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Ano 87 - Nº 23.498 Jornal do empreendedor R$ 1,40 Conclusão: 23h50 www.dcomercio.com.br São Paulo, sábado, domingo e segunda-feira, 12, 13 e 14 de novembro de 2011 ISSN 1679-2688 9 7 7 1 6 7 9 2 6 8 0 0 8 2 3 4 9 8 HOJE Chuvoso durante o dia e a noite. Máxima 25º C. Mínima 17º C. AMANHÃ Chuva a qualquer hora. Máxima 21º C. Mínima 16º C. Moda de Zé: corrupção é golpe das elites. A luta contra a corrupção é moralista – concluiu o réu do mensalão, Zé Dirceu, ao falar a jovens do PT. Ele vestiu a camiseta 'inocente'. Pág. 5 Sérgio Lima/Folhapress Outras frases da moda estão na coleção do Museu da Corrução (www.muco.com.br ). São "criações" diárias de suspeitos de CPIs e da PF. 7 helicópteros, 18 blindados e nenhum tiro. Bandeiras do Brasil e do Estado do Rio, hasteadas pouco após o meio-dia, simbolizaram ocupação da Rocinha pela polícia. "Estava com muito medo, mas não aconteceu nada", disse uma moradora. Pág.9 Caio Amy/Folhapress Tempo é crédito na nova Itália Indicado para suceder Berlusconi, Mario Monti (foto) corre para formar hoje um novo governo e restaurar a credibilidade da Itália. Para ele, é possível ser de novo "uma força dentro da União Europeia, e não uma fraqueza". Pág. 20 Italianos agora ouvem o sino do Marco da Paz Monumento idealizado por Gaetano Brancati Luigi, assessor da especial da presidência da ACSP, foi inaugurado em Assis, Itália. Pág.9 Claudio Onorati/Efe Eduardo Fiora Corinthians: liderança garantida no Pacaembu. Emerson (2º, da esq. para a dir.) comemora o seu gol – que garantiu os 2 a 1 sobre o Atlético-PR e a manutenção do Timão na ponta do Brasileiro. "Esse é o Corinthians que quer ser campeão." Esporte Daniel Augusto Jr./Fotoarena/Folhapress E la nave va pelo mar sem fim Newton Santos/Hype O capitão amador João Lara Mesquita (foto) iça âncora para singrar o oceano da net. Navegue com ele pelo nosso litoral ou pela Antártica, com um clique, a partir de 5ª-feira. Págs. 10 e 11 Economizar, sim. Mas exagerar, não Página 15 Paulo Pampolin/Hype Corrupção Fashion Week

14/11/2011

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Diário do Comércio

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Ano 87 - Nº 23.498 Jornal do empreendedorR$ 1,40

Conclusão: 23h50 www.dcomercio.com.br São Paulo, sábado, domingo e segunda-feira, 12, 13 e 14 de novembro de 2011

ISSN 1679-2688

9 771679 268008

23498

HOJEChuvoso durante o dia e a noite.

Máxima 25º C. Mínima 17º C.

AMANHÃChuva a qualquer hora.

Máxima 21º C. Mínima 16º C.

Moda de Zé:corrupçãoé golpedas elites.A luta contra a corrupçãoé moralista – concluiu oréu do mensalão, ZéDirceu, ao falar a jovensdo PT. Ele vestiu acamiseta 'inocente'. Pág. 5

Sérgio Lima/Folhapress

Outras frases da modaestão na coleção doMuseu da Corrução(w w w. m u c o . c o m . b r ). São"criações" diárias desuspeitos de CPIs e da PF.

7 helicópteros,18 blindadose nenhum tiro.Bandeiras do Brasil e do Estado do Rio, hasteadaspouco após o meio-dia, simbolizaram ocupação daRocinha pela polícia. "Estava com muito medo, masnão aconteceu nada", disse uma moradora. Pág. 9

Caio Amy/Folhapress

Tempo é créditona nova ItáliaIndicado para suceder Berlusconi, Mario Monti(foto) corre para formar hoje um novo governo e

restaurar a credibilidade da Itália.Para ele, é possível ser de novo "umaforça dentro da União Europeia,e não uma fraqueza". Pág. 20

Italianos agoraouvem o sino doMarco da PazMonumento idealizado por GaetanoBrancati Luigi, assessor da especialda presidência da ACSP, foiinaugurado em Assis, Itália. Pág. 9

Claudio Onorati/Efe

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Corinthians:liderança garantidano Pacaembu.Emerson (2º, da esq. para a dir.) comemora o seugol – que garantiu os 2 a 1 sobre o Atlético-PR e amanutenção do Timão na ponta do Brasileiro. "Esseé o Corinthians que quer ser campeão." Espor te

Daniel Augusto Jr./Fotoarena/Folhapress

E la nave va pelo mar sem fim

Newton Santos/Hype

O capitão amador JoãoLara Mesquita (foto) içaâncora para singrar ooceano da net. Naveguecom ele pelo nossolitoral ou pela Antártica,com um clique, a partirde 5ª-feira. Págs. 10 e 11

E c o n o m i z a r,sim. Mas

exagerar, nãoPágina 15 Pa

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sábado, domingo e segunda-feira, 12, 13 e 14 de novembro de 20112 DIÁRIO DO COMÉRCIO

Fundado em 1º de julho de 1924

Pre s i d e nteRogério Amato

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opiniãoAs pessoas identificam nos governos a responsabilidade pela perda dos empregos e a destruição dos patrimônios.

Delfim Netto

"Mandou bem!"

DELFIM

NETTO

A grande lição da crise é que apercepção da existência de um

sólido equilíbrio fiscal de longoprazo e a adequada relação

Dívida Pública/PIB são fundamentosdo sucesso da boa governança.

Se eles, que são os maio-res interessados, aindanão sabem dizer quan-do e como vão colocar o

dinheiro no Fundo (referindo-seao FMI, certamente) para tirar osoutros países da crise, como é queeu vou saber? A frase direta, cor-tante, é da presidente Dilma Rous-seff, que com essa resposta prati-camente deu por encerrada a en-trevista que concedia à saída dareunião do G-20, em Cannes, nasemana passada.

"Eles", provavelmente, são osalemães e franceses, que lidera-ram os esforços para evitar o d e-fault grego utilizando recursos deterceiros, inclusive dos paísesemergentes, o Brasil no primeirolugar da lista, com certeza.

A sensação de "perda de tempo"pareceu evidente ao final do en-contro dos 20 "pesos pesados" daeconomia mundial, o que talvezexplique o desabafo da presiden-te. De toda a forma, para usar a ex-pressão da "galera" jovem, DilmaRousseff "mandou bem"!

Os membros do clube sabem,melhor do que nós, que além doproblema grego quase todos terãoque lidar , nas próximas semanas emeses, com os protestos dos cida-dãos indignados, que perderamempregos e renda por conta da cri-se que não provocaram. A ocupa-ção das praças, que continua dan-do volta ao mundo, sob inspiraçãodo grito inicial em Wall Street, émenos um protesto contra a eco-

nomia de mercado e seus proble-mas do que um profundo senti-mento de injustiça.

A s pessoas passaram aidentificar nos governosa responsabilidade pela

perda de seus empregos e a des-truição dos patrimônios, assalta-das por um sistema financeiro de-sinibido, com suas inovações pra-ticadas sob os olhos complacentesdas autoridades monetárias.

Os protestos são contra a "mági-ca besta" exibida pelos "estadis-tas" (da Eurolândia e dos EstadosUnidos notavelmente), que per-

mitem a transferência dos custosda crise para os trabalhadores queganham (ou ganhavam) a vida ho-nestamente e ainda estão sendo le-vados a pagar a conta dos gover-nos que se apresentam como sal-vadores dos demais.

A repetição de fatos comoesses que estamos viven-do faz lembrar a velha li-

ção de Hegel na sua Introdução à Fi-losofia da História: "O que a expe-riência e a história nos ensinam éque os povos e os governos nãoaprendem nada com a História ouusaram os princípios dela deduzi-

dos". E, no entanto, nunca antes foitão necessário aprender com aHistória e tirar dela as lições quereduzam a probabilidade de repe-tição dos erros.

E ssas lições não se circuns-crevem à necessidade deconstruir sistemas monetá-

rios e financeiros hígidos e adequa-damente regulados para financiar osistema produtivo, e as inovaçõesque são a origem do crescimento daprodutividade do trabalho.

A grande lição da crise é que apercepção da existência de um só-lido equilíbrio fiscal de longo pra-zo e uma apropriada relação Dívi-da Pública/PIB (corretamentemedida) são fundamentos do su-cesso da boa governança.

São esses fundamentos que dãoaos governos a capacidade de as-sumir o papel central no enfrenta-mento das crises de oferta e procu-ra globais. Com o aprofundamen-to da crise financeira que se inten-sificou nos Estados Unidos apartir de 2007/2008, poucos paí-ses puderam mostrar que os pra-ticavam adequadamente.

O Brasil não apenas confirmouaquela percepção, mas tornou-seum grande exemplo de que soubefazer a lição, com sucesso.

ANTÔNIO DELFIM NE T TO É

P RO F E S S O R E M É R I TO DA F E A - U S P,EX-M I N I S T RO DA FA Z E N DA , DA

AG R I C U LT U R A E DO PL A N E JA M E N TO

PAULO

SAAB

ROUBO DO ERÁRIO:CRIME HEDIONDO?

AMPLIAÇÃO DO SUPERSIMPLES

Quero felicitar o nossovice-governador e semprepresidente da ACSP,Guilherme Afif Domingos,pela perseverançae tenacidade com que vemdefendendo as microse pequenas empresas,grandes geradoras de mãode obra da nossa Nação.A manchete do DC de sexta-feira me recordou as grandesmobilizações, em décadaspassadas, como tambémnos anos 90 em nossas sedesdistritais e associaçõesda Facesp. Que Deus lhe dê

forças, pois ainda há muitoa percorrer, em especialpara a desburocratizaçãoe a diminuição dafamigerada carga tributaria.

Elvio Aliprandi - Integrante doConselho Superior, ex-presidente

da Facesp e da ACSP

� Muito boa a explicaçãodo Supersimples, poiscada ramo de atividade éum caso a ser observado,comparando-se os regimestributários para ver qual omais viável para a empresa.

José Alves Neto - São Paulo

NOSSA DURA R E A L I DA D E

O cinegrafista daTV Bandeirantes, GelsonDomingos, morreu emserviço, em meio a umtiroteio. E não foi noAfeganistão, tampouco noIraque ou na Síria! Foi no Riode Janeiro, cobrindo paraemissora um confronto entretraficantes e policiais.A imprensa, que tem sidoum raro guardião na defesado bem comum e da ética,denunciando políticos eservidores vis das nossasinstituições, ainda se expõe aoperigo, para levar o melhor da

informação também na áreade segurança pública – jáque, assim como na saúde,educação e infra-estrutura ,o governo federal vem sendoabsolutamente omisso.O que podemos fazer nestemomento é prestar nossascondolências à família docinegrafista, e solicitar quea presidente da Repúblicae os governadores se prestema investir em segurança.

Paulo Panossian - São Carlos

Roberto Stuckert Filho

A presidente Dilma Rousseff, em Cannes, ao chegar para ao encontro do G-20: a responsabilidade é dos grandes.

Examinando, coma colaboraçãode leitores e de

amigos advogados,de escritórios importantesde São Paulo, a questãoda fragilidade da própriasociedade diante dosprivilégios que blindamministros de Estado econgressistas que sãodenunciados por crimescontra o erário no exercíciode suas funções públicas,recebi mais uma sugestão deanálise de projeto de lei jáexistente, que compartilhoabertamente paraconhecimento de todos.

Como o leitor sabe,estamos buscando ummeio legal de impedir queo benefício democráticodo foro privilegiado sejausado para acobertarpolíticos e grupos a elesligados de cometer crimesdesviando recursospúblicos em favor próprio.

A Lei 12.403, de 4 demaio de 2011, quealtera dispositivos doDecreto-Lei no 3.689,de 3 de outubro de1941 – Código deProcesso Penal,relativos à prisãopro cessual,fiança, liberdadeprovisória, demaismedidas cautelares,e dá outras providências,foi sugerida como umamedida que poderiamerecer a atençãoda coluna, para ver se nelapodem ser encontradoselementos que se apliquema quem está na funçãopública e comete crime.

Como estamos na faseda interatividade e por

ter recebido manifestaçõesde apoio de muitosadvogados, peço ao leitoramigo que tenha formaçãojurídica que cuide desteponto e envie-me suaopinião a respeito através doe-mail no pé desta coluna.

Por outro lado, recebitambém a sugestão deapreciar o Projeto de Leido Senado, de 2011 , queadiciona o inciso VIII no art.1º na Lei nº 8.072 de 1990(Lei dos Crimes Hediondos)que prevê os delitos deconcussão, corrupçãopassiva e corrupção ativacomo crimes hediondos eaumenta a pena dos delitosprevistos nos artigos nº 316317 e 333 do Decreto-Leinº 2.848, de 7 de dezembrode 1940 – Código Penal.

Apresentado pelosenador Pedro Taques, deMato Grosso, o projeto jáestá em tramitação e trazcomo novidade, ao menosnuma leitura inicial, o fato depassar a considerar tambémcomo crime hediondoroubar o tesouro público.

"Também o roubo edilapidação do tesouro ou darenda pública é um crimemaior do que roubar oudefraudar um particular,porque roubar o público éroubar muitos ao mesmotempo", diz a justificativa.

Assinala, ainda, que ésabido que, com o desvio dedinheiro público, com acorrupção e suas formas afinsde delitos, faltam verbas paraa saúde, para a educação,para os presídios, para asinalização e construção deestradas, para equipar epreparar a polícia, além deoutras políticas públicas.

Oresultado prático dessasituação é a morte diária

de milhares de pessoas quepoderiam estar vivas caso oEstado cumprisse aConstituição e garantisse aconcretização de seus direitosfundamentais sociais.

Sem discutir, nestaoportunidade, os

argumentos do senador, quea seguir também reproduzopara análise apresentomais uma parágrafo de suajustificação: "O projetotem como objetivo dar umprimeiro passo no sentidode operar mudanças nasdiretrizes do Direito PenalBrasileiro. Isso porquehá muito se sabeque a nossa legislaçãoinfraconstitucional e, emespecial o Código Penal,influenciado pelos ideaisdo liberal-individualismo,tem dado respostas duras ediretas aos crimes contra apessoa e contra o patrimônioindividual, deixando quasea descoberto a proteçãodos interesses difusos doscidadãos e atenuando aspenalidades aos delitoscontra o patrimônio público."

Ainda segundo o texto,essa situação tem, inclusive,gerado uma sensaçãode que crimes hediondossão apenas aquelescometidos com violênciafísica direta, ocasionandorepulsa nos cidadãos emrazão dessa violência."

Se este puder ser umcaminho, já existe umprojeto, como mencionei,a respeito, em andamento.

Qual a sua opinião, leitor?

PAU LO SAAB É J O R N A L I S TA E

E S C R I TO R PSAAB@I N S T I T U TO

CIDADANIA.O RG .BR

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sábado, domingo e segunda-feira, 12, 13 e 14 de novembro de 2011 3DIÁRIO DO COMÉRCIO

Viciados em exercício?

NICHOLAS

D. KRISTOF

Milton Mansilha/AgLuz

Pesquisas mostram que exercitar-se pode ser tão viciante quanto consumir drogas.

Durante décadas, oscientistas têm estu-dado áreas profun-das do cérebro que

parecem associadas ao prazer e aovício. Ponha um eletrodo em umadessas partes do cérebro de um ra-to e ele ficará obcecado para esti-mular essas áreas. Quando essesanimais são liberados para em-purrar uma alavanca, a fim deconseguir uma leve corrente queproduz um "barato" nos "centrosde prazer", eles empurram a ala-vanca até 7 mil vezes por hora.

Esses ratos se esquecem de co-mer ou de beber e têm de ser desco-nectados para evitar que morramde fome. Os ratos machos ignoraminclusive as fêmeas no ardor de con-seguir uma dose, e as mães lactantesignoram os seus bebês.

"Pressionar aquela alavanca setorna todo o mundo deles", escre-veu David J. Linden, um neuro-cientista da Escola Médica da Uni-versidade Johns Hopkins, em seufascinante novo livro The Compassof Pleasure (A Bússola do Prazer).

Linden explica de que maneiradrogas como a cocaína, que acen-dem esses centros de prazer (exis-tem muitas áreas interconecta-das), modificam as conexões docérebro para aumentar o desejo. Épossível ver as fotos ampliadas decérebros de ratos e dizer qual rece-beu cocaína e qual não.

Contudo, não são apenas dro-gas. Imagens do cérebro sugeremque tudo, de açúcar a sexo, acionaos circuitos cerebrais de prazer. Is-so pode ter consequências neuro-lógicas que correspondem ao queconsideramos vício. Por exemplo:exercícios físicos.

Como corredor patológico des-de os meus dias do ensino médio,como atleta de cross country noOregon, isso me fez pensar: eu souum viciado em correr?

"Os viciados em exercícios apre-sentam todas as características dosviciados em substâncias: tolerância,ânsia, anulação e necessidade deexercício só para se sentir normal",escreveu Linden. OK. Eu confesso.Posso ser um viciado.

Exercícios parecem provocar aliberação de produtos químicos

chamados endorfinas e encefali-nas (a versão do cérebro para oópio) e endocanabinoides (a ver-são do cérebro para maconha). Nolaboratório, os ratos conseguemdesenvolver o vício em exercíciosna roda.

Os pesquisadores do cérebroestão descobrindo muitos pa-drões semelhantes. Quem sabe seos orgasmos, tanto em homensquanto em mulheres, não adicio-nam os centros de prazer como acocaína? (E quem sabe se os pes-quisadores estão imobilizandopessoas num laboratório, conec-tando-as a um s c an ne r cerebral edepois ordenando que elas parti-cipassem de atividades sexuais?)

Linden afirma que existe algocomo um genuíno vício biológicoem sexo. A recusa em reconhecerisso, diz ele, significa que as pes-soas geralmente não recebem tra-tamento. "Os viciados em sexo sãoos menos propensos a procurarajuda entre todos os que sofrem dealgum vício", escreveu ele – com-pletando que isso é trágico porqueos viciados em sexo podem signi-ficar mais riscos do que os vicia-dos em droga para levar outraspessoas "para baixo" com eles.

Uma pesquisa da químicacerebral sugere que jogosde aposta e gula também

podem ser comportamentos vi-ciantes, análogos ao vício em narcó-ticos. Em particular, alimentos comaçúcar ou gordura parecem provo-car desejos que reconectam os cir-cuitos de prazer do cérebro paraampliar esse desejo.

Um estudo descobriu que ratosalimentados com alimentos comocheesecake e chocolate mostraramdiferenças nos circuitos cerebraiscerca de 40 dias depois. O impactofoi descobrir que os centros de pra-zer de seus cérebros foram entorpe-cidos, e assim eles aparentementeprecisavam devorar ainda maischeesecake para obter a mesma sa-tisfação. Seja açúcar ou heroína, ocorpo constantemente aumenta aquantidade necessária para se con-seguir o mesmo barato.

Isso significa o fim da vontadeprópria? É claro que não. Mas é

um lembrete de que os desejossão um fenômeno complexo, comfortes relações com a química ce-rebral e a genética. Talvez seja es-sa a razão pela qual o presidente

Barack Obama demonstrou umautocontrole surpreendente emsua carreira política, ao mesmotempo em que travava uma longadisputa contra a nicotina.

Além disso, nosso cérebro nosimpele não só aos vícios, mas tam-bém às virtudes. Nos últimos anos,pesquisadores descobriram que agenerosidade nem sempre é um sa-

crifício; em vez disso, ela muitas ve-zes nos anima.

Uma série de experiências naUniversidade do Oregon envolveumulheres jovens ligadas a s ca nn er scerebrais enquanto recebiam mo-destas quantidades de dinheiro. Àsvezes, depois, o dinheiro era tribu-tado; às vezes era-lhes dado a chan-ce de doá-lo para a caridade; e às ve-zes recebiam um dinheiro extra. Oscentros de prazer delas eram acio-nados quando recebiam dinheiro,como era de se esperar – mas tam-bém quando doavam o dinheiro.

Houve variações consideráveisentre os indivíduos. Cerca de meta-de das mulheres, com base em seuspadrões cerebrais, parecia obterprazer tanto recebendo dinheiroquanto doando. A outra metade sesatisfazia mais recebendo o dinhei-ro. Sem surpresas: esta metade con-tribuiu menos para caridade.

Talvez a pesquisa leve a novosinstrumentos para combatero vício de drogas, o alcoolis-

mo ou a obesidade. Talvez eu vá sercapaz de conseguir o barato do cor-redor sem suar. Para mim, porém, aideia mais fascinante é que pelo me-nos para a metade dos seres huma-nos parece realmente ser tão aben-çoado dar quanto receber.

Baseados nessa última pesquisasobre o cérebro, bem como na expe-riência prática, vamos admitir estaverdade profunda: altruísmo e ge-nerosidade podem ser tambémprazeres hedonísticos.

NICHOLAS D. KR I S TO F É C O L U N I S TA

DO JORNAL THE NEW YORK TIMES

TRADUÇÃO: RODRIGO GARCIA

UMBERTO

ECO

ATANÁSIO KIRCHER EA PEDRA FILOSOFAL

Reprodução

Reeditada aobra maisfamosa de

Kircher:Mundus

Subterraneus.

Neste verão, a EditoraForni lançou umasegunda edição

anastática – que é um tipode impressão em relevo – deOs Vulcões, ou MontanhasArdentes que Vomitam Fogo,Famosos em Todo o Mundo”, deAtanásio Kircher. Essa reediçãodo livro, bastante conhecidopor seu título original emlatim – Mundus Subterraneus,é baseada na terceira e mais

completa edição do livro,a de 1678, e custa 230 euros,ou cerca de US$ 240 – o quenão é quantia insignificante.Contudo, se alguém quisessea edição original teria de gastarpor volta de 10 mil euros.

Outra edição anastáticaapareceu há alguns anos, porocasião de uma conferênciainternacional de geologia, eo fato de que agora ele voltoua ser impresso nos diz o quanto

esse livro é interessante,tanto para os amantes dasmaravilhas – graças a suasgravuras de monstros echamas subterrâneas – quantopara os especialistas, que oconsideram uma das primeirascontribuições científicasà vulcanologia.

Atualmente, Kircher émais famoso por seus

erros científicos do que porsuas descobertas mais oumenos confiáveis. Mas MundusS ubterraneus é talvez a obraem que melhor estão reveladassuas habilidades comoobservador. O livro foi levadomuito a sério na época deKircher. Antes de a primeiraedição ser publicada, em 1664,Henry Oldenburg, secretárioda Sociedade Real de Londres,escreveu para o escritor RobertBoyle comentando a obra; eo filósofo Baruch Spinoza,depois, enviou um exemplarpara o físico Christian Huygens.

Kircher é fiel a seu estilonesta obra: com sede voraz einsaciável de conhecimento,ele nos fala da Lua e do Sol;das marés, correntes marítimas,eclipses, águas e fogossubterrâneos; rios, lagos eafluentes do Nilo; as salinas eas minas; fósseis, metais,insetos e ervas; destilação,pirotecnia; geração espontânea e sua teoria oposta, apanspermia. Mas com a mesmaautoconfiança ele também

escreve – e nos mostraimagens – sobre dragõese gigantes. Obviamente,muitos naturalistasilustradores, desde UlisseAldrovandi, no século 16, atéGeorge Johnston, no século19, não podiam deixar de ladoos dragões. Além disso,Kircher mostra que sabia algosobre iguanas – e se alguémjá viu uma iguana percebecomo é possível levar a sérioa ideia de dragões.

De todos os assuntostratados em Mundus

S ubterraneus, contudo, háum que eu gostaria de discutir.Talvez seja o tema de menorinteresse para os devotosdo volume do geólogo, masé muito importante nahistória da cultura.

No Livro 11, Kircherdecidiu tratar da alquimia.Primeiro, ele se dedicou a relera totalidade do cânonealquímico, começando pelasfontes antigas. Começoucom o quase mítico HermesTrismegisto, da Alexandria doséculo 4 a.C., mas não deixoude olhar as fontes cópticas,judaicas ou árabes; depoischega aos alquimistas doséculo 13, como Arnaldo diVillanova e Roger Bacon,e o monge Basil Valentine, doséculo 15. Em seguida, Kircherpôs vários tipos de fornosem seu laboratório, juntouvárias receitas alquímicas com

séculos de idade, as pôs emprova e as submeteu aanálises. Fica evidente que noprocesso de provar (e de voltara provar) esses princípiostradicionais, ele recebeu umgrande número de tipossuspeitos em seu laboratóriopara que o ensinassem comousar os vários aparelhos.

Kircher analisou essesprocedimentos alquímicos

como parte de um intento deidentificar quais princípiospodiam ser explicadosmediante a lógica – sem seapoiar em nenhuma hipótesesobre a Pedra Filosofal. Noprocesso, traçou a diferençaentre as pessoas queacreditavam ser impossível atransmutação alquímica, mascontinuavam as pesquisasquímicas por outros motivos,e os trapaceiros que usavama alquimia para venderimitações de ouro e prata.

Isso não era pouca coisa naépoca de Kircher. Aliás, e ficoudo lado oposto no debatecom Paracelso, o legendárioalquimista e médico suíço doséculo 16 que acreditava naPedra Filosofal, e atacou outrasautoridades famosas naalquimia dos séculos 16 e 17,como Michael Sendivogius eRobert Fludd, dando um golpede sabre exorcista contraa tradição dos Rosacruzes,que seduziram boa parte daEuropa durante uns 40 anos.

Logicamente, Kircherera jesuíta, alinhado à culturada contrarreforma, apostaà tradição protestanteda qual surgiram osmanifestos rosacrucianos.

Entretanto, considerandotudo, é notável imaginar

que em meados do século 17Kircher estava lutandopor uma visão mais racionale experimental da químicado futuro – embora ele nãopudesse saber que a tradiçãoalquímica continuaria atéos dias atuais. (E sem dúvidacontinua até hoje: paracomprovar isso, tudo o quese tem de fazer é visitarqualquer livraria que ofereçalixo pseudo-hermético.)

É difícil classificarKircher, cuja vida inteira foiuma mistura de narrativairreprimível e algumas noçõesreveladoras que foram, senão totalmente corretas, quasetotalmente corretas. Umpersonagem barroco, seeles existem, geralmentefascina mais os surrealistas doque os cientistas. Assim,é bom que o seu livro estejasendo comemoradopela comunidade científica.

UM B E RTO ECO É AU TO R DO

RO M A N C E “A MISTERIOSA CHAMA

DA RAINHA DA LOA N A”, ALÉM DE

“ BAUDOLINO ”, “O NOME DA RO S A”,E “O PÊ N D U LO DE FOUCAULT ”.TR ADUÇÃO: RODRIGO GA RC I A

o NOS EUA E NA ÍNDIA , MOVIMENTOS POPULARES CONTRA A CORRUPÇÃO E OS EXCESSOS.pinião

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sábado, domingo e segunda-feira, 12, 13 e 14 de novembro de 20114 -.GERAL DIÁRIO DO COMÉRCIO

Solução

Por: José Nassif Neto

Medicamen-to paraevitar

gravidez.

Estampacolorida

para álbumde coleção.

Terorigem;emanar.

Sensaçãode

vazio.

Fico abor-

recido.

Maior ma-mífero dosservídeos.

Naturalda

Bélgica.

Gênerode

músicapopular.

O fir-mamento.Gal Costa,cantora.

Qualidadedo que é

lindo.

Símbolo docarbono.(quím.)

Urânio,símboloquímico.

Aposentodo

detento.

Boca das

aves.

Poesia deestrofes

simétricas.

Colocarestampi-

lha nacarta.

Derra-deiro.

'Ele',em

alemão.

Parte deum

endereçoeletrônico.

Reproduzmaterialgravado

nele.

Vogais de

padre.

Que

pessoa.

Saudável.

Fixa oolhar.

Embarca-ção deesporteradical.

Flúor,símboloquímico.

Símbolo donitrogênio.

(quím.)

Argola decorrente.

Perten-centea ele.

Regrasocial.

A Capitaldo RioGrande

do Norte.

Símbolode

tempo.(física)

Mecânica.

(abrev.)

Folha-deflandres.

A notasol na

notaçãoalfabética.

Maior astrodo sistema

solar.

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ra.

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sábado, domingo e segunda-feira, 12, 13 e 14 de novembro de 2011 5DIÁRIO DO COMÉRCIO

PROCURADOR DEIXA CARGOGianfrancesco Genoso, procurador-chefe da Fazenda Municipal, pediu

afastamento após denúncia de repasse de parte da verba (R$ 6,6milhões) da campanha de 2010 financiada pelo banco PanAmericano,

para o PT. O prefeito Gilberto Kassab abrirá sindicância interna.

política

Sou indestrutívelO r l a n d o S i l v a ,

antes de cair do Minis-tério do Esporte.

Sou sólido comouma rochaWagner Rossi, antes de

perder o cargo de ministro daAgricultura.

Só saio abatido a bala, e tem que ser bala bemforte, porque eu sou pesadão.Carlos Lupi, ministro do Trabalho, ao justificar sua

permanência na pasta após denúncias de corrupção.

Presidente, desculpe se eu fui agressivo, não foiminha intenção, eu te amo.

Carlos Lupi, ministro do Trabalho, ao se desculpardurante audiência naCâmara Federal.

Se o ministro Lupifosse inteligente,

ele deixaria o cargo.Deputado federal Antô-

nio Reguffe (PDT-DF)

Por enquanto, os elementos dizem respeito airregularidades em programas da pasta, mas

não apontam, pelo menos neste primeiro momento,o envolvimento direto do ministro.

Roberto Gurgel, procurador-geral da República, sobrei n q u é r i t o p a r a a p u r a r r e s p o n s a b i l i d a d e s n oMinistério do Trabalho.

As acusações decorrupção que

envolvem meu nomenão merecem crédito. Euderrotei umaorganização criminosano Distrito Federal.

Agnelo Queiroz, governa-dor do Distrito Federal, so-bre denúncias de que teriarecebido propina durante operíodo em que foi diretor daAgência Nacional de Vigi-lância Sanitária (Anvisa).

É um absurdo eu serconstrangida e achincalhada na

Casa em que trabalhoSenadora Kátia Abreu (PSD-TO), ao dei-

xar o Senado protegida pela polícia pa-ra não ser agredida por cerca de

15 estudantes da Universidadede Brasília durante votação do

Código Florestal.

O malfeito para estegoverno só é malfeito

quando vira escândalo. Até lá, ébem feito. O governo agereativamente.

Senador Aéc io Neves(PSDB-MG), ao criticar ogoverno Dilma Rousseff.

O governo dopresidente

Lula deformou oque foi feito antes.Pegaram o nosso eexecutaram mal.

