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Jornal Oficial da AAUM DIRECTOR: Vasco Leão DISTRIBUIÇÃO GRATUITA 138 / ANO 5 / SÉRIE 3 TERÇA-FEIRA, 07.DEZ.10 www.academico.rum.pt www.facebook.com/jornalacademico www.twitter.com/jornalacademico

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Jornal Oficial da AAUMDIRECTOR: Vasco LeãoDISTRIBUIÇÃO GRATUITA138 / ANO 5 / SÉRIE 3TERÇA-FEIRA, 07.DEZ.10

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SEGUNDA PÁGINA

Dia de eleições. É hoje que os estudantes decidem quem querem ver, no próximo ano, à frente dos destinos da Associação Académica da Universidade do Minho.Direcção, mesa da reunião geral de alunos e conselho fiscal e jurisdicional são os três órgãos que vão a votos. Três listas para a direcção e mesa da RGA e quatro para o CFJ dão uma margem de escolha confortável a quem vai votar. Muitos projectos, muitas ideias, muitas delas utópicas, outras irrealistas, outras ambiciosas até, mas todas, com uma certeza: defender os estudantes. Cada uma das listas, à sua maneira, tenta fazê-lo.Quem não o faz, com toda a certeza, são os partidos políticos. E foi precisamente um elemento de um deles que, na passada semana, no debate entre os candidatos à direcção da AAUM, após ter sido convidado a assistir ao debate sabe-se lá por quem (e com que autorização, já agora) fez questão de mostrar, democra-ticamente (ou não), quais os valores que defende, agredindo a soco um elemento da lista A. Considero que a pessoa em causa (que posteriormente se identificou à GNR como funcionário político e forneceu, como morada, a sede do PCP em Braga) não se lembrou de agredir um estudante apenas por prazer, até porque a atitude, de prazer, terá pouco. Certamente que a onda de provocações que era constatada na sala (situa-ção normal num país livre) o afectou mais do que a qualquer outro e justificou a sua atitude. Justificou não, desculpem-me, porque uma agressão física, nestes moldes, NUNCA é justificada.Ainda assim, a questão vai mais além do que isto. Um debate, que estava a servir para informar estudantes, não só os presentes, como também aqueles (muitos) que ouviram na RUM, ficou claramente condicionado após estes actos vergonhosos de uma pessoa, que nem estudante é. O que faz, então, ali, um não-estudan-te, ainda para mais funcionário político. Seja qual for a cor que defende, saber ouvir, saber responder com elevação, são certamente ensinamentos dos seus pares. O que o fez ter aquela atitude irreflectida que acaba por manchar o trabalho daqueles que o convidaram? Fica a pergunta.Em jeito de conclusão, apenas gostava de fazer um apelo ao voto. Ao voto informado, ao voto consciente. Ao voto pelo vosso percurso académico.Até para a semana!

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Irreverentes no Theatro CircoUm momento memorável. O fac-to de o 1º de Dezembro ser come-morado no dia do próprio feriado, ao contrário dos últimos anos, onde foi celebrado na véspera, possibilitou um momento único. Irreverentuna subiu ao palco e fez as delícias. A cultura de Braga de mãos dadas com a cultura acadé-mica. Grande momento.

Agressões no debateO debate entre os três candida-tos para a direcção da AAUM, promovido pela RUM, não foi bem entendido por alguém que convidou um funcionário políti-co para o mesmo. Porque razão esse personagem agride um estu-dante? Já agora, o que faz ali um funcionário do PCP? Demasiadas questões aqui no meio, não?

AbstençãoA trágica abstenção vai voltar a reflectir-se, nas eleições de hoje. Ainda assim, esperemos nós, que para a semana possamos dizer que a mesma desceu significati-vamente, em relação aos últimos anos. Por uma AAUM partici-pada pede-se a todos que, hoje, exerçam o direito de voto. Votem conscientes e informados.

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PÁGINA 03 // 07.DEZ.10 // ACADÉMICO

LOCALmúsica e cinema a trazerem alegria ao theatro circosofia pereira

[email protected]

o Theatro Circo foi palco de mais uma edição do Celta – Certame Lusitano de Tunas académicas.esta foi a 17ª edição do fes-tival, organizado pela azei-tuna (Tuna de Ciências da Universidade do Minho) e teve lugar no passado fim-de-semana, nos dias 3, 4 e 5 de Dezembro.

Tunas a concursoO Certame, para além da ac-tuação da tuna da casa, con-tou com a presença de nove tunas a concurso e com a Tuna Universitária do Mi-nho (TUM), numa presença extra-concurso. A primeira noite abriu com os anfitri-ões do espectáculo, que de-pois de algumas músicas e conversa com o público, cederam o palco à Tuna de Medicina da Universida-de de Coimbra (TMUC), acabando a primeira parte com a Tuna de Engenharia da Universidade do Porto (TEUP). Após o habitual intervalo e convívio entre – e com – tunas, a segun-da parte prosseguiu com a Tuna Académica do I.P.V.C. (Hinoportuna) e a Tuna da Universidade Católica Por-tuguesa do Porto (TUCP), respectivamente. Foi, então a vez da “nossa conhecida” TUM ter direito ao seu lugar no palco do Theatro Circo.

O segundo dia contou, numa primeira parte, com a presença da Tuna Uni-versitária de Aveiro (TUA), da Tuna Universitária do Instituto Superior Técnico (TUIST) e da Magna Tuna Cartola de Aveiro (Cartola). Após o intervalo, a Estudan-tina Universitária de Lisboa fez as honras, e, para encer-rar o espectáculo, o público contou, uma vez mais, com a actuação da Azeituna e a entrega dos prémios.

O cinemaO espectáculo, preenchido por momentos de entreti-mento constante, manteve-se fiel ao tema escolhido para esta edição – o cinema. À entrada do Theatro, a alu-são ao tema já era visível: “Celtawood” foi o nome es-colhido para a “sessão” deste Celta!A escolha da temática para o festival, diz Ricardo Mou-ra, encarregue de coordenar a Azeituna para este Celta, procura sempre “não limi-tar a representação do res-pectivo tema no espectácu-

lo”. A sétima arte “ajusta-se a esta ideia”, sustenta.Quem esteve no Theatro Circo no passado fim-de-semana pôde, precisamen-te, constatar isso, já que to-das as tunas se serviram do cinema para enriquecer a sua actuação. Foram muitas as piadas alusivas a filmes, mas também pequenas re-presentações teatrais a mar-car as duas noites.

Música tradicional com Jú-lio PereiraEste ano, o Celta primou pela diferença ao convidar o músico português Júlio Pereira.Este nome da música tradi-cional portuguesa actuou no último dia do festival, no Domingo, às 17 horas. Ricardo Moura explica que este “exímio músico de ban-dolim”, trouxe “muitas in-fluências musicais” à Azei-tuna, que segue “um estilo musical semelhante àquele que Júlio Pereira propõe”.Mas este espectáculo será, antes de mais, “uma prenda para a cidade de Braga”.

OrganizaçãoOs atrasos foram pequenos; não houve problemas técni-cos que interferissem no es-pectáculo; os lugares da as-sistência eram previamente marcados, o que permitiu que não se gerasse confusão na plateia; e, o alinhamen-to do espectáculo, decorreu conforme previsto.Ricardo Moura confirma que tiveram um feedback muito positivo, por parte das tunas concorrentes, no que concerne à organização e que estas “consideram o Celta um objectivo” e de-sejam “estar ao nível das expectativas”. Portanto, é como que “a recompensa do trabalho e do esforço que [tiveram] durante os últimos três/quatro meses”, que de-dicaram à organização do Certame.

Uma questão de... PrémiosAs opiniões podem ser di-vididas, mas o júri é quem manda. Ao primeiro lugar

do pódio foi chamada a Car-tola, tuna aveirense que es-teve em palco nessa mesma noite; ao segundo lugar, a TEUP; e, por fim, ao tercei-ro, aEUL. A TMUC arrecadou o pré-mio de melhor solista; a TUA, o de melhor instru-mental; a TUCP mereceu o prémio de melhor pan-deireta e a Hinoportuna, o reconhecimento de melhor porta-estandarte. O Prémio Interpretação do Tema “Cinema” foi entre-gue à Cartola - a juntar-se ao prémio de melhor tuna -, que se destacou pela apresentação de um filme aquando da sua actuação, criando um clima de cine-ma ao vivo.Em suma, a cidade minho-ta foi palco de um fim-de-semana marcado pela boa disposição académica, pela qualidade da música das tunas presentes e por todo o clima que um festival de tunas oferece.

XVII Celta, sempre com o cinema como pano de fundo

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PÁGINA 04 // 07.DEZ.10 // ACADÉMICOLOCAL

Diana Teixeira

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Desde o dia 28 de Novem-bro e até 10 de Dezembro, a Escola Profissional de Braga (EPB) desenvolve, em par-ceria com a Associação Fa-mílias, a campanha de soli-dariedade “A sua sopa para quem não a tem”.A época natalícia aproxima-se e, com ela, as noites géli-das de Inverno batem à por-ta. A sopa, pela sua riqueza nutricional e pelo seu baixo teor calórico, deve ser obri-gatória nas refeições de to-dos aqueles que querem ser saudáveis. Para aquecer “o corpo e a alma” de quem não tem oportunidade de escolher uma alimentação equilibra-da e saudável, mais uma

vez, a EPB une-se à Asso-ciação de Famílias de Braga numa campanha de solida-riedade que acolhe dezas-seis famílias carenciadas do distriro.

Campanha: recolha dos bens e fundosExpositor, Cruz Sobral, Flor do Sal, Tasquinha, Santa Gula, T4 e Cozinha da Sé são os sete restaurantes ade-rentes. A campanha passa pelo se-guinte: almoçar num dos restaurantes mencionados e oferecer a sopa, tantas ve-zes esquecida nas refeições principais dos bracarenses, a todos aqueles que não a têm e que gostariam de ter à sua mesa.Durante os doze dias da campanha estão, em cada um dos referidos restauran-

tes, duas alunas da Escola Profissional com o objectivo de recolher os donativos e esclarecer qualquer dúvida que surja. O custo de cada sopa é de 5 euros.Finalizada a campanha de solidariedade, as sopas ofe-recidas, traduzidas em bens alimentares, serão servidas às famílias carenciadas, as-

sim como o valor angariado.

Outras actividades da EPBNo seguimento desta cam-panha, a EPB está também a levar a cabo outras activi-dades com o intuito de re-verter a favor das famílias carenciadas de Braga.Venda de bolos, jogos multi-média, ou torneios de fute-

campanha de solidariedade serve sopa a famílias carenciadas

braga ganha cor com presépios de natal

sónia siLva

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O Museu Pio XII é o palco do Natal 2010 na cidade de Braga. Mais de uma centena de presépios, confecciona-dos por artesãos do distrito, encontram-se expostos nes-te local e podem ser admi-rados de 3 de Dezembro a 7 de Janeiro. Madeira, barro, ferro for-jado, vime e linho são os materiais que compõem os

presépios concebidos pelos principais mestres barris-tas dos concelhos de Braga, Barcelos e Vila Verde. O director do museu, cónego João Abreu, destacou, na apresentação da II Mostra de Presépios Regionais, “a adesão assinalável” des-tes arquitectos do barro e reforçou que estarão ao alcance dos olhos dos visi-tantes representações “ver-dadeiramente fantásticas e inimagináveis” da Sagrada

Família. Esta iniciativa partiu do Mu-seu Pio XII e da FILOMUPI (Associação de Amigos do Museu Pio XII), contando também com o apoio da Associação Comercial de Braga (ACB), da Associação para o Desenvolvimento Regional do Minho (Adere Minho) e da cooperativa Tu-rismo Cultural e Religioso (TUREL).Abílio Vilaça, director geral da ACB, explicou a colabo-

ração desta entidade à II Mostra, referindo que “os presépios são elementos de-terminantes na nossa cultu-ra e tradição”.Para os curiosos interessa-dos neste projecto, o cónego José Paulo Abreu constatou que a direcção do Museu está disponível para orga-nizar visitas guiadas, que possam ser solicitadas. A II Mostra de Presépios tem entrada livre, durante o ho-rário habitual de funciona-

mento do Museu Pio XII. Este projecto, para além da apresentação dos vários pre-sépios regionais, conta com outros eventos associados à época e ao espírito natalício. No dia 7 de Dezembro rea-lizar-se-á, no mesmo local onde se podem encontrar os presépios, uma prova de bolo-rei gourmet e, no dia 16 de mesmo mês, espera-se um concerto de música protagonizado por harpas e violinos.

bol são actividades organiza-das pela escola profissional com vista a angariar bens ou fundos para as dezasseis famílias.Actualmente, no distrito de Braga, o Banco Alimentar apoia 72 instituições.Os alimentos recolhidos são conduzidos até um total de 7118 pessoas.

