Apostila 11º Ano_Resistores.pdf

Embed Size (px)

Citation preview

  • Pgina 0 de 69

    2013

    Prof. Victor Nascimento

    27-09-2013

    Apostila de Eletrnica Analgica - 11 Ano -

  • Apostila de Eletrnica Analgica 11 Ano Resistores VMNAN - Pgina 1/68

    OBJETIVOS

    Este captulo tem por objectivos os seguintes itens:

    Caracterizar cada tipo de resistor;

    Calcular divisores de tenso;

    Interpretar a caracterstica de cada resistor especial;

    Interpretar sries de fabrico e cdigos de resistor;

  • Apostila de Eletrnica Analgica 11 Ano Resistores VMNAN - Pgina 2/68

    1.1. INTRODUO

    Os resistores, erradamente chamadas entre os tcnicos de resistncias

    eltricas, so os componentes passivos mais comuns nos circuitos

    electrnicos e de muito baixo custo.

    So fabricados aproveitando a propriedade que tem os materiais em

    oferecer um certo grau de oposio passagem da corrente elctrica e,

    por isso, so utilizados para controlar a passagem da corrente

    elctrica nos circuitos eletrnicos.

    Na electrnica, com frequncia, se requer o uso de valores especficos

    de oposio passagem da corrente elctrica num determinado ponto

    de um circuito eltrico e por isso se fabricam dispositivos especiais

    com o fim de proporcionarem entre os seus terminais valores

    conhecidos de resistncia eltrica.

    Os dispositivos desenhados com esse propsito tm o nome de resistor,

    tendo como unidade o OHM () e podem ser classificados em duas

    categorias a saber, resistores fixos e variveis ou ajustveis.

    Os resistores tm, essencialmente, dois grandes campos de aplicao:

    a) Em sistemas de potncia (correntes fortes);

    b) Em eletrnica (correntes fracas).

    A existncia desses dois campos de aplicao desses componentes

    que leva a que a sua constituio tcnica de fabrico e de valores

    hmicos sejam diversificados.

    Os resistores eletrnicos so componentes usados sobretudo para

    limitar a passagem da corrente num determinado ponto do circuito,

    como divisor de tenso e de corrente entre diversas outras aplicaes.

  • Apostila de Eletrnica Analgica 11 Ano Resistores VMNAN - Pgina 3/68

    1.2. GRANDEZAS CARACTERSTICAS DOS MATERIAIS

    ELTRICOS

    Alm das grandezas gerais existentes aplicveis a qualquer tipo de

    material, existem algumas outras que so caractersticas dos materiais

    utilizados em eletrotecnia, entre as quais citamos:

    1.2.1. RESISTNCIA ELTRICA

    Segundo a lei de Ohm (lei fundamental da eletricidade), constante o

    quociente entre a diferena de potencial (d.d.p.) aplicada a um

    condutor e a intensidade da corrente que a percorre, chamada de

    resistncia eltrica do corpo.

    EQUAO 1

    Onde:

    R = Resistncia eltrica medida em Ohm ();

    U = Tenso eltrica medida em Volt (V);

    I = Intensidade da corrente eltrica medida em Ampre (A).

    A resistncia eltrica de um condutor linear pode tambm ser obtida a

    partir das dimenses e caractersticas do material:

    EQUAO 2

  • Apostila de Eletrnica Analgica 11 Ano Resistores VMNAN - Pgina 4/68

    Onde:

    R = Resistncia eltrica medida em Ohm ();

    (R) = Resistividade eltrica medida em Ohm x milmetro

    quadrado/metro ( );

    l = Comprimento do condutor eltrico medida em metro (m);

    s = Seco do condutor eltrico medida em milmetro quadrado

    (mm);

    1.2.2. RESISTIVIDADE ELTRICA

    uma grandeza que tem a ver com a constituio do material, sendo de

    diferentes valores de material para material.

    A revistividade eltrica pode, no entanto, ser definida como a

    resistncia eltrica de um material com um metro de comprimento e

    um milmetro quadro de seco e, pode a sua frmula ser deduzida da

    frmula anterior:

    EQUAO 3

    Ao inverso da resistividade chama-se condutividade e o valor da

    resistividade de cada material indicada em tabelas, normalmente para

    temperatura de 20C.

    1.2.3. COEFICIENTE DE TEMPERATURA

    um coeficiente cujo valor varia de material para material e que nos

    permite conhecer a variao da resistividade e da resistncia do corpo

    com a temperatura.

  • Apostila de Eletrnica Analgica 11 Ano Resistores VMNAN - Pgina 5/68

    So as seguintes expresses que permitem calcular a variao da

    resistividade e da resistncia com a temperatura:

    EQUAO 4

    E

    EQUAO 5

    Onde:

    1.3. EXERCICIO EXEMPLO

    Um fio de cobre macio com seco 1,5mm, tem 50m de comprimento.

    Sabendo que a resistividade e o coeficiente desse cobre para 20C, so

    respectivamente 0,0172 x mm/m e 0.00393/C, calcule:

    a) A resistividade do fio a 40C

    b) A resistncia do fio a 40C

    c) A resistncia do fio a 10C

    .

  • Apostila de Eletrnica Analgica 11 Ano Resistores VMNAN - Pgina 6/68

    1.3.1. RESOLUO

    a) A resistividade do fio a 40C dada pela seguinte frmula:

    o Em percentagem temos:

    o Isto quer dizer que houve um aumento de 7,6% na resistividade com o

    aumento de 20C na temperatura.

    b) A resistncia do fio a 40C

    o Ou, por outra via:

  • Apostila de Eletrnica Analgica 11 Ano Resistores VMNAN - Pgina 7/68

    o A pequena diferena encontrada devida s aproximaes efetuadas

    nos clculos cuja margem de erro de 0,16%.

    c) A resistncia do fio a 10C :

    o A resistncia diminui, como era de esperar, pois a resistncia final menor que a resistncia inicial.

    1.4. CARACTERSTICAS GERAIS DOS RESISTORES

    Como j se disse anteriormente, o resistor um componente que pode

    exercer diferentes funes num circuito eltrico.

    Tais como por exemplo, esses componentes podem funcionar como:

    Receptor de energia, transformando-a em energia calorfica;

    Limitadora da corrente eltrica, impedindo que ultrapasse

    determinado valor;

    Reguladora da corrente eltrica, ajustando-a a valores pr-

    determinados.

  • Apostila de Eletrnica Analgica 11 Ano Resistores VMNAN - Pgina 8/68

    Nesse sentido, existem diferentes tipos de resistores para diferentes

    aplicaes, cujas caractersticas gerais passamos a refletir:

    1.4.1. RESISTNCIA NOMINAL

    o valor hmico que serviu de base sua construo, o qual

    marcado no prprio corpo do componente ou codificado atravs de

    barras coloridas ou cdigo alfanumrico (Ex.: R=500).

    1.4.2. TOLERNCIA

    Erro (percentual) admissvel no fabrico desses componentes, erro esse

    que poder ser positivo ou negativo volta do seu valor da resistncia

    nominal (Ex.: R=1005%).

    Isto quer dizer que o valor nominal da resistncia desse resistor de

    100, mas existe um intervalo de valores volta do valor nominal que

    admissvel sem que o componente seja considerado avariado.

    Neste caso, 5% de 100 5, valor que retirado do valor nominal

    (95 o limite inferior desse intervalo) ou acrescido ao valor nominal

    (105 o limite superior desse intervalo).

    As tolerncias usuais so 20%, 10%, 5%, 2%, 1%, e menor que

    1%, sendo que as tolerncias maior ou igual a 5% so de uso geral, as

    tolerncias entre 1 a 5% so de semi-preciso, as tolerncias entre 0.5 e

    1% so de preciso e as menor que 0.5% so de ultrapreciso.

    1.4.3. POTNCIA NOMINAL

    o valor da potncia que o resistor pode dissipar a uma temperatura

    ambiente indicada pelo fabricante.

    Quanto maior for a temperatura menor ser a potncia que o resistor

    pode dissipar, sendo que para alguns resistores de baixa potncia,

    alguns valores normalizados so de 1/8W, 1/4W, 1/2W, 1W, 2W, 4W,

  • Apostila de Eletrnica Analgica 11 Ano Resistores VMNAN - Pgina 9/68

    etc., existindo ainda resistores cuja potncia poder atingir elevados

    valores (alguns milhares de WATTS).

