16 - Extinção da
PunibilidadePUNIBILIDADEPUNIBILIDADEPUNIBILIDADEPUNIBILIDADE
É conseqüência natural da prática de uma conduta típica, ilícita e
culpável levada aconduta típica, ilícita e culpável levada a efeito
pelo agente.
CONDIÇÕES OBJETIVAS DE PUNIBILIDADECONDIÇÕES OBJETIVAS DE
PUNIBILIDADE
A lei pode exigir a existência de uma
condição objetiva a fim de ser punível o fato
praticado.
Essa condição é externa ao tipo, Essa condição é externa ao
tipo,
constituindo-se de acontecimento futuro e
incerto.
Também são chamadas de anexos do tipo ouTambém são chamadas de
anexos do tipo ou
suplemento do tipo.
a recuperação judicial ou a extrajudicial em
relação aos crimres previstos na Lei
11.101/2005 (art. 180)
II) artigo 91 da Lei 8.666/93 - “patrocinar, direta ou
indiretamente,“patrocinar, direta ou indiretamente, interesse
privado perante a Administração dando causa à instauração de
licitação ou a celebração de contrato, cuja invalidação vier a ser
decretada pelo Podervier a ser decretada pelo Poder
Judiciário.”
III) o STF consolidou o entendimento de que é necessário solução
definitiva do processo administrativo, que apura aprocesso
administrativo, que apura a existência de débitos tributários, para
autorizar o ajuizamento de ação penal por crime contra a ordem
tributária. (é uma condição objetiva de punibilidade).
ESCUSAS ABSOLUTÓRIAS (CONDIÇÕES ESCUSAS ABSOLUTÓRIAS (CONDIÇÕES
NEGATIVAS DE PUNIBILIDADENEGATIVAS DE PUNIBILIDADE
São escusas pessoais, fundadas em razão de ordem utilitária ou
sentimental, que não afetam o crime, mas somente a punibilidade.
(Guilherme de Souza Nucci)
EXEMPLOSEXEMPLOS
I) art. 181, inciso I e II (crimes contra oI) art. 181, inciso I e
II (crimes contra o
patrimônio);
CAUSAS EXTINTIVASCAUSAS EXTINTIVAS
todos os delitos (prescrição, morte do
agente etc.)agente etc.)
b) Especiais (ou particulares): são relativas a determinados
delitos (retratação do agentedeterminados delitos (retratação do
agente nos crimes contra a honra; a retratação no crime de falso
testemunho ou falsa perícia etc.)
Havendo concurso de agentes, as causas de extinção da punibilidade
podem ser:extinção da punibilidade podem ser:
a) Comunicáveis: aproveitando todos os autores, co-autores e
partícipes (ex. Renúncia e perdão nos crimes contra a honra);
b) Incomunicáveis: valem para cada um, nãob) Incomunicáveis: valem
para cada um, não atingindo os demais (ex. Retratação do agente nos
crimes de calúnia e difamação, morte etc.)
ArtigoArtigo 108, do CP108, do CP
A extinção da punibilidade do crime que é A extinção da
punibilidade do crime que é
pressuposto, elemento constitutivo, ou
estende a este.
EXEMPLOSEXEMPLOS
I) havendo a extinção da punibilidade doI) havendo a extinção da
punibilidade do
crime de furto, não se estende ela ao
de receptação da coisa subtraída
(pressuposto).(pressuposto).
II) a extinção da punibilidade do crime antecedente não afeta o
delito de favorecimento pessoal (pressuposto).favorecimento pessoal
(pressuposto).
III) a extinção da punibilidade do crime de ameaça ou de lesão
corporal não se estende ao de roubo (elemento constitutivo).
IV) a extinção do crime de dano não se estende à qualificadora do
rompimento de obstáculo doà qualificadora do rompimento de
obstáculo do furto (art. 155, § 4º, inciso I) ou do crime de lesão
corporal quanto à qualificadora do crime de dano (art. 163,
parágrafo único)
ArtigoArtigo 108, do CP, 108, do CP, segundasegunda
parteparte
“Nos crimes conexos, a extinção da “Nos crimes conexos, a extinção
da
punibilidade de um deles não impede, quanto
aos outros, a agravante da pena resultante
da conexão.”