Oferecer a sopa a quem precisa é a ideia desta campanha

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CAMPUSgata escaldada… mas sem medo da neve!riTa viLaça

[email protected]

Como forma de esfriar os ânimos eleitorais que estão ao rubro, já se começa a fa-lar no Carnaval na Neve. É já no dia 7 de Março que a Gata faz mais uma incursão ao gelo. Desta vez com desti-no assinalado em Cerdanya, este evento terá a duração de uma semana, sendo or-

ganizado pela Associação Académica da Universidade do Minho (AAUM), pela As-sociação do Antigo Estudan-te da UM (AAEUM) e pela Associação de Funcionários da UM (AFUM).“Destinado a poucos alu-nos”, como afirmou Elsa Moura, directora de co-municação e imagem da AAUM, devido em parte aos seus elevados custos, as ins-crições para esta actividade abriram no passado dia 23

de Novembro. No ano tran-sacto, esta actividade não se realizou devido à falta de inscrições.Segundo a directora, esta actividade poderá servir como forma de convívio en-tre os alunos minhotos, o pessoal docente e também o não docente. Vendo esta iniciativa como uma oportunidade de “ti-rar os alunos do seu habi-tat natural”, Elsa acredita que “infelizmente” a crise

xvi festival universitário de música popularvânia Barros

[email protected]

Decorre no próximo dia 11 de Dezembro, às 21h30, no Auditório do Parque de Ex-posições de Braga, a XVI edição do Festival Univer-sitário de Música Popular (FUMP) que terá entrada gratuita. O festival é orga-nizado pela Associação Re-creativa Cultural Universi-tária do Minho (ARCUM) e esta pretende, através dos grupos que a incorporam, dar vida e divulgar as mais vastas tradições da acade-mia minhota, da cidade bra-carense e da região, sempre

através da música.De acordo com Ricardo Agra, “a ARCUM trata-se de uma associação sem fins lucrativos com o intuito de promover a cultura musical portuguesa e internacional na cidade de Braga, através da realização de eventos culturais, que nos levam, devido à sua dimensão, a recorrer a entidades gover-namentais e não governa-mentais, de forma a obter o apoio necessário para even-tos desta envergadura”. O FUMP vai de encontro aos objectivos da associação e surgiu em Março de 1992, “com a finalidade de propor-

cionar um enriquecimento cultural através da partilha de tradições” afirmou Ana Alves, da organização deste evento. E conta, no festival, com a presença dos grupos que incorporam o ARCUM - o Grupo de Música Popular da UM, o Grupo de Folclore da UM e os Bomboémia.Ricardo Agra afirma que é “uma das mais importantes actividades que a ARCUM realiza anualmente”. “Com o objectivo de levar a anima-ção do festival para as mais importantes artérias do centro histórico bracarense, será realizado, na tarde des-se mesmo dia, um desfile

etnográfico que pretende cativar de uma forma origi-nal a população da nossa ci-dade” refere Ana Alves e Ri-cardo Agra, acrescentando que haverá, também “uma feira temática no Largo do Paço”. Este festival, único na promoção da música po-pular nos meios universitá-rios, revive, não só as nossas tradições, como as de outros povos. Para mostrar que, mesmo as mais enraizadas tradições podem ser reavi-vadas sem descurar as do passado, o XVI FUMP terá como tema “Reinventar Tra-dições”. Este ano, o FUMP associa-se a uma causa so-

já se faz ver nos bolsos dos estudantes, baixando as ex-pectativas de adesão para a actividade deste ano.Realizada com sucesso em anos anteriores, a Gata na Neve é uma das muitas actividades organizadas em colaboração com o De-partamento Desportivo da AAUM, precedendo outras iniciativas como a Gata na Praia e a Gata no Monte.Com apenas 40 quartos disponíveis, a Gata na Neve

cial, fazendo parceria com a Cruz Vermelha Portuguesa – Delegação de Braga, tendo como objectivo a angariação de fundos que revertem a favor de projectos levados a cabo pela Cruz Vermelha Portuguesa de Braga, ha-vendo assim recolha de ali-mentos e brinquedos. Em cartaz estão os Arrafole, a Orquestra Típica e Ran-cho da Secção de Fado da Associação Académica de Coimbra, os Percutunes, os Tocá Rufar, os Pauliteiros de Miranda do Orfeão Univer-sitário do Porto, com a par-ticipação especial de Isilda Miranda e Juliana Martins.

aceitará os pagamentos até ao dia 16 de Fevereiro do próximo ano, sendo que mais próximo da data de partida se efectuarão reuni-ões sobre a actividade.Durante esta semana, os participantes poderão usu-fruir de aulas diárias de Snowboard e Esqui. Aberto a alunos, famílias e docen-tes, esta actividade será uma celebração carnavalesca e primaveril colorida a branco polar.

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Maria João QUinTas

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[email protected]

Realizou-se no passado dia 2 de Dezembro, no cam-pus de Gualtar, um debate, organizado pela Rádio Uni-versitária do Minho, com o objectivo de dar voz às três listas candidatas à direcção da AAUM. No debate, mo-derado por Alexandre Pra-ça e Daniel Vieira da Silva, participaram os três cabeças de lista candidatos à direc-ção. Luís Rodrigues, actual presidente da Associação Académica que se candida-ta pela segunda vez à fren-te da lista A, Pedro Castro e Francisca Goulart que se candidatam ao cargo de pre-sidente pela primeira vez e encabeçam as listas B e C, respectivamente.Foram vários os temas tra-zidos para discussão e cada um dos candidatos teve oportunidade de apresentar o seu posicionamento face aos mesmos, assim como o projecto eleitoral das listas que propõe para dirigir a AAUM.

Motivações e projecto elei-toralLuís Rodrigues justificou a sua recandidatura com a vontade de dar continuidade

ao que tem vindo a ser feito a todos os níveis. Pretende, acima de tudo, defender os interesses e os direitos dos estudantes. “Estamos aqui para trabalhar a curto, mé-dio e longo prazo com os es-tudantes”, afirmou o candi-dato pela Lista A. Referiu o investimento que tem vindo a ser feito nas áreas do des-porto e da cultura, colocan-do a Universidade do Minho entre as melhores do país e até da Europa. E mostrou ainda uma forte preocupa-ção social.Por seu lado, Francisca Gou-lart tem o objectivo de trazer para discussão assuntos que considera estarem a ser ig-norados pela actual direcção da AAUM. Candidata-se, não por motivos pessoais, mas como representante de um movimento, o Elo Estudantil, e dos ideais que a ele estão subjacentes. A candidata pela Lista C re-feriu, ainda, a importância de ouvir os estudantes e da existência de uma política de proximidade, acusando a actual direcção da AAUM de distanciamento.Para Pedro Castro a política educativa e a acção social são os principais pilares do projecto eleitoral da Lista B. Também esta é uma can-didatura associada a um movimento, o AGIR, que defende a importância de lutar contra as actuais polí-

ticas do governo, pois con-sidera que muito têm vindo a prejudicar os estudantes. Assim, o representante da Lista B quer uma Associa-ção Académica “combativa e com capacidade de infor-mar os estudantes”.

Acção social escolar e políti-ca educativaLuís Rodrigues garante que a Lista A está ao lado dos estudantes e que vai conti-nuar a lutar e a estar na li-nha da frente na defesa dos seus interesses, através de acções de sensibilização e, também, com acções de pro-testo. Enquanto presidente da AAUM, teve já oportu-nidade de se reunir com os

debate para a direcção da aaum

órgãos competentes, abrin-do a possibilidade de nego-ciações. Garante que não está de acordo com este re-gulamento de atribuição de bolsas de estudo, conside-rando-o vergonhoso e afir-ma que as normas técnicas são escandalosas. O repre-sentante da lista A promete continuar a lutar contra esta situação de forma séria, co-erente e responsável, garan-tindo que, questões como o aumento do preço da senha da cantina ou das taxas de alojamento, assim como as próprias normas técnicas, serão revistas.A lista C considera que o Ensino Superior deve ser democrático, público e gra-tuito, reivindicando igual-dade de oportunidades no acesso a este. O Elo Estudantil quer man-ter os estudantes informa-dos e consciencializados, mobilizando-os para lutar pelos seus direitos. Assu-mem-se, assim, contra os cortes na acção social esco-lar, o RJIES e o Processo de Bolonha.A lista B defende um Ensi-no Superior mais democrá-tico e com maior qualidade. Considerando inadmissível que todos os anos haja pes-soas que se vêm obrigadas a abandonar o Ensino Supe-rior por não terem dinheiro para pagar as propinas, pro-metem lutar para combater

as actuais políticas do gover-no que estão a prejudicar os estudantes, exigindo o fim do Processo de Bolonha e a revogação do RJIES.

Regime fundacional No que diz respeito à passa-gem da Universidade do Mi-nho a fundação pública de direito privado, Luís Rodri-gues considera que essa dis-cussão só agora vai ter iní-cio, por isso é que a AAUM ainda não tomou nenhuma posição em relação ao as-sunto. No entanto, garante que a posição da Lista A face a esta questão será aquela que melhor represente a vontade dos estudantes.Os representantes das listas C e B posicionaram-se, já, contra esta medida.Francisca Goulart referiu os casos das Universidades do Porto e de Aveiro, em que a passagem para este tipo de regime não veio favorecer, de todo, os estudantes, an-

Foram vários os temas que pautaram o debate, onde

também houve espaço para cada lista apresentar o seu projecto

eleitoral

Foi no auditório B1 que o debate entre os candidatos à direcção teve lugar

Debate decorreu com normalidade até ao momento da agressão. Depois, apenas imprensa foi autorizada a permanecer na sala

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CAMPUSPÁGINA 07 // 07.DEZ.10 // ACADÉMICO

agressão marca debate

tes pelo contrário. A candi-data pela lista C considera que este tipo de regime sig-nifica um desinvestimento por parte do Estado e acre-dita que se os estudantes estiverem bem informados e conscientes não poderão estar de acordo.Pedro Castro assume uma posição semelhante, consi-derando que é da respon-sabilidade do Estado todo o financiamento do Ensino Superior, o que não se tem verificado, acusando o go-verno de um “desinvesti-mento sistemático no Ensi-

no Superior”. Relação com a ReitoriaFrancisca Goulart conside-ra que deve ser fomentada uma boa relação entre a As-sociação Académica e a Rei-toria, de grande colaboração e até de aconselhamento para que se possa fazer um melhor trabalho. Ainda assim, salienta que nunca deixará de defender as suas posições, mesmo que estas sejam contrárias às da Rei-toria.Pedro Castro afirma que o AGIR não tem nenhuma

posição em relação ao Rei-tor, no entanto, considera que, sendo o Reitor favorá-vel à passagem da Universi-dade do Minho a fundação pública de direito privado se encontra aqui um conflito desde já, visto que o AGIR rejeita completamente essa solução. Luís Rodrigues acredita que a relação da Associação Aca-démica com a Reitoria deve ser o mais próxima e o mais produtiva possível, pois con-sidera que os objectivos são comuns, são o interesse dos estudantes, os seus direitos e, também, os seus deve-res. Além disso, segundo o representante da lista A, a Reitoria tem reconhecido sempre importância aos projectos da Associação Académica, chegando mes-mo a ser parceira de muitos deles.

