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CHOAY, Françoise. O urbanismo : utopias e realidade, uma antologia. São Paulo: Perspectiva, 2011. 1ª ed. 1865.

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CHOAY, Françoise. Ourbanismo: utopias e

realidade, uma antologia.São Paulo: Perspectiva,2011. 1ª ed. 1865.

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O pré-urbanismo progressita

Robert Owen

Charles Fourier

 Victor Considérant

Etienne Cabet

Pierre-Joseph Proudhon

Benjamin WardRichardson

 Jean-Baptiste Godin

 Júlio Verne

Herbert-George Wells

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O pré-urbanismo culturalista

 Augustos Welby Northmore Pugin

 John Ruskin

 William Morris

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O pré-urbanismo sem modelo

Fredrich Engels

Karl Marx

P. Kropotkin

N. Bukharin e G.Preobrajensky 

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O urbanismo progressista

Tony Garnier

Georges Benoit-Lévy 

 Walter Gropius

Charles-Édouard Jeanneret(Le Corbusier)

Stanislav GustavovitchStrumilin

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O urbanismo culturalista

Camillo Sitte

Ebenezer Howard

Raymond Unwin

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O urbanismo naturalista

Frank Lloyd Wright

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Tecnotopia

Eugène Hénard

Relatório Buchanan

Iannis Xenakis

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Antropópolis

Patrick Geddes

Marcel Poète

Lewis Mumford

 Jane Jacobs

Leonard Duhl

Kevin Lynch

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Filosofia da cidade

 Victor Hugo

Georg Simmel

Oswald Spengler

Martin Heidegger

Henri Lefebvre

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Robert Owen (1771-1858)

Redução das horas de trabalhopara 10 hs.

Melhoramento do habitat:cidade-modelo, num espaço

 verde Prática da escolaridade

obrigatória. Método moderno:produzir “homens completos”(K. Marx. Le Capital . Ed.Pléiade, T. 1, p. 937)

 A Owen devem-se as primeirasescolas maternais da Inglaterra

Sua teoria da educação é ocerne de todo o seu sistema.Isto é, seu modelo de cidade

ideal parte da sua concepçãosobre a educação

 A educação é necessária para ohomem explorar as

possibilidades da revoluçãoindustrial Estabelecimento ideal:

pequenas comunidades semi-rurais de 500 a 3.000indivíduos, federadas entre si.

Sua crítica ao liberalismoeconômico o situa na origemdo trade-unionismo

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Homem novo, habitat novo

 As máquinas e as ciências são chamadas a fazer todos os trabalhospenosos e insalubres, p. 63.

Cidadezinhas modelos que se governam a si mesmas: contêm de 500 a2.000 hab. Em condições adequadas para produzir e conservar

produtos diversos para dar às crianças uma educação apropriada. O edifício central contém cozinha pública, refeitórios para contribuircom alimentação saudável e barata.

Edifícios públicos: jardim de infância, sala de conferências, lugar paracultos, escolas para jovens e sala de reunião e biblioteca para adultos.

 Ainda, espaço livre e arborizado para lazeres e exercícios.

Cada casa com 4 habitações: 1 casal e 2 filhos (número permitido). Osfilhos excedentes iriam ficar em dormitório coletivo. Casas separadas das indústrias por jardins e estradas; por sua vez, assim

também os estabelecimentos coletivos se separaram dos matadouros eestábulos, p. 64.

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Robert Owen

 As crianças devem serseparadas da influência“nefasta” dos desfavorecidos,colocando-as “em condiçõesadequadas à constituiçãonatural do homem”, p. 64.  As crianças maiores, emparte do dia, ajudaram na jardinagem e na indústria, deacordo com suas forças.

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Charles Fourier (1772-1837)

 A falange, idealizada por este, é o modelo mais detalhado do pré-urbanismo progressista.

Seu modelo de aglomeração é uma crítica “impiedosa” dasociedade (quanto à miséria material e moral do mundo

burguês, F. Engels, Anti-Dühring).  Visão otimista e linear-evolucionista da história: selvageria,

barbárie, patriarcado e civilização, garantismo, socialismo eharmonismo (associação composta, princípio do associação), p.67.

 As etapas da civilização, sociedade industrial, e do garantismo(conjunto de instituições: bancos, asilos rurais, falanstérios,cidades operárias etc.) só serão superadas se se puserem emprática a associação e a cooperação, a fim de “realizar o homemtotal”, p. 68. 

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Fourier encontrava características na arquitetura consoantes com cadaetapa social. Não à toa, escreveu: “um arquiteto que tivesse sabidoespecular acerca do modo composto, poderia ter-se transformado nosalvador do mundo social. Seria mister que, de fato, a natureza

consignasse às artes alguma intervenção na questão da Harmonia: elateve de escolher a arquitetura”, p. 69. Uma cidade de 6º período: 3 anéis concêntricos: 1º contém a cidade

central; 2º, grandes fábricas e o 3º, as avenidas e o subúrbio. Preocupação de acumular a pop. num só ponto, p. 70.

Ruas voltadas para paisagens campestres. Fim do tabuleiro de xadrez,monótono. Ruas curvas para evitar uniformidade. Praças deveriamocupar 1/8 da superfície. Rua arborizadas (árvores variadas).

Objetivo dessa cidade: provocar a associação de todas as classes,operária ou burguesa, e até rica.

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O que impede a concepção de uma cidade associativa é o“espírito de propriedade simples que domina na civilização”,quando se deveria caminhar para a propriedade composta ou

“sujeição das possessões individuais às necessidades da massa”, p.71. Comentário: a lógica que orientaria, já nos fins do séc. 18, asintervenções na cidade seria a defesa da propriedade privada.

o elemento da sociedade é a comuna. Fourier acreditava que paraFrança passar da “civilização” para a “associação”, deveria

transformar em comunas societárias (ou falanstérios) as 40 milcomunas existentes, pp. 71-72.

O centro do falanstério é ocupado por equipamentos comorefeitórios, salas da bolsa, biblioteca, salas de estudo etc., p. 72.

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 As atividades ruidosas seriam radicadas em lugar apropriadopara evitar situações tais como “um lamentável inconveniente denossas cidades civilizadas, onde se vê, em toda rua, algumcarpinteiro, algum ferreiro ou algum aprendiz de clarinetaestourar o tímpano de cinqüenta famílias da vizinhança”, p. 73. 

No falanstério existiriam muitas salas de relações públicas, ondese reúnem as séries (seristérios). São grupos a serviço deindústrias que formam regimentos de voluntários. A série é abase associativa do falanstério, “o ponto capital de todas soluções

harmônicas”, p. 72. Em Harmonia, até o mais pobre harmoniano pode desfrutar das

ruas climatizadas de modo a não se identificar, em determinadaestação do ano, se faz calor ou frio, p. 74.

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Charles Fourier

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Exemplo 2 - Falanstério

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Victor Considérant (1808-1893)

Politécnico e engenheiro militar que abandonou as duas carreiras para dedicar-se aseguir as ideias de C. Fourier.

Quando do seu exílio nos EUA, chegou a tentar criar colônia da Reunião, fundadaperto de Dallas, p. 77.

“A arquitetura escreve a história”, p. 78.  Denuncia o caos arquitetônico da cidade industrial. Da cidade que crescedesordenadamente a reboque da Revolução Industrial: “suas inúmeras chaminés,

que desenham ainda melhor a incoerência social, o retalhamento de onde saiu essecaos arquitetônico”. 

Superpopulação: condições precárias e insalubres de moradia. Por outro lado, há oscontrastes sociais: o casamento do luxo e da miséria. “A civilização tem rarospalácios, e miríades de pardieiros, como tem farrapos para as massas e trajes de ouro

e seda para seus escassos favorecidos. Ao lado da libré bordada de um agiota, elaexibe o burel de seus proletários e as chagas de seus pobres. Se ela cria e mantémcom grandes gastos uma suntuosa ópera onde maravilhosas harmonias acariciam osouvidos de seus ociosos, ela também faz ouvir, no meio das ruas e praças públicas,os cantos de miséria de seus cegos, os tristes lamentos de seus mendigos”, p. 78-79.

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O homem não está alojado, nas grandes capitais. Alojamento dohomem é habitação sadia, limpa, cômoda, elegante, p. 79.

Não se trata de construir o casebre do proletário, a caso do burguês, amansão do agiota. Trata-se de construir o palácio onde o HOMEM deve

morar.  As oficinas e espaços de atividades barulhentas ficam num extremo. Obarulho fica concentrado nesse pátio. Impede-se, assim, a algazarra dorangido de violinos, a flauta, a clarineta, buzina de caça, bigorna doferreiro, o martelo do funileiro etc. Sons irritantes e dilacerantes ouensurdecedores próprios das grandes cidades, p. 82.

