encostas e ainda a obstrução do escoamento e conseqüentes inundações.

Preconiza-se a elaboração e implantação de um Programa de Gestão dos Resíduos da

Construção Civil no Canteiro de Obras produzindo benefícios à construtora, como

melhora nas condições de limpeza e higiene do canteiro, organização, diminuição dos

acidentes de trabalho, redução do consumo de recursos naturais, além estarem de

acordo com exigências legais tais como: Resolução CONAMA nº. 307/2002

– Gestão dos Resíduos da Construção Civil e Política Estadual de Resíduos

Sólidos – Lei nº. 13.557, de 17 de novembro de 2005, entre outras.

A Resolução CONAMA nº 307/2002 define, classifica e estabelece os possíveis

destinos finais dos resíduos da construção civil, além de atribuir

responsabilidades para o poder público municipal e também para os geradores de

resíduos no que se refere à sua destinação.

Os principais aspectos dessa resolução são os seguintes:

16.1.5 Definição e Princípios

Definição – Resíduos da construção e demolição são os provenientes da

construção, demolição, reformas, reparos e da preparação e escavação de solo.

Princípios – priorizar não-geração de resíduos e proibir disposição final em

locais inadequados, como aterros sanitários, em bota-foras, lotes vagos, corpos

d’água, encostas e áreas protegidas por lei.

16.1.6 Classificação e destinação

Classe A – alvenaria, concreto, argamassas e solos. Destinação:

reutilização ou reciclagem com uso na forma de agregados, além da disposição final

em aterros licenciados.

Classe B – madeira, metal, plástico e papel. Destinação:reutilização,

reciclagem ou armazenamento temporário.

Classe C – produtos sem tecnologia disponível para recuperação (gesso,

por exemplo). Destinação: conforme norma técnica específica.

Classe D – resíduos perigosos (tintas, óleos, solventes etc.), conforme NBR

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10004:2004 (Resíduos Sólidos –Classificação). Destinação: conforme norma técnica

específica.

16.1.7 RESPONSABILIDADES

Municípios - elaborar Plano Integrado de Gerenciamento, que incorpore: a

Programa Municipal de Gerenciamento (para geradores de pequenos volumes); b)

Projetos de Gerenciamento em obra (para aprovação dos empreendimentos dos

geradores de grandes volumes).

Geradores – elaborar Projetos de Gerenciamento em obra (caracterizando os

resíduos e indicando procedimentos para triagem, acondicionamento, transporte e

destinação).

Condições para o acondicionamento inicial, transporte interno e

acondicionamento final, detalhamento dos dispositivos e acessórios indicados para

viabilizar a coleta diferenciada, triagem e a limpeza da obra bem como indicação dos

fluxos dos resíduos no interior da obra;

Critérios para execução do transporte externo e destinação dos resíduos

gerados;

Organização do canteiro de obras visando a não geração de resíduos;

Considerações gerais sobre a possibilidade de reutilização ou reciclagem dos

resíduos dentro do próprio canteiro de obras;

Propostas de condições contratuais específicas para que empreiteiros e

fornecedores, de um modo geral, formalizem o compromisso de cumprimento dos

procedimentos propostos;

Planejamento das atividades a serem realizadas visando à implantação do

Projeto de Gerenciamento dos Resíduos em Obras.

Alguns dos resíduos da construção civil podem ser reaproveitados no próprio canteiro

de obras, como é o caso dos restos de tijolos, argamassas, cimento que podem ser

aproveitados em enchimento das laterais de muros de arrimo. Latas de tintas vazias

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são aproveitadas como baldes p. ex: para acondicionamento de resíduos, ou na

própria obra para transporte de materiais.

Além disso, outros usos podem ser sugeridos no Program de Gerenciamento dos

Resíduos do canteiro, como: o escoramento de madeira usado para execução das

estruturas pré-moldadas é gerado em pequena quantidade, sendo que os restos

podem ser disponibilizados para uso como lenha p. ex. nas padarias e pizzarias;

embalagens de papelão e plásticos podem ser doadas a instituições de caridade ou

encaminhadas a recicladores licenciados, e sobras de aço podem ser vendidas.

16.1.8 PRODUÇÃO DE EFLUENTES LÍQUIDOS

A organização do canteiro de obra dentro dos princípios da sustentabilidade em

conformidade com a resolução do Conama 307 de julho de 2002 e com a ABNTNBR

15112:2004 e 15113:2004. Resíduos da construção serão direcionados para aterro

de resíduos da construção civil e de resíduos inertes, classificados como A e B,

definidos pela Resolução CONAMA nº 307 de 05 de julho de 2002 e certificados

pelos órgãos ambientais que neste caso serão destinados a Recuperadora de

Resíduos da Construção Civil, na cidade de Porto Velhoo. Para atender as normas da

legislação vigente, deverá implantado um Programa Integrado

de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil.

Para tratamento dos efluentes líquidos do canteiro de obras, deverão ser instalados

conjuntos de fossa séptica e filtro anaeróbio e/ou implantação de banheiro ecológicos.

Este impacto será adverso em todas as fases da obra e inevitável, embora possa ser

atenuado por medidas específicas. Ele é um impacto de ocorrência provável nas fases

de implantação e operação, sendo temporário na primeira fase

Permanente na fase de operação. Sua abrangência será local e sua magnitude e

importância podem ser consideradas de pequeno impacto na fase de implantação e

pequena na fase de operação, podendo se reverter a quase nulo caso as medidas

mitigadoras previstas sejam implementadas.

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16.1.9 INÍCIO E/OU ACELERAÇÃO DE PROCESSOS EROSIVOS

Os trabalhos de terraplenagem, particularmente quando realizados em áreas

suscetíveis a fenômenos (solos erodíveis, etc.) e ainda mais, quando serviços forem

executados em períodos de maior pluviosidade, serão os responsáveis maiores pela

significância deste impacto, que será sentido não só ao longo da área diretamente

afetada pelas obras, mas também junto às áreas de obtenção de materiais de

construção (caixas de empréstimo).

Ao longo do projeto, o segmento que compreende as duas margens do Rio Madeira, é

a que suscita maiores cuidados durante a execução da obra, devido ao histórico de

instabilidade dos barrancos, e por se localizar em área com declividade mais

acentuadas.

Durante o período de operação esse impacto deverá ter seus efeitos extremamente

reduzidos, desde que a recuperação vegetal dos taludes de corte e aterros seja

efetuada como previsto e os serviços de manutenção técnica e ambiental sejam

atuantes como se espera e como presvisto no Projeto Ambiental da Obra

Então este impacto será adverso e inevitável em todas as fases, mas em todas elas,

atenuável. Ele será temporário nas fases de projeto e construção, mas permanente na

fase de operação e local em todas as fases. Sua magnitude e importância, podem ser

consideradas pequenas nas fases de pré-projeto e projeto e de operação e médias na

fase de construção.

16.1.10 CARREAMENTO DE SÓLIDOS E ASSOREAMENTO DA REDE DE DRENAGEM

Este impacto é, na verdade, uma seqüência e até certo ponto, conseqüência do

impacto anterior. O material exposto pela terraplenagem é retirado pelas águas

pluviais e corrente , será transportado e depositado em locais mais baixos, indo, em

última instância, até os cursos de drenagem.

Ao atingir os rios e igaraés, parte do material (de granulometria mais grosseira)

deposita-se imediatamente no fundo, enquanto que a porção mais fina permanece

em suspensão por longo tempo, sendo transportada a maiores distâncias ao longo

do canal fluvial.

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Esse impacto ocorrerá, principalmente, em função dos movimentos de terra, durante a

fase de obras nas atividades de cortes e aterros necessárias para implantação da

rodovia.

Os projetos de engenharia e estudos geológicos deverão prever enrocamento de

proteção convenientemente dimensionados que funcionem como anteparo e filtro,

evitando a remoção e careamento de materiais em todos os locais onde as águas

atingem permanente ou periodicamente os aterros.

No caso de áreas suscetíveis a alagamentos, os estudos de hidrologia deverão

fornecer as alturas e periodicidades previstas de alagamento que, por sua vez,

indicarão a necessidade ou não de proteção especial.

Outras importantes fontes de sedimentos a serem carreados são as jazidas, os

botaforas e, em menor proporção, as pedreiras.

Devem ser citadas também as escavações necessárias a construção das obras de

arte correntes e especiais, bem como os aterros de acesso às mesmas, não tanto por

seus volumes mas principalmente, por sua proximidade aos cursos d’água.

De mesmo modo que para o impacto anterior, o carreamento de sólidos com

possibilidade de assoreamento da rede de drenagem, acontece mais

significativamente durante a fase de obras, quando os movimentos de terra são

maiores, principalmente se ocorrerem durante a estação chuvosa e mais branda

durante a operação, quando poderão ocorrer casos de erosão ou deposição nas

margens dos cursos d’água interceptados, se forem negligenciadas as atividades de

monitoramento e de manutenção rodoviária e ambiental.

Este impacto será adverso e de ocorrência certa; inevitável, mas atenuável, e local

em todas as fases da obra; temporário nas duas primeiras e permanente na última,

mas com magnitude e importâncias pequenas, em razão da possibilidade de

mitigação efetiva.

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16.1.11 MODIFICAÇÃO DA QUALIDADE DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS E

SUBTERRÂNEAS

Este impacto poderá ocorrer em duas situações distintas: primeiramente, durante a

fase de obras deve-se considerar além das possibilidades de geração de sedimentos e

assoreamento dos cursos de drenagem, ainda a de vazamentos de efluentes de

garagens e oficinas (óleos e graxas), além de águas servidas (fossas e caixas de

gordura).

Em uma segunda etapa, durante a operação do empreendimento, considera-se a

possibilidade de acidentes com vazamento de cargas, nas proximidades dos cursos de

drenagem atravessados, agravando-se quando do envolvimento de cargas perigosas,

que podem provocar a contaminação de águas superficiais e subterrâneas.

Em função de todos esses fatos, pode-se classificar este impacto como adverso,

atenuável, temporário, de ocorrência provável e de efeito regional, em conseqüência,

magnitude e importância pequena, nas fases de projeto e obras. Na fase de operação,

o mesmo se torna de ocorrência improvável, de efeito regional tendo, em

conseqüência, magnitudes e importâncias pequenas.

16.1.12 DESAPROPRIAÇÕES

Como qualquer intervenção viária independente de sua localização, a construção da

Ponte sobre o Rio Madeira e acessos, situa-se próximas ao centro da cidade de Porto

Velho, gera impactos significativos no meio urbano, por estar voltado ao

desenvolvimento de infraestrutura de uma rodovia federal que intercepta a cidade,

influindo assim, no transporte local.

A área do Projeto é composto pela faixa de domínio da rodovia e demais elementos,

assim como interseções e os acessos à ponte.

Esses impactos reformulam a localidade e a região, ao estabelecerem diretrizes para a

ocupação do local através da ocupação do espaço urbano e do deslocamento da

população residente. As modificações necessárias resultam de um processo

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minucioso de estudo da Equipe Técnica da empresa executora da obra, que visa

mudanças menos traumáticas para o município. Porém, é inevitável que essas

intervenções sejam, desde positivas, como a valorização dos imóveis próximos à

melhoria da infraestrutura urbana e das condições da mobilidade urbana da cidade, e

como negativas, pelo aumento do fluxo de veículos, do nível de ruído e

desestruturação de convívio das famílias atingidas imediatamente pelo projeto.

Inicialmente as áreas desapropriadas, bem como as áreas dos terrenos, basearam–se

no levantamento topográfico realizado em campo e no espelho dos estudos de

Desaropriação fornecido pelo DNIT, Tráfego o e Meio Ambiente, com a identificação

das matrículas e dos proprietários dos lotes. Identificados, inclusive, na planta do

projeto geomérico.

Posteriormente, quando da elaboração do Estudo de Desapropriação propriamente

dita, foi realizada visitas a campo, nas duas áreas afetadas nos dois acessos da ponte,

lado direito e esquerda do Rio Madeira, visando verificar a possibilidade ou não da

implantação do projeto no determinado local, ouvido os moradores dos locais dos

acessos da ponte.

Na finalização do Projeto de Desapropriação para apresentação do Estudo de Impacto

de Vizinhança foram identificadas nas duas margens, 04 edificações do lado esquerdo

a ser desapropriada por ter escritura pública, 58 famílias a serem indenizadas e 168

famílias a serem reassentadas no conjunto habitacional que está sendo construído. A

área total a ser desapropriada, corresponde a área de vizinhança Imediata, ou seja,

de 9,835 ha.

Esse impacto é considerado inevitável, de magnitude grande, e ocorre,

especialmente, na fase de projeto e execução dos melhoramentos, fato que só agora

está sendo resolvido, através do pagamento das desapropriações, indenizações e

reassentamento das famílias que otaram por esta modalidade. A este respeito, o

processo licitatório para construção do conjunto hbitacional das famílias que serão

reassentadas está concluído e a construtora vencedora do certame iniciará as obras

entre os meses de abrail e maio, início do verão na região..

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16.1.13 INTERVENÇÃO VIÁRIA

Este impacto deverá ocorrer em três situações distintas:

a etapa de projeto, prevê-se que alguns dos trabalhos de campo, como as

pesquisas de tráfego, principalmente, os que interfiram no tráfego local, causando

interrupções parciais da pista;

Nas fases de mobilização e execução, a movimentação dos caminhões

equipamentos utilizados durante as obras;

Na circulação dos operários em atividade poderão gerar filas e transtornos ao

transito.

Por outro lado, na fase de operação, quando a via estiver liberada ao tráfego serão

sentidos os benefícios proporcionados pelo projeto, entre os quais cabe destaca a

trafegabilidade mais rápida e segura na travessia do rio madeira, que hoje é realizada

por balsa, evitando o congestionamentos de veículos que dependem da balsa para

atravessar o rio rumo à cidade Humaitá, no estado do Amazonas e reduzindo o stress

dos usuários que aguardam 30 a 45 minutos para ir de um lado para o outro.

Em síntese, pode-se concluir que este impacto de ocorrência certa, será adverso,

temporário e local na fase de construção, tendo magnitudes e importâncias médias

nessa fase e benéfico, permanente e nacional por interligar o Amazonas aos demais

Estados da Federação na fase na fase de operação, quando terá magnitude e

importância bem significativas, principalmente, para esta região que ficará

interligada ao Caribe através da BR- 174/AM.

a) Localização dos acessos e saídas de veículos e pedestres

A contrução da ponte sobre o Rio Madeira será composto pelas seguintes

intervenções:

Construção do acesso da margem direita do Rio Madeira, área mais habitada,

que é o prolongamento final da Avenida dos Imigrantes;

Construção da estrutura da ponte propriamente dita;

Construção do acesso da margem esquerda do Rio Madeira, área menos

habitada, que é apenas uma extensão da cabeceira da ponte para encaixamento

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do novo traçado com a pista existente.

Os veículos que tiverem seu destino à cidade de Humaitá no Estado do

Amazonas e futuramente à capital Manaus, quando concluída a obra de

Reconstrução da BR-319.

b) Quantidade de viagens no sistema atual e projetada, e sua distribuição

através do novo emprendimento.

acesso que hoje movimenta em média e dias normais: 165 veículos pequenos,

90 veículos médios e 180 veículos pesado. Ao passo que em dias de pico(época da

safra de soja) são: de 220ª 250 veículos pequenos, 100 a 150 veículos m~edios e

de 180 a 250 de veículos pesados.

c) Identificação das áreas de acúmulo de veículos e respectivos bloqueios.

Na margem Direita - O acumulo de veículos atualmente se dá em 01(um)

ponto estrangulante mesmo, que foi objeto das contagem de veículos para este

levantamento:

1. Entroncamento que coincide com o final do acesso na margem direita,

praticamente próximo ao encontro da cabeceira da ponte. Nete local há veículos que

acessam ao pátio da fogás(um posto de revenda), os que acessam à CARGIL(silos

para armazenamento de soja) e os veículos que fazem filas intermináveis

aguardando a balsa para atravessar, além dos ônibus de linha urbana que não

conseguem mais chegar até esse ponto para fazer o reorno;

Na margem Esquerda - O acúmulo de veículos atualmente se dá também em

01(um) de menos conflito, que foi objeto das contagem de veículos para este

levantamento:

1 – É na rampa de acesso à balsa, pois os veículo que retornam para Porto

Velho, ficam enfileirados aguardando a balsa para atravessar o rio.

