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1 Drenagem linfática: 100 dúvidas a respeito – 1ª Parte. Esclarecimentos O linfedema é uma doença que vem afetando milhões de pessoas em todo o mundo. É uma doença crônica, caracterizada pelo acúmulo de líquidos e proteínas nos tecidos, decorrente da deficiência do sistema linfático. As implicações psicológicas e sociais, as limitações das atividades da vida diária e a estética interferem de modo negativo na qualidade de vida destas pessoas. Apesar dos avanços na compreensão da doença o seu tratamento continua sendo difícil e permanece nesse novo milênio como mais um dos grandes desafios a serem en fretado pela Medicina. Nas próximas páginas vamos procurar elucidas os vários questionamentos dos internautas, sobretudo, auxiliando na compreensão de pontos importantes desta terrível doença. Devo lembrar que a medicina evolui rapidamente, e o que hoje pode não tem cura em pouco tempo pode ter.

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Drenagem linftica: 100 dvidas a respeito 1 Parte. EsclarecimentosO linfedema uma doena que vem afetando milhes de pessoas em todo o mundo. uma doena crnica, caracterizada pelo acmulo de lquidos e protenas nos tecidos, decorrente da deficincia do sistema linftico. As implicaes psicolgicas e sociais, as limitaes das atividades da vida diria e a esttica interferem de modo negativo na qualidade de vida destas pessoas. Apesar dos avanos na compreenso da doena o seu tratamento continua sendo difcil e permanece nesse novo milnio como mais um dos grandes desafios a serem enfretado pela Medicina.

Nas prximas pginas vamos procurar elucidas os vrios questionamentos dos internautas, sobretudo, auxiliando na compreenso de pontos importantes desta terrvel doena. Devo lembrar que a medicina evolui rapidamente, e o que hoje pode no tem cura em pouco tempo pode ter.

01. O que linfedema?Linfedema um tipo de inchao (edema) que acomete um parte do corpo decorrente do acmulo anormal de lquidos e substncias, especialmente protenas, nos tecidos, resultante do fraco funcionamento do sistema linftico de drenagem.

02. Quais as pessoas que mais so acometidas pelo linfedema?O linfedema acomete especialmente as pessoas que passam por tratamentos oncolgicos (tratamento para o cncer, cirrgico, radioterapia e quimioterapia), ou procesos inflamatrios e infecciosos.

03. Todas as mulheres que fazem tratamento de cncer de mama ficaro com linfedema no trax e brao do lado da mama tratada?No, 25% delas podero ficar com linfedema decorrente do tratamento a que foram submetidas.

04. O que o sistema linftico?O sistema linftico uma poro do sistema circulatrio. constitudo de uma extensa rede de capilares, vasos, troncos linfticos, ductos linfticos e gnglios (linfonodos), que servem como filtros do lquido coletado na intimidade dos tecidos.

05. O sistema linftico trabalha separadamente do sistema sangneo?No, as circulaes linftica e sangnea esto intimamente relacionadas.

06. O sistema linftico tem qual funo?Uma das funes do sistema linftico a de drenagem (limpeza) das grandes partculas para a circulao sangnea, pois as molculas pequenas vo, na sua maioria, diretamente para o sangue, sendo conduzidas pelos capilares sangneos.

07. Como o sistema linftico circula?O sistema linftico no possui um corao que serve para bombear a linfa, como ocorre com o sangue. A linfa depende exclusivamente da ao de agentes externos para poder circular. A linfa move-se lentamente e sob baixa presso devido principalmente compresso provocada pelos movimentos dos msculos esquelticos que pressiona o fluido atravs dele. A contrao rtmica das paredes dos vasos tambm ajuda o fluido atravs dos capilares linftico.

08. O que a linfa?A linfa um lquido transparente e esbranquiado, levemente amarelado ou rosado, alcalino e de sabor salgado, constitudo essencialmente pelo plasma sanguneo e por glbulos brancos, com a mesma composio do que o fluido intersticial.

09. O que o meio intersticial?O meio intersticial o espao entre as clulas, onde ocorre a troca de nutrientes e eliminao dos produtos do metabolsmo celular.

10. Como funciona a troca nutritiva entre o sangue e a clula?A gua do sangue arterial, carregada de elementos nutritivos, sais minerais e vitaminas, deixa a luz do capilar arterial, chegando ao meio intersticial e banhando as clulas. Esta retiram desse lquido os elementos necessrios a seu metabolsmo e eliminam os produtos de degradao celular. Nas terminaes dos capilares sangneos venosos ocorre a reabsoro dos gases, especialmente gs carbnico, e elementos secundrios do metabolsmo. Essa constitui a chamada microcirculao onde as molculas pequenas voltam, na sua maioria, diretamente para o sangue sendo conduzida por esse capilares sangneos, e as grandes partculas atravs do sistema linftico.

