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    Projtca Revista Cienfca de Design l Londrina l V.3 l N.2 l Dez. 2012 51

    O Processo de Desenvolvimento de Produtos de Moda baseado noDesign Thinking: um estudo de caso

    The Process of Development of Fashion Products based on Design Thinking: a case study

    CARDOSO, Marina Xavier; Ps-graduanda em Gesto Estratgica de Design;

    Universidade Estadual de Londrina

    [email protected]

    DEMARCHI, Ana Paula P.; Dra. Engenharia e Gesto do Conhecimento;

    Universidade Estadual de Londrina

    [email protected]

    RESUMOO presente argo trata do processo de desenvolvimento de produtos de moda, um processo que estdiante de mudanas velozes e constantes troca de informaes. Perante esse cenrio, uma abordagemse destaca: o design thinking. Com isso, este argo pretende estruturar e sugerir melhorias ao processode desenvolvimento de produtos de uma indstria de confeco, baseado no Design Thinking. Para tanto

    foi feito o diagnsco do processo de desenvolvimento de produtos e uma proposta de interveno como intuito de fortalecer os pontos fracos idencados por meio da anlise realizada.

    Palavras Chave: Processo de desenvolvimento de produtos; Indstria de confeco; Design thinking.

    ABSTRACT

    This arcle discusses the process of development of fashion products, a process that is rapidly changing

    face and constant exchange of informaon. Given this scenario, one approach stands out: design

    thinking. Therefore, this arcle aims to structure and suggest improvements to the development process

    of a product manufacturing industry, based on Design Thinking. For that was diagnosed in the process

    of product development and a proposal for intervenon in order to strengthen the weaknesses idened

    by the analysis performed.

    Keywords: Development process products; Clothing industry; Design thinking.

    INTRODUOAtualmente, o mercado vem passando por inmeras mudanas, o Brasil, por exemplo, vive um

    grande crescimento econmico. Diante deste novo cenrio, o consumidor mudou seu comportamentoe suas expectavas perante os bens de consumo, ele est mais exigente e busca no apenas umproduto funcional, mas tambm uma grande experincia. Agora para atender as novas necessidades

    dos consumidores, os negcios necessitam adaptar-se s mudanas e renovar suas estratgias.

    No mercado da moda a situao tambm no diferente, o ambiente industrial de confeco

    possui inmeros prossionais, uma srie de limitaes e troca de informaes. O mercado conformearma Montemezzo (2007) [..] requer velocidade e dinamismo na interao das inmeras informaes

    da cadeia txl.Emdio (2006) complementa que no ambiente da indstria de confeco, a dinmica da modaexige um designer que se concilie com o cenrio de mudanas velozes, incorporando conceitos e

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    posicionamentos gerenciais na sua prca prossional.As empresas tm buscado connuamente processos mais ecientes que agilizem seus

    processos de deciso, normalmente estes alteram suas estruturas organizacionais, levando-os a adotar

    novos modelos de gesto. Desta forma, a gesto do design passa a ser essencial para as empresas quepretendem se destacar neste cenrio de presso compeva e inovao connuada que caracteriza aindstria da moda. (Montemezzo, 2007, p.7)

    Perante esse cenrio, uma abordagem se destaca: o design thinking, que tem como deniomais popular, segundo Marn (2009), pensar como um designer o faria. O mesmo autor arma queo design thinking uma fonte de vantagem compeva e considerado o fator essencial para asorganizaes obterem inovao.

    Frente a este contexto resta a questo: De que forma a gesto de design e a gesto doconhecimento podem contribuir ao processo de desenvolvimento de produtos de moda?

    No intuito de respond-la, este argo pretende estruturar e sugerir melhorias ao processo dedesenvolvimento de produtos de uma indstria de confeco, baseado no Design Thinking. Para tanto

    ser necessrio diagnoscar como realmente acontece o desenvolvimento de produtos e evidenciaras habilidades dos membros envolvidos no processo para depois propor um processo considerando as

    habilidades necessrias.

    O processo de desenvolvimento de produtos de modaPara Rozenfeld et al (2006) o processo de desenvolvimento de produtos (PDP) trata-se

    de um conjunto de avidades que busca idencar as oportunidades do mercado e aplic-las nasespecicaes de um produto. Este, por sua vez, deve atender tanto s expectatas do mercadoquanto da empresa e respeitar os requisitos legais, s restries tecnolgicas, de custo e qualidade.