Essa conjugação de tráfego de conflito maior se confirma mais no entroncamento da

margem direita do rio madeira, uma vez que nos horários de pico, a geração

deste tráfego conflituoso, se torna mais precário que até os ônibus de linha urbana

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são impedidos de circular por não ter condições de fazer qualquer retorno, nesta àrea

de Vizinhança Imediata.

16.1.14 EFLUENTES DE DRENAGEM DE ÁGUAS PLUVIAIS GERADAS

É comum o registro de precipitações mais intensas, com prejuízos materiais de monta

e risco de às populações Assim, no contexto de uso e ocupação do solo do Município de

Porto Velho, faz-se necessário que para os novos empreendimentos que venham a

impermeabilizar grandes áreas, seja calculado e dimensionado o volume gerado de

efluentes de drenagem pluvial após a impermeabilização, apresentando a melhor

solução para evitar agravamento da situação de escoamento e absorção das águas

pluviais.

A drenagem superficial utiliza dispositivos para conduzir a água que escoa

superficialmente na plataforma da via, para preservar o pé de corte de atero e o corpo

da via.

A drenagem profunda, através de galerias, visa garantir um perfeito e rápido

escoamento das águas até um ponto de descarga (rios, valas).

O empreendimento não gerara outro tipo de efluente.

16.2.15 GERAÇÃO DE EMPREGO E RENDA

Um dos primeiros impactos observados na fase de implantação da obra, é a abertura

de novos postos de trabalho. Trata-se, neste caso, dos empregos diretos abertos na

construção civil, e dos empregos indiretos que serão gerados em função do aumento

da movimentação econômica. Principalmente nos ramos do comércio materiais de

construção, indústria de transformação e de produção de matérias primas, assim

como para a contratação de serviços de terceiros nas áreas de transporte,

alimentação, limpeza, segurança, dentre outros.

A geração de empregos é um evento certo, de natureza positiva. A essa criação de

empregos corresponderá um aumento da massa salarial que, em função do volume

envolvido, terá reflexos significativos na Área de Vizinhança Imediata do

empreendimento.

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O Total de investimento previsto para implantação da obra após a 2ª Revisão de

Projeto em Fase de Obra passou do valor inicial de R$ 209.130.945,15(duzentos e

nove milhões, cento e trinta mil reais, novecentos e quarenta e cinco reais e quinze

centavos), para R$ 247.553.097,27(duzentos e quarenta e sete milhões, quinhentos e

cionqurenta e três mil, noventa sete reais e vinte sete centavos), ou seja, teve um

incremento de 18,37% sobre o valor inicial do projeto.

Assim posto, o projeto de construção da ponte sobre o Rio Madeira, se compõe dos

seguintes serviços mostrados na tabela III, a seguir:

17.0 TABELA III – SERVIÇOS PRINCIPAIS E CUSTOS DA CONSTRUÇÃO DA

PONTE SOBRE O RIO MADEIRA E ACESSOS

Item Serviços Valor – R$ 01 Serviços Preliminares 7.402.194,63 02 Sondagens 2.921.994,73 03 Mudanças do Acesso a Frente do Serviço 4.013.116,61 04 Acessos

- Terraplenagem 743.465,10 - Pavimentação 216.024,20 - Aquisição Material Betuminoso 117.772,38 - Transporte Material Betuminoso 117.679,43

05 Drenagem 508.463,77 06 Sinalização e Obras Complementares 1.858.279,50 07 Proteção Ambiental 109.854,97 08 Obra de Artes Especiais

- Trecho Convencional Infraestrutura 37.138.572,80 Mesoestrutura 4.974.554,94 Superestrutura 20.985.158,28 Encontros 606.544,59

09 Acabamentos 944.157,36 10 Trecho Balanço Sucessivos

- Infraestrutura 36.986.745,05 - Meso estrutura 2.542.275,62 - Pilares Provisórios 0,00

- Superestrutura 23.194.202,42 - Acabamentos 497.812,39 11 Dolfins nos Apoios Centrais - Infraestrutura dos Dolfins 65.211.693,70 12 Apoio Náutico 36.462.524,80 Total Geral 247.552.797,27

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18.0 PROJETO DE REURBANIZAÇÃO

A Limpeza dos canteiros de obra que se encontram em área de Vizinhança direto e

imediata e o projeto de recuperação destas áreas estão previstos no componente

ambiental do projeto e correspondem a um investimento de R$ 109.854,97 (cento e

nove mil, oitocentos e cinquenta e quatro mil e noventa e sete centavos), sendo que

os maiores gastos são os que envolvem matérias de concreto armado, mais

precisamente as infraestruturas, meso-estrutura, superestruturacomo e apoio Náutico.

19.0 CARACTERÍSTICA DA VIZINHANÇA DO EMPREENDIMENTO QUANTO AO

ESPAÇO URBANO.

Para caracterizar bem a área de Vizinhança do projeto de Construção da Ponte sobre

o Rio Madeira e acessos em relação ao espaço urbano, foram feitas visitas in loco e

consultas bibliográficas em organismos oficiais, assim como: IBGE e INCRA,

contribuíram sobremaneira na elaboração deste item.

19.1 Característica do Espaço urbano

Uso e ocupação do solo

De acordo com o zoneamento sócio-econômico-ecológico de Rondônia (ZSEE/R,2000),

escala 1:250.000, o município de Porto Velho se encontra dividido em quatro

subzonas, conforme mostradas no mapa abaixo:

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Mapa - Zoneamento sócio-econômico-ecológico de Rondônia (município de Porto

Velho)

PORTO VELHO (sub-zonas 1.2, 1.3, 2.1, 2.2, 3.1, 3.2, 3.3) 34.068,50 Km²

Porto Velho é o maior município, em extensão, do Estado de Rondônia ocupando todo

o seu extremo norte-noroeste. Por abrigar a Capital e todo o seu contexto

político-administrativo estadual, atraiu para si a atenção de incontáveis brasileiros de

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todas as regiões do País, que vieram em busca de oportunidades. O resultado foi um

crescimento desordenado, principalmente, de sua área urbana.

A partir do final da década de 70, Porto Velho conta com uma população, entre

residente e flutuante, de aproximadamente, 400.000 habitantes. Porto Velho é o

exemplo típico do que foi dito a respeito das terras descontinuas do ZSEE-RO, pois

nele se encontram as mais diversas zonas e sub-zonas do ZSEE-RO, sendo que em

maior extensão estão as sub-zonas 1.2, 1.3, e 2.1. No município de Porto Velho ainda

se encontram sub-zonas que compõe a Zona 3 que são áreas institucionais,

protegidas, de uso restrito e controlado e ainda terras indígenas.

A sub-zona 3.1 são destinadas as Unidades de Conservação de Uso Sustentado, por

serem áreas que permitem compatibilizar a conservação da natureza com o uso

sustentável de parcelas dos recursos naturais, destacam-se no Município, Floresta de

Rendimento Sustentado Rio Vermelho B, Rio Vermelho C, Rio Madeira A, Rio Madeira

B, Rio Machado, Reserva Extrativista Jaci Paraná, Cuniã; A Sub-zona 3.2 são áreas

destinadas as Unidades de Conservação de Proteção Integral pois tem por objetivo

básico a preservação da natureza, sendo permitido apenas o uso indireto dos

recursos naturais. No Município são representadas pelas: Estação Ecológica Três

Irmãos, Mujica Nava, Cuniã I, Cuniã II, e Floresta Nacional do Bom Futuro.

O espaço urbano onde se situa o empreendimento, tanto ma margem direita e

esquerda, é um espaço pertencente a Área de Preservação Permanente - APP e a Área

de Proteção Ambiental do Rio Madeira – APA. Pela margem direita do Rio Madeira,

abrange parte dos bairros São Sebastião(Balsa) e Panair, onde estão instados 3(três)

grandes empreendimentos: Porto Graneleiro de Porto Velho, CARGIL Companhia de

Armazenagem de Soja e a Fogás – revendedora de gás de cozinha. Entre o Porto

Graneleiro de Porto Velho e a CARGIL, encontra-se O Lago dos Milagres que necessita

de recuperação, em razão do seu estado de poluição decorrente de dejetos

direcionados pela população residente no seu entorno e pela CARGIL com o

carreamento de da soja derramada em estado de putrefação.

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O remanejamento da população de entorno do Lago dos Milagres não será suficiente

para restaurá-lo ou urbanizá-lo, é necessário que a CARGIL invista em equipamento

menos poluentes, principalmente, o de contenção de poeira que vem afetando a

população com doenças respiratórias, bem mais do que os efeitos da própria obra,

tendo em vista que esse impacto criado pela CARGIL é permanente.

Por ser próximo do Rio Madeira , esta área delimitada como sendo de vizinhança

direta e imediata, é susceptível a alagações influenciada pelos níveis de máximas e

mínimas do Rio Madeira. O solo faz parte de um complexo alagadiço de estrutura de

baixa resistência.

Pela margem esquerda do Rio Madeira, mesmo sendo área de expansão da área

urbana conforme o Plano Diretor do município, ainda apresenta um espaço pouco

habitado, possivelmente em razão da falta de regularização destas áreas que são

remanescentes de área rural, pela falta infraestrutura de equipamentos sociais e da

dificuldade de transporte que ainda é realizado por Balsa.

19.2 Equipamentos Públicos de Infraestrutura

Entende-se por Equipamento Públicos de Infraestrutura, aqueles serviços que o poder

público disponibiliza à população, visando o bem estar social, sendo nesta caso os

relacionados aos saneamento básico. Para identificar a existência ou não destes

serviços foi aplicados na Área de Vizinhança Direta e Imediata 150(cento e cinqüenta)

questionário estruturados contendo perguntas acerca dos serviços que serão

comentados a seguir:

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19.2.1 Rede de Água

Margem Direita – Área mais habitada, aqui foram consultadas aleatoriamente

130(cento e trinta) famílias, sendo 100(cem) na Área de Vizinhança Imediata e

30(vinte) na Área de Vizinhança Direta, obtendo o seguinte resultado:

As 130(cento e trinta) famílias, responderam que são bem atendidos com água

tratada da CAERD – Companhia de Águas e Esgoto de Rondônia.

Margem Esquerda - Área menos habitada aqui foram consultadas aleatoriamente

20(vinte) famílias, sendo 15(quinze) na Área de Vizinhança Imediata e 5(cinco) na

Área de Vizinhança Direta, obtendo o seguinte resultado:

As 20(vinte) famílias, responderam que não tem água potável, o abastecimento

ocorre por intermédio de poços ou cacimbas, assim denominado por eles. Esta

informação confirma que as características são mais rurais ou ribeirinhas, embora

estejam bem próximos da área urbana de Porto Velho, separados apenas pelo Rio

Madeira.

19.2.2 Rede de Esgoto

Margem Direita – Áreas mais habitadas, das 130(cento e trinta) famílias

consultadas aleatoriamente, 100(cem) na Área de Vizinhança Imediata e 30(vinte) na

Área de Vizinhança Direta, obtendo o seguinte resultado:

As 130(cento e trinta) famílias, responderam que não são atendidas com rede de

esgoto, utilizam meios alternativos construídos no fundo do quintal, ou seja, fossa

séptica.

Margem Esquerda - Área menos habitada, também foram consultadas

aleatoriamente 20(vinte) famílias, sendo 15(quinze) na Área de Vizinhança Imediata

e 5(cinco) na Área de Vizinhança Direta, obtendo o seguinte resultado:

A exemplo da margem direita, as 20(vinte) famílias, responderam que não são

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atendidas com rede de esgoto, e utilizam o mesmo meio alternativo construídos no

fundo do quintal, ou seja, fossa séptica.

19.2.3 Rede de Drenagem Pluvial

Margem Direita – Mesmo sendo uma área urbana, das 130(cento e trinta) famílias

consultadas aleatoriamente, 100(cem) na Área de Vizinhança Imediata e 30(vinte) na

Área de Vizinhança Direta, responderam o seguinte:

Ainda não passou a canalização para coleta de águas das chuvas. Toda a água das

chuvas descem para a região mais baixa, ou seja, toda água das chuvas da Área de

Vizinhança Imediata é direcionada para o Lago dos Milagres situado ao lado esquerdo

sentido centro – Rio Madeira, e da Área de Vizinhança Direta é direcionada para outra

região baixa situada entre a Avenida Farquar e Avenida dos Imigrante que têm

ligação direta com o Rio Madeira.

Margem Esquerda – Por ser uma área menos habitada, as 30(trinta) famílias

consultadas aleatoriamente responderam:

Que desconhecem esse tipo de serviço.

19.2.4 Rede Energia Elétrica

Margem Direita – Todas as 130(cento e trinta) famílias consultadas aleatoriamente,

tanto Área de Vizinhança Imediata e Direta responderam:

Que são bem atendidas com energia elétrica.

Margem Esquerda – Mesmo sendo uma área menos habitada, as 30(trinta) famílias

consultadas aleatoriamente responderam:

Que existe uma linha de energia elétrica monofásica vinda do conjunto de

habitacional que a empresa Santo Antônio Energia construiu para as famílias que

foram desapropriadas por conta da construção da Usina.

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19.2.5 Coleta de Lixo e sua Destinação

Margem Direita – Todas as 130(cento e trinta) famílias consultadas aleatoriamente,

tanto Área de Vizinhança Imediata e Direta responderam:

Que o atendimento desse serviço é muito precário, os carros de coleta de lixo

passam uma vez e outra sem cronograma determinado. Quanto a destinação o lixo

coletado é depositado no Lixão, que é um depósito sem nenhum meio de tratamento.

Margem Esquerda – Mesmo sendo uma área menos habitada, as 30(trinta) famílias

consultadas aleatoriamente responderam:

Que não existe esse tipo de serviço, todo lixo produzido é jogado no mato ou

amontoado em algum local para incineração posterior.

20.0 Equipamentos Públicos de Uso Comunitário

20.1 Educação

A seguir são apresentadas as tabelas 31, 32, 33 e 34, que mostram os indicadores do

setor educacional no município de Porto Velho, de acordo com a SEDUC (Secretaria

de Estado da Educação de Rondônia):

Tabela IV - Escolas e salas de aula por dependência administrativa,

ano 2000

Discriminação Urbana Rural Escolas Salas Escolas Salas.

Discriminação

Urbana Rural

Escolas Salas Escolas Salas

Federal - - - -

Estadual 68 945 1 32

Municipal 39 377 161 260

Particular 66 635 - -

TOTAL 173 1.957 162 292

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Tabela V - Matrícula inicial segundo a zona e dependência

administrativa, ano 2000

Discriminação Federal Estadual Municipal Particular

Pré-escola 0 3.005 1.418 3.834

Alfabetização 0 331 26 1.329

Ensino Fundamental 0 46.195 21.326 9.488

Ens. Fund. 1ª a 4ª 0 21.462 4.904 4.548

Ens. Fund. 5ª a 8ª 0 8.683 872 2.740

Ensino médio 0 323 0 122

Educação especial 0 222 0 53

Ed. Esp.

Fundamental

0 21.209 2.580 1.690

Fonte: Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais

(INEP/MEC)

Tabela VI - Matrícula inicial segundo a zona e dependência

administrativa, ano 2001

Discriminação Federal Estadual Municipal Particular

Creche 0 508 358 874

Pré-escola 0 1.625 1.709 4.366

Alfabetização 0 555 5.492 1.911

Ensino Fundamental 0 44.404 18.959 9.514

Ens. Fund. 1ª a 4ª 0 22.632 13.990 5.142

Ens. Fund. 5ª a 8ª 0 21.772 4.969 4.372

Ensino médio 0 8.923 520 2.849

Educação especial 0 339 0 127

Educação Esp.

Fundamental

0 19.348 0 72

Fonte: Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais

(INEP/MEC)

Tabela VII - Professores atuantes segundo a zona e dependência

administrativa, ano 2000

Discriminação Federal Estadual Municipal Particular

Urbana 0 2.324 750 956

Rural 0 63 328 0

Total 2.387 1.078 956

Fonte: Fonte: Divisão de Estatística e Pesquisa Educacional, da SEDUC

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A visita in loco e o resultado da pesquisa realizada com 150(cento e cinquenta)

famílias, das Áreas de Vizinhança Imediata e Direta, sendo 130(cento e trinta) da AVI

e 20(vinte) famílias da AVD se obteve o seguinte resultado:

Margem Direita – Para os alunos do ensino fundamental torna-se bem mais cômodo

pela distância atravessar o Rio Madeira e estudar na Escola de Ensino Fundamental

de 1ª a 4ª série, situada ao lado direito da cabeceira da ponte da margem esquerda

do rio. Os alunos do ensino Fundamental de 4ª a 8ª séries são atendidos pela escola

Castelo Branco situado na Av. Farquar e os alunos que cursam o 2º grau são

atendidos pelo Colégio Carmela Dutra, também situado na Av, Farquar.

