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OER Mineiros Energia S.A.Balanço patrimonial em 31 de dezembroEm milhares de reais

As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras.

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Ativo 2014 Passivo e patrimônio líquido 2014 2013

(Não auditado)

Circulante Circulante

Caixa e equivalentes de caixa (Nota 6) 13.446 Debêntures (Nota 11) 311.631

Contas a receber (Nota 7) 1.835 Fornecedores 145

Impostos a recuperar (Nota 8) 3.272 Impostos, taxas e contribuições 596

Demais ativos 437 Adiantamentos recebidos (Nota 12) 21.928

18.990 Demais passivos 4.554

338.854

Não circulante Não circulante

Imobilizado (Nota 9) 967.315 Investimentos a pagar (Nota 13) 951.823

Intangível (Nota 10) 383.033 Sociedades da Organização Odebrecht (Nota 14) 6.908

1.350.348 958.731

Patrimônio líquido

Capital social (Nota 15 (a)) 125.001 1

Prejuízos acumulados (53.248) (1)

71.753

Total do ativo 1.369.338 Total do passivo e do patrimônio líquido 1.369.338

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OER Mineiros Energia S.A.Demonstração do resultadoEm milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma

As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras.

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Não houve outros elementos componentes de resultados abrangentes além do prejuízo no exercício/períodoapresentados, razão pela qual a demonstração do resultado e do resultado abrangente apresentam os mesmos valores.

31 de dezembro

de 2014

Período de 9 a 31

dezembro de 2013

(Não auditado)

Operações continuadasReceita líquida de v endas (Nota 16) 110.037Custos dos produtos vendidos (Nota 17 ) (85.291)

Lucro bruto 24.7 46

Outras, líquidas (receitas e despesas operacionais)Gerais e administrativas (Nota 18) (7 65) (1)Outras receitas operacionais, líquidas (Nota 19) 868

103 (1)

Lucro (prejuízo) operacional24.849 (1)

Resultado financeiro, líquido (Nota 20) (7 8.096)

Prejuízo do exercício/período (53.247 ) (1)

T otal do resultado abrangente do exercício/período (53.247 ) (1)

Prejuízo por ação das operações continuadas atribuível ao acionista

da Companhia no final do exercício (expresso em R$ por lote de 1000 ações) (Nota 21) (53.247 ,00) (1 ,00)

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OER Mineiros Energia S.A.Demonstração das mutações do patrimônio líquidoEm milhares de reais

As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras.

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Capital social

subscrito

Prejuízos

acum ulados

T otal do

patrim ônio

líquido

Constituição do capital social em 9 de dezem bro de 2013 (Não auditado) 1 1

Prejuízo do período - (R$ 0,0223) por ação do capital social (1) (1)

Em 31 de dezem bro de 2013 1 (1)

Prejuízo do exercício (53.247 ) (53.247 )

Transações com os acionistas:

Aumento de capital (Nota 15 (a)) 125.000 125.000

Em 31 de dezem bro de 2014 125.001 (53.248) 7 1 .7 53

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OER Mineiros Energia S.A.Demonstração dos fluxos de caixaEm milhares de reais

As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras.

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31 dezem bro de

2014

Período de 9 a 31

dezembro de 2013

Fluxo de caixa das atividades operacionais (Não auditado)

Prejuízo do exercício/período (53.247 ) (1)

Ajustes para reconciliação do prejuízo do exercício/período

Depreciação e amortização 45.861

Juros e v ariações monetárias, líquidos 7 6.186

Caixa líquido proveniente das (aplicado nas) ativ idades operacionais 68.800 (1)

Variação dos ativ os e passiv os:

Contas a receber (1 .835)

Tributos a recuperar (3.27 2)

Demais ativos (437 )

Sociedades da Organização Odebrecht 505

Adiantamentos recebidos 21 .928

Fornecedores 145

Imposto, taxas e contribuições 598

Demais passivos 1.7 84

Fluxo de caixa aplicado nas operações

Juros pagos sobre investimentos (2.330)

