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Ano V • Nº 18 • Jul - Set/2018 11º Simpósio mostra capacidade científica e profissional da Enfermagem O evento marcou também os 25 anos da SOBECC Nacional e reuniu cerca de 4.000 participantes. AORN Opinião do especialista Inalar fumaça cirúrgica é tão prejudicial quanto fumar Como prevenir infecção em sítio cirúrgico: uma incógnita não desvendada, por Adriana Cristina de Oliveira.

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Ano V • Nº 18 • Jul - Set/2018

11º Simpósio mostra capacidadecientífica e profissional da EnfermagemO evento marcou também os 25 anos da SOBECC Nacional e reuniu cerca de 4.000 participantes.

AORN Opinião do especialista

Inalar fumaça cirúrgica é tão prejudicial quanto fumar

Como prevenir infecção em sítio cirúrgico: uma incógnita não desvendada, por Adriana Cristina de Oliveira.

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Editorial 411º Simpósio: sonhamos, realizamos e vence-mos nestes 25 anos.

Agenda 6Programação de eventos.

Giro de Notícias 7Destaques da SOBECC Nacional.

1ª Jornada Científica Catarinense 10Programação científica da 1ª Jornada científi-ca catarinense de bloco operatório da SOBECC Nacional.

11º Simpósio Internacional 12Cobertura completa do evento.

Entrevista 22Pesquisa da Enfa. Ms. Jeane Aparecida Gon-zales Bronzatti, é premiada em 1º lugar na AORN Conference&Expo.

nesta edição

Diretoria da SOBECC — Gestão 2017-2019

Presidente: Giovana Abrahão de Araújo Moriya • Vice-presidente:

Marcia Cristina Pereira de Oliveira • Primeira-secretária: Andréa

Alfaya Acunã • Segundo secretário: Rafael Bianconi • Primeira-te-

soureira: Maria Lucia Leite Ribeiro • Segunda-tesoureira: Ana Lucia

Gargione Sant´Anna • Diretora do Conselho Fiscal: Marcia Hitomi

Takeiti • Membro do Conselho Fiscal: Liraine Laura Farah • Membro

do Conselho Fiscal: Cecília da Silva Ângelo • Diretora da Comissão

de Assistência: Simone Garcia Lopes • Membro da Comissão de As-

sistência: Juliana Rizzo Gnatta • Membro da Diretoria da Comissão

de Assistência: Thiago Franco Gonçalves • Diretora da Comissão de

Educação: Vanessa de Brito Poveda • Membro da Diretoria de Edu-

cação: Debora Cristina Popov • Membro da Comissão de Educação:

Wagner Aguiar Junior • Diretora da Comissão de Publicação e Di-

vulgação: Rachel de Carvalho • Membro Comissão de Publicação e

Divulgação: Rita Catalina Aquino Caragnato • Membro da Comissão

de Publicação e Divulgação Maria Belén Salazar Posso • Diretora de

Eventos Regionais: Soraya Palazzo.

Órgão oficial da Associação Brasileira de Enfermagem em Centro Ci-rúrgico, Recuperação Anestésica e Centro de material e Esterilização (SOBECC Nacional).

Comissão de Publicação e Divulgação – Diretora: Dra. Rachel de Car-valho - Faculdade Israelita de Ciências da Saúde Albert Einstein (FIC-SAE) • Membros – Dra. Rita Catalina Aquino Caragnato - Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA) e Dra. Maria Belén Salazar Posso - Faculdade de Pindamonhangaba (FUBVIC)

Equipe Técnica — Coordenação: Sirlene Aparecida Negri Glasenapp • Redação: Andrea Fagundes (MTb 40.376) e Evelina Fyskatoris (MTb 46.219) • Pauta: Enf. Rafael Bianconi • Revisão: Profa. Dra. Rachel de Carvalho • Design Gráfico: Patricia Barboni • Secretaria: Maria Eliza-beth Jorgetti e Claudia Martins Stival • Tiragem: 6.000 exemplares • Impressão: Editora Referência Ltda.

A SOBECC com Você é uma publicação trimestral da SOBECC Nacio-nal, dirigida a profissionais de Enfermagem do Bloco Operatório, com o objetivo de divulgar informações sobre boas práticas de assistência de Enfermagem. A reprodução parcial ou total de qualquer matéria desta edição só é permitida mediante autorização.

Rua Vergueiro 875 • cj. 64 • Liberdade • 01504-001 • São Paulo • SPCNPJ: 67.185.215/0001-03Fone: (11) 3341-4044 • www.sobecc.org.br

CONTATO, DÚVIDAS E SUGESTÕES: [email protected]

EXPEDIENTE

SOBECC com Você 3

Opinião do especialista 23Como prevenir infecção em sítio cirúrgico: uma incógnita não desvendada, por Adriana Cristina de Oliveira.

AORN 24Inalar fumaça cirúrgica é tão prejudicial quanto fumar.

Fora da profissão 26Enfermeira Lia Romero está incentivando hos-pitais a participarem de um projeto de reutili-zação das Mantas SMS.

Bem-estar 28Os 50 são os novos 30!

Resenha 30Trabalhos Científicos (TC) em Enfermagem Perioperatória.

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SOBECC com Você4

EDITORIAL

SOBECC com Você

EDITORIAL

11º Simpósio: sonhamos, realizamos e vencemos nestes 25 anos!!

Parabéns a você e a todos pela realização do nosso 11º Simpósio Internacional de Esterilização e Controle de Infecção Relacionada à Assistência à Saúde! É uma alegria imensa poder compartilhar este momento da trajetória dos nossos 25 anos de SOBECC Nacional, pois o sonho começou pequeno

e se tornou realidade neste evento lindo, imenso que tem credibilidade nacional e internacional, no qual centenas de colegas de todo o País, se encontram para compartilhar conhecimentos, experiências, rever amigos, fazer novas amizades e aprimorar nossas convicções associativas.

É impossível explicar o quanto a celebração do nosso Jubileu de Prata e o Sim-pósio foram emocionantes para todos nós da diretoria. O trabalho incessante, com orgulho e a alegria para a organização deste evento tão especial, foi marca constante durante todo o tempo. Isso mostra a força da nossa profissão, que presta assistência, gera conhecimento científico, demonstra empatia com os nossos pacientes e clientes, sendo que, ao mesmo tempo, somos mães, pais, irmãos, irmãs e colegas amorosos.

Homenageamos pessoas especiais que ajudaram a construir a SOBECC Nacional, fazendo parte da diretoria, colaborando e patrocinando ao longo destes anos. Foi com muito esforço e determinação de tanta gente que acreditou neste ideal que permitiu que chegássemos até aqui. Mencionamos cada uma das ex-presidentes e profissionais de destaque na Enfermagem brasileira que contribuíram imensa-mente com a história da nossa Associação.

O tema do Simpósio deste ano “Atitudes que transcendem as habilidades técni-cas em busca dos melhores desfechos em saúde” tem muito a ver com os en-sinamentos pregados pela Monja Coen, durante o encerramento. O ambiente cirúrgico é muito estressante, sendo imprescindível ter o nosso coração aberto junto às técnicas e às habilidades, para sermos capazes de manter a empatia e a compaixão em ajudar o outro, mesmo nos momentos de maior tensão.

É por querer transcender os aspectos técnicos que este 11º Simpósio trouxe palestras que abordaram o comportamento, o estresse e as terapias alternativas. Precisamos cuidar de nós mesmos e dos colegas, porque se não estivermos bem, como poderemos cuidar do outro?

Agora temos a nossa bandeira que, com grande emoção, hasteamos pela pri-meira vez durante a cerimônia de abertura do Simpósio trazendo os valores da SOBECC Nacional: ética, responsabilidade e compromisso social. Esses valores norteiam nossa Associação para o alcance do principal objetivo da garantia de uma Assistência de Enfermagem de excelência.

Esta edição está recheada de temas abordados no Simpósio. Trazemos uma en-trevista com a Enfa. Ms. Jeane Aparecida Gonzalez Bronzatti, que fez um trabalho científico sobre pré-limpeza. A seção Fora da Profissão traz Enfa. Lia Jeronymo Romero, com o lindo trabalho de reciclagem de material do CME. Na seção Bem-Estar o tema é “Os 50 são os Novos 30”, que fala sobre como as pessoas estão investindo em autoconhecimento e encarando novos desafios em qual-quer idade.

