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SEDE: CAMPO GRANDE, 25, 1.º-B 1749-099 LISBOA DIRECTORA: PAULA LEVY B O L E T I M CÂMARA MUNICIPAL DE LISBOA MUNICIPAL RESOLUÇÕES DOS ÓRGÃOS DO MUNICÍPIO SUMÁRIO ASSEMBLEIA MUNICIPAL 24 QUINTA-FEIRA SETEMBRO 2009 1.º SUPLEMENTO AO BOLETIM MUNICIPAL N.º 814 ANO XVI N. o 814 Deliberações (Reunião da Assembleia Municipal de 15 de Setembro de 2009): - Voto de Pesar n.º 11/2009 (Subscrito pelo Grupo Municipal do PCP) - Aprovar o voto de pesar pelo falecimento de João Vieira [pág. 1822 (2)]. - Proposta n.º 535/2009 (Deliberação n.º 71/AML/2009) - Aprovar a classificação do bem cultural constituído pelo conjunto denominado de «Bairro Azul» como conjunto de interesse municipal, nos termos da proposta [pág. 1822 (2)]. - Proposta n.º 570/2009 (Deliberação n.º 72/AML/2009) - Aprovar a 1.ª Revisão ao Orçamento de 2009, nos termos da proposta [pág. 1822 4)]. - Proposta n.º 638/2009 (Deliberação n.º 73/AML/2009) - Aprovar a isenção das taxas municipais aplicáveis, nos termos consignados do Contrato-programa de Desenvolvimento Desportivo entre o Município de Lisboa e o Aero Club de Portugal nos termos da proposta [pág. 1822 (24)]. - Proposta n.º 659/2009 (Deliberação n.º 74/AML/2009) - Aprovar a isenção do pagamento de taxas para as licenças municipais respectivas e relativas à efectiva realização, na Cidade de Lisboa, do Festival dos Oceanos 2009, nos termos da proposta [pág. 1822 (30)]. - Proposta n.º 661/2009 (Deliberação n.º 75/AML/2009) - Aprovar a isenção do pagamento das taxas municipais de ocupação temporária da via pública e de concessão de licenças especiais de ruído no âmbito do World Music Festival LX’09, nos termos da proposta [pág. 1822 (31)]. - Proposta n.º 671/2009 (Deliberação n.º 76/AML/2009) - Aprovar o Regulamento do Regime de Acesso à Habitação Municipal, nos termos da proposta [pág. 1822 (31)]. - Proposta n.º 716/2009 (Deliberação n.º 77/AML/2009) - Aprovar a isenção do pagamento de taxa da adenda ao Anexo I do Protocolo de Colaboração entre a Câmara Municipal de Lisboa e a CARRIS, nos termos da proposta [pág. 1822 (40)]. - Proposta n.º 756/2009 (Deliberação n.º 78/AML/2009) - Aprovar a isenção de pagamento das taxas relativas à inspecção e reinspecção de ascensores, monta-cargas, escadas mecânicas e tapetes rolantes por parte da Gebalis, nos Bairros Municipais, nos termos da proposta [pág. 1822 (41)].

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SEDE: CAMPO GRANDE, 25, 1.º-B1749-099 LISBOA

DIRECTORA: PAULA LEVY

B O L E T I M

C Â M A R A M U N I C I P A L D E L I S B O AMUNICIPAL

RESOLUÇÕES DOS ÓRGÃOS DO MUNICÍPIO

SUMÁRIO

ASSEMBLEIA MUNICIPAL

24 Q U I N T A - F E I R AS E T E M B R O 2 0 0 9

1.º SUPLEMENTO AO BOLETIM MUNICIPAL N.º 814

ANO XVIN.o 814

Deliberações (Reunião da Assembleia Municipal de 15 de Setembro de 2009):

- Voto de Pesar n.º 11/2009 (Subscrito pelo Grupo Municipal do PCP) - Aprovar o voto de pesar pelo falecimentode João Vieira [pág. 1822 (2)].- Proposta n.º 535/2009 (Deliberação n.º 71/AML/2009) - Aprovar a classificação do bem cultural constituído peloconjunto denominado de «Bairro Azul» como conjunto de interesse municipal, nos termos da proposta [pág. 1822 (2)].- Proposta n.º 570/2009 (Deliberação n.º 72/AML/2009) - Aprovar a 1.ª Revisão ao Orçamento de 2009, nos termosda proposta [pág. 1822 4)].- Proposta n.º 638/2009 (Deliberação n.º 73/AML/2009) - Aprovar a isenção das taxas municipais aplicáveis,nos termos consignados do Contrato-programa de Desenvolvimento Desportivo entre o Município de Lisboa e o Aero Clubde Portugal nos termos da proposta [pág. 1822 (24)].- Proposta n.º 659/2009 (Deliberação n.º 74/AML/2009) - Aprovar a isenção do pagamento de taxas para as licençasmunicipais respectivas e relativas à efectiva realização, na Cidade de Lisboa, do Festival dos Oceanos 2009, nos termosda proposta [pág. 1822 (30)].- Proposta n.º 661/2009 (Deliberação n.º 75/AML/2009) - Aprovar a isenção do pagamento das taxas municipaisde ocupação temporária da via pública e de concessão de licenças especiais de ruído no âmbito do World MusicFestival LX’09, nos termos da proposta [pág. 1822 (31)].- Proposta n.º 671/2009 (Deliberação n.º 76/AML/2009) - Aprovar o Regulamento do Regime de Acesso à HabitaçãoMunicipal, nos termos da proposta [pág. 1822 (31)].- Proposta n.º 716/2009 (Deliberação n.º 77/AML/2009) - Aprovar a isenção do pagamento de taxa da adendaao Anexo I do Protocolo de Colaboração entre a Câmara Municipal de Lisboa e a CARRIS, nos termos da proposta[pág. 1822 (40)].- Proposta n.º 756/2009 (Deliberação n.º 78/AML/2009) - Aprovar a isenção de pagamento das taxas relativasà inspecção e reinspecção de ascensores, monta-cargas, escadas mecânicas e tapetes rolantes por parte da Gebalis,nos Bairros Municipais, nos termos da proposta [pág. 1822 (41)].

