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1 CONVOCAÇÃO ÀS ELEIÇÕES No próximo dia 31 de outubro os Arquitetos e Urbanistas de todo o Brasil elegerão seus representantes para o terceiro mandato (2018-2020) do CAU/BR e dos CAUs estaduais. O plenário do CAU/BR foi o responsável pela aprovação do Regulamento Eleitoral para todo o Brasil (Resolução N. 122 do CAU/BR de 23 de setembro de 2016). Toda a votação será via internet, pelos sites do CAU/BR e dos CAUs estaduais. O acesso ao painel de votação se dará por meio da senha de acesso ao SICCAU. O voto é obrigatório para todos os profissionais registrados no CAU e com menos de 70 anos. 1. SOBRE A REGULAMENTAÇÃO DAS PROFISSÕES Criado durante a presidência de Getúlio Vargas, no ano de 1933, o sistema CONFEA/CREA - abrigava inicialmente apenas três profissões (Engenharia, Arquitetura e Agrimensura). Ele surgiu no conjunto das demais medidas reguladoras do Estado, impulsionado pelas chamadas “entidades precursoras” (Clubes de Engenharia de Pernambuco, Rio de Janeiro; Instituto Central de Arquitetos, Sindicato Nacional de Engenheiros, Institutos de Engenharia de São Paulo e do Paraná). Durante as últimas décadas, com o desenvolvimento das ciências e da tecnologia, intensifica-se a especialização das engenharias e o anterior Conselho chega ao ano de 2.017 com mais de 300 títulos profissionais. Por preceito constitucional, os Conselhos profissionais são Autarquias Especiais criadas para regulamentar as atribuições e fiscalizar a prática das atividades correspondentes. As atribuições e atividades devem refletir as Diretrizes Curriculares mínimas aplicadas pelas Instituições de Ensino Superior, as quais são reguladas pelo Ministério da Educação. Durante os quase 80 anos do antigo Conselho multiprofissional, dentre todas as políticas implantadas, destacamos uma que na nossa opinião é chave para o entendimento, que é o “sombreamento” das atribuições e atividades. As Resoluções e Deliberações visaram, na maioria das vezes, o conjunto dos profissionais e não uma profissão específica. Com esta política, pode-se dizer que boa parte dos registrados no antigo Conselho se tornaram profissionais “generalistas”. Com um agravante fundamental: estas definições se

11 09 2017 PLATAFORMA - sindarqpr.org.br · 3 Após passagem pela Câmara de Deputados, com diversas audiências públicas realizadas e por vezes em unânimes votações, finalmente

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CONVOCAÇÃO ÀS ELEIÇÕES

No próximo dia 31 de outubro os Arquitetos e Urbanistas de todo o Brasil elegerão seus representantes para o terceiro mandato (2018-2020) do CAU/BR e dos CAUs estaduais. O plenário do CAU/BR foi o responsável pela aprovação do Regulamento Eleitoral para todo o Brasil (Resolução N. 122 do CAU/BR de 23 de setembro de 2016).

Toda a votação será via internet, pelos sites do CAU/BR e dos CAUs estaduais. O acesso ao painel de votação se dará por meio da senha de acesso ao SICCAU. O voto é obrigatório para todos os profissionais registrados no CAU e com menos de 70 anos.

1. SOBRE A REGULAMENTAÇÃO DAS PROFISSÕES

Criado durante a presidência de Getúlio Vargas, no ano de 1933, o sistema CONFEA/CREA - abrigava inicialmente apenas três profissões (Engenharia, Arquitetura e Agrimensura). Ele surgiu no conjunto das demais medidas reguladoras do Estado, impulsionado pelas chamadas “entidades precursoras” (Clubes de Engenharia de Pernambuco, Rio de Janeiro; Instituto Central de Arquitetos, Sindicato Nacional de Engenheiros, Institutos de Engenharia de São Paulo e do Paraná).

Durante as últimas décadas, com o desenvolvimento das ciências e da tecnologia, intensifica-se a especialização das engenharias e o anterior Conselho chega ao ano de 2.017 com mais de 300 títulos profissionais.