Fluxo de caixa líquido prov eniente das (aplicado nas) atividade operacionais 85.886 (1)

Fluxo de caixa das atividades de inv estim entos

Adições de imobilizado (31.7 88)

Adições de Intangível (12.212)

Caixa líquido aplicado nas ativ idades de inv estim entos (44.000)

Fluxo de caixa das atividades de financiam entos

Partes Relacionadas:

Recursos recebidos e enviados (28.440)

Caixa líquido aplicado nas (proveniente das) ativ idades de financiam entos (28.440) 1

Geração de caixa e equiv alentes 13.446

Representado por:

Caixa e equivalentes de caixa no início do ex ercício/período

Caixa e equivalentes de caixa no final do exercício/período 13.446

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Notas explicativas da administração às demonstrações financeirasem 31 de dezembro de 2014Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma

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1 Contexto operacional

A OER Mineiros Energia S.A. (“OER Mineiros” ou “Companhia”), uma sociedade por ações com sede nacidade do Rio de Janeiro - RJ, foi constituída em 09 de dezembro de 2013 pela Odebrecht Energia S.A. eem 8 de setembro de 2013 teve 100% de suas ações transferidas para a Odebrecht Energia RenovávelS.A. (“OER”). A Companhia é parte integrante da Organização Odebrecht (“Organização”), a partir docontrole indireto pela Odebrecht S.A. (“ODB”).

A Companhia tem como objeto social receber outorga para geração de energia elétrica, desenvolverestudos, projetar, implantar, construir, operar, manter e explorar o empreendimento de geração deenergia elétrica, incluindo a comercialização da energia gerada.

Em 31 de março de 2014, a Companhia adquiriu ativos imobilizados, intangíveis e contas a receber davenda de energia junto a Brenco – Companhia Brasileira de Energia Renovável (“Brenco”), uma empresada Organização, com o objetivo de gerar energia termoelétrica a partir da queima de bagaço de cana deaçúcar ou outras biomassas alternativas.

As usinas de geração de energia adquiridas são: Usina Morro Vermelho (“UMV”), Usina Alto Taquari(“UAT”), Usina Água Emendada (“UAE”) e Usina Costa Rica (“UCR”).

O processo de aquisição dos ativos incluiu a transferência da Outorga para geração e venda da energiaelétrica gerada e a comercialização de energia elétrica gerada por outros produtores independentes. EssaOutorga é fornecida pela Agência Nacional de Energia Elétrica (“ANEEL”) e a homologação dessatransferência se deu em 16 de dezembro de 2014, mediante decisão resolutiva da Diretoria ANEELnaquela data.

Em 31 de março de 2014, a OER e a Brenco assinaram Contrato de Operação e Manutenção dos ativosadquiridos pela OER (“UTE”) onde está prevista, entre outras a execução, pela Contratada, da Operação,Manutenção Programada e Manutenção Não Programada dos Equipamentos da UTE. Além disso, éresponsabilidade da Contratada contratar e manter em vigor, apólices de seguro necessárias e suficientespara a consecução de cada obrigação do Contrato de O&M sob sua responsabilidade.

No primeiro semestre 2014, a Companhia deu início as suas atividades operacionais como produtorindependente, gerando cerca de 584.715MWh entre abril e dezembro de 2014. Tendo em vista oprocesso de transferência das outorgas ANEEL, da Brenco para a Companhia, ter sido homologadoapenas em 16 de dezembro, todas as operações de venda de energia, incluindo o faturamento da energiaexportada, o recebimento dos valores decorrentes dessas vendas e a liquidação dos valores dos encargosde transmissão e distribuição relacionados com a sua comercialização, entre outros, foram conduzidaspela Brenco em benefício da OER, suportados por contrato próprio, prevendo as regras de conduçãodessas atividades durante o período de transição. Em linha com o estabelecido nesse contrato, (i) a OERreconheceu em seu resultado todas as receitas e despesas relacionadas com as atividades dos ativosadquiridos, (ii) a OdeBrecht Agroindustrial S.A. (“OAI”) repassou todos os valores recebidos em nomeda OER e (iii) a OER reembolsou a OAI por todas as despesas assumidas provisoriamente por essaempresa, também em benefício da OER.