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RESOLUÇÕES DOS ÓRGÃOS DO MUNICÍPIOASSEMBLEIA MUNICIPAL

Deliberações

Sessão de 15 de Setembro de 2009

- Voto de Pesar n.º 11/AML/2009 - Subscrito pelo GrupoMunicipal do PCP:

Faleceu no passado dia 5 de Setembro João Vieira, umdos mestres modernos da pintura portuguesa, que teveum percurso muito próprio, que foi além da pintura, expan-dindo-se pelos campos da escultura, do teatro, da performancee da cenograa.

João Vieira nasceu em Vidago, Trás-os-Montes, em 1934e ingressou em 1951 no curso de Pintura da Escola Superiorde Belas-Artes.

Desiludido com o ensino aí praticado, abandona os estudosdois anos depois, chegando mesmo a deixar de pintarem 1954, ano em que se retira em Trás-os-Montes.

De novo em Lisboa, reinicia a sua actividade artísticano estúdio por cima do Café Gelo, que partilha com RenéBertholo, Gonçalo Duarte e José Escada. Será também nesteespaço, tradicionalmente associado a tertúlias surrealistas,que João Vieira se ligará a um grupo de escritores, poetase artistas (como Manuel de Castro, Herberto Hélder, HélderMacedo e João Rodrigues), que tinham em comum umamesma vontade de distanciação das correntes artísticasdefendidas pelos demais grupos, tanto como dos ideaisda ditadura. Este contacto juvenil ecoa ainda no marcadoexperimentalismo que caracteriza toda a sua produção.

A sua primeira exposição realiza-se em 1956, no I Salãodos Artistas de Hoje (SNBA, Lisboa) e, no mesmo ano,participa numa mostra colectiva de sete jovens artistasportugueses (7 Junge Portugiesische Künstler) no Kunstvereinde Hannover.

Um ano depois parte para Paris, onde é aluno de Henri Goetzna Academie de la Grande Chaumière. Funda, juntamentecom René Bertholo, Lourdes Castro, Gonçalo Duarte, JoséEscada, Christo e Jan Voss, o grupo KWY.

Em Janeiro de 1959, a Galeria Diário de Notícias, em Lisboa,recebe a sua primeira exposição individual e, nesse mesmoano, torna-se bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian,o que assegura o seu retorno a Paris, para trabalhar como pintor Arpad Szenes. Mantém a colaboração com o KWY,com quem trabalha na realização das revistas e com quemparticipa nas exposições em Saarbrüken (1960), Lisboa(1960), Paris (1961) e Bolonha (1962).

Mais tarde interessou-se pelos signos do alfabeto, tomadoscomo elementos-base da sua criação, revela algumasinfluências, que passam da poesia experimental ao graffti,ao cartazismo pop e às actividades dos letristas francesesdos anos 50. Contudo, há uma vontade de liberdade, seja

ela interpretativa ou corporal, que ultrapassa todas estasinfluências e gera um percurso muito próprio, que vai alémda pintura, expandindo-se pelos campos da escultura, do teatro,da performance e da cenograa.

O interesse pelo teatro e pela expressão dramática, reveladona sua actividade de cenógrafo, torna-se mais evidente apósa sua primeira performance (uma das primeiras em Portugal),realizada em 1970 na Galeria Judite Dacruz, em simultâneocom a sua exposição O Espírito da Letra.

Ao longo dos anos 70, 80 e 90 realizou diversas exposiçõesindividuais e colectivas, entre as quais a que o Centro Cultralde Belém dedicou ao grupo KWY em Abril de 2001. Nos últimosanos estava a preparar uma exposição individual parao edifício da Cordoaria Nacional.

A Assembleia Municipal de Lisboa, na sua reunião de 15 deSetembro de 2009, presta sentida homenagem a João Vieira,manifesta à sua família profundo pesar pela perda sofrida,guardando um minuto de silêncio em sua memória, e deciderecomendar ao Pelouro da Cultura da Câmara Municipalde Lisboa que diligencie no sentido de homenagear condig-namente a sua memória e à Câmara Municipal de Lisboaque tenha em conta a justeza do seu nome vir a seratribuído a uma artéria desta cidade.

(Aprovada por unanimidade.)

- Deliberação n.º 71/AM/2009 (Deliberação n.º 535/CM/2009):

Proposta n.º 535/2009

Bairro Azul - Classificação como conjunto urbano de interesse municipal

Pelouro: Rosalia Vargas.Serviços: Direcção Municipal de Cultura.

Considerando que:

1 - Encontra-se identificado um conjunto de edifícios no «BairroAzul», sitos na Rua Fialho de Almeida, do n.º 1 ao n.º 15e do n.º 2 ao n.º 30, na Avenida Ressano Garcia, do n.º 1ao n.º 37 e do n.º 2 ao n.º 30, na Avenida Ramalho Ortigão,do n.º 1 ao n.º 37 e do n.º 2 ao n.º 18, na Rua Marquêsde Fronteira, n.os 8, 10 e 12 e na Avenida António Augustode Aguiar, no seu lado ímpar, do n.º 163 ao n.º 207,construídos na década de 30, do século XX, pertencentesà freguesia de São Sebastião da Pedreira, denominado comoconjunto do «Bairro Azul»;

2 - O denominado conjunto do «Bairro Azul» enquadra-seno período de desenvolvimento «Art Deco» até à emergênciado modernismo em Portugal e resulta de projectos de construtorescivis, mas também de arquitectos como Manuel JoaquimNorte Júnior, Carlos João Chambers Ramos e CassianoViriato Branco;