Margem Esquerda – Os alunos de 1ª a 4ª séries do Ensino Fundamental residentes

na AVI e AVD, estudam na Escola Ermelindo Monteiro Brasil situada ao lado direito da

cabeceira da ponte, Os alunos que cursam o 2º graus, necessariamente atravessam o

Rio Madeiras e caminham aproximadamente 3 km até o colégio Carmela Dutra

Escola de Ensino fundamental de 1ª a 4ª séries: Escola Rural ERMELINDO MONTEIRO

BRASIL – Na Margem esquerda.

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20.2 Cultura

O potencial de informações para a pesquisa Arqueológica Histórica remete a períodos

e tipos distintos de ocupação humana colonial e pós-colonial, iniciada com a

instalação dos primeiros núcleos coloniais no Brasil, podendo direcionar-se ao estudo

dos restos materiais correspondentes, tais como ao processo de organização da

infraestrutura de defesa do território recém-colonizado; da criação das primeiras

missões religiosas; da implantação dos ciclos da agroindústria canavieira e cafeeira,

e em um contexto mais próximo, dos reflexos do desenvolvimento industrial e

consequentemente do incremento das técnicas produtivas, de transporte e de

comunicação.

Essas amplas e ricas potencialidades de temáticas que se apresentam à Arqueologia

Histórica promoveram uma subdivisão em áreas mais específicas de estudo, como é

o caso da Arqueologia Histórica Colonial e Missioneira e da Arqueologia Industrial,

com suas metodologias próprias, mas fundamentadas nos princípios de sua matriz

teórica.

A Linha Telegráfica implantada pelo Marechal Rondon, na primeira década de 1900,

ligando Cárceres/MT à Vila de Santo Antônio/RO, localizada na margem direita do rio

Madeira e à montante da cidade de Porto Velho em 8 quilômetros, mais a construção

da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré, no final do século XIX, estão ligadas

diretamente à exploração e comércio da borracha na Amazônia e à redefinição do

mapa político da América Latina no século XIX. A construção da Estrada de Ferro

Madeira-Mamoré deu origem a um novo quadro geopolítico, em função das relações

internacionais na América Latina, possibilitando a ocupação da Amazônia,

principalmente do noroeste amazônico. É nesse contexto que o vale do Madeira

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torna-se um pólo de atração dos interesses de outras nações devido à extração e

comércio da borracha na região, além de outros produtos de interesses menores,

uma vez que essa busca de produtos da floresta também criava uma estrutura de

comércio de seus produtos manufaturados.

A Ferrovia Madeira-Mamoré foi concluída e inaugurada em 1912, quando o próprio

negócio que lhe deu origem, o transporte de borracha, declinava. Nos primeiros anos

de

funcionamento da ferrovia começam a surgir em seu entorno vários aglomerados

humanos, com ruas, prédios, casas, possibilitando assim a povoação ao longo da

linha de trem. A própria cidade de Porto Velho foi construída em função da

insalubridade da vila de Santo Antônio. A retomada definitiva da ocupação territorial

do antigo Território Federal do Guaporé, que mais tarde passa a ser chamado de

Território Federal de Rondônia e posteriormente, em dezembro de 1981,

transformou-se no que hoje chamamos de Estado de Rondônia, deu-se com a

abertura da rodovia federal, a BR 364, no final da década de 60. Posteriormente, num

processo de integração nacional, o governo militar interligou o que era no momento,

o Território Federal de Rondônia com a cidade de Manaus, através da BR 319.

Em 25 de maio de 1966, o governo militar de Castelo Branco, instituiu o Decreto nº

58501, que desativava a ferrovia Madeira-Mamoré, sendo que em 1972 essa lendária

ferrovia é extinta e seus bens leiloados. Ao longo do governo de Jorge Teixeira dois

trechos foram reativados, para fins turísticos: Porto Velho a Santo Antônio e Guajará

Mirim ao Iata. No momento encontram-se desativados. O conjunto de bens referentes

à Estrada de Ferro Madeira-Mamoré passa hoje a fazer parte do patrimônio histórico

de Rondônia. Presentes ainda no cotidiano da população, estes bens são encontrados

dispersos pelos núcleos urbanos e floresta sem um percurso de 366 km, como

locomotivas e outros veículos além das estações, casas, galpões, pontes metálicas,

caixas d’água, bueiros, entre outros.

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A ocupação territorial passou por momentos de instabilidades tanto a nível mundial

quanto à instabilidade econômica em nível de Brasil. No início da colonização o ouro

em Vila Bela da Santíssima Trindade, capital da Província de Mato Grosso, trouxe

pequenas vilas que, por resistência dos índios da orla do rio Madeira e com o declínio

do metal, estas vilas não foram em frente. Com a procura das drogas do sertão como

a poaia, e mais tarde, especificamente, a borracha, em dois ciclos, Rondônia teve um

crescimento, até o momento em que a descoberta de uma jazida de cassiterita, na

década de 50, fez com que na década seguinte ocorresse um novo fluxo migratório.

No momento da consolidação da BR 364, o governo federal começa a distribuir terras,

o que provoca uma grande migração de brasileiros de todas as outras unidades da

federação, seguindo e buscando um novo Eldorado, junto com o contingente

destinado a desbravar a mata para a fixação do homem no campo, O ouro é

descoberto no leito do rio Madeira no final da década de 70 e início da década de 80.

Este foi o último fluxo de migrantes que aportaram por aqui.

A história regional não pode ser contada sem lembrar que toda a ocupação deu-se

inicialmente através da navegação, que hoje ainda a navegação ainda é forte e que a

calha do rio Madeira, mais que nunca, continua a escrever sua história.

20.3 Saúde

A seguir são apresentadas tabelas 27, 28 e 29, que mostram como se comportam os

Indicadores de saúde no município de Porto Velho.

Tabela VIII - Estabelecimentos de Assistência à Saúde

Estabelecimentos Quantidades

Unidade de Saúde da Família 13

Posto de Saúde 24

Centro de Saúde/ Unidade Básica 8

Policlínica 5

Consultório Isolado -

Unidade Móvel Terrestre 1

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Clínica Especializada/ Amb. de

Especialidade

4

Unidade de Vigilância

Sanitária/Epidemiologia

1

Unidade de Apoio Diagnose e Terapia

(SADT isolado)

29

Unidade Mista -

Pronto Socorro Geral 1

Pronto Socorro Especializado 1

Hospital Geral 13

Hospital Especializado 2

TOTAL 102

Fonte: Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CPMED), período

2000/2001

Tabela IX - Distribuição dos leitos existentes e participação no total

do Estado

Estabelecimentos Quantidades

Total %

SUS 385 18,87

Contratados 145 50,52

Privados 503 36,48

Total 888 25,81

Fonte: Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde – CPMED,

período 200-2001

Tabela X - Lâminas examinadas (Malária)

Estabelecimentos Quantidades

2000l 2001

Falciparum 2.845 2.469

Vívax 8.698 10.936

Falciparum + Vívax 59 25

Outras - 435

Negativas 78.140 58.307

Falciparum 2.845 2.469

TOTAL 69.742 72.172

Fonte: Fundação Nacional de Saúde (FNS)

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83

A visita in loco e o resultado da pesquisa realizada com 150(cento e cinquenta)

famílias, das Áreas de Vizinhança Imediata e Direta, sendo 130(cento e trinta) da AVI

e 20(vinte) famílias da AVD se obteve o seguinte resultado:

Margem Direita – Todas as famílias consultadas disseram que o atendimento

emergencial é feito no Posto Ana Adelaide localizado no Bairro Pedrinhas, vizinho aos

bairros Panair e São Sebastião e Balsa.

Margem Esquerda – Todas as famílias consultadas responderam que o único

atendimento que dispões é um posto de coleta de sangue para exame de malária. Os

demais casos tem que recorrer aos hospitais e postos de saúde mais próximos, no

caso o posto de saúde Ana Adelaide e o hospital de base.

21.0 Patrimônio Histórico e Área de Relevância Ambiental

Na tentativa de detectar a existência de possíveis sítios com menor visibilidade

arqueológica nas áreas de Vizinhança Direta e Imediata, ou seja, os locais mais

próximos à construção da ponte, foram realizados levantamentos bibliográficos

sobre a arqueologia da região, através da consulta de livros e revistas especializadas

e, principalmente, em documentários secundários, como relatórios elaborados em

pesquisas anteriores, assim como consulta oficial ao IPHAN - Instituto de Pré-História

Artístico Nacional, em Porto Velhos, cuja resposta detalhada está no sub-item 21.1.

No que diz respeito a Área de Relevância Ambiental, o empreendimento em si, assim

como as Áreas de Vizinhanças Direta e Imediata estão localizadas dentro da APA de

Porto Velho, bem como da APP.

As características ambientais, que envolvem a área onde será construída a ponte

sobre o rio Madeira têm limitações para uma ocupação humana, pois a topografia do

terreno na margem esquerda, mesmo sendo uma topografia de terreno parcialmente

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84

alto, é sedimentar e tem grandes áreas alagadas nas imediações. Pela margem

direita, a situação não é das melhores, pois os alagadiços são maiores que os da

margem oposta. Pela margem direita a ação antrópica foi muito intensa, com retirada

de sedimentos na área à montante, onde o Porto Fluvial da cidade foi implantado. Já

no trecho da BR 319, entre a Av. Farquar e a margem do Rio Madeira, foram

necessário grande volume de aterro, pois o citado trecho teve de cruzar grande área

alagadiça. O mesmo ocorreu com outros empreendimentos (FOGÁS e CARGIL), que

necessitaram de bastante aterro, uma vez que o terreno é muito baixo, sofrendo

sucessivos alagamentos.

Ainda pela margem esquerda, encontra-se um pequeno cemitério nas coordenadas S

08º 44’ 26.0” e W 063º 55’ 38.2”, com aproximadamente 30 enterramentos, com

vestígios de sepultamentos recentes. No eixo da BR 319, área de atracação da balsa,

há uma invasão de comércio e residências em ambas as margens. O cemitério está

localizado a aproximadamente a 250 metros desse ponto. Existem uma igreja e uma

escola de ensino fundamental, a Escola Rural ERMELINDO MONTEIRO BRASIL da

Prefeitura de Porto Velho, fundada em 31/03/90.

21.1 Bens Tombados ou Cadastrados pelo Patrimônio Histórico

Para confirma possíveis existências de matérias arqueológicos na AVD e AVI, foi

solicitado do Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN em

Rondônia, informações acerca do assunto. Em resposta informou que O “Programa de

Prospecções Arqueológicas da Ponte dobre o Rio Madeira – BR-319/RO, foi

identificado um sítio arqueológico na margem direita do citado rio, distando 150m a

partir da margem e 160m à direita da rodovia BR-319/RO, e que no momento estão

aguardando aguardando o projeto de resgate do referido sítio que ora está isolado

para execução desse serviço. Ainda informam que ambas as cabeceiras da ponte

foram realizadas prospecções arqueológicas numa área de 500m de largura por

1000m de comprimento e só foi identificado o sítio em referência.

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85

22.0 Sistema Viário e Transportes

A estrutura de transportes na área do empreendimento se caracteriza por duas

modalidades: o Rodoviário e Aquaviário.

22.1 Sistemas Rodoviário e Aquaviário.

O segmento onde a obra está sendo construída é parte integrante de 64,80 km finais

da BR-319/RO que inicia em Manaus e finaliza em Porto Velho, mais especificamente

no Trevo do Toque, entroncamento com a BR-364 área urbana de Porto Velho.

É um importante eixo rodoviário por interligar o Estado de Rondônia ao Amazonas,

por aqui passam rumo ao estado do Amazonas uma média diária de

aproximadamente 165 veículo pequenos(motocicletas), 90 veículos médios(carros de

passeios) e 180 veículos pesados(caminhões de carga) em época normal. E em

período de pico de safras e no verão quando o movimento aumenta, a quantidade de

veículos pequenos(motocicletas) sobe para 220 a 250/ dia, os veículos médios(carros)

de passeio) varia entre 100 e 150/ dia e os veículos pesados variam entre 180 a

250/dia.

A margem direita ainda recebe um acréscimo de movimento de veículos devido a

CARGIL que concentra a circulação de veículos pesado de transporte de soja. Em

período normal o movimento diurno das 6:00 às 1800 horas é de 150 a 200

veículos/dia. No período de 18:00 às 6:00 horas da manhã é de 120 a 160 veículos/dia.

No pico da safra este número de veículos é na média de 500 veículos/dia nos dois

períodos (diurno e noturno).

Todo este tráfego passa necessariamente pela BR – 364 oriundo de todos os estados

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86

da federação essa a até o entroncamento com a BR-319 no trevo do Roque, que a

partir daí percorre a área urbana de Porto Velho rumo ao Porto Graneleiro de Porto

Velho, à CARGIL e à Balsa que faz a travessia dos veículos que seguem para o

Amazonas.

O sistema aquaviário no local do empreendimento se limita à travessia do Rio

Madeira que dioturnamente atua transladando pessoas e veículos que residem em

Humaitá no Amazonas e os moradores de propriedades lindeiras da BR-319. O

movimento indireto de embarcações que interceptam a construção da ponte são

todos os barcos que transportam passageiro e cargas que se destinam à cidade de

Manaus e os moradores ribeirinhos dos distritos de São Carlos, Nazaré, Calama e

outros. Alia-se a este movimento de embarcações, as balsas que transportam soja

com destino ao porto de Itacoatira.

22.2 Sistema de Transporte Coletivo

Esta modalidade de transporte, basicamente, se resume aos ônibus interestaduais da

empresa EUCATUR que diariamente transporta passageiros à cidade de Humaitá no

Estado do Amazonas e vice-versa, e os ônibus de linha urbana que atuam,

principalmente, no atendimento aos bairros São Sebastião, Balsa e Panair, hoje muito

prejudicado em razão da impossibilidade de trafegar até o seu destino final(balsa),

devido ao grande movimento de veículos no local que impede de efetuar qualquer

retorno. Este particular, obrigou o ônibus que faz a linha Balsa em retornar 500

metros antes do ponto final, prejudicando sobremaneira todos os moradores que

dependem deste tipo de locomoção, moradores e estudantes que residem na

margem esquerda do Rio Madeira.

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23.0 Corpos Hídricos.

A rede hidrográfica do Estado de Rondônia é organizada a partir do rio Madeira e seus

afluentes, que formam, nas áreas de influência do empreendimento bacias dos rios

Madeira (alto curso), Abunã, Mutum-Paraná, Jaciparaná, Jamari e Machado (ou

Jiparaná).

23.1 Corpos Hidricos

O rio Madeira, principal afluente do rio Amazonas, tem 1.700 km de extensão em

território brasileiro e vazão média de 23.000 m3 por segundo. É formado pela

confluência dos Mamoré e Beni, originários dos planaltos andinos, e apresenta dois

trechos distintos em seu curso, denominados Alto e Médio/Baixo Madeira. O primeiro

trecho, de 360 km, que se estende até as proximidades da cidade de Porto Velho,

capital do estado, não apresenta condições de navegabilidade devido à grande

quantidade de cachoeiras existentes. São 18 cachoeiras ao todo, com desnível de

cerca de 72 metros e índice de declividade da ordem de 20 cm a cada quilômetro. O

Baixo Madeira, trecho em que o rio é francamente navegável, corre numa extensão

de 1.340 km, a partir da Cachoeira de Santo Antonio até sua foz, no rio Amazonas. O

trânsito fluvial entre Porto Velho e Belém, capital do Estado do Pará, é possível

durante todo o ano nesta hidrovia de cerca de 3.750 km, formada pelos rios Madeira

e Amazonas. Através do rio Madeira circula quase toda a carga entre Porto Velho e

Manaus, capital do Estado do Amazonas, principalmente os produtos fabricados nas

indústrias da Zona Franca de Manaus e destinados aos mercados consumidores de

outras regiões.

A bacia do rio Mutum-Paraná ocupa superfície de 8.840 km² e é de importância

apenas relativa para o Estado, servindo principalmente como via de penetração para

o interior. O rio Abunã é importante por ser responsável pela demarcação da linha

divisória dos limites internacionais entre Brasil e Bolívia, no extremo oeste do Estado.

