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Cuba

Estudo de oportunidade 2008

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Alessandro G. Teixeira

PRESIDENTE DA APEX-BRASIL

Maurício Borges

DIRETOR DE NEGÓCIOS

Ricardo Schaefer

DIRETOR DE PLANEJAMENTO E GESTÃO

Marcos Tadeu Caputi Lélis

Coordenador da Unidade de Inteligência Comercial (UIC) EQUIPE TÉCNICA RESPONSÁVEL

COLABORAÇÃO Mercados Regionais e Centros de Negócios

Unidade de Comunicação e Marketing

Unidade de Gestão do Conhecimento

Unidade de Imagem e Acesso a Mercados

Unidade de Inteligência Competitiva

Unidade de Projetos

SEDE

Setor Bancário Norte, Quadra 1, Bloco B,

Edifício CNC, 10 º andar.

CEP 70.041-902

Brasília – DF

Tel. 55 (61) 3426.0202

Fax. 55 (61) 3426.0263

E-mail: [email protected]

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Qualquer parte desta obra poderá ser reproduzida, desde que citada a fonte.

Autoras: Camila M. A. Gontijo, Camila T. Meyer e Ana Paula Repezza

Apoio: Carla Carvalho

Guilherme Lima

Michele Candeloro

Rafaela Albuquerque

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Índice

1. Objetivo ..................................................................................................................................................................................... 4 2. Perfil de Cuba ............................................................................................................................................................................ 4 3. Visão do Mercado Cubano ........................................................................................................................................................ 5

3.1 Visão geral do mercado ......................................................................................................................................................... 5 3.1.1 Economia..................................................................................................................................................................... 5 3.1.2 Agricultura ................................................................................................................................................................... 7 3.1.3 Organizações Internacionais ....................................................................................................................................... 8

3.2 Balança Comercial ................................................................................................................................................................. 9 3.3 Oportunidades e Desafios no Mercado Cubano ................................................................................................................. 13

4. Metodologia ............................................................................................................................................................................ 13 4.1 Matriz de Atratividade ........................................................................................................................................................ 14 4.2 Matriz de Posicionamento .................................................................................................................................................. 15 4.3 Seleção de produtos com maior potencial para negócios .................................................................................................. 16

5. Matriz de Atratividade para o mercado .................................................................................................................................. 16 6. Principais oportunidades identificadas.................................................................................................................................... 17

6.1 Alimentos ............................................................................................................................................................................ 17 6.1.1 Chocolates, balas e confeitos .................................................................................................................................. 18 6.1.2 Leite e Laticínios ........................................................................................................................................................ 20 6.1.3 Massas e preparações alimentícias ........................................................................................................................... 21 6.1.4 Preparações de carnes e peixes ................................................................................................................................ 23

6.2 Casa e construção ............................................................................................................................................................... 24 6.2.1 Produtos de limpeza ................................................................................................................................................. 26 6.2.2 Produtos cerâmicos .................................................................................................................................................. 28 6.2.3 Tintas ......................................................................................................................................................................... 29

6.3 Máquinas e equipamentos .................................................................................................................................................. 31 6.3.1 Máquinas e motores ................................................................................................................................................. 32 6.3.2 Plásticos e suas obras ................................................................................................................................................ 35

6.4 Tecnologia e Saúde.............................................................................................................................................................. 36 6.4.1 Instrumentos de precisão ......................................................................................................................................... 38 6.4.2 Eletro-eletrônicos ...................................................................................................................................................... 40

6.5 Outras oportunidades ......................................................................................................................................................... 43 6.5.1 Borracha e suas obras ............................................................................................................................................... 43 6.5.2 Têxteis ....................................................................................................................................................................... 44

7. Canais de Distribuição ............................................................................................................................................................. 45 8. Logística ................................................................................................................................................................................... 45

8.1 Barreiras tarifárias ........................................................................................................................................................ 47 8.2 Barreiras técnicas ......................................................................................................................................................... 48 8.3 Barreiras fito-sanitárias ................................................................................................................................................ 48

9. Compras públicas e trâmites de importação ......................................................................................................................... 49 10. Formas de pagamento e financiamento ................................................................................................................................ 53 11. Investimentos e abertura de empresas em Cuba .................................................................................................................. 54 12. Conclusão ............................................................................................................................................................................... 56 13. Anexos ................................................................................................................................................................................... 58

13.1Tarifas ................................................................................................................................................................................. 58 13.1.1 Tarifas médias por seção de SH2 ............................................................................................................................ 58 13.1.2 Tarifas por SH6 ........................................................................................................................................................ 59

13.2 Contatos ............................................................................................................................................................................ 63 13.2.1 Representações diplomáticas ................................................................................................................................. 63 13.2.2 Ministérios Cubanos ............................................................................................................................................... 63 13.2.3 Câmara de Comércio ............................................................................................................................................... 63 13.2.4 Órgãos Oficiais Cubanos.......................................................................................................................................... 64

13.3 Fontes Utilizadas ............................................................................................................................................................... 65

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1. Objetivo

Este documento tem como objetivo auxiliar as empresas e entidades parceiras que irão participar da XXVI Feira Internacional de Havana – FIHAV, que acontecerá de 03 a 08 de novembro de 2008. A feira foca os setores de bens de consumo, máquinas, tecnologias, matérias primas e serviços. Com intuito de facilitar a identificação das melhores oportunidades de negócios para as empresas brasileiras, apresentamos uma análise dos setores de exportação do Brasil, considerando o potencial das importações do mercado cubano.

2. Perfil de Cuba

Área e localização: Cuba é a maior ilha das Antilhas, localizada no mar do Caribe. Limita-se a Norte com o Golfo do México, o estreito da Flórida e o Oceano Atlântico, que a separa das Bahamas, a leste com o Canal do Vento, a Sul com o mar das Caraíbas e a Oeste com o canal de Yucatán. O território de Cuba compreende a ilha de Cuba, a da Juventude e os pequenos arquipélagos de Sabana, Camaguey, dos Canarreos e dos Jardins da Rainha. A área total é de 109,9 mil km21. Principais Cidades: Havana, Santiago de Cuba, Las Tunas, Camagüey e Holguín. Dados Sócio-Econômicos:

• Moeda: Peso Cubano (CUP)2 e Peso Conversível (CUC)3 • Inflação (2007)1: 2,8% • PIB4 (2007)1:: US$ 58,6 bilhões5 • Crescimento da economia (2007)1: 7,3% • Renda per capita estimada (2007)1: US$ 5.210,00 • População (2007)1: 11,2 milhões de habitantes

Principais países fornecedores (2007)1: Venezuela (22,27%); China (15,15%); Espanha (9,75%); Estados Unidos (5,77%); Canadá (4,33%). (Ver gráfico 1) Principais destinos das exportações cubanas (2007)1: Canadá (26,3%); China (25,1%); Venezuela (12,2%); Países Baixos (11,8%); Espanha (4,6%). (Ver gráfico 2)

1 ONE: Oficina Nacional de Estadísticas de Cuba, Escritório Nacional de Estatísticas de Cuba 2 Utilizada nas transações internas do país. 3 Utilizada nas transações externas do país e no turismo. CUC 1,002 = US$1,00 (16/09/08, Banco Central do Brasil) 4 PIB – Produto Interno Bruto

5 Para conversão foi utilizado o CUC, com a proporção 1:1

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Principais fornecedores de Cuba Principais destinos das exportações de Cuba

Nos gráficos de principais fornecedores de Cuba e destinos de suas exportações acima, optou-se por utilizar os dados oficiais de Cuba. Mas, durante o estudo, devido à indisponibilidade de dados detalhados sobre este fluxo pela ONE6, foram utilizados os dados de comércio disponíveis no GTIS7. Como Cuba não reporta diretamente suas importações para essa base de dados, tais valores foram extraídos do cruzamento das informações de exportações dos demais países. Assim sendo, faz-se uma ressalva sobre a possível divergência de dados.

3. Visão do Mercado Cubano

3.1 Visão geral do mercado

3.1.1 Economia

Cuba representa atualmente um mercado em expansão. Após a grave crise causada pelo fim do bloco socialista no início da década de 90, a economia cubana vem apresentando nos últimos anos taxas de crescimento elevadas. Um dos fatores que contribuem para estas altas taxas de crescimento é o direcionamento da economia cubana para o setor de serviços. Além disso, a partir do anúncio de Raul Castro em fevereiro de 2008, como presidente interino, e Carlos Lage, como vice-presidente, o país tem divulgado medidas para a promoção do crescimento e acesso a produtos. Os setores primário e secundário da economia cubana sofreram retração nos últimos anos, o que se reflete atualmente na incapacidade do país em atender totalmente a sua demanda interna por alimentos, bens de consumo, máquinas e equipamentos, dentre outros. De acordo com o The Economist Intelligence Unit, as exportações cubanas de açúcar em 2004 representaram apenas 30% do total exportado em 1990. No setor secundário, as indústrias mais representativas em Cuba são: mineração (níquel e cobalto), extração de petróleo, fabricação de móveis, têxteis e artigos metal-mecânicos. Dentre essas indústrias, a única que não sofreu retração nos últimos anos foi a extração de níquel e cobalto, cujas exportações crescentes possuem papel relevante na geração de divisas para o país. Dentre o setor de serviços, os segmentos mais representativos em Cuba são o turismo e a saúde. O fluxo de turistas estrangeiros no país vem crescendo ano a ano, chegando a aproximadamente 2 milhões de visitantes em

6 ONE: Oficina Nacional de Estadísticas de Cuba, Escritório Nacional de Estatísticas de Cuba

7 GTIS – Global Trade International System.

22,27%

15,15%

9,75%

5,77%

4,33%3,88%3,79%3,69%2,89%

2,70%

25,78%

1-Venezuela

2-China

3- Espanha

4- EUA

5- Canadá

6- Itália

7- Brasil

8- Alemanha

9- Rússia

10 - Vietnã

Outros

Total das importações: US$10bi

Fonte: ONE/Elaboração:UIC

26,3%

25,1%

12,2%

11,8%

4,6%

1,9%

1,8%1,7%

0,9%0,7%

12,8%

1- Canadá

2- China

3- Venezuela

4- Países Baixos

5- Espanha

6- Rússia

7- França

8- Brasil

9- República Dominicana

10- Alemanha

Outros

Total das exportações: US$3,7bi

Fonte: ONE/Elaboração:UIC

Gráfico 1 Gráfico 2

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Gráfico 3

O turismo converteu-se no setor mais dinâmico da economia, superando o açúcar como principal arrecadador de divisas.

2006 e 2007. O comércio para turistas é um dos mais importantes nichos de mercado em Cuba, traduzindo-se em compras internacionais de produtos com alto valor agregado e preços bastante atraentes. Com relação à saúde, esta é uma das áreas com maior fluxo de investimentos por parte do governo cubano. Está voltada tanto para o atendimento da população cubana como para o chamado “turismo de saúde”, que vem sendo uma das vedetes do crescimento econômico de Cuba. Ainda na área da saúde, a exportação de serviços médicos para países em desenvolvimento da América Central, Caribe e África é também uma grande fonte de divisas para Cuba.

Pela análise do gráfico 3, ao lado, observa-se a grande importância do setor de serviços na economia, que participa com 71% no PIB cubano. A indústria possui 20% de participação no PIB e a agricultura apenas 5%.

No país ainda estão presentes a baixa produtividade e a insuficiência de produção para o abastecimento interno, principalmente no setor de alimentos. Desde 2007, o governo cubano vem aumentando os investimentos nos setores estratégicos do país, assim como na infra-estrutura, sendo que o crescimento nesse ano foi de 16,8%. De acordo com as informações do governo cubano, as exportações de bens e serviços no ano de 2006 alcançaram o valor de US$ 11,9 bilhões. O setor que mais impulsiona as exportações de serviços é o médico, que tem como maior destino a América Latina e Caribe, além de África. A Venezuela é um parceiro comercial importante para Cuba, com alto volume de importações e dentre os produtos mais exportados, pode-se citar o níquel. O Banco Central Cubano tem poder direto sobre os instrumentos de política monetária, como o controle de crédito, ajustes de preços e influência sobre a oferta de bens e serviços. No país também coexiste a economia informal que influencia no impacto das políticas monetárias. O peso conversível (CUC) foi introduzido em 2004 para substituir o dólar que circulava no país, enquanto o peso cubano (CUP) se manteve como moeda nacional. Atualmente 1 CUC vale aproximadamente 24 CUP e o dólar é taxado em 20% quando convertido para CUC. O governo sinaliza para a unificação do sistema monetário, por meio da qual os pesos cubanos conversíveis seriam usados na transição para o “Novo Peso Cubano”, que seria uma moeda única. Desde março de 2008 estão autorizadas as vendas de computadores, aparelhos de dvd, fornos de microondas e outros eletrodomésticos à população. Os aparelhos de ar-condicionado e torradeiras estão previstos para que comecem a ser comercializados a partir de 2009 e 2010 respectivamente. Todos os eletrodomésticos são vendidos em CUC. A restrição nas vendas é causada em parte pela insuficiência na produção de energia, o que também incentiva a aquisição de aparelhos com melhor eficiência no consumo energético. Por fim, espera-se que durante o governo atual as medidas de liberalização da economia e ajustes de preços continuem.

4%20%

71%

5%

Agricultura

Indústria

Serviços

Outros

Fonte: ONE, Elaboração: UIC APEX-Brasil

Valor do PIB em 2007: US$ 58 bilhões

Participação dos setores no PIB, em 2007

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Para diminuir os gastos com importação de

alimentos, o governo cubano irá incentivar a

produção agrícola.

3.1.2 Agricultura Segundo o ICEX8, o governo cubano é responsável por 55% das terras, enquanto as cooperativas (UBPC – Unidad Básica de Producción Cooperativa), juntamente com os produtores particulares, cultivam os 45% restantes. As principais culturas desse país são o açúcar, que está presente desde o século XIX, setor que teve reanimação a partir de 2005 com a alta dos preços internacionais. Outra cultura importante é o tabaco, terceiro produto mais exportado no país. A empresa mista Habanos (que tem participação da espanhola Altadis) tem 25% do mercado mundial de tabaco com as marcas Cohiba, Partagás e Montecristo. Entretanto, a produção de açúcar no ano de 2007 caiu, já que a safra de cana-de-açúcar foi a menor dos últimos cem anos, devido à passagem da tempestade tropical Noel, que atingiu as províncias orientais. Esse resultado adverso obrigou o país a importar açúcar, principalmente do Brasil e da Colômbia. Apesar disso, a queda da produção foi compensada pela alta dos preços internacionais, sendo que as exportações chegaram a mais de 200 milhões de dólares. Essa alta mundial dos preços dos alimentos e combustíveis gerou tensões financeiras no país, elevando os gastos do governo cubano principalmente com as importações de alimentos que não são produzidos no país. O vice-presidente, Carlos Lage declarou que para o ano de 2008 devem ser importados US$ 2,55 bi, enquanto em 2007 foi US$ 1,47bi (este aumento de gastos tem forçado a redução dos investimentos públicos). Diante desse cenário, o governo pretende incentivar a produção de alimentos, com o objetivo de diminuir os gastos com importação. Isso se faz com o financiamento para a compra de insumos e equipamentos agrícolas utilizados no cultivo de alimentos. O primeiro produto a ser priorizado pelo governo cubano e que está tendo estímulo para sua produção é o arroz. Os suprimentos agrícolas que eram providos pelo Estado agora também estão disponíveis em lojas do governo. Um programa piloto começou na província de Holguin em novembro de 2007 e era apenas para produtores de leite, mas está prevista a abertura a outros produtores para que eles possam adquirir os produtos necessários para a melhoria da produção agrícola. Com esse novo sistema, espera-se um acesso mais rápido aos produtos, estímulo à produção e diminuição dos gastos do governo com subsídios. O Ministério da Agricultura lançou um programa para substituição de pelo menos metade das importações deste produto nos próximos cinco anos. Terras foram distribuídas, assim como novo maquinário e acesso a substratos e treinamento. Desde 2004 o governo cubano tem parceria com a Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) para a cooperação no desenvolvimento técnico de diversas culturas. Em 2008 foi assinado um acordo com o parceiro brasileiro para tecnologia e sementes visando à produção de soja em Cuba em escala industrial. Em relação ao cultivo de frutas, o principal produto são as laranjas, sendo que há parcerias com empresas israelenses para tal produção. Já no setor de pesca, a maior produção é de lagosta e camarão. Os planos do governo prevêem um aumento da produção de carnes industrializadas, conservas de vegetais e peixes, leite pasteurizado e bebidas, com o objetivo de diminuir a importação desses itens.

8 Instituto Espanhol de Comércio Exterior

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3.1.3 Organizações Internacionais Cuba possui relações com as seguintes organizações internacionais:

• ALBA – Acordo Bolivariano para as Américas - firmado com Venezuela em dezembro de 2004. Tal acordo foi proposto pelo presidente venezuelano Hugo Chávez como forma alternativa à ALCA – acordo de livre comércio das Américas. O país não participa das negociações para o estabelecimento da ALCA.

• ALADI – Associação Latino-Americana de Integração: sua adesão foi reconhecida em 1999, e esta inserção condiz com a política exterior do país de integrar economicamente à região do Caribe e América Latina. Dentro da associação, existe a possibilidade de acordos de alcance parcial que podem ser de diferentes tipos. Cuba firmou acordos com todos os países da associação com exceção do Paraguai. Dentre esses acordos está o que foi firmado com Brasil em 1999.

• Mercado Comum e Comunidade do Caribe (Caricom): Acordo de comércio e cooperação econômica firmado no ano 2000.

• MERCOSUL: Cuba tem acordos com todos os países membros desta união aduaneira.

• Organização Mundial do Comércio (OMC): Cuba é membro fundador do GATT e é signatário da maioria dos acordos da OMC, incorporando em sua legislação as diretrizes dos acordos da organização.

• Sistema generalizado de preferências (SGP): o país tem quatorze acordos SGP, que possibilita o ingresso de seus produtos nesses países de forma preferencial. São eles: Austrália, Belarus, Bulgária, Canadá, Eslováquia, Japão, Hungria, Noruega, Nova Zelândia, Polônia, República Tcheca, Rússia, Suíça, além da União Européia onde se aplica um esquema comum.

• Sistema Global de Preferências Comerciais (SGPC): Cuba é membro fundador deste sistema no qual as tarifas preferenciais são aplicadas de acordo com a regra de origem.

• O país tem acordos de complementação econômica com: Guatemala, Argentina, Bolívia, Brasil, Colômbia, Chile (ACE 42), Equador, México, Paraguai, Peru, Uruguai, Venezuela.

Além dessas, tem acordos com a ACP – África, Caribe, Pacífico; ASEC- Associação de estados do Caribe, CARIFORUM - instituição do Caribe para relação com União Européia; Fundo Comum de Produtos Básicos, e de organizações do café, açúcar e cereais. Ressalta-se que Cuba não é membro do FMI, Banco Mundial e nenhum banco regional. As relações políticas e comerciais com China desde 2005 são favorecidas pelo financiamento oferecido pelos chineses a Cuba e por projetos de investimentos no país.

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O déficit na balança comercial de Cuba é

financiado principalmente pela

exportação de níquel e pelas divisas geradas

pelo turismo.

3.2 Balança Comercial Cuba é um país com forte dependência de importações, o que pode ser observado no gráfico 4, abaixo. A produção interna em diversos setores (especialmente bens de consumo, máquinas, equipamentos e tecnologia) é insuficiente, fazendo com que o país ainda dependa das importações para suprir suas necessidades destes tipos de produtos. Salienta-se o ano de 2007, quando as importações foram quase três vezes maiores que as exportações.

Gráfico 4

Um dos principais parceiros comerciais de Cuba é a Venezuela. Os dois países mantêm um acordo de cooperação técnica-econômica que prevê o envio de médicos, enfermeiros e equipamentos médico-hospitalares de Cuba para a Venezuela em troca da venda de petróleo venezuelano para Cuba a preços subsidiados. A China também se tornou um importante parceiro comercial de Cuba nos últimos anos, sendo responsável principalmente pelo fornecimento de bens de consumo, máquinas, equipamentos e automóveis. A presença da China no setor de transportes cubano é bastante expressiva e tem sido um componente importante na revitalização deste setor em Cuba, principalmente no segmento de transporte urbano de passageiros. Em 2007, o governo cubano comprou mais de 1.500 ônibus chineses a fim de melhorar o sistema público de transportes. O principal produto de exportação de Cuba é o níquel, que juntamente com o cobalto correspondem à maior exploração mineral no país. A ilha possui, aproximadamente, um terço das reservas mundiais conhecidas de níquel, sendo o quinto maior produtor. Em 1994, um acordo com a firma canadense Sherrit (que juntamente com a Cubaníquel constituíram a empresa mista Pedro Sotto Alba, com o nome comercial de Moa Níkel S.A.) foi o motor da estruturação tecnológica da produção de níquel e cobalto cubanos.

4,194,67

5,62

7,60

9,50 10,08

1,42 1,692,33 2,16

2,92

3,70

0

2

4

6

8

10

12

2002 2003 2004 2005 2006

US

$ bi

lhõe

s (F

OB

)

Balança Comercial de Cuba

Importações ExportaçõesFonte: ONE Elaboração: UIC APEX-Brasil

2007

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No ano de 2007, a exportação de níquel correspondeu a 56% da pauta, conforme pode ser verificado na tabela ao lado. Na área energética, o principal recurso do qual Cuba dispõe é o petróleo e o produto agrícola de maior importância é o tabaco.

Corrente Comercial do Brasil com Cuba De acordo com os dados de 2007 da ONE, o Brasil é atualmente o sétimo maior fornecedor de produtos para Cuba e as relações comerciais entre os dois países vêm se intensificando nos últimos anos, com um crescimento das exportações brasileiras para Cuba. Entre 2004 e 2005, o crescimento das exportações totais brasileiras para Cuba foi de 86%, enquanto de 2005 para 2006 esse crescimento foi de 40%. Apesar de ter havido um decréscimo de 6% entre 2006 e 2007, as exportações de 2008, no período de janeiro a agosto, foram 74% maiores que o mesmo período de 2007. A corrente comercial brasileira em relação a Cuba sempre foi positiva e pode-se observar o grande volume de exportações em relação às importações no gráfico abaixo. Outro ponto que pode ser notado é o incremento das

exportações brasileiras entre o 1º e o 2º trimestre de 2008.

68,07

100,11

88,4959,53

86,22

72,84

105,26

95,20

140,37

4,02 7,26 10,60

31,52

14,68 12,18

30,42

2,69 7,28

72,09

107,3799,09

91,05100,89

85,01

135,68

97,89

147,65

2°trim 2006 3° trim 2006 4° trim 2006 1° trim 2007 2° trim 2007 3° trim 2007 4° trim 2007 1° trim 2008 2° trim 2008

Corrente Comercial Brasil x Cuba US$Mi

Exp. Brasileiras - US$ FOB Imp. Brasileiras - US$ FOB Corrente Comercial - US$

Fonte: GTIS. Elaboração: UIC APEX-Brasil Gráfico 5

Níquel 56%

Medicamentos genéricos e biotecnologia 9%

Tabaco 6%

Açúcar e seus derivados 5%

Combustíveis, óleos e minerais 4%

Equipamentos e instrumentos médicos 4%

Produtos da pesca 2%

Fonte: MINCEX (Ministério do Comércio Exterior de Cuba). Elaboração: UIC Apex-Brasil

Principais produtos exportados por Cuba no ano de 2007

Tabela 1

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11

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No gráfico abaixo, destaca-se a corrente comercial entre Brasil e Cuba mês a mês. Ressalta-se que as exportações brasileiras para Cuba no primeiro semestre de 2008 foram prejudicadas pela greve da Anvisa9 e da Receita Federal.