11. Qual a importncia dessa microcirculao e do interstcio? nesse microssistema que ocorre a nutrio celular e a limpeza dos ejetos do metabolsmo, sem os quais a clula vai se desnutrindo e se intoxicando, culminando com sua morte. Em sntese a sade das clulas, por tanto do indivduo, depende do bom funcionamento desse microssistema.

12. Alm do papel drenador, retirando do interstcio celular os detritos e macromolculas que as clulas produzem durante seu metabolismo, o que mais o sistema linftico faz?Alm disso, os microorganismos patognicos, drenados pelo sistema linftico, ao passar pelo filtros dos linfonodos (gnglios linfticos) e bao onde so eliminados. Por isso, durante certas infeces pode-se sentir dor e inchao nos gnglios linfticos do pescoo, axila ou virilha, conhecidos popularmente como ngua, como tambm no bao.

13. O que linfangite carcinomatosa?Alguns tipos de cncer se espalha por este canalculos linfticos atingindo os linfonodos resultando na chamada linfangite carcinomatosa, que obstrui a passagem da linfa e ocasiona inchao na regio afetada.

4. Por que nos cnceres, como o cncer de mama, retira-se os glnglios linfticos?Porque comumente estes glnglios e vasos linfticos ficam tomados pelas clulas tumorais e podem ocasionar recediva o cncer.

15 Quantos litros de linfa so drenados, por dia, para o sistema circulatrio?Como todos os orgos do corpo humano, o sistema linftico normal trabalha com um grande reserva funcional, em torno de 20 litros de linfa por dia. Porm, o volume dirio, em uma pessoa saudvel, de dois a quatro litros. 16. Por que se forma o linfedema?O linfedema se desenvolve a partir de um desequilbrio entre a quantidade de linfa formada e a capacidade do sistema em drenar a linfa. o excesso de protenas de alto peso molecular no interstcio cria um gradiente osmtico que atrai fluidos do sistema vascular para o interstcio gerando o linfedema.

17. O que drenagem linftica?A drenagem linftica manual uma tcnica de massagem que possibilita a celerao do retorno venoso ao corao, pois, atravs de tcnicas especficas, exerce presso suave nos msculos. Com isso, estimula a eliminao de toxinas, resduos e substncias oriundas de infeces, inflamaes e espasmos musculares.

18. Quais as indicaes da utilizao de drenagem linftica?A drenagem linftica esta indicada no tratamento e preveno de edemas, linfedemas, fibroedemas, gelide, queimaduras, enxertos, ps-operatrio de cirurgias plsticas, lipoaspirao, ps mastectomia, varizes, sinusites, otite, rinite, enxaqueca, artroses, artrite, tendinites.

19. Em quais ocasies a drenagem linftica manual NO pode ser utilizada?A drenagem linftica manual est contra-indicada na presena de processos infecciosos, neoplasias, trombose venosa profunda e erisipela.

20. O resultado da drenagem linftica igual em todos os casos?No, o resultado da terapia depende do estgio em que se encontra a doena e de quando se inicia o tratamento, independente do fator que causa o linfedema. Veja Lifangite, elefantase e erisipelaTags: drenagem linftica, interstcio, linfedema2 Parte Esclarecimentos

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21. O que linfedema primrio?Os linfedemas primrios, tambm denominados linfedemas idiopticos so edema decorrente de acmulo anormal de lquidos e substncias nos tecidos, resultantes de alterao congnita do desenvolvimento dos vasos linftiso e linfonodos ou obstruo de linfticos de causa desconhecida.

22. Como so classificados os lifedemas primrios?Os lifedemas primrios so classificados de acordo com a idade de aparecimento do edema em congnito, precoce e tardio. Os congnitos tm incio do nascimento at um ano e (ou) surgem at o segundo ano de vida. Os linfedemas primrios precoces surgem at os 35 anos, sendo mais comuns em adolescentes do sexo feminino, e tm caractersticas familiar, denominada de sndrome de Meige. Os linfedemas primrios tardios ocorrem aps os 35 anos de idade.

23. O que o linfedema congnito?O linfedema congnito familiar (doena de Milroy) ocorre em um caso em cada 6 mil nascimentos. Estime-se entre 600 mil e 2 milhes o nmero de pessoas com linfedema congnito nos pases ocidentais.

24. No linfedema congnito s existe problema no sistema linftico?No, as malformaes do sistema linftico pode vir associadas com outros problemas no desenvolvimento, sendo causa importante de bito fetal.

25. O que linfedema secundrio?O linfedema secundrio surge por alteraes adquiridas do sistema linftico e linfonodos decorrentes de infeces, traumas, cirurgias, radioterapia, cncer, parasitose (filariose) e insuficincia venosa crnica.

26. O que linfangite?Linfangite a leso infecciosa dos vasos linfticos de um determinada regio. Essa leso, pode ser causada por uma bactria (Streptococcus pyogenes grupo A); por um verme (helmintos da espcie Wuchereria bancrofti); por disseminao linfognica de um cncer; ou por leses qumicas ou irradiaes de tumores.

