1298
 

19º encontro da Asphe

Embed Size (px)

Citation preview

  • Associao Sul-Rio-Grandense de Pesquisadores

    em Histria da Educao - ASPHE/RS

    ANAIS DO 19 ENCONTRO

    DA ASSOCIAO SUL-RIO-GRANDENSE

    DE PESQUISADORES EM HISTRIA

    DA EDUCAO - ASPHE/RS

    ISBN 978-85-88667-68-6

    Pelotas, novembro de 2013

    Universidade Federal de Pelotas - UFPel/RS

  • Associao Sul-Rio-Grandense de Pesquisadores em Histria da Educao - ASPHE/RS

    Associao criada em 11 de dezembro de 1995, em So Leopoldo/RS, que tem por finalidade

    promover estudos e disseminao de informaes relacionadas histria da educao.

    http://asphers.blogspot.com.br/

    Diretoria (2011-2013) Presidente: Claudemir de Quadros - UFSM Vice-Presidente: Luciane Sgarbi Santos Grazziotin - UNISINOS Secretrio geral: Carla Gastaud - UFPel

    Conselho Fiscal (2011-2013) Beatriz Teresinha Daudt Fischer - UNISINOS Elomar Antonio Callegaro Tambara - UFPel Maria Helena Cmara Bastos - PUC/RS

    Revista Histria da Educao http://seer.ufrgs.br/asphe [email protected]

    Comisso Organizadora Local do 19 Encontro da ASPHE Antnio Maurcio Medeiros Alves - UFPel Chris de Azevedo Ramil - UFPel Ccera Marcelina Vieira - UFPel Diogo Franco Rios - UFPel Mnica Maciel Vahl - UFPel Patrcia Weiduschadt - UFPel Rita de Cssia Grecco dos Santos - FURG Vanessa Barrozo Teixeira - UFPel Vnia Grim Thies - UFPel Diagramao: Chris de Azevedo Ramil

    19 Encontro da ASPHE [email protected]

    Comisso Cientfica Adriana Kivanski de Senna - FURG Beatriz Teresinha Daudt Fischer - UNISINOS Carla Gastaud - UFPel Carmo Thum - FURG Carmem Burget Schiavon - FURG Diogo Franco Rios - UFPel Dris Bittencourt Almeida - UFRGS Eduardo Arriada - UFPel Eliane Peres - UFPel Elomar Tambara - UFPel Flvia Obino Corra Werle - UNISINOS Gabriela Medeiros Nogueira - FURG Giana Lange do Amaral - UFPel Giani Rabelo - UNESC Helena de Arajo Neves - UFPel Julia Silveira Matos - FURG Lisiane Sias Manke- UFPel Luciane Sgarbi Santos Grazziottin - UNISINOS Marcos Villela Pereira- PUC/RS Maria Augusta Martiarena de Oliveira - IFRS/Osrio Maria Helena Cmara Bastos - PUC/RS Maria Stephanou - UFRGS Maria Tereza Santos Cunha - UDESC Patrcia Weiduschadt - UFPel Rejane Barreto Jardim - FURG Renata Braz Gonalves - FURG Rita de Cssia Grecco dos Santos - FURG Sebastio Peres - UFPel Terciane ngela Luchesi - UCS Vnia Chaigar - FURG Vnia Grim Thies - UFPel Zita Rosane Possamai - UFRGS

    Magali Martins Aquino CRB 10/1180

    En17 Encontro da Associao dos Pesquisadores em Histria da Educao (19: 2013: Pelotas, RS)

    Histria da Educao e Culturas do Pampa: dilogos entre Brasil e Uruguai: anais do 19 Encontro da Associao dos Pesquisadores em Histria da Educao, 06 a 08 de novembro de 2013 em Pelotas, RS. Pelotas: UFPEL; ASPHE, 2013.

    1294p.

    ISBN 978-85-88667-68-6

    1. Educao 2. Histria da Educao I. Ttulo

    CDU 37(091)

  • SUMRIO 3

    SUMRIO

    APRESENTAO .................................................................................................. 11

    PROGRAMAO ................................................................................................... 15

    SESSES ............................................................................................................... 21

    ARTIGOS ................................................................................................................ 35

    A TOMADA DA PONTE DA AZENHA, EXPEDIO A LAGUNA E A CHEGADA DOS CASAIS AORIANOS: A TRAJETRIA DE TRS PINTURAS HISTRICAS Marlene Ourique do Nascimento .................................................................................................. 37 PROGRAMA DE SOCIOLOGIA DE AMARAL FONTOURA: NOTAS SOBRE UM COMPNDIO DA DCADA DE 1940 Marcelo Pinheiro Cigales .............................................................................................................. 44 A CIRCULAO DA CULTURA ESCRITA EM CONTEXTOS RURAIS: O CASO DE LEITORES ASSDUOS Lisiane Sias Manke ....................................................................................................................... 56 A DISCIPLINA DE EDUCAO FSICA NOS ORDENAMENTOS LEGAIS DA EDUCAO BRASILEIRA: 1961-1996 Rony Centeno Soares Jnior ........................................................................................................ 69 A DIVERSIDADE CULTURAL NA ESCOLA: UM ESTUDO COM NFASE NO PROCESSO COLONIZATRIO POLONS EM DOM FELICIANO/RS Rozele Borges Nunes ................................................................................................................... 81 A EDUCAO INFANTIL EM TUBARO/SC: ESTUDO DA ORGANIZAO E PRTICA PEDAGGICA EM UMA INSTITUIO INFANTIL (1960-1970) Marlise de Medeiros Nunes de Pieri ............................................................................................. 94 A ESCOLA RICO VERSSIMO EM VISTA GACHA - RS: MEMRIAS REVISITADAS Fabiana Regina da Silva; Cinara Dalla Costa Velsquez; Josiane Caroline Machado Carr ........................................................................................................................................... 108 A ESCRITA EPISTOLAR E O CLERO FRONTEIRIO: UMA LEITURA DAS CARTAS DE DOM JOAQUIM ACERCA DA FORMAO E ATUAO DO CLERO NA DIOCESE DE PELOTAS Cristile Santos de Souza; Carla Rodrigues Gastaud ................................................................ 119 A HISTRIA DA EDUCAO ENQUANTO CAMPO DE MLTIPLAS RELAES: APROXIMAES COM A MUSEOLOGIA E O ESTUDO DOS MUSEUS Ana Carolina Gelmini de Faria .................................................................................................... 129 A IMPLANTAO DA REFORMA EDUCACIONAL NO RIO GRANDE DO SUL: UMA ANLISE DA REVISTA DO ENSINO NA ERA VARGAS Marlos Mello ................................................................................................................................ 142 A IMPORTNCIA PEDAGGICA DO DIRETOR DE EDUCAO FSICA NA

  • SUMRIO 4

    PRIMEIRA REPBLICA NA PRAA DE DESPORTOS: PRIMEIRAS APROXIMAES, O CASO DE BAG/RS Alessandro Carvalho Bica; Berenice Corsetti ............................................................................. 154 A INSTITUIO ESCOLAR DE ENSINO PRIMRIO EXTERNATO SO JOS NA DCADA DE 1950: OS DIRIOS DE CLASSE COMO FONTE DOCUMENTAL Luiza Gonalves Fagundes ........................................................................................................ 166 A LNGUA E A CULTURA POMERANA NA ESCOLA GERMANO HBNER ATRAVS DO PROJETO POMERANDO Danilo Kuhn da Silva .................................................................................................................. 179 A LITERATURA COMO PRIVILEGIADA LEITORA DOS SIGNOS DA HISTRIA Francieli Daiane Borges ............................................................................................................. 192 A MATERIALIDADE E OS PROTOCOLOS DE LEITURA: PRIMEIROS OLHARES SOBRE O JORNAL FAZENDO HISTRIA Patricia Machado Vieira .............................................................................................................. 200 A NACIONALIZAO DO ENSINO E AS CAMPANHAS DE ALFABETIZAO NAS PGINAS DO CORREIO DE SO LEOPOLDO (1937-1951) Ariane dos Reis Duarte ............................................................................................................... 211 A ORGANIZAO E O TRATAMENTO TCNICO DA HEMEROTECA DO CENTRO DE DOCUMENTAO (CEDOC-CEIHE): UM ESPAO PARA SALVAGUARDAR A HISTRIA DA EDUCAO DA CIDADE DE PELOTAS/RS Vanessa Barrozo Teixeira; Aline Sicca; Nitri Vieira; Sheila Duarte .......................................... 225 A PEDAGOGIA DA EDUCAO ANTROPOCNTRICA: OS ANIMAIS E AS PLANTAS NOS LIVROS DE ENSINO DE CINCIAS (1960-1970) Catia Elaine Alves Contante; Cynara de Oliveira Geraldo; Carlos Renato Carola .................... 238 A PRODUO GACHA DE LIVROS DIDTICOS ENTRE OS ANOS DE 1940 A 1980 Ccera Marcelina Vieira; Mnica Maciel Vahl; Chris de Azevedo Ramil; Francieli Daiane Borges ......................................................................................................................................... 252 A REVISTA O ESTUDO E SUAS FOTOGRAFIAS: ALGUNS APONTAMENTOS DE PESQUISA Andra Silva de Fraga ................................................................................................................ 267 A SOCIEDADE DE PROPAGANDA DO TIRO BRAZILEIRO DE RIO GRANDE E AS LINHAS DE TIRO: ESCOLAS DE BRASILIDADE Genivaldo Gonalves Pinto ......................................................................................................... 284 SOMBRA DAS TRS FIGUEIRAS: O NOVO COLGIO FARROUPILHA (PORTO ALEGRE/ RS 1962) Lucas Costa Grimaldi ................................................................................................................. 296 A TENDNCIA GREGRIA DOS IMIGRANTES ALEMES E TEUTO-BRASILEIROS EM PELOTAS - SCULO XIX Maria Angela Peter da Fonseca; Elomar Antonio Callegaro Tambara ...................................... 312 ABECEDRIOS EM CIRCULAO: ENTRE DICIONRIOS, LIVROS E CARTILHAS ESCOLARES Maria Stephanou; Mariana Venafre ............................................................................................ 326 ACERVOS ESCOLARES E HISTRIA DAS INSTITUIES EDUCACIONAIS: O

  • SUMRIO 5

    CASO DA ESCOLA ESTADUAL DE ENSINO FUNDAMENTAL GENERAL OSRIO Maria Augusta Martiarena de Oliveira ........................................................................................ 342 ANLISE E ESTUDO DE IMPRESSOS - A REVISTA "O PEQUENO LUTERANO" Patrcia Weiduschadt .................................................................................................................. 355 APONTAMENTOS HISTRICOS SOBRE A INSTRUO PBLICA NA CIDADE DO RIO GRANDE, A FUNDAO DO GINSIO LEMOS JNIOR E O CONCEITO DE INSTITUIO Fernanda Lisiane de Oliveira Sauer; Carmen Beatriz Pereira Leal ........................................... 371 APROPRIAES DAS CLASSES EXPERIMENTAIS SECUNDRIAS NO ESTADO DE SO PAULO (1955-1964) Letcia Vieira; Norberto Dallabrida .............................................................................................. 381 AS ASSOCIAES AUXILIARES DA ESCOLA EM ESCOLAS PBLICAS DO SUL DE SANTA CATARINA (1938-1988) Mariane Rocha Niehues; Vanessa Massiroli; Giani Rabelo ....................................................... 394 AS CONTRIBUIES DA IMPRENSA NO PEDAGGICA NA PESQUISA: O ASILO DE RFS SO BENEDITO Jeane dos Santos Caldeira; Jezuina Kohls Schwanz ................................................................ 409 AS ESCOLAS ISOLADAS NO PERODO DE IMPLANTAO DO MODELO ESCOLAR SERIADO NO RIO GRANDE DO SUL (1909-1942) Natlia Gil ................................................................................................................................... 422 ASPECTOS DA HISTRIA DA BIBLIOTECA PBLICA MUNICIPAL DE PIRATINI/RS (1977-1982): ACERVO, LEITURAS E LEITORES Darlene Rosa da Silva ................................................................................................................ 433 ASPECTOS DA TRAJETRIA PROFISSIONAL DA PROFESSORA PRIMRIA CECY CORDEIRO THOFEHRN E A MATEMTICA ESCOLAR (1941-1971) Antnio Maurcio Medeiros Alves ............................................................................................... 445 AUGUSTO CURY E AUTORES DE LIVROS DE AUTOAJUDA PARA PROFESSORES NA CONTEMPORANEIDADE: UM CAPTULO NA HISTRIA DAS PRTICAS DE LEITURA DE DOCENTES NO BRASIL Carine Winck Lopes .................................................................................................................... 459 CADERNOS DE DITADO: VITRINE DO ENSINO DE ORTOGRAFIA NA ESCOLA PRIMRIA (COLGIO FARROUPILHA/RS 1948/1991) Maria Helena Camara Bastos ..................................................................................................... 474 CARTAS DE FRONTEIRA: UM UNIVERSO PECULIAR Carla Gastaud ............................................................................................................................. 492 COLLEGIO ELEMENTAR CASSIANO DO NASCIMENTO: CRIAO E PRIMEIROS ANOS DE FUNCIONAMENTO PELOTAS (1913-1923) Nitri Ferreira Vieira; Aline Dauniz Sicca; Giana Lange do Amaral ........................................... 505 CONJUNTURA PARA A HISTRIA DA EDUCAO DE LOS ABAJO NA REPBLICA VELHA (1889-1930): PENSANDO UMA HISTRIA DA EDUCAO NA CIDADE DE RIO GRANDE/RS Francisco Furtado Gomes Riet Vargas; Rita de Cssia Grecco dos Santos ............................. 518 CONTRIBUIES PARA UMA ESCRITA BRASILEIRA: O ENSINO DA ESCRITA NAS

