16- PG RCC Gestão de resíduos da construção civil _ PASSO FUNDO (Enegep 2008)

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    PROPOSTA DE GESTO DE RESDUOSDA CONSTRUO CIVIL PARA O

    MUNICPIO DE PASSO FUNDO-RSLuisete Andreis Karpinski (IDEAU)

    [email protected] Dalla Lana Michel (UPF)

    [email protected] Stolfo Maculan (UPF)

    : [email protected] Guimares (UPF)[email protected]

    Andria Sago (UPF)[email protected]

    As empresas que fornecem insumos para a construo civil tornaram-

    se um dos maiores consumidores de recursos naturais do planeta, e os

    resduos oriundos dessas atividades no deixam de ser recursos que o

    ambiente fornece, os quais so modifficados pelo ser humano para

    sanar necessidades e para administrar o setor da indstria de

    construo, ocorrendo, dessa forma, o desenvolvimento econmico de

    uma regio. A ateno dispensada ao meio ambiente e o indcio da

    escassez de recursos naturais tm levado busca por solues que

    tragam o desenvolvimento econmico juntamente com o crescimento

    sustentvel, como o problema dos resduos depositados de forma

    indistinta e desregrada em aterros clandestinos, em acostamentos, em

    rodovias, nos vrios municpios do pas. Essa preocupao chegou a

    patamares federais, respondendo-se situao com a resoluo do

    Conama n. 307 de 2002, que estabelece diretrizes, critrios e

    procedimentos para a Gesto dos Resduos da Construo Civil e que

    cria a cadeia de responsabilidades: gerador - transportador -

    municpios. Dentro desse contexto, realizou-se um diagnstico do

    municpio de Passo Fundo-RS, com um levantamento que estima agerao do resduo de construo e demolio (RCD) e um

    mapeamento dos locais de deposio irregular; tambm buscou-se

    apresentar uma proposta de aplicao desta legislao na qual so

    abordadas diretrizes que podem ser aplicadas em qualquer municpio,

    adequando-os s realidades locais. Para isso foi montado um modelo

    de gesto dos resduos da construo civil para o municpio de Passo

    Fundo-RS, o qual serviu de base para a formulao da ferramenta

    computacional com aplicao em web site. Em concluso, este

    trabalho contribui de modo a auxiliar o poder pblico na gesto de

    resduos da construo civil apresentando um sistema de anlise de

    dados na forma de uma ferramenta computacional que integra toda arede de servios municipal e privada, contribuindo para a reduo da

    XXVIII ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUOA integrao de cadeias produtivas com a abordagem da manufatura sustentvel.

    Rio de Janeiro, RJ, Brasil, 13 a 16 de outubro de 2008

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    degradao ambiental, visando e auxiliando e contribuindo para a

    cultura com responsabilidade na preservao do meio ambiente.

    Palavras-chaves: Resduos na construo e demolio,

    desenvolvimento sustentvel, gesto de resduos de construo civil

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    1. Introduo

    Os impactos ambientais, sociais e econmicos gerados pela indstria da construo civil soconsiderveis, em razo de possuir uma posio de destaque na economia brasileira. Asempresas fornecedoras de insumos para a construo civil vem consumindo gradativamenteos recursos naturais do planeta. O desenvolvimento proporcionado pela gerao de empregos,a viabilizao de moradias, novas edificaes, infra-estrutura e gerao de renda, vemacompanhado da necessidade de se ter uma poltica abrangente para a destinao dos resduosgerados. Os resduos oriundos dessas atividades, contudo, no deixam de ser recursos que oambiente fornece, que so modificados pelo homem para sanar necessidades e administrar osetor da indstria de construo, ocorrendo, dessa forma, o desenvolvimento econmico deuma regio.

    O indcio de escassez dos recursos naturais e a ateno dispensada ao meio ambiente, temincentivado a procura de solues que unam o desenvolvimento econmico e sustentvel,como o problema da disposio de resduos em locais inapropriados de forma indistinta edesregrada, em aterros clandestinos, em acostamentos, em vrios municpios.