Noutra extremidade, a ala dos visitantes para não atrapalhar o centro deatividades.

O centro é o lugar dos abastados. Os apartamentos caros margeiam os jardins de inverno. Já os modestos repartem-se nas alas e extremidades.

 Apesar de que, em Harmonia, opera-se sempre a fusão das classes e amistura das desigualdades.

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 A rua-galeria: conecta todas as partes com o todo. É umacaracterística da arquitetura societária. É o canal por ondecircula a vida dentro do grande corpo falansteriano, p. 83.

Torre no centro é o lugar da administração, da vigilância. Coletivização do cotidiano: família, insípido sistema

doméstico da família, p. 84.

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Etienne Cabet (1788-1856)

Para Marx, o inventor do comunismo utópico por ter concebidoum socialismo de Estado na Voyage en Icarie (1840).

 A Icária simboliza os ideais progressistas da época: princípios deracionalização, higiene, classificação. Aproxima-se dos modelos

de Owen, sobretudo, naquilo que existe de valorização daeducação e crítica do trabalho industrial, p. 87. Passou seus últimos anos nos EUA tentando realizar o modelo da

Icária. Comunas, unidades de estabelecimentos (cidade comunal

ordinária), p. 89. Icara, um resumo do universo terrestre: cada bairro recebe nomede uma das sessenta principais cidades do mundo antigo emoderno. (Pequim, Jerusalém e Constantinopla, Roma, Paris eLondres).

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Plano de uma rua: dezesseis casas de cada lado, edifício públicono meio e outros dois nos extremos. As casas são externamentesemelhantes de modo a formar um único bloco.

 Assembleias onde o povo exerce seus direitos, realizam eleições,deliberam. Para tanto, divide-se em 100 províncias, subdivididasem 1.000 c0munas quase iguais em extensão e população.

 A representação popular organiza-se em 15 comitês principais: deconstituição, de educação, agricultura, indústria, nutrição, vestimentos, alojamentos, etc.

“nossa organização política é pois uma REPÚBLICA democráticae até uma DEMOCRACIA quase pura”. 

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Higiene física: no interior da cidade não haveria nenhum cemitério,nem fábrica insalubre ou hospital. Todos equipamentos desse tipoestariam nas extremidades, em praças arejadas, p. 90.

Quanto a limpeza das ruas, as calçadas seriam varridas todas as

manhãs. A ruas seriam pavimentadas de modo que a água nuncaestagne nelas, pois escoariam por canais subterrâneos. Circulação: Cabet pensa a rua como espaço higiênico, não há poeira,

lixo, todas são pavimentadas conforme a demanda do tipo de veículopermitido para ali circular. Deveria haver ruas em que determinadostransportes são proibidos. E vislumbra uma lei: “(vós talvez comeceisrindo, mas acabareis admirando), a lei decidiu que o pedestre estará emsegurança”, p. 91. 

Higiene moral: não haveria cabarés, tabernas, bolsa, casas de jogos,quartéis ou corpos de guarda, policiais, ou prostitutas, nem gatunos,bêbados ou gatunos.

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Padronização dos letreiros e cartazes: para embelezamentogeral, p. 92.

Casas são iguais, inclusive, a mobília que é fixa: “E essa

uniformidade não cansa. – (...)nossos legisladoressouberam conciliar todas as belezas da variedade com todasas vantagens da uniformidade”, p. 94.

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Pierre-Joseph Proudhon (1809-1863)

Perigos da cidade museu X por uma cidade funcional: “o objetivo da arteconsiste em ensinar-nos a juntar o agradável ao útil em todas as coisas denossa existência”, aumentando a comodidade dos objetos para aumentarnossa dignidade, p. 97.

Deve-se cuidar da habitação. “o povo deve ser bem alojado (...), pois ele ésoberano e rei”. Ainda não foi encontrada essa moradia, não existe omínimo de alojamento nem de salário. “o luxo das construções que [osartistas] nos impõem converteu-se num auxiliar da miséria”. 

O excesso de obras de arte e monumentos caros, que celebram o passado,só tem um propósito, manter o povo indigente, p. 98.

“Nós apertamos o cinto e, na falta do que comer, alimentamo-nos com

espetáculos!”.  “Uma aglomeração de mil pequenos proprietários, alojados em suas

próprias casas, explorando, cultivando, cada um valorizando seupatrimônio, sua indústria e seu capital, que se administrem e julguem-sepor si mesmos, essa é a obra-prima política, da qual todas as outras nãopassam de acessórios, que nunca soubemos realizar”.

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Benjamin Ward Richardson (1828-1896)

Médico inglês que pesquisou sobre coagulação sanguínea, tisiologia,anestesiologia, inventou aparelhos de reanimação. Seus estudos jáapontavam para efeitos nocivos do fumo e do álcool. Isto é, interessou-sepor epidemiologia e higiene, p. 99.

Hygeia (1876), inspirada na Utopia, de Th. More: pop. em 100.000 pessoas vivendo em 20.000 casas, construídas em 4.000 acres, ficando 25 pessoaspor acre.

Os perigos da densidade ficam suspensos devido ao tipo de casa, quepossibilita a distribuição homogênea da pop. As casas que ensombrecem arua são proibidas. Em edifícios, cada andar deve ter no máximo 15apartamentos.

Comunicação e espaços verdes: duas ruas que vão de leste a oeste são asprincipais vias de comunicação. Em cada uma há uma via férrea para otráfego pesado, p. 100. são ventiladas e ensolaradas. Têm árvores dos doislados.

Também nessa cidade nota-se a importância de jardins. Embelezam eajudam na salubridade.

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Benjamin Ward Richardson (1828-1896)

 As casas devem ser construídas com ladrilhos impermeáveis para evitaracúmulo de água nas paredes. São vazados, comunicando-se entre sipara facilitar a introdução de ar por aberturas laterais da paredeexterna. Há um mecanismo que impede reter a fumaça das lareiras,

livrando a cidade dos efeitos danosos da fumaça, p. 101.  A cozinha-laboratório: tetos-jardins, debaixo dos quais devem ficar a

cozinha. A água quente desse cômodo circula por outros espaços dacasa, inclusive, o banheiro. A lavanderia também dialoga com esse tetopara a secagem.

 Abandona-se a ideia do hospital depósito de leitos e de doenças, p. 102. Cultivo do corpo: casas de banho, piscinas, áreas de exercícios, ginásios

e bibliotecas, escolas primárias e de arte, espaços para a diversãoinstrutiva. Nas escolas primárias o exercício físico faz parte doprograma.

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Jean-Baptiste Godin (1819-1888)

Seguiu as ideias fourieristas, visou a melhoria da condição doproletariado industrial, p. 105. escreveu obras como Solutions sociales,1870; Les socialistes et les droits du travail, 1874. Criou o modelo doFamilistério.

 Ali, pode-se reunir-se em local público, comprar independente dotempo que fizer, vez que estarão de debaixo de galerias cobertas, semprecisar andar mais de 600 metros.

O palácio social chama seus hab. para a vida útil, para a atividadediretamente produtora, p. 106.

Tal habitação eleva o nível moral e intelectual dos hab., pois morandoperto do trabalho, o trabalhador ganha tempo para realizar atividadescomo leitura de jornais e livros de bibliotecas acessíveis, coisa que éimpossível em moradias isoladas.

 A casa do trabalhador deve ser cômoda, atrativa e para o repouso. No familistério, luz e espaço são as condições básicas de limpeza;

também deve correr ar e águas em abundância.

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Jean-Baptiste Godin (1819-1888)

 A educação será divida em 7 classes, cada uma delas comadministração, discentes, materiais e lugares próprios e suadivisão se dá de acordo com idades: amamentação (26 a 28meses, berçário); maternal (crianças que já começaram a andar

até os 4 anos), infantil (4 até 6 anos), a pequena escola (6 a 8),segunda escola (8 a 10), primeira escola (10 a 13), cursossuperiores (categoria especial, crianças cuja inteligência semostrou acima da média), p. 106.

 Jardinagem: escolhem chefes e subchefes, a fim de bem orientar a

tropa de trabalhadores. As eleições são semanais, os eleitosdevem dar sempre o exemplo do melhor trabalho, p. 107.

O familistério dará, de acordo com aptidões e capacidades dosgrupos de trabalhadores, pequena contribuição para as crianças.