  • SUMRIO 6

    PUBLICAES DE ORMINDA MARQUES Carolina Monteiro ........................................................................................................................ 531 CPIA DE ATIVIDADES DE CARTILHAS: O QUE REVELAM OS CADERNOS DE PLANEJAMENTO DE UMA PROFESSORA ALFABETIZADORA (1983-2000) Ccera Marcelina Vieira; Joseane Cruz Monks; Fernanda Noguez Vieira ................................. 548 DO ENSINO MEMRIA: OS MUSEUS ESCOLARES EM PORTO ALEGRE Nara Beatriz Witt; Zita Rosane Possamai .................................................................................. 564 EDUCACIN DEL CUERPO Y CONFIGURACIONES CURRICULARES EN LA PRIMERA MODALIDAD DE FORMACIN PARA EL DICTADO DE LA GIMNASTICA EN LA ESCUELA EN URUGUAY Paola Dogliotti ............................................................................................................................. 576 ESCOLAS TNICAS POLONESAS NO RIO GRANDE DO SUL 1875 1939 Adriano Malikoski ........................................................................................................................ 588

    FACULDADE DE DIREITO DE PELOTAS/BRASIL - CONSIDERAES EM TORNO DE DOIS CONTEXTOS: SUA ORIGEM EM 1912 E CINCO DCADAS DEPOIS Valesca Brasil Costa; Beatriz T. Daudt Fischer .......................................................................... 601 HISTRIA DA EDUCAO E MUSEUS Natlia Thielke ............................................................................................................................ 610 HISTRIA DA EDUCAO PROFISSIONAL PBLICA: DAS ESCOLAS DE APRENDIZES ARTFICES CRIAO DOS INSTITUTOS DE EDUCAO, CINCIA E TECNOLOGIA Michele de Almeida Schmidt; Miguel Alfredo Orth ..................................................................... 620 HISTRIA DO ENSINO DE HISTRIA NO RS: ANLISE REFLEXIVA A PARTIR DAS LIES DO RIO GRANDE Carlos Alberto Xavier Garcia ...................................................................................................... 632 JOHN STUART MILL E A DEFESA DA ESCOLA PRIVADA E LAICA Itamaragiba Chaves Xavier ........................................................................................................ 642 JORNAL STELLA DITALIA E A DEFESA DAS ESCOLAS ITALIANAS DE PORTO ALEGRE (1902-1904) Gelson Leonardo Rech ............................................................................................................... 654 LEITURA DE MULHERES AGRICULTORAS IDOSAS DA CIDADE DE VERANPOLIS RS: ESTUDO A PARTIR DE NARRATIVAS ORAIS Janaina Carobin Marin; Renata Braz Gonalves ....................................................................... 667 MAGISTRIO, EDUCAO E POLTICA NOS JORNAIS CORREIO DO POVO E LTIMA HORA (1963-1964) Beatriz T. Daudt Fischer ............................................................................................................. 678 MATRCULA E TRAJETRIA DE ALUNOS NA ESCOLA PRIMRIA: O CASO DA 38 AULA MISTA DE PORTO ALEGRE (1910-1918) Joseane Leonardi Craveiro El Hawat ......................................................................................... 691 MEMRIAS DA PROFESSORA VANDA LIDE SCHUMACHER SOLDATELLI SOBRE A RELAO ESCOLA-COMUNIDADE, NA ANTIGA REGIO DE IMIGRAO ITALIANA/RS, 1941-1973 Jordana Wruck Timm; Lcio Kreutz .......................................................................................... 704

  • SUMRIO 7

    MEMRIAS DE EX-ALUNOS SOBRE UM ENSINO DE MATEMTICA NO COLGIO DE APLICAO DA BAHIA (1966-1976) Diogo Franco Rios ...................................................................................................................... 716 MEMRIAS DE FORMAO INICIAL DE PROFESSORES DE MSICA EM CONTEXTO URUGUAIO: A INFLUNCIA DA FAMLIA Luciane Wilke Freitas Garbosa; Franciele Maria Anezi; Vanessa Weber .................................. 730 MEMRIAS QUE ECOAM NO FAZER DOCENTE: UM ESTUDO SOBRE NARRATIVAS DE PROFESSORAS Maiara Michele Carvalho Correa ................................................................................................ 742 MICUIM: O OFICIAL E IRREVERENTE JORNALZINHO DO CLUBE EXCURSIONISTA SERRA DO MAR (CESM 1948-1958) Gabriela Mathias de Castro ........................................................................................................ 755 MISSO EDUCACIONAL AO URUGUAI: APRENDIZAGEM, MTODOS, PRINCPIOS Eduardo Arriada; Elomar Antonio Callegaro Tambara ............................................................... 770 MUSEU ESCOLAR: REORGANIZAO DO ACERVO DA ESCOLA MARISTA EM SO GABRIEL RS Maria Aparecida Possati dos Santos; Carlos Alberto Xavier Garcia .......................................... 783 O CENTRO ESPRITA COMO ESPAO EDUCACIONAL: O ESTUDO SISTEMATIZADO DA DOUTRINA ESPRITA Marcelo Freitas Gil ...................................................................................................................... 791 O CIRCUITO DA PRODUO DE LIVROS DIDTICOS: O CASO DA COLEO TAPETE VERDE (dcada de 1970) Chris de Azevedo Ramil ............................................................................................................. 803

    O COLGIO DE APLICAO DA UFRGS: MEMRIAS APAGADAS (1954-1996) Dris Bittencourt Almeida; Valeska Alessandra de Lima; Thaise Mazzei da Silva .................... 817 O CUIDADO NA ENFERMAGEM: COMO ENSIN-LO E APREND-LO? UMA ANLISE A LUZ DA HISTRIA ORAL EM UNIVERSIDADES GACHAS Ruy de Almeida Barcellos; Lcio Kreutz ..................................................................................... 830 O CURSO DE REFRIGERAO INDUSTRIAL E DOMICILIAR DO COLGIO TCNICO INDUSTRIAL DE RIO GRANDE: PIONEIRO NO BRASIL Josiane Alves da Silveira; Jarbas Luiz Lima de Souza .............................................................. 842 O DIRIO DA DIRETORA DO CURSO PRIMRIO DO COLGIO FARROUPILHA POA/RS (1968/1973) Alice Rigoni Jacques .................................................................................................................. 859 O HISTRICO DE INSTITUIES EDUCATIVAS E SEUS DILOGOS ENTRE OS MICRO-ESPAOS E AS MACRO-ESTRUTURAS: CORRELAES DO DIREITO EDUCAO E A OBRIGATORIEDADE DO ESTADO Ariane dos Reis Duarte; Artur Diego da Silva Alexandrino ........................................................ 874 O JORNAL ESTRELLA DO SUL COMO UMA ESTRATGIA DE INTERVENO NO DEBATE EDUCACIONAL NA PRIMEIRA METADE DE 1930 Adriana Duarte Leon ................................................................................................................... 885 O PRIMEIRO GABINETE DE LEITURA DA PROVNCIA DE SO PEDRO DO RIO GRANDE DO SUL: UM ESPAO PARA A CULTURA LETRADA DA CIDADE DO RIO

  • SUMRIO 8

    GRANDE (1846-1878) Vanessa Barrozo Teixeira .......................................................................................................... 898 O PROJETO MINERVA: UMA HISTRIA (1970 1983) Jose Carlos Santos ..................................................................................................................... 910 O TRABALHO DOCENTE NO ESTADO NOVO (1937-1945) EM PELOTAS/RS Vanessa dos Santos Lemos ....................................................................................................... 922 O USO DOS ARQUIVOS UNIVERSITRIOS COMO FONTE DE PESQUISA PARA ESTUDOS EM HISTRIA DA EDUCAO Tatiane Vedoin Viero .................................................................................................................. 934 O(S) LIVRO(S) DE LEITURA QUIERES LEER? E QUERES LER?: DO URUGUAI PARA O RIO GRANDE DO SUL Caroline Braga Michel; Eliane Peres; Gabriela Medeiros Nogueira ........................................... 945 OBJETOS VENDA: A COMERCIALIZAO DE MATERIAIS ESCOLARES VEICULADA EM JORNAIS DE SANTA CATARINA (1915-1950) Slia Ana Zonin; Hiassana Scaravelli ......................................................................................... 960 ORGANIZACIONES DE EDUCACIN SUPERIOR Y TICA DE LA RESPONSABILIDAD SOCIAL. UNA MIRADA A LA MICROPOLTICA DEL INSTITUTO NORMAL RURAL. (1960) Gabriela Esteva .......................................................................................................................... 976 OS CONCEITOS DE PIERRE BOURDIEU COMO INSTRUMENTOS DE ANLISE DE INSTITUIO EDUCATIVA Clarice Rego Magalhes ............................................................................................................ 991 OS DIRIOS DE CLASSE (1930-1940) E A CARTILHA ...ESTOU LENDO!!! (1978-1989): ELEMENTOS DA PRTICA ESCOLAR MATOGROSSENSE Luiza Gonalves Fagundes; Alessandra Pereira Carneiro Rodrigues .................................... 1001 OS JOVENS E ADULTOS NA POLTICA EDUCACIONAL CUBANA: PERSPECTIVA SOCIOCULTURAL DA HISTRIA DA EDUCAO EM CUBA (1959-1985) Rita de Cssia Grecco dos Santos; Francisco Furtado Gomes Riet Vargas .......................... 1016 OS LIVROS PARA O ENSINO DA LEITURA E DA ESCRITA E OS CONTRATOS DO PROGRAMA DO LIVRO DIDTICO PARA O ENSINO FUNDAMENTAL - 1972 Mnica Maciel Vahl; Ccera Marcelina Vieira .......................................................................... 1030 OS PRIMEIROS ANOS DE IMPLANTAO DO GINSIO DE ITABAIANA/SERGIPE (1949-1953) Silvnia Santana Costa ........................................................................................................... 1043 OS PRIMEIROS TEMPOS DE ESCOLA EM LOMBA GRANDE: ESCOLA DA COMUNIDADE EVANGLICA LUTERANA (1834-1881) Jos Edimar de Souza; Luciane Sgarbi S. Grazziotin ............................................................. 1057 OSTENSOR BRASILEIRO. JORNAL LITERRIO E PICTORIAL (1845-1846): UM PROJETO EDUCATIVO DO CIDADO BRASILEIRO Tatiane de Freitas Ermel; Marcelo da Silva Rocha ................................................................. 1070 PRTICA DOCENTE EM UMA ESCOLA PAROQUIAL DE ARROIO DO PADRE RS (1950-1960) Cssia Raquel Beiersdorf; Patrcia Weiduschadt .................................................................... 1085

  • SUMRIO 9

    PRIMEIROS ANOS DE FUNCIONAMENTO DO COLLEGIO ELEMENTAR FELIX DA CUNHA EM PELOTAS/RS (1913 1930) Aline Dauniz Sicca; Nitri Ferreira Vieira; Giana Lange do Amaral ........................................ 1099 PROCESSOS IDENTITRIOS E REPRESENTAES CONSTRUINDO UMA INSTITUIO ESCOLAR: O COLGIO SAGRADO CORAO DE JESUS, BENTO GONALVES/RS (1956 1972) Julia Tomedi Poletto; Lcio Kreutz .......................................................................................... 1110 RECLAME, PROPAGANDA E MARKETING EDUCACIONAL: VISIBILIDADE PARA AS INSTITUIES DE ENSINO PRIVADAS DE PELOTAS-RS NOS SCULOS XIX, XX, XXI Helena de Araujo Neves .......................................................................................................... 1124 RELAES ENTRE AS AUTORAS DE CARTILHAS, AS EDITORAS E O ESTADO NO RIO GRANDE DO SUL ENTRE AS DCADAS DE 1940 A 1970 Eliane Peres; Mnica Maciel Vahl; Chris de Azevedo Ramil .................................................. 1150 TTULOS DE LIVROS PARA O ENSINO DA LEITURA E DA ESCRITA COMO PROJETO ENUNCIATIVO (1950-2006) Joseane Cruz Monks; Eliane Peres; Vania Grim Thies ........................................................... 1166 TRAOS DENTRO E FORA DA ESCOLA: UMA ANLISE SOB A PERSPECTIVA DAS ESCRITURAS ORDINRIAS Roberta Barbosa dos Santos ................................................................................................... 1180 UM ESTUDO COMPARADO DO ENSINO SECUNDRIO DAS CIDADES DE PELOTAS E RIO GRANDE /RS (DCADAS DE 1870 a 1910). Hardalla Santos do Valle; Giana Lange do Amaral ................................................................. 1197 UM ESTUDO COMPARATIVO ENTRE AS LEIS DE DIRETRIZES E BASES DA EDUCAO, LEIS 4024/61 E 9394/96 NO QUE TANGE AO ENSINO SUPERIOR. Cristiane Hoffmann Moreira ..................................................................................................... 1209 UM NOVO CENRIO PARA A EDUCAO PROFISSIONAL E TECNOLOGICA NO RIO GRANDE DO SUL Edelbert Krger; ElomarTambara ............................................................................................ 1222 UMA ANLISE DOS EXERCCIOS DE SEPARAO DE SLABAS NOS DIRIOS DE CLASSE DAS PROFESSORAS ALFABETIZADORAS (1972 a 2010) Gisele Ramos Lima .................................................................................................................. 1237 UNIO DOS ESTUDANTES SECUNDRIOS DE CRICIMA (UESC): ENTRE O CONSERVADORISMO E A RESISTNCIA Marli Paulina Vitali ................................................................................................................... 1250 UNIVERSIDADE NO BRASIL: UNIVERSIDADE COMUNITRIA E REGIONAL NA SERRA GACHA Eliana Gasparini Xerri .............................................................................................................. 1263 VALORES CVICOS NOS CADERNOS ESCOLARES DO CURSO PRIMRIO (COLGIO FARROUPILHA/RS, DCADA 1950) Milene Moraes de Figueiredo .................................................................................................. 1277