    Com as discusses das questes ambientais, veio o interesse por polticas pblicas para osresduos gerados pela construo civil, uma vez que o desperdcio de materiais, mesmo queem forma de resduos de construo (comumente chamado de entulho), significadesperdiar recursos naturais, o que coloca a indstria da construo civil no centro dasdiscusses na busca pelo desenvolvimento sustentvel nas suas diversas dimenses (SOUZAet al. 2004).

    O foco das polticas ambientais relacionadas ao tema est no adequado manuseio, visando apossvel reduo do uso, reutilizao, reciclagem e disposio dos resduos. Para superaodesses problemas ambientais, foi criada a da resoluo n. 307 do Conselho Nacional do MeioAmbiente (Conama) de 2002, que estabelece diretrizes, critrios e procedimentos para aGesto dos Resduos da Construo Civil e que cria a cadeia de responsabilidades: gerador -transportador municpios e obriga os geradores a reduzir, reutilizar e reciclar, tratar e disporos resduos de construo e demolio (RCD). Esta resoluo define ainda as diretrizes paraque os municpios e o Distrito Federal tenham instrumentos para desenvolver e programarpolticas de gesto local sob a forma de Planos Integrados de Gerenciamento, com o objetivode identificar responsabilidades dos grandes geradores e assumir solues para pequenosgeradores, de forma a disciplinar as aes dos agentes envolvidos desde a gerao at adisposio final.

    A indstria da construo civil apresenta grandes volumes de materiais de construo e deatividades nos canteiros de obras, o que acaba gerando um elevado ndice de resduosproduzidos nas reas urbanas, depositados de maneira indistinta e desregrada em locais defcil acesso, como em terrenos baldios.

    Dados levantados por Schneider (2004) sobre a gerao dos resduos da construo civilmostram que essa questo mundialmente reconhecida. Os Estados Unidos da Amrica, porexemplo, geram, aproximadamente, 136 milhes de toneladas de resduos de construo edemolio (RCD) por ano, e os dados mostram tambm que h nesse pas, aproximadamente,

    3500 unidades de reciclagem desses resduos, que respondem pela reciclagem de 25% do totalgerado. J nos Pases Baixos 90% do volume gerado de resduo de construo civil

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    reciclado.

    No municpio em estudo, Bernardes A. (2006) afirma que os RCD chegaram a uma estimativa

    de gerao de aproximadamente 0,55 kg/hab/dia, que comparando com a estimativa degerao de resduos slidos urbanos, que de 0,6 kg/hab/dia; pode-se afirmar que PassoFundo-RS no est longe das estimativas brasileiras.

    Esse fato est na origem de graves problemas ambientais, sobretudo nas cidades em processomais dinmico de expanso ou renovao urbana; o que demonstra a necessidade de seavanar, em todos os municpios, em direo implantao de polticas pblicasespecificamente voltadas para o gerenciamento desses resduos.

    Percebe-se a necessidade de implantao de diretrizes para a efetiva reduo dos impactosambientais gerados pelos resduos oriundos da construo civil. Em razo disso, o Conamaformulou a resoluo 307/02, que responsabiliza os geradores de resduos do processo de

    novas construes, como tambm de reformas, reparos e demolies de estruturas e rodovias,bem como por aqueles resultantes da remoo de vegetao e escavao de solos, por suadestinao final. Alm disso, estabelece critrios e procedimentos para a gesto dos resduosda construo civil, disciplinando as aes necessrias de forma a minimizar os impactosambientais.

    Alm dessas conseqncias, a remoo dos resduos acumulados irregularmente aumenta oscustos municipais. Isso, segundo John e Agopyan (2003, p. 4), tem se transformado num"negcio estabelecido em quase todas as grandes cidades brasileiras, envolvendo as empresascontratadas pela prefeitura para recolher o entulho depositado irregularmente", a um customdio de R$10/hab/ano (transporte e disposio).

    O Estatuto da Cidade, lei federal n. 10.257, promulgado em 2001, determina novas eimportantes diretrizes para o desenvolvimento sustentvel dos aglomerados urbanos no pas.O documento prev a necessidade de proteo e preservao do meio ambiente natural econstrudo, com uma justa distribuio dos benefcios e nus decorrentes da urbanizao,exigindo que os municpios adotem polticas setoriais articuladas e sintonizadas com o seuPlano Diretor. Uma dessas polticas setoriais, que pode ser destacada, a que trata da gestodos resduos slidos, nos quais se enquadram os resduos de construo civil.

