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18º EEMED – A Casa Espírita e o Trabalho em Equipe (Papel do médium) À guisa de sensibilização: Oração da pétala... Senhor... Tantas vezes já pensei em mim. E descobri que sozinho não sou ninguém. Tenho um colorido que a veste dos homens jamais experimentou. Mas que seria de mim, se uma pétala só formasse a flor? Agradeço, Senhor, a presença de minhas companheiras. Pois, sem elas, eu não seria parte dessa flor, Que os homens acham tão linda. Obrigada, pelo ramo que nos sustenta. Sem ele nenhuma pétala teria lugar. Senhor... Obrigada pela essência que nos perfuma. Obrigada... Porque não nasci só. Nem só eu... Nem só ela... Nem as outras pétalas... Mas somos nós juntas que fazemos desabrochar a flor. Precisamos juntas abrir-nos, unirmo-nos mais e mais. E viver juntas o amanhecer, o dia com tudo que é seu E a noite que anuncia outra aurora. Sentimos falta quando uma cai primeiro. Sentimos falta quando caímos todas. Nascemos todas para uma grande missão. Para escondermos aquilo que é mais bonito que a flor bonita: A Semente... Aquela que nos faz nascer de novo. Senhor... Obrigada, pela missão de ser pétala na flor... Obrigada, pelas outras pétalas que me ajudam a ser mais, com elas. Obrigada pela flor que formamos juntas. Obrigada, pela comunhão que juntas podemos acontecer. E reunidas com a riqueza de sermos diferentes Vivermos mais unidas na fé, no amor e na alegria... Autor desconhecido

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18º EEMED – A Casa Espírita e o Trabalho em Equipe (Papel do médium)

À guisa de sensibilização:

Oração da pétala...

Senhor... Tantas vezes já pensei em mim.

E descobri que sozinho não sou ninguém. Tenho um colorido que a veste dos homens jamais experimentou.

Mas que seria de mim, se uma pétala só formasse a flor? Agradeço, Senhor, a presença de minhas companheiras.

Pois, sem elas, eu não seria parte dessa flor, Que os homens acham tão linda.

Obrigada, pelo ramo que nos sustenta. Sem ele nenhuma pétala teria lugar.

Senhor... Obrigada pela essência que nos perfuma. Obrigada... Porque não nasci só.

Nem só eu... Nem só ela... Nem as outras pétalas...

Mas somos nós juntas que fazemos desabrochar a flor. Precisamos juntas abrir-nos, unirmo-nos mais e mais. E viver juntas o amanhecer, o dia com tudo que é seu

E a noite que anuncia outra aurora. Sentimos falta quando uma cai primeiro.

Sentimos falta quando caímos todas. Nascemos todas para uma grande missão.

Para escondermos aquilo que é mais bonito que a flor bonita: A Semente... Aquela que nos faz nascer de novo.

Senhor... Obrigada, pela missão de ser pétala na flor...

Obrigada, pelas outras pétalas que me ajudam a ser mais, com elas. Obrigada pela flor que formamos juntas.

Obrigada, pela comunhão que juntas podemos acontecer. E reunidas com a riqueza de sermos diferentes

Vivermos mais unidas na fé, no amor e na alegria...

Autor desconhecido

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1. Introdução: Analisando e refletindo sobre a proposta dos Dirigentes Espirituais da Casa para o 18º EEMED, alguns aspectos merecem destaque e apreciação. Na Mensagem de Avaliação do 17º EEMED, o querido Hermann nos adverte para o trabalho de conscientização a ser realizado junto ao corpo mediúnico do CELD. É preciso que não se perca este objetivo de vista. “... o trabalhador precisa vir aqui consciente de que ele está vindo fazer um trabalho. “Ah, mas eu venho aqui só dar o passe e vou embora”. Mas só dar o passe? É todo um processo de envolvimento, é todo um processo de esforço que se movimenta em torno da criatura, é todo um processo de estudos que foram desenvolvidos, até mesmo por ele, para que ele aprendesse a fazer os movimentos certos, nos tempos certos, nas horas certas, que atinjam os lugares certos. Então, é um grau de conscientização. Que ele atraia e mantenha a presença deste Benfeitor Amigo ao lado dele, para que, juntos, trabalhem em parceria para atingir o objetivo, que é ajudar a criatura...” (Pág. 5) “A criatura precisa aprender a trabalhar, de forma consciente, naquilo que ela está desempenhando e não simplesmente vir, se deixar arrastar, ou ser submetido a uma série de intempéries, ou até mesmo para fugir das tarefas ou aquelas que são mais confortáveis, mas, vamos enfrentar. Se esta é a minha tarefa, este é o meu papel eu vou fazer isto conscientemente, para chegar àquele objetivo maior...” (Pág. 6) Dentro desta proposta, trabalho em equipe e conscientização/ papel do médium parecem ser palavras-chave para o desenvolvimento dos estudos. 2. Noções Gerais: 2.1. Trabalho em equipe: � O que é uma Equipe?