    Convm realar que os resistores bobinados utilizados nos laboratrios

    de eletrotecnia (resistores de potncia elevada), frequente vir indicado

    o valor da intensidade nominal, em vez da potncia nominal.

    1.4.4. TENSO NOMINAL

    o valor da tenso mxima a aplicar ao resistor, de acordo com o

    valor da resistncia nominal (R) e do valor da sua potncia nominal (P),

    calculada pela seguinte expresso:

    EQUAO 6

    1.4.5. COEFICIENTE DE TEMPERATURA

    O coeficiente de temperatura notada pelo simbolo alfa () a variao

    do valor da resistncia quando se verifica a variao de 1C na sua

    temperatura.

    Os valores desses coeficientes, para cada material, so fornecidos por

    tabelas e vm expressos em 1/C ou parte por milho (p.p.m.)/C

    quando o valor do coeficiente muito reduzido, tal como por exemplo:

    EQUAO 7

  • Apostila de Eletrnica Analgica 11 Ano Resistores VMNAN - Pgina 10/68

    1.4.6. CLASSE OU ESTABILIDADE

    a variao percentual do valor da resistncia em relao ao seu valor

    original, ao fim de 5000 horas de funcionamento, temperatura de

    20C e potncia nominal.

    1.4.7. TENSO DE RUDO

    tenso eltrica gerada pelo resistor, quando precorrido por uma

    corrente eltrica, devido ao movimento desordenado dos eletres livres.

    Esta tensodepende essencialmente do material do qual feito o

    resistor e expressa em micro volt por volt (V/V).

    1.5. VALORES NORMALIZADOS DOS RESISTORES

    No h necessidade nem existe a possibilidade de fabricar resistores

    com todos os valores hmicos necessrios no projeto dos equipamentos

    eltricos/eletrnicos.

    Com efeito, em virtude dos resistores terem as suas tolerncias prprias

    (margens de erro admissveis), no faz sentido fabricar, por exemplo,

    simultaneamente resistores de 100 e 105 com tolerncia de 10%.

    Na verdade, constata-se facilmente que 10% de 100 igual a 10,

    o que quer dizer que este resistor cobre o intervalo de valores de 90 a

    110, o que engloba o valor de 105.

    Portanto, para a tolerncia de 10% e admitindo o fabrico do resistor de

    100, no h necessidade de fabricar nenhum resistor cujo valor est

    inclusa no intervalo de 90 a 110, sendo que o mesmo se passa,

    evidentemente, para outros valores de outras tolerncias.

    Assim, para racionalizar o fabrico dos resistores, os valores hmicos

    dos mesmos foram normalizados, sendo separados em sries de

    resistncias, em funo das tolerncias conhecidas.

  • Apostila de Eletrnica Analgica 11 Ano Resistores VMNAN - Pgina 11/68

    As sries existentes so as seguintes:

    TOLERNCIA

    SRIE

    N DE RESISTOR POR DCADA

    20%. E6 6

    10%. E12 12

    5%. E24 24

    2.5% ou 2%. E48 48

    1.25% ou 1%. E96 96

    QUADRO 1

    Cada dcada o conjunto dos valores inteiros situados entre duas

    potncias de base 10 mais prximas.

    Vejamos alguns exemplos de dcadas de resistores:

    Assim, na dcada de 100 a 1000, ou outra dcada qualquer, teremos

    sempre 6 resistores da srie E6 de tolerncia de 20%, 12 resistores da

    srie E12 de tolerncia 10%, 24 resistores da srie E24 de tolerncia

    5% e assim sucessivamente.

    No quadro 2 apresentamos as sries E6, E12, E24 e E48 na dcada de

    100 a 1000 e vamos analisar alguns exemplos para melhor

    entendermos como se obtm cada um dos valores das sries indicados

    no quadro.

    a) Dcada entre 0.1 ( ) e 1 ( );

    b) Dcada entre 1 ( ) e 10 ( );

    c) Dcada entre 10 ( ) e 100 ( );

    d) Dcada entre 100 ( ) e 1000 ( );

  • Apostila de Eletrnica Analgica 11 Ano Resistores VMNAN - Pgina 12/68

    E6

    (20%)

    E12

    (10%)

    E24

    (5%)

    E48

    (2.5% ou

    2%)

    E6

    (20%)

    E12

    (10%)

    E24

    (5%)

    E48

    (2.5%

    ou 2%)

    100 100 100 100 316

    105 330 330 330 332

    110 110 348

    115 360 365

    120 120 121 383

    127 390 390 402

    130 133 422

    140 430 442

    150 150 150 147 464

    154 470 470 470 487

    160 162 511

    169 510 536

    180 180 178 562

    187 560 560 590

    200 196 619

    205 620 649

    220 220 220 215 681

    226 680 680 680 715

    240 237 750

    249 750 787

    270 270 261 825

  • Apostila de Eletrnica Analgica 11 Ano Resistores VMNAN - Pgina 13/68

    274 820 820 866

    287 909

    300 301 910 953

    QUADRO 2

    Por exemplo, a srie E6 de tolerncia 20% constituda, na dcada de

    100 a 1000 pelos seguintes resistores de 100, 150, 220, 330, 470 e

    680 e, desta forma, vejamos por que razo a seguir do resistor de

    100, temos o resistor de 150 e no outra.

    O resistor de 100 tem, tolerncia de 20%, um valor real que se

    situar entre:

    E:

    O resistor de 150 tem, tolerncia de 20%, um valor real que se

    situar entre:

    E:

    Ora, se reparamos bem, o valor da resistncia mxima do resistor de

    100 igual ao valor da resistncia mnima do resistor de 150 e,

    podemos ento concluir que, nesta srie, o resistor subsequente ao de

    100 s podia ser o resistor de 150.

  • Apostila de Eletrnica Analgica 11 Ano Resistores VMNAN - Pgina 14/68

    O mesmo raciocnio seria aplicado aos restantes resistores desta e das

    outras sries, realando no entanto, que cada srie tem a sua prpria

    tolerncia.

    De referir tambm que os valores dos resistores das restantes dcadas

    se obtm facilmente a partir dos valores da dcada indicada no quadro

    anterior, dividindo ou multiplicando-os por potncias de 10.

    Por exemplo, a srie E6 (20%.) tem os seguintes valores nas seguintes

    dcadas sendo que para as outras sries e outras dcadas, o raciocnio

    seria semelhante:

    Como j vimos anteriormente, os valores dos resistores de uso comum

    na eletrnica so normalizados com certos valores, j que seria

    impossvel ter todos os valores comerciais.

    Assim, por exemplo, a srie E12 se emprega para resistores com 10%

    de tolerncia e recebe este nome porque compreende 12 valores.

    A srie E24 foi normalizada para resistores de 2 e de 5% de tolerncia

    e se chama assim porque compreende 24 valores.

    Os dois nmeros da srie so multiplicados por mltiplos ou

    submltiplos de 10 e esses so os valores que podero ser encontrados

    no comrcio especializado.

    a) Dcada de 100 a 1000: 100, 150, 220,

    330, 470 e 680;

    b) Dcada de 10 a 100: 10, 15, 22, 33, 47 e

    68;

    c) Dcada de 1000 a 10000: 1000, 1500,

    2200, 3300, 4700 e 6800;

  • Apostila de Eletrnica Analgica 11 Ano Resistores VMNAN - Pgina 15/68

    Por exemplo, se tomarmos o valor 12 da srie e aplicarmos os

    multiplicadores, obtm-se os valores 0.12, 1.2,12, 120, 1200,

    12000, 120000 e 1200000.

    Podemos escrever esses mesmos valores utilizando, por exemplo os

    mltiplos KILO (K) que equivale multiplicar por 1000 e MEGA (M)

    que equivale multiplicar por 1000000, ficando assim escritos: 0.12,

    1.2,12, 120, 1.2K, 12K, 120K e 1.2M.

    Com frequncia podemos encontrar certos tipos de notaes onde no

    se emprega o ponto entre os nmeros e no lugar deste se colaca a letra

    correspondente ao mutiplicar.

    Por exemplo, em vez de se escrever 5.1K se escreve 5K1, isto por

    duas razes:

    a) A fim de aproveitar os espaos muito pequenos em certos

    componentes;

    b) Para evitar, medida que se reproduz o circuito atravs de

    fotocpias, se apague o referido ponto. Se isso acontecer,

    poderamos confudir, por exemplo um resistor de 4.7K com uma

    de 47K.

