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Poder Judiciário Justiça do Trabalho Tribunal Superior do Trabalho PROCESSO Nº TST-RR-1500-34.2011.5.09.0651 Firmado por assinatura digital em 13/04/2016 pelo sistema AssineJus da Justiça do Trabalho, conforme MP 2.200-2/2001, que instituiu a Infra-Estrutura de Chaves Públicas Brasileira. A C Ó R D Ã O (8ª Turma) GMMCP/ehs/apg I - AGRAVO DE INSTRUMENTO - PRESCRIÇÃO - AUXÍLIO-ALIMENTAÇÃO – ALTERAÇÃO DA NATUREZA JURÍDICA Por divisar possível contrariedade às Súmulas n os 241 e 294 do TST, dá-se provimento ao Agravo de Instrumento para determinar o processamento do recurso denegado. II – RECURSO DE REVISTA - LITISPENDÊNCIA No que se refere à litispendência, a Corte Regional verificou estar presente a tríplice identidade, nos termos do art. 301, § 2º, do Código de Processo Civil. PRESCRIÇÃO - AUXÍLIO-ALIMENTAÇÃO – ALTERAÇÃO DA NATUREZA JURÍDICA Nos termos da jurisprudência desta Eg. Corte Superior, aplica-se a prescrição parcial à pretensão de integração do auxílio-alimentação, no caso de alteração da natureza do benefício - de salarial para indenizatória -, seja por norma coletiva ou por adesão posterior ao PAT. AUXÍLIO-ALIMENTAÇÃO NATUREZA SALARIAL - ADESÃO AO PAT APÓS A ADMISSÃO DO TRABALHADOR - ORIENTAÇÃO JURISPRUDENCIAL Nº 413 DA SBDI-1 A pactuação em norma coletiva que confere caráter indenizatório à verba “auxílio-alimentação” ou a adesão posterior do empregador ao Programa de Alimentação do Trabalhador - PAT não alteram a natureza salarial da parcela, instituída anteriormente, para os empregados que, habitualmente, já percebiam o benefício, a teor das Súmulas n os 51, item I, e 241 do TST. Orientação Jurisprudencial nº 413 da SBDI-1. PRESCRIÇÃO - DIFERENÇAS DECORRENTES DO CONGELAMENTO DA PARCELA “ANUÊNIOS” Cuida-se de pretensão a diferenças de anuênios, a partir do congelamento dos valores atinentes à parcela, ocorrido Este documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.tst.jus.br/validador sob código 100124C7E0EFE13795.

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PROCESSO Nº TST-RR-1500-34.2011.5.09.0651

Firmado por assinatura digital em 13/04/2016 pelo sistema AssineJus da Justiça do Trabalho, conforme MP

2.200-2/2001, que instituiu a Infra-Estrutura de Chaves Públicas Brasileira.

A C Ó R D Ã O

(8ª Turma) GMMCP/ehs/apg

I - AGRAVO DE INSTRUMENTO - PRESCRIÇÃO - AUXÍLIO-ALIMENTAÇÃO – ALTERAÇÃO DA NATUREZA JURÍDICA

Por divisar possível contrariedade às

Súmulas nos

241 e 294 do TST, dá-se

provimento ao Agravo de Instrumento

para determinar o processamento do

recurso denegado.

II – RECURSO DE REVISTA - LITISPENDÊNCIA No que se refere à litispendência, a Corte Regional verificou estar presente a tríplice identidade, nos termos do art. 301, § 2º, do Código de Processo Civil. PRESCRIÇÃO - AUXÍLIO-ALIMENTAÇÃO – ALTERAÇÃO DA NATUREZA JURÍDICA Nos termos da jurisprudência desta Eg. Corte Superior, aplica-se a prescrição

parcial à pretensão de integração do auxílio-alimentação, no caso de alteração da natureza do benefício - de salarial para indenizatória -, seja por norma coletiva ou por adesão posterior ao PAT. AUXÍLIO-ALIMENTAÇÃO – NATUREZA SALARIAL - ADESÃO AO PAT APÓS A ADMISSÃO DO TRABALHADOR - ORIENTAÇÃO JURISPRUDENCIAL Nº 413 DA SBDI-1

A pactuação em norma coletiva que

confere caráter indenizatório à verba

“auxílio-alimentação” ou a adesão

posterior do empregador ao Programa de

Alimentação do Trabalhador - PAT não

alteram a natureza salarial da parcela,

instituída anteriormente, para os

empregados que, habitualmente, já

percebiam o benefício, a teor das

Súmulas nos 51, item I, e 241 do TST.

Orientação Jurisprudencial nº 413 da

SBDI-1.

PRESCRIÇÃO - DIFERENÇAS DECORRENTES DO

CONGELAMENTO DA PARCELA “ANUÊNIOS”

Cuida-se de pretensão a diferenças de

anuênios, a partir do congelamento dos

valores atinentes à parcela, ocorrido

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em 1997, por ato do empregador. Assim,

a pretensão deduzida em juízo em 2011

está fulminada pela prescrição total.

DEPÓSITOS DO FGTS

O apelo não atende aos requisitos do

artigo 896 da CLT.

VERBAS RESCISÓRIAS COMPLEMENTARES

A mera indicação de violação ao artigo

7º da Constituição da República, sem a

especificação dos parágrafos e/ou

alíneas tidos por violados, não atende

aos ditames da Súmula nº 221 do TST.

HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS

Ausente a assistência sindical,

indevidos os honorários advocatícios,

nos termos da Súmula nº 219 do TST.

Recurso de Revista conhecido

parcialmente e provido.

Vistos, relatados e discutidos estes autos de Recurso

de Revista n° TST-RR-1500-34.2011.5.09.0651, em que é Recorrente LUIZ

CARLOS MARACH e Recorridos COMPANHIA PARANAENSE DE ENERGIA - COPEL E

OUTROS.

Agrava de Instrumento o Reclamante (fls. 1541/1567)

ao despacho de fls. 1527/1538, que negou seguimento ao Recurso de Revista

(fls. 1028/1050).

Contraminuta e contrarrazões, às fls. 1595/1601.

O D. Ministério Público do Trabalho não foi ouvido,

nos termos regimentais.

É o relatório.

V O T O

I - CONHECIMENTO

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Conheço do Agravo de Instrumento, porque tempestivo

(fls. 1540 e 1541), dispensado o preparo (fls. 698/699) e subscrito por

profissional habilitado (fl. 22).

II - MÉRITO

O Juízo primeiro de admissibilidade negou seguimento

ao Recurso de Revista, nestes termos:

PRESSUPOSTOS EXTRÍNSECOS

Recurso tempestivo (decisão publicada em 19/04/2013 - fl. 1018; recurso

apresentado em 29/04/2013 - fl. 1026).

Representação processual regular (fl. 20).

Preparo inexigível.

PRESSUPOSTOS INTRÍNSECOS

DIREITO PROCESSUAL CIVIL E DO TRABALHO / Formação,

Suspensão e Extinção do Processo / Litispendência.

Alegação(ões):

- violação do(s) artigo 5º, inciso LV, da Constituição Federal.

- violação da (o) Código de Processo Civil, artigo 301, §1º; artigo 301, §2º;

artigo 301, §3º.

O recorrente afirma que "não há o que se falar em litispendência entre o

presente processo e os autos no 18879-2011-651-09-00, no que se refere ao pedido

de condenação da Reclamada ao pagamento da indenização do FGTS e das

diferenças das verbas rescisórias, uma vez que não existe a tríplice identidade

prevista no art. 301 do CPC (partes, causa de pedir e pedido)."

Fundamentos do acórdão recorrido:

"(...).

Na petição inicial, o autor relatou que ajuizou reclamatória trabalhista, sob o

nº 18879-2011-651-09-00-0 em trâmite na 17ª Vara do Trabalho em que postulou,

dentre outros pedidos, a decretação de nulidade do seu pedido de demissão e a

reversão em despedida sem justa causa, com a condenação das rés ao pagamento da

multa de 40% do FGTS. Na presente ação, requereu o seguinte: a) reconhecimento

da declaração da responsabilidade solidária dos réus, b) a declaração de nulidade

das férias 'fragmentadas' de todo o período contratual (14.07.1987 a 15.12.2010),

acrescidas de 1/3 constitucional, em dobro (item 1); c) condenação ao pagamento da

multa prevista na cláusula 35 do ACT, por cláusula descumprida (item 3); d) o

pagamento da multa da participação dos lucros e resultados do ano de 2010 (item 4);

d) pagamento do auxílio alimentação referente ao período posterior a 1994, com

reflexos em férias acrescidas de 1/3, FGTS, 13º salário e aviso prévio e demais

verbas a que faz jus o autor (item 5); e) pagamento de diferenças de

anuênio/adicional por tempo de serviço decorrentes de pagamentos com base em

remuneração menor e reflexos em DSR e, com este em férias mais 1/3, 13º salário,

FGTS (depósito + multa), aviso prévio, recolhimento de INSS e previdência

complementar (item 6); f) pagamento de verbas rescisórias (item 7); g) FGTS e mais

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multa de 40% (item 7); h) assistência judiciária (item 9) e i) honorários advocatícios

(item 10) - fls. 3/19).

Consoante já delineado, o MM. Juízo de origem declarou a litispendência em

relação às diferenças de verbas resilitórias e indenização de 40% do FGTS.