Fonte: GTIS. Elaboração: UIC APEX-Brasil Gráfico 6

A evolução das exportações brasileiras, com periodicidade anual, está ilustrada a seguir.

Fonte: ALICE-Web. Elaboração: UIC, Apex-Brasil Gráfico 7

Entre 2002 e 2003, ocorre uma leve queda no valor das exportações, de 5,41%, seguida de forte aumento de 2003 a 2006. Já entre 2006 e 2007, observa-se um decréscimo, não por ter sido 2007 um ano pouco dinâmico para as importações, mas sim porque em 2006, houve alguns fatores que impulsionaram sobremaneira as compras cubanas de produtos externos.

9 Agência Nacional de Vigilância Sanitária

30,88 32,09

25,1521,71

25,98

36,3234,40 34,55

24,39

37,3733,45

49,40

37,79

53,19

1,29

9,66 9,51

1,84 0,82 0,24

7,72

22,47

1,60 0,20 0,89 1,703,70

1,89

32,17

41,75

34,66

23,5526,80

36,56

42,11

57,01

25,99

37,5634,34

51,09

41,49

55,07

mai/07 jun/07 jul/07 ago/07 set/07 out/07 nov/07 dez/07 jan/08 fev/08 mar/08 abr/08 mai/08 jun/08

Exp. Brasileiras - US$ FOB Imp. Brasileiras - US$ FOB Corrente Comercial - US$

Corrente Comercial Brasil X Cuba em US$ Mi (último ano)

74 70

132

246

344324

193

335

0

50

100

150

200

250

300

350

400

2002 2003 2004 2005 2006 2007 jan-ago 2007 jan-ago 2008

Em U

S$ M

ilhõ

es

Evolução das Exportações Brasileiras para Cuba

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As exportações brasileiras para Cuba entre janeiro e agosto de 2008 já são 74%

maiores que o mesmo período do ano

anterior.

Entre esses fatores destaca-se o lançamento da chamada “Revolução Energética”, programa governamental que buscou melhor eficiência energética. Neste sentido, equipamentos antigos, com alto consumo de energia, foram substituídos por versões mais modernas e eficientes. Tal ação resultou em importações de refrigeradores, panelas de pressão, panelas para preparação de arroz, jarras elétricas para aquecimento de água, condutores elétricos e outros produtos eletro-eletrônicos. As duas últimas colunas do gráfico demonstram que o resultado de 2008 ultrapassará não somente o de 2007, mas também o de 2006. Até agosto de 2008, as exportações brasileiras para Cuba somavam aproximadamente US$ 335 milhões, valor este 74% superior ao do mesmo período em 2007.

O gráfico a seguir mostra a evolução do comércio brasileiro com o país por fator agregado. Apesar de ter havido um aumento da porcentagem de exportação de produtos manufaturados em detrimento da participação de produtos básicos, nota-se que de 2006 para 2007 essa porcentagem diminuiu de 89,56% para 79,19%.

Gráfico 8

A seguir, no gráfico 9, apresentam-se os principais grupos de produtos importados por Cuba do Brasil. Ressalte-se que, somados alimentos e insumos para indústria alimentícia respondem por mais da metade das importações cubanas. Máquinas e equipamentos e madeira papel e papelão também assumem posição preponderante na lista dos mais importados. Detalhes sobre esses setores serão fornecidos nas seções subseqüentes.

Principais produtos importados por Cuba do Brasil

Fonte: GTIS. Elaboração: UIC APEX-Brasil Gráfico 9

2004 2005 2006 2007 2008

BASICO 33.297.042 59.109.986 34.265.689 51.987.216 52.120.044

SEMIMANUFATURADO 4.710.179 5.200.759 1.592.308 15.365.050 19.732.236

MANUFATURADO 93.983.164 181.396.632 307.936.888 256.448.009 163.717.356

OUTROS 71.484 19.194 29.778 50.473 947

71,17%

73,82%

89,56%79,19%

69,50%3,57%

2,12%

0,46%4,74%

8,38%25,21%

24,06%

9,97%16,05%

22,13%

Exportações brasileiras para Cuba por fator agregad o: 2004-2008

Fonte: MDIC. Elaboração: UIC/APEX-Brasil

em US$ F.O.B.

245,72 milhões

343,82 milhões323,85 milhões

132 milhões

235,57 milhões

Obs: jan a junho de 2008

31%

21%

16%7%

5%

3%

3%

2%

13%

Alimentos

Insumos para indústria

alimentíciaMáquinas, equipamentos

e suas partesMadeira, papel e papelãoProdutos de beleza e perfumariaBorracha, plásticos e manufaturaspeles e manufaturas

veículos e acessórios

outros

Total das importações: US$10bi

Fonte: ONE/Elaboração:UIC

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3.3 Oportunidades e Desafios no Mercado Cubano Para melhor visualização, destaca-se na tabela abaixo, o resumo das principais oportunidades e desafios que as empresas brasileiras terão ao comercializar com Cuba:

OPORTUNIDADES DESAFIOS

- crescimento do PIB em 2007, de 7,3% - aplicação de mudanças graduais pelo novo governo, visando uma melhor flexibilidade da política e econômica

- acordo ACE-62, firmado entre Cuba e os países do Mercosul e que prevê redução gradual de tarifas - incremento do setor de turismo e do setor de turismo de saúde

- investimentos em infra-estrutura e no setor hoteleiro - linha de financiamento do BNDES para Cuba -incentivo do governo à construção de hotéis e complexos

-acordos de cooperação técnica e econômica com a Venezuela -forte intercâmbio comercial com a China

- necessidade de autorização de pagamento do CAD (Comitê de Administração de Divisas) de Cuba

- preferência pela venda financiada em detrimento da venda à vista - centralização das compras pelo Estado - dificuldade logística, devido ao embargo dos Estados Unidos

Tabela 2

4. Metodologia

Para a elaboração do presente estudo, foram utilizadas informações quantitativas e qualitativas, coletadas de fontes secundárias e primárias, disponibilizadas por organismos internacionais, governos e bases de dados privadas, cobrindo o período de 2002 a 2007. Com o objetivo de facilitar a visualização das principais oportunidades de negócios em Cuba, bem como saber a posição que o Brasil ocupa nas importações cubanas, foram utilizadas diversas ferramentas cujo detalhamento encontra-se a seguir.

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4.1 Matriz de Atratividade A Matriz de Atratividade tem o objetivo de comparar o desempenho dos produtos ou setores brasileiros no mercado-alvo. Ao visualizar-se o gráfico, é possível identificar as melhores oportunidades no quadrante superior direito, em que se encontram os grupos de produtos que mais tiveram crescimento nas importações totais pelo mercado-alvo e nas exportações brasileiras totais para esse mesmo mercado. Já no quadrante inferior esquerdo, encontram-se os mercados menos atrativos. A construção da matriz de atratividade para as entidades seguiu as seguintes padronizações:

1. Bolhas: representam produtos em SH6 agrupados de acordo com a classificação SECEX10. 2. Tamanho de cada bolha: representa o total importado em US$ pelo mercado-alvo daquele grupo de

produtos. Portanto, quanto maior a bolha, maior o volume importado pelo mercado-alvo de todos os países, inclusive o Brasil;

3. Eixo X: representa a média do crescimento das exportações dos grupos de produtos/setores brasileiros para o mercado-alvo entre 2002 e 2007;

4. Eixo Y: representa a média do crescimento das importações totais do mercado-alvo dos grupos de produtos criados para as entidades brasileiras entre 2002 e 2007;

5. Valor de referência: facilita a visualização de quanto representa o tamanho da bolha em US$; 6. Linha de crescimento médio das importações: é a média das importações mundiais de todos os setores

do mercado-alvo. Visualização de um exemplo de matriz de atratividade:

Gráfico 10 Fonte: GTIS. Elaboração: UIC APEX-Brasil

De acordo com esta metodologia, quanto mais alto e mais à direita um setor estiver, maior a sua atratividade no mercado cubano, devendo-se ainda observar o tamanho da bolha para se conhecer o volume total de importações no último ano.

10 Secretaria de Comércio Exterior, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC)

Valor de Referência = US$ 400 milhões

Entidade D

Entidade B

Entidade E

Entidade F

Entidade C

Entidade A

0%

5%

10%

15%

20%

25%

30%

0% 20% 40% 60% 80% 100%Cre

scim

en

to m

éd

io d

as im

po

rtaç

ões

mu

nd

iais

do

se

tor

pe

lo m

erc

ado

-alv

o 2

002/

2007

Crescimento médio das exportações brasileiras do setor para o mercado-alvo 2002/2007

Matriz de atratividade para Entidades participantes do "Projeto A" Mercado-alvo: País "B" - 2002-2007

Crescimento médio das importações totais do país = 14,95%

“Entidade B” tem a maior atratividade nesse mercado (bolha mais alta e mais à direita), porém teve o menor volume de importações totais dos produtos do grupo em 2007

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4.2 Matriz de Posicionamento

A Matriz de Posicionamento tem o objetivo de mostrar o posicionamento do Brasil frente aos dez principais países concorrentes. Além de indicar a posição que cada país ocupa no mercado cubano, mediante o ranking destacado entre parênteses junto ao nome de cada país, mostra o crescimento das exportações desses países e a variação da participação de mercado (market-share). O objetivo é visualizar não só a posição estática do último ano em análise, mas também analisar como os países vêm se comportando na pauta de importações do mercado-alvo ao longo dos 5 anos, com perda ou ganho de competitividade.

A construção da matriz de posicionamento para as entidades seguiu as seguintes padronizações:

1. Bolhas: representam os dez principais países fornecedores para a Cuba daqueles produtos de cada

setor; 2. Tamanho de cada bolha: representa o total exportado por cada um dos 10 principais países

fornecedores para o mercado-alvo. Esse valor corresponde apenas aos produtos constantes em cada setor SECEX11. Portanto, quanto maior a bolha, maior volume aquele país exporta para a Cuba;

3. Eixo X: representa a média do crescimento das exportações dos grupos de produtos das entidades brasileiras para o mercado-alvo entre 2002 e 2007;

4. Eixo Y: representa a variação da participação de mercado (market-share) em Cuba de cada país fornecedor. Essa variação foi estabelecida como a diferença percentual da participação entre o último ano (2007) e o primeiro ano (2002) do período em análise;

5. Valor de referência: ajuda a visualização do quanto representa o tamanho da bolha em US$.

Visualização de um exemplo de matriz de posicionamento:

Gráfico 11 Fonte: GTIS. Elaboração: UIC APEX-Brasil

11 Secretaria de Comércio Exterior, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC)

Brasil - 1º

China - 2º

Colômbia - 3º Indonésia - 4º

França - 5º

Países Baixos - 6º

Portugal - 7º

Espanha - 8º

Turquia - 9ºChile - 10º

-15,0%

-10,0%

-5,0%

0,0%

5,0%

10,0%

15,0%

20,0%

25,0%

-10,0% 10,0% 30,0% 50,0% 70,0% 90,0%

Var

iaçã

o d

o m

arke

t-sh

are

no

me

rcad

o-a

lvo

20

02

/200

7

Crescimento médio das exportações para o mercado-alvo 2002/2007

Matriz de Posicionamento dos produtos da ENTIDADE "A" no PAÍS "B" Dez Principais Fornecedores - 2002/2007

X

Y

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4.3 Seleção de produtos com maior potencial para negócios Para a seleção das possíveis oportunidades de negócios, são pesquisados os produtos relacionados a cada setor, por códigos do sistema harmonizado (SH), observando-se pelo menos as relações entre os seguintes aspectos quantitativos e qualitativos:

a) Crescimento das exportações brasileiras do produto para o mercado-alvo; b) Crescimento das importações mundiais do produto pelo mercado-alvo; c) Valor total das importações mundiais do produto pelo mercado-alvo; d) Percentual de participação dos produtos brasileiros nas importações mundiais do mercado-alvo; e) Oscilação do valor das importações do produto pelo mercado-alvo, ao longo do período analisado; f) Informações setoriais; g) Contexto econômico mundial, brasileiro e do mercado-alvo.

Esses produtos são apresentados em uma tabela no final da seção corresponde a cada setor identificado como prioridade.

5. Matriz de Atratividade para o mercado

Abaixo se encontra a Matriz de Atratividade para o Mercado Cubano. Nessa matriz, a seleção dos setores foi feita somente a partir da análise quantitativa das importações mundiais de Cuba e das exportações brasileiras para o mercado alvo. Os setores representados abaixo apresentaram um crescimento do valor das importações acima da média do aumento das importações do país.

Gráfico 12 Fonte: GTIS. Elaboração: UIC APEX-Brasil

Produtos orgânicos

Máquinas e motores Açúcar e ÁlcoolBebidas Destiladas

Massas e preparações alimentícias

Borracha e suas obras

Calçados e suas partes

Materiais elétricos e eletroeletrônicos

Produtos químicosProdutos cerâmicos

3

Têxteis

1

Chocolates, balas e confeitos

Carne bovina

Instrumentos de Precisão

Metais não ferrosos

Móveis

2

Petróleo

4

Soja

Vidro e suas obras

Valor de Referência = US$ 100mi

0%

10%

20%

30%

40%

50%

0% 20% 40% 60% 80% 100%

Cre

scim

ento

méd

io d

as im

porta

ções

mun

diai

s do

set

or

pelo

mer

cado

-alv

o 20

02/2

007

Crescimento médio das exportações brasileiras do se tor para o mercado-alvo 2002/2007

Matriz de atratividade para setoresMercado-alvo: Cuba

Café: 420%, 106%; US$39miLeite e latic.: 115%, 20%; US$195miProd. Limpeza: 261%, 18%; US$35mi

C

1-Ferramentas e talheres 3-Plásticos e suas obras2-Peles e couros 4-Prep. carnes e peixes

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O fornecimento de alimentação básica

constitui um dos pilares do governo

cubano.

6. Principais oportunidades identificadas

A partir da análise das informações quantitativas e da representação gráfica da matriz de atratividade, além das informações qualitativas coletadas, foram selecionados os seguintes setores para detalhamento nesse estudo:

• Alimentos: chocolates, balas e confeitos; leite e laticínios; massas e preparações alimentícias e preparações de carnes e peixes.

• Casa e Construção: produtos cerâmicos; produtos de limpeza e tintas. • Máquinas e equipamentos máquinas e motores com atenção às máquinas agrícolas, plásticos e suas

obras.

• Tecnologia e saúde: instrumentos de precisão, incluindo equipamentos médicos, e equipamentos eletro-eletrônicos.

• Outros setores: borracha e suas obras, e têxteis.

Apesar de haver oportunidades para móveis, cosméticos, calçados, metais sanitários e seus acessórios, fechaduras, cadeados, dobradiças e ferragens em geral, entre outros, esses setores não serão abordados nesse estudo. A análise será focada naqueles que melhor se adéquam a proposta de ação da Apex-Brasil que é a participação na Feira Fihav.

6.1 Alimentos O fornecimento de alimentação básica para a população constitui um dos pilares do Estado cubano. Historicamente, a produção interna no país tem sido insuficiente para atender à totalidade da demanda nutricional da população, de forma que as importações de alimentos sempre tiveram presença importante no comércio exterior de Cuba. A dieta básica dos cubanos constitui-se de carne de porco ou frango, banana, mandioca, arroz, feijão, doce de arroz com leite e café12. No entanto, os crescentes fluxos de turistas no país ampliaram o leque de produtos alimentícios consumidos em Cuba, de forma que diversas categorias de alimentos e bebidas encontram mercado no país. Com o fim da ajuda do bloco socialista no início da década de 90, tornou-se ainda mais complicado para o governo cubano manter o fornecimento adequado de alimentos para a população. Inicialmente houve uma forte restrição, levando o nível de ingestão diária de calorias per capita a cair para 1.800 calorias em 1993, cerca de 30% abaixo dos níveis ideais indicados pela FAO – Organização para Alimentos e Agricultura12. A intensificação das compras de alimentos no mercado internacional ao longo da década de 90 elevou esse nível gradualmente, de forma que em 2004 a ingestão média diária de calorias chegou a 3.300 cal/pessoa13. Com relação à oferta interna, a produção agrícola em Cuba apresentou quedas de performance após a crise da década de 90. De acordo com o The Economist Intelligence Unit, a safra de 2003 representou apenas cerca de 70% do total produzido em 1990. Já em 2007, segundo a CEPAL14, o setor agrícola se converteu no de maior crescimento: 18% em relação ao ano de 2006. O governo pretende diminuir as importações e incentivará o plantio de culturas de ciclo curto. Os principais setores do agronegócio cubano são o cultivo de cana de açúcar e o de tabaco, este último com importante participação de empreendimentos estrangeiros como a Altadis (Espanha) e a

12

Food and Agriculture Organization 13

The Economist Intelligence Unit 14

Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe

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A corporação cubana Alimport é responsável pela

compra de 95% dos alimentos e importou o valor total de US$ 2,8 bilhões em 2007.

Brascuba (Brasil). No segmento de cítricos, Israel desempenha um importante papel de parceria através do Grupo BM15. Houve uma a re-centralização governamental das importações a partir de 2003 onde as centrais de compras fazem a aquisição dos produtos para o governo ou grupo de empresas. Assim são poucas as empresas importadoras, como a Alimport, que importa 95% dos alimentos e 80% da matéria-prima usada para a produção de alimentos, além de realizar a distribuição das cestas básicas, conhecidas em Cuba como “canastras básicas”, à população. Em 2007, essa corporação ligada ao Ministério de Comércio Exterior de Cuba importou o valor de US$ 2,8 bilhões. As exportações brasileiras de alimentos para Cuba beneficiam-se de um memorando de entendimento entre os dois países, que prevê a liberação de uma linha de crédito à exportação desta categoria de produtos. Este memorando de entendimento é gerido no Brasil pelo COFIG16, no âmbito do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, e operacionalizado pelo Banco do Brasil. Somente em 2007, foram liberados mais de US$ 50 milhões para financiamento em até três anos das exportações das mais diversas categorias de alimentos, desde os básicos até os processados. Esse assunto será abordado em detalhes no item nº 10, que trata sobre financiamento. Outro fato que deve ser levado em consideração é que no caso dos alimentos qualificados como “ajuda humanitária”, há uma exceção no bloqueio americano, que permite aos Estados Unidos exportarem para Cuba. É justamente esse motivo que faz com que os Estados Unidos sejam o 4º parceiro comercial de Cuba, responsável por aproximadamente 6% das importações cubanas. A seguir, apresentam-se os dados relativos aos principais setores que apresentaram oportunidades no mercado cubano no segmento de alimentos.

6.1.1 Chocolates, balas e confeitos As exportações do Brasil para a Cuba referente aos SH6 do setor de chocolates, balas e confeitos estão em crescimento e alcançaram a cifra de aproximadamente US$ 4 milhões em 2007, conforme pode ser verificado na tabela abaixo.

O crescimento das exportações brasileiras dos produtos desse setor de 2006 para 2007 foi de 56%, maior que o crescimento das importações totais de Cuba para esses produtos.

Conforme o gráfico abaixo, nesse setor o Brasil ocupa o 1º lugar nas importações cubanas, tendo crescido a uma taxa média anual de 56,9% entre 2002 e 2007, além de ser o país que mais ganhou market-share no mercado-alvo.

15

ICEX - Instituto Espanhol de Comércio Exterior 16

Comitê de Financiamento e Garantia às Exportações

Comércio (US$ milhões) 2005 2006 2007

Exportações cubanas para o mundo - 0,04 0,06

Importações cubanas do mundo 11,09 9,60 12,44

Exportações brasileiras para o mundo 320,94 304,50 297,90

Exportações brasileiras para Cuba 2,82 2,54 3,97

Var. das Imp. mundiais de Cuba (07/06) % 30%

Var. das Exp. do Brasil para Cuba (07/06) % 56%

Fonte: GTIS. Elaboração: UIC Apex-BrasilTabela 3

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Gráfico 13

Também se observa que Espanha e Países Baixos vêm perdendo participação no mercado-alvo, sendo que os dados desse último país estão citados em um retângulo branco na parte de cima do gráfico. Para a seleção das possíveis oportunidades de negócios para esse setor, foram pesquisados os produtos relacionados por códigos do sistema harmonizado (SH), observando-se, pelo menos, as relações entre os seguintes aspectos quantitativos e qualitativos: crescimento das exportações brasileiras dos produtos para o mercado-alvo; crescimento das importações mundiais dos produtos pelo mercado-alvo; percentual de participação dos produtos brasileiros nas importações mundiais do mercado-alvo, entre outros. Considerando esses critérios, foram selecionadas cinco oportunidades que se encontram na tabela 4, ordenadas pelo valor das importações cubanas provenientes do Brasil.

As tarifas alfandegárias aplicadas por Cuba aos principais fornecedores para os SH6 selecionados poderão ser visualizadas no Anexo 13.1.2.

Itália (8)

Brasil (1)

Espanha (4)

Uruguai (9)

México (5)

Argentina (2)

Chile (3)

Valor de Referência = US$ 1 mi

Colômbia (7)

Equador (6)

-30

-20

-10

0

10

20

30

-15% 5% 25% 45% 65%

Var

iaçã

o d

o m

arke

t-sh

are

no

me

rcad

o-a

lvo

20

02

/20

07

(po

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s p

erc

en

tuai

s)

Taxa de Crescimento médio anual das exportações para o mercado-alvo 2002/2007

Matriz de Posicionamento de Chocolates, Balas e Confeitos em Cuba Dez Principais Fornecedores

2002/2007

Fornecedor; x; y; Exportações para Cuba em 2007Países Baixos (10); -73%; -1,03; US$ 141 mil

Copyright © 2007 APEX-BrasilFonte: GTIS Elaboração: UIC Apex-Brasil

US$ Mil

SH6 DescriçãoImp. mundiais

de Cuba 2007

Imp. dos prod.

brasileiros 2007

Crescimento das

exp. Bra-Cuba

06/07

Crescimento das

importações de

Cuba 06/07

Part. do Brasil nas

imp. cubanas

2007

170490 Outros produtos de confeitaria, sem cacau 6.550,69 1.545,88 50% 43% 24%

180690 Outros chocolates e preparações alimentícias

contendo cacau 2.442,28 1160,61 62% 19% 48%

180632

Chocolate e outras preparações alimentícias

com cacau, não recheadas, em tabletes, barras

e paus

1.212,86 588,03 63% 17% 48%

170410 Gomas de mascar, sem cacau, mesmo

revestidas de açúcar 1.056,64 362,49 41% 32% 34%

180631

Chocolate e outras preparações alimentícias

com cacau, recheadas, em tabletes, barras e

paus

890,76 313,04 67% 4% 35%

Fonte: GTIS, Elaboração: UIC APEX-Brasil

Principais oportunidades para o setor de chocolates, balas e confeitos em Cuba

Tabela 4

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6.1.2 Leite e Laticínios

Observando a tabela abaixo, depreende-se que, a despeito do aumento das importações cubanas do setor de leite e laticínios, a exportação dos produtos brasileiros para o mercado-alvo diminuiu de 2006 para 2007.