A assistir ao debate encon-travam-se vários elementos e apoiantes das três listas e foi, precisamente, entre a plateia que os ânimos aque-ceram mais, o que culmi-nou numa cena de violência física. Um elemento da lista A foi agredido por um sim-patizante da lista C.Pedro Pinheiro, candidato a tesoureiro da lista A, foi ata-cado e teve que abandonar o local para receber assistên-cia médica. O agressor não é estudante da Universidade do Minho e, na altura, iden-tificou-se com funcionário do Partido Comunista Por-tuguês. A agressão física, no entan-to, decorreu na sequência de várias provocações verbais entre os elementos de am-bas as listas, sendo este tipo de instigação considerado

como comum num debate deste âmbito.O debate teve, assim, que ser interrompido e a polícia foi chamada ao local para identificar os dois envolvi-dos no conflito físico. O caso seguirá agora os trâ-mites legais.Restabelecida a ordem, o debate retomou sem assis-tência e foi transmitido inte-gralmente pela Rádio Uni-versitária no dia três deste mês.A organização regional de Braga do Partido Comu-nista Português já se ma-nifestou em relação a este acontecimento à comunica-ção social, afirmando que o agressor não é, na verdade, funcionário do partido, ape-nas militante e rejeitando, assim, qualquer responsabi-lidade pelo ocorrido.

Apelo ao voto O debate terminou com uma chamada de atenção para o número elevado de abstenção que tem marcado as eleições para a Associação Académica na Universidade do Minho, os três candida-tos consideram esta questão muito preocupante e refor-çam a importância da divul-gação e da mobilização dos estudantes neste sentido. Considerando a abstenção como a principal opositora nas eleições, os três cabeças de lista esperam que a taxa de participação seja maior este ano. “Votem, tomem conheci-mento, entrem em contacto com as listas, dirijam-se às mesas de campanha, conhe-çam os projectos, partici-pem. É esse o apelo que eu faço”, concluiu o presidente da AAUM.

“Votem, entrem em contacto com as listas, conheçam os projectos, participem. É esse o apelo que eu faço.” Esta foi a mensagem do actual presidente da AAUM numa tentativa de combater a abstenção

Momentos de tensão depois da agressão do simpatizante da lista C (à esq.) a um elemento da lista A

Posições dos candidatos foram divergentes em muitos assuntos

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UNIVERSITÁRIO primeiro caso de teleaulas no ensino superiorCLáUDia rêgo

[email protected]

O assunto ainda é novo e pouco frequente, mas Da-vid Varela foi o primeiro, e a partir daqui quer abrir as portas para que mais alunos como ele possam usufruir desta mesma realidade.David Varela é portador de uma doença que o impossi-bilita de frequentar as aulas do curso de Sociologia em que está inscrito, no ISCTE (Instituto Superior de Ciên-cias do Trabalho e da Em-presa), mas nem por isso se viu impossibilitado de tirar o seu curso e acompanhar as aulas.As teleaulas foram a solu-ção. Contudo, aquando da sua candidatura à univer-sidade ainda não se conhe-cera nenhum caso de tele-

aulas no ensino superior. “Como não sou de desistir facilmente, candidatei-me, mesmo sabendo que o en-sino superior não disponi-bilizava condições a alunos

como eu”, revela. Este sistema de teleaula foi criado pela PT Inovação e é fomentado pela PT Fun-dação, através do programa Aladim.

Com este programa, através da internet faz-se a ligação entre a escola e a casa do aluno e faculta-se, assim, vá-rias funcionalidades como a videoconferência, trabalho colaborativo (conversa onli-ne em ambiente de turma virtual), controlo e registo de utilização, envio e recep-ção de ficheiros, partilha de aplicações, chat, selecção e controlo de câmara activa.Desta forma, David viu o seu desejo tornar-se realida-de e o objectivo agora é pos-sibilitar o mesmo, a outras pessoas com estas mesmas necessidades. “Abrir portas a outros foi sempre o meu objectivo pessoal”, revela o estudante.Quanto à fidelidade do sis-tema, David parece aprovar, “sinto mesmo que estou dentro da sala”, conta, admi-tindo que o sistema é fácil

de manusear e permite ver a sala completa podendo apontar a câmara para onde quiser.No ensino superior, David Varela é o primeiro aluno a ter a oportunidade de usu-fruir de teleaulas e a satis-fação do aluno não poderia ser maior.No ano passado, apenas assistiu às aulas através do skype, no entanto, este ano foi-lhe disponibilizada ajuda da Fundação PT e recebeu tecnologia mais avançada, mostrando-se muito con-tente com o facto. David re-vela, sorrindo, que “foi uma aventura”. Este é sem dúvida um siste-ma que abre muitas portas a alunos como o David e vem possibilitar a concretização de um sonho ou meta que, entretanto, poderia ter que ficar pelo caminho.

ana isaBeL Lopes(estudante de Ciências daComunicação,em salamanca)

Nochevieja Universitária

Conjugando a febre juvenil e a vontade de viver mais um ano, juntam-se, em Salamanca, no dia 16 de Dezembro, todos os jovens universitários para festejar antecipadamente a passa-gem de ano. Assim, a Plaza Mayor enche-se de vida e re-cebe, já com enfeites natalí-cios, a festa dos estudantes.Esta festa universitária que se expande ao longo da noi-te, torna possível possível a visita a todos os bares da cidade, que nesse dia têm

do outro lado da fronteira

horário especial de fecho.Esta é a maior festa dos estu-dantes universitários espa-nhóis (poderemos dizer que é o seu Enterro da Gata!) na qual se comem as famosas uvas, ao som das badaladas da meia-noite, e onde se fes-teja o novo ano que só come-çará… Daí a dias. Apesar de já se ter realizado noutras cidades, é em Salamanca, a cidade universitária por excelência, que este evento bate recordes de assistência.Mesmo com previsões de temperaturas abaixo de zero, as expectativas são bem altas em relação ao evento, sendo que em anos passados já foi possível jun-tar na cidade de Salamanca quase 30 000 jovens para

celebrar a noite de “ano novo”. Normalmente, as noites de Salamanca costumam ser bem agitadas e irresistíveis para quem procura passar bons momentos, mas esta noite em particular é a noi-te por excelência, onde se

usam os melhores trajes e onde se põe o maior sorriso.É o assunto do momento aqui na cidade!Todos os universitários po-dem também ser colabora-dores nesta festa, o que faz com que se sintam ainda mais envolvidos no evento.

Não há organização oficial, tudo é espontâneo e volun-tário, e dizem que este é o segredo desta grande festa!

É possível encontrar mais informações sobre esta festa no site http://www.noche-viejauniversitaria.com/.

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UNIVERSITÁRIOPÁGINA 09 // 07.DEZ.10 //ACADÉMICO

ana sofia MaChaDo

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Eduardo Melo, de 22 anos, estudante de Bioquímica, foi eleito presidente da Di-recção Geral da Associação Académica de Coimbra (AAC). O estudante foi eleito à primeira-volta, com uma vitória esmagadora, sobre os outros dois candi-datos.Votaram, em Coimbra, 5805 estudantes, menos meio milhar que no ano transac-to, num universo de mais de 20 mil alunos. Registaram-

goreTi pera

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Bruno Silva Santos, director da Unidade de Imunologia Molecular do Instituto de Medicina Molecular (IMM), em Lisboa, foi eleito jovem investigador da European Molecular Biology Organi-zation (EMBO) pela Organi-zação Europeia de Biologia Molecular, destacando-se como o único português de entre os 21 seleccionados.Este é já o segundo galardão da EMBO conquistado pelo cientista de 37 anos que, co-

locando-se no topo da lista de 74 candidatos em toda a Europa, recebeu, em 2006, um Installation Grant na quantia de 250 mil euros para, no prazo de cinco anos, montar um laborató-rio no IMM. “Ainda estou a usufruir des-te prémio até 2011, o que significa que vai haver uma acumulação com o financia-mento de 45 mil euros con-seguido agora para desen-volvermos o nosso trabalho nesse laboratório”, explicou ao Expresso.O cientista conta, ainda, com artigos publicados nas

revistas Science, Nature e Nature Immunology.Esta última distinção, in-tegrada na EMBO Young Investigator Programme, faz de Bruno um dos jovens mais talentosos da Europa e apoiá-lo-á ao longo de três anos, com 45 mil euros, no que respeita ao trabalho a desenvolver em coordena-ção com o director da Uni-dade de Imunologia Mole-cular do IMM e uma equipa de 11 pessoas.Através da investigação que leva a cabo pretende, em par-ceria com a sua equipa, con-tribuir para a concepção de

novas estratégias terapêuti-cas na luta contra o cancro e as infecções crónicas como a malária e a tuberculose e estudar o desenvolvimento e a função das células T nas respostas imunitárias a in-fecções e tumores.Neste sentido, a EMBO, organização de cientistas europeus que promove a excelência nas ciências biológicas na Europa, abre portas a um acesso privile-giado a uma série de infra-estruturas de investigação, de oportunidades de forma-ção e colaboração científica numa rede de cerca de 250

membros. Em declarações ao Ciência Hoje, Bruno Santos afirma que “esta organização tem uma estrutura montada por toda a Europa, incluindo um laboratório em Heidel-berg (EMBL) onde está a ‘nata das natas’ dos equipa-mentos que permitem fazer as experiências mais com-plicadas. “O laboratório onde trabalho passa, assim, a ser maior” e destaca ainda o acesso aos Advanced Courses da orga-nização, “que são conside-rados os melhores cursos a nível europeu”.

cientista português na lista dos 21 mais talentosos da europa

eduardo melo eleito presidente da associação académica de coimbra

se, ainda 470 votos em bran-co e 140 nulos.Eduardo Melo, que encabe-çava a lista T, obteve 4299 votos (73,20%), superando a votação das listas R, 550 vo-tos, e A, com 346 votos. Melo é o actual coordena-dor-geral do pelouro de po-lítica educativa da AAC, na direcção presidida por Mi-guel Portugal, que não se recandidatou a um segundo mandato. O candidato vencedor disse, à Lusa, que neste cenário de crise económica era im-portante o “alargamento da base de apoio da acção social

escolar e não a sua restrição como aconteceu”, argumen-tando que a actual legislação não serve aos estudantes.O presidente eleito diz ter intenção de exercer uma “postura combativa em de-fesa dos direitos dos estu-dantes”.O finalista do curso de Bio-química reforça, ainda, que pretende “reaproximar a cidade e comunidade es-tudantil”, desenvolvendo, assim, planos de formação para o empreendedorismo e, ao mesmo tempo, debater a criação de um plano de de-senvolvimento da Universi-

dade de Coimbra.Ainda nas eleições, foi elei-ta, pela lista T, para a mesa da Assembleia Geral, Diana Taveira, a primeira mulher a exercer o cargo em toda a história da AAC.Para além de Eduardo Melo,

concorreram às eleições para a direcção-geral da AAC, os estudantes Sílvia Franklin, do curso de Físi-ca, e Henrique Paranhos, de Engenharia Civil.As eleições decorreram nos dias 29 e 30 de Novembro.

