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11 OUT | SEXTA-FEIRA | 21h00 · 2020. 6. 12. · Et resurrexit Preludio religioso Sanctus O salutaris Agnus Dei Michel Corboz Maestro Dora Rodrigues Soprano Carolina Figueiredo Meio-Soprano

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11 OUT | SEXTA-FEIRA | 21h00Igreja de São Roque

CORO GULBENKIAN Petite Messe Solennelle

PROGRAMA

Gioachino RossiniPetite Messe Solennelle

KyrieGloriaGratiasDomine DeusQui tollisQuoniamCum Sancto SpirituCredoCrucifixusEt resurrexitPreludio religiosoSanctusO salutarisAgnus Dei

Michel Corboz Maestro

Dora Rodrigues Soprano

Carolina Figueiredo Meio-Soprano

Marco Alves dos Santos Tenor

Manuel Rebelo Baixo

Adriano Jordão Piano

Inês Vaz Acordeão

Coro Gulbenkian

Michel Corboz Maestro Titular

Jorge Matta Maestro Adjunto

Dominique Tille Maestro Assistente

Ariana Russo, Maria J. Conceição, Mariana Moldão, Rosa Caldeira, Rute Dutra e Sara Afonso Sopranos

Ana Urbano, Fátima Nunes, Joana Esteves, Joana Nascimento, Manon Marques e Margarida Simas Contraltos

Aníbal Coutinho, Frederico Projecto, Jorge Leiria, Manuel Gamito e Pedro Miguel Tenores

Afonso Moreira, João Luís Ferreira, José Bruto da Costa, Rui Borras, Tiago Batista e Tiago Navarro Baixos

António Lopes Gonçalves Coordenação

Fátima Pinho, Marta Ferreira de Andrade, Joaquina Santos e Fábio Cachão Produção

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Notas de Programa“…esta pequena composição é o derradeiro pecado mortal da minha velhice”. Com o seu próprio punho, anotou Rossini estas palavras no frontispício da sua Petite Messe Solennelle. E, como se pedisse perdão ao Criador, por o ter negligenciado durante uma grande parte da sua fecunda obra, Rossini dedicou- -lhe ainda estas palavras: “Bom Deus… aqui a tens terminada, esta pobre pequena missa. Será bem música sacra o que acabei de fazer, ou será sacra música? Nasci para a ópera buffa, tu bem o sabes! Um pouco de sabedoria, um pouco de coração, está lá tudo. Peço-te portanto que sejas benigno e me abras as portas do paraíso”.Numa obra que assume o tom de um comovente testamento espiritual e de um último e íntimo diálogo com a música, a designação Petite Messe possivelmente traduz, por si, a profissão de um ato de humildade do seu autor. No entanto, na sua versão completa, é uma obra-prima de amplas proporções, ponto de contacto entre a antiga tradição – em particular a rica tradição da polifonia sacra – e a “música do futuro”. Por um lado,

a tradição é restaurada na admirável clareza da escrita e no uso do contraponto, como a imitação e o fugatto, que não são, de todo, estranhos a Rossini, mas que aqui são tratados de forma mais rigorosa e misticamente pura. Por outro lado, a “música do futuro”, que a nova geração agitava diante dos velhos compositores como uma ameaça, nas mãos de Rossini resultou, por exemplo, numa pessoal e inovadora conceção tímbrica do acompanhamento da Missa: dois pianos (principal e ripieno) e um harmónio, para acompanhar um coro a quatro vozes e um quarteto de solistas. No entanto, quase em simultâneo com a escrita da partitura com este insólito acompanhamento, Rossini traçou as linhas que conduziriam à partitura definitiva.Escrita aos setenta e cinco anos, mais de trinta depois da retirada oficial de Rossini da vida musical pública, a versão para coro, solistas, dois pianos e harmónio foi escrita em Passy, em 1863, por solicitação do conde Alexis Pillet-Will. A primeira audição teve lugar no dia 14 de Março de 1864, na mansão do conde, na rua Moncey, em Paris.