    Segundo Montemezzo (2003) o desenvolvimento de produtos de moda desna-se a concepode produtos orientados para o mercado, com obsolescncia programada e que alm da funo deabrigo e proteo devem contemplar os valores simblicos dos cdigos estcos vigentes. A mesmaautora sinaliza os pontos cruciais para o desenvolvimento de produtos de moda como os seguintes:

    - exibilidade e agilidade no tratamento das suas metodologias de projeto, considerando odinamismo e a velocidade que envolvem o desenvolvimento de produtos nesta rea;

    - imerso profunda no contexto comportamental do usurio/consumidor, tendo em vista ovalor emocional que se vincula ao produto de moda;

    - decodicao das tendncias estcas e socioculturais vigentes em cdigos de linguagemque se relacionem com o universo do usurio/consumidor, estabelecendo, com este, um canal decomunicao;

    - bom pensamento de usabilidade j que h uma interao generalizada e direta do produtocom o corpo humano, como uma segunda pele.

    A representao grca ou textual de um PDP ideal como um modelo referencial, segundoRozenfeld et al (2006), pode ser uma boa alternava. A parr de um modelo de referncia, uma

    empresa pode denir seu modelo especco de acordo com suas necessidades e parcularidades.Assim, ele se torna um manual de procedimentos para o desenvolvimento de produtos e constui-seem um repositrio de melhores prcas.

    Existem diversos modelos de referncias para o PDP, entretanto para a realizao deste

    trabalho sero estudados dois modelos: o primeiro, proposto por Montemezzo (2003) e o segundo,proposto por Jordan (2004).

    O primeiro modelo foi originado da sntese das reexes de vrios autores do design projetuale complementado com a realidade prossional do designer de moda. O modelo possui seis etapasapresentadas na gura 1, abaixo:

    Figura 1 - Desenvolvimento de produtos de moda/vesturio.

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    Fonte: Montemezzo (2003)

    Como podemos ver, o diagrama discrimina as principais aes realizadas no PDP de moda

    e destacadas em cinza esto as aes em que o designer est diretamente envolvido. Porm, omesmo deve estar envolvido em todas as fases do processo, pois isso ir inuenciar suas decisesna congurao do produto assim como podero garanr a qualidade do projeto. Assim, sob umraciocnio projetual consciente e organizado possvel encontrar uma melhor soluo para o projeto,

    cujo sucesso est vinculado s orientaes denidas na etapa de planejamento.No PDP de moda existem ferramentas que esto inseridas no processo, entre elas est o Painel

    Semnco, painel que traduz visualmente o conceito da coleo, defendido por Montemezzo (2007)como uma boa ferramenta de comunicao entre os setores de criao, desenvolvimento e comercial

    de uma empresa. Alm de auxiliar na organizao dos fatores relevantes para o desenvolvimento de

    um conjunto de produtos, a coleo. Outra ferramenta importante so as chas-snteses, por meio daqual se faz o registro e avaliao da conduta projetual, ela permite uma viso panormica do projetoe facilita a comunicao no trabalho em equipe, que diante do contexto da confeco, trata-se deuma cadeia produva bastante fragmentada. Vale destacar que a cha tcnica outra ferramentaessencial para uma boa comunicao entre os setores de criao, desenvolvimento e comercial de uma

    empresa; evitando perda de informaes durante a produo.

    O modelo proposto por Jordan (2004) foi desenvolvido para o PDP na indstria txl/vesturiodesnado a empresas que tenham marca prpria. A autora salienta que este modelo desna-se:

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    - como informao para as empresas ou prossionais da rea que buscam a prossionalizaodo desenvolvimento de produtos,

    - como aproximao de uma viso sistmica do desenvolvimento de produtos de vesturioulizando os conceitos da Engenharia de Produo,

    - como ferramenta para reduo do tempo de desenvolvimento e sucesso do produto.Este modelo possui trs macro-fases: pr-desenvolvimento, desenvolvimento e ps-

    desenvolvimento.