27. Qual a causa mais comum de linfangite no Brasil?No Brasil a causa mais comum de linfangite a complicao da erisipela, infeco da pele causada geralmente pela bactria Streptococcus pyogenes grupo A, mas tambm pode ser causada por outros estreptococos ou at por estafilococos.

28. Como ocorre a erisipela?A partir de leso causada por fungos (frieira) entre os dedos dos ps, arranhes na pele, bolhas nos ps produzidas por calado, corte de calos ou cutculas, coadura de alguma picada de inseto com as unhas, pacientes com varizes ou com diminuio do nmero de linfticos tm uma predisposio maior de adquirir a doena.

29. Quais as pessoas mais propensas a este tipo de infeco?As pessoas portadoras de diabetes ou varizes esto mais propensas a esta infeco, assim como, as pacientes submetidas mastectomia, portadoras de edema cardacos e renais.

30. Quais os sintomas da erisipela?Os primeiros sintomas podem ser aqueles comuns a qualquer infeco: calafrios, febre alta, astenia, cefalia, mal-estar, nuseas e vmitos. As alteraes da pele podem se apresentar rapidamente e variam desde um simples vermelhido, dor e edema (inchao) at a formao de bolhas e feridas por necrose (morte das clulas) da pele.

31. Quais exames devem ser realizados para o diagnstico da erisipela?O diagnstico feito basicamente atravs do exame clnico.Exames laboratoriais so geralmente dispensveis para se fazer o diagnstico, mas so importantes para acompanhar a evoluo do paciente.

32. Como o tratamento?A crise de erisipela deve ser tratada com repouso, medidas higinicas locais e antibiticos, sempre que possvel em ambiente hopitalar. Com o tratamento correto, a erisipela no deixa seqelas.

33. O que elefantase por verme ou filariose?A filariose, ou filarase, causada por vermes que parasitam os vasos linfticos do homem. No caso brasileiro, ela ocasionada por helmintos da espcie Wuchereria bancrofti. A infeco ocorre quando mosquitos da espcie Culex quinquefasciatus, que ao picarem o homem transmitem larvas da W. bancrofti. 34. Onde mais se encontra estes casos?Causadora da elefantase, a filariose linftica coloca em risco um bilho de ssoas em todo o mundo. Mais de 120 milhes sofrem da doena, sendo que mais de 40 milhes se encontram gravemente incapacitados ou apresentam deformaes. Dos infectados, um tero vive na ndia, um tero na frica e o restante na sia, Pacfico Ocidental e Amricas.

35. Como a clnica da filariose?O perodo de incubao da filariose de 9 a 12 meses. Os primeiros sintomas costumam ser processos inflamatrios (desencadeados pela morte do verme adulto) localizados nos vasos linfticos (linfangite), com febre, calafrio, dor de cabea, nusea, sensibilidade dolorosa e vermelhido ao longo do vaso linftico em diferentes regies independentes de sua localizao: escroto, cordo espermtico, mama, membros inferiores, etc. So freqentes os casos com ataques repetidos de linfangite, linfadenite (inflamao dos ndulos linfticos) e leses genitais.

36. Como o tratamento da filariose?A droga de escolha para o combate filariose a dietilcarbamazina. Em pases em que a doena coexiste com a oncocercose, usa-se a ivermectina. Em casos especficos de resistncia ao tratamento clnico com medicamentos, h indicao de retirada cirrgica do verme adulto.

37. Quando se indica tratamento cirrgico?O tratamento cirrgico da elefantase um procedimento de exceo, restingindo-se a um pequena parcela de pacientes, a no ser nos casos de linfedema escrotal.

38. Quando indica-se resseces cirrgicas?As resseces cirrgicas objetivam reduzir o volume do membro, restaurando parcialmente sua funcionalidade, com enxertia de pele na mesma sesso operatria.

39. O repouso permite regresso do inchao do linfedema?Existem 3 tipos de linfedema: o de grau I o inchao reversvel com elevao das pernas e repouso no leito por 24 a 48 horas. Este edema depressvel presso digital (sinal de Godet); os de grau II e grau III, o inchao no regridem com o repouso.

40. Como deve ser a fisioterapia nos linfedemas?A fisioterapia dos linfedemas englobam repouso com elevao dos membros afetados (braos ou pernas), terapia fsica complexa descongestiva, com presso pneumtica intermitente, autodrenagem linftica com roletes, conteno elstica com compresso e principalmente drenagem linftica por massagem manual.