Miguel Martins Ribeiro

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Dados BiográficosCoro GulbenkianFundado em 1964, o Coro Gulbenkian conta presentemente com uma formação sinfónica de cerca de cem cantores, podendo atuar também em grupos vocais mais reduzidos. Apresenta-se tanto como grupo a cappella, interpretando a polifonia dos séculos XVI e XVII, como em colaboração com a Orquestra Gulbenkian ou com outros agrupamentos para a interpretação das grandes obras do repertório clássico, romântico ou contemporâneo. Na música do século XX tem apresentado, frequentemente em estreia absoluta, inúmeras obras

contemporâneas de compositores portugueses e estrangeiros. Tem sido igualmente convidado pelas mais prestigiadas orquestras mundiais, entre as quais a Philharmonia Orchestra de Londres, a Freiburg Barockorchester, a Orquestra do Século XVIII, a Filarmónica de Berlim, a Sinfónica de Baden Baden, a Sinfónica de Viena, a Orquestra do Concertgebouw de Amesterdão, a Orquestra Nacional de Lyon, a Orquestra de Paris, ou a Orquestra Juvenil Gustav Mahler. Foi dirigido por grandes figuras como Claudio Abbado, Colin Davis, Frans

Brüggen, Franz Welser Möst, Gerd Albrecht, Gustavo Dudamel, Jonathan Nott, Michael Gielen, Michael Tilson Thomas, Rafael Frübeck de Burgos, René Jacobs, Theodor Guschlbauer, ou Esa-Pekka Salonen, entre muitos outros. O Coro Gulbenkian tem participado em importantes festivais internacionais, tais como: Festival Eurotop (Amesterdão), Festival Veneto (Pádua e Verona), City of London Festival, Hong Kong Arts Festival, Festival Internacional de Música de Macau, ou Festival d’Aix-en- -Provence. A discografia do Coro Gulbenkian está representada nas editoras

Philips, Archiv / Deutsche Grammophon, Erato, Cascavelle, Musifrance, FNAC Music e Aria Music,tendo ao longo dos anos registado um repertório diversificado, com particular incidência na música portuguesa dos séculos XVI a XX. Algumas destas gravações receberam prestigiados prémios internacionais. Desde 1969, Michel Corboz é o Maestro Titular do Coro Gulbenkian. A função de Maestro Adjunto é desempenhada pelo maestro Jorge Matta.

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Michel CorbozMaestroA entrada de Michel Corboz no universo da música encontra-se profundamente ligada ao seu fascínio pela voz e pelas obras escritas no domínio da música vocal. Consequentemente, ao longo da sua longa e brilhante carreira, dirigiu as grandes oratórias, bem como outras obras que incluem coro, solistas e orquestra. Depois de fundar o Ensemble Vocal de Lausanne, em 1961, as inúmeras distinções concedidas e o acolhimento entusiasta da imprensa às suas gravações das Vésperas e de L’Orfeo de Monteverdi (1965 e 1966) marcaram o início de uma longa carreira que evoluiu naturalmente, sem ambições particulares, enriquecendo--se todos os anos com uma nova obra. Em 1969, Michel Corboz foi nomeado Maestro Titular do Coro Gulbenkian, cargo que vem exercendo com inexcedível competência desde então. À frente do Coro Gulbenkian, realizou um grande número de concertos e gravações, tendo assim colocado em destaque as qualidades fundamentais do agrupamento e contribuindo decisivamente para a sua projeção nacional e internacional.