    Em razo da inexistncia de dados referentes ao gerenciamento de RCD no municpio dePasso Fundo-RS, da necessidade de adequao das empresas geradoras, bem como dosmunicpios, resoluo 307/02 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), h a

    necessidade de realizar pesquisas sobre a aplicao da referida resoluo. Implantar umsistema de gesto ambiental no s poder contribuir para o avano tcnico-gerencial domunicpio em relao aos resduos de construo civil, mas tambm para o uso racional dosrecursos naturais por meio de solues inovadoras, fazendo com que o municpio se tornecomprometido com o meio ambiente.

    Com essas consideraes e dentro deste contexto, foi realizado um diagnstico no municpiode Passo Fundo-RS,onde foi feito um levantamento em que se buscou estimar a gerao doresduo de construo e demolio (RCD) e foi realizado um registro fotogrfico e ummapeamento dos locais de deposio irregular. Foi feita uma analise da estimativa dequantificao dos resduos coletados, identificao de agentes coletores atuantes, composio

    das cargas e volume de depsitos.

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    2. Os Resduos na Indstria da Construo Civil

    2.1 Desenvolvimento Sustentvel

    O desenvolvimento sustentvel um processo participativo que integra aspectos econmicos,ambientais, culturais, polticos, legais, sociais e tcnicos, do ponto de vista coletivo ouindividual.

    A Unesco define desenvolvimento sustentvel como aquele que permite responder snecessidades presentes sem comprometer a capacidade das futuras geraes em responder ssuas prprias necessidades (MULLER, 2002).

    A sustentabilidade ambiental e social na gesto dos resduos slidos constri-se por meio demodelos e sistemas integrados que possibilitem a reduo dos resduos gerados pelapopulao, com a implantao de programas que permitem tambm a reutilizao dessematerial e, por fim, a reciclagem, para que possam servir de matria-prima para a indstria,

    diminuindo o desperdcio e gerando renda (GALBIATI, 2005).A literatura indica que uma parte fundamental da discusso sobre sustentabilidade refere-se aoambiente construdo e atuao da indstria da construo civil. A atividade da construocivil tem grande impacto sobre o meio ambiente em razo do consumo de recursos naturais ouextrao de jazidas; do consumo de energia eltrica nas fases de extrao, transformao,fabricao, transporte e aplicao; da gerao de resduos decorrentes de perdas, desperdcio edemolies, bem como do desmatamento e de alteraes no relevo. Na anlise sobre ascaractersticas das "cidades sustentveis" brasileiras, a indstria da construo foi indicadacomo um setor a ser aperfeioado (BRASIL, 2005). Um estudo promovido pelo InternationalCouncil for Research and Innovation in Building and Construction (CIB), que gerou a

    "Agenda 21 para a Construo Sustentvel", tambm indica a indstria da construo civilcomo elemento de grande importncia na questo da sustentabilidade. Segundo este estudo, asconstrues na Unio Europia so responsveis por mais de 40% do consumo total deenergia e estima-se que o setor da construo gere aproximadamente 40% de todo o lixoproduzido pelo homem (CIB apud GONZLEZ; RAMIRES, 2005).

    A partir da percepo do nvel dos desgastes ambientais, faz-se necessrio trabalhar umprojeto de desenvolvimento global, mesmo que regional, que contemple a dimenso ambientalno sentido de conceber um novo e mais eficaz mtodo de administrar os recursos do ambientepara aquela regio (RAMPAZZO, 2002).

    2.2 Impacto ambiental da construo civil

    O conjunto de processos que acompanha a construo civil acaba por fazer parte deimportantes impactos ambientais que degradam significativamente a qualidade de vida doambiente urbano. Estima-se que a cadeia de aes seja responsvel pelo consumo de 20 a50% de todos os recursos naturais disponveis, renovveis e no renovveis (SJSTRMapud JOHN, 2000).

    A cadeia de processos da construo civil que geram os impactos ambientaisapresenta-se na Figura 1.

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    Fonte: PUT apud SCHNEIDER (2003, p.46).

