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Visite: www.trabalhosfaceis.home.sapo.pt Fonte: pontodosconcursos.com.br Claudia K 28/09/2006 - Eu preciso aprender a só ser... Eu Preciso Aprender a Só Ser Composição: Gilberto Gil - Texto de Isabel Câmara Sabe, gente É tanta coisa pra gente saber O que cantar, como andar, aonde ir O que dizer, o que calar, a quem querer Sabe, gente É tanta coisa que eu fico sem jeito Sou eu sozinha e esse nó no peito Já desfeito em lágrimas que eu luto pra esconder Sabe, gente Eu sei que no fundo o problema é só da gente É só do coração dizer não quando a mente Tenta nos levar pra casa do sofrer E quando escutar um samba-canção Assim como "Eu preciso aprender a ser só" Reagir e ouvir o coração responder: "Eu preciso aprender a só ser" Oi, galerinha Aos que reclamavam de meu sumiço, vai uma explicação: felizmente estou muito atarefada – aulas no Ponto; mudança de

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    28/09/2006 - Eu preciso aprender a s ser... Eu Preciso Aprender a S Ser

    Composio: Gilberto Gil - Texto de Isabel Cmara

    Sabe, gente

    tanta coisa pra gente saber

    O que cantar, como andar, aonde ir

    O que dizer, o que calar, a quem querer

    Sabe, gente

    tanta coisa que eu fico sem jeito

    Sou eu sozinha e esse n no peito

    J desfeito em lgrimas que eu luto pra esconder

    Sabe, gente

    Eu sei que no fundo o problema s da gente

    s do corao dizer no quando a mente

    Tenta nos levar pra casa do sofrer

    E quando escutar um samba-cano

    Assim como "Eu preciso aprender a ser s"

    Reagir e ouvir o corao responder:

    "Eu preciso aprender a s ser"

    Oi, galerinha

    Aos que reclamavam de meu sumio, vai uma explicao: felizmente estou muito atarefada aulas no Ponto; mudana de

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    casa, de cidade, de estado (finalmente, a to esperada REMOO saiu e estou de volta minha cidade natal RIO DE JANEIRO). J deu pra perceber que no foram poucas as minhas atividades, no ? O tempo tem sido curto para tanta coisa...

    Enfim, o que interessa que estou de volta ao espao aberto, trazendo algumas questes interessantes para analisarmos.

    Voc notou que reproduzi acima a letra de uma linda cano de Gil (quando era apenas um brilhante artista).

    A partir dessa cano, vamos analisar como a posio de certos vocbulos pode alterar o seu sentido na orao (e, algumas vezes, sua classificao morfolgica tambm, ou seja, a classe de palavras a que pertencem).

    Esse assunto foi abordado em uma prova da Fundao Getlio Vargas - Agente Tributrio Estadual de Mato Grosso do Sul - e suscitou inmeros debates.

    Qual a diferena entre Eu preciso aprender a ser s e Eu preciso aprender a s ser?

    Bem, no primeiro caso, o vocbulo s um adjetivo que equivale a sozinho. Assim, o que se precisa aprender a ficar sozinho.

    J a resposta do corao d outra sugesto: preciso aprender a s ser, ou seja, preciso aprender a simplesmente ser. Esse s tem valor circunstancial e recebe a classificao de palavra denotativa. Tem valor de excluso preciso aprender nada alm de SER.

    Apesar de no reconhecidas pela Nomenclatura Gramatical Brasileira (que as classifica parte dos advrbios, mas sem denominao especfica), as palavras denotativas diferenciam-se destes em funo das palavras que podem modificar.

    Os advrbios podem modificar verbos, adjetivos, outros advrbios ou oraes/enunciaes, enquanto que as palavras denotativas podem se referir a vocbulos de qualquer classificao, ou at mesmo a nenhum vocbulo

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    especificamente.

    Podem designar, dentre outras circunstncias:

    - INCLUSO: at, inclusive, mesmo, tambm etc.

    - EXCLUSO: apenas, salvo, exceto, s, somente etc.

    - DESIGNAO: eis

    - REALCE: c (Eu c tenho de perguntar), l (E eu l sei isso!), que etc.

    - RETIFICAO: isto , ou melhor, alis etc.

    - EXPLICAO: isto , ou melhor (a diferena entre este e o anterior depende da construo).

    - SITUAO afinal (Afinal, o que voc quer?), agora, ento (Ento, diga se j compreendeu a lio.)

    Veja um outro emprego da palavra denotativa s:

    S eu sei / as esquinas por que passei / S eu sei (letra da msica Esquinas, de Djavan).

    Esse s se refere ao pronome eu com idia de excluso ningum alm de mim ou de todas as pessoas do mundo, s eu sei....

    Note que no poderamos classificar esse vocbulo como advrbio, uma vez que altera o sentido de um pronome (eu).

    A questo da prova da FGV explorava a alterao de sentido e de classe gramatical de vocbulos em relao sua posio.

    Outras vezes ela passa por mim na rua entre os camels.

    Vezes outras a entrevejo no espelho de uma joalheria.

    No trecho acima, a inverso das palavras grifadas no

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    provocou alterao de sentido. Assinale a alternativa em que a inverso dos termos provoca alterao gramatical e semntica.

    (A) novos papis / papis novos

    (B) vrias idias / idias vrias

    (C) lcidas lembranas / lembranas lcidas

    (D) tristes dias / dias tristes

    (E) poucas oportunidades / oportunidades poucas

    O gabarito foi a letra (B). Antes do substantivo, o vocbulo vrias um pronome que atribui a idias um valor indefinido no se pode precisar quantas idias.

    J posposto ao substantivo, passa a ser um adjetivo, equivalente a variadas.

    Alguns questionaram a alterao gramatical provocada pela inverso dos vocbulos na opo (E). Note que o enunciado exige que a inverso tenha provocado alterao gramatical E semntica.

    Em poucas oportunidades, o vocbulo poucas tambm um pronome indefinido segundo Aurlio: em quantidade ou em grau menor do que o habitual ou o esperado.

    J em oportunidades poucas, o vocbulo passa a ser um adjetivo segundo Aurlio: em pequena quantidade; escasso, reduzido.

    Houve, portanto, mudana na classificao morfolgica da palavra (de pronome para adjetivo).

    Contudo, no houve alterao semntica (sentido, significado) ambos os vocbulos apresentam a idia de algo reduzido, em quantidade pequena ou menor que a necessria ou esperada.

    Por hoje s. (Voc percebeu que esse s modifica o

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    pronome isso que est subentendido: Por hoje s [isso].?)

    Abrao.

    05/07/2006 - Algumas da prova para FISCAL / MS - FGV - Parte 2 Oi, gente!

    Que bom poder contribuir com a preparao e, conseqentemente, com a aprovao de tantos candidatos. Tem sido muito gratificante ver entre os novos colegas da Receita Federal alguns que, tempos atrs, estavam sentadinhos nossa frente estudando com afinco.

    Sejam bem-vindos, novos tcnicos e auditores da Receita Federal!

    Tambm parabns aos que foram aprovados no concurso de Fiscal do Trabalho, Fiscal de Mato Grosso do Sul e da Paraba. uma delcia receber essas mensagens de agradecimento, saber que fui lembrada num momento to feliz de suas vidas! Obrigada pelo carinho de sempre.

    Aos que persistem na luta, vamos continuar desvendando os mistrios da nossa Lngua Portuguesa. Respirem fundo, estufem seus peitos (olha o silicone, hem?) e vamos em frente, pois a fila andou!

    Primeiramente, um aviso aos concurseiros de So Paulo e arredores: nos dias 19 e 20 de julho, no Curso Formao, haver um intensivo com exerccios de Direito Tributrio com o maravilhoso, excelente, excepcional professor Eduardo Corra. hora de acertar as arestas para o concurso para ISS/SP, que deve sair em breve, e j (re)comear a preparao para os concursos de 2007!

    Por fim, com imenso prazer que comeamos dois novos cursos aqui um terico, aos que precisam preparar a base em Lngua Portuguesa para seguir em frente, e outro (relanado) de exerccios com questes da Fundao Carlos Chagas, uma banca que vem se firmando cada vez mais no mercado de concursos pblicos. O primeiro ter doze aulas com basicamente todo o programa dos principais concursos

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    pblicos do pas. S no trataremos dos aspectos relacionados a interpretao de textos, que requer um curso especfico, dada a sua complexidade. Aps apresentar os conceitos, praticaremos com questes das diversas bancas examinadoras. J o segundo mais objetivo (seis aulas), relembrando a matria sob o foco das questes de prova da FCC.

    Hoje, daremos continuidade anlise de outras questes da prova para Fiscal de MS, aplicada pela Fundao Getlio Vargas.

    " Tinham a convico que estavam na crista de uma onda que os empurrava inexoravelmente para adiante, para promover a transformao das relaes de produo...."

    5 - A palavra inexorvel s no pode ser substituda sob pena de alterao de sentido, por:

    a) implacvel

    b) indelvel

    c) inelutvel

    d) perituro

    e) sempiterno

    Realmente, no d para saber o que se busca com questes como essa. Quem faz uma questo como essa deve ter nascido de chocadeira, no possvel! Com tanta coisa interessante para se perguntar, vem exigir do candidato um conhecimento lexical tantas vezes desnecessrio.

    Para comear, uma palavrinha que ficou na moda h algum tempo: inexorvel, que significa inabalvel, austero, imbatvel. O examinador que saber qual dessas opes no poderia substituir esse vocbulo.

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    O gabarito foi letra D. O vocbulo "perituro" significa "o que vai perecer, morrer, acabar", apresentando, portanto, uma idia contrria a "inexorvel".

    Mas o que dizer de "sempiterno" (ui!)? Significa o que dura para sempre. Ainda que no seja um sinnimo de inexorvel, este vocbulo situa-se no mesmo campo semntico deste, no apresentando, pois, idia contrria. Por esse motivo no foi considerado o gabarito.

    J implacvel, indelvel e inelutvel podem ser considerados sinnimos.

    7 - As alternativas a seguir desempenham, no texto I, mesma funo sinttica, exceo de uma. Assinale-a. (N.R.:Adaptamos a questo, apresentando o trecho em que as expresses em destaque surgiam no texto.)

    a) At hoje, no surgiu nenhum sistema to capaz DE FAZER CRESCER A ECONOMIA.

    b) ...visivelmente no sentem saudades do tempo em que eram obrigados A JORNADAS DE TRABALHO DE 12 HORAS.

    c) O individualismo caracterstico dessas confusas camadas intermedirias as torna muito vulnerveis SEDUO DAS CLASSES DOMINANTES.

    d) Tinham a convico de que estavam na crista de uma onda que os empurrava inexoravelmente para adiante, para promover a transformao DAS RELAES DE PRODUO.

    e) Tinham a convico que estavam na crista de uma onda que os empurrava inexoravelmente para adiante, para promover a transformao das relaes de produo e o crescimento DAS FORAS PRODUTIVAS.