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Jean-Baptiste Godin 

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Júlio Verne (1828-1905)

Para este, o bem essencial do progresso técnico se resume na higiene.Concepção que deve muito à Hygeia, de Richardson, p. 109.

Cidade-modelo baseada rigorosamente em dados científicos. Ar e luzsão agentes fundamentais para a vida nas aglomerações humanas. Semos quais, muitos morrem ou adoecem, perde-se assim força deprodução acarretando prejuízo à sociedade, p. 110.

Casa-tipo: cada uma para única família, terreno com árvores e jardim.Nenhuma terá mais de 2 andares, “o ar e a luz não devem sermonopolizados por uns em detrimento dos outros”. Tetos como terraço,inclinados 4 sentidos, revestidos por betume, canalizados para escoar aágua da chuva. Canos à mostra para facilitar a constante manutenção e

o uso de água em caso de incêndio. Cozinhas no andar superior emcomunicação com o terraço, seu anexo ao ar livre. Cuidados comtapetes e papéis de paredes. Dormitório só deve servir ao sono. Aslareiras não expulsam a fumaça pelo teto, mas ela segue por tubossubterrâneos que se prolongam para fora da cidade e, só então, lançama fumaça na atmosfera, pp. 110-111.

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Júlio Verne (1828-1905)

Também se prescreve a disposição das ruas em avenida e bulevar. Hábondes e trens metropolitanos. Jardins públicos nos cruzamentos, p.111.

Para obter o direito à cidade, dever-se-á exercer profissão útil ou liberalna indústria, nas ciências e artes, obedecer as leis da cidade. “não setolerarão os ociosos”. 

“Não é preciso dizer que as crianças são submetidas, desde os quatroanos, a exercícios intelectuais e físicos que bastam para desenvolversuas forças cerebrais e musculares. São habituadas a uma limpeza tãorigorosa, que consideram uma mancha na roupa uma verdadeiradesonra”. 

 A higiene pormenorizada: sistema de esgotos, cujo produto é tratadoantes de desembocar no campo. Especialistas em higiene têm

 jurisdição total para fiscalizar, inclusive mercados. Hospitais nãoexistem, no lugar há sistema de assistência a domicílio, p. 112.

Uma vida regulada segundo à ciência.

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Herbert-George Wells (1866-1946)  Une utopie moderne: caricatura do pré-urbanismo moderno.

Estão presentes aqui: ordem, classificação, higiene, apologia domaquinismo, rendimento... Seu modelo, à diferença dos

anteriores, tem uma proporção planetária, p. 113. Hotéis-tipo: hospedarias com tarifas mínimas, a cargo ou de

empresas ou do Estado mundial. Quartos pequenos comfuncionamento e limpeza automáticos, p. 113. Prédio com cincoandares de quartos. Pode-se ir de um lugar a outro, sem ter de

sair à rua, por galerias e colunatas, p. 114. Estação de trens rápidos para Paris, Inglaterra e Escócia. 2 ou 3

ruas com bondes, calçadas especiais para transportes rápidosdesembocaram no centro urbano, onde há lojas, teatros etc.

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Augustus Welby Northmore Pugin (1812-1852)

 Arquiteto inglês convertido ao catolicismo em 1833, foi umdos promotores do renascimento gótico inglês, p. 117.

 A beleza está no passado, nostalgia. Elogio da arquitetura

medieval. Nesse ponto, arquitetura mistura-se com fé,serve para glorificar a religião, p. 118.

Critica o senso-comum que sugeria que aquele século seriasuperior a todos os precedentes em termos arquitetônicos.

Não era certo dizer que o progresso e avanço intelectualcondizia com realizações inigualáveis na arquitetura. A nova geração olha com piedade e desprezo a tudo que aprecedeu, p. 119.

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John Ruskin (1818-1900)

 Articula filosofia da arte e filosofia social. Para este, a pobreza daarquitetura e do planejamento urbano é o reflexo de uma situaçãogeral. Estaria ligado, esse processo, aos efeitos do sistema industrial e àdecadência do trabalho humano que deixou de ser uma função vital ao

pesar sobre ele noções de lucro e de produção. Este viés, caro à Morris, éo fundamento do urbanismo culturalista, pp. 121-122.  A cidade visualmente mais atraente do que a paisagem. Cidade como

espetáculo aos olhos, p. 122.  Visão orgânica da cidade: a cidade não é uma coleção de unidades. Não

se faz boa arquitetura só gastando muito.  Arquitetura é arte que todos deveriam aprender, não estar familiarizado

com suas regras básicas é tão indesculpável quanto ignorar as regras dagramática e da ortografia, p. 124.

Elogio da assimetria, a natureza despreza a semelhança e a igualdade.

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William Morris (1834-1896)

Morris admitiu sua influência em Ruskin até tornar-se socialistamilitante, p. 129. Assim como este, Morris deixa-se dominar pelasideias de arte e de beleza, a serem encontradas nas obras dopassado. Além disso, vinculou, igualmente, essa cultura a uma

teoria social. Mas, ao contrário de seu mestre, Morris propôs asua ideologia culturalista às classes trabalhadoras: “é da índole daarte oferecer ao trabalhador uma vida na qual a percepção dabeleza, quer dizer, o gozo do prazer verdadeiro, será tãonecessária quanto o pão cotidiano”, pp. 129-130.

“Para ele, o belo trabalho é a expressão de uma cultura total quesó tem sentido com a condição de ser o patrimônio próprio daclasse trabalhadora. (‘a causa da arte é a causa do povo’.) Ora,atualmente esta acha-se alienada pelo trabalho degradante dosistema industrial; sua liberação é necessária”, p. 130.

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William Morris (1834-1896)

Degeneração da arquitetura vs. cidade medieval: o padrãode beleza medieval deverá atingir até a mais simples dasmoradias (barraquinha de merceeiro), só então haverá uma

escola de arquitetura, p. 131. Estética e mercado/organização social do trabalho: otrabalho inteligente, que produzia arte verdadeira, perdeu-se com a sociedade industrial, o novo tipo de trabalho,desumano, vexatório e degradante, não produz arte, mas só

fealdade, p. 132. Propõe o valor das cidadezinhas, voltar à aldeia, supressão

da diferença entre campo e cidade. E mais, a conservaçãode reservas naturais, não jardins projetados artificialmente.

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Friedrich Engels (1820-1895)

 A situação da classe trabalhadora na Inglaterra (1845). A questão do alojamentoé um aspecto parcial que deve ser compreendido dentro de um problemaglobal, o modo de produção capitalista, p. 139.

Crítica das grandes cidades: miséria; o isolamento dos indivíduos que disputamespaço nas grandes cidades, constitui o princípio da sociedade industrializada,

pp. 140-141. “a desagregação da humanidade em mônadas, cada uma com umprincípio de vida particular e um fim particular, essa atomização do mundo éaqui levada ao extremo” (p. 141); segregação dos pobres em bairros ruins, ondeestão as cottages (casebres de 3 ou 4 cômodos) que constituem a moradia dosoperários. Rua sem pavimentação, sujas, sem esgotos, sem ventilação adequadadevida as construções irregulares.

Engels cita alguns “bairros ruins”: Saint Giles (ninhada dos corvos): “é ali que

moram os mais pobres dos pobres, os trabalhadores mais mal pagos, junto comos ladrões, os escroques e as vítimas da prostituição, todos misturados”, p. 142.“Em Londres, 50.000 pessoas levantam-se a cada manhã sem saber ondedeitarão a cabeça na noite seguinte”. Outros conseguem, a 2 pences, alojar-senuma casa-dormitório (lodging house), “encontrada em grande número emtodas as grandes cidades e onde se dá asilo às pessoas pobres em troca dealgumas moedas”.

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Friedrich Engels (1820-1895)

Liverpool é outro “bairro ruim”, aqui 1/5 da pop. vive em subterrâneos exíguos esombrios, úmidos e mal ventilados, em pátios (courts), praças fechadas dos 4lados que têm uma única passagem para entrar e sair. Em boa parte, habitadaspor proletários.

 A questão do alojamento: para sair dessa crise só superando a exploração e a

opressão da classe dominante sobre a trabalhadora, p. 144. Não há solução semrevolução. Engels admite a expropriação dos imóveis da burguesia pelostrabalhadores. “Não é a solução do problema do alojamento que resolveconjuntamente a questão social, mas a solução da questão social, quer dizer, aabolição do modo de produção capitalista, que tornará possível a solução daquestão do alojamento”, p. 145. Para ele, não é possível resolver esta últimamantendo as grandes cidades. E remete a abolição da oposição campo e cidade,promovida pelo modo de produção capitalista (aqui, relembra Owen e Fourierque já haviam proposto isso).

