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 Ano 22 - Edição 152 Dezembro 2013 / Janeiro 2014 Revista Brasileira do Aço  E lá se foi 2013... Ano em que as importações de produ- tos siderúrgicos alcançaram a margem de 1.617.214 tonela- das – representando uma queda de 1,7% em relação a 2012. Sim, é pouco... Mas, o mais importante, é que recuaram e mantém a tendência de queda em 2014.  Com isso, as de vendas dos distribui dores de aço em 2013 aumentaram 4,3%, com 4.543,6 toneladas (representação de 36% nas vendas das usinas). Segundo o Presidente do INDA – In- stituto Nacional dos Distribuidores do Aço –, Carlos Loureiro, esse desempenho foi estável e dentro do esperado (entre 3,7 a 4,5%). O SETOR ESTÁ OTIMISTA O ano começou de forma positiva... Com reajuste nos preços entre 6% e 7%, redução da importação, valorização do câmbio, entre outros tópicos, o Instituto Nacional dos Distribuidores do Aço acredita em um crescimento do setor de aproximadamente 4% para 2014 Cenário considerado 2013 2014 PIB (%) 2,5 2,2 Produção Industrial (%) 1,7 2,3 Consumo aparente de aço (%) 5,7 3,2 Graficos de previsões de vendas do INDA Dr. Carlos Loureiro, Presidente do Inda / Sindisider

152

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  • Ano 22 - Edio 152Dezembro 2013 / Janeiro 2014

    Revista Brasileira do Ao

    E l se foi 2013... Ano em que as importaes de produ-tos siderrgicos alcanaram a margem de 1.617.214 tonela-das representando uma queda de 1,7% em relao a 2012. Sim, pouco... Mas, o mais importante, que recuaram e mantm a tendncia de queda em 2014.

    Com isso, as de vendas dos distribuidores de ao em 2013 aumentaram 4,3%, com 4.543,6 toneladas (representao de 36% nas vendas das usinas). Segundo o Presidente do INDA In-stituto Nacional dos Distribuidores do Ao , Carlos Loureiro, esse desempenho foi estvel e dentro do esperado (entre 3,7 a 4,5%).

    O SETOR EST OTIMISTAO ano comeou de forma positiva... Com reajuste nos preos entre 6% e 7%, reduo da importao, valorizao do cmbio, entre outros tpicos, o Instituto Nacional dos Distribuidores do Ao acredita em um crescimento do setor de aproximadamente 4% para 2014

    Cenrioconsiderado 2013 2014

    PIB (%) 2,5 2,2

    ProduoIndustrial (%) 1,7 2,3

    Consumoaparente de ao (%) 5,7 3,2

    Graficos de previses de vendas do INDA

    Dr. Carlos Loureiro,Presidente do Inda / Sindisider

  • 2 | Capa

    Capa

    PresidenteCarlos Jorge LoureiroVice-presidenteJos Eustquio de LimaDiretor administrativo e financeiroMiguel Jorge LocatelliDiretor para assuntos extraordinriosCarlos Henrique Rotella

    Conselho DiretorAlberto Pieira Graa, Raphael Carmagnani,Cludio Sidnei Moura, Heuler de Alemida, Ren Kahler JuniorSuperintendenteGilson Santos BertozzoConselheiro EditorialOberdan Neves Oliveira

    Expediente

    11 2272-2121 [email protected] Isis Moretti (Mtb 36.471)[email protected] grfico, diagramao e editorao www.criatura.com.brImpresso PigmaDistribuio exclusiva para Associados ao Inda. Os artigos e opinies publicados no refletem necessariamente a opinio da revista Brasileira do Ao e so de inteira responsabilidade de seus autores.

