67
2012

17/04/2013 3 · 17/04/2013 4 O processo de soldagem Gas Tungsten Arc Welding - GTAW, ou soldagem TIG - Tungsten Inert Gas, como é mais conhecido atualmente, é …

  • Upload
    lymien

  • View
    221

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

17/04/2013 1

2012

17/04/2013 2

GTAW

Soldagem TIG

17/04/2013 3

17/04/2013 4

O processo de soldagem Gas Tungsten Arc Welding - GTAW, ou soldagem TIG -

Tungsten Inert Gas, como é mais conhecido atualmente, é um processo de soldagem a

arco elétrico que utiliza-se de um arco entre um eletrodo não-consumível de tungstênio e

a poça de soldagem.

Conforme pode-se notar pela figura anterior, a poça de soldagem, o eletrodo e parte do

cordão são protegidos através de um gás de proteção, que é injetado pelo bocal da

tocha.

Seu desenvolvimento deveu-se à necessidade de disponibilidade de processos eficientes

de soldagem de materiais de difícil soldabilidade, tais como o alumínio, cobre e

magnésio; notadamente na indústria da aviação, no começo da Segunda Grande Guerra

Mundial. Sua berço de criação foi na Alemanha, onde o processo TIG é conhecido como

WIG, sigla de Wolfranium Inert Gas.

Assim, com o seu aperfeiçoamento, surgiu um processo de alta qualidade e relativo

baixo custo, de uso em aplicações diversas, com inúmeras vantagens.

A Soldagem TIG (GTAW)

17/04/2013 5

17/04/2013 6

Soldagem TIG (GTAW)

O processo TIG permite soldar uma série de tipos de materiais, com ou sem material de adição. Dependendo da aplicação da solda, é possível adicionar material à poça de fusão, nesse caso, o material deve ser compatível com o metal de base.

Para isolar a região de soldagem dos contaminantes atmosféricos - Nitrogênio (N2), Oxigênio (O2) e Dióxido de Carbono (CO2) - e umidade (na forma de H2), que prejudicam as propriedades mecânicas da junta, são utilizados gases de proteção com características químico-físicas específicas (todos inertes), que também ajudam a formar e manter o arco elétrico estável.

A altura do arco elétrico é controlada pela diferença de potencial (tensão) aplicada entre os eletrodos (assim como no caso do processo MIG/MAG), ou pela distância eletrodo peça, e sua intensidade pela corrente elétrica que se faz fluir através da coluna de gás ionizado (produção de arco sob ambiente plasmático).

17/04/2013 7

O eletrodo utilizado na soldagem TIG é o de tungstênio, que tem o maior ponto

de fusão dos metais: 3400oC, podendo este ser puro (99,9%) ou ainda ser

ligado com outros materiais (sempre na forma de óxidos), geralmente: Cério

(Ce) , Lantânio (La), Tório (Th) e Zircônio (Zr).

Além disso, o tungstênio é chamado termoiônico, porque tem facilidade de

emitir elétrons ao ser aquecido, o que auxilia bastante a estabilidade do arco

Os eletrodos de tungstênio puro têm a vantagem de apresentar menor custo e

menor efeito de retificação quando utilizada a corrente alternada. Por outro

lado, as desvantagens são a dificuldade na abertura do arco e menor

durabilidade.

Nos processos automatizado, exige-se que os eletrodos sejam ligados ao

Zircônio (Zr).

Soldagem TIG (GTAW)

17/04/2013 8

Vantagens

Apresenta cordões de solda de alta qualidade;

Ausência de escória no cordão;

Ausência de respingos e faíscas;

Pode ser empregado em todas posições;

Ótimo para soldagem de pequenas espessuras;

Ótimo desempenho na soldagem autógena;

Ausência de fluxos e revestimentos sólidos;

Aparência higiênica e cirúrgica da solda;

Baixa sensibilização à corrosão intergranular;

Baixa distorção, devido a sua baixa energia de soldagem.