Engels ainda endossa, à questão do alojamento, o tema da alimentação, aindapior. É difícil prever como, no futuro, a sociedade regulará a distribuição dealojamento e alimentação, porém, desde que se garanta o fim do modo deprodução capitalista, “certas formas de apropriação da sociedade atual tornar-se-ão impossíveis”, p. 146. 

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P. Kropotkin (1842-1921)

 Aristocrata russo, geógrafo e anarquista militante. Propunha um sistema decooperação econômica mútua no qual o Estado seria supérfluo. Alémdisso, uma simbiose entre indústria e campo, p. 151.

Ele criticava o modelo de sociedade concebido pelas utopias progressistas,sobretudo por Cabet, pois o excesso de ordem e disciplina acabaria

encerrando um paradigma repressivo, p. 152. Formar grupos organizados por afinidades, cujo objetivo era buscar o

prazer e evitar a dor, afinal essa seria “a própria essência da vida. Sem essabusca do agradável a vida seria impossível”.

Pedia-se aos homens que se submetessem a regras morais minuciosas, quese refizessem inteiramente para a vida comunista. Era insensato. A 

condição primeira para a comuna prosperar seria abandonar a ideia defalanstério, p. 153. Contra a tese da economia política tradicional que propõe a divisão do

trabalho, ele sugere o trabalho integrado. O ideal de sociedade aponta parauma sociedade do trabalho integrado, na qual o indivíduo que realizatrabalho manual também realiza trabalho intelectual, criativo, p. 154.

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P. Kropotkin (1842-1921)

 Apresenta ainda a ideia da descentralização industrial, asindústrias deveriam se disseminar por todos os países civilizados,ao longo do globo, p. 154.

O papel da educação nesse contexto é capital: educação integral,

homem completo. “à divisão da sociedade em trabalhadoresintelectuais e manuais, opomos a combinação de duas ordens deatividade; e no lugar do ensino ‘profissional’, que comporta amanutenção da separação atual, preconizamos, com osfourieristas e com um bom número de sábios modernos, aeducação integral, a educação completa”, p. 155. 

Questão atualíssima esta. Há todo um discurso defensor daeducação profissionalizante, do ensino técnico. Inclusive, fazparte de programa do Governo federal. Sem dúvida, vê-se aí oreforço da tese da economia política referente à divisão dotrabalho, não a integração, como queria Kropotkin.

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N. Bukharin (1888-

1938?) e

G. Preobrajensky (1886-

193?) Militantes bolchevistas, membros do Comitê Central do P. C.

Soviético, autores do ABC do Comunismo, escrito durante aguerra civil, 1919. Foram mortos durante o regime de Stálin, p.157.

 Alojamentos concebidos como símbolos das lutas de classes. “Emnenhum outro aspecto os privilégios da classe burguesaaparecem tão brutalmente quanto no da habitação. Os melhoresbairros da cidade são habitados pela classe burguesa. As ruasmais limpas, ladeadas por árvores e jardins, são ocupadas pelasclasses possuidoras”, p. 158. 

Revolução soviética nacionalizou casas dos burgueses maisabastados, noutros casos apenas diminuiu os aluguéis e cedeumobília. Por outro lado, as casas dos proletários e pequenosburgueses não sofrem qualquer intervenção do governo nosentido de expropriação.

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Tony Garnier (1869-1948)

Para este, a cidade industrial tem como princípios: análise eseparação das funções urbanas, exaltação dos espaços verdes(elementos de isolamento), utilização de materiais novos, comoo concreto armado, p. 163.

Habitação: condições naturais (climáticas, geográficas etc.)determinaram normas para a construção de moradias:dormitórios com janelas grandes para receber luz e ventilações;qualquer terreno só pode ser ocupado na sua metade para quesobre espaço vazio, assim o restante do lote se tornará jardimpúblico para pedestres. Não há muros limitando os terrenos: o

solo da cidade é visto como um grande jardim.  Apresenta a descrição padrão das ruas (norte-sul, 20 m, leste-

oeste, 13 ou 19 m), que devem ser arborizadas (as de 13 não sãoarborizadas).

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Tony Garnier (1869-1948)

Estabelecimentos públicos: grupo 1: salas de assembleias(reuniões, sindicatos, ampla capacidades de audiência);serviços administrativos: conselho da cidade, tribunal de

 justiça, escritórios diversos, laboratórios de análises,arquivos administrativos etc. Grupo 2: coleções históricas,botânicas (jardim e estufa), biblioteca com sala de leitura.Grupo 3: esportes e espetáculos, bancadas semicircularesao ar livre com fundo verde (à moda grega), ginásios, casa

de banhos (piscinas de água quente e fria), quadras de jogos, pistas de ciclismo ou atletismo. Os 2 últimos gruposestão envolvidos por jardins com bancos e fontes. Utilizar-se-á concreto armado, pp. 166-167.

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Tony Garnier (1869-1948)

Escolas primárias, crianças até 14 anos. São mistas, ascrianças só se separam por idade e grau de instrução, p. 168.Extremidade norte da cidade, escolas secundárias: ensino

 voltado para as necessidades industriais (ensinoprofissional industrial). Faixa etária: 14 a 20 anos. O ensinoindustrial volta-se para os dois tipos de indústria da região:metalurgia e preparação da seda (têxtil).

Novos materiais para uma nova arquitetura: “os materiais

empregados são o cimento simples para as fundações e asparedes, e o cimento armado para os forros e os tetos.Todos os edifícios importantes são quase exclusivamenteconstruídos em cimento armado”, p. 170.

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Georges Benoit-Lévy (nascido em 1880)

Um dos promotores da Associação Francesa das Cidades-Jardins.Sua obra A cidade-jardim inspirou-se em Ebenezer Howard.Porém, diferentemente do movimento britânico, a proposta

francesa de garden-city evidenciou um aspecto paternalistaligado à concepção capitalista da produção industrial. Dessemodo, “a cidade-jardim de Benoit-Lévy é uma espécie de cidadede criação, verde e higiênica, destinada a obter dos operários queali moram o melhor rendimento possível”, p. 171. 

Missão do industrial: “hoje, é em torno das fábricas que devemser criados os centros de vida social; cabe aos industriais criar asnovas cidades, cabe a eles torná-las sadias e belas, é deles quedevemos esperar todos os melhoramentos sociais”, p 172. 

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Walter Gropius (1883-1969)

Gropius exerceu uma influência comparável a que exerceu LeCorbusier. Em 1919, Gropius criou em Weimar a Bauhaus, “ondepretendia realizar a síntese das artes e da indústria”, p. 175.

O papel da indústria frente ao planejamento urbano:

organização, essência, função e uniformização. “A construçãorevela-se como o princípio e o fim de um desejo de organizaçãocujas raízes estão na sociedade inteira”, p. 176. Arquiteturainternacional: “uma verdadeira adequação ao espírito do nossotempo, ao espaço e aos materiais novos, aos recursos atuais daindústria e da economia determina (...) o aspecto de todos os

conjuntos de construção moderna: exatidão e rigor formal,simplicidade dentro da diversidade; estruturação das unidadesconstrutivas conforme às funções respectivas dos edifícios, dasruas, dos meios de transporte; limitação a formas-tipo, de base,que são classificadas e repetidas”, p. 177.

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Walter Gropius (1883-1969)

“Minha concepção do arquiteto como coordenador – cujo papelconsiste em reduzir ao mesmo denominador os problemas plásticos,técnicos, sociais e econômicos colocados pela construção – levou-meinevitavelmente do estudo das funções do alojamento ao das funções da

rua e do das funções da rua ao das (...) da cidade”, p. 178.  Pela verticalidade dos centros urbanos: Flachbau (casas individuais

com jardins particulares) e Hochbau (edificação vertical). Devem serconstruídas simultaneamente. As primeiras em lugares com menordensidade demográfica, as segundas em centros urbanos muitopopulosos, “onde se apresentarão sob forma de imóveis de oito a doze

andares, com todos os serviços comuns habituais”, p. 179.   A reconciliação cidade e campo: descongestão da rede de ruas e

implantação de sistema de transporte adequado. Assim, “os bairrosdescongestionados poderão finalmente assegurar sua verdadeirafunção de centro regional orgânico, comercial e cultural”, p. 180. 

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Charles-Édouard Jeanneret, Le Corbusier

(1887-1965) De acordo com este, arquitetura e urbanismo são indissociáveis.

 A favor dos espaços verdes, Le Corbusier advogava aracionalização do habitat coletivo, p. 183.