Por preceito constitucional, os Conselhos profissionais são Autarquias Especiais criadas para regulamentar as atribuições e fiscalizar a prática das atividades correspondentes.

As atribuições e atividades devem refletir as Diretrizes Curriculares mínimas aplicadas pelas Instituições de Ensino Superior, as quais são reguladas pelo Ministério da Educação.

Durante os quase 80 anos do antigo Conselho multiprofissional, dentre todas as políticas implantadas, destacamos uma que na nossa opinião é chave para o entendimento, que é o “sombreamento” das atribuições e atividades. As Resoluções e Deliberações visaram, na maioria das vezes, o conjunto dos profissionais e não uma profissão específica. Com esta política, pode-se dizer que boa parte dos registrados no antigo Conselho se tornaram profissionais “generalistas”. Com um agravante fundamental: estas definições se

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deram por Deliberações da Plenária do antigo Conselho, sem ter, portanto, força de Lei e muito menos alterar as Atribuições originadas nas Diretrizes Curriculares.

Assim, Engenheiros Civis são autorizados a projetar “edificações”, mesmo tendo apenas um semestre de Leitura de Desenho Arquitetônico, por outro lado nós Arquitetos e Urbanistas temos atribuição para elaborar projetos de Instalações Elétricas de Baixa Tensão, mesmo tendo estudado a matéria há vinte anos ou mais, sem nunca termos nos atualizado, sobre as novas tecnologias e novas Normas vigentes. A Lei 12.378/2010 trouxe “luz” a esta antiga prática, possibilitando correção histórica.

Por outro lado, nós AUs, apesar de representarmos aproximadamente 10% dos profissionais registrados no antigo Conselho (100.000), muito raramente fomos participes de destaque nas sucessivas gestões. No Paraná, por exemplo, durante quase 80 anos, apenas um AU foi eleito presidente do CREA, no caso, o colega Armando Strambi - 1973 a 1978).

2. ANTECEDENTES DA APROVAÇÃO DA LEI DOS AUs Remonta aos anos 1950 o registro das primeiras iniciativas com vistas à saída do

antigo Sistema. Militante de sua profissão, em 1958, o AU curitibano, Vilanova Artigas, já havia deixado claro ser necessário um Conselho profissional próprio para a categoria, no seu discurso para os formandos da FAU – USP:

“Mas existe para nós ainda uma medida de reconhecimento que há muito esperamos: a criação da profissão de arquiteto em condições de independência”. Em 1958, o Fórum do IAB encaminha ao Presidente Juscelino Kubistcheck, projeto

de lei para desmembrar os arquitetos do sistema CONFEA/CREAs. O projeto foi retirado de pauta pelo próprio IAB, atendendo à solicitação do CONFEA para que a questão fosse melhor discutida num congresso específico, o que nunca aconteceu.

Em 24 de dezembro de 1966, o presidente Castello Branco sancionou a Lei 5.194 que regulamenta o exercício das profissões de Engenheiro, Arquiteto, e Engenheiro-agrônomo, incluindo a Agronomia e a Geologia sob a gestão do CONFEA.

Quase trinta anos depois, em 1994 um novo projeto de lei foi aprovado no Senado. Porém as divergências entre as entidades representativas dos arquitetos fizeram com que a matéria fosse engavetada antes mesmo de sua análise final.

Em 1998, durante o Congresso Brasileiro de Arquitetos, realizado em Curitiba pelo IAB-PR, a categoria se uniu e as cinco entidades nacionais (ABAP, ABEA, ASBEA, FNA e IAB) formaram o CBA - Colégio Brasileiro de Arquitetos. O CBA discutiu e aprovou um anteprojeto de lei para a criação do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil. Apoiado por diversas instituições, inclusive internacionais, o anteprojeto seguiu para o Congresso Nacional em 2003, quando o Senador José Sarney, publicava o PL 347 com texto idêntico ao apresentado pelo CBA. Em 2005, o projeto foi para a Câmara e, dois anos depois, foi aprovado pelo plenário do Senado, seguindo então para sanção presidencial.