Apesar desse decréscimo, esse setor vinha apresentando boas taxas de crescimentos desde 2002. Tanto que na análise na Matriz de Posicionamento, visualiza-se que as exportações brasileiras cresceram a uma taxa média anual entre 2002 e 2007 de 115,2%.

Conforme também pode ser verificado no gráfico abaixo, o Brasil ocupa o 9º lugar na relação de fornecedores do setor de leite e laticínios em Cuba, tendo exportado US$6,5 milhões em 2007, enquanto o líder em fornecimento deste grupo de produtos vendeu US$ 82,5 milhões no mesmo ano. Uruguai e Argentina apresentaram uma taxa de crescimento médio anual acima da média e, por questões de escala, estão citados no canto direito do gráfico.

Para a seleção das possíveis oportunidades de negócios para esse setor, foram pesquisados os produtos relacionados por códigos do sistema harmonizado (SH), observando-se pelo menos, as relações entre os seguintes aspectos quantitativos e qualitativos: crescimento das exportações brasileiras dos produtos para o mercado-alvo; crescimento das importações mundiais dos produtos pelo mercado-alvo; percentual de participação dos produtos brasileiros nas importações mundiais do mercado-alvo, entre outros. Considerando esses critérios, foram selecionadas três oportunidades que se encontram na tabela 6 ordenadas pelo valor das importações cubanas provenientes do Brasil.

Bélgica (8)

Nova Zelândia (1)

Brasil (9)

Alemanha (5)

Polônia (3)

Valor de Referência = US$ 20 mi

Canadá (7)

Chile (6)

Países Baixos (10)

-10

-8

-6

-4

-2

0

2

4

6

-35% -15% 5% 25% 45% 65% 85% 105%

Var

iaçã

o d

o m

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t-sh

are

no

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20

02

/20

07

(po

nto

s p

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en

tuai

s)

Taxa de Crescimento médio anual das exportações para o mercado-alvo 2002/2007

Matriz de Posicionamento de Leite e Laticínios em Cuba Dez Principais Fornecedores

2002/2007

Copyright © 2007 APEX-Brasil

Fornecedor; x; y; Exportações para Cuba em 2007Uruguai (2); 158%; 17,24; US$ 33 milhõesArgentina (4); 289%; 7,12; US$ 14 milhões

Fonte: GTIS Elaboração: UIC Apex-Brasil

Gráfico 14

Comércio (US$ milhões) 2005 2006 2007

Exportações cubanas para o mundo 7,16 4,73 7,83

Importações cubanas do mundo 174,62 147,04 195,83

Exportações brasileiras para o mundo 180,60 191,10 345,67

Exportações brasileiras para Cuba 8,34 11,95 6,48

Var. das Imp. mundiais de Cuba (07/06) % 33%

Var. das Exp. do Brasil para Cuba (07/06) % -46%

Fonte: GTIS. Elaboração: UIC Apex-BrasilTabela 5

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As tarifas alfandegárias aplicadas por Cuba aos principais fornecedores para os SH6 selecionados poderão ser visualizadas no Anexo 13.1.2.

6.1.3 Massas e preparações alimentícias

As exportações do Brasil para Cuba referentes aos SH6 do setor de massas e preparações alimentícias cresceram 48% entre 2006 e 2007, sendo maior que o crescimento das importações totais de Cuba para esses produtos, segundo constata-se na tabela ao lado.

Destaca-se que, para esse setor, as principais oportunidades se encontram na exportação de biscoitos, visto que Cuba tem produção local de massas. Conforme pode ser verificado na Matriz de Posicionamento, o 1º fornecedor do ranking é a Espanha (US$ 18 milhões exportados em 2007), mas o país perdeu aproximadamente 7 pontos percentuais quando comparado 2007 com 2002. Nota-se que as exportações da China para Cuba cresceram acima da média dos outros países, sendo a taxa média anual de aproximadamente 145%. O Brasil está em 4º lugar (aproximadamente US$ 6 milhões exportados em 2007), crescendo de acordo com uma taxa média anual entre 2002 e 2007 de cerca de 40%, um pouco menos que Colômbia (45%) e Argentina (61%).

US$ Mil

SH6 DescriçãoImp. mundiais

de Cuba 2007

Imp. dos prod.

brasileiros 2007

Crescimento das

exp.Bra-Cuba

06/07

Crescimento das

importações de

Cuba 06/07

Part. do Brasil nas

imp. cubanas

2007

040221

Leite em pó, grânulos ou outras

formas sólidas, com um teor, em peso,

de matérias gordas superior a 1,5%,

concentrados, não adocicados

146.248,83 5.302,16 -51,2% 42,9% 3,6%

040510 Manteiga 5.515,01 323,00 61,3% 16,8% 5,9%

040210

Leite em pó, grânulos ou outras

formas sólidas, com um teor, em peso,

de matérias gordas superior a 1,5%,

concentrados, não adocicados

24.963,21 292,00 --- -4,9% 1,2%

Fonte: GTIS, Elaboração: UIC APEX-Brasil

Principais oportunidades para o setor de Leite e Laticínios em Cuba

Tabela 6

Tabela 7

Comércio (US$ milhões) 2005 2006 2007

Exportações cubanas para o mundo 1,73 2,17 1,51

Importações cubanas do mundo 46,65 55,05 70,48

Exportações brasileiras para o mundo 401,05 473,18 669,34

Exportações brasileiras para Cuba 3,36 4,02 5,95

Var. das Imp. mundiais de Cuba (07/06) % 28%

Var. das Exp. do Brasil para Cuba (07/06) % 48%

Fonte: GTIS. Elaboração: UIC Apex-Brasil

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Gráfico 15

Para a seleção das possíveis oportunidades de negócios para esse setor, foram pesquisados os produtos relacionados por códigos do sistema harmonizado (SH), observando-se pelo menos, as relações entre os seguintes aspectos quantitativos e qualitativos: crescimento das exportações brasileiras dos produtos para o mercado-alvo; crescimento das importações mundiais dos produtos pelo mercado-alvo; percentual de participação dos produtos brasileiros nas importações mundiais do mercado-alvo, entre outros. Considerando esses critérios, as principais oportunidades selecionadas encontram-se na tabela 8, ordenadas pelo valor das importações cubanas provenientes do Brasil.

As tarifas alfandegárias aplicadas por Cuba aos principais fornecedores para os SH6 selecionados poderão ser visualizadas no Anexo 13.1.2.

Canadá (8)

Espanha (1)

Brasil (4)

Itália (3)

Guatemala (9)Chile (5)

Argentina (2)

Valor de Referência = US$ 5 mi

Colômbia (7)

China (6)

México (10)

-12

-7

-2

3

8

13

18

-10% 10% 30% 50% 70% 90% 110% 130% 150%

Var

iaçã

o d

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no

me

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20

02

/20

07

(p

on

tos

pe

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ntu

ais)

Taxa de Crescimento médio anual das exportações para o mercado-alvo 2002/2007

Matriz de Posicionamento de Massas e Preparações Alimentícias em Cuba Dez Principais Fornecedores

2002/2007

Copyright © 2007 APEX-BrasilFonte: GTIS Elaboração: UIC Apex-Brasil

US$ Mil

SH6 DescriçãoImp. mundiais

de Cuba 2007

Imp. dos prod.

brasileiros 2007

Crescimento das

exp.Bra-Cuba

06/07

Crescimento das

importações de

Cuba 06/07

Part. do Brasil nas

imp. cubanas 2007

190531Bolachas e biscoitos adicionados de

edulcorantes6.012,70 2.623,77 46,7% 7,9% 43,6%

210690 Outras preparações alimentícias 9.509,77 1.813,07 --- 0,6% 19,1%

190532 "waffles" e "wafers" 1.343,78 861,79 75,6% 34,7% 64,1%

190590

Outros produtos de padaria, pastelaria

ou da indústria de biscoitos, mesmo com

adição de cacau

5.871,88 26,94 163,1% 29,8% 0,5%

190110

Preparações para alimentação de

crianças acondicionadas para venda a

retalho

9.183,65 2,47 -91,3% 3427,7% 0,0%

Fonte: GTIS, Elaboração: UIC

Principais oportunidades para o setor de Massas e preparações alimentícias em Cuba

Tabela 8

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6.1.4 Preparações de carnes e peixes De acordo com a tabela abaixo, houve crescimento tanto das exportações brasileiras para Cuba (89%), quanto das importações mundiais cubanas (21%) dos produtos desse setor.

Tabela 9

Ao analisar a Matriz de Posicionamento, nota-se que apenas México e Canadá apresentaram decréscimo em suas exportações para o mercado-alvo entre 2002 e 2007.

Gráfico 16

Apesar das exportações espanholas terem obtido uma taxa de crescimento médio anual positiva no período, esse país perdeu participação de mercado. O Brasil ocupa o 1º lugar no ranking do setor e apresentou em 2007 exportações no montante de US$ 11,7 milhões. Apenas o Equador apresenta alguma ameaça à participação brasileira no mercado cubano, visto que cresceu a uma taxa média anual de 58%, enquanto o Brasil cresceu aproximadamente 36%.

Para a seleção das possíveis oportunidades de negócios para esse setor, foram pesquisados os produtos relacionados por códigos do sistema harmonizado (SH), observando-se, pelo menos, as relações entre os seguintes aspectos quantitativos e qualitativos: crescimento das exportações brasileiras dos produtos para o mercado-alvo; crescimento das importações mundiais dos produtos pelo mercado-alvo; percentual de participação dos produtos brasileiros nas importações mundiais do mercado-alvo, entre outros. Analisando-se os SH6 do setor, a principal oportunidade selecionada encontra-se na tabela seguinte:

México (8)

Brasil (1)

Equador (3)

EUA (9) Tailândia (5)

Chile (2)Espanha (4)

Valor de Referência = US$ 1 mi

Canadá (7)

China (6)Países Baixos (10)

-15

-10

-5

0

5

10

15

20

25

-20% -10% 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60%

Var

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o d

o m

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no

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20

02

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Taxa de Crescimento médio anual das exportações para o mercado-alvo 2002/2007

Matriz de Posicionamento de Preparações de Carnes, Peixes e Crustáceos em Cuba - Dez Principais Fornecedores

2002/2007

Copyright © 2007 APEX-BrasilFonte: GTIS Elaboração: UIC Apex-Brasil

Comércio (US$ milhões) 2005 2006 2007

Exportações cubanas para o mundo 1,41 1,46 1,15

Importações cubanas do mundo 15,67 22,18 26,76

Exportações brasileiras para o mundo 118,04 107,47 163,04

Exportações brasileiras para Cuba 5,07 6,21 11,74

Var. das Imp. mundiais de Cuba (07/06) % 21%

Var. das Exp. do Brasil para Cuba (07/06) % 89%

Fonte: GTIS. Elaboração: UIC Apex-Brasil

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O governo cubano pretende modernizar

o setor hoteleiro mediante investimento

superior a 300 milhões de euros.

As tarifas alfandegárias aplicadas por Cuba aos principais fornecedores para o SH6 selecionado poderão ser visualizadas no Anexo 13.1.2.

6.2 Casa e construção

O setor de construção civil em Cuba pode ser dividido em basicamente três segmentos: construções voltadas para o turismo (hotéis, restaurantes, etc), construções industriais e construções sociais (residências, escolas, hospitais, etc). A construção voltada para o turismo é a mais relevante no país, seguida da construção social e, por último, as construções industriais.

O segmento de construções voltadas para o turismo experimentou um crescimento contínuo durante a década de 90, porém após a crise de 11 de Setembro de 2001, a queda no número de visitantes em Cuba desacelerou a demanda por novas construções. Desde 2003, Cuba recebe por volta de dois milhões de turistas ao ano. Ainda que o volume de novas construções voltadas para o turismo seja pequeno, a qualidade do material empregado neste tipo de obra é superior, demandando continuamente novos produtos importados. Vale lembrar que este é um dos principais setores geradores de receita em divisas no país, o que lhe confere maior fôlego financeiro para investir em materiais de construção de boa qualidade.

Em 2007, foi anunciado um plano de investimentos focando a modernização do setor hoteleiro, para melhoria das instalações e serviços, que corresponderia a um investimento superior a 300 milhões de euros. No gráfico abaixo, observa-se o número de obras para o turismo no período de 2003 a 2007 e ressalta-se que o valor total investido em 2006 foi de 49 milhões de pesos cubanos e, em 2007, foram 95,5 milhões de pesos cubanos, segundo a Dirección de Indústrias de Cuba.

O segmento de construções industriais, após o desaquecimento provocado pela crise do início da década de 90, mostrou recuperação a partir de 2003, principalmente em função da necessidade se aumentar a produção interna do país. Houve forte crescimento entre 2005 e 2006, sendo que em 2006 as construções industriais somaram 70,4 milhões de pesos cubanos, enquanto em 2007 o menor número de construções chegou a 49 milhões de pesos cubanos.

US$ Mil

SH6 DescriçãoImp. mundiais

de Cuba 2007

Imp. dos prod.

brasileiros 2007

Crescimento das

exp.Bra-Cuba

06/07

Crescimento das

importações de

Cuba 06/07

Part. do Brasil nas

imp. cubanas

2007

160100

Enchidos e produtos semelhantes de carne,

miudezas ou sangue; preparações alimentícias à

base de tais produtos

19.259,88 11.738,79 88,8% 40,0% 60,9%

Fonte: GTIS, Elaboração:UIC

Principais oportunidades para o setor de Preparações de carnes, crustáceos e peixes em Cuba

Tabela 10

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Gráfico 17

As construções voltadas para o atendimento às necessidades da população vêm apresentando uma demanda constante nos últimos anos, não oscilando tanto em função de crises externas. Especialmente no tocante à construção para moradia, Cuba apresenta um grande déficit habitacional, sendo comum vários membros de uma mesma família viverem sob o mesmo teto em função da impossibilidade de se alugar ou comprar outra residência. No gráfico a seguir, apresenta-se a evolução do número de casas construídas em Cuba entre 2001 e 2007.

Gráfico 18 Fonte: Oficina Nacional de Estatísticas de Cuba. Elaboração: UIC APEX-Brasil

0 20 40 60 80 100 120 140

2003

2004

2005

2006

2007

2003 2004 2005 2006 2007

Unidades Turísticas Construídas 10 8 11 7 5

Unidades Indústriais Construídas 15 17 32 115 36

Unidades Turísticas e Industriais Construídas em Cuba2003 - 2007

Fonte: Oficina Nacional de Estatísticas de Cuba. Elaboração: UIC APEX-Brasil

0 20000 40000 60000 80000 100000 120000

2001

2002

2003

2004

2005

2006

2007

2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007

Unidades residências 35805 27460 15590 15352 39919 111373 52607

Evolução do Número de Residências Construídas em Cuba2001 - 2007

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O MICONS pretende comprar mais de 500

equipamentos de construção, de

aproximadamente 79 linhas diferentes.

Apesar do setor de construção ter perdido um pouco do dinamismo em 2007, caindo 8,6% em comparação ao ano de 2006, deve-se considerar que o ano de 2006 teve um crescimento excepcional devido principalmente à finalização de um grande número de residências que já haviam iniciado suas obras nos anos anteriores. O cenário atual traz boas perspectivas para o setor, devido tanto aos planos de investimento já previstos pelo governo, como também os planos de reconstrução de moradias destruídas pela recente passagem de furacões na região (Ike e Gustav). O setor de construção em Cuba é totalmente controlado pelo Ministério de la Construción (MICONS). A produção interna de materiais de construção e artigos para casa em Cuba é insuficiente, de maneira que o país depende fortemente das importações para atender às demandas deste setor. O ministério tem planos de importação de mais de 500 equipamentos de construção, de aproximadamente 79 linhas diferentes. A seguir, apresentam-se os dados relativos aos principais setores que apresentaram oportunidades no mercado cubano no segmento de casa e construção.

6.2.1 Produtos de limpeza

Observando a tabela abaixo, depreende-se que tanto as importações cubanas do setor como as exportações brasileiras para o mercado-alvo diminuíram de 2006 para 2007.

Apesar desse decréscimo, esse setor vinha apresentando boas taxas de crescimentos desde 2002. Tanto que na análise da Matriz de Posicionamento, visualiza-se que as exportações brasileiras cresceram a uma taxa média anual entre 2002 e 2007 de 261%.

Tabela 11

Como também pode ser observado na matriz de posicionamento, o Brasil ocupa o 1º lugar na relação de fornecedores desse setor para a Cuba, exportando aproximadamente US$ 14 milhões neste último ano. A taxa de crescimento e a variação de participação de mercado se situaram muito acima da média, sendo que por questões de escala, foram citados no canto direito inferior do gráfico. A maior parte desse crescimento se deve à exportação do SH6 340119 (outros sabões, produtos ou preparações tensoativos, incluídos os de uso medicinal), que corresponde a 93% das exportações brasileiras do setor para Cuba. Apesar da liderança brasileira no setor, outros países também têm apresentado taxas de crescimento altas, como Venezuela e China. México e Canadá vêm caindo em suas exportações e, conseqüentemente, perdendo mercado.

Comércio (US$ milhões) 2005 2006 2007

Exportações cubanas para o mundo 0,02 0,24 0,12

Importações cubanas do mundo 24,92 39,32 34,80

Exportações brasileiras para o mundo 130,80 147,20 173,84

Exportações brasileiras para Cuba 4,59 14,67 13,57

Var. das Imp. mundiais de Cuba (07/06) % -11%

Var. das Exp. do Brasil para Cuba (07/06) % -7%

Fonte: GTIS. Elaboração: UIC Apex-Brasil

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Gráfico 19

Para a seleção das possíveis oportunidades de negócios para esse setor, foram pesquisados os produtos relacionados por códigos do sistema harmonizado (SH), observando-se, pelo menos, as relações entre os seguintes aspectos quantitativos e qualitativos: crescimento das exportações brasileiras dos produtos para o mercado-alvo; crescimento das importações mundiais dos produtos pelo mercado-alvo; percentual de participação dos produtos brasileiros nas importações mundiais do mercado-alvo, entre outros. Analisando-se os SH6 do setor, as principais oportunidades selecionadas encontram-se na tabela 12.

As tarifas alfandegárias aplicadas por Cuba aos principais fornecedores para os SH6 selecionados poderão ser visualizadas no Anexo 13.1.2.

Itália (4)

China (3)

Bélgica (9)

México (5)

Espanha (2)Valor de Referência =

US$ 5 mi

Guatemala (7)

Canadá (6)

Venezuela (10)

Alemanha (8)

-25

-20

-15

-10

-5

0

5

10

15

-20% 0% 20% 40% 60% 80%

Var

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20

02

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ais)

Taxa de Crescimento médio anual das exportações para o mercado-alvo 2002/2007

Matriz de Posicionamento de Produtos de Limpeza em Cuba Dez Principais Fornecedores

2002/2007

Copyright © 2007 APEX-Brasil

Fornecedor; x; y; Exportações para Cuba em 2007Brasil (1); 261%; 38,85; US$ 13,5 milhões

Fonte: GTIS Elaboração: UIC Apex-Brasil

US$ Mil

SH6 DescriçãoImp. mundiais

de Cuba 2007

Imp. dos prod.

brasileiros 2007

Crescimento das

exp.Bra-Cuba

06/07

Crescimento das

importações de

Cuba 06/07

Part. do Brasil nas

imp. cubanas

2007

340119Outros sabões, produtos ou preparações

tensoativos, incluídos os de uso medicinal 15.277,15 12.703,25 8,0% -0,7% 83,2%

340290 Outras preparações tensoativas e preparações para

lavagem e limpeza 2.628,44 11,11 -78,1% 19,4% 0,4%

340700 Pastas para modelar, "ceras" para dentistas e

outras composições para dentistas à base de gesso 831,93 3,27 --- 30,7% 0,4%

Fonte:GTIS, Elaboração:UIC

Principais oportunidades para o setor de Produtos de Limpeza em Cuba

Tabela 12

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6.2.2 Produtos cerâmicos

Apresentam-se na tabela abaixo os dados referentes ao setor de produtos cerâmicos.

Como se pode observar, há um crescimento maior das exportações brasileiras dos produtos cerâmicos para Cuba (38%) entre 2006 e 2007 do que o crescimento das importações mundiais cubanas (11%) no mesmo período.

Tabela 13

Segundo a matriz de posicionamento desse setor, nota-se um dinamismo muito grande nesse mercado, com alguns fornecedores perdendo market-share e outros ganhando. A Espanha, apesar de ainda ocupar o 1º lugar e estar crescendo a taxas médias anuais de 12,4%, perdeu 5 pontos percentuais de participação do mercado, quando comparado o ano de 2002 a 2007. Esse país exportou US$ 16 milhões no ano de 2007 e sempre foi líder no fornecimento deste grupo de produtos para Cuba. A segunda colocada no ranking, Itália, apresentou um decréscimo médio anual de 12,4% em suas exportações e também perdeu market-share. Os produtos chineses, colombianos e brasileiros vêm ganhando mercado no país. China foi o maior fornecedor em 2006, exportando US$ 13 milhões, e em 2007 passou para o segundo lugar com o total de US$ 12 milhões em exportações. O Brasil tem chance de melhorar sua classificação, atualmente em 4º lugar (US$ 2,6 milhões exportados em 2007), já que obteve um crescimento médio anual de 23% entre 2002 e 2007 e ainda vem ganhando participação de mercado.

Gráfico 20

México (8)

Espanha (1)

Brasil (4)

Itália (3)

Canadá (9)

Colômbia (5)

China (2)

Valor de Referência = US$ 5 mi

Eslováquia (7)

Alemanha (6)

Reino Unido (10)

-20

-12

-4

4

12

20

28

-80% -60% -40% -20% 0% 20% 40% 60% 80%

Var

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o m

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20

02

/20

07

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tos

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ais)

Taxa de Crescimento médio anual das exportações para o mercado-alvo 2002/2007

Matriz de Posicionamento de Produtos Cerâmicos em Cuba Dez Principais Fornecedores

2002/2007

Copyright © 2007 APEX-BrasilFonte: GTIS Elaboração: UIC Apex-Brasil

Comércio (US$ milhões) 2005 2006 2007

Exportações cubanas para o mundo 0,11 0,13 0,08

Importações cubanas do mundo 23,31 39,24 43,40

Exportações brasileiras para o mundo 554,31 605,87 582,80

Exportações brasileiras para Cuba 0,94 1,92 2,64

Var. das Imp. mundiais de Cuba (07/06) % 11%

Var. das Exp. do Brasil para Cuba (07/06) % 38%

Fonte: GTIS. Elaboração: UIC Apex-Brasil

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Importante salientar que o governo cubano está investindo na construção de uma fábrica de revestimentos cerâmicos, o que poderá gerar uma diminuição da demanda por esse tipo de produto no longo prazo. Para a seleção das possíveis oportunidades de negócios para esse setor, foram pesquisados os produtos relacionados por códigos do sistema harmonizado (SH), observando-se, pelo menos, as relações entre os seguintes aspectos quantitativos e qualitativos: crescimento das exportações brasileiras dos produtos para o mercado-alvo; crescimento das importações mundiais dos produtos pelo mercado-alvo; percentual de participação dos produtos brasileiros nas importações mundiais do mercado-alvo, entre outros. Considerando os critérios acima descritos, as principais oportunidades selecionadas, encontram-se na tabela 14.

As tarifas alfandegárias aplicadas por Cuba aos principais fornecedores para os SH6 selecionados poderão ser visualizadas no Anexo 13.1.2.