    Mais uma vez, explora-se, nessa questo, a diferena entre ADJUNTO ADNOMINAL e COMPLEMENTO NOMINAL.

    J tratamos disso em encontros anteriores, inclusive em comentrios prova de Agente de Tributos Estaduais/MS,

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    concurso realizado pela mesma banca. Mesmo assim, nada melhor do que relembrar. A diferena baseia-se no seguinte:

    - COMPLEMENTO NOMINAL - complementa um adjetivo, um advrbio ou um SUBSTANTIVO ABSTRATO

    - ADJUNTO ADNOMINAL - complementa um substantivo concreto ou um SUBSTANTIVO ABSTRATO

    Voc deve ter notado que o SUBSTANTIVO ABSTRATO aparece nas duas funes, no mesmo? Como se diferencia, ento?

    Uma das formas a partir da idia que o complemento emprega no termo regente. Se a idia for ATIVA, ADJUNTO ADNOMINAL (BIZU: tudo com a letra "A" - substantivo Abstrato com idia Ativa Adjunto Adnominal)

    Se a idia for passiva, complemento nominal (memoriza por excluso em relao ao outro).

    Veja o exemplo:

    1) a construo do arquiteto - "Construo" um substantivo abstrato. Vamos analisar a funo do complemento: o arquiteto constri ou construdo? Constri. Ento ele pratica a ao. A idia ATIVA. Logo, a expresso "do arquiteto" exerce a funo sinttica de adjunto adnominal.

    2) a construo do prdio - O prdio constri ou construdo? construdo. Sofre a ao verbal. Ento a idia passiva. Logo, sua funo sinttica COMPLEMENTO NOMINAL.

    Ento, vamos lembrar os casos:

    - COMPLEMENTO NOMINAL - complementa um ADJETIVO, um ADVRBIO ou um SUBSTANTIVO ABSTRATO com idia PASSIVA.

    - ADJUNTO ADNOMINAL - complementa um SUBSTANTIVO CONCRETO ou um SUBSTANTIVO ABSTRATO com idia ATIVA (tudo com a letra A)

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    Voltemos questo de prova:

    a) capaz de fazer crescer a economia.

    CAPAZ um adjetivo. Logo, "de fazer crescer a economia" exerce a funo de complemento nominal.

    b) eram obrigados A JORNADAS DE TRABALHO DE 12 HORAS.

    OBRIGADOS um adjetivo. Logo, "a jornadas de trabalho de 12 horas" complemento nominal.

    c) vulnerveis SEDUO DAS CLASSES DOMINANTES

    VULNERVEIS um adjetivo. Assim, o que est sublinhado complemento nominal.

    d) transformao DAS RELAES DE PRODUO

    TRANSFORMAO um substantivo abstrato (oba! Vamos testar nossos conhecimentos!). Temos de analisar se o complemento apresenta idia passiva ou ativa. Em "para promover a transformao das relaes de produo", o complemento "relaes de produo" transformam ou so transformadas? Elas so transformadas. Ento a idia passiva. Com idia passiva, o termo exerce a funo de complemento nominal.

    e) crescimento DAS FORAS PRODUTIVAS.

    CRESCIMENTO tambm um substantivo abstrato (beleza!). Em "o crescimento DAS FORAS PRODUTIVAS", FORAS PRODUTIVAS iro crescer. Assim, a idia ATIVA. Ento, esse elemento exerce a funo sinttica de ADJUNTO ADNOMINAL. A NICA QUE SE DIFERENCIA DAS DEMAIS. O GABARITO.

    13 - Assinale a alternativa em que um dos elementos mrficos da palavra contribuiu no esteja corretamente analisado.

    a) CONtribuiu = prefixo

    b) conTRIBuiu = raiz

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    c) contribuiU = desinncia modo - temporal

    d) CONTRIBUIu = tema

    e) contribuIu = vogal temtica

    Vamos dissecar essa forma verbal:

    PREFIXO RADICAL VT DMT DNP

    CON TRIBU I - U

    Legenda:

    VT = vogal temtica

    DMT = desinncia modo temporal

    DNP = desinncia nmero pessoal

    Aos que j estudaram isso h duzentos anos, vamos relembrar os conceitos.

    RAIZ elemento mnimo que carrega a significao das palavras cognatas (de mesma famlia).

    RADICAL elemento comum s palavras cognatas.

    VOGAL TEMTICA pode estar presente nos nomes (vogais A, E, O) e nos verbos (A, E, I), designando nestes a conjugao a que pertencem (respectivamente, 1, 2 e 3).

    AFIXOS elementos que se unem ao radical para a formao de novos vocbulos.

    INFIXOS vogais e consoantes de ligao no possuem significado e servem apenas para facilitar a pronncia.

    DESINNCIAS morfemas que se agregam ao radical. Nos verbos, as desinncias podem ser:

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    DMT indica o tempo e modo das formas verbais

    DNP indica o nmero e a pessoa das conjugaes verbais

    A origem da palavra "contribuir" latina (contribuere). O morfema "trib" a raiz - a mesma de tributar, tributo, retribuir. Portanto, est correta a opo B.

    O prefixo latino "con" que se liga raiz indica, dentre outras circunstncias, concomitncia. Est certa a opo A.

    O erro est na opo C. O morfema "u" (contribuiU) desinncia nmero-pessoal (no h desinncia modo-temporal nessa forma verbal, como podemos ver no quadro acima), indicando que o verbo est conjugado na 3a. pessoa do singular.

    Tema a unio do radical vogal temtica, corretamente identificada na opo E como i, indicativa de verbo da 3 conjugao. O tema , portanto, CONTRIBUI.

    15 - Assinale a alternativa em que a palavra tenha sido formada pelo mesmo processo que "acompanhamos":

    a) rapidssimos

    b) encanada

    c) utilizamos

    d) represso

    e) intermedirias

    Gabarito - B

    ACOMPANHAR resultante do processo chamado DERIVAO PARASSINTTICA. Nesse processo de formao de vocbulos, ao mesmo tempo, so includos um prefixo e um

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    sufixo.

    A raiz COMPANH (de companhia, por exemplo, que, por sua vez, j apresenta o prefixo "com"). Para formar o verbo (e por conseqncia suas conjugaes, como "acompanhamos"), foram agregados raiz o prefixo "A" e o sufixo "ar".

    O mesmo ocorreu em ENCANAR (opo B), cuja raiz "can" (de "cano"), tendo recebido o prefixo EN e o sufixo ADA (indicativo de particpio).

    RAPIDSSIMO, UTILIZAMOS e REPRESSO s receberam sufixos.

    J intermedirias apresenta prefixo e sufixo, mas no um caso de derivao parassinttica, como no paradigma 'acompanhamos'. um caso de prefixao e sufixao, j que permite a formao de vocbulo com somente um dos afixos. Primeiramente, teria sido agregado um sufixo mediao para, em seguida, formar-se um outro vocbulo com a prefixao intermediao.

    No caso da derivao parassinttica, o vocbulo simplesmente no existe sem um dos dois afixos (no existe "companhar", ou "acompanhia"). Os dois so agregados ao radical ao mesmo tempo, o que no acontece com intermedirias.

    Vamos terminar como nos desenhos do Pernalonga: Thats all, folks!, ou, em bom portugus, isso a, pessoal!. 28/06/2006 - Algumas da prova para FISCAL/MS Vou comear a cumprir as minhas promessas. Resolveremos algumas questes da prova para Fiscal/MS, elaborada pela FGV.

    Vamos l.

    9 - Curiosamente, no momento em que os marxistas (e, com eles, a esquerda em geral) sublinhavam a significao crucial dos valores, da tica, a direita assumia a centralidade da economia e passava a acreditar que possua a chave da compreenso correta (e da soluo) dos problemas que nos afligem no presente. (L.77-82)

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    Assinale a alternativa correta quanto classe gramatical e funo sinttica, respectivamente, das ocorrncias da palavra QUE grifadas no trecho acima.

    CLASSE GRAMATICAL FUNO SINTTICA

    (A) pronome relativo adjunto adnominal

    conjuno integrante objeto direto

    pronome relativo sujeito

    (B) conjuno integrante complemento nominal

    conjuno subordinativa sem funo sinttica

    conjuno integrante objeto direto

    (C) preposio sem funo sinttica

    pronome relativo objeto indireto

    conjuno integrante sem funo sinttica

    (D) conjuno integrante sem funo sinttica

    conjuno subordinativa objeto indireto

    conjuno subordinativa objeto direto

    (E) pronome relativo adjunto adverbial

    conjuno integrante sem funo sinttica

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    pronome relativo sujeito

    Primeira providncia - verificar se o "que" se refere a algum termo antecedente (PRONOME RELATIVO) ou inicia uma orao substantiva (que pode ser substituda por "isso" - CONJUNO INTEGRANTE).

    1. "no momento em que" - esse "que" se refere a 'momento' - PRONOME RELATIVO

    2. "passava a acreditar que possua a chave" - passava a acreditar NISSO - CONJUNO

    3. "compreenso dos problemas que nos afligem" - "que" se refere a "problemas"- PRONOME RELATIVO

    Vamos, agora, s opes - ficamos com as letras A e E:

    CLASSE GRAMATICAL FUNO SINTTICA

    (A) pronome relativo adjunto adnominal

    conjuno integrante objeto direto

    pronome relativo sujeito

    (E) pronome relativo adjunto adverbial

    conjuno integrante sem funo sinttica

    pronome relativo sujeito

    Agora, precisamos analisar a funo sinttica de cada um deles. J para comear, lembremos que uma conjuno integrante no exerce funo sinttica alguma na orao. Serve apenas para juntar duas oraes. S com essa informao, j

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    eliminamos a opo A. Resposta: E.

    De qualquer forma, vamos analisar as funes dos pronomes relativos:

    1. "no momento em que" - esse "que" se refere a 'momento' - refere-se a uma informao circunstancial (momento) - sua funo ADJUNTO ADVERBIAL.

    3. "compreenso dos problemas que nos afligem" - "que" se refere a "problemas" - os problemas nos afligem - a funo a de SUJEITO.