Em 31 de dezembro de 2007, o presidente Lula veta o projeto de lei, por vício de origem, mas ao entender que o pleito tinha mérito, solicitou à Casa Civil que reencaminhasse um Projeto de Lei de igual teor, vindo o mesmo a tramitar no Congresso Nacional como PL 4413/2008, desta vez com origem no Executivo.

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Após passagem pela Câmara de Deputados, com diversas audiências públicas realizadas e por vezes em unânimes votações, finalmente no dia 21 de dezembro de 2010 o projeto de lei foi aprovado no Senado, e encaminhado em seguida ao presidente Lula para nova sanção.

Em 31 de dezembro de 2010, o presidente Lula finalmente encerra histórica luta dos arquitetos, e sanciona a Lei 12.378, que regulamenta o exercício da Arquitetura e Urbanismo; cria o Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil - CAU/BR e os Conselhos de Arquitetura e Urbanismo dos Estados e do Distrito Federal – CAU/UFs.

3. CONTEXTO AMPLIADO DA GESTÃO DO TERRITÓRIO NA

ATUALIDADE E A LEGITIMIDADE DO PAPEL DOS AUs (O texto abaixo é a introdução do novo estudo publicado pelo IBGE 2017, denominado “Classificação e

caracterização dos espaços rurais e urbanos do Brasil. Uma primeira aproximação”).

Recentemente, na Terceira Conferência das Nações Unidas sobre Moradia e Desenvolvimento Urbano Sustentável - Habitat III, realizada em 2016, 167 países adotaram a Nova Agenda Urbana (NAU) que objetiva orientar a política para a urbanização pelos próximos 20 anos. A Nova Agenda Urbana aponta que, até 2050, a população urbana do mundo irá praticamente dobrar, tornando a urbanização uma das tendências mais transformadoras do Século XXI.

Em escala global, além da Nova Agenda Urbana tem grande destaque na Habitat III, a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável e os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável - ODS, em especial o ODS 11, que propõe tornar as cidades e os assentamentos humanos inclusivos, seguros, resilientes e sustentáveis. O envolvimento da comunidade internacional na implementação de um objetivo com metas e indicadores dedicados à temática urbana e aos assentamentos humanos demonstra o grande impacto da urbanização nos territórios nacionais.

A urbanização é reconhecida como um fenômeno transformador e um dos principais vetores de transformação do Século XX. Kayser (1972) aponta que a expansão do regime capitalista no último século transformou profundamente o sistema de relações cidade-campo de forma mais profunda que a longa evolução dos séculos anteriores. Já Santos (2007, p. 23) ressalta que “a urbanização é simultaneamente um resultado e uma condição do processo de difusão do capital”. Sposito (2010), por sua vez, destaca que em uma retrospectiva é possível apontar a intensidade da urbanização como uma das principais marcas do século passado.

Se por um lado as populações, as atividades econômicas, as interações sociais e culturais, bem como os impactos ambientais e sociais estão cada vez mais concentrados nas cidades, por outro, novos elementos têm sido ressaltados trazendo novas perspectivas para o rural. Diversos autores (ABRAMOVAY, 2003; VEIGA, 2003; ENDLICH, 2010; ROSA; FERREIRA, 2010) alertam para um novo conjunto de atividades, além das primárias, que vem sendo desenvolvido no campo, além de outros, como Abramovay (2003), que também tem destacado a recente valorização das regiões interioranas devido a diversos fatores como a biodiversidade, o patrimônio paisagístico e o estilo de vida. Concomitantemente, a

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urbanização acelerada transformou e continua transformando as parcelas do campo por meio da inserção de novas técnicas e pela demanda de alimentos e de recursos naturais.

No Brasil, o Decreto Lei n. 311, de 02.03.1938 associa a delimitação de zonas rurais e urbanas aos municípios. Contudo, muitas vezes as transformações econômicas e sociais alteram profundamente a configuração espacial dos municípios sem que a legislação consiga acompanhar em tempo hábil as novas estruturas territoriais e o processo de distribuição espacial das populações e das atividades econômicas.