17/04/2013 9

Desvantagens

Custo relativamente alto – principalmente no caso da soldagem de alumínio,

que há a necessidade de uma fonte geradora de alta frequência e CA;

Necessita de grande habilidade do soldador;

Dificuldade na soldagem em campo – influência do vento;

Baixa mobilidade, devido a quantidade de acessório ser extensa;

Alta incidência de luzes UV e IV;

Inadequado para soldagem de chapas de mais de 10 mm.

Baixa taxa de deposição.

17/04/2013 10

Soldagem TIG (GTAW)

17/04/2013 11

17/04/2013 12

O Equipamento

17/04/2013 13

Equipamento para Soldagem TIG (GTAW)

17/04/2013 14

Fontes de soldagem TIG

Equipamento para Soldagem TIG (GTAW)

17/04/2013 15

Controle de gás de

proteção (Q e P)

Equipamento para Soldagem TIG (GTAW)

17/04/2013 16

Equipamento para Soldagem TIG (GTAW)

Conjunto Regulador +

Manômetro +

Fluxômetro

Conjunto Regulador +

Manômetros (interno e

trabalho)

17/04/2013 17

Tocha

Equipamento para Soldagem TIG (GTAW)

17/04/2013 18

Tochas TIG

Equipamento para Soldagem TIG (GTAW)

17/04/2013 19

A tocha conduz a corrente e o gás inerte para a zona de soldagem; tem a

extremidade revestida de material isolante a fim de ser manuseada com

segurança pelo operador. A tocha serve como suporte do eletrodo de

tungstênio e também fornece o gás de proteção. Dentro da tocha existe uma

pinça que segura o eletrodo, e que deve ser selecionada de acordo com o

diâmetro do eletrodo.

As tochas, que suportam o eletrodo e conduzem o gás de proteção até o arco,

são classificadas basicamente pelo seu mecanismo de refrigeração. As tochas

refrigeradas a gás são mantidas na temperatura adequada pelo efeito de

resfriamento causado pelo próprio gás de proteção. Estas tochas estão

limitadas a uma corrente máxima de cerca de 200 A.

Já as tochas refrigeradas a água, promovem a circulação de água,

normalmente em circuito fechado, para refrigeração. Desta forma, pode-se

dispor de tochas que suportam correntes de até 1000 A.

Equipamento para Soldagem TIG (GTAW)

17/04/2013 20

Parâmetros de Soldagem

17/04/2013 21

Os parâmetros de soldagem são responsáveis pela qualidade do cordão de

solda e o desenvolvimento do processo; assim, é preciso conhecer essas

variáveis para escolher o procedimento adequado a cada tipo de trabalho.

Os parâmetros a considerar no processo TIG são:

Comprimento do arco;

Velocidade de soldagem;

Vazão do gás;

Corrente de soldagem;

Polaridade;

Parâmetros de Soldagem

17/04/2013 22

O comprimento do arco é a distância entre a ponta do eletrodo e o metal de base (o que

no processo MIG/MAG, chamamos de Stick-out); o aumento do comprimento faz

aumentar também a tensão do arco, sob uma dada corrente de soldagem e determinado

gás de proteção.

O comprimento do arco influencia diretamente no cordão de solda, que será tanto mais

largo quanto maior for o arco. Um arco muito curto ou muito longo torna-se instável,

favorecendo a formação de porosidades, mordeduras e falta de fusão. Em conseqüência,

a penetração também será afetada, embora que discretamente.

Maior distância

Cordão mais largo

Menor distância

Cordão mais estreito

Comprimento do Arco

17/04/2013 23

A velocidade de soldagem tem influência sobre a penetração e a largura do cordão de

solda; assim, para uma velocidade muito alta de soldagem, o arco não permanece tempo

suficiente na região de solda para proporcionar uma boa fusão e penetração do cordão.