6.2.3 Tintas

Conforme a tabela 14, o setor de tintas apresentou um ótimo desempenho, com crescimento das exportações brasileiras de 84% em 2007 em comparação a 2006.

Nota-se também que as importações cubanas para esse grupo de produtos é muito maior que as exportações cubanas para o mundo, mostrando a forte demanda de Cuba nesse setor.

Tabela 15

O Brasil ainda participa pouco nesse mercado (1,4%), ocupando a 9ª posição no ranking, tendo exportado US$851 mil em 2007. As importações cubanas nesse setor cresceram 18% entre 2002 e 2007 (total de US$61 milhões em 2007), sendo que o 1º fornecedor é a Espanha (exportou US$35 milhões em 2007) e a despeito das exportações terem crescido, vem perdendo mercado. Isso porque China, Venezuela e Canadá vêm crescendo a taxas bem maiores. O país precisa se posicionar melhor no setor para obter crescimentos significativos que aumentem a participação no mercado. Alguns fornecedores tem se utilizado da forma de comercialização consignada para ganhar mais espaço no mercado, deixando seu produto estocado em armazéns localizados em Cuba.

US$ Mil

SH6 DescriçãoImp. mundiais

de Cuba 2007

Imp. dos prod.

brasileiros 2007

Crescimento das

exp.Bra-Cuba

06/07

Crescimento das

importações de

Cuba 06/07

Part. do Brasil nas

imp. cubanas

2007

690890Outros ladrilhos e artigos semelhantes, de cerâmica,

vidrados ou esmaltados 16.429,08 2.018,64 31,9% -5,8% 12,3%

690790Outros ladrilhos e artigos semelhantes, de cerâmica,

não vidrados nem esmaltados 1.103,80 117,94 --- 32,6% 10,7%

691010Pias, lavatórios, banheiras, bidês e semelhantes, de

porcelana, para usos sanitários 5.296,68 153,23 1686,3% 32,8% 2,9%

Fonte:GTIS, Elaboração:UIC

Principais oportunidades para o setor de Produtos Cerâmicos em Cuba

Tabela 14

Comércio (US$ milhões) 2005 2006 2007

Exportações cubanas para o mundo 0,11 0,02 0,12

Importações cubanas do mundo 37,28 53,3 61,6

Exportações brasileiras para o mundo 277,18 333,31 371,56

Exportações brasileiras para Cuba 1,03 0,46 0,85

Var. das Imp. mundiais de Cuba (07/06) % 16%

Var. das Exp. do Brasil para Cuba (07/06) % 84%

Fonte: GTIS. Elaboração: UIC Apex-Brasil

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Gráfico 21

Para a seleção das possíveis oportunidades de negócios para esse setor, foram pesquisados os produtos relacionados por códigos do sistema harmonizado (SH), observando-se, pelo menos, as relações entre os seguintes aspectos quantitativos e qualitativos: crescimento das exportações brasileiras dos produtos para o mercado-alvo; crescimento das importações mundiais dos produtos pelo mercado-alvo; percentual de participação dos produtos brasileiros nas importações mundiais do mercado-alvo, entre outros. Analisando-se os SH6 do setor, as principais oportunidades selecionadas encontram-se na tabela 16. Observa-se a baixa participação brasileira na exportação desses produtos.

As tarifas alfandegárias aplicadas por Cuba aos principais fornecedores para os SH6 selecionados poderão ser visualizadas no Anexo 13.1.2.

Guatemala (8)

Espanha (1)

Canadá (4)

México (3)

Brasil (9)

Venezuela (5)

China (2)

Valor de Referência = US$ 5 mi

Chile (7)

Itália (6)

Países Baixos (10)

-12

-8

-4

0

4

8

12

-10% 10% 30% 50% 70% 90% 110%

Var

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07

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Taxa de Crescimento médio anual das exportações para o mercado-alvo 2002/2007

Matriz de Posicionamento de Tintas em Cuba Dez Principais Fornecedores

2002/2007

Copyright © 2007 APEX-BrasilFonte: GTIS Elaboração: UIC Apex-Brasil

US$ Mil

SH6 DescriçãoImp. mundiais

de Cuba 2007

Imp. dos prod.

brasileiros 2007

Crescimento das

exp.Bra-Cuba

06/07

Crescimento das

importações de

Cuba 06/07

Part. do Brasil nas

imp. cubanas 2007

320890

Tintas, vernizes e soluções de outros

polímeros sintéticos, dispersos ou

dissolvidos em meio não aquoso

6.754,61 329,17 116,6% -2,3% 4,9%

320910

Tintas e vernizes à base de polímeros

acrílicos ou vinílicos dispersos ou

dissolvidos em meio aquoso

6.157,12 156,72 454,7% -22,8% 2,5%

320810

Tintas, vernizes e soluções à base de

poliésteres, dispersos ou dissolvidos em

meio não aquoso

3.253,69 148,59 289,2% 14,9% 4,6%

Fonte:GTIS, Elaboração:UIC

Principais oportunidades para o setor de Tintas em Cuba

Tabela 16

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Há demanda por silos, máquinas agrícolas,

máquinas para construção civil e

equipamentos médico-odontológicos.

6.3 Máquinas e equipamentos A indústria cubana vem se reerguendo após a crise do início da década de 90. De acordo com o The Economist

Intelligence Unit, as maiores taxas de crescimento industriais vêm sendo registradas nos setores voltados para a produção de bens com maior valor agregado e que possam atender à extensa cadeia turística de Cuba, tais como bebidas, alimentos processados, móveis e aparelhos elétricos. A indústria açucareira sofreu forte retração neste período, ainda que o governo esteja investindo no desenvolvimento de produtos com maior valor agregado e venha demandando máquinas e equipamentos para este segmento. De maneira geral, o setor agrícola cubano se ressente da obsolescência de seu maquinário e falta de tecnologia de ponta, circunstância esta que aponta boas oportunidades para as máquinas, equipamentos e serviços brasileiros ligados ao agronegócio.

A produção industrial em Cuba é administrada basicamente por três ministérios: SIME (indústria metal-mecânica), MINIL (indústria de bens de consumo) e MINBAS (indústria básica). A seguir, detalhamos brevemente o escopo de atuação de cada um deles.

• SIME: agrega dois tipos de estrutura; os grupos industriais, responsáveis pela produção, comercialização e importação de produtos, e as organizações independentes, envolvidas nos processos de gestão, qualidade e exportação. Dentre os grupos industriais, destacam-se a ACINOX (aços e derivados), a ALCUBA (alumínio e derivados), a BK-IMPORT (importações de bens de capital), a CICLEX (importações de bicicletas, motocicletas, utensílios domésticos e ferragens), FERROMAR (importação de equipamentos náuticos, ferroviários, gaseificação), CONSTRUIMPORT (importadora de máquinas agrícolas e para construção), GMG (importação de máquinas ferramentas, mobiliário e equipamento médico), RC COMERCIAL (importação de equipamentos para refrigeração e caldeiras) e UNECAMOTO (veículos e suas partes).

• MINIL: administra a produção de móveis, luminárias, tecidos, calçados, etc. Seu principal braço importador de máquinas e equipamentos para estes setores é o GRUPO DUJO, que importa através da empresa DUJO IMPORT-EXPORT.

• MINBAS: trabalha em sistema de uniões empresarias, estruturadas de forma similar aos grupos empresariais do SIME. Destacam-se a ABAPET (importações de combustíveis para a estatal CUBAPETROLEO), a ENERGOIMPORT (importações para o setor energético), a COGEOMIN (importações para o setor de extração mineral), EMPRESA IMPORTADORA DEL NÍQUEL (especializada no segmento de níquel e petróleo), POLIGOM (borracha e derivados), VIDRIERAS CARIBE (importações de cimento e vidro), a UNION DEL PAPEL (papel e celulose), e a QUIMIMPORT (importações de produtos químicos, tintas, gases industriais, etc).

Um setor que vem se desenvolvendo fortemente em Cuba é a indústria ligada à saúde, como biotecnologia e produtos farmacêuticos, voltados tanto para o atendimento do mercado interno como para as exportações cubanas para outros países em desenvolvimento na América Central e África. Existem planos de expansão desse setor, pois segundo informação fornecida pelo MINBAS (Ministério da Indústria Básica de Cuba), está previsto um projeto de construção de 7 plantas produtoras de medicamentos. Esse projeto irá gerar um aumento da demanda tanto por máquinas e equipamentos, como por materiais de construção. A obsolescência das máquinas utilizadas pelo setor agrícola, bem como o incentivo do governo à produção agrícola também irá aumentar a demanda por máquinas e equipamentos agrícolas. Além disso, a freqüência de furacões e ciclones na região tem levado o governo a pensar em soluções que visem à maior proteção das safras, tais como a construção de silos e armazéns de produtos agrícolas.

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Vender máquinas e equipamentos financiados com prazos longos é fator

de competitividade.

Outro setor que apontou crescimento para os próximos anos foi o de siderurgia, com a única siderúrgica do país, a estatal CubaMetales, anunciando investimentos da ordem de US$ 20 milhões em 2006 e planos de aumento de produção a partir de 2007. Com relação à indústria automobilística, as montadoras cubanas vêm apresentando taxas de crescimento aceleradas nos últimos anos, ainda que a grande maioria dos veículos cubanos seja importada17. A indústria de ferramentas elétricas e manuais em Cuba é pouco desenvolvida, bem como a de materiais mecânicos como um todo, não satisfazendo a demanda interna18. Diante disso, algumas empresas estrangeiras têm implantado operações locais em parceria com empresas cubanas, de forma a atender à demanda interna e também oferecer serviços pós-venda. Na maioria dos casos, somente as etapas finais da produção são realizadas em Cuba. Cumpre ressaltar que, devido ao alto custo das máquinas e aos valores de importação, o financiamento no longo prazo torna-se essencial para os cubanos. Pensando nisso, vários países fornecedores têm vendido esse tipo de produto com prazos longos, em geral, de 18 a 24 meses. Alguns compradores de máquinas e equipamentos em Cuba podem exigir o Certificado LABET para a compra de produtos estrangeiros. Este certificado é emitido pelos laboratórios de teste do SIME e destina-se à comprovação de que o produto está preparado para resistir às condições climáticas de Cuba, como por exemplo, alta umidade e salinidade. Para obter a certificação, o produto deve passar por uma série de testes laboratoriais (umidade, temperatura, voltagem etc). O custo para obtenção deste certificado varia de acordo com o produto e deve ser consultado junto ao SIME.

A seguir, apresentam-se os dados relativos aos principais setores que apresentaram oportunidades no mercado cubano no segmento de máquinas e equipamentos.

6.3.1 Máquinas e motores

No que diz respeito ao grupo de máquinas e motores, a tabela 17 revela um crescimento das exportações brasileiras para Cuba de 16%, entre 2006 e 2007, superior, portanto, àquele verificado para as importações mundiais cubanas no mesmo período, de 7%.

Em 2007, o Brasil chegou a exportar a cifra de US$ 11,5 bilhões dos produtos em questão para Cuba.

Tabela 17

As importações dos produtos desse setor em Cuba cresceram em média 28% entre 2002 e 2007, sendo que no último ano analisado, o volume total importado foi de aproximadamente US$ 1 bilhão. As exportações da China para esse setor cresceram a uma taxa média anual bem acima da média (91%) alcançando US$392,2 milhões e, por questões de escala, os valores estão citados no canto direito do gráfico. Além do crescimento da China, outros

17

The Economist Intelligence Unit 18 ICEX – Instituto Espanhol de Comércio Exterior

Comércio (US$ milhões) 2005 2006 2007

Exportações cubanas para o mundo 8,58 26,38 13,35

Importações cubanas do mundo 580,56 1.022,46 1.091,28

Exportações brasileiras para o mundo 9.726,56 10.872,87 11.528,90

Exportações brasileiras para Cuba 21,85 19,08 22,14

Var. das Imp. mundiais de Cuba (07/06) % 7%

Var. das Exp. do Brasil para Cuba (07/06) % 16%

Fonte: GTIS. Elaboração: UIC Apex-Brasil

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países vêm apresentando bons resultados no país e ganhando market-share, como Países Baixos, Canadá e Alemanha. Conforme pode ser visualizado também no gráfico, o Brasil ocupa o 10º lugar nesse setor e, apesar de ter apresentado uma taxa média anual de crescimento de aproximadamente 17% entre 2002 e 2007, vem perdendo participação no mercado, tendo exportado US$22,1 milhões no último ano.

Gráfico 22

Para a seleção das possíveis oportunidades de negócios para esse setor, foram pesquisados os produtos relacionados por códigos do sistema harmonizado (SH), observando-se, pelo menos, as relações entre os seguintes aspectos quantitativos e qualitativos: crescimento das exportações brasileiras dos produtos para o mercado-alvo; crescimento das importações mundiais dos produtos pelo mercado-alvo; percentual de participação dos produtos brasileiros nas importações mundiais do mercado-alvo, entre outros.

Na tabela 18, são apresentados os produtos com maior potencial de geração de negócios para as empresas brasileiras. Entre eles, destaca-se os “motores de pistão, de ignição por compressão, diesel ou semi-diesel, utilizados para propulsão de veículos do capítulo 87” (SH 840820), cujas importações mundiais cubanas foram as maiores do grupo: US$ 53,6 milhões. Já em termos de participação de mercado, o melhor desempenho brasileiro coube às “máquinas e aparelhos de jato de areia, de jato de vapor e aparelhos de jato semelhantes” (SH 842430).

Itália (4)

Japão (9)

Espanha (2)

Canadá (3)

Valor de Referência = US$ 50 mi

Alemanha (5)

França (7)

Países Baixos (6)

Rússia (8)Brasil (10)

-15

-12

-9

-6

-3

0

3

0% 5% 10% 15% 20% 25% 30% 35% 40% 45%

Var

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Taxa de Crescimento médio anual das exportações para o mercado-alvo 2002/2007

Matriz de Posicionamento de Máquinas e Motores em Cuba Dez Principais Fornecedores

2002/2007

Copyright © 2007 APEX-Brasil

Fornecedor; x; y; Exportações para Cuba em 2007China (1); 91,4%; 31,04; US$ 392 milhões

Fonte: GTIS Elaboração: UIC Apex-Brasil

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Tabela 18

As tarifas alfandegárias aplicadas por Cuba aos principais fornecedores para os SH6 selecionados poderão ser visualizadas no Anexo 13.1.2.

US$ Mil

SH6 DescriçãoImp. mundiais

de Cuba 2007

Imp. dos prod.

brasileiros 2007

Crescimento das

exp.Bra-Cuba

06/07

Crescimento das

importações de

Cuba 06/07

Part. do Brasil nas

imp. cubanas 2007

841869 Outros materiais, máquinas e aparelhos,

para produção de frio; bombas de calor 5.573,13 1.110,42 175,9% 75,6% 19,9%

840820

Motores de pistão, de ignição por

compressão, diesel ou semi-diesel,

utilizados para propulsão de veículos do

capítulo 87

53.554,18 816,77 63,8% 232,6% 1,5%

847490 Partes de máquinas e aparelhos da

posição 8474 15.289,03 502,10 92,3% 278,9% 3,3%

842430

Máquinas e aparelhos de jato de areia,

de jato de vapor e aparelhos de jato

semelhantes

1.278,10 480,71 11596,1% 6,3% 37,6%

842833

Outros aparelhos elevadores ou

transportadores de mercadorias, de tira

ou correia

3.014,90 330,27 3032,9% 113,9% 11,0%

841480 Outras bombas de ar, coifas aspirantes

para extração ou reciclagem 9.943,37 298,42 5,6% 20,0% 3,0%

841899 Outras partes de refrigeradores,

congeladores e bombas de calor 10.474,29 295,73 1051,2% 33,0% 2,8%

840999 Outras partes para motores diesel ou

semidiesel 43.017,43 248,10 -26,1% 76,9% 0,6%

848340

Engrenagens e rodas de fricção, eixos de

esferas ou de roletes; caixas de

transmissão, redutores, multiplicadores e

variadores de velocidade

3.247,36 182,41 97,5% 117,0% 5,6%

841391 Partes de bombas para líquidos 13.917,00 139,29 70,1% 41,5% 1,0%

842129 Outros aparelhos para filtrar ou depurar

líquidos 6.573,35 136,52 2,8% 119,3% 2,1%

841459 Outros ventiladores 3.151,85 119,81 82,8% 11,8% 3,8%

843390

Partes de máquinas e aparelhos para

colheita ou debulha de produtos

agrícolas, ou para limpar ou selecionar

ovos, frutas ou outros produtos agrícolas

3.798,30 106,59 356,7% 84,2% 2,8%

843131 Partes de elevadores, monta-cargas ou

de escadas rolantes 4.423,64 92,66 20,4% 44,8% 2,1%

842121 Aparelhos para filtrar ou depurar água 4.091,53 78,70 13284,2% 31,4% 1,9%

848210 Rolamentos de esferas 6.694,44 76,55 69,6% 95,5% 1,1%

848120 Válvulas para transmissões óleo-

hidráulicas ou pneumáticas 2.808,77 38,23 568,7% 169,9% 1,4%

Fonte: GTIS, Elaboração: UIC APEX-Brasil

Principais oportunidades para o setor de Máquinas e Motores em Cuba

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Tabela 19

6.3.2 Plásticos e suas obras

Como se nota na tabela 19, as importações mundiais de Cuba do setor de plásticos e suas obras alcançaram US$ 205 milhões em 2007, montante 11% superior àquele verificado no ano anterior. Desse total, US$ 6,5 milhões foram importados do Brasil.

A variação das vendas de produtos brasileiros para Cuba, entre 2006 e 2007, foi de 8%, taxa inferior àquela das importações mundiais cubanas. É importante ressaltar que para que o Brasil mantenha sua fatia de mercado é necessário crescer, ao menos no mesmo patamar em que crescem as importações totais de Cuba.

As exportações desse setor em Cuba cresceram em média 18% entre 2002 e 2007. Segundo análise do gráfico, nota-se que a Espanha, apesar de ser o país que mais exporta para Cuba nesse setor, perdeu 12 pontos percentuais de participação de mercado, quando comparado o ano de 2002 com o ano de 2007, tendo exportado US$57,5 milhões em 2007. O Brasil ocupa a 7ª posição no ranking dos fornecedores e obteve uma taxa média de crescimento anual de 28% no período de 2002 a 2007 e exportou US$6,5 milhões nesse último ano. Colômbia, Venezuela, China e Suécia tiveram suas exportações crescendo em um ritmo mais acelerado que as exportações brasileiras. A Suécia destaca-se como o fornecedor que apresentou a maior taxa de crescimento média anual no período (135%) e a China como o fornecedor que mais cresceu sua participação no mercado (aproximadamente 7 pontos percentuais entre 2002 e 2007).

Gráfico 23

Venezuela (8)

Espanha (1)

Itália (4)

China (3)

Alemanha (9)

Canadá (5)

México (2)

Valor de Referência = US$ 10 mi

Brasil (7)

Suécia (6)

Colômbia (10)

-15

-10

-5

0

5

10

-10% 10% 30% 50% 70% 90% 110% 130%

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Taxa de Crescimento médio anual das exportações para o mercado-alvo 2002/2007

Matriz de Posicionamento de Plásticos e Suas Obras em Cuba Dez Principais Fornecedores

2002/2007

Copyright © 2007 APEX-BrasilFonte: GTIS Elaboração: UIC Apex-Brasil

Comércio (US$ milhões) 2005 2006 2007

Exportações cubanas para o mundo 0,42 0,54 0,91

Importações cubanas do mundo 175,71 184,31 205,08

Exportações brasileiras para o mundo 2.038,57 2.557,35 2.917,28

Exportações brasileiras para Cuba 5,28 6,02 6,50

Var. das Imp. mundiais de Cuba (07/06) % 11%

Var. das Exp. do Brasil para Cuba (07/06) % 8%

Fonte: GTIS. Elaboração: UIC Apex-Brasil

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Tabela 20

Para a seleção das possíveis oportunidades de negócios para esse setor, foram pesquisados os produtos relacionados por códigos do sistema harmonizado (SH), observando-se, pelo menos, as relações entre os seguintes aspectos quantitativos e qualitativos: crescimento das exportações brasileiras dos produtos para o mercado-alvo; crescimento das importações mundiais dos produtos pelo mercado-alvo; percentual de participação dos produtos brasileiros nas importações mundiais do mercado-alvo, entre outros. Na tabela 20, visualizam-se os SH6 com as melhores oportunidades para os itens brasileiros. Entre os itens listados, pode-se destacar o “polipropileno, em forma primária” (SH 390210), cujas importações mundiais cubanas cresceram 60,3% entre 2006 e 2007.

As tarifas alfandegárias aplicadas por Cuba aos principais fornecedores para os SH6 selecionados poderão ser visualizadas no Anexo 13.1.2.

6.4 Tecnologia e Saúde

Estima-se que o setor médico tenha gerado US$ 2,5 bilhões em 2007. A existência de um sistema de saúde democrático e amplo constitui, juntamente com a garantia de segurança alimentar, o segundo pilar básico do Estado cubano. Implantado após a Revolução de 1959, o Sistema Nacional de Saúde (SNS) de Cuba conta atualmente com mais de 700.000 médicos19 e cerca de 700 hospitais e policlínicas em todo o país. Ainda que o sistema seja suficientemente abrangente para atender à população, após a grave crise econômica do início da década de 90, houve uma forte deterioração nas condições de atendimento do SNS, especialmente pela falta de equipamentos e más condições de manutenção da infra-estrutura hospitalar em Cuba.

O excelente nível técnico dos médicos cubanos é reconhecido internacionalmente, fazendo com que Cuba tenha uma série de acordos de cooperação na área de saúde com outros países em desenvolvimento (especialmente a Venezuela). A cooperação na área de saúde garante a Cuba certas vantagens nas negociações com os países que recebem sua ajuda médica, como, por exemplo, a importação de petróleo venezuelano em condições especiais, ao mesmo tempo em que também aumenta a sua demanda por importações, já que os equipamentos e artigos médico-hospitalares utilizados pelos médicos cubanos no exterior também são fornecidos pelo governo cubano.

Outro importante segmento em Cuba é o “turismo de saúde”. Nos últimos anos, Cuba vem implantando uma vasta rede de clínicas e hospitais voltados para o atendimento de turistas, que vão buscar no país tratamentos de ponta em uma série de especialidades médicas, entre elas oftalmologia, ortopedia e reabilitação de acidentados. As receitas provenientes deste tipo de turismo e também das exportações ligadas à área de saúde são importantes

19

ICEX – Instituto Espanhol de Comércio Exterior

US$ Mil

SH6 DescriçãoImp. mundiais

de Cuba 2007

Imp. dos prod.

brasileiros 2007

Crescimento das

exp.Bra-Cuba

06/07

Crescimento das

importações de

Cuba 06/07

Part. do Brasil nas

imp. cubanas 2007

392390 Outros artigos de transporte ou de

embalagem, de plásticos 7.475,54 948,67 7,6% 37,6% 12,7%

390210 Polipropileno, em forma primária 2.002,81 729,28 2373,1% 60,3% 36,4%

392350

Rolhas, tampas, cápsulas e outros

dispositivos para fechar recipientes, de

plástico

10.331,38 500,42 86,7% 70,0% 4,8%

390120 Polietileno de densidade => 0,94, em

forma primária 26.128,35 247,10 -64,8% 98,2% 0,9%

392690 Outras obras de plásticos 16.374,33 94,02 -27,9% 33,0% 0,6%

391723 Tubos rígidos, de polímeros de cloreto

de vinila 5.924,90 48,50 37,0% 15,2% 0,8%

391740 Acessórios para tubos de plástico 11.418,53 45,18 -48,6% 46,8% 0,4%

Fonte: GTIS, Elaboração: UIC APEX-Brasil

Principais oportunidades para o setor de Plásticos e suas Obras em Cuba

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90% da matéria-prima utilizada na

indústria farmacêutica é

importada.