    Figura 1 - Cadeia da construo civil

    Em uma pesquisa realizada por Arajo (2000) sobre riscos sade pblica decorrentes dosRCD acondicionados em caambas metlicas localizadas em vias pblicas observou apresena de material orgnico, produtos perigosos e de embalagens vazias que podem retergua e outros lquidos e favorecer a proliferao de mosquitos e outros vetores de doenas.

    De acordo com o Enbri (apud JOHN, 2000), 4,5 % do consumo total de energia so gastos na

    construo civil e 84 %, desses 4,5%, do total so gastos na fase de produo de materiais.John (2000) estima que o setor de construo civil brasileiro consuma cerca de 210 milhesde toneladas por ano de agregados naturais somente para a produo de concretos eargamassas. O autor ainda afirma que o volume de recursos naturais utilizados pelaconstruo civil, muitos deles no renovveis, corresponde a pelo menos um tero do totalconsumido anualmente por toda a sociedade e que, dos 40% da energia consumidamundialmente pela construo civil, aproximadamente 80% concentram-se nobeneficiamento, produo e transporte de materiais, alguns deles tambm geradores deemisses que provocam o aquecimento global, chuva cida e poluio do ar.

    Os principais impactos sanitrios e ambientais relacionados aos RCD na opinio de Pinto

    (2000), so aqueles associados s deposies irregulares, sendo uma conjuno de efeitosdeteriorantes do ambiente local, comprometendo a paisagem, o trfego de pedestres e deveculos, a drenagem urbana, atraindo resduos no inertes alm da multiplicao de vetoresde doenas e outros efeitos.

    Para avaliar o nvel de impacto causado ao meio ambiente com a disposio deresduos de construo e demolio, pode-se lanar mo da avaliao da hierarquia dadisposio de resduos, de acordo com Peng et al. (apud LEITE, 2001), apresentado daseguinte forma: a reduo da gerao de resduos; a reutilizao dos resduos; a reciclagemdos resduos; a compostagem dos resduos; a incinerao dos resduos; o aterramento dosresduos.

    2.3 Perda de materiais na construo civilUma das aes mais importantes da busca pela sustentabilidade na construo envolve a

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    reduo de perdas de materiais, visto que a situao atual da construo civil indica um altonvel de desperdcios e de gerao de resduos. Um estudo realizado na cidade de So Paulo

    apontou a produo de cerca de 17 mil toneladas dirias de entulho proveniente da construocivil, enquanto que o lixo domstico responde por oito mil toneladas por dia (LOTURCOapud GONZLES; RAMIRES, 2005).

    A questo das perdas em processos construtivos vem sendo tratada de forma intensa no Brasil.A classificao adotada partiu do conceito das sete perdas de Shingo (1981), que foi adaptadapara a construo civil, na qual nove categorias de perdas so identificadas:

    Perdas por superproduo: referem-se s perdas que ocorrem por causa da produo emquantidades superiores s necessrias, como, por exemplo, produo de argamassa emquantidade superior necessria para um dia de trabalho, excesso de espessura de lajes deconcreto armado.

    2. Perdas por espera: relacionadas com a sincronizao e o nivelamento dos fluxos demateriais e as atividades dos trabalhadores;

    3. Perdas por transporte: esto associadas ao manuseio excessivo ou inadequado dosmateriais e componentes;

    4. Perdas no processamento em si: tm origem na prpria natureza das atividades doprocesso ou na sua execuo inadequada; decorrem da falta de procedimentos padronizados eda ineficincia nos mtodos de trabalho;

    5. Perdas nos estoques: esto associadas existncia de estoques excessivos;

    6. Perdas no movimento: decorrem da realizao de movimentos desnecessrios por

    parte dos trabalhadores durante a execuo das suas atividades;7. Perdas pela elaborao de produtos defeituosos: ocorrem quando so fabricadosprodutos que no atendem aos requisitos de qualidade especificados;

    considerada como perda a quantidade de material sobre-utilizada em relao sespecificaes tcnicas ou s especificaes de projeto, podendo ficar incorporada ao servioou transformar-se em resduo. Dentre os tipos de perdas, quatro so destacadas por geraremresduos de construo civil: perda por transporte, processamento em si, estoque e elaboraode produtos defeituosos.