    A macrofase de pr-desenvolvimento abrange trs etapas:

    - Avaliao preliminar do mercado: busca de informaes sobre as necessidades dos clientes

    por meio de dados primrios e secundrios, destacando as oportunidades de mercado e seu potencial.Nesta etapa muito importante o estudo do eslo de vida dos consumidores do segmento que sepretende atender;

    - Diretrizes de novos produtos: planejamento em relao ao mix de produtos e linhas (amplitude,profundidade, consistncia), ciclo de vida (longo, mdio ou curto), cronograma de lanamento eexecuo do desenvolvimento em si;

    - Gerao e triagem de idias e gerao do conceito: coleta de elementos que possam serusados como referncia para a coleo, como cores, formas, texturas e produtos similares.

    A macrofase de desenvolvimento constuda por seis etapas:- Desenvolvimento do conceito da coleo: as idias da etapa anterior so converdas em uma

    verso detalhada com os elementos mais signicavos para o consumidor. O conceito deve atenderas necessidades do consumidor e possuir um diferencial em relao a outros existentes no mercado;

    - Desenvolvimento do projeto dos produtos da coleo: criao dos modelos por meio de

    desenhos dos produtos e organizao das amostras de tecidos e aviamentos que podero ser ulizados;- Especicao dos produtos: nesta fase elaborada a cha tcnica dos produtos com

    informaes desde a matria-prima at especicaes de costura.- Modelagem e produo das amostras: so feitas as modelagens e ajustes necessrios, e a

    confeco da pea piloto.

    - Preparao para a produo: por meio das peas piloto e chas tcnicas aprovadas so feitosestudos de mtodos e processos para a produo.

    - Manufatura das amostras: so produzidas as peas de mostrurio que seguem para osrepresentantes ou para postos de venda. Esta fase serve de base para ajustes dos mtodos e processo

    de produo.

    J a macrofase de ps-desenvolvimento no possuiu etapas, nesta fase so feitas aavaliao do processo de desenvolvimento e o acompanhamento do produto no mercado, para tanto

    so feitas comparaes entre as mtricas planejadas no pr-desenvolvimento e as obdas, como porexemplo: o percentual de vendas, tempo de lanamento e custos de desenvolvimento e desempenho,

    entre outros. Esta fase compreende ainda o registro de lies aprendidas, onde so feitos os registros

    dos processos (facilidades e diculdades) que so arquivados em dossis para consultas futuras. Assim

    o modelo de desenvolvimento deve ser aperfeioado a cada projeto.O modelo propem que sejam feitos gates - pontos de deciso entre as fases - esses gates

    encontram-se nos pontos crcos do processo e garantem o controle da qualidade do PDP, evitandoassim que ao nal de cada etapa o produto no atenda as especicaes do incio do processo. Deacordo com Jordan (2004), os documentos referentes aos gates devem ser elaborados pela equipede trabalho, ter um objevo denido e ser de fcil preenchimento. Quando os gates so aprovados oprojeto pode seguir para a prxima fase.

    Os documentos referentes aos gates, sugeridos pela autora so: Documento de Conceito

    de Coleo: consiste num resumo do conceito juscando os elementos ulizados, elaborado pelodesigner de moda; Documento de Desenvolvimento de Fornecedor: elaborado pelo setor de compras;

    Aprovao dos Desenhos da Coleo: consiste do prprio desenho que ser aprovado com um visto daequipe responsvel pela aprovao; Aprovao das peas piloto: consiste de aprovao com um vistona cha tcnica num campo apropriado a esta validao e Aprovao da Ficha Tcnica: visto na chatcnica do produto. Tambm proposto uma Matriz de Responsabilidades adaptada para a indstria

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    txl, apresentada na gura 2 abaixo, nela esto condos os setores envolvidos e relacionados sfases do PDP. Por meio dela pode-se vericar como cada setor parcipa do processo, sendo comoresponsvel (R), parcipante (P) ou apenas informado (I).

    Figura 2: Matriz de responsabilidades

    Fonte: Jordan (2004)

    A gura 3, abaixo, apresenta um modelo de uxograma para o PDP proposto por Jordan (2004),nele esto descritas as fases do processo, os objevos, setores envolvidos e documentao gerada acada etapa; assim como a localizao dos gates, pontos de deciso, descritos anteriormente.

    Figura 3: Modelo de uxograma do PDP.

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    Fonte Jordan (2004)

    Este argo ulizar como base o modelo de uxograma acima. No entanto este modelopossui uma estrutura bastante rgida e linear, diferentemente de como funciona o PDP atualmente nas

    empresas. Devido ao contexto atual, onde a troca de informaes muito rpida, o processo necessitaser bastante exvel e capaz de se adaptar s mudanas.