Já para uma velocidade baixa, a penetração aumenta. Mas, para uma velocidade

excessivamente baixa de soldagem, o próprio metal fundido na poça funciona como

isolante térmico para a transferência de calor do arco para o metal base, prejudicando

também a penetração de solda.

Uma velocidade maior melhora a eficiência e a produtividade da soldagem, reduzindo os

custos de produção; no entanto, velocidades altas demais podem causar

descontinuidades, como falta de penetração e mordeduras.

Velocidade de Soldagem

Menor velocidade de

soldagem

Cordão mais largo e

maior a penetração

Maior velocidade de

soldagem

Cordão mais estreito e

menor a penetração

17/04/2013 24

A vazão do gás é responsável pela proteção adequada do eletrodo e da poça

de fusão garantindo soldas isentas de oxidação e porosidade.

Seu valor ideal depende do tipo de metal a ser soldado, condições de

ventilação do ambiente e nível de amperagem utilizado. Para que a proteção

oferecida pelo gás seja eficiente, é preciso considerar a vazão do gás.

A vazão deve ser forte o suficiente para deslocar o ar para longe da área da

solda e assim proteger a poça de fusão; no entanto, uma vazão elevada pode

causar turbulência no fluxo do gás, resultando em descontinuidade ou defeitos

no cordão e instabilidade do arco, sem falar no custo maior de soldagem.

Vazão do Gás de Proteção

17/04/2013 25

A vazão ideal leva em consideração fatores como:

Tipo de gás utilizado;

Distância entre o bocal e a peça;

Tipo e posição da tocha;

Tipo de junta;

Diâmetro do bocal;

Velocidade e posição de soldagem;

Tipo de metal a ser soldado;

Tamanho da poça de fusão.

Uma vazão baixa não oferece proteção adequada à poça de fusão, causando

também descontinuidades.

Uma regra para determinar a vazão ideal é fazer um teste, iniciando com vazão

elevada e diminuindo gradativamente até que comece uma oxidação superficial

do cordão; a vazão ideal será a mais próxima e superior a essa.

Vazão do Gás de Proteção

17/04/2013 26

A corrente de soldagem pode-se considerar, de forma geral, que ela controla a

penetração da solda, com efeito diretamente proporcional, além de influenciar na

penetração de solda, a limpeza superficial dos óxidos da superfície do metal base e o

desgaste do eletrodo de tungstênio.

A corrente afeta também a tensão do arco, sendo que para um mesmo comprimento de

arco, um aumento na corrente causará um aumento na tensão do arco.

O ajuste da vazão de gás está relacionado com a intensidade de corrente ideal para os

diferentes metais a soldar. Considerando o argônio como gás de proteção, a relação

vazão/corrente pode ser mostrada em um quadro.

Corrente de Soldagem

Menor Corrente

Cordão mais estreito e

menor a penetração.

Menor Corrente

Cordão mais largo e

maior a penetração

17/04/2013 27

Corrente de Soldagem

17/04/2013 28

Polaridade

Quando se trabalha com CC, o ignitor de alta freqüência é usado apenas para

abrir o arco e em seguida é desligado. Geralmente os aparelhos possuem um

dispositivo que inibe as faíscas do ignitor quando o arco está aberto.

Na soldagem com CC, o circuito pode ter o eletrodo ligado tanto ao pólo

negativo quanto ao positivo.

17/04/2013 29

Quando o eletrodo está ligado ao pólo negativo CC-, os elétrons fluem do

eletrodo em altas velocidades, bombardeando o metal de base e provocando

um aquecimento considerável nesse metal; a concentração de calor, portanto,

é de aproximadamente 70% na peça e 30% no eletrodo.

O cordão de solda obtido com CC, é estreito e com grande penetração. Este

tipo de corrente é aplicado na soldagem de aço, cobre, aços inoxidáveis

austeníticos (ao cromo-níquel) e ligas resistentes ao calor.