    Em virtude da variabilidade das situaes encontradas, os agentes construtores devem ter sua

    ateno voltada para o reconhecimento dos ndices particulares de seu patamar tecnolgico,buscando investir em melhorias para conquistar competitividade no mercado e racionalidadeno uso dos recursos no renovveis.

    2.4 Deposio e disposio de resduos

    essencial apresentar o significado das palavras "deposio" e "disposio" quando secomenta sobre resduos. Concorda-se com Latterza (apud Leite, 2001), ao definir deposiode resduos slidos como a atividade intermediria, anterior destinao final dos resduosslidos, quase sempre realizada de forma aleatria e ilegal, e disposio de resduos slidoscomo a atividade intermediria ou final, com manejo e arranjo corretos dos resduos.

    3. Legislao

    A Resoluo do Conselho nacional do Meio Ambiente (CONAMA), sobre resduos sodos

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    da construo e demolio, na Resoluo n 275/01, institui o cdigo de cores para paradiferenciao dos tipos de resduos. Na Resoluo, 307/02, classifica os resduos da da

    construo civil conforme a Figura 2, indicando tambm as aes necessrias de forma aminimizar os impactos.

    Classes Integrantes Destinao

    A

    Componentescermicos,argamassas,concretos.

    Encaminhar para um triturador de blocos previamente instalado nocanteiro, sendo o material final reutilizado em caladas, bases esub-bases.

    Reutilizar ou reciclar na forma de agregados.Encaminhar para um aterro de resduos da construo civil,

    dispondo de modo a permitir sua utilizao ou reciclagemfutura.

    B

    Plsticos, papel epapelo,metais,vidros,madeiras eoutros.

    Reutilizar, reciclar ou encaminhar as reas de armazenamentotemporrio, permitindo a utilizao ou reciclagem futura.

    Armazenar em local predeterminado e reutilizar para transporte de materiaise equipamentos, sendo depois enviado empresa habilitada ao seurecolhimento.

    Enviar empresa compradora

    CGesso e outros. Armazenar, transportar e destinar em conformidade com as normas

    tcnicas especficas.Armazenar em depsito at destinao final.

    D

    Tintas, solventes,leos e outrosresduos

    contaminados.

    Armazenar, transportar, reutilizar e destinar em conformidade comas normas tcnicas especficas.

    Sobras podem ser reutilizadas para pinturas de tapumes e outros

    usos dentro da obra e a destinao final deve ser empresahabilitada a seu recolhimento.

    Fonte: Adaptado de BRASIL (2002).

    Figura 2 Classes e destinos dos resduos da construo e demolio / resoluo 307/02.

    Tendo em vista a diversidade das caractersticas dos agentes envolvidos na gerao, nomanejo e destinao dos resduos da construo civil, resduos oriundos da construo edemolio, a resoluo 307/02 define diretrizes para que os municpios e o Distrito Federaldesenvolvam e programem polticas estruturadas e dimensionadas a partir de cada realidadelocal.

    Para melhor gerenciar os resduos da construo civil, a resoluo 307/02 dividiu o processode gerenciamento em cinco etapas:

    I - caracterizao: o gerador dever identificar e quantificar os resduos;

    II - triagem: dever ser realizada, preferencialmente, na origem, ou ser realizada nas reas dedestinao licenciadas para essa finalidade, respeitadas as classes de resduos estabelecidas noart. 3 da resoluo 307/02;

    III - acondicionamento: o gerador deve garantir o confinamento dos resduos aps a geraoat a etapa de transporte, assegurando condies de reutilizao e de reciclagem;

    IV - transporte: dever ser realizado de acordo com as normas tcnicas vigentes;V - destinao: dever ser prevista de acordo com o estabelecido na resoluo 307/02.

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    considerado foi o das empresas coletoras de RCD do municpio de Passo Fundo-RS, emnmero de cinco, as quais foram contatadas e realizou-se entrevista com profissionais de

    todas empresas. Foi estimada a gerao de RCD a partir do controle de recebimento de cargasdo Aterro da Pedreira, e com base nos dados de deposio irregular no municpio de PassoFundo-RS.

    7. Mapeamento das reas de deposio de RCD

    Dentro dos limites da rea de estudo adotada, foram localizadas onze reas de deposio deRCD, das quais somente uma possui autorizao para o recebimento dos RCD gerados nomunicpio de Passo Fundo-RS.