    Diretoria Executiva Revista Brasileira do Ao

    Marco Polo Mello LopesPresidente Executivo do Instituto Ao Brasil

    Para 2014, prevemos um crescimento de 4%, alcan-ando o patamar de 4.700 toneladas de ao no ano. Caso os investimentos em infraestruturas previstos forem con-cludos, teremos uma margem maior, completou Loureiro. Para ele, os segmentos consumidores de ao que devero impulsionar as demandas do ano sero: bens de capital, construo civil, saneamento, leo & gs. Alm disso, em janeiro, as usinas aplicaram um aumento nos preos, que varia de 6% a 7% valor este que foi repassado pela rede de distribuio. Caso a taxa do cmbio permanea no quadro atual (U$ 2,36), este dever ser o nico reajuste do tri-mestre, uma vez que o preo internacional est estvel. Mas, se o dlar tiver outra valorizao diante do Real, novas opor-tunidades para as usinas sero criadas, concluiu Loureiro, que completou. Quem d o tom dos preos do mercado mun-dial a China, que mantm sua produo a todo o vapor e , hoje, o maior exportador. Com a valorizao do d-lar e o novo reajuste, a diferen-a nos preos entre o ao im-portado e o nacional (chama-do de prmio) est menor, variando entre 3% a 4% o que consequentemente, dese-stimula os pedidos por produ-tos internacionais. Assim os empresrios do setor podem ficar mais confiantes com 2014.

    Os nmeros do Iabr Para 2014, Instituto Ao Brasil tambm est otimista e acredita que as vendas de produtos siderrgicos no merca-do interno devero atingir 23,9 milhes de toneladas alta provvel de 4,4% em relao a 2013. O consumo aparente dever alcanar o patamar de 27,5 milhes de toneladas

    crescimento de 3,2%. A entidade tambm aposta na queda das importaes, devido a desestocagem, o au-mento das exportaes face suave recuperao do cenrio internacional e incremento da produo de ao bruto. A possvel reduo da produo de automveis dever ser compensada pela alta do consumo na construo civ-il. Dentre todos os setores consumidores finais de ao, a construo civil sempre apresentou expanso em seu con-sumo aparente, disse ele que, ao avaliar o desempenho do

    setor em 2013, foi ainda mais longe. As empresas produ-toras de ao estiveram entre as mais afetadas pela crise econmica e vm desenvol-vendo intensos esforos para superao de suas dificul-dades atravs de melhorias contnuas na produtividade. Do ponto de vista macro-econmico, o setor precisa de crescimento sustentado no mercado interno, cor-reo das assimetrias com-petitivas e defesa comercial para voltar a concorrer frente a outros pases, falou Lopes. De acordo com os nmeros divulgados pelo Iabr, a produo de ao bruto

    atingiu cerca de 34,5 milhes de toneladas este ano, prati-camente o mesmo nmero de 2012. J as exportaes do ao brasileiro foram de 8,4 milhes de toneladas queda de 14,8% frente ao ano passado (ainda reflexo do excesso de capacidade no mercado internacional e da perda de competitividade dos produtos nacionais devido ao elevado custo no Brasil). a

    Grafico de fechamento das importaes de aos planos

  • 3 Prod

    utos:

    LCG,

    BQ,

    BF,

    CZ, C

    PP, C

    AZ e

    EGV.

    No incluem aos especiais

    Estatisticas | 3

    Em dezembro, a distribuio de aos planos associada registrou recuo de 11,4% nas vendas em relao ao ms anterior, passando de 391,7 mil toneladas para 346,9 mil toneladas novo recorde histrico para o ms de dezembro. Sobre o mesmo perodo de 2012 (quando foram vendidas 312,5 mil toneladas), contabilizou alta de 11%. O nmero de compras realizadas em dezembro tambm apresentou retrao em comparao ao ms anterior, de 7%, totalizando 325,2 mil toneladas. Frente ao mesmo perodo de 2012, quando foram compradas 323,1 mil toneladas, teve alta de 0,6%. J no acumulado de janeiro a dezembro de 2013, as vendas somaram 4.543,6 mil toneladas, o que representa uma elevao de 4,3% em comparao a igual perodo do ano anterior. As compras apresentaram um aumento de 8,2% ante 2012, com volume total de 4.650,7 mil toneladas. As importaes de aos planos, realizada pelo mercado brasileiro, encerraram dezembro com recuo de 19,4% comparado ao ms anterior, fechando em 82,7 mil toneladas. No acumulado do ano, as importaes tambm sofreram queda: 1,7% perante a igual perodo de 2012. Os estoques de dezembro registraram recuo de 2% em relao ao ms anterior, atingindo o volume de 1.051,2 mil toneladas. Mesmo assim, o giro dos estoques subiu para trs meses. Para janeiro, a expectativa que compras e vendas possam apresentar elevao em torno de 10% e 15%, respectivamente. Para 2014, projeta-se crescimento de 4% nas vendas, em relao ao ano anterior. a