Na peça vestibular dos autos nº 18879-2011-651-09-00-0 em trâmite na 17ª

Vara do Trabalho, consta os seguintes pedidos:

a) A anulação da sua adesão ao PDV da Circular no 33, de 13.05.2010, por

vício na manifestação de vontade, e conseqüentemente a condenação das rés ao

pagamento da diferença de indenizações previstas nos PDVs instituídos pelas

Circulares no 33/2010 e no 31/2011. De forma alternativa, postulou seja aceito o

pedido de desistência da sua adesão ao PDV da Circular no 33, de 13.05.2010, em

razão do seu requerimento encaminhado para o Sr. René Miguel Jorge Bonato, e

tendo em vista que foi deferido aos demais empregados das rés, para ao final

condenar as rés ao pagamento da diferença de indenizações previstas nos PDVs

instituídos pelas Circulares no 33/2010 e no 31/2011. Requereu, ainda, de forma

alternativa, a extensão dos benefícios do PDV da Circular no 31/2011 ao autor

(conforme item 9.13 Circular no 89/2009). Finalizou com o pedido de condenação

das rés ao pagamento da diferença de indenizações previstas nos PDVs instituídos

pelas Circulares no 33/2010 e no 31/2011, a ser apurada em liquidação de sentença,

considerando os índices de atualizações legais (fls. 653/654).

b) no tópico 2, requereu a decretação da nulidade do pedido de demissão, com

a reversão em despedida sem justa causa, com a condenação das rés ao pagamento

da multa de 40% do FGTS, acrescida de juros e correção monetária, a ser paga

diretamente ao autor(fls. 655/656).

c) a declaração de nulidade da adesão do autor ao PDV, inclusive no que

tange a ilegal e arbitrária "quitação do contrato de trabalho". De forma sucessiva,

requereu o recebimento dos demais pedidos formulados nesta RT, por não

integrarem a quitação do instrumento de rescisão (fls. 656/658).

d) pagamento de horas extras (alíneas 'a', 'b', 'c' e 'd' da fl. 659) e reflexos (fl.

660).

e) pagamento de indenização por dano moral e assédio moral, no valor total

de cem remunerações ou outro valor a ser arbitrado e de forma alternativa, requereu

o pagamento da indenização por dano moral, no valor de 50 remunerações ou outro

valor a ser arbitrado (alíneas 'a', 'b' e 'c' do item 5 - fl. 664/665).

f) mencionou que sempre recebeu auxílio-alimentação, mesmo antes da sua

adesão ao PAT. Postulou a condenação ao pagamento das parcelas de depósito do

FGTS, referente ao valor do vale-refeição, durante todo o contrato de trabalho e o

reconhecimento do auxílio-alimentação como integrante da remuneração para fins

de condenação da ré no tocante ao plano de previdência complementar. Também

pretendeu o reconhecimento do auxílio-alimentação como integrante da

remuneração e, por conseguinte, requereu o pagamento de diferenças e o

reconhecimento do auxílio-alimentação como integrante da remuneração, para fins

de condenação a todas demais verbas trabalhistas e rescisórias, tais como férias,

décimo terceiro salário, terço constitucional, horas extras, FGTS (depósito+ multa)

indenização de acordo coletivo, participação nos lucros, durante todo o período de

trabalho etc, a ser apurado em liquidação de sentença (fls. 667/668).

g) nos itens 7 e 8, argumentou que as verbas rescisórias não levaram em

consideração o valor total da remuneração, isto é, somente utilizou o salário

nominal, não computando as horas extras praticadas e reflexos, razão pela qual

requereu o recálculo das verbas rescisórias, como aviso prévio, férias acrescidas de

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terço constitucional, 13º salário, saldo de salário, FGTS e multa, etc. Postulou o

pagamento de FGTS e multa de 40% sobre as verbas pleiteadas e deferidas e que

haja incidência de FGTS, este e mais a multa de 40%, a ser pago diretamente ao

autor (fl. 668).

h) assistência judiciária gratuita e honorários advocatícios (fls. 669/670).

Na decisão prolatada nos autos nº 18879-2011-651-09-00-0, o MM. Juízo de

origem entendeu que "(...) ficou comprovada que a adesão ao PDV, conforme

documento de fl. 683, decorreu de livre opção pelo demandante, razão pela qual se

rejeita o pedido de declaração de nulidade da adesão ao PDV constante da Circular

33/2010, de 13.05.2010, bem como o pedido sucessivo de desistência ao PDV"

(destaquei). Finalizou que "Reconhecida a validade da adesão do Autor ao PDV

33/2010, não há que se falar em extensão ao Autor dos benefícios do PDV Circular

31/2011. Há que se observar que nada obriga o empregador a adotar

permanentemente medidas de incentivo à resilição dos contratos, até porque a

concessão de tais indenizações ou premiações se inserem no seu poder diretivo. Há

que se observar que o demandante foi dispensado em 15.12.2010 e as suas

condições de dispensa e os requisitos do PDV 033/2010 são diversos dos fixados no

PDV 031/2010, além de evidentemente se referirem a períodos de vigência

diversos. Rejeita-se, pois o pedido sucessivo de extensão dos benefícios do PDV

31/2011 e de diferença de indenização por adesão ao Plano de Demissão

Voluntária." (fls. 686/687 - destaquei).

No tocante ao pedido de FGTS e multa de 40%, com acerto a r. decisão,

porquanto na r. sentença prolatada nos autos de nº 18879-2011-651-09-00-0, ainda

que pendente de julgamento de recurso, houve o reconhecimento de que o

desligamento decorreu de iniciativa do autor por adesão ao plano de demissão

voluntária, hipótese em que é indevida a indenização de 40% do FGTS.

Em relação ao pedido de diferenças - depósitos do FGTS, o MM. Juízo de

primeiro grau esclareceu em embargos de declaração de fl. 919, que restou

prejudicado em face da rejeição integral das parcelas salariais pleiteadas. É o que se

verifica no item 4 da fl. 880 e na sentença de embargos de declaração à fl. 919.

No que tange ao pleito de verbas rescisórias, consta no item 7 da presente

ação, o seguinte:

"A verbas rescisórias não levaram em consideração o valor total da

remuneração, isto é, somente utilizou o salário nominal do Reclamante, não

computando as horas extras praticadas e reflexos, pelo que se requer o recálculo das

verbas rescisórias, como aviso prévio, férias, terço constitucional, 13º salário, saldo

de salário, FGTS e multa, etc." (fl. 668).

Nos autos nº 18879-2011-651-09-00-0, o MM. Juízo de origem rejeitou o

pedido de pagamento de horas extras e reflexos (item 4 - fls. 688/691) e no item 5,

decidiu que (fl. 691):

O Autor alega (fl. 30) que as verbas rescisórias não levaram em consideração

o valor total da remuneração, pois utilizou apenas o salário nominal e não computou

as horas extras praticadas e reflexos. Requer o recálculo das verbas rescisórias,

como férias acrescidas do terço constitucional, 13º salário, saldo de salário, FGTS e

respectiva indenização de 40%.

As Rés alegam (fl. 441) que do TRCT constam as verbas a que fazia jus o

demandante e não havia pagamento de horas extras e reflexos pelo fato de que nos

cartões ponto não havia a anotação de jornada suplementar ou extraordinária.

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2.200-2/2001, que instituiu a Infra-Estrutura de Chaves Públicas Brasileira.

As diferenças ora postuladas decorrem apenas da alegação da existência das

horas extras postuladas, matéria que já foi objeto de análise do item precedente,

razão pela qual resta prejudicada a análise do pedido neste item.

Prejudicado.

Diante do exposto, o pedido já foi apreciado naqueles autos com a rejeição

integral do pedido de horas extras.

Por tais fundamentos, mantenho o decidido."

O entendimento da egrégia Turma está assentado no substrato

fático-probatório acima exposto. Nesse passo, para se chegar a uma conclusão

diversa seria necessário revolver fatos e provas, propósito insuscetível de ser

alcançado nessa fase processual, à luz da jurisprudência firmada na Súmula nº 126

do colendo Tribunal Superior do Trabalho. Segue-se, dai, que as alegações recursais

não encontram respaldo na moldura fática retratada na decisão recorrida, afastando

as teses de violação de disposições constitucional e infraconstitucionais.

Remuneração, Verbas Indenizatórias e Benefícios / Ajuda/Tíquete

Alimentação.

Alegação(ões):

- contrariedade à(s) Súmula(s) nº 51; nº 241; nº 294 do colendo Tribunal

Superior do Trabalho.

- violação do(s) artigo 7º, inciso VI; artigo 7º, inciso XXIX, da Constituição

Federal.

- violação da (o) Consolidação das Leis do Trabalho, artigo 458; artigo 468.

- divergência jurisprudencial.

O recorrente postula a revisão do acórdão para que seja afastada a prescrição

declarada e se reconheça a natureza salarial do auxílio-alimentação.

Fundamentos do acórdão recorrido:

"(...).

É entendimento desta Turma que a natureza salarial do auxílio-alimentação e

auxílio cesta-alimentação pode ser afastada mediante negociação coletiva ou

perante a demonstração da inscrição do empregador junto ao PAT.

Os instrumentos normativos afastaram o caráter salarial da parcela

alimentação, tendo em vista a expressa menção de adesão ao PAT, o que deve

prevalecer por força do artigo 7º, XXVI, da CF. A alimentação fornecida por meio

do Programa de Alimentação do Trabalhador não integra a remuneração do

empregado, para quaisquer efeitos, ante o contido no artigo 3º da Lei nº 6.321/1976,

e no artigo 6º do Decreto nº 05/1991, que a regulamentou. Assim, somente se não

presentes uma destas hipóteses, seria o caso de aplicar o artigo 458 da CLT e o

entendimento da Súmula nº 241 do TST.

Portanto, a parcela "in natura", quando concedida pela empresa, nos moldes

desse Programa, não possui natureza salarial, conforme entendimento pacificado na

Orientação Jurisprudencial nº 133 da SBDI-1 do TST, "in verbis':

"133. Ajuda Alimentação. PAT. Lei nº 6321/76. Não Integração ao Salário. A

ajuda alimentação fornecida por empresa participante do programa de alimentação

ao trabalhador, instituído pela Lei nº 6321/1976, não tem caráter salarial. Portanto,

não integra o salário para nenhum efeito legal."

Embora o autor tenha sido admitido em 14.07.1987, a prescrição está fixada

para parcelas anteriores 11.11.2006 (fl. 878). Desse modo, a parcela alimentação

paga anteriormente, em face da adesão da ré ao PAT, não decorria de preceito legal

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e, portanto, incide a prescrição total, não se cogitando a incidência da prescrição

parcial, ante o entendimento sedimentado na Súmula nº 294 "in fine" do C. TST.

Além disso, esta Turma entende que embora o autor tenha sido empregado da

ré, até dezembro de 1996, antes da adesão ao PAT, o auxílio-alimentação era pago

pela Fundação Copel. Tratava-se, assim, de parcela disciplinada no plano de

benefícios de uma fundação de cunho privado, paga aos participantes que aderiram

voluntariamente, o que afasta a natureza salarial do auxílio alimentação naquele

período, tornando inaplicável o artigo 458 da CLT.

Por tais fundamentos, mantenho a r. sentença."