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paTriCia painço

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O Centro de Investigação de Tamera, no Alentejo, lan-çou um projecto energético que tem como como fina-lidade tornar a aldeia auto-suficiente na produção de energia a partir da radiação solar. A comunidade formada por investigadores, estudantes e voluntários inaugurou esta ideia em Outubro de

2009, colocando-a à experi-ência durante um ano para apenas 50 pessoas. Assim sendo, no Monte Cerro, pró-ximo de Colos, estão a ser testados vários protótipos tecnológicos, para que se possam avaliar os pontos fracos e fortes deste empre-endimento e construir um modelo para 500 pessoas.Os recursos utilizados neste processo provêm apenas da energia solar e prendem-se na resolução de questões de bombeamento de água,

aquecimento e iluminação de casas e confecção de ali-mentos.No campo da produção de refeições, os testes que es-tão a ser realizados utilizam espelhos parabólicos que podem atingir entre os 500 e 700 graus, reflectindo a luz do Sol para um tacho onde se pode confeccionar a comida. Outro dos protó-tipos conta com uma estufa multifuncional, onde o cul-tivo de alimentos pode ser feito com baixo consumo

de água. Além disso, ocorre aquecimento de óleo vege-tal, que sendo depositado num tanque isolado, permi-te captar e distribuir o calor entre um motor, produtor de electricidade, e a cozi-nha. Para o armazenamento de água, está a ser ensaiada uma bomba que funciona apenas com energia solar termal.Estes módulos tecnológi-cos, inventados na maio-ria pelo alemão Jürgen

Kleinwächter, podem ser aplicados em qualquer par-te do mundo, sendo uma forma de optimizar a quali-dade de vida em países sub-desenvolvidos, promover a independência das grandes multinacionais de energia e desenvolver certas regi-ões menos conhecidas que dispõem de uma exposição solar privilegiada.O próximo passo será en-contrar patrocinadores para desenvolver a tecnologia e planear a sua reprodução.

NACIONALaldeia solar dá cor a centro de investigação no alentejo

inês MaTa

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Nos dias de hoje, com algu-ma imaginação, facilmente se criam artigos inovadores provenientes dos mais sim-ples objectos. No próximo dia 8 de Dezembro, a Liga Portuguesa Contra a SIDA (LPCS) irá promover uma exposição em Lisboa com recriações do seu conhe-cido laço vermelho por 20 designers portugueses. “20

o símbolo da luta contra a sida também é moda

Anos, 20 Laços” mistura a moda com a força de vencer uma doença que, em 2009, atingiu mais de 42 mil por-tugueses. É usual colocar o habitual laço vermelho no dia 1 de Dezembro. Este ano, o ob-jectivo da LPCS é torná-lo num hábito constante do dia-a-dia. A ideia principal é transformar o símbolo que foi criado em 1991 em Nova Iorque por alguns artistas em moda. O laço, símbo-

lo anteriormente recriado por altas personalidades como Katty Xiomara, Ana Salazar, Fátima Lopes ou Storytailors, significa a es-perança numa cura para os seropositivos. A exposição das recriações dos designers servirá tam-bém para comemorar o 20º aniversário da LPCS. Para além deste evento, no jogo de futebol da UEFA entre o Sporting e o Lille, houve uma angariação de fundos

e distribuição gratuita de preservativos à porta do Es-tádio de Alvalade. Por fim, os objectivos destas iniciati-

vas consistem na prevenção e informação da população sobre a SIDA e as suas con-sequências.

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Mariana fLor

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Milhares de estudantes ita-lianos manifestaram-se, nos últimos dias, contra a reforma universitária pre-vista pelo governo de Sílvio Berlusconi.Em Portugal, foi a vez de um grupo de 50 estudantes do programa Erasmus se juntar ao protesto, no passa-do dia 29, em Coimbra.As manifestações espalha-ram-se ao longo de vários dias, por vários países da Europa.Em Itália, os estudantes ocuparam edifícios uni-versitários e vários monu-mentos históricos como a legendária Torre de Pisa e o Coliseu, em Roma.Instalaram o caos no trânsi-to em cidades como Milão, Turim, Nápoles, Veneza,

entupindo as principais ar-térias das maiores cidades italianas.Em Portugal, os estudantes italianos juntaram-se nas escadas monumentais de Coimbra, gritando frases de protesto e erguendo faixas que continham mensagens

milhares de estudantes contra governo de berlusconi

como “Querida mãe, agra-dece ao Governo pela nova universidade italiana: eu fico aqui!”.Em causa estava a proposta de projecto lei do governo de Berlusconi, que resulta-ria em cortes orçamentais no ensino superior e na

consequente redução do corpo docente, assim como em inevitáveis aumentos das propinas universitárias. Esta reestruturação resulta-ria, também, na privatiza-ção tendencial do ensino, remetendo o Senado acadé-mico para um órgão consul-

tivo e com menor represen-tatividade estudantil.Apesar dos protestos, o pro-jecto de lei, conhecido como a “Lei Gelmini”, foi aprova-do em plenário, no passado dia 30, com 162 votos a fa-vor, 134 contra e 2 absten-ções.

Centenas de estudantes ocuparam o coliseu em Roma em protesto contra uma reforma promovida pelo governo que prevê cortes para a educacao

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Tânia raMôa

[email protected]

“A tomada do Complexo do Alemão foi um grande pas-so para a retomada do Rio de Janeiro”. Esta foi a man-chete da revista “The Eco-nomist”, na passada quinta-feira, e exprime claramente o espírito de mudança que a invasão policial das favelas do Rio de Janeiro, que se iniciou em 25 de Novembro, pretende trazer aos cario-cas. Nesse dia, o batalhão de operações especiais (BOPE), em conjunto com a marinha brasileira, tomou de “assal-

INTERNACIONAL

to” a favela de Vila Cruzeiro, uma das mais perigosas do Rio de Janeiro. O objectivo… Acabar com o tráfico de dro-ga e o crime organizado que fustigam esta cidade, há dé-cadas. Os traficantes conse-guiram escapar para o com-plexo do Alemão, complexo de favelas da zona norte do Rio de Janeiro, constituído por um conjunto de 13 fa-velas, entre as quais, algu-

mas das mais violentas da cidade. A mobilização das tropas policiais para esta região permitiu a apreensão de 300 motos e várias tone-ladas de substâncias ilícitas. Os confrontos provocaram dezenas de mortes. Contu-do, a intervenção das forças policiais revelou-se um su-cesso, na medida que, vá-rios traficantes se renderam e foram capturados. Outros

criminosos contaram com a ajuda de polícias corruptos para escapar às patrulhas, um facto que ainda é uma realidade latente no Brasil.Mais de uma semana após esta operação especial, o BOPE continua a encontrar toneladas de maconha nas várias favelas, que perten-cem ao complexo, contando com a ajuda dos moradores que procedem às denúncias.Esta tomada tem suscitado a curiosidade dos turistas que visitam o Rio de Janeiro e de todos os órgãos de co-municação social do Mun-do. As forças da Paz, como

são designadas, permane-cerão no Alemão mais seis meses, com um conjunto de polícias devidamente treinados para o combate ao crime e tráfico, de modo a tentar estabelecer a ordem e evitar os actos de violên-cia na cidade “maravilhosa”.Os moradores do Rio de Ja-neiro começam a respirar de alívio e a esperança de viver num Brasil sem tráfi-co e em paz, cresce a cada dia. Sem dúvida, no Rio de Janeiro vive-se um clima de expectativa pela mudança e protecção dos cidadãos, há muitos anos esperado.

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invasão das favelas: um passo na luta contra o tráfico na “cidade maravilhosa”

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ENTREVISTAPEDRO ALMEIDAPRESIDENTE DA

COMISSãO ELEITORALCLáUDia fernanDes

[email protected]

Num contexto de eleições para a Associação Académica da Universidade do Minho, Pedro Almeida, presidente da Comis-são Eleitoral falou ao ACADÉ-MICO sobre as expectativas de redução da abstenção através da introdução de inovações no acesso às mesas de voto. Pedro Almeida falou ainda sobre as iniciativas de apelo ao voto e os incidentes na época de campa-nha eleitoral.

Enquanto presidente da Comis-são Eleitoral, quais são as suas principais responsabilidades?As minhas principais res-ponsabilidades são as de-finidas nos estatutos da Associação Académica. As competências da Comissão Eleitoral são verificar as lis-tas concorrentes e a sua ca-pacidade eleitoral, elaborar e coordenar os cadernos elei-torais, reunir e informar as

listas sobre as regras e mate-rial de campanha e conferir, através de provas fornecidas pelas listas, a não existência de irregularidades. Tudo isto já está, neste momento, rea-lizado. A Comissão Eleitoral tem, ainda, a responsabilida-de de orientar a impressão e distribuição dos boletins de voto, realizar o escrutínio logo após a votação e declarar os vencedores das eleições.

Quais as inovações, no que se refere ao apelo ao voto e ao com-bate à abstenção, implementa-das nestas eleições? Para apelar ao voto iremos enviar uma mensagem a to-dos os estudantes no dia de reflexão (segunda dia 6 de Dezembro). Procuraremos colocar mais urnas dentro dos pólos, por exemplo no horário de almoço, na canti-na de Gualtar e de Guima-rães. Pretendemos também, colocar uma mesa de voto na Escola de Arquitectura. Em Braga, aspiramos ter tam-

meados, colocamos o Plane-amento Eleitoral no ACA-DÉMICO e temos utilizado este meio para nos divulgar. Iremos, também, ter na Rá-dio Universitária do Minho (RUM) um spot publicitário de apelo ao voto. Tentamos apelar ao voto dentro das nos-sas possibilidades.

E no dia?No dia 7 de Dezembro, é dia de eleição e não vamos desenvolver nenhuma acção em concreto. Colocaremos no placares de curso e nos corredores cartazes a incenti-var os alunos a votar.

Qual a sua opinião sobre o incidente ocorrido no debate, realizado no passado dia 2 de Dezembro?Considero este tipo de atitu-des lamentáveis. Acho que numa democracia deve ha-ver, sempre, respeito mútuo pelas opiniões e pelas deci-sões que são tomadas e não foi o que se passou nesse dia.

bém mesa de voto no Com-plexo Pedagógico 1 (CP1), além de todas as outras que são colocadas nos sítios habi-tuais, como CP2.

O que vai ser desenvolvido para permitir o acesso ao voto aos deficientes, nomeadamente os invisuais?Na eleição do ano transacto, presidida igualmente por mim, introduzimos a inova-ção do boletim de voto em braille. É um boletim que é colocado em cima do boletim convencional e o estudante invisual consegue identificar em qual lista irá votar. O ano passado foi uma boa concreti-zação e, este ano, esperamos ter, igualmente, sucesso.

Quais as expectativas relati-vamente a números de adesão eleitoral, por parte dos estudan-tes?O ano passado as eleições fo-ram numa quinta-feira, dia em que o estudante não vem tanto à universidade e houve

cerca de dois mil votantes. Este ano gostava de duplicar este número, mas sei que é um objectivo muito difícil de alcançar. Gostava de ul-trapassar os três mil, uma vez que a terça-feira é um dia mais propício às eleições. Neste momento, nos cader-nos eleitorais existem 17351 alunos. Claro que a abstenção será sempre grande, porque neste número estão incluí-dos alunos de licenciatura, mas também de mestrado e doutoramento e alguns des-tes nem virão à universidade nesse dia (7 de Dezembro). Os alunos não se deslocam à universidade propositada-mente para votar. O ideal seria ter um voto electrónico, situação que poderá vir a ser pensada no futuro, mas para já é totalmente impossível.