Em 31 de dezembro de 2014, a Companhia apresentava excesso de passivos circulantes sobre ativoscirculantes, no montante de R$ 319.866, principalmente em virtude da cessão de debêntures da OERpara a Companhia, em junho de 2014, no montante de R$ 311.631, com vencimento original em 10 demarço de 2015.

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Notas explicativas da administração às demonstrações financeirasem 31 de dezembro de 2014Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma

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A Companhia vem buscando alternativas de captação de empréstimos de longo prazo, de modo a reduzirsubstancialmente essa posição, com previsão de entrada de novos recursos e liquidação de suas dívidasde curto prazo. Nesse sentido, obteve a prorrogação do prazo de vencimento da operação de debêntures(Nota 11), anteriormente previsto para 10 de março de 2015, para o dia 10 de setembro de 2016.

As presentes demonstrações financeiras tiveram a sua emissão autorizada pela Diretoria da Companhiaem 30 de março de 2015.

2 Resumo das principais políticas contábeis

As demonstrações financeiras foram preparadas conforme as práticas contábeis adotadas no Brasilincluindo os pronunciamentos emitidos pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis (“CPC”).

As principais políticas contábeis aplicadas na preparação destas demonstrações financeiras estãodefinidas abaixo. Essas políticas foram aplicadas de modo consistente no período apresentado.

2.1 Base de preparação

As demonstrações financeiras foram preparadas considerando o custo histórico como base de valor.

Essa preparação requer o uso de certas estimativas contábeis críticas e o exercício de julgamento porparte da administração da Companhia, no processo de aplicação das políticas contábeis. Aquelas áreasque requerem maior nível de julgamento e possuem maior complexidade, bem como as áreas nas quaispremissas e estimativas são significativas para as demonstrações financeiras, estão divulgadas na Nota 3.

2.2 Ativos financeiros e não financeiros

Classificação

A Companhia classifica seus ativos financeiros, no reconhecimento inicial, sob a categoria empréstimos erecebíveis, e compreendem caixa e equivalentes de caixa e contas a receber. A classificação depende dafinalidade para a qual os ativos financeiros foram adquiridos e são apresentados como ativo circulante,exceto aqueles com prazo de vencimento superior a 12 meses após a data do balanço.

(a) Impairment de ativos financeiros

A Companhia avalia, na data do balanço, se há evidências objetivas de que o ativo financeiro ou grupo deativos financeiros está registrado por valor acima de seu valor recuperável (impairment). Omontante da perda por impairment é mensurada como a diferença entre o valor contábil dos ativos eo valor presente dos fluxos de caixa futuros estimados, descontados à taxa de juros em vigor originaldos ativos financeiros. Nesse cenário, o valor contábil do ativo é reduzido e o valor do prejuízo éreconhecido na demonstração do resultado.

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(b) Ativos não financeiros

Para os ativos não financeiros que estão sujeitos à amortização, é feita uma revisão periódica pelaadministração sempre que eventos ou mudanças nas circunstâncias indicarem que o valor contábil podenão ser recuperável. Uma perda por impairment é reconhecida pelo valor pelo qual o saldo contábil doativo excede seu valor recuperável. Este último é o valor mais alto entre o valor justo do ativo menos oscustos de venda e o seu valor em uso.

Para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2014, a Companhia não possuíam evidências de ativoscujo valor recuperável fosse inferior aos montantes registrados contabilmente.

2.3 Caixa e equivalentes de caixa

Caixa e equivalentes de caixa incluem o caixa, depósitos bancários e numerários em trânsito de curtoprazo e de alta liquidez, com vencimentos originais de até três meses e com risco insignificante demudança de valor.