É verdade também que os limites oficiais entre zona urbana e zona rural, são em grande parte instrumentos definidos segundo objetivos fiscais que enquadram os domicílios sem considerar as características territoriais e sociais do município e de seu entorno.

Atendem, portanto, aos objetivos das prefeituras, mas dificultam políticas públicas e investimentos preocupados com as outras facetas e escalas da classificação rural-urbano. Os dilemas do planejamento envolvem uma grande preocupação com o tema.

No Brasil, ela se manifesta também nas escalas estadual e municipal com a necessidade de informações que subsidiem o planejamento e a gestão, permitindo a coesão territorial, a redução das desigualdades territoriais, o desenvolvimento rural etc.

Finalmente, o desafio consiste em não apenas perceber essas categorias que, hoje, apresentam-se de forma diversa, mas também em criar instrumentos de planejamento que consigam manter a coesão dos territórios, respeitando e desenvolvendo a sua diversidade, em especial, da federação brasileira e dos países de dimensões continentais. 1 Classificação e caracterização dos espaços rurais e urbanos do Brasil. Uma primeira aproximação (IBGE 2017).

4. O AVANÇO INSTITUCIONAL INCENTIVA A PARTICIPAÇÃO DOS AUs. O Brasil está entre as primeiras Nações a fazer constar na sua Constituição (1988) o

“Direito à Cidade” (Art. 182): ...”política de desenvolvimento urbano, executada pelo Poder Público municipal, conforme diretrizes gerais fixadas em lei, tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e garantir o bem-estar de seus habitantes” (grifo nosso).

Desde então foram construídos vários instrumentos legais e institucionais no sentido de regulamentar aquele Artigo, exemplos:

- Estatuto da Cidade – Lei 10.257 de 10 de julho de 2.001; - Criação do Ministério das Cidades – Decreto 4665 - abril de 2003; - Criação da Secretaria Nacional de Habitação; - Criação da Secretaria Nacional de Saneamento; - Criação da Secretaria Nacional de Mobilidade Urbana; - Lei da Assistência Técnica (Lei 11.888/2008); - Lei dos Arquitetos e Urbanistas (Lei 12.378/2010) - criação do CAU e - Estatuto da Metrópole (Lei 13.089/2015).

A criação do Conselho de Arquitetura e Urbanismo – CAU está diretamente vinculada a esta evolução institucional.

Em âmbito internacional também tivemos importantes avanços: COP 21; HABITAT III; Objetivos de Desenvolvimento Sustentável; Agenda 2030, etc....

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Agenda 2030: A Agenda consiste em uma Declaração, 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (os ODS) e suas 169 metas, bem como uma seção sobre meios de implementação e de parcerias globais, e um roteiro para acompanhamento e revisão. Os ODS e com metas serão acompanhadas por meio de indicadores.

5. AS EXPECTATIVAS PARA A IMPLANTAÇÃO: O CAU QUE QUEREMOS. É preciso contextualizar a história da criação da CAU e as décadas de esforço de

gerações de profissionais que nos antecederam, para dimensionar o significado de uma conquista como esta, para nós AUs do Brasil. O passivo histórico das lutas pela criação do Conselho próprio acabou por gerar na categoria uma grande expectativa em torno do funcionamento do novo órgão.

No CAU/PR, a primeira gestão (2012/2014) pode ser caracterizada como de IMPLANTAÇÃO e INSTALAÇÃO, para tanto foram elaborados estudos sobre o CAU QUE QUEREMOS. Como resultado, foi estabelecido como PRIORIDADE O ATENDIMENTO AOS AUs. A segunda gestão (2015/2017) prioriza a VALORIZAÇÃO DO PROFISSIONAL COM INCREMENTO DA SUA INSERÇÃO NAS ADMINISTRAÇÕES PÚBLICAS E TAMBÉM NAS EMPRESAS PRIVADAS.

Este planejamento permeou as principais iniciativas da Gestão, por exemplo: I. Divisão Administrativa do Estado em 06 Regionais (Curitiba, Guarapuava, Pato Branco, Cascavel, Maringá e Londrina); II. Concurso Público para os Colaboradores de Carreira, por Regional (todos já contratados); III. Relatórios de Gestão por Regional; IV. Fiscalização (em parceria com o Atendimento) também por Regional, etc..