Boa leitura!Giovana Abrahão de Araújo MoriyaPresidente SOBECC Nacional

Giovana Abrahão de Araújo Moriya

Presidente SOBECC Nacional

Gestão 2017/2019

É uma alegria imensa poder compartilhar

este momento da trajetória dos

nossos 25 anos de SOBECC Nacional

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AGENDA

CURSO EAD: ATUALIZAÇÃO EM CENTRO CIRÚRGICO SOBECC NACIONAL

Data: 19 de novembro de 2018 a 31 de janeiro de 2019Inscrições: 30 de outubro a 9 de novembro de 2018Informações e inscrições: www.sobecc.org.br

1ª JORNADA CIENTÍFICA CATARINENSE DE BLOCO OPERATÓRIO DA SOBECC NACIONAL

Data: 23 de novembro de 2018Local: Universidade Federal de Santa Catarina

(UFSC), Florianópolis - SCInformações e inscrições: www.sobecc.org.br

14º CONGRESSO BRASILEIRO DE ENFERMAGEM EM CENTRO CIRÚRGICO, RECUPERAÇÃO ANESTÉSICA E CENTRO DE MATERIAL E ESTERILIZAÇÃO

Data: 4 a 6 de setembro de 2019Local: Palácio das Convenções do Anhembi - São PauloInformações e inscrições: www.sobecc.org.br

AORN GLOBAL SURGICAL CONFERENCE & EXPO

Data: 6 a 10 de abril de 2019Local: Music Center City, Nashville - Tenessee - EUAInformações e inscrições: www.aorn.org

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GIRO DE NOTÍCIAS

7ª Reunião do Conselho do Instituto Ética SaúdeA presidente da SOBECC Nacional, Profa. Dra. Giovana Abrahão de Araújo Moriya, participou da 7ª Reunião do Conselho Consultivo do Instituto Ética Saúde, realizada dia 13 de julho, na Sede da Associação Brasileira da Indústria de Artigos e Equipamentos Médicos e Odontológicos (ABI-MO). Estiveram presentes à reunião os novos membros do Conselho Consultivo e foram apresentadas as ações do Conselho Ética Saúde, como o Grupo de Trabalho – Hospi-tais (normativas do Ética Saúde para hospitais), o Programa de Qualificação – QualIES, e o Programa de Sensibilização e Educação em Compliance.

SOBECC com Você 7

Giovana Abrahão de Araújo MoriyaPresidente SOBECC Nacional

Da esquerda para direita Dr. Sérgio Madeira – Instituto Ética Saúde – IES, Dr. Marcos Luzo – Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia – SBOT, Dr. Fernando Costa – Sociedade Brasileira de Cardiologia – SBC,

Dra. Giovana Abrahão de Araújo Moriya – SOBECC Nacional, Brigitte Dacosta – Câmara Brasileira de Diagnóstico – CBDL, Marcos Tadeu

Machado – IES, Gláucio Pegurin Libório – IES, Dr. Luiz Fernando Lobo – Colégio Brasileiro de Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial –

CBCTBMF, Carlos Eduardo Gouvêa -IES e Eduardo Winston -IES.

Fórum de enfermeiros

O Laboratório MSD, em parceria com a SOBECC Nacional, promoveu no dia 18 de agosto, na capital paulista, o Fórum de Enfermeiros. Realizado no Hotel Bourbon Convention Ibirapuera, o evento teve como tema central: “Segurança do paciente cirúrgico vs. qualidade da assistência prestada”. A programação científica, elaborada pela presidente da SOBECC Nacional, Profa. Dra. Giovana Abrahão de Araújo Moriya, e pela 1ª Tesoureira da Associação, Andrea Alfaya

Acunã, em conjunto com Rodrigo Sodré, da Specialty Care MSD Brasil, colocou em debate assuntos como: “O empoderamento do profissional enfermeiro em sua prática, “O bloqueio neuromuscular e as tecnologias que auxiliam na monitorização, “Paralisia residual pós-operatória: como identificar e atuar?”, “ Riscos na Sala de Recuperação Anes-tésica: são mapeáveis?”, “Aplicabilidade dos bundles de infecção” e “ O manejo da sede pós-operatória”.

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GIRO DE NOTÍCIAS

A presidente da SOBECC Nacional, Profa. Dra. Giovana Abrahão de Araújo Moriya, e a diretora do Con-selho Fiscal, Marcia Hitomi Takeiti, participaram, em Brasília, nos dias 3 e 4 de julho, da reunião do Grupo de Trabalho dedicado à Revisão da RDC 15/2012. Os participantes discutiram item por item os pontos que foram incluídos em análise feita pela ANVISA e outros que foram destacados pelos presentes na reunião. Quanto à nova minuta, o Grupo tratou em concor-dância sobre as “Boas práticas para o processamento de produtos utilizados em serviços assistenciais de saúde”, independentemente dos locais onde as etapas são realizadas, de forma a manter a coerência necessária aos princípios gerais de processamento.

O Grupo está trabalhando também a Minuta de Revisão da RE 2606/2006, que será discutida oportunamente por meio da Consulta Dirigida_RE_2606. A ANVISA deve fazer a regulação complementar à RDC, por meio de

Revisão da RDC15/2012 - ANVISA

Grupo de Trabalho dedicado à Revisão da RDC - 15/2012

I Jornada científica do GIAMSob o tema central: “Ética, Gestão e Segurança no Bloco Operatório”, no dia 4 de agosto foi realizada a I Jornada Científica do Grupo de Incentivo ao Aperfei-çoamento Multiprofissional (GIAM), no Auditório do HCor, na cidade de São Paulo. O evento, organi-zado pelos membros do GIAM, Maria Angelica R.

Pereira, Jeane Ap. G. Bronzatti, Paulo Laranjeira e Léa Pe-reira, contou com o apoio da SOBECC Nacional, que foi representada pela presidente, Profa. Dra. Giovana Abrahão de Araújo Moriya, e pela diretora do Conselho Fiscal, Marcia

Hitomi Takeiti. As palestras científicas abordaram temas de suma importância para área de Bloco Operatório. Entre os assuntos, destacaram-se: “A importância das sociedades de classe – aspectos políticos, sociais e educacionais, “Pre-venção e controle de infecção e a resistência de microrga-nismos no Bloco Operatório – estratégias da Organização Mundial da Saúde”, “Gestão de Risco no Centro Cirúrgico e na Recuperação Pós-Anestésica”, “OPME para grandes desafios – soluções inovadoras. O Que Vem Por Aí?”, “De-safios no planejamento e execução da construção de um Centro Cirúrgico e “Treinamento em CME – fazendo de for-ma lúdica para conquistar o colaborador”. Outro debate de grande relevância, encerrando a jornada, foi a apresentação da palestra “É possível discutir o assédio moral na Enferma-gem”. Apoiaram também o evento as empresas CNPH e LVC Share.

Da esq. para dir.: Paulo Laranjeira, Jeane Ap. G. Bronzatti, Marcia Hitomi Takeiti e Maria Angelica R. Pereira.

Instrução Normativa, Manuais, RDC comentada, Nota Técnica ou outros instrumentos, especificamente no que se refere à interpretação de itens destacados na norma durante as dis-cussões. Esse trabalho deve prosse-

guir para avaliar e propor inclusões ou alterações na minuta. O restante do texto deve ser finalizado e publicado pela ANVISA em instrumento regulató-rio complementar.