Da leitura do excerto do acórdão acima reproduzido, infere-se que a decisão

está em consonância com a diretriz consagrada na Súmula nº 294, primeira parte, e

na Orientação Jurisprudencial nº 133 da Subseção 1 Especializada em Dissídios

Individuais, ambas do colendo Tribunal Superior do Trabalho. Consequentemente,

o recurso de revista não comporta processamento porque não configuradas as

alegadas contrariedade aos três verbetes sumulares apontados, violação de

disposições constitucionais e infraconstitucionais ou divergência entre julgados.

Saliente-se que os arestos colacionados pela recorrente não se prestam ao fim

colimado oriundos de Turmas da Corte Superior da Justiça do Trabalho ou deste

Tribunal Regional, a teor do disposto no artigo 896, alínea "a", da Consolidação das

Leis do Trabalho, ou porque não contêm a fonte oficial ou o repositório autorizado

de jurisprudência em que teriam sido publicados, desatendendo a diretriz firmada

nos itens I e IV da Súmula n.º 337 do colendo Tribunal Superior do Trabalho.

Remuneração, Verbas Indenizatórias e Benefícios / Gratificações /

Gratificação por Tempo de Serviço.

Alegação(ões):

- contrariedade à(s) Súmula(s) nº 51; nº 241; nº 294 do colendo Tribunal

Superior do Trabalho.

- violação do(s) artigo 7º, inciso VI; artigo 7º, inciso XXIX, da Constituição

Federal.

- violação da (o) Consolidação das Leis do Trabalho, artigo 458; artigo 468.

- divergência jurisprudencial.

O recorrente requer seja afastada a prescrição declarada, bem como a

condenação das reclamadas ao pagamento das diferenças da verba anuênio.

Fundamentos do acórdão recorrido:

"(...).

Consta da r. sentença (fls. 879/880):

O Autor alega (fl. 9) que tinha direito a anuênio em valor correspondente a

1% do salário por ano de efetivo exercício, e que a partir de 1997 foi suprimida a

aquisição dos anuênios completados a partir de 1997. Afirma que a Ré "congelou" o

pagamento da verba, ou seja, não mais acresceu 1%, sobre o valor da remuneração,

por ano de trabalho, mas simplesmente continuou pagando os percentuais até então

adquiridos pelos empregados. Afirma tratar-se de benefício que se integrou ao

contrato de trabalho nos termos da Súmula 51 do TST.

As Rés sustentam (fls. 359) que o pedido se encontra totalmente prescrito nos

termos da Súmula 294 do TST. Sustenta que a partir do ACT 1998 o ATS, no

porcentual acumulado até então por cada empregado, foi convertido em valor fixo,

mediante indenização compensatória do direito à progressão, cujo pagamento

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ocorreu em outubro-1998, a título de "Compensação Adic. Tempo serviço" (código

1351).

Verifica-se que, ao contrário do alegado pelo Autor, o adicional por tempo de

serviço foi instituído por força do ACT 1974 (v. g. cláusula 2ª), o qual estipulava a

concessão de adicional de 2,5% a cada cinco anos de efetivo serviço.

Pelo que se depreende da petição inicial, a Ré teria congelado o número de

anos para efeito de contagem do adicional por tempo de serviço a partir de 1997.

Trata-se de ato único e unilateral do empregador, pelo qual foi alterado o critério de

cálculo do adicional por tempo de serviço.

O demandante foi admitido em 14.07.1987, de sorte que faria jus ao

acréscimo de mais 1% de anuênios em 14.07.1999, com pagamento devido a partir

do quinto dia útil de agosto de 1999 (CLT, art. 459), data inicial da exigibilidade do

respectivo direito. Por esse motivo, o prazo para ajuizamento de demanda em que

postularia o reconhecimento de ilegalidade da alteração contratual encerrou-se em

14.07.2004 e esta demanda foi proposta apenas em 11.11.2011, mais de cinco anos

depois da alegada lesão.

Por se tratar de ato único do empregador, aplica-se na hipótese a Súmula 294

do TST, razão pela qual se extingue o pedido com julgamento do mérito.

Em sentença de embargos de declaração, consoante já delineado, determinou

a retificação do item III do dispositivo da sentença que passa a vigorara nos

seguintes termos: "III) EXTINGUIR o processo, com julgamento do mérito, no que

se refere aos pedidos de diferenças salariais decorrentes de redução de salário a

partir de 1994 e de diferenças de anuênios decorrentes do congelamento do

porcentual a partir de 1997, com base no art. 269, IV, do CPC" (fl. 930).

Conforme reconhecido na sentença, a forma de pagamento do adicional por

tempo de serviço foi expressamente pactuada mediante negociação coletiva com a

representação das respectivas categorias profissionais. A Constituição Federal, em

seu art.7º, VI, autoriza o sindicato a transigir inclusive quanto à irredutibilidade

salarial. Da mesma forma, estão autorizados os sindicatos a celebrar acordos com

empregadores com vistas ao pagamento e quitação de verbas como essa em apreço.

Ademais, há que se considerar legítima a cláusula que estipula os critérios e a

forma de pagamento do referido adicional, pois, deve preponderar a vontade da

categoria discutida em detrimento da vontade individual.

Não há que se cogitar, portanto, que houve violação ao disposto no artigo 468

da CLT. Igualmente descabe a aplicação da Súmula nº 51 do TST, pois, não houve

revogação ou alteração de vantagens por meio de norma regulamentar, mas por

força de negociação coletiva.

Assim, o entendimento preconizado por esse Colegiado é no sentido de que o

adicional por tempo de serviço, benesse prevista em norma coletiva, não integra de

forma definitiva o contrato de trabalho do autor, principalmente quando há

negociação coletiva posterior extinguindo expressamente o benefício anteriormente

pactuado.

Ressalte-se que as condições de trabalho alcançadas por força de normas

coletivas vigoram durante o prazo de vigência destas, não integrando, de forma

definitiva, os contratos individuais. A norma coletiva tem sua eficácia limitada, nos

termos da própria CLT (art. 614, § 3.º). No presente caso, o adicional por tempo de

serviço previsto em acordos coletivos anteriores foi alterado pelo ACT 98/99, de

forma perfeitamente válida, diante do princípio da autonomia privada coletiva (art.

7.º, inciso XXVI, da CF/88).

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2.200-2/2001, que instituiu a Infra-Estrutura de Chaves Públicas Brasileira.

Não há de se falar, pois, em ofensa ao disposto no art. 614, § 3.º, da CLT (§

3.º Não será permitido estipular duração de Convenção ou Acordo superior a 2

(dois) anos), tampouco no art. 5.º, XXXVI, da CF/88 (XXXVI - a lei não

prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada).

Por derradeiro, saliente-se que o congelamento da parcela atinente ao

adicional por tempo de serviço, transformada em vantagem pessoal em 1998,

implica alteração do pactuado, não decorrente de lei. O adicional consubstancia-se

numa prestação sucessiva que era paga mensalmente. O congelamento do valor do

anuênio implicou em alteração do que havia sido pactuado entre as partes. Dessarte,

por força da Súmula 294/TST, há de se observar a incidência da prescrição total

sobre o direito de ação quanto às diferenças de adicional por tempo de serviço.

(SÚMULA 294. PRESCRIÇÃO. ALTERAÇÃO CONTRATUAL.

TRABALHADOR URBANO - CANCELA OS ENUNCIADOS N.ºS 168 (RA

102/1982, DJ 11.10.1982 E DJ 15.10.1982) E 198 (RES. 4/1985, DJ 01.04.1985).

Tratando-se de ação que envolva pedido de prestações sucessivas decorrente de

alteração do pactuado, a prescrição é total, exceto quando o direito à parcela esteja

também assegurado por preceito de lei.)

Portanto, como o direito ao anuênio não estava assegurado por preceito legal,

correta a r. sentença que reconheceu que incidiu a prescrição total sobre o referido

pleito, nos termos da referida Súmula n.º 294 do TST. Isso porque a alteração do

pactuado (que acarretou o congelamento do valor do anuênio) ocorreu em 1996, ou

seja, em período já alcançado pela prescrição, pois a presente ação foi ajuizada

somente em 11.11.2011.

Não fosse isso, ainda, as Convenções Coletivas devem ser observadas por

esta Justiça do Trabalho, porque existente comando constitucional neste sentido

(art. 7.º, XXVI). Dessarte, a parcela prevista no instrumento coletivo está sujeita a

supressão em face da vigência limitada temporalmente.

Trata-se, na verdade, da aplicação analógica da Súmula n.º 277 do C. TST,

cujo teor é o seguinte: "As condições de trabalho alcançadas por força de sentença

normativa vigoram no prazo assinado, não integrando, de forma definitiva, os

contratos".

Saliente-se, ainda, que na hipótese dos autos não houve revogação ou

alteração de vantagens por meio de normas regulamentares, mas sim trata-se de

direito instituído e posteriormente alterado pela via da negociação coletiva, razão

porque é inaplicável ao caso, também, o entendimento constante na Súmula n.º 51

do C. TST.

A ré observou o que estabeleciam os instrumentos coletivos de trabalho e a

legislação.

Por tais fundamentos, mantenho a r. sentença."

Infere-se que a decisão está em consonância com as diretrizes consagradas

nas Súmulas nºs 277 e 294. Consequentemente, o recurso de revista não comporta

processamento fundado em contrariedade aos citados verbetes sumulares, violação

de disposições da Constituição da República ou da legislação federal e divergência

jurisprudencial.

Remuneração, Verbas Indenizatórias e Benefícios / Salário/Diferença

Salarial / Integração em verbas rescisórias.

Contrato Individual de Trabalho / FGTS.

Alegação(ões):

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2.200-2/2001, que instituiu a Infra-Estrutura de Chaves Públicas Brasileira.

O recorrente pede que as verbas pleiteadas sejam computadas nas verbas

rescisórias e FGTS.

Neste tema, a análise da admissibilidade do recurso de revista ficou

prejudicada porque a pretensão está condicionada à reforma do acórdão, quanto aos

temas examinados anteriormente.

DIREITO PROCESSUAL CIVIL E DO TRABALHO / Partes e

Procuradores / Sucumbência / Honorários Advocatícios.

Alegação(ões):

- violação do(s) artigo 133 da Constituição Federal.