Como consequência deste PLANEJAMENTO, surgiu a necessidade de CONTROLE DA GESTÃO. Os frutos começam a surgir, pois, o CAU/PR foi classificado em primeiro lugar dentre todos os demais UFs como o de MELHOR CONTROLE DE RISCOS.

Todas estas ações resultam da UNIÃO E PRINCIPALMENTE PELA REPRESENTATIVIDADE DOS CONSELHEIROS ELEITOS, JUNTO À SOCIEDADE.

6. O FATOR FISCALIZAÇÃO DOS CAU/UFs Alguns AUs ainda cobram do CAU uma Fiscalização similar à do antigo Sistema. Neste

quesito, é importante reafirmar alguns paradigmas que estão sendo quebrados, pelo CAU. Um dos problemas mais frequentes (e que tem responsabilidade direta sobre a nossa

maneira de fiscalizar) é o “custo financeiro” do antigo Conselho. Conhecedores desta realidade, nossas taxas são, em regra geral 50% a menor do que as do antigo Sistema. O CAU é um Conselho “menos custoso” para os AUs e também para a sociedade.

Além disso, e em atendimento às regras de controle (em especial do TCU), estamos limitados a despesas com pessoal, a no máximo 55% de todo o valor que arrecadamos, sob pena de improbidade e não aprovação das nossas contas.

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No Paraná temos 08 AUs no Setor de Fiscalização, o maior percentual dentre todos os demais CAU/UFs em relação aos AUs. Nosso desafio é agir nos 399 Municípios do Estado com este reduzido corpo de Colaboradores.

Uma das soluções encontrada é a prática da política de Representação. Coordenadores de Curso de Arquitetura; Agentes de Câmaras Técnicas eleitos em Conferência; e Arquitetos e Urbanistas funcionários públicos, estão sendo convocados a participar deste processo de reconquista de Atribuições e em especial no convencimento tanto da Sociedade quanto do Estado Brasileiro da amplitude do papel dos AUs na formação da cidadania e na busca do “Direito à Cidade” de todos os cidadãos.

Neste sentido, desenvolvemos dentro do Setor de Fiscalização o “Observatório Paraná Urbano”, o qual se propõem a analisar e difundir junto à sociedade a situação dos nossos atuais aglomerados urbanos, induzindo a participação dos AUs no seu desenvolvimento.

Os resultados virão a médio prazo.

7. PRINCIPAIS CONQUISTAS DOS DOIS PRIMEIROS MANDATOS: a) Construção de um arcabouço institucional privilegiando a gestão eletrônica (T.I.); b) Prioridade na agilidade e na qualidade do atendimento aos AUs; c) Descentralização da gestão – 06 Escritórios Regionais; d) Administração Compartilhada – Plenária e Colaboradores; e) Segurança financeira na gestão; f) Colaboradores contratados por meio de Concurso Público; g) Maior proporção dentre todos os CAU/UFs entre o número de Fiscais e de AUs; h) Homologação de Acordo Coletivo de Trabalho com os Colaboradores do CAU/PR; i) Valorização da Ética profissional com campanha de valorização do “projeto”; j) Campanha de incentivo à prática dos Concursos Públicos de Projeto de Arquitetura; k) Publicação e distribuição gratuita de 20.000 Cadernos/Agenda do CAU/PR

contendo a íntegra da Lei 12.378/2010; o Código de Ética; texto sobre a Arquitetura como política e Tutorial da Tabela de Honorários de serviços de AU;

l) Editais Públicos para patrocínios; m) Aquisição de Sede Própria, via Edital Público; n) Implantação de Política de Participação:

a. Fórum de Coordenadores de Instituições de Ensino Superior (IES); b. Eleição de Agentes AUs para 07 Câmaras Técnicas Especializadas; c. Proposição do Fórum de Arquitetura e Urbanismo Público (AUs

Funcionários Públicos, em especial junto às Prefeituras Municipais). d. Impugnação (ou correções) de mais de 50 Editais de Licitação;

o) Fiscalização educativa e de valorização profissional junto à sociedade; p) Melhor avaliação dentre todos os CAU/UFs em relação ao controle de gestão.