Corrente Contínua com Polaridade Direta

17/04/2013 30

Quando ligado ao pólo positivo, CC+, o eletrodo é positivo e o metal é negativo; os

elétrons fluem do metal de base para o eletrodo, o qual se aquece e tende a fundir a

extremidade.

A concentração de calor é de aproximadamente 30% na peça e 70% no eletrodo. Por

esta razão, a soldagem com CC+ requer um eletrodo com diâmetro maior ou uma

corrente mais baixa para evitar o superaquecimento e conseqüente fusão do eletrodo,

que contamina a poça de fusão. Esse inconveniente torna a soldagem com CC+ pouco

utilizada, uma vez que não é viável para correntes elevadas. O cordão de solda obtido é

largo, com pequena penetração.

Corrente Contínua com Polaridade Inversa

17/04/2013 31

Teoricamente, uma soldagem com CA é uma combinação das soldagens com CC+ e CC-

A corrente assemelha-se a uma onda, cuja parte superior representa a polaridade

positiva, ou CC+, e a inferior a negativa ou CC-. Os elétrons e os íons partem da peça

para o eletrodo e vice-versa, causando uma concentração equilibrada de calor de 50%

para cada um e um cordão com penetração média.

A CA é aplicada na soldagem de alumínio, magnésio e suas ligas. Na soldagem com

CA, o arco tende a extinguir quando a corrente é muito baixa ou nula, uma vez que a

corrente cai a zero a cada inversão de polaridade; neste caso, o ignitor deve

permanecer ligado para estabilizar a descarga elétrica.

Corrente Alternada

17/04/2013 32

Quando se utiliza CA com eletrodo de tungstênio puro, acontece o efeito de

retificação, que é a diferença de emissividade eletrônica existente entre o

eletrodo de tungstênio puro e o material que está sendo soldado.

Na CA, existe uma mudança cíclica do fluxo de elétrons, que ora se deslocam

do eletrodo de tungstênio para a poça de fusão, ora saem da poça de fusão em

direção ao eletrodo. Devido ao efeito de retificação, há um desbalanceamento

nesse movimento, tornando a emissão de elétrons vindos da poça de fusão

menor que a emissão de elétrons provenientes do eletrodo; isto provoca o

aparecimento de duas senóides de intensidades diferentes.

Corrente Alternada

17/04/2013 33

O efeito de retificação é mais prejudicial no caso da soldagem de alumínio e

de magnésio, que apresentam óxido refratário, porque o fluxo de elétrons

emitido pela poça de fusão não é suficiente para romper completamente a

camada de óxido existente durante a soldagem.

A fim de atenuar o efeito de retificação, utiliza-se um transformador com

condensador-filtro, que equilibra as senóides representantes do fluxo de

elétrons.

Corrente Alternada

17/04/2013 34

A tensão do arco, designação dada para a tensão entre o eletrodo e a peça, é fortemente

influenciada por diversos fatores, estes já citados como parâmetros:

Corrente do arco;

Perfil da ponta do eletrodo;

Comprimento do arco (Distância entre o eletrodo e a peça);

Tipo da gás de proteção;

Como existe uma relação direta entre a tensão e o comprimento do arco, a tensão é usada

para controlar o processo, pois uma vez fixados diversos outros parâmetros, a tensão do

arco possibilita o controle do comprimento do arco, que é difícil de monitorar. Por sua vez,

o comprimento do arco afeta diretamente a largura da poça.

Apesar disso, na maioria dos processos com chapas, o comprimento do arco desejado é o

menor possível. Este controle o comprimento do arco pela tensão, entretanto, deve ser

feito de maneira cuidadosa, observando-se outros parâmetros que também afetam a

tensão como contaminação do eletrodo e do gás de proteção, alimentação imprópria do

material de adição, mudanças de temperatura no eletrodo e erosão do eletrodo. A

velocidade de avanço afeta a penetração e a largura no processo, sendo esta última,

porém, muito mais afetada.