  • APRESENTAO 11

    19o Encontro da Associao Sul-Rio-Grandense de Pesquisadores em Histria da Educao (ASPHE)

    HISTRIA DA EDUCAO E CULTURAS DO PAMPA:

    DILOGOS ENTRE BRASIL E URUGUAI

    6 a 8 de novembro de 2013 Universidade Federal de Pelotas / Pelotas RS

    APRESENTAO

    Ao longo de diversos anos, ou seja, desde o longnquo 1995, a

    Associao Sul-Rio-Grandense de Pesquisadores em Histria da Educao

    (ASPHE), tem pautado seus encontros no apenas com dinamismo,

    responsabilidade e esprito agregador, mas tambm temos ao longo dessa profcua

    caminhada procurado estreitar os laos culturais, afetivos e intelectuais com

    diversas regies e pases. Para tanto, desde 1997, edita a Revista Histria da

    Educao - RHE/ASPHE - e promove de forma contnua, encontros anuais. Tanto a

    revista como os encontros tm se constitudo em espaos de socializao das

    pesquisas, de dinamizao da produo historiogrfica e de debates no campo da

    investigao histrica.

    A ASPHE j realizou dezoito encontros, com o apoio institucional das

    universidades do Rio Grandes do Sul representadas por seus associados e, em

    alguns casos, com financiamentos das agncias de fomento, como FAPERGS,

    CAPES e CNPq. Para cada evento so publicados Anais com os resumos e os

    trabalhos completos apresentados nas sesses de comunicao de pesquisas.

    Em 2013, realizar-se- o 19 Encontro Sul-Rio-Grandense de

    Pesquisadores em Histria da Educao. O foco temtico do encontro ser as

    pesquisas regionais em Histria da Educao, com nfase nas culturas do pampa,

    trazendo o seguinte ttulo: Histria da Educao e Culturas do Pampa: dilogos

    entre Brasil e Uruguai. Nossa regio ainda que com outra lngua (embora muito

  • APRESENTAO 12

    parecida), de uma nacionalidade, de uma fronteira demarcadora de territrios, de

    histrias distintas (mas no to diferentes), continuamos ainda em diversos aspectos

    semelhantes e iguais. Somos - gachos/gauchos - com modos de viver e sentir que

    nos identificam, que nos aproximam, que nos tornam um s.

    Assim, na busca de novos horizontes, de novas perspectivas, de novos

    olhares, na aproximao cada vez maior com o diferente, na troca permanente de

    conhecimentos, de saberes, procuramos cada vez mais ampliar os espaos de

    socializao das pesquisas, dos estudos e dos desejos. Desejos de conhecer mais e

    melhor, no apenas a nossa realidade, mas tambm a dos outros.

    TEMTICA

    Histria da Educao e Culturas do Pampa: dilogos entre Brasil e

    Uruguai

    DATA

    6 a 8 de novembro de 2013

    LOCAL

    Universidade Federal de Pelotas (UFPel)

    OBJETIVOS

    a) Refletir acerca da produo em Histria da Educao, tendo a Asphe

    como espao de referncia;

    b) Acompanhar a produo do conhecimento na rea, considerando o

    tema das pesquisas regionais em Histria da Educao como objeto de

    estudo e reflexo;

    c) Promover a formao continuada de pesquisadores em Histria da

    Educao;

    d) Congregar e oportunizar espaos de relacionamento entre professores,

    estudantes e pesquisadores em Histria da Educao.

  • APRESENTAO 13

    PBLICO ALVO

    Associados da ASPHE, professores, pesquisadores e estudantes de

    graduao e de ps-graduao das reas de educao e de histria.

    PROMOO

    Associao Sul-Rio-Grandense de Pesquisadores em Histria da

    Educao

    Universidade Federal de Pelotas (UFPel) - Faculdade de Educao

    (FaE) e Programa de Ps-Graduao em Educao (PPGE)

    Centro de Estudos e Investigaes em Histria da Educao (CEIHE)

    Histria da Alfabetizao, Leitura, Escrita e dos Livros Escolares

    (HISALES)

    APOIO INTERINSTITUCIONAL

    Instituto Federal de Educao, Cincia e Tecnologia do Rio Grande do

    Sul (IFRS)

    Instituto Federal de Educao, Cincia e Tecnologia Sul-rio-grandense

    (IFSul)

    Pontifcia Universidade Catlica do Rio Grande do Sul - PUC/RS

    Universidade de Caxias do Sul - UCS

    Universidade do Vale do Rio dos Sinos - UNISINOS

    Universidade Federal de Pelotas - UFPel

    Universidade Federal de Santa Maria - UFSM

    Universidade Federal do Rio Grande - FURG

    Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS

  • APRESENTAO 14

    COMISSO ORGANIZADORA LOCAL

    Antnio Maurcio Medeiros Alves

    Chris de Azevedo Ramil

    Ccera Marcelina Vieira

    Diogo Franco Rios

    Mnica Maciel Vahl

    Patrcia Weiduschadt

    Rita de Cssia Grecco dos Santos

    Vanessa Barrozo Teixeira

    Vnia Grim Thies

  • PROGRAMAO 17

    PROGRAMAO DO 19 ENCONTRO DA ASPHE - 2013

    06/11/2013 - QUARTA-FEIRA (manh e tarde)

    Horrio Programao

    08:30 - 09:30 Credenciamento (3 andar - prximo sala 309)

    Coffee Break (3 andar - prximo sala 309)

    09:30 - 10:00

    Sesso de Abertura 19 Encontro da ASPHE (sala 309)

    Prof. Dr. Claudemir Quadros Presidente da ASPHE, Universidade Federal de Santa Maria (UFSM)

    Profa. Dra. Vania Grim Thies - Universidade Federal de Pelotas (UFPel)

    Profa. Dra. Rita de Cssia Grecco dos Santos - Universidade Federal do Rio Grande (FURG)

    10:30 - 12:15

    Mesa redonda - Histria da Educao e Culturas do Pampa: dilogos entre Brasil e Uruguai (sala 309)

    Profa. MSc. Andrea Cantarelli Presidente da Sociedade Uruguaia de Histria da Educao (SUHE), Universidad de la Repblica (UDELAR)

    Prof. Dr. Wenceslau Gonalves Neto Integrante da Sociedade Brasileira de Histria da Educao (SBHE), Universidade Federal de Uberlndia (UFU)

    Mediador: Profa. Dra. Carla Rodrigues Gastaud Universidade Federal de Pelotas (UFPEL)

    14:00 - 15:30 Sesso de Comunicaes1 (informaes a partir da pg. 12)

    15:30 - 15:45 Intervalo (3 andar - prximo sala 309)

    15:45 - 17:30 Sesso de Comunicaes1 (informaes a partir da pg. 12)

    18:00 - 20:45

    Momento Cultural - Local: Museu da Baronesa2

    Abertura Solene do 19 Encontro da ASPHE

    Coquetel de confraternizao

    Apresentao musical

    Inaugurao da exposio "Recuerdos: Registros da cultura material escolar em Pelotas e regio" - realizada pelos grupos de pesquisa CEIHE e HISALES

    Lanamento de Livros

  • PROGRAMAO 18

    07/11/2013 - QUINTA-FEIRA (manh e tarde)

    Horrio Programao

    08:30 - 10:00

    Mesa redonda - Relaes entre Brasil e Uruguai: relatos de pesquisa em Histria da Educao (sala 309)

    Prof. Dr. Agapo Palomeque Presidente do Instituto Histrico de Canelones e Membro da Comisso Diretiva da Sociedade Uruguaia de Histria da Educao (SUHE)

    Profa. Dra. Ester Fraga Vilas-Bas Carvalho do Nascimento Universidade Tiradentes (UNIT)

    Prof. Dr. Eduardo Arriada Universidade Federal de Pelotas (UFPEL)

    Mediador: Profa. Dra. Beatriz Daudt Fisher Universidade do Vale dos Sinos (UNISINOS)

    10:00 - 10:30 Coffee Break (3 andar - prximo sala 309)

    10:30 - 12:15

    Mesa redonda - Questes tericas em pesquisas regionais (sala 309)

    Profa. MSc. Andrea Cantarelli Presidente da Sociedade Uruguaia de Histria da Educao (SUHE), Universidad de La Repblica (UDELAR)

    Prof. Dr. Jorge Nascimento - Universidade Federal de Sergipe (UFS)

    Mediador: Profa. Dra. Maria Helena Cmara Bastos - Pontifcia Universidade do Rio Grande do Sul (PUC-RS)

    14:00 - 15:30 Sesso de Comunicaes1 (informaes a partir da pg. 12)

    15:30 - 15:45 Intervalo (3 andar - prximo sala 309)

    15:45 - 17:30 Sesso de Comunicaes1 (informaes a partir da pg. 12)

    17:30 - 18:00 Intervalo (3 andar - prximo sala 309)

    18:00 - 19:30 Assembleia Geral (sala 352)

    20:00 Jantar de Confraternizao - Local: Liceu de Artes e Ofcios3

  • PROGRAMAO 19

    08/11/2013 - Sexta-feira (manh)

    Horrio Programao

    09:00 - 10:30

    Mesa redonda - Questes metodolgicas em pesquisas regionais (sala 309)

    Prof. Dr. Wenceslau Gonalves Neto Universidade Federal de Uberlndia (UFU)

    Profa. Dra. Terciane ngela Luchese Universidade de Caxias do Sul (UCS)

    Mediador: Profa. Dra. Flvia Obino Corra Werle Universidade do Vale dos Sinos (UNISINOS)

    10:30 - 11:00

    Sesso de Encerramento 19 Encontro da ASPHE (sala 352)

    Profa. Dra. Luciane Sgarbi Santos Grazziotin Vice-Presidente da ASPHE, Universidade do Vale dos Sinos (UNISINOS)

    Profa. Dra. Patricia Weiduschadt Universidade Federal de Pelotas (UFPEL)

    LOCAL DO EVENTO

    Faculdade de Educao (FaE) - Campus das Cincias Sociais / Universidade Federal de Pelotas (UFPel) Rua Alberto Rosa, 154 - 3 andar CEP: 96.010-770 Pelotas / RS - Brasil Fone/fax: (53) 3284.5533 / 3284.5541

    OBS.: A mesa de credenciamento, pagamentos, retirada de kit e de informaes estar no 3 andar (pela escada - dirigir-se esquerda / Pelo elevador - dirigir-se direita) durante o evento. O nmero das salas em que ocorrero as atividades do evento est discriminado ao lado de cada uma delas na programao.

    OBSERVAES

    1. A lista com a distribuio das apresentaes dos trabalhos por salas com sesso de comunicaes (06 e 07/11 - tarde) encontra-se no Caderno de Resumos (a partir da pg. 12) do evento publicado no blog da ASPHE, que foi enviado via e-mail aos participantes.

    2. O Momento Cultural (06/11 - quarta-feira s 18h) foi realizado no Museu da Baronesa (Av. Domingos de Almeida, 1490 - Bairro Areal, Pelotas/RS).

    3. O jantar de confraternizao (07/11 - quinta-feira s 20h) foi oferecido como cortesia da Comisso Organizadora do 19 Encontro a ASPHE, no Liceu de Artes e Ofcios (Rua Conde de Porto Alegre, 171, Pelotas/RS).