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11 - O «Bairro Azul» representa um valor cultural com signi-ficado para o Município de Lisboa que reflecte no panoramaarquitectónico/histórico/cultural desta cidade valoresde memória, autenticidade, originalidade e exemplaridade;

12 - Compete aos órgãos municipais proceder à classificaçãode bens culturais considerados de interesse municipal,nos termos do n.º 1 do artigo 94.º da Lei n.º 107/2001,de 8 de Setembro, diploma que estabelece as bases da políticae do regime de protecção e valorização do património cultural,e da alínea b) do n.º 2 do artigo 20.º do Decreto-Lein.º 159/99, de 14 de Setembro;

13 - Por despacho de 2005/02/23, da Vereadora da Cultura,Maria Manuela Pinto Barbosa, no uso das competênciasdelegadas pelo Despacho n.º 141/P/2002, de 7 de Fevereiro,publicado no Boletim Municipal n.º 352 (2), de 7 de Fevereirode 2002, proferido no Ofício n.º 0184/GVPB/2005, e na sequênciada proposta de classificação de imóvel de interesse municipalefectuada pelo Departamento de Património Cultural/Divisãode Património Cultural, foi determinada a abertura do proce-dimento administrativo relativo à eventual classificaçãodo conjunto em causa como de interesse municipal;

14 - Nos termos e para os efeitos do n.º 5 do artigo 25.ºda Lei n.º 107/2001, de 8 de Setembro, e na sequênciado Edital n.º 26/2005, publicado no Boletim Municipaln.º 583, de 21 de Abril de 2005, bem como, após a notificaçãodo referido despacho de abertura do processo aos diversosinteressados - Comissão de Moradores do Bairro Azul,Direcção Municipal de Conservação e Reabilitação Urbana,Direcção Municipal de Planeamento Urbano, Departamentode Monitorização e Difusão de Informação Urbana, DirecçãoMunicipal de Gestão Urbanística, Departamento de patrimónioImobiliário, Presidente da Junta de Freguesia de São Sebastiãoda Pedreira, Presidente do IPPAR - o conjunto denominadode «Bairro Azul» passou à situação de Bairro em viasde classificação como conjunto de interesse municipal;

15 - A classificação do «Bairro Azul» como conjunto de interessemunicipal foi também considerada na Proposta n.º 287//2008, apresentada pelos Vereadores «Cidadãos por Lisboa»e aprovada na reunião da CML, em 23 de Abril de 2008;

16 - Na análise da proposta de classificação foram tidosem consideração os critérios genéricos de apreciação constantesdo artigo 17.º da Lei n.º 107/2001, de 8 de Setembro,designadamente os critérios previstos nas alíneas d), e), f),g) e h) nos quais se destaca «o interesse do bem comotestemunho notável de vivências ou factos históricos»,o «valor estético, técnico ou material intrínseco do bem»,a «concepção arquitectónica, urbanística e paisagística»,a «extensão do bem e o que nela se reflecte do pontode vista da memória colectiva» e a «importância do bemdo ponto de vista da investigação histórica ou científica»;

17 - A inexistência de órgãos consultivos competentesdesignados para o efeito, impede a efectivação por parteda Câmara Municipal da aplicabilidade do disposto non.º 3 do artigo 26.º da referida Lei de Bases do PatrimónioCultural;

3 - Importa dar maior atenção ao Património Arquitectónicodo século XX, segundo a Recomendação n.º R (91) 13do Conselho da Europa sobre a Protecção do PatrimónioArquitectónico do Século XX;

4 - O «Bairro Azul» representa para a história da cidade de Lisboaum interesse indubitável, predominantemente do pontode vista estético-paisagístico, arquitectónico e social por serum conjunto único e consideravelmente bem preservadoresultante de um projecto desenvolvido ao longo do tempode uma forma coerente, embora com contribuições autoraisdiversificadas;

5 - Do ponto de vista da investigação da histórica da cidadeo «Bairro Azul» constitui um importante ponto de partidapara o investigador que pretenda aprofundar e interpretarcertos fenómenos de modernidade que se manifestaram naaltura de âmbito social, arquitectónico e estilístico, contribuindopara um estudo sobre aquilo que se poderia chamar um ensaiosobre a Art Deco, no âmbito da arquitectura modernistada cidade;

6 - O «Bairro Azul» é um conjunto arquitectónico de homoge-neidade ímpar, com prédios de um programa burguêsem gosto Art Deco, contextualizado numa fase de crescimentodemográfico e de diversificação das actividades económicas,merecedor de «(…) protecção municipal para que a sua imagempatrimonial não seja alterada» (Prof. Dr. José Augusto artigode Maio de 2002, in P.º 06/DPC/IM/2003 - Anexo 1 - Fls. 06);

7 - O «Bairro Azul» constitui um conjunto único e conside-ravelmente bem preservado que representa um testemunhonotável de vivências, marcantes de uma certa modernidadedevido aos seus elementos arquitectónicos/artísticosque primam pela autenticidade e pela exemplaridade no queà Art Deco, ao modernismo e às artes decorativas diz respeito,conscientemente preconizada para a cidade de Lisboaque se consolidaram de forma coerente até ao presentemomento;

8 - A importância do conjunto edificado denominado de «BairroAzul» do ponto de vista arquitectónico foi muitas vezes salientadaem várias publicações, como sendo «(…) um dos exemplosmais significativos do modernismo, não só pela sua relaçãocom o conjunto, mas também pelas suas tipologias de habitaçãoao nível do prédio de rendimento»; (Calado, Maria e VítorMatias Ferreira, Lisboa, freguesia de S. Sebastião da Pedreira,in P.º 06/DPC/IM/2003 - Anexo 1-, Fls. 68)