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88

A área de abrangência de sua bacia hidrográfica é de aproximadamente 4.600 km²

numa região onde o grande número de cachoeiras e corredeiras dificulta a

navegação. A bacia do rio Jaci-Paraná se estende por 12.000 km² e apresenta as

mesmas características do rio Mutum-Paraná.

O rio Jamari, por sua vez, tem grande significação econômica para Rondônia, por ter

sido represado para a formação da primeira usina hidrelétrica do Estado e servir

como importante via de transporte de passageiros e cargas na região compreendida

entre os municípios de Porto Velho e Ariquemes. Sua bacia ocupa área de 31.300 km²

aproximadamente.

O rio Machado é o mais importante afluente do rio Madeira em Rondônia, dada a

longa extensão de seu curso, que corta todo o Estado no sentido sudeste/nordeste.

Seu complexo hidrográfico abrange superfície de aproximadamente 92.500 A bacia

do rio Mutum-Paraná ocupa superfície de 8.840 km² e é de importância apenas

relativa para o Estado, servindo km². Embora tenha 50 cachoeiras e corredeiras ao

longo de seu percurso, em alguns trechos o rio apresenta-se navegável, atendendo

ao escoamento dos produtos oriundos do extrativismo vegetal na região.

A par disso, assinale-se que o trecho do rio Madeira inserido nas áreas de influência

do empreendimento possui satisfatória cobertura de dados hidrológicos, que abrange

um período histórico relativamente longo, permitindo uma boa caracterização do seu

regime fluviométrico.

Contudo, há um hiato nas observações dos postos mais antigos, decorrente da

suspensão das leituras de régua a partir de 1948, data que coincide com a

estatização dos portos em todo território brasileiro. Na Tabela X a seguir, estão

relacionados os postos fluviométricos localizados nas áreas de influência do

empreendimento.

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89

Tabela X – Localização dos postos fluviométricos

Cod. ANEEL Posto Rio Área

(km2)

Início

Operação

15.320.002 Abunã Madeira 932.622 02/1976

15.340.000 Palmeiral Madeira 972.710 02/1978 8/1986

15.350.000 Salto

Teotônio

Madeira 988.528 12/1977 9/1984

15.400.000 Porto Velho Madeira 988.997 04/1967

15.400.004 Porto Velho Madeira 988.997 01/1908

15.630.000 Humaitá Madeira 1.066.240 04/1967

15.630.002 Humaitá Madeira 1.066.240 03/1931

A seguir, mostra-se alguns dados disponíveis de descargas médias mensais

observadas (Tabelas Xi a XVIII):

Tabela XI – Rio Madeira em Abunã

Descargas Médias Mensais Observadas – ANEEL (m3/s)

Áreas de Drenagem = 932.622 km2

AN

O

JAN FE

V

MA

R

AB

R

MA

I

JUN JUL AG

O

SE

T

OU

T

NO

V

DE

Z

ME

DIA

197

6

*** *** *** *** *** 17.

156

8.5

42

4.6

73

4.1

22

4.5

74

8.2

25

12.

892

***

197

7

25.

359

29.

080

37.

248

31.

782

26.

382

17.

987

11.

291

7.0

13

5.4

37

7.4

25

12.

647

19.

892

19.

253

197

8

26.

666

32.

378

37.

625

29.

522

22.

486

16.

422

11.

571

5.1

94

3.3

28

4.2

41

8.0

58

20.

824

18.

193

197

9

29.

635

33.

553

34.

433

36.

266

29.

183

19.

222

10.

730

5.5

57

4.8

75

4.9

54

6.6

61

10.

717

18.

817

198

0

20.

026

26.

232

32.

695

32.

134

26.

731

22.

134

12.

677

7.6

12

6.6

82

8.1

69

8.8

09

11.

969

17.

989

198

1

17.

483

28.

525

33.

694

32.

193

27.

192

22.

492

10.

938

5.4

29

4.1

89

7.0

45

12.

614

19.

549

18.

445

198

2

31.

071

35.

521

39.

705

41.

890

31.

988

23.

974

17.

992

10.

575

6.7

21

11.

411

17.

414

21.

526

24.

149

198

3

23.

436

28.

367

31.

606

30.

166

20.

709

23.

695

20.

431

11.

340

5.3

39

5.1

81

8.3

52

12.

707

19.

194

198

4

25.

933

34.

095

39.

409

43.

722

34.

040

23.

923

14.

170

5.9

56

3.5

97

4.9

59

14.

792

21.

269

22.

155

198

5

30.

177

32.

761

32.

077

32.

035

29.

634

21.

861

10.

181

8.7

42

5.4

50

6.4

62

11.

672

12.

807

19.

483

198

6

24.

510

34.

404

39.

556

39.

163

30.

908

24.

932

16.

360

9.3

06

7.1

45

9.2

07

7.8

08

18.

722

21.

764

198

7

30.

541

31.

634

26.

027

21.

599

20.

918

12.

578

6.9

38

4.8

24

3.7

33

5.0

94

10.

109

21.

715

16.

309

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90

198

8

26.

071

30.

934

32.

339

36.

462

28.

201

20.

506

11.

894

5.3

96

3.1

64

3.7

25

5.2

69

9.3

84

17.

779

198

9

21.

635

25.

857

28.

093

28.

084

19.

928

14.

032

8.7

19

5.4

30

4.5

84

4.2

51

5.5

13

9.1

66

14.

608

199

0

17.

335

25.

385

26.

009

22.

728

21.

858

19.

009

12.

460

6.7

58

4.3

84

4.9

36

14.

545

20.

320

16.

311

199

1

27.

729

32.

443

33.

542

30.

434

25.

739

17.

630

10.

475

7.5

16

5.4

64

5.9

06

10.

062

15.

881

18.

568

199

2

29.

040

30.

637

40.

750

32.

655

29.

205

23.

960

20.

816

11.

450

11.

967

13.

762

17.

480

21.

874

23.

633

199

3

31.

555

38.

164

40.

986

36.

226

29.

092

18.

345

11.

908

7.9

78

5.8

33

6.3

13

12.

239

19.

153

21.

483

199

4

23.

797

27.

862

28.

768

30.

516

23.

346

13.

686

8.6

38

5.3

34

2.9

86

5.6

36

12.

258

19.

349

16.

848

199

5

25.

716

26.

748

32.

326

31.

102

21.

763

11.

796

7.8

53

4.5

03

3.0

73

3.5

50

5.3

36

13.

374

15.

595

199

6

17.

816

27.

996

28.

906

28.

457

23.

192

14.

523

7.9

23

3.4

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3.8

64

6.5

31

12.

451

16.

898

16.

003

199

7

24.

809

30.

918

39.

804

*** *** *** *** *** *** *** *** *** ***

Míni

na

17.

335

25.

385

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009

21.

599

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928

11.

769

6.9

38

3.4

77

2.9

86

3.5

50

5.2

69

9.1

66

2.9

86

Méd

ia

25.

551

30.

624

34.

402

32.

357

26.

575

19.

041

12.

024

6.8

61

5.0

45

6.3

49

10.

586

16.

621

18.

781

Máxi

ma

31.

555

38.

163

40.

986

43.

722

34.

040

24.

932

20.

816

11.

450

11.

967

13.

762

17.

480

21.

874

43.

722

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91

Tabela XII – Rio Madeira em Palmeiral (salto do Jirau)

Descargas Médias Mensais Observadas (m3/S)

Áreas de drenagem = 972.710 km2

AN

O

JAN FE

V

MA

R

AB

R

MA

I

JUN JUL AG

O

SE

T

OU

T

NO

V

DE

Z

ME

DIA

197

8

*** *** 384

90

302

41

22.

777

5.9

93

12.

101

5.9

93

3.8

86

4.8

25

8.2

45

20.

449

***

197

9

30.

090

34.

850

35.

865

38.

042

30.

805

19.

919

10.

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Tabela XIII – Rio Madeira em Porto Velho

Descargas Médias Observadas (m3/s)

Áreas de Drenagem = 988.997 km2

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Tabela XIV Cont. – Rio Madeira em Porto Velho

Descargas Médias Observadas (m3/s)

Áreas de Drenagem = 988.997 km2

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3.5

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10.

141

191

4

10.

071

18.

932

25.

071

26.

342

19.

474

12.

447

6.9

97

2.8

17

2.0

94

3.9

07

7.1

60

9.7

57

12.

089

191

5

12.

607

23.

880

29.

923

26.

976

18.

211

13.

612

5.3

42

3.3

74

2.9

34

4.1

64

8.1

79

8.6

28

13.

512

191

6

10.

841

17.

225

15.

595

14.

649

10.

637

9.3

25

3.8

12

2.6

76

2.0

48

2.2

38

2.6

14

5.5

17

8.0

68

191

7

10.

846

15.

980

17.

707

18.

832

10.

832

4.0

81

2.6

01

2.1

69

1.8

67

2.1

95

4.7

49

8.5

36

8.3

29

191

8

12.

035

21.

531

28.

386

29.

182

21.

006

13.

619

7.4

61

3.8

69

2.4

64

2.6

77

6.6

72

13.

775

13.

556

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94

191

9

15.

694

16.

118

22.

002

23.

566

18.

305

11.

599

6.9

56

3.5

92

2.0

64

2.4

24

7.0

46

12.

165

11.

794

192

0

20.

124

26.

355

30.

463

29.

473

24.

116

16.

746

9.7

03

4.8

99

3.1

16

3.6

69

8.7

78

11.

773

15.

791

192

1

19.

316

25.

160

27.

388

27.

181

17.

957

10.

100

4.7

71

2.7

31

2.2

90

3.0

43

6.1

48

7.3

01

12.

782

192

2

15.

131

18.

827

18.

208

16.

791

12.

222

7.8

65

6.6

02

2.8

75

2.5

88

2.7

21

3.2

71

8.5

95

9.5

96

192

3

17.

482

27.

269

25.

892

21.

284

15.

484

7.6

26

4.9

26

2.5

53

2.1

21

3.4

31

5.5

07

12.

221

12.

149

192

4

12.

965

9.3

38

14.

014

17.

696

12.

406

7.7

00

3.7

29

2.1

96

1.9

17

2.2

76

2.3

58

4.5

95

7.5

99

192

5

15.

012

20.

014

25.

751

27.

871

20.

421

13.

144

7.0

33

3.1

95

2.0

38

3.1

29

8.5

93

11.

921

13.

177

192

6

15.

611

19.

446

19.

962

16.

131

9.6

23

6.6

99

5.3

99

2.9

49

1.9

65

1.9

35

3.4

36

10.

701

9.4

88

192

7

15.

177

20.

412

21.

224

21.

303

14.

912

7.9

25

4.1

52

2.0

50

2.3

15

2.1

16

3.7

79

5.0

26

10.

033

192

8

16.

452

22.

895

28.

117

27.

108

21.

092

13.

857

6.9

68

3.6

09

2.6

73

3.0

30

3.8

39

9.1

23

13.

230

192

9

16.

594

21.

068

21.

658

19.

955

14.

276

8.3

75

3.6

12

2.4

63

2.1

75

2.8

96

3.5

29

5.7

99

10.

200

193

0

14.

419

20.

812

26.

729

23.

098

19.

985

9.8

26

4.7

05

2.8

21

2.0

40

2.9

47

7.1

93

9.0

15

11.

966

193

1

17.

749

26.

554

30.

074

25.

436

18.

918

12.

541

7.7

68

5.3

04

2.9

04

3.2

68

5.7

24

10.

408

13.

887

193

2

19.

003

23.

524

28.

684

27.

343

22.

567

15.

894

10.

723

5.0

04

2.5

04

2.8

33

8.8

55

15.

558

15.

208

193

3

21.

435

28.

037

30.

541

32.

933

23.

651

12.

815

5.1

10

2.4

34

2.0

42

3.5

45

3.4

98

7.6

63

14.

475

193

4

12.

941

22.

814

25.

262

25.

553

18.

022

12.

153

8.5

58

3.8

55

1.8

65

2.0

41

4.7

82

19.

876

13.

144

193

5

25.

335

30.

165

29.

601

26.

815

13.

705

8.9

41

5.4

11

3.9

19

2.5

53

2.8

75

4.2

55

7.4

67

13.

240

193

6

13.

555

17.

422

16.

825

14.

383

12.

556

10.

763

5.3

09

2.6

94

2.2

49

2.2

90

2.5

23

7.5

58

9.0

11

193

7

19.

735

24.

284

31.

532

28.

109

15.

220

7.3

07

4.9

37

2.6

23

2.3

10

2.8

70

3.7

44

4.7

17

12.

282

193

8

10.

074

17.

143

17.

763

15.

317

10.

243

4.6

95

3.4

30

1.9

54

1.8

51

1.9

98

2.6

58

4.0

17

7.5

95

193

9

7.3

88

11.

807

16.

401

18.

530

10.

629

3.4

72

1.9

82

1.9

98

2.1

31

2.0

93

2.8

98

8.2

22

7.2

66

194

0

15.

239

18.

568

23.

408

20.

782

15.

187

11.

928

9.2

38

8.7

95

7.5

62

3.6

84

6.0

21

10.

578

12.

583

194 10. 18. 31. 28. 22. 13. 7.2 5.3 4.5 6.1 8.1 12. 14.

Page 95: 1.0 INTRODUÇÃO - dnit.gov.br · de Manaus terão mais uma alternativa para sua inserção ... localizadas nesta área portuária do município de Porto Velho. A implantação da

95

1 812 646 605 627 669 485 01 83 59 82 85 423 148

194

2

14.

853

24.

551

24.

714

24.

541

21.

559

18.

484

10.

800

5.6

43

5.0

91

5.5

72

6.1

97

6.0

61

13.

998

194

3

8.9

11

15.

731

21.

810

20.

851

16.

744

10.

595

5.8

51

3.1

08

2.2

87

2.7

89

7.5

72

11.

587

10.

653

194

4

15.

091

21.

340

27.

332

24.

136

13.

172

7.8

10

4.6

18

2.8

93

2.3

20

2.8

14

8.1

19

9.1

10

11.

563

194

5

13.

656

21.

592

24.

793

25.

517

16.

958

6.4

82

2.5

70

2.2

58

2.4

53

3.2

47

6.1

79

10.

335

11.

337

194

6

14.

409

17.

836

23.

207

23.

598

14.

831

11.

393

7.9

46

4.7

95

3.3

60

4.0

18

4.8

07

11.

970

11.

817

194

7

17.

661

19.

698

21.

582

16.

489

11.

197

5.7

57

3.2

05

2.3

26

2.1

12

2.3

24

5.7

65

7.1

78

9.6

08

194

8

15.

562

31.

866

41.

344

*** *** *** *** *** *** *** *** *** ***

Míni

ma

7.3

88

9.3

38

14.

014

14.

383

9.6

23

3.4

72

1.9

82

1.9

54

1.8

51

1.9

14

2.3

58

3.5

00

1.8

51

Méd

ia

14.

765

20.

838

24.

471

22.

863

16.

270

10.

048

5.6

71

3.2

66

2.5

39

2.9

56

5.2

82

9.0

90

11.

505

Máxi

ma

25.

335

31.

866

41.

344

32.

933

24.

116

18.

484

10.

800

8.7

95

7.5

62

6.1

82

8.8

55

19.

876

41.