    Estatsticas

    Importao de Aos Planos

    Por Oberdan Neves Oliveira

    Unid:1000 ton.1 Incluem importaes informadas pelos associados | 2 Incluem os embarques das usinas para outros setores via distribuio

    DESEMPENHODOS ASSOCIADOS

    ESTOQUE1 | DEZEMBRO

    2013 2012 Var.%

    1.051,2 944,1 11,3%

    COMPRAS2 | DEZEMBRO

    2013 2012 Var.%

    325,2 323,1 0,6%

    VENDAS1 | DEZEMBRO

    2013 2012 Var.%

    346,9 312,5 11,0%

  • De acordo com o Governo Federal, 2013 foi um ano de grandes desafios e superao das dificuldades trazidas pela crise internacional. Na avaliao do Ministro da Fazenda, Guido Mantega, os principais problemas foram vencidos, principalmente, com relao recuperao do PIB Produto Interno Bruto. Na projeo para o desempenho da indstria nacional em 2014, o ministro frisou que, com a melhora dos mercados internacionais e com o cmbio mais favorvel, existe a perspectiva de crescimento da produo e de au-mento nas exportaes. Alm disso, a desonerao da folha de pagamentos e outras medidas tributrias aumentaro a produtividade da indstria, o que significa reduo de cus-tos. Isso permitir um quadro melhor para este ano, falou Mantega, lembrando que o Governo ainda precisa eliminar alguns gargalos para melhorar a competitividade da inds-tria brasileira, principalmente em infraestrutura. Para este ano, sinalizou que o Governo pretende fazer grandes investi-mentos em portos e ferrovias.

    Sob o ponto de vista de um economista Ainda neste contexto, a Revista Brasileira do Ao entrevis-tou o Diretor e Economista Chefe do Banco Bradesco, Octavio de Barros. Acompanhe e aproveite as informaes: Revista Brasileira do Ao - Depois dos nmeros re-gistrados em 2013 pela economia brasileira, quais so as suas expectativas para o mercado nacional em 2014? Octavio de Barros - A economia brasileira estar asso-ciada a um pequeno grupo de pases que crescer menos em 2014 do que em 2013. Junto ao Brasil estaro possivelmente a China, o Japo e, a nossa vizinha, Argentina. O mundo estar bem melhor em termos de crescimento e de comrcio, mas o Brasil ser afetado por fatores eminentemente idiossincr-ticos. Os negcios mantero normalmente o curso porque as empresas tm uma viso bastante construtiva a despeito do incmodo com o problema de confiana na poltica eco-nmica, especialmente, no mercado financeiro. A piora na precificao de risco traduz bem esse quadro. O tema fiscal

    o grande gerador de incertezas. Trabalhamos com 2,1% de crescimento, mas poderamos ter superado este nmero se o tema da confiana estivesse mais bem endereado. Revista Brasileira do Ao - Como voc espera que seja o comportamento da economia nacional para 2014? Po-demos ficar otimistas? Octavio de Barros - Acredito muito no ciclo de investimen-tos em logstica no Brasil. Isso combinado com o incio de um ciclo de tradables, (graas mudana no padro cambial) pode ter grande significado para a prxima dcada. S o aumento de produtividade gera crescimento e enriquece os pases. E os ga-nhos de produtividade continuaro sendo distribudos mais a favor dos salrios do que dos lucros, como em todos os pases que se desenvolveram no ps-guerra. Todos os setores tendem a balizar seus investimentos olhando para o salto de infraestru-tura que o Brasil ter nos prximos dez anos. Depois de uma depreciao nominal de 25% em dois anos, acredito que a taxa de cmbio do Real comea a encontrar um novo patamar. No vejo benefcios marginais macroeconmi-cos com novas ondas de depreciao. O dficit externo dimi-nuir e a conta Petrleo ficar menos deficitria. O impacto do cmbio nos preos foi bem significativo na medida em que acelerou a inflao de tradables em um contexto de forte resis-tncia baixa da inflao de non tradables (servios). No enxer-go uma inflao em 2014 abaixo daquela observada em 2013, mesmo com uma taxa de juros nominal e real bastante elevada. Os preos administrados em 2014 seguiro com aumentos mo-derados, sugerindo alguma preocupao para 2015, sobretu-do, no setor de combustveis, transportes e energia eltrica. Revista Brasileira do Ao - Como as grandes e mdias empresas devero se comportar no prximo ano? Octavio de Barros - Os empresrios j fizeram suas apos-tas. Sabem perfeitamente separar os temas de natureza poltica dos planos de mdio e longo prazos. Cancelar investimentos algo que no tem o menor cabimento no mundo empresa-rial. O que h um reconhecimento de que a belle poque ficou para trs e o PIB potencial do mundo e do Brasil mais