    Para analisar a questo 10, vamos reproduzir o trecho em que o segmento aparece no texto.

    Essa chave o instrumento simblico mais eficiente da ideologia dominante (que, como dizia Marx, sempre a ideologia das classes dominantes): ela que insiste em nos convencer que as desigualdades sociais so naturais, que no h alternativa para o capitalismo, que o socialismo j foi tentado e fracassou.

    10 - A orao que no h alternativa para o capitalismo (L.86-87) deve ser corretamente classificada como:

    (A) orao subordinada substantiva apositiva.

    (B) orao subordinada substantiva completiva nominal.

    (C) orao subordinada substantiva objetiva direta.

    (D) orao subordinada substantiva objetiva indireta.

    (E) orao subordinada substantiva subjetiva.

    O verbo CONVENCER transitivo DIRETO E INDIRETO - Algum convence algum a/de alguma coisa - Eu convenci meu irmo (OD) a me dar um dinheiro (OI) / Ele no me (OD) convence de sua inocncia (OI).

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    Quando esse objeto indireto vem sob a forma oracional, a preposio pode ser dispensada (Exemplo: eu gostaria que voc sasse - GOSTAR DE - TDI; ns concordamos que ele foi o melhor cantor da noite - CONCORDAR COM - TDI)

    Mas essa omisso no capaz de modificar sua classificao, que continua sendo uma orao subordinada substantiva objetiva INDIRETA - OPO D.

    11 - Tal como est organizada, a sociedade gira em torno do mercado, de acordo com um sistema que alguns chamam de "economia de mercado", e outros, de "capitalismo". At hoje, no surgiu nenhum sistema to capaz de fazer crescer a economia. As experincias feitas em nome do socialismo no manifestaram fora prpria suficiente para competir, no plano do crescimento econmico, com o capitalismo.

    A palavra Tal classifica-se como:

    (A) adjetivo.

    (B) advrbio.

    (C) conjuno.

    (D) pronome demonstrativo.

    (E) pronome relativo.

    Essa foi a pior das trs. Muita gente boa, de cara, marcaria "pronome demonstrativo" de tanto que decorou listas e listas de classes gramaticais. S que a anlise morfolgica deve ser feita no contexto.

    Em Tal como est organizada, a sociedade gira em torno do mercado, esse "tal" indica MODO - circunstncia. Troque por "assim" ou "do modo" e continuar fazendo sentido (Assim como est organizada / Do modo como est organizada). Assim, notamos que NO PRONOME DEMONSTRATIVO (no poderia ser substituda por "essa"), mas ADVRBIO - opo B.

    No decore, entenda! 1/06/2006 - CORRELAO VERBAL

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    Ol a todos.

    Um dos assuntos mais recorrentes nos ltimos concursos pblicos tem sido correlao verbal, ou seja, a harmonia, sintonia que se estabelece entre verbos e modos do mesmo perodo e, de uma forma mais abrangente, de um texto.

    Uma incorreta articulao entre os verbos muitas vezes causa mal-estar aos ouvidos.

    Imagine-se ouvindo algum dizer ao seu lado: O que voc espera que eu fao?... H algo de errado nisso a, no mesmo?

    Observe outro exemplo: Os professores grevistas podero sofrer retaliaes se no voltassem ao trabalho..

    Entre a locuo verbal da primeira orao (verbo auxiliar no futuro do presente do indicativo) e o verbo da segunda (que se apresenta no pretrito imperfeito do subjuntivo) no houve sintonia, pois, enquanto o primeiro indica um fato real (ainda que se perceba uma possibilidade, fruto do valor do verbo auxiliar modal: eles podero sofrer), o segundo verbo apresenta valor hipottica, como se fosse uma suposio (se no voltassem ao trabalho).

    Duas formas seriam vlidas, a depender do contexto:

    1) Os professores grevistas poderiam sofrer retaliaes se no voltassem ao trabalho. nesse caso, ambas as construes situam-se no campo da suposio, da hiptese. Nesse caso, o texto poderia mostrar que os professores voltaram s salas de aula. Caso no tivessem feito isso, estariam sujeitos a retaliaes;

    2) Os professores grevistas podero sofrer retaliaes se no voltarem ao trabalho. agora, as construes denotam fatos reais. Os professores esto em greve (fato) e podero sofrer retaliaes por esse motivo (fato) caso no retomem suas atividades. Na ltima orao, nota-se o valor condicional do futuro do subjuntivo.

    Lucas FalcoRealce

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    Apresentamos, a seguir, algumas dobradinhas clssicas.

    Nada de sair por a decorando! Essa apenas uma lista exemplificativa, apresentada para que voc perceba as formas de articulao verbal.

    - PRESENTE DO INDICATIVO + PRESENTE DO SUBJUNTIVO:

    Quero que voc me apresente quele bofe hoje mesmo!

    - PRETRITO PERFEITO DO INDICATIVO + PRETRITO IMPERFEITO DO SUBJUNTIVO:

    Pedi que me viesse minha sala.

    - PRESENTE INDICATIVO+ PRETRITO PERFEITO COMPOSTO DO SUBJUNTIVO:

    Espero que ele tenha feito boa prova.

    - FUTURO DO PRETRITO INDICATIVO+ PRETRITO MAIS-QUE-PERFEITO COMP.SUBJUNTIVO

    Gostaria que voc tivesse vindo minha festa.

    FUTURO DO SUBJUNTIVO + FUTURO DO PRESENTE INDICATIVO

    Quando eu passar no vestibular, rasparei a cabea.

    - PRETRITO IMPERFEITO DO SUBJUNTIVO + FUT.PRETRITO (simples ou composto) DO INDICATIVO:

    Se eu passasse no vestibular, rasparia a cabea.

    - PRETRITO MAIS-QUE-PERFEITO COMPOSTO SUBJUNTIVO + FUT.PRETRITO COMPOSTO DO INDICATIVO:

    Se eu tivesse passado no vestibular, teria raspado a cabea.

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    Essas so apenas algumas das possibilidades de correlao entre os verbos.

    Veja, agora, como esse assunto foi cobrado na prova para o TRE/SP pela Fundao Carlos Chagas (uma das mais recentes).

    Est correta a articulao entre os tempos e modos verbais na frase:

    (A) Essa viso triangular, que o autor nos recomenda que retomssemos, consiste em que eram atendidas, simultaneamente, as questes sociais, morais e econmicas.

    (B) Joaquim Nabuco tinha a convico de que a almejada viso triangular permitisse que tivessem sido plenamente atendidas todas as necessidades humanas.

    (C)) No sculo XIX, a luta de muitos abolicionistas inclua, entre as metas que perseguiam, a de que viessem a integrar-se os planos da tica, da economia e do progresso social.

    (D) Percebeu-se, j na luta dos abolicionistas do sculo XIX, que eles inclussem entre suas metas a integrao que dever haver entre os planos da tica, da economia e do progresso social.

    (E) Era de se espantar que muitos abolicionistas do sculo XIX, que tm includo entre suas metas um progresso em vrios nveis, j consideravam o desenvolvimento sob uma tica mais complexa do que a nossa.

    O gabarito foi a letra C.

    As formas verbais inclua e perseguiam esto no mesmo tempo e modo pretrito imperfeito do indicativo -, enquanto que o verbo auxiliar vier, por apresentar fatos hipotticos (planos que fazem parte de uma luta), foi conjugado no pretrito imperfeito do subjuntivo.

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    As demais opes esto incorretas.

    a) Os verbos recomendar (o autor nos recomenda) e consistir (Essa viso triangular ... consiste) esto no presente do indicativo. Assim, os verbos retomar e ser devem situar-se, respeitadas as construes, no mesmo aspecto temporal: Essa viso triangular, que o autor nos recomenda que retomemos, consiste em que sejam atendidas, simultaneamente, as questes sociais, morais e econmicas..

    Voc percebeu por que o verbo retomar est no presente do subjuntivo? Lembrando que o modo subjuntivo situa os fatos no campo das hipteses, condies (ou seja, situaes sobre as quais no se tem certeza), a forma retomemos se justifica por ser uma recomendao do autor, sem que haja, por parte dos leitores, a obrigao de adot-la.

    b) A relao entre tinha e permitisse no apropriada, tendo em vista que a segunda estaria estabelecendo uma idia no adequada de suposio ou hiptese, enquanto que a orao principal indica uma circunstncia real (Joaquim Nabuco tinha a convico).

    O verbo permitir deveria ser conjugado no Futuro do Pretrito, por retratar um fato posterior a um fato passado (fato passado: a convico que tinha J.Nabuco / fato posterior a esse fato passado: os reflexos da viso triangular: o atendimento de todas as necessidades humanas).

    J, na seqncia, a construo passiva no pretrito mais-que-perfeito composto tivessem sido atendidas estabelece uma correta articulao com o verbo anterior apresentado no Futuro do Pretrito.

    Assim, a forma corrigida seria: Joaquim Nabuco tinha a convico de que a almejada viso triangular permitiria que tivessem sido plenamente atendidas todas as necessidades humanas.

    d) No h justificativa para o emprego da forma inclussem, por no apresentar hiptese, suposio ou qualquer outra circunstncia que exija o modo subjuntivo.

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    O verbo anterior se encontra no pretrito perfeito do indicativo (Percebeu-se), o que leva o verbo da orao subordinada tambm para o passado. O fato apresentado nessa orao subordinada (os abolicionistas inclurem a integrao em suas metas) ocorreu antes do fato designado na orao principal (parecer). Por isso, deve-se conjugar o verbo incluir no pretrito mais-que-perfeito (tempo que aponta um momento passado anterior a outro momento passado): incluram (pret.mais-que-perfeito), equivalente forma composta haviam includo. Cuidado para no confundir com o pretrito perfeito, que apresenta a mesma grafia (incluram).

    Na seqncia, por apresentar um fato posterior a um momento passado, o verbo auxiliar da locuo verbal DEVER + HAVER deve ser conjugada no futuro do pretrito do indicativo: Percebeu-se, j na luta dos abolicionistas do sculo XIX, que eles incluram entre suas metas a integrao que deveria haver entre os planos da tica, da economia e do progresso social.

    e) O verbo 'ser', que inicia o perodo, est no pretrito imperfeito do indicativo (Era), mesmo tempo verbal do verbo "considerar" (consideravam). Para destoar, a locuo verbal 'ter includo' foi apresentado no PRESENTE. Para corrigir, devemos conjugar esse verbo tambm para o passado de modo que esteja em harmonia com os demais.

    adequada a construo no pretrito mais-que-perfeito composto, por se tratar de fato ocorrido anteriormente a outro fato passado: "Era de se espantar que muitos abolicionistas do sculo XIX, que TINHAM INCLUDO entre suas metas um progresso em vrios nveis, j consideravam o desenvolvimento sob uma tica mais complexa do que a nossa."