Insegurança das cidades contemporâneas: tornaram-se densas

demais para a segurança dos habitantes, mas nãosuficientemente densas para atender a necessidade dos negócios,p. 185.

 Apologia da máquina: a casa como uma máquina (a casa é umamáquina de morar). O ser humano deve extrair sabedoria damáquina, pelo modo como equaciona a relação causa e efeito, p.

186.  Apologia das soluções geométricas: “a circulação exige a linha

reta. A reta é sadia também para a alma das cidades. A curva éprejudicial, difícil e perigosa; ela paralisa”, p. 188. “A cidade atualmorre por não ser geométrica”, p. 194. 

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Charles-Édouard Jeanneret, Le Corbusier

(1887-1965) “A rua curva é o caminho dos asnos; a rua reta, o caminho dos

homens”, p. 188.  O arquiteto mal se distingue do urbanista (vice e versa), p. 189. O cruzamento de ruas é inimigo da circulação,. Crítica da rua-

corredor: “as cidades têm o direito de ser diferentes de palácioscheios de corredores”. “O urbanismo exige uniformidade nodetalhe e movimento no conjunto”, p. 190. [percebe-se o cuidadocom a estrutura urbana que possibilite maior velocidade,principalmente privilegiando o modelo de transporte baseadonos automóveis, o que está ligado ao crescimento das indústrias

petroquímica e automobilística]. Elogio da cidade verde (zonas verdes): “os imóveis surgem na

cidade por trás do rendado de árvores. Está assinado o pacto coma natureza”, p. 191. 

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Charles-Édouard Jeanneret, Le Corbusier

(1887-1965) Cidade vertical: menor espaço ocupado, maior densidade

de habitantes nesse espaço construído, p. 191.

 Apologia do arranha-céu norte-americano.

“É preciso construir o centro da cidade para o alto”, p. 193. 

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Stanislav Gustavovitch Strumilin (nascido em

1877) Economista, especialista em estatística. Membro da

 Academia de Ciências da União Soviética, a partir de 1931,economista oficial do regime sob comando de Stalin, p. 197.

Pregava a criação de comunas para encetar um modo de

habitar coletivo, tendo como base grandes casas, oupalácios-comunas, justapostos às empresas ondetrabalharão os seus habitantes, p. 198.

Não haverá coerção do governo para os habitantesdecidirem a morar nessas comunas, porém, entende que é

uma tendência do regime soviético. Por isso, tal moradiadeve ser planejada, dentro do contexto da economiaplanificada da URSS. A realização desse modelo demandarábilhões, no entanto, o governo começaria algumasexperiências em regiões estratégicas do território soviético.

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Camillo Sitte (1843-1903)

 Arquiteto da Escola Imperial e Real das Artes Industriais de Viena, conhecedor da arqueologia medieval e renascentista.Citado por L. Mumford e P. Geddes, mas criticado por LeCorbusier e os progressistas, p. 206.

 A história ensina: para Aristóteles, “uma cidade deve serconstruída de modo a proporcionar a seus habitantes segurança efelicidade”, p. 206. 

Crítica das praças atuais, sem significação. As praças, ao

contrário, devem ser concebidas com locais de espetáculo (citaexemplos gregos e romanos: Acrópole de Atenas), p. 207.

Os arquitetos têm de perceber a relação entre edifícios,monumentos e as praças.

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Camillo Sitte (1843-1903)

“Na Idade Média e na Renascença, as praças costumavam serutilizadas para objetivos práticos e formavam um todo com osedifícios que as rodeavam. Hoje, elas servem no máximo comolocais de estacionamento de veículos e não têm nada a ver com as

casas que dão para elas”, p. 208.  Crítica da geometria para resolver fins estéticos: “Os técnicosmodernos que os sucederam [aos ‘velhos mestres’], armados deesquadros e compassos, pretenderam resolver as delicadasquestões de gosto com a grosseira geometria”. 

Propõe decifrar a relação monumento e obra arquitetônica, p.

209.  A praça deve ser um espaço fechado. O espaço fechado tem seu

 valor estético: “é por serem também fechadas que as praçasproduzem um efeito de conjunto tão harmonioso”. Praça só seconstitui enquanto tal se for fechada, p. 210.

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Camillo Sitte (1843-1903)

“Um espaço fechado é a condição mais essencial de qualquerefeito artístico e, no entanto, é hoje ignorada pelos que elaboramos planos urbanos. Os antigos, ao contrário, empregaram osmeios mais diversos para cumpri-la, quaisquer que fossem as

circunstâncias”, p. 211.   As ruas não devem desembocar nas praças. Além disso, devem

haver colunatas e pórticos para emoldurar as praças, p. 212.  Apologia da irregularidade: a assimetria não fere os olhos, mas

aguça, excita o interesse na medida em que parece mais natural,

como um aspecto não intencional. Construir para os olhos [não para o lucro]: “os antigos não

concebiam seus planos em pranchas de desenho, mas suasconstruções erguiam-se pouco a pouco in natura”, p. 213.

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Camillo Sitte (1843-1903)

Opõe a ideia de simetria (quase um dogma para osprogressistas), a busca por perfeição geométrica, à noção deproporção, usada pelos mestres antigos, que tiravam suas obrasnão de pranchas, mas de um processo mais natural, p. 213.

 A vida moderna limita o desenvolvimento da arte de construircidades [ou seja, a economia e o modo de produção definido pelaindústria da construção civil limitam essa arte], p. 213. O preçodo terreno e o custo dos materiais obrigam a que os arquitetoscumpram à risca o alinhamento previsto no projeto, não lhespermitindo criar nada além, nenhum traço mais interessante, p.

214. a vulgaridade do bairro e consequência humana: o homem não

se sente atraído, nem alegre por morar ali, não cria vínculo com olocal, não tem sentimento de lar, p. 216.

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Ebenezer Howard (1850-1928)

Criador das cidades-jardins. Militante desde 1879 domovimento socialista inglês. Criador da Associação dasGarden-Cities, p. 219.

“Ele sempre subordinou a preocupação com a higiene e oprogresso ao ideal de pequenas comunidades limitadas noespaço e dotadas de um espírito comunitário”, p. 220. 

“A cidade e o campo podem ser considerados dois ímãs,

cada um procurando atrair para si a população; a estarivalidade vem interpor-se uma nova forma de vida, queparticipa das duas outras”, p. 220. Do casamento cidade ecampo nascerá uma nova civilização, p. 221.

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Ebenezer Howard (1850-1928)

“A cidade-jardim, que deverá ser construída quase no centro dos2.400 hectares, ocupará uma superfície de 400 hectares, ou seja,um sexto dos 2.400 hectares. Ela será, de preferência, de formacircular, com um raio de 1.130 metros, ou seja, de um pouco mais

de um quilômetro, do centro à circunferência”, p. 222.  População: 30.000 pessoas na própria cidade e 2.000 na zona

agrícola, e há na cidade 5.500 terrenos com uma superfíciemédia de 6,5 m x 44m, sendo que o espaço mínimo é de 6,5 m x33m, p. 223.

Grande avenida: tem 125 metros de largura e forma um cinturão verde de mais de 5 km de comprimento. Ela forma um parque de50 hectares, que está a menos de 3 min. de caminhada paraaquele que mora mais longe.

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Ebenezer Howard (1850-1928)

 A cidade se divide em células. Há uma cidade centralenvolvida por outras cidades, são interligadas por ruas quedão acesso rápido à cidade central. Estas células são

envolvidas por jardins e cinturões verdes, p. 227.  A comunicação entre o grupo de cidades será feitas

preferencialmente por estradas de ferro: “não haverá maisdo que 16 [km] a percorrer, o que seria feito em 12 minutos.

Estes trens não parariam entre as cidades, havendo paraisso trens elétricos em grande quantidade, ligando ascidades vizinhas entre si por uma linha direta”. 

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Ebenezer Howard

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Frank Lloyd Wright (1869-1959)

Norte-americano que a partir de 1911 passou a inf luenciar o outrolado do Atlântico. O seu conceito de espaço orgânico perpassoutoda a sua obra, p. 235.

Denuncia a miséria do homem das grandes cidades atuais. O

cidadão urbanizado é tanto máquina quanto parasita. No estádioatual, do cidadão urbanizado, nenhum cidadão pode criar algoalém de máquinas, p. 236.

“A cidade não é mais que uma forma ou outra de aluguel. Seainda não são perfeitos parasitas, seus habitantes vivemparasitariamente”, p. 237. 