Fernando Henri-q u e C a r d o s o , a oavaliar a gestão de seusucessor.

Ele teve o azar de tersido julgado antes de

o quórum estar completoJosé Eduardo Alckmin,

advogado de Jader Barbalho,sobre o impasse no SupremoTribunal Federal (5 votos a5), ao analisar pedido de seucliente para assumir o cargode senador.

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Ex-ministro José Dirceu, réu no processo do mensalão: "Como diz o Lula, nunca neste País se combateu tanto a corrupção".

Sergio Lima/Folhapress

Dirceu: luta contraa corrupção é moralista.

Em discurso a jovens, ele diz que, com o pretexto de combater a corrupção, a intenção é atacar o governo.

Ao discursar parau m a p l a t e i a d ecentenas de mili-tantes no 2º Con-

gresso da Juventude do PT, emBrasília, o ex-ministro da CasaCivil, deputado cassado e réuno processo do mensalão JoséDirceu, criticou o que chamoude "luta moralista contra a cor-rupção". Ele foi homenageadopelos organizadores com umacamiseta em que aparece suaimagem e a frase "contra o gol-pe das elites" e a palavra "ino-cente". O julgamento do pro-cesso do mensalão talvez ocor-ra no ano que vem.

Para criticar os movimentosque têm cobrado combate àcorrupção, Dirceu afirmouque ações semelhantes leva-ram Jânio Quadros e FernandoCollor a serem eleitos presi-dentes da República.

"Nossa luta tem que remon-tar ao passado. Nas duas vezesem que houve lutas moralistascontra a corrupção, deu no Jâ-nio e no Collor; um renunciou eo outro sofreu impeachment."

Para ele, a intenção das de-núncias é só atacar o governo."Nesse momento, o que pre-tendem construir é isso, a pre-texto de combater a corrup-ção." Na visão de Dirceu, apressão feita sobre os minis-tros não é a mesma em relaçãoa escândalos em São Paulo, on-de o PSDB está à frente da ad-ministração.

"Quando dizem que tem deresponsabilizar o ministro e opartido por problemas no mi-nistério, então tem que se res-ponsabilizar o PSDB, o Geral-do Alckmin e o José Serra peloescândalo das emendas emSão Paulo. Como diz o Lula,nunca neste país se combateutanto a corrupção."

Logo no início de sua expo-sição Dirceu lembrou o ex-presidente Luiz Inácio Lulada Silva, em tratamento decâncer na laringe. "Vamos en-viar energia e força para ocompanheiro Lula, para queele saiba que estamos ao ladodele e ele está conosco."

Regime militar – O ex-mi-nistro valorizou as ações dogoverno Dilma Rousseff, co-mo a aprovação da Comissãoda Verdade e do fim do sigiloeterno de documentos, masdestacou que é preciso avançarnas áreas de transporte públi-co, cultura e educação.

Ele lembrou a época do regi-me militar e falou sobre a impor-tância de resgatar a história dosque "deram a vida pelo País". Eelogiou a criação da Comissãoda Verdade – um projeto que, se-gundo ele, antes do governo doPT "parecia impossível".

"Sobre a Comissão da Verda-de, só 10% da população temconsciência do que foi a dita-

dura. A comissão vai levar aocoração e à memória de todonosso povo o que foi a luta con-tra a ditadura", afirmou.

A respeito da educação noBrasil, disse que "enquantoprofessores e professoras ga-nharem R$ 1,2 mil de salário,alguma coisa está muito erra-da no Brasil".

Segundo ele, as eleições ga-nhas pelo PT foram "sem oapoio das elites e dos meios decomunicação". Dirceu afirmouque cabe ao PT discutir a regu-lamentação da mídia e as refor-mas políticas e tributárias. Dis-se que os que reclamam da po-lítica de alianças do governoprecisam trabalhar para forta-lecer os partidos de esquerda.

 n im o – Dirceu envioumensagem de "ânimo, força eafeto" ao ex-ministro OrlandoSilva do Esporte, que deixou ocargo após uma série de de-

núncias de desvios de recursosna pasta. Após o discurso, o se-cretário nacional da juventudedo PT, Valdemir Pascoal, en-tregou a Dirceu a camiseta emapoio a ele. "Não aceitamosgolpe. A juventude do PT estáaqui para dizer que é tudomentira", afirmou, em alusãoàs denúncias contra Dirceu.

O va ç ã o – O petista chegouao evento saudado por gritosde "Dirceu, guerreiro do povobrasileiro". E saiu de lá após lis-tar uma série de itens a seremmelhorados (diminuir os jurose investir em ciência e tecnolo-gia para facilitar a briga nomercado internacional) e criti-car a situação "vergonhosa" dotransporte público, a falta deuma revolução cultural noBrasil, a escassez de espaçospúblicos de esporte e lazer e aprecariedade dos meios de co-municação. (Agências)

Quando houvelutas moralistascontra acorrupção, deu noJânio e no Collor;um renunciou e ooutro sofreuimpeachment.

JOSÉ DIR CEU

'Canalhas e caluniadores', diz Falcão

Opresidente nacionaldo Partido dos Traba-lhadores, deputado

estadual paulista Rui Falcão,chamou de canalhas e calunia-dores os opositores do gover-nador do DF, Agnelo Queiroz.

Ao discursar para a juventu-de petista (matéria acima), Fal-cão afirmou que os adversá-rios de Agnelo tentam atingir oPT. E concluiu: "Quero cum-primentar aqueles que vota-ram em Agnelo para acabarcom aquela corja [a oposição aogovernador]".

O presidente da Câmara Le-gislativa do Distrito Federal,deputado Patrício (PT), arqui-vou, na quinta-feira, os cincopedidos de impeachmentapresentados pela oposiçãocontra o governador petista.

Patrício, que é correligioná-rio de Agnelo no PT, foi eleitopresidente da Câmara comampla maioria, graças à basegovernista (com 19 dos 24 de-putados distritais).

Os pedidos se baseavam emirregularidades no Ministériodo Esporte quando Agnelo eraministro – ele é investigado noSuperior Tribunal de Justiçadevido a suspeitas de partici-pação no desvio de dinheiropor meio de ONGs.

Além disso, a oposição pe-diu a queda de Agnelo devidoao depoimento do lobista Da-

niel Tavares à deputada CelinaLeão (PSD), acusando o gover-nador de receber propina. Ag-nelo confirma ter recebido osR$ 5.000 de Tavares – uma de-volução de empréstimo.

"No impeachment, a análisedeve ser acurada, porque é deextrema gravidade seu recebi-mento. A simples abertura porsi só configura crise", diz tre-cho do parecer. ( F o l h a p re s s )

Falcão elogiou "os que votaram em Agnelo para acabar com a corja".

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Dilma quer 'consistência'

Apresidente Dilma Rous-seff espera que o ministro

do Trabalho, Carlos Lupi, dêexplicações "consistentes" so-bre sua viagem ao Maranhãoem dezembro de 2009. Para in-tegrantes da equipe de Dilma,a assessoria de Lupi deu res-posta vaga à reportagem deVe -ja, segundo a qual o ministrousou avião alugado pelo em-presário Adair Meira para

agenda oficial naquele estado.Ocorre que Meira controladuas ONGs beneficiárias deconvênios com o ministério novalor de R$ 10,4 milhões.

Criticado por sua "verborra-gia" Lupi foi aconselhado asubmergir no feriado. Segun-do assessores do palácio, o des-tino dele não está selado: suasobrevivência depende de co-mo reagirá. ( F o l h a p re s s )

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sábado, domingo e segunda-feira, 12, 13 e 14 de novembro de 20116 DIÁRIO DO COMÉRCIO

Aprendi no curso que preciso ir ao encontro das demandas da maioria dos eleitores, sem deixar de ser autêntico.Manuel David Korn de Carvalho, vereador (PSD).política

Uma escola para ganhar eleiçãoPara manter a esperança de sucesso eleitoral, candidatos estão se qualificando em cursos de marketing político. Depois das aulas, os votos.

Guilherme Calderazzo pela primeira vez, eu havia metornado cidadão tieteense.Aprendi muito na condição devereador", afirma Carvalho."O político é um zelador da ci-dade, mas isso não basta. Tam-bém tem de ser gestor do mu-nicípio e atuar com bastanteproatividade e fiscalizar o Exe-cutivo", diz Carvalho.

Em busca de aprimoramen-to em gestão pública, faz pós-graduação em Gestão de Cida-des, na Faap, na capital. "Nãopodemos parar no tempo. Te-mos de aprender e sempre evo-luir", afirma Carvalho. Tantoque, agora, participa do cursode planejamento de campanhapolítica, pela segunda vez,"porque pretendo ser candida-to a prefeito". E acrescenta quecampanhas de vereador e deprefeito são diferentes. "Porexemplo, caso eu seja escolhi-

Fotos: Euler Paixão/Hype

LEI DA FICHA L I M PA

52% dos brasileirossão contra aplicação imediata

Pesquisa da Escola deDireito da FGV(Fundação Getulio

Vargas) mostra que mais dametade da populaçãobrasileira concorda com adecisão do STF (SupremoTribunal Federal) de nãoaplicar a Lei da Ficha Limpanas eleições de 2010.

O dado consta do relatóriodo Índice de Confiança naJustiça no Brasil, elaboradotrimestralmente pelafaculdade e agora disponívelno endereço eletrônico.

De acordo com a pesquisa,52% dos entrevistadosdisseram concordar com aposição adotada peloSupremo em março deste ano.Outros 11% afirmaram nãoconcordar ou concordarpouco com a decisão,enquanto 37% não souberamre s p o n d e r.

Para Luciana Gross Cunha,coordenadora do estudo, oalto porcentual deconcordância surpreende,sobretudo porque a Lei daFicha Limpa nasceu por

iniciativa popular.Cunha também chama a

atenção para o fato de 89%dos entrevistados terem ditoque acompanharam ojulgamento do Supremo.

Realizada com 1.550pessoas ao longo do segundotrimestre de 2011, a pesquisamostra que o apoioà decisão do STF é maiorentre os que têm entre18 e 34 anos (62%),escolaridade alta (76%) erenda acima de R$ 6.120(60%). ( F o l h a p re s s )

Givaldo Barbosa/AOG – 4/5/2010

Pressão: estudantes lavam entrada do Congresso e pedem cumprimento da lei já nas próximas eleições.

Com a aproximaçãodas eleições, comoas municipais, em2012, candidatos in-

tensificam a participação emcursos de marketing político,para poderem conduzir ascampanhas com mais profis-sionalismo e, assim, manter vi-va a esperança de sucesso elei-toral. Em cursos rápidos, emgeral de até três dias, qualifi-cam-se ao aprender a organi-zar com planejamento deta-lhado os movimentos em bus-ca de votos.

Marco Iten, presidente daMarco Iten Marketing Políticoe de Governo, empresa criado-ra de campanhas eleitorais eresponsável por cursos de for-mação dos interessados emdisputar eleições, explica queensina as técnicas modernassobre o planejamento das cam-panhas. "É uma forma de osparticipantes do curso teremmais chances de sucesso elei-toral" , assegurou. "Aqui ,aprendem o que não devem fa-zer como candidatos."

Estudou, passou – Pela se-gunda vez no curso de Iten,Manuel David Korn de Carva-lho, 26 anos, vereador de Tietê,no interior de São Paulo, antespelo PTB, agora pelo PSD, épré-candidato a prefeito domunicípio pelo novo partidodo cenário nacional.

É ele quem conta. "Fiz o cur-so em 2007, para disputar aeleição de vereador, no ano se-guinte. Coloquei em prática oque aprendi e fui o mais votadonaquela eleição. Tive 1.594 vo-tos, entre outros 71 candidatos,em cidade com 18 mil eleito-res", diz Carvalho.

Na prática – Segundo ele, nocurso, em 2007, aprendeu acriar banco de dados com in-formações pessoais de possí-veis eleitores, a explorar e a sebeneficiar da própria imagemcomo político jovem, a organi-zar equipe de campanha, a di-vulgar as propostas políticaspor meio da mídia e dos conta-tos com possíveis eleitores,tanto pessoalmente como empalestras e eventos, e como fa-zer as ideias e futuros projetosserem do conhecimento domaior número possível de ci-dadãos do município.

"Em 2007, eu já havia me mu-dado para Tietê. Naquela épo-ca, depois do curso, tambémaprendi a potencializar mi-nhas qualidades", revela Car-valho. "Eu tinha experiênciacomo assessor parlamentar epresidia a AjuTietê, uma enti-dade voltada para estimular otrabalho social voluntário en-tre os jovens", conta. Nascidoem São Paulo, desde a infânciafrequentou Tietê, aonde a fa-mília do pai chegou no começodo século passado.

Advogado, adquiriu na ca-pital experiência política ao serassessor do vereador PauloFrange (PTB), durante trêsanos. "Quando me candidatei

Marco Iten (ao lado) qualificacandidatos em seu curso. MarcoCouto (abaixo, à esq.), "semprequis ser político" e se aprimora.Manuel David, retornou paramais aulas. No primeiro curso, seelegeu vereador. Agora quer serprefeito. Mas nem todos osalunos são candidatos.

do candidato, terei de me ba-sear nas pesquisas quantitati-vas e qualitativas para organi-zar a campanha", explica. "Pre-cisarei ir ao encontro dasdemandas da maioria dos elei-tores da cidade, sem deixar deser autêntico. Este é mais umaprendizado que adquiri nocurso de planejamento decampanha", revela Carvalho.

Ve r e a d o r – Realizado emSão Paulo, no fim do mês pas-sado – nos dias 27 e 28 –, o cursoreuniu dez interessados. Trêsdeles, candidatos. Além deCarvalho, Orlando Peixoto,pré-candidato a vereador peloPSB, em São Bernardo do Cam-po (SP), e Marco Couto, pré-candidato a vereador peloPSDB da capital. Um deles,Celso Dias, publicitário, semvínculos com partidos, de SãoLuiz, capital do Maranhão,veio em busca de conhecimen-to para atuar como profissio-nal em eleições.

Os outros seis alunos, cincodeles de cidades do interiorpaulista, e outro de Duque deCaxias (RJ), não são candida-tos, mas irãoparticipar decampanhas decandidatos aprefeito e a ve-r e a d o r d o spartidos aosquais estão li-gados.

O paulista-n o M a r c oC o u t o , 2 8anos, empre-sário ligado aosetor de fran-quia, diz que éfiliado ao PSDB desde 2006."Sempre quis ser político. Te-nho essa vocação. Chegou ahora de disputar eleição", con-ta Couto. Segundo ele, partici-pa do curso para aprender aplanejar a própria campanha."Não tenho experiência. Preci-

so me qualificar para disputara eleição", diz. "Agora sei comoorganizar a equipe de campa-nha, como divulgar meu nome

e minhas pro-postas políti-cas", garante.

Conta aindaque é envolvi-do com o SãoPaulo FutebolClube, em es-pecial com otime, e partici-pa do grupoque faz oposi-ção à atual di-retoria da ins-t i t u i ç ã o ."Também par-

ticipo da organização não-go-vernamental Futebol de Rua,que procura, por meio do es-porte, favorecer crianças de fa-velas e de bairros carentes",afirma Couto.

Ele garante que, na campa-nha, o principal projeto que

apresentará aos eleitores vol-ta-se para a educação e o espor-te. "Caso eleito, vou lutar paracriar, na cidade, em escolas pú-blicas de educação fundamen-tal, ligas de várias modalida-des esportivas", adianta. "É aminha primeira campanha. Senão ganhar a próxima eleição,participarei das futuras. É umcaminho sem volta", assegurao decidido Couto.

C ur so – Marco Iten revelaque "esses cursos são produti-vos e eficientes se tiverem pou-cos alunos". De acordo com oespecialista, em cada curso,tem uma média de dez alunos."Assim podemos trocar infor-mações, discutir mais e escla-recer dúvidas dos participan-tes de maneira bem proveitosapara todos", diz Iten.

Em dois dias, os alunos,candidatos a vereador e a pre-feito, ou ligados a campa-nhas, estudam e discutem 14itens relacionados ao marke-

t i n g p o l í t i c o - e l e i t o r a l .Aprendem quais são as açõesbásicas do planejamento des-tinado às campanhas eleito-rais, entre elas como estrutu-rar a equipe, a linguagem aser utilizada, como estabele-cer o plano de comunicação ea importância da internet nabusca de votos.

Tendência – Segundo Iten,a procura pela profissionali-zação político-eleitoral hoje ébem maior, em comparaçãocom o passado recente. Acres-centa que a tendência é que es-sa busca pela qualificaçãocresça cada vez mais, em todoo País. "Muitos candidatos,inclusive os que disputam areeleição, sabem que a formatradicional de atuar nas cam-panhas não é eficaz", explicaIten. "Assim, procuram domi-nar as técnicas modernas domarketing político-eleitoral,para terem mais chance de se-rem eleitos", conclui.

Os participantesdo curso têm maischances desucesso eleitoral.Aqui, aprendem oquenão devem fazercomo candidatos.

MAR CO ITEN

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sábado, domingo e segunda-feira, 12, 13 e 14 de novembro de 2011 7DIÁRIO DO COMÉRCIO

O que resta é um amplo contingente de estudantes progressistas, de esquerda ou sem opção política definida.Carlos Henrique Metidieri Menegozzopolítica

Para especialista,extremismotende a minguar.

Os extremismos da políticaestudantil, tanto da ten-

dência de direita como de es-querda, tendem a perder forçadentro das universidades bra-sileiras. A análise é do sociólo-go Carlos Henrique MetidieriMenegozzo, especialista emmovimento estudantil e pes-quisador da Fundação PerseuAbramo. "O clima atual naUSP demonstra isso claramen-te. Hoje, o sentimento geral éde ressalva à ocupação da rei-toria e de veemente repúdio àviolência na desocupação,apoiada e reivindicada pelaextrema direita, que tende atratar os problemas sociais co-mo caso de polícia."

"O que resta é um amplocontingente, majoritário na as-sembleia geral [do último dia 9]de estudantes progressistas,de esquerda ou mesmo semopção política definida. Umcontingente que, pelo seu per-fil, deve garantir nível de deba-te mais qualificado e que estãoengajados numa luta legítimapelo ensino de qualidade."

Para o especialista, há equí-vocos na avaliação corrente deque a política estudantil estáimpregnada pela política par-tidária. De acordo com Mene-gozzo, a informação que circu-la na mídia sobre o tema refletedesinformação, com análises"politicamente enviesadas".

"Nas décadas de 60 e 70 apresença dos partidos no mo-vimento era forte", lembra ele."Hoje, aquele movimento é ce-lebrado por todos os que de-fendem a democracia. Nosanos 80, por outro lado, os par-tidos se enfraqueceram. E omovimento se enfraqueceutambém. Isso revela o quão su-perficial são as análises queatribuem os problemas da po-lítica estudantil à mera presen-ça dos partidos. Apesar denem sempre funcionarem, elessão uma importante ferramen-ta de organização de ideias emregimes democráticos. O pro-blema não tem sido os partidosem si, mas as posições extre-mistas de direita e de esquer-da, que nem sempre se organi-zam", afirma. (MT)

Mário Tonocchi

A apreensão de umcigarro de maco-nha com três estu-dantes de geogra-

fia da USP, no dia 27 do mêspassado, por policiais milita-res, liberou mudanças radicaisno processo político eleitoraldo Diretório Central dos Estu-dantes (DCE). Aproveitando-se da onda de protestos contraa presença da Polícia Militar nauniversidade e as autodeno-minadas "prisões por repres-são política", a ala extrema es-querda da comunidade "us-piana" tomou a frente nos de-bates pela caça aos votos deuma eleição marcada para osdias 22 a 24 deste mês.

Outro fenômeno detonadopelo cigarro de maconha foi aunião incondicional da es-querda radical, que lançouuma nova chapa denominada27 de outubro - Unidade na LutaContra a PM e os Processos.

O novo aglomerado esquer-dista prega que a Universida-de deve abolir a presença daPM e o fim de todos os proces-sos considerados "políticos"contra estudantes e trabalha-dores manifestantes contuma-zes. Também levanta a bandei-ra do Fora Rodas (reitor JoãoGrandino Rodas, escolhidopelo então governador JoséSerra, em 2009). Reafirma ain-da a posição contra a "políticade privatização" da USP.

A nova chapa de ultra-es-querda reúne cerca de 80 parti-cipantes do movimento que jápassou por confronto com aPM, invasão da reitoria e pri-sões que acabaram em liberda-de sob fiança. Entre os compo-nentes da nova chapa estão es-

Para o bem da política, o voto distrital.Mário Tonocchi

Esse modelo, na opinião de seus defensores, vai acabar com as coligações e dar mais transparência ao processo eleitoral. Com isso, dizem, ganha o político e o eleitor.

USP reacendea extrema esquerda

Léo Barrilari/Frame/AE

Rebeldia despertada: alunos recusam presença da polícia no campus e se apropriam da "bandeira" na política estudantil.

Confronto com a PM leva estudantes a retomar radicalização no processo político eleitoral na universidade

tudantes da juventude do Par-tido da Causa Operária (PCO),a AJR, do Movimento Negaçãoda Negação (MNN), da LigaEstratégia Revolucionária-

Quarta Internacional (LER-QI), do Partido Operário Revo-lucionário (POR) e dos socia-listas do grupo Praxis, além dedezenas de estudantes inde-pendentes e moradores doConjunto Residencial daUSP (Crusp). O alvoprimário do grupo é aatual gestão do DCE,nas mãos do grupo To -das as Vozes, ligado aoPSol e ao PSTU.

O p os i ç ã o – Na outraponta, estão representantes doMovimento Liberta USP Sem Par-tido e Sem Greve, com a chapaReação USP 2012. A ala, autode-nominada apartidária, pregatransparência na prestação decontas, excelência acadêmica,quer ônibus circular no campus

de Lorena, wireless em todos oscampi, votações pela internet eassessoria jurídica gratuita paraos estudantes.

Também é contra o principalargumento eleitoral da es-querda estudantil, que não

aceita a presença da Polí-cia Militar na universi-dade, com rondas os-tensivas.

De acordo com umacarta que circula na in-

ternet, redigida pelo secre-tário-executivo do grupo, o es-tudante de história RodrigoSouza Neves, seis dos 61 inte-grantes da chapa são ligadosao PSDB. Entretanto, os de-mais integrantes, além de ou-tros 50 apoiadores da chapa,assumiram o compromisso de

deixar quaisquer simpatias efidelidades partidárias forados muros da Universidade.

"A esquerda radical já estápreparando os seus adeptospara construir o que eles que-rem que seja a maior greve uni-versitária dos últimos 10 anos.Eles estão organizados e deixa-ram claro suas intenções nospróprios nomes de suas cha-pas: Não vou me adaptar (PSol +PSTU); e Fora PM (LER-QI,MNN e outros invasores). Ca-be a nós, estudantes, manifes-tarmos nossa oposição e cons-truirmos nossa Reação contraesses grupos que veem a USPcomo um espaço para promo-ver seus partidos por meio dadestruição da universidade",diz o secretário.A caminho: alunos aproveitam protestos para reanimar votação.

Oempresário RicardoYoung, ex-candidatodo Partido Verde (PV)

ao Senado, em 2010, que pre-tende concorrer pelo PPS auma vaga na Câmara Munici-pal de São Paulo em 2012, de-fende o fim das coligações par-tidárias para as eleições majo-ritárias como uma das formasde moralizar a política.

Para o empresário e político,que participou de um encontro

D'Avila: a reforma política não sai se não tiver um foco.

promovido pelo Fórum dos Lí-deres para debater o voto dis-trital, na sexta-feira passada, acoligação como a praticada ho-je cria "monstruosidades" narelação entre os partidos vin-culados ao governo por alian-ças, como a falta de atitude dapresidente Dilma Rousseff(PT) nas recentes acusações decorrupção contra o ministro doTrabalho, Carlos Lupi. "O quevemos hoje é que a presidenteDilma está refém das coliga-ções partidárias, tendo quemanter no cargo envolvidos

com negociatas, para manter aestabilidade do governo", afir-mou o empresário.

Para Young, a reforma polí-tica, além de abolir as coliga-ções, de acabar com a figura dosuplente de senador e de im-plementar o financiamentomisto de campanha, com di-nheiro público e contribuiçõesindividuais, deve implantar osistema de votação por votodistrital misto.

Por esse sistema, cada mem-bro do parlamento é eleito in-dividualmente dentro dos li-mites geográficos de um distri-to pela maioria dos votos.

"O voto distrital aproxima oeleitor do eleito e amplia a co-brança que ele tem do seu elei-to, pois ele o conhece. O eleito éde sua região", observou o em-presário, que também integrao Instituto Ethos.

O cientista político, jornalis-ta e diretor-presidente do Cen-tro de Liderança Pública, LuizFelipe D'Ávila, disse que a re-forma política brasileira nãosai enquanto não forem defini-dos os pontos principais dadiscussão. "Não adianta apre-sentarmos várias questões pa-ra os políticos enfrentarem areforma política", afirmou."Quando os temas são muitos,nada acontece. É uma normana política. Temos que focar noprincipal, que é justamente ovoto distrital", observou.

Segundo D'Ávila, a adesãoao voto distrital vai acabar comas legendas de aluguel, o troca-troca de políticos e a coligação."Vai prejudicar quem tem vo-

Fotos: Zé Carlos Barreta/Hype – 11/11/2011

Young: defesa dofim das coligações,

para acabarcom as

"monstruosidades"que ocorrem na

política. Segundoele, Dilma Rousseff

é uma de suasvítimas.

Belluzzo: a favor do voto distrital, por ampliar a transparência.

tos pulverizados entre os elei-tores e não apenas em umaárea, como os sindicatos, asigrejas, e os puxadores de vo-tos com o Tiririca". O cientistapolítico também observouque, além de levar benefíciosaos políticos, ampliando suacredibilidade, vai impor au-

mento da responsabilidadedeles para com os eleitores.

Economista, professor econsultor editorial da revistaCarta Capital, Luiz GonzagaBelluzzo também defendeu,no encontro de líderes, a esco-lha dos representantes doseleitores pelo voto distrital no

sistema eleitoral brasileiro."O voto distrital reduz o fi-

nanciamento publico e ampliao financiamento individualnas campanhas políticas", fa-lou o economista. De acordocom Belluzzo, o voto por dis-tritos também amplia a trans-parência no processo eleitoral.

Encontros– O debate sobre areforma política foi o primeirode cinco encontros que devemocorrer em São Paulo, patroci-nados pelo Fórum de Lideres,para debater problemas brasi-leiros. O projeto, segundo a or-ganização, "visa reunir empre-sários, especialistas, acadêmi-cos, lideranças sociais e públi-c a s , n a f o r m u l a ç ã o d epropostas e na busca de solu-ções para os problemas quenos permitam construir negó-cios e uma nação mais compe-titiva, sob os pilares da inclu-são e da sustentabilidade".

Rodrigo Paiva/AE – 10/11/2011

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sábado, domingo e segunda-feira, 12, 13 e 14 de novembro de 20118 DIÁRIO DO COMÉRCIO

D E S C U L PA SO presidente da França, Nicolas Sarkozy,

enviou carta amistosa ao premiêisraelense, Benjamin Netanyahu, após

chamá-lo de mentiroso.nternacional

Irã sob ataque.Ou será

acidente?

Não bastasse as pressões do Ocidente porcausa do programa nuclear, o Irã ainda foi alvode misteriosos ataques no final de semana– eventos qualificados pelas autoridadesiranianas como mera coincidência.Além da morte de duas pessoas ligadasà poderosa Guarda Revolucionária ira-niana, a segurança de Teerã também foiabalada por um novo ataque virtual, destavez por um vírus chamado Duqu.

As autoridades iranianas rapidamente des-cartaram a possibilidade de sabotagem como acausa da explosão ocorrida no sábado em umdepósito de munição do Corpo de Guardiãesda Revolução em Teerã, onde morreram pelomenos 17 militares.

"A explosão deve ter sido causada por umacidente, mas o fogo foi totalmente controla-do no sábado", disse o general Ramezan Sha-rif, chefe de Relações Públicas dos Guardiãesda Revolução, corpo especial de defesa do re-gime islâmico iraniano.

Segundo Sharif, a explosão aconteceu quan-do uma carga de munição de dentro do depó-sito era transferida ao quartel de Bidgeneh, quefica na região de Malard, a 45 quilômetros a no-roeste de Teerã.

Entre as vítimas fatais da explosão estaria ogeneral Hasan Moghaddam, membro do pro-grama de mísseis do país, informou a GuardaRevolucionária iraniana, citada pelo jornal is-raelense H a a re t z .

Um comandante da força de elite iraniana, Sae-ed Qasemi, declarou que o país deve seu progra-ma de mísseis a Moghaddam. "Uma parte impor-tante do (nosso) progresso nas áreas de mísseis eartilharia deve-se aos esforços do mártir Mogha-dam", disse Qasemi, ao site Rajanews.

No entanto, um grupo dissidente iraniano emexílio, Mujahedin-e Khalq, afirma que a explosãoatingiu uma base de mísseis – e não um depósitode munições, como afirma a versão oficial.

Já o jornal israelense Yedioth Ahronoth cita umblogueiro norte-americano que afirma que oMossad israelense, aliado ao Mujahedin-eKhalq, teria realizado o ataque.

Dubai - Em outro incidente misterioso, AhmadRezaie, filho de um ex-chefe da Guarda Revolu-

cionária iraniana, foi encontrado morto emum quarto de hotel em Dubai. A polícia local

descarta a possibilidade de assassinato,mas o pai da vítima afirma que a morte é"suspeita" e aponta ligações com a explo-

são no depósito de munições no Irã, infor-mou a rede CNN ontem.De acordo com o chefe da polícia crimi-

nal de Dubai, Khalil Ebrahim Al Mansouri, avítima sofria de epilepsia. Por sua vez, a a agên-

cia semi-oficial iraniana Me hr s informou queRezaie morreu de um choque elétrico.

Já o site Ta b n a k , pertencente ao pai da vítima,Mohsen Rezaie, afirmou que Ahmad "foi mortoem circunstâncias suspeitas."

O site ainda apontou que a morte foi "conco-mitante ao martírio dos camaradas em armasde Mohsen Rezaie" no sábado, referindo-se àexplosão na base militar perto de Teerã.

Ví r u s - Pela primeira vez, as autoridade ira-nianas ainda admitiram ontem que o país foi al-vo de um ataque vitual por um novo malwarechamado Duqu.

Em entrevista à agência oficial Irna, o chefe dadefesa civil iraniana, o brigadeiro-general Gho-lamreza Jalali, disse que Teerã havia desenvol-vido um software para frustrar ataques do vírusDuqu e que a tecnologia foi "disponibilizada aorganizações e empresas "no Irã.

A empresa de segurança Symantec afirma queo Duqu parece ser reunir informações de sistemascomputadorizados de controle industrial. Ele nãocausa danos, mas espiona os equipamentos paracoletar dados para ataques futuros.