Grupo de pessoas com habilidades complementares, comprometidas umas com as outras pela

missão comum, objetivos comuns (obtidos pela interação) e um plano de trabalho bem definido.

� Transformação do grupo em Equipe:

- Compartilhar objetivos, decisões, responsabilidades e resultados. - Construir um plano de trabalho comum. - Perceber que o fracasso e/ou o sucesso de um atinge a todos. - Aprimorar as relações interpessoais. - Ouvir e considerar as experiências e saberes de cada membro do grupo.

� Para trabalhar em Equipe:

- Seja Paciente – não é fácil conciliar opiniões diversas. Exponha seus pontos de vista e ouça

a opinião dos outros, mesmo não estando de acordo. - Critique as ideias e não as pessoas – não deixe que os conflitos interfiram no trabalho em

equipe.

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- Dialogue – sempre que estiver com um problema ou insatisfação, para que seja possível alcançar uma solução.

- Saiba reconhecer quando a ideia do outro é melhor que a sua – mais importante que nosso orgulho é o objetivo que o grupo pretende alcançar.

- Saiba dividir tarefas – compartilhe as responsabilidades e informações. - Trabalhe – não deixe o outro sobrecarregado, faça a sua parte. - Seja participativo e solidário – ajude sempre que necessário; você também pode vir a

necessitar de ajuda. - Aproveite o trabalho em Equipe – essa é a oportunidade de conviver com seus colegas e

aprender com eles.

� Visão Espiritual:

• “... Comecem a despertar em vocês o interesse de aprenderem a interagir uns com os outros, a

serem solidários, a serem compreensivos, a fazerem parte de um grupo de trabalho. Ser mais fraternos. Cuja liderança maior sempre será Jesus.”

“... O valor principal da mediunidade é o caráter moral que ela exerce e que dá sentido e direção à mediunidade... É para isso que a Doutrina Espírita veio, educar...”

Dr Hermann –Avaliação 17º EEMED, Pág. 4 • “Mediunidade é prudência e silêncio. Realmente, médium, é só aquele que sabe silenciar.” A. Aquino - Mediunidade, pág. 94 • “... Livrai-vos dos maus exemplos, das más palavras e dos maus gestos. São como rajadas e

vento, que poderão fechar as portas de vosso coração, roubando toda a luz que recebestes”. A. Aquino – O Caminho da Compreensão Pág. 103 • “... O médium não pode ser intransigente. Ele deve ter indulgência para com todos os seus

semelhantes...” A. Aquino - Mediunidade, pág. 93 • “O médium não pode deixar levar-se por sentimentos inferiores, de ciúme, de inveja ou de

maledicência, porque se o médium abriga dentro do coração ira, inveja, isto tem o poder de afastar, de sufocar o sentimento de caridade que por acaso esteja florindo dentro do seu coração.”

A. Aquino – Mediunidade, pág.911 • “... No momento da caridade, devem esquecer-se raças, religiões, cores, para que naquele

instante a alma se lembre apenas de que aquele que se estende ao chão... É apenas um seu irmão em Cristo, um seu irmão em Deus!” A. Aquino - Mediunidade, pág. 93

• “... Médium é todo aquele apto a praticar a caridade... Todo aquele que quer realmente ser

caridoso tem a seu lado um espírito bom, um espírito de luz, que o ajudará a fazer este Bem que ele tanto deseja... O (médium) espírita deve ter consciência de quem o assiste...”