Tensão

17/04/2013 35

Quadro Resumo

17/04/2013 36

Consumíveis

17/04/2013 37

Classificação AWS do Eletrodo

Os eletrodos para o processo TIG são varetas sinterizadas de tungstênio puro ou ligado

ao Tório (Th), Zircônio (Zr), Lantânio (La) ou Cério (Ce), ambos na forma de óxidos.

A classificação do eletrodo quanto à composição química encontra-se na norma

ANSI/AWS A5.12-92, apresentada no quadro.

17/04/2013 38

A norma AWS A5.12-92 estabelece um código para a identificação dos

eletrodos conforme sua composição química. Segundo esse código, a letra E

significa eletrodo; W é para wolfrâmio (ou tungstênio), o elemento químico de

que é feito o eletrodo, X é o elemento químico adicionado ao eletrodo e P

significa puro.

Ex:

AWS EWT 1 – Eletrodo de Tungstênio, com adição 1 % de Tório (valor pode variar).

Classificação AWS do Eletrodo

17/04/2013 39

Os elementos químicos adicionados ao eletrodo são importantes para permitir

um desempenho melhor do processo de soldagem.

Os eletrodos com adição de Zircônio (Zr) ou Tório (Th) apresentam vantagens,

tais como maior durabilidade, maior resistência com potências elevadas e

melhores propriedades de ignição. Por outro lado, as desvantagens, quando se

utiliza corrente alternada, são o custo maior, maior efeito de retificação e menor

estabilidade do arco.

Composição Química do Eletrodo

17/04/2013 40

EWC é o eletrodo de tungstênio com óxido de cério (Ceo3), conhecido como Céria. Este

tipo de eletrodo apresenta maior facilidade de ignição, melhor estabilidade do arco,

reduzida taxa de vaporização ou queima e trabalha muito bem com corrente alternada ou

contínua, em qualquer polaridade; estas vantagens aumentam com o aumento de

quantidade de Céria.

EWL é o eletrodo de tungstênio que contém 1% de óxido de lantânio (LaO3), conhecido

como Lantânia; as características de operação e vantagens deste eletrodo são muito

similares às do eletrodo com Céria.

EWT é o eletrodo que contém óxido de tório (ThO3), conhecido como tória; a tória é

responsável pelo aumento de vida útil do eletrodo em relação aos eletrodos de tungstênio

puro devido a sua alta emissão de elétrons, melhor ignição e estabilidade do arco. Estes

eletrodos têm maior vida útil e apresentam grande resistência a contaminantes de

tungstênio na solda.

EWZ é o eletrodo com adição do óxido de zircônio (ZiO3), conhecido como zircônia; este

eletrodo é o preferido para aplicações nas quais a contaminação por tungstênio deve ser

minimizada. O eletrodo com zircônia tem bom desempenho quando usado com corrente

alternada e apresenta alta resistência a contaminação.

Composição Química do Eletrodo

17/04/2013 41

A preparação do eletrodo (angulação e afiação) sempre é definida conforme a

corrente utilizada na soldagem, bem como o diâmetro do eletrodo.

Essa preparação é feita por meio de esmerilhamento (com rebolo de oxido de

Silício SIO3) da ponta, sempre no sentido longitudinal, para facilitar o

direcionamento dos elétrons. Em casos especiais, as marcas do

esmerilhamento são retiradas por meio de polimento.

Na soldagem com corrente contínua, a ponta do eletrodo deve ser

pontiaguda. O cone correto da ponta pode ser obtido por uma norma

prática: a altura do cone deve ser 2 (duas) vezes a 2 (duas) vezes e meia o

diâmetro do eletrodo.

No caso de soldagem com corrente alternada, a ponta do eletrodo deve

ser ligeiramente arredondada.

Preparação do Eletrodo

17/04/2013 42

C.C.

C.A.