A discografia de Michel Corboz conta com mais de cem títulos, muitos deles distinguidos com prémios internacionais. Neste domínio, salientam-se as grandes obras sacras de J. S. Bach e de Mozart, Selva morale de Monteverdi, as oratórias de Mendelssohn e os Requiem de Brahms, Fauré, Duruflé e Verdi. Na Ópera de Lyon recriou Ercole amante de Cavalli, obra composta para o casamento de Luís XIV, bem como David et Jonathas de Charpentier. No domínio da ópera, dirigiu L’Incoronazione di Poppea, Il ritorno d’Ulisse in patria e ainda L’Orfeo de Monteverdi. Em dezembro de 1999, Michel Corboz foi condecorado pelo Presidente da República Portuguesa com a Grã-Cruz da Ordem do Infante Dom Henrique.

Michel Corboz © Gulbenkian Música

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Dora RodriguesSopranoDora Rodrigues nasceu em Braga, cidade onde se diplomou no Conservatório Calouste Gulbenkian. Completou a licenciatura na Escola Superior de Música do Porto, com Oliveira Lopes, prosseguindo os seus estudos na Côte d’Azur, com Ileana Cotrubas, em Itália, com Enza Ferrari, e em Espanha, com Elisabete Matos. Integrou o European Opera Center, em Liverpool, e a European Network of Opera Academies, em Varsóvia, com o apoio da Fundação Gulbenkian. Estreou- -se com o Círculo Portuense de Ópera no Coliseu do Porto. No Teatro Nacional de São Carlos destacam-se as suas participações em Il Matrimonio Segreto (Elisetta) de Cimarosa, Ariadne auf Naxos (Echo) de R. Strauss, a protagonista de Four Saint in Three Acts de Virgil Thomson, La Rondine (Magda) de Puccini. Participou no festival Les Jeunes Ambassadeurs, em Montreal, e estreou-se na ópera D. Chisciotte, de Manuel Garcia, no Teatro de la Maestranza de Sevilha. Em 2010 gravou com a Royal Liverpool Philharmonic Il Segreto di Susanna,

de Wolf-Ferrari, sob a direção de Vasily Petrenko. Cantou em Londres com a Orquestra Juvenil da União Europeia no concerto de aniversário da União Europeia. Na Fundação Gulbenkian, estreou-se em Ariadne auf Naxos, seguindo-se Die Drei Pintos de Weber. Foi selecionada para o conceituado BBC-Cardiff Singer of the World, onde se apresentou com a Welsh National Orchestra em St. David’s Hall, sob a direção de Paul Daniel. Em recital, colabora regularmente com o pianista João Paulo Santos. Foi-lhe atribuído pelo Ministério da Cultura o Prémio Ribeiro da Fonte 2002, recebeu o Galardão Música na VIII Edição dos Galardões “A Nossa Terra” e em 2012 foi condecorada pelo Município de Braga com a Medalha de Mérito.

Dora Rodrigues © DR

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Carolina FigueiredoMeio-SopranoCarolina Figueiredo formou-se em canto na Escola de Música do Conservatório Nacional em 2005. Trabalha regularmente com Manuela de Sá e, no âmbito de master-classes, com Susana Waters e Lucia Mazzaria. No domínio da ópera, integrou os elencos de O Anão (3.ª Camareira) de Zemlinsky, Dialogues des Carmélites (Mère Jeanne) de Poulenc, Madama Butterfly (Kate Pinkerton) de Puccini, Ester (Assuero) de L. Moreira, El Gato Montés (Loliya e Pastorcillo) de Penella, Il Viaggio a Reims (Modestina) de Rossini, Bastien und Bastienne (Bastien) de Mozart, Turandot (Uma cantora) de Busoni, Peer Gynt (3.ª Pastora) de Grieg, e Fausto (Marthe) de Gounod, nos palcos do Teatro Nacional de São Carlos e da Fundação Gulbenkian. Em concerto interpretou, entre outras obras: Paixão segundo São João de J. S. Bach, Messias de Händel, Te Deum de Charpentier, Magnificat de Vivaldi, Missa em Dó Maior de Beethoven, Manfred de Schumann, Les béatitudes de Franck, Il tramonto de Respighi, Sonho de uma noite de verão de Mendelssohn e Les nuits d’été de Berlioz.