Antonio de Aquino – Mediunidade Pág. 92

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2.2. Conscientização/ Papel do Médium: “Conscientizar é tomar contato com os conteúdos velados da mente estabelecendo conexão com o ser divino que há em nós. Tomemos como exemplo o orgulho: sabemos que somos orgulhosos, estamos informados disso, mas não temos consciência plena de suas manifestações, dos detalhes de sua ação. Essa a diferença entre conhecer e saber. A conscientização surge quando aprendemos a utilizar a informação para a transformação. A informação é atividade cognitiva que só abrirá portas para a conscientização quando houver o aporte dos processos renovadores da sensibilidade humana. O conhecimento é capaz de acionar desejos novos, excitar planos e mudanças, mas somente o sentimento é capaz de movimentar a vontade firme para manter e concretizar caminhos novos... Como candidatos à melhora espiritual, torna-se imperioso habituarmo-nos à constante lealdade consciencial, a fim de exercer avaliações sobre qual é nossa verdadeira condição espiritual. Estamos apenas informados ou já temos escalado o íngreme monte da conscientização? Apenas repetimos textos e princípios ou já nos esforçamos por absorvê-los nas particularidades da vivência? Apenas estudamos ou já nos habilitamos ao serviço desafiante de descobrir na existência como usar o tesouro da cultura para o crescimento? ... Cuidemos para não empanturrar o cérebro e esquecer de digerir com o coração... Informados já estamos, falta-nos agora sentir o que já sabemos, porque sem sentir jamais adquiriremos a base evolutiva da conscientização: a compreensão...” Ermance Dufaux – Mereça ser feliz, Cap. 4

“Um médium que fracassa, um médium que não trabalha, um médium que não cumpre suas obrigações, são dezenas de almas que com ele se afundam no desespero, são dezenas de almas que, perdidas nas trevas e que àquela luz se agasalhavam, veem desaparecer o farol que as guiava.

Trabalhai sempre. Descansai, se fatigados, mas que tenhais forças para sempre prosseguir.” Antonio de Aquino – Fé e Meditação, Pág. 130

Estamos participando de um processo de renovação, portanto vale a pena refletir...

• Eu me conheço? Gosto de ser médium? • Como estou praticando a mediunidade? • Como estou participando das atividades na Casa Espírita? De forma positiva ou negativa? • Qual o meu papel na casa espírita? Só fico filosofando Doutrina Espírita ou ponho a “mão

na massa”? • Sou indisciplinado? • Tenho consciência da responsabilidade de ser médium? E que sou um divulgador do

espiritismo? • Estou desenvolvendo os valores morais como um verdadeiro cristão? • Estou agregando e estimulando as pessoas para o bem? • Ignoro meu companheiro? • Como é meu comportamento perante o grupo? Sei trabalhar em equipe ou faço parte do

bloco do “eu sozinho”? 3. Codificação:

LM 28 (Cap. III) – “... Os que vêem no Espiritismo algo além dos fatos; dele compreendem a parte filosófica; admiram a moral dele decorrente, mas não o praticam. Sua influência sobre seus caracteres é insignificante ou nula; nada mudam nos seus hábitos e não se privariam de um único prazer; o avarento continua sempre avarento, o orgulhoso sempre cheio de si mesmo, o invejoso e o ciumento sempre hostis; para eles, a caridade cristã é apenas uma bela máxima; são os espíritas imperfeitos...”

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“Uma reunião é um ser coletivo, cujas qualidades e propriedades são a resultante de todas as

de seus membros e formam, como que um feixe; ora, este feixe terá ainda mais força, quanto mais homogêneo ele for.” Allan Kardec, O Livro dos Médiuns, item 331 - Reuniões em geral

O próprio Codificador deparou-se com divergência de opiniões e até mesmo boicotes dentro e fora da Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas. Muito embora, consciente de sua tarefa e imbuído de bom senso, soube ele articular divergências de opiniões, rivalidades, pontos de vistas e pareceres diversos de espíritos encarnados e desencarnados. E ainda assim, conseguiu promover os ajustes necessários para que o objetivo maior não se perdesse, que era o da implantação da Doutrina dos Espíritos na Terra.

Allan Kardec em O Livro dos Médiuns dedicou o capítulo XXIX para tratar detalhadamente sobre este assunto. Transcrevemos alguns trechos deste capítulo:

LM 335 (Comparando pequenos e grandes grupos) – “As grandes assembleias excluem a intimidade... a divergência de caracteres, das ideias, das opiniões, aí se desenha melhor e oferece aos Espíritos trapalhões mais facilidade para semear a discórdia...” “... alguns acreditam que o título de sócio (crachá do CELD!?) lhes dá o direito de impor sua maneira de ver, daí os conflitos...” Regulamento da Sociedade de Estudos Espíritas – Art. 3° - “Todos os membros devem-se, reciprocamente, benevolência e bom proceder; devem, em todas as circunstâncias, colocar o bem geral acima das questões pessoais e de amor-próprio.” LM 336 (Falando dos desordeiros encarnados) – “... Certamente não são verdadeiros, nem bons espíritas... graças a surdas tramoias, que passam despercebidas, semeiam a dúvida, a desconfiança e a desafeição... criticam tudo, formam conciliábulos e panelinhas, que logo rompem a harmonia do conjunto...” LM 340 (Falando do assédio espiritual -> Antídoto: caridade) – “... Os criadores de desordem não se encontram apenas no meio delas, eles também se encontram no mundo invisível... Espíritos malévolos ligam-se, primeiramente, aos mais fracos, aos mais acessíveis... se uma resistência enérgica não o desencoraja, a obsessão torna-se, então, como um mal contagioso, que se manifesta, nos médiuns, pela perturbação da mediunidade, e nos outros, pela hostilidade dos sentimentos, pela perversão do senso moral e pela perturbação da harmonia...” “... o mais poderoso antídoto deste veneno é a caridade...” (Meios eficazes de prevenção: a prece e o estudo). LM 341 (Disposições morais dos assistentes -> simpatia dos Bons Espíritos): � “Perfeita comunhão de vistas e sentimentos;” � “Benevolência recíproca entre todos os seus membros;” � “Sacrifício de todo sentimento contrário à verdadeira caridade cristã;” � “Desejo único de se instruir e de se melhorar...” � “Exclusão das comunicações que apresentem objetivo de curiosidade,” � “Recolhimento e silêncio respeitosos...” � “União de todos os assistentes através do pensamento...” � “Concurso dos médiuns da assembléia, com a ausência de todo sentimento de orgulho, de amor

próprio e de supremacia...”

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3. Aplicação prática: 3.1. Relatos de experiência:

“Estávamos em nossa zona de conforto recebendo semanalmente os estudos. Até que um dia recebemos o aviso que o enorme grupo seria dividido em pequenos grupos, a fim de que pudéssemos discutir e meditar sobre os textos espíritas para que sem muita perda de tempo e de forma objetiva pudéssemos chegar a uma conclusão a ser apresentada a todos em determinada data. E o grupo dividiu-se pelas salas do CELD. Ocupamos quase todas elas. Alimentamo-nos de muitas informações e irrefletidamente fomos brincar de liderança em outra sala sem darmos a atenção necessária para a fase da digestão deste alimento espiritual.

Na semana seguinte fomos orientados que por conta das ocupações nas salas, teríamos de agregar companheiros provindos de outras salas. Como recebê-los se em cada grupo havia um ou mais líderes? Quem ficaria à frente daquela nova equipe de trabalho? Deparamo-nos mais uma vez de forma prática a colocarmos para fora, não através da fala, mas pelas ações, o material que havíamos recebido para estudar. O sentimento de perplexidade foi geral. Ficamos atônitos, sem saber por onde e quem deveria começar a falar. Uma certa competitividade invadiu-nos. Foi ali, naquela sala refrigerada, porém aquecida pelos nossos calores internos que expusemos a nossa realidade tormentosa de não aceitação do espírito de equipe. E ficamos ali, discutindo as regras dessa nova fase de trabalho.

Um ponto importante que chamou nossa atenção foi: por que os textos eram de Antonio de Aquino? Será que precisávamos trabalhar nossos sentimentos em equipe?” (C. C.)

“Apoiados nos textos-base, sustentados pelos Benfeitores Amigos e pelo desejo de acertar de

que se investiu cada médium, os primeiros sentimentos de surpresa, estranhamento, resistência passaram a ser transformados em superação e aprendizado; boa vontade, cooperação, esforço.

A convivência, com a proposta do trabalho em equipe, durante os vários encontros que tivemos nos deu oportunidade de estarmos mais próximos uns dos outros, consolidando afinidades anteriores e construindo novas afinidades; nos autoavaliando, conhecendo-nos uns aos outros e nos relacionando. O que não implica necessariamente que tenhamos chegado a um consenso, uma vez que cada indivíduo se encontra em momento único, mas que estamos efetivamente dentro de um processo de conscientização e crescimento.” (S. F.)

3.2. Valores a serem cultivados individualmente pelo médium, mas que se refletem no trabalho em equipe:

• Devotamento e decisão • Enfrentamento e superação dos obstáculos • Conscientização de seu papel na tarefa • Amor e alegria no serviço a ser desempenhado • Renúncias diárias e sacrifício • Humildade • Cumprimento do dever • Confiança em Deus, em Jesus e na Espiritualidade Superior • Compromisso, disciplina e responsabilidade • Estudo e uso do raciocínio • Compreensão da ideia e da vontade de Deus junto a cada um de nós / dor e sofrimento • Respeito às diferenças ( religião, forma de pensar e de agir, experiências pessoais ) • Perseverança e determinação • Desenvolvimento de nossas possibilidades

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3.3. Sobre a sequência dos textos: O texto da MEAL nos mostra, na prática, valores cultivados e situações enfrentadas pelos

fundadores do CELD, alertando-nos sobre as nossas necessidades morais enquanto trabalhadores ( ainda não somos servidores... ) da mediunidade e do Cristo.