9 - O «Bairro Azul» constitui um elemento de referênciado património arquitectónico da cidade de Lisboa do períodoem que foi edificado, pois, a par de constituir um testemunhonotável de modernidade, trata-se de um conjunto de bensde construção emblemática, representativo de uma áreafísico-cultural em que, apesar de uma natural evolução,manteve ao longo do tempo, os valores originais;

10 - A criação deste conjunto patrimonial original constituiuum exemplo notável de uma certa concepção arquitectónica,urbanística e paisagística, perfeitamente datável que, não obstante,a presença de alguns elementos dissonantes e de algumasmodificações de uso não afectaram a integridade deste Bairro;

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Tenho a honra de propor que a Câmara delibere:

- Aprovar e submeter à aprovação da Assembleia Municipal, nos termos das disposições conjugadas da alínea m) do n.º 2do artigo 64.º e da alínea r) do n.º 1 do artigo 53.º da Lei n.º 169/99, de 18 de Setembro, com a redacção dada pelaLei n.º 5-A/2002, de 11 de Janeiro, e de acordo com os critérios previstos nas alíneas d), e), f), g) e h) do artigo 17.ºda Lei n.º 107/2001, de 8 de Setembro, a classificação do bem cultural constituído pelo conjunto denominado de «BairroAzul» como conjunto de interesse municipal.

[Aprovada por maioria, com votos a favor (PS, PCP, Bloco de Esquerda, PEV e 4 Deputados Municipais do PPD/PSD)e abstenções (PPD/PSD e CDS/PP).]

- Deliberação n.º 72/AM/2009 (Deliberação n.º 570/CM/2009):

Proposta n.º 570/2009

1.ª Revisão Orçamental 2009

Pelouro: Vereador José Cardoso da Silva.Serviço: DMF.

Considerando a obrigatoriedade de afectar ao orçamento em vigor o saldo de gerência de 2008, no montantede 23 472 824,89 euros, aprovado nos documentos de prestação de contas pela Proposta n.º 367/2009, de 26 de Maio;

Considerando que a afectação desse saldo apenas poderá ser feita em sede de revisão orçamental, nos termosdos pontos 2.3 e 8.3.1 do POCAL, publicado no Decreto--Lei n.º 54-A/99, de 22 de Fevereiro.

Tenho a honra de propor que a Câmara delibere:

- Aprovar submeter à Assembleia Municipal, nos termos da alínea c) do n.º 2 do artigo 64.º da Lei n.º 169/99, de 18 deSetembro, com a redacção introduzida pela Lei n.º 5-A/2002, de 11 de Janeiro, para que esta delibere, ao abrigo da alínea b)do n.º 2 do artigo 53.º do mesmo diploma, aprovar a 1.ª Revisão ao Orçamento de 2009.

[Aprovada por maioria, com votos a favor (PS) e abstenções (PPD/PSD, PCP, Bloco de Esquerda, CDS/PP e PEV).]

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- Deliberação n.º 73/AM/2009 (Deliberação n.º 638/CM/2009):

Proposta n.º 638/2009

Aprovar:

A - A minuta de Contrato-programa de Desenvolvimento Desportivo;

B - A atribuição de apoio financeiro ao Aero Club de Portugalcom vista ao apoio a vários eventos no ãmbito das «come-morações do centenário», a relizar durante o ano de 2009;

C - Submeter à deliberação da Assembleia Municipal a isençãodas taxas municipais aplicáveis, nos termos consignadosno Contrato-programa de Desenvolvimento Desportivo.

Pelouro: Desporto - Vereador Manuel Brito.Serviços: Departamento de Desporto.

Considerando que:

- A promoção e o apoio ao Desporto se consubstanciamna criação de condições para a prática desportiva e é umadas competências e obrigações das autarquias na prossecuçãode interesses específicos das populações;

- Neste contexto, o Pelouro do Desporto da Câmara Municipalde Lisboa, tem assumido um papel importante na concretizaçãodo Projecto Desportivo do Concelho, em articulação comvárias entidades quer públicas quer privadas, nomeadamenteJuntas de Freguesia, Escolas, Associações Desportivas,Clubes, Federações, Colectividades, Grupos Informais, etc,com um papel social, cultural e desportivo de inestimávelsignificado;

- O Programa da Câmara Municipal para a área desportivaidentifica como «Um objectivo essencial da política municipalem matéria de desporto e lazer o de aumentar a quantidadee qualidade das práticas lúdicas e desportivas, atravésdo desenvolvimento de programas que tenham em atençãoos diferentes públicos-alvo e as constantes mudançasna procura»;

- A concretização do princípio constitucional expressono artigo 79.º da Constituição da República Portuguesa (CRP),exige a conjugação de esforços, nomeadamente do governoe das autarquias, dos organismos da administração públicadesportiva, das colectividades, das federações, das associaçõese dos clubes desportivos;

- O interesse e o investimento na intervenção da Autarquianas acções de dinamização da actividade física e desportivase justificam plenamente em função do trabalho desenvolvidopelos clubes e associações envolvidas;

- Foi definido como um dos objectivos essenciais do programade acção da CML o apoio a clubes e colectividades da cidadede Lisboa e a outras entidades sem fins lucrativos que actuemna área do concelho, de forma a proporcionar-lhes meiosadicionais para suportar os encargos decorrentes do desen-volvimento da prática desportiva e de beneficiação ou requa-lificação de infra-estruturas desportivas ou sociais já existentes;

- O Aero Club de Portugal, sedeado na Rua General Pimentade Castro, 4-C - 1700–218 Lisboa, com estatutos aprovadose publicados no «Diário da República» n.º 129, de 7 de Junhode 1982, III Série, é uma associação de utilidade pública,não lucrativa, com personalidade jurídica que ao longo destesanos tem prosseguido fins culturais, desportivos, recreativose de fomento no campo das actividades aero-espaciais.Nos termos dos seus estatutos (artigo 4.º) é principal objectivodo Areo Club de Portugal a divulgação do conhecimentoe cultura aero-espaciais e a prática de actividades correlativas,com incidência específica nos ramos das actividades aeronáuticase para-aeronáuticas de feição amadora, nomeadamentedesportiva, recreativa e de divulgação;