    Anlise setorial

    O ano da virada

    4 | Anlise setorial

    Temos pela frente pouco mais de 320 dias para conquistar bons resultados em 2014. O Governo garante quemudanas foram feitas e que elas j podem ser observadas. Para a indstria nacional este ano ser um ano de produtividade e recuperao. Voc concorda com isso?

  • baixo. Os investimentos se cali-bram nessa nova perspectiva. A economia brasileira tem escala e diversidade que raramente se encontra no mundo emergente. Claro que, alguns setores, dire-tamente afetados por decises complexas, possam revisar seus planos, mas isso est longe de ser uma verdade para a maioria dos setores de atividade. Do ponto de vista eleitoral,

    no vejo como isso afete decises, porque a agenda nacional conhecida de todos e no h como escapar dela. S me per-mito dizer que o Brasil precisa ir alm dos avanos meramente incrementais que temos observado nos ltimos 20 anos. Revista Brasileira do Ao A Copa do Mundo e as Elei-es incrementaro ou atrapalharo a economia neste ano? Octavio de Barros Acredito que estes dois eventos se-ro irrelevantes do ponto de vista da dinmica da economia em 2014. Algum impacto sempre tem, mas no creio que mudem a direo dos acontecimentos. Os investimentos seguiro melhorando incrementalmente no setor de infra-estrutura, que agora comea a oferecer condies mais atra-tivas nas concesses. O que falta melhorar o ambiente de equity no Brasil, que ainda deixa a desejar. Revista Brasileira do Ao Indstria nacional. Qual a sua opinio sobre produo e consumo para 2014? Octavio de Barros Nunca gostei da histria de esgota-mento de modelo. Nada se esgota de uma hora para outra. O que existe o reconhecimento bvio de que a incluso social marginal decrescente. No incluiremos outra leva de 50 milhes de pessoas no mercado de consumo na prxima dcada. evidente que a agenda nacional a da qualidade, da produtividade, da inovao e da eficincia. Avanamos bastante na quantidade. Agora a vez da qualidade em todos os planos. E isso vale para o setor pbli-co e privado. Os investimentos, principalmente em infraes-trutura, precisam avanar mais rpido, pois o Brasil tem um dficit de edificaes. S aumentaremos a produtividade com o incremento do estoque de capital fsico e humano.

    E para a indstria, efetivamente... O setor sucroenergtico importante consumidor de ao viveu em 2013 um perodo bastante complicado, prin-