2.4 Contas a receber

As contas a receber tem origem nos valores de venda de energia decorrentes das seguintes operações:

Vendas de energia em Leilão de Energia de Reserva (“LER”): valores faturados dentro da quota deenergia leiloada pela ANEEL em operações destinadas à contratação de energia de reservaproveniente de empreendimentos de geração a partir de fontes renováveis. Nesses leilões, ageradora de energia se compromete a gerar a energia e destinar aos usuários conformeestabelecido no Edital do leilão. Esses valores são contrapostos a adiantamentos recebidos daCâmara de Comercialização de Energia Elétrica (“CCEE”) em base a 1/12 dos valores faturadosdurante o ano. O início do recebimento desses adiantamentos é em abril encerrando-se em marçodo ano subsequente;

Vendas de energia no mercado livre – (Preço de Liquidação de Diferenças (“PLD”)): valoresfaturados em ambiente de contração livre, sendo a energia destinada ao mercado de curto prazo.Esses valores são recebidos em média 45 dias após o mês de faturamento.

As contas a receber são, inicialmente, reconhecidas pelo valor justo e subsequentemente mensuradaspelo custo amortizado com o uso do método da taxa efetiva de juros, deduzida das perdas ouimpairment.

Conforme mencionado na Nota 1, os valores decorrentes dessas operações foram faturados e recebidospela OAI que os repassou para a Companhia assim que recebidos dos clientes ou da CCEE. Os saldos em31 de dezembro de 2014 refletem as pendências existentes naquela data, e a serem liquidadas nos mesesde janeiro e fevereiro de 2015.

2.5 Demais ativos circulantes

Os demais ativos são apresentados pelo valor de custo ou realização, incluindo, quando aplicável, osrendimentos e as variações monetárias auferidas até a data do balanço. Quando necessária, é constituídaprovisão para redução aos seus valores de recuperação.

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2.6 Imobilizado

O imobilizado é mensurado pelo seu custo histórico menos depreciação acumulada. O custo históricoinclui gastos diretamente atribuíveis à aquisição dos itens. A depreciação é calculada usando o métodolinear para alocar seus custos aos valores residuais durante a vida útil estimada, conforme demonstradona Nota 3.1 (a).

Os valores residuais e a vida útil são revisados e ajustados, se apropriado, ao final de cada exercício. Ovalor contábil de um ativo é imediatamente ajustado ao seu valor recuperável, quando o valor contábildo ativo é maior do que seu valor recuperável estimado.

Os custos adicionais subsequentes são incluídos no valor contábil do ativo ou reconhecidos como umativo separado, conforme apropriado, somente quando for provável que fluam benefícios econômicosfuturos associados a esses custos e que possam ser mensurados com segurança. O valor contábil de itensou peças substituídos é baixado pelo seu valor de custo, líquido da depreciação acumulada até a data.Gastos com reparos e manutenções são lançados em contrapartida ao resultado do exercício, quandoincorridos.

2.7 Ativos intangíveis

Refere-se às outorgas adquiridas e contabilizadas na data de aquisição ao valor de custo eposteriormente contabilizadas pelo seu valor de custo menos a amortização acumulada.

A amortização é calculada de forma linear pelo prazo definido nas outorgas, ou seja, 65 (sessenta ecinco) anos.

2.8 Debêntures

As debêntures são reconhecidas, inicialmente, pelo valor justo, líquido dos custos incorridos natransação e, subsequentemente, pelo custo amortizado com base na taxa efetiva de juros. Quaisquerdiferenças entre os valores captados e o valor de liquidação são reconhecidas na demonstração doresultado durante o período em que as debêntures estiverem em aberto, utilizando o método da taxaefetiva de juros.

As debêntures são classificadas como passivo circulante, a menos que a Companhia tenha um direitoincondicional de diferir a liquidação do passivo por período superior a 12 meses após a data do balanço.

2.9 Investimentos a pagar

Investimentos a pagar são obrigações assumidas pela aquisição dos ativos imobilizado e intangíveladquiridos da Brenco e financiadas pela própria vendedora. Estão registrados no passivo não circulanteem linha com o prazo de pagamento superior a 12 meses.