Preparação do Eletrodo

17/04/2013 43

A escolha do tipo e do diâmetro do eletrodo deve levar em consideração a

espessura e o tipo do material, o tipo de junta, o número de passes e os

parâmetros de soldagem, como amperagem e tensão, além da composição

química do eletrodo.

Um quadro auxilia a seleção do eletrodo:

Seleção do Eletrodo Conforme Parâmetros

17/04/2013 44

Seleção do Eletrodo Conforme Parâmetros

17/04/2013 45

Metal de Adição

O metal de adição para soldagem TIG é geralmente apresentado sob forma de varetas

com cerca de 1 metro de comprimento.

No caso de soldagem mecanizada, utilizam-se bobinas de fio enrolado. Os diâmetros

dos fios e das varetas obedecem a um padrão que varia entre 0,5 mm e 5 mm. Os

materiais e ligas utilizados na confecção das varetas são variados; classificam-se

segundo sua composição química e de acordo com as propriedades do metal

depositado.

É importante que o metal de adição esteja isento de umidade, oleosidade e oxidação.

A escolha do metal de adição leva em consideração fatores como: similaridade com o

metal de base, composição química, propriedades mecânicas e custos razoáveis. O

diâmetro do fio ou da vareta deve corresponder à espessura das peças a soldar ou à

quantidade de material que será depositada. Estas informações encontram-se

disponíveis nos catálogos dos fabricantes.

Os consumíveis utilizados como metal de adição na soldagem TIG são especificados

segundo normas que definem as características do arame, as propriedades mecânicas

desejadas, ensaios recomendados, dados de identificação, garantia do fabricante,

condições de aceitação e embalagem.

17/04/2013 46

Classificação AWS do Metal de Adição

17/04/2013 47

A especificação AWS A5.18 prescreve os requerimentos para a classificação de

eletrodos sólidos ou compostos (arame tubular com núcleo metálico – metal

cored) e varetas para os processos GMAW, GTAW e PAW na soldagem de aço

carbono.

A Especificação AWS A5.9 se aplicam a arames, varetas, fitas e eletrodos

compostos de aços inoxidáveis. O teor de Cr – cromo destes consumíveis é no

mínimo

de 10,5%.

ER – designa eletrodo na forma de arame ou vareta.

XX – designa o limite de ruptura no ensaio de tração em Ksi.

Y – este dígito indica a forma construtiva: S – designa eletrodo sólido e C –

designa eletrodo composto.

X – designa a faixa de composição química.

Classificação AWS do Metal de Adição

17/04/2013 48

Classificação AWS do Metal de Adição

17/04/2013 49

Principais Varetas Utilizadas na Soldagem de Aços Inoxidáveis

17/04/2013 50

Principais Varetas Utilizadas na Soldagem de Aços Inoxidáveis

17/04/2013 51

Os gases de proteção utilizados no processo TIG são os inertes, isto é, que não

reagem com o eletrodo nem com a poça de fusão; como exemplos citam-se o

argônio (Ar), mais utilizado, o hélio (He) ou uma mistura de ambos.

Os gases de proteção do processo TIG devem ter um grau de pureza de

99,99%, no mínimo, para que a solda apresente a qualidade desejada. O teor de

umidade também é um fator importante que deve ser controlado.

A escolha do gás depende de fatores como tipo de metal que se quer soldar,

espessura das peças e posição de soldagem. As misturas de argônio e hélio,

respectivamente 70% e 30% e 30% e 70%, são as que apresentam os melhores

resultados na soldagem de metais não ferrosos, como alumínio, magnésio e

ligas.

As misturas argônio e hidrogênio (8% em geral) são as mais utilizadas em

soldagem TIG manual e automática dos aços inoxidáveis.

Gases de Proteção

17/04/2013 52

A principal função de um gás de proteção no processo TIG é excluir os gases

da atmosfera que podem contaminar a poça de fusão, o eletrodo e a parte

aquecida da vareta de adição. Os gases são definidos, regidos e classificados

pela AWS A5.32.