344

*serie obtida através da utilização da curva-chave estabelecida com as medições

de descargas realizadas posteriormente a 1967

Tabela XV – valores Médios de Produção de sedimentos em suspensão

Posto Concentração media Anual de

Sedimentos em Suspensão (mg/1)

Produção especifica

Mínima em

suspensão

(t/km2ano)

Porto Velho 388 190

Abunã 249 15,8

Guajará –

Mirim

101 43,5

(fonte: ELETROBRÁS/UFRGS/IPH – 1992)

Page 96: 1.0 INTRODUÇÃO - dnit.gov.br · de Manaus terão mais uma alternativa para sua inserção ... localizadas nesta área portuária do município de Porto Velho. A implantação da

96

Tabela XVI – Rio Madeira em Abunã

Nº Data Qliq (m/s) Concentr

ação

Qsusp

(t/dia)

Qtotal (t/dia)

(*)

61 16/08/84 6.581 56,66 32.216,79 35.438,46

62 20/10/84 3.843 46,66 15.393,16 16.932,47

63 06/12/84 20.528 644,93 1.143.860 1.258.246

(*) – admitido igual 1,10 da descarga sólida em suspensão

Tabela XVII – Rio Madeira em Porto Velho

Relação das descargas sólidas em suspensão

Nº Data Qliq

(m/s)

Concentr

ação

(MG/l)

Qsusp

(t/dia)

Qtotal

(t/dia)

(**)

1 10-out-

78

5.016 245 106.178,7 116.796,6

2 14-nov-

78

9.340 466,68 376.599,6 414.259,6

3 02-dez-

78

11.114 316,27 303.698,1 334.067,9

4 04-mai-

81

31.469 220,72 600.120,4 660.132,4

5 03-jul-8

1

17.892 133,4 206.219,9 226.840,8

6 03-set-8

1

5.289 79,21 36.196,56 39.816,22

7 20-jan-8

2

40.862 871,85 3.078046 3.385.851

8 14-mar-

82

42.731 1323 4.884.461 5.372.907

9 01-jul-8

2

25.429 513,48 1.128.149 1.240.964

10 23-set-8

2

4.712 227,55 92.639,43 101.903,4

11 25-nov-

82

19.451 2.102,5 3.533.391 3.886.730

Page 97: 1.0 INTRODUÇÃO - dnit.gov.br · de Manaus terão mais uma alternativa para sua inserção ... localizadas nesta área portuária do município de Porto Velho. A implantação da

97

12 06-jan-8

3

25.525 885,87 1.953.662 2.149.028

13 02-jul-8

3

28.081 287,19 696.779,9 766.457,9

14 30-ago-

83

9.212 117.64 93.631,65 102.994,8

15 22-ago-

83

6.647 112,88 64.827,07 71.309,78

16 20-dez-

83

12.320 527,12 561.091,8 617,201

17 23-fev-8

4

39.262 764 2.591.669 2.850.836

18 27-abr-

84

48.413 526,25 2.201.242 2.241.366

19 02-jun-

84

32.213 214,97 598.305,2 658.135,7

20 25-ago-

84

7.048 99,05 60.316,22 66.347,84

21 01-nov-

84

9.523 169,12 139.149,8 153.064,8

22 10-mar-

85

36.720 813,47 2.580.821 2.838.903

23 31-mai-

85

29.007 165.34 414.375,9 455.813,5

24 15-set-9

3

5.817 240.92 121.083,7 133.192,1

25 26-ago-

94

4.637 106.82 42.796,02 47.075,62

26 26-nov-

94

15.060 432,85 563.217,5 619.539,3

27 23-fev-9

5

32.400 1017,3 2.847.789 3.132.568

28 27-abr-

95

32.145 169,77 471.507 518.657,7

29 09-ago-

95

8.081 99,93 69.770,97 76.748,07

30(*) 10-out-

95

4.325 27,21 10.167,83 11.184,61

31 06-fev-9

6

30.134 322,54 839.757,9 923.733,7

32 01-mai-

96

27.524 187,22 445.222,9 489.745,2

33 07-ago-

96

3.573 51,45 15.882,99 17.471,29

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98

34 10-out-

96

4.992 85,79 37.001,98 40.702,18

35 27-jan-9

7

26,1 657,2 1.482,012 1.630,213

36 23-jul-9

7

11.577 109,02 109.047,6 119.952,4

37 24-out-

97

6.922 226,4 135.401 148.941,1

38 21-jan-9

8

22.715 409,28 803.243,1 883.567,

39 02-ago-

98

4.736 101,27 41.438,71 45.582,58

40 07-nov-

98

8.896 293,38 225.496,1 248.045,7

41(*) 31-jul-9

9

8.314 9,59 6.888,781 7.577,659

42 26-jan-0

0

22.138 792,26 1.515.374 1.666.911

43 17-ago-

00

5.040 83,53 36.373,64 40.011,00

44(*) 31-jul-0

1

8.206 10,66 7.557,923 8.313,715

(*) - medições abandonadas por se mostrarem incoerentes no conjunto

(**) – admitido igual 1,10 da descarga sólida em suspensão

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Tabela XVIII – descargas liquida e sólida do rio madeira, nas estações de

Porto Velho e Humaitá

Rio Estação Mês/a

no

Descargas

liquida

(m3/s)

Descargas

solida

(t/dia)

Período

Fev/95 32.400 407.991

Madeir

a

Porto

Velho

Fev/96 30.134 1.043.355 1993-2000

Jan/98 22.715 989.579

Jan/00 22.138 1.793.364

Jan/99 37.927 1.510.944

Madeir

a

Humaitá Jan/00 24.496 703.003 1998-2000

Abr/99 37.696 1.554.465

Abr/00 32.185 953.299

Jan/97 34.916 2.654,901

Jan/98 27.856 1.211.468

Jan/99 40.144 1.679.124

Jan/00 26.071 849.547

Madeir

a

Manicoré Abr/97 43.456 501.063 1996-2000

Abr/99 46.054 1.971.531

Abr/00 39.868 1.196.533

Mai/96 33.340 430.339

Mai/98 44.085 1.211.415

Jan/97 39.207 2.056.606

Jan/98 29.239 1.089.924

Jan/99 42.783 1.356.683

Faz. Vista

alegre

Jan/00 33.222 678.302

Madeir

a

(Borba –

AM)

Abr/97 66.521 788.451 1996-2000

Abr/98 57.565 1.905.590

Abr/99 56.581 2.416.573

Abr/00 52.337 1.361.683

23.2 Interpretação da Paisagem

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É a forma de observar a modificação da paisagem local causada pela construção do

empreendimento dentro da Área de Vizinhança Direta e Imediata, principalmente, em

relação a vegetação devido a possíveis supressões de vegetação e impedimento à

visualização panorâmica do local.

Na área de instalação do empreendimento, até por se tratar de uma superfície em

profundo estado de degradação ambiental pela ocupação desordenada do solo local,

a modificação da paisagem é inevitável, mesmo porque com a construção da ponte e

sua abertura ao tráfego,na BR-319, grande parte dessa área será recuperada e

urbanizada, fato que a transformará sensivelmente, colocando-a novamente em

situação mais agradável aos olhos humanos. Daí decorre que o impacto será positivo,

absoluto, direto, significativo, permanente, em médio prazo, irreversível, local,

sinérgico e deverá ser sempre otimizado.

23.3 Paisagem Local – Tipologia, Eixos Visuais e Panorâmicas

As espécies mais freqüentes na composição da paisagem local dessa tipologia

florestal são abioranas, envira-da-várzea, mandioqueira-escamosa, pau-mulato,

sumaúma, táxi-pitomba, castanheira, açoita-cavalo, janitá, carité, seringueira,

copaíba, jatobá, macucu, uxirana, marupá, tento, abiorana-vermelha, matamatá,

cacau-domato, cacauí e abiorana-branca. As Palmae de maior ocorrência são

Oenocarpus bataua, Mauritia flexuosa, Euterpe spp., Maximiliana regia.

Os cipós mais comuns são Bauhinia splends, (escada-de-jabuti), Dliocarpus rolandri

(cipó-defogo, d’água ou vermelho), Chicocca brachiata (cipó-crus), Passiflora spp.

(maracujá-do-mato), Machaerium spp., Machaerium quinata (cipó-de-sangue), Abuta

spp., Heteropsis jenmani (cipótitica), Dioclea lasiocarpa (mucunã), Allamandra

cathartica (cipó-de-leite) e Biognoniaceae (graxamas branca e vermelha). Cabe

também destacar a presença de bambus, sendo dominante o gênero Bambusa,

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sub-gênero Guadua, classificado como Guadua superba. Esta espécie é considerada

como o bambu mais alto das Américas, atingindo em média 30 m de altura.

A Savana é caracterizada por apresentar uma vegetação xeromórfica, oligotrófica,

com árvores tortuosas, de folhas largas, geralmente de casca grossa e suberosa,

constituindo formas biológicas adaptadas a solos deficientes e aluminizados. Essa

fisionomia vegetal ocorre numa pequena parte do extremo noroeste da área de

influência indireta do empreendimento, localizada na região de fronteira entre os

estados de Rondônia e Amazonas, revestindo áreas pediplanadas e se assentando,

predominantemente, sobre solos do tipo Laterita Hidromórfica, que apresentam uma

drenagem ineficiente, com infiltração per descensun. De forma geral, podem ocorrer

Gentiaceae Lusianthus coenelenscens; Lycopodiaceae Lycopodium carolinianum;

Melastomataceae Macairea spruceanum, Clidemia novannervia, Henrientella ovata,

Miconia albicans, Miconia spp., Rhynchanthera grandiflora; Myrtaceae Myrcia paivai;

Rubiaceae Pagamea guianensis, Palicourea tryphyla, Remia sp., aranthaceae

Marantha sp.; Guttifereae Vismia cayanensis; Annonaceae Guatteria stenopetala;

Vochysiaceae Qualea retusa, Q. grandiflora, Vochysia divergens, Erisma parvifolium;

Labiatae Hyptis spp.; Dilleniaceae Curatella americana; Malpighiaceae Byrsonima

spp.; Polypodiaceae Blenchnum serrulatum; Cyperaceae Bulbostylis lanatum,

Rhynchospora divergens; Gramineae Andropogon virgotum, Panicum nervosum,

Aristida torta, Aristida spp. e Eyocaulaceae Syngonanthus gracilis.

Outras áreas de ocorrência de Savana situam-se em áreas deprimidas, sendo

observadas ao longo do rio Madeira, logo a norte da cidade de Porto Velho, onde o rio,

descrevendo meandros fortemente angulosos, elaborou planícies aluviais. Nessas

planícies, a Savana encontra-se nos estágios graminóide, arbustivo e arbóreo aberto,

sendo freqüente a ocorrência dos gêneros Bulbostyles sp., Cyperus sp. e

Rynchospora sp.

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Finalmente, citam-se as áreas antropizadas resultantes da intervenção do homem,

estando representadas pelas zonas urbana e peri-urbana de Porto Velho, pelas áreas

de mineração e pelas áreas onde estão assentados os estabelecimentos rurais

(fazendas) com desenvolvimento de atividades agropecuárias e de vegetação

secundária. O cultivo de pastos nas fazendas, para a criação de gado bovino, de corte

e leite, é de grande expressão. Em face dos incentivos, esta cultura tem se

desenvolvido rapidamente, tornando a área de influência indireta do

empreendimento uma grande produtora do produto.

Na área de influência direta e imediata do empreendimento, por se tratar de uma

área intensamente antropizada, onde os fragmentos de floresta apresentam

degradação acentuada e os fragmentos mais estruturados se encontram longe das

áreas de influência direta e imediata do empreendimento, uma amostragem

sistemática ficaria incompatível e não retrataria a situação real de campo.

24.0 Melhoramentos Públicos

Verificando a planilha do projeto executivo de construção da ponte, não há previsão

de melhoramentos públicos para o local, a não ser aqueles relacionados com a

recuperação ambiental das jazidas, acampamentos, empréstimos e outros de

proteção de taludes, por exemplo.

Não há previsão e necessidade de mudanças na malha viária no entorno do

empreendimento, haja vista que a ponte está sendo construída no mesmo eixo e

traçado da BR-319, a qual não trará nenhum transtorno de adensamento no fluxo de

veículos, pelo fato da acessibilidade livre aos usuários da rodovia, sem ter que pagar

a travessia de um lado para o outro.

O poder público municipal deverá estender a linha de ônibus urbano até a margem

esquerda do Rio Madeira, para atendimento da população ali residente.

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Com o recurso oriundo das compensações ambientais, poderá ser retirado do papel o

Projeto de Recuperação e Urbanização do Lago dos Milagres, como forma de

utilização do espaço do seu entorno, evitando, inclusive, ocupação indevida da faixa

de domínio e do próprio local que é impróprio para ser destinada como área

residencial.

Com a possível extensão do setor imobiliário à margem esquerda, o poder público

municipal, bem como os demais organismos de atendimento social, assim como:

Eletrobrás, CAERD, deverão prever a extensão destes serviços para esta margem do

rio Madeira.

25.0 Características Demográficas

De acordo com o IBGE, a população do município de Porto Velho era de 334.661

habitantes em 2.000, passando para 373.917 habitantes em 2005, exibindo assim

uma taxa de crescimento da ordem de 11,73% em apenas cinco anos. Os dados

referentes aos anos de 1991 e 2000 estão na tabela XIX.

Tabela XIX – População residente segundo a contagem rápida e o censo

demográfico

Discriminação

Sexo

Total Homem Mulher

Ano de 1991

Urbana

Rural

Total

229.788

57.746

287.534

-

-

145.917

-

-

141.617

Ano de 2000

Urbana

Rural

Total

273.709

60.952

334.661

134.647

32.090’

166.737

139.062

28.862

167.924

Ano de 2010

Urbana

Rural

Total

391.014

35.544

426.558

215.561

-

215.561

210.997

-

210.997

Nota: (1) Contagem rápida

(2) Censo Demográfico – Total do Universo

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Ainda segundo o IBGE, quando se comparam os anos de 1996 e 2000, observa-se que

a densidade demográfica subiu de 9,78 para 9,82 hab/km2, apresentando uma taxa

de crescimento de 3,27%, conforme mostrado na tabela 22.

Tabela XX - Densidade demográfica, taxa de crescimento anual e

participação percentual na área e população

de Estado

Ano

Den Dens. %

Demográfi

ca hab/km²

Taxa de

cr

es

ci

m

en

to

em %

%

Área População

1996 9,78 -- 14,34 23,91

2000 9,82 2.04 14,34 24,25

2010 12,57 2,50 - -

25.1 Aspectos Econômicos

A pesca, o comércio, a agricultura e a indústria extrativista de minério (cassiterita

eouro) constituem as principais atividades econômicas desenvolvidas no município

de Porto Velho. No que concerne à agricultura, seus principais produtos são: arroz,

feijão, café, algodão, cacau, banana, milho, mandioca, abacate, abacaxi e cupuaçu. O

parque industrial de Porto Velho é constituído de indústrias do setor madeireiro, de

plástico e de beneficiamento de cereais e leite.

De acordo com o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola, da Fundação

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), são apresentados abaixo os

parâmetros econômicos agropecuários mais significativos do município de Porto

Velho, ano 2003 (Tabelas XXI e XXII).

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Tabela XXI - Culturas temporárias e permanentes. Área de plantada,

produção e rendimento médio

Produto

(Lavouras)

Área (ha) Produção

Plantada Colhida Quantidade

(t )

Rendimento

Médio (kg/ha)

TEMPORARIAS

Arroz (em casca)

Feijão (em grãos)

Milho (em grão)

Mandioca

Melancia

825

385

1.296

6.000

50

825

385

1.296

6.000

50

6

1.238

231

1.944

108.000

975

1.500

600

1.500

18.000

19.500

PERMANENTES

Banana

Café (em côco)

Palmito

400

1.265

535

400

1.265

535

3.400

759

522

8.500

600

1.200

Tabela XXII - Efetivo pecuário – rebanho existente (cabeças)

Efetivo pecuário/rebanho existente

Efetivo Quantidade

Bovinos

Bubalinos

Eqüinos

Muares

Suínos

Ovinos

Caprinos

Aves

400.092

479

4.299

1.134

14.675

4.150

2.970

123.316

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Quanto à produção do extrativismo vegetal e silvicultura, destacam-se aquelas de

açaí, castanha-do-brasil (pará), borracha e vários tipos de madeira, que atingiram em

2003 os seguintes valores (Tabela XXIII).

Tabela XXIII – Produção extrativista

Produto Quantidade Unidade Medida

Produto Quantidade Unidade

Medida

Açaí (fruto)

Castanha do Brasil

Borracha (látex

coagulado)

Madeira

20

3.068

15

235.290

Toneladas

Toneladas

Toneladas

Metros Cύbicos

No que tange aos contribuintes ativos, os dados mostram que há um número

significativo de empresas de grande, médio e pequeno porte, sem esquecer as

microempresas, que atuam no comércio a varejo e atacado, assim discriminados

(Tabela XXIV):

Tabela XXIV – Empresas que atuam no comércio.

Contribuintes Quantidade

Total

Comércio a atacado

Comércio a varejo

Outros

ipo de

enquadramento

Empresa de Grande

Porte

Empresa de Médio

Porte

Empresa de

Pequeno Porte

Micro Empresa

6.023

484

3.440

2.099

6.023

76

3.112

820

2.015

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26.0 CARACTERÍSTICAS DA VIZINHANÇA E DO EMPREENDIMENTO QUANTO A

OCUPAÇÃO DO SOLO.