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SOBECC com Você 9

GIRO DE NOTÍCIAS

Da esq. para dir.: Jeferson Xavier, Giovana A. de Araújo Moriya, Fabiola Queiroz, Ivana Meire, Soraya Palazzo, Juliana

Neponuceno e Samantha Freitas

I Jornada Científica Norte - Nordeste

Salvador (BA) foi sede da I Jornada Científica Norte-Nordeste de Práticas em Enfermagem Cirúrgica e Processamento de Produtos para a Saúde, promovida e realizada pela SOBECC Nacional, com apoio do Grupo de Estudo Ciência&CME

(CIME), no dia 7 de julho. A programação científica, cuida-dosamente preparada pela diretora de Eventos da SOBECC Nacional, Soraya Palazzo, e membro do CIME, Fabíola Quei-roz, reuniu mais de 250 enfermeiros e nove empresas expo-sitoras. Os temas foram explorados de acordo com a neces-sidade da região, como: “Método do dimensionamento de pessoal em Bloco Cirúrgico e CME - aplicabilidade prática” e “Interfaces profissionais na cirurgia segura - qual o nosso papel?”, que incluiu o tema: “A importância do protocolo de cirurgia segura e sua aplicabilidade”. A mesa-redonda de debates discorreu sobre “Risco de infecção relacionada ao processamento de produtos para a saúde”, “Garantia de segurança no processo de limpeza e desinfecção e prazo de validade do produto esterilizado” e “Reprocessamento de produtos de uso único - desafios para prática em CME e CC”. Para finalizar, a jornada abordou a questão sobre o “Posicionamento cirúrgico - avaliação de risco associado ao desenvolvimento de lesões”. As expositoras e apoiadoras do evento foram: 3Albe, 3M, Rioquímica, Steris, Galmed, Flex Medical, H.Stratnner, Space Med e Mogami.

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SOBECC com Você10

Programação científica - manhã7h30 - 8h30

10h30 - 11h15

8h30 - 9h15

9h15 - 10h30

11h15 - 12h

Entrega de Material

Coffee Break

Abertura:Representantes da SOBECC Nacional, UFSC e Coral NETI

Mesa-Redonda: Cultura de segurança na área cirúrgica nos estados de SC e SP.

Palestra:Informatização do checklist cirúrgicoPalestrante: Enfa. Ms. Larissa de Siqueira Gutierres – Hospital Baía Sul – Florianópolis (SC).

Palestrante: Enfa. Profa. Ms. Soraya Palazzo – Centro Universitário São Camilo – São Paulo (SP).Enfa. Dra. Ana Graziela Alvarez – Universidade Federal de Santa Catarina – Florianópolis (SC).

I JORNADA CIENTÍFICA

23.11.2018(sexta-feira)

DE BLOCO OPERATÓRIO DASOBECC NACIONAL

CATARINENSE

Períodode inscrições

de 16.10.2018 a14.11.2018

AUDITÓRIO DA REITORIA - UFSC

Local do evento:

Rua Eng. Agronômico Andrei Cristian Ferreira,Carvoeira, Florianópolis, (SC)

Florianópolis - Santa Catarina

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SOBECC com Você 11

Drª. Giovana Abrahão de Araújo MoriyaPresidente SOBECC Nacional Gestão 2017/2019, Coordenadora do Centro de Material e Esterili-zação (CME), do Hospital Israelita Albert Einstein, São Paulo.

Profª. Ms. Soraya PalazzoDiretora da Comissão de Eventos Regionais SOBECC Na-cional Gestão 2017/2019, Coordenação Pós-graduação em Assistência Multiprofissional em Oncologia, Coordenação Pós-graduação em Enfermagem em CC, CME e RA e Coor-denação Pós-graduação em Enfermagem Pediátrica em UTI e CC Centro Universitário São Camilo, São Paulo.

JORNADA

13h15 - 14h45

17h 15

15h45 - 16h15

14h45 - 15h45

16h15 - 17h15

12h - 13h15

Almoço

Encerramento das atividades e sorteios

Coffee Break

Palestra:O processo de estilização de materiais para a segurança na gestão do ambiente cirúrgico.Palestrante: Enfa. Ms. Carmen E. Pozzer – Coordenadora Técnica de Esterilização, Complexo Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre (RS).

Palestra:Como lidar com a mídia social no bloco operatório?Palestrante: Enfa. Profa. Ms. Soraya Palazzo – Centro Universitário São Camilo – São Paulo (SP).

Mesa-Redonda:O cenário da segurança do paciente no ambiente cirúrgico: do ensino à gestão do processo.Palestrante: Larissa de Siqueira Gutierres – Florianópolis (SC)

Comissão organizadora SOBECC Nacional

Segurança do paciente no ambiente cirúrgico:Palestrante: Josiane de Oliveira Vivan – Professora de Pós-Graduação, Avaliadora Líder do Sistema Brasileiro de Acreditação/ONA, integrante do Comitê Técnico de Revisões Técnicas da ONA, Superintendente do IPASS – Curitiba (PR).

Simulação clínica perioperatória:habilidades técnicas e comportamentais para desenvolvimento do profissional.Palestrante: Enfa. Dra. Neide Knihs – Universidade Federal de Santa Catarina – Florianópolis (SC).

Dra. Ana Graziela AlvarezDra. Juliana Balbinot Reis Girond

Dra. Lucia Nazareth Amante Dra. Luciana Fabiane Sebold

Dra. Keila Cristiane do Nascimento

Comissãoorganizadora local

Membros Associadas – SOBECC Nacional

Programação científica - tarde

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11º SIMPÓSIO

11º Simpósio mostra capacidadecientífica e profissional da EnfermagemO 11º Simpósio Internacional de Esteriliza-ção e Controle de Infecção Relacionada à Assistência à Saúde reuniu durante três dias profissionais de todo o País, para comparti-lhar informações científicas, ouvir palestran-tes brasileiros e internacionais e conhecer o que a indústria oferece de mais atualizado em equipamentos e materiais. O evento marcou também os 25 anos da SOBECC Nacional.

O Simpósio ocorreu entre os dias 29 e 31 de agosto de 2018, no Palácio das Convenções do Anhembi, em São Paulo, e reuniu cerca de 4.000 participantes, com mais de 60 palestras, 11 apresentações orais e 160 apre-sentações de e-pôsteres. Também estiveram presentes 68 empresas na Exposição Tecno-lógica. Um evento desse porte demonstra a capacidade de gerar conhecimento científi-co e o comprometimento profissional dos enfermeiros de Centro Cirúrgico.

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SOBECC com Você 13

Discurso emocionante marca abertura do eventoEm sua fala inicial do 11º Simpósio, a presidente da SOBECC Nacional, Profa. Dra. Giovana Abrahão de Araújo Moriya, destacou a impor-tância do evento, mencionou os participantes da mesa e salientou o significado do tema deste ano, que valoriza as atitudes que levam a resultados positivos. Compondo a mesa da solenidade de abertura, estavam presentes Paulo Cobelis Gomes, representando o Conse-lho Regional de Enfermagem de São Paulo (Coren-SP); Cristiane Schimitt da Associação Paulista de Epidemiologia e Controle de Infecção Relacionada à Assistência à Saúde (APECIH); Gláucio Pegurin Libério, Presidente do Conselho de Admi-nistração do Instituto Ética Saúde; Benefran Junio da Silva Bezerra, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVI-SA); e Cristine Dennis, Presidente da Federação Mundial da Ciência da Esterilização Hospitalar (WFHSS). O discurso de Giovana ressaltou:

Este ano, o tema central do evento norteia “As atitudes que

transcendem as habilidades técnicas em busca dos melhores

desfechos em saúde”, tendo como foco o compromisso da execução de práticas diárias

responsáveis e éticas, buscando continuamente os melhores

resultados assistenciais.

Giovana Abrahão de Araújo Moria, Presidente SOBECC Nacional

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SOBECC com Você14

11º SIMPÓSIO

Homenagens

Ex-Presidentes SOBECC Nacional

Destaques da Enfermagem

Ana Maria Ferreira de Miranda (Gestão 1991)

Nazaré Pelizetti Szymaniak (Gestão 1995 a 1999)

Joana Lech (Gestão 1999 a 2001 e 2001 a 2003)

Rosa Maria Pelegrini Fonseca (Gestão 2003 a 2006)

Ligia Garrido Calicchio (Gestão 2006 a 2007)

Jeane Ap. Gonzalez Bronzatti (Gestão 2007 a 2009)

Janete Akamine (Gestão 2010 a 2011 e 2011 a 2013)

Marcia Hitomi Takeiti (Gestão 2013 a 2015 e 2015 a 2017)

Maria do Carmo Querido Avelar

Sandra Terezinha Amarante

Neide Valdez dos Santos

Kazuko Uchikawa Graziano

Estela Regina Ferraz Bianchi

Lore Cecília Marx

Rúbia Aparecida Lacerda

Aparecida de Cássia Giani Peniche

João Francisco Possari

Maria Isabel Pedreira de Freitas

Maria Belén Salazar Posso

Arlete Silva

EIenice Aparecida de Oliveira Kocssis

A SOBECC Nacional homenageou, logo no início da cerimônia de abertura, as pessoas que marcaram os 25 anos da trajetória da entidade. Foi uma forma de reconhecer a importância, o valor e a dedicação

de tantas pessoas. As primeiras homenageadas foram as ex-presidentes, que deixaram seu legado ao longo desses anos e tornaram a Associação uma referência para todos os profissionais de Enfermagem em Centro Cirúrgico, Re-cuperação Anestésica e Centro de Material e Esterilização.