    1.6. CDIGO DE CORES PARA RESISTORES

    O cdigo de cores, normalmente empregue nos resistores de carvo

    e/ou de pequeno porte, devido ao seu reduzido tamanho, constitudo por

    4 ou 5 bandas coloridas.

    A leitura ou descodificao dessas bandas coloridas feita da esquerda

    para a direita, comeando pela banda mais prxima da extremidade do

    componente.

  • Apostila de Eletrnica Analgica 11 Ano Resistores VMNAN - Pgina 16/68

    O cdigo de 4 bandas o mais comum, onde:

    a) A primeira banda representa o primeiro dgito do valor hmico

    do resistor;

    b) A segunda banda o segundo dgito;

    c) A terceira banda o factor de multiplicao;

    d) E a quarta, geralmente dourada ou prateada (aquela que fica

    mais afastada das trs primeiras) representa a tolerncia (figura

    1).

    FIGURA 1 EXEMPLO DE RESISTOR COM CDIGO DE CORES

  • Apostila de Eletrnica Analgica 11 Ano Resistores VMNAN - Pgina 17/68

    FIGURA 2 CDIGO DE CORES PARA RESISTORES

  • Apostila de Eletrnica Analgica 11 Ano Resistores VMNAN - Pgina 18/68

    1.6.1. EXERCCIOS EXEMPLOS

    Para familiarizarmos com a leitura e descodificao do cdigo de cores, analisemos os seguintes exemplos:

    1. Observe o resistor da figura 3 e calcule o seu valor utilizando o cdigo

    de cores para os resistores da figura 2.

    FIGURA 3

    Resoluo

    Observando o resistor da figura 3 e usando o cdigo de cores da figura

    2, temos:

    A 1 Faixa significativa e tem a cor cinzenta, sendo o seu valor lido

    na 1 coluna do cdigo, onde o valor lido 8.

    A 2 Faixa tambm significativa e tem a cor vermelha, sendo o seu

    valor lido ainda na 1 coluna do cdigo, onde o valor lido 2.

    A 3 Faixa multiplicadora e tem a cor amarela, sendo o seu valor

    lido na 2 coluna do cdigo, onde o valor lido multiplicado por 10000.

    A 4 Faixa a tolerncia e tem a cor dourada, sendo o seu valor lido

    na 3 coluna do cdigo, onde o valor lido mais ou menos 5%.

  • Apostila de Eletrnica Analgica 11 Ano Resistores VMNAN - Pgina 19/68

    Ordenando os valores lidos, este resistor tem o seguinte valor hmico:

    Podemos dizer que o valor nominal (VN) deste resistor de 820k,

    podendo no entanto o seu valor oscilar volta de menos 5% ou mais de

    5% do seu valor nominal.

    Sendo assim, temos que 5% do seu valor nominal :

    o

    O valor mnimo (limite inferior) que este resistor poder medir :

    o

    E o valor mximo (limite superior) que este resistor poder medir :

    o

    Isto significa que este resistor embora fabricada para medir 820k, o

    seu valor hmico poder variar de 779 a 861k sem ser considerado

    avariado, isto porque a resistncia eltrica varia muito com a

    temperatura do meio ambiente, e por isso o seu valor nominal,

    normalmente projetada para uma temperatura ambiente de 25C.

    2. Considere agora um resistor cujo cdigo de cores composto por cinco

    faixas nas seguintes cores e ordem.

    A 1 Faixa da cor azul;

    A 2 Faixa da cor amarela;

    A 3 Faixa da cor laranja;

    A 4 Faixa da cor vermelha;

    A 5 Faixa da cor prata.

  • Apostila de Eletrnica Analgica 11 Ano Resistores VMNAN - Pgina 20/68

    Resoluo

    De acordo com os dados acima e usando o cdigo de cores da figura 2,

    temos:

    A 1 Faixa significativa e tem a cor azul, sendo o seu valor lido na

    1 coluna do cdigo, onde o valor lido 6.

    A 2 Faixa tambm significativa e tem a cor amarela, sendo o seu

    valor tambm lido na 1 coluna do cdigo, onde o valor lido 2.

    A 3 Faixa ainda significativa e tem a cor laranja, sendo o seu valor

    ainda lido na 1 coluna do cdigo, onde o valor lido 3.

    A 4 Faixa multiplicadora e tem a cor vermelha, sendo o seu valor

    lido na 2 coluna do cdigo, onde o valor lido multiplicado por 100.

    A 5 Faixa a tolerncia e tem a cor prateada, sendo o seu valor lido

    na 3 coluna do cdigo, onde o valor lido mais ou menos 10%.

    Ordenando os valores lidos, este resistor tem o seguinte valor hmico:

    Podemos dizer que o valor nominal (VN) deste resistor de 62,3k,

    podendo no entanto o seu valor oscilar volta de menos 10% ou mais

    de 10% do seu valor nominal.

    Sendo assim, podemos afirmar que 10% do seu valor nominal :

    o

    O valor mnimo (limite inferior) que este resistor poder medir :

    o

  • Apostila de Eletrnica Analgica 11 Ano Resistores VMNAN - Pgina 21/68

    O valor mximo (limite superior) que este resistor poder medir :

    o

    Isto significa que esta resistncia embora fabricada para medir 62,3k, o seu valor hmico poder variar de 56,07 a 68,53k sem ser

    considerado avariado.

    1.6.2. EXERCCIOS DE APLICAO

    1. Utilizando o cdigo de cores da figura 2, encontre os valores nominais

    e a faixa de variao do resistor da figura 4.

    FIGURA 4

    2. Considerando um resistor cujo cdigo composto por cinco faixas nas

    cores a seguir indicadas, encontre o valor hmico deste resistor

    utilizando o cdigo de cores da figura 2:

    A 1 Faixa da cor verde;

    A 2 Faixa da cor azul;

    A 3 Faixa da cor castanha;

    A 4 Faixa da cor preta;

    A 5 Faixa da cor vermelha.

  • Apostila de Eletrnica Analgica 11 Ano Resistores VMNAN - Pgina 22/68

    1.7. CDIGO ALFANUMRICO

    O cdigo alfanumrico normalmente utilizado nos resistores de

    montagem superficial (figura 5);

    FIGURA 5 RESISTORES DE MONTAGEM SUPERFICIAL

    1.8. VALORES INSCRITOS NO CORPO DO RESISTOR

    Os valores hmicos so inscritos no prprio corpo do componente,

    sendo normalmente empregue nos resistores bobinados (figura 6).

    FIGURA 6 VALOR DA RESISTNCIA MARCADO NO PRPRIO CORPO DO

    COMPONENTE

  • Apostila de Eletrnica Analgica 11 Ano Resistores VMNAN - Pgina 23/68

    1.9. CLASSIFICAO

    Os resistores podem ser classificados de vrias formas, tais como por

    exemplo os a seguir indicados:

    a) De potncia ou bobinadas

    Restatos;

    Potencimetros;

    De manivela (pontos);

    De absoro.

    b) De eletrnica

    Carvo compacto;

    Pelcula de carvo;

    Pelcula metlica;

    xidos metlicos;

    Bobinados;

    Potencimetros;

    Restatos.

    c) No lineares

    Coeficiente de temperatura positiva (CTP);

    Coeficiente de temperatura negativa (CTN);

    Varivel com a tenso (VDR);

    Varivel com a luz (LDR).

  • Apostila de Eletrnica Analgica 11 Ano Resistores VMNAN - Pgina 24/68

    1.10. RESISTORES FIXOS

    Os resistores fixos so aqueles que se apresentam apenas com um nico valor de resistncia eltrica entre os seus terminais (figura 7).

    FIGURA 7 RESISTORES FIXOS

    1.10.1. RESISTORES DE CARVO

    Os resistores de carvo so assim chamados por terem o carvo como

    elemento resistivo e so usadas em circuitos de uso comum em

    eletrnica, isto porque o carvo possui uma grande resistncia eltrica e

    permite que sejam fisicamente pequenos (figura 8):

    FIGURA 8 ESTRUTURA INTERNA DE UM RESISTOR DE CARVO

  • Apostila de Eletrnica Analgica 11 Ano Resistores VMNAN - Pgina 25/68

    No fabrico dos resistores de carvo so depositadas pequenas

    quantidades de carvo no interior de um tubo isolante de onde se

    conectam dois terminais metlicos.