26.1 Impactos Urbanísticos Positivos e Negativos Induzidos pelo

Empreendimento.

26.1.1 Uso e Ocupação do espaço Urbano

De acordo com os dados do projeto básico de construção da ponte, será necessária

uma área de aproximadamente 4.000,51 m2 para instalação da obra. No lado direito

da margem do rio, atualmente é ocupados de forma totalmente desorganizada,

característica de ocupação indevida em faixa de domínio federal e no deu entorno,

dando uma aparência de favela. Nessa área, os terrenos das residências dos

moradores locais, alguns desenvolvendo atividades comerciais formais ou não, serão

devidamente expropriados. Assim, mesmo considerando a urbanização posterior da

área de vizinhança imediata, o impacto é considerado negativo, absoluto, direto,

significativo, permanente, imediato, irreversível, local e cumulativo. Para mitigá-lo,

os proprietários dos terrenos estão indenizados e re-alocados para um conjunto

habitacional que será construído a aproximadamente 1000m da margem esquerda

do Rio Madeira, dotado de toda infraestrutura social.

A ocupação do lado esquerdo da área de vizinhança imediata é semelhante a da

margem direita, porém, com uma pequena diferença ao assumir características

rurais embora próximo à cidade.

26.1.2 Insolação e Sombreamento

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108

O item tem por objetivo analisar o sombreamento ocasionadopelas cnstrução da nova

ponte sobre o rio Madeira e do seu entorno imediato, e avaliar o impacto ocasionado

especificamente pela referida construção.

Para o estudo de sombreamento e da insolação em toda e quaisquer edificações é

necessário considerar alguns aspectos arquitetônicos como volumetria, forma,

implantação, distribuição no tecido urbano, afastamentos, e também aspectos

urbanístico e paisagísticos como interferência de vegetação, de monumentos, de

elevados, dentre outros. Dessa forma, o estudo do sombreamento se relaciona com o

estudo da morfologia urbana, visto que as projeções de sombras se dão a partir de algum

elemento morfológico.

Antes de abordar especificamente o caso da construção da ponte sobre o Rio

Madeira, cabe ressaltar que, atualmente, há poucos estudos relacionados com

ponte, ao passo que em grandes e médios centros urbanos, em função da dinâmica que

proporciona inevitavelmente concentração populacional em determinadas regiões,

dificilmente uma legislação urbana conseguirá manter afastamentos e gabaritos que

garantam integralmente a ausência de sombreamento em todas as edificações.

No caso de edificações aglomeradas de grandes centros urbanos onde os afastamentos

laterais e fundos não passam de 4,5 metros e os gabaritos chegam a 40 metros, torna-se

impossível garantir insolação ou mesmo possibilidade iluminação natural às edificações.

Para o local onde está sendo implantada a ponte é sobre um de rio de 704m de largura,

tendo apenas seus acessos em terra firme. Diferente de edificações aglomerads, os

afastamento dos pilares do vão central e principal de 165m de largura, com outro dois

vão ás laterais direita e esquerda de 90 metros de largura, gabarito de nageção

princiapal forma um retângulo de 162 metros de largura e 29 metros de altura e mais

dois retêngulos de de 80 metros de largura e 15 metros de altura, com uma pista de

rolamento dupla de 4m de largura cada uma.

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Com essas caracterísiticas e localização da ponte no sentido noroeste, pode se afirmar

que haverá pouca ou quase nenhuma interferência relacionadas com insolação e

sombreamento sobre o Rio Madeira.

26.1. 3 Ventilação

Considerando a localização da ponte e suas características técnicas citadas no

parágrafo anterior, o efeito negativo da ventilação sobre a área urbana é nula, haja

vista que a obra não oferece nenhum obstáculo relacionado ou que porventura venha

obstruir o direcionamento dos ventos.

26.1.4 Permeabilidade do solo

Considerando que os caminhos de acesso já existem e que o local de construção da

ponte já está sob intensa pressão antrópica, a compactação adicional do terreno

pelas atividades do empreendimento produzirá impacto negativo, absoluto, direto,

pouco significativo, permanente, em médio prazo, irreversível, local, cumulativo.

Neste caso é recomendado, como medida mitigadora, que a circulação de veículos de

alta tonelagem seja restrita às áreas dos caminhos de serviço e do corpo estradal.

26.1.5 Compatibilidade com os Equipamentos Urbanos e Comunitários

Este item visa a Compatibilização do empreendimento com os equipamentos urbanos

e comunitários e também com os planos e programas governamentais, com a legislação

urbanística e ambiental, com a infra-estrutura urbana e o sistema viário na área de

vizinhança.

O empreendimento em si se identifica mais com o sistema viário municipal e

interestadual, haja vista que estamos tratando da construção de uma ponte que

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ligará a margem direita do Rio Madeira à margem esquerda, estendendo-se até a

cidade de Humaitá que é a primeira cidade no Amazonas saindo de Rondônia rumo a

Manaus.

Em temos locais ou quer seja municipal, a mobilidade urbana na Área de Vizinhança

Imediata na margem direita, tende a melhorar, uma vez que deixará de existir

aglomerações de veículos próximos a rampa da balsa, em razão dos novos acessos e

soluções técnicas que o projeto prevê na equalização da circulação de veículos que

se destinam à CARGIL e Fogás, assim como os que prosseguem rumo à margem

esquerda do rio em ao Estado do Amazonas e demais localidades situadas ao longo

da rodovia BR-319.

Antes de tratar de qualquer assunto relacionado com benefícios sociais à população

urbana, é importante citar que o atendimento com equipamentos urbanos de

infraestrutura, bem como os de caráter comunitário, esta previsto no Plano Diretor do

Município de Porto Velho, no Capítulo II - DA POLÍTICA MUNICIPAL DE

DESENVOLVIMENTO URBANO, Art. 4º item IV, que assegura “oferta de equipamentos

urbanos e comunitários, transporte e serviços públicos adequados aos interesses e

necessidades da população”.

Pesquisas realizadas acerca de projetos e de benefícios sociais para localidades passíveis

de expansão populacional, como é o caso em estudo, foran encontrados 2(dois) projeto:

a) O primeiro é a construção do conjunto habitacional para reassentamento de 168

famílias que estavam residindo na área de vizinhança imediata da margem direita

do rio, dentro da faixa de domínio federal onde haverá interferência do projeto da

ponte, mais precisamente pela construção do acesso nesta margem do rio que

fora ocupada há mais de 20(vinte) anos irregularmente. O conjunto habitacional a

ser construído, será dotado de escola, centro comunitário, igreja e comércio local.

b) O segundo está relacionado coma recuperação e urbanização do lago dos

Milagres situado na AVI da margem direita, cujo projeto existente na SEDAM -

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111

Secretaria de Desenvolvimento Ambiental do Estado de Rondônia, está pronto

para ser implementado.

De uma forma geral, não conseguimos levantar ou identificar outros projetos de

compatibilização com o empreendimento em construção, que demonstre possíveis

desafios para uma gestão integrada nesta região da da orla de 1200m (600m

para o lado direito e esquerdo da cabeceira da ponte) do rio madeira, de conotação

sustentável e compatível com o desenvolvimento social e econômico local, com a

conservação da biodiversidade e da cultura, assim como o desenvolvimento de

empreendimentos turísticos e a implantação de projetos urbanísticos.

26.1.6 Compatibilidade com o Sistema Viário e de Transportes

A obra de construção da ponte sobre o rio Madeira está sendo construída para

materializar a ligação entre as duas margem do rio segundo as diretrizes da BR-319

complementando a ligação rodoviária entre a cidade de Porto Velho à Manaus no

Estado do Amazonas.

Este eixo rodoviário à época de sua projeção era compatível com o trânsito local por

não existia o Porto Graneleiro, a CARGIl, a Fogás dentro da área de abrangência da

ponte, aliado ao fato de que o trânsito urbano de Porto Velho era modesto de forma

que a mobilidade de transporte terrestre no local do empreendimento se resumia

basicamente aos poucos veículos que se dirigiam à propriedades lindeiras situadas

na margem esquerda.

A de circulação de veículos na região do empreendimento veio a demonstrar o seu

maior movimento na década de noventa em diante, após a implantação dos

empreendimentos acima citados, principalmente, os de apoio ao armazenamento

para transporte da soja via fluvial até o Porto de Itacoatiara. Alia-se a todo esse

processo, o aumento significativo de veículos de passeio em Porto Velhos motivados

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112

pela facilidade de aquisição desses bens, pelo aumento populacional de certa forma

arrastada pela construção das duas Hidroelétricas de Santo Antônio e Jirau. É neste

contexto que a obra em comento assume uma importância relevante e se

compatibiliza com o sistema viário e de transportes do município de Porto Velho e

porque não dizer do Estado de Rondônia.

Em levantamentos realizados para este setor transportes foi encontrado um projeto

que está sendo elaborado pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de

Transporte-DNIT, que é a construção do contorno Norte e Sul de Porto velho, sendo o

mais prioritário e em estágio mais avançado é o projeto do contorno norte que liga a

BR-364/RO á BR-319/RO, justamente coincidindo com o início do acesso da ponte na

sua margem direita, materializando definitivamente a ligação do Estado do

amazonas aos demais estados da federação. O projeto ainda assume o papel de

amenizador do fluxo de tráfego interno da cidade de Porto Velho, uma vez que todo

tráfego pesado que hoje circula pelo centro da cidade será desviado por este

Contorno Rodoviário Norte, dando mais segurança à trafegabilidade dos usuários da

via.

26.1.7 Compatibilidade do Empreendimento com a Paisagem Imediata

Na área de instalação do empreendimento, até por se tratar de uma superfície em

profundo estado de degradação ambiental pela ocupação desordenada do solo local,

a modificação da paisagem é inevitável, mesmo porque com a construção da ponte e

sua abertura ao tráfego,na BR-319, grande parte dessa área será recuperada e

urbanizada, fato que a transformará sensivelmente, colocando-a novamente em

situação mais agradável aos olhos humanos. Remetendo ao impacto positivo,

significativo e permanente.

As alterações na topografia é uma das alterações esperadas, mas será bem pontual e

está relacionadas com as áreas de aterro da terraplenagem nas cabeceiras e

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acessos da ponte. No locais das lavras das jazidas de laterita e agregados, também

serão esperadas modificações, caso não sejam recuperadas de acordo como previsto

em projeto.

A modificação da passagem local será imediata após a abertura da ponte a o tráfego,

em razão da própria estrutura da ponte, não deixará ser mais um dos pontos

turísticos a ser explorado.

26.1.8 Benefícios Econômicos e Sociais

A valorização da terra é um dos principais impactos e imediato que a construção da

ponte trará, principalmente aquelas localizadas na margem esquerda do rio Madeira,

no domínio da área de influência direta do empreendimento, este é um processo que

ocorre espontaneamente em todo empreendimento rodoviário. O impacto

decorrente é considerado positivo, direto, muito significativo, imediato e irreversível.

Em todas as fases de execução da obra haverá contratação de mão-de-obra, gerando

empregos e renda diretos, indiretos e consequentemente aumento no comércio local,

em razão da melhoria da renda da população. Pós-construção da ponte haverá

redução do emprego e renda, porém, o ganho que hoje é concentrado nos balseiros

será socializado entre a população que não pagará pela travessia que hoje é feita por

balsa.

Outro benefício subjetivo, mas importante está relacionado com a trafegabilidade

mais segura e contínua, segura não será mais de balsa e contínua porque não haverá

mais desperdício de tempo, principalmente para o setor de saúde que muitas das

vezes as ambulâncias esperavam cerca de 30 a 40 minutos para atravessar com

pacientes emergenciais.

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Pode se prever também a redução do preço final de mercadorias de forma

significativa, pelo fato de que haverá redução do custo de transporte, em especial as

mercadorias que se destinam ao Amazonas e vice-versa.

27.0 Avaliação dos Impactos na fase de Implantação e Operação do

Empreendimento

A preparação do terreno refere-se à retirada de solo impróprio para a instalação do

empreendimento, a substituição por solo mais adequado (aterro), e a terraplenagem,

compactação e nivelamento do terreno, constituindo-se em Intervenções Ambientais (INA)

que implicam em alterações e impactos ambientais.

Portanto, apresenta-se a seguir os Impactos Ambientais – IMA, correspondente as fases

implantação e operação do empreendimento (Tabela XXV e XXVII.) e nas tabelas XXVI e

XXVIII, a Matriz de Avaliação dos Impactos..

Tabela XXV – Avaliação dos Impactos na fase de Mobilização e Instalação de

canteiro

Intervenção: Preparação do Terreno e Terraplenagem.

Alterações: Movimentação de Máquinas e Veículos Pesados; Geração de Empregos. Ordem e Identificação do Impactos:

22.2.1 IMA 01 - Geração de material do Movimento da Terra;

22.2.2 IMA 02 - Geração de Resíduos da Construção Civil;

22.2.3 IMA 03 - Aumento de Veículos Pesados;

22.2.4 IMA 04 - Ruídos, calor e Vibração;

22.2.5 IMA 05 - Interferência sobre a Infraestrutura Urbana;

22.2.6 IMA 06 - Poluição do Ar;

22.2.7 IMA 07 - Contaminação do Solo;

22.2.8 IMA 08 - Alteração da estabilidade do Solo;

22.2.9 IMA 09 – Redução do número de emprego;

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22.2.10 – IMA 10 – Aumento da renda;

22.2.11 – IMA 11 – Aumento da arrecadação tributária;

22.2.12 – IMA 12 – Conflito com a comunidade de entorno

IMA – 01 Nesta fase do empreendimento, assim como nas demais etapas do projeto

serão geradas emissões de gases provenientes de motores movidos a diesel e

gasolina, como COx, NOx e hidrocarbonetos não queimados, podendo afetar a

qualidade do ar na área de influência direta do empreendimento e,

conseqüentemente, a saúde da população do seu entorno. Este impacto é

negativo, absoluto, direto, significativo, temporário, imediato, irreversível,

global, cumulativo, podendo ser controlado e mitigado com a aplicação dos

dispositivos das Resoluções CONAMA nº 18/1986, 3/1990, 8/1990, 7/1993,

8/1993, 15/1995 e 242/1998. Assim, os operários do empreendimento deverão

usar máscaras de proteção para narinas, nos locais-fonte das emissões, como

forma de impedir a sua inalação.

Emissão de poeiras também são geradas nesta fase e são causada

principalmente durante as operações de terraplenagem, espera-se que sua

magnitude seja pequena especialmente devido à facilidade de controle ndesta

emissão, através da aspersão de água e utilização de lonas. Na fase de

implantação do empreendimento, ocorrerão emissões atmosféricas resultantes

do funcionamento de veículos e equipamentos que utilizam combustíveis. Além

disso, as obras como a movimentação de terra e supressão de vegetação

poderão gerar grande volume de particula na área.

Mas é na fase de operação da rodovia que esse impacto poderá ser mais

observado, pois a implantação da ponte o prolongamento dos acessos irá

acrescer um tráfego bem mais do que o normal, numa área de tranquilidade

moderada. Por isso esse impacto será negativo, local, direto, imediato, atenuável

e temporário, ocorrendo pequena intensidade e importância.

IMA – 02 A definição Resíduos da construção e demolição são os provenientes da

construção, demolição, reformas, reparos e da preparação e escavação de solo.

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Um dos grandes subprodutos da engenharia rodoviária como um todo é o

entulho, com restos de Fragmentos de asfalto, concreto, argamassa, aço e

madeira, etc., provenientes do desperdício na construção, reforma e/ou

demolição de estruturas.

Este material quando descartado nas construções, como material praticamente

inerte, sem a devida separação, pode causar ônus e problemas, pois seu volume

que pode chegar, a ocupar até 50% do volume total dos aterros públicos.

Além isto, as diversas destinações clandestinas do entulho causam problemas

à saúde pública pela proliferação de insetos e roedores, problemas de

deslizamentos de encostas e ainda a obstrução do escoamento e conseqüentes

inundações. Por essa razão, se bem monitorado o seu destino para depósito e

compactação(bota-fora), o impacto será negativo, local, direto, imediato,

temporário, devendo ocorrer com muito pequena intensidade e importância.