Também, foram homenageados profissionais que se desta-cam na Enfermagem, por serem grandes idealizadores de-dicados à Associação, como ex-diretores de várias gestões, professores e pesquisadores na área do Bloco Operatório e Controle de Infecção, Enfermeiros dedicados à humaniza-ção do cuidado, funcionários e associados que fazem parte da história da SOBECC Nacional:

Primeira associada

Zuleika Fazoni Souza (esq.) foi a primeira associada da SOBECC Nacional e também fez parte da Diretoria como membro da Comissão de Educa-ção e 2ª Tesoureira.

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SOBECC com Você 15

Parceiros desde sempre

Valores da Entidade

Bandeira da SOBECC Nacional

Foi muito importante para a Associação contar com o apoio das empresas que acreditaram na iniciativa e apoiaram a primeira edição da Revista SOBECC, publicando seus anún-cios: Baumer, B|Braun, Cremer, 3M e Johnson & Johnson.

O 11º Simpósio foi também a oportunidade para a Diretoria da SOBECC Nacional apresentar aos associa-dos e ao público em geral os valores que norteiam a entidade e seus profissionais:

• Ética

• Responsabilidade

• Compromisso social

Um dos momentos mais emocionantes da cerimônia de abertura foi a entrada de representantes do Corpo de Enfermagem do Hospital de Força Aérea de São Paulo (HFASP), portando bandeiras, e também a Vice-Presidente da SOBECC Nacional, Marcia Cristina Oliveira Pereira, que apresentou, pela primeira vez, a bandeira da associação.

Talentos Ocultos

Também foram homenageados os talentos de profissionais fundamentais para o sucesso da SOBECC Nacional.

Beth Jorgetti: tem prestado assis-tência cordial, delicada e carinhosa a todos os associados e à Diretoria. É respeitosa com todos, mesmo em situações de extrema dificuldade.

Sirlene Aparecida Negri Glazenapp: desde o ano de 1997 participou da Di-retoria e apoiou a SOBECC Nacional. Hoje é um “pilar” da entidade e parti-cipou de todas as grandes conquistas da Associação.

11º SIMPÓSIO

Leonardo Suzart, da Johnson & Johnson (esq.); Michael Dickscheid, da B|Braun; Rodrigo Marinho,

da Baumer; e Marcelo de Camargo, da 3M

Grupo Corpo de Enfermagem do Hospital de Força Aérea de São Paulo

Bandeira da Associação Marcia Cristina de Oliveira Pereira: apresentação da bandeira

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SOBECC com Você16

Programação científicaPalestrantes destacam importância do CME

Com o tema “Atitudes que Transcendem as Habilidades Técnicas em Busca dos Melhores Desfechos em Saú-de”, o 11º Simpósio Internacional de Esterilização e Controle de Infecção Relacionada à Assistência à Saúde teve 60 palestras, 11 apresentações orais e 160 apresentações de e-pôsteres, muitos voltados às questões do CME. Todas as apresentações foram valiosas e contribuíram para o desenvolvimento técnico-científico e

assistencial da Enfermagem. Veja a seguir entrevistas com alguns dos palestrantes.

Gláucio Pegurin Libório, presidente do Instituto Ética Saúde abriu sua palestra “Impactos da Ética e do Compliance no Setor de Saúde” elogiando a SOBECC Nacional pela escolha do tema Ética e Integridade para o 11º Simpósio. O Insti-tuto Ética Saúde tem a proposta de criar, voluntariamente, regras para preven-ção de suborno e corrupção no setor saúde. A SOBECC Nacional faz parte do Conselho Consultivo do Instituto Ética Saúde.

Na palestra, Libório explicou como o funcionamento da Saúde no Brasil atual-mente beneficia a atividade de empresas com desvios de conduta, o que leva ao desperdício de recursos e compromete a assistência ao paciente. Para Libório, quando se cria um contexto gerado pelas atitudes éticas, cria-se um círculo virtuoso, que leva à diminuição de custos e do desperdício e a uma concorrência justa entre fornecedores. Ele citou a SOBECC Nacional entre as entidades comprometidas com a ética.

A programação científica da tarde do primeiro dia do Sim-pósio (29/ago) foi aberta por Christine Denis, Presidente e membro do Conselho do World Federation for Hospital Sterilisation Sciences (WFHSS). Ela é doutora em Farmácia pela Universidade de Lille II (França) e cofundadora e mem-bro do Conselho da Sociedade Francesa de Esterilização.

O tema da palestra de Christine Denis foi “CME externo para o processamento de produtos para saúde: armadilhas a serem evitadas”. Em entrevista para a Revista SOBECC Nacional com Você, Christine destacou que a adoção de um CME externo costuma ser vantajosa. Ela argumenta que, mesmo um pequeno CME, precisa ter equipamentos em duplicidade para o caso de quebras, por exemplo, duas autoclaves, mesmo que sejam necessários apenas um ou dois ciclos por dia. “É muito investimento para qua-se nada”, comenta.

Ética é o caminho para corrigir desvios na Saúde

Christine Denis aponta vantagens do CME externo

11º SIMPÓSIO

“No caso de hospitais com CME pequenos, faz sentido fa-zer parceria com outros do mesmo porte ou maiores, para terceirizar o CME”, diz Christine. No caso de hospitais de grande porte, é vantajoso oferecer serviços de esterilização para outras entidades, já que isso significa uma fonte de receita e um melhor uso da capacidade instalada do CME.

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SOBECC com Você 17

Gerhar Kirmse é Diretor do Centro de Competência Técnica da Aesculap AG (Alemanha), fornecedora de instru-mentos cirúrgicos. “É a primeira vez que venho a um Simpósio da SOBECC e estou realmente impressionado com o porte do evento e com o nível de conhecimento científico apresen-tado”, comentou Kirmse. Na palestra “Descoloração e Alterações na Super-

Especialista da Aesculap discutecorrosão de instrumentos

11º SIMPÓSIO

A Profª Dra. Kazuko Uchikawa Gra-ziano apresentou a palestra “Fatores Críticos da Esterilização Padrão Ouro por Vapor Saturado sob Pressão” onde apontou uma série de fatores que po-dem comprometer o processo, inclu-sive características da autoclave, qua-lidade da água, qualidade do vapor e outros. Em entrevista, ela afirmou que o CME vem ganhando a atenção que merece e parabenizou a organização do Simpósio: “É um evento que está crescendo cada vez mais, com uma

Kazuko afirma que CME vem ganhando a atenção que merece

diretoria que investe esforços para oferecer o melhor para seus sócios e todos estão de parabéns”, comentou.

Ela acredita que a melhor forma de se montar uma equipe realmente com-prometida é escolher os profissionais com o perfil certo para trabalhar no CME. “´É preciso que as pessoas desse time acreditem que trabalhar no CME também é cuidado assistencial, para se ter uma equipe produtiva, comprome-tida e competente”, disse Kazuko.

fície”, Kirmse discorreu sobre como os hospitais lidam diariamente com man-chas, descoloração e corrosão nos instrumentos, e como a esterilização pode ser comprometida nessas con-dições. “A preservação dos materiais é uma questão de longo prazo, por isso, muitas vezes, os hospitais não lhe dão a devida importância”, argumenta Kirmse.

Janet M. Prust, diretora de assuntos científicos e educa-cionais da 3M nos EUA, apresentou o tema “Organismos multirresistentes e invasivos vs procedimentos endoscó-picos: como processar efetivamente?”. Ela exibiu dados preocupantes quanto a contaminações relacionadas a procedimentos endoscópicos. “Esse é definitivamente um problema mundial”, afirma.