Compradores cubanos de equipamentos médico,

odontológicos e hospitalares buscam

produtos de qualidade.

para financiar a revitalização do setor em Cuba após a crise da década de 90 e têm se traduzido no aumento da demanda por equipamentos médicos, odontológicos e hospitalares.

A produção interna cubana ainda é insuficiente para atender à totalidade da demanda nacional, de maneira que as importações vêm se tornando cada vez mais importantes para suprir as crescentes necessidades do setor. As importações de máquinas e equipamentos médicos, odontológicos e hospitalares em Cuba são realizadas pela Medicuba, vinculada ao Ministério de Saúde Pública do país.

Com relação à indústria farmacêutica, o principal fator que move seu crescimento é a produção de medicamentos genéricos. À medida que Cuba procura alcançar a auto-suficiência na produção de medicamentos nos últimos anos, a importação de matérias-primas para o setor vem crescendo progressivamente. Atualmente, 90% de toda a matéria-prima farmacêutica utilizada em Cuba são importados20. Todas as importações de matérias-primas farmacêuticas são realizadas pela Farmacuba, empresa importadora vinculada ao MINBAS (Ministério da Indústria Básica). A indústria farmacêutica tem como principal fator que move seu crescimento a produção de medicamentos genéricos.

Outro grupo digno de destaque no setor de saúde cubano é o Pólo Científico, que agrupa diversos organismos envolvidos na pesquisa de vacinas e medicamentos. O órgão responsável pelas importações dos insumos para estas pesquisas é o grupo Servicex Departamento 4. No quadro a seguir, apresentam-se os principais grupos produtores ligados à área da saúde em Cuba.

Tabela 21

De acordo com o ICEX, as compras de equipamentos médicos, odontológicos e hospitalares em Cuba são realizadas levando-se em consideração, principalmente, a qualidade do produto. Invariavelmente são exigidos grandes prazos para os pagamentos, uma vez que se trata de investimentos altos. Este é um dos diferenciais competitivos da China, que consegue fornecer produtos a baixos preços e prazos de pagamento dilatados, amparados por acordos entre os governos dos dois países.

Abaixo, listam-se as principais corporações importadoras cubanas na área de saúde, de acordo com sua área de atuação:

20 ICEX – Instituto Espanhol de Comércio Exterior

Empresa Órgão de Controle Área de Atuação

Grupo Industrial de la Maquinaria

General (GMG)

SIME (Ministerio de la Industria

Sideromecanica)

Equipamentos e modbiliário

médico-cirúrgicoEmpresa de Equipos Médicos da la

ciudad de La Habana

SIME (Ministerio de la Industria

Sideromecanica)

Equipamentos e modbiliário

médico-cirúrgicoGrupo Empresarial Farmacéutico

(QUIMEFA)

MINBAS (Ministerio de la Industria

Basica)

Produtos químicos (matéria-

prima farmacêutica)

Fonte: ICEX. Elaboração: UIC Apex-Brasil

Principais fabricantes de produtos médicos, farmacêuticos, odontológicos e hospitalares em

Cuba

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Tabela 22

A seguir, apresentam-se os dados relativos aos principais setores que apresentaram oportunidades no mercado cubano no segmento de tecnologia e saúde.

6.4.1 Instrumentos de precisão

A maior parte dos equipamentos médicos e odontológicos está classificada no setor de instrumentos de precisão da SECEX21. Na tabela abaixo, apresentam-se as estatísticas do comércio exterior desse setor.

Em 2007, Cuba importou o equivalente a US$348,99 milhões em instrumentos de precisão, montante, este, 7% superior àquele verificado em 2006. Já as exportações brasileiras destes itens para Cuba cresceram 41% no mesmo ínterim, chegando a US$ 3,96 milhões em 2007.

Tabela 23

Japão e Alemanha são os líderes desse setor em Cuba e têm juntos 62% de participação no mercado, sendo que o primeiro exportou US$ 137 milhões em 2007. Com boas taxas de crescimento médio anual, os dois países vêm conseguindo manter crescimento e, com isso, consolidando a participação no mercado. O Brasil está na 9ª posição e apresentou uma taxa média de crescimento médio anual de 22%, tendo exportado US$ 4 milhões em 2007. Apesar do crescimento, este não foi suficiente para evitar que o país perdesse mercado. Entre 2002 e 2007, perdeu 1,30 ponto percentual. As empresas brasileiras têm grande chance de se destacarem nesse setor, visto que os produtos brasileiros apresentam excelente qualidade e níveis de preços mais baratos que os produtos alemães e japoneses.

21 Secretaria de Comércio Exterior, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC)

Grupo Área de Atuação

MEDICUBA Medicamentos e material descartávelCIMEX (CGATE) Equipamentos médicosCOPEXTEL Mobiliário médicoSERVIMED Sistemas de saúde para turistas e residentes estrangeirosFARMACUBA Matérias primas para produção farmacêuticaSERVIMEX DEP. 4 Insumos para Pólo Científico

Fonte: ICEX. Elaboração: UIC Apex-Brasil

Principais corporações importadoras na área da saúde em Cuba

Comércio (US$ milhões) 2005 2006 2007

Exportações cubanas para o mundo 8,48 5,95 8,97

Importações cubanas do mundo 336,15 326,86 348,99

Exportações brasileiras para o mundo 521,67 638,26 742,38

Exportações brasileiras para Cuba 3,87 2,80 3,96

Var. das Imp. mundiais de Cuba (07/06) % 7%

Var. das Exp. do Brasil para Cuba (07/06) % 41%

Fonte: GTIS. Elaboração: UIC Apex-Brasil

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Tabela 24

Gráfico 24

Para a seleção das possíveis oportunidades de negócios para esse setor, foram pesquisados os produtos relacionados por códigos do sistema harmonizado (SH), observando-se, pelo menos, as relações entre os seguintes aspectos quantitativos e qualitativos: crescimento das exportações brasileiras dos produtos para o mercado-alvo; crescimento das importações mundiais dos produtos pelo mercado-alvo; percentual de participação dos produtos brasileiros nas importações mundiais do mercado-alvo, entre outros. Na tabela 24, estão listados os SH6 com as melhores oportunidades para os produtos brasileiros. Vale destacar os “outros instrumentos e aparelhos para medicina, cirurgia ou veterinária” (SH 901890), cujas importações cubanas alcançaram US$ 62,5 milhões em 2007. As vendas brasileiras desse SH6 aumentaram significativamente entre 2006 e 2007, mas a participação brasileira ainda é baixa (1,4%), o que significa que ainda há mercado a conquistar.

As tarifas alfandegárias aplicadas por Cuba aos principais fornecedores para os SH6 selecionados poderão ser visualizadas no Anexo 13.1.2.

Eslováquia (8)

Japão (1)

Espanha (4)

Brasil (9)

Itália (5)

Alemanha (2)

China (3)Valor de Referência =

US$ 50 mi

Canadá (7)

França (6)

Bélgica (10)

-20

-10

0

10

20

30

40

0% 20% 40% 60% 80% 100%

Var

iaçã

o d

o m

arke

t-sh

are

no

me

rcad

o-a

lvo

20

02

/20

07

(p

on

tos

pe

rce

ntu

ais)

Taxa de Crescimento médio anual das exportações para o mercado-alvo 2002/2007

Matriz de Posicionamento de Instrumentos de Precisão em Cuba Dez Principais Fornecedores

2002/2007

Copyright © 2007 APEX-BrasilFonte: GTIS Elaboração: UIC Apex-Brasil

US$ Mil

SH6 DescriçãoImp. mundiais

de Cuba 2007

Imp. dos prod.

brasileiros 2007

Crescimento das

exp.Bra-Cuba

06/07

Crescimento das

importações de

Cuba 06/07

Part. do Brasil nas

imp. cubanas 2007

902139

Válvulas cardíacas, lentes intraoculares

e outros artigos e aparelhos de

prótese, inclusive partes e acessórios

4.661,02 910,03 44,2% 50,1% 19,5%

901890 Outros instrumentos e aparelhos para

medicina, cirurgia ou veterinária 62.497,86 870,00 240,7% 25,4% 1,4%

902110

Artigos e aparelhos ortopédicos ou

para fraturas, inclusive partes e

acessórios

5.605,43 617,12 13613,8% 35,5% 11,0%

901849 Outros instrumentos e aparelhos para

odontologia 4.632,57 370,64 1564,3% 70,6% 8,0%

903180 Outros instrumentos, aparelhos e

máquinas de medida ou controle 4.842,11 313,04 -10,3% 41,7% 6,5%

903289 Outros instrumentos e aparelhos para

regulação ou controle, automáticos 3.171,10 125,86 -39,9% 193,5% 4,0%

902830 Contadores de eletricidade 6.683,88 56,00 82,6% 49,1% 0,8%

Fonte: GTIS, Elaboração: UIC APEX-Brasil

Principais oportunidades para o setor de Instrumentos de Precisão e suas Obras em Cuba

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6.4.2 Eletro-eletrônicos

Com auxílio da tabela ao lado, percebe-se que, entre 2006 e 2007, houve queda nas importações mundiais cubanas de eletro-eletrônicos, de 56%. Esse movimento fez-se sentir nas exportações brasileiras para o país, que decresceram 62% no mesmo período.

No entanto, se a referência for 2005, nota-se que os níveis tanto das importações totais cubanas quanto das exportações brasileiras para a ilha sofreram pouca alteração em 2007, após a ocorrência de um salto nos valores em 2006.

Tabela 25 Esse salto de valores em 2006, conforme já foi mencionado anteriormente, se deveu ao investimento em equipamentos eletro-eletrônicos mediante o programa de governo denominado “Revolução Energética”. Nesse sentido, vários equipamentos foram adquiridos em 2006, com o intuito de melhorar a eficiência energética no país. Em Cuba, a produção bruta de energia elétrica em 2007 foi de 17.621 GWh, representando 7% de crescimento em relação ao ano anterior. As centrais termo-elétricas são responsáveis por 67,4% da geração total de energia do país, os grupos eletrogêneos por 16,6%,as turbinas de gás por 14,1%, sendo que as hidrelétricas representam apenas 0,7%. Em relação à energia termo-elétrica, 60% da produção está concentrada nas províncias de Felton, Matanzas, Cienfuegos e Camagüey. A União Elétrica é a empresa estatal sob a administração do Ministério da Indústria Básica (Minbas), que é responsável pela geração, transmissão e comercialização de eletricidade no país. A eletricidade em Cuba é obtida em sua maior parte a partir do petróleo e seus derivados (diesel e óleo combustível). Foi criada uma empresa cubana-canadense para a geração de eletricidade a partir do gás natural, que corresponde a 15% do consumo de eletricidade, além de ser mais barata. Dentro do programa nacional para economia de recursos houve a substituição de lâmpadas e de eletrodomésticos, que foram oferecidos a população a baixos preços e com facilidade de financiamento. A extração e refino de petróleo em Cuba vêm crescendo fortemente nos últimos anos, especialmente voltados para o atendimento às centrais térmicas cubanas. A maior parte das importações de petróleo advém da Venezuela, com quem Cuba firmou acordos, que suavizam os efeitos das altas de seu preço. Contudo, o governo está investindo cada vez mais na exploração de petróleo em águas profundas através da cooperação com empresas estrangeiras, entre elas a Petrobrás, a espanhola Repsol-YPF e a canadense Sherrit. O acordo com a venezuelana PDVSA foi para a re-ativação da refinaria de petróleo de Cienfuegos.

A utilização de outras fontes de energia além do petróleo e gás não tem sido desenvolvida, apenas a eólica tem sido utilizada em pequena escala em algumas regiões. A partir de 2006, foi ampliada a rede de termoelétricas e houve a iniciativa do governo de substituição das lâmpadas utilizadas pela população por outras mais eficientes e da oferta de eletrodomésticos também mais eficientes no consumo energético. No que diz respeito às telecomunicações, em 2007, as linhas telefônicas já estavam com 95% do total digitalizado. A empresa estatal ETECSA22, que também tem capital italiano, é a responsável pelo setor e pela modernização. A

22 ETECSA é a sigla para a Empresa de Telecomunicações de Cuba S.A.

Comércio (US$ milhões) 2005 2006 2007

Exportações cubanas para o mundo 27,95 3,62 14,78

Importações cubanas do mundo 571,80 1.274,82 555,28

Exportações brasileiras para o mundo 5.430,16 6.341,36 6.231,61

Exportações brasileiras para Cuba 37,18 95,13 35,90

Var. das Imp. mundiais de Cuba (07/06) % -56%

Var. das Exp. do Brasil para Cuba (07/06) % -62%

Fonte: GTIS. Elaboração: UIC Apex-Brasil

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O setor de telecomunicações vem

se desenvolvendo.

televisão tem quatro canais estatais e a internet ainda é pouca difundida, uma vez que seu acesso ocorre por meio de satélite, o que, por sua vez, torna-o dispendioso. Não obstante, existe um plano para a implantação de fibra ótica sob o mar por 1.500km, ligando Cuba à Venezuela, o qual deverá ter a contratação firmada em 2008 para conclusão das obras até o início de 2010. Com a ampliação do acesso à internet, criam-se oportunidades para diversos equipamentos eletrônicos como modems, conectores, cabos de diversos tipos.

Ademais, a companhia cubana de telefones registrou todos os telefones privados existentes e as vendas de novos telefones. Após a autorização para as vendas, a demanda foi elevada, apesar dos preços serem equivalentes a 25% do salário básico (408 pesos). No setor de eletro-eletrônicos, destaca-se o desenvolvimento de softwares principalmente para o setor hoteleiro e hospitalar e no eletrônico a produção é decorrente de associações com empresas estrangeiras. O volume total de importações cubanas desse setor é alto, tendo representado aproximadamente US$ 555 milhões em 2007. Conforme pode ser notado no gráfico, a China ocupou o 1º lugar no ranking de fornecedores em 2007 (US$161,3 milhões), mas perdeu market-share quando comparada sua participação de mercado no ano de 2002 e no ano de 2007. Isso vem ocorrendo porque outros países vêm crescendo a taxas médias anuais mais elevadas, como, por exemplo, a Dinamarca (244,3%), Austrália (107,3%), Espanha (24,7%) e Eslováquia (95%). A exportação de produtos brasileiros desse setor também tem apresentado um bom crescimento, 75%. Com isso, o Brasil vem ganhando participação de mercado, ocupando atualmente o 5º lugar no ranking dos fornecedores, tendo exportado US$36 milhões no último ano.

Gráfico 25

Espanha (2)

China (1)

Canadá (4)Itália (3)

Eslováquia (9)

Brasil (5)

Valor de Referência = US$ 50 mi

Dinamarca (7)Alemanha (6)Austrália (10)

França (8)

-15

-10

-5

0

5

10

-30% 0% 30% 60% 90% 120% 150% 180% 210% 240%

Var

iaçã

o d

o m

arke

t-sh

are

no

me

rcad

o-a

lvo

20

02

/20

07

(po

nto

s p

erc

en

tuai

s)

Taxa de Crescimento médio anual das exportações para o mercado-alvo 2002/2007

Matriz de Posicionamento de Mat. elétricos e eletro-eletrônicos em Cuba Dez Principais Fornecedores

2002/2007

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Para a seleção das possíveis oportunidades de negócios para esse setor, foram pesquisados os produtos relacionados por códigos do sistema harmonizado (SH), observando-se, pelo menos, as relações entre os seguintes aspectos quantitativos e qualitativos: crescimento das exportações brasileiras dos produtos para o mercado-alvo; crescimento das importações mundiais dos produtos pelo mercado-alvo; percentual de participação dos produtos brasileiros nas importações mundiais do mercado-alvo, entre outros. Na tabela 26, encontram-se os SH6 com as melhores oportunidades do ponto de vista das exportações brasileiras. Cabe enfatizar os “outros aparelhos para interrupção, seccionamento, ligação de circuitos elétricos, para tensão > 1kV”, (SH 853590), em que a participação de mercado brasileira chegou a 39,8%.

Tabela 26

As tarifas alfandegárias aplicadas por Cuba aos principais fornecedores para os SH6 selecionados poderão ser visualizadas no Anexo 13.1.2.

US$ Mil

SH6 DescriçãoImp. mundiais

da Cuba 2007

Imp. dos prod.

brasileiros 2007

Crescimento das

exp.Bra-Cuba

06/07

Crescimento das

importações de

Cuba 06/07

Part. do Brasil nas

imp. cubanas

2007

853590

Outros aparelhos para interrupção,

seccionamento, ligação de circuitos elétricos,

para tensão > 1kV

7.514,29 2.994,14 240,0% 185,0% 39,8%

854449Outros condutores elétricos, para tensão =<

80V 17.231,21 929,33 -72,4% 92,4% 5,4%

850300Partes reconhecíveis como destinadas às

máquinas das posições 8501ou 8502 17.773,13 743,40 31,1% 10,7% 4,2%

853690

Outros aparelhos para interrupção,

seccionamento, proteção, ligação de circuitos

elétricos, para tensão =< 1kV

23.454,55 305,37 86,0% 10,5% 1,3%

850152

Outros motores elétricos de corrente

alternada, polifásicos, de potência > 750W e

=< 75kW

2.212,77 242,91 -45,4% 84,1% 11,0%

854690Outros isoladores de qualquer matéria, para

usos elétricos 756,21 242,22 741,9% 50,7% 32,0%

850440 Conversores elétricos estáticos 5.541,33 114,50 -42,0% 15,0% 2,1%

851190Partes de aparelhos e dispositivos elétricos

de ignição ou de arranque da posição 8511 1.562,49 94,22 154,3% 63,0% 6,0%

851590

Partes de máquinas e aparelhos para soldar

ou para projeção a quente de metais ou

ceremais, elétricos

1.561,63 53,06 171,1% 184,1% 3,4%

851220Outros aparelhos elétricos de sinalização

visual para automóveis 1.380,19 48,82 18,2% 9,8% 3,5%

850990Partes de aparelhos eletromecânicos, com

motor elétrico, de uso doméstico 1.072,42 37,79 26,9% 121,9% 3,5%

850151Outros motores elétricos de corrente

alternada, polifásicos, de potência =< 750W 422,29 16,45 34,6% 222,2% 3,9%

Fonte: GTIS, Elaboração: UIC APEX-Brasil

Principais oportunidades para o setor de Materiais Elétricos e Eletro-eletrônicos em Cuba

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6.5 Outras oportunidades

6.5.1 Borracha e suas obras

As exportações do Brasil para Cuba referentes aos SH6 do setor de borracha e suas obras estão em crescimento e alcançaram a cifra de aproximadamente US$ 3 milhões em 2007, conforme pode ser verificado na tabela abaixo.

O crescimento das exportações brasileiras dos produtos desse setor de 2006 para 2007 foi de 117%, sendo maior que o crescimento das importações totais de Cuba para esses produtos.

Tabela 27

Um fato interessante que se observa na matriz de posicionamento abaixo é que muitos países fornecedores vêm crescendo em um ritmo similar (entre 30 e 40%). A China ocupa o 1º lugar no ranking e é o país que mais obteve participação de mercado, tendo exportado US$19 milhões no ano de 2007 e se mantendo como principal fornecedor deste grupo de produtos desde 2003. O Brasil, apesar de estar em 7º lugar e ter exportado US$2,9 milhões em 2007, cresceu anualmente numa média de 39,6%, ganhando com isso participação de mercado. Venezuela é o país com maior crescimento (60%), obtendo 5 pontos percentuais de participação de mercado, quando comparado 2002 com 2007. Espanha era o maior fornecedor até 2002, ficando em 2° lugar em 2003 e 2004 e depois sendo passado por Rússia.

Gráfico 26

China (1)

Venezuela (4)

Espanha (3)

Itália (9)

Alemanha (5)

Rússia (2)

Valor de Referência = US$ 5 mi

Países Baixos (6)

Índia (10)

Canadá (8)

Brasil (7)

-18

-13

-8

-3

2

7

12

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60%

Var

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s)

Taxa de Crescimento médio anual das exportações para o mercado-alvo 2002/2007

Matriz de Posicionamento de Borrachas e Suas Obras em Cuba Dez Principais Fornecedores

2002/2007

Copyright © 2007 APEX-BrasilFonte: GTIS Elaboração: UIC Apex-Brasil

Comércio (US$ milhões) 2005 2006 2007

Exportações cubanas para o mundo 0,01 0,01 0,17

Importações cubanas do mundo 52,64 65,72 72,32

Exportações brasileiras para o mundo 1.381,92 1.610,34 2.036,46

Exportações brasileiras para Cuba 0,59 1,34 2,91

Var. das Imp. mundiais de Cuba (07/06) % 10%

Var. das Exp. do Brasil para Cuba (07/06) % 117%

Fonte: GTIS. Elaboração: UIC Apex-Brasil

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Para a seleção das possíveis oportunidades de negócios para esse setor, foram pesquisados os produtos relacionados por códigos do sistema harmonizado (SH), observando-se, pelo menos, as relações entre os seguintes aspectos quantitativos e qualitativos: crescimento das exportações brasileiras dos produtos para o mercado-alvo; crescimento das importações mundiais dos produtos pelo mercado-alvo; percentual de participação dos produtos brasileiros nas importações mundiais do mercado-alvo, entre outros. Considerando esses critérios, as principais oportunidades selecionadas encontram-se na tabela 28, ordenadas pelo valor das importações cubanas provenientes do Brasil. Dentre elas, pode-se destacar o SH6 400922 (tubos de borracha vulcanizada não endurecida), pois é o SH6 com maior crescimento das exportações brasileiras para Cuba, existindo potencial para crescimento, visto que a participação das exportações brasileiras ainda é pequena (2%).

As tarifas alfandegárias aplicadas por Cuba aos principais fornecedores para os SH6 selecionados poderão ser visualizadas no Anexo 13.1.2.

6.5.2 Têxteis

As importações cubanas dos produtos da categoria “Moda” podem ser divididas em dois segmentos: os produtos que vão atender à população local, cujo baixo poder aquisitivo exige que os preços sejam os mais baixos possíveis e os produtos voltados para o comércio para turistas, os quais devem prezar pela alta qualidade e preços atraentes para os visitantes estrangeiros em Cuba.

Como se verá no item “Logística e Canais de Distribuição”, alguns dos mais importantes grupos empresariais cubanos (corporações) operam com importações no setor de moda. Dentre eles, podemos citar:

• Grupo Cimex: importa confecções, calçados e cosméticos voltados para o atendimento da população local. Comercializa através da sua rede varejista Tiendas Panamericanas, com mais de 900 pontos de venda em todo o país. Os produtos comercializados na rede costumam apresentar preços de nível baixo e médio, sendo as Tiendas Panamericanas responsáveis pelas vendas de 93% dos cosméticos, 33% dos calçados e 8,5% das confecções destinadas à população cubana.