Quais as principais acções que tem desenvolvido durante o tempo de campanha, relativa-mente ao apelo ao voto?Logo após termos sido no-

“Gostava de ultrapassar os 3 mil votantes”

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euros é um valor simbólico para uma sala como esta”. O membro do CAUM expli-cou que no ano passado as pessoas foram buscar os bi-lhetes gratuitos, no entanto, como não compareceram, a sala ficou vazia e havia pes-soas à porta do Theatro Cir-co que queriam entrar, mas não podiam porque não ha-via bilhetes.Luísa Cardoso estreou-se como espectadora da Récita e fez um balanço positivo de tudo o que viu, acrescentan-do que foi uma noite muito animada.A ausência da Augustuna foi notada por Teresa Este-ves, contudo a espectadora assídua do 1º de Dezembro achou o evento “bastante interessante”, não deixando de comentar a linguagem utilizada por alguns grupos culturais que, do seu ponto de vista, nem sempre foi a melhor.Para os mais resistentes, a festa continuou no Insólito, depois no Bar Académico de Braga e depois na discoteca Sardinha Biba.

REPORTAGEMbraga relembra os heróis de 1640ângeLa CoeLho

[email protected]

Há 370 anos, os estudantes do Colégio de S. Paulo, em Braga, saíram à rua e “pi-lharam” galinheiros, feste-jando desta forma a Restau-ração da Independência de Portugal e aclamando o rei D. João IV. Em 2010, o cená-rio foi um pouco diferente. Os estudantes minhotos, e não só, acorreram ao The-atro Circo para comemorar o 1º de Dezembro, numa récita que juntou no mesmo palco quase todos os grupos culturais da Universidade do Minho (UM).O Coro Académico (CAUM) fez soar as primeiras notas de uma noite que, a julgar pela sala cheia, prome-tia. João Reis, membro do coro, teceu vários elogios à organização do evento, a Associação Académica da UM (AAUM), dizendo que “estava mais bem organi-zado” em comparação com os anos anteriores, “estava tudo mais planeado”. Esta foi também uma noite es-pecial para o CAUM, pois, como explicou João Reis, “os caloiros passaram a co-ristas efectivos” e estrearam a sua própria versão da mú-sica “Bohemian Rhapsody”, dos Queen.

O espectáculo, apresentado na primeira parte pelo Gru-po de Jograis da UM, com a sua habitual sátira política e social da qual o Primeiro-ministro, José Sócrates foi a personagem principal, contou ainda com as parti-cipações do Grupo de Fados e Serenatas, a Azeituna, a Tun’Obebes e a Afonsina.O Grupo de Fados de Coim-bra, também denominado pelos irreverentes académi-cos dos anos 60 de Braga, prestou uma homenagem a Carlos Alberto Cerqueira Fernandes, mais conheci-do como “Cerqueirinha”, membro do grupo falecido este ano. Para Luís Rodri-gues, actual presidente da AAUM, esta homenagem foi um dos motivos que tornou esta noite especial: “Revivemos aqui uma per-sonalidade tão carismática e tão importante na história da Universidade do Minho, na história da cultura e das tradições académicas”.A segunda parte desta récita foi marcada pelo ritmo dos Bomboémia, que aproveita-ram o momento para divul-gar o XVI Festival Univer-sitário de Música Popular (FUMP), que decorre já no próximo dia 11 de Dezem-bro.Um dos momentos altos da

noite foi proporcionado pela Irreverentuna que, mesmo sem instrumentos musi-cais, encantou os presentes com a sua irreverência e descontracção.O Teatro Universitário do Minho (TUM) despertou os espectadores com dois monólogos que arrancaram algumas gargalhadas e mui-tas palmas aos presentes.

O 1º de Dezembro não podia terminar sem a actuação da Gatuna, da Tuna Universi-tária do Minho e, ainda, da OPUM-DEI, que criticou a sociedade portuguesa num formato de “Casa dos De-gredos”.“É um 1º de Dezembro mui-to especial, muito marcante e com uma carga simbólica muito particular”, foram estas as palavras utilizadas por Luís Rodrigues para descrever a noite em que to-dos relembraram os heróis de 1640. Quanto ao facto deste ano se cobrar dois euros pelo bilhe-te, enquanto nos anos an-teriores tinha sido sempre gratuito, o actual presidente da AAUM acredita que esta é uma forma de “valoriza-ção do espectáculo”. “A gra-tuitidade dos bilhetes nem sempre é valorizada da me-lhor maneira”, conclui Luís Rodrigues.João Reis corroborou o que disse o presidente da AAUM: “Acho que foi po-sitivo a cobrança dos bi-lhetes”, uma vez que “dois

O evento foi organizado pela AAUM, juntando no mesmo palco quase todos os grupos culturais da UM

O fim da gratuitidade dos bilhetes é, para Luís Rodrigues, uma forma de

valorização do espectáculo

Clá

udi

o P

ires

Cláudio Pires

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REPORTAGEMwikileaks. quem não o teme?

BrUno fernanDes

[email protected]

Sob a lema “manter os go-vernos abertos”, o WikiLe-aks é um site que tem esta-do em destaque nos últimos dias. Este site resolveu di-vulgar cerca de 250 mil fi-cheiros, até agora secretos, e que correspondem a telegra-mas enviados pelas embai-xadas norte-americanas em vários pontos do mundo. O site prometia que os do-

cumentos, quando fossem divulgados, provocariam algum desconforto no seio da administração Obama. O que é certo é que a adminis-tração Obama a considerou a “maior fuga de informa-ção da história”.

Os documentosOs documentos são telegra-mas enviados entre as em-baixadas norte- americanas e Washington. Esta fuga de informação é denominada de “Cablegate” pelo próprio WikiLeaks. Para o site, os documentos permitirão “que as pessoas de todo o mundo conheçam a fundo como funcionam as activi-dades americanas no exte-rior.”Dos 251.287 telegramas, 15.652 são classificados como secretos. Segundo Julian Assange, responsá-vel pelo site, os documen-tos mostram “a contradição entre a persona pública dos EUA e o que a potência faz por debaixo dos panos”.

A questão portuguesa

Portugal também é citado num dos telegramas já di-vulgados. Proveniente da embaixada de Lisboa, o tele-grama mostra que a pressão do Parlamento Europeu e da oposição do governo de José Sócrates “complica o pedido dos EUA para repatriar pri-sioneiros de Guantánamo por Portugal”. No entanto, houve mesmo um pedido formal de Wa-shington a Lisboa: num comentário de Alfred Hoff-man Jr., antigo embaixador de Lisboa, no final do tele-grama, o mesmo refere que Luís Amado tentava ame-nizar os danos do governo, enquanto decorria a investi-gação dos voos da CIA e se tentava convencer o minis-tro a aceitar o pedido para se efectuarem os voos, tendo como ponto de paragem a base das Lages.

A reacção norte-americanaPor seu lado, a diplomacia norte-americana não perdeu tempo a reagir: Robert Gi-bbs, porta-voz da Casa Bran-ca, disse já que esta divulga-ção era “uma grave violação da lei e uma ameaça grave para os que conduzem e os que apoiam a nossa política externa”. Hillary Clinton, por seu lado, sustenta que “não há nada de louvável” nesta divulgação, referindo que fugas de informação deste tipo “ameaçam o fun-cionamento responsável de um governo”. Gibbs referiu-se também ao estado de espírito do presi-dente aquando a divulgação dos telegramas: “ Ficou no

mínimo descontente, quan-do foi informado, na passa-da semana, da publicação iminente dos 250 mil tele-gramas”. Para não permi-tir mais nenhuma possível fuga de informação, o uso de informação classificada foi restringido ao “estrita-mente necessário para fazer o seu trabalho de forma efi-ciente”.

Ataques informáticosEntretanto, o WikiLeaks es-teve fora do ar durante cerca de 6 horas.Vários ataques informáti-cos levaram a que a empre-sa fornecedora do serviço deixasse de albergar o site, pois os constantes ataques informáticos poderiam pôr em causa a infra-estrutura informática e poderiam le-

var a que centenas de sites fossem afectados. O WikiLeaks mudou o en-dereço para a Suíça, mas mantém os seus servidores em França e na Suécia.O governo francês, através do ministro da Indústria, energia e economia digital, Eric Besson, disse que já to-mou as medidas necessárias para que o site não possa ser alojado em servidores fran-ceses. Também a PayPal, empresa que procede ao pagamen-to através da internet, blo-queou as doações ao Wiki-Leaks através deste sistema.Entretanto, o tribunal supre-mo sueco ordenou um man-dado de captura internacio-nal contra Julian Assange, fundador do site, por alega-dos crimes sexuais.

A diplomacia norte-americana considerou este acto uma ameaça grave à política externa

Julian Assange, fundador do WikiLeaks, não acredita que esta fuga ponha vidas em risco

O site resolveu divulgar

milhares de ficheiros norte-americanos, o que prvocou desconforto no seio da

administração Obama

Portugal também é citado num dos telegramas sobre os prisioneiros de

Guantánamo e os voos da CIA

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INQUÉRITORevês-te no espírito consumista da época natalícia? Célia Silva, aluna do 1º ano de Administração Pública, confirma que tem o hábito de comprar presentes para toda a gente na época na-talícia. Apesar de os cida-dãos serem, cada vez mais consumistas, reconhece que esse não é o espírito do Natal. Para esta aluna do 1º ano, o Natal não é uma época de consumo exces-sivo, mas sim uma época para partilhar momentos com a família. Contudo, pensa que o panorama de crise pode alterar o compor-tamento dos portugueses. Célia Silva acredita que, este ano, o consumo pode dimi-nuir, em virtude das meno-res possibilidades das famí-lias para gastar dinheiro em compras.

Yoan Ribeiro, aluno da Li-cenciatura em Engenharia Informática (LEI), reconhe-ce que é impossível não se rever neste espírito natalí-cio, perante o contexto de sociedade de consumo em que vivemos. Para este alu-no, o espírito não é consu-mir, mas sim dar a quem mais precisa. Na sua opi-nião, o que devemos fazer é dar um bocado do que é nosso aos mais pobres. O espírito do Natal não deve ser consumir, mas pelo con-trário, partilhar o que temos com pessoas que têm me-nos que nós. Para Yoan Ri-beiro, supostamente a crise deveria afectar o consumo, mas como os cidadãos são muito consumistas vão con-tinuar a consumir, no en-tanto comprando produtos mais baratos.

Ricardo Campos, aluno da Licenciatura em Engenha-ria Informática, admite que não se revê no espírito consumista do Natal. Ain-da assim, refere que apenas compra presentes para a fa-mília mais chegada, como os pais e irmãos, admitindo que não tem o hábito de tro-car prendas com os restan-tes familiares. Nos tempos de crise em que estamos a viver, este aluno não con-corda com o consumo nes-ta época, considerando que os cidadãos deveriam pou-par mais nas compras. No entanto, Ricardo Campos acredita que não vai haver uma alteração no compor-tamento dos portugueses e que vão continuar a despen-der dinheiro nos presentes de Natal.

Filipa Moura, aluna de Di-reito, discorda totalmente com o espírito consumista que se vive na época natalí-cia. Na sua opinião, deveria manter-se o espírito de con-vívio em família e de alegria quando estamos reunidos à mesa. Pelo que já viu, não acredita que haja uma di-minuição do consumo, mas sim uma maior selecção nas compras, optando pe-las compras mais baratas. A seu ver, não haverá uma abstenção de compras, o que também não seria o mais conveniente. A frequentar o 3º ano, Filipa tem consci-ência das dificuldades que o país atravessa e, por isso, defende que tudo o que é su-pérfluo deve ser colocado de parte, não gastando o que se pode precisar numa outra altura.