Segundo o jornal israelense Yedioth Ahronoth,o Duqu é semelhante ao vírus Stuxnet que atin-giu o programa nuclear iraniano, em 2010, e in-fectou mais de 30 mil computadores.

A maioria dos ataques do Stuxnet foi desco-berta no Irã, dando origem a especulações de ovírus foi criado para sabotar as instalações nu-cleares do país. Em janeiro passado, o jornalnorte-americano The New York Times confirmouque os serviços de inteligência dos Estados Uni-dos e de Israel teriam colaborado em parceriapara desenvolver o vírus. O objetivo, relatou,seria prejudicar os esforços de Teerã para fabri-car uma bomba atômica. (Agências)

Isolada, Síria pede para ser ouvida.Tolga Bozoglu/EFE

O fantasma do nazismo na AlemanhaO ministro do Interior da Alemanha admitiu

ontem o surgimento de uma "nova forma de ter-rorismo de extrema-direita ", depois que foramrevelados detalhes de um filme deixado pormembros de uma célula neonazista no leste daAlemanha, em que reivindicam o assassinatode nove imigrantes entre 2000 e 2006.

Promotores disseram ontem que a políciaprendeu um suspeito cúmplice do grupo, quese autointitula no filme como o "Submundo Na-cionalista Socialista," e que supostamente tam-bém seria responsável pelo assassinato de umpolicial em 2007 e por um ataque a bomba emuma área turca de Colônia, em 2004.

O caso veio à tona uma semana atrás, após adescoberta dos corpos de dois homens mortosem um trailer imediatamente após terem come-tido um assalto a banco.

Os terroristas, que teriam se suicidado, deixa-ram uma confissão em vídeo, assim como o anún-cio de novos ataques por grupos ultradireitistas.

A revista alemã Der Spiegel publicou imagensdo filme, que mostra os corpos das vítimas do as-sassinato ao lado de montagens grotescas usando

o personagem de desenho animado Pantera Cor-de-Rosa para indicar os locais dos crimes. "A Tur-nê pela Alemanha – Nove Turcos Abatidos," dizum cartaz em uma cena do vídeo.

Todos tinham pequenos negócios de carri-nhos de comida em cidades por toda a Alema-nha, o que levou as mortes a serem denomina-das como "os assassinatos do churrasquinho."

A chanceler alemã, Angela Merkel, disse queas descobertas dos investigadores são alarman-tes e revelam "estruturas" antes ignoradas pelasautoridades. A Alemanha deve ficar atenta a to-das as formas de extremismo, acrescentou ela.

O ministro do Interior, Hans-Peter Friedrich,disse que todos os crimes sem solução com umaligação com a extrema-direita desde 1998 serão re-examinados a fim de estabalecer conexões com ogrupo, originário de Jena, no Estado da Turíngia.

Manifestantes, muitos deles de origem turca, sereuniram no Portão de Brandemburgo, em Ber-lim, ontem, para protestar contra os neonazistas(foto). Políticos da oposição se mostraram ultraja-dos com o fato de que a célula tenha existido portanto tempo sem ser detectada. (Agências)Th

omas

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A Síria solicitou ontem uma reu-nião de emergência com a LigaÁrabe para reverter a decisão dogrupo – que reúne 22 nações – desuspender Damasco como Estadomembro por sua repressão a pro-testos pró-democracia. Apesar daadvertência, a violência na Síriacontinua: pelo menos 26 pessoasmorreram após o anúncio da sus-pensão, denunciaram gruposopositores ontem.

A Liga Árabe suspendeu a Síriano sábado e afirmou que irá im-por sanções ao país, que descum-priu o pacto de cessar a repressãocontra dissidentes.

Foi após a suspensão da Líbiacomo membro da Liga Árabe quea Organização do Tratado doAtlântico Norte (Otan) iniciou aintervenção que culminou com acaptura e morte de Muamar Kada-fi, em outubro.

Além disso, o grupo árabe deci-diu se reunir hoje com a oposiçãosíria, mas afirmou ser muito cedopara reconhecê-la como autorida-de legítima do país.

Ao mesmo tempo, os EstadosUnidos pressionam a comunidadeinternacional para impor mais san-

ções à nação árabe. Segundo agên-cias de notícias, um funcionário dealto escalão do Tesouro dos EUA es-tá em contato com a Jordânia paragarantir sanções econômicas con-tra Damasco. Também há diálogocom o governo de outros países,como o Líbano.

Ontem, forças do regime síriomataram 26 pessoas, sendo 14delas da cidade de Hama. Houve,também, protestos a favor e con-tra Assad na Síria, Líbano e Tur-quia (f o to ). (Ag ê n c i a s )

Explosões emortes não

atingemprograma

nuclear deAhmadinejad

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sábado, domingo e segunda-feira, 12, 13 e 14 de novembro de 2011 9DIÁRIO DO COMÉRCIOgeral"EXEMPL AR"

Segundo o ministro da Justiça, JoséEduardo Cardozo, a ocupação da Rocinha,

do Vidigal e da Chácara do Céu "foi umaoperação exemplar.

Mais um Marco da Paz,agora em Assis, Itália.

Brancati Luigi, assessor especial da presidência da ACSP, inaugurou monumento no sábado.

Eduardo Fiora*

Samir Trade

Brancati Luigi, ao lado doprefeito Claudio Ricci, emocionou-se na cerimônia em Assis.

OMarco da Paz -m o n u m e n t oidealizado porGaetano Bran-

cati Luigi, assessor especialda presidência da Associa-ção Comercial de São Pau-lo, continua fazendo histó-ria mundo afora. Desta vez,o destino de Luigi foi a ci-dade italiana de Assis, on-de peregrinos de váriasnacionalidades podem, apartir de agora, incluir emseus roteiros visita a essesingelo monumento.

Luigi e uma comitivabrasileira formada poramigos pessoais e diri-gentes da ACSP (Rober-

to Mateus Ordine, vice presi-dente e coordenador das Dis-tritais da ACSP, e João Bico, su-

perintendente da DistritalNorte, entre outros) participa-ram da inauguração ao lado doprefeito de Assis, Claudio Ricci ede autoridades eclesiásticas.

O vereador Gilberto Natalini(PV) representou a Câmara Mu-nicipal de São Paulo no eventorealizado numa grande e belaárea verde de Assis (Parque Rai-nha Margarida).

Ricci ressaltou o valor simbó-lico do novo monumento en-cravado numa cidade que,anualmente, recebe mais de 6milhões de turistas de diversasnacionalidades. "Mais do queum monumento, o Marco daPaz que inauguramos em Assisé gesto de dois povos (Brasil eItália) para a construção de ummundo mais humano", disseRicci, lembrando que Assis foideclarada pela Unesco (Orga-nização das Nações Unidas pa-ra a educação, ciência e cultura)

patrimônio histórico mundial.Luigi, imigrante italiano que

deixou o sul da Itália (Cosenza,cidade da Região Calábria) aofinal da Segunda Guerra Mun-dial com apenas oito de idade,explicou aos italianos a origemdo Marco da Paz, hoje presenteem cidades do Brasil, Argenti-na, Uruguai e China. "Vivi, aindacriança, a dureza da guerra comseus bombardeios, destruição,mortes e fome. Por conta dessarealidade eu saí à procura de al-go que pudesse expressar a cul-tura da paz. Foi assim que idea-lizei esse monumento", disseele, sem conter as lágrimas. "Acultura da paz é a solução parao mundo redescobrir valorescomo fraternidade e solidarie-dade", acrescentou Luigi.

Representante do ConselhoPontifício Justiça e Paz no even-to de Assis, terra natal de SãoFrancisco (patrono da Itália), o

padre jesuíta Michael Czerrnyencaixou no seu discurso umtema sobre o qual o Vaticanofirmou, no final de outubro, po-sicionamento claro e objetivo:a reforma do sistema financeiroe monetário internacional naperspectiva de uma autoridadepública com competência uni-versal. "Sem que se redistri-buam riquezas, sem que hajacooperação comercial e resolu-ção de conflitos não há comofalarmos em paz mundial", afir-mou de maneira enfática o re-ligioso de origem tcheca.

Também em cerimônia ofi-cial, Brancati Luigi recebeu ho-menagem especial ao ser no-meado como "Cavalheiro doMilênio pela Paz", título conce-dido pelo Centro Internacionalpara a Paz entre os Povos, enti-dade com sede em Assis.

*O jornalista viajouà convite da comitiva.

Rocinha ocupada. Sem tiros.Ação foi o primeiro passo para a instalação de umaUnidade de Polícia Pacificadora, a 19ª UPP no Rio.Foram usados sete helicópteros, 18 blindados daMarinha e mais sete da Polícia Militar (caveirões).

Afavela da Rocinha,na zona sul do Rio,foi ocupada pelasforças de seguran-

ça na manhã de ontem. Não fo-ram disparados tiros durante aoperação e a situação era, até oinício da noite, tranquila na re-gião. A ocupação é o primeiropasso para a instalação de umaUPP (Unidade de Polícia Paci-ficadora) na comunidade. Aocupação repercutiu em sitesde notícias no mundo.

Em entrevista, o chefe do Es-tado Maior da Polícia Militardo Rio, coronel Pinheiro Neto,afirmou que foram ocupadasas favelas da Rocinha, Vidigale Chácara do Céu. Segundoele, a situação estava sob domí-nio da polícia às 6h – as forçasde segurança começaram a en-trar na favela por volta das 4h.

A operaçãoc o m e ç o u à s2h30, com a in-terdição dosacessos às fa-velas. O trân-sito começou aser l iberadopor volta das7h30 – quandoblindados jáhaviam desci-do da favela.

Segundo apolícia, cercade 3 mil homens participaramda ação – que contou com setehelicópteros, 18 blindados daMarinha e mais sete da PolíciaMilitar (caveirões). PinheiroNeto explicou que foram usa-dos 1,.3 mil policiais nas ruas,194 fuzileiros navais, 186 poli-ciais civis, 160 policiais fede-rais e 46 policiais rodoviários.

Policiais informaram que ostraficantes, no início, espalha-ram barricadas no Vidigal paraevitar o avanço dos blindados.Na Rocinha, criminosos espa-lharam óleo na pista para ten-tar dificultar o avanço da polí-cia. Não houve confronto.

Por volta das 6h, foram ouvi-dos fogos de artifício na Roci-nha, possivelmente disparadospelos traficantes. Houve umprincípio de incêndio e durantealguns momentos era possívelver chamas, seguidas de muita

fumaça. Não houve nenhumaexplosão, e aparentemente o fo-go foi causado pela queima dealgum material inflamável emuma ruela ou barraco, deixandoa polícia em alerta.

A UPP da Rocinha será a 19ªdo Rio. A favela é uma dasmaiores do Rio e sua pacifica-ção é considerada chave para apolítica de segurança da ges-tão de Sérgio Cabral (PMDB).

Na quarta-feira passada, foipreso Antônio Francisco Bon-fim Lopes, o Nem, 35, aponta-do como chefe do tráfico na Ro-cinha. O governo quer saberquem seriam os policiais que,segundo Nem disse em depoi-mento informal à Polícia Fede-ral, recebiam propina de cercade R$ 500 mil por mês.

Preocupação – Alguns mo-radores disseram estar preocu-

pados quantoaos próximosdias. "Quandovocês [impren-sa] forem em-bora é que o bi-cho vai pegar",diz X., que pre-f e r i u n ã o s ei d e n t i f i c a r.

E l a d i s s eq u e n ã o v a iabrir a casa pa-ra a pol íc ia ." E l e s t ê m

mandado? Se tiverem eu abro.Até onde eu sei até a políciaprecisa seguir a Constituição."

X. afirma ter medo de deixara casa sozinha quando tiverque trabalhar durante a sema-na e relata abusos, como umamoradora que levou um tapana cara por não responder ochamado de um policial naquinta-feira.

Cássia Cristina Silva, 25 equatro filhos, filmou a casa in-teira com o celular por precau-ção. "Podem entrar, mas temque deixar tudo no lugar."

Ela dormiu com os filhos noquarto e acordou com o som doshelicópteros. "Eu estava commuito medo, mas não aconte-ceu nada, graças a Deus. Só ascrianças, que estranharam dor-mir comigo e ficavam pergun-tando se a polícia ia entrar, se iabater neles." (F o l h a p re s s )

Moradores fizeramquestão de ver deperto o hasteamentodas bandeiras doBrasil e do Rio deJaneiro, poucodepois do meio-dia.Quando a operaçãocomeçou, às 5h, asruas estavamdesertas. Assim queo dia amanheceu, apopulação passou aacompanhar a açãodos cerca de 3 milpoliciais,registrando comcelulares emáquinasfotográficas. Alémda Rocinha, foramocupadas as favelasdo Vidigal eChácara do Céu.

Quando vocês[imprensa] foremembora é que obicho vai pegar.

X., MOR ADOR A QUE PEDIU PAR A

NÃO SER IDENTIFIC ADA, MOSTR OU

RECEIO Q UA N TO AO S PRÓXIMOS

DIAS DA O C U PA Ç Ã O.

Marcos Michael/Reuters

Thales Stadler/Folhapree

Fotos: Sergio Moraes/Reuters

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sábado, domingo e segunda-feira, 12, 13 e 14 de novembro de 201110 DIÁRIO DO COMÉRCIO

WWW.MARSEMFIM.COM.BRcidades

Site com amplo acervorelativo ao mar e à costa

brasileira entrará no ar napróxima quinta-feira.

Mar sem fim

Aviso aosnavegantesda web. Tempo

bom e vento a favor paraquem estiver disposto aviajar pelos quase 7.500quilômetros da costabrasileira, descobrirsua dramáticarealidade, suabeleza, riquezacultural etradições.

Apartir destaquinta-feira, umclique emw w w. m a r s e m f i m .

com.br oferecerá aonavegante 45 horas dedocumentários, cerca de 4mil fotos, mapas, dezenas deentrevistas com professoresuniversitários,ambientalistas, técnicos dogoverno e gente simples esofrida, os nativos.

O navegante ainda podeescolher outro destino, aAntártica. Esta expedição,que o levará à Ilha Rei George,onde está a base brasileira,resultou em cinco horas dedocumentários.

O criador do site e autor detodo o material é João LaraMesquita, da famíliafundadora do jornal O Estadode S. Paulo. Apaixonadopelo mar desde criança, essefoi seu caminho naturalquando deixou o comandoda Rádio Eldorado, de SãoPaulo, em 2003.

Capitão amador,transformou-se em umminucioso explorador edocumentarista. Em umaviagem de dois anos (2005 a2007) palmilhou a nossacosta. Partiu da foz do rioOiapoque, no Amapá, echegou a Rio Grande, noextremo sul do estado do RioGrande do Sul.

Durante a viagem,mandava para a TV Culturaepisódios do documentárioque ia produzindo – o MarSem Fim. Foram 90 episódiosde meia hora, que somaram,no total, 45 horas de registros.

"Afirmo sem medo de errar:este é um dos mais completossites privados em conteúdo

sobre o mar e a zona costeira",diz João Lara.

A programação para o anoque vem já está pronta. Aindano primeiro semestre aproa obarco para o Norte. Vairefazer a viagem pela costa,desta vez no sentido

contrário, do Rio Grande parao Amapá. A viagem estará nosite e na TV Cultura.

Veleiro – Mar Sem Fim nãoé apenas o nome dodocumentário já produzido edesse por fazer. Nem só o donovo site. Foi o nome do

veleiro usado na primeiraviagem e é o do barcoatualmente em uso peloexplorador dos mares.

João é entusiasta da vela,mas a expansão de seusprojetos obrigou-o a trocarseu veleiro por um troller. Éuma traineira, um barco depesca grande, robusto, degrande autonomia, que osamericanos adaptaram paraembarcação de cruzeiro. O deJoão tem vinte metros, trêscabines e leva até seis pessoas.

DVDs – O barco é um dospersonagens na viagem àAntártica. A expediçãoresultou também em umacaixa com três DVDs, queestão sendo lançados agora:"Mar Sem Fim/Viagem àAntártica" (veja emLivros/DVDs no site).

João criou um site de apoio

durante a viagem de dois anospela costa. Queria mostrar oque não cabia nos episódios datelevisão. "Fazia umaentrevista de duas horas comum especialista e tinha queescolher um minuto para pôrno ar." Na viagem à Antártica,abriu "mais um pedaço nosite". Depois, incorporou umblog. "Ficou confuso, feio,difícil de navegar".

Banco de imagens –Precisava de um site novo,para colocar todo o conteúdoque acabou juntando (tem 25mil a 30 mil fotos). Uma amigao ajudou na criação do site.Abriu nele um banco deimagens, que podem sercompradas (há boa procura)por publicações. Masbasicamente está à disposiçãode estudantes e pesquisadoresda costa brasileira.

O www.marsemfim.com.br é,por assim dizer, um site comtrilha sonora. Basta clicar emMúsica p/Navegar e escolheruma das seleções. A músicaacompanhará a navegaçãopelo site. Nisto entrou aformação de João, queestudou música e foiprogramador de rádio.

A página inicial do sitepoderia ser a foto de um belorecanto do litoral. Mas Joãobuscou algo diferenciado.Assim, ao abrir a página, onavegante se depara com afoto da tela de um radar, quedomina todo o espaço. Oradar é o do barco de João.

Faz sua varredura, aomesmo tempo em que soa ocódigo morse: três toquescurtos, três longos, três curtos.Ou seja, SOS, o pedidointernacional de socorro.

Leia mais na página seguinte

Fotos de João Lara Mesquita/Divulgação

Acima, João Lara, criador do site Marsem Fim e do material contido nele.Ao lado, a página inicial do site, que

reproduz um radar. Abaixo, parte domaterial coletado: o veleiro emdireção a Cananeia e o Farol de

Abrolhos, na Ilha Santa Bárbara.Acima e à direita, a planta do veleiro.

Valdir Sanches

Newton Santos/Hype

Newton Santos/Hype

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sábado, domingo e segunda-feira, 12, 13 e 14 de novembro de 2011 11DIÁRIO DO COMÉRCIO

GRANDE AVENTURATrês capas dos DVDs que

compõem a série "Mar semFim". Site entra no ar na

próxima quinta-feira.cidades

Ao longo da costa, umdrama chamado Brasil

Lindo, farto em gente simples e cultura refinada, País é um grande desafio a ser encarado com seriedade

Nesta entrevista, JoãoLara Mesquita contacomo se transfor-mou num especia-

lista da costa brasileira ouvindomestres e depois se deslocandoaos lugares para ver tudo comseus olhos. A situação dramáticaque testemunhou também estárelatada aqui.

"Sempre gostei de mar. Tivesorte de ter pai que gostava depescar e desde o final dos anos 60(aos doze anos) comecei a sair debarco com ele. Eu nunca gosteidaquele programa, eu sentia umaatração e repulsa ao mesmo tem-po. Porque meu pai é pescador, éobcecado, fanático. Pescava dozehoras por dia e eu achava aquiloum horror, chatíssimo, enjoava.Mas eu gostava do ambiente, gos-tava do mar. Quando ele paravade pescar eu dizia, que delícia,que espetáculo, que paisagens.

Durante os anos 70, tive o pri-vilégio de assistir as costas entreRio de Janeiro e São Paulo deso-cupadas. Era antes da BR 101. Che-gávamos a passar de quinze a vin-te dias em Angra dos Reis sem verviv'alma. E depois abriu a estrada,que não tinha um plano de ocu-pação. Em três, quatro anos, deto-naram o litoral. Sem regra de ocu-pação é o Deus dará.

Eu não sou xiita, como algunsecologistas que dizem 'não podeocupar'. Tem de ocupar. Tem defazer girar a economia, tentar fa-zer com que a vida desse pessoalque está na costa melhore."

FRÁGIL, SOB PRESSÃO

"O saneamento básico no Brasilé uma piada. Ninguém quer fazerporque custa caro, é uma obra de-morada, ninguém vê e não dá vo-to. No Brasil só 20% do nosso cocôe xixi recebem algum tipo de tra-tamento. E isso tudo se reflete nolitoral. Temos uma densidademuito mais alta no litoral que nointerior, dezessete metrópolesbrasileiras estão na costa. E esse éum lugar fragilíssimo. Como di-zem os especialistas, é uma zona

de encontro entre o mar e o con-tinente, assolada por ventos, pormaré, por ressaca, há uma série deforças naturais que maltratam es-sa faixa de zona de transição.

ANTES DO EMBARQUE

"Quase todos os professoresque entrevistei diziam: 'o poderpúblico não nos ouve, não noschama'. Ou seja, quando vão fazeruma obra preferem chamar umaONG, um guru qualquer. Não vãoà faculdade, onde estão os brasi-leiros pagos com dinheiro públi-co. O professor fica a vida inteiraestudando o mangue, a duna, enão é chamado.

Na série Mar Sem Fim, era estra-tégia nossa, antes de avançar paraqualquer Estado, ver o que ele ti-nha. Praia, costão, serra. Então ía-mos procurar os especialistas nis-so para eles explicarem. Eu vireium expert. Com cada um desseseram duas horas, duas horas emeia. Depois, a gente fazia as per-guntas e gravava. Eu entrevistavaambientalistas, procurava asONGs, em cada Estado. Por fim,buscava a secretaria estadual oumunicipal do Meio Ambiente.

Só depois a gente pegava obarco e fazia a costa. Fui apren-dendo coisas do arco da velha,ecologia, biologia marinha. Osprofessores ficaram fãzíssimos dasérie Mar Sem Fim, porque eu fui,modéstia à parte, um dos primei-ros jornalistas a ouvi-los e dar es-paço para eles. Como eu vinha fa-zendo a costa do Amapá para bai-xo, quando cheguei no Paraná,por exemplo, estavam todos es-perando pela gente, no campusde Paranaguá (no litoral).

Eu entrevistava hoje, semanaque vem estava no ar. Então elescomeçaram a assistir aos progra-mas, esperando a vez deles. Foi as-sim ao longo de toda a costa."

AO DEUS DARÁ

"Fiz questão de conversar comos nativos também, conhece-los.Eu considero esses brasileiros os

mais deixados ao Deus dará entretodos. Porque eles não são uni-dos. As populações nativas nãosão unidas em lugar nenhum domundo. Até pela dificuldade. Al-guns pescadores, um pouco maisevoluídos, semi-profissionais, co-meçam a tentar se unir para de-fender alguma coisa.

Em São Paulo, o Estado mais ri-co da nação, você vai para Ihabela(litoral norte), e vê o lado do Canalde São Sebastião: Primeiro Mun-do. Você sobe no carro e vai atéCastelhanos, está praticamentena idade da pedra. Um morro euma estrada de trinta quilôme-tros separam o inferno do céu.

Se em São Paulo você vê casosassim, imagine no Maranhão. Vi ascasas da Ilha Cajual, de pau-a-pi-que. Miséria absoluta, você entraé tão limpa ou mais limpa do que aminha. Chão de terra. Você não vêuma folha fora do lugar. Se ressen-tem da ausência do Estado.

Um dia nós chegamos à ilha deSantana, no sul do Maranhão, eestava um pescador desespera-do. Ele tinha dado em cima de umcardume de xaréu, tinha chapadoo barco e aquilo tudo apodreceuporque não tinha como escoar.Eles vivem com tão pouco, que seele conseguisse transformar aqui-lo em dinheiro vivia dois ou trêsanos sossegadamente.

Mas não conseguiu, pois o go-verno fica fazendo essas coisas dedemagogia que o Lula quer fazer,reforma aquária e não sei o quê.Bastava dar um mínimo de condi-ções para esse pessoal espalhadopela costa escoar a produção. Umgeradorzinho com um freezer,por exemplo, uma merreca.

DRAMAS REAIS

"Na Ilha do Mel, quando nós es-tivemos lá, em 2006, a luz elétricatinha chegado fazia um ano. Atéentão, ninguém via televisão, nãotinham vontade de consumir.Com a televisão surgiram os dra-mas. Os filhos abandonaram aprofissão, não querem mais saberde virar pescador. Querem ir para

a cidade consumir, ter o tênis ba-cana, e não têm dinheiro. Entãocomeça o tráfico de droga, entrarpara a bebida de uma forma vio-lenta, porque o cara quer tudoaquilo que a televisão leva paraele e ele não vê possibilidade.

Numa dessas, um sujeito lá, quenão tinha um dente na boca, te-nho o depoimento dele, contouque um caiçara trocou a casa delepor uma garrafa de cachaça."

MANSÃO NA AREIA

"Em São Paulo tem gente quevai para o litoral, compra a casa dosujeito para ter a posse, depoisderruba a casa e faz aquela man-são em estilo neoclássico, quedestrói a beleza cênica. Constróino meio da areia, muitas delas eutenho fotos. A casa mal pronta, jáestá cheia de muro de arrimo paraa ressaca não levar embora.

A praia é móvel, é o que os pro-fessores, os cientistas falam. Existeum equilíbrio dinâmico e a horaem que você tenta parar esseequilíbrio, você arruína o negócio.Porque é para ser dinâmico. A fozde um rio um ano está aqui, outroano está lá. Isso varia em funçãoda ressaca, do vento, da coisa to-da. A areia é móvel."

PAÍS DESCONHECIDO

"O que eu mostrei no docu-mentário, e no site, é um Brasil quenão se conhece. É preciso ir aos lu-gares para ver. Esse Brasil conti-nua lá atuando, sofrendo, maravi-lhoso, rico em cultura, em tradi-ção oral, em festas e muito poucagente vê, dá pelota para isso.

Fico mais apaixonado pelomeu trabalho. Vejo que, por maisque eu possa fazer, e tentar ajudarpara contribuir, é muito pouco.Tem muito a ser feito. Isso paramim é maravilhoso, mostra queposso dedicar a vida toda a esseassunto. Eu amo isso, adoro asduas coisas: adoro ter uma ban-deira para defender, adoro ter umassunto que me obrigue a estu-dar, adoro estar no mar." (V. S . )

Fotos de João Lara Mesquita/Divulgação

Com vento de sul pela proa, o veleiro Mar sem Fim se aproxima da Ilha do Mel, no Paraná: a costa brasileira é cheia de surpresas e sua abordagem pelo mar é sempre reveladora de belezas e dramas escondidos

Frota pesqueira no Cabo de São Tomé, situado no litoral fluminense

O centro histórico de Laguna, em Santa Catarina, tombado pelo IPHAN

O espetáculo dos atobás, aves marinhas em Itapema, na costa de SC

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sábado, domingo e segunda-feira, 12, 13 e 14 de novembro de 201112 DIÁRIO DO COMÉRCIO

facespregionais

Aeroporto impulsiona ocrescimento de Itanhaém

O equipamento vem recebendoinvestimentos da ordem deR$ 1,6 milhão para recapeamento dapista, que será ampliada.Tambémserão construídos dois novos hangarese um terminal de passageiros.

Fotos: Divulgação

O aeroporto recebeaviões de médio

porte, como oBoing 737, com

capacidadepara 100 pessoas.

Itanhaém hoje tem a economiabaseada essencialmente noturismo. Nas fotos, uma daspraias do município e oConvento de Nossa Senhora daConceição em tomada aérea edetalhe da construção histórica.

A pista de pouso e decolagem do Aeroporto Dr. Antonio Ribeiro Nogueira Júnior tem 1.350 metros de comprimento por 30 metros de largura.

O aeroporto seria uma opçãopara a Copa do Mundo de 2014e uma alternativa a Congonhas.

SECRETÁRIO DE TR Â N S I TO E SEGUR ANÇA JOSÉ ROBER TO PEREIR A

53média de voos diáriosde janeiro a setembro

deste ano

10voos diários são

realizados a serviçoda Petrobrás

André de Almeida

Omunicípio de Ita-nhaém, na BaixadaSantista, começa aviver uma nova era

com a intensificação do tráfegoe projeto de ampliação do Ae-roporto Dr. Antonio RibeiroNogueira Júnior. Localizado aapenas três quilômetros docentro da cidade, o equipa-mento já pode ser consideradoum dos grandes propulsoresdo desenvolvimento econômi-co da região. Por meio dele, osfuncionários da Petrobrás sãotransportados até as platafor-mas de Merluza (184 quilôme-tros de distância da costa pau-lista) e de Mexilhão (320 quilô-metros). Dessas plataformas,distantes 50 minutos de heli-cóptero, são extraídos gás na-tural e condensado de petró-leo.

Com o crescente aumento nonúmero de voos decorrente daexpectativa de exploração dopré-sal na Bacia de Santos, jáexistem projetos para transfor-mar o equipamento no primei-ro aeroporto para passageirosd a B a i x a d aSantista. Ele jáoferece, pore x e m p l o ,u m a p i s t amaior que ado Santos Du-mont, no Riode Janeiro. Epara se trans-f o r m a r , n ap r á t i c a , e maeroporto co-mercial, faltamuito pouco.O Estado pre-vê obras deampliação dap i s t a , a l g u-mas empre-s a s j á d e-mo ns tr ar aminteresse emoperar no lo-cal e três no-vos hangarese s t ã o e mc o n s t ru ç ã o .

Estrutura –Atualmente, oAeroporto deI t a n h a é mconta com pis-ta de pouso edecolagem de 1.350 metros decomprimento por 30 metros delargura. O terminal de passa-geiros, que dispõe de check-in,locadora de veículos e estacio-namento, tem capacidade parapousos e decolagens de aviõesde médio porte como o modeloBoing 737 com capacidade pa-ra 100 pessoas. O pátio para ae-ronaves, com 7 mil metros qua-drados, conta com seis hanga-res - com espaço para expansãode mais quatro - via de taxia-mento pavimentada e seçãocontra incêndio.

Estatísticas do Departa-mento Aeroviário do Estadode São Paulo (Daesp) indicamque o aeroporto da cidade já é onono dos 30 aeroportos admi-nistrados pelo Estado em vo-lume de embarque e desem-barque de passageiros. No pe-ríodo de janeiro a setembrodeste ano, embarcaram e de-sembarcaram no local 15.896pessoas. Em número de aero-

naves, o aeroporto itanhaensealcançou a marca de 11.113pousos e decolagens no mes-mo período. Comparandocom o desempenho dos pri-meiros nove meses de 2007 –com 5.197 pousos e decola-gens – é possível notar que omovimento quase triplicou.

De acordo com o secretáriomunicipal de Trânsito e Segu-rança de Itanhaém, José Rober-to Pereira, atualmente o aero-porto realiza dez voos diáriossomente para o transporte dosfuncionários da Petrobrás atéas plataformas de exploraçãode petróleo. "Até 2015, a expec-

tativa é de que sejam mais de 80voos diários. Por conta dessaatividade ligada ao pré-sal, aPetrobrás já classifica o Aero-porto de Itanhaém como baseestratégica para os trabalhosna Baixada Santista."