    cipalmente para a indstria de base e servios. Segundo o presidente da CEISE Centro Nacional das Indstrias do Se-tor Sucroenergtico e Biocombustvel , Antonio Eduardo Tonielo Filho, a carncia de pedidos de novas plantas, a que-da acentuada de investimentos nos ltimos anos, ocasiona-ram a reduo de pedidos de peas e servios na manuten-o de entressafra, associada inadimplncia de clientes. A situao financeira ficou precria (o segmento formado por empresas produtoras de mquinas, equipamentos, bens de capital, insumos, servios e tecnologias). Para 2014, projetamos uma evoluo nos negcios, mas ainda teremos um perodo difcil, pois carregamos um histrico bastante complicado de recesso e que precisa ser recuperado. Acredito que a retomada acontecer de forma gradativa, levando em conta que as estimativas de cresci-mentos da safra agrcola (canaviais), de demanda de acar e lcool, e a indicao de que a capacidade instalada das usinas est comprometida, apontam para isso. Contudo, a consolidao destas projees est sujeita ao mercado, ao cmbio, a medidas pblicas no condicionamento de plane-jamento e desenvolvimento da cadeia, explicou Tonielo. O CEISE no tem ainda um balano de novos investi-mentos na indstria para 2014, mas assegura que so tmi-dos pela capacidade instalada da indstria de base do setor sucroenergtico. A novidade a construo da primeira usi-na de etanol de segunda gerao, a nvel comercial, prevista para entrar em atividade em meados de 2014, em Alagoas. Construo civil - se o PIB do Pas se elevar em 2%, o PIB da construo civil dever crescer 2,8 em 2014. J o emprego formal no setor pode apresentar alta de 1,5%, enquanto a produo de materiais aumentar 3,6%, e a taxa de investi-mento ficar em 19,8% do PIB. Estas foram as projees que o presidente do SindusCon-SP Sindicato da Indstria da Construo Civil do Estado de So Paulo , Srgio Watanabe anunciou em dezembro passado. Linha branca - enquanto isso, os eletrodomsticos e ele-trnicos sofreram uma queda de 3% nas vendas de 2013, mas que diante dos nmeros de 2012 (aumento de 20%), o desem-penho do ano passado no pode ser considerado ruim. O pre-sidente da ELETROS Associao Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletrnicos , Lourival Kiula, no faz uma pre-viso para 2014, uma vez que os resultados dependero do IPI Imposto sobre Produtos Industrializados cobrado pelo Governo. A Eletros j pediu a extenso da reduo do imposto para que as vendas e o setor no sejam afetados. a

    Anlise setorial | 5

    Anlise setorial

    Octavio de BarrosDiretor e Economista Chefedo Banco Bradesco

  • 6 | Sindisider

    Sindisider

    O Sindisider Sindicato Nacional das Empresas Distri-buidoras de Produtos Siderrgicos representa cerca de 7 mil empresas distribuidoras e revendedoras de ao, portan-to, uma de suas obrigaes defender os interesses do se-tor. Conectado ao que acontece no dia a dia dos associados, uma das aes que o Sindisider est engajado na equipa-rao do ICMS Imposto sobre Circulao de Mercadorias e Servios para perfis estruturais. Atualmente, existe uma diferena na taxa de ICMS para os perfis estruturais produzidos pelas usinas (12%) e para aqueles que saem dos distribuidores (18%). Oras, se esta-mos falando do mesmo produto, com a mesma aplicabi-lidade, por que essa diferena tributria? Tanto em So Paulo quanto em Minas Gerais, recebemos reclamaes re-lacionadas discrepncia nos valores cobrados pelo ICMS. Por exemplo, quando o perfil vem da usina, as empresas pagam 12% do imposto, sendo que os demais perfis equi-valem a 18%. Assim, ressalto que estamos atentos a todas as questes que signifiquem algum ganho de margem aos nossos representados; estamos preocupados em minimi-zar todos os gastos que as companhias tm com tributos, logstica, pessoal etc, a fim de trazer melhorias no desem-

    penho das mesmas. Isso colabora para a competitividade do nosso segmento, explicou o superintendente do Sindi-sider, Gilson Santos Bertozzo.

    Mas este trabalho no recente H tempos que o Sindisider discorre sobre o pleito junto aos governos estaduais. Em Minas Gerais j foi con-quistada a reduo de 18% para 12%, e agora, vez de So Paulo. O processo est em anlise tcnica na Secre-taria de Desenvolvimento, e o prximo passo obter o abatimento desta diferena, uma vez que a aplicao do produto a mesma. inconstitucional ter alquota dife-rente, salientou Bertozzo. importante o Governo entender que ambos os perfis tm a mesma utilizao, e no h justificativa para cobrana diferenciada na alquota, que prejudica 5% das distribuido-ras do Estado de So Paulo, que somam 2.900 empresas. a