“As crianças crescem, encurraladas aos milhares em escolasconstruídas e dirigidas como fábricas – escolas que produzemrebanhos de adolescentes, como uma máquina produz calçados”. 

 Viver na cidade é cada vez mais insuportável, viver aí “torna-se aaventura cega de um animal artificioso”. 

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Frank Lloyd Wright (1869-1959)

 A horizontalidade é entendida como a direção da liberdade humana.Lamenta-se tê-la perdido: “o cidadão condena-se a um empilhamentoartificial e aspira a uma estéril verticalidade”, p. 237. 

“A sombra da muralha”. Dois arquétipos entram em jogo: o nômade e o

sedentário. Este teria criado as cidades para viver sob a sombra damuralha. Já o nômade permaneceu vivendo em liberdade, constituindomoradias adaptáveis, temporárias e precárias.

Na relação vida urbana e democracia, percebe que centralização tem a ver com autoridade. Ao que opõe o princípio da individualidade: “esteideal [da individualidade] está no âmago da democracia orgânica,

assim como da arquitetura orgânica”, p. 238.  Entre as forças ocultas que trabalham a favor da emancipação do

citadino, a mais importante é o despertar progressivo dos instintosprimitivos e ainda adormecidos da tribo nômade, p. 240.

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Frank Lloyd Wright (1869-1959)

O modelo Broadacre, livre de qualquer contaminação do passadourbana. No seio da democracia orgânica, Broadacre é a cidade naturalda liberdade no espaço, do reflexo humano, p. 241.

 Arquitetura da paisagem: propõe uma simbiose entre obra e natureza,

de modo que a beleza natural não seja um suporte mais concorra comoum elemento da arquitetura. “Se a livre disposição do solo se baseasseem condições realmente democráticas, a arquitetura resultariaautenticamente da topografia (...), os edifícios assemelhar-se-iam, emuma infinita variedade de formas, à natureza e ao caráter do solo sobreo qual estivessem construídos; seriam parte integrante dele”.

Em broadacre, os fazendeiros não invejariam os equipamentostecnológicos da cidade, nem esta cobiçaria as verdes pastagensdaqueles, p. 242. Ali, na cidade-jardim, abolir-se-ia o aluguel, o podreteria a casa do mesmo estilo da do rico; novas relações dariam numnovo capitalismo, 244.

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Eugène Hénard (1849-1923)

 Arquiteto e urbanista responsável pela teoria geral da circulação;foi o inventor do cruzamento circular e da passagem de uma viaférrea a nível distinto, ambos fundamentais na técnica viáriaatual (1865), p. 249.

Esgotos estão sendo usados para fins para os quais não foramprojetados: “começaram por incorporar-lhe canos de água pura ede água f luvial; depois acrescentaram-se tubos para o correiopneumático, uma canalização para o ar comprimido e, por fim, aconfusão, cada vez maior e mais complicada, dos fios telegráficos

e telefônicos”, p. 250.  Proposta de solo artificial abaixo ou acima do natural. A ideia de

que o solo da rua deve ficar ao nível do solo natural primitivo éum erro.

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Eugène Hénard (1849-1923)

 As calçadas devem possuir altura suficiente para debaixo delasficarem todas as canalizações necessárias, p. 251.

“Esta plataforma, construída à altura de 5 metros acima do solo

natural, descansaria lateralmente sobre dois muros de alvenaria,paralelos aos das fachadas das casas adjacentes, das quaisestariam separados só por um pequeno espaço”. Esta plataformaficaria sob pilastras distantes entre si 4 ou 5 m.

 A rua de vários andares: “três ou quatro plataformas superpostas:

a primeira para os pedestres e os carros, a segunda para osbondes, a terceira para as canalizações diversas e a evacuação dolixo, a quarta para o transporte das mercadorias, etc.”, p. 252.

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Relatório Buchanan

Resultado de um comitê de especialistas formado sob os auspícios doMinistério dos Transportes britânico, em 1961. Visava a resolver osproblemas acarretados pelo uso do automóvel dentro da cidade. [Buchananera o nome de seu presidente]

“Zonas circundantes” podem ser bairros ativos, com circulação autônoma,

“mas que não são atravessados por nenhum tráfego exterior”, p. 257. Esteconceito não tem nenhum significado sociológico, no sentido de qualquermudança na disposição das classes sociais, trata-se apenas de um métodode disposição dos prédios em função da circulação de veículos.

Os edifícios podem ser concebidos em conjunto de forma a se prescindirda rua clássica. Chamaram isso de “arquitetura da circulação”, p. 259. 

Conservar a circulação ao nível do solo e elevar os pedestres, p. 262. “(...) Não se trata mais de projetar vias de circulação ou prédios, mas de

projetar os dois juntos, dentro de uma mesma e única tarefa. É isso queentendemos por ‘tráfego-arquitetura’: arquitetura da circulação”, p. 264.

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Iannis Xenakis (1922)

Grego, engenheiro, arquiteto e músico, foi colaborador de Le Corbusier. Emlinhas gerais, subordina tecnologia e realidade à visão utópica.

“A descentralização leva a uma dispersão dos centros, a um aumento daextensão das vias e da duração dos intercâmbios, a uma especializaçãocerrada das coletividades e a um marasmo sócio-cultural”, p. 266. 

Crítica da desconcentração das cidades. Há uma tendência natural àconcentração, p. 267.  Xenakis apresenta uma utopia da cidade vertical. Por um lado, ocupar-se-á

menos terreno e, por outro, “qualquer homem, em qualquer latitude, teráacesso a condições agradáveis de vida e de trabalho. Assim, a técnica,inteiramente industrializada e formalizada, transformará a cidade em umverdadeiro vestuário coletivo, receptáculo e instrumento biológicos dapopulação”, p. 269. 

Na cidade cósmica vertical, não há risco de guerras, pois o desarmamentoserá imposto. A briga por territórios cessará, pois se buscarão outrasexpansões no espaço cósmico, de modo que os Estados atuais setransformaram em províncias de um Estado Mundial.

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Patrick Geddes (1854-1932)

Biólogo escocês, criador de conceitos geográficos como conurbação, erapaleotécnica e neotécnica, p. 273. Foi mestre de Lewis Mumford.

Perspectiva evolucionista, defensor da tese sobre a necessidade de umapesquisa interdisciplinar antes de propor qualquer intervençãoarquitetônica na cidade. A pesquisa não se acaba com o começo da

realização do projeto. Ela deve contemplar aspectos econômicos, meiosde comunicação (por terra e água), indústrias, fábricas e comércio,população (conhecimentos demográficos: movimentos, ocupações,saúde, densidade, bem-estar etc.), ordenação urbana passada epresente (fases de desenvolvimento, planos, ruas, bulevares, redeesgoto, espaços verdes etc.), p. 277.

Recompor a história cena por cena, tal qual se fez com a geografia dolocal, p. 278. “Nossa pesquisa não deve só servir para preparar umrelatório econômico e estrutural; deve ser para nós o meio de evocar apersonalidade social da cidade, personalidade que muda com asgerações e que, no entanto, se expressa nelas, através delas”, p. 278. 

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Marcel Poète (1866-1950)

Professor de História da Bibliothèque de la ville de Paris e da École desHautes Études. Pode-se dizer que se aproxima de Patrick Geddes pelaabordagem sociológica da questão urbana: “para compreender umacidade, é preciso conhecer seus habitantes; uma cidade é um conjuntode almas”, p. 281. 

O urbanismo é tanto ciência quanto arte, pois, embora dependa datécnica do arquiteto ou do engenheiro, “fundamenta-se em dadospropriamente científicos, que procedem de disciplinas diversas:economia, geografia, história e outras” [convergência com P. Geddes],p. 282. Assim, o urbanismo dialoga com diversas ciências, não selimitando à arte de traçar planos.

 A cidade é um ser vivo, que sobrevive na terra e da terra. Para tentar darconta de sua complexidade, enquanto organismo vivo, cabe conectardados geográficos, históricos, geológicos e econômicos.

“A vida de uma cidade é, como a do homem, um combate perpétuo”, p.284.

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Lewis Mumford (nascido em 1895)

Estadunidense, é discípulo e continuador de Patrick Geddes. Reuniu várias qualidades, entre outras, a de sociólogo e historiador da cidade.Também colaborou longamente com periódicos para os quais escreviacríticas sobre arquitetura e urbanismo.

Para Mumford, só é possível criar uma cidade jardim se se criar umacivilização do jardim, p. 287. “Se novas concepções não forem postas em prática, o desenvolvimento

contínuo das regiões suburbanas de textura lassa destruirá nossascidades históricas e desfigurará a paisagem natural. Estaremos dianteda imensa massa de um tecido urbano indiferenciado e medíocre que,

para poder realizar suas funções mais elementares, exigirá aparticipação de um máximo de veículos particulares e,consequentemente, fará com que o campo fique cada vez mais longe”,p. 288.