- O clube foi fundado, em 11 de Dezembro de 1909, condecoradoem 1959 com a Ordem Militar de Cristo, entre múltiplasoutras condecorações e prémios atribuídos, ao longo da suahistória, por diversas instituições nacionais e internacionais.De entre os seus sócios ilustres e sócios honorários,sobressaem Gago Coutinho e Sacadura Cabral, SarmentoBeires, Carlos Bleck, Humberto Cruz, Jorge de Castilho,Pinheiro Correia, Cifka Duarte, Costa Macedo, Abílio Santos,Humberto Delgado e o heróico piloto paraplégico Fariae Melo (único piloto paraplégico a nível mundial a ter voadoa solo em avião monomotor a travessia de todos os oceanose realizado a solo, também em avião monomotor, duas voltasao mundo) e tantos outros que realizaram, ao longo do seuI século de História, brilhantes ou mesmo heróicos feitosaeronáuticos. Desde a data da sua fundação o Aero Clubde Portugal regista a inscrição de 8072 sócios, entreos quais, ilustres figuras nacionais. Actualmente contacom 1522 sócios ordinários;

- A nível internacional, o Aero Club de Portugal é membroPortuguês activo, desde 28 de Janeiro de 1913, na FAI- Féderation Aeronautique Internationale, instituição internacionalnão governamental e não lucrativa fundada em 14 de Outubrode 1905 e na E.A.S. Europe Air Sports, associações tutelantese representantivas de todas as modalidades de desportosaéreos, a nível mundial e europeu, respectivamente, sendoa primeira destas, a reguladora de todas as disciplinase regras desportivas e de competição, bem como a únicaentidade que fiscaliza, por si e pelos seus membros activosas provas do calendário internacional FAI, bem como a homo-logação de todos os recortes aeronáuticos, do aeromodelismoà astronáutica;

- O Aero Club de Portugal organiza anualmente, entre outrasiniciativas relevantes no seio da actividade Aeronáutica,o mais importante evento da aviação geral desportiva e de lazer,designado alternadamente, como VAP - Volta Aérea a Portugalou RAI - Raid Aéreo Ibérico. Periodicamente realiza tambémdiversos outros festivais Aéreos, eventos de grande interesse,não só junto da comunidade aeronáutica, mas tambéme essencialmente, junto do público em geral;

- Lisboa foi, em 11 de Dezembro de 1909, a cidade berçodesta Associação fundadora da Aviação em Portugal e onde,desde sempre, manteve o Aero Club de Portugal a sua sedecom instalações administrativas e onde ministra tambémas aulas de formação teórica aeronáutica, de todas as moda-lidades de asa fixa (aviões, aviões ultraleves e planadores)naquela que é a mais antiga Escola de Pilotagem Civildo País. Forma actualmente em média 30 a 50 pilotospor ano;

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- A vocação do Aero Club de Portugal para o desenvolvimentode actividades de promoção, formação, divulgação do conhecimentoe cultura aero-espaciais e a prática de actividades correlativas,com incidência específica nos ramos das actividades aeronáuticase para-aeronáuticas de feição amadora, é estabelecidoo presente Contrato-programa de Desenvolvimento Desportivo,destinado à definição de formas de colaboração institucionalentre a Câmara Municipal de Lisboa e a Associação comvista à realização de eventos desportivos vários a decorrerno ano civil em curso no âmbito das «Comemoraçõesdo Centenário», na cidade de Lisboa, dos quais se destacamo Festival Aéreo de Lisboa;

- A pertinência do envolvimento da CML no esforço de cooperaçãocom as estruturas associativas, visando a consagraçãode Lisboa como rota de grandes eventos desportivos,no sentido de desenvolver também «clusters» económicosespecíficos que potenciam também o turismo na Cidadede Lisboa;

- Foram ainda verificados, pelos serviços, todos os requisitoslegais respeitantes à entidade à qual se vai atribuir o apoio,nos termos da lei geral e do Regulamento de Execuçãodo Orçamento em vigor;

- Não obstante o apoio a atribuir pelo Município não obrigarà celebração de Contrato-programa de DesenvolvimentoDesportivo, nos termos do artigo 46.º da Lei n.º 5/2007,de 16 de Janeiro (Lei de Bases da Actividade Física e do Desporto)e do n.º 2 do artigo 2.º do Decreto-Lei n.º 432/91, de 6 deNovembro (Regime Jurídico dos Contratos-programa de Desen-volvimento Desportivo), o pelouro de desporto tem entendidoque o estabelecimento formalizado, contratualmente, dos direitose deveres de cada uma das partes, responsabiliza e tornaclaro e expresso as obrigações de cada um dos outorgantes;

- A atribuição do apoio de âmbito financeiro e logístico,consignado na presente proposta de Contrato-programade Desenvolvimento Desportivo, respeitou os princípiosde natureza substantiva constantes do «Regulamento de Atribuiçãode Apoios pelo Município de Lisboa», publicado no BoletimMunicipal n.º 771, de 27 de Novembro de 2008 (7.º Suplemento),aplicável, unicamente, aos apoios a atribuir em 2010(nos termos conjugados dos n.os 1 e 4 do artigo 7.º), devendoser respeitado o regime transitório estabelecido no artigo 24.º.A entidade irá proceder à sua inscrição na BDAA nos termosdos artigos 5.º e 6.º do referido Regulamento.