Investimentos - Os investi-mentos no aeroporto já come-

çaram, como as obras de reca-peamento da pista e dos pátiosdo aeroporto. Os trabalhos es-tão orçados em R$ 1,6 milhão edevem estar concluídos até ofinal do ano. A empresa Líder,que presta serviços de táxi aé-reo para a Petrobrás, venceurecentemente uma concorrên-

cia para construir mais doishangares no aeroporto. Cadaedificação ocupará uma áreade aproximadamente 2,5 milmetros quadrados e terá desti-nação para operações aéreasde embarque e desembarque,além de manutenção das aero-naves. A Petrobrás tambémconstruirá um terminal de pas-sageiros próprio no local comcapacidade para até 500 pes-soas. Esta obra ocupará umaárea de aproximadamente 2,5mil metros quadrados, cujoprojeto deverá ser apresenta-do em breve.

O principal projeto ainda es-tá por vir. Para atender a cres-cente demanda, o governo doEstado quer ampliar a pista doaeroporto de Itanhaém para2.450 metros de extensão, oque viabilizaria a operação devoos comerciais no local. "Se-ria uma opção para a Copa doMundo de 2014 e uma alterna-tiva a Congonhas. Com a pos-sibilidade da construção deuma estrada ligando Parelhei-ros a Itanhaém, ficaremos maispróximos da capital. Estou oti-mista. Já existem, inclusive,empresas interessadas em

operar voosc o m e r c i a i saqui", disse os e c re t á r i o .

C r e s ci m e n-to -Na opiniãodo presidenteda AssociaçãoComercial deItanhaém, Eli-seu Chagas, acidade se be-neficiará dire-tamente comas descobertasd e re s e r v a spetrolíferas naBacia de San-tos. "Isso traráu m g r a n d eimpulso paraa e c o n o m i ado município,que até agoravive de turis-mo". Até mes-mo o comér-c i o e o s e g-mento de ser-viços locais,segundo o di-rigente, sofre-rão impactospositivos. "Já

podemos observar uma gran-de especulação imobiliária nacidade por parte de empre-sas, hotéis e redes de fast-fo-ods que aqui querem se insta-lar. Só devemos estar atentospara que esse crescimento se-ja feito de forma ordenada",disse Chagas.

M OV I M E N TOO aeroporto itanhaense alcançou a

marca de 11.113 pousos e decolagensno período de janeiro a setembro.

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sábado, domingo e segunda-feira, 12, 13 e 14 de novembro de 2011 13DIÁRIO DO COMÉRCIO

ac spdi s t r i t ai s

GIr Agendas da Associaçãoe das distritais

Casa de Nassau tem destino incertoImóvel histórico em Pirituba e terreno vizinho podem ter seus destinos definidos até o final do mês. A Distrital Noroeste

da Associação Comercial de São Paulo luta há mais de três anos para a implantação de um equipamento cultural na região.Fotos: Chico Ferreira/Luz

A sede da Casa de Nassau, clubefundado em 1957, está sendo

vendido à Prefeitura por R$ 9,1milhões e deve se tornar

equipamento cultural. Na fotoabaixo a entrada casa.

RepresentantesdaSubprefeitura edo ComitêTécnico dePolítica Urbanada DistritalNoroestevisitam o clubee a área anexa

A intençãoé que aáreaabrigueumparquelinear

RONALDO

CAMAR GO,SECRETÁRIO

M U N I C I PA L

André de Almeida

Odestino de duasáreas em Pirituba,na zona oeste, an-da agitando a co-

munidade da região. Uma de-las é a Casa de Nassau, clube de25 mil metros quadrados quepertence à Sociedade Holan-desa de São Paulo e que já foideclarado de utilidade públi-ca. A outra área é um terrenomunicipal vizinho à Casa, com68 mil metros quadrados. Du-rante visita feita aos locais, au-toridades e representantes daDistrital Noroeste da Associa-ção Comercial de São Paulo(ACSP) puderam conhecermelhor a realidade dos espa-ços e definir algumas ações.

Nas últimas semanas, os mo-radores de Pirituba ouviramum boato de que o terreno de 68mil metros quadrados recebe-ria uma usina de asfalto. No en-tanto, durante a visita, o secre-tário municipal de Coordena-ção das Subprefeituras, Ronal-do Camargo, esclareceu queparte da área - 12 mil metrosquadrados - receberá tempora-riamente um depósito de ras-pas de asfalto, fato que poderáacelerar o recapeamento deruas e avenidas locais. "Trata-sede uma medida temporáriaque não durará um ano sequer.Nossa intenção, a principio, étransformar a área em um par-que linear", disse o secretário.

Outra possibilidade de usopara o terreno, conforme soli-citação do subprefeito de Piri-tuba/Jaraguá, MárcioC a m p o s Ve r d e , étransferir a sede dasubprefeitura para olocal. "O restante daárea poderia perfeita-mente receber um par-que ou mesmo umequipamento cultu-ral", afirmou. Histori-camente, o bairro dePirituba sempre foium dos mais carentesda cidade em cultura elazer e há vários anos acomunidade luta porum espaço cultural. Aregião não conta comcinema, teatro, ou cen-tros culturais, e é es-casso também o nú-mero de bibliotecas.Para ter alguma opçãode lazer, os moradorescostumam se deslocar parabairros vizinhos, como Fre-guesia do Ó, Vila Brasilândia e,principalmente, Lapa.

Clube - Quanto à Casa deNassau, nome em homena-gem a Maurício de Nassau, mi-litar e governador-geral da co-lônia holandesa no Brasil de1637 a 1644, está em processode venda para a Prefeitura. Se-gundo o subprefeito, os pro-prietários estão pedindo R$ 9,1milhões pelo empreendimen-to, que possui quadras de sai-bro, piscina, salão de jogos, res-taurante e salão de festas -constantemente alugado para

eventos sociais -, além de umaextensa área verde. Há mais detrês anos a Distrital Noroesteda ACSP defende a criação deuma casa de cultura multiusono local. A proposta é utilizaros prédios já existentes para aimplantação de teatro, sala pa-ra exposições, museu e biblio-teca temática. Na área verde,uma das ideias discutidas éinstalar um centro de educa-ção ambiental.

Ao invés de um equipamen-to cultural, outra propostasurgida no encontro é a possi-bilidade de instalar a sede dasubprefeitura na Casa de Nas-

sau e a casa de cultura no ter-reno vizinho. "Independente-mente da finalidade escolhidapara uso da Casa de Nassau, oimportante é a concretização

da compra por parteda prefeitura. Trata-se de um patrimôniohistórico da regiãoque merece estar bemocupado e preserva-do", disse a conselhei-ra municipal de polí-tica urbana e coorde-nadora do ComitêTécnico de PolíticaUrbana (CTPU) daDistrital Noroeste,Mônica Travitzky.

Futuro -Segundo osubprefeito MárcioCampos Verde, até o fi-nal do mês haveráuma reunião entre asubprefeitura e as se-cretarias de Coordena-ção das Subprefeitu-ras, da Cultura e doVerde e Meio Ambien-

te para definir a questão. O quejá está definido é que a entradapara o depósito de lascas de as-falto será pela Avenida Rai-mundo Pereira de Magalhães,para não sobrecarregar aindamais o trânsito na Avenida Mu-tinga. A Secretaria de Coorde-nação das Subprefeituras com-prometeu-se ainda a entregar àpopulação, até o fim do ano,uma nova praça na região.Além disso, em parceria com aDistrital Noroeste da Associa-ção Comercial, será instaladauma árvore de Natal com ilu-minação especial no terreno,como parte das comemorações

do projeto Natal Iluminado.Na opinião do superinten-

dente da Distrital Noroeste,Valnoy Pereira Paixão, o en-contro foi muito proveitoso.

"Estou otimista quanto aosdestinos da Casa de Nassau edo terreno vizinho. Nossa re-gião é muito carente em cultu-ra e lazer. Com a implantação

de um parque e de um equipa-mento cultural, todos ganha-rão, inclusive o comércio locale o segmento imobiliário", con-cluiu o dirigente.

Quarta-Feira� Mooc a- Às 9h, a AssociaçãoComercial de São Paulo -Distrital Mooca, em parceriacom o SEBRAE-SP escritórioLeste, realiza a palestragratuita “Qualidade eProdutividade”, ministradapelo consultor ReinaldoMessias Miguel. Rua Madrede Deus, 222 - Mooca.� Mooca - Às 10 h, tem inícioa festividade para entrega debandeira à EMEF CleomenesCampos, em comemoraçãoao Dia da Bandeira. RuaBartolomeu Correa Bueno,

268, Pq. São Lucas, na quadrada escola.� Pinheiros - Às 19h,acontece a Semana doEmpreendedorismo - Fórumdo Jovem Empreendedor. RuaSimão Álvares, 517, Pinheiros.

Quinta

� Pe n h a - Às 9h30, tem inícioo curso de coral infanto-juvenil. O evento é promovidopelo Conselho da Mulher da

Distrital Penha. AvenidaGabriela Mistral, 199, Penha.Infor mações:e-maildp [email protected]� Ce nt ro - Das 10h às 17h,acontece a mostra de arte“Universo da Aquarela”. Aexposição ficará aberta aopúblico até o dia 27, no EspaçoECCO, na Rua Galvão Bueno,83, Liberdade. Fone: 3208-4096/3207-9366.� Pinheiros -Das 14h às 16h,Palestra, em parceria com o

SEBRAE, direcionada a artistasplásticos. Será apresentadoo tema "Administraçãobásica de marketing".Rua Simão Álvares, 517.� Pinheiros -Das 19h às 22h,acontece a Semana doEmpreendedorismo - Fórumdo Jovem Empreendedor. RuaSimão Álvares, 517, Pinheiros.Fone: 3032-9572.� Santo Amaro-Às 20 h,promove reunião do ProjetoEmpreender do Núcleo Oficina

Mecânica na sede da distrital.Avenida Mário Lopes Leão,406. Santo Amaro

Sexta

� Pinheiros - Às 9 h, serárealizado o Hasteamento daBandeira Nacional na EscolaEstadual Alfredo Bresser. RuaSumidouro, 60.� Pe n h a - Às 14h30, a distritalpromove o curso de coralinfanto-juvenil. Realização do

Conselho da Mulher. AvenidaGabriela Mistral, 199. e-mail:dp [email protected]� Mooca - Às 19h30, aconteceo jantar PrêmioEmpreendedores da ZonaLeste 2011, homenageando osempreendedores que sedestacaram no bairro. Oevento é promovido pelaAssociação Comercial deSão Paulo - distritais Mooca,Penha, São Miguel e Tatuapé.Será realizado na sede doSport Club CorinthiansPaulista. Rua São Jorge, 777,Parque São Jorge.

TR ADIÇÃOA Casa de Nassaufoi declarada deutilidade públicaem maio de 2010

PARQUE LINEARParte da área de 68mil m² será por umano depósito deraspas de asfalto

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sábado, domingo e segunda-feira, 12, 13 e 14 de novembro de 201114 -.LOGO DIÁRIO DO COMÉRCIO

E M C A R T A Z

G EORGE CLOONEY

Galã cogitou suicidar-se

M ÚSICA

Dentro de uma guitarraCargoGuitar é um projeto apresentado pelos

artistas Marcelo Ertorteguy, Takahiro Fukuda e SaraValente na Bienal de Kobe, no Japão. Os artistastransformaram um contêiner inutilizado em umaguitarra gigante. Lá dentro, reproduzem, em grandeescala, o som que se ouviria dentro da guitarra.

h t t p : / / c a r g o g u i t a r. c a r b o n m a d e . c o m /

F ESTIVAL

Sopapos empleno palco do SWU

Chuva forte e ventos forçaram oatraso da apresentação da bandabrasileira Ultraje a Rigor no palcoConsciência do SWU, em Paulínia(SP), programada para as 16h .Irritados com o atraso, membrosda equipe de Peter Gabrieldiscutiram com os roadiesbrasileiros. Houve troca de socos, ea plateia conseguiu ver um poucoda briga no canto esquerdo dopalco. "A equipe de Peter Gabrielqueria que tocássemos só meiahora. Mandamos à m...", afirmou,depois, o cantor Roger Moreira emsua conta no Twitter. O confrontofoi apartado e o Ultraje cumpriu oshow até o final, muito aplaudidapelo público. (Fo l h a p re s s )

S HOW

Ringo Starr, pelaprimeira vez em SP

Em sua primeira apresentação emSão Paulo, na noite de sábado, o ex-beatle Ringo Starr cumpriufielmente o roteiro apresentado porele e sua All-Starr Band na quinta-feira passada, em Porto Alegre. Ocantor entrou em cena (quase)pontualmente, às 20h32. Em pé e nafrente do palco, cantou sua It Don'tCome Easy, seguida de Honey Don't.Na sequência, foi para trás dabateria, dando espaço para osintegrantes da All-Starr fazerem seusnúmeros individuais. Voltou à bocade cena em Yellow Submarine(Lennon/McCartney) e no final doshow, para mostrar Photograph(Ringo/George Harrison), entreoutros hits. (Fo l h a p re s s )

DESE

NHOS

Exp osição'Florian Raiss– Desenhos

R e ce nte s 'a p re s e nt a

trabalhos doar tista.Mônic a

Filgueiras &Ed u a rd oM achado

Galeria. RuaBela Cintra,

1533, Jardins,tel.: 3082-

5292. Grátis.

T ECNOLOGIA

Um jardimpara seu iPad

Este terrário é um verdadeiropresente para os apaixonadospor plantas e tecnologia. Acápsula tem componentestecnológicos que mantêm ascondições ideais de luz,temperatura, umidade e solopara que a planta escolhida sedesenvolva perfeitamente.

Caso haja alguma alteração,como falta de luz ou água,diminuição do nível denutrientes do solo ou calorexcessivo para a planta, você,como jardineiro, é avisado pormeio de um aplicativo queconecta o terrário a seu iPad ousmarthphone e bastará apertaralguns botões para que oequilíbrio seja restabelecido.w w w. d e s i g n b o o m . c o m / w e b l o g / c a t /

8/view/17542/samuel-wilkinson-

biome-terrarium.html

Mapa do tempoVincent Meertens mora na Holanda, onde o transporte

público de qualidade torna as distâncias irrelevantes. Semprehá um meio de chegar. Então, ele criou um aplicativo quemostra o tempo que leva ir de um lugar a outro.

http://app.timemaps.nl/

C RÍTICA

'Occupy é uma doideira'Ono rte-a meric ano

Frank Miller, umdos mais importan-tes autores de HQ

(histórias em quadrinhos) emtodo o mundo, atacou o movi-mento Occupy em seu blog.

O Ocupe Wall Street (OWS)mobiliza Nova York há quasedois meses e acontece em maisde 2,.3 mil cidades no mundo,incluindo São Paulo, comacampamentos e críticas aosistema financeiro. O lema domovimento é "Injustiças per-petradas por 1% da populaçãoafetam os outros 99%: nós".

"Doideira" – "Todo mundotem sido muito educado a res-peito dessa doideira", escreveuo autor de histórias como Sin Ci-ty e Demolidor.

"O O cc up y não é nada alémde um bando de estúpidos, la-drões e estupradores, umamassa desgovernada alimen-tada por uma nostalgia da épo-ca de Woodstock e uma moralfalsa e podre. Esses palhaços sóvão prejudicar a América."

O artista ainda chama os in-tegrantes dos protestos de"crianças mimadas" que deve-riam "parar de atrapalhar os

trabalhadores e ir procurare m p re g o " .

"Isso é lixo" – "Esse não é umlevante popular. Isso é lixo",diz. "Em nome da decência,voltem para casa com seuspais, seus perdedores." Ele ain-da sugere que os manifestan-tes se alistem no Exército nor-te-americano.

"Talvez coloque alguns devocês em forma."

Nos comentários, fãs se divi-dem. "Eu era seu maior fã.Agora você morreu pra mim",diz um deles. (Leia mais sobre omovimento na pág 20)

Lauro Alves/Folhapress

LAGOA DOS PATOS. MESMO - Centenas de patos chamaram a atenção dos

motoristas que passaram pela Estrada do Mar, no litoral gaúcho, durante todo o dia de

ontem. Os animais tomaram conta de uma lagoa às margens da rodovia.

O ator George Clooney, 50, fezuma declaração chocante à revistaRolling Stone. Vencedor do Oscar,ator elogiado e sempreacompanhado das mais belasmulheres, ele disse que pensouem tirar a própria vida há cerca deseis anos. O caso ocorreu apósuma lesão na coluna durante asfilmagens de Syriana – A Indústriado Petróleo.

Clooney contou que as doresque sentiu foram tão intensas quepensou na hipótese de se matarpara acabar com elas.

"Chegou um ponto em quepensei que não conseguiria existirdaquele jeito, que não conseguiriaviver", afirmou. "Estava deitado nacama do hospital com uma agulhano braço, sem poder me mexer,com enxaquecas que pareciamderrames", enumerou. "Por umperíodo de três semanas, comeceia pensar que teria de fazer algodrástico a respeito..." Ele afirmouque chegou até mesmo a planejarcomo se mataria, embora tivessecerteza de que não levaria o planoa cabo. (Fo l h a p re s s )

www.dcomercio.com.br

CALENDÁRIO

Criação dotipógrafo alemão

Harald Geisler:cada tecla

corresponde aum dia do ano.

Para ele, ummodo de

"desconstruir" oco n ce i to

tradicional dec alendários.

http://bit.ly/dOqx0o

BUZZZZInspirado em

besouros e insetos, odesigner Thomas

Eyck criou esta sériede vasos em

porcelana. Veja maisno site.

http://bit.ly/vRD3fo

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CAIXA 115

O seu consultor financeiro

sábado, domingo e segunda-feira, 12, 13 e 14 de novembro de 2011

economia

Dá para serEC O N Ô M IC Osem ser AVA R E N TO

Ter consciência dosgastos e poupar sãohábitos saudáveis.

Nunca comprar eguardar de maneira

exagerada, por outrolado, podem ser

sinais de problemas.

Paul

o Pa

mpo

lin/H

ype

Paulo Pampolin/Hype – 8/8/11

Mar

cos M

ende

s/LU

Z –

22/9

/11

avarezaSegundo odicionário

Houaiss: apegoexcessivo aodinheiro, às

riquezas. Porextensão, falta demagnanimidade,de generosidade;

mesquinharia,m e s q u i n h ez ,

s ov i n i c e .

A pessoaavarenta fica

escravizada pelaideia de guardardinheiro e a vidaperde a graça.Ela não viveo presente,

só o amanhã.VER A RI TA DE ME L LO

FERREIR A, PSIC ANALISTA

As pessoas nãoprecisam ter

vergonha de sermão de vacadesde que o

objetivo sejapoupar para

pagar umbem ou serviço

no futuro.LUIS CA R LO S EWA L D,

E CO N O M I S TA

RE JA N E TA M OTO

Controlar o orçamentodoméstico de forma apermit ir consumo etambém poupança é a

estratégia mais adequada parase alcançar uma vida financeirasaudável. O meio-termo é quasesempre a melhor opção, masnão faltam pessoas que ficam"presas" nos extremos: ou gas-tam demais, se aproximando pe-rigosamente da inadimplência,ou guardam de maneira exage-rada, transformando um meio (odinheiro) em objetivo final. Esseúltimo caso significa mais doque ser pão-duro, econômico oumão de vaca – significa ser ava-rento, com apego excessivo aodinheiro. A avareza vai além dohábito, é um problema psicoló-gico que exige atenção.

Em uma sociedade que valo-riza muito o consumo, a ten-dência a não gastar nada é me-nos comum do que a compracompulsiva. "Uma das conse-quências do apelo do marke-ting é a existência de poucosavarentos na sociedade", afir-ma a psicanalista e pesquisa-dora de psicologia econômicaVera Rita de Mello Ferreira.

A avareza hoje pode ser rara,mas continua muito prejudicialpara a vida das pessoas, pois asafasta do contato com a realida-de. Segundo a psicanalista, tra-ta-se de um impulso automáti-co e inconsciente do cérebro,que planeja guardar dinheiropara gastar em um dia que nãovai chegar nunca. "A pessoa ficaescravizada por essa ideia e a vi-da perde a graça. Ela não vive opresente, só o amanhã, e temmedo de gastar porque achaque vai descontrolar o orça-mento ou por temer ficar na mi-séria, mesmo que não haja indí-cios para que isso aconteça umdia", descreve Vera Rita.

Falsa sensaçãode poder

Outra característica de algunsavarentos é a sensação de podervinda de uma ideia simples: "eusou melhor do que as outras pes-soas porque consigo controlar oimpulso para comprar vivendoem uma sociedade consumista".A pessoa, como o famoso perso-nagem de Walt Disney Tio Pati-nhas, não percebe que essecomportamento é problemáti-co, que prejudica a vida social. "Operfil de quem guarda dinheirode forma exagerada é complexo.Mas, em qualquer caso, é preo-cupante quando se vive essafantasia e se perde o contatocom a realidade", explica Vera.

A exemplo do que ocorre como comprador compulsivo, o tra-tamento para o avarento – quequeira resolver a questão – en-volve terapia, de acordo com apsicanalista. O trabalho ajuda apessoa a se ouvir e a entender asrazões que as leva a ter esse tipode relação com o dinheiro.

Aprender aser econômico

Se alguém é conhecido comopão-duro ou mão de vaca nãosignifica necessariamente queseja avarento. Segundo Vera,esse econômico moderado cos-tuma ter o comportamentodesde cedo. Nesse caso, não setrata de um problema psicoló-gico, apenas de uma caracterís-tica. Para ficar longe do descon-trole financeiro, na verdade, há

consumidores que têm muito aaprender com os exemplos dospão-duros. Essa é a opinião doeconomista Luis Carlos Ewald,para quem o exercício de sermão de vaca, nesse bom senti-do, não faz mal a ninguém. Mui-to pelo contrário, pois pode di-minuir a quantidade de deve-dores e inadimplentes.

Longe de querer formar ava-rentos, ele deu dicas para aspessoas fazerem sobrar dinhei-ro em uma palestra recente naExpoMoney. Ewald citou algu-mas de suas experiências pes-soais, como levar do restauran-te a sobra do almoço em uma"quentinha" para pagar o flane-linha. "As pessoas não preci-sam ter vergonha de ser mãode vaca desde que o objetivoseja poupar para comprar umbem ou pagar um serviço no fu-turo", afirmou. Por exemplo, ésaudável adotar estratégias deeconomia no dia a dia para rea-lizar alguns projetos, comouma viagem ao exterior com afamília. Ou seja, o pão-duro nãoguarda por guardar, como oavarento: ele tem um objetivo.

Durante a palestra a plateiadeu gargalhadas com algumasdicas, como a de não retornar aligação de estranhos no celular."Afinal, se for importante, o in-terlocutor deixa um recado ou,melhor, liga de novo." Outra re-comendação foi como escolherum plano familiar de telefonia,

com limite de minutos para cadamorador da casa. "Se acabar,acabou. É uma das formas de se-gurar a pressão dos filhos e denão estourar o orçamento."

A criatividade pode ir longeq u a n d o s e f a l a d e p o u p a r.Ewald disse que economiza aténa energia elétrica. "Moro noRio de Janeiro, que é quente. Noverão, só tomo banho frio."

Durante a palestra, ele lem-brou de um detalhe importante:equilibrar o orçamento exige

um certo trabalho. O resultadonão vem sozinho, é necessárioesforço. Ainda citando exemplopessoal, Ewald disse que apro-veita as ofertas semanais dos su-permercados para estocar al-guns produtos, como azeite.Embora a estocagem de alimen-tos não seja um consenso entreos especialistas em finanças, eledisse que estoca apenas produ-tos não perecíveis, com prazo devalidade extenso e que tenhampreços muito competitivos.

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sábado, domingo e segunda-feira, 12, 13 e 14 de novembro de 201116 -.ECONOMIA DIÁRIO DO COMÉRCIO

CAIXA 1O seu consultor financeiro

economia

AG E N DA Bolsa: cautelaPRÉ-FERIADO.

Na semana em que este-ve descolada dos mer-cados internacionaisem três de cinco pre-

gões, a Bovespa redirecionou asatenções para o exterior na últi-ma sexta-feira para conseguirencerrar o período praticamen-te estável, depois de dias demuita volatilidade nos negó-cios. No último pregão da sema-na, o mercado acionário brasi-leiro fechou com valorização al-ta em torno de 2%, recuperandoo nível de 58 mil pontos do Ibo-vespa que havia perdido umpouco antes e acompanhandoa melhora do humor dos inves-tidores com os avanços políti-cos na Itália e na Grécia.

Nesta semana de feriado noBrasil, os investidores devemoperar com cautela reforçada,principalmente hoje. Quando asituação externa está indefinidacomo agora, poucos se expõemao risco sabendo que não terãochance de inverter as posiçõesse a situação piorar. Não se sabecomo será o desenrolar dos pro-blemas europeus, mas é certoque as ações hoje vão reagir aos

números da Petrobras divulga-dos na sexta-feira: a estatal tevelucro líquido de R$ 6,34 bilhõesno terceiro trimestre, uma que-da de 42% sobre os R$ 10,94 bi-lhões do segundo trimestre.

Com a valorização de 2,14%registrada na sexta-feira, o Ibo-vespa não subiu na semana (re-cuou 0,21% no período), masconseguiu pelo menos garantiros ganhos no acumulado do

mês, de 0,36%. Já compensar adesvalorização de 15,52% épraticamente impossível.

No exterior, foi bem recebidaa aprovação, pelo Senado daItália, da lei que inclui novas me-didas de austeridade fiscal nopaís. Para o fim de semana eramesperadas mais decisões políti-cas na Europa, que os investido-res nacionais e estrangeirosacompanhariam de perto.

No pregão de sexta-feira daBovespa, apenas sete ações dascerca de 60 que compõem oIbovespa encerraram o dia noterreno negativo. As perdas fo-ram, de longe, lideradas pelasações ON da B2W (-5,02%), afe-tadas pela possibilidade deproibição de vendas nos sites,relacionada a uma ação do Pro-con. Na outra ponta, as ações doMarfrig dispararam 16,67%, en-cabeçando os ganhos. Já entreas blue chips, era grande a ex-pectativa pelo resultado do ter-ceiro trimestre da Petrobras. Àespera dos números, as açõesON e PN da estatal petrolíferaavançaram 1,49% e 2,09%, res-pectivamente. (Com AE)

14 S e g u n d a - fe i ra

Sai a pesquisa semanalFocus, com projeções

econômicas do mercado.

16 Q u a r t a - fe i ra

IBGE divulgaresultados preliminares

do Censo de 2010

18 S ext a - fe i ra

Divulgação do resultadodo IGP-10 de novembro.

Pesquisa é da FGV.

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sábado, domingo e segunda-feira, 12, 13 e 14 de novembro de 2011 17DIÁRIO DO COMÉRCIO

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Se as vendas estão fracas neste momento, não é por falta de dinheiro no bolso do consumidor"Rogério Amato, presidente da ACSP e da Facespeconomia

Confiança em altaNewton Santos/Hype

O consumidor da classe C foi o que se mostrou mais confiante em outubro

Consumidorquer gastar,mas esperaa hora certa.

Karina Lignelli so de espera": ele aguarda umadefinição do cenário econômi-co global para decidir se vai ounão às compras, ou se guarda odinheiro do 13º. "Ou seja, se asvendas estão fracas neste mo-mento, não é por falta de di-nheiro no bolso do consumi-dor", diz Amato.

O pagamento de dívidas,um dos usos habituais do 13ºsalário, subiu ligeiramente, de27,2% no ano passado para28,9% neste ano. A intenção depoupar o abono também tevepequena alta, de 18,2% para18,8% em 2011. Para quem pre-tende dar destino específico aorecurso, o destaque é o item re-forma da casa/compras dematerial de construção, quesaltou de 2,3% para 5,6% em2011. Já a intenção de usá-lo pa-ra adquirir imóveis – opçãoque aparece pela primeira vezna pesquisa – apresentou in-tenção de compra de 1,1%.

Comprovando que o consu-midor está à espera das "cenasdos próximos capítulos" do ce-nário econômico, outros itensapresentaram ligeira queda naintenção de compra em relação

ao ano anterior. Como viajar,que caiu de 9,1% para 7,8%, ecomprar roupas, que teve que-da de 2,3% para 2,2%.

Andar de carro novo nãoestá nos planos de nenhumdos entrevistados neste fimde ano, de acordo com a pes-quisa, sendo que no ano pas-sado 2,3% deles tinham inten-ção de adquirir um automó-vel. Por outro lado, compraralimentos e medicamentoscom o 13º, opções que não fo-ram apontadas pelos entre-vistados em 2010, apareceucomo intenção de 2,2% dosentrevistados em 2011.

Na opinião do economistada ACSP Emílio Alfieri, o fimde ano vai depender do cená-

rio econômico. Segundo ele,mesmo que este Natal não te-nha crescimento significativocomo o de 2010 – devido à ba-se de comparação muito alta –certamente estará entre osmelhores Natais dos últimosdez anos.

"E há expectativa de recupe-ração nos primeiros seis me-ses de 2012, com a tendênciade queda da taxa básica de ju-ros (Selic) – que deve mostrarseus impactos até o Dia dasMães –, assim como o reajustedo salário-mínimo no começodo ano, que vai beneficiar ati-vos e aposentados, e as elei-ções, que vão aumentar osgastos nos municípios", desta-ca o economista da ACSP.

Os cidadãos estão indecisossobre quando e como gastar o

13° salário neste ano.

O uso do 13° para compra de presentes não deve ser tão difundido neste ano.Levantamento da ACSP, em parceria com o Instituto Ipsos, mostra que mais

consumidores pretendem poupar o abono ou usá-lo para o pagamento de dívidas.

Zé carlos Barretta/Hype

Pesquisa sobre inten-ção de compra reali-zada pela AssociaçãoComerc ia l de São

Paulo (ACSP), em parceriacom o Instituto Ipsos, divul-gada na última sexta-feira, re-vela que, apesar de ainda esta-rem confiantes, os consumi-dores estão mais indecisosneste ano. Pelo estudo, 27,8%dos entrevistados ainda nãosabem como irão gastar a pri-meira parcela do 13º salário.Em 2010, o número correspon-dia a 18,2% dos 1 mil consumi-dores ouvidos mensalmenteem todas as regiões do País.

Seguindo essa mesma linha,os que pretendiam usar o abo-no para comprar presentes nomomento da pesquisa equiva-liam a 17,8%, ante 24% emigual período de 2010. Segun-do Rogério Amato, presidenteda ACSP e da Federação dasAssociações Comerciais doEstado de São Paulo (Facesp),o levantamento ratifica que oconsumidor está em "compas-

Aconfiança do consumidorsubiu em outubro para 157pontos, mesmo que o ce-

nário econômico o deixe inseguropara gastar (veja texto acima). Osdados são do Índice Nacional deC o n f i a n ç a d o C o n s u m i d o r(INCC) da Associação Comercialde São Paulo (ACSP), realizadoem parceria com o Instituto Ipsos.O estudo mostra que em setem-bro de 2011 o índice estava em154 pontos. O indicador tambémapresenta alta na comparaçãocom outubro de 2010, quando fe-chou em 152 pontos.