    Podemos encontrar no mercado resistores cujo material isolante o

    carvo, nos seguintes formatos:

    1.10.1.1. RESISTORES DE AGLOMERADO DE CARVO

    Este tipo de resistor apareceu no mercado para satisfazer a necessidade

    de obteno de resistores com valores hmicos elevados (na ordem de

    mega ohms) e com dimenses reduzidas (figura 9).

    FIGURA 9 ESTRUTURA INTERNA DE UM RESISTOR DE CARVO GRANULADO

    No entanto, este tipo de resistor poder tambm ser construda para

    valores hmicos muito pequenos (alguns ohms).

    O seu fabrico consiste num aglomerado de partculas de carvo ou de

    grafite com resina (espcie de cola) que faz de aglutinante.

    So geralmente baratas, de pequenas dimenses e fabricam-se desde

    alguns ohms a mega ohms, praticamente do mesmo tamanho.

  • Apostila de Eletrnica Analgica 11 Ano Resistores VMNAN - Pgina 26/68

    As potncias dissipadas por estes resistores podem ir at 3W para

    temperaturas de 25 a 70C, mas so ruidosas.

    O material resistivo desses resistores revestido de baquelite ou

    esmalte e, apresentam um coeficiente de temperatura negativo, o que

    significa que o seu valor hmico diminui medida que a sua

    temperatura aumenta.

    Estes resistores so muito sensveis humidade, portanto oxidam com

    muita facilidade e por isso so muito instveis.

    1.10.1.2. RESISTORES DE PELCULA (FILME) DE CARVO

    Este tipo de resistores foram fabricadas para tentar resolver o problema

    de oxidao dos resistores de aglomerado de carvo, sendo por isso,

    menos instveis e ruidosos (figura 10).

    FIGURA 10 ESTRUTURA INTERNA DE UM RESISTOR DE FILME METLICO/CARVO

    So fabricados depositando uma fina camada de carvo sobre um

    suporte isolante e para controlar o valor da resistncia eltrica,

    retirado uma pelcula de carvo com a forma de um hlice com um

    passo adequado, sendo o conjunto revestido por baquelite ou protegido

    apenas por esmalte ou verniz.

  • Apostila de Eletrnica Analgica 11 Ano Resistores VMNAN - Pgina 27/68

    Estes resistores apresentam uma grande estabilidade com as condies

    de trabalho e tm tolerncias da ordem dos 5% e so fabricados para

    baixas potncias na ordem de 1/8, 1/4, 1/2 e 2W.

    Porm eles apresentam a desvantagem de fraca resistncia eltrica

    humidade e oxidao, sendo fabricadas at 100M.

    1.10.2. RESISTORES BOBINADOS

    Os resistores bobinados so fabricados com ligas metlicas, sendo

    usados em circuitos de potncia, cuja estrutura interna nos mostrados

    na figura 11:

    FIGURA 11 ESTRUTURA INTERNA DE UM RESISTOR DE LIGA METLICA

    Nos resistores de liga metlica so enrolados o fio metlico em volta

    de um cilindro isolante e de seguida recobre-se o conjunto com outro

    material isolante, geralmente a porcelana.

    Podemos encontrar no mercado outros tipos de resistores que podem

    ser equiparados ao resistor bobinado:

  • Apostila de Eletrnica Analgica 11 Ano Resistores VMNAN - Pgina 28/68

    1.10.3. RESISTOR DE PELCULA METLICA

    Este tipo de resistor foi fabricado para resolver o problema provocado

    pelo coeficiente de temperatura negativo dos resistores de carvo,

    apresentando por isso coeficientes de temperatura baixos e positivos

    (figura 12).

    FIGURA 12 ESTRUTURA INTERNA DE UM RESISTOR DE PELCULA METLICA

    Para o fabrico desses resistores, deposita-se previamente uma camada

    muito fina de ouro, para facilitar a aderncia, sendo o suporte

    normalmente de cermica.

    As suas caractersticas so semelhantes s dos resistores bobinados, isto

    em termos de estabilidade, coeficiente de temperatura e preciso.

    Alm deste tipo, podemos encontrar ainda os resistores de pelcula de

    xidos metlicos que so relativamente semelhantes aos de pelcula

    metlica, sendo bastante precisas, de baixo rudo e alta dissipao

    trmica.

  • Apostila de Eletrnica Analgica 11 Ano Resistores VMNAN - Pgina 29/68

    1.10.4. POTNCIA DOS RESISTORES FIXOS

    A potncia eltrica o trabalho desenvolvido pela corrente eltrica ao

    circular atravs de um resistor, manifestando atravs de emisso de

    calor e medido em WATT (W).

    Em resistor de arame, o valor hmico vem especificado sobre o corpo

    do componente e nos resistor de carvo, a potncia eltrica est

    relacionada com o seu tamanho fsico (figura 13).

    FIGURA 13 POTNCIA ELTRICA EM RESISTORES DE CARVO

    Para calcular a potncia que um resistor deve dissipar dentro de um

    circuito e poder fazer a correcta seleco do componente, devemos

    calcul-la em funo da corrente eltrica que circula no ponto onde o

    componente ser colocado e selecionar um resistor com valor

    imediatamente superior.

    Por exemplo, se por um resistor de 4.7K circular uma corrente

    eltrica de 10mA, a potncia dissipada pelo resistor de 0,47W ou

    470mW, ou seja:

  • Apostila de Eletrnica Analgica 11 Ano Resistores VMNAN - Pgina 30/68

    Devemos selecionar um resistor cuja potncia seja imediatamente

    superior, ou seja uma de 0,5W ou seja 4.7K a 1/2W ou superior, caso

    contrrio o resistor se sobrecarrega e poder distruir-se.

    1.10.5. TOLERNCIA DOS RESISTORES FIXOS

    Porque o valor hmico da resistncia eltrica varia com a temperatura,

    os fabricantes usam um certo intervalo onde o valor hmico do resistor

    pode variar sem ser considerado distruido, chamado de tolerncia,

    indicado por percentagem (%).

    Por exemplo, um resistor de 1000 com uma tolerncia de 5% poder

    ter entre os seus terminais um valor de resistncia compreendido entre

    os 950 (limite inferior) e os 1050, ou seja:

    O valor nominal (VN) deste resistor de 1000, sendo 5% deste valor

    calculado desta forma:

    Neste caso, o limite inferior (LI) :

    E o limite superior (LS) :

  • Apostila de Eletrnica Analgica 11 Ano Resistores VMNAN - Pgina 31/68

    Ento podemos definir este resistor dentro do seguinte intervalo, cuja

    variao do valor hmico aceitvel:

    1.11. RESISTORES VARIVEIS E AJUSTVEIS

    Os resistores variveis so aqueles cujo valor hmico poder ser

    mudado por algum meio, do zero at ao seu mximo como se verifica

    nos potencimetros.

    Por exemplo um potencimetro de 10k, varia o seu valor de zero at

    10k, movendo o seu cursor (figura 14).

    FIGURA 14 EXEMPLOS POTENCIMETROS

    1.11.1. RESISTORES AJUSTVEIS

    Os resistores ou potencimetros ajustveis so aqueles cujo valor

    hmico tambm poder ser mudado por algum meio mas, partindo do

    um certo valor muito prximo do seu valor mximo.

  • Apostila de Eletrnica Analgica 11 Ano Resistores VMNAN - Pgina 32/68

    Por exemplo um resistor ajustvel de 10k, pode variar o seu valor de

    9,8k at 10k, movendo o seu cursor (figura 15).

    FIGURA 15 POTENCIMETROS AJUSTVEIS

    1.11.2. CARACTERSTICAS DOS POTENCIMETROS

    Os potencimetros so exemplos de resistores variveis, isto ,

    resistores cujo valor hmico varia dependendo da aco de agentes

    externos, como por exemplo os meios mecnicos (cursor), temperatura,

    luz etc.

    Os resistores variveis acionados por meio mecnico como so os casos

    dos potencimetros e os restatos, para alm dos dois terminais fixos

    existe um terceiro terminal mvel chamado de cursor (eixo central).

    Esse cursor desliza ao longo de um material resistivo chamado de pista,

    que nos permite obter valores hmicos que necessitamos dentro do seu

    intervalo de variao (figura 16).