Apresenta-se regularmente a solo com piano ou órgão, acompanhada por Olga Prats, João Paulo Santos, José Manuel Brandão, Anna Tomasik, ou João Vaz. Protagoniza regularmente produções de música contemporânea, de compositores como Carlos Marecos (Dor e Amor) e Jorge Salgueiro (Vida de um Vinho, Eros), cujas obras estreou e gravou, bem como o papel de Condessa Rosina na ópera Beaumarchais de Pedro Amaral. Carolina Figueiredo licenciou-se em Direito e concluiu uma pós-graduação em Tradução.

Carolina Figueiredo © DR

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Marco Alves dos SantosTenorMarco Alves dos Santos nasceu em Lisboa. Como bolseiro da Fundação Gulbenkian, licenciou-se em canto pela Guildhall School of Music and Drama, em Londres. Iniciou a sua carreira profissional em 2003. Apresentou-se como solista em Portugal, Espanha, França, Itália, Reino Unido e Alemanha, tendo interpretado vários papéis de ópera e opereta: Tamino (A flauta mágica); Mr. Owen (Postcard from Morocco de D. Argento); Gastone (La traviata); Tristan (Le Vin herbé de F. Martin); Leandro (La Spinalba de F. A. de Almeida); Orphée (La descente d’Orphée aux enfers de Charpentier); Ernesto (Don Pasquale); Anthony (Sweeney Todd); Nathanael (Les contes d’Hoffmann); Duque de Mântua (Rigoletto); Prunier (La rondine); Kornelis (La princesse jaune de Saint-Saëns); Pierre (The Wandering Scholar de G. Holst); ou Ferrando (Così fan tutte). Em 2015/16 interpretou os papéis de Oddio (Armida de Myslivecek), Malcolm (Macbeth), Yamadori (Madama Butterfly), D. Sancho (O Cavaleiro das Mãos Irresistíveis de Ruy Coelho), Conde Barigoulle (Cendrillon

de P. Viardot), Conde Almaviva (O barbeiro de Sevilha), Berger (Oedipus Rex), bem como o Evangelista nas Oratórias de Natal, de Páscoa e da Ascensão, de J. S. Bach, com a Orquestra Metropolitana, e tenor solista no Te Deum de Charpentier, com a Orquestra Gulbenkian. No âmbito do repertório sinfónico destacam-se ainda concertos com a Orquestra Sinfónica Portuguesa, o Remix Ensemble, as Orquestras do Algarve, das Beiras, Clássica de Espinho e do Norte, a Sinfónica Juvenil, o Divino Sospiro e o Ensemble MPMP.

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Manuel RebeloBaixoManuel Rebelo começou a estudar música aos seis anos de idade. Inserido num coro infantil, estreou-se em palco aos sete anos, tendo então cantado a Paixão segundo São Mateus, de J. S. Bach, sob a direção de Michel Corboz. Concluiu o Curso de Canto do Conservatório Nacional, na classe de Rute Dutra. Diplomou-se em Formação Musical pela Escola Superior de Música de Lisboa. Em 2006 estreou-se no domínio da ópera, na Fundação Gulbenkian, no elenco de Salomé de R. Strauss, sob a direção de Lawrence Foster. Nos anos seguintes participou na estreia absoluta da ópera Orquídea Branca (Professor Barroso) de Jorge Salgueiro, e In Paradisum, de Eurico Carrapatoso, com o quarteto Tetvocal, a Sinfonietta de Lisboa e o Coro Ricercare, tendo também gravado esta última obra. Em 2008 foi solista em A Sea Symphony, de V. Williams, com a Orquestra Sinfónica Portuguesa, no Centro Cultural de Belém. Em 2009 integrou o elenco do musical Deus. Pátria. Revolução., com direção musical de Luis Bragança Gil. No Centro

Cultural Olga Cadaval, estreou a Cantata para um Silêncio de Daniel Schvetz. Mais recentemente, interpretou D. Quixote, em O Retábulo de Mestre Pedro de M. de Falla, com a Orquestra Gulbenkian e a maestrina Joana Carneiro. Como solista, interpretou também o Requiem de Fauré, sob a direção de Jorge Matta, e a Missa da Coroação de Mozart, com Rodrigo Queiroz. Integra o Coro Gulbenkian desde 2000. Mantém também uma intensa atividade no campo da direção.