Pelo levantamento, os consu-midores da região Sul do País es-tão no topo do ranking do otimis-mo, com 193 pontos, ante 192 emsetembro. Na sequência, vem aSudeste, com 169 pontos em ou-

tubro, frente a 163 em setembro.Em terceiro, as regiões Nor-te/Centro-Oeste fecharam outu-bro com 143 pontos, ante 167pontos em setembro. Por último, aregião menos confiante é a Nor-deste, com 120 pontos, ante 113pontos em setembro.

Os consumidores da classe Cforam os que puxaram a alta doINCC. A confiança desse filão su-biu dos 155 pontos em setembropara 163 em outubro. Na classeA/B a alta foi menor, de 154 para155 pontos. Já as classes D/E ti-veram queda, de 135 pontos emsetembro para 132 em outubro.

Emprego – Quando se fala ememprego, 40% dos entrevistadosse sentiram mais seguros em ou-tubro. Os menos seguros subiramde 24% para 25%. Já a média dos

que conheciam alguém que per-deu o emprego subiu 3,3% em ou-tubro para 3,2% em setembro.

A situação financeira atual dos1 mil entrevistados piorou, já que46% deles consideraram a suacomo boa, ante 47% em setem-bro. Os que acreditam que piorousubiram de 29% em setembro pa-ra 30% em outubro. "O placar en-colheu, o que sinaliza que o con-sumidor continua a sentir os efei-tos das medidas de aperto no cré-di to e da al ta da inf lação noorçamento", explicou o econo-mista da ACSP Emílio Alfieri.

Ele diz que, no momento oconsumidor sente sua situaçãofinanceira mais apertada e pos-terga gastos de olho no noticiá-rio econômico global. "Mesmoassim, está mais confiante para

os próximos seis meses, contan-do com melhora no mercado detrabalho e a alta do salário-míni-mo", diz o economista.

Mas há otimismo em relação àsituação financeira futura. Para

54% dos entrevistados em outu-bro, ela vai melhorar nos próxi-mos seis meses, ante 52% de se-tembro. Entre os que acreditamque vai piorar, o índice caiu de12% para 11%.(KL)

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sábado, domingo e segunda-feira, 12, 13 e 14 de novembro de 201118 DIÁRIO DO COMÉRCIO

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O governo começa a perceber que a Substituição Tributária está trazendo ônus à fiscalização.Antônio Sérgio Valente, ex-agente fiscal de renda do Estadoeconomia

No Fisco, umRobin Hoodàs avessas.Especialista diz que o regime deSubstituição Tributária, usado naarrecadação do ICMS no Estado,penaliza pequenas empresas econsumidores de baixa renda.

Quando começou aganhar força no Es-tado de São Paulo, apartir de 2008, o re-

gime de Substituição Tributá-ria (ST) era visto como a solu-ção definitiva para o proble-ma de sonegação fiscal.

A ideia inicial realmenteparecia eficiente: ao concen-trar o recolhimento do Impos-to sobre Circulação de Merca-dorias e Prestação de Serviços(ICMS) totalmente na indús-tria, o objetivo do governo erareduzir o universo de empre-sas a serem fiscalizadas. Masessa ideia se mostrou "ingê-nua", de acordo com AntônioSérgio Valente, ex-agente fis-cal de renda do Estado.

Segundo ele, não há como ogoverno deixar de fiscalizarvarejo e atacado simplesmenteporque grande parte dos pro-dutos vendidos por eles nãoestá incluída no regime de ST.F is ca l iz aç ã o – Para piorar,Valente lembra que a adoçãodo regime de substituição exi-giu que a Fazenda paulistadeslocasse equipes de fiscaispara estados que possuemconvênio com São Paulo. E omesmo está sendo feito por es-

tes estados conveniados, quepassaram a ser obrigados amanter fiscais em São Paulo."O que o governo começa aperceber é que a SubstituiçãoTributária na realidade estátrazendo ônus à fiscalização",disse o especialista.

Além disso, como é normalacontecer em um sistema tri-butário complexo como o bra-sileiro, as empresas começa-ram a encontrar brechas le-gais para se defender dos im-pactos da ST. Elas passaram averticalizar suas estruturas,diluindo o lucro e, assim, re-d u z i n d o a t r i b u t a ç ã o d oICMS a qual estariam sujeitas."É o que costumo chamar deevasão legal", define Valente.

O regime de ST começa, ago-ra, a ter a sua eficiência fiscali-zatória questionada. Mas des-de sua implantação tributaris-tas apontam que o regime cau-s a f o r t e s d i s t o r ç õ e s n omercado, que impacta negati-vamente principalmente asempresas de menor porte e osconsumidores de menor ren-da. O vilão dessa história é asistemática utilizada para de-finir sobre quais valores serãoaplicadas as al íquotas do

ICMS. Como pela ST o recolhi-mento do tributo concentra-sena indústria, é preciso estimaros preços cobrados pelo varejoao consumidor final.

O problema, segundo Va-lente, é que essa estimativa –tecnicamente chamada Mar-gem Média Ponderada – dis-torce a tributação. Assim, pro-dutos de um mesmo segmen-to acabam tributados de ma-neiras distintas. Por exemplo:um desodorante vendido porR$ 4 em um mercado pode teruma margem de lucro embuti-da de 100%, enquanto umaoutra marca de desodorante,vendida em outro local porR$ 20, pode ter embutida mar-gem de lucro de 500%.

Média – Nesse exemplo, sea Margem Média Ponderadaestipulada pelo governo forde 180%, o desodorante demenor preço pagará ICMS so-bre estes 180%, mesmo que amargem de lucro embutidanele seja de 100%. Já o deso-

dorante de maior preço reco-lherá o ICMS também sobreos 180%, embora sua margemde lucro seja de 500%.

Menor renda – O ex-agen-te fiscal lembra que como émais provável que o consu-midor de menor renda com-pre o desodorante de menorpreço, que terá o ICMS da STsuperestimado, na realidade

o governo estará cobrandomais desse consumidor.

"O governo está cometendoexcesso de exação (ato de co-brar mais do que lhe é devido)em relação ao produto maisbarato e está escorchando oconsumidor desse produto",disse Valente.

Por esse motivo, entre ou-tros, o especialista define o re-

gime de "Substituição Tributá-ria como um "Robin Hood àsavessas". Sob esse título, Va-lente tem publicado uma sériede textos de simples interpre-tação a respeito do regime fis-cal. Os textos são encontradosem w w w. b l o g d o a f r. c o m .

Outro problema da ST é o fa-to de o regime anular os bene-fícios fiscais garantidos às em-presas do Simples Nacional.Recentemente, o Secretário daFazenda do Estado de SãoPaulo, Andrea Calabi, rece-beu um estudo sobre o impac-to da Substituição Tributáriapara as micro e pequenas em-presas, apresentado pelo Sin-dicato das Empresas de Servi-ços Contábeis (Sescon).

O estudo tem o objetivo dere iv indicar a redução doICMS garantido às empresasinscritas no Simples Nacio-nal. Na prática, essa reduçãofoi neutralizada com a im-plantação do regime de Subs-tituição Tributária.

Entidade vai à Justiça contra a ST

AAssociação Brasileirade Importadores e Dis-tribuidores de Produ-

tos Automotivos (Abidipa) seprepara para entrar na Justiçaainda neste mês. O objetivo épedir suspensão do aumentodo Imposto sobre Circulaçãode Mercadorias e Prestaçãode Serviços (ICMS), retido an-tecipadamente dos lojistaspor fabricantes e importado-res na venda de produtospneumáticos, conforme as re-gras do regime de Substitui-ção Tributária (ST).

A entidade alega que a me-dida, publicada no Diário Ofi-cial da União em outubro últi-mo (alterando o convênio85/93), deve provocar um rea-

juste médio de 5,5% nos preçosdos pneus de carga e de auto-móveis de passeio nacionais eimportados – o que impactariadiretamente sobre o bolso doconsumidor já em dezembro.

Fi cç ão – De acordo com Ri-naldo Siqueira Campos, presi-dente da Abidipa, o cálculo doimposto estabelecido pelo go-verno é baseado em uma mar-gem de lucro bruta "fictícia". Há26 anos, segundo ele, a alíquotade retenção para pneus de car-ros de passeio era de 42%. Ago-ra, a tributação será de 52%. Jápara pneus de carga, a alíquotasubirá de 32% para 40%.

"Nenhum ramo de ativida-de trabalha com essa margemde lucro. Já era absurdo pensarque o lojista comprava umpneu a R$ 100 e teria que ven-der por R$ 142. Agora o per-

centual de re-tenção é ain-da mais es-drúxulo. E ésó para pneu-máticos, nãotem explica-ção (para oaumento). Oburocrata équem dec i-de", disse.

Na Substi-tuição Tribu-t á r i a , a a l í-quota para aretenção deICMS é cal-culada peloFisco com ba-se na estima-tiva de pre-ç o s q u e s e-riam cobra-dos na vendaao consumi-dor final. Ouseja, nesse ti-po de tributação, o governotransfere ao principal contri-buinte da cadeia produtiva afunção de arrecadador do tri-buto, em mercados com eleva-do grau de informalidade.

Medindo a margem médiade lucro do setor, o governoinstitui o percentual do tributoque deve ser agregado ao pre-ço de venda (utiliza a Margemde Valor Agregado como parâ-metro de cálculo).

Na prática, segundo a Abi-dipa, a retenção do imposto éfeita da seguinte forma: emvez de calcular 18% de ICMSsobre R$ 100, por exemplo,que resultaria em R$ 18 de im-posto, o total do produto seriadividido por 0,82, e só aí seaplicaria a alíquota de 18%. O

tributo sairia por R$ 21,80,aproximadamente. A diferen-ça, no caso, é o valor a mais quevai para os cofres do governo,calculado com apoio da Mar-gem de Valor Agregado.

Para Siqueira Campos, oslojistas ficam sem alternativa,pois o imposto é recolhido an-tes da venda do pneu. Damesma forma ficam os fabri-cantes e importadores quetêm que reter o ICMS e repas-sar integralmente ao Fisco.

"Infelizmente, é o consumi-dor que paga essa conta, jáque o governo acha mais cô-modo receber os créditos des-sa forma. Se as grandes fábri-cas não tomam uma atitudede protesto, nós vamos fazerisso", disse Campos.

Renato Carbonari Ibelli

Rodolfo Buhrer

Fábrica de pneus: tributação de ICMS na fonte.

Karina Lignelli

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sábado, domingo e segunda-feira, 12, 13 e 14 de novembro de 2011 ECONOMIA/LEGAIS - 19DIÁRIO DO COMÉRCIO

OAS EMPREENDIMENTOS S.A.CNPJ n.º 06.324.922/0001-30 - NIRE 35.3.0036333-7

Ata da sexta Assembléia Geral de Debenturistas da 1ª Emissão de Debêntures Simples,não conversíveis em ações, com garantia real e garantia adicional fidejussória, de emissão da

Oas Empreendimentos S.A., realizada no dia 29/06/2011.DATA, HORA E LOCAL: Realizada aos 29/06/2011, às 10:00 horas, na Av. Brigadeiro Faria Lima, n.º 3.900, 10º andar, Itaim Bibi, Cidade e Estado de São Paulo.CONVOCAÇÃO: Dispensada a publicação do Edital de Convocação da Assembleia pelo comparecimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço - FGTS, naqualidade de único debenturista (“Debenturista”). PRESENÇA: Presente o Debenturista, representando 100% das debêntures em circulação da 1ª Emissão de De-bêntures Simples não Conversíveis em Ações com Garantia Real e Garantia Adicional Fidejussória, da OAS Empreendimentos S.A., conforme assinaturas apostasna lista de presença anexa. Contou ainda com a participação dos representantes da Planner Trustee DTVM Ltda., na qualidade de agente fiduciário (“AgenteFiduciário”), da OAS Engenharia e Participações S.A., na qualidade de garantidora, e da OAS Empreendimentos S.A., na qualidade de emissora (“Emissora” ou“Companhia”). MESA: Foi eleito para assumir a presidência dos trabalhos o Sr. Alexandre Pereira do Nascimento, representante do Debenturista, o qual convidou aSra. Viviane Rodrigues para secretariá-lo. ORDEM DO DIA: Examinar e votar (i) a proposta de prorrogação do prazo para que seja atingido, pela Emissora, de formagradativa, o Percentual Garantido Por Recebíveis, conforme indicado na Cláusula 4.6.6 do Instrumento Particular de Escritura da 1ª Emissão de Debêntures Sim-ples, não Conversíveis em Ações, com Garantia Real e Garantia Adicional Fidejussória, de Emissão da OAS Empreendimentos S.A., celebrado em 3/11/2009 eaditado em 11/02/2010, 30/06/ 2010, 18/10/2010 e 2812/2010 (“Escritura de Emissão”); (ii) a proposta para que a Companhia apresente nova Fiança Bancária, a fimde garantir, durante o prazo mencionado no item (i), que a Cobertura Mínima (abaixo definida) seja observada; (iii) a proposta de dispensa do cumprimento, pelaEmissora, da obrigação indicada no item 6.1, alínea (j), da Escritura de Emissão de Debêntures, em relação ao 1° (primeiro) semestre de 2011, que se encerra em30 de junho de 2011, sem penalidade ou efeito advindo para qualquer das partes relativamente a tal dispensa. Iniciando os trabalhos e após cumprimento dasformalidades legais, o Sr. Presidente declarou estar instalada a Assembleia Geral de Debenturistas. A palavra foi passada ao representante da Emissora que expla-nou a respeito das alterações propostas para alteração da Escritura de Emissão de Debêntures. DELIBERAÇÕES: CONSIDERANDO QUE, nos termos da Cláusula3.5.2. da Escritura de Emissão, a Emissora recebeu o Valor Total da Liberação Inicial, sendo referido valor liberado para a Emissora em 6 (seis) Parcelas Iniciais;CONSIDERANDO QUE, nos termos da Cláusula 3.6.4. da Escritura de Emissão, a Emissora deve constituir Garantias Reais de modo progressivo, em favor dostitulares de Debêntures, as quais, em cada fase da operação, representarão no mínimo 125% : (i) do valor das Parcelas Iniciais; (ii) do Valor Total da LiberaçãoInicial; (iii) do valor das Parcelas Adicionais; (iv) do Saldo Devedor Líquido; ou (v) do Valor Nominal Total Atualizado (“Cobertura Mínima”); e CONSIDERANDO QUE,nos termos da Cláusula 4.6.6. da Escritura de Emissão, a Emissora deverá ceder fiduciariamente em garantia Recebíveis, observado que o Percentual Garantido porRecebíveis em relação às Parcelas Iniciais deverá ser atingido no prazo máximo de 12 (doze) meses contados da data de cada liberação de recursos; O Debenturista,representando 100% das debêntures em circulação, deliberou: (1) autorizar, de forma irrevogável e irretratável, a prorrogação em 6 (seis) meses do prazo para que sejaatingido o Percentual Garantido Por Recebíveis, indicado na Cláusula 4.6.6., referente às três últimas Parcelas Inicias, conforme abaixo indicado:Parcelas Iniciais Prazo p/ atingir o Percentual Garantido Por Recebíveis Prazo prorrogado para atingir o

previsto na Cláusula 4.6.6. da Escritura de Emissão Percentual Garantido Por Recebíveis4ª Parcela Inicial, liberada em 05/2010 Maio/2011 Novembro/20115ª Parcela Inicial, liberada em 06/2010 Junho/2011 Dezembro/20116ª Parcela Inicial, liberada em 10/2010 Outubro/2011 Abril/2012

Assim, o Percentual Garantido Por Recebíveis deverá ser constituído de forma gradual, observados os valores e períodos abaixo indicados:Composição referente à 4ª Parcela Inicial:

jun/11 Mês 1.155.000,00Acumulado 1.155.000,00

jul/11 Mês 1.155.000,00Acumulado 2.310.000,00

ago/11 Mês 1.155.000,00Acumulado 3.465.000,00

set/11 Mês 1.155.000,00Acumulado 4.620.000,00

out/11 Mês 1.155.000,00Acumulado 5.775.000,00

nov/11 Mês 1.155.000,00Acumulado 6.930.000,00

Composição referente à 5ª Parcela Inicial:jul/11 Mês 3.786.695,49

Acumulado 3.786.695,49ago/11 Mês 3.786.695,49

Acumulado 7.573.390,98set/11 Mês 3.786.695,49

Acumulado 11.360.086,47out/11 Mês 3.786.695,49

Acumulado 15.146.781,96nov/11 Mês 3.786.695,49

Acumulado 18.933.477,45dez/11 Mês 3.786.695,49

Acumulado 22.720.172,94Composição referente à 6ª Parcela Inicial:

nov/11 Mês 134.511,10Acumulado 134.511,10

dez/11 Mês 134.511,10Acumulado 269.022,20

jan/12 Mês 134.511,10Acumulado 403.533,30

fev/12 Mês 134.511,10Acumulado 538.044,40

mar/12 Mês 134.511,10Acumulado 672.555,50

abr/12 Mês 134.511,10Acumulado 807.066,60

(2) aprovar a contratação, pela Cia., de Fiança Bancária, nos termos da Cláusula 3.5.2 (ix) da Escritura de Emissão, a ser emitida por instituição financeiraaprovada pelo Agente Fiduciário, a fim de garantir, durante o prazo de 6 (seis) meses indicado no item (1), acima, que seja observada a Cobertura Mínimaprevista na Cláusula 3.6.4 da Escritura de Emissão; e (3) aprovar a dispensa do cumprimento, pela Emissora, da obrigação indicada no item 6.1, alínea (j),da Escritura de Emissão de Debêntures, em relação ao 1° (primeiro) semestre de 2011, que se encerra em 30/06/2011, sem penalidade ou efeito advindo paraqualquer das partes relativamente à dispensa aqui descrita. A Emissora presente nesta Assembleia Geral de Debenturistas manifesta expressamente o seude acordo com as decisões acima. ENCERRAMENTO: Nada mais havendo a tratar, o Presidente concedeu a palavra a quem dela quisesse fazer uso e comoninguém se manifestou, os trabalhos da Assembleia Geral de Debenturistas foram encerrados da qual foi lavrada a presente ata que foi aprovada e assinadapelo Presidente da Assembleia Geral de Debenturistas, por mim, Secretária, pelo Agente Fiduciário, pela Emissora, pela Garantidora e pelo Debenturista.São Paulo, 29 /06/ 2011. Secretária - Viviane Rodrigues, Presidente - Alexandre Pereira do Nascimento, Planner Trustee DTVM Ltda. - Agente Fiduciário,Viviane Rodrigues- Diretora, Flávio D. Aguetoni-Procurador, Fundo de Garantia do Tempo de Serviço - FGTS - Debenturista representado pela Caixa Econô-mica Federal, Alexandre Pereira do Nascimento, Flávio Eduardo Arakaki, OAS EMPREENDIMENTOS S.A. – Emissora, Fábio Hori Yonamine, Luigi Petti, OASENGENHARIA E PARTICIPAÇÕES S.A. - Garantidora, Alexandre Louzada Tourinho, Dilson de Cerqueira Paiva Filho. A presente ata encontra-se arquivada naJUCESP sob o nº 261.701/11-3 em 08/07/11 sob o n º de protocolo 0.627.761/11-2 – Katia Regina Bueno de Godoy – Secretária Geral.

SECRETARIA DE EDUCAÇÃO

DEPARTAMENTO DA MERENDA ESCOLAR

Acha-se aberta no Departamento de Merenda Escolar - DME, situado

na Rua Líbero Badaró, 425 - 9º andar - Centro - São Paulo - SP, a licitação

na modalidade: PREGÃO PRESENCIAL Nº 31/SME/DME/2010 - PROCESSO

Nº 2011-0.263.794-3 - Registro de Preços para Aquisição de Filé Congelado

de Pescada e de Filé Congelado de Merluza - SME/DME. O credenciamento

e os envelopes nº 01 (proposta) e envelopes nº 02 (documentação) deverão

ser entregues até as 10:00 horas do dia 13/12/2011, no Departamento de

Merenda Escolar - DME, situado na Rua Líbero Badaró, 425 - 9º andar - Centro.

O Edital e seus anexos poderão ser obtidos, até o último dia que anteceder a abertura,

mediante recolhimento de guia de arrecadação, ou mediante a apresentação

de CD ROM gravável no Departamento de Compras, ou através do site

http://e-negocioscidadesp.prefeitura.sp.gov.br, bem como, a cópia do Edital estará

exposta no mural do Departamento da Merenda.

SECRETARIA DA SAÚDE

DIVISÃO TÉCNICA DE SUPRIMENTOS - SMS.3

ABERTURA DE LICITAÇÃO

Encontra-se aberto no Gabinete:

PREGÃO PRESENCIAL 302/2011-SMS.G, processo 2011-0.247.809-8, destinado

ao registro de preços para SONDA DE FOLLEY COM TRÊS VIAS E BALÃO,

para a Divisão Técnica de Suprimentos - SMS.3/Grupo Técnico de Compras/Área

Técnica de Material Médico Hospitalar, do tipo menor preço. A sessão pública de

pregão ocorrerá a partir das 11 horas do dia 29 de novembro de 2011, a cargo

da 1ª Comissão Permanente de Licitações da Secretaria Municipal da Saúde.

RETIRADA DO EDITAL

O edital do pregão, acima relacionado, poderá ser consultado e/ou obtido

nos endereços:

http://e-negocioscidadesp.prefeitura.sp.gov.br, ou, no gabinete da Secretaria

Municipal de Saúde, local de realização dos pregões presenciais, na Rua

General Jardim, 36 - 3º andar - Vila Buarque - São Paulo/SP - CEP 01223-010,

mediante o recolhimento de taxa referente aos custos de reprografia dos editais,

através do DAMSP, Documento de Arrecadação do Município de São Paulo.

DOCUMENTAÇÃO - PREGÃO PRESENCIAL

Os documentos referentes ao credenciamento, os envelopes contendo as

propostas comerciais e os documentos de habilitação das empresas interessadas,

deverão ser entregues diretamente ao pregoeiro, no momento da abertura das

respectivas sessões públicas de pregão.

COORDENADORIA GERAL DE LICITAÇÕESPREGÃO ELETRÔNICO n° 022/SMSP/COGEL/2011PROCESSO: 2011-0.259.788-7DATA DA REALIZAÇÃO: 29/11/2011HORÁRIO: a partir das 11:00 horasLOCAL: Secretaria Municipal de Coordenação das Subprefeituras, COGEL -Coordenadoria Geral de Licitações localizado na Rua Líbero Badaró, 425 -37º andar - Centro - São Paulo/SP. SMSP.A PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO, pela COORDENADORIAGERAL DE LICITAÇÕES-COGEL da Secretaria Municipal de Coordenação dasSubprefeituras - SMSP, torna público que, na data e a partir do horário acimaassinalado, fará realizar licitação na modalidade de PREGÃO ELETRÔNICO,com critério de julgamento de menor preço MENOR PREÇO UNITÁRIO PORITEM, em conformidade com as disposições deste edital e respectivos anexos.OBJETOO presente pregão tem por objeto a celebração de Ata de Registro de Preços parafornecimento de guias de concreto à Prefeitura do Município de São Paulo,cujas características, especificações técnicas e condições de fornecimentoencontram-se descritas no ANEXO I.EDITAL DE LICITAÇÃO, DO ACESSO ÀS INFORMAÇÕES E IMPUGNAÇÃODO EDITALO Edital de licitação, assim como seus anexos poderão ser fornecidos mediantepagamento correspondente ao custo da cópia reprográfica no valor de R$ 0,15(quinze centavos de real) por folha, de acordo com a Tabela Integrante do DecretoMunicipal nº 52.040/2010, valor este a ser recolhido aos cofres públicos através daguia de arrecadação - DAMSP, que será fornecida pela SMSP/COGEL, Rua LíberoBadaró, 425 - 37º andar, das 09h30 às 17h00, até o último dia que anteceder a datadesignada para a abertura do certame.O Edital juntamente com seus Anexos, estarão ainda disponíveis no sítio eletrônicoda Prefeitura do Município de São Paulo, endereço http://www.prefeitura.sp.gov.bre no site http://www.comprasnet.gov.brAs informações relativas ao presente certame, deverão ser formuladas por escritoe dirigidas ao Pregoeiro(a), na Coordenadoria Geral de Licitações - COGEL(Rua Líbero Badaró, 425 - 37º andar, Centro - São Paulo - SP) ou peloFax: (11) 3241-3957, até as 17:00 horas do segundo dia útil imediatamente anterioràquele marcado para a abertura do certame;Eventuais requerimentos de impugnação ao Edital deverão ser dirigidos aoPregoeiro e protocolizados nos dias úteis, das 09h30 às 17h00, na Rua LíberoBadaró, 425 - 37º andar - Centro São Paulo - SP. O recebimento da impugnaçãoestará condicionado à comprovação do recolhimento dos emolumentos devidos emagência bancária, em até 02 (dois) dias úteis antes da abertura da sessão,conforme legislação vigente.

SECRETARIA DE COORDENAÇÃODAS SUBPREFEITURAS

Sempre que possível, o cliente deve identificar o endereço físico da empresa virtualna qual está comprando e seus dados cadastrais por meio do endereço eletrônic o.economia

Procon recomendacuidados na compra

pela internetVerificar que medidas o site adota para garantir a privacidade e a segurança dos

usuários é uma das dicas sugeridas pelo órgão de defesa do consumidor

OP r o g r a m a d eOrientação e Pro-teção ao Consumi-dor (Procon) reco-

menda cuidados na compra deprodutos no Natal. Verificar sehá reclamações no cadastrodos órgãos de defesa do consu-midor, coletar referências comamigos, averiguar o endereçofísico do fornecedor com tele-fone ou e-mail para esclarecereventuais dúvidas, saber dosprocedimentos para reclama-ção ou devolução do produto,bem como verificar que medi-das o site adota para garantir aprivacidade e a segurança dosusuários, estão entre os cuida-dos sugeridos pelo órgão dedefesa do consumidor.

O Procon re-comenda tam-bém ao consu-m i d o r n ã ofornecer infor-mações pes-soais desne-cessárias paraa c o m p r a eguardar todosos dados refe-rentes à tran-sação, além dequestionar aexistência dedespesas comfretes e taxasadicionais. Sempre que possí-vel, o cliente deve identificar oendereço físico da empresa eseus dados cadastrais por

meio do ende-reço eletrôni-co exigir notafiscal e impri-mir ou guar-dar em meiodigital o con-trato firmado.

Embora nãoexista estatís-tica atualizadasobre o contí-n u o c r e s c i-m e n t o d a svendas pelai n t e r n e t , oProcon regis-

trou 1.036 queixas de atendi-mento do comércio virtual noano passado e adianta que oritmo de reclamações neste

ano está um pouco menor. Fo-ram contabilizadas 844 quei-xas de janeiro até a últimaquarta-feira, contra 892 emigual período de 2010.

Caso o consumidor não to-me cuidados, a compra podevirar uma dor de cabeça, comoaconteceu com Maria IsabelEscodino Albuquerque, de 48anos, moradora do NúcleoBandeirante no Distrito Fede-ral. Ela gostou das ofertas deuma máquina fotográfica e deum celular pelo valor total deR$ 590, conforme anunciadono site Compredachina. Só quedepois de feito o pedido lhe co-municaram despesas de frete ede alfândega que dobravam opreço anunciado.

Ela disse que tentou cance-lar o pedido várias vezes e"sempre respondiam que nãoera possível, porque os produ-tos tinham sido faturados naorigem". A pendência só se re-

solveu depois que ela regis-trou queixa no Procon do Dis-trito Federal, e dois dias de-pois foi comunicada pelaCompredachina do cancela-mento do pedido. (ABr)

Image Source/Folhapress

Comércio eletrônico: atenção aos detalhes da compra evita problemas.

1.036queixas foramrecebidas pelo

Procon em 2010referente ao comérciovirtual; neste ano, atéa última quarta-feira,

já somavam 844.

Mercado decapitais voltaa movimentar

As empresas voltaram abuscar recursos no merca-

do de capitais brasileiro em ou-tubro, após meses de pouca ounenhuma atividade, aponta le-vantamento divulgado pelaAnbima (Associação Brasileiradas Entidades dos Mercados Fi-nanceiro e de Capitais).

Quando precisam investir, omercado de capitais é uma fon-te de financiamento para asempresas que não querem to-mar emprestado em bancos ouusar o próprio caixa.

No entanto, o desempenhopobre da Bolsa de Valores, queacumula perdas de quase 16%neste ano, não estimulava o usodesse recurso. Por isso, chama aatenção o fato de, após dois me-ses quase parado, as empresascaptarem R$ 1,75 bilhão pormeio de ofertas de ações.

Mas a queda recente dos ju-ros, e a perspectiva de quecaiam ainda mais nos próxi-mos meses, foi a chave paraque as empresas retomassemas operações neste segmento.

No mês passado as empre-sas levantaram R$ 2,488 bi-lhões por meio da venda de tí-tulos de renda fixa, como de-bêntures. Em setembro, a An-bima havia registrado umvalor de R$ 760 milhões.

Em todo o ano de 2011 o mer-cado de capitais brasileiro per-mitiu que as empresas captas-sem R$ 91,44 bilhões, conside-rando as operações de renda fi-x a ( d e b ê n t u r e s ) e r e n d avariável (ações).

Mas no ano passado, essesegmento estava bem maismovimentado: em dez mesesde 2010, a Anbima já havia con-tabilizado uma captação totalde R$ 214,58 bilhões, somandoas operações de renda fixa e va-riável. ( Fo l h a p re s s )

Empresasferroviárias deveminvestir R$ 400 mi

As empresas ferroviáriasdevem investir R$ 400

milhões até 2013 na construçãoe ampliação de novas fábricasde locomotivas, vagões e car-ros para transporte de passa-geiros. A estimativa é da Abi-fer (Associação Brasileira daIndústria Ferroviária) e consi-dera os anúncios mais recen-tes, que incluem investimen-tos da Bombardier, MPE/Sco-mi e da Progress Rail, segundoo presidente da associação, Vi-cente Abate. ( Fo l h a p re s s )

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sábado, domingo e segunda-feira, 12, 13 e 14 de novembro de 201120 DIÁRIO DO COMÉRCIO

A Itália pode sair desta situação de emergência com base num esforço comumMario Monti, primeiro-ministro italianoeconomia

Itália: novo premiêcorre contra o tempo.

O ex-comissário da União Europeia tem a missão de formar um novo governo

Opresidente da Itá-lia, Giorgio Napo-litano, indicou oex-comissário eu-

ropeu Mario Monti, ontem, pa-ra chefiar um novo governoencarregado de implementarreformas urgentes para darfim a uma crise que colocou emperigo a zona do euro.