  • SESSES DE COMUNICAES 23

    SESSES DE COMUNICAES DE TRABALHOS NO 19 ENCONTRO DA ASPHE - 2013

    DIA 06 DE NOVEMBRO - QUARTA-FEIRA (tarde)

    SC 01 Sala 206

    Coordenador(a): Antonio Mauricio Medeiros Alves

    Monitora: Talita Mastrantonio

    HORRIO TRABALHO AUTOR(A) / AUTORES(AS)

    14:00 - 14:15 A LNGUA E A CULTURA POMERANA NA ESCOLA GERMANO HBNER ATRAVS DO PROJETO POMERANDO

    Danilo Kuhn da Silva

    14:15 - 14:30 MEMRIAS DE EX-ALUNOS SOBRE UM ENSINO DE MATEMTICA NO COLGIO DE APLICAO DA BAHIA (1966-1976)

    Diogo Franco Rios

    14:30 - 14:45

    MEMRIAS DE FORMAO INICIAL DE PROFESSORES DE MSICA EM CONTEXTO URUGUAIO: A INFLUNCIA DA FAMLIA

    Luciane Wilke Freitas Garbosa Franciele Maria Anezi Vanessa Weber

    14:45 - 15:00 MEMRIAS QUE ECOAM NO FAZER DOCENTE: UM ESTUDO SOBRE NARRATIVAS DE PROFESSORAS

    Maiara Michele Carvalho Correa

    15:00 - 15:30 Debate sobre os 4 primeiros trabalhos da sala

    15:30 - 15:45 Intervalo

    15:45 - 16:00

    ASPECTOS DA TRAJETRIA PROFISSIONAL DA PROFESSORA PRIMRIA CECY CORDEIRO THOFEHRN E A MATEMTICA ESCOLAR (1941-1971)

    Antnio Maurcio Alves

    16:00 - 16:15 O COLGIO DE APLICAO DA UFRGS: MEMRIAS APAGADAS (1954-1996)

    Doris Bittencourt Almeida Valeska Alessandra de Lima Thaise Mazzei da Silva

    16:15 - 16:30 O PROJETO MINERVA: UMA HISTRIA (1970 1983)

    Jose Carlos Santos

    16:30 - 16:45 A ESCOLA RICO VERSSIMO EM VISTA GACHA - RS: MEMRIAS REVISITADAS

    Fabiana Regina da Silva Cinara Dalla Costa Velsquez Josiane Caroline Machado Carr

    16:45 - 17:15 Debate sobre os ltimos 4 trabalhos da sala

    17:15 - 17:30 Tempo de tolerncia (para caso de atrasos na sala)

  • SESSES DE COMUNICAES 24

    DIA 06 DE NOVEMBRO - QUARTA-FEIRA (tarde)

    SC 02 Sala 301

    Coordenador(a): Elomar Tambara

    Monitora: Nitri Ferreira Vieira

    HORRIO TRABALHO AUTOR(A) / AUTORES(AS)

    14:00 - 14:15

    A ORGANIZAO E O TRATAMENTO TCNICO DA HEMEROTECA DO CENTRO DE DOCUMENTAO (CEDOC-CEIHE): UM ESPAO PARA SALVAGUARDAR A HISTRIA DA EDUCAO DA CIDADE DE PELOTAS/RS

    Vanessa Barrozo Teixeira Aline Dauniz Sicca Nitri Ferreira Vieira Scheila Duarte

    14:15 - 14:30 MAGISTRIO, EDUCAO E POLTICA NOS JORNAIS CORREIO DO POVO E LTIMA HORA (1963-1964)

    Beatriz Fischer

    14:30 - 14:45 A MATERIALIDADE E OS PROTOCOLOS DE LEITURA: PRIMEIROS OLHARES SOBRE O JORNAL FAZENDO HISTRIA

    Patrcia Vieira

    14:45 - 15:00 PROGRAMA DE SOCIOLOGIA DE AMARAL FONTOURA: NOTAS SOBRE UM COMPNDIO DA DCADA DE 1940

    Marcelo Pinheiro Cigales

    15:00 - 15:30 Debate sobre os 4 primeiros trabalhos da sala

    15:30 - 15:45 Intervalo

    15:45 - 16:00 ANLISE E ESTUDO DE IMPRESSOS - A REVISTA O PEQUENO LUTERANO

    Patrcia Weiduschadt

    16:00 - 16:15 A PRODUO GACHA DE LIVROS DIDTICOS ENTRE OS ANOS DE 1940 A 1980

    Ccera Marcelina Vieira Mnica Maciel Vahl Chris de Azevedo Ramil Francieli Daiane Borges

    16:15 - 16:30 MICUIM: O OFICIAL E IRREVERENTE JORNALZINHO DO CLUBE EXCURSIONISTA SERRA DO MAR (CESM 1948-1958)

    Gabriela Mathias de Castro

    16:30 - 16:45 MISSO EDUCACIONAL AO URUGUAI: APRENDIZAGEM, MTODOS, PRINCPIOS

    Elomar Tambara Eduardo Arriada

    16:45 - 17:00

    O JORNAL ESTRELLA DO SUL COMO UMA ESTRATGIA DE INTERVENO NO DEBATE EDUCACIONAL NA PRIMEIRA METADE DE 1930

    Adriana Duarte Leon

    17:00 - 17:30 Debate sobre os ltimos 5 trabalhos da sala

  • SESSES DE COMUNICAES 25

    DIA 06 DE NOVEMBRO - QUARTA-FEIRA (tarde)

    SC 03 Sala 304

    Coordenador(a): Rita de Cssia Grecco dos Santos

    Monitora: Janana Barela Meireles

    HORRIO TRABALHO AUTOR(A) / AUTORES(AS)

    14:00 - 14:15 A LITERATURA COMO PRIVILEGIADA LEITORA DOS SIGNOS DA HISTRIA

    Francieli Daiane Borges

    14:15 - 14:30 A REVISTA O ESTUDO E SUAS FOTOGRAFIAS: ALGUNS APONTAMENTOS DE PESQUISA

    Andra Silva de Fraga

    14:30 - 14:45 A SOCIEDADE DE PROPAGANDA DO TIRO BRAZILEIRO DE RIO GRANDE E AS LINHAS DE TIRO: ESCOLAS DE BRASILIDADE

    Genivaldo Gonalves Pinto

    14:45 - 15:00

    A TOMADA DA PONTE DA AZENHA, EXPEDIO A LAGUNA E A CHEGADA DOS CASAIS AORIANOS: A TRAJETRIA DE TRS PINTURAS HISTRICAS

    Marlene Ourique do Nascimento

    15:00 - 15:30 Debate sobre os 4 primeiros trabalhos da sala

    15:30 - 15:45 Intervalo

    15:45 - 16:00

    AUGUSTO CURY E AUTORES DE LIVROS DE AUTOAJUDA PARA PROFESSORES NA CONTEMPORANEIDADE: UM CAPTULO NA HISTRIA DAS PRTICAS DE LEITURA DE DOCENTES NO BRASIL

    Carine Winck Lopes

    16:00 - 16:15 JOHN STUART MILL E A DEFESA DA ESCOLA PRIVADA E LAICA

    Itamaragiba Chaves Xavier

    16:15 - 16:30 O TRABALHO DOCENTE NO ESTADO NOVO (1937-1945) EM PELOTAS/RS

    Vanessa dos Santos Lemos

    16:30 - 16:45

    OS JOVENS E ADULTOS NA POLTICA EDUCACIONAL CUBANA: PERSPECTIVA SOCIOCULTURAL DA HISTRIA DA EDUCAO EM CUBA (1959-1985)

    Rita de Cssia Grecco dos Santos Francisco Furtado Gomes Riet Vargas

    16:45 - 17:00

    UM ESTUDO COMPARATIVO ENTRE AS LEIS DE DIRETRIZES E BASES DA EDUCAO, LEIS 4024/61 E 9394/96 NO QUE TANGE AO ENSINO SUPERIOR

    Cristiane Hoffmann Moreira

    17:00 - 17:30 Debate sobre os ltimos 5 trabalhos da sala

  • SESSES DE COMUNICAES 26

    DIA 06 DE NOVEMBRO - QUARTA-FEIRA (tarde)

    SC 04 Sala 306

    Coordenador(a): Zita Possamai

    Monitora: Luza Larrossa da Fonseca

    HORRIO TRABALHO AUTOR(A) / AUTORES(AS)

    14:00 - 14:15 O USO DOS ARQUIVOS UNIVERSITRIOS COMO FONTE DE PESQUISA PARA ESTUDOS EM HISTRIA DA EDUCAO

    Tatiane Vedoin Vieiro

    14:15 - 14:30

    A HISTRIA DA EDUCAO ENQUANTO CAMPO DE MLTIPLAS RELAES: APROXIMAES COM A MUSEOLOGIA E O ESTUDO DOS MUSEUS

    Ana Carolina Gelmini de Faria

    14:30 - 14:45 DO ENSINO MEMRIA: OS MUSEUS ESCOLARES EM PORTO ALEGRE

    Zita Possamai Nara Beatriz Witt

    14:45 - 15:00 ASPECTOS DA HISTRIA DA BIBLIOTECA PBLICA MUNICIPAL DE PIRATINI/RS (1977-1982): ACERVO, LEITURAS E LEITORES

    Darlene Rosa da Silva

    15:00 - 15:30 Debate sobre os 4 primeiros trabalhos da sala

    15:30 - 15:45 Intervalo

    15:45 - 16:00 HISTRIA DA EDUCAO E MUSEUS Natlia Thielke

    16:00 - 16:15 MUSEU ESCOLAR: REORGANIZAO DO ACERVO DA ESCOLA MARISTA EM SO GABRIEL RS

    Maria Aparecida Possati dos Santos Carlos Alberto Xavier Garcia

    16:15 - 16:30

    UM OLHAR SOBRE AS AES EDUCATIVAS DO PROGRAMA DE PRESERVAO DO PATRIMNIO CULTURAL DA REGIO DO ANGLO

    Nris Leal

    16:30 - 16:45 O(S) LIVRO(S) DE LEITURA QUIERES LEER? E QUERES LER?: DO URUGUAI PARA O RIO GRANDE DO SUL

    Gabriela Nogueira Eliane Peres Caroline Braga Michel

    16:45 - 17:00

    O PRIMEIRO GABINETE DE LEITURA DA PROVNCIA DE SO PEDRO DO RIO GRANDE DO SUL: UM ESPAO PARA A CULTURA LETRADA DA CIDADE DO RIO GRANDE (1846-1878)

    Vanessa Barrozo Teixeira

    17:00- 17:30 Debate sobre os ltimos 5 trabalhos da sala

  • SESSES DE COMUNICAES 27

    DIA 06 DE NOVEMBRO - QUARTA-FEIRA (tarde)

    SC 05 Sala 308

    Coordenador(a): Vnia Grim Thies

    Monitora: Joseane Monks

    HORRIO TRABALHO AUTOR(A) / AUTORES(AS)

    14:00 - 14:15

    A ESCRITA EPISTOLAR E O CLERO FRONTEIRIO: UMA LEITURA DAS CARTAS DE DOM JOAQUIM ACERCA DA FORMAO E ATUAO DO CLERO NA DIOCESE DE PELOTAS

    Carla Gastaud Cristiele Santos de Souza

    14:15 - 14:30 CONTRIBUIES PARA UMA ESCRITA BRASILEIRA: O ENSINO DA ESCRITA NAS PUBLICAES DE ORMINDA MARQUES

    Carolina Monteiro

    14:30 - 14:45

    CPIA DE ATIVIDADES DE CARTILHAS: O QUE REVELAM OS CADERNOS DE PLANEJAMENTO DE UMA PROFESSORA ALFABETIZADORA (1983-2000)

    Ccera Vieira Joseane Cruz Fernanda Noguez Vieira

    14:45 - 15:00

    A INSTITUIO ESCOLAR DE ENSINO PRIMRIO EXTERNATO SO JOS NA DCADA DE 1950: OS DIRIOS DE CLASSE COMO FONTE DOCUMENTAL

    Luiza Gonalves Fagundes

    15:00 - 15:30 Debate sobre os 4 primeiros trabalhos da sala

    15:30 - 15:45 Intervalo

    15:45 - 16:00 ABECEDRIOS EM CIRCULAO: ENTRE DICIONRIOS, LIVROS E CARTILHAS ESCOLARES

    Maria Stephanou Mariana Venafre

    16:00 - 16:15

    CADERNOS DE DITADO:VITRINE DO ENSINO DE ORTOGRAFIA NA ESCOLA PRIMRIA (COLGIO FARROUPILHA/RS 1948/1991)

    Maria Helena Cmara Bastos

    16:15 - 16:30 CARTAS DE FRONTEIRA: UM UNIVERSO PECULIAR

    Carla Gastaud

    16:30 - 16:45 TTULOS DE LIVROS PARA O ENSINO DA LEITURA E DA ESCRITA COMO PROJETO ENUNCIATIVO (1950-2006)

    Eliane Peres Vnia Grim Thies Joseane Monks

    16:45 - 17:15 Debate sobre os ltimos 4 trabalhos da sala

    17:15 - 17:30 Tempo de tolerncia (para caso de atrasos na sala)

  • SESSES DE COMUNICAES 28

    DIA 06 DE NOVEMBRO - QUARTA-FEIRA (tarde)

    SC 06 Sala 309

    Coordenador(a): Edelbert Krger

    Monitor: Cassiano Caldeira

    HORRIO TRABALHO AUTOR(A) / AUTORES(AS)

