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Ano II Número 118 Data 16 e 17/08/2012

16 e 17 2012

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AnoII

Número118

Data16 e 17/08/2012

WILSON CAMPOSA emissão de ruídos, em vir-

tude de quaisquer atividades, se-jam industriais, comerciais, sociais ou recreativas, deve, no interesse do sossego público, obedecer aos padrões, critérios e diretrizes es-tabelecidos pelo Conselho Nacio-nal do Meio Ambiente e acatar as condições fixadas e exigidas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), que visam ob-jetivamente o conforto da comuni-dade.

Em sendo o controle da polui-ção disciplinado pela legislação ambiental, de forma geral, fica claro que, para as atividades po-tencialmente poluidoras, dentre elas as responsáveis pela emissão de elevados níveis de sons, ruídos e vibrações, faz-se necessário o li-cenciamento ambiental.

Nesse sentido é a punição pe-nal do Artigo 54 da Lei nº 9.605, de 12/2/1998, que dispõe: “Causar poluição de qualquer natureza em níveis tais que resultem ou possam resultar em danos à saúde humana, ou que provoquem a mortandade de animais ou a destruição signifi-cativa da flora. Pena - reclusão de um a quatro anos e multa”.

Como visto, a poluição sono-ra, que causa efetivamente danos à saúde humana, afetando os siste-mas auditivo e nervoso das pesso-as, pode levar aquele que a provo-car a ser enquadrado nos rigores da lei, como logo acima disposto.

Ademais, a poluição sonora já era disciplinada pelo Artigo 42 da Lei nº 3.688, de 3/10/1941 - Lei das Contravenções Penais, que considera a poluição sonora uma contravenção tipificada como de

crime contra a paz pública.

Portanto, de clareza solar que desde 1941 a lei já protege o ci-dadão brasileiro dos incômodos da poluição sonora, ou seja, mui-to antes de se pensar na questão ambiental da forma ampla como é tratada atualmente, quando ainda não existiam as invasões de áre-as residenciais por casas noturnas que teimam em perturbar o sono, o sossego alheio e a segurança da coletividade.

A competência para permitir ou proibir a ocorrência de poluição sonora nas áreas urbanas é do mu-nicípio, a quem incumbe o contro-le, entendendo-se, pelo contrário, como ineficiência, negligência, omissão ou conivência.

Também de competência do município a distribuição adequa-da das atividades urbanas, de for-ma compatível, assim como o é a medida mitigadora da poluição sonora, como a restrição ao uso de buzinas em áreas hospitalares e a definição de horários e locais em que podem funcionar atividades conhecidas como causadoras de barulho, tais como eventos musi-cais, boates, bares, danceterias e outras tantas causadoras de ruídos que tiram o sono das comunidades locais.

Estão comprovados pela ci-ência médica os malefícios que os ruídos acarretam à saúde. O que as comunidades querem da prefeitura é ação severa e que cumpra com seu dever constitucional, possibi-litando aos cidadãos um pouco de paz, silêncio, sossego para dormir e condições de justo descanso após um dia exaustivo de trabalho.

O TEMPO - On linE - 16.08.2012

Ruídos que adoecem

HOJE EM DiA - MG - P. 12 - 16.08.2012

O EsTADO DE sP - sP - P. 20 - 16.08.2012