A sequência de textos de Antônio de Aquino enfatiza esses valores morais que devemos cultivar para o bom exercício da mediunidade: compreensão do sofrimento pessoal como caminho para a compreensão e consolação do sofrimento alheio; a necessidade do desenvolvimento da humildade, da meditação e da fé, que nos levará à compreensão da nossa vida ( destinação, tarefas, compromissos, comprometimento etc. ) e da ideia de Deus e suas leis. Com essa conscientização, poderemos avaliar e exercer melhor a mediunidade e, consequentemente, trabalhar mais e melhor em equipe e não isoladamente.

“− O que tendes feito das revelações, das páginas conhecidas, das descobertas espirituais

pelas vias da intuição? − O que tendes feito das luzes que alcançastes, dos recursos que reconheceis vos chegaram,

por misericórdia, para solucionar os problemas que vos pareciam insolúveis? − O que tendes feito da migalha de fé que foi plantada em vossos corações, dando-vos frutos

de otimismo e confiança, quando tudo parecia cair em derrocada?” Antonio de Aquino – Aos Médiuns, Com Carinho – Cap. 2 – “Eis que vos envio...”

Todas as observações apontadas, fruto da vivência experienciada no subgrupo, encontra-se

dentro de observações e apontamentos de Cairbar Schutel sobre o “caráter espiritual” , segundo ele, “da grande maioria dos espíritos-espíritas” :

“- Não habituaram a terem suas interpretações pessoais contestadas.

- Acostumaram a fazer do seu conhecimento intelectual a verdade que ainda não aprenderam a sentir. - Encantam-se com a ritualização exterior como forma de desonerarem-se das obrigações íntimas, adulando guias, responsabilizando obsessores, amando cargos, práticas e idolatria. - Guardam imensa dificuldade de amar a quantos não lhes partilham os pontos de vista, contagiando-se facilmente com a animosidade crônica. - Nutrem acentuada desconfiança uns dos outros em razão de suas infidelidades e desonras de outrora...” Ermance Dufaux – Mereça ser feliz, Cap. 29

4. Reflexões Finais:

Concluindo esta etapa de trabalho do nosso subgrupo, realizamos uma pequena dinâmica de grupo para avaliar em que ponto da compreensão do trabalho de equipe nós estamos.

Foi proposta a pergunta abaixo descrita e cada companheiro deveria fazer sua escolha ( sim / não ) e explicar em poucas palavras o porquê de seu posicionamento. Conseguimos trabalhar em equipe?

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Sim: - já há solidariedade; - temos boa vontade, pois seguimos as diretrizes espirituais. - conseguimos chegar até este ponto, que nos permite fechar o objetivo do grupo, apesar das dificuldades encontradas. Não: - não trabalhamos juntos; - não nos conhecemos; - ainda buscamos o sucesso individual em detrimento do grupo; - necessidade de trabalhar a convivência - relações interpessoais; - precisamos ouvir de "verdade"; - temos que socializar a palavra (foi tolhida); - ainda estamos centrados em nós mesmos; - falta o espírito de equipe; - há frieza nas relações interpessoais; - ainda não aprendemos a trabalhar em equipe, só em grupo; - precisamos de mais tempo; - às vezes, houve perda do foco (várias ideias); - falta afinidade; - falta união (ideia de corpo – membros e órgãos funcionando em harmonia); - ainda falta fraternidade; - falta compreender o que é trabalho em equipe; - trabalhar divergências; - muita informação, pouca compreensão e pouca prática; - estamos "armados" uns contra os outros. Palavras anotadas: - responsabilidade; - conscientização; - parceria; - educar; - interagir; - solidariedade; - convivência; - humildade.

Com esta dinâmica, vimos que disciplinarmente estamos aprendendo a trabalhar em grupo;

estamos em processo de perceber o outro e que aprimorar as relações interpessoais é saber ouvir. Após este balanço da experiência, compreende-se a grandiosidade da proposta da

Espiritualidade, dentro do trabalho mediúnico e do significado da própria mediunidade para a redenção de nossos espíritos.