Segundo Janet, o principal problema continua sendo a fase de limpeza dos endoscópios flexíveis, porque os pro-tocolos de limpeza frequentemente não são observados. “Se a remoção de sujidades não é eficaz, os resultados das etapas posteriores de desinfecção e esterilização serão comprometidos”, argumenta. Segundo ela, a adesão aos protocolos de limpeza vem melhorando porque surgiram novos indicadores para avaliar essa fase.

Janet Prust destaca a importância da fase de limpeza de endoscópios

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SOBECC com Você18

11º SIMPÓSIO11º SIMPÓSIO

EncerramentoMonja Coen fala sobre aquietar o coração

No encerramento do Simpósio, os participantes tiveram a oportuni-dade de ouvir as sábias palavras da Monja Coen. Logo de início, ela convidou todas a participarem de um momento de respiração consciente, para alcançarem mais serenidade. Ela lembrou do pri-

vilégio que é viver, e como é importante ter uma consciência plena de tudo que nos acontece, tanto as coisas boas, quanto as ruins, e saber observar a realidade sem sofrimento. E, assim, com sua presença doce e iluminadora, a Monja Coen cativou todos os presentes, que saíram dali com um pouco mais de paz no coração e amor pelos outros, mesmo por aqueles com os quais não concordamos.

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SOBECC com Você 19

Premiação

Um dos pontos altos da cerimônia de encerramento do 11º Simpósio SOBECC Nacional foi a premiação dos trabalhos apresentados na categoria oral e na categoria e-pôsteres. São trabalhos que demonstram o com-prometimento de pessoas que contribuem para o desenvolvimento do conhecimento técnico-científico da Enfermagem, Perioperatória, para que possamos obter resultados assistenciais cada vez melhores. Estão de

parabéns, tanto os premiados, que listamos nestas páginas, quanto todos os participantes.

Tema: Protocolo do manejo de alergia medicamentosa.

Autores: Mariangela Ribeiro, Aline Oliveira, Alexandre Teruya, Ítala Piantino Atala Mourão, Ronia de Castro Santiago

Instituição: Hospital Moriah – São Paulo

Tema: Segurança do paciente na atenção primária de saúde e o reprocessamento de artigos.

Autores: Isabela Camargo Potye Gomes1, Raquel Machado Cavalca Coutinho1, Lidiana Flora Vidôto1, Tayná Magalhães da Silva1

Instituição: 1Universidade Paulista – São Paulo

Trabalho premiado em 2º LUGAR categoria e-pôster

Trabalho premiado em 1º LUGAR categoria e-pôster

Simone Garcia Lopes, Diretoria SOBECC Nacional (esq) autoras do trabalho

Simone Garcia Lopes, Diretoria SOBECC Nacional (esq.), Giovana Abrahão de Araújo Moriya,Presidente SOBECC Nacional autoras do trabalho

11º SIMPÓSIO

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SOBECC com Você20

Tema: Eficiência operacional em OPME: estudo de viabi-lidade para time dedicado.

Autoras: Izabel Kazue Damas Crisol Iamaguti, Alessandra Bokor, Cristina da Costa Porcelli, Flavia Lacerda Rodri-gues.

Instituições: Hospital Israelita Albert Einstein – São Paulo.

Tema: Os jogos educativos como ferramenta de aprendi-zagem na enfermagem.

Autores: Nayanne Santos Márcio Teixeira

Instituição: Faculdade de Macapá- Fama

Tema: Risco da ausência de parâmetro para determinar a “vida útil” de instrumental/implante cirúrgico.

Autores: Dayane de Melo Costa1, Anaclara Ferreira Veiga Tipple2, Lillian Kelly de Oliveira Lopes3, Honghua Hu4, Evandro Watanabe5, Karen Vickery6

.

Instituições: 1 e 2 Universidade Federal de Goiás, 3Hospital das Clínicas / Universidade Federal de Goiás, 4 e 6 Faculty of Medicine and Health Sciences / Macquarie University, 5Escola de Ondontologia / Universidade de São Paulo.

Trabalho premiado MENÇÃO HONROSA categoria e-pôster

Trabalho premiado em 3º LUGAR categoria e-pôster

Trabalho premiação em 1º LUGAR categoria Oral

Nayane Santos Marcio Teixeira (esq)Juliana Rizzo Gnatta Diretoria SOBECC Nacional

Vanessa de Brito Poveda, Diretoria SOBECC Nacional (esq) Dayane de Melo Costa

Giovana Abrahão de Araújo Moriya, Presidente da SOBECC Nacional (esq) Izabel Kazue Damas Crisol Iamaguti

11º SIMPÓSIO

Premiação

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SOBECC com Você 21

11º SIMPÓSIO

No 31 de agosto, sexta-feira, após a cerimônia de encerramento, ocorreu um jantar de gala em comemoração aos 25 anos da SOBECC Nacional e ao 11º Simpósio, seguido de uma festa com música ao vivo. Foi um momento de bastante animação e alegria, confraternização e, claro, de muito dançar. Confira nesta página as fotos da festa:

Jantar comemorativo - 25 anos da SOBECC Nacional

Diretoria da SOBECC Nacional

Presidente da SOBECC Nacional, Giovana Abrahão de Araújo Moriya entre participantes do 11º Simpósio

no jantar de confraternização.

Banda Nova Era Animação dos convidados

Presidente e Vice-presidente da SOBECC Nacional Giovana Abrahão de Araújo Moriya e Marcia Cristina de Oliveira

Pereira, em visita de agradecimento aos convidados

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SOBECC com Você22

Segurança do pacienteElaborado por brasileiros, protocolo de validação para uso do lim-pador a jato de vapor é compartilhado com Enfermagem mundial.

Um equipamento compacto de limpeza a jato de vapor fabricado na Alemanha vem, recen-temente, sendo amplamente utilizado no CME do Brasil no processo de limpeza de produtos

para saúde (PPS), e não havia protocolo de validação da qualidade que assegurasse, de fato, a confiabilidade do processo, conforme a legislação brasileira exige. Objetivando a segurança do paciente, a Enfa. Ms. Jeane Aparecida Gonzalez Bronzatti, em parceria com outros pesquisadores, elaborou e validou o protocolo. O estu-do foi apresentado na AORN Conference&Expo, maior evento de Enfermagem nos EUA, e foi premiado em primeiro lugar, entre as centenas de pesquisas apresen-tadas.

SOBECC com Você: Em qual momento surgiu o in-teresse pelo tema da pesquisa?

Jeane A. G. Bronzatti: Este equipamento específico não requer estrutura complexa para instalação, sendo, ainda, de fácil manuseio. Ele é vendido no Brasil por uma única distribuidora há mais de dois anos. Observei que os CME estavam adotando cada vez mais o aparelho de limpeza a jato de vapor no processamento de PPS, o que me chamou atenção. Embora haja diretrizes que reco-mendam um programa de qualidade para que todos os equipamentos mecânicos funcionem adequadamente, como ANSI/AAMI ST70-2013 e IAHCSMM-2016, constatei, ao entrar em contato com a fabricante, que não havia um protocolo descrevendo como as qualificações deveriam ser realizadas, a fim de garantir a validação da qualidade do limpador a jato de vapor. Iniciei a pesquisa em par-ceria com outros profissionais e desenvolvi um trabalho experimental em laboratório, propondo a elaboração do protocolo de validação do equipamento.

SOBECC: Como foi o processo para elaboração do protocolo?

Jeane: A elaboração do protocolo de validação do lim-pador a jato de vapor está embasada nas instruções de utilização para qualificações de: instalação, conforme ISO 15883-1:2006, operação e desempenho, as quais contêm uma série de itens de verificação, para realiza-

ção dos testes necessários. Com todos os resultados satisfatórios para as três qualificações, pode-se consi-derar que o equipamento está apto para ser usado em um CME. Essa descrição das etapas que contempla o protocolo de validação do limpador a jato de vapor, o qual deve ser seguido pelos enfermeiros de CME, de forma a assegurar a qualidade do equipamento para a limpeza dos PPS.

SOBECC: O protocolo de validação do equipamen-to está disponível para uso?