  • Apostila de Eletrnica Analgica 11 Ano Resistores VMNAN - Pgina 33/68

    FIGURA 16 ESTRUTURA INTERNA DE UM POTENCIMETRO

    Os resistores variveis so simbolicamente representados como se

    mostra na figura 17:

    FIGURA 17 SMBOLO DE RESISTORES VARIVEIS

    1.11.3. CLASSIFICAO DOS POTENCIMETRO

    Os potencimetros podem ser classificados de vrias formas, tais como,

    por exemplo:

    1.11.3.1. FORMA DE INSTALAO

    De acordo com a forma como so isntaladas nos circuitos eltricos,

    podemos encontrar potencimetros para chassis (figura 18) ou para

    circuitos impressos (figura 19)

  • Apostila de Eletrnica Analgica 11 Ano Resistores VMNAN - Pgina 34/68

    FIGURA 18 POTENCIMETROS PARA CHASSI

    FIGURA 19 POTENCIMETROS PARA CIRCUITO IMPRESSO

    Nos potencimetros para chassi, o cursor sobressaem at o exterior do

    aparelho para facilitar a sua manipulao.

    Geralmente os potencimetros para chassi possuem um roscado que

    permite a sua fixao no aparelho atravs de uma porca.

    Este tipo de potencimetro mais robusto que os do circuito impresso

    j que devem ser manipulados diversas vezes e ademais devem ser

    muito resistentes ao desgaste mecnico.

  • Apostila de Eletrnica Analgica 11 Ano Resistores VMNAN - Pgina 35/68

    1.11.3.2. FORMAS DE VARIAO DO CURSOR

    Os potencimetros podem ser desenhados para variar constantemente o

    seu valor hmico (potencimetros variveis) ou para ser ajustados num

    determinado valor hmico (potencimetros ajustveis).

    Os potencimetros de ajuste (figura 20) so geralmente pequenos e so

    instalados no interior dos equipamentos e sistemas eletrnicos mediante

    a insero dos seus terminais nas placas dos circuitos impressos, donde

    so praticamente inacessveis ao usurio comum.

    FIGURA 20 POTENCIMETROS DE AJUSTE

    Normalmente so usados para calibrar equipamentos eletrnicos e, uma

    vez calibrados, se costuma lacrar o cursor com um pingo de cera ou

    marcado por uma pintura para evitar de o cursor se mova e volte a

    descalibrar.

    Ademais, este tipo de potencimetro usado para compensar os efeitos

    produzidos por envelhecimento de outros componentes eletrnicos,

    sendo tambm conhecidos com o nome de TRIMMERS.

  • Apostila de Eletrnica Analgica 11 Ano Resistores VMNAN - Pgina 36/68

    1.11.3.3. TIPO DE MATERIAL DO QUAL FEITO A PISTA

    Dependendo do material em que est fabricado o material resistivo ou

    pista, os potencimetros podem ser de carvo, de arame ou plstico

    condutor (formado por uma mistura de metais preciosos e vidro ou p

    cermico).

    1.11.3.4. NMERO DE VOLTAS

    Dependendo do nmero de voltas que o cursor pode efectuar, podemos

    classificar os potencimetros de uma volta o qual aproximadamente

    de 270 ou de vrias voltas, tambm chamadas de multivoltas (figura

    21).

    FIGURA 21 POTENCIMETROS MULTIVOLTAS (TRIMMERS)

    Estes, geralmente so de ajuste e empregues nos circuitos donde se

    requer um alto grau de preciso.

    O percurso total da sua resistncia hmica se efectua com

    aproximadamente 10 a 20 voltas do cursor, o qual um parafuso sem

    fim.

  • Apostila de Eletrnica Analgica 11 Ano Resistores VMNAN - Pgina 37/68

    1.10.3.4. FORMAS DE VARIAO DO VALOR HMICO

    Segundo a forma como varia o valor da resistncia hmica, os

    potencimetros podem ser:

    1) POTENCIMETROS LINEARES

    o Quando o valor hmico da reistncia aumenta ou diminui de forma

    diretamente proporcional ao ngulo de rotao ou ao nmero de voltas

    que o cursor efectuar, cujo grfico se v na figura 22.

    FIGURA 22 GRFICO DE UM POTENCIMETRO LINEAR

    2) POTENCIMETRO LOGARTMICO

    o So usados principalmente em circuitos de udio e, por essa razo, so

    desenhados para serm instalados em chassi dos equipamentos

    eletrnicos, podendo ser de trs tipos:

    A. DE VARIAO LOGARTMA POSITIVA

    Neste tipo de potencimetro, o valor da resistncia aumenta de form

    muito rpida no incio do giro do cursor e no final se faz de forma

    muito lento (figura 23).

  • Apostila de Eletrnica Analgica 11 Ano Resistores VMNAN - Pgina 38/68

    FIGURA 23 GRFICO DE UM POTENCIMETRO DE VARIAO LOGARTMA

    POSITIVA

    B. DE VARIAO LOGARTMA NEGATIVA

    Neste tipo de potencimetro, a variao do valor da resistncia

    totalmente oposta ao anteriormente descrito, ou seja, muito lento no

    incio do giro do cursor e muito rpida no final (figura 24).

    FIGURA 24 GRFICO DE UM POTENCIMETRO DE VARIAO LOGARTMA

    NEGATIVA

  • Apostila de Eletrnica Analgica 11 Ano Resistores VMNAN - Pgina 39/68

    C. DE VARIAO BILOGARTMICA

    No sendo muito comerciais, combinam o efeito produzido pelos

    outros dois anteriormente descritos, onde a sua resistncia aumenta

    muito lentamente no incio do giro do cursor, rpidamente nos

    valores intermdios e de novo muito lento no seu final (figura 25).

    FIGURA 25 GRFICO DE UM POTENCIMETRO DE VARIAO BILOGARTMA

    3) OUTROS TIPOS

    Existem ademais os denominados potencimetros mltiplos, os

    quais so constitudos por dois ou mais potencimetros acoplados

    mecanicamente entre si atravs de um nico cursor e dentro desta

    categoria, os mais comuns so os potencimetros duplos.

    So empregues geralmente em amplificadores e circuitos de controlo

    de tons ou equalizadores estereofnicos onde necessrio controlar

    ambos os canais ao mesmo tempo (figura 26).

    FIGURA 26 POTENCIMETROS DUPLOS

  • Apostila de Eletrnica Analgica 11 Ano Resistores VMNAN - Pgina 40/68

    Em todos os potencimetros estudados at agora, a variao do valor

    hmico se produz mediante ao giro do cursor.

    Porm, existem tambm um tipo especial de potencimetros

    denominados deslizantes ou longitudinais, nos quais a variao do

    valor hmico se obtem deslizando de um lado para outro a parte

    mvel situado no lado superior do componente, sendo muito

    utilizandos nos equalizadores de som (figura 27).

    FIGURA 27 POTENCIMETROS DESLIZANTES

    1.10.4. RECOMENDAES

    Quando desejarmos selecionar um potencimetro, temos de ter em

    conta os seguintes aspectos:

    1.10..1. O VALOR HMICO

    Dependendo do tipo e do tamanho do potencimetro, o valor da sua

    resistncia pode ser especificado de vrias formas.

    Geralmente os dados que vem impresso no corpo dos potencimetros

    o seu valor nominal, isto , o valor davresistncia medida entre os dois

    extremos fixos.

  • Apostila de Eletrnica Analgica 11 Ano Resistores VMNAN - Pgina 41/68

    Os potencimetros podem ser manejados em dois sries, a saber:

    a) Uma compreende os mltiplos de 1, de 2.2 e de 4.7;

    b) A outra compreende os mltiplos de 1, de 2.5 e de 5.

    Em alguns tipos de potencimetros, especialmente nos de ajuste e de

    multivoltas, o seu valor est marcado com uma notao especial,

    constituda por trs nmeros que se lm tal como se indica na figura 28.

    FIGURA 28 CDIGO USADO NOS POTENCIMETRO

    1.10..2. A TOLERNCIA E A POTNCIA DISSIPADA

    Esses valores so especificados claramente sobre o corpo dos

    potencimetros

    1.11. APLICAES

    Os potencimetros so usados principalmente como restatos, ou seja,

    conetando um dos terminais fixos e o cursor, com a finalidade de

    controlar a corrente que circula atravs do circuito onde esto inseridos.

    Podem tambm ser utilizados como divisores de tenso, os quais

    permitem obter qualquer valores de tenso compreendido entre o zero e

    o mximo da tenso aplicado entre os seus terminais.