Relatório de emissão de RRTs,(Fonte: www.caupr.org.br)

8. OBSERVATÓRIOO Observatório Paraná

andamento, inserida no PLATAFORMA, reafirmando

Esta iniciativa pode sercidadão que reúne entidadesmunicípios do Paraná - incorporandogarantir o direito à cidade inclusivaNova Agenda Urbana da ONU”.

Uma das primeiras açõesQualidade Urbana (IQU). envolvem questões urbanísticasmoradia e habitação; saneamento,educação; desenvolvimentoserviço; segurança; e relação

A partir da tabulaçãodo IBGE, os ministérios daestadual, como os disponibilizadosDesenvolvimento Urbano, definir o Índice de Qualidadepossível apresentar aos econômica, territorial, ambiental

Por outro lado, o CAUque possibilita analisar e comparardos AU por Município, comAtividades e Atribuições exclusivas,

RRTs, por Regional, permite avaliação mensal das

OBSERVATÓRIO PARANÁ URBANO Urbano (OBSERVATÓRIO) é uma iniciativa

de Plano de Fiscalização e que merecereafirmando o apoio à sua continuidade e até incremento.

ser definida como "uma construção de espaçoentidades da sociedade civil - em especial dos

incorporando aos já existentes observatórios sociaisinclusiva e sustentável a seus habitantes, tendo

ONU”. ações do OBSERVATÓRIO foi o desenvolvimento

Este índice foi construído após análise de urbanísticas ou de interesse das cidades: terra urbana

saneamento, meio ambiente e saúde; transportevimento econômico e trabalho; cultura, lazer e turismo;

relação urbano-rural.

tabulação de índices já existentes tanto em nível federalda Saúde e do Trabalho e a Caixa Econômica

disponibilizados pelo IPARDES, Secretaria de entre outros, foram compiladas e ponderadas

Qualidade Urbana de cada Município do Estado. A pa gestores públicos um diagnóstico da situação

ambiental e social das suas cidades.

CAU já dispõe de 05 (cinco) anos de histórico decomparar o ÍNDICE DE QUALIDADE URBANAcom vistas à sua valorização e também ao reconhecimentoexclusivas, por parte dos órgãos públicos e iniciativa

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Atividades dos AUs.

iniciativa do CAU/PR já em merece destaque nesta

incremento. espaço democrático e dos AU de todos os sociais o propósito de

tendo como indicativo a

desenvolvimento do Índice de dez parâmetros que

urbana e uso de solo; transporte e mobilidade;

turismo; comércio e

federal - como o Censo nômica - como em âmbito

de da Saúde e de ponderadas informações para

partir desta análise, é situação urbanística,

de emissão de RRTs, URBANA com a atuação

reconhecimento das iniciativa privada.

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9. CRITÉRIOS PARA A COMPOSIÇÃO DA CHAPA:

10.1 Físico/Territorial A composição da Chapa busca dar paridade na representação da RMC ampliada (+/- 55 % dos AU do Paraná) com a das demais Regiões do Estado (+/- 45% dos AU do Paraná); 10.2 Campos de Atuação Representar as principais atividades profissionais e os campos de atuação previstos no art. 2 da Lei dos Arquitetos definidos a partir das diretrizes curriculares nacionais: I - da Arquitetura e Urbanismo; II - da Arquitetura de Interiores; III – da Arquitetura Paisagística; IV – do Patrimônio Histórico Cultural e Artístico; V - do Planejamento Urbano e Regional; VIII - dos sistemas construtivos e estruturais; IX - de instalações e equipamentos; X - do Conforto Ambiental; XI – do Meio Ambiente. 10.3 Prática profissional Contemplar as principais áreas de atuação: I - docência; II - pesquisa, crítica e literatura especializada; III - pequenos escritórios e profissionais autônomos; IV - grandes escritórios (empreendedores, urbanistas,...); V - indústria da construção e do mobiliário; VI - serviço público. 10.4 Representatividade política Os futuros Conselheiros deverão agregar valor à atuação do CAU/PR por meio da sua representação política perante a sociedade (Associação de profissionais; poder público; sociedade organizada, instituições de ensino, etc...). 10.5 Formação Capacidade de avaliação sobre o currículo das escolas e do seu desempenho. Os cursos de graduação e pós-graduação de Arquitetura e Urbanismo do Paraná deverão estar representados na Comissão Permanente de Ensino (Art. 4º - O CAU/BR organizará e manterá atualizado cadastro nacional das escolas e faculdades de arquitetura e urbanismo, incluindo o currículo de todos os cursos oferecidos e os projetos pedagógicos). 10.6 Gestão/Administração Formação/experiência pessoal em atividades de gestão e administração (valorização; fiscalização, assistência técnica, etc.).