    Aproveito para desejar uma tima prova aos que iro prestar o concurso para Fiscal do Trabalho, no prximo fim de semana.

    Para no perder o hbito, deixo o pedido: tenham calma na hora da prova e NO DEIXEM LNGUA PORTUGUESA PARA O FIM, por favor!!!! 03/06/2006 - Distino entre Adjunto Adnominal e Complemento Nominal - parte 2

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    Ol, pessoal

    Ainda acerca da distino entre COMPLEMENTO NOMINAL e ADJUNTO ADNOMINAL (continuao ao Ponto 33), vamos analisar outra questo elaborada pela Fundao Getlio Vargas, na prova para Agente Tributrio Estadual de MS.

    Versa sobre uma charge do magnfico argentino Angeli (ADORO a R Bordosa!). Infelizmente, meus parcos conhecimentos em Informtica me impossibilitaram de reproduzir aqui o quadrinho (esse um trabalho para o Super-Joo...rs...). No tem problema nenhum. Se voc ainda no leu essa prova, use a sua imaginao a partir de agora...rs....

    Ela retrata uma famlia mesa, com olhares de medo e apreenso (objeto da questo 19 da prova), em volta de um envelope que representa o salrio-mnimo. Acima, os seguintes dizeres atribudos ao pai: Tenho medo de abrir! Vai que evapora!.

    A questo :

    Assinale a alternativa que apresente, respectivamente, a correta funo sinttica de medo e de abrir no texto II.

    (A) adjunto adverbial objeto indireto

    (B) predicativo do sujeito complemento nominal

    (C) predicativo do sujeito adjunto adnominal

    (D) objeto direto adjunto adnominal

    (E) objeto direto complemento nominal

    Atendendo a pedidos, vamos relembrar as funes sintticas dos termos na orao.

    Alm dos termos essenciais - sujeito e predicado -, pode haver na orao outros elementos constitutivos: termos integrantes e termos acessrios.

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    Os termos integrantes so os complementos: uns se ligam a substantivos, adjetivos ou advrbios (complementos nominais); outros se ligam a verbos (complementos verbais), para lhes completar o sentido.

    Os complementos verbais so: objeto direto, objeto indireto, agente da passiva e os predicativos (do sujeito e do objeto).

    O complemento nominal vem normalmente ligado por uma preposio a um substantivo abstrato, um adjetivo ou um advrbio, integrando o seu sentido ou limitando-o.

    Os termos acessrios trazem informaes adicionais, porm dispensveis, orao. So eles: o adjunto adverbial, o aposto e o adjunto adnominal.

    O adjunto adnominal um termo de valor adjetivo que serve para especificar ou delimitar o significado de um substantivo, qualquer que seja a funo deste na orao.

    No Ponto 33, mostramos algumas formas de identificar se o termo ou expresso exerce a funo de complemento nominal ou de adjunto adnominal. Quando o termo regente for um substantivo abstrato, deve-se analisar o valor que o termo regido apresenta em relao quele. Se for ativo, a funo de adjunto adnominal (tudo com a substantivo Abstrato com idia Ativa Adjunto Adnominal). Se for passivo, complemento nominal.

    Vamos treinar: amor de me x amor me

    Em:

    1) amor de me a me pratica a ao de amar. Por apresentar idia ativa, a expresso exerce a funo de adjunto adnominal;

    2) amor me a me recebe o amor. Como o valor passivo, sua funo complemento nominal.

    Hoje, mostraremos mais algumas formas de distino.

    1.dica: exceo da preposio DE (que serve s duas funes), os complementos introduzidos por qualquer outra

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    preposio (a, em, por) ser um complemento nominal (chegada ao espao, resistncia em surgir, dedicao ao povo, amor por algum).

    2.dica: Os complementos que vierem sob a forma verbal so complementos nominais por apresentarem essa idia passiva. Exemplos:

    osso duro de roer = a idia duro de ser rodo idia passiva -> complemento nominal

    Medo de cair = a idia de sofrer uma queda idia passiva -> complemento nominal

    Essa notcia difcil de acreditar = a idia difcil de ser acreditada idia passiva -> complemento nominal.

    Vamos analisar a questo da prova.

    O primeiro elemento no deve ter gerado dvidas. Trata-se de um complemento verbal direto. Assim, a funo exercida por medo, em tenho medo objeto direto.

    O segundo elemento liga-se ao primeiro por meio de preposio. O termo regente medo, um substantivo abstrato. Precisamos definir se a funo do termo regido (de abrir) adjunto adnominal ou complemento nominal.

    Para isso, verificaremos o valor da expresso no contexto:

    Tenho medo de abrir! Vai que evapora!

    A idia : Tenho medo de que, sendo aberto, evapore idia passiva (o envelope no vai abrir, mas ser aberto) -> complemento nominal. O gabarito foi letra E.

    Reconheo que a vontade grande de indicar a idia ativa. Afinal, a lgica induz que o sujeito vai abrir o envelope, ou seja, praticar a ao. Essa tendncia se justifica pela proximidade com o verbo de ter (ter medo ao praticada pelo sujeito).

    Contudo, preciso fazer a seguinte distino: o que est relacionado a abrir no o verbo ter, mas a idia da

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    abertura idia passiva de o envelope ser aberto.

    Viu por que eu disse, l no Ponto 33, que esse um dos pontos mais complicados do estudo da Lngua Portuguesa?

    31/05/2006 - ICMS RONDNIA Ol, pessoal

    Primeiramente, gostaria de agradecer aos anjos que tanto me avisaram da publicao das provas do ICMS/MS pela FGV como enviaram os arquivos para mim. Tudo isso, certamente, na esperana de que eu resolva pelo menos algumas daquelas (TERRVEIS) questes, certo? Est bem, eu prometo que, na medida do (im)possvel, tecerei alguns comentrios aqui.

    Hoje venho resolver com vocs a prova para ICMS Rondnia, aplicada por no sei qual banca (gostou dessa? Quem souber, por favor, avise-me. Eu s recebi os arquivos).

    Povo do ICMS/SP e ICMS/MS, por favor, essa passou a frente porque s havia SEIS questes e H POSSIBILIDADE DE RECURSO PARA A QUESTO 66.

    Abrao a todos e bons estudos.

    .............................................................................................................

    ..........

    LINGUA PORTUGUESA

    Leia o texto abaixo e responda, em seguida, s questes propostas.

    Fatos sociais so criaes histricas do povo, que refletem seus costumes, tradies, sentimentos e cultura. A sua elaborao lenta, imperceptvel e feita espontaneamente pela vida social. Costumes diferentes implicam em fatos sociais diferentes. Cada povo tem a sua histria e seus fatos sociais. O Direito, como fenmeno de adaptao social, no pode formar-se alheio a esses fatos. As normas jurdicas devem achar-se conforme as manifestaes do povo. Os fatos sociais, porem, no so as matrizes do Direito. Exercem importante influncia, mas o condicionamento no absoluto. Nem tudo histrico e

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    contingente no Direito. Ele no possui apenas um contedo nacional, como adverte Del Vecchio. A natureza social do homem, fontes dos grandes princpios do Direito Natural, deve orientar as maneiras de agir, de pensar e de sentir do povo e dimensionar todo o jus position. Falhando a sociedade, ao estabelecer fatos sociais contrrios natureza social do homem, o Direito no deve acompanh-la no erro. Nesta hiptese, o Direito vai superar os fatos existentes, impondo-lhes modificaes:

    (Nader, Paulo. Introduo cincia do direito. Rio de Janeiro. Forense, 1991.)

    61 A tradio gramatical considera inidnea a construo sinttica presente no seguinte trecho do texto:

    A) Fatos sociais so criaes histricas do povo.

    B) Nem tudo histrico e contingente no Direito.

    C) Cada povo tem a sua histria e seus fatos sociais.

    D) Os fatos sociais, porm, no so as matrizes do Direito.

    E) Costumes diferentes implicam em fatos sociais diferentes.

    RESPOSTA: E

    COMENTRIO.

    O examinador jogou com as palavras no enunciado da questo para causar a confuso que levou muita gente a marcar uma das opes CORRETAS. Note que o enunciado exige a opo ERRADA (construo sinttica INIDNEA).

    O verbo IMPLICAR, no sentido de ACARRETAR, , pela norma culta, transitivo DIRETO (no rege a preposio EM).

    62 O Direito, como fenmeno de adaptao social, no pode formar-se alheio a esses fatos. Dentre as mudanas impostas a essa frase do texto, a que lhe modifica significativamente o sentido original :

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    A) O Direito no pode formar-se como fenmeno de adaptao social alheio a esses fatos.

    B) Como fenmeno de adaptao social, o Direito no se pode formar alheio a esses fatos.

    C) O Direito, como fenmeno de adaptao social, no se pode formar alheio a semelhantes fatos.

    D) Enquanto fenmeno de adaptao social, o Direito no pode formar-se arredado desses fatos.

    E) No pode o Direito, como fenmeno de adaptao social, conceber-se alheio a esses fatos.

    RESPOSTA: A

    COMENTRIO.

    Note que como fenmeno de adaptao social* tem valor causal , equivalente a por ser um fenmeno de adaptao, no pode formar-se alheio a esses fatos. Na reescrita, a expresso passou a exercer funo de complemento verbal. Houve, portanto, alterao semntica nessa construo.

    63 H falha de construo quanto ao paralelismo gramatical em:

    A) As normas jurdicas devem achar-se conforme as manifestaes do povo.

    B) Ele no possui apenas um contedo nacional , como adverte Del Vecchio.

    C) Exercem importante influncia, mas o condicionamento no absoluto.

    D) A sua elaborao lenta, imperceptvel e feita espontaneamente pela vida social.

    E) Nessa hiptese, o Direito vai superar os fatos existentes, impondo-lhes modificaes.

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    RESPOSTA LETRA D

    COMENTRIO.

    A redundncia est na relao entre ELABORAO e FEITA. O primeiro vocbulo j carrega o sentido do verbo, o que tornaria inadequada a construo.

    64 H erro de conjugao verbal em: A) Nas intervenes, sempre se apunham comentrios maliciosos ao meu depoimento.

    B) Trata-se de uma lei que vigiu na Primeira Repblica e hoje revela-se anacrnica.