Jeane: Após premiação na conferência da Associação americana, reconhecendo a importância do desenvolvi-mento do protocolo de validação do limpador a jato de vapor, o estudo está sendo trabalhado para que chegue aos CME em âmbito mundial. Mas, primeiramente, é possível acessar o pôster que foi publicado na revista da AORN. Para visualizar o estudo que descreve as etapas do protocolo, o link é: https://doi.org/10.1002/aorn.12413

SOBECC: Você esperava essa grande visibilidade?

Jeane: Na verdade, não tinha esta expectativa. Só me dei conta da importância do trabalho ao conferir, depois do prêmio, que não existe este protocolo no mundo. Foi um grande reconhecimento da pesquisa brasileira e a constatação de que os enfermeiros do Brasil têm enor-me capacidade de desenvolver estudos para o mundo.

ENTREVISTA

Jeane Aparecida Gonzalez Bronzatti

Mestre em Enfermagem pela EE-USP, MBA em Gestão e Economia em Saúde pela UNIFESP e especialista em Gestão em Unidade de Saúde pela EE-USP e em Adminis-tração Hospitalar pelo Centro Universitário São Camilo. Atua como docente, consultora em saúde e palestrante. Contato: [email protected]

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SOBECC com Você 23

Como prevenir infecção em sítio cirúrgico: uma incógnita não desvendadaPor *Adriana Cristina de Oliveira

A Infecção de Sítio Cirúrgico (ISC) constitui uma das principais infecções relacionadas à assistência à saúde (IRAS), sendo que nos pacientes cirúrgicos as IRAS são as mais comuns. Apesar do grande número

de estudos que avaliou a frequência da ISC, entre os muitos tipos de cirurgias realizadas anualmente em todo o mundo, e dos extensos trabalhos que detalharam os numerosos fa-tores de risco associados à ISC, bem como as estratégias de prevenção, a ISC ainda continua a ocorrer com importante incidência de mortalidade e custos. As ISC podem acometer diferentes planos anatômicos, com ocorrência em até 30 a 90 dias após a cirurgia.

De acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), a ISC ocupa o 3º lugar entre todas as IRAS nos serviços de saúde. Um levantamento de 2017 do National Healthcare Safety Network (NHSN), apontou que a ISC ocorreu em cerca de 31% de todas as IRAS, nos pacientes hospitalizados nos Estados Unidos, dentre os 16 milhões de procedimentos cirúrgicos registrados anualmente no país.

Apesar de 2/3 da ISC acometer a incisão e 1/3 envolver órgãos e espaços manipulados durante a cirurgia, estudos apontam que 77% dos óbitos de pacientes cirúrgicos estão relacionados à ISC, e que desses óbitos cerca de 93% são decorrentes de ISC que envolveram órgãos e espaços! Pacientes acometidos por ISC apresentam um risco de per-manecerem de 7 a 11 dias extras de internação, possuem 5 vezes mais chance de readmissão em 30 dias e de 2 a 11 ve-

*Profa. Dra. Adriana Cristina de Oliveira

Docente do curso de graduação em Enfermagem do programa de pós-graduação da Escola de Enfermagem da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

Membro da Diretoria da Associação Brasileira de Epidemio-logia e Controle de Infecções (ABIH). Desenvolve pesquisas na área de Saúde Pública, com ênfase nos temas: seguran-ça do paciente e desafios globais da Organização Mundial de Saúde, epidemiologia, prevenção e controle da infecção relacionada ao cuidar em saúde e resistência bacteriana.

zes mais risco de morte, o que chama cada vez mais atenção para a necessidade de compreendermos melhor esse evento adverso, sobretudo pela constatação de diversas pesquisas apontarem que cerca de 60% das ISC são previsíveis! E, de acordo com estudo publicado neste ano, no American Jour-nal of Infection Control, as estratégias de prevenção devem focar três áreas principais: o paciente, a técnica cirúrgica e o ambiente da sala de cirurgia (American Journal of Infection Control 46 (2018) 633-6).

Sendo uma complicação evitável em grande parte, revisar dados históricos da nossa instituição para definição do real problema, reunir as equipes cirúrgicas e das unidades de cirurgia e definir fatores de risco considerados prioritários para implementar intervenções padronizadas e baseadas em evidências, são estratégias que devem ser adotadas em um programa de melhoria para redução da taxa de ISC. Além disso, deve-se monitorar e divulgar resultados, com objetivo de educar e motivar equipes. Nesse monitoramento, você, enfermeiro, tem atuação fundamental na auditoria de pro-cessos e vigilâncias das ISC, na intervenção de melhoria da comunicação entre os profissionais e na disseminação dos resultados visando a sustentação de boas práticas que devem ser implementadas em todas as especialidades cirúrgicas, tendo como suporte a cultura de segurança da instituição.

Temos que compreender que a ISC é multifatorial, e, por isso, a relevância do trabalho da equipe multidisciplinar, apropriando-se da consciência da evidência como primeiro passo na tradução do conhecimento, pois existe uma impor-tante lacuna entre as melhores evidências e a sua adoção na prática clínica.

Se buscamos entender a incógnita da ocorrência para a pre-venção da ISC, temos que avaliar a nossa prática, de forma a compreendê-la para que nos permita a implementação de ações direcionadas e efetivas. Assim, sugiro alguns questio-namentos que precisamos fazer: Temos processos confiá-veis de vigilância? Conhecemos nossas taxas de ISC? Temos indicadores que possam direcionar a tomada de decisão? Conhecemos os processos na prática? Conhecemos as evi-dências e sabemos como aplicá-las em nossa organização? Como é a cultura de segurança da minha instituição?

Se querermos de fato entender a complexidade da ocorrên-cia da ISC e traçar um plano de redução, precisamos, com esses questionamentos, estabelecer metas que sejam possí-veis de serem alcançadas, que sejam definidas e acordadas pela equipe multidisciplinar e compreender, sobretudo, que a segurança do paciente é papel de todos.

SOBECC com Você 23

OPINIÃO DO ESPECIALISTA

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SOBECC com Você24

AORN

Inalar fumaça cirúrgica é tão prejudicial quanto fumarAs instalações em que você trabalha eliminam fumaça cirúr-gica durante os procedimentos em que ela é produzida? Você sofre efeitos na saúde que podem ser resultado de exposição à fumaça cirúrgica?

Antigamente era permitido fumar em ônibus, bares, restaurantes e até em aviões. Hoje é proibido, para não expor os outros passageiros, clientes e trabalhadores à fumaça do tabaco. Mas nas salas

de cirurgia nada mudou: os colaboradores presentes em uma intervenção em que fumaça cirúrgica é gerada estão expostos a ela, e também o paciente.

Em 2006, o Instituto Nacional de Segurança e Saúde Ocu-pacional dos EUA (National Institute for Occupational Safety and Health - NIOSH) recebeu duas solicitações confiden-ciais para avaliar riscos de saúde, originárias de dois hos-pitais, na Virgínia e Flórida. Ambas solicitações se deviam à preocupação dos colaboradores com efeitos nocivos à saúde pela exposição a subprodutos da fumaça cirúrgica. Nos dois casos, durante três dias foram coletadas amostras de ar durante procedimentos cirúrgicos com eletrocauteri-zação. Nos dois casos, níveis mensuráveis de formaldeído,

acetaldeído e tolueno foram encontrados no ar; os níveis desses componentes estavam abaixo do critério de expo-sição ocupacional.

Ainda assim, os funcionários acreditavam sofrer efeitos da exposição à fumaça cirúrgica: em um hospital 44%, e em outro 52% relataram sintomas como dores de cabeça e ir-ritação dos olhos e vias aéreas superiores após a exposição à fumaça cirúrgica. Um número ainda maior reclamou do cheiro da fumaça.

Os hospitais então implementaram controles durante os procedimentos em que fumaça cirúrgica é produzida. Além da ventilação da sala, foram utilizadas técnicas de ventilação recomendadas para saúde e segurança ocupa-cional, inclusive uso de ventilação e exaustão local o mais próximo possível do ponto onde a fumaça é produzida. Os colaboradores também foram instruídos a relatar sintomas relacionados à fumaça.

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SOBECC com Você 25

laser, for usado um dispositivo de eletrocirurgia, a inalação equivale a seis cigarros sem filtro.