Tags: doena de Milroy, elefantase, erisipela, filariose, sndrome de Meige, sinal de Godet 3 Parte

Esclarecimentos

41. Como reconhecer o linfedema?A histria clnica e aspecto da rea acometida indicam o diagnstico de linfedema. Alm do edema endurecido, pouco depressvel compresso digital, o aspecto da pele (hiperceratose, verrucosidades, fistulas, lceras, elefantase, deformidades das unhas), e grande volume da rea afetada confirmam o diagnstico. A histria clnica indica as possveis etiologias.

42. Como os exames de imagem fecham o diagnstico?Apesar do diagnstico de linfedema ser basicamente clnico, a obteno de imagens radiolgicas e de ultrassonografia permitem melhor compreenso dos fenmenos patolgicos envolvidos e excluir outras causas de edema.

43. Como se estuda os vasos linfticos afetados?O estudo dos vasos linfticos feito pela linfografia e pela linfocintilografia. A linfocintilografia , atualmente, o exame de escolha para estudar a anatomia e funo dos vasos linfticos. um exame no invasivo e de fcil realizao.

44. Como deve ser o tratamento do linfedema?O linfedema como todas doenas crnicas debilitantes deve ser vista e assistida por equipe multidisciplinar adaptada s exigncias do tratamento. O tratamento envolve vrias etapas, desde o apoio psicolgico, tratamento farmacolgico, fisioterpico e cirrgico.

45. Que medidas gerais auxiliam no tratamento do linfedema?O linfedema deve ser entendido com doena crnica que necessita de implementar mudana no estilo de vida para se obter um melhor controle. No existe cura, mas controle. Da mesma forma, como ocorre com as doenas crnicas, hipertenso arterial, diabetes, artrite, etc. Perda de peso se a pessoa for obesa, evitar alcool, fumo, excesso de sal, roupas apertadas nas coxas e cintura. Procurar exercitar-se com nadar e pequenas caminhadas, pois melhoram o fluxo linftico residual.

46. O tratamento do linfedema fundamentalmente medicamentos?No, o tratamento medicamentoso considerado adjuvante no tratamento do linfedema, visando diminuir o edema, tratar e previnir infeces.

47. Quais os medicamentos que podem ser utilizados no controle do linfedema?Atualmente, est indicada a utilizao de antiinflamatrios no hormonais, corticides, benzopironas, cumarnicos e venotnicos.

48. Qual a papel dos diurticos?Os diurticos podem ser empregados, em alguns pacientes, nas fases iniciais da doena. Porm, so pouco utilizados, pois podem causar complicaes, como hemoconcentrao (perda da relao entre o nmero de globulos vermelhos e o volume de plasma), e ter efeitos deletrios locais, pelo aumento de protenas no interstcios.

49. Como age as benzopironas?As benzopironas tm ao de quebras as protenas de grande peso molecular (ao proteoltica), atravs da ao dos marcfagos, facilitando a remoo dessas protenas dos tecidos e diminuindo sua concentrao no interstcio.

50. Quando deve ser usado os antiinflamatrios no hormonais?Os antiinflamatrios no hormonais devem ser utilizados quando clinicamente e laboratorialmente detectamos porcessos inflamatrios na regio do linfedema.

51. Qual o papel dos corticides?Apesar dos corticides reterem lquido no organismo, nos linfedemas eles ajudam diminuindo ao aprecimento da fibrose, nesses locais.

52. Como os vasotnicos agem nos linfedemas?Substncias vasotnicas extraidas de plantas, como curamina, rutina, diosmina e hespiridina, agem aumentando o calibre dos vaso e o fluxo linfitico. Tanto isoladamente, como em associao entre elas.

53. Como o tratamento fisioterpico?O tratamento fisioterpico do linfedema consiste na utilizao de inmeras tcnicas, sendo a drenagem linftica a mais empregada. As demais tcnicas que auxiliam na obteno de melores resultados so: terapia fsica complexa descongestiva, autodrenagem linftica com roletes, conteno elstica com compresso e presso pneumtica intermitente.

54.O que a Fisioterapia Complexa Descongestiva?A tcnica da Fisioterapia Complexa Descongestiva foi estabelecida por Pldi em 1979 e constava de tratamento compreendendo duas fases. A primeira fase se constitua de higiene e cuidados com a pele e tratamento de micoses, massagem de drenagem manual, compresso por bandagem e exerccios linfocinticos. Nos casos de linfedemas avanados (grau 3), a repetio em tratamento de duas a trs vezes ao ano, o que constitua a fase 2. Em todos os casos era prescrita a colocao de malha compressiva elstica. A partir da, vrias escolas europeias, americanas e australianas desenvolveram tratamentos baseados no mtodo Pldi, apresentando algumas diferenas tcnicas, mantendo, porm, as bases do tratamento.

55. Quais so os tipos de drenagem linftica?Atualmente a drenagem linftica manual est representada dos duas tcnicas; a tcnica de Leduc e a tcnica de Vodder.