A atuação dos AUs é fundamental na discussão das estratégias de políticas públicas em relação à ocupação do nosso território, assim como prega o Papa Francisco I:

....151.“É preciso cuidar dos espaços comuns, dos marcos visuais e das estruturas urbanas que melhoram o nosso sentido de pertencer, a nossa sensação de enraizamento, o nosso sentimento de “estar em casa” dentro da cidade que nos envolve e une. É importante que as diferentes partes duma cidade estejam bem integradas e que os habitantes possam ter uma visão de conjunto em vez de se encerrarem num bairro, renunciando a viver a cidade inteira como um espaço próprio partilhado com todos. Toda a intervenção na paisagem urbana ou rural deveria considerar que os diferentes elementos do lugar formam um todo, sentido pelos habitantes do lugar como um contexto coerente com a sua riqueza de significados. Assim, os outros deixam de ser estranhos e podemos senti-los como parte de um “nós” que construímos juntos. Pela mesma razão, tanto no meio urbano como no rural, convém preservar alguns espaços onde se evitem intervenções humanas que os alterem constantemente....” (Encíclica Laudato Sí – sobre o cuidado da casa comum, 2015).

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11. PLANO DE TRABALHO 2018 /2020

CHAPA 1 UNIÃO

11.1 O ARQUITETO E URBANISTA Reconhecimento e valorização do Arquiteto e Urbanista como o principal agente na construção espacial da sociedade, o profissional que propõe e projeta desde o ambiente individual até a grande metrópole, o profissional que indica onde se constrói e onde não! 11.2 O VALOR DO PROJETO Valorização do Projeto de Arquitetura como objetivo central da prática profissional Apoio ao preço justo do projeto, com incentivo ao desenvolvimento de Tabela com sistema simplificado de avaliação de custo de projeto.

11.3O PROJETO COMPLETO Defesa do projeto completo como instrumento de qualificação e transparência na construção das obras e espaços públicos e, por consequência, como meio de combate à promiscuidade entre interesses públicos e privados. Oposição ao uso indiscriminado do RDC, Regime de Contratação Diferenciada

11.4ATRIBUIÇÕES PRIVATIVAS DO ARQUITETO E URBANISTA Campanha permanente em defesa das atribuições privativas do AU contidas na lei 12.378/10 Defesa das nossas atribuições privativas de Arquitetos e Urbanistas no Conselho de Harmonização CONFEA/CAU Combate permanente ao exercício ilegal da profissão 11.5MANUAL DE CONTRATAÇÃO DE SERVIÇOS DE AU Implementar a utilização do Manual de Contratação de serviços de Arquitetura e Urbanismo. 11.6CONCURSOS DE ARQUITETURA Valorização e defesa dos concursos como o meio mais justo para a escolha de projetos públicos de Arquitetura e, também, como instrumento de desenvolvimento e qualificação das obras e espaços públicos e privados. 11.7 ENSINO DA ARQUITETURA E DO URBANISMO Estímulo ao debate a respeito das diretrizes curriculares, sua modernização na formação do Arquiteto e Urbanista, devido ao desenvolvimento social e tecnológico global e local.