    C) Encontrou-se ontem com a pessoa que delatara polcia h dois meses.

    D) No se pode admitir que o Direito sobresteja o curso dos fatos sociais.

    E) Disse-me ele que eu s vezes pretiro os limites do bom senso.

    RESPOSTA LETRA B

    COMENTRIO.

    O verbo viger defectivo (no possui a 1. pessoa do singular do presente do indicativo) e, nas demais formas, se conjuga como o verbo paradigma BEBER (ele bebeu / ele vigeu).

    A forma pretiro (OPO E), que causou estranheza a muita gente, a conjugao do verbo PRETERIR (deixar de lado), que se conjuga como seu paradigma PREFERIR Eu prefiro / eu pretiro.

    65 H mau uso do pronome relativo em:

    A) Era eu o a quem vinham referindo-se como mau gestor da coisa pblica.

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    B) H sociedades de cujos ditames morais pouco tem cincia o mundo contemporneo.

    C) nos fatos sociais, onde est a fonte do Direito, que se buscam os preceitos legais.

    D) Nada quanto se diga aqui poder contribuir para a construo de uma nova ordem social.

    E) As assemblias de parlamentares, s quais presidi em meu mandato, sempre foram frutferas.

    RESPOSTA: C

    COMENTRIO.

    A opo C o gabarito da prova.

    Segundo a norma culta, o pronome relativo em anlise - ONDE - deve ter como referente algo que se assemelhe a lugar (mesmo que de maneira abstrata). Na construo, o antecedente FATOS, que em nada se parece com lugar. Seria adequado o emprego de em que ou nos quais. O que aps a vrgula faz parte da expresso de realce QUE.

    A) EST CORRETO! Quem achou estranho esse o a quem no teria visto problema se, em vez do pronome demonstrativo o, tivesse sido empregado seu correspondente aquele: Era eu aquele a quem vinham referindo-se como mau gestor da coisa pblica". O relativo quem est perfeitamente empregado, uma vez que seu referente o pronome demonstrativo "o", que, por sua vez, se refere ao pronome reto eu.

    B) O sujeito da orao adjetiva O MUNDO CONTEMPORNEO. Na ordem direta, e feitas as substituies, a orao seria O mundo contemporneo pouco tem cincia dos ditames morais da sociedade". O termo regente ter cincia exige a preposio DE que antecede o pronome relativo CUJO, corretamente empregado por ligar dois substantivos relacionados entre si DITAMES DA SOCIEDADE.

    D) Perfeito o emprego de quanto, uma vez que expressa a

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    idia de quantidade.

    E) O pronome relativo AS QUAIS se refere a assemblias. Como o verbo exige a preposio a, o encontro da preposio (que se emprega antes do pronome relativo) com as quais forma crase e deve receber o acento grave (S QUAIS).

    66 No tocante concordncia, h equvoco na redao da seguinte frase:

    A) So desses fatos sociais que se pode extrair maiores ensinamentos no Direito.

    B) Decerto que aos legisladores no cabe inspirar-se obrigatoriamente nos fatos sociais.

    C) Duas horas eram o tempo que me restava para opinar sobre as normas jurdicas referidas.

    D) Impe-se, pois, ao magistrado tantas questes resolver quantas a ele se oferecerem.

    E) No devia haver dvidas quanto aplicao das normas jurdicas como instrumento de controle social.

    RESPOSTA: A

    Est CORRETA a estrutura da opo A. Veja o recurso abaixo.

    Em relao s demais:

    B) O sujeito do verbo CABER oracional: inspirar-se obrigatoriamente nos fatos sociais - (ISSO) no cabe aos legisladores. Com sujeito oracional, o verbo se mantm na 3. pessoa do singular. Est correta.

    C) Por pior que possa parecer aos seus ouvidos, a concordncia com o verbo SER pode ser feita com o sujeito (Duas horas) ou com o predicativo do sujeito (TEMPO). No h dvidas de que a segunda forma eufonicamente melhor, mas no se pode afirmar que a primeira esteja EQUIVOCADA.

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    D) Muita gente deve ter assinalado essa opo, imaginando que o sujeito de IMPOR seria TANTAS QUESTES. Cuidado! Essa era a pior questo da prova (e s havia seis questes, hem?). O sujeito , mais uma vez, oracional. o que se impe RESOLVER TANTAS QUESTES QUANTAS A ELE SE OFERECEREM. Por isso, o verbo est corretamente no singular.

    E) O verbo HAVER, no sentido de existncia, se mantm na 3. pessoa do singular, e essa flexo exige de qualquer auxiliar seu no caso, o verbo DEVER.

    RECURSO:

    H duas possibilidades de concordncia em expresses como a da opo A, em que o verbo PODER est acompanhado de um verbo no infinitivo e de um pronome apassivador, apresentando, tambm, um termo no plural.

    1. possibilidade: O verbo PODER faz parte de uma locuo verbal, cujo verbo principal , no caso, EXTRAIR. Por estar em construo passiva, cujo sujeito est representado por MAIORES ENSINAMENTOS, o verbo auxiliar PODER ir se flexionar no plural: So desses fatos sociais que se PODEM extrair maiores ensinamentos no Direito.

    Essa a prtica mais generalizada, como nos ensinam os mestres Celso Cunha e Lindley Cintra.

    Contudo, devemos registrar as palavras do professor Evanildo Bechara, que apresenta a segunda possibilidade de construo:

    Quando, porm, o sentido determinar exatamente o sujeito verdadeiro, a concordncia no pode ser arbitrria. Ex: "Quer-se inverter as leis", e nunca "querem-se inverter as leis". Neste caso, evidente que o nico sujeito possvel INVERTER (Joo Ribeiro, Gramtica Portuguesa, 322).

    Assim, a segunda possibilidade seria apresentar, como sujeito da forma passiva sinttica QUE SE PODE, a orao reduzida de infinitivo EXTRAIR MAIORES ENSINAMENTOS (PODE-SE / EXTRAIR MAIORES ENSINAMENTOS). O sujeito oracional

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    mantm o verbo na 3a.pessoa do singular.

    Por todo o exposto, verifica-se a CORREO da construo presente na opo A, apontada inicialmente como o gabarito da prova.

    Em virtude de no haver nenhuma opo vlida a ser apontada como INCORRETA, requer-se sua anulao, atribuindo-se o ponto a ela correspondente a todos os candidatos.

    FONTES BIBLIOGRFICAS:

    CUNHA, Celso e CINTRA, Lindley. Nova Gramtica do Portugus Contemporneo.3.ed. Ed.Nova Fronteira. 2001.

    BECHARA, Evanildo. Moderna Gramtica Portuguesa. 33 ed. Companhia Editora Nacional. 1989.

    23/05/2006 - DISTINO ENTRE ADJUNTO ADNOMINAL E COMPLEMENTO NOMINAL Pessoal,

    Fiquei o dia de hoje tentando (em vo) obter a prova do concurso de ATE e Fiscal do Mato Grosso do Sul, aplicada pela Fundao Getlio Vargas de SP. Infelizmente, essa banca no publica em sua pgina na internet as provas, somente os gabaritos.

    Continuo ao aguardo de uma boa alma que encaminhe para mim a prova, mesmo que no tenhamos mais oportunidade de preparar recursos.

    Um aluno enviou algumas das questes. A mais interessante delas, na minha opinio, foi a de nmero 7, que transcrevo abaixo.

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    Ela nos d a oportunidade de rever os conceitos de ADJUNTO ADNOMINAL e COMPLEMENTO NOMINAL e perceber a distino entre essas funes sintticas, um dos pontos mais complicados no estudo da Lngua Portuguesa, na opinio de muitos.

    Ento, vamos procurar simplificar as coisas para vocs.

    7 - As alternativas a seguir desempenham, no texto I, mesma funo sinttica, exceo de uma assinale-a

    a ) At hoje, no surgiu nenhum sistema to capaz DE FAZER A ECONOMIA CRESCER. (ele no indicou a expresso grifada, mas acredito que tenha sido essa em letras maisculas.)

    b) Os trabalhadores tm feito conquistas .... visivelmente no sentem saudades do tempo em que eram obrigados A JORNADAS DE TRABALHO DE 12 HORAS.

    c) O individualismo caracterstico dessas confusas camadas intermedirias as torna muito vulnerveis SEDUO DAS CLASSES DOMINANTES

    d) Tinham a convico que estavam na crista de uma onda que os empurrava inexoravelmente para adiante, para promover a transformao DAS RELAES DE PRODUO....(idem)

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    e) Tinham a convico que estavam na crista de uma onda que os empurrava inexoravelmente para adiante, para promover a transformao das relaes de produo e o crescimento DAS FORAS PRODUTIVAS.

    Gabarito - E

    Esto em pauta as seguintes funes sintticas.

    - COMPLEMENTO NOMINAL funo exercida por uma palavra ou uma expresso que complementa um ADJETIVO, um ADVRBIO ou um SUBSTANTIVO ABSTRATO

    - ADJUNTO ADNOMINAL neste caso, a palavra ou a expresso complementa um SUBSTANTIVO CONCRETO ou um SUBSTANTIVO ABSTRATO

    Voc deve ter notado que o SUBSTANTIVO ABSTRATO aparece nas duas funes, no mesmo? Como se diferenciam, ento? A partir da idia que o complemento apresenta em relao ao termo regente.

    Se a idia for ATIVA, ADJUNTO ADNOMINAL (bisu: tudo com a letra "A" - substantivo Abstrato com idia Ativa Adjunto Adnominal)

    Se a idia for passiva, complemento nominal (memorize por excluso em relao ao outro).

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    A partir de exemplos, tudo fica mais fcil. Veja s:

    1) a construo do arquiteto - "Construo" um substantivo abstrato. Vamos analisar a funo do complemento: o arquiteto constri ou construdo? Constri. Ento ele pratica a ao. A idia ATIVA. Logo, a expresso "do arquiteto" exerce a funo sinttica de ADJUNTO ADNOMINAL.

    2) a construo do prdio - O prdio constri ou construdo? construdo. Sofre a ao verbal. Ento a idia passiva. Logo, sua funo sinttica COMPLEMENTO NOMINAL.

    Ento, vamos complementar a definio:

    - COMPLEMENTO NOMINAL - complementa um ADJETIVO, um ADVRBIO ou um SUBSTANTIVO ABSTRATO com idia PASSIVA.