US$ Mil

SH6 DescriçãoImp. mundiais

de Cuba 2007

Imp. dos prod.

brasileiros 2007

Crescimento das

exp.Bra-Cuba

06/07

Crescimento das

importações de

Cuba 06/07

Part. do Brasil nas

imp. cubanas 2007

401120 Pneus novos de borracha dos tipos

utilizados em ônibus ou caminhões 20.398,54 1.391,97 122,2% -8,2% 6,8%

401693 Juntas, gaxetas e semelhantes de

borracha vulcanizada não endurecida 2.119,18 367,21 1016,2% 24,2% 17,3%

401140 Pneus novos de borracha dos tipos

utilizados em motocicletas 1.140,10 72,38 --- 206,3% 6,3%

401039 Outras correias de transmissão 1.906,22 58,39 134,9% 16,4% 3,1%

400821 Chapas, folhas e tiras de borracha

vulcanizada não alveolar, não endurecida 1.276,28 33,40 --- 264,4% 2,6%

401699 Outras obras de borracha vulcanizada,

não endurecida 4.313,18 32,84 29,4% 38,6% 0,8%

400922

Tubos de borracha vulcanizada não

endurecida, reforçados ou associados

apenas com metal, com acessórios

386,63 7,73 4195,0% 93,0% 2,0%

401032

Correias de transmissão sem fim, de

seção trapezoidal, não estriadas, com

uma circunferência externa > 60cm e =<

180cm

225,53 3,28 2541,9% 25,8% 1,5%

400911

Tubos de borracha vulcanizada não

endurecida, não reforçados com outras

matérias, sem acessórios

467,67 2,71 -86,3% 6,2% 0,6%

Fonte: GTIS, Elaboração: UIC APEX-Brasil

Principais oportunidades para o setor de Borracha e suas Obras em Cuba

Tabela 28

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• Grupo Cubalse: responsável por uma das principais redes varejistas voltadas para produtos de consumo no país, a Sociedad Meridiano, com mais de 200 pontos de venda em Cuba. Comercializam calçados, cosméticos, bijuterias e confecções voltados para a população local.

• Grupo Cubanacan: controla a rede de comércio para turistas Tiendas Universo, composta por mais de 300 pontos de venda em hotéis e aeroportos de Cuba. As Tiendas Universo comercializam produtos de alta qualidade, entre eles cosméticos, confecções, calçados e artigos esportivos.

• Grupo Gaviota: principal grupo ligado ao turismo no país, administra a rede Tiendas Gaviota, lojas de souvenirs e produtos de alta qualidade instalados nos hotéis da rede, dentre eles o Sol Meliá e o Accor.

7. Canais de Distribuição

A distribuição em Cuba é feita por empresas estatais, não havendo a possibilidade de nenhuma empresa privada estrangeira realizar essas operações. A distribuição é realizada pelas mesmas empresas importadoras, uma vez que elas possuem infra-estrutura para armazenagem e transporte. Essas empresas também fazem a comercialização com outras empresas estatais. São basicamente três canais de distribuição: os distribuidores atacadistas, as cadeias de lojas estatais e os hotéis. Os primeiros fazem compras de produtos para a indústria de acordo com as demandas das empresas e entidades estatais. As cadeias de lojas possuem supermercados e lojas que vendem produtos em pesos cubanos conversíveis. Fora das redes, existe na capital cubana o supermercado PALCO, que é voltado para clientes das classes altas e importa seus produtos através da Servimport. Os estabelecimentos turísticos operam em pesos conversíveis e há presença de empresas mistas além de estatais. Os hotéis estão dentro de cinco cadeias que são a Gran Caribe, Islazul, Cubanacán, Encanto e Gaviota, que fazem importação pela Comercializadora ITH, e AT Comercial. Além dessas, a Compañía Turistica Habaguanex realiza compras relacionadas ao setor hoteleiro e outros para as empresas e hotéis do Casco Histórico de La Habana. As principais empresas: as duas mais importantes são a Cubalse (Meridiano – alimentos, e Dita – eletrodomésticos), e Cimex – Tiendas Panamericanas; Caracol, TRD, Palco são outras que também atuam no mercado varejista.

8. Logística

Cuba possui um bom sistema de transportes que conecta todos os pontos do país, seja rodoviário ou ferroviário. No entanto, a distribuição dos produtos não é permitida às empresas estrangeiras, somente é possível às empresas cubanas, as quais possuem um sistema estatal de armazenagem e distribuição. Aéreo As principais cidades cubanas estão interligadas por meio dos 21 aeroportos, sendo 12 deles internacionais e 9 domésticos. Ademais, Cuba está ligada com 33 países da América do Norte e Sul, Europa e Ásia e aproximadamente 51 companhias aéreas possuem vôos regulares. Existem 4 companhias cubanas de transporte de passageiros e carga nas linhas nacionais: Cubana de Aviación, Aerocaribbean, Aerovaradero e Aerogaviota; a

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primeira é a principal e mais tradicional, também cobre a maioria dos destinos com viagens regulares, as outras executam vôos charters e têm algumas linhas regulares. Não existem vôos diretos partindo dos Estados Unidos da América, nem do Brasil. Entretanto, há vôos diretos do Panamá, Cancun e México. As companhias que operam as linhas são: Copa Airlanes, Nica, Mexicana, Air France,

British Airways e Iberia. A empresa Iberia (espanhola), de forma mista, opera um terminal de cargas para o Caribe.

Nesse sentido, os principais aeroportos internacionais do país estão localizados em Havana, Veradero, Santiago de Cuba, Camaguey, Cayo Largo del Sur, Cayo Coco e Holguín. Estradas Na parte rodoviária, o país tem vias expressas de até seis faixas de rolamento, rodovias principais, outras rodovias e estradas de terra. O transporte rodoviário é o mais utilizado e extenso, pois possui uma rede com 71,5 mil quilômetros, dos quais 28 mil são estradas asfaltadas. A rodovia principal “corta” a ilha de oeste a leste e passa nas principais capitais do país. A maioria da rede de transporte está em situação razoável e necessita de melhor sinalização e investimento, segundo o governo espanhol. De acordo com a Oficina Nacional de Estadísticas, Cuba investiu, em 2007, aproximadamente 3,9 milhões de pesos cubanos na construção de 24 novas redes de transportes. As rodovias expressas possuem em média de 4 ou 6 pistas, no entanto, as rodovias principais possuem somente uma pista. Necessitam ainda, um melhor sistema de sinalização, pois há constantes cruzamentos com outras rodovias e ferrovias. As que possuem um melhor estado de conservação são: La Habana-Matanzas (Vía Blanca),

Matanzas-Varadero y La Habana-Pinar del Río. No caso das rodovias sem pavimentação, deve-se levar em consideração o período climático, pois na estação chuvosa não existe a possibilidade de transitar por elas. Ferrovias Um dos primeiros países do mundo a possuir ferrovias, Cuba atualmente possui uma rede de mais de 12 mil quilômetros. No entanto, devido à falta de investimento, é desaconselhável utilizar este tipo de transporte, tendo em vista a irregularidade de trens e seu estado de conservação. O governo reconhece a defasagem nesse sistema e prevê investimentos para a recuperação das ferrovias. Marítimo Os portos mais importantes são o de Havana, Santiago, Cienfuegos e Matanzas. O primeiro tem a centralização do transporte de mercadorias. O porto de Matanzas é interligado à refinaria de Cienfuegos por um oleoduto e tem capacidade para navios tanque. A lei Torricelli estabelece que os navios que aportem em Cuba devem ficar seis meses sem aportar nos Estados Unidos, o que prejudica o processo de logística para o país. Assim mesmo existem linhas regulares com o México e Europa, já com o restante do mundo há a possibilidade de transbordo na Jamaica e na Colômbia. No Brasil há duas companhias que realizam o transporte, com opção de transbordo nos dois países informados. A freqüência é semanal e a média do tempo de viagem é de 21 dias.

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O ACE-62 prevê margens de preferências

progressivas, que podem chegar até 100%.

Tabela 29

8. Barreiras tarifárias e não-tarifárias

8.1 Barreiras tarifárias

Cuba e MERCOSUL são signatários do Acordo de Complementação Econômica nº 62 (ACE-62), que foi incorporado ao ordenamento jurídico brasileiro mediante o Decreto nº 6.068, de 26/03/2007. O acordo entrou em vigor em julho de 2007, bilateralmente, para o Brasil e Cuba. O Acordo objetiva impulsionar o intercâmbio comercial das partes, por meio da redução ou eliminação dos gravames e demais restrições aplicadas à importação dos produtos negociados. Com este Acordo, Cuba outorga preferências para 2.720 produtos e recebe para 1.242. O programa de liberalização comercial prevê margens de preferência progressivas, estabelecidas anualmente, que podem chegar até 100% para alguns produtos a partir de 1/1/2011.23 De acordo com o Artigo 29 do ACE 62, as preferências tarifárias negociadas no ACE 43, firmado por Brasil e Cuba, os aspectos normativos a elas vinculados, e seus Protocolos Adicionais ficam sem efeito a partir da data de entrada em vigor do Acordo MERCOSUL/Cuba. Não obstante, permanecem em vigor as disposições do ACE 43 e seus Protocolos que não resultem incompatíveis com o ACE 62, quando se referirem a matérias não incluídas neste. O ACE-62 colabora para a competitividade dos produtos brasileiros no mercado cubano. O imposto de importação médio em Cuba é de 12,34% (vide anexo 11.2.1) e, dependendo da preferência tarifária concedida por Cuba, o exportador brasileiro poderá considerar a incidência de um imposto máximo de 5% sobre os seus produtos. É fundamental, no entanto, que o exportador consulte a aduana cubana antes da exportação para verificar corretamente o nível de imposto para o seu produto, bem como a preferência tarifária concedida para ele, para que se possa saber exatamente as tarifas que serão impostas ao adentrar o mercado cubano.

Ao se verificar que o produto está beneficiado pelo ACE-62, o exportador brasileiro deverá providenciar o Certificado de Origem ALADI junto aos órgãos competentes em seu estado e enviá-lo juntamente com o restante da documentação que ampara a exportação de seu produto para Cuba.

O exportador que estiver negociando com empresas cubanas que vendem no varejo em dólares (comércio para turistas) deverá considerar ainda a incidência de um imposto comercial indireto, que pode chegar a até 240% do valor do produto. Tanto as tarifas aduaneiras quanto os impostos indiretos (quando incidirem) deverão ser recolhidos pela empresa importadora cubana. Vale ressaltar, no entanto, que o exportador brasileiro deve ter pleno conhecimento de todas as tarifas que incidirão sobre o seu produto a fim de formar o seu preço de venda de maneira coerente com a realidade do mercado cubano.

23

Para conhecer a íntegra do texto do ACE-62 e a lista de produtos brasileiros beneficiados, acessar o link http://www.mdic.gov.br/sitio/interna/interna.php?area=5&menu=469&refr=405

Cia.Frequência de

naviosTransit Time Transbordo

Zim Lines semanal 20 diasKingston

(Jamaica)

Hamburg Süd semanal 22 dias Cartagena

(Colômbia)

Elaboração: UIC

Transporte Marítimo Brasil - Cuba

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Informações a respeito dos impostos em Cuba podem ser obtidas na Oficina Comercial ou outros organismos comerciais cubanos. A lei que regulariza a tributação é o decreto lei 124, de 1990, que foi complementado pelo decreto lei 162, de 1996.

8.2 Barreiras técnicas A normalização para qualidade e metrologia é regulamentada pelos Decretos Leis de 1998, n°182, que versa sobre Normalização e Qualidade, e o n°183, que é a respeito da Metrologia. De acordo com essas normas, é obrigatório seguir a regulação cubana quando o produto é relacionado à saúde ou segurança, meio ambiente ou segurança nacional. O departamento responsável pela regulação de normas é a Oficina Nacional de Normalización, que é conhecida como NC e está sob o Ministério de Ciência, tecnologia e meio ambiente. O centro de informações24 da NC está no ININ – Instituto de Pesquisas em Normalização e disponibiliza informações sobre normas cubanas, regionais e internacionais. A Oficina Nacional de Normalización de Cuba está divida em Comitês Técnicos de Normalização, cada um especializado em certificar a qualidade dos produtos de cada setor (alimentos, fármacos, máquinas e equipamentos etc)25. As normas cubanas são elaboradas por esses comitês e geralmente se embasam em normas internacionais. Os principais organismos que são considerados como referência para tais normas são: Organização Internacional de Normalização (IS0), Comissão Eletrotécnica Internacional (IEC), Organização Internacional de Metrologia Legal (OIML), Conferência Geral de Pesos e Medidas, CODEX Alimentarius (fórum internacional de normalização de alimentos), Comissão Interamericana de Normas Técnicas (COPANT). A NC representa Cuba frente os organismos internacionais citados acima, além da OMC. Com relação às barreiras técnicas, exigem-se registros sanitários para as importações de alimentos e produtos farmacêuticos em Cuba. Tais registros devem ser obtidos previamente ao fechamento da venda junto aos órgãos competentes no país. Para os demais produtos, Cuba costuma seguir as normas internacionais de qualidade, de forma que o exportador deve estar sempre atento às exigências colocadas pelo importador durante a negociação.

8.3 Barreiras fito-sanitárias Cuba não estabelece restrições às importações de um modo geral, ressaltado a existência de regulação especial para produtos que possam ser prejudiciais à saúde humana ou meio ambiente. Essa regulação é feita pelos organismos responsáveis pelas áreas fitossanitária, veterinária, saúde pública, e pelo Ministerio del Interior de

Cuba.

Os produtos destinados ao consumo humano e relacionados a alimentos ou cosméticos devem ser aprovados e registrados pelo Instituto de Nutrição e Higiene dos Alimentos – INHA. A requisição do registro, que é denominado “Registro Sanitario de Alimentos, Cosméticos, Artículos de Uso Personal y Doméstico de la República de Cuba”, pode ser feita tanto pelo exportador quanto pelo importador. Os medicamentos também necessitam do “Registro de Medicamentos de Uso Humano”. Os equipamentos médicos são registrados no Centro de Control Estatal de Equipos Médicos (CCEEM), e os produtos de origem animal dependem de permissão de importação expedida pelo Instituto de Medicina Veterinária (IMV), que cuida da regulação zoosanitária. Já os produtos de origem vegetal estão sob o controle fitossanitário do Centro Nacional de Sanidad Vegetal (CNSV).

24

Disponível em: http://www.inin.cubaindustria.cu/ 25 Para maiores detalhes, consultar o link http://www.nc.cubaindustria.cu/

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Existem atualmente 87 empresas cubanas

autorizadas a importar.

9. Compras públicas e trâmites de importação

O processo de compra das empresas cubanas se dá de forma similar às licitações, quando um comitê técnico da empresa compradora analisa as três melhores ofertas e decide pela mais adequada. As decisões de compra são tomadas baseando-se principalmente nas seguintes variáveis: preço, qualidade e financiamento. Como as empresas cubanas têm dificuldade em acessar mecanismos de financiamento internacionais, geralmente elas esperam que os próprios fornecedores possam financiar suas compras.

A rigidez e o funcionamento destas “licitações” variam grandemente em função do porte da empresa e do tipo de produto a ser adquirido. Em alguns casos, pode se transformar em uma simples formalidade, onde o fornecedor apresenta sua proposta com o contrato já praticamente assinado. Em outros casos, pode haver extensas negociações e vencerá a proposta que melhor atender aos requisitos do comprador. O sistema de comércio exterior de Cuba prevê a autorização de certo número de empresas para a realização de importações e exportações. Estas autorizações são outorgadas pelo Ministério de Comércio Exterior (MINCEX) exclusivamente para empresas cubanas e são válidas pelo tempo em que a empresa estiver em funcionamento. Atualmente existem 8726 empresas em Cuba autorizadas a realizar importações, em todos os segmentos de mercado. Alguns produtos sensíveis (bebidas alcoólicas, pneus, carnes, alumínio, madeira, computadores, equipamentos de automação, grupos eletrogêneos, entre outros) têm suas importações controladas por um Comitê de Produtos, que regula quantidade e preços de importação e distribui as licenças entre as empresas autorizadas a importar estas categorias de produtos. Nenhuma empresa fora destes comitês possui autorização para importar tais produtos. Além desta autorização para importação, a cada negócio fechado no valor superior a 10.000 CUC27 a empresa deve solicitar uma autorização de pagamento para o Comitê de Aprovação de Divisas28 (CAD) do ministério que controla sua área de atuação. Esta autorização consiste na aprovação para a compra das divisas necessárias para o pagamento das importações e deve ser solicitada com um prazo mínimo de 16 dias antes da assinatura do contrato com o fornecedor estrangeiro. A obtenção desta autorização, que vem ocorrendo desde 2005, é a garantia de que a empresa cubana terá os recursos necessários para a realização do pagamento no prazo acordado com o fornecedor. Trata-se, portanto, não de um fato que poderá dificultar o processo de exportação para Cuba, mas sim, de uma segurança que é dada ao exportador. A forma de pagamento mais comum para as vendas para empresas cubanas é a cobrança a prazo. Observando-se as autorizações necessárias do CAD, esta forma de pagamento não costuma apresentar riscos para os exportadores brasileiros além dos inerentes às vendas a prazo em geral. No entanto, é uma forma de pagamento que requer do exportador o empenho de recursos próprios para o financiamento da produção e do embarque, exigindo, portanto, maior fôlego financeiro da empresa brasileira. Os setores que geram divisas estrangeiras em Cuba (turismo, agronegócios, farmacêutico) naturalmente terão maior facilidade para conseguir a autorização do CAD e, portanto, a negociação e pagamento com eles tende a ser mais fácil. Já os setores que dependem diretamente do financiamento do Estado apresentam maiores dificuldades de obtenção das autorizações junto aos seus ministérios, uma vez que dependem das distribuições de cotas do governo central para realizar suas compras.

26 Dado fornecido pelo MINCEX, Ministério do Comércio Exterior de Cuba 27 Peso Cubano Conversível 28 CAD – Comité de Aprobación de Divisas ou, em portugués, Comitê de Aprovação de Divisas

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Todos os segmentos do mercado cubano são controlados pelo Estado, através de ministérios dedicados a cada área econômica. São eles:

• Transporte

• Construção

• Informática e Comunicações

• Alimentação

• Pesca

• Agricultura

• Saúde

• Indústria básica, pesada e leve

• Pólo Científico

• Aviação

• Açúcar

• Esporte

• Educação

• Rádio e Televisão

• Recursos Hidráulicos

• Turismo

• Defesa

• Meio Ambiente

• Cultura

As importações de Cuba podem ser divididas de acordo com o seu destinatário final: as compras governamentais, voltadas para o atendimento das necessidades da população, e as compras voltadas para o abastecimento das redes de varejo para turistas. Geralmente as compras voltadas para a população caracterizam-se por produtos de qualidade inferior e preços reduzidos, enquanto as compras para a rede de varejo para turistas englobam produtos com maior valor agregado e preços mais altos.

Os grupos empresariais cubanos, também chamados corporações, caracterizam-se pelo controle estatal e por certa verticalização das atividades dentre as empresas de uma mesma corporação. Assim, uma única corporação pode abranger uma empresa importadora, uma distribuidora e a rede de pontos de venda ao cliente final. O contato adequado com as corporações aptas a realizar importações em cada segmento constitui um dos pilares para o sucesso dos negócios em Cuba, sendo fundamental verificar se a empresa com que se está negociando possui as autorizações necessárias para dar continuidade às negociações. Algumas corporações são especializadas em segmentos de produtos (alimentos, fármacos, material de construção, etc), de acordo com a área de atuação do ministério ao qual estão vinculadas. Outras, por sua vez, são multisetoriais e obtêm licenças de importação mais amplas, não vinculadas a um tipo específico de produto. As corporações cubanas, apesar de estatais, vêm adotando um sistema de gestão cada vez mais próximo do capitalismo, com decisões de compra descentralizadas e baseadas em relações custo/benefício do produto em questão. Aquelas ligadas aos setores com receita em dólares (turismo e comércio) apresentam melhor capacidade financeira e conseqüentemente menores riscos para o exportador brasileiro.

A seguir, apresentam-se algumas das principais corporações de Cuba e suas respectivas áreas de atuação. Além das corporações apresentadas no quadro, existem diversos outros grupos empresariais especializados em determinados segmentos do mercado em Cuba, como a Farmacuba e a Medicuba, do segmento médico-

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odontógico-hospitalar, e os grupos Gestcon e GMG, no segmento de máquinas, equipamentos e material de construção.

Tabela 30

O grupo Cimex29 é a maior corporação cubana, contando com empresas na área de logística, armazenagem, desembaraço aduaneiro, atacado, varejo e serviços. No segmento de varejo, a Cimex detém mais de 50% do

29 www.cimexweb.com

Varejo Atacado Serviços

CARACOL

Ministerio de

Turismo

(MINTUR)

Tabaco, cigarros, souvenirs,

cosméticos, acessórios de luxo,

relógios, bebidas, equipamentos

eletrônicos e artigos para

colecionadores

- -

CIMEXConselho de

Estado

Alimentos, cosméticos, confecções,

calçados, utensílios domésticos

Artigos de metalurgia, geração

de energia, equipamentos

eletrônicos, refrigerantes,

Postos de gasolina, revelação de fotos e

aluguel de fitas de vídeo, restaurantes fast-

food, serviços bancários e financeiros,

logística e armazenagem, serviços

turísticos (aluguel de veículos, agências de

viagem), publicidade

COPEXTEL Forças Armadas -

Mobiliário e decoração,

computadores, periféricos e

acessórios, equipamentos para

hotéis e restaurantes, material

gráfico e de papelaria,

eletrodomésticos, acessórios

para automóveis, antenas para

TV e rádio, celulares,

equipamentos de vigilância

Serviços de iluminação e sonorização,

venda e manutenção de elevadores,

serviços de limpeza e lavanderia, sistemas

de automação para instalações comerciais

e industriais, serviços gráficos, informática,

acesso à internet, montagem de

eletrodomésticos, telecomunicações,

serviços de vigilância e rastreamento de

frota, geração de energia, engenharia de

projetos

CUBALSEConselho de

Estado

Alimentos, confecções, calçados,

cosméticos, bijuterias, móveis,

decoração, brinquedos,

eletrodmésticos e artigos de

informática

-

Postos de gasolina, aluguel de veículos,

concessionárias e oficinas de automóveis,

lanchonetes e restaurantes, imobiliária,

serviços financeiros e transporte de cargas

CUBANACAN

Ministerio de

Turismo

(MINTUR)

Medicamentos e produtos óticos,

perfumes, confecções high end,

artigos esportivos, brinquedos,

equipamentos eletrônicos

-

Hotelaria, turismo náutico, restaurantes,

foto e vídeo, academias, agência de

viagens, lavanderia industrial, transporte

de turistas, assessoria jurídica

GAVIOTA Forças Armadas Souvenirs, produtos de luxo -

Hotelaria, restaurantes, aluguel de

veículos e embarcações, turismo náutico,

agência de viagens.