2.10 Demais passivos circulantes

Os demais passivos são demonstrados por valores conhecidos ou calculáveis, acrescidos, quandoaplicável, dos correspondentes encargos e variações monetárias até a data do balanço.

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2.11 Capital Social

As ações ordinárias são classificadas no patrimônio líquido. Os custos incrementais diretamenteatribuíveis à emissão de novas ações são demonstrados no patrimônio líquido como uma dedução dovalor captado, líquida de impostos.

2.12 Reconhecimento de receita

A receita compreende o valor justo da contraprestação a receber ou recebida pela venda de energiagerada no curso normal das atividades da Companhia e outras receitas, não decorrentes da venda deenergia, mas vinculadas às suas operações. A receita de venda de energia é apresentada líquida dosimpostos e abatimentos.

A Companhia reconhece as receitas quando os valores podem ser mensurados com segurança, é provávelque benefícios econômicos futuros serão apurados e quando critérios específicos tiverem sido atendidospara cada uma das atividades da Companhia, conforme descrição a seguir:

(a) Receitas de venda de energia

As receitas são representadas pelas comercializações de energia elétrica via CER e PLD, ambasliquidadas no mercado de curto prazo, conforme especificado na Nota 2.4. São reconhecidas conforme aenergia é entregue na linha de transmissão.

(b) Outras receitas operacionais

Referem-se a valores recebidos pela Companhia em decorrência do processo de aquisição dos ativos deenergia, onde foi assinado Contrato de Compra e Venda com a Brenco, o qual prevê que a Companhiaexerce todos os direitos sobre os recebíveis relacionados com os CER, existentes na data de suaaquisição.

(c) Receita financeira

A Companhia somente apresenta receita de caráter financeiro, referente a rendimentos de aplicaçõesfinanceiras.

A receita financeira é reconhecida conforme o prazo decorrido pelo regime de competência, usando ométodo da taxa efetiva de juros.

3 Estimativas e julgamentos contábeis críticos

As estimativas e os julgamentos contábeis são continuamente avaliados e baseiam-se na experiênciahistórica e em outros fatores, incluindo expectativas de eventos futuros, consideradas razoáveis para ascircunstâncias.

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3.1 Estimativas e premissas contábeis críticas

(a) Avaliação da vida útil de ativos

A Companhia reconhece a depreciação de seus ativos de longa duração com base na estimativa da vidaútil dos bens considerando recomendações de peritos independentes e referendadas pelos técnicos daCompanhia, considerando a experiência desses profissionais na gestão das plantas da Companhia.

As vidas úteis estabelecidas são revisitadas a cada exercício pelos técnicos da Companhia, para verificara necessidade de alteração das mesmas.

Os principais fatores que são levados em conta na definição da vida útil dos bens que compõem asplantas industriais da Companhia são as informações dos fabricantes das máquinas e equipamentos, ovolume de operação das plantas, a qualidade da manutenção preventiva e corretiva e as perspectivas dedesatualização tecnológica dos bens.

A Administração da Companhia considerou em sua avaliação que a depreciação deve cobrir o valor totaldos bens, tendo em vista que os equipamentos e instalações, quando retirados de operação, são vendidospor valores imateriais.

As avaliações das vidas úteis aplicadas aos bens determinaram as seguintes taxas médias anuais dedepreciação e amortização:

O imobilizado compreende edificações, instalações, máquinas e equipamentos industriais e agrícolas e émensurado ao custo de aquisição dos bens adquiridos. O valor dos ativos adquiridos pela Companhia foiregistrado com base em seus valores justos relativos considerando o custo total da transação. Os gastospara a produção da energia elétrica são captados a valor de custo de aquisição.

(b) Determinação dos ativos intangíveis

Os ativos intangíveis adquiridos pela Companhia da Brenco, representam os direitos da OER Mineirosde participar do mercado de energia elétrica. Desta forma, a administração da Companhia classificou atotalidade do valor dos intangíveis como “Outorga” (Nota 10).