Em 2012, Daniel S. Hill e outros pesquisadores utilizaram a fórmula de Tomita para avaliar a poluição ambiental na sala

cirúrgica durante um expedien-te de 8 horas. Eles concluíram que seria necessário fumar de 27 a 30 cigarros sem filtro na sala cirúrgica diariamente para gerar uma poluição do ar passi-va com capacidade mutagênica equivalente. Os efeitos a longo prazo da exposição crônica à fumaça cirúrgica permanecem desconhecidos, mas os riscos da exposição passiva ao tabaco estão bem documentados. Os pesquisadores recomendaram o uso de exaustores de fumaça.

A Administração de Segurança e Saúde Ocupacional dos EUA

(Occupational Safety and Health Administration - OSHA) calcula que mais de 500 mil trabalhadores em saúde este-jam expostos à fumaça cirúrgica todos os anos. Enfermei-ros perioperatórios relatam o dobro de diversos problemas

respiratórios em comparação com a população em geral.

A AORN recomenda que a ins-tituição faça uma avaliação do risco de exposição à fumaça cirúrgica; que os membros da equipe utilizem equipamento de proteção individual (EPI); que seja usado equipamento de exaustão da fumaça; que o equipamento de exaustão seja posicionado o mais próximo possível do campo cirúrgico; e que as políticas e procedimen-tos para segurança de fumaça cirúrgica sejam desenvolvidas e revisadas periodicamente.

AORN

Fontes: AORN Surgical Smoke Safety (https://aornguidelines.org/guidelines/content?sectioni-

d=173725179&view=book#180191739)

NIOSH Health Hazard Evaluations Related to Surgical Smoke (https://aornguidelines.org/tool/content?gbosid=394074)

A fumaça cirúrgica é um subproduto do uso de disposi-tivos de energia (por exemplo, unidade de eletrocirurgia, lasers, instrumentos elétricos). Quando a energia eleva a temperatura intracelular acima de 100° C, o tecido vapo-riza, produzindo fumaça cirúr-gica, que é visível e tem odor desagradável. Ela pode conter componentes tóxicos, bioae-rosóis, vírus (p.ex. HPV e HIV), células de câncer viáveis, par-tículas não viáveis (p.ex. poeira danosa aos pulmões), tecido carbonizado, fragmentos de sangue e bactérias. O vapor d’água representa 1% a 11% da fumaça cirúrgica e serve como veículo para os componentes, vírus e outras substâncias.

Dispositivos eletrocirúrgicos uti-lizam corrente de radiofrequên-cia para cortar e coagular. Calor é gerado no tecido através do qual passa corrente. O calor faz as paredes celulares explodirem, liberando fluido celular no ar, o que forma a fumaça cirúrgica. Lasers também pro-duzem calor, dispositivos ultrassônicos removem tecido por ação mecânica; os aspiradores ultrassônicos produzem uma névoa fina e bisturis ultrassô-nicos produzem vapor. Outros instrumentos mecânicos de alta velocidade, como serras ou fura-deiras, produzem aerossóis.

Onde há fumaça...

Fumantes passivos

Pesquisadores começaram a analisar os conteúdos da fuma-ça cirúrgica no início dos anos 1980. Em um estudo de 1981, Tomita Mihashi e outros pes-quisadores observaram que os conteúdos da fumaça cirúrgica são similares aos de cigarros, com carcinógenos e mutágenos conhecidos. Em 1989, Tomita publicou um novo estudo, mos-trando que inalar a fumaça produzida por um laser de CO2 para vaporizar 1 grama de tecido (que não é muito) é como fumar três cigarros sem filtro em 15 minutos. Se, em vez do

O controle à fumaça do cigarro aumentou bastante, mas nos hospitais raramente há controle sobre a fumaça cirúrgica.

Em um turno de 8 horas na sala cirúrgica é como estar em um ambiente

em que foram fumados 27 cigarros.

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SOBECC com Você26

FORA DA PROFISSÃO

Reciclar é preciso!Mantas SMS são essenciais na esterilização, mas só podemser utilizadas uma vez. A enfermeira Lia Romero percebeuo potencial desse material e está incentivando hospitaisa participarem de um projeto de reutilização das mantas.

Lia Jeronymo Romero é uma enfermeira com expe-riência em gestão de CME e atualmente administra uma Faculdade de Ciências da Saúde. Ela é incansá-vel: presta serviços voluntários em cirurgias na Ama-

zônia com a ONG Expedicionários da Saúde e administra a ArtEco, instituição responsável pela gestão compartilhada de projetos de reciclagem.

No seu trabalho em CME, Lia percebeu o potencial de reciclagem das mantas cirúrgicas de SMS (spunbond–meltblo-wn–spunbond, material composto de três lâminas), também conhecidas como TNT (tecido–não–tecido). Trata-se de um invólucro descartável utilizado no processo de esterilização de instrumentos. “As caixas cirúrgicas são esterilizadas dentro da manta, e ela é removida no Centro Cirúrgico e descartada no lixo verde, então esse material não é contaminado”, explica Lia.

As mantas não podem ser reutilizadas, porque durante a esterilização a trama da manta fecha e o vapor não penetra

mais. Esse material pode ser doado sem custo para institui-ções de caridade e ser transformado em itens úteis para o hospital, como nécessaires para kits de higiene distribuídos na internação.

Lia fez a matemática dessa reciclagem e é muito vantajosa: “Nós calculamos que, para um ciclo de mil pacientes por

mês, a economia para o hospital é de cerca de R$ 100 mil ao ano”, argumenta. Essa economia pode ser compartilhada com uma instituição de caridade que fabrique esses itens para a entidade, por exemplo, pagan-do 60% desse valor e ainda ficando com 40% de economia. Outro benefí-cio é a redução do gasto na destinação de cerca de uma tonelada de material por ano.

Ela entusiasma-se ao explicar todas as vantagens embutidas no processo: “Uma nécessaire nova costuma conter

metal, além disso muitas vezes foi trazida de outro conti-nente e esse transporte implica mais poluição”. Ela também lembra que existe um gasto de energia na fabricação das

Lia Romero e Giovana Moriya

Oficina de reutilização no Simpósio da SOBECC

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SOBECC com Você 27

FORA DA PROFISSÃO

mantas de SMS, e quando se dá uma nova destinação ao mesmo material, isso quer dizer que o uso dessa energia (da fabricação) torna-se mais eficiente - “A reciclagem mais nobre é a transformação, fazer mais coisas com o mesmo material e não desperdiçar a energia que foi gasta para pro-duzi-lo”, conclui.

A doação do material a custo zero já é uma grande vanta-gem para a instituição de caridade, que deixa de pagar a matéria prima. O hospital também pode contribuir mostran-do para pacientes e familiares o caminho que esse material percorre, através de pôsteres ou outra forma de comunica-ção, e abrir espaços para venda das peças produzidas com as mantas.

As amostras das fotos desta reportagem foram feitas por pessoas que trabalharam com Lia, para demonstrar como é possível criar peças bonitas a partir das mantas de SMS. O material permite usos versáteis, como toalhas, almofadas, brinquedos e outros itens. A SOBECC apoia a ArtEco e pro-moveu uma oficina de reciclagem durante o 11º Simpósio da SOBECC, no qual as participantes criaram peças com as mantas.

A transformação é o melhor tipo de reciclagem porque permite dar um novo uso para o material sem submetê-lo a um novo processo industrial, que envolveria mais gasto de energia (triturar, fragmentar, derreter por exemplo). Para saber mais sobre o projeto e aprender como reutilizar as mantas na sua instituição, acesso o site da ArtEco (sites.google.com/view/art-ecoup).

Lia Jeronymo Romero

Enfermeira Lia Jeronymo Romero - Formada em En-fermagem pela Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto (FAMERP); Aprimo-randa em Centro Cirúrgico e CME, pelo Hospital de Base de São José do Rio Preto; Especialista em Enfermagem em Dermatologia. Em 2010 foi voluntária em um CC e CME no Haiti; presta serviços voluntários em cirurgias na Amazônia, com a ONG Expe-dicionários da Saúde.