56. Quais as manobras bsicas da drenagem linftica?Existem bsicamente trs formas de manobra: 1. Manobra de captao realizada diretamente sobre o local edemaciado, visando aumentar a captao da linfa pelos capilares linfticos; 2. Manobra de reabsoro esta manobra acontecem nos pr-coletores e coletores linfticos, responsveis pelo transporte da linfa captada pelo capilares linfticos; 3. Manobra de evacuao atuando nos linfonodos que recebem a confluncia dos coletores linfticos.

57. A manobra pode ser realizada por qualquer pessoa?No, este procedimento altamente especializado, necessitando de profundo conhecimento dos pontos de drenagem linftica. A atuao do profissional requer uma tcnica capaz de realizar uma massagem com presses suaves, lentas e rtmicas, seguindo o trajeto do sistema linftico acometido.

58. Como a Tcnica de Leduc?A tcnica de Leduc sugere a seguinte combinao: cuidados com a pele, massagem de drenagem manual, enfaixamento compressivo inelstico, bomba compressiva intermitente com presso inferior a 40mmhg, exerccios linfocinticos e malha compressiva aps o trmino do tratamento. Leduc determina que a massagem seja tecnicamente individualizada, e que a estimulao dever ser realizada somente nas regies onde houver linfonodos para serem estimulados. O curso usual de tratamento descrito por ele, comea com cinco sesses semanais e vai diminuindo progressivamente at uma sesso semanal, podendo se prolongar por meses. O melhor resultado se d nas primeiras duas semanas.

A tcnica de Leduc utiliza cinco movimentos:

1. Drenagem dos linfondios: inicia-se mediante contato direto dos dedos indicador e mdio do terapeuta com a pele do paciente, ou coma mos sobrepostas. Amanobra realizada com uma presso moderada e rtmica, estando baseada no processo de evacuao

2. Crculo com os dedos: utiliza-se desde o dedo indicador at o mnimo (os movimentos so leves, rtmicos e obedecem a uma presso na rea edemaciada, seguindo o sentido dos vasos linfticos.

3. Crculo com o polegar: realizado somente com o polegar.

4. Movimentos combinados: combinao dos dois movimentos descritos anteriormente, com o polegar e com os outros dedos.

5. Presso em bracelete: o sentido da drenagem deve ser distal para proximal, sendo que a presso deve ser intermitente e obedecer ao sentido da drenagem.

59. Como a tcnica de Vodder? A tcnica de Vodder basea-se em 4 tipos de movimentos:

1. Crculos fixos: coloca-se a mo espalmada sobre a pele e, com os dedos, realizam-se movimentos circulares, efetuando uma presso/descompresso.

2. Movimento de bombeamento: as mos so colocadas no tecido a ser drenado, iniciando-se movimentos ondulatrios, com presses decrescentes na palma para os dedos.

3. Movimento do doador : iniciado com as palmas das mos posicionadas perpendicularmente s vias de drenagem, sendo baseado em manobras de arraste envolvendo uma combinao de movimentos.

4. Movimento giratrio ou de rotao: empregado em superfcie planas. O posicionamento das mos depende da seqncia realizada. Podem ser posicionadas proximal ou distalmente, seguindo sempre o fluxo de drenagem.

60. Qual o melhor tratamento para o linfedema? O melhor tratamento o diagnstico precoce e preveno das complicaes. O tratamento bem planejado e orientado demonstrou ser capaz de controlar a grande maioria dos casos, sobretudo nas fases iniciais da doena antes que ocorram as alteraes irreversveis dos tecidos.

Tags: drenagem linftica 4 Parte

Esclarecimentos61. Como o organismo se defende? O organismo possui barreiras naturais que so obviamente inespecficas, como a da pele (queratina, lipdios e cidos graxos), a saliva, o cido clordrico do estmago, o pH da vagina, a cera do ouvido externo, muco presente nas mucosas e no trato respiratrio, clios do epitlio respiratrio, peristaltismo, flora normal, entre outros.

Alm dessas barreiras naturais o organismo tem um sofisticado sistema de defesa que resulta em inflamaes que combatem os agentes agressivos, sem que o mais especfico o sistema imunolgico, onde a linfa cumpre papel fundamental.

62. Como formado o sistema imunolgico? Simplificadamente, o sistema linftico constitudo pelos vasos linfticos, pelos linfonodos e pelo bao.

63. Como age o sistema imunolgico? O sistema imunolgico ou sistema imune de grande eficincia no combate a microorganismos invasores. Mas no s isso; ele tambm responsvel pela limpeza do organismo, ou seja, a retirada de clulas mortas, a renovao de determinadas estruturas, rejeio de enxertos, e memria imunolgica. Tambm ativo contra clulas alteradas, que diariamente surgem no nosso corpo, como resultado de mitoses anormais. Essas clulas, se no forem destrudas, podem dar origem a cnceres.