    - ADJUNTO ADNOMINAL - complementa um SUBSTANTIVO CONCRETO ou um SUBSTANTIVO ABSTRATO com idia ATIVA (tudo com a letra A)

    Voltemos, agora, questo para analisarmos cada uma das opes:

    a) At hoje, no surgiu nenhum sistema to capaz DE FAZER

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    CRESCER A ECONOMIA.

    CAPAZ um adjetivo. Logo, "de fazer crescer a economia" exerce a funo de complemento nominal.

    b) Os trabalhadores tm feito conquistas .... visivelmente no sentem saudades do tempo em que eram obrigados A JORNADAS DE TRABALHO DE 12 HORAS.

    OBRIGADOS um adjetivo. Logo, "a jornadas de trabalho de 12 horas" complemento nominal.

    c) O individualismo caracterstico dessas confusas camadas intermedirias as torna muito vulnerveis SEDUO DAS CLASSES DOMINANTES

    VULNERVEIS um adjetivo. Assim, o que est grifado complemento nominal.

    d) Tinham a convico que estavam na crista de uma onda que os empurrava inexoravelmente para adiante, para promover a transformao DAS RELAES DE PRODUO....

    TRANSFORMAO um substantivo abstrato (oba! vamos testar nossos conhecimentos!). Temos de analisar se o complemento apresenta idia passiva ou ativa. Em "para promover a transformao das relaes de produo", o complemento "relaes de produo" transformam ou so transformadas? Elas so transformadas. Ento a idia

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    passiva. Com idia passiva, o termo exerce a funo de complemento nominal.

    e) Tinham a convico que estavam na crista de uma onda que os empurrava inexoravelmente para adiante, para promover a transformao das relaes de produo e o crescimento DAS FORAS PRODUTIVAS.

    CRESCIMENTO tambm um substantivo abstrato (beleza!).

    Em "o crescimento DAS FORAS PRODUTIVAS", FORAS PRODUTIVAS iro crescer. Assim, a idia ATIVA. Ento, esse elemento exerce a funo sinttica de ADJUNTO ADNOMINAL.

    A NICA QUE SE DIFERENCIA DAS DEMAIS. Esse o gabarito.

    .............................................................................................................

    ........

    Fica, ento, o pedido: quem puder, por favor, encaminhe para esta professora ([email protected]) as provas a que, infelizmente, no tivemos acesso.

    Grande abrao e bons estudos.

    19/05/2006 - Prova Auditor Fiscal da Paraba - Fundao Carlos Chagas Prezados alunos,

    Vimos apresentar uma argumentao para subsidiar recurso a ser apresentado contra o gabarito da questo 4 da prova "Tipo 001" para o cargo de Auditor Fiscal da Paraba, aplicada pela Fundao Carlos Chagas no ltimo fim de semana.

    A questo em comento tratava das funes da linguagem.

    Primeiramente, apresentamos o assunto para, mais adiante,

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    sugerir o recurso. Afinal, melhor do que dar o peixe ensinar a pescar, j nos ensinava Paulo Freire, no mesmo?

    Funes da Linguagem:

    Na comunicao, com o objetivo de transmitir uma mensagem, a linguagem empregada pelo emissor pode ter as seguintes funes, de ocorrncia simultnea ou exclusiva no texto:

    Funo Conativa

    Funo Emotiva

    Funo Ftica

    Funo Potica

    Funo Referencial

    Funo Metalingstica

    Funo Conativa

    Nessa linguagem, o emissor dirige-se diretamente ao receptor da mensagem com persuaso, no intuito de convenc-lo em relao a algo (conceito ou prtica de uma ao). Essa funo comum em linguagem publicitria e tem como caracterstica o emprego do verbo no Imperativo, como "Ligue agora e concorra a prmios".

    No confunda com o sentido conotativo, que o emprego de linguagem figurada, a se contrapor ao sentido denotativo, que o sentido literal das palavras. Veja o emprego da palavra flor nas duas oraes (1) linda essa flor; (2) Sua filha uma flor.. Em (1), a palavra foi usada em seu significado originrio DENOTATIVO, com d de dicionrio. J em (2), flor significa uma pessoa boa, gentil, fora de seu sentido primeiro, que o vegetal. Por isso, foi usada em sentido conotativo. Funo Emotiva

    Centrada basicamente nas emoes do emissor, essa

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    linguagem se utiliza bastante das primeiras pessoas (ns/eu) e emite opinies ou sensaes a respeito de algum tema ou pessoa. Tambm pode ser denominada funo expressiva. muito comum em textos informais e/ou crticos.

    Funo Ftica

    Um bom exemplo so os textos publicados pelos professores do Ponto. Tambm ser visto mais adiante um desses casos, quando falarmos sobre a funo metalingstica. Ela ocorre quando o emissor (no caso, eu) utiliza o canal de comunicao (a matria) para entrar em contato com o receptor (voc, leitor), com perguntas como no mesmo, viu s?, etc. Funo Potica

    A partir do emprego de recursos de retrica, noes de mtrica, rima, ordenao das palavras, dentre outros elementos, a linguagem das obras literrias, principalmente das poesias, em que as palavras so escolhidas e dispostas de maneira a se tornarem singulares.

    Funo Referencial

    Tambm chamada de informativa ou denotativa, o objetivo dessa linguagem transmitir a informao objetivamente. Essa linguagem muito usada em textos cientficos ou jornalsticos.

    Funo Metalingstica

    Metalinguagem a propriedade que tem a lngua de voltar-se para si mesma.

    Tema (contedo) e instrumento (forma) mesclam-se, interpenetram-se, e o saldo dessa "confuso" , paradoxalmente, o distanciamento, que evita que o leitor os confunda.

    Ocorre quando principalmente em linguagem artstica: msica, literatura, gravura. A partir dos exemplos, mais bem compreendida essa linguagem.

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    Ao compor As canes que voc fez para mim, brilhantemente interpretada por Maria Betnia, os autores Roberto Carlos e Erasmo Carlos confundem o ato de compor com a composio: Hoje eu ouo as canes que voc faz pra mim/ No sei porque razo tudo mudou assim / Ficaram as canes e voc no ficou.

    Outro bom exemplo dessa funo verifica-se no filme Quero ser John Malkovich, estrelado por quem? John Malkovich. Ou no filme de Woody Allen, Rosa Prpura do Cairo, em que o ttulo do filme de Allen exatamente o ttulo do filme retratado na tela. Na pelcula, a protagonista (Mia Farrow) uma espectadora que, de tanto ir ao cinema, acaba sendo convidada pelo protagonista (um arquelogo, se no me engano) a participar, e d-se a cena clssica em que ela sobe ao palco e invade a tela de cinema. Notou a confuso entre tema e instrumento?

    A linguagem metalingstica, portanto, a utilizao do cdigo para falar dele mesmo: uma pessoa falando do ato de falar, outra escrevendo sobre o ato de escrever.

    ::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::

    com base nessas duas ltimas acepes que constatamos o equvoco do examinador em indicar a opo a como correta.

    Na metalinguagem, temos "o cdigo pelo cdigo". Samira Chalhub nos esclarece que as possibilidades de organizao, criao, relao esto ligadas noo de repertrio que determinar, em funo do receptor, uma postura face ao objeto artstico. A autora, ao abordar a metalinguagem potica, tambm faz referncia a intertextualidade e entende que a mesma uma forma de metalinguagem, uma vez que se refere a uma linguagem anterior. Contudo, o texto em questo no explora esse conceito de intertextualidade. Trata-se de um texto jornalstico que no apresenta elementos para que se afirme o uso de metalinguagem.

    Observa-se, sim, o emprego de linguagem referencial. Esta ocorre quando o tema (referente) posto em destaque. O texto

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    h de ser objetivo e claro, sem margem a duplas interpretaes ou ambigidades e uma de suas caractersticas o emprego da 3 pessoa.

    Em passagens como Os nmeros do relatrio da CPI dedicada originalmente aos Correios so expressivos, dos milhares de pginas de texto e documentos aos mais de cem acusados., nota-se o valor narrativo do texto.

    J em metforas como Um oceano nos separa do resultado concreto ou ...cabe esperar pela travessia do oceano e torcer para que chegue a um bom porto, o autor busca, com elementos figurativos, expor os fatos ao leitor, ou seja, a distncia que h entre a apurao dos fatos (meio) e o julgamento (fim).

    Nota-se, tambm, a funo emotiva da linguagem, especialmente nas passagens em que o autor expe sua viso crtica acerca do assunto, como em H abusos. So lamentveis, mas inerentes vida parlamentar, no Brasil e em qualquer pas onde haja comisses parlamentares.. O que invalida a opo b o fato de afirmar que so criadas ambigidades. Nem mesmo quando expe a dupla possibilidade de interpretao da palavra comisso, o autor deixa transparecer qualquer ambigidade. Ao contrrio. Torna claro cada um dos significados que o vocbulo pode apresentar: "Comisso", alm do significado mercantil (depreciativo, no caso do Parlamento), do dinheiro pago em remunerao de servio, tambm o do grupamento encarregado de realizar tarefa de interesse comum..

    No h qualquer sinal de emprego da linguagem metalingstica ou de ambigidade no texto, o que leva impossibilidade de se indicar qualquer alternativa vlida.

    Diante do exposto, vlida a apresentao de recurso com vistas anulao da referida questo, atribuindo-se o ponto a ela correspondente a todos os candidatos.

    Bibliografia sugerida:

    Chalhub, Samira.Funes da Linguagem. Ed.tica. 11 edio, 2000.

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    ----. Metalinguagem. Ed.tica. 4 edio, 2002.

    1/05/2006 - QUESTO 9 DA PROVA TCE/PR Ol, bravos concursandos

    Antes de entrarmos no assunto que me traz aqui hoje, venho avisar aos candidatos que se preparam para o concurso de Fiscal do Trabalho que est em andamento a Turma de Exerccios da ESAF, e ainda h tempo de se matricular, fazer os exerccios (questes anteriores) e participar do frum. Mesmo aps a publicao da Aula 10, estaremos disposio para tirar dvidas, prestar esclarecimentos ou bater um papo, ouvir um desabafo... Ou seja, at a data da prova, o frum e as aulas permanecero ativos.

    Lembrem-se de que Lngua Portuguesa a nica disciplina que exige uma nota mnima isolada 40% da vinte questes (estou puxando a brasa mesmo, pois sei o quanto ruim bater na trave). Parece pouco, mas, em se tratando de ESAF, sabemos que a prtica e o domnio do tempo so fatores cruciais para a aprovao do candidato. Por isso, fazer provas anteriores to importante.