  • Apostila de Eletrnica Analgica 11 Ano Resistores VMNAN - Pgina 42/68

    1.12. DIVISOR DE TENSO

    Na figura 29 se mostra um circuito eltrico formado por trs resistores

    ( ) conetados em srie, onde tambm se indicam os

    condutores que conetam os resistores entre si e com a fonte.

    FIGURA 29 RESISTORES LIGADOS EM SRIE

    As caractersticas gerais dos circuitos eltricos em srie so:

    a) Todos os elementos que compem o circuito, inclundo a fonte de

    alimentao, esto conetados um aps outro atravs dos condutores,

    formando uma cadeia.

    Neste caso, o plo positivo (+) da bateria est conetado a um dos

    extremos do resistor e o outro extremo de se liga ao resistor ,

    estando o outro extremo de ligado ao resistor e o outro extremo

    de estar ligado ao plo negativo (-) da fonte, fechando assim o

    circuito.

    b) Apenas existe uma trajetria para a circulao da corrente eltrica e se

    o circuito se abre ou se rompe em qualquer ponto, por exemplo no

    condutor b ou no resistor todo o circuito fica desconetado e no

    circula corrente eltrica em nenhum dos elementos do circuito.

    Esta ltima caracterstica muito empregue para controlar e proteger

    sistemas eltricos e eletrnicos e por essa razo, os dispositivos como

    interruptores e fusveis se conetam sempre em srie com os circuitos.

  • Apostila de Eletrnica Analgica 11 Ano Resistores VMNAN - Pgina 43/68

    Outro exemplo muito comum de cargas conetadas em srie so as

    lmpadas para rvores de natal, onde se fundir apenas uma das

    lmpadas ou se algum for retirado do lugar, nenhuma das outras

    iluminaro apesar de no estarem fundidas e estiverem nos seus

    respetivos lugares.

    c) Devido a que nos circuitos em srie apenas se tem uma nica trajetria

    para a circulao da corrente eltrica, a quantidade de eletres que

    passam por um ponto do circuito a mesma em qualquer outro ponto

    do circuito.

    Por isso, podemos afirmar que a corrente atravs dos elementos de um

    circuito em srie sempre a mesma (figura 30).

    FIGURA 30 CORRENTE ELTRICA NUM CIRCUITO EM SRIE

    Neste caso, a corrente (I) atravs do condutor a a mesma corrente

    que passa atravs dos condutores b, c e d, dos resistores , e

    e tambm da fonte U, sendo que em todos os casos, o valor da

    corrente atravs desse circuito de 2A.

    d) A tenso total aplicada pela fonte a um circuito em srie se distribui

    atravs de cada uma das cargas, de modo que quanto mais baixa for a

    sua resistncia menor ser a tenso obtida nos seus extremos (figura

    31).

  • Apostila de Eletrnica Analgica 11 Ano Resistores VMNAN - Pgina 44/68

    FIGURA 31 TENSO ELTRICA NUM CIRCUITO EM SRIE

    Neste caso, sobre cada carga aparece uma tenso ( , ou ) cujo

    valor depende do valor hmico dos resistores , ou e da

    corrente (I) que circula no circuito.

    A tenso existente em cada um dos resistores chamada de queda de

    tenso e porque da nica tenso da fonte, obtivemos trs tenses

    parciais sobre cada um dos resistores deste circuito, este circuito

    eltrico chamado de divisor de tenso.

    Dividir tenso de uma fonte colocar n resistores em srie de acordo

    com as nossas necessidades, ou seja, se pretendermos dividir a tenso

    da fonte em duas tenses parciais coloca-se dois resistores em srie

    com a fonte, trs tenses parciais coloca-se trs resistores, etc.

    De acordo com a lei de Ohm, a queda de tenso atravs de qualquer

    carga igual ao produto da corrente pela sua resistncia e, portanto, no

    caso do nosso exemplo, temos as seguintes relaes:

    ;

  • Apostila de Eletrnica Analgica 11 Ano Resistores VMNAN - Pgina 45/68

    ;

    .

    A soma das quedas de tenses ou das tenses parciais dever ser igual

    ou aproximadamente igual tenso que a fonte fornece e nunca

    superior a ela, ou seja:

    e) Em qualquer circuito seja ela srie, paralelo ou misto, a corrente

    fornecida pela fonte depende da resistncia total ( ) ou resistncia

    equivalente ( ) que representa o conjunto de todas as cargas.

    Num circuito em srie, em particular, o valor hmico da resistncia

    total igual soma de todas as resistncias individuais do circuito.

    Por outras palavras, a fonte considera todo o conjunto de cargas como

    se fosse um nico resistor, que neste exemplo ter o valor de 6.

    Por essa razo, circular atravs do circuito uma corrente (I) de valor

    2A, que a mesma que atravessa todos os elementos do circuito, valor

    obtido atravs da seguinte frmula:

  • Apostila de Eletrnica Analgica 11 Ano Resistores VMNAN - Pgina 46/68

    No clculo da resistncia total de um circuito em srie pode apresentar

    as seguintes situaes particulares:

    1) O circuito est formado por dois ou mais resistores do mesmo valor

    hmico, o valor hmico da resistncia total dada pela seguinte

    frmula:

    EQUAO 8

    2) Se o circuito est formado por dois ou mais resistores de valores

    hmicos diferentes, o valor hmico da resistncia total dada pela

    seguinte frmula:

    EQUAO 9

    Por exemplo, se tivermos oito resistores de 1k ligados em srie, o

    valor hmico da resistncia total :

    Por outro lado, se tivermos dois resistores de 100, um de 470 e um

    de 820 ligados entre si em srie, o valor hmico da resistncia total :

  • Apostila de Eletrnica Analgica 11 Ano Resistores VMNAN - Pgina 47/68

    De qualquer forma convm ter sempre presente a seguinte regra prtica:

    1.13. DIVISOR DE CORRENTE

    Na figura 32 se mostra um circuito formado por trs resistores

    conetados em paralelo e se aplicarmos a este circuito as caratersticas

    dos circutos em paralelo, temos:

    FIGURA 32 RESISTORES LIGADOS EM PARALELO

    1) Todas as cargas as cargas esto conetados simultaneamente aos

    terminais da fonte de alimentao.

    As cargas e seus fios de conexo fonte so chamadas de ramos e os

    pontos comuns de conexo so chamados de n ou nodos.

    Neste nosso exemplo, temos trs ramos e dois nodos, ou seja, o

    ramo1 constitudo pelo resistor 1 e os condutores a e b.

    A resistncia total ou equivalente de um grupo

    de resistores ligados em srie sempre maior que

    o maior dos resistores ligados em srie.

  • Apostila de Eletrnica Analgica 11 Ano Resistores VMNAN - Pgina 48/68

    2) Existe mais de uma trajetria para a circulao da corrente eltrica e

    se o circuito se abre ou se rompe em qualquer um dos pontos de um

    ramo, por exemplo no condutor b ou no resistor 1 do ramo1, todos

    os demais ramos continuam operando normalmente.

    Esta ltima caraterstica muito utilizada nas instalaes eltricas

    para permitir a operao das lmpadas e eletrodomsticos mesma

    tenso de servio, por exemplo 220V e, tambm a sua conexo ou

    desconexo de forma independente.

    Desta forma, a maior parte dos circuitos eltricos utilizados nas

    casas, fbricas e oficinas para alimentar computadores, mquinas,

    etc., so circuitos em paralelo.

    3) Num circuito em paralelo, todos os ramos esto conetados fonte e,

    portanto a tenso aplicada a todas as cargas tem o mesmo valor

    (figura 33).

    FIGURA 33 TENSO ELTRICA NUM CIRCUITO EM PARALELO

    Neste caso, as quedas de tenses sobre o resistor 1 (U1), sobre o

    resistor 2 (U2) e sobre o resistor 3 (U3) so idnticas e iguais

    tenso que a fonte fornece, ou seja:

    EQUAO 10

  • Apostila de Eletrnica Analgica 11 Ano Resistores VMNAN - Pgina 49/68

    4) Num circuito em paralelo a corrente total (IT) fornecida pela fonte ao

    circuito se repartem pelos ramos (figura 34).

    FIGURA 34 CORRENTE ELTRICA NUM CIRCUITO EM PARALELO

    Neste caso, a fonte fornece uma corrente total ( ) e atravs de cada

    ramo circula uma corrente parcial ( ) cujo valor depende

    dos respectivos valores dos resistores ( ) e da tenso

    existente nos extremos da fonte.