    14:00 - 14:15 A EXPERINCIA DAS PRIMEIRAS MULHERES DOCENTES NO COLGIO MILITAR DE PORTO ALEGRE

    Patrcia Carra

    14:15 - 14:30 UM NOVO CENRIO PARA A EDUCAO PROFISSIONAL E TECNOLOGICA NO RIO GRANDE DO SUL

    Edelbert Krger Elomar Tambara

    14:30 - 14:45 SOMBRA DAS TRS FIGUEIRAS: O NOVO COLGIO FARROUPILHA (PORTO ALEGRE/ RS 1962)

    Lucas Grimaldi

    14:45 - 15:00 APROPRIAES DAS CLASSES EXPERIMENTAIS SECUNDRIAS NO ESTADO DE SO PAULO (1955-1964)

    Letcia Vieira Norberto Dallabrida

    15:00 - 15:30 Debate sobre os 4 primeiros trabalhos da sala

    15:30 - 15:45 Intervalo

    15:45 - 16:00

    AS ESCOLAS ISOLADAS NO PERODO DE IMPLANTAO DO MODELO ESCOLAR SERIADO NO RIO GRANDE DO SUL (1909-1942)

    Natlia Gil

    16:00 - 16:15

    FACULDADE DE DIREITO DE PELOTAS/BRASIL - CONSIDERAES EM TORNO DE DOIS CONTEXTOS: SUA ORIGEM EM 1912 E CINCO DCADAS DEPOIS

    Valesca Brasil Costa Beatriz Fischer

    16:15 - 16:30

    O HISTRICO DE INSTITUIES EDUCATIVAS E SEUS DILOGOS ENTRE OS MICRO-ESPAOS E AS MACRO-ESTRUTURAS: CORRELAES DO DIREITO EDUCAO E A OBRIGATORIEDADE DO ESTADO

    Ariane dos Reis Duarte Artur Diego da Silva Alexandrino

    16:30 - 16:45

    COLLEGIO ELEMENTAR CASSIANO DO NASCIMENTO: CRIAO E PRIMEIROS ANOS DE FUNCIONAMENTO PELOTAS (1913-1923)

    Nitri Ferreira Vieira Aline Dauniz Sicca Giana Lange do Amaral

    16:45 - 17:00 A ESCOLA PRIMRIA NO PROJETO CIVILIZATRIO INDUSTRIAL NO BRASIL

    Flvio Ancio Andrade

    17:00 - 17:30 Debate sobre os ltimos 5 trabalhos da sala

  • SESSES DE COMUNICAES 29

    DIA 07 DE NOVEMBRO - QUINTA-FEIRA (tarde)

    SC 07 Sala 206

    Coordenador(a): Lisiane Sias Manke

    Monitora: Luza Larrossa da Fonseca

    HORRIO TRABALHO AUTOR(A) / AUTORES(AS)

    14:00 - 14:15

    LEITURA DE MULHERES AGRICULTORAS IDOSAS DA CIDADE DE VERANPOLIS - RS: ESTUDO A PARTIR DE NARRATIVAS ORAIS

    Janaina Carobin Marin Renata Braz Gonalves

    14:15 - 14:30

    OS LIVROS PARA O ENSINO DA LEITURA E DA ESCRITA E OS CONTRATOS DO PROGRAMA DO LIVRO DIDTICO PARA O ENSINO FUNDAMENTAL 1972

    Mnica Maciel Vahl Ccera Marcelina Vieira

    14:30 - 14:45

    ACERVOS ESCOLARES E HISTRIA DAS INSTITUIES EDUCACIONAIS: O CASO DA ESCOLA ESTADUAL DE ENSINO FUNDAMENTAL GENERAL OSRIO

    Maria Augusta Martiarena de Oliveira

    14:45 - 15:00

    OS DIRIOS DE CLASSE (1930-1940) E A CARTILHA ...ESTOU LENDO!!! (1978-1989): ELEMENTOS DA PRTICA ESCOLAR MATOGROSSENSE

    Luiza Gonalves Fagundes Alessandra Pereira Carneiro Rodrigues

    15:00 - 15:30 Debate sobre os 4 primeiros trabalhos da sala

    15:30 - 15:45 Intervalo

    15:45 - 16:00 O DIRIO DA DIRETORA DO CURSO PRIMRIO DO COLGIO FARROUPILHA POA/RS (1968/1973)

    Alice Rigoni Jacques

    16:00 - 16:15 TRAOS DENTRO E FORA DA ESCOLA: UMA ANLISE SOB A PERSPECTIVA DAS ESCRITURAS ORDINRIAS

    Roberta Barbosa dos Santos

    16:15 - 16:30 A CIRCULAO DA CULTURA ESCRITA EM CONTEXTOS RURAIS: O CASO DE LEITORES ASSDUOS

    Lisiane Sias Manke

    16:30 - 16:45

    A IMPLANTAO DA REFORMA EDUCACIONAL NO RIO GRANDE DO SUL: UMA ANLISE DA REVISTA DO ENSINO NA ERA VARGAS

    Marlos Mello

    16:45 - 17:15 Debate sobre os ltimos 4 trabalhos da sala

    17:15 - 17:30 Tempo de tolerncia (para caso de atrasos na sala)

  • SESSES DE COMUNICAES 30

    DIA 07 DE NOVEMBRO - QUINTA-FEIRA (tarde)

    SC 08 Sala 251

    Coordenador(a): Giana Lange do Amaral

    Monitora: Aline Dauniz Sicca

    HORRIO TRABALHO AUTOR(A) / AUTORES(AS)

    14:00 - 14:15

    UM ESTUDO COMPARADO DO ENSINO SECUNDRIO DAS CIDADES DE PELOTAS E RIO GRANDE /RS (DCADAS DE 1870 A 1910)

    Hardalla Santos do Valle Giana Lange do Amaral

    14:15 - 14:30

    HISTRIA DA EDUCAO PROFISSIONAL PBLICA: DAS ESCOLAS DE APRENDIZES ARTFICES CRIAO DOS INSTITUTOS DE EDUCAO, CINCIA E TECNOLOGIA

    Michele de Almeida Schmidt Miguel Alfredo Orth

    14:30 - 14:45 MATRCULA E TRAJETRIA DE ALUNOS NA ESCOLA PRIMRIA: O CASO DA 38 AULA MISTA DE PORTO ALEGRE (1910-1918)

    Joseane Leonardi Craveiro El Hawat

    14:45 - 15:00

    ORGANIZACIONES DE EDUCACIN SUPERIOR Y TICA DE LA RESPONSABILIDAD SOCIAL. UNA MIRADA A LA MICROPOLTICA DEL INSTITUTO NORMAL RURAL (1960)

    Gabriela Esteva

    15:00 - 15:30 Debate sobre os 4 primeiros trabalhos da sala

    15:30 - 15:45 Intervalo

    15:45 - 16:00 OS CONCEITOS DE PIERRE BOURDIEU COMO INSTRUMENTOS DE ANLISE DE INSTITUIO EDUCATIVA

    Clarice Rego Magalhes

    16:00 - 16:15 PRIMEIROS ANOS DE FUNCIONAMENTO DO COLLEGIO ELEMENTAR FELIX DA CUNHA EM PELOTAS/RS (1913 1930)

    Aline Dauniz Sicca Nitri Ferreira Vieira Giana Lange do Amaral

    16:15 - 16:30

    A EDUCAO INFANTIL EM TUBARO/SC: ESTUDO DA ORGANIZAO E PRTICA PEDAGGICA EM UMA INSTITUIO INFANTIL (1960-1970)

    Marlise de Medeiros Nunes de Pieri

    16:30 - 16:45 UNIVERSIDADE NO BRASIL: UNIVERSIDADE COMUNITRIA E REGIONAL NA SERRA GACHA

    Eliana Gasparini Xerri

    16:45 - 17:00

    CONJUNTURA PARA A HISTRIA DA EDUCAO DE LOS ABAJO NA REPBLICA VELHA (1889-1930): PENSANDO UMA HISTRIA DA EDUCAO NA CIDADE DE RIO GRANDE/RS

    Rita de Cssia Grecco dos Santos Francisco Vargas

    17:00 - 17:30 Debate sobre os ltimos 5 trabalhos da sala

  • SESSES DE COMUNICAES 31

    DIA 07 DE NOVEMBRO - QUINTA-FEIRA (tarde)

    SC 09 Sala 253

    Coordenador(a): Eliane Peres

    Monitora: Joseane Monks

    HORRIO TRABALHO AUTOR(A) / AUTORES(AS)

    14:00 - 14:15

    A NACIONALIZAO DO ENSINO E AS CAMPANHAS DE ALFABETIZAO NAS PGINAS DO CORREIO DE SO LEOPOLDO (1937-1951)

    Ariane dos Reis Duarte

    14:15 - 14:30 AS CONTRIBUIES DA IMPRENSA NO PEDAGGICA NA PESQUISA: O ASILO DE RFS SO BENEDITO

    Jeane Caldeira Jesuna Schwanz

    14:30 - 14:45

    APONTAMENTOS HISTRICOS SOBRE A INSTRUO PBLICA NA CIDADE DO RIO GRANDE, A FUNDAO DO GINSIO LEMOS JNIOR E O CONCEITO DE INSTITUIO

    Fernanda Lisiane de Oliveira Sauer Carmen Beatriz Pereira Leal

    14:45 - 15:00

    OBJETOS VENDA: A COMERCIALIZAO DE MATERIAIS ESCOLARES VEICULADA EM JORNAIS DE SANTA CATARINA (1915-1950)

    Slia Ana Zonin Hiassana Scaravelli

    15:00 - 15:30 Debate sobre os 4 primeiros trabalhos da sala

    15:30 - 15:45 Intervalo

    15:45 - 16:00

    OSTENSOR BRASILEIRO. JORNAL LITERRIO E PICTORIAL (1845-1846): UM PROJETO EDUCATIVO DO CIDADO BRASILEIRO

    Tatiane de Freitas Ermel Marcelo da Silva Rocha

    16:00 - 16:15

    RECLAME, PROPAGANDA E MARKETING EDUCACIONAL: VISIBILIDADE PARA AS INSTITUIES DE ENSINO PRIVADAS DE PELOTAS-RS NOS SCULOS XIX, XX, XXI

    Helena de Arajo Neves

    16:15 - 16:30

    RELAES ENTRE AS AUTORAS DE CARTILHAS, AS EDITORAS E O ESTADO NO RIO GRANDE DO SUL ENTRE AS DCADAS DE 1940 A 1970

    Eliane Peres Chris de Azevedo Ramil Mnica Maciel Vahl

    16:30 - 16:45

    VALORES CVICOS NOS CADERNOS ESCOLARES DO CURSO PRIMRIO (COLGIO FARROUPILHA/RS, DCADA 1950)

    Milene Moraes de Figueiredo

    16:45 - 17:15 Debate sobre os ltimos 4 trabalhos da sala

    17:15 - 17:30 Tempo de tolerncia (para caso de atrasos na sala)

  • SESSES DE COMUNICAES 32

    DIA 07 DE NOVEMBRO - QUINTA-FEIRA (tarde)

    SC 10 Sala 307

    Coordenador(a): Diogo Franco Rios

    Monitora: Talita Mastrantonio

    HORRIO TRABALHO AUTOR(A) / AUTORES(AS)

    14:00 - 14:15

    A IMPORTNCIA PEDAGGICA DO DIRETOR DE EDUCAO FSICA NA PRIMEIRA REPBLICA NA PRAA DE DESPORTOS: PRIMEIRAS APROXIMAES, O CASO DE BAG/RS

    Alessandro Carvalho Bica Berenice Corsetti

    14:15 - 14:30

    A PEDAGOGIA DA EDUCAO ANTROPOCNTRICA: OS ANIMAIS E AS PLANTAS NOS LIVROS DE ENSINO DE CINCIAS (1960-1970)

    Catia Elaine Alves Contante Cynara de Oliveira Geraldo Carlos Renato Carola

    14:30 - 14:45

    DELSUAMY VIVEKANANDA MEDEIROS (1938-2004): REFLEXES SOBRE UM PERFIL PEDAGGICO-MUSICAL NO SUL DO RIO GRANDE DO SUL

    Daniel Ribeiro Medeiros

    14:45 - 15:00

    EDUCACIN DEL CUERPO Y CONFIGURACIONES CURRICULARES EN LA PRIMERA MODALIDAD DE FORMACIN PARA EL DICTADO DE LA GIMNASTICA EN LA ESCUELA EN URUGUAY