I) artigo 61, II, b, do Código Penal
II) artigo 121, § 2º, inciso V.II) artigo 121, § 2º, inciso
V.
EFEITOS EFEITOS
qualquer efeito do processo ou mesmo da sentença
condenatória (ex. Prescrição da pretenção
punitiva, decadência, renúncia). Eventualmente,punitiva,
decadência, renúncia). Eventualmente,
porém, podem restar alguns efeitos da
condenação, como nas hipóteses de perdão judicial
e do indulto.
Ocorrendo depois do trânsito em julgado da sentença condenatória,
extingue-se, regra geral, apenas o título penal executório ou
apenas alguns de seus efeitos, como a pena (ex. Prescrição dade
seus efeitos, como a pena (ex. Prescrição da pretensão executória,
o indulto etc). Há casos, porém, em que extinguem todos os efeitos
da sentença condenatória e o próprio delito não mais poderá ser
considerado (ex. Anistia, abolitiopoderá ser considerado (ex.
Anistia, abolitio criminis, que excluem qualquer efeito penal
decorrente do crime. (Mirabete)
CAUSAS NÃO PREVISTAS NO ARTIGO 107, DO CAUSAS NÃO PREVISTAS NO
ARTIGO 107, DO CP.CP.
Ressarcimento do dano no peculato culposo
(art. 312, § 3º);
Conciliação efetuada nos termos do artigo
520, do CPP, nos crimes de calúnia,520, do CPP, nos crimes de
calúnia,
difamação e injúria (art. 522, do CPP);
O pagamento do tributo ou contribuição social, em crimes de
sonegação fiscal e contra à ordem tributária e nos crimes decontra
à ordem tributária e nos crimes de apropriação indébita
previdenciária e de sonegação de contribuição previdenciária (Lei
10.684/03), ver também art. 163-A, § 2º e 337-A, § 1º.337-A, §
1º.
Artigo 89, § 5º, da Lei 9.099/95, decorrido o prazo da suspensão
condicional do processo sem revogação, deve ser julgada extinta
arevogação, deve ser julgada extinta a punibilidade;
O decurso dos prazos do sursis e do livramento condicional também
acarretam a extinção da punibilidade.punibilidade.
ExtinçãoExtinção dada PunibilidadePunibilidade
ArtigoArtigo 61, do 61, do CódigoCódigo de de ProcessoProcesso
Penal.Penal.ArtigoArtigo 61, do 61, do CódigoCódigo de de
ProcessoProcesso Penal.Penal.
O referido artigo preceitua que em qualquer fase do processo, o
juiz se reconhecerfase do processo, o juiz se reconhecer extinta a
punibilidade, deverá declará-la de ofício.
Extinção da PunibilidadeExtinção da Punibilidade
Sendo assim, caso tenha ocorrido, em tese, uma causa extintiva da
punibilidade ainda durante a fase de inquérito policial, entende-
se que o juiz não poderá declará-la, masse que o juiz não poderá
declará-la, mas sim, tão somente, depois de ouvido o Ministério
Público, determinar o seu arquivamento (Rogério Greco).
Extinção da PunibilidadeExtinção da Punibilidade
ExtingueExtingue--se a se a punibilidadepunibilidade (art. 107,
CP):(art. 107, CP):ExtingueExtingue--se a se a
punibilidadepunibilidade (art. 107, CP):(art. 107, CP):
I- pela morte do agente;
II- pela anistia, graça ou indulto;
III- pela retroatividade de lei que não maisIII- pela
retroatividade de lei que não mais considera o fato
criminoso;
IV- pela prescrição, decadência ou perempção;
Extinção da PunibilidadeExtinção da Punibilidade
V- pela renúncia do direito de queixa ou pelo perdão aceito, nos
crimes de ação privada;
VI – pela retratação do agente, nos casos em que a lei
admite.