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Adriano JordãoPianoAdriano Jordão nasceu em Angola. Estudou piano em Portugal com Helena Sá e Costa entre outros mestres e, em 1967, realizou um ano de aperfeiçoamento artístico nos Estados Unidos da América, com o apoio da Fundação Gulbenkian. Concluiu em 1969, com elevada classificação, o Curso Superior do Conservatório Nacional de Lisboa, na classe da professora Helena Matos, e prosseguiu os seus estudos em Paris, sob a orientação de Yvonne Lefèbure, também com apoio da Fundação Gulbenkian. A sua carreira desenvolveu-se por toda a Europa, América do Norte e América do Sul, África e Ásia, em capitais musicais como Nova Iorque, Paris, Londres, Roma, Salzburgo, Bruxelas, Luxemburgo, Frankfurt, Helsínquia, Moscovo, São Petersburgo, Kiev, Minsk, Praga, Bucareste,

Bratislava, Caracas, Bogotá, Rio de Janeiro, S. Paulo, Tóquio, Osaka, Pequim, Xangai, Taipei, Bombaim, Nova Deli, Bangkok, Washington e Boston. Paralelamente, idealizou, concebeu e dirigiu, durante os primeiros cinco anos, o Festival Internacional de Música de Macau, foi responsável pelos Festivais de Lisboa e da Costa Verde e Diretor Artístico do Festival de Música da Casa de Mateus, desde que se iniciou, há mais de 20 anos, a par dos Festivais Internacionais de Maiorca e dos Açores. Exerceu de 2004 a 2011 as funções de Conselheiro Cultural de Portugal no Brasil.

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Inês VazAcordeãoInês Vaz nasceu em 1988 em Lisboa. Aos seis anos iniciou os seus estudos musicais com José António Sousa, na Escola de Música Semibreve. Para além do estudo de Instrumento e Formação Musical, estudou também Música de Câmara com Paulo Jorge Ferreira. Desde cedo foi distinguida com prestigiados prémios na área do acordeão, a nível solo e a nível de música de câmara. O seu percurso académico musical foi sobretudo dedicado ao estilo clássico e contemporâneo, embora o seu crescente interesse pelo Jazz faça com que atualmente esteja a estudar harmonia e improvisação com Victor Prieto. No seu percurso académico conta também com o curso de Ciências Farmacêuticas, concluído em 2011 no Instituto Superior de Ciências

da Saúde Egas Moniz. A versatilidade é uma das suas características mais marcantes.Inês Vaz divide a sua vida entre o ensino do acordeão e do piano na Academia de Música Desafios (desde a sua formação), performance, composição e produção musicais. A par da continuação do seu trabalho com Donna Maria, os seus mais recentes projetos são o trio instrumental MOTIV (acordeão, guitarra portuguesa e percussão), o duo instrumental Ciranda (acordeão e trompete), e o Velvet Quintet (acordeão e quarteto de cordas). Como solista, colaborou com a Orquestra e o Coro Gulbenkian e a Camerata Atlântica. Partilhou o palco com vários artistas, destacando-se Vitorino e Joana Amendoeira. É patrocinada pela marca Mengascini Accordions.

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KYRIEKyrie eleison! Christe eleison!Kyrie eleison!

GLORIAGloria in excelsis Deo, et in terra pax hominibus bonae voluntatis.Laudamus te, benedicimus te, adoramus te, glorificamus te.

GRATIASGratias agimus tibi propter magnam gloriam tuam.