    Design ThinkingDe acordo com Demarchi (2011), design thinking no deve ser considerado um novo conceito

    ou uma nova prca, ele est presente, mesmo que de maneira inconsciente, desde que existe odesign.

    Para Cooper, Junginger, Lockwood (2006, apud DEMARCHI, 2011, p. 129) design thinking temuma denio imprecisa, dentre as encontradas no dicionrio esto: thinking of (pensar em), thinkingabout (pensar sobre), e thinking through (pensar por meio de), a autora arma que ele abrange essas

    trs denies. As organizaes esto mais habituadas com as duas primeiras denies, porm surgeuma nova forma de aplicar o design thinking: pensar por meio do design, ou seja, pensar como os

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    designers fazem.

    Segundo a mesma autora, design thinking abrange a habilidade de visualizar rapidamente

    problemas e conceitos, o desenvolvimento de cenrios baseados em pessoas e a construo de estratgiasde negcio a parr dos mtodos de pesquisa dos designers.

    A cultura do design thinking, conforme arma Demarchi (2011), encoraja a confeco deprotpos, que pode ser considerada uma maneira de pensar visualmente. Com isso, o design thinkingreduz o medo de falhar e encoraja a mxima absoro e parcipao dos indivduos no processo deresoluo de problemas. Lockwood (2009) dene designthinking como um processo de inovao com foco no ser humano, onde se destacam a observao,

    colaborao, aprendizado rpido, visualizao de ideias, protpo rpido de conceitos e a anlise doconcorrente, que resultam numa forte inuncia na inovao e na estratgia do negcio.

    Para Brown (2010), design thinking tem incio com as habilidades que os designers adquiriramcom o passar do tempo, entre elas esto a habilidade de alinhar as necessidades dos consumidores

    com os recursos tecnolgicos disponveis dentro da organizao, a intuio, a habilidade de reconhecer

    padres, construir ideias que tenham signicado emocional e funcional, habilidade de expressar ideiasde maneira diferente, no usando apenas palavras ou smbolos. Dentre as habilidades do design thinker,

    de acordo com o mesmo autor, est tambm a habilidade de trabalhar de forma interdisciplinar. importante saber diferenciar um trabalho em um grupo interdisciplinar e um grupo muldisciplinar,neste ulmo cada integrante tende a defender sua prpria especialidade tcnica, prejudicando assimo projeto. J em um grupo interdisciplinar existe uma ideia coleva e todos do grupo so responsveispor ela.

    O autor Lockwood (2009) dene cinco aspectos-chave do design thinking:- adquirir um profundo entendimento do consumidor por meio da pesquisa de campo. Neste

    aspecto, torna-se importante o uso da abordagem empca, que contribuir tanto como fonte deinspirao quanto para idencar nos consumidores necessidades desarculadas. Para tanto, usa-se aobservao e mtodos etnogrcos.

    - formar grupos muldisciplinares, que trabalhem de forma interdisciplinar.

    - capacidade de acelerar o aprendizado por meio da visualizao, experimentao e criao deprotpos rpidos.

    - habilidade de gerar visualizaes de conceitos.

    - integrar a anlise do negcio durante o processo e no no seu trmino, ulizando-a comoforma de limitar a criavidade. Desta maneira h o pensamento integravo, onde h a combinao dacriavidade com os aspectos estratgicos tradicionais, possibilitando um ponto de vista mais completo.

    A incorporao do design thinking em uma organizao no uma tarefa simples, conforme

    Brown (2010), visto que nossa cultura nos impe um pensamento lgico e deduvo, onde somostreinados a receber informaes, analisar e convergir em uma nica resposta. Caminhando para o lado

    oposto do design thinking, que prope o pensamento abduvo. Para explicar melhor como funciona oprocesso de design baseado no design thinking, segue o tpico abaixo.

    Processo de design baseado no design thinkingDemarchi, Fornasier e Marns (2012) armam que o processo de gesto de design baseado

    no design thinking leva a abordagem do designer aos diversos nveis na organizao, mudando a

    maneira de fazer negcio e tornado-se uma ferramenta para a diferenciao. O processo de design

    composto por uma srie de mtodos reunidos, que so adequados de acordo com cada projeto. Esteprocesso bastante dinmico e no linear, possui muitos ciclos de feedback, os quais permitem almde acomodar os insights que ocorrem em cada estgio do processo, tambm possibilitam manter anatureza interava do design.