Extinção da PunibilidadeExtinção da Punibilidade
Causas Extintivas da PunibilidadeCausas Extintivas da
Punibilidade
Parte geral do CP (art. 107);
Parte especial do CP (art. 312, § 3º) Parte especial do CP (art.
312, § 3º)
Legislação especial (Lei 9.099/95; Crime
tributários;
MORTE DO AGENTEMORTE DO AGENTEMORTE DO AGENTEMORTE DO AGENTE
Art. 62, do CPP: No caso de morte do acusado, o juiz somente à
vista da certidãoacusado, o juiz somente à vista da certidão de
óbito, e depois de ouvido o Ministério Público, declarará a
extinção da punibilidade.
Extinção da PunibilidadeExtinção da Punibilidade Problemática:
Certidão de óbito falsa.Problemática: Certidão de óbito
falsa.
1ª corrente: a maioria dos autores entende que, após verificada a
falsificação, não pode retomar o curso da ação. Somente podendo ser
processado pelo crime de falso, uma vezser processado pelo crime de
falso, uma vez que nosso ordenamento jurídico não tolera a chamada
revisão pro societate
Extinção da PunibilidadeExtinção da Punibilidade
2ª corrente: o STF já decidiu de forma diversa. Alega para tanto
que o referido despacho não faz coisa julgada, pois funda-se
exclusivamente em fato juridicamenteexclusivamente em fato
juridicamente inexistente, não produzindo quaisquer efeitos.
Extinção da PunibilidadeExtinção da Punibilidade
ObservaçãoObservaçãoObservaçãoObservação
Extinta a punibilidade pela morte do agente, a pena de multa não
poderá ser executada em face dos seus herdeiros, pois tem natureza
penal, não podendo ultrapassar a pessoa dopenal, não podendo
ultrapassar a pessoa do condenado (princípio da intranscendência da
pena, artigo 5º, inciso XLV, da CF).
Extinção da PunibilidadeExtinção da Punibilidade
A presunção legal de morte (art. 6º, CC) é
inadmissível na esfera penal (Luiz Regis
Prado).
Extinção da PunibilidadeExtinção da Punibilidade ANISTIA, GRAÇA E
INDULTOANISTIA, GRAÇA E INDULTO
ANISTIA: o Estado renuncia o seu ius puniendi, perdoando a prática
de infrações penais que, normalmente, têm cunho político. Contudo,
nada impede que a anistia também seja concedida a crimes comuns.
(Rogério Greco)
Extinção da PunibilidadeExtinção da Punibilidade É de competência
da União (artigo 21, XVII,
da CF) e encontra-se no rol das atribuições É de competência da
União (artigo 21, XVII,
da CF) e encontra-se no rol das atribuições do Congresso Nacional
(art. 48, VIII, da CF);
É veiculada através de Lei (Graça e Indulto através de
Decreto);
Pode ser concedida antes ou depois da sentença penal
condenatória;
Volta-se a fatos, e não a pessoas.
Extinção da PunibilidadeExtinção da Punibilidade
A anistia pode ser:A anistia pode ser:
a) Própria: se ocorrer antes da condenação definitiva;
b) Imprópria: se ocorrer após o trânsito em julgado da
condenação
Extinção da PunibilidadeExtinção da Punibilidade
c) Condicional: quando estabelece cláusulas para
a fruição do benefício;
condições para a fruição do benefício;
Extinção da PunibilidadeExtinção da Punibilidade
e) Geral: favorece a todos os que praticaram
determinado fato, indistintamente;
f) Parcial: quando beneficia somente algunsf) Parcial: quando
beneficia somente alguns
(ex.: os não reincidentes);
e) Irrestrita: quando abrange todos os
delitos relacionados ao fato criminoso
principal;principal;
Extinção da PunibilidadeExtinção da Punibilidade
Obs.: De acordo com o art. 2º, I, da Lei 8.072/90, os crimes
hediondos, a prática de tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes
e drogas afins e o terrorismo são insuscetíveisdrogas afins e o
terrorismo são insuscetíveis de anistia, graça e indulto.
