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EXCELENTSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ____ VARA CVEL DA COMARCA DE TERESINA NO ESTADO DO PIAU

EXCELENTSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DO JUIZADO ESPECIAL CVEL E CRIMINAL DA COMARCA DE TERESINA NO ESTADO DO PIAU.

AO ORDINRIA COM PEDIDO DE TUTELA ANTECIPADA CUMULADA COM PEDIDO DE INDENIZAO POR DANOS MORAISxxxxxxxxxxxxxxxxxx, brasileiro, portador do CPF n xxxxxxxxxxxxxxxxx, residente e domiciliado xxxxxxxxxxxx, vm, respeitosamente, perante Vossa Excelncia, por seus advogados, requerendo, desde logo, que todas as intimaes e publicaes sejam feitas em nome da advogada titular do escritrio, Dra. Audrey Martins Magalhes, localizado na Rua Elizeu Martins, n 1.294, Salas 104/107, Edifico Oeiras, Centro, Teresina-PI, propor a presente AO ORDINRIA COM PEDIDO DE TUTELA ANTECIPADA CUMULADA COM PEDIDO DE INDENIZAO POR DANOS MORAIS contra BANCO CITICARD S/A, pessoa jurdica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o n 34.098.442/0001-34, com sede na Avenida Francisco Matarazzo, n 1.400, 17 andar, Edifcio Torre Milano, Barra Funda, CEP: 05.001-903, So Paulo-SP, pelos os motivos de fato e de direito a seguir expostos:

I. DOS FATOS

O autor possui um carto Credicard Citi Gold Mastercard com o qual realizava compras e sempre honrou com o pagamento de todas as faturas, conforme comprova documentao em anexo.

Ocorre que, em 04 de maro de 2008, tentou realizar pela internet compra de um programa da Microsoft na loja Digital River, no valor de R$ 1.258,59 (um mil duzentos e cinqenta e oito reais e cinqenta e nove centavos). Porm, a compra no foi autorizada. O autor entrou em contato com a central de atendimento do carto para saber o motivo da no autorizao da referida compra e a atendente informou que, na ocasio da compra, o autor digitou a data de validade do carto de maneira incorreta. O autor ento perguntou se a atendente no poderia autorizar a compra e ela informou que no, aconselhando ao autor realizar nova compra.

Assim, em 31 de maro de 2008, o autor realizou a compra pela internet do programa da Microsoft na loja Digital River, no valor de R$ 1.307,33 (um mil trezentos e sete reais e trinta e trs centavos). Desta feita, a compra foi autorizada e o autor recebeu o produto comprado.

Entretanto, na fatura com vencimento para o dia 06 de abril de 2008, o autor foi surpreendido com a cobrana em duplicidade do valor de R$ 1.258,59 (um mil duzentos e cinqenta e oito reais e cinqenta e nove centavos). Ou seja, a compra que o autor tentou realizar em 04 de maro de 2008 e que no foi autorizada o autor sequer recebeu o produto estava sendo cobrada na fatura de abril de 2008 em duplicidade. Os valores indevidamente cobrados na fatura de abril de 2008 totalizam R$ 2.517,18 (dois quinhentos e dezessete reais e dezoito centavos).

O autor efetuou o pagamento da fatura de abril de 2008, deduzindo o valor indevidamente cobrado R$ 2.517,18 (R$ 1.258,59 + R$ 1.258,59) e entrou em contato com a central de atendimento do carto afirmando que a compra no havia sido autorizada e requerendo que o valor fosse retirado da fatura.

A atendente afirmou que iria solucionar o problema, porm, nada foi feito. Na fatura de maio de 2008 o valor de R$ 2.517,18 (R$ 1.258,59 + R$ 1.258,59) continuou sendo indevidamente cobrado, acrescido de encargos. O autor entrou em contato novamente com a central de atendimento do carto explicando o ocorrido e solicitando a retirada da cobrana indevida. Vale ressaltar, que o autor efetuou o pagamento da fatura de maio de 2008 tambm deduzindo a quantia indevidamente cobrada (R$ 2.517,18).

J na fatura de junho de 2008, o valor indevidamente cobrado passou a ser de R$ 1.258,59 (um mil duzentos e cinqenta e oito reais e cinqenta e nove centavos), ou seja, o valor que anteriormente estava sendo cobrado em duplicidade (R$ 1.258,59 + R$ 1.258,59) agora passou a ser cobrado apenas uma vez (R$ 1.258,59). Ocorre que a cobrana continuou sendo indevida, eis que a compra no foi autorizada. O autor no conseguiu efetuar a compra, conforme informao prestada pela prpria central de atendimento do carto.