    Os mtodos usados no processo so denidos, por Jones (1978), como ensaios que permitemexternalizar o pensamento do designer. Esta externalizao permite a aprendizagem, pois possibilita

    que outras pessoas contribuam com informaes e intuies a respeito do problema, que muitas vezesno fazem parte do seu conhecimento e experincia.Para explanao do processo, este argo ir ulizar a abordagem exposta por Jones (1978),

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    o autor divide-o em trs etapas consideradas essenciais e que so nomeadas de acordo com opensamento ulizado em uma delas. As etapas so:

    - Divergncia: esta etapa visa ampliar o conhecimento que o designer possui sobre o problemaa ser resolvido. So ulizados os conhecimentos explcitos do designer para obter informaes sobre ocontexto. Ele faz uma anlise dos objetos existentes, ou seja, artefatos projetados para dar sustentaos prcas sociais vigentes.

    - Transformao: esta uma etapa de alto nvel criavo e de elaborao mais amena, ela estdividida em duas outras etapas: a transformao divergente, onde ulizam-se mtodos de invesgaode ideias; e a transformao pura, que auxilia a elaborao de conceitos. Na transformao divergenteo designer codica os conhecimentos extrados durante a divergncia, com o objevo de gerar oconhecimento explicitado. Neste momento ocorre um perodo de sntese, onde o designer organiza e

    interpreta os dados de maneira a dar forma a uma histria ou conceito que nortear o projeto. Durantea transformao pura, o designer uliza todo seu conhecimento para selecionar a melhor ideia e gerarum novo produto.

    - Convergncia: tem como objevo selecionar uma nica alternava dentre todas possveis.Nesta etapa o designer faz uso da linguagem escrita, visual, sonora para sintezar, codicar e construir

    o protpo e disseminar o novo conhecimento na organizao.Marn (2009) arma que ulizar o design thinking dentro de uma organizao aplicar a

    principal ferramenta do designer para solucionar problemas de negcio. Esta ferramenta o raciocnio

    abduvo.O raciocnio abduvo, caracterizado por Pierce (1975), constui um modo de inferncia sobre

    o qual se estrutura o raciocnio criavo. Diferentemente dos raciocnios deduvo e induvo (que somodalidades de juscao e no de ampliao do conhecimento), o raciocnio abduvo permite aformulao de novas hipteses explicavas.

    Conforme o prprio autor explica, a deduo prova algo que deve ser, a induo mostra algoque atualmente operatrio, j a abduo faz uma mera sugesto de algo que pode ser. Para apreenderou compreender os fenmenos, s a abduo pode funcionar como mtodo. O raciocnio abduvo so

    as hipteses que formulamos antes da conrmao (ou negao) do caso. E essas hipteses quandoconsideradas verdadeiras podem explicar o problema.

    Marn (2009) diz que o pensamento abduvo permite que design thinkers explorempossibilidades olhando para o futuro, enquanto ainda analisam oportunidades olhando para o passado.

    METODOLOGIAEste trabalho classica-se como um estudo de caso. A pesquisa de campo realizada foi de

    carter exploratrio com uma abordagem qualitava, ou seja, quando o pesquisador, que parteintegrante do objeto de estudo, uliza suas experincias pessoais para compreenso do contexto.

    Considerando que a pesquisadora uma designer, ulizou-se como mtodo a etnograa, uma

    modalidade da pesquisa cienca, primordialmente de carter qualitavo, no intuito de ulizar ahabilidade de observao empca.

    A pesquisa etnogrca tem como princpio a extrao do conhecimento por meio da interaoentre o discurso e o comportamento das pessoas, e as observaes do pesquisador sobre cada detalheque compe o ambiente pesquisado.

    Para uma melhor apreenso do objeto de estudo, ulizou-se uma tecnologia classicada comoindependente: que se refere a um caderno onde se registraram os acontecimentos, as impresses e asdeclaraes do informante.

    Inicialmente, este estudo foi realizado na sede da empresa, com a presena da responsvelpelo processo de desenvolvimento de produto, que se disps a fornecer informaes para a pesquisa.