Extinção da PunibilidadeExtinção da Punibilidade
Obs.: A anistia não pode ser recusada
pelo destinatário – salvo quando
inadmite revogação.
Obs.: A anistia possui efeito ex tunc, ou seja,
apaga o crime e todos os efeitos da
sentença, embora não atinja os efeitos civis.sentença, embora não
atinja os efeitos civis.
Extinção da PunibilidadeExtinção da Punibilidade GRAÇA e INDULTO:
são formas de renúncia do Estado aoGRAÇA e INDULTO: são formas de
renúncia do Estado ao
direito de punir.
São concedidos através de ato administrativo privativo do
presidente da república (ou delegado seu) – art. 184, XII, da CF –
Decreto Presidencial.CF – Decreto Presidencial.
Extinção da PunibilidadeExtinção da Punibilidade
INDULTO: é a clemência destinada a um grupo INDULTO: é a clemência
destinada a um grupo de sentenciados, tendo em vista a duração das
penas aplicadas, podendo exigir requisitos subjetivos (tais como
primariedade, bom comportamento carcerário, bons antecedentes) e
objetivos (ex.: cumprimentoantecedentes) e objetivos (ex.:
cumprimento de certo montante da pena, exclusão de certos tipos de
crime. (Guilherme de Souza Nucci)
Extinção da PunibilidadeExtinção da Punibilidade A indulto pode
ser:
a) Total: quando extingue todas as condenações do
beneficiário;
b) Parcial: quando apenas diminui ou substitui a pena por outra
mais branda. Nesse caso, não se extingue a punibilidade,
chamando-se COMUTAÇÃO.
Extinção da PunibilidadeExtinção da Punibilidade
Obs.: Indulto e recurso em andamento. Predomina o entendimento de
ser possível a concessão do indulto se já houve trânsito em julgado
para a acusação.julgado para a acusação.
Extinção da PunibilidadeExtinção da Punibilidade
Indulto condicional: é a clemência concedida sob a Indulto
condicional: é a clemência concedida sob a condição de
aperfeiçoamento futuro, isto é, o condenado pode ser colocado em
liberdade, mas deve apresentar bom comportamento por certo período,
normalmente 02 (dois) anos, sob pena de não ser reconhecido o
perdão concedido, voltanto a cumprir a pena, perdendo eficácia o
indulto. (Guilherme de Souza Nucci)
Extinção da PunibilidadeExtinção da Punibilidade
Indulto facultativo: caso sejam fixadas condições para o indulto
(como ocorre no caso do indulto condicional), o condenado pode
aceitá-lo ou rejeitá-lo.aceitá-lo ou rejeitá-lo.
Extinção da PunibilidadeExtinção da Punibilidade
A diferênça entre os dois institutos é que a
graça é concedida individualmente a uma
pessoa específica, sendo que o indulto é
concedido de maneira coletiva a fatos
determinados (Rogério Greco).
Extinção da PunibilidadeExtinção da Punibilidade
De acordo com o artigo 188, da LEP, a De acordo com o artigo 188,
da LEP, a graça, modernamente conhecida como indulto individual,
poderá ser provocada por petição do condenado, por iniciativa do
Ministério Público, do Conselho Penitenciário ou da autoridade
administrativa. (Rogério Greco)
Extinção da PunibilidadeExtinção da Punibilidade
GRAÇA: pode ser total ou parcial; GRAÇA: pode ser total ou parcial;
conforme alcance todas as sanções impostas ao condenado (total) ou
apenas alguns aspectos da condenação; quer reduzindo, quer
substituindo a sanção originalmente aplicada (parcial).
Nesteoriginalmente aplicada (parcial). Neste último caso não
extingue a punibilidade, chamando-se COMUTAÇÃO.
ExtinçãoExtinção dada PunibilidadePunibilidade A Graça e o Indulto
pressupõe sentença definitiva
(trânsito em julgado).(trânsito em julgado).