IMA 03 – O aumento no fluxo de veículos e equipamentos para o transporte de materiais

durante a fase de preparação do terreno irá ocasionar pressão sobre o sistema viário

local, aumentando os riscos de acidentes de trânsito, causando também a

deterioração do pavimento das vias públicas. Desta maneira estes mpactos são

avaliados como sendo: negativo, direto, regional, imediato, temporário, ocorrendo em

pequena intensidade e média importância;

IMA 04 A movimentação de máquinas e equipamentos utilizados na retirada, transporte

e disposição de material (aterro) e a preparação do terreno constituem-se em

atividades responsáveis pela geração de ruídos, muitasm vezes superiores aos

limites do conforto acústico para o homem, ocasionando assim um impacto que

atinge principalmente as áreas do entorno da operação destes equipamentos. Cabe

destacar que esta movimentação será muito intensa em decorrência do fato de que

grande parte do solo deverá ser removido do local, devendo ser substituído por

material terrígeno de qualidade superior. Entretanto, considerando que o local

previsto para o empreendimento não está localizado em área urbanizada, e que o

empreendimento têm acesso direto através da BR-319, inclusive, para possíveis

áreas de bota-fora, assim como também, para jazidas de material terrígeno.

As vibrações produzidas pela obra, se denotam mais durante a operação da

via, conforme apresentado na caracterização do empreendimento, como por

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exemplo na perfuração dos pilares, contribuindo assim, sobremaneira, para o

aumento de vibrações no local, vibrações estas, que resultaram em

reclamações de moradores que tiveram suas casas danificadas com

rachaduras nas paredes.

Este impacto é avaliado como sendo negativo, local, direto, imediato, atenuável e

temporário, devendo ocorrer com muito pequena intensidade e de

média importância.

IMA 05 - Este impacto ocorre em três situações distintas: a)

na etapa de projeto, prevê-se que alguns dos trabalhos de campo, como as

pesquisas de tráfego, principalmente, os que interfiram no tráfego local,

causando interrupções parciais da pista; b) Nas fases de mobilização e

execução, a movimentação dos caminhões equipamentos utilizados durante as

obras; e c) Na circulação dos operários em atividade poderão gerar filas e

transtornos ao transito. Mesmo assim, o impacto é considerado

negativo, local, direto, imediato, atenuável e temporário, devendo ocorrer com muita

intensidade e média importância.

IMA 06 - A qualidade do ar de uma região depende essencialmente das fontes

emissoras de poluentes e de suas condições físico-meteorológicas. O grau de

contaminação do ar é avaliado pela quantidade e pelo tipo de substâncias

nocivas à saúde pública e prejudiciais aos materiais, à fauna e à flora.

O principal instrumento de proteção da qualidade do ar é o Programa Nacional

de Controle do Ar – PRONAR – instituído pela Resolução CONAMA n° 005/89.

Inserido como instrumento do PRONAR existe o Programa de Controle da

Poluição do Ar por Veículos Automotores – PROCONVE – através da Resolução

CONAMA n° 18/86 que tem entre outros objetivos, é de reduzir os níveis de

emissão de poluentes por veículos automotores, responsabilizando os

fabricantes pelo nível de emissão dos veículos novos.

No caso em comento a emissão de poeiras, são causada principalmente

durante as operações de terraplenagem, espera-se que sua magnitude seja

pequena especialmente devido à facilidade de controle desta emissão, através

da aspersão de água e utilização de lonas.

O monóxido de carbono (CO) emitidos dos veículos em circulação e de usinas

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de asfalto, constitui um dos mais perigosos tóxicos respiratórios para homens e

animais. Essa junção entre o CO, os hidrocarbonetos (HC), óxidos e dióxidos de

nitrogênio (NO e NO2) e o dióxido de enxofre (SO2) forma um conjunto de

elementos altamente nocivos às plantas, aos animais e ao homem.

Além dos gases, há materiais particulados que também poluem o ar. Essas

partículas causam irritação do trato respiratório e, conforme seu tamanho,

podem penetrar no organismo. É o que ocorre, por exemplo, com o material

particulado emitido pelos veículos a diesel. Este impacto, portanto,

é avaliado como negativo, direto, local, imediato, atenuável e temporário,

de pequena intensidade e importância.

IMA 07 - Os impactos poderão ser provocados por derramamento acidental de

combustíveis e lubrificantes, pela atividade de manutenção (lavagem/limpeza)

de equipamentos, pelo manuseio incorreto de tintas e solventes e pela

disposição inadequada de resíduos sólidos, inclusive metálicos. São impactos

considerados como negativos, prováveis, diretos, local, imediato, atenuável,

temporários, de alta intensidade e de média importância.

IMA 08 – A alteração da estabilidade do solo está intimamente relacionada com as

vibrações produzidas pela obra, se denotam mais durante a operação da via,

conforme apresentado na caracterização do empreendimento, como por

exemplo na perfuração dos pilares, contribuindo assim, sobremaneira, para o

aumento de vibrações no local, vibrações estas, que resultaram em

reclamações de moradores que tiveram suas casas danificadas com rachaduras

nas paredes.

Este impacto será adverso em todas as fases da obra e inevitável, embora possa

ser atenuado por medidas específicas. Ele é um impacto de ocorrência provável

nas fases de pré-projeto e projeto e certa nas outras fases, sendo temporário nas

duas primeiras fases e permanente na fase de operação. Sua abrangência será

local e sua intensidade e importância podem ser consideradas pequenas na fase

de pré-projeto e projeto e média na fase de implantação e alto na fase de

operação, podendo Ise reverter a médio caso as medidas mitigadoras previstas

sejam implementadas.

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IMA 09 Esta atividade ocorrerá em todas asa fases da obra: Mobilização e Implantação de

canteiros, execução e operação. Sendo o mais representativo na fase de execução da

obra por demandar o maior números de trabalhadores nas diversas frentes de trabalgo,

como por exemplo: para a execução das obras de terraplanagem será necessária a

contratação de empreiteiras, serviços e equipamentos, assim como aquisição de

insumos. Este impacto implica diretamente na redução do índice de desemprego e

geração de emprego e renda. O impacto é positivo, provável, direto, regional,

imediato, permanente, inclusive, pós obra, de alta intensidade e média

importância;

IMA 10 - Este impacto é uma consequência do IMA 09, a geração/aumento da renda do

trabalhador, assim como a aquisição de serviços diversos para o desenvolvimento de

todas as etapas da obra e está diretamente relacionada com aumento do fluxo de

capital. Tais Impactos são considerados positivos, diretos, regionais, imediatos e

temporários por serem mais impactantes na fase de implantação e execução da

obra, e limitado na fase de operação. Também por isso são de alta

intensidade e de média importância;

IMA 11 - A aquisição de matérias-primas, insumos, componentes e serviços necessários para

a contrução e a necessidade de equipamentos implica no aumento da arrecadação

tributária em nível federal, estadual e municipal, com especial destaque à arrecadação

municipal (ISS). Neste caso, mdeve-se levar em consideração também a rede

fornecedores de componentes essenciais à produção de materiais específicos que o

empreendimento requer, como por exemplo sondas rotativas para a perfuração nos

locais das funações. Considera-se, portanto, esse impacto positivo, direto, regional,

imediato e permanente, ocorrendo com grande intensidade e muito grande e média

importância.

IMA 12 - Pelo tráfego de veículos pesados e pelas obras em si são potenciais fontes de

conflitos com a comunidade da área do entorno do empreendimento. Como a área do

empreendimento na margem direita do rio é habitada e sabendo que deverão que

sair do local causa desconforto aos moradores, mesmo sabendo que poderão ser

indezados ou removidos para o conjunto habitacional que será construído. Estes

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impactos podem ser considerados negativo, direto, local, mediato e temporário O

aumento dos níveis de ruído e as emissões atmosféricas (material particulado em

suspensão) geradas, pequena intensidade e importância.

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Tabela XXVI - Matriz de Avaliação de Impactos Ambientais. Fase de Execução das Atividades de Mobilização e Instalação de Canteiro.

Impactos Ambientais

COMPOSIÇÃO DA MAGNITUDE

ATRIBUTOS DOS

IMPACTOS

AMBIENTAIS

Sentido

Forma de

Incidência

Distributividade

Tempo de

Incidência

Prazo de Permanência Magnitude

(1 a 5)

Intensi

-dade

(1 a 5)

Impor-

tância

(1 a 5)

VGR

(1 a 125)

positivo negativo direta indireta local Regional imediato mediato permanente temporário

Preparação do Terreno e

Terraplanagem

IMA 01 - Geração de material do Movimento

da Terra; X X X X X -3 1 1 -3

IMA 02 – Gerarão de resíduos da construção

civil; X X X X X -2 1 1 -2

IMA 03 - Aumento de Veículos Pesados; X X X X X -3 1 3 -9

IMA 04 - Ruídos, calor e Vibração; X X X

X X -3 1 2 -6

IMA 05 - Interferência sobre a Infraestrutura

Urbana; X X X

X X -3 1 2 -6

IMA 06 - Poluição do Ar;

X X X

X X -2 1 1 -2

IMA 07 - Contaminação do Solo;

X X X

X X 2 4 2 -16

IMA 08 - Alteração da estabilidade do Solo;

X X X

X X 2 1 1 -2

IMA 09 - Redução do número de emprego; X X X X X 2 4 3 24

IMA 10 - Aumento da renda; X X X X X 2 4 3 24

IMA 11 - Aumento da arrecadação

tributária X X X X X 2 4 3 24

IMA 12 – Conflitos com a comunidade de

entorno; X X X X -3 1 1 -3

Valor Geral de Referência - TOTAL 23

Magnitude/ Intensidade/Importância: pequena(0 a 1 ); média(2 a 3) e alta(4 a 5)

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Tabela XXVII. Descrição dos Impactos Ambientais – Fase de Operação.

Intervenção: Processos operacionais e oferta de serviços..

Alterações: Movimentação de Equipamentos e Máquinas Pesados; Aumento do Trânsito de Veículos, com Geração de Empregos; Aquisição de Bens, Insumos e Serviços.

Ordem e Identificação do Impactos:

22.3.1 IMA 01 geração de Ruídos;

22.3.2 IMA 02 - Geração de Efluentes;

22.3.3 IMA 03 - Pressão sobre o Sistema de Recebimento de Resíduos Sólidos;

22.3.4 IMA 04 - Interferência sobre a Infraestrutura Urbana;

22.3.6 IMA 05 - Emissões Atmosféricas;

22.3.7 IMA 06 – Redução do índice de desemprego;

22.3.8 IMA 07 – Aumento da renda;

22.3.9 IMA 08 – Aumento da arrecadação tributária;

22.3.10 – IMA 09 - Dinamização do Setor Econômico;

22.3.11 – IMA 10 – Valorização Imobiliária

IMA – 01 A movimentação de máquinas e equipamentos utilizados na retirada, transporte

e disposição de material (aterro) e a preparação do terreno constituem-se em

atividades responsáveis pela geração de ruídos, muitas vezes superiores aos limites

do conforto acústico para o homem, ocasionando assim um impacto que atinge

principalmente as áreas do entorno da operação destes equipamentos. Cabe

destacar que esta movimentação será muito intensa em decorrência do fato de que

grande parte do solo deverá ser removido do local, devendo ser substituído por

material terrígeno de qualidade superior. Entretanto, considerando que o local

previsto para o empreendimento está localizado em área urbanizada, e que o

empreendimento é um segmento de interligação de duas margens que separam a

BR-319, bem como acessa possíveis áreas de bota-fora, jazidas de material terrígeno,

esse impacto é avaliado como sendo negativo, local, direto, imediato, temporário,

devendo ocorrer com muito pequena intensidade e importância.(idem IMA-04).

.

IMA – 02 É comum o registro de precipitações mais intensas na região, com prejuízos

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materiais de monta e risco de às populações. Assim, no contexto de uso e

ocupação do solo do Município de Porto Velho, faz-se necessário que para os

novos empreendimentos que venham a impermeabilizar grandes áreas, seja

calculado e dimensionado o volume gerado de efluentes de drenagem pluvial

após a impermeabilização, apresentando a melhor solução para evitar

agravamento da situação de escoamento e absorção das águas pluviais.

Para o em comento, não representa grandes áreas em termos de construção

propriamente dita, mas vale informar que toda drenagem

superficial que utiliza dispositivos para conduzir a água que escoa

superficialmente na plataforma da via está previsto em projeto, para fins de

proteção do corpo estradal.

A drenagem profunda também esta previsto em projeto, através de galerias,

visa garantir um perfeito e rápido escoamento das águas até um ponto

de descarga (rios, valas). Por essa razão o empreendimento é negativo, uma

vez que a obra em si, não gera outro tipo de efluente

IMA 03 – Este item está intimamente relacionado com a produção de Resíduos da

construção e demolição que são provenientes da construção, demolição,

reformas, reparos e da preparação e escavação de solo.

Um dos grandes subprodutos da engenharia rodoviária como um todo é o

entulho, com restos de fragmentos de asfalto, concreto, argamassa, aço e

madeira, etc., provenientes do desperdício na construção, reforma e/ou

demolição de estruturas.

Este material quando descartado nas construções tem que ser carregado,

transportada, depositado em bota-fora, espalhado e compactado, é um

material praticamente inerte, sem o devido manuseio, pode causar ônus e

problemas, haja vista que o seu volume que pode ocupar até 50% do volume

total dos aterros públicos.

O resultado negativo está em suas diversas destinações clandestinas do

entulho, se mal administrado o seu destino, causa problemas à saúde pública

pela proliferação de insetos e roedores, problemas de deslizamentos de

encostas e ainda a obstrução do sistema de drenagem e conseqüentes

inundações. Por essa razão, se bem monitorado o seu destino final para

depósito e compactação(bota-fora), o impacto será negativo, local, direto,

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imediato, temporário, devendo ocorrer com muito pequena intensidade

e importância.

IMA 04 – Dentre as atividades que mais interfere na infraestrutura urbana, é sem

dúvida, no sistema de transporte.

Este impacto ocorre em três situações distintas: a)

na etapa de projeto, prevê-se que alguns dos trabalhos de campo, como as

pesquisas de tráfego, principalmente, os que interfiram no tráfego local,

causando interrupções parciais da pista; b) Nas fases de mobilização e

execução, a movimentação dos caminhões equipamentos utilizados durante as

obras; e c) Na circulação dos operários em atividade poderão gerar filas e

transtornos ao transito. Por esse motivo o impacto é considerado

negativo, local, direto, imediato, atenuável e temporário, devendo ocorrer com muita

intensidade e média importância.

IMA 05 A qualidade do ar de uma região depende essencialmente das fontes

emissoras de poluentes e de suas condições físico-meteorológicas. O grau de

contaminação do ar é avaliado pela quantidade e pelo tipo de substâncias

nocivas à saúde pública e prejudiciais aos materiais, à fauna e à flora.

O principal instrumento de proteção da qualidade do ar é o Programa Nacional

de Controle do Ar – PRONAR – instituído pela Resolução CONAMA n° 005/89.

Inserido como instrumento do PRONAR existe o Programa de Controle da

Poluição do Ar por Veículos Automotores – PROCONVE – através da Resolução

CONAMA n° 18/86 que tem entre outros objetivos, é de reduzir os níveis de

emissão de poluentes por veículos automotores, responsabilizando os

fabricantes pelo nível de emissão dos veículos novos.

No caso em comento a emissão de poeiras, são causada principalmente

durante as operações de terraplenagem, espera-se que sua magnitude seja

pequena especialmente devido à facilidade de controle desta emissão, através

da aspersão de água e utilização de lonas.

O monóxido de carbono (CO) emitidos dos veículos em circulação e de usinas

de asfalto, constitui um dos mais perigosos tóxicos respiratórios para homens e

animais. Essa junção entre o CO, os hidrocarbonetos (HC), óxidos e dióxidos de

nitrogênio (NO e NO2) e o dióxido de enxofre (SO2) forma um conjunto de

elementos altamente nocivos às plantas, aos animais e ao homem.

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Além dos gases, há materiais particulados que também poluem o ar. Essas

partículas causam irritação do trato respiratório e, conforme seu tamanho,

podem penetrar no organismo. É o que ocorre, por exemplo, com o material

particulado emitido pelos veículos a diesel. Este impacto nesta fase de

operação, portanto, é avaliado como negativo, direto, local, imediato,

atenuável e permanente, de pequena intensidade e importância.

IMA 06 – Esta atividade ocorrerá em todas asa fases da obra: Mobilização e Implantação de

canteiros, execução e operação. Sendo o mais representativo na fase de execução da

obra por demandar o maior números de trabalhadores nas diversas frentes de trabalgo,

como por exemplo: para a execução das obras de terraplanagem será necessária a

contratação de empreiteiras, serviços e equipamentos, assim como aquisição de

insumos. Este impacto implica diretamente na redução do índice de desemprego e

geração de emprego e renda. O impacto é positivo, provável, direto, regional,

imediato, permanente, inclusive, pós obra, de alta intensidade e importância.