    Por que os perfis estruturados tm alquotas diferenciadas de ICMS para usinas e distribuidores do ao? isso o que o Sindisider est discutindo junto aos Governos Estaduais

    Equiparao de ICMS para perfis estruturados

    Utilizao dos perfis estruturados Os perfis estruturados so colunas de ao de sustentao utilizadas em construo civil (vigas de ao). So aplicados em edifcios de andares mltiplos, shoppings, galpes e silos, edifcios comerciais, estdios e ginsios, construes indus-triais, pontes, viadutos e passarelas, metrs e estaes rodo-ferrovirias, conteno e fundao. Na indstria, os perfis estruturados esto presentes em balanas, pontes rolantes, mquinas agrcolas, chassis de veculos e suporte de mquinas. Ainda pode ser utilizado em plataformas martimas e na indstria naval.

  • Sindisider | 7

    Estamos de olho

    O Brasil importa o galvalume para suprir toda a demanda do mercado nacional, porm, o produto vindo do exterior est fora das regras de certificao e, consequentemente, de baixa qualidade. Estamos atentos a isso, para evitar que a reputao do nosso ao seja manchada

    O galvalume (produto em ao revestido de alumnio e zinco) utilizado em larga escala e possui infinitas aplica-es nos mais variados segmentos, sendo os mais comuns na fabricao de telhas e, eventualmente, calhas ideal para ambientes mais agressivos. No Brasil, a CSN produz o galvalume e recomenda-o em funo da alta resistncia corroso atmosfrica, beleza esttica, elevada refletividade ao calor, o que gera maior conforto trmico, resistncia oxi-dao em temperaturas elevadas. Segundo a marca, o CSN Galvalume a evoluo do ao galvanizado. A produo da CSN de 500 mil toneladas/ms, mas o mercado brasileiro consome aproximadamente 800 mil to-neladas/ms. Isso significa que o Pas tem que importar o galvalume para suprir essa lacuna e a compra feita com a China. Porm, a mercadoria precisa obedecer a uma certifi-cao de revestimento adequada para a utilizao no Brasil. Infelizmente, essa certificao no est sendo cumpri-da. Fizemos os testes no galvalume chins, e constatamos que o nvel de AVN (revestimento de alumnio e zinco), que deveria ser de 150, inferior ao exigido, estando com AVN de 50, apontou o superintendente do Sindisider Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Produtos Siderr-gicos , Gilson Santos Bertozzo. O alerta extremamente preocupante, pois no h fiscalizao desses produtos por parte da Receita Federal, a fim de garantir que as normas se-jam atendidas. At porque, deveria haver uma fiscalizao laboratorial, algo um tanto impossvel para o rgo pblico, completou Bertozzo. O superintendente ainda salientou que o produto deve-ria durar cinco anos ou mais, entretanto, no tem passado

    de um ano. isso o que est acontecendo de dois anos pra c, quando iniciaram as importaes. Os problemas com durabilidade dos produtos tm surgido em grandes propor-es e isso tem causado problemas para a imagem do ao brasileiro, explicou ele que, atravs do Sindisider, criou um grupo de estudos para discutir essa questo e levar ao In-metro Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tec-nologia uma forma de instituir uma especificao tcnica, onde fique absolutamente proibida a importao de produ-tos inadequados, sob pena e risco quele que importar. E ainda garantir ao consumidor que a qualidade do produto vendido a mesma prometida e assegurada pelo fornece-dor, encerrou Bertozzo. a

    Principais aplicaes Na construo civil: melhor relao custo-benefcio do que coberturas em alumnio ou materiais no-metlicos, aliando durabilidade, esttica e conforto trmico. Na agricultura: a elevada refletividade ideal para a es-tocagem de gros em galpes e silos, pois proporciona uma temperatura interior mais baixa, protegendo os gros e se-mentes contra a deteriorao, aumentando o rendimento e reduzindo significativamente os custos. Na indstria automotiva: em defletores de calor, radia-dores, buzinas, nibus, escapamentos, entre outros. Utilidades domsticas: utilizado no segmento de linha branca, em refrigeradores, fornos eltricos, micro-ondas, tor-radeiras e foges que necessitam de materiais com elevada resistncia corroso, refletividade trmica e resistncia a altas temperaturas.