Em crime de ação penal privada também cabe Anistia, Graça ou
Indulto;
Só apagam os efeitos executórios, os demais efeitos continuam, ou
seja, será considerado reincidente,continuam, ou seja, será
considerado reincidente, permanece os efeitos da condenação;
Extinção da PunibilidadeExtinção da Punibilidade
O indulto normalmente é concedido O indulto normalmente é concedido
anualmente pelo Presidente da República, por meio de decreto.
A prática de tortura, o tráfico ilícito de
entorpecentes e drogas afins e o terrorismoentorpecentes e drogas
afins e o terrorismo
são insuscetíveis de anistia, graça e indulto
(art. 5º, XLVIII, CF; art. 2º, I, Lei
8.072/90, e art. 1º, § 6º, Lei 9.455/97);
Extinção da PunibilidadeExtinção da Punibilidade RETROATIVIDADE DE
LEI QUE NÃO MAIS CONSIDERA O FATO RETROATIVIDADE DE LEI QUE NÃO
MAIS CONSIDERA O FATO
COMO CRIMECOMO CRIMECOMO CRIMECOMO CRIME
É a chamada abolitio criminis : ocorre quando um fato criminoso
deixa de ser considerado crime.
Extinção da PunibilidadeExtinção da Punibilidade
Obs: o artigo 2º do CP preceitua: “Ninguém pode ser punido por fato
que lei posterior deixa de considerar crime, cessando em virtude
dela a execução e os efeitos penais da sentença
condenatória.”
Extinção da PunibilidadeExtinção da Punibilidade
Obs: nenhum efeito penal permecerá, tais como reincidência e maus
antecedentes, permanecendo, contudo, os efeitos de natureza
civil.
Extinção da PunibilidadeExtinção da Punibilidade PRESCRIÇÃO,
DECADÊNCIA E PEREMPÇÃOPRESCRIÇÃO, DECADÊNCIA E PEREMPÇÃO
PRESCRIÇÃO: Será vista logo em seguida.
DECADÊNCIA: É a perda do direito de queixa ou de representação em
virtude do decurso de um certo espaço derepresentação em virtude do
decurso de um certo espaço de tempo (art. 103, do CP)
Extinção da PunibilidadeExtinção da Punibilidade
PEREMPÇÃO: É aplicável às ações penais de iniciativa privada
propriamente dita ou personalíssima, não se destinando, contudo,
àquela considerada como privada subsidiária da pública (art. 60, do
CPP).
Extinção da PunibilidadeExtinção da Punibilidade
RENÚNCIA AO DIREITO DE QUEIXA OU PERDÃO ACEITO NOS RENÚNCIA AO
DIREITO DE QUEIXA OU PERDÃO ACEITO NOS RENÚNCIA AO DIREITO DE
QUEIXA OU PERDÃO ACEITO NOS RENÚNCIA AO DIREITO DE QUEIXA OU PERDÃO
ACEITO NOS CRIMES DE AÇÃO PRIVADACRIMES DE AÇÃO PRIVADA
A renúncia ao direito de queixa é a desistência de propor
ação
penal privada. Pode ser expressa ou tácita.
Extinção da PunibilidadeExtinção da Punibilidade
ExpressaExpressa: quando formalizada por meio de declaração
assinada
pelo ofendido, por seu representante legal ou procurador com
poderes especiais (art. 50, CPP);
Extinção da PunibilidadeExtinção da Punibilidade
TácitaTácita: é aquela na qual, nos termos do parágrafo único do
art.
104, do Código Penal, o ofendido pratica atos incompatíveis
com
a vontade de exercê-lo.
ObservaçãoObservaçãoObservaçãoObservação
O parágrafo único do art. 50, do CPP, foi considerado
revogado
pelo Novo Código Civil. (Rogério Greco)
Extinção da PunibilidadeExtinção da Punibilidade
ObservaçãoObservação
O artigo 74, parágrafo único, da Lei 9.099/95,
prevê a renúncia ao direito de queixa ou
representação quando, tratando-se de ação penal
de iniciativa privada ou de ação pública
condicionada à representação do ofendido, houvercondicionada à
representação do ofendido, houver
a composição dos danos civis pelo autor do fato
com a vítima, desde que tal acordo seja
homologado elo juiz. (Rogério Greco)
Extinção da PunibilidadeExtinção da Punibilidade
ObservaçãoObservação
Artigo 49, do CPP: a renúncia do direito
de queixa, em relação a um dos autores, a
todos se estenderá;
A renúncia ocorre antes do ajuizamento da
ação e o perdão, depois.