    Dado o recado, vamos ao que interessa.

    Nesse ltimo fim de semana, houve o concurso para o Tribunal de Contas do Estado do Paran. A instituio responsvel pelo certame foi o Ncleo de Concursos da Universidade Federal do Paran NC/UFPR.

    No conhecia a banca e tive uma grata surpresa: o nvel da prova foi muito bom, merecendo destaque especial a questo n 09 da prova para Assessor Jurdico (http://www.nc.ufpr.br/tce2006/).

    Alguns candidatos solicitaram a elaborao de recurso sob o argumento de que no encontraram resposta vlida.

    No entanto, foi uma questo correta, bem-feita e maldosa, pois exigia do candidato bastante ateno, especialmente no que se refere classificao morfolgica (classe gramatical) das palavras envolvidas.

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    A partir da anlise morfolgica, podemos fazer a anlise sinttica (funo das palavras nas oraes e perodos e sua harmonizao com as demais).

    Vamos relembrar o assunto, mencionado em nosso primeiro encontro virtual.

    As palavras so divididas em classes. Essas, por sua vez, distinguem-se em variveis e invariveis:

    VARIVEIS (gnero e/ou nmero) INVARIVEIS

    Substantivo Advrbio

    Adjetivo Palavra invarivel (*)

    Artigo Conjuno

    Pronome Preposio

    Verbo Interjeio

    Numeral

    OBS: (*) A Nomenclatura Geral Brasileira (NGB) a classifica como advrbio, mas alguns consagrados autores fazem essa distino.

    Essa classificao meramente didtica. Poderemos nos deparar com um pronome invarivel (ISTO / AQUILO / QUEM), mas como exceo. Em sua maioria esmagadora, os pronomes se flexionam, por isso foram classificados como variveis. O mesmo ocorre com os adjetivos. Mas, enquanto os adjetivos podem se flexionar (em gnero e/ou nmero), os advrbios

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    permanecem invariveis.

    Grosso modo, esse era o cerne da questo. Tente resolv-la antes de ler os comentrios que seguem.

    O texto a seguir referncia para as questes 07 a 09.

    De todos os processos analisados por este conselho at agora, a materialidade dos fatos atribudos ao representado a mais indiscutvel, incontroversa, incontestvel e indubitavelmente comprovada.

    (Declarao de Cezar Schirmer sobre relatrio que pediu a cassao do deputado Joo Paulo Cunha por envolvimento com o mensalo. Revista Veja, 15 mar. 2006.)

    09 - Se, na frase de Schirmer, a expresso a materialidade dos fatos for substituda por os fatos, sero necessrios ajustes na concordncia nominal e/ou verbal. Aponte a alternativa em que esses ajustes foram feitos corretamente.

    a) ...os fatos atribudos ao representado so o mais indiscutvel, incontroverso, incontestveis e indubitavelmente comprovados.

    b) ...os fatos atribudos ao representado so o mais indiscutvel, incontroversa, incontestvel e indubitavelmente comprovado.

    c) ...os fatos atribudos ao representado so os mais indiscutvel, incontroversa, incontestvel e indubitavelmente comprovados.

    d) ...os fatos atribudos ao representado so a mais indiscutvel, incontroversa, incontestvel e indubitavelmente comprovada.

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    e) ...os fatos atribudos ao representado so os mais indiscutveis, incontroversos, incontestvel e indubitavelmente comprovado.

    Para comear a resolver a questo, o candidato j deveria eliminar as opes em que o adjetivo comprovado no concorda com o substantivo fatos (b/d/e).

    A partir da, comea a via crucis do pobre estudante.

    Os vocbulos "indiscutvel, incontroversa, incontestvel e indubitavelmente" so ADVRBIOS.

    Os advrbios so palavras INVARIVEIS (veja a tabela) que modificam o sentido de verbos (Ela dirige mal.), adjetivos (Ela muito alta.), outros advrbios (Ela dirige muito mal), ou mesmo sentenas inteiras ou enunciaes (Infelizmente, no pude comparecer.).

    Na orao, os advrbios acompanham o adjetivo "comprovada".

    Acontece que, na construo oracional, a fim de evitar o defeito denominado eco, somente o ltimo deles acompanhado do sufixo mente, mantendo-se os demais somente com a base.

    A caracterstica desses advrbios que eles se constroem a partir da forma FEMININA E SINGULAR dos adjetivos correspondentes (quando estes apresentam essa flexo): Ela saiu do lugar CALMAMENTE. (CALMA + MENTE); Ele dirige seu carro CUIDADOSAMENTE. (CUIDADOSA + MENTE); preciso viver cada minuto INTENSAMENTE. (INTENSA + MENTE).

    Acrescente o sufixo mente a cada um dos vocbulos e constatar que o que est grafado na opo C exatamente o que resta aps a extrao do "mente" (indiscutivelmente / incontroversamente / incontestavelmente).

    Sabe onde est a maldade da questo?

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    Est em levar os candidatos a pensar que indiscutvel, incontroversa e incontestvel seriam, na construo, adjetivos flexionados, em gnero e nmero, com materialidade - o ncleo do sujeito (coincidentemente, FEMININO E SINGULAR).

    Ao sugerir a troca de materialidade dos fatos (ncleo: materialidade) por fatos, o examinador proferiu o golpe de misericrdia: o candidato, automaticamente, iria buscar a flexo daqueles vocbulos no masculino plural (indiscutveis, incontroversos, incontestveis) e NO ENCONTRARIA RESPOSTA. A banca poderia ter sido mais cruel ainda e, em uma das opes, apresentar a forma flexionada (os fatos atribudos ao representado so os mais indiscutveis, incontroversos, incontestveis e indubitavelmente comprovados), mas, com isso, provocaria a polmica em relao classificao desses vocbulos, ensejando, assim, um sem-nmero de recursos.

    A posposio dos advrbios em relao ao adjetivo deixa claro o valor circunstancial desses elementos. Note: ...os fatos atribudos ao representado so os mais comprovados indiscutvel, incontroversa, incontestvel e indubitavelmente..

    Assim, a opo que apresenta a correta construo aps a troca a de letra C: ...os fatos atribudos ao representado so os mais indiscutvel, incontroversa, incontestvel e indubitavelmente comprovados.

    Belssima questo essa, no ?

    Espero que as demais bancas examinadoras tenham esse mesmo esmero ao elaborar as provas que vm por a (recado especialmente dedicado Dona ESAF).

    Abrao.

    05/05/2006 - ICMS/SP - Outro recurso - questo 16 - Prova TIPO 001 Ol, pessoal

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    Um aluno encaminhou-me este recurso (cuja autoria desconheo).

    Realmente, tem razo o candidato que o apresentou, uma vez que no h erro algum na afirmao da opo D.

    Em relao s aspas, acredito que, dado o valor subjetivo de seu emprego, no h como afirmar categoricamente que a assertiva C esteja errada.

    Contudo, certo est que a opo D no apresenta erro algum. Por exercer na orao a funo sinttica de aposto, o segmento poderia ser indicado entre vrgulas, travesses ou parnteses.

    Assim, fica a critrio de cada um solicitar a anulao da questo 16 (prova tipo 001) ou a mudana do gabarito para a letra C (como props o candidato).

    Obrigada pela colaborao e parabns ao autor pela argumentao apresentada.

    Segue, abaixo, a proposta de recurso.

    Abrao. p.s. Fui informada, h pouco, de que a autoria do recurso abaixo do Prof.Dcio Senna (RJ). Parabns ao professor pela argumentao.

    RECURSO DE QUESTO

    PROVA PARA FISCAL DE ICMS-SP

    BANCA: FUNDAO CARLOS CHAGAS

    QUESTO N 16

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    TRANSCRIO DA QUESTO:

    A nica afirmao INCORRETA sobre os sinais de pontuao empregados no texto :

    a) Os dois pontos aps vice-versa: (linha 4) anunciam um esclarecimento acerca do

    que foi enunciado.

    b) Os parnteses em (ou at inventamos) linhas 5 e 6 incluem comentrio

    considerado um vis do que se afirma.

    c) As aspas em nossos (linha 10) firmam o carter irnico da expresso, exigindo

    que se entenda o enunciado em sentido contrrio (trata-se, assim, de tempos que

    nos so estranhos).

    d) Os travesses em este ptio comum ... compartilhado (linhas 23 a 25) isolam

    uma apreciao acerca do Mediterrneo e so equivalentes a vrgulas.

    e) A vrgula antes de no costeando (linha 22) pode ser substituda, sem prejuzo da

    correo, por travesso.

    ARGUMENTOS:

    Permitimo-nos, respeitosamente, discordar da interpretao sugerida pela banca

    examinadora para o emprego das aspas empregada no vocbulo nossos.

    Para mostrarmos a razo de nossa discordncia, passamos a

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    transcrever o

    fragmento textual em que se encontra tal vocbulo, ou seja, o primeiro pargrafo do

    texto relativo s questes de nmeros 12 a 20:

    Quando comea a modernidade? A escolha de uma data ou de um evento no

    indiferente. O momento que elegemos como originrio depende certamente da idia de

    ns mesmos que preferimos, hoje, contemplar. E vice-versa: a viso de nosso

    presente decide das origens que confessamos (ou at inventamos). Assim acontece

    com as histrias de nossas vidas que contamos para os amigos e para o espelho: os

    incios esto sempre em funo da imagem de ns mesmos de que gostamos e que

    queremos divulgar. As coisas funcionam do mesmo jeito para os tempos que

    consideramos nossos, ou seja, para a modernidade.

    O desenvolvimento da textualidade deixa-nos perceber que a indicao de um

    acontecimento, com respeito a seu incio, est condicionada, mais que tudo, nossa

    apreciao pessoal, subjetiva e, por isso mesmo, passvel de no ser exata. Deste

    modo, um tempo que julgamos nosso pode perfeitamente no o ser. Entendemos que

    as aspas postas no vocbulo nosso pretendem mostrar que

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    o vocbulo deve ser

    entendido como portador de significado que se afasta da literalidade. Como que a nos

    indicar que no h, efetivamente, um tempo que seja nosso, uma vez que tal

    nomeao resulta de critrios, antes de tudo, personalsticos. No vemos, como viu a

    douta Banca Examinadora, indicao de tempos que nos so estranhos.

    De qualquer modo, a afirmativa est impregnada do subjetivismo de quem a avalia.

    No fazemos destas percepes discordantes nosso cavalo-de-batalha. Move-nos, isto

    sim, uma imprpria indicao acerca do emprego do duplo travesso citado na

    alternativa d da questo.