YOAN RIBEIRO1º ANO //

ENGENhARIA INFORMÁTICA

RICARDO CAMPOS2º ANO //

ENGENhARIA INFORMÁTICA

FILIPA MOURA3º ANO //

DIREITO

SóNIA RIbEIRO [email protected]

Numa altura em que se aproxima a chegada do Natal, o ACADÉMICO foi conhecer os hábitos dos alunos da UM durante a época natalícia. Influenciados pela sociedade de consumo em que vivem, muitos são os que se identificam com o espírito consumista do Natal. Apesar de reconhecerem as dificuldades que muitas pessoas atravessam, os alunos não esperam uma diminuição do consumo, como seria expectável. Acreditam que haverá, sim, uma procura racional, orientada para produtos mais baratos. Na opinião dos alunos, tem vindo a perder-se a tradição de convívio em família, predominando o espírito consumista já característico da sociedade.

CÉLIA SILVA1ºANO //

ADMINISTRAçãO PúBLICA

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PÁGINA 17 // 07.DEZ.10 // ACADÉMICO

REPORTAGEMquando a música vem da garagemCLáUDia fernanDes

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Levanta-se a porta da ga-ragem e faz-se silêncio. A aula vai começar. Pega-se na guitarra e dá-se os pri-meiros acordes. Vai ser uma hora de aprendizagem com o professor Rui Castro que, depois de terminar o 8º Grau do Conservatório, criou a sua própria escola de Música, aproveitando, para isso, o espaço da sua garagem.Nesta escola, fundada no início do ano passado e chamada NuguelMusic, pode-se aprender a tocar saxofone, piano, bateria, (no contexto jazz) e concertina, guitarra clássica, guitarra eléctrica e também guitar-ra acústica. Uma das suas mais-valias é que, no âmbi-to do Jazz, segue um méto-do de ensino aprovado pelo próprio Ministério da Edu-cação.Recordando o arranque des-

te projecto, o professor Rui Castro lembra que ficou surpreendido por os alu-nos terem aparecido, depois de ter espalhado cartazes e flyers nas imediações da Universidade do Minho (UM). “Vi muitos alunos a aderirem à publicidade do “queres aprender aparece”, explica. Neste momento, re-vela ter muitos alunos. “Só em guitarra são cerca de 400, no total”, aponta. Des-te universo, muitos são da UM, alguns dos quais com a própria banda musical. Um dos seus primeiros alunos e também estudante da UM, Pedro Pregueiro, aprendeu muito rápido, na opinião de Rui Castro. “Pus o Pedro a dar aulas comigo, passado um ano”, conta, acrescen-tando que, neste momento, o antigo aprendiz trabalha no Centro Cultural de Be-lém, em Lisboa.

Parceria com AAUM na ca-lhaRui Castro está, no momen-

to, em conversações com a AAUM no sentido de firmar um protocolo que permita, entre outras coisas, promo-ver workshops na Universi-dade a um preço que possa ser suportado pelo bolso dos estudantes. Outro dos ob-jectivos desta parceria seria a possibilidade de os alunos da NuguelMusic poderem actuar nos espaços de diver-são nocturna, como o Bar Académico. “Inicialmente seria, de forma gratuita, o que era óptimo para a divul-gação, quer dos alunos, quer da escola”, explica.No que toca a apoios, o pro-fessor de música, diz não sentir grandes facilidades, mas também diz não as ter procurado. No entanto, não deixa de lamentar as vicis-situdes com que, por vezes, se depara. “No ano passa-do”, exemplifica, “organizá-mos um concerto, no IPJ, de cariz solidário, com 120 guitarras em palco. Inicial-mente, íamos ter de pagar o aluguer do espaço, mas aca-

bou por ficar gratuito graças à colaboração do presidente da Junta de Freguesia de S. Vítor”.

“Ao fim de seis meses, já fa-zem umas brincadeiras”

Os que se quiserem inscre-ver podem fazê-lo através do site da escola e contam com duas aulas gratuitas e ho-rários flexíveis consoante a disponibilidade dos profes-sores. “Com gosto, ao fim de seis meses, já fazem umas brincadeiras. Mas isso va-ria de pessoa para pessoa”, explica Rui Castro. Não ter um instrumento não é um obstáculo para aprender, uma vez que os professores levam para todas as aulas instrumentos a mais, que os alunos podem utilizar. No entanto, o professor refe-re a importância de possuir instrumento próprio para conseguirem “praticar em casa”. As pessoas podem ter as aulas em diversos sítios: algumas juntas de fregue-sia, na escola D. Maria II e em alguns centros de ATL como Lamaçães e São Pe-dro.

A vida dupla de um segu-rança

A paixão pela música vem

desde sempre, dado que o seu pai, guitarrista, o “obri-gou” a aprender a tocar. Re-vela, no entanto, que nunca sonhou em ter uma carreira nesta área. “As coisas foram andando, foram-se pro-porcionando e acabou por acontecer”. Juntamente com esta carreira de professor de música, Rui Castro concilia a de segurança. Mas é fácil coadunar estas duas vidas tão diferentes? “No início foi mais complicado, mas agora já só estou em part-time e é mais fácil. Eu diria que o mais difícil é conciliar a vida de professor de músi-ca com a de marido e pai”, reconhece.

Próximos projectos

Neste momento, a Nuguel-Music está a organizar um concerto para a Festa da Junta de Freguesia de São Vicente, no dia 16 de Dezembro, que decorrerá no Parque de Exposições. “Vamos pôr 70 guitarras em palco”, conta. A longo prazo, querem “continuar a crescer” e estar em mais juntas de freguesia, escolas e centros de ATL. Vão, ain-da, abrir uma nova loja, em Janeiro, e esperam a oportu-nidade para se expandirem para outras localidades.

Rui Castro (à esq.) quer ver a escola expandir-se para

outras localidades

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Perto da UM, esta escola ensina já mais de 400 alunos

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TECNOLOGIA E INOVAÇãO

franCisCo vieira

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World of Warcraft: Cata-clysm é a terceira expansão para o mais famoso MMOR-PG do mundo e tem a sua data de lançamento mundial prevista para esta terça-feira (dia 7). Cataclysm traz uma nova imagem ao já antigo mundo de Azeroth, estando os dois continentes, Kali-mdor e Eastern Kingdoms, completamente mudados devido à chegada do dragão Deathwing The Destroyer. Os continentes encontram-

se, com efeito, numa fase chamada “The Shattering”, onde praticamente tudo está destruído. A expansão pres-supõe o retorno dos jogado-res das zonas das anteriores expansões, Outland e Nor-thrend, para o velho mundo, abrindo novas zonas como Mount Hyjal, Uldum, Twi-light Highlands, Deepholm e Vashj’ir. Foram introdu-zidas duas novas raças, os worgen (uma espécie de lo-bisomens) para a Alliance, e os goblins para a Horde. De entre as muitas novidades é de destacar as novas combi-nações raça-classe introdu-zidas (Dwarf Shaman, Gno-

world of warcraft: cataclysm“Deathwing’s eruption will sunder the world”

me Priest, Human Hunter, Night Elf Mage, Undead Hunter, Tauren Paladin, etc), a possibilidade de usar mounts voadoras em Aze-roth e a implementação de uma nova profissão: Arque-ologia. O nível máximo pas-sará de 80 para 85 e algu-mas das instances clássicas (Deadmines e Shadowfang Keep) terão a possibilida-de de dificuldade acrescida com o modo Heroic. WoW Cataclysm representa, pois, um regresso às origens do jogo, deambulando os joga-dores pelo antigo mundo. O jogo será alvo de uma leve reestruturação, tornando-o mais simplificado, o que torna as coisas mais fáceis para novos jogadores. Cata-clysm é obrigatório, mas só para os possuidores do jogo original e das expansões an-teriores, claro está.

Site Oficial: http://www.wow- eu rope.com/cat a -clysm/

Cataclysm é obrigatório, mas só para os possuidores do jogo original

José MigUeL Lopes

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Um grupo de investigado-res da Universidade de Avei-ro (UA) está a desenvolver um dispositivo electrónico que será capaz de funcionar, simultaneamente, como lei-tor de rádio, televisão, ou telemóvel. Este invento tem como objectivo aproveitar as funcionalidades dos dife-rentes meios de comunica-ção, aglomerando-as num só aparelho.De acordo com o coorde-nador da iniciativa, Nuno Borges de Carvalho, a fonte de inspiração por detrás do projecto, iniciado em 2007, é a capacidade auditiva que os mamíferos possuem de captar múltiplas frequên-cias sonoras em simultâ-neo, que são filtradas atra-vés da cóclea. Assim sendo, a capacidade de utilizar todo um vasto leque de frequên-cias e a redução dos custos a tal associado, constituem as principais vantagens do pro-

jecto em questão, intitulado Transceptores Adaptáveis para Comunicações Cogni-tivas Sem fios (TACCS).A equipa de investigado-res está convencida de que, num espaço de cinco a dez anos, o novo rádio (que, ac-tualmente, ainda se encon-tra no seu estado de “protó-tipo”) poderá encontrar-se disponível no mercado. Salienta ainda que, até ao momento, o principal pro-blema com o qual a iniciati-va se depara é a dificuldade em conseguir que o apare-lho concilie, de uma forma equilibrada, as frequências mais altas e mais reduzidas.Apesar de ainda não ter sido concluído, o projecto já foi destacado com o prémio PLUG 2010, atribuído pela Associação de Operadores de Telecomunicações. Para além desta nomeação, a ini-ciativa (que originalmente incluía apenas seis elemen-tos) conta agora com uma equipa mais numerosa de investigadores.

fiLipa soUsa

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A revista “Nature” divul-gou, no passado dia 29 de Novembro, os resultados de um estudo, levado a cabo por uma equipa de Cientis-tas da Escola de Medicina da Universidade de Harvard. O grupo de investigadores, liderado por Ronald dePi-nho, desenvolveu um trata-mento capaz de tornar ratos débeis e de idade avançada, em animais saudáveis, atra-vés do rejuvenescimento dos seus corpos, processo que é conseguido graças à modificação genética dos mesmos. A pesquisa feita, ajuda a explicar como certos órgãos e tecidos tendem a deteriorar-se com o passar dos anos.Os cientistas disseram ter conseguido, pela primeira vez, a reversão nos ratos, com um controlável gene telomerase. Essa enzima mantém a protecção, cha-mada telómeros, que fun-ciona como uma espécie de escudo para os cromos-somas. Assim sendo, o

concentrar das atenções da investigação deu-se no pro-cesso de encolhimento dos telómeros.O procedimento aplicado nos ratos consistiu, subs-tancialmente, em gerar ani-mais geneticamente mani-pulados, que não tivessem telomerase. Na ausência desta enzima, os ratos enve-lheceram prematuramente, havendo uma reversão em vários aspectos da idade, inclusive de doenças do cé-rebro e infertilidade. Mas quando estes receberam injecções para reactivar a enzima, verificou-se uma reparação dos tecidos dani-ficados, bem como se rever-teram os sinais de envelhe-cimento nos mesmos ratos.Ronald dePinho chegou mesmo a afirmar, “o que vimos nestes animais não foi um atrasar ou estabili-zar o processo de envelhe-cimento. Assistimos a uma dramática reversão e isso foi inesperado”.O próximo passo da inves-tigação seria repetir o feito em humanos. Porém, tal seria bem mais complicado, uma vez que só seria seguro

está aí a “rádio do futuro”

cientistas de harvard revertem processo de envelhecimento

se fosse realizado periodica-mente e somente em jovens, de forma a impedir que as células aumentem de tama-nho sem qualquer tipo de controlo e se tornem cance-rígenas. Assim, ao aumen-tar os índices de telomera-se em adultos pode travar o envelhecimento destes, mas isso comporta um risco elevado pois aumenta a pro-babilidade de desenvolver cancro.Esta estratégia poderá ser usada, no futuro, tendo um enorme impacto na saúde pública, ao tratar situações como raras síndromes gené-ticas de envelhecimento e, evitar problemas como der-rames, doenças cardíacas e demência, prolongando a qualidade de vida de uma sociedade que se encontra extremamente envelhecida.A equipa de cientistas de Harvard conclui, então, que “esta realização sem prece-dentes, da reversão do pro-cesso de envelhecimento no sistema nervoso central e em outros órgãos vitais em mamíferos adultos justifica a exploração das estratégias de rejuvenescimento”.