    7.1 Disposio regulara) - rea n. 1 - Aterro da Pedreira

    O Aterro da Pedreira recebe os resduos da construo civil recolhidos pela SecretariaMunicipal de Servios Urbanos (SMSU) e pelas empresas coletoras de RCD. O local utilizadopara recebimento desse material uma pedreira desativada, por isso chamadoinformalmente de "Aterro da Pedreira".

    A rea da antiga pedreira no est aprovada como aterro para destinao final de resduos daconstruo e demolio, no cumprindo os aspectos legais para isso. Contudo, foi firmado umacordo com a Promotoria Pblica do municpio de Passo Fundo-RS, pelo qual ficou resolvidoque ser utilizada a referida rea at ser regulamentada outra que preencha os requisitosbsicos para funcionamento, de acordo com a legislao em vigor.

    Conforme pesquisa realizada nas planilhas de controle, aproximadamente 70% dos resduosencaminhados pela SMSU so provenientes de varrio e podas..

    7.2 Desposio irregularForam dez reas identificadas como locais de deposio irregular, as quais foram identificadaspor ocasio do diagnstico realizado no municpio de Passo Fundo-RS.

    a) rea n. 2 - A rea aproximada atingida de deposio de RCD de 1.261,11m.

    b) rea n. .3 - A rea aproximada atingida de deposio de RCD de 2.554,52m. Ocupa umespao relativamente grande, sendo visualmente maior quando comparado com as demaisreas. Nesta os depositantes descarregam seu material, hora em um local, hora em outro,

    espalhando e fazendo parecer que o volume ali depositado insignificante.c) rea n.4 - A rea aproximada atingida de deposio de RCD de 1.416,56m, com umpermetro de 195,89m. Neste local houve movimentao de mquinas espalhando o resduode construo e demolio pelo terreno.

    d) rea n. 5 - . A rea aproximada atingida de deposio de RCD de 1.505,87m, com umpermetro de 166,59m. Tem o objetivo de ser um local de armazenamento temporrio de RCDcom o intuito de realizar uma seleo e reaproveitamento do material. Segundo a empresa, area no licenciada, pois o RCD depositado temporariamente. Tambm segundo aempresa, RCD no aproveitado, encaminhado para o Aterro da Pedreira.

    e) rea n. 6 - A rea aproximada atingida de deposio de RCD de 4.669,18m, com um

    permetro de 262,71m.

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    f) rea n. 7 - A rea aproximada atingida de deposio de RCD de 441,19m, com umpermetro de 95,34m.

    g) rea n. 8 - A rea aproximada atingida de deposio de RCD de 2.374,36m, com umpermetro de 192,99m.

    h) rea n. 9 - A rea aproximada atingida de deposio de RCD de 3.592,48m, com umpermetro de 250,34m.

    i) rea n. 10 - A rea aproximada atingida de deposio de RCD de 132,21m, com umpermetro de 55,29m. A margem do rio.

    j) rea n. 11 - A rea aproximada atingida de deposio de RCD de 1.884,19m, com umpermetro de 171,55m. A rea encontrada localiza-se prxima a um rio. De acordo comentrevista no estruturada, fornecida pelo proprietrio do terreno, a rea recebe os resduos de

    construo e demolio de trs empresas particulares h, aproximadamente, seis anos, numamdia de 13 cargas por dia. Com esta informao pode-se constatar que este aterroclandestino recebe, aproximadamente, 50m por dia, de acordo com informaes doproprietrio do imvel.

    8. Gerao de RCD no Municpio de Passo Fundo

    Este estudo apresenta uma proposta de um modelo de gesto de resduos da construo civilpara o municpio de Passo Fundo-RS, fornecendo subsdios para a fase de implantao, noentanto, esta fase no foi abordada no presente estudo. Para isso foi realizada pesquisavisando levantar os locais de deposio regulares e irregulares dentro do permetro urbano dePasso Fundo-RS. Foram identificados um local de deposio regular e dez irregulares.

    Tambm foram entrevistadas todas as empresas coletoras e transportadoras de RCD comregistro na prefeitura municipal.