    Esta entrevista informal teve como objevo extrair informaes por meio de observao direta

    assim como, por meio de observao indireta realizada a parr da experincia que a pesquisadorapossui dentro da empresa, foi realizada tambm uma busca de indcios visuais que poderiam auxiliar nolevantamento de dados e permir uma anlise mais rica e detalhada das caracterscas da organizao

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    e do processo.

    Caracterizao da empresaA indstria de confeco em estudo exerce suas avidades na cidade de Londrina, possui

    mdio porte e atua no mercado h cerca de nove anos. Esta empresa deu incio s suas avidades coma produo de enxovais para beb e com o passar dos anos expandiu sua gama de produtos.Atualmente, possui cinco marcas prprias, produzindo enxovais, bolsas, roupas para beb e

    para o pblico infanl. Cada marca possui um pblico-alvo diferente e com necessidades disntas,permindo assim que elas no concorram entre si.

    Esta empresa possui uma administrao familiar. Sua rea de abrangncia o territrio nacional,por meio de representantes, principalmente nas regies sul e sudeste. Ela possui atualmente 450funcionrios, sendo 70% mulheres e 30% homens que esto divididos em 11 setores: administravo,desenvolvimento, modelagem, pilotagem, PCP, almoxarifado, corte, distribuio, costura, acabamento

    e expedio.

    Em geral, as matrias-primas ulizadas pela empresa na confeco dos produtos so: malha,suedine, atoalhado, moleton, plush, tactel, sarja, jeans e tricoline; e alguns aviamentos como botes,

    tas e strass.Cabe considerar que a maior parte do processo produvo ocorre internamente. No entanto, a

    estamparia, a lavanderia e parte das costuras so realizadas por empresas externas.

    Observou-se que o processo de desenvolvimento d-se da seguinte maneira: primeiramente realizado um cronograma que nortear o desenvolvimento dos produtos, nele so delimitadas adata de lanamento da coleo, as datas limites para cada etapa do desenvolvimento e a quandadede modelos que a coleo dever ter. Em seguida o setor de desenvolvimento realiza pesquisas detendncias estcas, pantones e matrias-primas; a parr dessa pesquisa so denidas as especicaesda coleo, como o conceito e as referncias a ser ulizadas para seu desenvolvimento. Medianteessas informaes monta-se um brieng para os desenhistas, que faro as estampas corridas, locais ebordados das peas; este brieng repassado a eles pelos designers de moda. Enquanto os desenhistas

    elaboram as estampas, os designers fazem uma avaliao da venda das colees anteriores, com basenum relatrio de vendas elaborado pelo coordenador de produto. Com base nessas informaes feita

    a gerao de alternavas dos modelos que entraro na coleo, aps isso so selecionadas as melhoresalternavas e denidos quais modelos sero mandos da coleo anterior. Com os modelos denidos feito o dimensionamento e mix da coleo, que consistem em denir a proporo de pos de peasque iro compor a coleo, j no dimensionamento so denidos quais tecidos, cores, aviamentos,acabamentos, estampas e bordados sero ulizados em cada pea. Em seguida inicia-se a etapa deelaborao do book, que o conjunto dos modelos da coleo, nessa etapa so atribudas referncias(cdigos) para cada modelo e este book repassado para o setor de modelagem; simultaneamenteinicia-se a etapa de aquisio de materiais, onde feita a relao dos tecidos a serem ulizados erepassado ao tcnico txl os tecidos que devero ser pedidos.

    Aps a modelagem feita, esta testada no setor de pilotagem, que confecciona a pea eidenca se haver a necessidade de correes e ajustes. Em seguida, o setor de desenvolvimentoinicia a confeco da cha tcnica dos produtos, com todas as especicaes necessrias, nesta etapatambm calculado o custo dos produtos. Simultaneamente inicia-se a produo da pr-coleo,

    que consiste na confeco dos modelos nos tecidos e cores denidas, e com os bordados e estampasdesenvolvidas.

    Feito isso realizada a anlise da pr-coleo junto alta direo, nesta etapa os produtos soaprovados ou reprovados. Se aprovados eles seguem por todas as etapas de produo (cadastro daspeas no sistema, gerao da ordem de produo e produo do mostrurio) at a sua expedio. Casoseja reprovado, ele pode ser eliminado ou alterado, retornando ao setor de modelagem e seguindo

    as outras etapas j descritas. Enquanto os produtos encontram-se na fase de produo, o setor de

    desenvolvimento e o setor comercial elaboram a tabela de preo dos produtos e os materiais paraos agentes de vendas, que consistem em uma apresentao da coleo e cartela de tecidos comcombinao de cores dos produtos de cada marca. Para a elaborao desses materiais tambm conta-

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    se com a parcipao do setor de markeng.O uxograma da Figura 4 apresenta o processo produvo descrito de forma mais detalhada e

    nele esto idencados os setores que parcipam em cada etapa do processo.