    Fonte: Site Grupo Pizzinatto

    Principais caractersticas tcnicas Galvalume/CSN

  • 8 | Responsabilidade social

    Responsabilidade social

    Em benefcio de todos

    Mais do que produtoras de ao... As gigantes do seg-mento tambm esto empenhadas em projetos sociais e ambientais, que privilegiam seus colaboradores e as regies onde esto instaladas. bom para a imagem da companhia, bom para o funcionrio, para a comunidade do entorno, e todos ganham com isso! A Gerdau, por exemplo, desenvolve mais de 900 aes sociais nos 13 pases onde atua. Para tanto, criou o Instituto Gerdau (responsvel pelas polticas e diretrizes de responsa-bilidade social da empresa), que coordena planos voltados para a educao, mobilizao solidria e qualidade em ges-to (todos divididos em diferentes nveis de atuao). Para ns, o fortalecimento das comunidades funda-mental para o desenvolvimento sustentvel das regies pr-ximas de nossas unidades e, consequentemente, para o cres-cimento dos negcios. Todos os programas desenvolvidos buscam reforar conceitos de empreendedorismo e liderana, nos quais os participantes levem melhorias econmicas e sus-tentveis s reas em que esto inseridos, falou o diretor do Instituto Gerdau, Jos Paulo Soares Martins, que completou. Essa conduta de seriedade e de comprometimento com a sociedade gera valores aos colaboradores, clientes, acionistas e fornecedores da Gerdau, reafirmado o nosso respeito e res-ponsabilidade com as geraes futuras. Na mesma linha de raciocnio est a ArcelorMittal, que possui a Fundao ArcelorMittal Brasil. No total, so coor-denados 47 projetos sociais 16 so prprios, focados em educao, sade, cultura, esporte e promoo social. res-ponsvel pela gesto do investimento cultural da organiza-o, patrocinando aproximadamente 40 projetos culturais por ano. A empresa incentiva os empregados prtica do voluntariado, seguindo o conceito de que cada um pode dar a sua contribuio pessoal para transformar o amanh, pro-porcionando melhores condies de vida s comunidades e pessoas menos favorecidas. Segundo a ArcelorMittal, os programas sociais so im-portantes para gerar dilogo com a comunidade, contribuir para o seu progresso e estreitar o relacionamento. Existe um compromisso com as cidades onde atua, no s do ponto de vista legal (no que se refere ao pagamento de impostos, gerao de empregos e cumprimento lei), mas no reforo a

    poltica pblica, que se traduz em benefcios reais e neces-srios a populao. A CSN tambm est engajada neste tipo de trabalho. S em 2012, a Fundao CSN investiu R$ 13 milhes nas reas de educao e cultura. As atividades so desenvolvidas por instituies externas, com parcerias do poder pblico. A CSN mantm trs projetos: Hotel Escola Bela Vista, Escola Tcnica Pandi Calgeras e o Centro de Educao Tecnolgica. Todos oferecem capacitao profissional, em diferentes disciplinas, para jovens de baixa renda que so selecionadas atravs de uma prova e anlise socioeconmica. A CSN patrocina e de-senvolve outros projetos, incluindo aes de meio ambiente. Consciente de sua relevncia econmica, a Usiminas acredita que os resultados devem ser sancionados pela so-ciedade, traduzindo-se em valor para as comunidades onde se faz presente. Assim, a companhia empreende e apoia diversas aes de carter social, cultural e esportivo, sendo alguns exemplos: Fundao So Francisco Xavier, Institu-to Cultural Usiminas, Campanhas de Solidariedade, Projeto Mantiqueira, Usiminas na Escola, destinando tambm re-cursos (por meio de deduo de impostos), ao FIA Fundo da Infncia e Adolescncia , beneficiando cerca de 50 mil crianas. E na questo ambiental mantm o Projeto Xerim-babo Usiminas, Programa reas Verdes, Projeto Mata Ciliar, Mel Usiminas e Agenda 21. a

    foto: Iabr/Divulgao foto: ArcelorMittal/Divulgao

    foto: Iabr/Divulgao