O autor entrou em contato diversas vezes com a central de atendimento do carto tentando resolver a questo, porm, sem xito. Nas demais faturas o valor de R$ 1.258,59 continuou sendo indevidamente cobrado, acrescido de encargos. O autor efetuou o pagamento de todas as faturas, com a deduo do valor indevidamente cobrado.

Na fatura de dezembro de 2008, alm da cobrana indevida acrescida de encargos, consta a cobrana da primeira parcela da anuidade, no valor de R$ 48,00 (quarenta e oito reais). O autor, desta feita, entrou em contato com a central de atendimento, requerendo o cancelamento do carto. Informou que no tinha interesse em renovar o carto e requereu o seu cancelamento. Efetuou o pagamento do valor devido, constante na fatura de dezembro de 2008, e no utilizou mais o carto.

Ocorre que, apesar das inmeras ligaes realizadas, a r no efetivou o cancelamento do carto. O autor continua recebendo mensalmente as faturas com a cobrana indevida, acrescidas de encargos com a cobrana de anuidade, no obstante o pedido de cancelamento.

O autor, conforme acima relatado, solicitou diversas vezes empresa r que solucionasse a questo, porm, no obteve xito. No obstante as inmeras reclamaes, as cobranas indevidas continuaram sendo realizadas, ms a ms. Alm do constrangimento ocasionado pelas cobranas indevidas, o autor recebeu comunicado do Serasa e SPC informando que seu nome iria ser includo nos cadastros de inadimplentes, tendo em vista a existncia de dbito junto ao Banco Citicard S.A., no valor de R$ 145,33 (cento e quarenta e cinco reais e trinta e trs centavos).

Diante do exposto, fica claro que o autor, apesar das inmeras ligaes realizadas, no conseguiu solucionar o problema, no restando outra alternativa seno o ajuizamento da presente ao. II. DO DIREITO

II. A) DA RELAO DE CONSUMO ART. 2 E ART. 3 DO CDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR.

Cumpre ressaltar, primeiramente, que o servio prestado pela empresa r ao autor caracteriza-se como relao de consumo. A empresa requerida enquadra-se no conceito de fornecedora (art. 3 do CDC), visto que presta servio no mercado mediante remunerao. J o autor, atingido pela prtica abusiva da requerida, por sua vez, enquadra-se no conceito de consumidor (art. 2 do CDC), visto que utiliza, mediante contraprestao pecuniria, os servios prestados pela empresa requerida.

A conseqncia da natureza consumerista da relao entre as partes que se aplicam a tal relao as normas de ordem pblica e de interesse social previstas no Cdigo de Defesa de Consumidor (Lei n 8.078/90), principalmente aquelas que reconhecem a vulnerabilidade do consumidor (art. 4, I, CDC); que facilitam a defesa dos direitos do consumidor, mormente com a inverso do nus da prova (art. 6, VIII, CDC); que cobem e tornam nulas de pleno direito as prticas e clusulas contratuais abusivas impostas pela r (art. 39 e incisos, e art. 51 e incisos, todos do CDC); sem contar o reconhecimento da boa-f objetiva, com todas as suas conseqncias jurdicas, como princpio e norma impositiva presente em toda e qualquer relao de consumo (art. 4, III, e art. 51, IV, todos do CDC).

Assim, aplicam-se ao caso em comento todas as normas disciplinadas e dispostas na Lei n 8.078/90.

II. B) DO DANO MORAL

Dispe os arts. 186 e 927, ambos do Cdigo Civil Brasileiro, que:

Art. 186. Aquele que, por ao ou omisso voluntria, negligncia, ou imprudncia, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilcito.

Art. 927. Aquele que, por ato ilcito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repar-lo.

Pargrafo nico. Haver obrigao de reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, riscos para os direitos de outrem.

Segundo a melhor doutrina e jurisprudncia, para a condenao na responsabilidade de indenizar, necessrio, tanto para o dano material como para o dano moral, a comprovao de trs requisitos: a culpa do agente, o dano e o nexo de causalidade.

No presente caso, vislumbra-se, de forma ntida, a culpa da empresa r, que praticou inmeras irregularidades, que ocasionou prejuzos ao autor, quais sejam: realizar cobranas indevidas e inserir indevidamente o nome do autor nos cadastros de inadimplentes.