A escolha do gás é importante porque influencia a velocidade de soldagem, na

penetração, no acabamento e na estabilidade do arco.

As Funções dos Gases de Proteção

17/04/2013 53

Gases de Proteção

17/04/2013 54

Gases de Proteção

17/04/2013 55

O Argônio (Ar) é um gás, sendo o terceiro elemento da classe dos gases

nobres. É incolor e inerte, constituindo cerca de 1% do ar atmosférico. É sem

sobra de dúvidas o gás mais utilizado na soldagem TIG, frente a diversas

propriedades tolerantes e frente a sua versatilidade.

O emprego do gás argônio no processo TIG apresenta algumas vantagens,

como:

Uma boa estabilidade do arco;

Baixo consumo do gás;

Baixas tensões de arco;

Custo baixo do processo;

Facilidade na abertura do arco;

Melhor efeito de limpeza de óxidos quando usada a corrente alternada.

Por ser mais pesado que o ar, o argônio forma uma eficiente cortina de

proteção ao redor da poça de fusão.

Argônio (Ar)

17/04/2013 56

O hélio (He) é um gás monoatômico, incolor e inodoro. Tem o menor ponto de

evaporação de todos os elementos químicos, e só pode ser solidificado sob

pressões muito grandes. É o segundo elemento químico na tabela periódica, e

está em segundo lugar entre os gases em maior abundância no universo, atrás

do hidrogênio (H).

O gás hélio (He) empregado no processo TIG apresenta consumo alto, pois é

um gás mais leve que o ar; sua densidade baixa provoca a subida do gás em

turbulência, prejudicando a proteção da poça de fusão, por isso, o fluxo do

hélio deve ser de 2 a 3 vezes maior que a do argônio.

O hélio requer altas tensões de soldagem, o que demanda maior energia para

uma mesma corrente e comprimento de arco; permite grande penetração do

cordão de solda; apresenta custo alto, mas, em contrapartida, possibilita maior

velocidade no caso de soldagem automática de alumínio e suas ligas.

Em soldagem automática de alumínio e suas ligas, o gás hélio puro pode ser

utilizado com corrente contínua e polaridade negativa.

Hélio (He)

17/04/2013 57

O Processo

17/04/2013 58

17/04/2013 59

A preparação de junta a ser soldada é fundamental para a obtenção de soldas

de alta qualidade.

O processo TIG por não ser eficiente na desoxidação e limpeza da poça de

fusão, exige uma limpeza rigorosa da junta, retirando-se resíduos de óleo,

graxa, fuligem etc. As bordas devem estar ao metal brilhante e quando

necessário é feita a proteção com um gás inerte, geralmente o próprio argônio.

Na contra solda em passes de raiz, como na soldagem de tubulações de aços

inoxidáveis, é necessário ainda a utilização de “purgas”, de modo a garantir

total proteção da poça de fusão, e ainda garantir a constante limpeza da junta.

A limpeza deve ser efetuada por meio de escovas (mecânicas ou manuais),

discos de lixa, discos abrasivos ou qualquer outro meio de lixamento.

Uma atenção especial deve ser tomada quanto a possibilidade de

contaminação destes meios de preparo na junta, o que pode vir ocasionar

problemas na junta soldada!!!

Limpeza da Junta

17/04/2013 60

Posicionamento da Tocha

Posicionamento da tocha

para soldagem plana

Posicionamento da tocha

para soldagem em ângulo

17/04/2013 61

Alimentação e Progressão da Solda

17/04/2013 62

Soldagem TIG (GTAW)

17/04/2013 63

Soldagem TIG (GTAW)

17/04/2013 64

Soldagem TIG (GTAW)

17/04/2013 65

Soldagem TIG (GTAW)

17/04/2013 66

Soldagem TIG (GTAW)

17/04/2013 67 67

Fim!!!