Extinção da PunibilidadeExtinção da Punibilidade
Perdão do ofendido: é a desistência do prosseguimento da ação
penal privada propriamente dita (poderá ser concedido nas
hipóteses onde se procede mediante queixa).
Extinção da PunibilidadeExtinção da Punibilidade
O Perdão do ofendido pode ser:
a)a) processualprocessual: quando levado a efeito nos próprios
autos, após
iniciada a ação penal de iniciativa privada;
Extinção da PunibilidadeExtinção da Punibilidade
b)b) extraprocessualextraprocessual: quando procedido fora dos
autos da ação penal
de iniciativa privada;
c)c) expressoexpresso:: quando constar de declaração assinada pelo
ofendido,
por seu representante legal ou procurador com poderes
especiais
(art. 56, do CPP)
Extinção da PunibilidadeExtinção da Punibilidade
d)d) tácitotácito: quando o ofendido pratica ato incompatível com a
vontade
de prosseguir na ação penal por ele iniciada (art. 106, § 1º,
do
CP).
Extinção da PunibilidadeExtinção da Punibilidade
ObservaçãoObservação
Art. 106, do Código Penal: o perdão, no processo ou for a Art. 106,
do Código Penal: o perdão, no processo ou for a
dele, expresso ou tácito:
aproveita;
II- se concedido por um dos ofendidos, não prejudica o
direito dos outros;
III- é ato bilateral, se o querelado o recusa, não produz
efeitos (art. 55, CPP; art. 106, III, CP).
Extinção da PunibilidadeExtinção da Punibilidade RETRATAÇÃO DO
AGENTE, NOS CASOS EM QUE A LEI ADMITERETRATAÇÃO DO AGENTE, NOS
CASOS EM QUE A LEI ADMITE
É o ato pelo qual o agente reconhece o erro que cometeu e o
denuncia à autoridade, retirando o que anteriormente havia
dito.
(Guilherme de Souza Nucci).
Extinção da PunibilidadeExtinção da Punibilidade
Hipóteses em que a lei admite retratação: nos crimes de
calúnia
e difamação (art. 143 do CP); nos de falso testemunho e de
falsa perícia (art. 342, § 2º, do CP); bem como na Lei de
impresa (Lei 5.250/67, art. 26).
Extinção da PunibilidadeExtinção da Punibilidade
É ato unilateral – independe de aceitação por parte do
ofendido
– que tem por escopo buscar e resguardar a verdade. (Luiz
Regis
Prado)
Somente pode dar-se até a sentença de 1º grau (existe posição
que defende a possibilidade de retratação até o trânsito em
julgado.
a) até a sentença de pronúncia;
b) até a decisão do Tribunal do Júri
c) até o trânsito em julgado da senteça condenatória.c) até o
trânsito em julgado da senteça condenatória.
Obs.: para Nucci a melhor posição é a seguda.
Extinção da PunibilidadeExtinção da Punibilidade PERDÃO JUDICIAL,
NOS CASOS PREVISTOS EM LEIPERDÃO JUDICIAL, NOS CASOS PREVISTOS EM
LEI
É a clemência do Estado para determinadas
situaçãoes expressamente previstas em lei, quando
não se aplica a pena prevista para determinados
crimes, ao serem preenchido certos requisitos
objetivos e subjetivos que envolvem a infração
penal.
em lei.
Natureza jurídica (Súmula 18, do STJ): a sentença concessiva
do perdão judicial é declaratória da extinção da
punibilidade,
não subsistindo qualquer efeito condenatório.
Extinção da PunibilidadeExtinção da Punibilidade
Segundo Damásio de Jesus, o perdão judicial é um direito
público
subjetivo de liberdade.