    Em conformidade com as informaes obtidas junto s empresas coletoras de RCD domunicpio de Passo Fundo-RS, foi possvel caracterizar os agentes coletores atuantes nomunicpio. No Quadro 3 esto apresentadas as questes respondidas pelas cinco empresas queatuam em Passo Fundo-RS.

    O Quadro 1 apresenta a sntese das respostas ao questionrio aplicado s empresas coletoras etransportadores atuantes no municpio de Passo Fundo-RS.

    Questes EmpresaA

    EmpresaB

    EmpresaC

    EmpresaD

    EmpresaE

    Possui licena na PMPF? Qual? sim sim sim Sim sim

    Qual a mdia de coletas de RCD /ms? 8 20 10 40 10

    Onde depositado o resduo coletado? Aterro daPedreira

    Aterro daPedreira

    Aterro daPedreira

    Aterro daPedreira

    Aterro daPedreira

    Dispe de quantas caambas para coletade RCD?

    22 - - - -

    Qual o volume transportado nascaambas?

    4m 4m 4m 4m 4m

    Quadro 1 Resumo das respostas ao questionrio aplicado s empresas coletoras e transportadores atuantes nomunicpio de Passo Fundo-RS.

    A Tabela 1 apresenta-se a estimativa de resduos de construo e demolio coletados, obtido

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    a partir de dados fornecidos pelos responsveis das empresas coletoras e que so depositadosno Aterro da Pedreira.

    Salienta-se que a informao que o responsvel pelas empresas forneceu foi que todas ascoletas de RCD realizadas pelas empresas coletoras e transportadoras so encaminhadas parao Aterro da Pedreira.

    Discriminao EmpresaA

    EmpresaB

    EmpresaC

    EmpresaD

    EmpresaE

    Total

    Nmero de coletas 8 20 10 40 10 88Mdia mensal (m) * 32 80 40 160 40 352Mdia anual (m) 384 960 480 1920 480 4220

    * estimativa feita com referncia ao volume das caambas em 4m.

    Tabela 1 - Estimativa mensal e anual de RCD das empresas coletoras de Passo Fundo-RS.

    Com os dados do Quadro 3 obteve-se uma mdia geral de cargas de cada empresa que de17,6 cargas mensais de RCD que so transportadas para o Aterro da Pedreira; assim, pode-secalcular a mdia geral de cargas de todas as empresas pesquisadas, que de 88 cargas mensais(Tabela 1).

    Tendo por base o volume da caamba de transporte de 4m, em mdia, e o nmero mdio decargas, 88 cargas mensais, pode-se obter o volume mensal mdio estimado de RCD, que de352 m, que, multiplicado pelos 12 meses do ano, totaliza 4.224 m de resduos anualmentedepositados no Aterro da Pedreira, nico local autorizado para disposio regular Calculando

    diariamente o Aterro da Pedreira recebe 13,50m de resduos de construo e demolio dasempresas coletoras e transportadoras de RCD.

    8.1 Coleta de informaes no rgo municipal

    A SMSU dispe de quatro caminhes caamba com capacidade para 5 m cada caminho,resultando em 20 m por todos os caminhes, que, multiplicados pelas cinco viagens dirias,totaliza um volume de 100 m de resduos transportados at o Aterro da Pedreira.

    Portanto, ser considerado somente o valor correspondente aos 30% de resduo de construoe demolio que, de acordo com a SMSU, de 30 m.

    8.2 Coleta de informaes obtida a partir de pesquisa no Aterro da Pedreira

    A Tabela 2 apresenta por empresa coletora e pela Secretaria Municipal de Servios Urbanos.

    Ms2006

    EmpresaA

    EmpresaB

    EmpresaC

    EmpresaD

    EmpresaE

    SMSU* Total

    Abril 28 266 164 52 52 780 1342Maio 20 288 84 36 48 984 1460Junho 20 ** 32 40 ** 990 1082Julho 32 140 16 28 ** 912 1128Agosto 32 158 16 72 ** 792 1070Setembro 12 156 28 100 20 990 1306Total 144 1008 340 328 120 5448 7388Mdia mensal 24 168 57 55 20 908 1231,3

    Mdia diria 0,9 6,5 2,2 2,1 0,8 34,9 47,4*SMSU - Secretaria Municipal de Servios Urbanos

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    ** No depositado.