64. Como o sistema linftico trabalha quando ocorre uma reao de defesa, como na inflamao? Em funo da inflamao, aumenta a drenagem de lquido e de materiais pelos vasos linfticos e a chegada desses materiais aos gnglios linfticos da regio, onde existem muitos macrfagos (ver figura). Entre as clulas que normalmente so encontradas nos gnglios linfticos destacam-se os linfcitos e os macrfagos que so as clulas apresentadoras de antgenos (agentes agressores, bactrias, vrus, clulas cancerosas), que reconhecem substncias estranhas ao corpo. Essas estimulam os linfcitos T4 ou auxiliadores a produzirem inmeras substncias capazes de estimular outros linfcitos T e outras importantes clulas de defesa. Essas substncias so as interleucinas e os interferons.

65. Como ocorre o transporte da linfa? A linfa transportada pelos vasos linfticos em sentido unidirecional e filtrada nos linfonodos (tambm conhecidos como ndulos linfticos ou gnglios linfticos). Aps a filtragem, lanada no sangue, desembocando nas veias subclvias atravs do ducto torcico.

66. Como a anatmia do vaso linftico? Algumas peculiaridades anatmicas dos vasos linfticos so importantes em relao ao sistema hidrodinmico. Uma delas a presena de vlvulas, que desempenham o importante papel de manter o fluxo unidirecional, evitando o refluxo, e fazem parte da estrutura contrtil do vaso linftico (linfangion).

67. O que o linfangion? O linfangion a poro de vaso linftico compreendido entre duas vlvulas que exerce atividade pulstil. semelhante ao corao, por ter atividade contrtil prpria. O linfangion, esse verdadeiro corao do sistema linftico, impulsiona a linfa por contrao da musculatura lisa da parede dos vasos, e essas contraes impulsionam o fluido atravs dos vasos seis a sete vezes por minuto e pelo estiramento reflexo dos vasos

68. O que so os linfonodos? Os linfonodos ou gnglios linfticos constituem naturalmente barreiras limitantes e funcionam como filtros do nosso organismo contra os agentes agressores. Essa importante estrutura do sistema imunolgico, limita o fluxo da linfa, de modo a deixar as clulas imunolgicas agirem sobre o agente agressor. Este fato, faz o linfonodo aumentar de tamanho, adquirir sinais inflamatrio como aumento de temperatura e dor, popularmente conhecido como inga. Como ilustra a figura acima, vrios canais linfticos chegam a parte cortical e dois deixam o linfonodo pelo seu hilo. As vlvulas desses canais direcionam a circulao da linfa, no sentido cortical (camada superior) para a poro medular do linfonodo.

69. Qual o papel do bao? O bao o rgo linftico, excludo da circulao linftica, interposto na circulao sangnea e cuja drenagem venosa passa, obrigatoriamente, pelo fgado. Possui grande quantidade de macrfagos que, atravs da fagocitose, destroem micrbios, restos de tecido, substncias estranhas, clulas do sangue em circulao j desgastadas como eritrcitos, leuccitos e plaquetas. Dessa forma, o bao limpa o sangue, funcionando como um filtro desse fludo to essencial. O bao tambm tem participao na resposta imune, reagindo a agentes infecciosos. Inclusive, considerado por alguns cientistas, um grande ndulo linftico.

70. Como podemos estudar o sistema linftico?

O sistema linftico pode ser estudado pela linfocintilografia, como na imagem acima. Outro mtodo, atualmente em desuso, a linfografia que utiliza contraste radiopaco.

71. O que a linfocintilografia?A linfocintilografia , atualmente, o exame de escolha para avaliar o sistema linftico, pois avalia a funo e a anatomia do sistema linftico, sendo um mtodo pouco invasivo, de fcil realizao e poder ser repetido sem causar dano ao vaso linftico.Esse exame no utiliza contrastes e no envolve a disseco de vasos linfticos, pode ser utilizado com segurana em crianas e, principalmente, permite o estudo tanto da anatomia quanto da fisiologia da circulao linftica.

72. Como feita a linfocintilografia?A linfocintilografia realizada pela injeo intradrmica de radiofrmaco (macromolculas proticas marcadas com material radioativo) na extremidade dos membros e aquisio de imagens atravs de uma gama-cmara. (Veja imagem acima).

73. Como o radiofrmaco?Vrios radioistopos tm sido empregados para a realizao do estudo linfocintigrfico, porm o mais utilizado hoje o Tecncio-99 metaestvel (Tc-99m), que administrado mais freqentemente como marcador da soluo de Dextran 5005-7.O comportamento biocintico das partculas injetadas no interstcio depende principalmente do seu dimetro. As partculas que apresentam dimetro inferior a 10 nm so absorvidas, preferencialmente, pelo sistema capilar sangneo, enquanto que aquelas cujo dimetro situa-se entre 10 e 50 nm, como o Dextran 500, so rapidamente transportadas atravs dos vasos capilares linfticos.