A amortização do ativo intangível reflete o padrão em que se espera que os benefícios econômicosfuturos dos ativos sejam consumidos, ou o prazo final do contrato, o que ocorrer primeiro. O prazooriginal é de 35 anos, renováveis por igual período. A administração da Companhia analisou estasituação e em seu julgamento considera que a amortização total da outorga considera um período derenovação.

2014

Edificações e benfeitorias de 2% a 3%

Máquinas, equipamentos e instalações de 3% a 20%

Contratos de outorga 2%

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Desta forma, a Companhia registra o efeito de amortização dos ativos intangíveis, pelo período esperadode manutenção das outorgas, ou seja 65 (sessenta e cinco) anos, período em que estima que estaráautorizada a produzir e comercializar energia elétrica como Produtor Independente.

A Companhia reconhece que essa é a melhor estimativa para refletir o padrão de consumo de benefícioseconômicos futuros incorporados no ativo.

4 Gestão de risco financeiro

4.1 Fatores de risco financeiro

(a) Considerações gerais

A Companhia participa em operações envolvendo instrumentos financeiros, incluindo caixa eequivalentes de caixa, investimentos a pagar e debêntures, com o objetivo de administrar adisponibilidade financeira de suas operações.

(b) Exposição a taxas de juros

O risco associado é oriundo da possibilidade da Companhia incorrer em perdas por causa de flutuaçõesnas taxas de juros que aumentem as despesas financeiras das debêntures.

(c) Risco de liquidez

É o risco da Companhia não dispor de recursos líquidos suficientes para honrar seus compromissosfinanceiros, em decorrência de descasamento de prazo ou de volume entre os recebimentos epagamentos previstos. A previsão de fluxo de caixa é realizada pelo departamento de finanças, quemonitora as previsões contínuas das exigências de liquidez da Companhia para assegurar que ela tenhacaixa suficiente para atender às necessidades operacionais.

(d) Risco de crédito

As operações que sujeitam a Companhia à concentração de risco de crédito residem, principalmente, nascontas correntes bancárias, onde a Companhia fica exposta ao risco da instituição financeira envolvida.Visando gerenciar este risco, a Companhia mantém contas correntes bancárias com instituiçõesfinanceiras consideradas pela Administração como de primeira linha.

4.2 Gestão de capital

A Companhia segue as políticas financeiras da Organização que definem as diretrizes para ogerenciamento de riscos e os consequentes impactos na estrutura de capital. Nos termos dessas políticas,a natureza e a posição geral dos riscos financeiros é regularmente monitorada e gerenciada a fim deavaliar os resultados e o impacto financeiro no fluxo de caixa. Essas políticas proíbem a utilização deinstrumentos derivativos com o propósito de negociações especulativas.

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5 Instrumentos financeiros por categoria

6 Caixa e equivalentes de caixa

(*) Aplicações financeiras referem-se a operações com remuneração de renda fixa em moeda nacional, comvencimentos originais em prazos inferiores à 90 dias com remuneração média de 100% do CDI e liquidez imediata.

2014 2013

(Não auditado)

Total de debêntures 311 .631

Menos: caixa e equiv alentes de caixa (13.446)

Dív ida líquida 298.185

Total do patrimônio líquido 7 1 .7 53 1

Total do capital 369.938 1

Índice de alav ancagem financeira 81%

2014

Ativ os, conforme o balanço patrimonial

Caixa e equiv alentes de caixa 13.446

Contas a receber 1 .835

15.281

2014

Passivos, conforme o balanço patrimonial

Debêntures 311 .631

Fornecedores, Sociedades da Organização Odebrecht e inv estimentos a pagar 958.87 6

1.27 0.507

Em préstim os e

recebív eis

Outros passiv os

financeiros

2014

Bancos conta movimento 252

Aplicações financeiras (*) 13.194

13.446

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Notas explicativas da administração às demonstrações financeirasem 31 de dezembro de 2014Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma

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7 Contas a receber

Em 31 de dezembro de 2014 as contas a receber totalizam o montante de R$ 1.835, substancialmentereferente às vendas no mercado livre de energia (PLD). Conforme mencionado na Nota 2.4, os saldos em31 de dezembro de 2014 refletem os valores a serem liquidados nos meses de janeiro e março de 2015.