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TECNOLOGIA E INOVAÇãO

ELSA MOURA

Facebook em tribunalParece que o facebook anda a utilizar dados pessoais sem au-torização. Na Alemanha, uma associação de defesa do con-sumidor acusa a rede social do momento de ter utilizado dados pessoais dos utilizadores sem autorização. A opção “Encontra mais amigos” permite encon-trar pessoas através do e-mail e, quando alguém introduz um determinado endereço de cor-reio electrónico, a rede social guarda-o automaticamente e

envia um convite sem o con-sentimento do utilizador. Como o Facebook não tinha respon-dido a uma queixa do género anteriormente, a Federação de Consumidores da Alemanha de-cidiu, mesmo, ir para tribunal.

Telemóvel da Popota!O Optimus Vegas Popota desti-na-se aos utilizadores mais no-vos e vai ser comercializado nas lojas da cadeia Modelo até ao final de 2010. O tarifário exclu-sivo para crianças tem diversos serviços para melhorar a segu-rança das mesmas, incluindo o bloqueio de chamadas, a real-ização de chamadas SOS para

os pais, quando o telemóvel não tem saldo, e a localização da criança através do dispositivo. Com um ecrã táctil, uma câma-ra de 1,3 megapixéis, bluetooth e leitor de Mp3, o telemóvel está a ser comercializado por 59,90 euros e vai colocar muitas crian-ças a pedir um aos pais.

O Vaticano em hDQuem não sabia que havia a televisão oficial do Vaticano, Vatican Television Center (VTC), passa agora também a saber que esta já comprou um camião OB equipado pela Sony Profis-sional, que permitirá transmitir as actividades da Santa Sé em

alta definição. Além dos equipa-mentos compatíveis com a tec-nologia full hD, e que no futuro até servirão para aplicações 3D, a infra-estrutura móvel conta com uma sala de áudio, uma sala de equipamento e uma sala de controlo de produção primária e secundária com con-trolo VTR e câmara. O sistema de cablagem permite instalar até 24 câmaras. Caso para dizer, aleluia!

O computador que identificou o dia mais “chato” da história11 de Abril de 1954 foi o dia mais “chato” da história, segundo um programa de computador.

Através de algoritmos, o “True Knowledge” definiu esse dia 11, como o mais aborrecido desde 1900. O cientista que desen-volveu o programa, Tundstall-Pedoe, adianta que “ninguém importante morreu ou nasceu nesse dia e nenhum evento de relevo teve lugar”. De acordo com a edição online do The Telegraph, o ‘True Knowledge’ recebeu cerca de 300 milhões de factos acerca de «pessoas, sítios, negócios e eventos» que foram noticiados no último sé-culo. Apesar disso, o programa é “apenas” para criar uma for-ma mais eficaz de pesquisar na internet!

twittadas

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LIFTOFF AAUM

> 9 DEZEMBROTertúlia “Empreendedo-rismo nas TIC”;

> 14 de DEZEMBRO ‘10Limite de entrega de Candidaturas “Atreve-te 2010”

www.liftoff.aaum.pt

“Atreve-te 2010” - Foi alargado o prazo para a entrega de candida-turas para este concurso de ideias. As candidaturas fazem-se até 14 de Dezembro para [email protected]. As dez melhores ideias de negócio vão ter apoio na elaboração do plano de negócios e na obtenção de financiamento. O que melhor se faz em matéria de empreendedorismo a nível académico vai ser premiado no âmbito do concurso de ideias de negócio “Atreve-te 2010”, com incentivos financeiros até 45 mil euros.O júri do concurso fará uma pré-selecção de 30 projectos, que apresentem maior potencial de negócio e maior cariz inovador. Daqui sairão as dez melhores ideias de negócio, que terão aju-da profissional na elaboração do plano de negócios, na obtenção de financiamento e acompanhamento durante o ano seguinte à constituição da empresa.Os três melhores projectos serão distinguidos com prémios no valor de trinta mil, dez mil e cinco mil euros, respectivamente. Datas importantes:- Até 14 Dezembro - Entrega das Candidaturas dos Projectos de Ideias de Negócio;- 17 Dezembro - Apresentação das 30 melhores ideias de negócio ao júri de selecção- 18 de Dezembro - Sessão Solene de Apresentação dos Vencedo-res. Mais informações em www.atrevete2010.com

Tertúlias LIFTOFF- Tertúlia “ Empreendedorismo nas TIC” – dia 9 de Dezembro, pelas 21h00.Organização conjunta com o Centro de Estudantes de Engenharia de Sistemas e Informática da Universidade do Minho – CESIUM.- Tertúlia “ Como Criar o Próprio Emprego”- dia 10 de Dezembro , pelas 15h00, no Campus de Gualtar.O objectivo destas tertúlias é confrontar os jovens qualificados com o lado positivo e de sucesso do empreendedorismo qualifica-do, uma vez que a tendência natural quando pensam na consti-tuição da própria empresa passa primeiro pelos riscos associados e pelos elevados custos do investimento inicial, inibindo assim a capacidade empreendedora.

Mais informações: Através do email [email protected] Ou visita-nos no Liftoff , localizado nas Pirâmides, no Campus de Gualtar em Braga.

> 10 DEZEMBRO ‘10Tertúlia “Como criar o próprio emprego”;

>9 de NOVEMBROAbertura do Liftoff;

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a prisão também mataCáTia CasTro

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E se por azar fosse apanha-do no meio de um motim de uma prisão e tivesse de vender a alma ao diabo para sobreviver? Directamente do país vizinho chega-nos o grande vencedor dos pré-mios Goya deste ano.Oito dos Óscares do cinema espanhol foram entregues a “Cela 211” de Daniel Mon-zón. Um thriller de cres-cente tensão, mas pouco surpreendente, sobretudo se o colocarmos ao nível de filmes-prisão como “O Pro-feta” de Jacques Audiard.O pior dos medos de um guarda prisional é, indubi-tavelmente, ficar refém de prisioneiros. Mas neste caso o pesadelo começa logo no primeiro dia de trabalho. Juan Oliver é o novo guarda prisional, que está a conhe-cer os cantos à casa, e que se vê vítima de um acidente.

Inconsciente, é levado pe-los colegas para a Cela 211, na ala dos mais perigosos. Mas, nesse preciso momen-to rebenta um motim e Juan é deixado para trás.Quando acorda percebe que a única forma de escapar vivo é fingir ser um prisio-neiro e provar de que está do lado dos criminosos, em especial de Malamadre. Um assassino condenado a pri-são perpétua e que por isso

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cd rum: No Age, «Everything in Between»,2010, Sub Pop

no age: everything in betweenpeDro porTeLa

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O terceiro álbum dos norte-americanos No Age não se limita a confirmar tudo o que de positivo (e foi muito) ficou de «WeirdoRippers» (2007) e «Nouns» (2008). Isto porque com este novo tomo da sua discografia as-sinam uma obra que trans-cende, na forma e no con-teúdo, tudo aquilo que nos haviam revelado antes.Dean Spunt e Randy Randall conseguem em «EverythingInBetween» condensar num caleidoscó-pio eléctrico a irreverência

juvenil, a ansiedade do con-fronto com a idade adulta, as dores de crescimento e a ruptura com o idealismo de tenra idade.Trata-se de envelhecer, é cer-to. Num contexto de twenty-something, bem entendido, mas também aí se deixam para trás muitas coisas que, mesmo que o seu abandono seja essencial, não deixam de provocar interrogações e dúvidas.Todo este contorno emo-cional é servido por uma música crispada mas alta-mente melódica, como se os SexPistols se juntassem aos BeachBoys para um concerto de homenagem aos Liars, no qual a assis-tência se deixa arrastar em êxtase para uma voragem rítmica e melódica, compa-rável à emoção de estar em cima de uma prancha de surf na crista de um tsuna-mi a evitar o choque com os arranha-céus de um cenário urbano. Em suma: energia, melodia e ruído!

CULTURAo regresso do homem-bal(l)aArmando Teixeira regressa com um novo trabalho de originais. Depois de “A Grande Mentira”, de 2006, “Equilíbrio”, o quarto álbum de Balla, mostra uma música mais densa, mais electrónica, com mais camadas sonoras . A poucos dias do concerto de apresentação do disco, no Lux, em Lisboa, falamos com Armando Teixeira, o verdadeiro homem-bala.

nada tem nada a perder.Feliz ou infelizmente o no-vato, apelidado de Calzones, vai ganhar a confiança e a amizade do líder da revolta, ao mesmo tempo que vai passando informações para o exterior. Questões como a ETA e as más condições das prisões espanholas surgem mistu-radas neste drama sobre po-der e honra. A determinado momento não sabemos de

cine rum: cela 211 - em exibição

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TOP RUM - 48 / 201003 DEZEMBRO

1 BUNNYRANCh - Where am I? Where are you?2 GORILLAZ - Doncamatic (all played out)3 PELTZER - A story to tell me4 MADAME GODARD - Atlas 19775 OS GOLPES - Vá lá senhora6 BALLA - Montra7 PEIXE AVIãO - Um acordo qualquer

8 MÁRCIA - Cabra-cega9 BELLE & SEBASTIAN - I want the world to stop10 FEROMONA - Alfama

11 MãO MORTA - Novelos da paixão12 BLACK KEYS, ThE - Everlast-ing light13 KINGS OF LEON - Radioac-tive14 NOISERV - The sad story of a little town15 LEGENDARY TIGERMAN, ThE - Light me up twice16 COCOROSIE - Lemonade17 TAME IMPALA - Solitude is bliss

18 B FAChADA - Os discos do sérgio godinho19 OS VELhOS - Foi assim que as coisas ficaram20 NATIONAL, ThE - Blood-buzz ohio

POST-IT6 > 10 Dezembro

B FAChADA - Questões De MoralThE PAINS OF BEING PURE AT hEART - heart In Your heart-breakGIRLS - Thee Oh So Protective One

BRAGABailado7 de DezembroO Quebra Nozes - Moscow Tchaikovsky BalletTheatro Circo

Teatro9 a 12 de DezembroO Escaravelho Contador – CTBTheatro Circo

Música9 de DezembroJagodzinski Trio – Concerto de encerramento do ano de Chopin em Portugal

Theatro Circo

11 de DezembroMão Morta – Pesadelo em PelucheTheatro Circo

GUIMARÃES

Dança10 de DezembroQuebra-Nozes – Moscow Tchai-kovsky BalletCCVF

7 de DezembroComemoração do 3º Aniversário - JohnWaynesSão Mamede

11 de DezembroFundaSoundSão Mamede

FAMALICÃOMúsica11 de DezembroDon Giovanni – ÓperaCasa das Artes

ExposiçõesAté 17 de DezembroBernardino Machado, Republi-canoMuseu Bernardino Machado

Até 31 de DezembroViajar com…os caminhos da Lit-eratura – José RégioBiblioteca Camilo Castelo Branco

agenda cultural

rum box

a prisão também mataleitura em dia1 - O Boneco de Neve Sorriden-te de M. Christina Butler, (Edu-cação Nacional): Um dos livros infantis do ano.