Exemplo de produtos feitos com mantas SMS

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SOBECC com Você28

BEM-ESTAR

Os 50 são os novos 30!Com a expectativa de vida passando dos 75, aos 50 muita gente está encarando essa fase como um novo começo

Se antigamente muita gente resolvia recomeçar a vida aos 30, hoje é aos 50 que essa virada acontece. É um momento de maturidade, de sensação de ter cumprido metas e também

obrigações em relação a outras pessoas e sentir-se energizado e motivado para procurar novas carreiras, hobbies, relacionamentos, o que for. É uma das maio-res mudanças de comportamento dos nossos tempos. Vemos os cinquentões nas faculdades, nas academias e danceterias, e até praticando esportes radicais.

As estatísticas ajudam a entender esse fenômeno: em julho de 2018, o IBGE divulgou que a expectativa de vida do brasileiro alcançou 76 anos, a mais alta de nossa história. É um aumento de quase 20 anos em relação a 1970, quando a expectativa era de 57,6 anos. Hoje, aos 50, esperamos viver mais 20 ou 30 anos pelo menos, então as pessoas pensam: “Ainda posso fazer muita coisa”.

As pessoas querem, claro, uma aparência jovial, que combine com a energia que ainda têm nessa fase da vida. Para falar desse assunto, entrevistamos a médica der-matologista Maria Cecília Rivitti Machado, da divisão de Dermatologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, professora da especialidade na Univer-sidade Metropolitana de Santos e membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia.

Em seus 30 anos de trabalho, ela observou uma mudança de comportamento importante: a vontade de cuidar da aparência se tornou natural. “É como se antigamente as pessoas tivessem vergonha de serem vaidosas”, diz Maria Cecília, “e hoje consideram que cuidar da aparência faz parte do seu bem-estar, da forma como se relacionam com o mundo”. Ela observa que nem todo mundo quer parecer mais jovem, a maioria quer apenas apresentar uma aparência saudável.

“Não podemos ignorar o fato de que aos 50 anos todos nós já acumulamos cinco décadas de danos à pele”, diz Maria Cecília. A primeira medida a tomar é criar o costume de usar diariamente protetor solar no rosto, para evitar os danos da exposição ao sol. Se você já usa protetor solar, ótimo, mas nunca é tarde para adquirir esse hábito e prevenir que os danos continuem se acumulando.

Quanto à vitamina D, produzida pelo organismo graças à exposição solar, Maria Cecília argumenta que não vale a pena expor justamente o rosto, que é uma área pequena.

Cuidados com a pele

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BEM-ESTAR

Uma grande mudança que a psicóloga Fabiana Moraes observou ao longo do tempo é que o tipo de queixa que leva as pessoas na faixa dos 50 e 60 anos ao psicólogo mu-dou: antigamente era a depressão, hoje é principalmente um pedido de apoio para as mudanças que deseja. “São pessoas que se sentem muito bem, dispostas, e querem dar um novo rumo à carreira, iniciar um novo relacionamento, viver seus sonhos”, diz. É um desejo de continuar evoluindo.

Fabiana Moraes atende em consultório particular e na clínica Estação PSI, que tem convênio com a SOBECC. Ela observa

Menos depressão, mais desafios

Márcia, a cinquentérrima

que por volta dos 50 as mulheres enfrentam as mudanças provocadas pela menopausa. “Elas se vêem na chamada ‘idade da loba’, mas querem compreender que ‘loba’ é essa; é uma busca por autoconhecimento”, diz Fabiana. Muitas já cuidaram de uma família, trabalharam muito, e pedem ajuda para lidar com os conflitos, redescobrir sua beleza e sensualidade, buscar seus sonhos e encarar novos desafios. A quantidade de homens que busca auxílio terapêutico é menor, mas, em geral, estão em uma busca semelhante, de autoconhecimento nessa nova fase da vida.

Faz parte desse processo de autoconhecimento usar os recursos que estão à nossa disposição, seja para manter a jovialidade, para se comunicar, para divertir-se. “Uma rou-pa, um cílio, um batom, o celular, tudo isso são recursos de empoderamento, que dão segurança, prazer e trazem felicidade”, diz Fabiana, “e não há nada de errado em usá--los”. Ela brinca que as mulheres nessa fase não querem ser “cinquentonas”, elas querem ser “cinquentérrimas”.

Mas não é preciso cair na ansiedade de acompanhar a velocidade alucinante em que os jovens de hoje se comu-nicam, se relacionam e têm atividades. Para Fabiana, não é confortável nem necessário acompanhá-los, porque quem tem 50 anos cresceu em outro ambiente, ao passo que os jovens já nasceram dentro de uma cultura digital e é natural para eles viver nesse ritmo acelerado.

Marcia Cristina de Oliveira Pereira não tem problema nenhum em falar da idade: 52 anos. “Quando criança, uma mulher dessa idade para mim era de uma senhora”, diz Márcia, “mas não me vejo assim, me sinto melhor hoje em muitos aspectos do que quando mais jovem”. Ela se sente mais bonita, encara a vida com mais leveza e continua se divertindo e viajando.

Márcia é enfermeira com especialização em Centro Cirúrgico e mestrado em Saúde do Adulto. Atualmente trabalha como supervisora de enfermaria em um grande hospital e dá aulas de pós-graduação em CC e CME. “Faço muita coisa, mas no meu tempo livre, procuro sair para me divertir, mesmo que me sinta um pouco cansada”, diz Márcia.

Para manter a aparência jovial e a energia, ela se cuida bastante: “Cuido da alimentação, faço pilates, adoro dançar, todo ano vou à dermatologista”, afirma, “você pode ter um corpo saudável e perceber que a idade é só um fator cronológico, que você precisa considerar”.

Ela acredita que aos 50 as pessoas aprendem a dar valor ao que é realmente importante. “Descobri capacidades que não tinha e vivo esta idade plenamente”, afirma. Ela tem uma filha de 24 anos e deseja muito ser avó: “Acho que vai ser muito bom e uma grande realização”.

Ela explica que a exposição ao sol necessária para obter vitamina D é pequena, e que o rosto deve ser protegido para prevenir manchas, rugas e risco de câncer de pele. As mãos também estão constantemente expostas e devem ser protegidas com protetor solar - “As manchinhas escuras resultam da exposição crônica ao sol”, comenta. Além do sol, o cigarro também é uma grande fonte de danos à pele, por isso para preservá-la é essencial parar de fumar.

Existe hoje um verdadeiro arsenal à disposição do dermato-logista para preservar, ou mesmo recuperar a saúde da pele: “Há muitos recursos para manter uma aparência mais jovial, como peeling, toxina botulínica, tratamentos baseados em energia, e outros”, diz Maria Cecília. Ela alerta que qualquer tratamento estético deve ser precedido de um diagnóstico, que pode identificar alguma condição patológica.

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Trabalhos Científicos em Enfermagem Perioperatória

O livro Trabalhos Científicos (TC) em Enfer-

magem Perioperatória é dividido em cinco

partes: TC em Centro de Material e Esteri-

lização, TC no Período Pré-Operatório, TC

em Centro Cirúrgico, TC em Recuperação

Anestésica e TC no Período Pós-Operatório. Contém 31

TC, constituindo os capítulos de cada uma das partes.

São discutidos assuntos diversos, em direta relação com a

Enfermagem Perioperatória, que incluem: artigos de uso

único, processamento de produtos em odontologia, papel

do enfermeiro, ansiedade e estresse de pacientes cirúrgi-

cos, classificação de cirurgias, prevenção e controle de

infecções de sítio cirúrgico, antibioticoprofilaxia, cirurgia

segura, tecnologia e humanização, recursos humanos, se-

gurança do paciente, assistência de Enfermagem, descon-

fortos e complicações na Recuperação

Anestésica.

Apresenta, ao final dos capítulos, os ins-

trumentos de coleta de dados utilizados

pelos autores.

A obra é recomendada para estudantes

e profissionais de Enfermagem, e outros

da Área da Saúde, interessados em temas

relativos ao Bloco Cirúrgico, Biossegu-

rança, Metodologia da Pesquisa e Tra-

balhos de Conclusão, tanto em nível de

Graduação, quanto Pós-Graduação.

RESENHA

Organizadora: Rachel de CarvalhoEditora: AndreoliAno: 2018Nº de páginas: 616

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