- violação da (o) Código Civil, artigo 186; artigo 187; artigo 389; artigo 402;

artigo 404; artigo 927.

O recorrente postula que as reclamadas sejam condenadas ao pagamento das

despesas relacionadas à contratação de advogado.

Fundamentos do acórdão recorrido:

"(...).

Nesta Justiça Especializada, os honorários advocatícios são regidos pela Lei

nº 5.584/70, sendo inaplicáveis os arts. 389, 402 e 404 do Código Civil Brasileiro

ou, ainda, o princípio da sucumbência.

Por seu turno, ressalvada minha posição contrária de que os honorários no

processo do trabalho são devidos apenas com base na Lei nº 1.060/50, na medida em

que a Lei nº 10.537/02 revogou o artigo 14 da Lei n.º 5.584/70 (o qual, aliás, embora

previsse a assistência sindical, não retirava possibilidade de assistência particular,

pois, do contrário, violaria o art. 5º, LXXIV, da CF), curvo-me ao entendimento

pacificado desta E. Turma, de que o art. 14 da Lei nº 5.584/70 traz os dois requisitos

necessários para a concessão dos honorários advocatícios: a assistência por

sindicato da categoria profissional e a comprovação de percepção de salário inferior

ao dobro do mínimo legal, ou encontrar-se o empregado em situação econômica que

não lhe permita demandar sem prejuízo do próprio sustento ou da respectiva

família. A orientação estabelecida pela Súmula nº 219 do C. TST, mantida pela

Súmula nº 329 daquela Corte, confirma a exigência de preenchimento de ambos os

pressupostos, além da sucumbência.

No caso, não se verifica a ocorrência concomitante dos requisitos da Lei nº

5.584/70, bem como os pressupostos materiais constantes das aludidas Súmulas nºs

219 e 329 do C. Tribunal Superior do Trabalho. Embora conste dos autos declaração

do autor de que não possui condições de demandar judicialmente sem prejuízo de

seu sustento próprio ou de sua família (fl. 17), não está assistido por entidade

sindical. Assim, não preenchidos os requisitos legais, indevidos os honorários

advocatícios.

Mantenho."

O entendimento adotado pela Turma encontra respaldo nas diretrizes

firmadas nas Súmulas nºs 219 e 329. Nesse passo, havendo convergência entre a

tese adotada no acórdão recorrido e a jurisprudência uniformizada no referido

verbete, não é possívelr econhecer a existência de violação de disposições

constitucional ou infraconstitucionais.

CONCLUSÃO

Denego seguimento. (fls. 1527/1538)

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2.200-2/2001, que instituiu a Infra-Estrutura de Chaves Públicas Brasileira.

Em Recurso de Revista, o Reclamante afirma não haver

litispendência relativamente ao pedido de condenação da Reclamada ao

pagamento de FGTS, multa de 40% e verbas rescisórias. No tema, invoca

o artigo 5º, LV, da Constituição. Alega ser devido o auxílio alimentação

durante todo o período, após 1994, com reflexo em férias mais um terço,

FGTS, 13º e aviso prévio e demais verbas. Sustenta ser aplicável a

prescrição parcial. No tema, invoca os artigos 458, 468 da CLT, 7º, VI,

da Constituição, as Súmulas nos 51, 241, 294 do TST. Traz arestos. Assevera

serem devidas diferenças de anuênios, cujo pagamento teria sido feito

a menor. Argui não ser aplicável a prescrição total. No tema, invoca os

artigos 458, 468 da CLT, 7º, VI e XXIX, da Constituição. Argumenta ser

devido o pagamento de depósitos do FGTS. No tema, traz arestos. Aduz que

somente utilizou-se do salário nominal do Reclamante, não computando as

verbas pleiteadas e reflexos. Requer o recálculo das verbas rescisórias,

como aviso prévio, férias, terço constitucional, 13º salário, saldo de

salário, FGTS e indenização. No tema, invoca o artigo 7º da Constituição.

Pleiteia a concessão de honorários advocatícios. No tema, invoca os

artigos 186, 187, 402, 404, 927 do Código Civil e 133 da Constituição.

Em Agravo de Instrumento, renova as alegações da

revista, à exceção do tema “verbas rescisórias – recálculo”.

Para melhor exame da controvérsia e por vislumbrar

contrariedade às Súmulas nos

241 e 294 do TST, dou provimento ao Agravo

de Instrumento para mandar processar o Recurso de Revista e determinar

seja publicada certidão, para efeito de intimação das partes, dela

constando que o julgamento do recurso dar-se-á na primeira sessão

ordinária subsequente à data da publicação, nos termos da Resolução

Administrativa nº 928/2003 desta Corte.

II – RECURSO DE REVISTA

REQUISITOS EXTRÍNSECOS DE ADMISSIBILIDADE

Preenchidos os requisitos extrínsecos de

admissibilidade, tempestividade (fls. 1020 e 1028), representação

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2.200-2/2001, que instituiu a Infra-Estrutura de Chaves Públicas Brasileira.

processual (fl. 20), dispensado o preparo (fls. 698/699), passo ao exame

dos intrínsecos.

1 - LITISPENDÊNCIA

Conhecimento

Eis o acórdão regional, no pertinente:

Na petição inicial, o autor relatou que ajuizou reclamatória trabalhista, sob o

nº 18879-2011-651-09-00-0 em trâmite na 17ª Vara do Trabalho em que postulou,

dentre outros pedidos, a decretação de nulidade do seu pedido de demissão e a

reversão em despedida sem justa causa, com a condenação das rés ao pagamento da

multa de 40% do FGTS. Na presente ação, requereu o seguinte: a) reconhecimento

da declaração da responsabilidade solidária dos réus, b) a declaração de nulidade

das férias 'fragmentadas' de todo o período contratual (14.07.1987 a 15.12.2010),

acrescidas de 1/3 constitucional, em dobro (item 1); c) condenação ao pagamento da

multa prevista na cláusula 35 do ACT, por cláusula descumprida (item 3); d) o

pagamento da multa da participação dos lucros e resultados do ano de 2010 (item 4);

d) pagamento do auxílio alimentação referente ao período posterior a 1994, com

reflexos em férias acrescidas de 1/3, FGTS, 13º salário e aviso prévio e demais

verbas a que faz jus o autor (item 5); e) pagamento de diferenças de

anuênio/adicional por tempo de serviço decorrentes de pagamentos com base em

remuneração menor e reflexos em DSR e, com este em férias mais 1/3, 13º salário,

FGTS (depósito + multa), aviso prévio, recolhimento de INSS e previdência

complementar (item 6); f) pagamento de verbas rescisórias (item 7); g) FGTS e mais

multa de 40% (item 7); h) assistência judiciária (item 9) e i) honorários advocatícios

(item 10) - fls. 3/19).

Consoante já delineado, o MM. Juízo de origem declarou a litispendência em

relação às diferenças de verbas resilitórias e indenização de 40% do FGTS.

Na peça vestibular dos autos nº 18879-2011-651-09-00-0 em trâmite na 17ª

Vara do Trabalho, consta os seguintes pedidos:

a) A anulação da sua adesão ao PDV da Circular no 33, de 13.05.2010, por

vício na manifestação de vontade, e conseqüentemente a condenação das rés ao

pagamento da diferença de indenizações previstas nos PDVs instituídos pelas

Circulares no 33/2010 e no 31/2011. De forma alternativa, postulou seja aceito o

pedido de desistência da sua adesão ao PDV da Circular no 33, de 13.05.2010, em

razão do seu requerimento encaminhado para o Sr. René Miguel Jorge Bonato, e

tendo em vista que foi deferido aos demais empregados das rés, para ao final

condenar as rés ao pagamento da diferença de indenizações previstas nos PDVs

instituídos pelas Circulares no 33/2010 e no 31/2011. Requereu, ainda, de forma

alternativa, a extensão dos benefícios do PDV da Circular no 31/2011 ao autor

(conforme item 9.13 Circular no 89/2009). Finalizou com o pedido de condenação

das rés ao pagamento da diferença de indenizações previstas nos PDVs instituídos

pelas Circulares no 33/2010 e no 31/2011, a ser apurada em liquidação de sentença,

considerando os índices de atualizações legais (fls. 653/654).

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2.200-2/2001, que instituiu a Infra-Estrutura de Chaves Públicas Brasileira.

b) no tópico 2, requereu a decretação da nulidade do pedido de demissão, com

a reversão em despedida sem justa causa, com a condenação das rés ao pagamento

da multa de 40% do FGTS, acrescida de juros e correção monetária, a ser paga

diretamente ao autor(fls. 655/656).

c) a declaração de nulidade da adesão do autor ao PDV, inclusive no que

tange a ilegal e arbitrária "quitação do contrato de trabalho". De forma sucessiva,

requereu o recebimento dos demais pedidos formulados nesta RT, por não

integrarem a quitação do instrumento de rescisão (fls. 656/658).

d) pagamento de horas extras (alíneas 'a', 'b', 'c' e 'd' da fl. 659) e reflexos (fl.

660).

e) pagamento de indenização por dano moral e assédio moral, no valor total

de cem remunerações ou outro valor a ser arbitrado e de forma alternativa, requereu

o pagamento da indenização por dano moral, no valor de 50 remunerações ou outro

valor a ser arbitrado (alíneas 'a', 'b' e 'c' do item 5 - fl. 664/665).

f) mencionou que sempre recebeu auxílio-alimentação, mesmo antes da sua

adesão ao PAT. Postulou a condenação ao pagamento das parcelas de depósito do

FGTS, referente ao valor do vale-refeição, durante todo o contrato de trabalho e o

reconhecimento do auxílio-alimentação como integrante da remuneração para fins

de condenação da ré no tocante ao plano de previdência complementar. Também

pretendeu o reconhecimento do auxílio-alimentação como integrante da

remuneração e, por conseguinte, requereu o pagamento de diferenças e o

reconhecimento do auxílio-alimentação como integrante da remuneração, para fins

de condenação a todas demais verbas trabalhistas e rescisórias, tais como férias,

décimo terceiro salário, terço constitucional, horas extras, FGTS (depósito+ multa)

indenização de acordo coletivo, participação nos lucros, durante todo o período de

trabalho etc, a ser apurado em liquidação de sentença (fls. 667/668).

g) nos itens 7 e 8, argumentou que as verbas rescisórias não levaram em

consideração o valor total da remuneração, isto é, somente utilizou o salário

nominal, não computando as horas extras praticadas e reflexos, razão pela qual

requereu o recálculo das verbas rescisórias, como aviso prévio, férias acrescidas de

terço constitucional, 13º salário, saldo de salário, FGTS e multa, etc. Postulou o

pagamento de FGTS e multa de 40% sobre as verbas pleiteadas e deferidas e que

haja incidência de FGTS, este e mais a multa de 40%, a ser pago diretamente ao

autor (fl. 668).

h) assistência judiciária gratuita e honorários advocatícios (fls. 669/670).