GRAN CARIBE

Ministerio de

Turismo

(MINTUR)

- -Hotelaria, restaurantes e agência de

viagens

HABAGUANEX

Ministerio de

Turismo

(MINTUR)

Souvenirs, produtos de luxo

(perfumes, charutos, relógios),

produtos de consumo (alimentos,

eletrodomésticos, confecções)

-

Restaurantes, cafeterias, hotéis,

construção, restauração do patrimônio

histórico cubano

Fonte: ICEX. Elaboração: UIC APEX-Brasil

Setores de Atuação

Principais corporações cubanas

Empresa Órgão de

Controle

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mercado cubano, destacando-se entre as suas empresas as Tiendas Panamericanas, com mais de 1700 pontos de venda em todo o país. As Tiendas Panamericanas comercializam produtos de consumo em diversos setores (utensílios domésticos, alimentos, roupas, calçados, cosméticos, etc) sempre com preços baixos, dado o baixíssimo poder aquisitivo da população. Também atua no segmento de restaurantes de alimentação rápida e é detentora de licença exclusiva para operar nos free-shops dos aeroportos cubanos. No segmento financeiro, controla o Banco Financiero Internacional, o mais importante banco comercial de Cuba. O grupo Cubalse30 é a segunda maior corporação cubana, atuando principalmente nos setores de distribuição varejista de bens de consumo, venda, aluguel e manutenção de veículos para o turismo e no incipiente setor imobiliário cubano. No segmento de distribuição varejista, destaca-se a rede Meridiano, com mais de 200 pontos de venda em todo o país comercializando produtos de consumo desde alimentos até eletrodomésticos, passando por confecções, cosméticos, artigos de decoração, móveis e brinquedos.

A Copextel31 é uma corporação independente especializada no setor de tecnologia, sendo líder neste segmento em Cuba. Atua nos setores de atacado e prestação de serviços no segmento eletrônico e de informática, não dispondo, no entanto, de licença do governo para atuar na rede varejista.

No segmento de turismo, a maior corporação cubana é a Cubanacan32, detentora de hotéis, restaurantes, academias e agências de viagem. Também atua na rede varejista voltada para o atendimento a turistas, com especial destaque para as Tiendas Universo, com 300 pontos de vendas em todo o país, vários deles instalados nos próprios hotéis do sistema Cubanacan. As Tiendas Universo vendem diversos tipos de artigos de luxo voltados para os turistas, tais como perfumes, confecções, artigos esportivos, brinquedos e equipamentos eletrônicos.

Também no segmento de turismo está o grupo Gaviota, formado em 1988 e que vem apresentando as maiores taxas de crescimento e investimento no setor nos últimos anos. Este grupo oferece serviços de hotelaria, transporte, restaurantes e abastecimento de produtos a hotéis. Além da prestação de serviços em diversas esferas da hotelaria e do turismo, controla também as Tiendas Gaviota, rede de lojas de souvenirs e artigos de luxo localizada nos hotéis da rede. A atuação do grupo não se limita ao turismo convencional, compreende também o de saúde.

A rede Habaguanex33 foi criada em 1994 com a função principal de levantar recursos para a restauração da parte antiga de Havana. Sua principal fonte de recursos é a sua rede varejista, composta por cerca de 70 pontos de venda divididos entre comércio para turistas com produtos de alta qualidade (perfumes, charutos, relógios, etc) e comércio para a população local com produtos de qualidade média-baixa (venda de todo tipo de mercadoria, desde alimentos até eletrodomésticos). Outras áreas de atuação do grupo são a administração hoteleira e a construção e manutenção do centro histórico de Havana.

O grupo Gran Caribe34 é a segunda maior rede hoteleira de Cuba, com mais da metade de suas atividades administrada em sistema de parceria com grandes grupos hoteleiros internacionais, entre eles o Sol Meliá e o Accor. Também atua no segmento de restaurantes e agência de viagens, sendo responsável pela administração de dois dos mais famosos restaurantes de Cuba: La Floridita e La Bodeguita de en Medio.

Finalmente, no segmento de comércio para turistas, o líder de mercado é o grupo Caracol (Tiendas Caracol), que dispõe de cerca de 300 pontos de venda nos principais hotéis e aeroportos de Cuba. A venda é totalmente voltada

30 www.cubalse.cu 31 www.copextel.com.cu 32 www.cubanacan.cu 33

www.habaguanex.com 34 www.gran-caribe.com

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para os turistas, oferecendo produtos de alto luxo, artigos para colecionadores e souvenirs regionais. Está ligado diretamente ao Ministério de Turismo. O ITH – Instituto Tecnológico Hoteleiro é responsável pela autorização de importação do sistema hoteleiro. Este instituto faz as compras nos mercados externos de acordo com os pedidos das instituições atuantes no setor. O ITH importa diversos tipos de produtos, como alimentos, têxteis e equipamentos para construção. O TRD – Caribe é a instituição voltada ao comércio varejista, ligada a Forças Armadas cubanas. O grupo atua nos segmentos de alimentos, turismo, hotelaria, construção civil, entre outros. A rede de comércio possui mais de 1000 pontos de vendas, dos quais 260 são supermercados, correspondendo ao 2° líder de mercado e líder de vendas no interior do país.

Ainda, podemos citar outras corporações notadamente importantes em setores específicos, como Matco e Imeco, que atuam no segmento de materiais de construção. Ministerio del Azúcar e Ministerio de la Agricultura – controla todas as outras áreas agrícolas e pecuária.

10. Formas de pagamento e financiamento

Os incoterms

35 mais usuais para as negociações com Cuba são o FOB (Free on Board) e o CIF (Cost, Insurance and Freight). Os desembaraços aduaneiros sempre ficam a cargo do importador cubano, de maneira que se torna infrutífero formar preços de exportação para Cuba em outros incoterms que não os citados. Ainda, os preços de exportação devem ser formados em euros, já que é vedado às empresas cubanas realizar pagamentos em dólares. Os pagamentos podem ser efetuados através de cartas de crédito ou letras de câmbio. As primeiras são utilizadas quando as transações envolvem altas quantias e são sem confirmação e as segundas são mais comuns. O risco de não pagamento e atrasos hoje é bem menor que em anos anteriores. Dentre as estratégias usadas pelos empresários estrangeiros para minimizar esses contratempos estão: vendas em menores quantidades, seleção dos clientes e gestão da cobrança. O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) oferece aos exportadores brasileiros linhas de financiamento pré e pós-embarque. Esta destina-se ao financiamento da comercialização de bens e serviços no exterior, enquanto aquela financia a produção de bens destinados à exportação. No que concerne a Cuba, em específico, o BNDES negocia com o país uma linha de crédito de até US$ 600 milhões, limitados a US$ 150 milhões por ano, para as empresas brasileiras que desejam exportar bens e serviços para a ilha. Nesta situação, de maneira distinta da usual, em que o empresário brasileiro define o negócio e busca o financiamento do BNDES, o Banco Nacional de Cuba (BNC) indica, na qualidade de interlocutor e de agente financeiro da República de Cuba, os projetos priorizados pelo governo cubano e os exportadores brasileiros selecionados por projeto. O passo a passo operacional do financiamento, que ainda se encontra em fase de estruturação, pode ser visualizado na figura 1:

35 Os incoterms são termos internacionais de comércio, que servem para definir os direitos e obrigações recíprocos do exportador e do importador, dentro da

estrutura de um contrato de compra e venda internacional. Mais informações sobre incoterms podem ser encontradas no site http://www.aprendendoaexportar.gov.br

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Figura 1 Fonte: BNDES. Elaboração: UIC, Apex-Brasil.

Para 2008, há seis projetos priorizados pelo governo cubano, que beneficiam os seguintes seguimentos: � indústria de turismo

� equipamentos para o cultivo de arroz

� planta farmacêutica

� construção de uma autopista

� sistema de colheita de cana-de-açúcar

� desenvolvimento de um pólo científico

Vale lembrar que, para alimentos, as exportações brasileiras já contam com o Proex-Financiamento.

11. Investimentos e abertura de empresas em Cuba

De acordo com a lei n° 77/95 que versa sobre os investimentos estrangeiros, existe a possibilidade de investidores estrangeiros atuarem no país através de associações econômicas com investidores nacionais, ou a constituição de empresas mistas. Depois de realizada a associação, ainda é necessária uma autorização do Comitê Executivo do Conselho de Ministros ou uma autorização da Comissão de Governo. Para tal, a solicitação deve ser feita ao Ministerio para La Inversión Extranjera y La Colaboración Económica, assinada pelos investidores nacionais e estrangeiros. As empresas mistas estão amparadas pelo regime especial e pagam impostos de acordo com este. Os setores que não estão autorizados a ter participação estrangeira são: serviços de saúde, educação e forças armadas. Há ainda a possibilidade de se abrir uma empresa em Cuba, com capital totalmente estrangeiro. Para isso a empresa será uma filial cubana inscrita no Registro da Câmara de Comércio da República de Cuba. A concessão administrativa é expedida quando a empresa estrangeira vai realizar obra pública, serviço público ou exploração de recurso natural.

BNC prioriza projetos

BNC e governo brasileiro definem

condições financeiras, por Projeto

BNC indica exportadores, por

Projeto

Exportadores solicitam cobertura do Seguro de

Crédito à SBCE

Exportadores abrem RC junto ao Banco do Brasil

Exportadores encaminham Consulta

Prévia ao BNDES

COFIG aprova cobertura do Seguro de Crédito e

Equalização

BNDES aprova apoio às exportações, por

Projeto

BNC e BNDES firmam instrumento jurídico,

por Projeto

Exportadores descontam Carta de

Crédito junto ao BNDES.

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Em relação às operações bancárias, as empresas mistas e investidores podem abrir conta em moeda livremente conversível em qualquer banco cubano. Existe também a possibilidade das empresas terem uma autorização do Ministério para operações locais em moeda nacional não conversível. As empresas mistas e os investidores nacionais e estrangeiros em associação econômica devem pagar os impostos sobre: lucros; utilização da força de trabalho, além de contribuir para a seguridade social; aduaneiros; transporte terrestre; documentos (taxas de solicitação, obtenção e renovação). Nas aduanas, as taxas são pagas em Pesos Conversíveis. O decreto lei n°162/96 trata do regime especial aduaneiro em Zonas Francas e Parques Industriais. Este decreto descreve as autoridades aduaneiras em Cuba e as disposições sobre mercadorias. O regime especial refere-se aos direitos dos concessionários e operadores nas aduanas, às condições para a entrada de produtos para as atividades autorizadas nas zonas francas. O regime especial de isenção de impostos está presente na resolução n°34/96. As zonas francas, além de se beneficiarem de um regime especial, possibilitam a participação de investidores estrangeiros para operações de importação, exportação, armazenagem, atividades de produção e re-exportação. O regime especial para as zonas francas engloba as matérias de aduana, câmbio, tributos, trabalho, migração, investimento e comércio exterior. Os parques industriais também se beneficiam do regime especial em relação à aduana, tributação, trabalhadores, investimentos e comércio exterior para a produção com capital estrangeiro. Os investimentos estrangeiros devem respeitar o meio ambiente e estimular o desenvolvimento sustentável de Cuba. Assim, quando necessário, as propostas de investimentos devem também ser submetidas à apreciação do Ministerio de Ciencia, Tecnología y Medio Ambiente. No decreto lei n°25/2001, estão presentes as normas quanto ao respeito à propriedade intelectual das mercadorias importadas, a retenção de mercadorias e as ações decorrentes da fiscalização. Sucursais: O decreto 206/1996 estabelece o Reglamento Del Registro Nacional de Sucursales y Agentes de Sociedades Mercantiles Extranjeras e a resolução n°550/2001 do Ministério de Comércio Exterior versa sobre a criação de sucursais em Cuba. As sucursais podem usar armazéns alfandegados para a venda de mercadorias a empresas cubanas importadoras. Para se instalar uma sucursal, o capital social da empresa deve ser de no mínimo US$50.000, ter cinco anos de fundação no país de origem e três anos de comercialização com Cuba anual superior a US$500.000.

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12. Conclusão

A economia cubana vem registrando um grande dinamismo nos últimos anos, estimulada por um desempenho favorável no setor externo e por uma disponibilidade cada vez maior de divisas. Segundo os dados da ONE, em 2007, a economia cubana cresceu 7,3%. As previsões de crescimento para 2008 indicam algo em torno de 8% ao ano. Além disso, a inflação mostra-se relativamente controlada, já que foi de 2,8% em 2007, metade da observada no ano anterior, que foi de 5,7%. Existe um bom relacionamento entre Brasil e Cuba e as relações comerciais entre os dois países vêm se intensificando nos últimos anos, com um crescimento das exportações brasileiras para Cuba. O Brasil é atualmente o sétimo maior fornecedor de produtos para Cuba, sendo que de 2004 para 2005, o crescimento das exportações totais brasileiras para Cuba foi de 86%, enquanto de 2005 para 2006 esse crescimento foi de 40%. De acordo com o MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior), houve um decréscimo nas exportações brasileiras para Cuba de 6% entre 2006 e 2007 de US$343,82 milhões para US$323,85 milhões. No entanto, as exportações de 2008 já apresentam melhores resultados, visto que no período de janeiro a agosto foram 74% maiores que o mesmo período de 2007, alcançando US$335,3 milhões. Desde 2007, o governo cubano vem aumentando os investimentos nos setores estratégicos do país, assim como na infra-estrutura, sendo que o crescimento nesse ano foi de 16,8%. A indústria de turismo e da saúde são os segmentos mais representativos em Cuba e os que geram mais divisas ao país. O fluxo de turistas estrangeiros no país vem crescendo ano a ano, sendo o comércio para turistas um dos mais importantes nichos de mercado em Cuba, traduzindo-se em compras internacionais de produtos com alto valor agregado e preços bastante atraentes. Para manter o crescimento do turismo, o governo irá promover uma modernização do setor hoteleiro, o que irá gerar oportunidades para o segmento de construção civil. A forte dependência de importação de materiais de construção será ainda incrementada dada a necessidade de reparação dos estragos causados pela passagem dos furacões no país. Devido à alta dos preços dos alimentos, houve um aumento de 24% do valor das importações desses tipos de produtos36, fazendo com que o governo criasse um programa de substituição das importações de alimentos, com incentivos ao setor agrícola. Com isso, o setor agrícola se destacou como o de maior crescimento em 2007 (18%) e a intenção é que o apoio à produção continue. Tanto o desenvolvimento do turismo como da agricultura irão aumentar a demanda cubana por máquinas agrícolas, máquinas para construção civil e materiais de construção. Os fornecedores brasileiros poderão aproveitar essa nova demanda, principalmente considerando que o Brasil é um dos poucos países da região capaz de oferecer em tecnologia e escala vários produtos importados por Cuba de outros continentes. Outro ponto positivo é a existência do ACE-62, que prevê a redução de tarifas para produtos brasileiros no mercado cubano, o que facilita sobremaneira as exportações para aquele país. Além desse fator, as transformações políticas dos últimos meses sinalizam para uma abertura econômica cada vez maior da ilha, incrementando as oportunidades de negócios, em decorrência de uma ampliação significativa do mercado consumidor do país. Apesar dessas mudanças, ainda existem algumas dificuldades de comercialização com o país, que envolvem a centralização do Estado no controle das operações de importação e exportação, mediante autorizações de importação e de pagamento. Outros dois pontos de atenção se referem à preferência pelos cubanos pela compra

36 CEPAL – Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe

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financiada e a dificuldade logística por conta do bloqueio americano, sendo que qualquer navio cargueiro que desembarque em Cuba deverá ficar, necessariamente, 6 (seis) meses sem aportar nos Estados Unidos. Em que pese essa situação, as oportunidades de negócios em Cuba já existem e só tendem a aumentar nos próximos anos. À medida que se conduza a liberalização comercial, as possibilidades de desenvolvimento do comércio exterior brasileiro com a ilha só aumentam. Não obstante, é preciso ter em mente que o atual momento é de fundamental importância, já que a condução da liberalização tende a beneficiar empresas e países que primeiro se instalarem em Cuba. Foi pensando em todas essas questões que a Apex-Brasil decidiu pela abertura de um centro de negócios em Cuba. Esse centro irá apoiar os empresários brasileiros interessados em fazer negócios com Cuba na identificação de oportunidades, na articulação com instituições governamentais cubanas e no provimento de informações. Outra ação da agência é o apoio que será dado às empresas para a participação na feira FIHAV, que irá contribuir ainda mais para que as relações comerciais se consolidem por meio de parcerias de negócios entre empresas brasileiras e cubanas. Como em qualquer outro mercado, a presença contínua do fornecedor no país através da participação em feiras, rodadas de negócio e missões comerciais é extremamente importante para a consolidação da tão necessária relação de confiança com o cliente.

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13. Anexos

13.1Tarifas

13.1.1 Tarifas médias por seção de SH2

Seção SH Descrição Tarifa média1 ANIMAIS VIVOS E PRODUTOS DO REINO ANIMAL 16,22%

2 PRODUTOS DO REINO VEGETAL 8,77%

3

GORDURAS E ÓLEOS ANIMAIS OU VEGETAIS; PRODUTOS DA SUA

DISSOCIAÇÃO; GORDURAS ALIMENTARES ELABORADAS; CERAS DE

ORIGEM ANIMAL OU VEGETAL

14,00%

4

PRODUTOS DAS INDÚSTRIAS ALIMENTARES; BEBIDAS, LÍQUIDOS

ALCOÓLICOS E VINAGRES; FUMO (TABACO) E SEUS SUCEDÂNEOS

MANUFATURADOS

24,13%

5 PRODUTOS MINERAIS 1,08%

6PRODUTOS DAS INDÚSTRIAS QUÍMICAS OU DAS INDÚSTRIAS

CONEXAS10,66%

7 PLÁSTICOS E SUAS OBRAS; BORRACHA E SUAS OBRAS 12,48%

8

PELES, COUROS, PELETERIA (PELES COM PÊLO*) E OBRAS DESTAS

MATÉRIAS; ARTIGOS DE CORREEIRO OU DE SELEIRO; ARTIGOS DE

VIAGEM, BOLSAS E ARTEFATOS SEMELHANTES; OBRAS DE TRIPA

9,31%

9MADEIRA, CARVÃO VEGETAL E OBRAS DE MADEIRA; CORTIÇA E

SUAS OBRAS; OBRAS DE ESPATARIA OU DE CESTARIA10,00%

10

PASTAS DE MADEIRA OU DE MATÉRIAS FIBROSAS CELULÓSICAS;

PAPEL OU CARTÃO DE RECICLAR (DESPERDÍCIOS E APARAS); PAPEL

E SUAS OBRAS

8,37%

11 MATÉRIAS TÊXTEIS E SUAS OBRAS 18,09%

12

CALÇADOS, CHAPÉUS E ARTEFATOS DE USO SEMELHANTE, GUARDA-

CHUVAS, GUARDA-SÓIS, BENGALAS, CHICOTES, E SUAS PARTES;

PENAS PREPARADAS E SUAS OBRAS; FLORES ARTIFICIAIS; OBRAS DE

CABELO

14,63%

13

OBRAS DE PEDRA, GESSO, CIMENTO, AMIANTO, MICA OU DE

MATÉRIAS SEMELHANTES; PRODUTOS CERÂMICOS; VIDRO E SUAS

OBRAS

15,09%

14

PÉROLAS NATURAIS OU CULTIVADAS, PEDRAS PRECIOSAS OU

SEMIPRECIOSAS E SEMELHANTES, METAIS PRECIOSOS, METAIS

FOLHEADOS OU CHAPEADOS DE METAIS PRECIOSOS, E SUAS

OBRAS; BIJUTERIAS; MOEDAS

8,81%

15 METAIS COMUNS E SUAS OBRAS 6,98%

16

MÁQUINAS E APARELHOS, MATERIAL ELÉTRICO, E SUAS PARTES;

APARELHOS DE GRAVAÇÃO OU DE REPRODUÇÃO DE SOM,

APARELHOS DE GRAVAÇÃO OU DE REPRODUÇÃO DE IMAGENS E DE

SOM EM TELEVISÃO, E SUAS PARTES E ACESSÓRIOS

13,18%

17 MATERIAL DE TRANSPORTE 14,83%

18

INSTRUMENTOS E APARELHOS DE ÓPTICA, FOTOGRAFIA OU

CINEMATOGRAFIA, MEDIDA, CONTROLE OU DE PRECISÃO;