    Paola Dogliotti

    15:00 - 15:30 Debate sobre os 4 primeiros trabalhos da sala

    15:30 - 15:45 Intervalo

    15:45 - 16:00

    O CUIDADO NA ENFERMAGEM: COMO ENSIN-LO E APREND-LO? UMA ANLISE A LUZ DA HISTRIA ORAL EM UNIVERSIDADES GACHAS

    Ruy de Almeida Barcellos Lcio Kreutz

    16:00 - 16:15 HISTRIA DO ENSINO DE HISTRIA NO RS: ANLISE REFLEXIVA A PARTIR DAS LIES DO RIO GRANDE

    Carlos Alberto Xavier Garcia

    16:15 - 16:30

    O CURSO DE REFRIGERAO INDUSTRIAL E DOMICILIAR DO COLGIO TCNICO INDUSTRIAL DE RIO GRANDE: PIONEIRO NO BRASIL

    Josiane Alves da Silveira Jarbas Luiz Lima de Souza

    16:30 - 16:45 A DISCIPLINA DE EDUCAO FSICA NOS ORDENAMENTOS LEGAIS DA EDUCAO BRASILEIRA: 1961-1996

    Rony Centeno Junior

    16:45 - 17:15 Debate sobre os ltimos 4 trabalhos da sala

    17:15 - 17:30 Tempo de tolerncia (para caso de atrasos na sala)

  • SESSES DE COMUNICAES 33

    DIA 07 DE NOVEMBRO - QUINTA-FEIRA (tarde)

    SC 11 Sala 308

    Coordenador(a): Patrcia Weiduschadt

    Monitora: Janana Barela Meireles

    HORRIO TRABALHO AUTOR(A) / AUTORES(AS)

    14:00 - 14:15 ESCOLAS TNICAS POLONESAS NO RIO GRANDE DO SUL 1875 1939

    Adriano Malikoski

    14:15 - 14:30 A TENDNCIA GREGRIA DOS IMIGRANTES ALEMES E TEUTO-BRASILEIROS EM PELOTAS - SCULO XIX

    Maria Angela Peter da Fonseca Elomar Tambara

    14:30 - 14:45 JORNAL STELLA DITALIA E A DEFESA DAS ESCOLAS ITALIANAS DE PORTO ALEGRE (1902-1904)

    Gelson Rech

    14:45 - 15:00

    OS PRIMEIROS TEMPOS DE ESCOLA EM LOMBA GRANDE: ESCOLA DA COMUNIDADE EVANGLICA LUTERANA (1834-1881)

    Jos Edimar de Souza Luciane Sgarbi S. Grazziotin

    15:00 - 15:30 Debate sobre os 4 primeiros trabalhos da sala

    15:30 - 15:45 Intervalo

    15:45 - 16:00 PRTICA DOCENTE EM UMA ESCOLA PAROQUIAL DE ARROIO DO PADRE RS (1950-1960)

    Cssia Beiersdorf Patrcia Weiduschadt

    16:00 - 16:15

    A DIVERSIDADE CULTURAL NA ESCOLA: UM ESTUDO COM NFASE NO PROCESSO COLONIZATRIO POLONS EM DOM FELICIANO/RS

    Rozele Borges Nunes

    16:15 - 16:30 A ESCOLA RURAL E O PROJETO CIVILIZATRIO INDUSTRIAL NO BRASIL (1930-1945)

    Flvio Ancio Andrade

    16:30 - 16:45

    MEMRIAS DA PROFESSORA VANDA LIDE SCHUMACHER SOLDATELLI SOBRE A RELAO ESCOLA - COMUNIDADE, NA ANTIGA REGIO DE IMIGRAO ITALIANA/RS, 1941-1973

    Jordana Wruck Timm Lcio Kreutz

    16:45 - 17:15 Debate sobre os ltimos 4 trabalhos da sala

    17:15 - 17:30 Tempo de tolerncia (para caso de atrasos na sala)

  • SESSES DE COMUNICAES 34

    DIA 07 DE NOVEMBRO - QUINTA-FEIRA (tarde)

    SC 12 Sala 309

    Coordenador(a): Giani Rabelo

    Monitor: Cassiano Caldeira

    HORRIO TRABALHO AUTOR(A) / AUTORES(AS)

    14:00 - 14:15 O CIRCUITO DA PRODUO DE LIVROS DIDTICOS:O CASO DA COLEO TAPETE VERDE (DCADA DE 1970)

    Chris de Azevedo Ramil

    14:15 - 14:30 AS ASSOCIAES AUXILIARES DA ESCOLA EM ESCOLAS PBLICAS DO SUL DE SANTA CATARINA (1938-1988)

    Mariane Rocha Niehues Vanessa Massiroli Giani Rabelo

    14:30 - 14:45

    A IMPLANTAO DO BANCO DE DADOS DIGITAL DO CENTRO DE DOCUMENTAO (CEDOC-CEIHE): OTIMIZANDO O ACESSO HISTRIA DA EDUCAO

    Vanessa Barrozo Teixeira Magali Martins Aquino

    14:45 - 15:00 OS PRIMEIROS ANOS DE IMPLANTAO DO GINSIO DE ITABAIANA/SERGIPE (1949-1953)

    Silvnia Santana Costa

    15:00 - 15:30 Debate sobre os 4 primeiros trabalhos da sala

    15:30 - 15:45 Intervalo

    15:45 - 16:00 A EXPERINCIA DAS PRIMEIRAS MULHERES DOCENTES NO COLGIO MILITAR DE PORTO ALEGRE

    Patrcia Carra

    16:00 - 16:15 O CENTRO ESPRITA COMO ESPAO EDUCACIONAL: O ESTUDO SISTEMATIZADO DA DOUTRINA ESPRITA

    Marcelo Freitas Gil

    16:15 - 16:30

    UMA ANLISE DOS EXERCCIOS DE SEPARAO DE SLABAS NOS DIRIOS DE CLASSE DAS PROFESSORAS ALFABETIZADORAS (1972 A 2010)

    Gisele Ramos Lima

    16:30 - 16:45

    PROCESSOS IDENTITRIOS E REPRESENTAES CONSTRUINDO UMA INSTITUIO ESCOLAR: O COLGIO SAGRADO CORAO DE JESUS, BENTO GONALVES/RS (1956 1972)

    Julia Tomedi Poletto Lcio Kreutz

    16:45 - 17:15 Debate sobre os ltimos 4 trabalhos da sala

    17:15 - 17:30 Tempo de tolerncia (para caso de atrasos na sala)

  • ANAIS - ARTIGOS 37

    A TOMADA DA PONTE DA AZENHA, EXPEDIO A LAGUNA E A CHEGADA DOS CASAIS AORIANOS:

    A TRAJETRIA DE TRS PINTURAS HISTRICAS

    Marlene Ourique do Nascimento Programa de Ps Graduao em Educao UFRGS

    [email protected]

    Resumo Este artigo insere-se no mbito dos estudos em Histria cultural e Histria da Educao e pretende uma analise da produo e circulao de trs telas a leo encomendada por Borges de Medeiros, ento governador do estado do Rio Grande do Sul para serem expostas no Palcio Piratini, sede do governo gacho. Apresento a seguir os resultados das primeiras aproximaes com o corpus emprico desta pesquisa. O percurso a ser analisado compreende os anos de 1914 a 1935, desde a encomenda das obras at a sua instalao na edificao que abrigou o pavilho de cultura da exposio do centenrio da Revoluo Farroupilha, hoje Instituto de Educao Flores da Cunha na cidade de Porto Alegre. Palavras-chave: Imagem, Histria, Educao.

    Pretendo neste artigo apresentar o resultado das primeiras aproximaes

    com o corpus emprico do meu projeto de dissertao de Mestrado. Este projeto

    insere-se no mbito dos estudos em Histria cultural e Histria da Educao e

    pretende analisar a produo e percurso de trs grandes telas a leo encomendada

    por Borges de Medeiros, para serem expostas no Palcio Piratini, sede do governo

    gacho. Em razo da grande dimenso das telas no foi possvel sua instalao no

    palcio do governo, assim, a partir deste evento, estes objetos passam a percorrer

    uma singular trajetria dentro da cidade de Porto Alegre.

    O percurso a ser analisado compreende os anos de 1914 a 1935, desde a

    encomenda das obras at a sua instalao na edificao que abrigou o pavilho de

    cultura da exposio do centenrio da Revoluo Farroupilha, hoje Instituto de

    Educao Flores da Cunha na cidade de Porto Alegre.

    Durante o mapeamento das informaes sobre os eventos que envolvem

    estas obras deparei-me com a total ausncia de trabalhos que as tenham como

    objeto de pesquisa. Chamou-me a ateno ainda, o numero de pessoas que

    desconheciam totalmente a existncia destas telas. Analisar a trajetria destas obras

    e a histria que as cerca a razo principal deste projeto.

  • ANAIS - ARTIGOS 38

    Ulpiano Bezerra de Meneses em seu artigo Rumo a uma Histria Visual

    (2005) parte do princpio da existncia de uma dimenso visual no todo social,

    (MENESES, 2005, p. 35), ou seja, que dentro das relaes sociais e da prpria

    histria esto presentes campos visuais, espaos sensveis dentro das relaes

    sociais. So nesses espaos sensveis que as imagens habitam.

    Atentos em no reduzi-las a temas ou a meras ilustraes como vemos

    recorrentemente nos livros didticos, no podemos analisar uma imagem partindo

    apenas do artefato que a sustenta, mas sim, inseri-la na sociedade que a produziu e

    cerc-la de informaes e perguntas. Deve-se concluir, sobretudo, pela exigncia

    de examinar as fontes visuais mais do que como documentos, como ingredientes do

    prprio jogo social, na sua complexidade de heterogeneidade (MENESES, 2005, p.

    44). Se as imagens esto inseridas como agentes na sociedade e seus movimentos

    de circulao e recepo esto ligados aos indivduos importante que haja

    preocupao dos pesquisadores em analis-las criticamente, assim como a

    complexa estrutura social que as abriga.

    Desde o incio do projeto sabamos que um dos primeiros problemas a

    serem enfrentados seria a escassa produo acadmica tendo como objeto de

    estudo estas obras em questo. Por isso quando busquei construir o estado da arte

    tive que voltar a minha ateno a trabalhos que pudessem me ajudar a

    contextualizar o perodo em questo. Interessa-me, tanto o perodo de encomenda

    das telas, que coincide com a etapa final da construo do Palcio Piratini, sede do

    governo do estado do Rio Grande do Sul na dcada de 1920, quanto o contexto de

    instalao delas na edificao que hoje abriga o Instituto de Educao Flores da

    Cunha.

    Reforo que a minha pretenso durante o estado da arte contextualizar

    os eventos que fazem parte do perodo de produo destas obras, porm sem

    esquecer-se de contemplar trabalhos que se aproximam deste projeto pela inteno

    de pesquisa, no que diz respeito cultura visual e representaes.

    Em minha metodologia de pesquisa, utilizei como palavras chave no

    filtro de pesquisa da CAPS: Pintura Histrica, Arte Farroupilha, Centenrio

    Farroupilha, Palcio Piratini e Borges de Medeiros. Utilizei nesta pesquisa, visto o

    reduzido nmero de trabalhos que se aproximam do meu problema de pesquisa,

  • ANAIS - ARTIGOS 39

    tanto a opo expresso exata quanto opo todas as palavras.

    A dissertao de Mestrado de Luciana da Costa de Oliveira denominada

    O Rio Grande do Sul de Aldo Locatelli: Arte, Historiografia e Memria Regional nos

    Murais do Palcio Piratini para mim de extrema importncia, pois se relaciona

    muito com este projeto no que diz respeito inteno de pesquisa.

    Em seu captulo, O Palcio e as Artes, Oliveira trata das encomendas do

    estado feitas para adornar o recm-construdo Palcio Piratini e a relao destas

    encomendas com a ideologia poltica dominante, chama a ateno forma como era

    utilizada a pintura histrica no sentido de construir, reforar e legitimar identidades.

    Afora as questes relacionadas especificamente arquitetura, de extrema relevncia apontar, ainda, os planos elaborados para a decorao do Palcio Piratini. Esta, que no englobava apenas o conjunto escultrico de autoria do escultor francs Paul Landowski, visava, igualmente, aquisio de pinturas a leo de grande porte, executadas em telas, cuja temtica centrava-se em fatos histricos que aliceravam, no conjunto, os ideais republicanos (OLIVEIRA, 2011, p. 40).

    Para que seja possvel a anlise de uma imagem faz-se necessrio um

    grande nmero de pontos de vista sobre ela. Um deles, passa pelo contexto e pela

    inteno da imagem. Neste sentido, a questo que se impem sobre estas trs

    obras o ponto em comum entre elas: a temtica da Revoluo Farroupilha. Sobre

    isso Oliveira diz:

    Nesse sentido, buscando elementos na Revoluo Farroupilha (1835-1845), pois esta representou o descontentamento mximo dos sul-rio-grandenses em relao poltica imperial, nada mais justo que os mitos e os heris fossem construdos a partir da visualizao dos feitos de grandes homens e da apreenso de fatos especficos que foram levados a cabo pelos farroupilhas. Assim, a partir da heroicizao de determinados personagens e, tambm, do recorte temporal escolhido para ser rememorado, que a poltica republicana positivista encontra maneiras de reforar e legitimar seu poder atravs da criao de fortes laos entre a sociedade e seu passado (OLIVEIRA, 2011, p. 45).

    No referido artigo, a autora trata das duas encomendas de Borges de

    Medeiros, uma Lucilio de Albuquerque e outra a Augusto Luiz de Freitas, alm das

    demais encomendas feitas ao longo deste processo a outros artistas, como Dcio

    Vilares e Antnio Parreiras.