2 – O Conto da Sereia + Domé-nica de Gonzalo Torrente Balles-ter (Difel): duas novelas onde o fantástico e a sensibilidade cria-tiva atingem a perfeição;3 – Off-Side de Gonzalo Tor-rente Ballester (Caminho): a ci-dade de Madrid e o pós-guerra civil espanhol;4 – Os Prazeres e as Sombras I: Vem Aí o Senhor de Gonzalo Torrente Ballester (Difel): o mun-do da aristocracia e da burguesia num confronto “violento” com a Galiza como palco;5 – Emissão Especial dedicada a Gonzalo Torrente Ballester: no centenário do nascimento do grande escritor galego a ho-menagem da equipa de Leitura em Dia; Este sim , merecedor do Nobel e da memória dos povos .

CULTURAPÁGINA 21 // 07.DEZ.10 // ACADÉMICO

José reis

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Armando Teixeira, o mú-sico, o produtor, o homem dos mil-ofícios, é daqueles tipos que tanto ficam bem com um fato branco im-pecavelmente disciplinado (ainda nos lembramos de ti há quatro anos atrás...), como com um ar desleixado e barba de quatro dias (ain-da te vimos há poucos dias e estavas, ainda assim, re-conhecível...). Há já quatro anos que não lhe conhecí-amos material editado em nome próprio. A última vez que ouvimos falar dele en-quanto Balla foi em 2006, quando “A Grande Mentira” assaltou os tops de vendas nacionais, galgou posições, até perto do topo da tabela e colocou na boca de mui-tos o refrão de temas como “O Fim da Luta” ou “Outro

Futuro” – e aqui os produ-tos televisivos não saem impunes, já que foram par-te integrante de bandas so-noras de telenovelas mais ou menos recomendáveis e de algumas campanhas publicitárias. Mas quatro anos depois, com colabo-rações com Paulo Gonzo e produção do álbum de Rui Reininho, “Companhia das Índias”, estará ainda Balla pronto para as curvas? Uma conversa, via telefone, pare-ce confirmar.

Mais electrónicoArmando Teixeira atende o telefone de forma cordial, a forma, aliás, que bem lhe conhecemos. Faz uma pausa na feitura das malas – quando falamos com ele estava de partida para Ca-racas, na Venezuela, onde ia dar um primeiro concer-to de apresentação do novo

álbum, a convite de uma associação portuguesa lo-cal. Começamos pelo óbvio: “Equilíbrio” (título do novo trabalho) é um balanço da carreira de Balla? “Esse títu-lo está associado à fotografia da capa (o músico em desi-quilíbrio). De resto, acho que não quer dizer mais nada”, revela, destacando que, “mais tarde, até pode assumir outro significado”. Mas, por agora, nada mais é que uma palavra. São onze os temas novos, onde a pro-pensão para a música mais electrónica é um dado mais que adquirido e confirma-do. “É um disco que apenas conseguiria fazer agora. É, no fundo, uma súmula dos meus anos na música, des-de os finais dos anos 80, até hoje”, sintetiza Armando Teixeira. É uma soma de todos os sons que foi explo-rando ao longo dos anos,

Balla lançam o quarto álbum de

originais, “Equilíbrio”

que lado está o bom e o mau da história.Desculpando as interpreta-ções de Luis Tosar e Alberto Ammann, o grande pro-blema do filme está no uso pouco inteligente e inovador da mise en scène. Ainda assim, de registar os bons momentos de suspense de Cela 211, que se fala por aí como um sério concorrente ao Óscar de melhor filme estrangeiro.

Alberto Ammann e Luis Tosar brilharam nos Goya

Para ouvir de segunda a sexta

(9h30/14h30/17h45) na RUM ou em

podcast: podcast.rum.pt Um espaço de

António Ferreira e Sérgio Xavier

“um reflexo de um som que sinto como meu”.

Crooner de bom gostoAinda hoje mantém aquela imagem de crooner, sozi-nho, a apresentar-se sempre de forma distinta e uma voz que o distingue dos demais. Armando Teixeira cora do outro lado do telefone (não o vemos, mas apostamos que corou com tamanho elogio). “Sabes, isto não é nada pen-sado, as coisas acontecem naturalmente”, sorri. É, no fundo, um homem de bom gosto que se reúne com os melhores – e, assim, se jus-tifica que Miguel Esteves Cardoso, Pedro Mexia e José Luís Peixoto escrevam letras para este trabalho; e Liliana Correia, Samuel Úria e Luís Varatojo musiquem alguns dos temas de “Equilíbrio”. “Só por isto sou um privile-giado”, termina.

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scbraga/aaum cai diante do boavista

minhotos iniciam-se nos torneios de apuramentoCarLos reBeLo

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As modalidades colectivas da Associação Académica da Universidade do Minho (AAUM) já começaram as respectivas qualificações para os Campeonatos Nacionais Universitários (CNU’s) Andebol, futsal feminino e futebol masculino entraram em acção nos respectivos pri-meiros torneios de abertura (TA’s) das modalidades.Estes TA’s servem para diversas universidades competirem entre si e as que obtiverem melhor qualificação durante os mesmos torneios representam a sua universidade no campeonato nacional universitário da respectiva modalidade.

Futsal FemininoUma das primeiras modalidades a entrar em campo foi o futsal feminino nos dias 18 e 19 de Novembro na Covilhã, onde obtiveram o 3º lugar no I TA’s desta modalidade. As minhotas inseridas no grupo C, juntamente com a Associação Académica da Uni-versidade Évora (AAUE) e Associação Académica Universidade Trás-os-Montes e Alto Douro (AAUTAD), venceram o seu primeiro jogo por 8-0 contra a AAUE e empataram a uma bola contra a AAUTAD. Com estes resultados conseguiram uma passagem à semi-final onde não conseguiram evitar a derrota ao perder por 1-0. No jogo do 3º e 4º lugar, a AAUM defrontava novamente a AAUTAD mas desta vez as minhotas levaram a melhor tendo vencido por 2-0, conquistando, assim, o 3º lugar no TA.

Futebol MasculinoNos dias 22, 23 e 24 Novembro decorreu o I TA da modalidade de futebol masculino na cidade algarvia de Faro. A equipa da AAUM, inserida no grupo B juntamente com a Associação de Estudantes da Escola Superior de Desporto de Rio Maior (AAEEDRM), Associação Académica da Universidade da Beira Interior (AAUBI) e Instituto Politécni-co de Viseu (IPV). No seu primeiro jogo os minhotos empataram a uma bola com AA-EEDRM. Seguiu-se a AAUBI. Os homens do Minho conseguiram vencer por 1-0, golo apontado por Ricardo Silva. No último jogo do grupo, AAUM e IPV não foram além de um nulo no marcador. Ainda assim, ambas as formações passaram à fase seguinte. Chegada a semi-final os minhotos não conseguiram de levar de vencida a equipa do Instituto Politécnico Leiria (IPL) perdendo por 3-0. O jogo de 3º e 4º lugar também não correu de feição para a AAUM que perdeu por 2-1 contra a Associação Académica de Coimbra (AAC) ficando em 4º lugar do TA.

Andebol Masculino “Invencibilidade é para continuar”A equipa bicampeã nacional universitária e europeia no masculino partia como grande favorita à vitória neste I TA realizado na Universidade de Aveiro. Fala-se da equipa de andebol masculina da AAUM que não conhece o sabor da derrota em campeonatos nacionais desde 30 de Abril de 2008. Este TA não foi diferente, com os minhotos a “cilindrar” os seus adversários da fase de grupos e meia-final. Ao chegarem À final ven-ceram a equipa da casa, a Associação Académica da Universidade de Aveiro (AAUAv) por 17-12.Em entrevista a João Ferreira, aluno do Curso de Engenharia Gestão Industrial e atle-ta desta equipa, sobre a nova época disse que “os objectivos são os mesmos, manten-do sempre o mesmo espírito de grupo e humildade para poder melhorar ainda mais”. Ambicioso, confidenciou que espera chegar aos europeus universitários e “conseguir o lugar mais alto do pódio já este ano”.Já Filipe Magalhães, capitão de equipa e aluno do Curso de Engenharia Comunicações esclareceu que “os objectivos para este ano são iguais aos do ano passado, vencer os opens, CNU e ir o mais longe possível no Europeu Universitário”.Quanto à equipa feminina de andebol, as minhotas começaram bem o torneio ao vencer o Instituto Superior da Maia (ISMAI) por 9-7, mas na segunda partida frente à UP, a equipa minhota perdeu por 14-5 o que levou a equipa feminina da AAUM a não passar a fase de grupos por apenas um golo. A equipa feminina não cumpriu o objectivo que tinha traçado, a passagem às meias-finais, mas ficou a um pequeno passo e espera-se que no II TA desta modalidade esta equipa consiga chegar às meias-finais.

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No passado fim-de-semana, os bracarenses fizeram uma curta viagem até ao Porto, para medir forças com o eter-no rival, Boavista. A partida, a contar para a 8ª jornada, resultou na segunda derrota dos minhotos na presente época e, consequentemente, a perda da liderança na com-petição. Para este jogo, os treinado-res Pedro Palas e Luís Silva, não puderam contar com o contributo de alguns atletas. O guarda-redes Pli e Faria encontravam-se lesionados, enquanto André Machado e Rui Coroas estiveram au-sentes, por motivos profis-sionais. Deste modo, houve uma certa revolução no cin-co inicial: Hélder na baliza, Fabrício, Coroas, Pedrinho e Serginho foram os escolhi-dos.Os instantes iniciais pauta-ram-se pelo equilíbrio, com as equipas a demonstrarem-se cautelosas, para não serem surpreendidas. No entanto, as oportunidades de golo começaram a surgir e, aos 8 minutos, os da casa fixaram o 1-0. O SCBraga/AAUM procurou a igualdade, contu-do, foi o Boavista que marcou novamente e a vantagem de dois golos permaneceu até ao intervalo.Na segunda metade, os bra-carenses subiram as linhas defensivas e tentaram dar a volta ao resultado adverso. Criaram inúmeras chances de golo, mas estas foram sendo negadas pelo guardião boavisteiro. Aos 26 minutos,

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DESPORTO

num lance algo fortuito, um atleta do Boavista surgiu livre no segundo poste e ampliou o marcador para 3-0. Defi-nitivamente, os arsenalistas não estavam em tarde sim e a eficácia não veio ao de cima. O tento de honra do SCBra-ga/AAUM chegou, a 40 se-gundos do fim, na sequência de um penalti convertido por Coroas. O SCBraga/AAUM ocupa agora a 2ª posição, com 18 pontos conquistados

Apesar da derrota, o SCBra-ga/AAUM continua com as suas aspirações bem vivas e, na próxima jornada, já pode recuperar deste pequeno desaire. No sábado, recebe a formação do Póvoa Futsal, conjunto que se encontra a meio da tabela classificativa. O duelo realiza-se às 17h30, no Pavilhão Universitário.

Taça de Portugal

Na próxima quarta-feira, dia 8 de Dezembro, realizam-se os jogos referentes à 3ª elimi-natória da Taça de Portugal. O SCBraga/AAUM, após eli-minar duas equipas do esca-lão inferior (Gondomar e Pa-redes), tem agora um teste de fogo, contra uma formação da mesma série.O jogo é em Coimbra e o ad-versário é a Académica, uma das candidatas assumidas, a par dos bracarenses, à subida à 1ª Divisão Nacional. Esta partida, além de dar a conhe-cer quem segue na competi-ção, pode servir como uma antevisão dos dois duelos que se irão realizar no Cam-peonato Nacional.

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