Tenho a honra de propor que a Câmara Municipal de Lisboadelibere:

1 - Ao abrigo do disposto na alínea b) do n.º 4 do artigo 64.ºe artigo 67.º da Lei n.º 169/99, de 18 de Setembro,na redacção que lhe foi dada pela Lei n.º 5-A/2002,de 11 de Janeiro, em conjugação com o n.º 3 do artigo 46.ºda Lei n.º 5/2007, de 16 de Janeiro, autorizar a celebraçãodo Contrato-programa de Desenvolvimento Desportivo,cuja minuta se anexa e se dá por integralmente reproduzida,para os devidos efeitos, e aprovar a atribuição de trans-ferência de verba, nos termos consignados no respectivocontrato, para apoio aos vários eventos no âmbito das «Come-morações do Centenário do Aero Club de Portugal» a realizarno ano de 2009;

2 - Ao abrigo do disposto na alínea c) do artigo 10.º e do n.º 2do artigo 12.º da Lei n.º 2/2007, de 15 de Janeiro,e da alínea b) do n.º 4 e alínea a) do n.º 6 do artigo 64.ºda Lei n.º 169/99, de 18 de Setembro, na redacção quelhe foi dada pela Lei n.º 5-A/2002, de 11 de Janeiro,aprovar submeter à deliberação da Assembleia Municipala isenção das taxas municipais aplicáveis, nos termosda minuta de contrato-programa anexo, com vista ao apoioà organização de vários eventos a realizar durante o anode 2009 no âmbito das «Comemorações do Centenáriodo Aero Club de Portugal»;

3 - A verba a atribuir, para apoio aos diversos eventostem cabimento na Rubrica Económica 04.07.01 do Orça-mento em vigor, no âmbito da Acção com o Código 11/03//A103/01 (Cabimento n.º 5309004348), e será transferidade acordo com as regras estabelecidas no Contrato--programa de Desenvolvimento Desportivo.

[Aprovada por maioria, com votos a favor (PS, PCP, Blocode Esquerda e PEV) e abstenções (PPD/PSD e CDS/PP).]

Contrato-programa de Desenvolvimento Desportivo n.º 10//CML/DD/09

(Lei n.º 169/99, de 18 de Setembro, com as alterações introduzidas pela Lein.º 5-A/2002, de 11 de Janeiro, Lei de Bases da Actividade Física e do Desporto,Lei n.º 5/2007, de 16 de Janeiro e Decreto-Lei n.º 432/91, de 6 de Novembro)

Proposta n.º . . ./CML/09

Entre o Município de Lisboa

e

Aero Club de Portugal

Evento: Comemorações do Centenário do Clube

Introdução

1 - A concretização do princípio constitucional expressono artigo 79.º da Constituição da República Portuguesa(CRP) exige a conjugação de esforços, nomeadamente do Governo,das Autarquias Locais, das Escolas, dos organismos da admi-nistração pública desportiva, das colectividades, das federações,das associações e dos clubes desportivos.

2 - A promoção e o apoio ao Desporto, consubstanciadana criação de condições de prática desportiva é umadas competências e obrigações das Autarquias na prosse-cução dos interesses próprios, comuns e específicos daspopulações respectivas.

3 - As autarquias desempenham um papel fundamentalno desenvolvimento desportivo e no incremento da práticadesportiva. Para a prossecução dos seus objectivos necessitamde juntar esforços com várias entidades públicas e privadas,no sentido de atingir plenamente e de forma conjugadatais objectivos.

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Justificação

1 - Importa, assim, estruturar as condições dessa atribuiçãoe participação, sendo inequívoca a vantagem de garantiruma mais eficaz, lógica e transparente mobilização e utilizaçãodos recursos públicos, com vista à sua optimização.

2 - Neste contexto, o Pelouro do Desporto da Câmara Municipalde Lisboa, tem assumido um papel importante na concretizaçãodo Projecto Social e Desportivo do Concelho, em articulaçãocom várias entidades, nomeadamente Juntas de Freguesia,Escolas, Associações, Federações, Clubes, Grupos Informais,Institutos Públicos, Instituições Particulares de SolidariedadeSocial, etc., com um papel social, cultural, formativo e desportivode inestimável significado.

3 - A Câmara Municipal de Lisboa entende que as associaçõesdesportivas desempenham uma importante função social,sendo de realçar a sua inestimável contribuição para o desen-volvimento do desporto, bem como para o lazer e ocupaçãodos tempos livres das populações, nomeadamente das camadasmais jovens e socialmente mais carenciadas.

4 - A dotação daquelas entidades com meios e recursos queviabilizem a sua actividade regular e permitam a concretizaçãode iniciativas e projectos de interesse comunitário, constituium requisito que responsabiliza, não apenas os respectivosassociados, mas também os Poderes Públicos: a AdministraçãoCentral e as Autarquias.

5 - A Câmara Municipal de Lisboa reconhece, deste modo,a importância e o trabalho dos dirigentes associativos parao progresso e desenvolvimento integrado do Concelho, na áreadesportiva.

6 - Nesta conformidade, considera a Câmara Municipalde Lisboa que os apoios consignados no presente Contrato--programa de Desenvolvimento Desportivo conferem à entidadebeneficiária responsabilidades acrescidas, não só paraos seus associados, mas também em relação à comunidadedesportiva concelhia, traduzindo-se tais responsabilidadesnuma efectiva garantia do desenvolvimento regular das suasactividades e de um desempenho qualitativamente superiorda sua função social.

7 - A Lei n.º 169/99, de 18 de Setembro, na redacção dadapela Lei n.º 5-A/2002, de 11 de Janeiro, permite, nos termosda alínea b) do n.º 4 do artigo 64.º e artigo 67.º, que asCâmaras Municipais celebrem acordos e protocolos de colaboraçãocom instituições públicas, particulares ou cooperativas,em termos que protejam cabalmente os direitos e deveresde cada uma das partes e o uso, pela comunidade local,dos equipamentos.