    No ano de 1914 durante uma das paralisaes das obras do palcio, foi

    encomendada Luclio de Albuquerque uma tela de grandes dimenses e que sua

  • ANAIS - ARTIGOS 40

    temtica seguisse a linha de exaltao e celebrao dos heris e dos grandes feitos

    do povo rio-grandense. Segundo Oliveira:

    o assunto escolhido foi o memorvel episdio histrico do transporte por terra da esquadrilha revolucionria de 1835, da Lagoa dos Patos ao Atlntico, sob a direo de Garibaldi. A pintura Garibaldi e a esquadra farroupilha, finalizada no ano de 1919, e realizada em leo sobre tela com dimenses de grande porte (3,95 m X 6,20 m), desde o ano de 1935 encontra-se no saguo do Instituto de Educao General Flores da Cunha (OLIVEIRA, 2011, p. 50).

    Da mesma forma, as outras duas telas foram encomendadas a Augusto

    Luiz de Freitas, artista que tambm se destacava na pintura histrica naquele

    momento. A autora tambm chama ateno para o fato de que Augusto Luiz de

    Freitas teve pouca relao com o estado, apesar de ter nascido em Porto Alegre. A

    este artista foram encomendadas duas telas, tambm com inteno de ficar no

    Palcio Piratini.

    Em 31 de agosto, o artista contratou com o governador do Estado por 60 contos de ris trs grandes composies histricas a leo sobre tela. A primeira delas, Chegada dos primeiros aorianos, era destinada sala de recepes do pavimento trreo e media 5,23 m X 4,90 m. A segunda, Combate da Ponte da Azenha, que representava o combate inicial da Revoluo Farroupilha ocorrido na Ponte de Azenha e compunha o ambiente da sala contgua primeira, media 5,46 m X 3,76 m. A ltima, representando o episdio de Lindoya, do poema Uraguai, de Baslio da Gama, que viria a decorar o gabinete de trabalho do Presidente, igualmente apresentava grandes propores, pois media 4,80 m X 3,80 (OLIVEIRA, 2011, p. 53).

    Percebemos no que se refere a estas informaes o fato de ser bem

    direcionada a inteno de alocar as telas de Lucilio de Albuquerque e Augusto Luiz

    de Freitas no Palcio Piratini, porm, no ficamos sabendo qual foi a razo de isso

    no ter acontecido. O que sabemos que elas foram postas na edificao que

    abrigava o pavilho de cultura da Exposio do Centenrio Farroupilha no ano de

    1935. O que nos coloca mais uma questo: onde elas estiveram por estes anos?

    Esta uma das questes que sero investigas por esta pesquisa e que nada a este

    respeito foi encontrado em trabalhos acadmicos at o presente momento.

    Desta forma, este trabalho foi de grande importncia no sentido se

    contextualizar a produo artstica desenvolvida para o Palcio Piratini. Apesar de o

    trabalho no ter relao direta com a trajetria destes objetos, ele se insere

    totalmente neste perodo.

  • ANAIS - ARTIGOS 41

    Em 20 de Setembro de 1935 inaugurava em Porto Alegre a Exposio em

    comemorao ao centenrio da Revoluo Farroupilha. O evento aconteceu na

    vrzea ou campo da redeno hoje denominado Parque Farroupilha, mais

    conhecido como Parque da Redeno.

    Em A exposio do Centenrio da Revoluo Farroupilha nas pginas

    dos jornais Correio do Povo e A Federao, dissertao de Mestrado apresentada

    na Pontifcia Universidade Catlica por Giovani Costa Ceroni, temos um panorama,

    no capitulo II, do contexto da exposio do centenrio.

    A ideia de realizar uma grande exposio comemorativa do centenrio da Revoluo Farroupilha surgiu no final do ano de 1933, por iniciativa dos produtores rurais, atravs de sua entidade, a Federao das Associaes Rurais do estado (FARSUL), baseado no sucesso obtido por exposies anteriores realizadas no Rio Grande do Sul e no Brasil, em especial a Exposio Estadual Rural de 1931 (CERONI, 2009, p. 13).

    A exposio que foi encerrada apenas em janeiro de 1936, foi evento de

    grande porte organizado pelo governo do estado para celebrar a memria dos heris

    farrapos. A grande exposio reuniu 3080 expositores de dentro e de fora do estado

    do Rio Grande do Sul, sendo amplamente divulgado pela imprensa local durante

    todo o ano de 1935. Segundo Ceroni, ainda em 1934 a imprensa gacha divulgava

    matrias peridicas sobre o evento que estava por vir, frisando assim o importante

    papel da imprensa no sentido de divulgar e dar grandes vultos a exposio.

    De acordo com Ceroni, no relatrio de Alberto Bins sobre a exposio o

    nmero de visitantes chegou a mais de um milho em um momento em que Porto

    Alegre contava com cerca de 300 mil habitantes. Observamos a partir do porte do

    evento o desejo de exaltao daqueles que fizeram parte da revoluo, assim como

    de manter a memria daquele perodo viva no imaginrio gacho.

    O que procuro ressaltar mostrando a grandiosidade deste evento o fato

    de as obras em questo terem relao com a construo da memria ligada a estes

    fatos. Nesse momento os membros do Instituto Histrico do Rio Grande do Sul

    produzem um grande nmero de artigos e trabalhos sobre a Revoluo Farroupilha

    que serviro de subsdio a historiografia do perodo.

    Isso nos leva a pensar que as comemoraes do centenrio assim como

    a ateno dos seus dirigentes esto para alm do estado, inserida no corrente

  • ANAIS - ARTIGOS 42

    daquele perodo. E assim todo este cenrio influenciou na construo dos discursos

    a cerca do centenrio da revoluo e da prpria histria da revoluo, que foi neste

    momento revisitada com um novo olhar.

    Em se tratando de trabalhos que tenham como objeto de pesquisa as

    pinturas histricas temos a tese de Doutorado de Consuelo Alcione Borba Duarte

    Schlichta, A Pintura Histrica e a Elaborao de uma Certido Visual para a nao

    no Sculo XIX, apresentada na Universidade Federal do Paran no ano de 2006.

    Nesta tese Consuelo aborda a relao entre arte e histria analisando o

    que ela chama de patrimnio biogrfico-visual da nao. Que neste caso o

    conjunto de elementos pictricos cujos smbolos contribuem para a formao de um

    imaginrio nacional.

    Segundo ela a iconografia pictrica fonte de representao e

    compreenso dos acontecimentos histricos. Partindo do quadro Independncia ou

    Morte de Pedro Amrico a autora analisa as tenses entre arte e histrica.

    Nossa referncia so as obras de gnero histrico que compe o patrimnio "biogrfico-visual" da nao e retratam os grandes momentos histricos e seus heris, com destaque para a tela Independncia ou Morte, de Pedro Amrico de Figueiredo e Melo (1843-1905), na qual ele d visibilidade ao ato que anunciou a emancipao nacional. Em nosso entendimento, esta obra um dos exemplos mais reveladores no s da articulao, mas tambm da tenso entre o pictrico e o histrico, e seu autor, chave para a compreenso da Pintura Histrica brasileira poca (SCHILICHTA, 2006, p. 1).

    Segundo a autora a pintura histrica vem para legitimar simbolicamente o

    fato histrico em si. Sabemos claro, que os textos produzidos pelos historiadores

    tambm no so uma construo exata do que foi o fato no passado. Existem

    diferentes formas de anlise do texto escrito, perguntas que fazemos ao texto para

    que a partir delas possamos resgatar o que mais se aproxima do passado. Com a

    imagem, e no caso a pintura histrica, acontece da mesma forma, porm a

    perguntas so outras. Mas, as imagens tm ainda o poder de legitimar um fato

    histrico ou ainda construir uma memria a partir dele, da a relevncia de os

    historiadores se apropriarem das formas de leitura de imagem e dedicarem a devida

    importncia a este tema.

    A montagem de um imaginrio particularmente importante na construo simblica de qualquer regime poltico, sobretudo em momentos de redefinio da identidade nacional. E, assim como o tema da independncia

  • ANAIS - ARTIGOS 43

    em meados do sculo XIX ganhou destaque na historiografia, o Sete de Setembro, como momento fundador da Ptria, e o ato do Prncipe constituram objetos privilegiados da Arte nacional (SCHILICHTA, 2006, p. 16).

    Aps esta explanao percebemos a grandiosidade dos eventos que

    fizeram parte da trajetria das obras em questo. Tanto a construo do Palcio

    Piratini quanto a Exposio do centenrio da Revoluo Farroupilha foram eventos

    grandiosos que envolveram as foras polticas e intelectuais do estado e que foram

    fortemente divulgados e discutidos na imprensa. Reforo aqui a importncia em

    analisar a trajetria das obras em questo, pois elas se inserem em dois grandes

    momentos da histria do Rio Grande do Sul.

    Referncias

    CERONI, Giovane Costa. A exposio do Centenrio da Revoluo Farroupilha nas pginas dos jornais Correio do Povo e A Federao. 162 p. Dissertao (Mestrado em Histria). Pontifcia Universidade Catlica do Rio Grande do Sul. 2009.

    MANGUEL, Alberto. Lendo Imagens. So Paulo: Companhia das Letras, 2001.

    MENESES, Ulpiano T. Bezerra de. Rumo a uma Historia Visual. In: MARTINS, Jose de Souza; ECKERT, Cornlia; NOVAES, Sylvia Cauby. O Imaginrio e o Potico nas Cincias Sociais. Bauru: Edusc, 2005.

    OLIVEIRA, Luciana da Costa. O Rio Grande do Sul de Aldo Locatelli: arte, historiografia e memria regional nos murais do Palcio Piratini. 269 p. Dissertao (Mestrado em Histria). Pontifcia Universidade Catlica do Rio Grande do Sul. 2011.

    SCHLICHTA, Consuelo Alcione Borba Duarte. A pintura histrica e a elaborao de uma certido visual para a nao no sculo XIX. 296 p. Tese (Doutorado em Histria). Universidade Federal do Paran. 2006.

  • ANAIS - ARTIGOS 44

    PROGRAMA DE SOCIOLOGIA DE AMARAL FONTOURA: NOTAS SOBRE UM COMPNDIO1 DA DCADA DE 1940

    Marcelo Pinheiro Cigales Licenciado em Cincias Sociais UFPel

    Mestrando em Educao UFPel [email protected]

    Resumo No incio do sculo XX, a institucionalizao da sociologia no Brasil foi marcada por uma quantidade considervel de manuais e compndios produzidos para o ensino da disciplina. Esse perodo ficou caracterizado pela diversidade terica que influenciou a escrita dos intelectuais brasileiros, empenhados na realizao dessa tarefa. Nesse sentido, o objetivo do presente artigo analisar o manual de sociologia denominado Programa de Sociologia de Afro do Amaral Fontoura publicado em 1940. Esse livro foi escrito com o intuito de servir para o Programa oficial da cadeira de sociologia na escola secundria, visto a obrigatoriedade da disciplina nessa modalidade de ensino na poca. O referencial terico-metodologico est embasado na Histria das Disciplinas Escolares e na Anlise Documental. Entre os principais resultados encontrados, podemos apontar a relao entre as ideias de Amaral Fontoura com as premissas da chamada Sociologia Crist, escola sociolgica ligada ao pensamento da Igreja Catlica e de seus postulados. Palavras-chave: Afro do Amaral Fontoura, manuais de sociologia, Sociologia Crist.

    Introduo

    Os manuais e compndios de sociologia utilizados para o ensino da

    disciplina na educao brasileira um tema que vem despertando o interesse de

    pesquisadores na rea de histria da sociologia no Brasil. Os trabalhos de Simone

    Meucci (2000; 2005; 2007) Flvio Sarandy (2004) e Eliane Perez (2002) refletem

    esse interesse em analisar a sociologia por meio dos manuais de sociologia no pas.

    Apesar disso, possvel afirmar que ainda existe muito trabalho a ser feito, visto a

    complexidade e quantidade de manuais de sociologia produzidos ainda no incio do

    sculo XX.

    Nesse perodo a sociologia como disciplina escolar esteve presente,

    ainda que intermitente, nos trs nveis de ensino: secundrio, normal e superior. Por

    se tratar de uma cincia relativamente jovem, houve no Brasil, uma facilidade na

    produo de livros e manuais de ensino atrelados a concepes tericas diversas.

    1 Conforme o dicionrio Aurlio (2008, p. 154) compndio significa livro para escolas. Tambm pode ser interpretado como um manual didtico para o ensino de uma disciplina.

  • ANAIS - ARTIGOS 45

    Dessa forma, surgiram algumas escolas sociolgicas, entre elas a chamada

    "Sociologia Crist, ligada aos pressupostos da Igreja Catlica.

    Este trabalho tem por objetivo descrever e analisar, ainda que

    suscintamente, o manual de Afro do Amaral Fontoura, denominado Programa de

    Sociologia utilizado para o ensino da disciplina no ensino secundrio. Esse manual

    de sociologia foi publicado pela primeira vez em 1940, alcanando a quarta edio

    em 1944, como apresentado pela editora Biblioteca Didtica Brasileira na capa de

    outro manual do mesmo autor (FONTOURA, 1957).