    Figura 4 Mapeamento do processo da indstria de confeco.

    Fonte: Prpria

    importante mencionar que nem sempre as etapas acontecem uma aps a outra comodescrito no mapeamento acima, muitas delas ocorrem simultaneamente, pois este um processo

    bastante dinmico e exvel. O mapeamento foi feito desta maneira para que o processo possa servisualizado de maneira mais didca.

    O setor analisado dentro da indstria aqui referenciada compreende o desenvolvimentodos produtos e analisando o mapeamento pode-se armar que as avidades realizadas nesse setorinterferem nas demais etapas de toda a cadeia produva da empresa. Pode-se armar tambm que osetor responsvel por:

    pesquisas sobre tendncias de mercado, matrias-primas, acabamentos, delimitaes do projeto (denir conceito e referncias), contato com fornecedores para aquisio de matrias-primas, coletar informaes sobre colees anteriores junto a parte comercial, desenvolver estampas e bordados, fazer o mix e dimensionamento da coleo (denir quandades de modelos e suas

    composies) desenvolvimento de cha-tcnica acompanhamento da produo do mostrurio, dar suporte aos outros setores solucionando dvidas ao longo da produo.

    Proposta de intervenoCom base nos modelos apresentados anteriormente e com a ulizao do design thinking, foi

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    feita uma anlise do mapeamento da indstria de confeco aqui apresentada e foram idencadospontos fortes e pontos fracos no processo de desenvolvimento.

    Pontos fortes:

    A equipe de desenvolvimento composta por prossionais de diversas reas, o que permiteque trabalhem de maneira interdisciplinar.

    Percebe-se que h a valorizao e invesmento na fase de pesquisa, que normalmente noacontece em indstrias de confeco.

    feita uma avaliao do custo dos produtos quanto a sua viabilidade produva e insero nomercado.

    Tambm feita a anlise de vendas das colees anteriores, o que permite que a cada coleoos produtos se aperfeioem e sasfaam ainda mais aos consumidores.

    Pontos fracos:

    No existe um mapeamento do processo concreto e disponvel a todos, apenas uma sequnciade etapas que nem sempre seguida conforme deveria.

    H perda de informao durante o processo, o que d origem a retrabalhos.H desenvolvimento de produtos que nem sempre so ulizados, ocasionando perda de tempo

    e retrabalho para o setor de desenvolvimento. Por conta desses desenvolvimentos, so feitos pedidos

    de matrias-primas que nem sempre so ulizadas.O setor de markeng no parcipa desde o incio do processo de desenvolvimento, est

    inserido apenas no m dele, o que diculta a denio de estratgias de markeng para os produtos.Para aperfeioar o processo de desenvolvimento de produtos e fortalecer os pontos fracos, a

    presente autora sugere algumas mudanas que garanro maior ecincia ao processo. So elas:- Insero de 2 gates ao processo: pode-se observar que o processo j apresenta 1 gate (ponto

    de deciso) em sua estrutura, a anlise da pr-coleo, porm faz-se necessrio a criao de outrosem 2 pontos crcos do processo. Os gates impediro que os produtos sigam para as prximas etapascaso no estejam atendendo as especicaes do incio do processo. O primeiro gate deve ser inseridologo aps a etapa de elaborao do book, e foi nomeado como pr-aprovao, nele o book da coleo

    ser analisado junto alta direo; se aprovado connuar o processo, caso contrrio ser eliminadoou sofrer alterao e passar pelo gate novamente. A pr-aprovao ter o intuito de impedir quesejam feitos pedidos de matrias-primas e estas no sejam ulizadas. O segundo gate deve ser inseridoantes da expedio dos produtos, e foi nomeado como conferncia, neste gate o setor de cha tcnicadever conferir as peas produzidas com sua respecva cha tcnica e avaliar se as peas esto deacordo com o que foi estabelecido. Se aprovada a pea poder ser usada como pea-piloto, casocontrrio dever ser refeita ou corrigido o erro, dependendo do po de inconformidade com a chatcnica. A conferncia tem o objevo de avaliar as peas para que s sejam ulizadas peas-piloto queestejam atendendo rigorosamente as especicaes estabelecidas na cha tcnica, evitando assima divulgao de informaes divergentes para a produo, isto , uma informao na cha tcnica eoutra diferente na pea-piloto.