    De acordo com a lei de Ohm, a corrente atravs de qualquer carga

    igual razo existente entre a tenso aplicado e o valor hmico da

    sua resistncia, ou seja:

    ;

    ;

    .

  • Apostila de Eletrnica Analgica 11 Ano Resistores VMNAN - Pgina 50/68

    A soma das correntes parciais dever ser igual ou aproximadamente

    igual tenso que a fonte fornece e nunca superior a ela, ou seja:

    de realar que medida que se coneta mais uma carga a um

    circuito em paralelo, aumenta tambm a corrente que a fonte dever

    fornecer.

    Esta ltima a razo pela qual se queima um fusvel ou se dispara

    um disjuntor numa instalao eltrica quando se coneta demasiadas

    lmpadas ou aparelhos em tomadas de corrente.

    Neste caso, conforme se liga mais uma carga ao circuito e aumenta a

    demanda em corrente eltrica.

    Podemos chegar ao ponto da demanda em corrente ser superior ao

    que a fonte pode fornecer e, por isso ultrapassa o valor suportvel

    pelo fusvel ou do disjuntor, fazendo o primeiro queimar ou o

    segundo disparar (sobrecarga ou circuito sobrecarregado).

    5) Num circuito em paralelo, a corrente total fornecida pela fonte

    depende da resistncia total ou equivalente oferecida pelo conjunto

    das cargas, podendo o seu valor ser calculado das seguintes formas:

    I. Se o circuito em paralelo, estiver constituda por dois resistores de

    valores hmicos diferentes ( ) a resistncia total :

    EQUAO 11

  • Apostila de Eletrnica Analgica 11 Ano Resistores VMNAN - Pgina 51/68

    o Na figura 35 se mostra um exemplo, onde temos dois resistores de

    200 e 300 respetivamente ligados em paralelo, tendo um valor total

    de:

    FIGURA 35 CLCULO DO RESISTOR EQUIVALENTE

    II. Se o circuito formado por um resistor de valor R1=R em paralelo

    com uma outra de valor R2=R/n, ou seja, n vezes menor, a

    resistncia total dado pela seguinte frmula:

    EQUAO 12

    o Na figura 36 se mostra um exemplo, onde temos dois resistores de 8 e

    2k respetivamente ligados em paralelo, tendo um valor total de:

  • Apostila de Eletrnica Analgica 11 Ano Resistores VMNAN - Pgina 52/68

    FIGURA 36 CLCULO DO RESISTOR EQUIVALENTE

    III. Se o circuito est formado por dois ou mais resistores de igual valor

    hmico, a resistncia total a razo existente entre o valor de um dos

    resistores e o nmero de resistores ligados em paralelo.

  • Apostila de Eletrnica Analgica 11 Ano Resistores VMNAN - Pgina 53/68

    EQUAO 13

    o Na figura 37 se mostra um exemplo, onde temos cinco resistores

    iguais de 1k cada ligados em paralelo, tendo um valor total de:

    FIGURA 37 CLCULO DO RESISTOR EQUIVALENTE

  • Apostila de Eletrnica Analgica 11 Ano Resistores VMNAN - Pgina 54/68

    IV. Se o circuito est formado por dois ou mais resistores de valor hmico

    diferentes, a resistncia total :

    EQUAO 14

    o Este o caso mais geral e aplica-se a qualquer circuito paralelo,

    incluindo os trs casos particulares vistos anteriormente.

    o Na figura 38 se mostra um exemplo, onde temos trs resistores (R1,

    R2 e R3) de 2k, 2.5k e 10k respetivamente cada ligados em

    paralelo, tendo um valor total de:

    FIGURA 38 CLCULO DO RESISTOR EQUIVALENTE

  • Apostila de Eletrnica Analgica 11 Ano Resistores VMNAN - Pgina 55/68

    o De qualquer modo, quando se efetua o clculo de resistncias

    equivalentes em paralelo, deve-se ter sempre em conta esta regra

    prtica:

    A tenso existente na fonte igual tenso existente em cada um dos

    resistores ligados em paralelo, sendo que a corrente fornecida pela fonte

    repartida em correntes parcias que circula atravs de cada um dos

    resistores deste circuito, e por isso este circuito eltrico chamado de

    divisor de corrente.

    Os resistores at aqui estudados so conhecidos como resistores

    lineares, isto porque o valor hmico das suas resistncias eltricas

    variar praticamente apenas com a respetiva constituio e dimenses.

    Isto , considera-se que a sua variao com a temperatura desprezvel,

    quando comparado com os dos resistores no-lineares.

    Os resistores lineares so assim chamados porque o seu grfico em

    funo da tenso e da corrente eltrica uma reta (figura 39).

    FIGURA 39 GRFICO DO RESISTOR LINEAR

    A resistncia total ou equivalente de um grupo

    de resistores ligados em paralelo sempre menor

    que o menor dos resistores ligados em paralelo.

  • Apostila de Eletrnica Analgica 11 Ano Resistores VMNAN - Pgina 56/68

    1.14. RESISTORES ESPECIAIS

    Os resistores especiais so componentes cuja resistncia hmica

    estabelecida por fenmenos fsicos como a luz, temperatura, tenso

    eltrica, presso e outros.

    Na realidade, h resistores constiudas base de semicondutores e

    determinados xidos, cujos valores hmicos variam bastante com a

    temperatura, com a intensidade da corrente eltrica ou com a

    intensidade luminosa, chamados de resistores no-lineares.

    Esses resistores so no-linares porque o seu grfico em funo da

    tenso e da corrente eltrica uma curva (figura 40).

    FIGURA 40 GRFICO DO RESISTOR NO-LINEAR

    1.13.1. LDR

    So resistores tambm chamados de foto-resistores, cuja resistncia

    hmica decresce medida que aumenta a intensidade luminosa.

    Os iniciais LDR vem do ingls LIGHT DEPEND RESISTOR, ou seja

    resistor dependente da luz.

  • Apostila de Eletrnica Analgica 11 Ano Resistores VMNAN - Pgina 57/68

    So por isso resistores sensveis luz que sobre eles incidem e, para

    isso, so fabricados base de sulfureto de cdmio, selnio, etc. (figura

    41).

    FIGURA 41 RESISTOR LDR

    Entre as vrias aplicaes, podemos referir os seguintes:

    Interruptor de crepsculo (liga um circuito de iluminao,

    quando falta a luz natural);

    Fotmetros das mquinas fotogrficas;

    Deteno de incndios;

    Controlo automtico de luzes de alguns automveis;

    Foto-diodos;

    Etc.

    Os LDR tm como padro a escurido (resistncia mxima, geralmente

    acima de M) ou luz muito brilhante (resistncia mnima,

    aproximadamente 100).

  • Apostila de Eletrnica Analgica 11 Ano Resistores VMNAN - Pgina 58/68

    Por muitos anos o LDR mais comum foi o ORP12, mas nos ltimos

    anos o modelo NORP12 que possui aproximadamente 13mm tem se

    tornado muito comum.

    LDR menores esto tambm disponveis no mercado cujo dimetro

    aproximadamente de 5mm.

    Um LDR pode ser sensvel a infravermelho (IR do ingls

    INFRARED), da luz visvel e UltraVioleta (UV).

    O seu smbolo o mostrado na figura 42, sendo que na figura 43

    mostrado o desenho de um LDR:

    FIGURA 42 SMBOLO DO RESISTOR LDR

    FIGURA 43 DESENHO DO RESISTOR LDR

  • Apostila de Eletrnica Analgica 11 Ano Resistores VMNAN - Pgina 59/68

    1.13.2. TERMISTORES

    Os termistores (figura 44) so semicondutores sensveis temperatura,

    ou seja, sofrem alteraes no seu valor hmico conforme a temperatura

    em que fica exposto, podendo ser classificados em PTC ou NTC:

    FIGURA 44 TERMISTORES

    1.13.2.1. TERMISTORES PTC

    Os termistores PTC, do ingls POSITIVE TEMPERATURE

    COEFICIENT que em portugus significa termistores de coeficiente de

    temperatura positiva, tm a particularidade de o valor da resistncia

    aumentar bastante com o aumento da temperatura (figura 45).

    FIGURA 45 TERMISTORES PTC

  • Apostila de Eletrnica Analgica 11 Ano Resistores VMNAN - Pgina 60/68

    Um das linhas de produto mais abrangentes do mundo atualmente

    oferecido na categoria de produtos de medio e sensoriamento que

    utilizam tecnologias de temperatura.