DOMINE DEUSDomine Deus, rex coelestis, Pater omnipotens, Domine fili unigenite, Jesu Christe.Domine Deus, Agnus Dei, Filius Patris.

QUI TOLLISQui tollis peccata mundi, miserere nobis!Suscipe deprecationem nostram, qui sedes ad dexteram Patris.

QUONIAMQuoniam tu solus sanctus, tu solus Dominus, tu solus altissimus,Jesu Christe.

KYRIESenhor, tende piedade de nós!Cristo, tende piedade de nós!Senhor, tende piedade de nós!

GLORIAGlória a Deus nas alturas.E paz na terra aos homens de boa vontade.Nós vos louvamos, nós vos bendizemos,nós vos adoramos, nós vos glorificamos.

GRATIASNós vos damos graças pela vossa imensa glória.

DOMINE DEUSSenhor Deus, Rei dos céus, Deus Pai omnipotente.Senhor, Filho unigénito, Jesus Cristo.Senhor Deus, Cordeiro de Deus, Filho do Pai.

QUI TOLLISVós que tirais o pecado do mundo, tende piedade de nós.Vós que estais sentado à direita do Pai, acolhei a nossa súplica.

QUONIAMPois só vós sois Santo,só vós sois Senhor,só vós sois o Altíssimo Jesus Cristo.

GIOACHINO ROSSINI (1792-1868)Petite Messe Solennelle

CUM SANCTO SPIRITUCum Sancto Spiritu in gloria Dei Patris.Gloria in excelsis Deo.Amen

CREDOCredo in unum Deum, Patrem omnipotentem,factorem coeli et terrae, visibilium omnium et invisibilium. Credo in unum Dominum, filium Dei unigenitum.Et ex Patre natum ante omnia saecula, Deum de Deo, lumen de lumine, Deum verum de Deo vero, genitum,non factum, consubstantialem Patri,per quem omnia facta sunt.Qui propter nos homines et propter mostramsalutem descendit de coelis Et incarnatus est de Spiritu Sancto ex Maria virgine,et homo factus est.

CRUCIFIXUSCrucifixus etiam pro nobis sub Pontio Pilatopassus et sepultus est.

CUM SANCTO SPIRITUCom o Espírito Santo, na glória de Deus Pai.Gloria a Deus nas alturas.Ámen.

CREDO Creio em um só Deus,Pai todo-poderoso, criador do céu e da terra,de todas as coisas, visíveis e invisíveis.E em um só Senhor, Jesus Cristo,filho unigénito de Deus.Nascido do Pai antes de todos os séculos.Deus de Deus, luz de luz,Deus verdadeiro de Deus verdadeiro.Gerado, não criado, consubstancial ao Pai:por quem todas as coisas foram feitas.Que por nós homens e para nossa salvaçãodesceu dos céus.E encarnou na Virgem Maria pelo Espírito Santo,e se fez homem.

CRUCIFIXUSTambém por nós foi crucificado:sob Pôncio Pilatus padeceu e foi sepultado.

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ET RESURREXITEt resurrexit tertia die secundum scripturasEt ascendit in coelum, sedet at dexteram Patris.Et iterum venturus est cum gloriajudicare vivos et mortuos.Cujus regni non erit finis.

Credo in Spiritum Sanctum, Dominumet vivificantem, qui ex Patre Filioque procedit,qui cum Patre et Filio simul adoratur,et conglorificatur, qui locutus est per prophetas.Et unam sanctam catholicam et apostolicam ecclesiam.Confiteor unum baptisma in remissionem peccatorum, et exspecto resurrectionem mortuorumet vitam venturi saeculi. Amen

SANCTUSSanctus, sanctus, sanctus dominus Deus Sabaoth.Pleni sunt coeli et terra gloria tua.Hosanna in excelsis!Benedictus qui venit in nomine Domini.Hosanna in excelsis!

ET RESURREXITE ressuscitou ao terceiro dia, conforme as Escrituras.E subiu ao céu: onde está sentado à direita do Pai.E voltará na sua glória,para julgar os vivos e os mortos,e o seu reino não terá fim.