    A metodologia desenvolvida nessa pesquisa esta embasada na anlise

    documental, sobre esse mtodo Ludke e Menga (1986, p. 38) ressaltam que

    embora pouco explorada no s na rea de educao como em outras reas de

    ao social, a anlise documental pode se constituir numa tcnica valiosa de

    abordagem de dados qualitativos.

    Por tratar-se da anlise de um livro didtico para o ensino de uma

    disciplina escolar, optou-se por trabalhar com uma perspectiva terica denominada

    Histria das Disciplinas Escolares HDE. Viao (2008, p. 192) salienta a

    importncia de se pensar as disciplinas escolares para alm dos contedos, contra

    a ideia de que possvel fazer a histria de uma disciplina sem analisar seus livros

    de texto e o material empregado em seu ensino.

    Trabalhar na perspectiva da HDE, constitui-se portanto,

    O prprio de uma reflexo sociolgica ou histrica sobre os saberes escolares contribuir para dissolver esta percepo natural das coisas, ao mostrar como os contedos e os modos de programao didtica dos saberes escolares se inscrevem, de um lado, na configurao de um campo escolar caracterizado pela existncia de imperativos funcionais especficos (conflitos de interesses corporativos, disputas de fronteiras entre as disciplinas, lutas pela conquista ou autonomia ou da hegemonia no que concerne ao controle do currculo), de outro lado na configurao de um campo social caracterizado pela coexistncia de grupos sociais com interesses divergentes e com postulaes ideolgicas e culturais heterogneas, para os quais a escolarizao constitui um trunfo social, poltico e simblico (FORQUIN, 1992, p. 43-44).

    Dessa forma se pretende contribuir com os estudos histricos e

    sociolgicos sobre o ensino da disciplina de sociologia na educao brasileira,

    apresentando um autor ainda pouco conhecido como salientam Maciel, Vieira e

    Souza (2012, p. 233).

  • ANAIS - ARTIGOS 46

    Conforme Meucci (2000, p. 43-44) Afro do Amaral Fontouro, nasceu em

    1912,

    formou-se em magistrio e foi professor nos cursos Normais do Rio de Janeiro quando publicou o seu primeiro manual. Alguns anos depois, j formado na Faculdade de Filosofia da Universidade do Brasil, passou a dar aulas de sociologia e servio social nas principais faculdades fluminenses (MEUCCI, 2000, p. 43-44).

    Alceu Amoroso Lima na introduo do Programa de Sociologia ressalta:

    seu autor, embora ainda esteja cursando a Faculdade Nacional de Filosofia, j foi

    Diretor e professor de estabelecimento de ensino secundrio e tem grande prtica

    de ensino. (FONTOURA, 1944, p. 13).

    Esse fato demostra que assim como outros autores dos primeiros

    manuais de sociologia do pas, Amaral Fontoura era um escritor auto-didata em

    Sociologia. Porm pelas referncias bibliogrficas que apresenta no livro, j

    conhecia autores como mile Durkheim, Karl Marx, Spencer, August Comte, etc,

    alm de uma ampla literatura sobre os autores brasileiros que escreviam sobre

    sociologia, como Fernando de Azevedo, Pontes de Miranda, Pinto Ferreira, Delgado

    de Carvalho, etc.

    Apesar da extenso do manual, os assuntos nele tratado so introdutrios

    e suscintos. O autor tambm se dedicou a escrita de mais dois manuais voltados ao

    ensino da sociologia: Introduo Sociologia de 1948 e Sociologia Educacional

    de 1951.

    Fig. 01 - Programa de Socio-logia, 1944, 4 edio. Fonte: Arquivo Pessoal.

    Fig. 02 - Sociologia Educa-cional, 1957, 5 edio. Fonte: Arquivo Pessoal.

    Fig. 03 - Introduo Socio-logia, 1961, 3 edio. Fonte: Arquivo Pessoal.

  • ANAIS - ARTIGOS 47

    Introduo Sociologia foi um aprofundamento do Programa de

    Sociologia, com o objetivo de direcionar o livro ao ensino superior. Resolvemos

    aproveitar a oportunidade e fazer uma reestruturao geral em nosso livro, surgindo

    assim esta Introduo Sociologia. (FONTOURA, 1961, Prefcio). J o livro

    Sociologia Educacional foi um trabalho voltado aos cursos normais, modalidade de

    ensino responsvel pela formao de professores.

    Alm dessas trs obras, o autor escreveu Fundamentos de Educao de

    1949, Metodologia do Ensino Primrio de 1955, Psicologia Geral de 1957, O

    ruralismo, Base da Economia Nacional de 1941, Dicionrio Enciclopdio Brasileiro

    de 1943, O drama do campo de 1949, Introduo ao Servio Social de 1950,

    Aspectos da vida Rural Brasileira de 1950, e Atualidade Poltica Brasileira Luz

    da Sociologia de 1955.

    Ainda estavam em preparo conforme a capa de divulgao de suas obras

    impresso junto ao livro Sociologia Educacional de 1957, Retrato Verdadeiro do

    Brasil, Tratado de Sociologia Rural Brasileira, Organizao da Comunidade,

    Educao de Base e Centros Sociais Rurais e, O drama da Criana.

    Programa de Sociologia (1944): consideraes iniciais

    A quarta edio do livro Programa de Sociologia, ao qual se realizar a

    anlise, foi publicado em 1944 pela Livraria do Globo de Porto Alegre. O livro est

    dividido em 44 pontos ou captulos, somando um total de 443 pginas2. Alm disso,

    contm uma introduo de Alceu Amoroso Lima e uma carta-prefcio de Jacques

    Lambert, professor catedrtico da Faculdade de direito de Lyon na Frana.

    Sobre Alceu Amoroso Lima, Saviani (2010) afirma,

    Nascido em Petrpolis em 11 de dezembro de 1893, onde tambm faleceu em 14 de agosto de 1983, Alceu converteu-se ao catolicismo em 1928 por influncia de Jackson de Figueiredo. Com a morte deste, assumiu a direo da revista A Ordem e do Centro Dom Vital. Da em diante, com destaque especial para as dcadas de 1930 e 1940, animou o movimento leigo da Igreja, podendo ser considerado o maior lder intelectual catlico do sculo XX no Brasil (SAVIANI, 2010, p. 256).

    Tambm conhecido pelo pseudnimo de Tristo de Athayde, Alceu

    Amoroso Lima escreveu Preparao Sociologia 2 edio de 1942. Conforme

    2 Ver em anexo descrio dos pontos, ou captulos.

  • ANAIS - ARTIGOS 48

    Saviani (2010, p. 254), Tristo de Athayde, publicou grande nmero de artigos

    criticando contundentemente o Manifesto e o grupo responsvel pelo seu

    lanamento. O grupo ao qual se refere Saviani corresponde aos Renovadores da

    Educao, tendo entre os principais representantes Fernando de Azevedo, que

    escreveu o Manifesto dos Pioneiros da Educao Nova no incio da dcada de 1930.

    Esse documento foi assinado por uma srie de intelectuais que pretendiam ver

    garantida na Constituio seus ideais, como o direito da educao laca, gratuta e

    de qualidade3.

    Na introduo do livro Programa de Sociologia, Amoroso Lima afirma,

    este livro um compndio e s isso pretende ser (FONTOURA, 1944, p. 13). Esta

    delimitao mais adiante reafirmada por Amaral Fontoura este livro nada de

    indito contm em matria sociolgica [...] nosso intuito foi fazer um compndio que

    servisse ao programa oficial da cadeira. (FONTOURA, p. 15).

    Os mais variados temas perpassam o manual de sociologia, entre eles

    podemos citar a prpria formao da sociologia e definio do campo sociolgico; a

    famlia; o feminismo; a educao; a Igreja e o Estado.

    Para Amaral Fontoura a sociologia no poderia se restringir ao contedo

    normativo, era uma cincia viva e, portanto deveria ser ativa. Sociologia matria

    viva, Sociologia vida. Fazemos sociologia em casa, na repartio, na escola, no

    clube, na igreja [...] o ensino da sociologia ou ativo, vivo, ou no ensino de

    sociologia. Acrescenta tambm que no se aceita mais, em cincia nenhuma, a

    figura antipedaggica do professor fala-sozinho, do mestre-disco-de-gramafone a

    repetir o ano inteiro aquilo que esta escrito nos compndios (FONTOURA, 1944, p.

    16). Nesse sentido possvel perceber na obra do autor uma tendncia da Escola

    Nova.

    Para Bomeny (2003),

    A Escola Nova, inspirada em grande medida nos avanos do movimento educacional norte-americano, mas tambm de outros pases europeus, teve grande repercurso no Brasil. Os ideias que lhe deram corpo foram sempre inspirados na concepo de aprendizagem do aluno por si mesmo, por sua capacidade de observao, de experimentao, tudo isso orientado e estimulado por profissionais da educao que deveriam ser treinados especialmente para esse fim. Duvidando dos mtodos convencionais, acabava questionando toda uma maneira convencional do agir pedaggico.

    3 Esse um assunto que foge dos objetivos deste artigo, ver mais em Cury (1987) e Saviani (2012).

  • ANAIS - ARTIGOS 49

    O Movimento da Escola Nova no Brasil se empenha em questionar diretamente a disperso dos acontecimentos, a fragmentao, a forma como se condiziu a educao no Brasil do incio da Repblica. Mas o prprio movimento reflete essa fragmentao [...] Transitavam entre os educadores as interpretaes mais variadas das correntes e doutrinas pedaggicas sob a mesma sigla genrica de Escola Nova ou Educao Nova (BOMENY, 2003, p. 43-44).

    De certa forma nesse perodo no Brasil quase todas as correntes tericas

    que abordavam a pedagogia estavam de acordo com a modernizao proposta pela

    Escola Nova, embora algumas fossem conservadoras, ou seja, no praticavam

    aquilo que pregavam.

    Alm da introduo de Alceu Amoroso Lima e da carta-prefcio de

    Jacques Lambert, o livro conta com mais trs participaes. A primeira de autoria

    de Silvio Jlio, refere-se a um captulo denominado A sociologia na Amrica Latina.

    Em um breve comentrio Amaral Fontoura apresenta o autor,

    O Programa de Sociologia tem a honra de apresentar o presente captulo escrito especialmente para ste livro por Silvio Jlio. Catedrtico de Histria da Amrica da Universidade do Brasil , sem dvida nenhuma, o maior americanista brasileiro. Colocando ao alcance da mocidade estudiosa de nosso pas um resumo do Movimento Sociolgico Hispano-Americano, assunto que pela primeira vez aparece publicado em livro didtico escrito em portugus, Silvio Jlio presta assim mais um assinalado servio causa da Cultura da America (FONTOURA, 1944, p. 86).

    Tambm participaram do livro, Fbio Luiz Filho, uma das maiores figuras

    do cooperativismo brasileiro (FONTOURA, 1944, p. 294) que escreve um texto

    sobre O cooperativismo no Brasil. E, o jovem Luiz Aguiar Costa Pinto4, com o texto

    Organizao Econmica do Brasil - Esboo. O texto de Costa Pinto, ainda aluno do

    curso complementar de Direito na poca, foi vencendor do Concurso de Sociologia

    Brasileira, realizado em 1939, como apresenta Fontoura (1944, p. 308).

    A sociologia Crist

    Na classificao das escolas sociolgicas Amaral Fontoura distingue 11

    4 Luiz de Aguiar Costa Pinto foi um socilogo brasileiro, com atuao nos anos 1950 e 60 nas reas de sociologia rural, desenvolvimento scio-econmico e relaes raciais. Seus trabalhos repercutiram no Brasil e no exterior e so considerados uma das bases do pensamento social brasileiro contemporneo.Ver mais em: MAIO, Marcos Chor e VILLAS BAS, Glaucia (orgs.). Idias de Modernidade e Sociologia no Brasil. Ensaios sobre Luiz de Aguiar Costa Pinto. Porto Alegre: Editora da UFRGS, 1999.

  • ANAIS - ARTIGOS 50

    vertentes, entre elas est a Escola Crist ou Integral da Sociologia. Para o autor, a

    Sociologia Crist,

    distingue no homem dois aspectos: o indivduo e a pessoa. Como indivduo, o homem igual a todos os demais sres vivos e est subordinado ao mesmo determinismo da natureza. Mas como pessoa, o homem possue uma alma imortal e de origem divina, que lhe faculta agir de acrdo com sua conscincia, sobrepor-se aos acontecimentos, ser le mesmo, no obedecendo seno a Deus. A sociologia crist se chama integral porque considera, na anlise dos fenmenos sociais, os fatores naturais e os sobrenaturais, mostrando a impossibilidade do mundo terrestre viver em paz e harmonia quando esquece o Criador e suas leis (FONTOURA, 1944, p. 53).

    Em defesa dessa sociologia, Tristo de Athayde ressalta que

    diferentemente das outras escolas sociolgicas a sociologia crist deixava claro

    quais eram seus postulados5,

    [...] ns, partidrios de uma sociologia finalista e integral, apresentamos explicitamente quais os postulados d