Na decisão prolatada nos autos nº 18879-2011-651-09-00-0, o MM. Juízo de

origem entendeu que "(...) ficou comprovada que a adesão ao PDV, conforme

documento de fl. 683, decorreu de livre opção pelo demandante, razão pela qual se

rejeita o pedido de declaração de nulidade da adesão ao PDV constante da Circular

33/2010, de 13.05.2010, bem como o pedido sucessivo de desistência ao PDV"

(destaquei). Finalizou que "Reconhecida a validade da adesão do Autor ao PDV

33/2010, não há que se falar em extensão ao Autor dos benefícios do PDV Circular

31/2011. Há que se observar que nada obriga o empregador a adotar

permanentemente medidas de incentivo à resilição dos contratos, até porque a

concessão de tais indenizações ou premiações se inserem no seu poder diretivo. Há

que se observar que o demandante foi dispensado em 15.12.2010 e as suas

condições de dispensa e os requisitos do PDV 033/2010 são diversos dos fixados no

PDV 031/2010, além de evidentemente se referirem a períodos de vigência

diversos. Rejeita-se, pois o pedido sucessivo de extensão dos benefícios do PDV

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2.200-2/2001, que instituiu a Infra-Estrutura de Chaves Públicas Brasileira.

31/2011 e de diferença de indenização por adesão ao Plano de Demissão

Voluntária." (fls. 686/687 - destaquei).

No tocante ao pedido de FGTS e multa de 40%, com acerto a r. decisão,

porquanto na r. sentença prolatada nos autos de nº 18879-2011-651-09-00-0, ainda

que pendente de julgamento de recurso, houve o reconhecimento de que o

desligamento decorreu de iniciativa do autor por adesão ao plano de demissão

voluntária, hipótese em que é indevida a indenização de 40% do FGTS.

Em relação ao pedido de diferenças - depósitos do FGTS, o MM. Juízo de

primeiro grau esclareceu em embargos de declaração de fl. 919, que restou

prejudicado em face da rejeição integral das parcelas salariais pleiteadas. É o que se

verifica no item 4 da fl. 880 e na sentença de embargos de declaração à fl. 919.

No que tange ao pleito de verbas rescisórias, consta no item 7 da presente

ação, o seguinte:

"A verbas rescisórias não levaram em consideração o valor total da

remuneração, isto é, somente utilizou o salário nominal do Reclamante, não

computando as horas extras praticadas e reflexos, pelo que se requer o recálculo das

verbas rescisórias, como aviso prévio, férias, terço constitucional, 13º salário, saldo

de salário, FGTS e multa, etc." (fl. 668).

Nos autos nº 18879-2011-651-09-00-0, o MM. Juízo de origem rejeitou o

pedido de pagamento de horas extras e reflexos (item 4 - fls. 688/691) e no item 5,

decidiu que (fl. 691):

O Autor alega (fl. 30) que as verbas rescisórias não levaram em consideração

o valor total da remuneração, pois utilizou apenas o salário nominal e não computou

as horas extras praticadas e reflexos. Requer o recálculo das verbas rescisórias,

como férias acrescidas do terço constitucional, 13º salário, saldo de salário, FGTS e

respectiva indenização de 40%.

As Rés alegam (fl. 441) que do TRCT constam as verbas a que fazia jus o

demandante e não havia pagamento de horas extras e reflexos pelo fato de que nos

cartões ponto não havia a anotação de jornada suplementar ou extraordinária.

As diferenças ora postuladas decorrem apenas da alegação da existência das

horas extras postuladas, matéria que já foi objeto de análise do item precedente,

razão pela qual resta prejudicada a análise do pedido neste item.

Prejudicado.

Diante do exposto, o pedido já foi apreciado naqueles autos com a rejeição

integral do pedido de horas extras.

Por tais fundamentos, mantenho o decidido. (fls. 992/999)

Em Recurso de Revista, o Reclamante afirma não haver

litispendência relativamente ao pedido de condenação da Reclamada ao

pagamento de FGTS, multa de 40% e verbas rescisórias. No tema, invoca

o artigo 5º, LV, da Constituição.

No que se refere à litispendência, a Corte Regional

verificou estar presente a tríplice identidade, nos termos do art. 301,

§ 2º, do Código de Processo Civil.

Não conheço.

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2 – AUXÍLIO-ALIMENTAÇÃO – PRESCRIÇÃO – NATUREZA

JURÍDICA

a) Conhecimento

Eis o acórdão regional, no pertinente:

É entendimento desta Turma que a natureza salarial do auxílio-alimentação e

auxílio cesta-alimentação pode ser afastada mediante negociação coletiva ou

perante a demonstração da inscrição do empregador junto ao PAT.

Os instrumentos normativos afastaram o caráter salarial da parcela

alimentação, tendo em vista a expressa menção de adesão ao PAT, o que deve

prevalecer por força do artigo 7º, XXVI, da CF. A alimentação fornecida por meio

do Programa de Alimentação do Trabalhador não integra a remuneração do

empregado, para quaisquer efeitos, ante o contido no artigo 3º da Lei nº 6.321/1976,

e no artigo 6º do Decreto nº 05/1991, que a regulamentou. Assim, somente se não

presentes uma destas hipóteses, seria o caso de aplicar o artigo 458 da CLT e o

entendimento da Súmula nº 241 do TST.

Portanto, a parcela "in natura", quando concedida pela empresa, nos moldes

desse Programa, não possui natureza salarial, conforme entendimento pacificado na

Orientação Jurisprudencial nº 133 da SBDI-1 do TST, "in verbis':

"133. Ajuda Alimentação. PAT. Lei nº 6321/76. Não Integração ao Salário. A

ajuda alimentação fornecida por empresa participante do programa de alimentação

ao trabalhador, instituído pela Lei nº 6321/1976, não tem caráter salarial. Portanto,

não integra o salário para nenhum efeito legal."

Embora o autor tenha sido admitido em 14.07.1987, a prescrição está fixada

para parcelas anteriores 11.11.2006 (fl. 878). Desse modo, a parcela alimentação

paga anteriormente, em face da adesão da ré ao PAT, não decorria de preceito legal

e, portanto, incide a prescrição total, não se cogitando a incidência da prescrição

parcial, ante o entendimento sedimentado na Súmula nº 294 "in fine" do C. TST.

Além disso, esta Turma entende que embora o autor tenha sido empregado da

ré, até dezembro de 1996, antes da adesão ao PAT, o auxílio-alimentação era pago

pela Fundação Copel. Tratava-se, assim, de parcela disciplinada no plano de

benefícios de uma fundação de cunho privado, paga aos participantes que aderiram

voluntariamente, o que afasta a natureza salarial do auxílio alimentação naquele

período, tornando inaplicável o artigo 458 da CLT.

Por tais fundamentos, mantenho a r. sentença. (fls. 1000/1003)

Em Recurso de Revista, o Reclamante afirma ser devido

o auxílio-alimentação durante todo o período, após 1994, com reflexo em

férias mais um terço, FGTS, 13º e aviso prévio e demais verbas. Requer

a aplicação da prescrição parcial. No tema, invoca os artigos 458, 468,

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da CLT, 7º, VI, da Constituição, as Súmulas nos 51, 241, 294 do TST. Traz

arestos.

Resta incontroverso que o Reclamante foi admitido em

14/7/1987 e que o vínculo de emprego cessou em 15/12/2010. Registrou-se

que a filiação da Reclamada ao PAT deu-se em 1999, e que a norma coletiva

mais antiga que trata do fornecimento de tíquetes-alimentação data de

acordo coletivo de trabalho 1998/1999.

Evidenciado que o Reclamante percebia habitualmente

o auxílio-alimentação anteriormente à inscrição da Reclamada no PAT e

à previsão em norma coletiva fixando o caráter indenizatório da parcela,

deve ser reconhecida sua natureza salarial durante todo o contrato. O

v. acórdão regional decidiu em contrário à jurisprudência

consubstanciada na Orientação Jurisprudencial nº 413 da SBDI-1:

A pactuação em norma coletiva conferindo caráter indenizatório à verba

“auxílio-alimentação” ou a adesão posterior do empregador ao Programa de

Alimentação do Trabalhador - PAT - não altera a natureza salarial da parcela,

instituída anteriormente, para aqueles empregados que, habitualmente, já percebiam

o benefício, a teor das Súmulas nos

51, I, e 241 do TST.

Esta Corte Superior afirma a aplicação da prescrição

parcial à pretensão de integração do auxílio-alimentação, no caso de

alteração da natureza do benefício - de salarial para indenizatória -,

seja por norma coletiva ou por adesão posterior ao PAT, como é caso

retratado nos autos. Nesse sentido, precedentes da C. SBDI-1:

RECURSO DE EMBARGOS REGIDO PELA LEI 11.496/2007.

PRESCRIÇÃO PARCIAL QUINQUENAL. AUXÍLIO-ALIMENTAÇÃO.

INTEGRAÇÃO NO CÁLCULO DE OUTRAS PARCELAS. Hipótese em que os

reclamantes continuaram a trabalhar e receber o auxílio-alimentação após a

reclamada encetar a transformação de sua natureza jurídica de salarial para

indenizatória. Não havendo supressão do pagamento do auxílio-alimentação, não há

de se falar em alteração do pactuado, e sim em não reconhecimento pelo

empregador da natureza salarial da verba para fins de integração no cálculo de

outras parcelas, razão pela qual aplicável a prescrição parcial quinquenal, na medida

em que vigente o contrato de trabalho. Considerando que a parcela vem sendo paga

durante toda a contratualidade, é evidente que a lesão se renova a cada mês em que o

empregador deixa de efetuar a mencionada integração. Há precedentes. Recurso de

embargos conhecido e provido. (E-RR-72400-51.2008.5.19.0010,

Relator Ministro Augusto Cesar Leite de Carvalho, DEJT de

3/5/2013)

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RECURSO DE EMBARGOS. CEF. PRESCRIÇÃO.