74. Como se interpreta o exame?A linfocintilografia pode ser interpretada de trs maneiras: quantitativa, que avalia o transporte do radiofrmaco em relao ao tempo; qualitativa, que analisa visualmente as imagens; e semiquantitativa, que associa dados da dinmica do transporte do radiofrmaco com o tempo de aparecimento da radioatividade.

75. Qual a importncia do entendimentos da anatomia dos vasos linfticos e da localizao dos linfonodos para a terapia da drenagem linftica? A drenagem linftica manual deve obedecer ao sentido do fluxo, pois, se for realizada em sentido contrrio, pode forar a linfa contra as vlvulas, podendo danific-las e, conseqentemente, destruir um corao linftico. Esta a primeira lei preconizada para a realizao da drenagem linftica.

Outro fator importante so as barreiras que podem ocorrer no conduto, nas quais pode-se aumentar a presso ou a velocidade para vencer a limitao imposta. Tal procedimento pode levar destruio dessa barreira ou do conduto. Esse fato pode ocorrer quando estamos realizando a drenagem linftica, e, portanto, podemos destruir ou lesar o sistema.

Os linfonodos constituem naturalmente barreiras limitantes e funcionam como filtros do sistema; portanto, so limitadores da velocidade de drenagem. Essa a segunda lei da drenagem linftica, segundo a qual devemos obedecer capacidade de filtrao dos linfonodos, controlando a velocidade da drenagem e a presso exercida.

76. Os vaso linfticos podem aumentar em nmero e tamanho, como ocorre no caso das varizes?Sim, a linfocintilografia permite visualizar aumento no nmero e do calibre dos vasos linfticos. Atravs deste estudo pode programar melhor a conduta teraputica.

77. Quais as estruturas componentes do sistema linftico?O sistema linftico composto por milhares de capilares linfticos, localizados no interior das estruturas do corpo humano, este drenam a linfa para os vasos pr-coletores e coletores que, ao passarem atravs do linfonodo, so denominados ps-coletores. Estes ltimos formam os 11 troncos linfticos que drenam regies especficas do corpo. Os troncos linfticos formaro os ductos linfticos, que constituem a poro final na drenagem linftica. Os ductos linfticos desembocam no sistema venoso, na juno subclvio-jugular.

78. Quais aes podem interferir na mobilidade dos linfangions corao do sistema linftico?Alm do prprio sistema linftico, outras aes podem interferir na mobilidade dos linfangions: O bombeamento do sistema arterial, o bombeamento dos msculos, os movimentos respiratrios, o peristaltismo intestinal, a massagem de drenagem linftica, a presso externa promovida por enfaixamento e contenso elstica.

79. O que insuficincia linftica dinmica?Considera-se insuficincia linftica dinmica, quando o sistema linftico est integro e o volume a ser drenado excede a capacidade do sistema linftico (20 litros por dia), causando o edema. Esses edemas so pobre em protenas, tendo como exemplo o edema da insuficincia cardaca congestiva e os edemas venosos.

80. O que insuficincia linftica mecnica?Considera-se insuficincia linftica mecnica, na qual o volume a ser drenado normal, porm o sistema linftico no consegue reabsorver esse lquido e as macromolculas, resultando em uma linfa com alta concentrao protica, que so os verdadeiros linfedemas.

Tags: linfa, linfocintilografia, linfonodos 5 Parte Esclarecimentos

A corte histolgico dos vaso linfticos em pequeno aumento; B corte histolgico de vaso (endot;lio) linftico; C- esquema do interstcio.

81. O que linfangite?A linfangite o processo inflamatrio dos vasos linfticos, podendo ter origem bacteriana, por micose interdigital ou ferimento na pele, viral, fngica ou parasitria por leishmaniose, filariose, toxoplasmose e oncocercose.

82. Quais os sintomas e sinais fsicos de uma linfangite?Os sintomas mais comuns das linfangites so a presena de estrias avermelhadas e quentes, na pele correspondente ao trajeto dos vasos linfticos, e calor, dor local, adenomegalia (aumento dos linfonodos) inguinal (ngua), febre e edema (inchao). Exemplo, na linfangite da perna os sinais inflamatrios corre longitudinalmente na perna, estendendo-se desde a leso cutnea at a virilha, onde surge os linfonodos reacional (ingua).

83. Como os linfticos so orgos de defesa imunolgica, tem necessidade de se tratar as linfangites?Sim, as linfangites devero ser tratadas de forma intensiva, pois, caso contrrio, poder se instalar o linfedema (elefantase), que, muitas vezes, adquire propores dramticas, levando a danos irreversveis, como vimos nas dvidas anteriores.

84. Ento os linfedemas e as elefantases pode resultar de linfangites mal curadas?Sim esta a principal causa de elefantase.