8 Impostos a recuperar

9 Imobilizado

10 Intangível

O saldo inclui substancialmente o valor pago por Outorga para exploração da usina termoelétricaadquirida pela Companhia.

2014

Imposto de renda sobre aplicações financeiras 247

PIS a recuperar 540

COFINS a recuperar 2.485

3.27 2

Edificações e

benfeitorias

Máquinas,

equipam entos

e instalações T otal

Aquisições 153.27 9 855.418 1.008.697

Depreciação (4.246) (37 .136) (41 .382)

Saldo em 31 de dezem bro de 2014 149.033 818.282 967 .315

T axas anuais de depreciação (%) 2 a 3 3 a 20

Direito de outorga

e contratos

Aquisições 387 .512

Amortização (4.47 9)

Saldo em 31 de dezem bro de 2014 383.033

T axas anuais de am ortização (%) 2

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Notas explicativas da administração às demonstrações financeirasem 31 de dezembro de 2014Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma

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11 Debêntures

Em 30 de junho de 2014, a OER cedeu para a Companhia, em contrapartida a créditos transferidos pelaOER como adiantamento pela compra de ativos de energia, Escritura de emissão de 28.127 debênturesnão conversíveis em ações no valor de R$ 281.270.

Em 9 de março de 2015 a Companhia obteve junto aos debenturistas a aprovação para prorrogação dovencimento da operação, de 10 de março de 2015 para 10 de setembro de 2016 (Nota 22).

12 Adiantamentos recebidos

O montante de R$ 21.928 refere-se a adiantamentos recebidos da CCEE decorrentes da operação de venda deenergia LER.

13 Investimentos a pagar

Em 31 de dezembro de 2014 a Companhia possui na rubrica de investimentos a pagar o montante de R$951.823, referente às obrigações com a Brenco oriundas da aquisição dos ativos para exploração e vendade energia pela Companhia, com vencimentos entre dezembro de 2014 e dezembro de 2030 e cujo saldoem aberto é corrigido pela variação do IPCA acrescido de 2% a.a. Em 15 de dezembro de 2014 aCompanhia liquidou a primeira parcela atualizada no montante de R$ 46.330. A composição do saldo apagar, por ano de vencimento, é a seguinte:

As movimentações dos investimentos a pagar durante o exercício ocorreram da seguinte forma:

Emissão Valor unitário Vencimento Remuneração Principal Encargos 2014

30 de junho de 201 4 R$ 10.000,00 10 de março de 2015 DI + 1,50 a.a. 290.364 21.267 311.631

290.364 21.267 311.631

2014

2017 84.67 1

2019 68.7 96

2022 41.27 7

2025 25.401

2030 7 31.67 8

951.823

Aquisição de intangív el 387 .512

Aquisições de bens do ativ o imobilizado 1.008.697

Encargos financeiros 54.844

(-) Juros pagos (2.330)

(-) Amortização (496.900)

Saldo em 31 de dezembro de 2014 951.823

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14 Sociedades da Organização Odebrecht

(i) Os saldos mantidos com Sociedades da Organização Odebrecht incluem, principalmente, repasses derecursos da Companhia, para sua controladora, conforme previsto em Instrumento Particular deContratos de Contas-Correntes e de Caixa Único, firmado entre as empresas.

(ii) Em 15 de dezembro de 2014 foi celebrado contrato de mútuo entre a Companhia e a OER MiranteEnergia S.A. (“OER Mirante”), no montante de R$ 6.573, com vencimento em 13 de janeiro de 2015.

15 Patrimônio líquido

(a) Capital social

Em 31 de dezembro de 2014, foi aprovado aumento do capital social da Companhia, mediante a emissãode 125.000.000 novas ações nominativas e sem valor nominal, no valor de R$ 1,00 cada uma, no valortotal de R$ 125.000, mediante a capitalização do Adiantamento para Futuro Aumento de Capital(“AFAC”), pela acionista OER.