A atitude da empresa r, especialmente, a de inserir o nome do autor nos cadastros de inadimplentes por dvida inexistente, ocasiona evidente prejuzo ao autor.

No presente caso, o dano moral sequer necessita de prova, vez que deriva da prpria exposio ftica. Nas palavras de Srgio Cavalieri Filho dano que "deriva inexoravelmente do prprio fato ofensivo, de modo que, provada a ofensa, ipso facto est demonstrado o dano moral guisa de uma presuno natural, uma presuno hominis ou facti, que decorre das regras da experincia comum". A inscrio do nome do autor nos cadastros de inadimplentes por dvida inexistente, por si s, j ocasiona o dano moral. Nesse caso, o dano moral presumido.

A jurisprudncia ptria, em casos semelhantes, entende pela configurao dos danos morais, seno veja-se:

CIVIL. DIREITO DO CONSUMIDOR. CARTO DE CRDITO. SERVIO NO PRESTADO. DVIDA INEXISTENTE. INSCRIO DO CONSUMIDOR NOS RGOS DE PROTEO AO CRDITO. DANO MORAL CARACTERIZADO. INDENIZAO DEVIDA. PROVIMENTO PARCIAL, APENAS PARA REDUZIR O VALOR FIXADO.

1. A empresa fornecedora de produtos e servios, responde, independentemente de culpa, pelos danos causados ao consumidor, decorrentes de defeitos na prestao do servio. 2. A inscrio do nome do consumidor nos cadastros de proteo ao crdito, de forma indevida, por si s causa geradora de danos morais, passveis de reparao, e sua prova se satisfaz com a demonstrao da irregularidade da inscrio. 3. Mostrando-se elevado o valor da indenizao, d-se provimento parcial, apenas para reduo do quantum fixado.(20040110872238APC, Relator JESUNO RISSATO, 5 Turma Cvel, julgado em 25/03/2009, DJ 02/04/2009 p. 80)CIVIL E PROCESSUAL CIVIL. AO DE REPARAO DE DANOS MORAIS. NEGLIGNCIA DA R. LEGITIMIDADE PASSIVA. ADMINISTRADORA DO CARTO E TITULAR DA "BANDEIRA". COBRANA INDEVIDA. NOME DO AUTOR INCLUDO NO SERVIO DE PROTEO AO CRDITO. DESNECESSIDADE DA PROVA DO PREJUZO.1 - O consumidor no dissocia a administradora do carto de crdito da empresa que representa a "bandeira", de sorte que, luz do CDC e da teoria da aparncia, poder demandar contra qualquer uma, pois no de fcil percepo quem o gestor do negcio envolvendo o carto contratado.2 - Na ao de indenizao por danos morais, no se faz necessria a prova do prejuzo, sendo suficiente para a procedncia a constatao do nexo de causalidade entre o dano e a conduta do ofensor. Precedentes do STJ e deste Tribunal.3 - Na fixao da indenizao por danos morais, deve considerar o Juiz a proporcionalidade e razoabilidade da condenao em face do dano sofrido pela parte ofendida e o seu carter compensatrio e inibidor, mediante o exame das circunstncias do caso concreto.4 - Recurso provido. (20060110782445APC, Relator CRUZ MACEDO, 4 Turma Cvel, julgado em 11/02/2009, DJ 23/03/2009 p. 87)CIVIL - DIREITO DO CONSUMIDOR - CARTO DE CRDITO - DBITO INTEGRALMENTE LIQUIDADO - COBRANAS INDEVIDAS - INSCRIO EM CADASTRO RESTRITIVO DE CRDITO - DANO MORAL CONFIGURADO - RECURSO IMPROVIDO. SENTENA MANTIDA PELOS PRPRIOS FUNDAMENTOS.1. Cuida-se de ao de indenizao por danos morais decorrentes do indevido lanamento de seu nome nos cadastros de inadimplentes, a pedido do ru. Alega o autor que pediu cancelamento do carto de crdito e o ru prometeu fazer estorno de dbito indevidamente lanado. O ru insistiu na indevida cobrana e negativou o nome do autor. Que para baixar a pendncia, pagou o valor cobrado. O documento de fl. 50 comprova que a quantia indevidamente cobrada foi lanada a crdito do autor (- R$ 216,00). No h qualquer despesa realizada pelo autor depois dessa data. O depsito do valor estornado em conta corrente do autor evidencia que houve a resciso contratual (+ R$ 216,00). Compensando-se o crdito lanado na fatura do carto do ms de outubro de 2007 e o valor depositado na conta corrente do autor o resultado zero. Logo, no poderia a instituio recorrente ter cobrado qualquer quantia na fatura do ms de novembro de 2007, nem ter inserido o nome do autor em cadastro restritivo de crdito.