IMA 07 – Este impacto é uma consequência do IMA 06, a geração/aumento da renda do

trabalhador, assim como a aquisição de serviços diversos para o desenvolvimento de

todas as etapas da obra e está diretamente relacionada com aumento do fluxo de

capital. Tais Impactos são considerados positivos, diretos, regionais, imediatos e

temporários por serem mais impactantes na fase de implantação e execução da

obra, e limitado na fase de operação. Também por isso são de alta

intensidade e de média importância.

IMA 08 – A aquisição de matérias-primas, insumos, componentes e serviços necessários

para a contrução e a necessidade de equipamentos implica no aumento da

arrecadação tributária em nível federal, estadual e municipal, com especial destaque à

arrecadação municipal (ISS). Neste caso, mdeve-se levar em consideração também a

rede fornecedores de componentes essenciais à produção de materiais específicos que

o empreendimento requer, como por exemplo sondas rotativas para a perfuração

nos locais das funações. Considera-se, portanto, esse impacto positivo, direto,

regional, imediato e permanente, ocorrendo com grande intensidade e muito grande

importância.

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127

IMA 09 - O Total de investimento previsto para implantação da obra após a 2ª

Revisão de Projeto em Fase de Obra passou do valor inicial de

R$ 209.130.945,15(duzentos e nove milhões, cento e trinta mil reais,

novecentos e quarenta e cinco reais e quinze centavos),

para R$ 247.553.097,27(duzentos e quarenta e sete milhões, quinhentos e

cionqurenta e três mil, noventa sete reais e vinte sete centavos), ou seja, teve

um incremento de 18,37% sobre o valor inicial do projeto.

Este montante de recursos, induvidavelmente, além de gerar emprego e renda(IMA

06 e 07) dinamizará não só a economia local, mas também a regional, em

razão dos vários serviços que poderão ser prestados após a abertura da ponte

ao tráfego, tanto no trecho Porto Velho-Humaitá como no restante da rodovia

até Manaus. A sua trafegabilidade segura e contínua também revitalizará os

estabelecimentos rurais localizados às suas margens da BR 319, hoje

abandonados por falta de uma via para o escoamento de seus produtos. Assim,

a obra induzirá o incremento da produção agropecuária ao longo da rodovia,

gerando postos de trabalho e ajudando na formação de renda das populações

locais, sem esquecer o aumento que deverá ocorrer na arrecadação de taxas,

impostos e tributos federais, estaduais e municipais (IMA 08). Alia-se a todos

estes indicadores o benefício que o funcionamento da ponte trará à população

de modo geral, por reduzir de forma significativa, o tempo de travessia do rio e

o custo do transporte, reduzindo o preço final de mercadorias comercializadas,

por exemplo, nos estados do Acre e Amazonas. Este impacto positivo, direto,

regional, imediato, temporário de alta intensidade e importância.

Ima 10 - O impacto na valorização da terra pela construção da ponte é previsto,

principalmente, aquelas localizadas na margem esquerda do rio Madeira, no

domínio da área de influência direta do empreendimento, após divulgação da

execução da obra. Para este caso, o impacto decorrente é considerado

positivo, direto, local, imediato, permanente e de alta intensidade e

importância.

Por outro lado, a exploração desordenada das jazidas de materiais de

empréstimo poderá provocar a redução do valor aquisitivo dos terrenos locais

e do entorno, produzindo um impacto negativo, porém, o monitoramento

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ambiental para recuperação de áreas degradadas, pode torná-lo sem

importância, uma vez que o projeto executivo prevê mitiga-lo, através da

recuperação dessas áreas.

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129

Tabela XXVIII Matriz da Avaliação dos Impactos Ambientais de Execução e Operação da Ponte.

M

a

g

n

i

t

u

d

e

/

Inteidade/Importância: pequena(0 a 1 ); média(2 a 3) e alta(4 a 5)

Impactos Ambientais

COMPOSIÇÃO DA MAGNITUDE ATRIBUTOS DOS IMPACTOS AMBIENTAIS

Sentido

Forma de

Incidência

Distributividade

Tempo de

Incidência

Prazo de Permanência

Magnitude

(1 a 5)

Intensidade

(1 a 5)

Importânc

ia (1 a 5)

VGR (1 a

125)

positivo

negati

vo direta indireta local Regional imediato mediato permanente temporário

Processos operacionais e oferta de

serviços

IMA 01 - Geração de Ruídos;

X X

X

X

X -3 1 1 -3

IMA 02 – Geração de Efluentes;

X X

X

X

X -2 1 1 -2

IMA 03 - Pressão sobre o Sistema de

Recebimento de Resíduos Sólidos;

X X

X

X

X -3 1

1 -3

IMA 04 - Interferência sobre a

Infraestrutura Urbana;

X X

X

X

X -3 4 2

-24

IMA 05 - Emissões Atmosféricas;

X X

X

X

X

-3 1 1 -3

IMA 06 - Redução do índice de

desemprego; X X

X

X

X 3 4 4 48

IMA 07 - Aumento da renda; X X

X

X

X 3 4 3 36

IMA 08 - Aumento da arrecadação

tributária; X X

X X

X 3 4 4 48

IMA 09 - Dinamização do Setor

Econômico; X X X X X 3 4 4 48

IMA 10 – Valorização Imobiliária X X X X X 2 4 4 32

Valor Geral de Referência -

TOTAL

177

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28.0 Metodologia para Avaliação e Classificação dos Impactos

A percepção acerca dos serviços públicos nos bairros em volta do empreendimento, ou

seja, os mais afetados, Panair. São Sebastião(Balsa) foi identificada por meio do

levantamento de dados primários constantes em questionários estruturados, composto por

questões abertas onde o entrevistado teve a oportunidade de responder livremente e

realizar comentários a respeito do tema abordado.

Por meio desse instrumento de coleta, os entrevistados forneceram informações sobre a

obra da ponte, seus benefícios e malefícios, e a relação do mesmo com os serviços públicos

do bairro, bem como as melhorias necessárias para que esses serviços alcancem o

desempenho considerado satisfatório pela população amostrada.

Essa pesquisa foi realizada no período diurno dos dias 10, 11,12 e 23 de março de 2013,

entre as 9:00 e 18:00 horas e, portanto, foram entrevistados os moradores da Área de

Vizinhança Imediata – AVI e da Área de Vizinhança Direta – AVD, presentes no momento

dessa pesquisa.

Para avaliação dos impactos e respectiva classificação, foi extraído do item 16.0

ESTIMATIVA DE PRODUÇÃO DE FATORES IMPACTANTES, os principais impactos

decorrentes do empreendimento e colocado em uma planilha onde constam a composição da

magnitude (sentido, forma de incidência, ditributividade, tempo de incidência e prazo de

incidência) e os atributos dos impactos ambientais. Para valorar estes atributos foi definido

pesos de 1 a 5 para a magnitude, intensidade e importância, que dependendo do grau a

magnitude o resultado pode ser negativo ou positivo e está relacioda diretamente com o

sentido da magnitude “negativo ou positivo”, e a intensidade e importância será sempre

positiva dentro do limite de 1 a 5 de acordo como grau que se representa, onde o Valor Geral de

Referência – VGRG é obtido pela multiplicação do valor atribuído da intensidade com a

importância(intensidade x importância) e este resultado multiplicado pela magnitude, obtendo

assim um resultado, se negativo o impacto é negativo, se posotivo o imapcto é positivo, sendo o

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resultados da soma dos positivos e negativos é que vem a ser o Valor Geral de Referência – VGR,

ou seja, indica se o resultado final do reflexo da obra é maléfica ou benefica para a sociedade.

A título de complementação de informações a somatória do VGR positivo e negativo não

poderá ser maior do que 125 pontos que é obtido pela multiplicação dos pesos “5x5x5”.

29.0 CONCLUSÃO

Na estruturação deste Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV), analisaram-se

inicialmente os aspectos socioeconômicos e escala municipal de modo a se

contextualizar o empreendimento em relação à região de entorno. Aliando-se aos

documentos existentes sobre o empreendimento, assim como: o EIA/RIMA (Estudo de

Impacto Ambiental), PBA (Plano Básico Ambiental) e o Projeto de Desapropriação.

Posteriormente, abordaram se os aspectos locais da área de estudo(área de

Vizinhança), ou seja , a área considerada mais susceptível aos impactos decorrentes

da obra de Construção de Ponte sobre o Rio Madeira e Acessos. Dessa forma o

diagnóstico realizado possibilitou a compreensão dos fatores que envolvem a área,

permitindo a avaliação dos possíveis impactos no meio ambiente urbano.

Ao se analisarem os resultados obtidos através da avaliação dos impactos

verificaram-se como principais: a) o incômodo causado à vizinhança em decorrência

da elevação dos níveis de ruídos ocasionados, principalmente, pelo aumento do

tráfego dos veículos pesados na Avenida dos Imigrantes, que se direcionam nova

ponte que será construída, acesso este, que coincide com o final da Avenida dos

Imigrantes, que justamente termina na rampa da balsa que atravessa o rio madeira

de um lado para o outro; b) o reassentamento das famílias que hoje estão na Área de

Vizinhança Imediata atingidas pelos dois acessos da ponte, sendo mais significante

para os moradores da margem direita, haja vista que estes moradores estão

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impedidos de realizar quaisquer melhorias em suas residências aguardando o

reassentamento há mais de ano conforme informação da população. Embora se

configure como um dos principais impactos, a construção do conjunto habitacional

para onde estes moradores serão reassentados se iniciará entre os meses de abril e

maio.

Os demais impactos são atenuáveis, uns por serem temporários e outros por estarem

previstos em projeto como é o caso da drenagem e outros serviços de engenharia

citados anteriormente. Os demais estão previstos no EIA/RIMA e PBA que vem sendo

implementados e através da Contratação de empresa especializada na prestação de

serviços de Gestão Ambiental, abrangendo Supervisão e Gerenciamento Ambiental,

Execução de Programas Ambientais, Elaboração do Projeto de Plantio Compensatório,

bem como elaboração de Estudo de Impacto de Vizinhança – EIV e Relatório de

Impacto de Vizinhança – RIV das obras de construção e de acesso da ponte sobre o

Rio Madeira – BR-319/RO.

Apesar de o local da construção da ponte seja sobre o Rio Madeira, o acesso da

margem direita que é de aproximadamente 450 metros corresponde a uma área bem

habitada de ambos os lados dentro da faixa de domínio federal, isto significa dizer,

que são moradores que ocuparam a área indevidamente, hoje correndo sérios riscos,

uma vez que as soleiras das portas das casas estão a menos de 3 metros do eixo

lateral da pista.

Na margem direita a situação não é diferente, porém, com menos moradores. Por isso,

considerando o relato supracitado, recomenda-se por ocasião da construção dos

acessos que sejam estabelecidos horários na execução da obra, evitando a geração

de ruídos no período noturno.

Por outro lado, analisando as duas planilhas de avaliação e classificação dos impactos,

se percebe que a produção de impactos negativos são em número maior que os

positivos, porém, todos mitigáveis, temporários, de pequena intensidade e

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importância, e se comparados com os impactos positivos, estes se demonstram com

alta intensidade e importância e em alguns casos permanente a exemplo da

socialização dos custos de travessia que passa a ser gratuita.

Em virtude do analisado e apresentado no presente Estudo de Impacto de Vizinhança,

pode se concluir que as alterações previstas no aspecto socioeconômico são

passíveis de mitigação e/ou potencialização dos impactos positivos. Desta maneira, a

execução desta obra pode ser considerada viável neste aspecto desde que realizadas

corretamente as medidas previstas que visam a garantia da manutenção da

qualidade ambiental.

30.0 Equipe Técnica

Coordenador Técnico – Geógrafo, Leonardo da Silva Lima - CREA – 19682 D / DF;

Charlles Barata – Geógrafo - CREA 6367 D/RO;

Terena Vaz – Engenheira Florestal CREA 16141 D/DF

31.0 Bibliografia

BELLIA, V. & BIDONE, E. D. Rodovias, recursos naturais e meio ambiente. Ministério

dos Transportes/Departamento Nacional de Estradas de Rodagem/Universidade

Federal Fluminense. Editora da Universidade Federal Fluminense (EDUFF), Rio de

Janeiro,1993. 360 p., il., tb.

BENITEZ, I. Legislação ambiental federal e de Rondônia. 2ª Ed. revisada e ampliada.

Insight Comunicação e Marketing, Porto Velho, 2002. 585 p.

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BRASIL. Diagnóstico geoambiental e socioeconômico: área de influência da Br-364 –

trecho

Porto Velho/Rio Branco. Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)

e Instituto de Planejamento Econômico e Social (IPEA). Rio de Janeiro, 1990. 132 p.

map., gr., il. (Projeto de Proteção do Meio Ambiente e das Comunidades

Indígenas-PMACI I)

_________. Manual rodoviário de conservação, monitoramento e controle ambientais.

Ministério dos Transportes/Departamento Nacional de Estradas de

Rodagem/Diretoria de Engenharia Rodoviária/Divisão de Estudos e Projetos/Serviço

de Estudos Rodoviários, Rio de Janeiro, 1996.

134 p., il., gr., tb.

_________. Manual de projeto de obras-de-arte especiais. Ministério dos

Transportes/Departamento Nacional de Estradas de Rodagem/Diretoria de

Desenvolvimento Tecnológico/Divisão de Capacitação Tecnológica, Rio de Janeiro,

1996. 225 p., il.

_________. Perfil Socioeconômico e industrial do estado de Rondônia. Federação das

Indústrias de Rondônia (FIERO), Porto Velho, 1997. 322 p.

_________Contratação de empresa especializada na prestação de serviços de

Gestão Ambiental, abrangendo Supervisão e Gerenciamento Ambiental, Execução

de Programas Ambientais, Elaboração do Projeto de Plantio Compensatório, bem

como elaboração de Estudo de Impacto de Vizinhança – EIV e Relatório deImpacto

de Vizinhança – RIV das obras de construção e de acesso da ponte sobre o Rio

Madeira – BR-319/RO.

_________. Projeto básico de engenharia para construção de obra de arte especial.

Porto Velho, 2000. Vol. 1 e 2.

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_________. Considerações sobre o zoneamento socioeconômico-ecológico de

Rondônia. Governo de Rondônia/Secretaria de Estado do Planejamento, Coordenação

Geral e Administração (SEPLAD), Porto Velho, 2000. 39 p. map., tab. (Plano

Agroflorestal de Rondônia).

_________. Boletim climatológico de Rondônia – 2001. Governo do Estado de

Rondônia/Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental (SEDAM), Porto Velho,

2002. 30 p., map., gr.

_________. Atlas geoambiental de Rondônia. 2ª ed. Governo de Rondônia/ Secretaria

de Estado do Desenvolvimento Ambiental (SEDAM), Porto Velho, 2002. 141 p. mapas,

il., tab., gr.

_________. Avaliação e identificação de área e ações prioritárias para a conservação,

utilização sustentável e repartição dos benefícios da biodiversidade nos biomas

brasileiros. Brasília: MMA/SBF, 2002. 404 p.

MÜLLER-PLATENBERG, C. & AB’SABER, A. N. Previsão de impactos: o estudo de

impacto ambiental no leste, oeste e sul (experiências no Brasil, na Rússia e

Alemanha). Universidade de SãoPaulo/Grupo de Trabalho para Técnica e Meio

Ambiente no Leste, Oeste e Sul (ed.). Coop.Fundação Leben und Umwelt. Editora da

Universidade de São Paulo, São Paulo, 1998. 569 p.

PINTO, W. de D. & ALMEIDA, M. Resoluções do conselho nacional do meio ambiente –

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Plano Diretor do município de Porto Velho/RO, 2008.

DECRETO-LEI Nº 25, DE 30 DE NOVEMBRO DE 1937. Organiza a Proteção do

Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. Organiza a p

Lei do parcelamento do solo urbano. Lei no 6.766, de 19 de dezembro de 1979.

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Estudo de Impacto Ambiental da Construção da Ponte sobre o Rio Madeira, 2005.

Projeto de Desapropriação dos Acessos da Construção da Ponte sobre o Rio Madeira.

2008.

32.0 Anexos (Fotografias Aéreas, Plantas e Mapas).