    Tabela 2 Volume em m depositado no Aterro da Pedreira pelas empresas coletoras de Passo Fundo-RS e pela

    SMSU nos meses de abril a setembro de 2006.

    Como o volume depositado pela Secretaria Municipal de Servios Urbanos considervelquando comparado aos das empresas coletoras, entende-se a relevncia de apresentar osmesmos dados em percentuais.

    No clculo somaram-se os valores da mdia mensal total da Tabela 2, que de 1231,3 m, emais o dado da Figura 4, do volume mdio mensal de RCD das empresas coletoras de 27%.Com essas informaes foi possvel calcular o volume mdio mensal, obtendo-se um valor de332, 45m de resduo de construo e demolio depositado no Aterro da Pedreira pelasempresas coletoras de Passo Fundo-RS. Para obter-se o volume dirio mdio, considerandoque o ms possui vinte e seis dias teis para coleta de resduos, conclui-se que de 12,78m.

    Para o clculo foi desconsiderado o resduo depositado pela SMSU, pois o contedo dascargas que so transportadas ao Aterro da Pedreira, composto por podas (40%), terra (30%)e resduos (30%). Para obter uma amostra mais homognea para o clculo utilizaram-sesomente as empresas depositantes. Os 30% de RCD correspondente ao resduo depositadopela SMSU no Aterro da Pedreira e representam 369,39 m do material. Esse volume equivalea 21,9% do total transportado. Com esses dados obtidos atravs da pesquisa descrita, pode-seafirmar que, o volume mdio mensal total depositado no Aterro da Pedreira de 701,84 m deresduos de construo e demolio.

    O Quadro 2 apresenta o volume mensal mdio de RCD obtido nas fontes de pesquisa a partirdo diagnstico realizado.

    Fonte

    Perodo

    Pesquisa noAterro daPedreira

    Entrevista emempresascoletoras

    SMSU

    Volume dirio mdio estimado de RCD 12,79 m 13,50 m 30 mVolume mensal mdio estimado de RCD 332,45 m 352 m 272,40 mVolume anual mdio estimado de RCD 3.989,40 m 4.224 m 3.268,80 m

    Quadro 2 Comparativo do volume mensal mdio de RCD

    Em relao Secretaria Municipal de Servios Urbanos depositada mensalmente no Aterro

    da Pedreira a composio apresentada no Quadro 3.

    SMSU RCD Terra Podas

    Volume mensal mdio de resduos de construo epodas

    272,40 m 272,40 m 363,20 m

    Quadro 3 Volume mensal mdio de resduos de construo e demolio, terra e podas da SMSU-PF.

    9. Consideraes Finais

    A estimativa da gerao de RCD foi realizada com base em dados e informaes obtidos por

    meio de entrevistas realizadas em empresas coletoras, Prefeitura Municipal de Passo Fundo eSecretaria Municipal de Servios Urbanos. Assim, surgiu a necessidade de realizar o

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    cruzamento de informaes obtidas com informaes dos dados de pesquisa.

    A grande preocupao com os problemas ambientais relacionados com os impactos gerados

    em funo dos resduos dos processos de construo e demolio deve merecer maior atenopor parte das empresas geradoras de resduos da construo, das empresas coletoras deresduos, dos considerados pequenos geradores, bem como, dos municpios que devem ser osresponsveis pela fiscalizao dos locais de destinao final dos resduos.

    Constata-se que o aterro da pedreira no obedece s caractersticas mencionadas na resoluo307/02, sobre o gerenciamento dos resduos, reciclagem ou reaproveitamentos, sendo o prazovencido em 2004. Da mesma forma a referida rea ainda no foi regularizada perante aosrgos competentes, tambm estando o prazo vencido para tal.

    Diariamente entra no Aterro da Pedreira uma mdia de 47,4 m, o que seria simplesadministrar esse volume de material se o poder pblico municipal criar um departamento

    responsvel pela gerao do resduo de construo civil do municpio, o qual ser responsvelpor apresentar e explicar o Plano Integrado de Gerenciamento de Resduos da ConstruoCivil, em sua ntegra, conforme os trmites legais, para todas as empresas de transporte ecoleta de resduos existentes no municpio.

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