2. A Apelante incorreu em falha de prestao de servio vez que promoveu a incluso do nome do apelado nos cadastros restritivos de crdito alm de lhe encaminhar cobranas indevidas, devendo responder objetivamente pelos danos morais e materiais que causou.

3. Adequado se mostra o valor fixado na sentena a ttulo de reparao civil, porque pautado nos princpios da razoabilidade e da proporcionalidade, sem se afastar da gravidade dos fatos descritos na inicial.

4. Sentena mantida pelos seus prprios fundamentos, com smula de julgamento servindo de acrdo, com fulcro no art. 46 da Lei 9.099/95.

5. Em razo da sucumbncia, condeno o Recorrente ao pagamento das custas processuais e dos honorrios advocatcios fixados em 10% sobre o valor da condenao, nos termos do art. 55 da Lei 9099/95. (20080110103346ACJ, Relator MARIA DE FTIMA RAFAEL DE AGUIAR RAMOS, Primeira Turma Recursal dos Juizados Especiais Cveis e Criminais do D.F., julgado em 17/02/2009, DJ 16/03/2009 p. 206)O nexo causal tambm est presente de forma indiscutvel, vez que as cobranas indevidas e a inscrio do nome do autor nos cadastros de inadimplentes ocorreram por ato da empresa r. O autor promoveu inmeras reclamaes e solicitaes, porm, a demandada foi negligente, no regularizou a situao do autor, preferiu insistir na cobrana indevida.

Por fim, fundamental asseverar que no existe orientao segura, uniforme e objetiva na doutrina ou na jurisprudncia de nossos tribunais no que tange aos critrios para a fixao da indenizao por danos morais. O julgador deve atentar sempre para as circunstncias fticas, para a gravidade objetiva do dano, seu efeito lesivo, a natureza e a extenso do dano, as condies sociais e econmicas da vtima e do ofensor, de tal sorte que no haja enriquecimento do ofendido.

No presente caso, o dano moral deve ser deferido e arbitrado por Vossa Excelncia, tendo em vista todos os transtornos ocasionados ao autor.

Diante disso, requer, desde logo, data vnia, a Vossa Excelncia que arbitre o valor da indenizao por danos morais levando em considerao o fato cometido pela r ter ocasionado prejuzos de grande monta ao autor.

II. D) DA TUTELA ANTECIPADA

O art. 273, do Cdigo de Processo Civil, preceitua in verbis:

Art. 273. O juiz poder, a requerimento da parte, antecipar, total ou parcialmente, os efeitos da tutela pretendida no pedido inicial, desde que, existindo prova inequvoca, se convena da verossimilhana da alegao e:

I haja fundado receio de dano irreparvel ou de difcil reparao; ou

II fique caracterizado o abuso de direito de defesa ou o manifesto propsito protelatrio do ru.

1 Na deciso que antecipar a tutela, o juiz indicar, de modo claro e preciso, as razes de seu convencimento.

2 No se conceder a antecipao da tutela quando houver perigo de irreversibilidade do provimento antecipado.

A prova inequvoca de que a empresa r praticou inmeras irregularidades est bem delineada na narrao dos fatos e nos documentos em anexo. A r realizou cobrana indevida de dbito e inseriu o nome do autor nos cadastros de inadimplentes.

A prova inequvoca est umbilicalmente ligada verossimilhana da alegao. A prova, portanto, h de demonstrar que o que diz a parte verdade, e que esta verdade tutelada pelo direito. Desse modo, diante de todos os argumentos acima mencionados, bem como, das provas que acompanham a presente pea, demonstrada est a verossimilhana da alegao.

O receio ao dano irreparvel se infere pelo fato de que o nome do autor foi inserido nos cadastros de inadimplentes, inviabilizando a realizao de compras, a solicitao de emprstimos em bancos, etc. Ademais, o autor scio de empresa e, diante disso, seu nome constantemente consultado quando da realizao de negcios. Ou seja, a permanncia do nome do autor nos cadastros de inadimplentes ocasionar danos na sua vida privada e em seus negcios.