AUXÍLIO-ALIMENTAÇÃO. NATUREZA JURÍDICA SALARIAL.

REFLEXOS. Reconhecida a natureza salarial da parcela "auxílio alimentação", a

teor da Orientação Jurisprudencial nº 413 da c. SBDI-1 do TST, não há de se falar na

incidência de prescrição total em relação à pretensão da autora de obter o

reconhecimento do seu direito às diferenças decorrentes dos reflexos dessa verba

sobre as demais parcelas contratuais. Em se tratando de pedido de diferenças de

salário, de contrato em curso, a prescrição aplicável é sempre parcial e quinquenal.

Recurso de embargos conhecido e provido. (E-RR-10640-62.2009.5.23.0008, Relator Ministro Aloysio

Corrêa da Veiga, DEJT de 16/8/2013)

Acrescento ementas de Turmas deste Eg. Tribunal:

RECURSO DE REVISTA DA RECLAMANTE. 1. PRESCRIÇÃO

TOTAL. AUXÍLIO-ALIMENTAÇÃO. NATUREZA JURÍDICA. Discute-se,

no presente caso, se incide a prescrição total ou parcial sobre a pretensão de

integração do auxílio-alimentação pago pela CEF no cálculo de outras verbas. É

cediço que o referido benefício, parcela de trato sucessivo instituída por norma

regulamentar, era concedido com natureza salarial. Posteriormente, foi-lhe

conferido caráter indenizatório em decorrência de negociação coletiva de trabalho.

Tendo em vista que o auxílio-alimentação continuou a ser pago após a modificação

da sua natureza jurídica, não há falar em alteração do pactuado e ato único. Recurso

de revista conhecido e provido. (RR-551500-65.2009.5.09.0678, 8ª Turma, Relatora Ministra Dora Maria da Costa, DEJT de

7/1/2014)

PRESCRIÇÃO PARCIAL. NATUREZA JURÍDICA DO

AUXÍLIO-ALIMENTAÇÃO INSTITUÍDO PELA EMPREGADORA POR

NORMA REGULAMENTAR. ALTERAÇÃO DO PACTUADO PELA

SUPERVENIÊNCIA ADESÃO DA EMPRESA AO PAT. CONTRATO DE

TRABALHO EM VIGÊNCIA. Discute-se, no caso, a prescrição aplicável a pedido

formulado por empregada da Caixa Econômica Federal, cujo contrato de trabalho

ainda se encontra em vigor, de integração ao salário do auxílio-alimentação

instituído pela reclamada em norma regulamentar, ao qual foi atribuída natureza

indenizatória supervenientemente à admissão da empregada, mediante adesão da

empresa ao Programa de Alimentação do Trabalhador - PAT. Nesse passo,

registra-se que o auxílio-alimentação, uma vez instituído pela empresa por norma

regulamentar e pago de forma habitual, incorpora-se ao contrato de trabalho de seus

empregados, por possuir natureza salarial, conforme preconiza a Súmula nº 241

desta Corte, segundo a qual "o vale para refeição, fornecido por força do contrato de

trabalho, tem caráter salarial, integrando a remuneração do empregado, para todos

os efeitos legais". Assim, a alteração contratual procedida pela reclamada, mesmo

que por força de norma coletiva ou adesão ao PAT, não pode atingir os funcionários

anteriormente admitidos, situação da reclamante, por força dos princípios da

inalterabilidade contratual lesiva, insculpido no artigo 468 da CLT, e do respeito ao

direito adquirido, consagrado no artigo 5º, inciso XXXVI, da Constituição Federal,

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mantendo-se, portanto, o caráter salarial da parcela e sendo devidos os reflexos em

todas as verbas de natureza salarial. A propósito, a matéria em discussão está

pacificada no âmbito desta Corte, com a edição da Orientação Jurisprudencial nº

413 da SBDI-1, segundo a qual “a pactuação em norma coletiva conferindo caráter

indenizatório à verba 'auxílio-alimentação' ou a adesão posterior do empregador ao

Programa de Alimentação do Trabalhador ‘PAT’ não altera a natureza salarial da

parcela, instituída anteriormente, para aqueles empregados que, habitualmente, já

percebiam o benefício, a teor das Súmulas nos 51, I, e 241 do TST". Dessa forma, a

verba em discussão possui natureza salarial e integra a remuneração da empregada

para todos os efeitos legais, levando-se à conclusão de que incide à hipótese o

disposto na parte final da Súmula nº 294 do TST, que consagra a inaplicabilidade da

prescrição total quando o pedido de prestações sucessivas decorrentes da alteração

do pactuado estiver também assegurado por preceito de lei. Isso porque a

modificação da natureza jurídica da parcela em nada modificou o direito dos

trabalhadores, que continuaram percebendo o auxílio, deixando de receber apenas a

integração da verba em outras parcelas, pelo que, desse modo, a alteração apenas da

natureza jurídica da parcela, que continuou a ser paga, acarreta a aplicação da

prescrição parcial quinquenal, já que vigente o contrato de trabalho. Salienta-se que

a Subseção I Especializada em Dissídios Individuais, em sua composição completa,

na sessão realizada em 18/4/2013, firmou entendimento, por maioria, no sentido da

incidência da prescrição parcial do direito de ação ao pleito de integração do

auxílio-alimentação, na hipótese em que foi alterada a natureza do benefício de

salarial para indenizatória, como a dos autos. Recurso de revista conhecido e

provido. (RR-2127-56.2012.5.18.0003, 2ª Turma, Relator

Ministro José Roberto Freire Pimenta, DEJT de 19/12/2013)

Estas, envolvendo a ora Reclamada:

. II - RECURSO DE REVISTA DA PRIMEIRA RECLAMADA – (...)

AUXÍLIO-ALIMENTAÇÃO - ALTERAÇÃO DA NATUREZA JURÍDICA -

PRESCRIÇÃO Nos termos da jurisprudência desta Eg. Corte Superior, aplica-se a

prescrição parcial à pretensão de integração do auxílio-alimentação, no caso de

alteração da natureza do benefício - de salarial para indenizatória -, seja por norma

coletiva ou por adesão posterior ao PAT. (...)

(RR-27-59.2013.5.09.0128, 8ª Turma, Relatora Ministra

Maria Cristina Irigoyen Peduzzi, DEJT 30/6/2015)

I-AGRAVO DE INSTRUMENTO. RECURSO DE REVISTA. (...).

AUXÍLIO - ALIMENTAÇÃO. NATUREZA JURÍDICA. PRESCRIÇÃO.

INTEGRAÇÃO. Ficou consignado expressamente no acórdão regional que "o

contrato de trabalho vigorou de 17.08.79 a 15.03.10 (TRCT à fl. 24)" (fl. 266) e que

"é incontroversa a adesão da primeira ré ao Programa de Alimentação ao

Trabalhador - PAT em 1997" (fl. 271). Concluiu, ainda, o egrégio Tribunal

Regional, que "o auxílio-alimentação deixou de ser fornecido em pecúnia e passou a

ser entregue em forma de tíquete, com vinculação ao Programa de Alimentação do

Trabalhador" (fl. 269). Nesse contexto, a prescrição a ser aplicada ao caso é apenas

parcial, porquanto, constatado que tal parcela continuou sendo paga após a

modificação da natureza jurídica, resta claro que não se trata, no caso, de alteração

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do pactuado, mas sim de negativa da empresa de reconhecer a natureza salarial da

parcela em comento. Assim, uma vez instituída a verba pela empresa e paga de

forma habitual, essa tem caráter salarial, integrando a remuneração do empregado

para todos os efeitos legais (dicção da Súmula nº 241 do TST), sendo irrelevante se

houve alteração posterior da natureza jurídica da parcela, conforme preconiza a

Orientação Jurisprudencial nº 413 da SBDI-1, que é expressa no sentido de que "a

pactuação em norma coletiva conferindo caráter indenizatório à verba '

auxílio-alimentação' ou a adesão posterior do empregador ao Programa de

Alimentação do Trabalhador - PAT - não altera a natureza salarial da parcela,

instituída anteriormente, para aqueles empregados que, habitualmente, já percebiam

o benefício, a teor das Súmulas nos 51, I, e 241 do TST". Recurso de revista

conhecido por contrariedade à Súmula nº 241 e por má aplicação da Súmula nº 294,

ambas do TST e provido. (...) CONCLUSÃO: Agravo de instrumento

conhecido e provido. Recurso de revista parcialmente conhecido e provido. (RR-843-24.2010.5.09.0006, 3ª Turma, Relator Ministro

Alexandre de Souza Agra Belmonte, DEJT 19/6/2015)

(...). PRESCRIÇÃO. AUXÍLIO-ALIMENTAÇÃO. NATUREZA

JURÍDICA. 1. Caracteriza lesão de caráter continuado ao direito dos empregados

que já auferiam a vantagem auxílio-alimentação com natureza salarial ato

empresarial que pretende simplesmente alterar a natureza da parcela de salarial para

indenizatória. 2. A natureza das verbas trabalhistas decorre da lei (artigos 457 e 458

da CLT). A tentativa de descaracterizar a natureza salarial da parcela que assim

vinha sendo paga não configura alteração do pactuado, mas simples ato írrito,

porque contrário à lei (artigo 9º da CLT). 3. Não há falar na incidência da prescrição

total prevista na Súmula n.º 294 desta Corte superior, porque a hipótese dos autos

não diz respeito a alteração das condições do pactuado, mas sim à recusa do

empregador em reconhecer a natureza salarial da parcela paga, nessa condição,

desde o advento do contrato de emprego. Precedentes da SBDI-I desta Corte

uniformizadora. 4. Recurso de revista não conhecido. (...).