Em 31 de dezembro de 2014 o capital social da Companhia é de R$ 125.001, representado por125.001.000 ações ordinárias, nominativas sem valor nominal.

16 Receita líquida de vendas

(i) A capacidade de geração de energia da OER Mineiros foi 100% comprometida com venda de energiaLER, deste modo não houve receitas de energia PLD no exercício de 2014.

Ativo Resultado

Contas a receber sobre receitas financeiras (i) 17 7 17 7

Passivo Resultado

Caixa único (i) (6)

Contas a pagar sobre remuneração de gestão de caixa único (i) (395) (395)

Contas a pagar sobre reembolsos de despesas (i) (111) (111)

Mútuos a pagar (ii) (6.57 3)

Saldo de Sociedades da Organização Odebrecht, líquido (6.908) (329)

2014

2014

Receita com venda de energia LER (i) 121 .253

Impostos sobre vendas (11.216)

Receita líquida de energia 110.037

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17 Custos dos produtos vendidos

(i) Conforme contrato celebrado em 31 de março de 2014 entre a Companhia e a Brenco (Nota 1).

(ii) Os encargos setoriais são os custos de geração e distribuição de energia destinados à CCEE, querealizada a intermediação e regulação do setor.

18 Despesas gerais e administrativas

19 Outra receitas operacionais, líquidas

Em 31 de dezembro de 2014, o montante de R$ 868, refere-se substancialmente aos direitos a receberinerentes ao Contrato de Compra e Venda celebrado entre a Companhia e a Brenco, assinado em 31 demarço de 2014, o qual prevê que a Companhia exerce, a partir da aquisição dos ativos de energia(imobilizado e intangível), todos os direitos sobre os recebíveis resultantes das vendas de energiaefetuadas com base nos CER adquiridos.

2014

Custos com manutenções (i) (10.529)

Encargos setoriais (ii) (28.697 )

Depreciação e amortização (45.861)

Outros custos (204)

(85.291)

31 de dezembro

de 2014

Período de 9 a 31

dezembro de 2013

Auditoria, consultorias e assessorias (285)

Despesas com serviços de terceiros (460)

Taxas e tributos (20)

Outros (1)

(7 65) (1)

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20 Resultado financeiro, líquido

21 Prejuízo por ação

(a) Básico

O prejuízo básico por ação é calculado mediante a divisão do prejuízo atribuível ao acionista dasociedade, pela quantidade média ponderada de ações emitidas durante os exercício/período.

22 Eventos subsequentes

Em 13 de janeiro de 2015, foi liquidado o mútuo a pagar no montante de R$ 6.573, conforme contratocelebrado entre a Companhia e a OER Mirante.

Em 9 de março de 2015, a Companhia aprovou as seguintes alterações em relação às debêntures: (i)prorrogação de data de vencimento, de 10 de março de 2015 para 10 de setembro de 2016; (ii)pagamento da remuneração devida até 10 de março de 2015 no montante de R$ 37.873; (iii) nova taxade juros remuneratórios; (iv) amortização do valor nominal unitário das debêntures, que passa a ser em18 parcelas mensais e consecutivas. As debêntures passarão a contar com garantias reaiscomplementares.

* * *

31 de dezem bro

de 2014

Receitas financeiras

Rendimentos sobre aplicações financeiras 1 .391

1 .391

Despesas financeiras

Despesas com juros (21 .268)

Tributos sobre operações financeiras (7 3)

Comissões Bancárias (3.185)

Variações monetárias (54.844)

Outros (117 )

(7 9.487 )

Resultado financeiro líquido (7 8.096)

31 de dezem bro de

2014

Período de 9 a 31 de

dezem bro de 2013

(Não auditado)

Prejuízo do exercício/período (53.247 ) (1)

Quantidade média ponderada de ações ordinárias emitidas 1 .000 1.000

Prejuízo por ação (expresso em R$ por ação) (53.247 ,00) (1,00)