    Estes produtos incluem termistores de alta temperatura, drivers de

    medidores, sensores e elementos de medidas e controlo.

    Oferece solues para desafios de sensoriamento de temperaturas

    encontrados em vrios segmentos da indstriais, tais como na medicina,

    no automobolismo e telecomunicaes.

    O seu smbolo o mostrado na figura 46:

    FIGURA 46 SMBOLO DO TERMISTOR PTC

    Os resistores CTP so fabricados base de titanatos de brio e de

    estrncio, tendo como aplicaes como limitadores da intensidade de

    corrente eltrica em circuitos eltricos/eletrnicos e mquinas eltricas,

    na proteco destes mesmos circuitos e em particular de motores contra

    temperaturas exageradas.

    O fato da resistncia aumentar com a temperatura permite limitar o

    valor da intensidade da corrente eltrica no circuito, se este componente

    estiver ligado em srie.

    1.13.2.2. NTC

    Os termistores NTC, do ingls NEGATIVE TEMPERATURE

    COEFICIENT que em portugus significa termistores de coeficiente de

    temperatura negativa, tm a particularidade de o valor da resistncia

    diminuir bastante com o aumento da temperatura (figura 47).

  • Apostila de Eletrnica Analgica 11 Ano Resistores VMNAN - Pgina 61/68

    FIGURA 47 RESISTORES NTC

    Os resistores CTN so fabricados base de xidos semicondutores de

    alguns metais, tais como, por exemplo, o crmio, o nquel, o mangans

    e o ferro.

    So fabricados sob diversas formas e tm aplicaes na medio da

    temperatura, proteco de circuitos, estabilizao da tenso, etc.

    O seu smbolo o mostrado na figura 48:

    FIGURA 48 SMBOLO DO RESISTOR NTC

    Conforme a curva caratersticas do termistor, o seu valor de resistncia

    pode diminuir ou aumentar em maior ou menor grau em uma

    determinada faixa de temperatura.

  • Apostila de Eletrnica Analgica 11 Ano Resistores VMNAN - Pgina 62/68

    1.13.3. VDR

    Um exemplo de resistor no-linear o varistor (figura 49) ou VDR

    (VOLTAGE DEPENDENT RESISTOR) onde a sua resistncia

    altamente dependente da tenso aplicada, por causa da resistncia de

    contato varivel entre os cristais misturados que o compe.

    FIGURA 49 RESISTOR VDR

    Sua caraterstica eltrica determinada por complicadas redes em srie

    e em paralelo de cristais de carboneto de silcio pressionados entre si,

    cujo valor hmico diminui com aumento da tenso aplicada nos seus

    terminais.

    Tm como principal aplicao a proteco de circuitos contra

    sobretenses, nomeadamente nas linhas areas, como pra-raios.

    O seu smbolo mostrado na figura 50:

    FIGURA 50 SMBOLO DO RESISTOR VDR

  • Apostila de Eletrnica Analgica 11 Ano Resistores VMNAN - Pgina 63/68

    1.13.4. MDR

    Os MDR so resistores dependentes da variao do campo mangtico,

    sendo que uma das classes mais importantes de sensores resistivos so

    os magnetoresistores.

    Estes sensores so componentes de circuito nos quais o valor nominal

    da resistncia eltrica uma funo da intensidade do campo magntico

    no qual se encontram imersas.

    Os magnetoresistores baseiam o seu princpio de funcionamento na

    interao existente entre o campo magntico e o fluxo de corrente

    eltrica, que se manifesta atravs da designada fora de Lorentz.

    Os magnetoresistores so utilizados na construo de cabeas de leitura

    de fitas e discos magnticos, designadamente em aplicaes udio,

    vdeo, memorizao de informao em sistemas de computadores,

    identificao de padres em cartes magnticos, instrumentao e

    equipamento de controle, etc.

    Os sensores MDR tm como smbolo o que nos mostrado na figura

    51:

    FIGURA 51 SMBOLO DOS RESISTOR MDR

  • Apostila de Eletrnica Analgica 11 Ano Resistores VMNAN - Pgina 64/68

    1.13.4.1. O SENSOR FP 202 D 250-22

    O sensor diferencial magnetoresistivo FP 202 D 250-22, produzido pela Siemens, consiste em um par de resistores tipo D, InSb/NiSb, em

    srie e um im permanente que fornece um campo magntico

    polarizado (figura 52)

    FIGURA 52 CARACTERSTICAS GERAIS DOS RESISTORES MDR

    O valor das resistncias dos magnetoresistores podem ser magneticamente controladas, sendo que o valor da resistncia total no

    estado despolarizado (sem o im) de 2x250.

    O sensor possui encapsulamento plstico, com trs contatos alinhados saindo de sua base, como nos mostra a figura 53:

    FIGURA 53 ALGUNS TIPOS DE RESISTORES MDR

  • Apostila de Eletrnica Analgica 11 Ano Resistores VMNAN - Pgina 65/68

    Esses resistores, tambm conhecidos por sensores, geralmente apresentam as seguintes caractersticas:

    Opera a altas temperaturas; Suporta alta tenso de sada; Tem amplitude do sinal independe da velocidade; Possui im polarizado imbutido; facilmente conectvel ao circuito eltrico.

    Esses componentes tm algumas aplicaes tpicas, tais como, por exemplo:

    Detetores de velocidade; Detetores de posio; Detetores de sentido de rotao; Codificador angular; Etc.

    1.13.2. ESPECIFICAO

    Os valores mximos para esses componentes esto especificados na tabela a seguir apresentado da folha de dados de um dos exemplares:

    Parmetro Smbolo Valor Unidade

    Temperatura de

    operao

    TA

    - 40 / + 140

    C

    Temperatura de

    estocagem

    Tstg

    - 40 / + 150

    C

    Potncia

    De

    Dissipao

    P

    400

    mW

  • Apostila de Eletrnica Analgica 11 Ano Resistores VMNAN - Pgina 66/68

    Tenso de entrada

    Vin

    7.5

    V

    Tenso de

    isolamento entre

    terminais

    VI

    > 100

    V

    Condutividade

    trmica

    G

    >= 5

    mW/K

    1.13.3. FUNCIONAMENTO E APLICAES

    Aproximando uma leve pea de ferro para perto do sensor uma mudana em sua resistncia obtida e o divisor de tenso do

    magnetoresistor causa uma reduo da temperatura na regio da tenso

    de sada.

    1.13.3.1. CONTADOR DIGITAL DE ROTAES

    Para um contador digital de rotaes, o sensor deve atuar com uma engrenagem magntica dentada

    O espao interdentrio deve ser aproximadamente o dobro do espao central do magnetoresistor (figura 54)

  • Apostila de Eletrnica Analgica 11 Ano Resistores VMNAN - Pgina 67/68

    FIGURA 54 CARACTERSTICAS GERAIS DO CONTADOR DIGITAL

    Os dois resistores do sensor so complementados por dois resistores adicionais de maneira a ser obtida uma tenso de ponte (Vout).

    Essa tenso de sada sem excitao nula quando a tenso de offset compensada, sendo que esse princpio de operao poder ser utilizado

    em projetos de decodificadores angulares, fazendo a relao entre o

    nmero de dentes contados e o nmero total de dentes.

    1.13.3.2. MEDIO DE DISTNCIAS LINEARES

    Esses tipos de sensores tambm podem ser usados para converter pequenas distncias lineares em um sinal eltrico proporcional, onde

    uma pequena pea de ferro, com 1.8 mm, movida acima da face do

    sensor.

    Os sinais proporcionais para distncias maiores que 1.5 mm podem ser obtidos tambm dessa maneira.

    O sinal de sada senoidal fornece uma tenso proporcional distncia no zero da regio de crossover, podendo esse princpio ser usado na

    construo de detetores de posio e de velocidade.

  • Apostila de Eletrnica Analgica 11 Ano Resistores VMNAN - Pgina 68/68

    1.13.9. CONCLUSO

    O sensor magnetoresistivo FP 202 D 250-22 um dos magnetoresistores mais simples produzidos pela Siemens, porm,

    apesar de sua simplicidade, possui uma larga faixa de operao e

    diversas aplicaes.

    tambm um componente ideal para visualizao prtica do efeito da fora de Lorentz, princpio bsico dos magnetoresistores.

    FIM