(RR-376-61.2013.5.09.0096, 1ª Turma, Relator Ministro

Lelio Bentes Corrêa, DEJT 5/6/2015)

(...) C) RECURSO DE REVISTA INTERPOSTO PELA PRIMEIRA

RECLAMADA (COPEL). 1. PRESCRIÇÃO. AUXÍLIO-ALIMENTAÇÃO. É

entendimento desta Corte, a partir de decisão da SDI-1, que não é aplicável a

prescrição total, prevista na Súmula 294 do TST, à pretensão de reconhecimento da

natureza jurídica salarial do auxílio-alimentação, o qual, ao longo do contrato,

passou a ser pago como parcela indenizatória, por força de previsão em norma

coletiva ou de adesão ao PAT. Precedentes. Recurso de revista não conhecido. (...). (RR-281-84.2010.5.09.0662, 8ª Turma, Relatora

Ministra Dora Maria da Costa, DEJT 19/12/2014)

AGRAVO DE INSTRUMENTO DO RECLAMANTE.

AUXÍLIO-ALIMENTAÇÃO. INTEGRAÇÃO. PRESCRIÇÃO. Demonstrada a de

divergência jurisprudencial, deve ser provido o Agravo de Instrumento,

determinando-se o processamento do Recurso de Revista. Agravo de Instrumento

provido. RECURSO DE REVISTA DO RECLAMANTE.

AUXÍLIO-ALIMENTAÇÃO. INTEGRAÇÃO. PRESCRIÇÃO. Nos termos da

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Orientação Jurisprudencial n.º 413 da SBDI-1: -A pactuação em norma coletiva

conferindo caráter indenizatório à verba 'auxílio-alimentação' ou a adesão posterior

do empregador ao Programa de Alimentação do Trabalhador -- PAT -- não altera a

natureza salarial da parcela, instituída anteriormente, para aqueles empregados que,

habitualmente, já percebiam o benefício, conforme as Súmulas n.ºs 51, I, e 241 do

TST-. Dessarte, sendo incontroverso que o Reclamante foi contratado em 1987 e

percebeu, até o ano de 1997, o auxílio- alimentação, pago de forma espontânea pelo

empregador, o reconhecimento da natureza salarial da aludida verba é medida que

se impõe. Assim sendo, não há como se cogitar da prescrição total da pretensão do

Obreiro à integração da referida verba, visto que, tendo a parcela em debate aderido

ao seu contrato de trabalho como verba salarial, o não pagamento do auxílio-

alimentação nos referidos termos acarreta o descumprimento de obrigação

decorrente do contrato de trabalho, e não a alteração lesiva do contrato de trabalho.

Recurso de Revista conhecido em parte e provido. (...).(RR-1011-35.2010.5.09.0585, 4ª Turma, Relatora

Ministra Maria de Assis Calsing, DEJT 1º/7/2014)

Desse modo, ao aplicar a prescrição total à pretensão

da Reclamante, o Tribunal Regional decidiu em desacordo com a

jurisprudência consolidada desta Corte.

Conheço do Recurso de Revista, por contrariedade à

Súmula nº 294 do TST, por má-aplicação, e por contrariedade à Súmula nº

241.

b) Mérito

Ante o conhecimento do Recurso de Revista por

contrariedade a súmulas do TST, dou-lhe provimento para, afastando a

prescrição total e reconhecendo a natureza salarial da parcela

"auxílio-alimentação", determinar sua integração à remuneração do

Reclamante.

3 – ANUÊNIOS – PRESCRIÇÃO TOTAL

Conhecimento

Eis o acórdão regional no pertinente:

Consta da r. sentença (fls. 879/880):

O Autor alega (fl. 9) que tinha direito a anuênio em valor correspondente a

1% do salário por ano de efetivo exercício, e que a partir de 1997 foi suprimida a

aquisição dos anuênios completados a partir de 1997. Afirma que a Ré "congelou" o

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pagamento da verba, ou seja, não mais acresceu 1%, sobre o valor da remuneração,

por ano de trabalho, mas simplesmente continuou pagando os percentuais até então

adquiridos pelos empregados. Afirma tratar-se de benefício que se integrou ao

contrato de trabalho nos termos da Súmula 51 do TST.

As Rés sustentam (fls. 359) que o pedido se encontra totalmente prescrito nos

termos da Súmula 294 do TST. Sustenta que a partir do ACT 1998 o ATS, no

porcentual acumulado até então por cada empregado, foi convertido em valor fixo,

mediante indenização compensatória do direito à progressão, cujo pagamento

ocorreu em outubro-1998, a título de "Compensação Adic. Tempo serviço" (código

1351).

Verifica-se que, ao contrário do alegado pelo Autor, o adicional por tempo de

serviço foi instituído por força do ACT 1974 (v. g. cláusula 2ª), o qual estipulava a

concessão de adicional de 2,5% a cada cinco anos de efetivo serviço.

Pelo que se depreende da petição inicial, a Ré teria congelado o número de

anos para efeito de contagem do adicional por tempo de serviço a partir de 1997.

Trata-se de ato único e unilateral do empregador, pelo qual foi alterado o critério de

cálculo do adicional por tempo de serviço.

O demandante foi admitido em 14.07.1987, de sorte que faria jus ao

acréscimo de mais 1% de anuênios em 14.07.1999, com pagamento devido a partir

do quinto dia útil de agosto de 1999 (CLT, art. 459), data inicial da exigibilidade do

respectivo direito. Por esse motivo, o prazo para ajuizamento de demanda em que

postularia o reconhecimento de ilegalidade da alteração contratual encerrou-se em

14.07.2004 e esta demanda foi proposta apenas em 11.11.2011, mais de cinco anos

depois da alegada lesão.

Por se tratar de ato único do empregador, aplica-se na hipótese a Súmula 294

do TST, razão pela qual se extingue o pedido com julgamento do mérito.

Em sentença de embargos de declaração, consoante já delineado, determinou

a retificação do item III do dispositivo da sentença que passa a vigorara nos

seguintes termos: "III) EXTINGUIR o processo, com julgamento do mérito, no que

se refere aos pedidos de diferenças salariais decorrentes de redução de salário a

partir de 1994 e de diferenças de anuênios decorrentes do congelamento do

porcentual a partir de 1997, com base no art. 269, IV, do CPC" (fl. 930).

Conforme reconhecido na sentença, a forma de pagamento do adicional por

tempo de serviço foi expressamente pactuada mediante negociação coletiva com a

representação das respectivas categorias profissionais. A Constituição Federal, em

seu art.7º, VI, autoriza o sindicato a transigir inclusive quanto à irredutibilidade

salarial. Da mesma forma, estão autorizados os sindicatos a celebrar acordos com

empregadores com vistas ao pagamento e quitação de verbas como essa em apreço.

Ademais, há que se considerar legítima a cláusula que estipula os critérios e a

forma de pagamento do referido adicional, pois, deve preponderar a vontade da

categoria discutida em detrimento da vontade individual.

Não há que se cogitar, portanto, que houve violação ao disposto no artigo 468

da CLT. Igualmente descabe a aplicação da Súmula nº 51 do TST, pois, não houve

revogação ou alteração de vantagens por meio de norma regulamentar, mas por

força de negociação coletiva.

Assim, o entendimento preconizado por esse Colegiado é no sentido de que o

adicional por tempo de serviço, benesse prevista em norma coletiva, não integra de

forma definitiva o contrato de trabalho do autor, principalmente quando há

negociação coletiva posterior extinguindo expressamente o benefício anteriormente

pactuado.

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Ressalte-se que as condições de trabalho alcançadas por força de normas

coletivas vigoram durante o prazo de vigência destas, não integrando, de forma

definitiva, os contratos individuais. A norma coletiva tem sua eficácia limitada, nos

termos da própria CLT (art. 614, § 3.º). No presente caso, o adicional por tempo de

serviço previsto em acordos coletivos anteriores foi alterado pelo ACT 98/99, de

forma perfeitamente válida, diante do princípio da autonomia privada coletiva (art.

7.º, inciso XXVI, da CF/88).

Não há de se falar, pois, em ofensa ao disposto no art. 614, § 3.º, da CLT (§

3.º Não será permitido estipular duração de Convenção ou Acordo superior a 2

(dois) anos), tampouco no art. 5.º, XXXVI, da CF/88 (XXXVI - a lei não

prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada).

Por derradeiro, saliente-se que o congelamento da parcela atinente ao

adicional por tempo de serviço, transformada em vantagem pessoal em 1998,

implica alteração do pactuado, não decorrente de lei. O adicional consubstancia-se

numa prestação sucessiva que era paga mensalmente. O congelamento do valor do

anuênio implicou em alteração do que havia sido pactuado entre as partes. Dessarte,

por força da Súmula 294/TST, há de se observar a incidência da prescrição total

sobre o direito de ação quanto às diferenças de adicional por tempo de serviço.

(SÚMULA 294. PRESCRIÇÃO. ALTERAÇÃO CONTRATUAL.

TRABALHADOR URBANO - CANCELA OS ENUNCIADOS N.ºS 168 (RA

102/1982, DJ 11.10.1982 E DJ 15.10.1982) E 198 (RES. 4/1985, DJ 01.04.1985).

Tratando-se de ação que envolva pedido de prestações sucessivas decorrente de

alteração do pactuado, a prescrição é total, exceto quando o direito à parcela esteja

também assegurado por preceito de lei.)

Portanto, como o direito ao anuênio não estava assegurado por preceito legal,

correta a r. sentença que reconheceu que incidiu a prescrição total sobre o referido

pleito, nos termos da referida Súmula n.º 294 do TST. Isso porque a alteração do

pactuado (que acarretou o congelamento do valor do anuênio) ocorreu em 1996, ou

seja, em período já alcançado pela prescrição, pois a presente ação foi ajuizada

somente em 11.11.2011.

Não fosse isso, ainda, as Convenções Coletivas devem ser observadas por

esta Justiça do Trabalho, porque existente comando constitucional neste sentido

(art. 7.º, XXVI). Dessarte, a parcela prevista no instrumento coletivo está sujeita a

supressão em face da vigência limitada temporalmente.

Trata-se, na verdade, da aplicação analógica da Súmula n.º 277 do C. TST,

cujo teor é o seguinte: "As condições de trabalho alcançadas por força de sentença

normativa vigoram no prazo assinado, não integrando, de forma definitiva, os

contratos".

Saliente-se, ainda, que na hipótese dos autos não houve revogação ou

alteração de vantagens por meio de normas regulamentares, mas sim trata-se de

direito instituído e posteriormente alterado pela via da negociação coletiva, razão

porque é inaplicável ao caso, também, o entendimento constante na Súmula n.º 51

do C. TST.