Depois de um fim de sema-na intenso durante o qual oParlamento aprovou as refor-mas e o primeiro-ministro,Silvio Berlusconi, renunciou,Napolitano pediu que Montiformasse o novo governo,que deverá ser composto emgrande parte de tecnocratas.

"A Itália pode sair desta si-tuação de emergência com basenum esforço comum, e voltar aser uma força dentro da UniãoEuropeia, e não uma fraqueza",disse ontem o respeitado eco-nomista, nomeado senador vi-talício na semana passada.Monti deve revelar os nomesde cerca de 12 ministros hoje,disseram fontes políticas. Elevai receber o apoio declaradode parlamentares dos partidosde oposição, centristas e dopartido PDL, de Berlusconi.

Um processo que normal-mente leva vários dias ou se-

manas foi concluído em umfim de semana, com Napolita-no apressando-se para restau-rar a confiança do mercado,que despencou desastrosa-mente na semana passada.

Após semanas de incertezapolítica e apelos crescentes porparte dos parceiros internacio-nais por medidas para contro-lar a sua dívida, os custos deempréstimos da Itália subirampara níveis incontroláveis nasemana passada, ameaçandocausar um colapso financeiroem toda a Europa.

Os mercados se acalmaramno fim da semana, uma vezque ficou claro que Berlusco-ni renunciaria e que Monti to-maria seu lugar. Roma vai fi-car atenta hoje por sinais deque a indicação formal conti-nuará a ter o efeito positivosobre os mercados.

Se conseguir garantir apoiosuficiente no Parlamento,Monti irá implementar refor-mas negociadas por Berlusconicom os líderes da zona do europara cortar a enorme dívida daItália e reavivar uma economiacronicamente estagnada.

No entanto, existem sinais deque ele irá enfrentar problemas,com Angelino Alfano, secretá-

rio do PDL de Berlusconi, quedisse que havia "enorme oposi-ção" entre alguns de seus mem-bros para um governo Monti.Mas Alfano disse, após a reu-nião na tarde de ontem com Na-politano, que o partido apoiariaMonti. O PDL está muito dividi-do por conta da crise.

O acordo, no entanto, de-pende das indicações ministe-riais e do programa político donovo governo, que deve se ba-sear nas reformas prometidaspara a Europa por Berlusconi.

Determinação– AUniãoEu-ropeia parabenizou ontem a Itá-lia pela designação de Monti. Obloco no entanto, advertiu quecontinuará vigilante durante aaplicação de reformas paracombater a crise da dívida.

O presidente da ComissãoEuropeia, José Manuel Barroso,e o presidente do Conselho Eu-ropeu, Herman Van Rompuy,viram de forma positiva a deci-são do presidente italiano porMonti. "Acreditamos que istomostra um sinal de encoraja-mento, após a rápida adoção daLei de Estabilidade de 2012, dadeterminação das autoridadesitalianas para ultrapassar a criseatual", disseram os dois num co-municado conjunto. (Agências)

Stefano Rellandini/Reuters

Monti durante discurso no Palácio de Quirinal ontem; nomes de ministros devem ser revelados hoje.

Remo Casilli/Reuters

Berlusconi declarou que renunciou por "sentido de Estado e de responsabilidade" para com a Itália

Berlusconi diz que fica na política

Oex-pr imeiro-ministroda Itália, SilvioBerlusconi afirmou

ontem que renunciou por"sentido de Estado e deresponsabilidade" para coma Itália, e anunciou quecontinuará na política e quedobrará seus esforços noParlamento e nas instituiçõespara renovar o país.

Berlusconi fez estasdeclarações em mensagemtransmitida pela TV, na qualtambém manifestou sua"tristeza" pelos ataques einsultos que recebeu nosábado de milhares deitalianos em Roma quandoestava a caminho da sede daPresidência da Itália, onde

apresentaria sua renúncia aopresidente GiorgioN a p o l i t a n o.

Última instância –Berlusconi também disseontem – minutos antes deMario Monti ser indicadopara se tornar o novoprimeiro-ministro do país –que o Banco CentralEuropeu (BCE) deveria setornar o emprestador deúltima instância na regiãopara dar suporte ao euro.

"Isso se tornou uma criseda nossa moeda comum, oeuro, que não tem o suporteque toda moeda deveria ter",disse. "Isto é, um banco queseja o emprestador de últimainstância e garantidor da

moeda, como outras moedastêm, como o dólar ou a libra. Éisso que o Banco CentralEuropeu deveria fazer sequiser salvar o euro e com elea Europa", complementou.

P ro t e s t o – Centenas demilitantes do partido deBerlusconi, Povo da Liberdade(PDL), se concentraramontem em frente ao palácioQuirinale – sede daPresidência do país – parapedir eleições antecipadas emostrar apoio ao ex-primeiro-ministro italiano.

"Eleições já, eleições já" e"Monti, volte a serbanqueiro" foram osslogans cantados pelosmanifestantes. (Agências)

EFSF negacompra de seuspróprios bônus

Ofundo de ajudafinanceira da zonado euro afirmou

ontem que não comprouseus próprios bônus nasemana passada, tentandodesmentir uma reportagemde um jornal britânico.Segundo a matéria, o fundocomprou mais de 100milhões de euros (137milhões de dólares) paracobrir uma escassez dedemanda.

O jornal Sunday Telegraphpublicou que o EFSFprecisou atuar apósconseguir cerca de 2,7bilhões de euros emdemanda por seus bônus. Ofundo conseguiu captar 3bilhões de euros com avenda de títulos de dez anosna segunda-feira passada.

"O EFSF não comprou seuspróprios bônus e o livrosuperou 3 bilhões de euros",disse o porta-voz do EFSF.

Autoridades do EFSFafirmaram que a emissão deapenas 3 bilhões de euros eraum reflexo das instáveiscondições de mercado. Ochefe do EFSF, KlausRegling, afirmou aoFinancial Times que aturbulência no mercadotornava mais difícil aalavancagem do fundo parao 1 trilhão de eurosplanejados. (Reuters)

Infraestrutura:Grã-Bretanha querinvestir US$ 80 bi

Ministros britânicos es-tão costurando umplano de 50 bilhões

de libras (US$ 80 bilhões) em in-vestimentos nos setores imobi-liário e de transportes com aparticipação do setor privado,publicou ontem o jornal SundayTimes. Segundo o jornal, o pro-grama é a parte central de umaestratégia de promoção do cres-cimento a ser divulgada pelogoverno em 29 de novembro.

Porta-vozes do Tesouro e doDepartamento de Negócios, osdois ministérios que trabalha-riam nos planos, não quiseramcomentar a reportagem.

Com a crise da zona do europiorando as perspectivas daeconomia britânica, o ministrodas Finanças George Osborneestá sob pressão política paraencontrar formas de estimular ocrescimento da economia. Fon-tes do governo disseram queuma parte-chave do programade crescimento do governo é apromoção de investimentos eminfraestrutura. As fontes porémnão quiseram confirmar os 50bilhões de libras.

Segundo o jornal, Osbornequer que o dinheiro do setor pri-vado administrado por fundosde pensão e companhias de se-guro financiem programas deinfraestrutura. Os baixos jurospagos pelos bônus dos gover-nos seriam o incentivo para osinvestidores privados.(Reuters)

Merkel pede mais poderes para a UE

Achanceler alemã AngelaMerkel repetiu ontem seupedido de que os países da

zona do euro deem mais poderes aBruxelas, pressionando por maisunião fiscal e política.

Em entrevista à televisão alemãZDF, Merkel disse: "Queremos man-ter o euro, com todos os países quetêm a moeda. Mas isso requer umamudança fundamental da nossa po-

lítica, e mais 'Europa'"."Vamos ter que dar mais poderes a

Bruxelas, por exemplo o direito deintervir se os países não cumpriremo pacto de estabilidade e crescimen-to", acrescentou.

Falando em conferência de seupartido Democrata Cristão, Mer-kel afirmou: "passo a passo, quere-mos mais Europa. Isso significaque a União Europeia e a zona do

euro vão crescer juntos. De outromodo, as pessoas não acreditarãoque queremos realmente resolvernossos problemas."

"Precisamos recriar a moeda e aunião econômica criada pelos funda-dores do euro. Precisamos aperfei-çoar isso, transformar isso numaunião fiscal e então em uma união po-lítica. A crise nos ensinou isso, e va-mos nos esforçar muito." (Reuters)

'Ocupe Wall Street' causa 43 prisõesAo menos 43 manifestan-

tes foram presos no fimde semana em duas ci-

dades norte-americanas apósresistirem a tentativas da polí-cia de desocupar acampamen-tos do movimento "OcupeWall Street".

A polícia dos EUA começouno sábado a tentar desmontartendas em diversos Estadosnorte-americanos alegandocomo motivo falta de seguran-ça e de higiene.

As ações das tropas de cho-que da polícia aconteceramlogo após um manifestanteter sido assassinado a tiros emuma briga no acampamentode Oakland (Califórnia), umveterano de guerra ter come-tido suicídio em uma tendaem Vermont e um homem tersido achado morto, sem feri-mentos, no acampamento deSalt Lake City (Utah).

Nova York, para protestar con-tra abusos do sistema financei-ro e se espalhou por diversascidades e países.

Primeiro art iculado emreuniões de jovens brancos ede classe média, com inspira-ção anarquista, o "Ocupe WallStreet" ganhou diversidadeao longo das semanas. Hoje éapoiado por sindicatos, imi-grantes, intelectuais, religio-sos, políticos e artistas.

O movimento se espalhoupor outros municípios norte-americanos e por cidades aoredor do mundo, como na Ca-pital paulista, que tambémtem um acampamento deprotesto, no Vale do Anhan-gabaú, no Centro.

O presidente dos EUA, Bara-ck Obama, chegou a dizer queentendia a frustração dos ma-nifestantes com os rumos eco-nômicos da nação.( F o l h a p re s s )

Steve Dipaola/Reuters

Tropa de choque da polícia com manifestantes em Portland, Oregon, EUA

Em St. Louis (Missouri), 27manifestantes foram algema-dos ao se recusarem a deixar oacampamento no sábado.

Enquanto estavam sendodetidos, eles gritaram: "Nossoamor pela liberdade é mais for-te que a sua prisão".

Outras 15 prisões ocorreramna desocupação do acampa-

mento em um parque no cen-tro de Salt Lake City.

Em Portland (Oregon), aomenos um homem foi preso, eo acampamento desalojado. Jáem Oakland, a polícia aindatentava negociar a desocupa-ção na noite de ontem.

O "Ocupe Wall Street" come-çou em setembro, na cidade de

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sábado, domingo e segunda-feira, 12, 13 e 14 de novembro de 2011 ECONOMIA/LEGAIS - 21DIÁRIO DO COMÉRCIO

REDE D’OR SÃO LUIZ S.A.CNPJ/MF nº 06.047.087/0001-39 - NIRE 35.300.318.099

EDITAL DE CONVOCAÇÃO PARA ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINÁRIA.Ficamos senhores acionistas da Rede D´Or São Luiz S.A. (“Companhia”), nova denominaçãodo Hospital e Maternidade São Luiz S.A., cuja ata que deliberou a alteração encontra-se em fase de registro na Junta Comercial do Estado de São Paulo, convocados parareunirem-se em Assembleia Geral Extraordinária, a realizar-se no dia 19 de novembrode 2011, às 10:00 hs, na sede social da Companhia, localizada na Cidade e Estadode São Paulo, na Avenida Santo Amaro, nº 722, 7º andar, para deliberarem sobre aseguinte ORDEM DO DIA: (i) criação de capital autorizado da Companhia; (ii) aprovaçãode Plano de Opção de Compra de Ações a ser outorgado a determinados empregadose administradores da Companhia; e (iii) a prestação de fiança, pela Companhia, parao cumprimento das obrigações pecuniárias decorrentes da primeira emissão dedebêntures simples, não conversíveis em ações, da espécie com garantia real, a seremdistribuídas publicamente com esforços restritos de colocação nos termos da InstruçãoCVM nº 476, de 16 de janeiro de 2009, em série única, e eventuais aditamentos a seremfirmados, da Medise Medicina Diagnóstico e Serviços S.A. São Paulo, 11 de novembrode 2011. Presidente do Conselho de Administração.

Maringá S.A. Cimento e Ferro-LigaCNPJ/MF nº 61.082.988/0001-70 - NIRE 35.300.017.455

Assembleia Geral Extraordinária - Edital de ConvocaçãoFicam os senhores acionistas da Maringá S.A. Cimento e Ferro-Liga (“Companhia”) devidamentepconvocados a participarem, em primeira convocação, da Assembleia Geral Extraordinária que serealizará no dia 18 de novembro de 2011, às 16:00 horas, no prédio da sede da Companhia,localizada no Município de São Paulo, Estado de São Paulo, na Rua São Bento, nº 329, no 12ºandar, Centro, CEP 01011-902, a fim de deliberarem sobre (a) análise e deliberação sobre proposta deaquisição de ações de emissão da própria Companhia para manutenção em tesouraria. InformaçõesGerais: Em conformidade com o artigo 135, parágrafo 3º, da Lei nº 6.404/76, encontram-se à disposiçãodos acionistas, na sede social da Companhia, todos os documentos e informações necessários àdeliberação das matérias previstas na ordem do dia. São Paulo, 08 de novembro de 2011. A Diretoria.

TF INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE MODAS LTDA., inscrita no CNPJ /MF sob o nº 45.899.606/0011-10, I.E. n° 112.919.715.117,estabelecida na Av. Ibirapuera, nº 3103, Loja M-042, Indianópolis, CEP 04029-200 - São Paulo - SP, por seu representantelegal, DECLARA, sob as penas da lei, que extraviou os formulários série 3, modelo 1, AIDF 182178846907, nº 173.706 a174.000, não utilizados pelo contribuinte, e os formulários série D, modelo Bloco, AIDF 1394, nºS 7001 a 7703, emitidospelo contribuinte e 7704 a 10.000, em branco e não utilizados, ambos relativos à mesma AIDF.

TF INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE MODAS LTDA., inscrita no CNPJ /MF sob o nº 45.899.606/0006-53,I.E. n° 112.186.480.110, estabelecida na Av. Brigadeiro Faria Lima, nº 2232, Loja X84, Jd. Paulistano,CEP 01451-000 - São Paulo - SP, por seu representante legal, DECLARA, sob as penas da lei, queextraviou os formulários série D, modelo Bloco, AIDF 232, nos 001 a 1248 emitidos pelo contribuinte, eos formulários em branco 1249 a 1500 não utilizados pelo contribuinte, ambos relativos à mesma AIDF.

TF INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE MODAS LTDA., inscrita no CNPJ /MF sob nº 45.899.606/040-55, I.E.n° 113.583.818.112, estabelecida na Av. Roque Petroni Júnior, 1089, Jardim das Acácias, CEP 04707-000, por seu representante legal, DECLARA, sob as penas da lei, que extraviou os formulários série3, modelo 1, AIDF 182178846907, nos 178.001 a 178344, emitidos e em branco, bem como o formuláriosérie 4, modelo 1, AIDF 82765, nº 128.778, não utilizado pelo contribuinte.

EXTRAVIOEnterprise Equipamentos Automotivos e Eletrônicos Ltda. – EPP, CNPJ: 10.407.865/0001-20,IE: 148.346.895.112, comunica o extravio de notas fiscais estaduais de formulário contínuo modelo1 extraviadas em branco do número 1994 até 2014.

GTEC CONSULTORIA EM INFORMÁTICA LTDA, CNPJ 03.040.159/0001-28, por seus sócios, declara extinta a sociedade em 02.05.2011, conformedistrato social.

ANALIA FRANCO INFORMÁTICA LTDA, CNPJ 04.388.059/0001-50, porseus sócios, declara extinta a sociedade em 01.08.2011, conformedistrato social.

CPM Braxis S.A.CNPJ/MF Nº 65.599.953/0001-63 – NIRE: 35.300.178.815

Ata de Reunião do Conselho de Administração realizada em 04 de novembro de 20111. Data, Horário e Local: Em 04/11/2011, às 9 hs., na sede social da CPM Braxis S.A. (“Cia” ou “Emissora”), na AlamedaAraguaia, 1930, Alphaville, Barueri-SP. 2. Convocação: Dispensada a convocação em virtude da presença da totalidadedos membros do conselho de administração da Cia.. 3. Presença: Presentes todos os membros do Conselho de Adminis-tração da Cia.. 4. Composição da Mesa: Presidente: Jair Ribeiro da Silva Neto; Secretário: Antonio Carlos Rego Gil.5. Ordem do Dia: Deliberar sobre (a) a realização da 3ª emissão de notas promissórias comerciais da Cia., para distribui-ção pública, com esforços restritos de colocação, conforme o procedimento descrito na Instrução CVM nº 476, de 16/01/2009,conforme alterada (“Instrução CVM nº 476/09”), e conforme autorizado pelo inciso I do Art. 1º, §1º, desta norma (“Emissão”e “Notas Promissórias”), sobre as características da Emissão e sobre a concessão de garantias reais do pagamento dasNotas Promissórias; e (b) a autorização aos diretores da Cia. para que estes adotem todas as medidas necessárias paraa formalização da Emissão. 6. Deliberações: Os membros do conselho de administração da Cia. presentes deliberaram,por unanimidade: (a) realizar a 3ª emissão pública de notas promissórias comerciais da Cia., para distribuição pública comesforços restritos de colocação, nos termos da Instrução CVM nº 476/09 (“Notas Promissórias”), com as seguintescaracterísticas: (i) quantidade total de Notas Promissórias: 18 Notas Promissórias; (ii) valor nominal unitário:R$5.000.000,00 para cada Nota Promissória na respectiva Data de Emissão, conforme definida abaixo; (iii) número deséries: série única; (iv) valor total da emissão: R$ 90.000.000,00; (v) forma: as Notas Promissórias serão emitidasfisicamente, em forma cartular, e ficarão depositadas junto à instituição contratada para prestação dos serviços de bancomandatário; (vi) data de emissão: a data de emissão das Notas Promissórias será a data de sua efetiva subscrição eintegralização (“Data de Emissão”); (vii) prazo de vencimento: as Notas Promissórias vencerão em até 180 dias conta-dos da Data de Emissão; (viii) preço de subscrição: a subscrição das Notas Promissórias dar-se-á pelo respectivo ValorNominal Unitário, na Data de Emissão; (ix) distribuição, integralização e negociação: a colocação das Notas Promis-sórias será efetuada através do SDT – Módulo de Distribuição de Títulos administrado e operacionalizado pela CETIP S.A.– Mercados Organizados (“CETIP”). As Notas Promissórias serão integralizadas à vista, no ato de subscrição, em moedacorrente nacional, de acordo com as normas de liquidação aplicáveis à CETIP. As Notas Promissórias serão registradaspara negociação no CETIP21 – Títulos e Valores Mobiliários, administrado e operacionalizado pela CETIP, sendo as nego-ciações liquidadas e as Notas Promissórias custodiadas eletronicamente pela CETIP. As Notas Promissórias somentepoderão ser negociadas no CETIP21 – Títulos e Valores Mobiliários entre Investidores Qualificados, conforme disposto noArt. 13 da Instrução CVM nº 476/09, depois de decorridos 90 dias de sua subscrição ou aquisição pelo investidor, e desdeque cumpridas as exigências, pela Cia., dispostas no Art. 17 da Instrução CVM nº 476/09; (x) remuneração: as NotasPromissórias renderão juros correspondentes à variação percentual acumulada de 100% das taxas médias diárias de jurosdos DI – Depósitos Interfinanceiros de um dia, over extra grupo, expressas na forma percentual ao ano, base 252 diasúteis, calculadas e divulgadas diariamente pela CETIP, no informativo diário disponível em sua página na Internet (http://www.cetip.com.br), acrescida de spread ou sobretaxa de 3,20% ao ano, base 252 dias úteis, calculados de forma expo-nencial e cumulativa, pro rata temporis, desde a Data de Emissão até a data da sua efetiva liquidação (“Juros Remune-ratórios”), considerando os critérios estabelecidos no “Caderno de Fórmulas Notas Comerciais e Obrigações – CETIP21”disponível para consulta no sítio eletrônico http://www.cetip.com.br; (xi) periodicidade de pagamento: uma única vez,juntamente com o Valor Nominal Unitário, na data do resgate ordinário ou antecipado das Notas Promissórias; (xii) atua-lização do valor nominal: não haverá atualização do valor nominal das Notas Promissórias; (xiii) vencimento antecipado:as Notas Promissórias poderão ser declaradas vencidas antecipadamente, sendo exigível da Emissora o pagamento doValor Nominal Unitário, acrescido dos Juros Remuneratórios e demais encargos, calculados pro rata temporis desde aData de Emissão até a data do resgate das Notas Promissórias declaradas vencidas, na ocorrência das hipóteses a seremprevistas nas respectivas cártulas, e observados os procedimentos nelas dispostos; (xiv) oferta de resgate antecipado:as Notas Promissórias poderão ser resgatadas antecipadamente a qualquer momento, por iniciativa da Cia., medianteanuência expressa dos titulares de Notas Promissórias em circulação. O resgate será realizado pelo Valor Nominal Unitá-rio acrescido dos Juros Remuneratórios devidos até a data do efetivo resgate das Notas Promissórias, acrescido ou nãode prêmio de resgate, sendo que (I) eventual resgate antecipado parcial realizar-se-á mediante sorteio, nos termos do §1ºdo Art. 55 da Lei nº 6.404/76, observado ainda o disposto no § 4º do Art. 7º da Instrução CVM nº 134, de 01/11/1990; e(II) a liquidação financeira do resgate antecipado facultativo seguirá os procedimentos operacionais disponibilizados pelaCETIP. Todas as etapas do processo de validação do resgate antecipado, tais como habilitação dos titulares de NotasPromissórias, qualificação, sorteio, apuração, definição do rateio e de validação das quantidades de Notas Promissóriasa serem resgatadas por titular serão realizadas fora do âmbito da CETIP. A CETIP deverá ser comunicada através de cor-respondência da Cia. a respeito da realização do resgate antecipado, com pelo menos 1 dia útil de antecedência da datapretendida para a realização do resgate antecipado; (xv) regime de colocação: as Notas Promissórias serão objeto decolocação em regime de garantia firme de subscrição e integralização prestada pelo Banco Itaú BBA S.A., na condição deinstituiçao intermediária líder da oferta restrita das Debêntures, e pela HSBC Distribuidora de Títulos e Valores MobiliáriosS.A., na condição de instituição intermediária; (xvi) colocação de lote adicional e lote suplementar: não haverá acolocação de lote adicional e de lote suplementar de Notas Promissórias; (xvii) encargos moratórios: em caso de impon-tualidade no pagamento de qualquer quantia devida sob as Notas Promissórias, os débitos em atraso, devidamenteatualizados, ficarão sujeitos (I) à multa moratória convencional, irredutível e de natureza não compensatória de 2% sobreo valor devido e não pago; e (II) aos juros de mora calculados desde a data do inadimplemento até a data do efetivopagamento, à taxa de 1% ao mês ou fração de mês, sobre o montante devido e não pago, independentemente de aviso,notificação ou interpelação judicial ou extrajudicial; (xviii) prorrogação de prazos: considerar-se-ão automaticamenteprorrogadas as datas de pagamento de qualquer obrigação da Cia. sob as Notas Promissórias até o primeiro dia útilsubsequente, se a data de vencimento da respectiva obrigação coincidir com dia em que não houver expediente comercialou bancário na Cidade de São Paulo-SP, e/ou, conforme o caso, na Cidade de Barueri-SP, sem qualquer acréscimo aosvalores a serem pagos, ressalvados os casos cujos pagamentos devam ser realizados através da CETIP, hipótese em quesomente haverá prorrogação quando a data de pagamento da respectiva obrigação coincidir com sábado, domingo ouferiado nacional; (xix) garantia fidejussória: a Emissão não contará com garantia fidejussória ou aval; (xx) garantia real:em garantia do adimplemento das obrigações principais e acessórias da Cia. sob as Notas Promissórias, a Cia. cederáfiduciariamente aos titulares de Notas Promissórias, representados por instituição a ser contratada pela Cia. para prestaros serviços de agente de notas da Emissão (“Agente de Notas”), por meio de instrumento próprio (“Contrato de Garantias”),todos os direitos creditórios de titularidade da Cia. oriundos de contratos de prestação de serviços de tecnologia dainformação celebrados entre a Emissora e o Banco Bradesco S.A., ; (xxi) comprovação de titularidade: para todos osfins de direito, a titularidade das Notas Promissórias será comprovada pela respectiva cártula. Adicionalmente, para asNotas Promissórias custodiadas eletronicamente no CETIP21, a titularidade das Notas Promissórias será comprovada porextrato emitido pela CETIP em nome do respectivo titular das Notas Promissórias; (xxii) local de pagamento: os paga-mentos referentes às Notas Promissórias serão efetuados em conformidade com os procedimentos adotados pela CETIP,quando a Nota Promissória estiver custodiada eletronicamente no CETIP21, ou na sede da Cia., nos demais casos. (b)Ficam os diretores da Cia. autorizados a, em nome da Cia., (i) contratar instituição integrante do sistema de distribuiçãode valores mobiliários para desempenhar a função de instituição intermediária líder da oferta pública com esforços res-tritos de colocação das Notas Promissórias; (ii) celebrar o Contrato de Garantias, fixando suas cláusulas e condições; e(iii) praticar todos os demais atos necessários à efetivação da emissão das Notas Promissórias, inclusive a contrataçãode terceiros, como o Agente de Notas, os assessores legais e instituição prestadora do serviço de banco mandatário.7. Encerramento: Nada mais havendo a deliberar, o Sr. Presidente deu por encerrados e concluídos os trabalhos. Emseguida, suspendeu a sessão pelo tempo necessário à lavratura da presente ata sob forma de sumário. Reaberta a sessão,foi esta ata lida, aprovada e por todos os presentes assinada. Mesa: Presidente: Jair Ribeiro da Silva Neto; Secretário:Antonio Carlos Rego Gil. Membros do Conselho de Administração presentes: Aiman Ezzat, Antonio Carlos Rego Gil, EttoreVictor Biagioni, Jair Ribeiro da Silva Neto,Milton Amilcar Silva Vargas, Navin Goel, Patrick Michel Nicolet, Paul David Spencee Paul Jean Hermelin. A presente é cópia fiel da ata lavrada em livro próprio. (ass.) Mesa: Jair Ribeiro da Silva Neto –Presidente; Antonio Carlos Rego Gil – Secretário. Junta Comercial do Estado de São Paulo. Certifico o registro sob onº 447.382/11-1 em 09/11/2011. Kátia Regina Bueno de Godoy – Secretária Geral.

Banco Bradesco S.A.CNPJ no 60.746.948/0001-12 - NIRE 35.300.027.795

Ata da Reunião Extraordinária no 1.812, do Conselho deAdministração, realizada em 19.9.2011

Aos 19 dias do mês de setembro de 2011, às 16h30, na sede social, Cidade deDeus, 4o andar do Prédio Vermelho, Vila Yara, Osasco, SP, reuniram-se osmembros do Conselho de Administração sob a presidência do senhor Lázaro deMello Brandão. Durante a reunião, os senhores Conselheiros:

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............................................................................................................

3. relativamente à deliberação tomada no item “a.2” da Reunião Extraordináriano 1.750, deste Órgão, realizada em 24.3.2011, referente à solicitação aoBanco Central do Brasil (BACEN) para aumento do limite do porcentual departicipação estrangeira no capital da Sociedade, concederam autorização àDiretoria para tomar todas as providências necessárias junto ao BACEN, afim de retificar de 45% para 35% o limite do porcentual anteriormentepleiteado, por entender que os 35% atenderão adequadamente à demandaestimada do Programa de ADRs (American Depositary Receipts),ratificando-se as demais deliberações tomadas naquela Reunião.

Nada mais foi tratado, encerrando-se a reunião e lavrando-se esta Ata que osConselheiros presentes assinam. aa) Lázaro de Mello Brandão, Antônio Bornia,Mário da Silveira Teixeira Júnior, João Aguiar Alvarez, Denise Aguiar Alvarez, LuizCarlos Trabuco Cappi e Milton Matsumoto. Declaramos que a presente é cópia fielde trecho da Ata da Reunião Extraordinária no 1.812, do Conselho deAdministração, realizada em 19 de setembro de 2011, lavrada em livro próprio.Banco Bradesco S.A. aa) Ariovaldo Pereira e Antonio Campanha Junior -Procuradores. Certidão: Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência eTecnologia - Junta Comercial do Estado de São Paulo - Certifico o registro sobnúmero 432.177/11-5, em 31.10.2011. a) Kátia Regina Bueno de Godoy -Secretária Geral.

Banco Bradesco S.A.CNPJ no 60.746.948/0001-12 - NIRE 35.300.027.795

Ata da Reunião Extraordinária no 1.815, do Conselho deAdministração, realizada em 5.10.2011

Aos 5 dias do mês de outubro de 2011, às 9h, na sede social, Cidade de Deus, 4o

andar do Prédio Vermelho, Vila Yara, Osasco, SP, reuniram-se os membros doConselho de Administração sob a presidência do senhor Antônio Bornia, na ausênciado titular senhor Lázaro de Mello Brandão. Durante a reunião, os Conselheirosdeliberaram registrar o pedido de renúncia formulado pelo senhor Norberto PintoBarbedo, aos cargos de Diretor Vice-Presidente e Membro do Comitê de GestãoIntegrada de Riscos e Alocação de Capital, em carta desta data, cuja transcrição foidispensada, a qual será levada a registro juntamente com esta Ata, consignando-se,nesta oportunidade, agradecimentos pelos serviços prestados durante sua gestão.Nada mais foi tratado, encerrando-se a reunião e lavrando-se esta Ata, que osConselheiros presentes assinam. aa) Antônio Bornia, Mário da Silveira TeixeiraJúnior, João Aguiar Alvarez, Denise Aguiar Alvarez, Luiz Carlos Trabuco Cappi,Carlos Alberto Rodrigues Guilherme e Milton Matsumoto. Declaramos para osdevidos fins que a presente é cópia fiel da Ata lavrada no livro próprio e que sãoautênticas, no mesmo livro, as assinaturas nele apostas. Banco Bradesco S.A. aa)Domingos Figueiredo de Abreu e Antonio José da Barbara. Certidão: Secretaria deDesenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia - Junta Comercial do Estado deSão Paulo - Certifico o registro sob número 432.185/11-2, em 31.10.2011. a) KátiaRegina Bueno de Godoy - Secretária Geral.

PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE ARARAQUARASECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DE ARARAQUARA

AVISO DE LICITAÇÃOAcha-se aberto, na Secretaria Municipal de Saúde da Prefeitura do Município de Araraquara, Av.Espanha nº 188 - 6º andar - Centro - Araraquara - CEP: 14.80l.130 - Fone/Fax nº 3301 1704, oEdital de PREGÃO ELETRÔNICO nº 081/2011, que visa o “Registro de Preço para medicamentospara CMS e ESF”. A informação dos dados para acesso deve ser feita no site www.licitacoes-e.com.br ou e-mail: [email protected]. ABERTURA DAS PROPOSTAS: às08:30 h do dia 29 de novembro de 2011. INÍCIO DA SESSÃO DE DISPUTA DE PREÇOS: às09:30 h do dia 29 de novembro de 2011.