E creio no Espírito Santo, Senhor que dá a vida:que procede do Pai e do Filho.E com o Pai e o Filho é adoradoe glorificado: ele, que falou pelos Profetas.E creio na Igreja una, santa, católica e apostólica.Professo um só batismo para a remissão dos pecados,e espero a ressurreição dos mortos.E a vida que há de vir.Ámen.

SANCTUSSanto, santo, santo, Senhor Deus dos exércitos.O céu e a terra estão cheios da sua glória.Glória nas alturas!Bendito o que vem em nome do Senhor.Glória nas alturas!

O SALUTARISO salutaris hostia,quae coeli pandis ostium:Bella premunt hostilia,da robur fer auxilium.Amen.

AGNUS DEIAgnus Dei, qui tollis peccata mundi, miserere nobis!Dona nobis pacem!

O SALUTARISÓ hóstia que salva,que abre as portas do céu:Lutas adversas nos oprimem,dá-nos força, traz-nos auxílio.Ámen

AGNUS DEICordeiro de Deus, que tiras o pecado do mundo,tem piedade de nós!Dá-nos a paz!

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Igreja de São RoqueEdificada pela Companhia de Jesus, num local que anteriormente era dedicado ao culto a São Roque, a igreja representa um dos mais belos exemplares da arquitetura maneirista nacional. Resistiu praticamente intacta ao terramoto de 1755, tendo sido incorporada na Santa Casa da Misericórdia de Lisboa em 1768, por doação régia de D. José I. É um dos edifícios mais emblemáticos do século XVI que remanescem na capital.

Evidencia-se, neste edifício, a qualidade do seu património artístico, constituído por azulejaria, mármores policromos, ourivesaria, talha dourada, pintura, escultura e relicários, património este que tem sido valorizado por sucessivas campanhas de conservação e restauro. Destaque ainda para o teto, o único exemplar lisboeta que resta dos grandes tetos pintados no período maneirista, da autoria do pintor régio Francisco Venegas, mestre de origem espanhola.

Filipe Carvalheiro é formado em Composição pela Escola Superior de Música de Lisboa e em Direção pela Universidade de Cincinnati (Estados Unidos). Desenvolveu ainda estudos de aperfeiçoamento em Composição com Emmanuel Nunes (França) e Karlheinz Stockhausen (Alemanha) e de Direção de Orquestra com Donato Renzetti (Itália) e Jorma Panula (Finlândia). Como maestro tem-se apresentado sobretudo na Dinamarca, Suécia, Áustria, Inglaterra, Polónia e Alemanha.

É atualmente maestro titular da Kammerorkestret Musica e do Kammerkoret Musica (Copenhaga).

Como maestro convidado ou assistente tem ainda colaborado com diversas orquestras e coros no norte da Europa, destacando-se a sua colaboração com o Teatro Real (Ópera de Copenhaga) e a Opera Hedeland (Hillerød).

Em concursos internacionais conquistou por duas vezes o Conductors Prize, na Polónia em 2013 e em Espanha em 2015.

Em 2015 gravou o CD “Kvindestemmer” e dirigiu no Castelo de Kronborg, Helsingør, o concerto de gala para o lançamento da organização de cooperação internacional “Transition”, transmitido em direto para a Dinamarca, Suécia, Hungria, Japão e Índia.

A convite da Rainha Margrethe II da Dinamarca dirigiu o concerto comemorativo dos 100 anos de direito de voto feminino naquele país. Desde 1989, o Maestro e compositor Filipe Carvalheiro é o diretor artístico da Temporada Música em São Roque, organizada pela Santa Casa da Misericórdia de Lisboa.

13 OUT | DOMINGO | 16h30Convento de São Pedro de Alcântara

CAMERATA ATLÂNTICA Diálogo entre Antigos e Modernos

PRÓXIMO CONCERTO

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