A ré observou o que estabeleciam os instrumentos coletivos de trabalho e a

legislação.

Por tais fundamentos, mantenho a r. sentença. (fls. 1004/1008)

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fls.23

PROCESSO Nº TST-RR-1500-34.2011.5.09.0651

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2.200-2/2001, que instituiu a Infra-Estrutura de Chaves Públicas Brasileira.

Em Recurso de Revista, o Reclamante afirma serem

devidas diferenças de anuênios, decorrentes de pagamento feito a menor.

Alega não haver prescrição. No tema, invoca os artigos 458, 468 da CLT,

7º, VI e XXIX, da Constituição, a Súmula nº 294 do TST.

Cuida-se de pretensão a diferenças de anuênios, a

partir do congelamento dos valores, ocorrido em 1997, por ato do

empregador. Assim, a pretensão deduzida em juízo em 2011 está fulminada

pela prescrição total. Nesse sentido:

PRESCRIÇÃO - DIFERENÇAS DECORRENTES DO CONGELAMENTO

DA PARCELA “ANUÊNIOS”. O Reclamante sempre recebeu a verba “anuênio”,

correspondente a 1% (um por cento) por ano completo de serviço prestado à

Reclamada, até o limite de 30% (trinta por cento), desde a contratação até 1998,

quando o valor foi congelado. A pretensão deduzida em juízo em 2009 está

fulminada pela prescrição total. (RR-184800-33.2009.5.09.0242,

Relator Desembargador Convocado João Pedro Silvestrin, 8ª

Turma, DEJT 7/11/2014)

ANUÊNIOS. PRESCRIÇÃO. A pretensão atinente aos anuênios, no caso

concreto, envolve alteração do pactuado em norma coletiva. Assim, considerando

que as referidas verbas não estão asseguradas por preceito de lei e a alteração

ocorreu em 1998, incide a prescrição total, nos termos da parte inicial da Súmula nº

294 do TST, tendo em vista que o ajuizamento da presente reclamação trabalhista

somente ocorreu em 2010. Recurso de revista não conhecido. (...) Recurso de

revista não conhecido. (RR-692-79.2010.5.09.0872, Relatora

Ministra Dora Maria da Costa, 8ª Turma, DEJT 8/11/2013)

PRESCRIÇÃO. DIFERENÇAS DE ANUÊNIO. COPEL. A alteração no

pagamento da parcela, que não é assegurada por lei, ocorreu em 1998. A pretensão

prescreveu em 2003, ou seja, cinco anos a contar da supressão do pagamento do

anuênio. Portanto, a reclamatória, quanto à supressão do reajuste dos anuênios

deveria ter sido ajuizada até outubro de 2003, já que incidente a prescrição total, a

teor da Súmula nº 294 do C. TST. Todavia, no caso, o aforamento ocorreu em 2012.

Recurso de revista conhecido e provido. (RR-1128-82.2012.5.09.0091, Relator Ministro Aloysio Corrêa da Veiga, 6ª Turma, DEJT

8/11/2013)

PRESCRIÇÃO. DIFERENÇAS SALARIAIS. ADICIONAL POR TEMPO

DE SERVIÇO. CONGELAMENTO. Nos termos da Súmula 294/TST, ‘tratando-se

de ação que envolva pedido de prestações sucessivas decorrente de alteração do

pactuado, a prescrição é total, exceto quando o direito à parcela esteja também

assegurado por preceito de lei’. Verificada a ausência de previsão legal ou

regulamentar e transcorridos mais de cinco anos entre a alteração do pagamento do

adicional por tempo de serviço e a propositura da reclamação, correta a declaração

de prescrição total da pretensão. (...). Agravos de instrumento conhecidos e

desprovidos. (AIRR-699-71.2010.5.09.0872, Relator Ministro

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2.200-2/2001, que instituiu a Infra-Estrutura de Chaves Públicas Brasileira.

Alberto Luiz Bresciani de Fontan Pereira, 3ª Turma, DEJT

6/9/2012)

Não conheço.

4 – DEPÓSITOS DO FGTS - REFLEXOS

Conhecimento

Eis o acórdão regional, no pertinente:

d. FGTS O autor alega que a condenação da ré ao pagamento das férias

vencidas, da verba auxílio alimentação e da verba anuênio, ensejará reflexos nos

valores do FGTS e da indenização de 40%.

Contudo, consoante já delineado, esse Colegiado entendeu pela manutenção

da r. sentença quanto aos pedidos de diferenças de auxílio alimentação e anuênio.

No tocante às férias, será apreciado no tópico específico, já que há insurgência das

rés contra o deferimento das férias ao autor.

Nada a alterar, por ora. (fls. 1008/1009)

Afirma ser devido o pagamento de depósitos do FGTS.

Aduz que a condenação da Reclamada ao pagamento das férias vencidas, da

verba auxílio-alimentação e anuênio, ensejará reflexos nos valores do

FGTS e da indenização de 40% (indenização). No tema, traz arestos.

Os arestos de fls. 1046/1047 são oriundos do Tribunal

prolator da decisão recorrida, em desatendimento ao artigo 896 da CLT.

Não conheço.

5 – VERBAS RESCISÓRIAS COMPLEMENTARES

Conhecimento

Eis o acórdão regional, no pertinente:

e. VERBAS RESCISÓRIAS COMPLEMENTARES

O autor assevera que as verbas rescisórias não levara em consideração o valor

total da remuneração, pois somente utilizou o salário nominal, sem computar as

verbas pleiteadas - férias vencidas, auxílio alimentação e anuênio.

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2.200-2/2001, que instituiu a Infra-Estrutura de Chaves Públicas Brasileira.

Consoante já apreciado em tópico específico, restou mantida a r. decisão que

entendeu como configurada a litispendência em relação às “diferenças de verbas

resilitórias”. Ademais, não houve condenação das verbas citadas, o que não altera o

decidido.

Nada a reparar. (fl. 1009)

Em Recurso de Revista, o Reclamante aduz que somente

utilizou-se do salário nominal do Reclamante, não computando as verbas

pleiteadas e reflexos. Requer o recálculo das verbas rescisórias, como

aviso prévio, férias, terço constitucional, 13º salário, saldo de

salário, FGTS e indenização. No tema, invoca o artigo 7º da Constituição.

A mera indicação de violação ao art. 7º da Constituição

da República sem a especificação dos parágrafos e/ou alíneas tidos por

violados não atende aos ditames da Súmula nº 221 do TST. Sem essa

indicação, o entendimento pacificado nesta Corte é de que se deve

interpretar como violado o caput, que não abarca a hipótese dos autos.

Nesse sentido: E-RR-470.868/1998, Relator Ministro Lelio Bentes Corrêa,

DJ 22/4/2005, e A-E-RR-488.004/1998.8, Relatora Ministra Maria Cristina

Peduzzi, DJ 24/2/2006.

Não conheço.

6 – HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS

Conhecimento

Eis o acórdão regional no tema:

f. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS O autor pugna pelo deferimento de

honorários advocatícios. Nesta Justiça Especializada, os honorários advocatícios são regidos pela Lei nº

5.584/70, sendo inaplicáveis os arts. 389, 402 e 404 do Código Civil Brasileiro ou,

ainda, o princípio da sucumbência.

Por seu turno, ressalvada minha posição contrária de que os honorários no

processo do trabalho são devidos apenas com base na Lei nº 1.060/50, na medida em

que a Lei nº 10.537/02 revogou o artigo 14 da Lei n.º 5.584/70 (o qual, aliás, embora

previsse a assistência sindical, não retirava possibilidade de assistência particular,

pois, do contrário, violaria o art. 5º, LXXIV, da CF), curvo-me ao entendimento

pacificado desta E. Turma, de que o art. 14 da Lei nº 5.584/70 traz os dois requisitos

necessários para a concessão dos honorários advocatícios: a assistência por

sindicato da categoria profissional e a comprovação de percepção de salário inferior

ao dobro do mínimo legal, ou encontrar-se o empregado em situação econômica que

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2.200-2/2001, que instituiu a Infra-Estrutura de Chaves Públicas Brasileira.

não lhe permita demandar sem prejuízo do próprio sustento ou da respectiva

família. A orientação estabelecida pela Súmula nº 219 do C. TST, mantida pela

Súmula nº 329 daquela Corte, confirma a exigência de preenchimento de ambos os

pressupostos, além da sucumbência.

No caso, não se verifica a ocorrência concomitante dos requisitos da Lei nº

5.584/70, bem como os pressupostos materiais constantes das aludidas Súmulas nºs

219 e 329 do C. Tribunal Superior do Trabalho. Embora conste dos autos declaração

do autor de que não possui condições de demandar judicialmente sem prejuízo de

seu sustento próprio ou de sua família (fl. 17), não está assistido por entidade

sindical. Assim, não preenchidos os requisitos legais, indevidos os honorários

advocatícios.

Mantenho. (fls. 1009/1010)

O Reclamante requer a concessão de honorários

advocatícios. No tema, invoca os artigos 186, 187, 402, 404, 927 do Código

Civil e 133 da Constituição.

Ausente a assistência sindical, indevidos os

honorários advocatícios, nos termos da Súmula nº 219 do TST.

Não conheço.

ISTO POSTO

ACORDAM os Ministros da Oitava Turma do Tribunal

Superior do Trabalho, por unanimidade, I – dar provimento ao Agravo de

Instrumento para determinar o processamento do Recurso de Revista e

determinar seja publicada certidão, para efeito de intimação das partes,

dela constando que o julgamento do recurso dar-se-á na primeira sessão

ordinária subsequente à data da publicação, nos termos da Resolução

Administrativa nº 928/2003 desta Corte; II – conhecer do Recurso de

Revista no tema “AUXÍLIO-ALIMENTAÇÃO – PRESCRIÇÃO – NATUREZA JURÍDICA”,

por contrariedade à Súmula nº 294 do TST, por má-aplicação, e por

contrariedade à Súmula nº 241, e, no mérito, dar-lhe provimento para,

afastando a prescrição total e reconhecendo a natureza salarial da

parcela "auxílio-alimentação", determinar sua integração à remuneração

do Reclamante; dele não conhecer nos demais tópicos.

Brasília, 13 de Abril de 2016.

Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001)

MARIA CRISTINA IRIGOYEN PEDUZZI

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Ministra Relatora

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