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Lewis Mumford (nascido em 1895)

Reestruturação simultânea dos subúrbios e dos centros urbanos:são movimentos complementares, o primeiro é retrair a estruturalassa e dispersa do subúrbio e o segundo diz respeito à diminuircorrelativamente o congestionamento da metrópole, p. 290.

 A função do espaço livre é reunir as pessoas: “a função básica dacidade consiste em dar uma forma coletiva ao que Martin Buberchamou justamente de relação Eu e Tu: em permitir – e atéfavorecer – o maior número de reuniões, encontros e

competições entre pessoas e grupos variados, de modo que odrama da vida social possa ser interpretado, com os atores eespectadores podendo revezar-se em seus papéis”. 

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Jane Jacobs

Esta é uma partidária e apologista da megalópolis, emdetrimento dos subúrbios e das cidadezinhas. É crítica dearquitetura e de urbanismo, membro da revista ArchitecturalForum, p. 293.

Defesa da grande cidade e apologia da rua: as pessoas na rua,movimentando-se sob as calçadas, visitando lojas e afins,oferecem atrativos à rua, ao passo que, dão-lhe aspecto desegurança, p. 294.

 Apresenta a tese de que o homem procura o homem. As ruasonde passam mais pessoas são aquelas mais atrativas.

Do contato na rua, entre as pessoas, vem a consciência coletiva.Independentemente da qualidade de suas moradias, as pessoasprocuram a rua. Os bares, lojas e outros equipamentoscontribuem para esse fenômeno. O que, aliás, é bom para mantera cidade viva, p. 295.

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Jane Jacobs

 As crianças não aprendem tanto nos parques [ou não aprendemum saber adequado para o viver urbano?], na rua elas tantoaprendem quanto estão mais seguras, pois estão sob um maiornúmero de olhares dos adultos. “Nós as tiraríamos [às crianças]de sob a vigilância alerta de numerosos adultos para transferi-laspara lugares onde o número de adultos é muito escasso ou aténulo [os parques]. Pensar que esta mudança representa umamelhora para a educação da criança da cidade é pura fantasia”, p.297. [Esta opinião enseja pensar sobre a educação urbana dascrianças citadinas: como aprender sobre viver na cidade, seusperigos e oportunidades, senão vivendo as experiências que elaacarreta ?].

“Na prática, é só através do contato com os adultos, queencontram regularmente nas ruas da cidade, que as criançasdescobrem os princípios fundamentais da vida urbana”, p. 298.

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Jane Jacobs

Critica Ebenezer Howard pela sua objeção ao modo de vida urbano esua proposta de abandonar esse modo de viver. Jacobs está convencidade que os avanços da medicina, dos métodos de higiene urbana, daepidemiologia, bem como a definição e consolidação de uma legislaçãodo trabalho, enfim, tudo isso contribui para transformarrevolucionariamente as condições perigosas e degradantes que forampróprias por algum tempo da vida nas grandes cidades [este, aliás, otempo que viveu Howard].

Em suma, Jacobs opõe, às cidades satélites e à cidade-campo, ametrópole. Além disso, promove uma defesa do automóvel, entendido

com meio de transporte típico e necessário ao modo urbano de viver. “A estrutura de uma cidade funda-se em uma mistura de funções e

nunca nos aproximamos mais de seus segredos estruturais do quequando nos ocupamos das condições que geram sua diversidade”, p.301.

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Leonard Duhl (nascido em 1926)

Psiquiatra do National Institute of Mental Health de Bethesda, professorda Universidade George Washington. Empreendeu esforços parafundamentar os pressupostos de uma psiquiatria ecológica, “quer dizer, deuma psiquiatria que integra o estudo dos diversos aspectos do meioambiente suscetíveis de repercutir sobre o comportamento”, p. 303. 

“A produtividade crescente do trabalho e o desenvolvimento das indústriasde consumo e do bem-estar permitem que os membros da classetrabalhadora elevem seu nível de vida e evadam-se dos bairros miseráveis”.“A aglomeração de indivíduos cujas concepções religiosas, valores,distrações e estruturas familiais são os mesmos geram em todos eles umsentimento de segurança. Os guetos são não só obra dos opressores, mastambém dos próprios oprimidos”, p. 304. 

O conforto mental e o sentimento de segurança estão ligados à presençados indivíduos que conhecem, com os quais convivem na favela. Suamoradia embora precária tem um valor social que os conjuntoshabitacionais não têm. Não passam de “latas de sardinha esterilizadas”. [Épreciso relativizar isso]

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Kevin Lynch (nascido em 1918)

Professor do MIT (Massachusetts Institute of Technology), p.307.

O urbanismo é uma arte diacrônica. A cidade é um objetoperceptível só através de longas sequências temporais. É um

processo de construção e desconstrução, nunca está acabada. Lynch preocupa-se com a imagem da cidade e, portanto, com a

legibilidade de tal imagem. Especificamente, interessa-se pelaformulação mental de sua imagem, p. 309.

“Na medida em que a constituição da imagem é um processodialético que implica observador e observado, é possível reforçara imagem, seja pelo uso de instrumentos simbólicos (planos ecartazes), seja pelo treino do observador, seja ainda peloremodelamento do meio ambiente”, p. 312.

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Kevin Lynch (nascido em 1918)

Elementos da imagem: caminhos (ruas, calçadas, canais), limites(rios, muros, loteamentos), bairros, nós (ramificações,cruzamentos, abrigos), pontos de referência (edifício, sinalgráfico, acidente geográfico).

Meio adaptado ao homem e não o contrário: a cidade devia serum mundo artificial, “modelado com vistas a objetivoshumanos”, p. 315. 

 A solução dos problemas são, portanto, artificiais, de ordem da

percepção com arte, ou melhor, da imaginação. O método é usara “imagibilidade”. Desse modo, com o correto uso dessa técnica,“a ‘imagibilidade’ do meio ambiente deve permitir que nossintamos em casa rapidamente”, p. 318. 

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Victor Hugo (1802-1885)

Para este, a cidade é um livro. Recorre-se à metáfora de livro de pedra elivro impresso. Antes da invenção da imprensa, por Gutenberg, osedifícios das cidades antigas concorriam como livros, na medida emque comunicavam arte. Daí, Victor Hugo deduziu que o livro impressomataria o edifício. “A imprensa matará a arquitetura”, p. 324. 

“com efeito, desde a origem do mundo até o século XV da era cristã,inclusive, a arquitetura é o grande livro da humanidade, a expressãoprincipal do homem em seus diversos estados de desenvolvimento, sejacomo força, seja como inteligência”. 

“A arquitetura começou como qualquer escrito. Em primeiro lugar, foialfabeto. Colocava-se uma pedra, e isso era uma letra, e cada letra era

um hieróglifo, e sobre cada hieróglifo repousava um grupo de ideias,como o capitel sobre a coluna”, pp. 324-325.  A invenção da imprensa é a mãe das revoluções, p. 326. “A partir da

descoberta da imprensa, a arquitetura vai secando pouco a pouco,atrofia-se e desnuda-se”. 

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Victor Hugo (1802-1885)

Com o advento da imprensa há o declínio da arquitetura,que amalgamava todas as artes. Por outro lado, com estedivórcio, as artes se emanciparam da arquitetura, de modo

que todas as artes ganharam com isso.

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Georg Simmel (1858-1918)

Filósofo e sociólogo alemão, passou a ensinar, a partir de 1914, emEstrasburgo. O estudo da cidade derivou da obra A filosofia dodinheiro (1900), onde se reflete sobre o papel ambíguo daeconomia do dinheiro, que, ao passo que estimulou o homem àabstração, ao desenvolvimento do intelecto, por outro, esseprocesso se deu em detrimento da afetividade e dadespersonalização das relações humanas, p. 330.

 A vida na grande cidade é mais intelectual, vez que nas pequenas

cidades a vida “é fundada sobretudo nos sentimentos e nos laçosafetivos”, p. 331. 

Economia monetária e predomínio do intelecto estãointimamente ligados.