    Para desenvolvermos nossa argumentao sobre este emprego, transcrevemos o

    fragmento textual em que surge, vale dizer, o segundo pargrafo do mesmo texto do

    qual extramos a passagem relativa ao emprego das aspas em nossos:

    Bem antes que tentassem me comover de que a data de nascimento da

    modernidade era um espirro cartesiano (...), quando era rapaz, se ensinava que a

    modernidade comeou em outubro de 1492. Nos livros da escola, o primeiro captulo

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    dos tempos modernos eram e so as grandes exploraes. Entre elas, a viagem de

    Colombo ocupa um lugar muito especial. Descidas Saara adentro ou interminveis

    caravanas por montes e desertos at a China de nada valiam comparadas com a

    aventura do genovs. Precisa ler Mediterrneo de Fernand Braudel para conceber o

    alcance simblico do pulo alm de Gilbratar, no costeando, mas reto para frente.

    Precisa, em outras palavras, evocar o mar Mediterrneo este ptio comum navegvel

    e navegado por milnios, espcie de tero vital compartilhado para entender por que

    a viagem de Colombo acabou e continua sendo uma metfora do fim do mundo

    fechado, do abandono da casa materna e paterna.

    Fixemo-nos, agora, no emprego dos travesses que isolam o fragmento este ptio

    comum navegvel e navegado por milnios, espcie de tero vital compartilhado.

    Trata-se de fragmento revestido de valor explicativo para o sintagma o mar

    Mediterrneo. Podemos observar que est representado por duas afirmativas cujos

    ncleos repousam, respectivamente, no substantivo ptio e no grupo de valor

    substantivo espcie de tero: este ptio comum navegvel e navegado por

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    milnios e espcie de tero vital compartilhado. Na verdade, apesar de serem dois

    grupos vocabulares, desempenham um nico papel na estrutura da orao, j que se

    entrelaam, sendo espcie de tero vital compartilhado como que uma ratificao do

    que antes se afirmou com este ptio comum navegvel e navegado por milnios. O

    fragmento inteiro (este ptio comum navegvel e navegado por milnios, espcie de

    tero vital compartilhado) desempenha, assim, papel morfossinttico de aposto e,

    desta forma, nenhum prejuzo adviria ao texto, caso os travesses fossem substitudos

    por um par de vrgulas, como est sugerido na alternativa d. Na verdade, o emprego

    de travesses deve-se ao interesse de o redator pr em relevo estilstico dada a

    menor freqncia com que tais sinais surgem, no confronto com as vrgulas o aposto

    mencionado.

    A afirmativa contida na alternativa d est CORRETA e, deste modo, no satisfaz

    ao enunciado da questo.

    No ser procedente o argumento de que tal aposto faz meno ao ncleo do

    sintagma o mar Mediterrneo, uma vez que a meno isolam uma apreciao

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    acerca do Mediterrneo permite que se subentenda, com bastante facilidade, o

    vocbulo mar.

    CONCLUSO:

    Do exposto, chegou-se concluso de que a afirmativa contida na alternativa d da

    presente questo, na verdade seu gabarito, como disposto pela Banca Examinadora,

    no padecia de qualquer erro. Assim sendo, no h como se aceitar este gabarito.

    Dado o grau de subjetividade de que se reveste a argumentao contida para o

    emprego das aspas no vocbulo nossos alternativa c , embora estejamos

    convictos de nossa interpretao para tal emprego, poder haver relutncia em

    adotar-se como resposta da presente questo esta alternativa, o que seria,

    evidentemente, a melhor soluo. No entanto, ainda que no concorde conosco, a

    eminente Banca Examinadora no ter como ignorar a validade dos argumentos que

    envolvem a questo do emprego do duplo travesso, e, neste caso, providenciar a

    anulao da questo em tela.

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    04/05/2006 - ICMS/SP - RECURSO QUESTO 3 - PROVA TIPO 001

    Pessoal,

    Nos prximos dias, traarei algumas consideraes sobre a prova de Lngua Portuguesa do concurso realizado pela Fundao Carlos Chagas Agente Fiscal de SP.

    Por enquanto, publico um possvel recurso questo 3 da prova Tipo 001.

    C entre ns, mas que questozinha safada essa, hem? Era preciso ser mdium (ou qualquer coisa parecida) para adivinhar o que o examinador queria dizer no enunciado (e no disse!).

    Diante da total falta de opes, alguns devem ter acertado (provavelmente no chute). Por isso, vamos exigir maior respeito a todos, professores e concursandos, que, aps tanta dedicao, tm o direito de mostrar o seu conhecimento, e no o seu flego (prova longa e cansativa) ou a sua mira.

    J deixo registrado que essa banca muito intransigente (at mais do que a ESAF) e s anula uma questo quando no h a mnima possibilidade de defend-la.

    De qualquer forma, vamos tentar!

    Agora, s me resta desejar bom descanso (aos que esto na luta pelas vagas) e bons estudos (aos que, infelizmente, no tiveram a mesma sorte).

    PORTUGUS

    Instrues: As questes de nmeros 1 a 11 referem-se ao texto abaixo.

    A educao uma funo to natural e universal da comunidade humana que, pela prpria evidncia, leva muito tempo a atingir a plena conscincia daqueles que a recebem e

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    praticam, sendo, por isso, relativamente tardio o seu primeiro vestgio na tradio literria. O seu contedo, aproximadamente o mesmo em todos os povos, ao mesmo tempo moral e prtico. Tambm entre os Gregos foi assim. Reveste, em parte, a forma de mandamentos, como honrar os deuses, honrar pai e me, respeitar os estrangeiros; consiste, por outro lado, numa srie de preceitos sobre a moralidade externa e em regras de prudncia para a vida, transmitidas oralmente pelos sculos afora; e apresenta-se ainda como comunicao de conhecimentos e aptides profissionais a cujo conjunto, na medida em que transmissvel, os Gregos deram o nome de techn. Os preceitos elementares do procedimento correto para com os deuses, os pais e os estranhos foram mais tarde incorporados lei escrita dos Estados. E o rico tesouro da sabedoria popular, mesclado de regras primitivas de conduta e preceitos de prudncia enraizados em supersties populares, chegava pela primeira vez luz do dia, atravs de uma antiqssima tradio oral, na poesia rural gnmica de Hesodo. As regras das artes e ofcios resistiam naturalmente, em virtude da sua prpria natureza, exposio escrita dos seus segredos, como esclarece, no que se refere profisso mdica, a coleo dos escritos hipocrticos.

    Da educao, neste sentido, distingue-se a formao do Homem por meio da criao de um tipo ideal intimamente coerente e claramente definido. Essa formao no possvel sem se oferecer ao esprito uma imagem do homem tal como ele deve ser. A utilidade lhe indiferente ou, pelo menos, no essencial. O que fundamental nela o kaln, isto , a beleza, no sentido normativo da imagem desejada, do ideal. A formao manifesta-se na forma integral do Homem, na sua conduta e comportamento exterior e na sua atitude interior. Nem uma nem outra nasceram do acaso, mas so antes produtos de uma disciplina consciente. J Plato a comparou ao adestramento de ces de raa. A princpio, esse adestramento limitava-se a uma reduzida classe social, a nobreza.

    Obs: gnmico = sentencioso

    (Adaptado de Werner Jaeger, Paidia: a formao do homem grego. Trad. Artur M. Parreira, 4.ed., So Paulo: Martins Fontes, 2001, p. 23-24)

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    3. A expresso a cujo conjunto os gregos deram o nome de techn est corretamente reformulada, mantendo o sentido original, em:

    (A) de cujo conjunto se sabe o nome, a que os gregos deram de techn.

    (B) do qual conjunto foi nomeado, pelos gregos, como techn.

    (C) que, pelo conjunto, os gregos mencionaram por techn.

    (D) pelo conjunto dos quais os gregos nominaram de techn.

    (E)) o conjunto dos quais recebeu dos gregos o nome de techn.

    Gabarito oficial: E

    A fim de subsidiar a argumentao que se segue, abaixo ser transcrito o perodo em que a expresso objeto da questo 3 surge no texto.

    e apresenta-se ainda como comunicao de conhecimentos e aptides profissionais a cujo conjunto, na medida em que transmissvel, os Gregos deram o nome de techn.

    As oraes que compem o perodo so:

    1) e apresenta-se ainda como comunicao de conhecimentos e aptides profissionais orao sindtica coordenada aditiva em relao a outra orao anterior (no reproduzido)

    2) a cujo conjunto os Gregos deram o nome de techn orao subordinada adjetiva restritiva, que apresenta como referente a expresso conhecimentos e aptides profissionais

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    3) na medida em que transmissvel orao subordinada adverbial causal

    Para solucionar essa questo, basta-nos analisar as oraes 1 e 2.

    O gabarito oficial, antes dos recursos, aponta a opo E como a correta, indicando ser o seguinte segmento aquele que, sem prejuzo de alterao do sentido, apresenta a forma corretamente reformulada do trecho em epgrafe: o conjunto dos quais recebeu dos gregos o nome de `techn`.

    O texto, aps tal reformulao, seria, ento:

    ... e apresenta-se ainda como comunicao de conhecimentos e aptides profissionais o conjunto dos quais recebeu dos gregos o nome de `techn`.

    Na lio de Celso Cunha e Lindley Cintra, em Nova Gramtica do Portugus Contemporneo, pronomes relativos so assim chamados porque se referem, de regra geral, a um termo anterior o ANTECEDENTE. (...) Os pronomes relativos assumem um duplo papel no perodo por representarem um determinado antecedente e servirem de elo subordinante da orao que iniciam.

    Em relao ao pronome relativo cujo, ensinam-nos os mestres: Cujo , a um tempo, RELATIVO e POSSESSIVO, equivalente pelo sentido a do qual, de quem, de que. Emprega-se apenas como pronome adjetivo e concorda com a coisa possuda em gnero e nmero. (grifos no do original).

    Esse pronome estabelece uma ligao entre dois substantivos que apresentam uma relao de subordinao (a que os autores chamam de posse), como no exemplo da questo em anlise: o conjunto de conhecimentos e aptides profissionais.

    Na opo E, substituiu-se o pronome cujo pelo dos quais. Em relao aos pronomes, no h dvidas de que so

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    equivalentes semanticamente.

    Contudo, essa afirmao aplica-se somente ao SENTIDO DO PRONOME, sem se levar em conta o contexto em que se apresenta, ou seja, ambos tm o mesmo val