8 - Todo o propugnado na Lei de Bases da Actividade Físicae do Desporto, Lei n.º 5/2007, de 16 de Janeiro, reforçae dá cumprimento aos princípios fundamentais tuteladospela Constituição da República Portuguesa, em particular,o princípio do «Desporto para todos».

9 - Assim, a Câmara Municipal de Lisboa, de acordo como espírito da Lei de Bases da Actividade Física e do Desporto,Lei n.º 5/2007, de 16 de Janeiro e regulamentação específicasobre a matéria (Decreto-Lei n.º 423/91, de 6 de Novembro),

desenvolve uma metodologia de apoios ao Movimento AssociativoDesportivo Concelhio, promovendo o conceito de «Contrato--programa de Desenvolvimento Desportivo» com uma efectivae clara política de apoios e incentivos;

10 - O Aero Club de Portugal, sedeado na Rua GeneralPimenta de Castro, 4-C - 1700-218 Lisboa, com estatutosaprovados e publicados no «Diário da República» n.º 129,de 7 de Junho de 1982, III Série, é uma associação de utilidadepública, não lucrativa, com personalidade jurídica, que aolongo destes anos tem prosseguido fins culturais, desportivos,recreativos e de fomento no campo das actividades aero--espaciais. Nos termos dos seus estatutos (artigo 4.º)é principal objectivo do Areo Club de Portugal a divulgaçãodo conhecimento e cultura aero-espaciais e a práticade actividades correlativas, com incidência específicanos ramos das actividades aeronáuticas e para-aeronáuticasde feição amadora, nomeadamente desportiva, recreativae de divulgação.

11 - O clube foi fundado em 11 de Dezembro de 1909,condecorado em 1959 com a Ordem Militar de Cristo,entre múltiplas outras condecorações e prémios atribuídos,ao longo da sua história, por diversas instituições nacionaise internacionais. De entre os seus sócios ilustres e sócioshonorários, sobressaem Gago Coutinho e Sacadura Cabral,Sarmento Beires, Carlos Bleck, Humberto Cruz, Jorge deCastilho, Pinheiro Correia, Cifka Duarte, Costa Macedo,Abílio Santos, Humberto Delgado e o heróico piloto paraplégicoFaria e Melo (único piloto paraplégico a nível mundiala ter voado a solo em avião monomotor a travessia de todosos oceanos e realizado a solo, também em avião monomotor,duas voltas ao mundo) e tantos outros que realizaram,ao longo do seu I século de História, brilhantes ou mesmoheróicos feitos aeronáuticos. Desde a data da sua fundaçãoo Aero Club de Portugal regista a inscrição de 8072 sócios,entre os quais, ilustres figuras nacionais. Actualmente contacom 1522 sócios ordinários.

12 - A nível internacional é membro Português activo, desde28 de Janeiro de 1913, na FAI - Féderation AeronautiqueInternationale, instituição internacional não governamentale não lucrativa fundada em 14 de Outubro de 1905e na E.A.S. Europe Air Sports, associações tutelantese representantivas de todas as modalidades de desportosaéreos, a nível mundial e europeu, respectivamente, sendoa primeira destas, a reguladora de todas as disciplinase regras desportivas e de competição, bem como a únicaentidade que fiscaliza, por si e pelos seus membros activosas provas do calendário internacional FAI, bem comoa homologação de todos os recortes aeronáuticos, do aero-modelismo à astronáutica.

13 - O Aero Club de Portugal organiza anualmente, entre outrasiniciativas relevantes no seio da actividade aeronáutica,o mais importante evento da aviação geral desportivae de lazer, designado alternadamente, como VAP - Volta Aéreaa Portugal ou RAI - Raid Aéreo Ibérico. Periodicamente realizatambém diversos outros festivais aéreos, eventos de grandeinteresse, não só junto da comunidade aeronáutica, mastambém e essencialmente, junto do público em geral.

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14 - Lisboa foi, em 11 de Dezembro de 1909, a cidade berçodesta Associação fundadora da Aviação em Portugal e onde,desde sempre, manteve o Aero Club de Portugal a sua sedecom instalações administrativas e onde ministra tambémas aulas de formação teórica aeronáutica, de todas as moda-lidades de asa fixa (aviões, aviões ultraleves e planadores)naquela que é a mais antiga Escola de Pilotagem Civildo País. Forma actualmente em média 30 a 50 pilotospor ano.

15 - Considerando a vocação do Aero Club de Portugal parao desenvolvimento de actividades de promoção, formação,divulgação do conhecimento e cultura aero-espaciais e a práticade actividades correlativas, com incidência específicanos ramos das actividades aeronáuticas e para-aeronáuticasde feição amadora, é estabelecido o presente Contrato-programa de Desenvolvimento Desportivo, destinado à definiçãode formas de colaboração institucional entre a Câmara Municipalde Lisboa e a Associação com vista à realização de eventosdesportivo vários a decorrer no ano civil em curso no âmbitodas «Comemorações do Centenário», cujo expoente máximoé o Festival Aéreo de Lisboa a realizar no dia 14 de Junhode 2009 na cidade de Lisboa, bem como outros eventosde menor dimensão e relevância a realizar até ao finalde 2009;

16 - A atribuição do apoio de âmbito financeiro e logístico,consignado neste Contrato-programa de DesenvolvimentoDesportivo, respeitou os princípios de natureza substantivaconstantes do «Regulamento de Atribuição de Apoios peloMunicípio de Lisboa», publicado no Boletim Municipal n.º 771,de 27 de Novembro de 2008 (7.º Suplemento), aplicável,unicamente, aos apoios a atribuir em 2010 (nos termosconjugados dos n.os 1 e 4 do artigo 7.º), devendo ser respeitadoo regime transitório estabelecido no artigo 24.º. A entidadeirá proceder à sua inscrição na BDAA nos termos dos artigos 5.ºe 6.º do referido Regulamento.