Araraquara, 11 de novembro de 2011WAGNER DOS SANTOS TEDESCO - Comissão Julgadora de Licitações

Bradesco Leasing S.A. - ArrendamentoMercantil

CNPJ no 47.509.120/0001-82 - NIRE 35.300.151.381Ata da Reunião Extraordinária no 58, do Conselho de Administração,

realizada em 5.10.2011

Aos 5 dias do mês de outubro de 2011, às 11h30, na sede social, Cidade de Deus, Prédio Prata, 2o

andar, Vila Yara, Osasco, SP, reuniram-se os membros do Conselho de Administração sob apresidência do senhor Antônio Bornia, na ausência de seu titular senhor Lázaro de Mello Brandão.Durante a reunião, os Conselheiros deliberaram:

1) registrar o pedido de renúncia ao cargo de Diretor da Sociedade, formulado pelo senhorNorberto Pinto Barbedo, em carta de 5.10.2011, cuja transcrição foi dispensada, a qual serálevada a registro juntamente com esta Ata, consignando-se, nesta oportunidade,agradecimentos pelos serviços prestados durante sua gestão;

................................................................................................................................................

..............................................................................................................................................Nada mais foi tratado, encerrando-se a reunião e lavrando-se esta Ata que os Conselheirospresentes assinam. aa) Antônio Bornia, Mário da Silveira Teixeira Júnior, Luiz Carlos TrabucoCappi, Carlos Alberto Rodrigues Guilherme e Milton Matsumoto. Declaramos que a presente écópia fiel de trecho da Ata da Reunião Extraordinária no 58, do Conselho de Administração,realizada em 5 de outubro de 2011, lavrada em livro próprio. Bradesco Leasing S.A. -Arrendamento Mercantil aa) Julio de Siqueira Carvalho de Araujo e Domingos Figueiredo de Abreu.Certidão: Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia - Junta Comercial doEstado de São Paulo - Certifico o registro sob número 431.847/11-3, em 27.10.2011. a) KátiaRegina Bueno de Godoy - Secretária Geral.

Cidade de Deus - Companhia Comercial deParticipações

CNPJ no 61.529.343/0001-32 - NIRE 35.300.053.800Ata da Reunião Extraordinária da Diretoria realizada em 1o.9.2011

No primeiro dia do mês de setembro de 2011, às 11h, na sede social, Cidade de Deus, 4o andar doPrédio Vermelho, Vila Yara, Osasco, SP, reuniram-se os membros da Diretoria da Sociedade sob apresidência do senhor Lázaro de Mello Brandão. Durante a reunião, os Diretores deliberaram:

1) majorar, ad referendum do Conselho de Administração, o valor dos Dividendos mensais, pagosantecipadamente aos acionistas da Sociedade, elevando-os de R$0,93 para R$1,00 por lote demil ações, a partir do mês em curso;

2) pagar aos acionistas da Sociedade, conforme disposições estatutárias e legais, Dividendosrelativos ao mês de setembro/2011, no valor de R$1,00 por lote de mil ações, beneficiando osacionistas que se acharem inscritos nos registros da Sociedade nesta data. O pagamento seráfeito em 3.10.2011, pelo valor declarado, não havendo retenção de Imposto de Renda naFonte, nos termos do Artigo 10 da Lei no 9.249/95, por meio de crédito em conta correntemantida no Banco Bradesco S.A. Os referidos Dividendos serão computados no cálculo dodividendo mínimo obrigatório do exercício previsto no Estatuto Social, e creditadosindividualizadamente, a partir desta data, à conta de ações dos acionistas da Sociedade.

Nada mais foi tratado, encerrando-se a reunião e lavrando-se esta Ata que os Diretores presentesassinam. aa) Lázaro de Mello Brandão, Antônio Bornia, João Aguiar Alvarez, Denise AguiarAlvarez e Luiz Carlos Trabuco Cappi. Declaramos para os devidos fins que a presente é cópia fielda ata lavrada no livro próprio e que são autênticas, no mesmo livro, as assinaturas nele apostas.Cidade de Deus - Companhia Comercial de Participações a) Antônio Bornia. Certidão: Secretariade Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia - Junta Comercial do Estado de São Paulo –Certifico o registro sob número 431.975/11-5, em 27.10.2011. a) Kátia Regina Bueno de Godoy -Secretária Geral.

PREFEITURA MUNICIPAL DE

PEREIRA BARRETO/SP

TERMO DE RE-RATIFICAÇÃO DE EDITALPROCESSO LICITATÓRIO 5249/2011

PREGÃO 26/2011Objeto: Contratação de Empresa de Engenharia de Saneamento para pres-tação de serviços de limpeza urbana compreendendo coleta de lixodomiciliar e comercial, coleta seletiva, varrição manual/mecanizada de viaspúblicas, coleta mecanizada de galhos, roçada de jardins e assemelhados eEducação Ambiental. 1 - Passa a fazer parte integrante do Edital do proces-so supra, como Anexo XIX, a Planilha Orçamentária, contendo osquantitativos e preços unitários; 2 - Altera a redação do item 3.3.2 do AnexoI a saber: 3.3.2. A varrição mecanizada será feita com equipamento tipovarredeira mecânica/aspirador, com operador pedestre, ou outro equivalen-te ou superior devidamente guarnecido de sacos plásticos especiais,fornecidos pela contratada, suficientemente resistentes, para evitar derra-mamento dos resíduos enquanto aguardam no passeio seu recolhimentopelos veículos de coleta. 3 - Em obediência ao disposto no art. 21, § 4º, daLei 8666/93, fica designada para o dia 28 de novembro de 2011, às09h30min, a sessão pública para a realização do Pregão em epígrafe. Asdemais disposições permanecem inalteradas, estando a Planilha Orçamen-tária, a que se refere o item 1 deste termo, disponível, desde já, no sitewww.pereirabarreto.sp.gov.br.

Arnaldo Shigueyuki Enomoto - Prefeito

FDE AVISA:PREGÃO ELETRÔNICO Nº 70/00366/11/05

OBJETO: FORNECIMENTO E MONTAGEM DE SISTEMA DE PISO ELEVADO, COMPOSTO DE PLACAS REMOVÍVEIS EMODULARES, FIXADAS SOBRE PEDESTAIS DE SUSTENTAÇÃO PARA O PRÉDIO DA CEI/COGSP/DRHU.A FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO - FDE comunica às empresas interessadas que se achaaberta licitação para Fornecimento e Montagem de sistema de piso elevado, composto de placas removíveis emodulares, fixadas sobre pedestais de sustentação para o prédio da CEI/COGSP/DRHU.As empresas interessadas poderão obter informações e verificar o Edital a partir de 16/11/2011, no endereçoeletrônico www.bec.sp.gov.br ou na sede da FDE, na Supervisão de Licitações, na Av. São Luís, 99 - República -CEP: 01046-001 - São Paulo/SP, de segunda a sexta-feira, no horário das 08:30 às 17:00 horas, ou verificar o editalna íntegra, através da Internet no endereço: http://www.fde.sp.gov.br.A sessão pública de processamento do Pregão Eletrônico será realizada no endereço eletrônico www.bec.sp.gov.br,no dia 29/11/2011, às 09:30 horas, e será conduzida pelo pregoeiro com o auxílio da equipe de apoio, designadosnos autos do processo em epígrafe e indicados no sistema pela autoridade competente.Todas as propostas deverão obedecer, rigorosamente, ao estabelecido no edital e seus anexos e serãoencaminhadas, por meio eletrônico, após o registro dos interessados em participar do certame e o credenciamentode seus representantes previamente cadastrados. A data do início do prazo para envio da proposta eletrônica será de16/11/2011, até o momento anterior ao início da sessão pública.

JOSÉ BERNARDO ORTIZPresidente

SECRETARIA DE ESTADODA EDUCAÇÃO

GOVERNO DO ESTADODE SÃO PAULO

FDE AVISA:PREGÃO ELETRÔNICO Nº 23/00062/11/05

OBJETO: Contratação de empresa para a prestação de serviços de assistência médico-hospitalar aosempregados da FDE, assim como seus respectivos dependentes, na modalidade coletiva, com abrangênciaem todo o território nacional, com ênfase na Capital, Grande São Paulo e Interior do Estado de São Paulo.A FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO - FDE comunica às empresas interessadas que se achaaberta licitação para Contratação de empresa para a prestação de serviços de assistência médico-hospitalar aosempregados da FDE, assim como seus respectivos dependentes, na modalidade coletiva, com abrangência em todo oterritório nacional, com ênfase na Capital, Grande São Paulo e Interior do Estado de São Paulo.As empresas interessadas poderão obter informações e verificar o Edital a partir de 16/11/2011, no endereçoeletrônico www.bec.sp.gov.br ou na sede da FDE, na Supervisão de Licitações, na Av. São Luís, 99 - República -CEP: 01046-001 - São Paulo/SP, de segunda a sexta-feira, no horário das 08:30 às 17:00 horas, ou verificar o editalna íntegra, através da Internet no endereço: http://www.fde.sp.gov.br.A sessão pública de processamento do Pregão Eletrônico será realizada no endereço eletrônico www.bec.sp.gov.br,no dia 28/11/2011, às 09:30 horas, e será conduzida pelo pregoeiro com o auxílio da equipe de apoio, designadosnos autos do processo em epígrafe e indicados no sistema pela autoridade competente.Todas as propostas deverão obedecer, rigorosamente, ao estabelecido no edital e seus anexos e serãoencaminhadas, por meio eletrônico, após o registro dos interessados em participar do certame e o credenciamentode seus representantes previamente cadastrados. A data do início do prazo para envio da proposta eletrônica será de16/11/2011, até o momento anterior ao início da sessão pública.

JOSÉ BERNARDO ORTIZPresidente

SECRETARIA DE ESTADODA EDUCAÇÃO

GOVERNO DO ESTADODE SÃO PAULO

FDE AVISA:PREGÃO ELETRÔNICO DE REGISTRO DE PREÇOS Nº 52/00589/11/05

OBJETO: Contratação de empresa especializada na prestação de serviços de hospedagem, locação deequipamentos e mobiliário, locação de espaço físico, mão de obra, serviços de buffet, serviços gráficos e detransporte, a serem realizados pela Fundação para o Desenvolvimento da Educação - FDE, em todo o Estadode São Paulo (Capital, Grande São Paulo e Interior), compreendendo o planejamento operacional,organização, execução e acompanhamento.A FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO - FDE comunica às empresas interessadas que seacha aberta licitação para Contratação de empresa especializada na prestação de serviços de hospedagem,locação de equipamentos e mobiliário, locação de espaço físico, mão de obra, serviços de buffet, serviçosgráficos e de transporte, a serem realizados pela Fundação para o Desenvolvimento da Educação - FDE, emtodo o Estado de São Paulo (Capital, Grande São Paulo e Interior), compreendendo o planejamento operacional,organização, execução e acompanhamento.As empresas interessadas poderão obter informações e verificar o Edital a partir de 16/11/2011, no endereçoeletrônico www.bec.sp.gov.br ou na sede da FDE, na Supervisão de Licitações, na Av. São Luís, 99 - República -CEP: 01046-001 - São Paulo/SP, de segunda a sexta-feira, no horário das 08:30 às 17:00 horas, ou verificar o editalna íntegra, através da Internet no endereço: http://www.fde.sp.gov.br.A sessão pública de processamento do Pregão Eletrônico será realizada no endereço eletrônico www.bec.sp.gov.br,no dia 28/11/2011, às 10:00 horas, e será conduzida pelo pregoeiro com o auxílio da equipe de apoio, designadosnos autos do processo em epígrafe e indicados no sistema pela autoridade competente.Todas as propostas deverão obedecer, rigorosamente, ao estabelecido no edital e seus anexos e serãoencaminhadas, por meio eletrônico, após o registro dos interessados em participar do certame e o credenciamentode seus representantes previamente cadastrados. A data do início do prazo para envio da proposta eletrônica será de16/11/2011, até o momento anterior ao início da sessão pública.

JOSÉ BERNARDO ORTIZPresidente

SECRETARIA DE ESTADODA EDUCAÇÃO

GOVERNO DO ESTADODE SÃO PAULO

FALÊNCIA, RECUPERAÇÃO EXTRAJUDICIAL E RECUPERAÇÃO JUDICIAL

Conforme informação da Distribuição Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo,

foram ajuizados no dia 11 de novembro de 2011, na Comarca da Capital, os

seguintes pedidos de falência, recuperação extrajudicial e recuperação judicial:

Requerente: Nova Piramidal Thermoplastics Ltda. Requerido: Allpac Ltda. Rua Allpac,136 – Vila Jaraguá - 1ª Vara de Falências.Requerente: Ceazza Distribuidora de Frutas Verduras e Legumes Ltda. Requerido:Comercial Agrícola Aroeira Ltda - ME. - Rua Hassib Mofarrej, 1.018 – Vila Leopoldina- 2ª Vara de Falências.Requerente: Edra Saneamento Básico Indústria e Comércio Ltda. Requerido: SãoFernando Energia Ltda. Avenida Brigadeiro Faria Lima, 2.012 - Conjunto 54, Sala 04– Jardim Paulistano - 2ª Vara de Falências.Requerente: Madre Del Sol Comércio de Confecções Ltda. ME. – AutoFalência.Requerido: Madre Del Sol Comércio de Confecções Ltda. ME. – AutoFalência.Rua Manoel Borba, 158 – Santo Amaro - 2ª Vara de Falências.===============RECUPERAÇÃO JUDICIAL ==============Requerente: União Agrícola Princesa do Oeste Ltda. Requerido: União AgrícolaPrincesa do Oeste Ltda. Rua Labatut, 368 – Ipiranga - 1ª Vara de Falências.

Page 22: 14/11/2011

sábado, domingo e segunda-feira, 12, 13 e 14 de novembro de 201122 DIÁRIO DO COMÉRCIO

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economia

Angela Crespo é jornalistaespecializada em consumo.

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É importante saber que as placas com os dizeres "não nos responsabilizamospelos objetos deixados dentro do veículo" não têm validade legal.

O estabelecimento que ofereceestacionamento, gratuito ou pago, arca com

os prejuízos do consumidor

Os vallets são um caso àparte. Na cidade deSão Paulo, esse

serviço é regulado pela Lei nº13.763/04, que estabelecenormas para o exercício daprestação dos serviços demanobra e guarda deveículos. São comuns nonoticiário denúncias demanobristas que, apósreceberem o veículo, oestacionam numa rua. Nestecaso, tanto a empresa quecontratou o serviço quanto ade vallet são responsáveis,inclusive, pelo pagamento damulta se o veículo for autuadopor estar parado em local nãoautorizado ou por qualqueroutra infração. "Oconsumidor pode exigir até atransferência dos pontos desua carteira de habilitação",acrescenta a diretora adjuntado Procon-SP.

Os serviços de vallets, naCapital paulista, sãoobrigados por lei a tercontrato de seguro contrafurto, roubo, incêndio e perdatotal. Essa regra, aliás, valetambém para qualquer outrotipo de estacionamento e temcomo objetivo garantir acobertura dos prejuízos aoc o n s u m i d o r.Em se tratando de shoppingcenter, supermercados e lojas,essa norma só deve sercumprida se o local oferecermais de 50 vagas.

O QUE DIZ O CDC

FI QU E POR D E N T RO

Gravações de SAC ficarão na internet

Danos emveículos: todos

são responsáveis.

Felipe Rau/AE

Também cabe ao estacionamento indenizar o consumidor caso o veículo sofra dano causado por terceiros

Écerto que cada vezmais o consumidorbusca tranquilidadena hora em que sai de

casa para realizar uma compra.E estacionamento é um dositens que ele considera ao optarpor um estabelecimento comer-cial, seja este um shopping cen-ter, supermercado, bar, restau-rante etc. Caso o local não pos-sua estacionamento próprio, eleaté aceita usar os particulares ouos vallets, sempre acreditandoque seu veículo estará bemguardado, ou melhor, na espe-rança de que o inciso III do arti-go 4º do Código de Defesa doConsumidor (CDC), que tratada boa-fé e do equilíbrio nas re-lações entre consumidores e for-necedores, será plenamentecumprido.

Mas nem sempre isso ocor-re. Exemplo recente é o do ma-nobrista que emprestou a ami-gos um veículo deixado no es-tacionamento em que traba-l h a v a , e a c a b a r a m s eenvolvendo em um acidente eduas pessoas morreram.

De quem é a responsabilida-de neste caso ou em muitos ou-

tros que não são tão trágicos,mas também causam prejuízosao consumidor, como uma rala-da no veículo, um furto, um ar-rombamento? Caberá ao consu-midor acionar quem administrao estacionamento no caso de ter-ceirizado ou quem terceiriza oserviço? E se o estacionamento égratuito? Será que por não rece-ber pela estadia o estabeleci-mento estará isento de respon-der pelo dano causado ao seucliente? No caso de vallets, a res-ponsabilidade é da empresaque contrata o serviço para ofe-

recer a seus clientes ou do pró-prio vallet? Ou dos dois?

Solidária – Andrea Sanches,diretora adjunta de ProgramasEspeciais do Procon-SP, expli-ca que na maioria dos casosque envolve estacionamento éaplicado o artigo 14 do CDC,que trata da responsabilizaçãopela reparação de danos cau-sados ao consumidor por de-feitos na prestação de serviços.Assim, segundo ela, todas aspartes envolvidas podem seracionadas pelo consumidorpara reparar seu dano. "Só nãose aplica a responsabilidadesolidária se o espaço onde fun-ciona o estacionamento é loca-do para uma empresa e estapresta seu serviço diretamenteao usuário e no local não há ne-nhum tipo de atividade queatraia clientes."

Portanto, o shopping, o su-permercado e até mesmo ohospital que transferem paraterceiros a administração deseu estacionamento não estãoisentos de responderem pelodano a um veículo. "O usuá-rio pode não saber ou nãoquer saber se o serviço foi ter-

ceirizado. Para ele, quem ofe-rece é o estabelecimento co-mercial e não outra empresa,mesmo que na entrada ele re-ceba um tíquete com nome daterceirizada", acrescenta An-dréa Sanches.

Inúmeros supermercadoscom estacionamento terceiri-zado franqueiam aos seusclientes um período gratuito sehouver alguma compra. Ou-tros oferecem o serviço total-mente grátis. Tanto num casocomo no outro o estabeleci-mento e o terceirizado são osresponsáveis pelo veículo e es-te deve ser devolvido ao con-sumidor nas mesmas condi-ções em que foi deixado no lo-cal. "Tudo que agrega valor aum estabelecimento comer-cial, e estacionamento é umitem, é inquestionável a res-ponsabilidade."

Plac as – Cabe indenizaçãotambém ao consumidor casoseu veículo sofra algum dano noestacionamento provocado porterceiros ou pelo manobrista eaté mesmo se for furtado algumobjeto de seu interior e ele tenhacomo provar que o deixou nocarro. Nas decisões judiciais deações de consumidores sobredanos em veículos, é comumencontrar comentários de juízesafirmando que os estabeleci-mentos comerciais usam o esta-cionamento como forma dechamar a atenção dos clientes,

portanto, o dever da guarda, davigilância e da custódia dos car-ros é decorrente de um serviçocomplementar pago indireta-mente quando o consumidorfaz compra no local.

Quanto a furto de objetos dedentro dos carros, é importan-te saber que as placas com osdizeres "não nos responsabili-zamos pelos objetos deixadosdentro do veículo" não têm va-lidade legal. Muitos estabele-cimentos se defendem dizen-do que há consumidores queagem de má-fé e não provamque deixaram um determina-do objeto no interior do carro.Andréa Sanches, do Procon-SP, lembra que pelo CDC quemdeve fazer a prova de que o ob-jeto não estava lá é o estabele-cimento, é a chamada inversãodo ônus da prova, conforme oartigo 6º, inciso 8º.

Para se precaverem, as em-presas podem, por exemplo,manter um funcionário na por-ta do estacionamento checan-do na entrada do veículo ositens que estão no carro assimcomo o estado geral do veícu-lo. Esse termo tem de ser assi-nado pelo consumidor e usadocomo prova no caso de umaação judicial.

Estacionamentoindenizapor furto

A4ª Câmara de Direi-to Civil do Tribunalde Justiça de Santa

Catarina garantiu a umconsumidor indenizaçãomaterial por ter seu veícu-lo furtado do estaciona-mento de um supermerca-do, não sendo localizado.Entretanto, foi negado re-paração por danos morais,pois os desembargadoresconsideraram que o furtodo carro não implica abalopsicológico passível de re-paração. "O dano moralexige algo mais agressivoao indivíduo, algo que váalém dos incômodos diá-rios previsíveis, atingindoa dignidade e honra, bensjurídicos que não foramatingidos no caso em dis-cussão”, finalizaram os jul-gadores. Em 1º Grau, o pe-dido do consumidor foijulgado totalmente im-pro cedente.

Na ação, o consumidorinformou que deixou oveículo no estacionamen-to, gratuito, enquanto fa-zia as compras. Na volta,não encontrou o carro. Nadefesa, o supermercadoargumentou que seu esta-cionamento é aberto aopúblico, sem controle deentrada e saída.

Sustentou, ainda, que oautor não comprovou quefora com o carro até o mer-cado. Por fim, afirmou nãohaver a obrigação de re-parar, pois há placas indi-cativas informando que oestabelecimento não seresponsabiliza por furtosou roubos.

Para a Câmara, ficou cla-ra a relação de consumoentre as partes, já que o au-tor comprovou ter efetua-do suas compras naqueledia. "A gratuidade do ser-viço oferecido não arredaa responsabilidade da ré,por constituir acessórioque tem por finalidade in-crementar o volume devendas, em razão da facili-dade de acesso e comodi-dade que representa aosclientes", afirmou o relatorda matéria, desembarga-dor Victor Ferreira.

Fonte: Tribunal de Justi-ç a d e S a n t a C a t a r i n a( TJSC)

Como o Decreto 6.523/08, conhecidocomo Lei do SAC, não normatiza as

formas de acesso às conversas gravadasentre consumidores e atendentes, o de-putado Antonio Roberto (PV-MG) apre-sentou Projeto de Lei 1427/11 (em trami-tação), que, se aprovado, obrigará os ser-viços de atendimento ao consumidor portelefone, os SACs, a liberar na internet asgravações de conversas entre consumi-dor e atendente até 24 horas após a liga-ç ã o.

Conforme a proposta, a gravação será

acessada por senha.As empresas que não cumprirem as de-

terminações, conforme a proposta do pro-jeto, receberão medidas administrativas,como suspensão da atividade ou cassaçãoda licença do estabelecimento.

Conforme o autor da proposta, as grava-ções hoje são feitas apenas quando há in-teresse da empresa. Ainda há, segundoele, uma assimetria nas relações entreconsumidor e empresa nos serviços deatendimento telefônico. "A medida pre-vista no projeto é de fundamental impor-

tância para a defesa em juízo do consumi-dor lesado", afirmou.

Caso o projeto seja aprovado, as empre-sas terão prazo de 180 dias para se adequa-rem às novas regras.

Fonte: Agência Câmara

Artigo 4ºA Política Nacional das Relações de

Consumo tem por objetivo oatendimento das necessidades dosconsumidores, o respeito à suadignidade, saúde e segurança, aproteção de seus interesseseconômicos, a melhoria da suaqualidade de vida, bem como atransparência e harmonia das relaçõesde consumo, atendidos os seguintesprincípios: (Redação dada pela Lei nº9.008, de 21.3.1995)

III - harmonização dos interesses dosparticipantes das relações de consumo ecompatibilização da proteção doconsumidor com a necessidade dedesenvolvimento econômico etecnológico, de modo a viabilizar osprincípios nos quais se funda a ordemeconômica (art. 170, da ConstituiçãoFederal), sempre com base na boa-fé eequilíbrio nas relações entre

consumidores e fornecedores;Artigo 6ºSão direitos básicos do consumidor:VI – a efetiva prevenção e reparação

de danos patrimoniais e morais,individuais, coletivos e difusos;

VIII – a facilitação da defesa de seusdireitos, inclusive com a inversão doônus da prova, a seu favor, no processocivil, quando, a critério do juiz, forverossímil a alegação ou quando for elehipossuficiente, segundo as regrasordinárias de experiências;

Artigo 14O fornecedor de serviços responde,

independentemente da existência deculpa, pela reparação dos danoscausados aos consumidores pordefeitos relativos à prestação dosserviços, bem como por informações

insuficientes ou inadequadas sobre suafruição e riscos.

§ 1° O serviço é defeituoso quandonão fornece a segurança que oconsumidor dele pode esperar, levando-se em consideração as circunstânciasrelevantes, entre as quais:

I - o modo de seu fornecimento;II - o resultado e os riscos que

razoavelmente dele se esperam;III - a época em que foi fornecido.§ 2º O serviço não é considerado

defeituoso pela adoção de novastécnic as.

§ 3° O fornecedor de serviços só nãoserá responsabilizado quando provar:

I - que, tendo prestado o serviço, odefeito inexiste;

II - a culpa exclusiva do consumidorou de terceiro.

§ 4° A responsabilidade pessoal dosprofissionais liberais será apuradamediante a verificação de culpa.

Multa de trânsitodeve ser pagapor empresa

Andrea Sanches, diretoraadjunta do Procon-SP

Divulgação

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sábado, domingo e segunda-feira, 12, 13 e 14 de novembro de 2011 23DIÁRIO DO COMÉRCIO

ACREDITA,CORINTHIANS

FIM DE JEJUMSão Paulo ganha após9 jogos, mas Palmeirassegue sem vencer.Pág. 24

BRASIL JOGA HOJESeleção faz últimojogo do ano contra oEgito, no Catar.Pág. 25espor te

Uma partida que noc o m e ç o p a re c i amoleza acabou setransformando no

sofrimento de que o corintianotanto gosta. No fim, a vitóriapor 2 a 1 sobre o Atlético-PR,domingo, no Pacaembu, man-teve a equipe na liderança,apesar de o Vasco, que tambémganhou (2 a 0 no Botafogo),continuar muito perto, com omesmo número de pontos (61)e apenas uma vitória a menos(17 contra 18) ao longo de todoo campeonato.

O resultado foi praticamen-te consolidado nos primeirosquatro minutos, com os gols dePaulinho e Emerson. No en-tanto, após os elétricos 15 pri-meiros minutos, o Corin-

thians, assim como a partida,caiu de ritmo. No segundotempo, logo aos 3 minutos,Paulo Baier descontou para 2 a1. Depois, o goleiro corintianoJúlio César torceu para umchute de longe de Nieto nãoentrar --a bola bateu no traves-são e quicou rente à linha dogol - e ainda acabou levandooutra bola na trave. O jogo aca-bou com chuva e drama, mas oCorinthians acabou seguran-do a vantagem, tanto no jogoquanto no campeonato.

“Fazer dois tempos com a in-tensidade que apresentamosno primeiro é humanamenteimpossível”, disse o técnico Ti-te após a partida. “Fomos paradentro do adversário, atrope-lamos. No segundo, a ideia era

quebrar o ritmo do Atlético,trabalhar a bola e forçar o ter-ceiro gol. Nós levamos um,sentimos um pouco, mas de-pois de uns dez minutos volta-mos a retomar o equilíbrio. Na-quele momento, teríamos denos manter calmos, não apavo-rar. Coloquei o Morais para terum pouco mais de retenção debola na frente. O Adriano tam-bém entrou para fazer o pivô esegurar. Soubemos controlaras ações, o ímpeto do adversá-rio, e saímos com os três pontosimportantíssimos.”

Após quatro jogos afastado,Adriano reapareceu, primeirono banco de reservas do Corin-thians, depois em campo, apartir dos 33 minutos do se-gundo tempo. O atacante aca-

bou não tendo grande contri-buição para o resultado, po-rém não passou despercebido.Quando o Atlético-PR fez seuprimeiro gol, a torcida come-çou a gritar seu nome. QuandoMorais substituiu Liedson,parte do Pacaembu vaiou e gri-tou “burro” para o técnico Tite,pedindo ali sua entrada.

Adriano demorou ainda pa-ra entrar em campo, na vaga deWillian. Tinha apenas 15 minu-tos para mostrar estar em me-lhor forma. “É pouco tempopara avaliar como estou. A ca-da dia, melhoro. Estou me sen-tindo bem mais leve, conseguime movimentar mais. Fico fe-liz de entrar no fim e fazer detudo para segurar a bola e aju-dar o time”, disse o Imperador.

Adriano deu só dois passes,um errado e um certo. Masquem mais brilhou, mesmo,foi Emerson. Ele quase nãoatuava, devido a uma suspen-são, mas acabou obtendo efei-to suspensivo. “Esse é o Corin-thians que quer ser campeão”,declarou. O volante Paulinho,autor do primeiro gol, concor-dou: “Contra o América-MG,fizemos nossa pior partida. Fa-laram que tinha gente com acabeça na Europa [o Milan teriainteresse por Paulinho], mas hojenos recuperamos.”

A quatro jogos do fim doBrasileiro, Corinthians e Vascoisolaram-se dos demais. Todosos outros componentes do G5(zona classificatória para a Li-bertadores) antes da 34ª roda-

da perderam: o Fluminense,que podia assumir a liderançaprovisória no sábado, caiu an-te o América-MG (2 a 1). O tri-color carioca agora é terceiro,cinco pontos atrás do líder.Após a derrota para o Vasco, oBotafogo caiu para quinto. OFlamengo foi ao Paraná en-frentar o Coritiba e tambémperdeu (2 a 0). A equipe de Ro-naldinho Gaúcho saiu da zonada Libertadores e agora estáem sexto. Quem entrou de vezno G5 foi o Figueirense, que su-perou de virada o Atlético-MG(2 a 1) no sábado e consolidou-se em quarto. A briga para fu-gir da Série B viu o Cruzeirosair da zona de rebaixamentoao vencer o Internacional, emSete Lagoas, por 1 a 0.

Rodrigo Coca/Folhapress

Com quatro minutos de bola rolando, o Corinthians do atacante Willian já vencia o Atlético-PR por 2 a 0. Depois, tomou um gol e sofreu para garantir a vantagem que o mantém na liderança

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sábado, domingo e segunda-feira, 12, 13 e 14 de novembro de 201124 DIÁRIO DO COMÉRCIO

ENFIM, VITÓRIA!

Se tivéssemos jogado sempre desta forma, estaríamos brigando pelo título.”Rhodolfo, zagueiro do São Pauloesporte

Só a Portuguesajá está garantida

Na terça-feira, a Portu-guesa finalmente ga-rantiu o título da Série

B, ao empatar com o Sport por2 a 2, no Canindé. No sábado,confirmou a conquista ao fazer3 a 1 no já rebaixado Vila Nova,em Goiânia. Agora, faltandoduas rodadas para o final dacompetição, as outras três va-gas do acesso à Série A em 2012continuam em disputa.