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Georg Simmel (1858-1918)

“O espírito moderno fez-se cada vez mais calculador; ao ideal daciência, que consiste em transformar o mundo em uma série defórmulas algébricas, corresponde a exatidão da vida prática talcomo a modelou a economia monetária”. “A essência do dinheiro,

que é o cálculo, introduziu nas relações entre elementos daexistência uma precisão, uma segurança na determinação do queé equivalente e do que não o é, uma certeza nas convenções e nosacordos dos homens entre si, cuja manifestação objetiva e cujosímbolo podem ser tomados pela difusão universal dos relógios”,

p. 332. [ Se a essência do dinheiro é o cálculo, para dar mais precisão ecerteza nas convenções (a exemplo da medição algébrica dotempo), o símbolo dessa essência, que torna mais racionalrelações socioeconômicas, é o relógio]

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Georg Simmel (1858-1918)

“Assim, não podemos absolutamente mais imaginar a técnica da vida urbana sem que todas as atividades, todas as relações sejamencerradas do modo mais preciso dentro de um esquema rígido eimpessoal”, p. 332. 

O dinheiro como mediador das relações sociais torna o homemmais indiferente e insensível, na relação com as coisas e com opróprio homem, p. 333.

Na grande cidade, as condições psicológicas do citadino, põem-no em atitude de reserva em relação aos outros indivíduos: “é emfunção destas condições psicológicas e da desconfiança que

temos direito de sentir diante dos elementos díspares e fugidiosda vida urbana, que nos vemos coagidos a esta reserva que fazcom que nem conheçamos de vista vizinhos que moram há anosem nosso prédio e que nos torna frios ou duros aos olhos dohabitante das cidadezinhas”. 

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Georg Simmel (1858-1918)

“O que conta, antes de tudo, é que a vida nas grandes cidadestransformou o combate pelo sustento em um combate pelohomem, é que o objeto desta luta não provém mais da natureza,mas do homem. (...) A necessidade de especializar os produtos e

os serviços para descobrir uma fonte de lucros ainda não esgota,uma função para a qual não é fácil encontrar um substituto, levaà diferenciação, ao refinamento, ao enriquecimento dasnecessidades do público, que devem conduzir a olhos vistos, porsua vez, a diferenças pessoais crescentes”, pp. 335-336. [ Hoje, o

consumo não refina a necessidade do consumidor, não. Ohomem tornou-se uma máquina de consumir, não é mais vistoenquanto homem. E que se dá para o consumo qualquer coisaque satisfaça o desejo de lucro, não as necessidades básicas desobrevivência]

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Georg Simmel (1858-1918)

Na civilização moderna, tendo como palco de suas tramasas grandes cidades, predomina o espírito objetivo sobre oespírito subjetivo, p. 336. Mas não sem a resistência do

indivíduo citadino à civilização objetiva cada vez maisinvasora, pp. 336-337.

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Oswald Spengler (1880-1936)

Estudou matemática e ciências naturais. Ambas influenciaramsua filosofia da história. Na sua visão, “a juventude de umacivilização mede-se pela força do vínculo que a liga ao solo. (...)O aparecimento das metrópoles marca o envelhecimento dascivilizações. Lê-se a história do mundo na história de suascidades”, p. 339. Spengler é bastante influenciado por G. Simmel,guarda, portanto, a perspectiva nietzschiana.

Sobre o enraizamento: “a casa é o fundamento de qualquercultura, (...) a ligação psíquica do homem ao solo”. O sentimentode ligação a terra não se deu em nenhum lugar de modo tão

acirrado como nas cidades velhas e minúsculas, p. 340. “Uma história milenar do estilo transformou a pedra animada daarquitetura gótica em matéria inerte desse demoníaco deserto depedra”, p. 342.

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Oswald Spengler (1880-1936)

Cidade-espírito e cidade-mundo: “a cidade mundial é todaespírito”. É desenraizada, as pessoas não têm o contactoorgânico com o solo. Porém, “enquanto o lar permanecer,em um sentido pio, o centro real e significativo da família, o

último vínculo com o campo também não desaparece”.[Será que, hoje, esse vínculo já não se perdeu, posto que afamília já tem mudado sua estrutura e dinâmica internas,bem como sua carga semântica?].

 As cidades modernas traduzem a tendência humana aoinfinito, já as cidades antigas demonstram tender a secondensar “em ruas estreitas e cerradas, que excluemqualquer possibilidade de transporte rápido”, p. 343. 

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Martin Heidegger (1889-1977)

Filósofo alemão autor de Ser e Tempo (1927), ensinou naUniversidade de Freiburg im Breisgau. “O pensamento deHeidegger procede por questionamento da linguagem talcomo ela aparece em suas manifestações correntes, mas

principalmente tal como aparece nos sistemas e conceitosfilosóficos e na palavra poética. Este questionamento levaimplícito uma dupla tarefa de desmistificação e defundamento ontológico”. “Como qualquer outra atividade

 verdadeira, habitar fundamenta o ser do homem”. Asconsiderações de Heidegger pode ser entendido como umacrítica ao corbusierismo e das teorias da arquiteturaprogressista (de acordo com as quais a casa é máquina ehabitar reduz-se à relação pragmática de utilização), p. 345.

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Martin Heidegger (1889-1977)

Nesse sentido, Heidegger poderia ser relacionado à correnteideológica designada como culturalismo, p. 346.

Construir, habitar, pensar: são movimentos indissociáveis entresi. Pelo contrário, fazem parte de um mesmo ato de criação. Umgesto está na raiz profunda do outro. “Construir, morar, habitar”:“o construir tem o habitar como fim”. “Habitar seria, assim, emqualquer caso, o fim que preside qualquer construção. Habitar econstruir estão um para o outro na relação de fim e de meio”.

“Construir, queremos dizer, não é só um meio do habitar, uma viaque conduz a ele, construir já é, por si só, habitar”.

“O homem comporta-se como se ele fosse o criador e o mestre dalinguagem, quando é esta que o governa”. 

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Martin Heidegger (1889-1977)

Ser e habitar: “a velha palavra bauen, da qual deriva bin, responde-nos:‘eu sou’, ‘tu és’, querem dizer: eu habito, tu habitas. O modo como tu ése como eu sou, a maneira como nós, homens, somos sobre a terra é obuan, a habitação. Ser homem quer dizer: estar sobre a terra comomortal, quer dizer, habitar. Agora, a antiga palavra bauen, que nos dizque o homem é enquanto habita, esta palavra bauen, todavia, significatambém: murar e cuidar, especialmente cultivar um campo, cultivar o

 vinhedo”, p. 347.  “Algo decisivo oculta-se ali: queremos dizer que já não apreendemos a

habitação como se fosse o ser (Sein) do homem; e menos ainda

pensamos na habitação como traço fundamental da condição humana”.  Habitar e cuidar: “o traço fundamental da habitação é esse cuidado”.

Para Heidegger, cuidado é deixar alguma em seu ser, “nós aasseguramos, quando a cercamos de uma proteção”, p. 348.

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Martin Heidegger (1889-1977)

O cuidado com a terra: salvar a terra suporta cultivá-la, tirarproveito dela, mas a salvar não implica tornar-se dono dela, “nãoa converte em súdita”, p. 348. [Remeter aqui à obra de LeonardoBoff “Um novo ethos mundial”, que fala sobre o cuidado com a

terra. Aliás, cuidado tem sua raiz em colere, cultura, cultivar ,todas palavras latinas] Habitar e pensar: “‘construir’ e pensar, cada qual à sua maneira,

são sempre inevitáveis e incontornáveis para a habitação. Mas,além disso, ambos são inacessíveis à habitação, embora vaguem

separadamente, ao invés de um ouvir o outro”, p. 349. [Que tipode pensamento rege o movimento de construir nas grandescidades contemporâneas? Certamente o que concebe comodissociados “habitar” e “construir”. Além disso, a lógica queignora que habitar é um traço essencial da condição humana]

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Martin Heidegger (1889-1977)

“Por mais dura e mais penosa que seja a falta de habitações, pormais séria que seja como entrave e como ameaça, a verdadeiracrise da habitação não reside na falta de alojamentos”. Issoporque sempre os alojamentos foram insuficientes e precáriospara muitos, antes e depois da revolução industrial. “A verdadeiracrise da habitação reside no fato de que os mortais estão sempreprocurando o ser da habitação e de que precisam, antes de tudo,aprender a habitar ”, p. 349. [Bem, o filósofo oferece uma soluçãometafísica para uma questão premente e concreta, nalguns casosdramática até. Ele tem razão ao considerar que o problemaremonta ao períodos anteriores à revolução industrial e aosurgimento das grandes concentrações urbanas, no entanto, paramilhões de seres humanos não cabe esperar que a solução estejana saída filosófica do ‘aprender a habitar’. Aqui interessa evocarMarx, o problema é conhecido, é inadiável, portanto, combater as

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