85. O linfedema resultande de vrios surtos de linfangite?No, uma s crise j pode levar ao linfedema.

86. Como feito o tratamento da linfangite?O tratamento dever incluir repouso com elevao do membro afetado, curativos dirios quando necessrio, antibiticos, linfocinticos (drogas que atuam nos vasos linfticos), flebotnicos (drogas que atuam nas veias) nos casos em que houver insuficincia venosa associada, analgsicos (drogas contra a dor) e antitrmicos (drogas contra a febre).

87. Como pode surgir uma linfangite?A linfangite resultante de infeces da pele, resultante de pequenos traumatismos, arranhes e micoses interdigitais.

88. Como previnir as linfangites?A preveno depende de uma boa higiene, sobretudo dos ps, local que mais causam erisipela e linfangite, que atinge as pernas.

89. A depilao e sapatos de salto alto podem ocasionar linfangites?Sim, a depilao, os sapatos apertados, calos, unhas encravadas podem ocasionar leso na pele e provocar infeco como linfangites e erisipela. O uso contnuo de sapatos de salto alto proporcional varizes nas pessoas com tendncia familiar e as varizes podem resultar em linfangites e linfedemas.

90. As varizes podem ocasionar linfedemas?Sim, as veias doentes prejudicam a drenagem venosa dos membros inferiores, levando as complicaes da doena, que clinicamente se expressa por: acentuao dos trajetos varicosos; hiperpigmentao cutnea (manchas ocres) ocasionada pelo extravasamento de sangue no tecido subcutneo, eczema varicoso provocado pela presena de hemoglobina livre no tecido subcutneo, que causa processo inflamatrio crnico neste tecido. O sistema linftico, por sua prpria caracterstica procura drenar este material excedente, material esse que em excesso ocasiona dificuldade na drenagem linftica e conseqente linfedema.

91. Quais as medidas gerais que auxiliam na preveno e tratamento do linfedema?Para o bom resultado do tratamento do linfedema, algumas medidas gerais devem ser consideradas, tais como: emagrecer, praticar exerccios fsicos (preferencialmente a natao, a hidroginstica e as caminhadas), evitar o uso de anticoncepcionals, evitar ficar de p parado por muito tempo, no usar cintas abdominais apertadas, ingerir dieta rica em fibras e corrigir problemas ortopdicos.

92. A inflamao das artrias (vasculites) podem ocasionar linfangite e linfedema?Sim, a inflamao das artrias (recebe o nome de arterites), podem ocasionar inflamao dos vasos linfticos prximos. O mesmo pode ocorrer com as veias que recebe o nome de flebite. 93. O que vasculite?O termo genrico, mas utilizado para denominar um grupo de doenas caracterizadas por inflamao ou necrose da parede do vaso sanguneo (arterola ou artria) com manifestaes clnicas variadas.

94. O que pode causar a vasculite?As vasculites podem ser causadas por vrios fatores (ou agentes) sendo os muito comuns os agentes infecciosos (bactrias, vrus, protozorio, etc) agindo diretamente na parede do vaso. Ou podem ser drogas os agentes (penicilina, quinina, antibiticos vrios, etc). Ultimamente tm sido comum as vasculites, pelo uso de drogas ilcitas (herona, cocana, etc).

95. Quais os sintomas das vasculites?Considerando que quase todos os vasos do corpo podem ser atingidos pelas vasculites, no de surpreender a riqueza e variedade do quadro clnico observado nas vasculites. As vasculites podem se apresentar com um quadro clnico pouco caracterstico, como febre de origem desconhecida, perda do apetite, fadiga, mal-estar geral, suores noturnos, hipotenso, dores fortes nas articulaes ou nos msculos. Por vezes aparecem leses na pele (ndulos, enfartamento, prpura) ou at lceras cutneas, geralmente nas pernas ou braos.

96. Qual o tratamento para as vasculites?O tratamento para as vasculites especfico para o agente causador. Exemplo, vasculite bactriana tratada com antibiticoterapia.

97. O que causa ocluso dos ductos linfticos?A ocluso dos ductos linfticos, que resulta no acmulo anormal de lquido intersticial nas partes afetas, geralmente secundrio a disseminao de tumores malignos; ou procedimentos cirrgicos radicais como remoo de grupos de linfonodos regionais; ou fibrose ps radioterapia; ou filariose; ou fibrose ps-inflamatria.

98. A linfa pode ficar acumulada nas cavidades corporais normais?Sim, a linfa pode se acumular na pleura quilotrax; na cavidade abdominal ascite quilosa; e no pericrdio quilopericrdio.

99. quais as causas desses tipos especiais de acmulo de linfa?A ascite quilosa, o quilotrax e o quilopericrdio so provocados por rutura dos linfticos dilatados e obstrudos no peritnio, na cavidade pleural ou no pericrdio, geralmente em conseqncia de obstruo de linfticos por massa tumoral infiltrante.

100. Qual o papel do tratamento psicolgico?O suporte psicolgico fundamental para esses pacientes, minimizando o impacto que essa doena causa na imagem do paciente.

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