    - Elaborao de cha tcnica para uso do setor de modelagem e aps pilotagem das peasatualizao desta: como foi descrito no mapeamento acima o setor de modelagem recebe apenas obook da coleo para o desenvolvimento da modelagem e ele no h as especicaes necessriaspara tanto. A m de evitar retrabalhos e desatualizaes faz-se necessrio o envio de uma cha-tcnicadetalhada dos produtos ao setor de modelagem e aps a pilotagem das peas esta cha dever seratualizada caso tenha sido alterada alguma especicao descrita.

    - Insero da etapa de mtodos e processos: aps o cadastro dos produtos no sistema, faz-

    se necessrio o planejamento da produo do mostrurio, para tanto dever ser feito a relao deprocessos ulizados em cada pea para que se consiga obter um melhor planejamento da produo.Nesta etapa as dvidas quanto aos novos produtos devem ser radas, promovendo assim maisautonomia produo de como o produto deve ser produzido.

    - Parcipao do setor de markeng desde o incio do processo: para que se denam estratgiasde markeng efevas e em conformidade com os produtos, o setor deve parcipar de algumas etapas

    juntamente com o setor de desenvolvimento, etapas estas como: cronograma, pesquisa, pr-aprovao

    CARDOSO, Marina X.; DEMARCHI, Ana Paula P.

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    e anlise da pr-coleo.- Registro de lies aprendidas: para promover a melhoria connua do processo, ao trmino

    de cada ciclo deve ser feito o registro de lies aprendidas. Este registro consiste em registrar aes

    que contriburam e que dicultaram o processo, com essas informaes em mos devem ser feitasalteraes no processo permindo assim o aperfeioamento do mesmo a cada ciclo.

    - Avaliao do desempenho dos produtos: durante a venda dos produtos deve-se fazer um

    relatrio de trocas e reclamaes e analis-lo a m de evitar que os mesmos erros aconteam nasprximas colees.

    - Disponibilizao do mapeamento a todos os envolvidos: como forma de sistemazar oprocesso e divulgar informaes deve-se disponibilizar o novo mapeamento do processo a todos

    os setores envolvidos, assim como promover um treinamento para esclarecimento de dvidas; isso

    contribuir para o engajamento e o maior compromemento dos parcipantes.O uxograma da gura 5 apresenta a proposta de interveno inserida no mapeamento do

    processo de desenvolvimento de produtos da indstria de confeco estudada.

    Figura 5 Proposta de interveno no processo de desenvolvimento de produtos da indstria de confeco.

    Fonte: Prpria

    Observando o mapeamento acima percebe-se a insero dos gates e etapas propostas, essas

    modicaes tornaro o processo um pouco mais longo porm garanro maior qualidade e ecinciaao processo.

    CONCLUSOPor meio da anlise feita pode-se armar que a maioria dos pontos fracos da empresa estudadaconcentra-se na ausncia de sistemazao do processo e no uso e divulgao das informaes. Isto

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    deve-se a rapidez que o setor requer entre o planejamento do produto e seu lanamento no mercado,no entanto a falta de planejamento acaba afetando os resultados no nal do processo, ou seja, oproduto nal. Conforme arma Jordan (2004), a maioria das empresas do segmento no possui ummtodo denido para o PDP, os dados geralmente no so documentados e o foco do desenvolvimentoest fortemente baseado na experincia da empresa.

    Diante deste cenrio e com base nas diretrizes do design thinking, torna-se possvel colocaro ser humano no centro do processo, compreender melhor os usurios e envolver os integrantesdo processo como colaboradores constantes. Para tanto foi realizada uma proposta de interveno

    no processo de desenvolvimento, sugerindo melhorias com o intuito de fortalecer os pontos fracos

    idencados por meio da anlise realizada. Porm estas modicaes devem ser connuas visto queestamos diante de um processo bastante complexo e dinmico.

    REFERNCIASBROWN, T. Design Thinking: uma metodologia poderosa para decretar o m das velhas idias(Elsevier, Eds.). p.249. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010.

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