Com o 0 a 0 de sábado diantedo São Ceatano, no EstádioAnacleto Campanella, o vice-líder Náutico ainda precisa demais um empate para garantiro acesso. O resultado obtido noABC paulista só não foi sufi-ciente para os pernambucanossubirem já porque em Salva-dor o Vitória venceu o Criciú-ma por 3 a 1 e chegou a 55 pon-tos. O Vitória é agora quintocolocado, a um ponto do Bra-gantino, dono da última vagana zona de classificação à SérieA, que no sábado, jogando emcasa, goleou o Goiás por 4 a 0.Também no sábado, em Curiti-

ba, o Paraná venceu o Guarani:3 a 0. Fora de casa, o ABC der-rotou o Grêmio Barueri: 3 a 1.

Outro time que ainda nãoconseguiu garantir seu acessofoi a Ponte Preta, derrotada nasexta-feira, em casa, pelo Boa,por 3 a 1, de virada. Nas outrasduas partidas da sexta-feira, oSport bateu o Americana emcasa por 4 a 0, foi a 55 pontos eocupa a sexta colocação, aindacom esperanças de subir. EmJuazeiro do Norte, o Icasa su-perou o Salgueiro por 1 a 0 e sedistanciou da zona de rebaixa-mento. Na 15ª colocação, aequipe cearense está a uma vi-tória de se confirmar na Série Bde 2012. Rebaixado, o Salguei-ro segue em penúltimo.

A próxima rodada, no sába-do, terá Portuguesa x Duquede Caxias, Ponte Preta x ABC,Bragantino x ASA, Sport x Pa-raná, Americana x Vila Nova,Salgueiro x Guarani, Criciúmax Grêmio Barueri, Goiás x Ica-sa, Boa x Náutico e Vitória xSão Caetano.

PELO BRASIL

Pela Série C, na quarta-

feira passada, o empate

por 1 a 1 entre América-RN

e Luverdense-MT garantiu

antecipadamente a volta

do CRB-AL à Série B em

2012. Líder do Grupo E

com 10 pontos, o CRB é

seguido por América-RN

(ontem, fora, fez 2 a 0 no

Luverdense), com 5

pontos, e Paysandu-PA,

com 4. O primeiro

colocado desse grupo

disputará o título com

o Joinville em dois jogos,

o primeiro em casa, no dia

27, e o segundo fora, em 3

de dezembro. O segundo

do grupo também sobe

para a Série B.

No primeiro jogo da

decisão da Série D,

domingo, no Estádio

Mário Helênio, em Juiz de

Fora (MG), o Tupi ganhou

do Santa Cruz por 1 a 0,

gol de seu artilheiro,

Ademílson, marcado aos

42 minutos do primeiro

tempo. Com essa

vantagem, no jogo de

volta, no Estádio do

Arruda, no Recife, no

próximo domingo, o Tupi

pode até empatar para ser

campeão. O Santa precisa

vencer por pelo menos

dois gols de diferença para

ficar com o título. Se

repetir o 1 a 0, a decisão

vai para os pênaltis.

COPA SUL-AMERICANA

Vasco já estánas semifinais

Agoleada por 5 a 2 sobreo Universitário, do Pe-ru, em São Januário,

na quarta-feira passada, ga-rantiu a presença do Vasco nassemifinais da Copa Sul-Ame-ricana. Derrotado no jogo deida, em Lima, por 2 a 0, o timecarioca precisava vencer porpelo menos três gols, que aca-bou alcançando, de virada,após estar perdendo por 2 a 1.

O adversário vascaíno napróxima fase sairá nesta quin-ta-feira, quando Universidadde Chile e Arsenal, da Argen-tina, enfrentam-se em Santia-go. Na primeira partida, emSarandí, na Argentina, a Uni-versidad venceu por 2 a 1.

A outra semifinal será dis-putada entre o Vélez Sarsfield,da Argentina, que também nasemana passada, jogando emcasa, fez 3 a 2 no Santa Fé, daColômbia, e o vencedor de Li-bertad-PAR x LDU-EQU, quetambém jogam nesta quinta,em Assunção.

Piervi Fonseca/Folhapress

Foram quase dois meses e novepartidas sem vencer peloBrasileiro. Mas no sábado,finalmente, o São Paulo fez 2 a 0 no

Avaí e voltou a sonhar com uma vaga naLibertadores em 2012. Já o adversário,com essa derrota, passou a ser o lanternado campeonato.

No retorno do goleiro Rogério Ceni,após duas partidas ausente por lesão, e nareestreia do técnico Emerson Leão dentrodo Morumbi, em sua segunda passagempelo clube, quem brilhou mesmo foi LuisFabiano, autor dos dois gols, que foramtambém os seus primeiros nesteBrasileiro. Luis Fabiano havia passado embranco nas cinco partidas anteriores,contra Flamengo, Cruzeiro, Atlético-GO,Vasco e Bahia. Desde seu retorno aoclube, o ídolo são-paulino tinha marcadouma única vez em sete partidas. Foi em 19de outubro, no magro 1 a 0 sobre oLibertad, do Paraguai, pela Copa Sul-Americana.

Aos 12 minutos do segundo tempo,Lucas fez fila e invadiu a área pelaesquerda. Estatelado no chão, sofreupênalti. Mas Luis Fabiano ficou com asobra e, rapidamente, girou e bateurasteiro no canto para abrir o placar.

Sete minutos depois, em mais umabobeada da zaga do Avaí, a pior doCampeonato Brasileiro (agora com 71 golssofridos), Luis Fabiano apareceu sozinhona direita, para cabecear, sem nem sair dochão, e decretar a vitória.

“Com certeza, estamos na briga pelaLibertadores”, afirmou Luis Fabiano apósa partida. “Só dependemos de nósmesmos. Vamos buscar vencer os últimosquatro jogos para sonharmos com a vaga.É possível.” Ele lembra, porém, que hámuito trabalho a ser feito, e admite que,mesmo vencendo o Avaí, o time cometeufalhas, sobretudo no primeiro tempo.“Ainda bem que melhoramos no jogo. Nãopodemos passar um tempo inteiro semameaçar o goleiro adversário. Crescemosno segundo tempo e jogamos como deveser. Essa vitória e os meus dois golsrepresentam muito, mas o trabalho deveseguir forte, com a mesma dedicação.”Luis Fabiano não poderá estar em campono próximo jogo do São Paulo, quarta-feira, contra o Atlético-PR, em Curitiba: elelevou o terceiro cartão amarelo contra oAvaí e terá de cumprir suspensão. WillianJosé deverá ser seu substituto.

“Tiramos um peso das costas com essavitória”, admitiu, aliviado, o meia Lucas.

“Nossa situação estava ficandocomplicada. Não é fácil para um timegrande como o nosso passar nove jogossem conseguir vencer. Eu mesmo estavamuito chateado. Não gosto de perdernem par ou ímpar.”

Lucas diz que o comportamento daequipe no segundo tempo doconfronto contra o Avaí deve servirde exemplo para as quatro últimasrodadas. O time, após umaprimeira etapa ruim, conseguiuconstruir jogadas e encurralar oadversário na etapa final. “Nossotime foi muito apático no começo dojogo. Eu tinha um marcador meacompanhando o tempo todo e nãoconseguia jogar bem. Depois, todomundo passou a jogar melhor, a seencontrar no campo e o time cresceu.Tivemos garra e vontade de vencer.”

Mais comedido que seuscomandados em relação às chances devaga na Libertadores, o técnico Leãopreferiu advertir: “Corremos atrás doresultado em vez de esperar acontecer.Isso foi bom, mas ainda não satisfaz.Temos de continuar insistindo para quetenhamos uma trajetória marcada porbons jogos no futuro.”

Ainda não foi dessa vezS e o São Paulo, enfim,

voltou a conquistar umavitória, o mesmo não se

pode dizer sobre o Palmeiras.Domingo, contra o Grêmio,em Porto Alegre, o time che-gou a abrir uma vantagem de2 a 0. Parecia que, enfim, ven-ceria depois de oito jogos e 49dias, mas acabou cedendo oempate por 2 a 2, com um golsofrido já aos 45 minutos dosegundo tempo.

O Palmeiras jogava melhor eabriu 2 a 0 com Cicinho, aos 25minutos do primeiro tempo, eMarcos Assunção, cobrandofalta, aos 14 do segundo. So-freu um gol aos 23, marcadopor Brandão, para o Grêmio,mas ainda assim tinha tudo pa-ra dar fim ao jejum de vitórias.Já contava os minutos para res-pirar aliviado e livrar-se defi-nitivamente do risco de rebai-xamento, quando um gol dogremista Fernando, aos 4 5, de-cretou o empate por 2 a 2 emPorto Alegre.

“Não merecíamos isso”, re-sumia, inconformado, o ata-cante Luan ao final da partida.“Foi com uma derrota. Não po-demos vacilar enquanto o jogonão acaba. Desanima bastante,mas precisamos continuarcom a mesma garra.” Para o za-gueiro Thiago Heleno, “o jeitoé trabalhar. Estávamos com avitória quase certa. Mas nãopodemos abaixar a cabeça.”

Matematicamente, o Alvi-verde ainda corre riscos de

Edu Andrade/Folhapress

Palmeiras abre vantagem de 2 a 0 sobre o Grêmio de Brandão, mas cede o empate e segue sem vencer

queda para a Série B. Para li-vrar-se definitivamente, teráde ajudar seu maior rival. Issoporque, na quarta-feira, o Pal-meiras receberá no Pacaembuo Vasco, que está na cola do lí-der Corinthians. Uma vitóriafará com que o clube alcanceos 45 pontos, aí sim, matema-ticamente salvo da queda. Noentanto, fazer o Vasco trope-çar ajudaria os corintianos.Na sexta-feira, o técnico LuizFelipe Scolari já havia declara-do: “Não tenho que tirar títulodo Corinthians. Eu tenho queclassificar o Palmeiras para al-

guma coisa e tenho que fazer oPalmeiras não passar por essav i a - c rú c i s . ”

No domingo, duas jogadasindividuais fizeram com que avia-crúcis continuasse. Na pri-meira, Leandro fez fila e tocoupara Brandão diminuir. Final-mente, Fernando acertou belochute de longe, empatando ojogo. A conta do Palmeiras écomplexa: até duas semanasatrás, o próprio Scolari diziaque 42 pontos eram suficientespara se safar do rebaixamento.Na última sexta-feira, porém,o técnico mudou o discurso,

dizendo que seriam necessá-rios 44 pontos. Com o empate,o Palmeiras caiu para a 14ª po-sição. A distância para o Ceará,17º colocado, é de sete pontos.O time terá quatro jogos paraevitar o pior. Após o Vasco, en-frenta o Bahia fora. Depois, pe-ga São Paulo e Corinthians.

Logo após o jogo, o presi-dente do Grêmio, Paulo Odo-ne, falou sobre a contrataçãodo atacante Kleber. Segundo ocartola, o jogador pediu maistrês dias para se decidir. O timegaúcho aceitou e espera umapalavra final até amanhã.

Virada dos reservase do zagueiro-artilheiro

Mesmo com seu timereserva -os titularesjá estão sendo pou-

pados para a disputa do Mun-dial de Clubes -, o Santos der-rotou o Ceará por 3 a 2, no Es-tádio Presidente Vargas, emFortaleza. Nem mesmo o téc-nico Muricy Ramalho estavapresente: foi substituído peloauxiliar Tata. Os gols do Santosforam marcados por BrunoAguiar (dois) e Diogo. FelipeAzevedo, de pênalti, e Osval-do anotaram para os cearen-ses, que ainda desperdiçaramoutra penalidade, com Marce-lo Nicácio.

O resultado deixa o Ceará na17ª posição, com 35 pontos, nazona de rebaixamento. Na pró-xima rodada, o Ceará recebe oCorinthians, quarta-feira, emFortaleza. O Santos enfrenta o

Atlético-GO, quinta, na VilaB e l m i ro .

No jogo de domingo, o San-tos não teve Borges, mas aca-bou descobrindo um zagueiroartilheiro. Nos 3 a 2 sobre oCeará, Bruno Aguiar fez doisgols e ajudou o time a aumen-tar a série sem derrotas paraquatro jogos. Um de seus golsfoi fruto de muita “dura” nostreinos. Assim como Elano,Paulo Henrique Ganso e Ney-mar, o zagueiro é um dos atle-tas habilitados a cobrar faltaspela equipe.

“O Tata pega no meu pé. To-da vez que estamos treinandoele fala para caprichar, e estoufeliz por ajudar o Santos a saircom vitória”, disse o defensor,que no entanto levou o terceirocartão amarelo e está fora dapróxima partida.

Jarbas Oliveira/Folhapress

Bruno Aguiar fez os gols da virada do Santos sobre o Ceará: 3 a 2

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sábado, domingo e segunda-feira, 12, 13 e 14 de novembro de 2011 25DIÁRIO DO COMÉRCIO

ASSIM ACABA 2011

Para ser honesto, quero começar a pensar em 2012 o mais breve possível.”Fernando Alonsoesporte

� A Inglaterra derrotou a

Espanha por 1 a 0 em

amistoso no Estádio de

Wembley. O gol do meia

Lampard, já no segundo

tempo, estragou a

festa do goleiro Iker

Casillas, que comemorava

126 jogos pela seleção,

igualando o recorde do

ex-jogador Zubizarreta.

Outros amistosos:

México 2 x 0 Sérvia, País de

Gales 4 x 1 Noruega,

Ucrânia 3 x 3 Alemanha,

Polônia 0 x 1 Itália.

O Uruguai goleou o Chile

por 4 x 0 pelas

Eliminatórias Sul-

Americanas e disparou na

classificação. Já a

Argentina e a Colômbia

perderam pontos

importantes em casa,

diante de Bolívia e

Ve n ez u e l a ,

respectivamente, ambos

com empates em 1 x 1. No

outro jogo da rodada,

Paraguai 2 x 1 Equador.

Croácia, República

Checa e Irlanda venceram

na partida de ida da

repescagem das

eliminatórias para a

Eurocopa 2012. Já o

principal jogo da

rodada, Bósnia e

Herzegovina x Portugal,

terminou em um empate

sem gols.

SELEÇÃO BRASILEIRA PELO MUNDO

Habituais titularesda Seleção Brasi-leira, o lateral di-reito Daniel Alves,

o zagueiro Thiago Silva e o vo-lante Lucas Leiva ficaram nobanco de reservas na vitóriasobre o Gabão por 2 a 0 na úl-tima quinta-feira, dia 10, masretornam à equipe no amistosodesta segunda-feira, contra oEgito, no Catar.

Para enfrentar o Egito, noamistoso marcado para as 15horas (de Brasília), o treinadorvoltará a escalar Alex Sandrona lateral esquerda, poisAdriano deixou o treino dedois toques com dores na co-xa esquerda. “Claro que é

chato entrar no time por cau-sa da contusão de um compa-nheiro, mas quero chegar pa-ra ficar”, reagiu Alex Sandroao saber que enfrentará o Egi-to no pequeno (com capacida-de para receber 25 mil espec-tadores) mas moderno está-dio do Al Rayann.

O Brasil deve jogar comDiego Alves; Daniel Alves,Thiago Silva, David Luiz eAlex Sandro; Lucas Leiva,Fernandinho, Hernanes eBruno César; Jonas e Hulk.Thiago Silva será o capitão.

Ontem, antes do treino, osbrasileiros visitaram o Con-gresso de Esportes em Doha.O Congresso é uma amostra

do que o país poderá fazer em2022, quando o Catar sediaráa Copa do Mundo. A presen-ça da Seleção Brasileira aca-bou se transformando naprincipal atração do eventoneste domingo.

O último amistoso da Sele-ção em 2011 é o ponto alto dafesta organizada pelo Catar. Ojogo será bancado pelo comitêorganizador da Copa, que in-vestiu cerca de R$ 2 milhõesna partida. A renda, estimadaem R$ 250 mil, será doada pe-los catarianos à Somália paraatenuar a crise de alimentosno país africano. “Queremosmostrar nos próximos dezanos que somos capazes de fa-

zer eventos de forma impecá-vel”, disse o primeiro-minis-tro do Catar, Abdullah bin Ha-mad al-Attiyah.

No futebol catariano, o Bra-sil está em alta. Sebastião Laza-roni é o técnico da seleção e de-zenas de jogadores e treinado-res brasileiros trabalham nopaís. O Catar vive um boom es-portivo e começou a investirpesadamente até em clubes daEuropa. O QSI, fundo de inves-timento do governo, comprou70% das ações do Paris Saint-Germain, que gastou mais deUS$ 100 milhões em contrata-ções nesta temporada. Outrostimes europeus são financia-dos ou patrocinados pela ri-

queza dos catarianos.Para Mano Menezes, a vitó-

ria no amistoso de hoje garan-tirá um aproveitamento de66,6% no ano, o primeiro emque ele se dedica exclusiva-mente à Seleção. Até agora, otécnico, que venceu oito jo-gos, empatou cinco e perdeudois em 2011, tem aproveita-mento de 64,4% - bem abaixodos 70,37% alcançados porDunga nos 18 jogos disputa-dos em 2007.

Leia mais sobre Brasil x Egitono Almanaque, na página 26.

FÓRMULA 1

GP de Abu Dhabi: Sebastian Vettel abandonou na primeira volta a corrida vencidapor Lewis Hamilton e vai disputar o GP do Brasil em busca de um recorde histórico

GP do Brasil: Button, Alonso e Webberbrigam pelo vice e Vettel quer a pole

OUTROS CAMPOS

Roger Federer superou a

torcida e o francês Tsonga

por 2 sets a 0, parciais de

6-1 e 7-6 (7-3), e venceu

pela primeira vez o

Masters 1000 de Paris. O

troféu também serviu para

que o suíço igualasse o

feito de André Agassi, de

ter vencido sete diferentes

campeonatos de Masters.

Em decisão polêmica, o

pugilista filipino Manny

Pacquiao manteve o

cinturão dos meio-médios

da Organização Mundial

de Boxe após vencer o

mexicano Juan Manuel

Márquez por pontos.

"Todos viram e sabem que

ganhei", desabafou

Márquez após a derrota.

O australiano Ian Thorpe

ficou fora da final dos

100m borboleta na Copa

do Mundo de Piscina

Curta. Assim, encerra sua

participação sem

nenhuma medalha.

O bicampeão Sebas-tian Vettel, da RedBull, abandonou a

corrida na primeira volta e,assim, o inglês Lewis Hamil-ton, da McLaren, venceu o GPde Abu Dhabi, ontem, na pe-núltima etapa desta tempora-da da Fórmula 1. Foi a terceiravitória de Hamilton no ano e a17ª na carreira.

A segunda posição ficoucom o espanhol FernandoAlonso, da Ferrari. Hamiltonchegou a 227 pontos no cam-peonato, mas já está fora dabriga pelo vice. O inglês JensonButton, também da McLaren e

terceiro em Abu Dhabi, conti-nua na frente, com 255. Alonsotem 245 e Webber, quarto emAbu Dhabi, tem 233.

Entre os brasileiros, FelipeMassa, da Ferrari, foi o melhorna corrida de ontem: pelaquinta vez na temporada, ter-minou a prova na quinta posi-ção. Rubens Barrichello (Wil-liams) foi o 12º e Bruno Senna(Renault), o 16º.

A última etapa da F-1 serádisputada em Interlagos, nodia 27. Além da briga pelo se-gundo lugar, o GP do Brasil re-ceberá um Sebastian Vettelmotivado para quebrar, em de-

finitivo, o recorde de pole posi-tions numa única temporada.Em Abu Dhabi ele conquistoua 14ª pole do ano, igualando orecorde que era de Nigel Man-sell desde 1992, mas, pela pri-meira vez na temporada, nãocompletou uma corrida. Obri-gado a abandonar a prova porcausa de um pneu furado, Vet-tel perdeu a chance de igualartambém o recorde de MichaelSchumacher, que, em 2004, ga-nhou 13 provas em um mesmoano. O bicampeão mundialtem onze vitórias e apenasmais uma prova para disputar– o Grande Prêmio do Brasil.

Hamad I Mohammed/Reuters Ahmed Jadallah/Reuters

almanaque

Fadi AlAssaad/Reuters

De costas para a bola, Mano Menezes orienta os jogadores no treino para o último compromisso da temporada: o amistoso Brasil x Egito, hoje à tarde, no Catar

Page 26: 14/11/2011

sábado, domingo e segunda-feira, 12, 13 e 14 de novembro de 201126 -.ESPORTE DIÁRIO DO COMÉRCIO

AQUI É SEU LUGAR

�Celso Unzelte

DO CAMPO PARA A BALADA

AQUI É SEU LUGARDepois de acertar com o Santos que continuará no Brasil até aCopa de 2014, Neymar ganha folga e vai curtir seus milhões na

badalada noite de Camboriú, no litoral catarinense

almanaque

Egito x Brasil: 51anos de confrontos

Reprodução/Arquivo Celso Unzelte

Abril de 1960. Há 51 anos,a Seleção Brasileira

excursionava à África pela primeiravez. No Egito (adversário de hoje,em jogo a ser realizado no Catar),os craques Pepe, Gilmar e Zito,da Seleção Brasileira, aproveitamo momento de folga para tiraruma fotografia diante da Esfingede Gizé, o mais famosocartão-postal daquele país.Em campo, foram três vitóriasbrasileiras em três jogos.

Ézio Leal Moraes Filho,

ex-centroavante do

Fluminense de 1991 a

1995, morreu na quarta,

9, no Rio, aos 45 anos, de

câncer no pâncreas.

Em 16 de novembro de

1938, o inglês Willie Hall

estabelecia um recorde:

três gols em 3,5 minutos,

no amistoso Inglaterra

7 x 0 Irlanda do Norte.

Naquela época, Egito, Iêmen e Síriaformavam a República Árabe

Unida (RAU). Os dois primeirosamistosos do Brasil foram contra aseleção da RAU, formada por jogadoresdaqueles três países. Na primeirapartida, disputada no estádio doNacional Sporting Club, no Cairo, em 29de abril de 1960, deu Brasil, 5 a 0, comdois gols de Quarentinha, dois de Pepe eum de Garrincha. Na segunda, emAlexandria, também no Egito, no dia 1ºde maio, Brasil 3 a 1, com três gols dePelé. O terceiro jogo, dessa vez contraum time formado somente por egípcios,de novo no Cairo, mas no estádio doZamalek, em 6 de maio, terminou 3 a 0para o Brasil, com mais dois gols deQuarentinha e um de Garrincha. De lá, oBrasil partiu para Copenhague, ondefechou aquela excursão derrotando aDinamarca por 4 a 3.

2outras vezes o Brasil

voltou a enfrentar o Egito,

com mais duas vitórias

brasileiras: 1 a 0 no Cairo,

em outro amistoso, no dia

17 de maio de 1963 (gol

de Quarentinha),

e 4 a 3 pela Copa das

Confederações, em

15 de junho de 2009,

na África do Sul.

DEPOIS DO 'NÃO' AO PALMEIRAS

André Lima não sai mais do Grêmio

EM 64 SEGUNDOS

No começo da madrugada, o brasileiro Junior Cigano conquistao cinturão dos pesos pesados do UFC, em Anaheim, nos EUA,com um nocaute aos 64 segundos de luta. Antes do combatecom Cain Velasquez, que era o campeão, Cigano queixou-sede dores no joelho e será operado quando chegar ao Brasil.Ele é o segundo brasileiro a ganhar o título dos pesos-pesadosdo UFC desde a criação das atuais categorias de peso.O primeiro foi Rodrigo Minotauro em 2008. Além disso,Cigano se junta a outros dois campeões brasileiros do UFC:o peso-médio Anderson Silva e o peso-pena José Aldo.

Domingo, 13

Brasileiras não garantem nem a vaga olímpica

Aseleção feminina de

vôlei do Brasil, atualcampeã olímpica, acu-mula decepções na

principal competição do ano,a Copa do Mundo disputadano Japão, e encerra a terceirafase numa modesta sexta co-locação, com apenas 12 pon-tos, sete a menos que a tercei-ra colocada, China. Restandotrês rodadas para o fim dacompetição, o Brasil já deuadeus ao título e praticamen-te não tem mais condições degarantir antecipadamente avaga olímpica em Londres. ACopa do Mundo classificará astrês melhores seleções.

Após a derrota deste do-mingo para o Japão por 3s e t s a 0 ( 2 6 / 2 4 , 2 5 / 1 9 e25 /2 3) , o time comandadopor José Roberto Guimarãesterá de vencer todos os jogos

restantes - contra Argentina,Argélia e República Dominica-na - e torcer por uma imprová-vel combinação de resultadosque tirem pontos da China eda seleção anfitriã. A Copa édisputada em sistema de pon-tos corridos.

Ontem, a equipe repetiu aapatia mostrada na derrota davéspera para a Itália, tambémpor 3 sets a 0. Tanto as italianasquanto as japonesas já haviamenfrentado as brasileiras trêsvezes neste ano e perdido to-das. A capitã do Brasil, Fabiana,atribuiu o resultado ao fato deas japonesas terem melhora-do: "O ataque da saída de rededo Japão estava muito rápido,e os ataques do meio e do fun-do melhoraram também."

O Brasil lutará de novo pelavaga olímpica em maio, no Pré-Olímpico sul-americano.

Visitas de Ricardo Gomes dão força ao Vasco

RETORNO FELIZ

COPA DO MUNDO

C U RTA S

www.dcomercio.com.br/esporte/

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FIM DE JOGO

Messi está entre os 32 finalistas de "Personalidade do ano" da revista TIME

Real Madrid planeja amistoso com Figo, Beckham, Ronaldo e Zidane

Gustavo Borges, 4 medalhas olímpicas, integrará o Hall da Fama da Natação

Vídeo em destaque - Comemoração com uma fã - www.dcomercio.com.br

Brasil mostra o que é que campeãomundial tem.”

Título da reportagem da revista A Gazeta EsportivaIlustrada sobre a excursão à África em 1960.

Pela primeira vez desde quesofreu o AVC, o técnico

Ricardo Gomes foi ver seusjogadores na concentração doVa s co . Na quarta-feira, almoçoucom o time que, à noite, goleou oUniversitário do Peru por 5 a 2 egarantiu a classificação para asemifinal da Copa Sul-Americana.

No sábado à noite, novamente desurpresa, jantou com a equipe que,no dia seguinte, venceria oBotafogo por 2 a 0, mantendo avice-liderança do Brasileirão. Nojantar, deixou-se fotografar com otime. É a primeira foto pública dotécnico desde o AVC.

Sábado, 12

Marcelo Sadio/www.vasco.com.br

Na semana em que anunciou ao distinto público a decisãode ficar no futebol brasileiro até a Copa de 2014, o santistaNeymar ganha uma folga inédita nesta temporada: ontem,não jogou pelo Santos nos 3 a

2 sobre o Ceará, em Fortaleza; hoje,não estará em Doha, capital do Catar,para defender a Seleção Brasileira noamistoso com o Egito.

É verdade que o craque treinoucom os companheiros de Santos namanhã de sábado, mas, veloz comosempre, já estava à noite no ClubGreen Valleyem Camboriú, litoralnorte de Santa Catarina. Chegou lápor volta da meia noite,acompanhado pela mãe e por umgrupo de amigos, e saiu às 5 horas damanhã. Badalar parece fazer partedas novas obrigações do craque, quevai ganhar cerca de R$ 3 milhõesmensais para continuar no Santos.

O anúncio do 'fico' foi feito naquarta-feira, véspera daconfirmação da candidatura dopresidente Luís Álvaro deOliveira Ribeiro à reeleição."Hoje de manhã, terminamos asnegociações, sentamos com o pai do Neymar, eleentendeu que a presença do Neymar até a Copa de2014 seria um serviço para o futebol de nosso país",afirmou o presidente, com a reeleição praticamentegarantida. "O Neymar cansou de ser vendido para oBarcelona e o Real Madrid. O fato é que vai ficarconosco até o final da Copa de 2014", completou. Eainda fez uma pequena ironia sobre as notícias quedavam como certa a idade do craque para a Europa:"Às vezes, os jornalistas acabam sendo vítimas deinformantes interessados na informação e malinfor mados."

A permanência de Neymar foi saudada por figuras

ilustres do futebol brasileiro. "Em campo, ele encanta todomundo", resumiu Careca, um craque de outros tempos que foijogar com Maradona no Napoli, da Itália, depois de brilhar emcampos brasileiros com as camisas do Guarani e do São Paulo. Forado Brasil, a notícia surpreendeu a imprensa espanhola, irritou oirritadiço José Mourinho, que o esperava no Real Madrid, edesapontou o Barcelona, que analisara detalhadamente a carreirae o comportamento do jovem santista e estava convencido de

que ele poderia ser o parceiro ideal de Messi num futurop r ó x i m o.

Neymar não se abalou com os elogios nem com ascríticas. "São escolhas que se fazem na vida e eu

escolhi o Santos", disse, simplesmente, a principalestrela do atual futebol brasileiro ao definir sua

opção de permanecer até a Copa de 2014 noclube em que surgiu .

Pelo novo contrato, o Santos abre mão de ganhardinheiro diretamente com seu maior craque. Atéentão, o clube recebia 30% de toda a receitapublicitária gerada por Neymar. Daqui em diante, oSantos dará a ele 100% das verbas de patrocíniospessoais, inclusive dos que foram assinados antesda conclusão deste acordo.

Dessa forma, os ganhos mensais de Neymardevem pular de R$ 1,5 milhão para R$ 3 milhões.Novas empresas, segundo o presidente, vãopatrocinar o camisa 11. Além disso, o Santostambém não vai ganhar nada se Neymar resolversair após cumprir o contrato, que tem o fimestipulado para agosto de 2014, um ano a menosdo que na versão anterior.

A aposta é aumentar outras receitas graças àpresença do atacante, como os patrocínios decamisa, os direitos de televisão e a bilheteria."Até 2014, nós teremos a terceira maior torcidado país", sonha Luis Alvaro enquanto a novaestrela badala na noite catarinense.

Luiz Fernando Menezes/Folhapress

FIVB

Donald Miralle/UFC

Edu Andrade/Folhapress

Bem que o Grêmio tentouenvolver o atacante An d r é

Lima na negociação para levarKléber, mas ele não aceitou jogarno Palmeiras e, depois da conversafracassada no Parque Antártica,recebeu a garantia de que seguiráno Olímpico. Celso Roth, técnico doGrêmio, conversou com o jogador

na volta ao Sul e disse que "gostariade contar com ele". O presidentePaulo Odone confirma: "Converseicom o André e ele apenas me disseque não gostou de como tudofoi tratado. O Celso me telefonou,então, e pediu a permanência deleno elenco. Ele vai ficar".

Domingo, 13