INSTRUMENTOS E APARELHOS MÉDICO-CIRÚRGICOS; APARELHOS

DE RELOJOARIA; INSTRUMENTOS MUSICAIS; SUAS PARTES E

ACESSÓRIOS

15,74%

19 ARMAS E MUNIÇÕES; SUAS PARTES E ACESSÓRIOS 15,58%

20 MERCADORIAS E PRODUTOS DIVERSOS 20,01%

21 OBJETOS DE ARTE, DE COLEÇÃO E ANTIGÜIDADES 1,21%

Fonte: ITC

Tarifas médias por seção de SH2

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13.1.2 Tarifas por SH6

Alimentos

Chocolates, balas e confeitos

Leite e laticínios

Massas e preparações alimentícias

Preparações de carnes e peixes

Casa e construção

Produtos de limpeza

Produtos cerâmicos

Ranking Países fornecedores Tarifas aplicadas

1 Argentina 0,00%

2 Brasil 0,00%

3 Espanha 20,00%

4 México 17,60%

5 Equador 0,00%

Ranking Países fornecedores Tarifas aplicadas

1 Chile 0,00%

2 Brasil 0,00%

3 EUA 15,00%

4 Equador 0,00%

5 Costa Rica 15,00%

Ranking Países fornecedores Tarifas aplicadas

1 Chile 30,00%

2 Brasil 9,00%

3 Países Baixos 30,00%

4 Colômbia 0,00%

5 Uruguai 30,00%

Ranking Países fornecedores Tarifas aplicadas

1 Brasil 0,00%

2 Chile 30,00%

3 Espanha 30,00%

4 México 30,00%

5 Colômbia 30,00%

Ranking Países fornecedores Tarifas aplicadas

1 Brasil 0,00%

2 Argentina 15,00%

3 Chile 24,00%

4 Canadá 30,00%

5 Uruguai 24,00%Fonte: Market Access Map/ITC

SH6: 180631

Fonte: Market Access Map/ITC

SH6: 180632

Fonte: Market Access Map/ITC

SH6: 180690

SH6: 170490

Fonte: Market Access Map/ITC

SH6: 170410

Fonte: Market Access Map/ITC

Ranking Países fornecedores Tarifas aplicadas

1 Polônia 17,50%

2 Canadá 17,50%

3 Uruguai 0,00%

4 Alemanha 17,50%

5 Brasil 7,35%

Ranking Países fornecedores Tarifas aplicadas

1 Nova Zelândia 17,50%

2 Uruguai 0,00%

3 Argentina 0,00%

4 Chile 0,00%

5 Bélgica 5,00%

6 Brasil 7,35%

SH6: 040210

Fonte: Market Access Map/ITC

SH6: 040221

Fonte: Market Access Map/ITC

Ranking Países fornecedores Tarifas aplicadas

1 Alemanha 17,50%

2 Uruguai 0,00%

3 Polônia 17,50%

4 Países Baixos 17,50%

5 Chile 0,00%

6 Brasil 7,35%Fonte: Market Access Map/ITC

SH6: 040510

Ranking Países fornecedores Tarifas aplicadas

1 Argentina 3,70%

2 Panamá 7,50%

3 México 6,60%

4 Venezuela 6,00%

5 Chile 0,00%

7 Brasil 4,35%

Ranking Países fornecedores Tarifas aplicadas

1 Brasil 0,00%

2 Colômbia 0,00%

3 Guatemala 0,00%

4 Argentina 2,00%

5 Chile 10,00%

Ranking Países fornecedores Tarifas aplicadas

1 Brasil 0,00%

2 Colômbia 0,00%

3 Chile 10,00%

4 Espanha 10,00%

5 Argentina 2,00%

Ranking Países fornecedores Tarifas aplicadas

1 Colômbia 0,00%

2 Argentina 6,30%

3 Espanha 15,00%

4 Honduras 15,00%

5 Itália 15,00%

18 Brasil 0,00%

Ranking Países fornecedores Tarifas aplicadas

1 Brasil 0,00%

2 Espanha 22,50%

3 Canadá 22,50%

4 Chile 13,50%

5 Itália 22,50%

SH6: 190590

Fonte: Market Access Map/ITC

SH6: 210690

Fonte: Market Access Map/ITC

Fonte: Market Access Map/ITC

SH6: 190110

Fonte: Market Access Map/ITC

SH6: 190531

Fonte: Market Access Map/ITC

SH6: 190532

Ranking Países fornecedores Tarifas aplicadas

1 Brasil 0,00%

2 Chile 26,88%

3 Espanha 26,88%

4 Canadá 26,88%

5 México 26,88%

SH6: 160100

Fonte: Market Access Map/ITC

Ranking Países fornecedores Tarifas aplicadas

1 Espanha 30,00%

2 Itália 30,00%

3 México 30,00%

4 Canadá 30,00%

5 Guatemala 30,00%

15 Brasil 0,00%

Ranking Países fornecedores Tarifas aplicadas

1 China 15,00%

2 Espanha 15,00%

3 Colômbia 12,00%

4 Alemanha 15,00%

5 Brasil 13,20%

Ranking Países fornecedores Tarifas aplicadas

1 Brasil 0,00%

2 Itália 30,00%

3 China 30,00%

4 Guatemala 30,00%

5 Espanha 30,00%Fonte: Market Access Map/ITC

SH6: 340290

Fonte: Market Access Map/ITC

SH6: 340700

Fonte: Market Access Map/ITC

SH6: 340119

Ranking Países fornecedores Tarifas aplicadas

1 Espanha 10,00%

2 China 10,00%

3 Brasil 0,00%

4 Itália 10,00%

5 Argentina 4,20%

Ranking Países fornecedores Tarifas aplicadas

1 Espanha 10,00%

2 China 10,00%

3 Itália 10,00%

4 Brasil 10,00%

5 Portugal 10,00%

SH6: 690790

Fonte: Market Access Map/ITC

SH6: 690890

Fonte: Market Access Map/ITC

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Tintas

Máquinas e equipamentos

Máquinas e motores

Ranking Países fornecedores Tarifas aplicadas

1 China 5,00%

2 Colômbia 5,00%

3 Espanha 5,00%

4 Brasil 0,00%

5 México 5,00%

SH6: 691010

Fonte: Market Access Map/ITC

Ranking Países fornecedores Tarifas aplicadas

1 Espanha 20,00%

2 Guatemala 0,00%

3 Argentina 6,75%

4 EUA 20,00%

5 Canadá 20,00%

6 Brasil 1,43%

Ranking Países fornecedores Tarifas aplicadas

1 Espanha 10,00%

2 China 10,00%

3 Venezuela 10,00%

4 Brasil 0,00%

5 Canadá 10,00%

Ranking Países fornecedores Tarifas aplicadas

1 Venezuela 0,00%

2 Espanha 20,00%

3 México 20,00%

4 Itália 20,00%

5 China 20,00%

6 Brasil 0,00%Fonte: Market Access Map/ITC

SH6: 320810

Fonte: Market Access Map/ITC

SH6: 320890

Fonte: Market Access Map/ITC

SH6: 320910

Ranking Países fornecedores Tarifas aplicadas

1 Espanha 10,00%

2 França 10,00%

3 Suécia 10,00%

4 Brasil 0,00%

5 Alemanha 10,00%

Ranking Países fornecedores Tarifas aplicadas

1 China 15,00%

2 Brasil 0,00%

3 Itália 15,00%

4 Argentina 0,00%

5 Espanha 15,00%

Ranking Países fornecedores Tarifas aplicadas

1 Canadá 10,00%

2 Espanha 10,00%

3 Brasil 4,00%

4 Itália 10,00%

5 Alemanha 10,00%Fonte: Market Access Map/ITC

SH6: 848340

Fonte: Market Access Map/ITC

SH6: 841869

Fonte: Market Access Map/ITC

SH6: 847490

Ranking Países fornecedores Tarifas aplicadas

1 Canadá 5,00%

2 Espanha 5,00%

3 Alemanha 5,00%

4 Países Baixos 5,00%

5 França 5,00%

11 Brasil 0,00%

Ranking Países fornecedores Tarifas aplicadas

1 China 10,00%

2 Espanha 10,00%

3 Áustria 10,00%

4 Países Baixos 10,00%

5 México 10,00%

6 Brasil 0,00%

Ranking Países fornecedores Tarifas aplicadas

1 Espanha 10,00%

2 China 10,00%

3 Alemanha 10,00%

4 México 8,80%

5 Itália 10,00%

7 Brasil 0,00%

Ranking Países fornecedores Tarifas aplicadas

1 Espanha 10,00%

2 Países Baixos 10,00%

3 China 10,00%

4 Rússia 15,00%

5 Canadá 10,00%

11 Brasil 0,00%

Ranking Países fornecedores Tarifas aplicadas

1 Espanha 10,00%

2 China 10,00%

3 Itália 10,00%

4 Reino Unido 10,00%

5 Brasil 0,00%

Ranking Países fornecedores Tarifas aplicadas

1 Alemanha 5,00%

2 Itália 5,00%

3 Espanha 5,00%

4 Canadá 5,00%

5 Suécia 5,00%

6 Brasil 0,00%

Ranking Países fornecedores Tarifas aplicadas

1 Brasil 0,00%

2 Portugal 10,00%

3 Itália 10,00%

4 Espanha 10,00%

5 Canadá 10,00%

Fonte: Market Access Map/ITC

SH6: 842129

Fonte: Market Access Map/ITC

SH6: 842430

Fonte: Market Access Map/ITC

SH6: 841480

Fonte: Market Access Map/ITC

SH6: 848210

Fonte: Market Access Map/ITC

SH6: 841899

SH6: 841391

Fonte: Market Access Map/ITC

SH6: 841459

Fonte: Market Access Map/ITC

Ranking Países fornecedores Tarifas aplicadas

1 Espanha 10,00%

2 Venezuela 8,00%

3 Brasil 0,00%

4 Alemanha 10,00%

5 China 10,00%

SH6: 842833

Fonte: Market Access Map/ITC

Ranking Países fornecedores Tarifas aplicadas

1 Espanha 10,00%

2 Bélgica 10,00%

3 Canadá 10,00%

4 China 10,00%

5 Reino Unido 10,00%

8 Brasil 0,00%

Ranking Países fornecedores Tarifas aplicadas

1 Espanha 10,00%

2 Canadá 10,00%

3 Eslováquia 10,00%

4 Alemanha 10,00%

5 México 8,80%

8 Brasil 0,00%

Ranking Países fornecedores Tarifas aplicadas

1 Itália 4,00%

2 Espanha 4,00%

3 Brasil 0,00%

4 Alemanha 4,00%

5 Canadá 4,00%

Ranking Países fornecedores Tarifas aplicadas

1 Canadá 5,00%

2 Espanha 5,00%

3 Países Baixos 5,00%

4 Alemanha 5,00%

5 Rússia 10,00%

14 Brasil 0,00%

Ranking Países fornecedores Tarifas aplicadas

1 China 5,00%

2 Rússia 10,00%

3 Japão 5,00%

4 Espanha 5,00%

5 França 5,00%

6 Brasil 0,00%

Ranking Países fornecedores Tarifas aplicadas

1 Canadá 10,00%

2 Itália 10,00%

3 França 10,00%

4 Espanha 10,00%

5 Reino Unido 10,00%

8 Brasil 0,00%

SH6: 840820

Fonte: Market Access Map/ITC

SH6: 842121

Fonte: Market Access Map/ITC

Fonte: Market Access Map/ITC

SH6: 843390

Fonte: Market Access Map/ITC

SH6: 840999

Fonte: Market Access Map/ITC

SH6: 843131

Fonte: Market Access Map/ITC

SH6: 848120

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Plásticos e suas obras

Tecnologia e saúde

Eletro-eletrônicos

Instrumentos de precisão

Ranking Países fornecedores Tarifas aplicadas

1 Brasil 0,00%

2 Colômbia 0,00%

3 México 8,80%

4 Espanha 10,00%

5 Canadá 10,00%

Ranking Países fornecedores Tarifas aplicadas

1 Suécia 10,00%

2 Áustria 10,00%

3 México 8,80%

4 Bélgica 10,00%

5 Taiwan 10,00%

6 Brasil 0,00%

Ranking Países fornecedores Tarifas aplicadas

1 Espanha 30,00%

2 México 30,00%

3 China 30,00%

4 Canadá 30,00%

5 Portugal 30,00%

11 Brasil 30,00%

Ranking Países fornecedores Tarifas aplicadas

1 Espanha 15,00%

2 China 15,00%

3 Canadá 15,00%

4 Itália 15,00%

5 México 15,00%

12 Brasil 7,50%

Ranking Países fornecedores Tarifas aplicadas

1 Espanha 5,00%

2 México 5,00%

3 Itália 5,00%

4 Brasil 0,00%

5 Argentina 0,50%

Ranking Países fornecedores Tarifas aplicadas

1 França 13,33%

2 México 13,33%

3 Brasil 0,00%

4 Argentina 0,00%

5 Espanha 13,33%

Ranking Países fornecedores Tarifas aplicadas

1 Alemanha 15,00%

2 EUA 15,00%

3 China 15,00%

4 Itália 15,00%

5 França 15,00%

35 Brasil 0,00%

SH6: 392390

Fonte: Market Access Map/ITC

SH6: 392690

Fonte: Market Access Map/ITC

Fonte: Market Access Map/ITC

SH6: 391740

Fonte: Market Access Map/ITC

SH6: 392350

Fonte: Market Access Map/ITC

SH6: 390210

Fonte: Market Access Map/ITC

Fonte: Market Access Map/ITC

SH6: 390120

SH6: 391723

Ranking Países fornecedores Tarifas aplicadas

1 Espanha 10,00%

2 Canadá 10,00%

3 Brasil 0,00%

4 Itália 10,00%

5 França 10,00%

Ranking Países fornecedores Tarifas aplicadas

1 China 30,00%

2 Canadá 30,00%

3 Eslováquia 30,00%

4 Itália 30,00%

5 Espanha 30,00%

6 Brasil 0,00%

Ranking Países fornecedores Tarifas aplicadas

1 China 10,00%

2 França 10,00%

3 México 8,80%

4 Canadá 10,00%

5 Japão 10,00%

9 Brasil 0,00%

Ranking Países fornecedores Tarifas aplicadas

1 Espanha 10,00%

2 Itália 10,00%

3 França 10,00%

4 Canadá 10,00%

5 Suíça 10,00%

6 Brasil 0,00%

Ranking Países fornecedores Tarifas aplicadas

1 Espanha 5,00%

2 Canadá 5,00%

3 Brasil 0,00%

4 Reino Unido 5,00%

5 Alemanha 5,00%

Ranking Países fornecedores Tarifas aplicadas

1 Espanha 10,00%

2 Itália 10,00%

3 Canadá 10,00%

4 Países Baixos 10,00%

5 Alemanha 10,00%

6 Brasil 0,00%

Ranking Países fornecedores Tarifas aplicadas

1 Espanha 10,00%

2 Países Baixos 10,00%

3 Rússia 15,00%

4 Brasil 0,00%

5 Japão 10,00%Fonte: Market Access Map/ITC

SH6: 850152

Fonte: Market Access Map/ITC

SH6: 851590

Fonte: Market Access Map/ITC

SH6: 851190

Fonte: Market Access Map/ITC

SH6: 853690

Fonte: Market Access Map/ITC

SH6: 850300

Fonte: Market Access Map/ITC

SH6: 854449

Fonte: Market Access Map/ITC

SH6: 850440

Ranking Países fornecedores Tarifas aplicadas

1 Espanha 10,00%

2 Itália 10,00%

3 Canadá 10,00%

4 Brasil 0,00%

5 Alemanha 10,00%

Ranking Países fornecedores Tarifas aplicadas

1 China 10,00%

2 Brasil 0,00%

3 Itália 10,00%

4 Chile 8,00%

5 México 8,80%

Ranking Países fornecedores Tarifas aplicadas

1 Rússia 15,00%

2 China 10,00%

3 Alemanha 10,00%

4 Canadá 10,00%

5 França 10,00%

7 Brasil 0,00%

Ranking Países fornecedores Tarifas aplicadas

1 Rússia 15,00%

2 Canadá 10,00%

3 Bélgica 10,00%

4 Japão 10,00%

9 Espanha 10,00%

10 Brasil 0,00%

Ranking Países fornecedores Tarifas aplicadas

1 Reino Unido 5,00%

2 Espanha 5,00%

3 México 4,40%

4 Brasil 0,00%

5 Japão 5,00%Fonte: Market Access Map/ITC

SH6: 851220

Fonte: Market Access Map/ITC

SH6: 851140

Fonte: Market Access Map/ITC

SH6: 850151

SH6: 850990

Fonte: Market Access Map/ITC

SH6: 854690

Fonte: Market Access Map/ITC

Ranking Países fornecedores Tarifas aplicadas

1 Japão 10,00%

2 Alemanha 10,00%

3 China 10,00%

4 Espanha 10,00%

5 Itália 10,00%

7 Brasil 0,00%

Ranking Países fornecedores Tarifas aplicadas

1 Alemanha 10,00%

2 Canadá 10,00%

3 China 10,00%

4 Espanha 10,00%

5 Rússia 15,00%

6 Brasil 0,00%

SH6: 901890

Fonte: Market Access Map/ITC

Fonte: Market Access Map/ITC

SH6: 903180

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Outras oportunidades

Borracha e suas obras

Ranking Países fornecedores Tarifas aplicadas

1 Espanha 10,00%

2 França 10,00%

3 Brasil 0,00%

4 Argentina 4,20%

5 China 10,00%

Ranking Países fornecedores Tarifas aplicadas

1 China 15,00%

2 Itália 15,00%

3 Espanha 15,00%

4 Alemanha 15,00%

5 Canadá 15,00%

6 Brasil 0,00%

Ranking Países fornecedores Tarifas aplicadas

1 Itália 10,00%

2 China 10,00%

3 Brasil 0,00%

4 Argentina 4,20%

5 Alemanha 10,00%

Ranking Países fornecedores Tarifas aplicadas

1 China 15,00%

2 Canadá 15,00%

3 Brasil 0,00%

4 Espanha 15,00%

5 Taiwan 15,00%

Ranking Países fornecedores Tarifas aplicadas

1 Japão 15,00%

2 China 10,00%

3 Brasil 0,00%

4 Colômbia 8,00%

5 Espanha 15,00%

SH6: 902830

Fonte: Market Access Map/ITC

SH6: 901849

Fonte: Market Access Map/ITC

SH6: 902110

Fonte: Market Access Map/ITC

SH6: 903289

Fonte: Market Access Map/ITC

SH6: 902139

Fonte: Market Access Map/ITC

Ranking Países fornecedores Tarifas aplicadas

1 Alemanha 15,00%

2 Espanha 15,00%

3 Canadá 15,00%

4 Itália 15,00%

5 Brasil 0,00%

Ranking Países fornecedores Tarifas aplicadas

1 Rússia 25,00%

2 Tailândia 15,00%

3 Alemanha 15,00%

4 Espanha 15,00%

5 México 13,20%

11 Brasil 0,00%

SH6: 400821

Fonte: Market Access Map/ITC

SH6: 400911

Fonte: Market Access Map/ITC

Ranking Países fornecedores Tarifas aplicadas

1 Suécia 10,00%

2 México 8,80%

3 Bélgica 10,00%

4 Canadá 10,00%

5 China 10,00%

9 Brasil 0,00%

Ranking Países fornecedores Tarifas aplicadas

1 Alemanha 10,00%

2 Canadá 10,00%

3 China 10,00%

4 Espanha 10,00%

5 Rússia 15,00%

6 Brasil 0,00%

Ranking Países fornecedores Tarifas aplicadas

1 França 10,00%

2 Espanha 10,00%

3 Itália 10,00%

4 Alemanha 10,00%

5 China 10,00%

6 Brasil 0,00%

Ranking Países fornecedores Tarifas aplicadas

1 Rússia 15,00%

2 China 10,00%

3 Países Baixos 10,00%

4 Taiwan 10,00%

5 Ucrânia 10,00%

6 Brasil 0,00%

Ranking Países fornecedores Tarifas aplicadas

1 Tailândia 15,00%

2 China 15,00%

3 Japão 15,00%

4 Taiwan 15,00%

5 Brasil 0,00%

Ranking Países fornecedores Tarifas aplicadas

1 Rússia 15,00%

2 Espanha 10,00%

3 Itália 10,00%

4 China 10,00%

5 Alemanha 10,00%

11 Brasil 0,00%

Ranking Países fornecedores Tarifas aplicadas

1 Canadá 10,00%

2 Brasil 0,00%

3 Espanha 10,00%

4 Rússia 15,00%

5 Alemanha 10,00%

SH6: 401699

Fonte: Market Access Map/ITC

SH6: 401693

Fonte: Market Access Map/ITC

SH6: 401120

Fonte: Market Access Map/ITC

SH6: 401140

Fonte: Market Access Map/ITC

SH6: 401039

SH6: 401032

Fonte: Market Access Map/ITC

Fonte: Market Access Map/ITC

Fonte: Market Access Map/ITC

SH6: 400922

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13.2 Contatos

13.2.1 Representações diplomáticas

Embaixada da República de Cuba no Brasil SHIS QI 5, conj. 18, casa 1 - Lago Sul CEP 70481-900 - Brasília - DF Tel. (0xx61), 3248-4130, 3248-4517 e 3248-4215 Fax: (0xx61) 3248-6778 E-mail:[email protected] Web site: www.embaixadacuba.org.br Embaixada do Brasil em Havana - Cuba Lonja Del Comercio Calle Lamparilla, 2 - 4opiso - K 10.100 Habana Vieja - Cuba Tel. (00xx537) 866-9051 / 9052 / 9080 Fax.(00xx537) 866-2912 E-mail: [email protected]

13.2.2 Ministérios Cubanos Ministério do Comércio Exterior (MINCEX) Infanta No. 16, e/ 23 y Humbolt, Vedado, Plaza de la Revolución Habana, Cuba Dirección de Política Comercial con América Tel.: (537) 838 0400 Email: [email protected] Web site: www.mincex.cu Ministério das Relações Exteriores (MINREX) Calzada n° 360, Vedado, Plaza de la Revolución Habana, Cuba Tel.: (537) 832 5668 Web site: www.cubaminrex.cu

13.2.3 Câmara de Comércio

Câmara de Comércio de Cuba Calle 21 No. 661 esq. A, Vedado

Ciudad de La Habana, Cuba Fax: (537) 830 4436 Web site: www.camaracuba.cu

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13.2.4 Órgãos Oficiais Cubanos

Aduana Geral de Cuba Calle6, Esquina A 39, Plaza C Habana, Cuba, CP 10600 Tel: (537) 881 3689 Fax((537) 883 7900 Web site: www.aduana.islagrande.cu

Banco Central de Cuba PO Box 746, Cuba 402 Municipio Habana Vieja, La Habana Ciudad de la Habana, Cuba Tel: (537) 866 8003 Fax: (537) 866 6601 web site: www.bc.gov.cu Centro de Control Estatal de Equipos Médicos (CCEEM) Calle 4 No. 455 (Altos), entre 19 y 21, Vedado, Plaza de la Revolución, CP. 10400, Ciudad de La Habana. Tel: (537) 832 5072/ 7217 (Conmutador). Fax: 55 1930. 53 Email: [email protected] Web-site: www.eqmed.sld.cu Centro Nacional de Sanidade Vegetal (CNSV) Ayuntamiento 231 E/ San Pedro y Lombillo, Plaza de la Revolución, Ciudad de La Habana. TEL:(537) 878 4976 al 79 (Conmutador). FAX: 870 3277. Web: www.sanidadvegetal.cu Centro para el Control Estatal de la Calidad de los Medicamentos (CECMED) Calle 200 No. 1706 e/ 17 y 19, Reparto Siboney, Playa, Ciudad de La Habana, Cuba. CP: 11600 AP: 16065 TEL: (537) 271 8645/ 8622 / 8767/ 8823 (Conmutador). Email: [email protected] Web: www.cecmed.sld.cu Centro para la Promoción del Comercio Exterior - CEPEC Infanta n°16 esq. A 23, 2° piso, Vedado, MunicipioPlaza Ciudad de la Habana, Cuba Tel: (537) 838 0428, 838 0425, 838 0460 Fax: (537) 833 2220 web site: [email protected]; [email protected] Instituto de Medicina Veterinária (IMV) Calle 12 No. 355 E/ 15 y 17, Vedado, Plaza, Ciudad de La Habana.

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TEL: (537) 830 3347/48 (Conmutador). Fax: (530) 830 3537. Email: [email protected] Instituto de Nutricion e Higiene de los Alimentos (INHA) – MINSAP Calzada de Infanta No. 1158, e/ Clavel y Santo Tomás, Cerro, (CP 10300) Ciudad de La Habana, Cuba. Tel: (537) 870 5531 al 33 (Conmutador). Fax: 873-8313. E-mail: [email protected] Web: www.inha.sld.cu Oficina Nacional de Estatísticas de Cuba Paseo No. 60 e/ 3ra y 5ta, Vedado, Plaza de la Revolución, Ciudad de La Habana, Cuba, CP 10400 Tel: (537) 830-0053 E-mail: [email protected] Oficina Nacional de Normalización (ONN) Calle E No. 261 Esq. 13, Vedado, Plaza, Ciudad de La Habana Tel: (537) 830 0835, 830 0825 (Conmutador). Telefax: (537) 830 0022. FAX: 836 8048. E-mail: [email protected] Web: www.nc.cubaindustria.cu

13.3 Fontes Utilizadas Agência Nacional de Vigilância Sanitária www.anvisa.gov.br ALADI - http://www.aladi.org/ Alice Web - http://aliceweb.desenvolvimento.gov.br CEPAL - http://www.eclac.org/ Copextel - www.copextel.com.cu Cubanacan - www.cubanacan.cu Embaixada argentina em Havana - Telefone: [53] (7) 22-5540, 22-5540/9 Embaixada brasileira em Havana - Telefone: [53] (7) 866-9052/9080/0359; E-mail: [email protected] Embaixada da Espanha - http://www.mae.es/embajadas/brasilia/es/home Embaixada de Cuba - http://www.embaixadacuba.org.br/ Food and Agriculture Organization www.fao.org

Grupo Cimex - www.cimexweb.com Grupo Cubalse - www.cubalse.cu Grupo Gran Caribe - www.gran-caribe.com GTIS - www.gtis.com/gta ICEX - www.icex.es Instituto de Pesquisas em Normalização – ININ- http://www.inin.cubaindustria.cu/ ITC - www.intracen.org MDIC - http://www.desenvolvimento.gov.br Mincex - www.mincex.cu Oficina Nacional de Normalización - http://www.nc.cubaindustria.cu/

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ONE - http://www.one.cu Portal Cuba www.cuba.cu Rede Habaguanex - www.habaguanex.com Site do governo cubano http://www.cubagov.cu/ The Economist - http://www.eiu.com http://www.aprendendoaexportar.gov.br