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Combate ao ensino de Arquitetura e Urbanismo 100% à distancia como empobrecedor da qualidade da formação. 11.8ENTIDADES RELACIONADAS AOS ARQUITETOS E URBANISTAS Valorização permanente das entidades em relação às atribuições que lhes competem em benefício da Arquitetura e Urbanismo como um todo e dos associados que representam. 11.9NOVA AGENDA URBANA Valorização do projeto de arquitetura como instrumento de construção da cidade Incentivo ao debate e conciliação entre interesses diversos e o direito à cidade para todos, com práticas inclusivas e estimulantes da cidadania, integração social e construção do espaço urbano Incentivo ao debate e à implantação de cidades inteligentes, mobilidade sem automóvel, mobilidade sem petróleo. Incentivo a respeito do direito às cidades com poluição zero, atendendo aos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, com redução maciça da emissão de gases poluentes, seguindo o Acordo de Paris assinado pelo BR. Debate contínuo a respeito de sustentabilidade na Arquitetura e no Urbanismo. Utilização do Observatório Paraná Urbano como instrumento de capacitação dos municípios do Estado para a implantação da Nova Agenda Urbana. 11.10 ECONOMIA CRIATIVA Reconhecimento de que a Arquitetura, para além da técnica de projetar e construir, é parte importante dos movimentos culturais da sociedade, sendo criadora de valor humano que vai muito além do simples custo 11.11LEI DA ASSISTÊNCIA TÉCNICA Aprofundamento das iniciativas que democratizem a prática da Arquitetura e do Urbanismo, em especial para as comunidades com menor poder aquisitivo, por meio da implementação da Lei de Assistência Técnica 11.12JURISPRUDÊNCIA Organização, sistematização e publicação dos pareceres jurídicos firmados nos processos jurídicos transitados em julgado no CAU BR, elaborados pelas Assessorias Jurídicas dos CAU dos vários estados da Federação. 11.13CÓDIGO DE ÉTICA Participação no debate nacional a respeito da aplicação e aprimoramento do Código de Ética do CAU BR 11.14CÂMARAS TÉCNICAS

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Fortalecimento do processo de participação dos Agentes Eleitos de Câmaras Técnicas no desenvolvimento dos eixos temáticos dos arquitetos e urbanistas 11.15LEGISLAÇÃO Estabelecer Pauta Legislativa pertinente ao avanço da AU para ações isoladas ou em conjunto com outras entidades perante às Câmaras Municipais, Assembléia Legislativa e Judiciário 11.16SETOR PÚBLICO Fortalecimento do processo de implantação do OBSERVATÓRIO PR URBANO em todas as Regionais do CAU PR, visando à atuação dos Arquitetos e Urbanistas em todos os Municípios do PR. Assinaturas de termos de Cooperação com entidades representativas da sociedade para incremento e divulgação do projeto OBSERVATÓRIO PR URBANO Organização e implementação do Fórum de AU Públicos convocando a participação dos Arquitetos e Urbanistas que atuam como funcionários de órgãos públicos, em especial os das Prefeituras Municipais Fiscalização dos Editais de Concurso para cargos públicos. Campanha permanente pelo exercício dos cargos públicos pertinentes à arquitetura e urbanismo por AU. Incentivo à implantação, por parte dos Municípios, da Lei de Auto vistoria. 11.17INSTITUCIONAL Fortalecimento do Fórum de Coordenadores dos Cursos de Arquitetura e Urbanismo. Instituir Fórum de Estudantes de AU Consolidação da Semana da AU, com caráter de Conferência Consultiva, a ser organizado em conjunto com as Entidades de Arquitetura e Urbanismo. Implantação e fortalecimento do CEAU 11.18INTERNO AO CAU Implantação do Plano de Avaliação e Progressão para os Colaboradores, e estímulo permanente ao aperfeiçoamento Gestão informatizada para as Comissões Internas Obrigatórias e Temporárias Aprimoramento do Portal de Transparência junto à Ouvidoria 11.19 SEDE PRÓPRIA Organização e lançamento de CONCURSO PÚBLICO NACIONAL DE ARQUITETURA para o imóvel sede do CAU PR