Data vnia, considerando o princpio da eventualidade, mesmo que a dvida seja considerada devida, o que no se reconhece e se admite apenas para melhor argumentar, ainda assim a tutela antecipada deve ser deferida. O autor pessoa idnea que sempre efetuou o pagamento de todas as faturas, no sendo admissvel a inscrio do seu nome nos cadastros de inadimplentes por dvida inexistente e no reconhecida.

O autor no efetuou o pagamento dos valores cobrados, eis que no reconhece a dvida. O autor tentou realizar uma compra em 04/03/2008, porm, a missiva compra no foi autorizada e, por conseguinte, o requerente no recebeu o produto que tentou adquirir. Ademais, a jurisprudncia entende que quando a dvida est sendo discutida em juzo, cabe o deferimento de tutela antecipada para a excluso do nome do suposto devedor dos cadastros de inadimplentes, seno veja-se:

Ou seja, no haver perigo de irreversibilidade do provimento antecipado, eis que se a dvida for considerada devida, o que no se reconhece e se admite penas para melhor argumentar, a empresa r poder inserir novamente o nome do autor nos cadastros de inadimplentes e promover a cobrana da dvida.

CIVIL - INSCRIO DO DEVEDOR NO CADASTRO DE INADIMPLENTES. DBITO SUB JUDICE. IMPOSSIBILIDADE.Cabvel a excluso do nome do devedor do cadastro do SERASA, quando o montante da dvida, em sua amplitude, estiver sendo discutido em juzo. Precedentes do STJ. (20030020073447AGI, Relator DCIO VIEIRA, 5 Turma Cvel, julgado em 13/09/2004, DJ 01/12/2005 p. 271)

Assim, requer a concesso da tutela antecipada, sem qualquer nus ao autor, no sentido de determinar a empresa r que retire o nome do autor dos cadastros de inadimplentes (SERASA e SPC). Ademais, requer que, at o julgamento final da lide, a empresa requerida se abstenha de inserir o nome do autor nos mencionados cadastros de inadimplentes e em outros existentes.

III. DO PEDIDO

Ante todo o exposto, requer a Vossa Excelncia:

a) Que seja deferida, inaudita altera pars, a tutela antecipada, nos termos do art. 273, do CPC, ou seja, que o MM. Juiz determine (sem qualquer nus para o autor) a empresa r que retire o nome do autor dos cadastros de inadimplentes (SERASA e SPC). Requer, ainda em sede de tutela antecipada, que Vossa Excelncia determine a empresa r que se abstenha de inserir novamente o nome do autor nos cadastros de inadimplentes, at o julgamento final da presente lide. b) Que seja citada a empresa r para os termos da presente ao. Requer nos termos do art. 222 do CPC que a citao da empresa r seja feita pelos correios com aviso de recebimento.

c) Requer a inverso do nus da prova e a intimao da requerente para apresentar as gravaes das ligaes realizadas solicitando a retirada das cobranas indevidas e o pedido de cancelamento do carto de crdito.

d) Ao final, decorridos os trmites legais, requer a Vossa Excelncia que:

d.1) Declare a resciso contratual da relao havida entre as partes, determinando empresa r que efetue o cancelamento do carto de crdito do o autor;

d.2) Que o MM. Juiz declare que o autor no possui qualquer dbito junto empresa requerida, tornando definitiva a tutela antecipada requerida, com a excluso definitiva do nome do autor dos cadastros de inadimplentes;

d.3) Diante dos inmeros prejuzos de ordem moral, requer a que condene a r ao pagamento de indenizao por danos morais ocasionados ao autor, em valor a ser arbitrado por Vossa Excelncia .

d.4) Por fim, requer que a empresa postulada seja condenada a efetuar o pagamento das custas processuais e honorrios advocatcios a base de 20% sobre o valor da condenao.

Protesta provar o alegado por todos os meios de prova em direito admitidos, notadamente juntada de novos documentos; depoimento pessoal do representante legal da r, sob pena de confisso; oitiva de testemunhas; e que a empresa r apresente as gravaes das ligaes feitas pelo autor requerendo a retirada das cobranas indevidas e o cancelamento do carto de crdito. D-se causa o valor de R$ 16.000,00 para efeitos fiscais.

Nestes termos, pede deferimento.Teresina, 03 de abril de 2009.

Audrey Martins Magalhes

Carolina Lago Castello Branco

Advogada OAB/PI n 1.829

Advogada OAB/PI n 3.405PAGE 2