Assim,

- Nos termos da alínea b) do n.º 4 do artigo 64.º da Lein.º 169/99, de 18 de Setembro, na redacção dada pela Lein.º 5-A/2002, de 11 de Janeiro, compete à Câmara Municipal:«Apoiar ou comparticipar, pelos meios adequados, no apoioa actividades de interesse municipal, de natureza social,cultural, desportiva, recreativa ou outra».

- De acordo com o artigo 67.º da supracitada legislação,as referidas competências «podem ser objecto de protocolode colaboração com instituições públicas, particularese cooperativas, que desenvolvam a sua actividade na áreado município, em termos que protejam cabalmente os direitose deveres de cada uma das partes e o uso, pela comunidadelocal dos equipamentos».

- As competências delegadas ao Vereador Manuel Brito,conferidas pelo Despacho n.º 67/P/2009, de 29 de Abril,publicado no 2.º Suplemento ao Boletim Municipal n.º 793,de 30 de Abril, em particular o ponto A 2 - Desporto, quandorefere: «Representar o Município na celebração de protocolosou de contratos-programa de desenvolvimento desportivo».

Articulado

Entre:

A Câmara Municipal de Lisboa, adiante designada por CML,ou Primeiro Outorgante, neste acto representada peloVereador Manuel Brito, no uso de competência delegada,nos termos do despacho de delegação de competênciasconferidas pelo Despacho n.º 67/P/2009, de 29 de Abril,publicado no 2.º Suplemento ao Boletim Municipal n.º 793,de 30 de Abril,

e

O Aero Club de Portugal, sedeado na Rua General Pimentade Castro, 4-C - 1700 - 218 Lisboa, com estatutos aprovadose publicados no «Diário da República» n.º 129, de 7 de Junhode 1982, III Série, adiante designado por ACP ou 2.º Outorgante,neste acto devidamente representada pelo seu Presidente,Dr. Manuel Eduardo Carreiro Silva Salta, com poderes paraintervir no acto nos termos estatutários,

É celebrado e por ambos aceite o presente Contrato-programade Desenvolvimento Desportivo, nos termos gerais do Decreto--Lei n.º 432/91, de 6 de Novembro, que se rege pelascláusulas seguintes:

Cláusula Primeira

(Objecto)

1 - O presente Contrato de Desenvolvimento Desportivo tempor objecto a cooperação entre os Outorgantes destinadaà definição de formas de colaboração institucional entrea Câmara Municipal de Lisboa e o Aero Club de Portugalcom vista à realização de vários eventos a realizar no anoem curso, no âmbito das «Comemorações do Centenário»,cujo expoente máximo é o Festival Aéreo de Lisboa, no Parquedas Nações, Marina de Lisboa, sem prejuízo da realizaçãode outros eventos que integram também tais comemorações,nomeadamente, «300 anos de Bartolomeu de Gusmão» (a decorrerSetembro/Outubro), os voos dos principezinhos (Julhoa Novembro), Romaria de Alcafozes a Nossa Senhora doLoreto (Agosto), Encontro de Aeromodelismo (Setembro//Outubro), Encontro Ibérico de Mulheres Aviadoras (17 deNovembro), Exposição de Filatelia Aeronáutica (5 a 13 de Dezembro),Edição especial da Revista do Ar (Novembro), Sessão Solenedo Centésimo Aniversário do Aero Club de Portugale Encerramento dos cem anos da Aviação em Portugal,Jantar e Baile de Gala da Aviação Portuguesa (Dezembro).

2 - O programa referido no número anterior será executadopelo Segundo Outorgante, de acordo com os termos do presentecontrato e a legislação nacional em vigor a aplicar à matériaem questão, sendo o mesmo responsável pela obtençãode todas as licenças camarárias ou outras que ao casocouberem, cumprindo as normas de segurança, higienee saúde, bem como pela contratação com entidades terceirasde todas as apólices de seguros obrigatórios por lei.

3 - A disciplina do regime de comparticipação de âmbitofinanceiro e logístico e o acompanhamento de execuçãodos eventos aqui previstos é definida pelo Primeiro Outorgante.

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Cláusula Segunda

(Custo do Programa e Repartição de Encargos)

1 - Para a prossecução do Contrato-programa definido na CláusulaPrimeira, com o orçamento estimado de 250 000 euros (duzentose cinquenta mil euros) é concedido pelo Primeiro ao SegundoOutorgante, que a aceita, a atribuição de âmbito:

a) Financeiro, no valor de 13 500 euros (treze mil e quinhentoseuros) líquidos;

b) Não financeiro, que se consubstancia na cedênciaunicamente de materiais de âmbito logístico, nos termosda alínea b) do número 1 da Cláusula Quarta, e na isençãode taxas, previstas na Tabela de Taxas e Outras ReceitasMunicipais, após deliberação por parte do órgão competente,cujo valor indicativo estimado ronda os 90 000 euros(noventa mil euros).

2 - Neste contexto do custo total do programa, o SegundoOutorgante assume, pelo presente Contrato–programa, a respon-sabilidade pela integral realização dos eventos referidos naCláusula Primeira.

3 - Em caso algum, o Primeiro Outorgante comparticiparáem indemnizações que, eventualmente, venham a ser devidaspela organização de tais eventos.

Cláusula Terceira

(Apoio financeiro)

1 - O Primeiro Outorgante atribui ao Segundo o apoiofinanceiro mencionado na Cláusula Segunda, no montanteglobal de 13 500 euros (treze mil e quinhentos euros)líquidos, de acordo com o plano de pagamentos previstono número três da presente cláusula.

2 - O apoio financeiro referido no número anterior destina-se,exclusivamente, ao apoio dos eventos enunciados na CláusulaPrimeira.

3 - O apoio atribuído obedece ao seguinte plano de pagamentos:

a) 1.ª Prestação - correspondente a 60 % do valor global, apóscelebração do Contrato-programa de DesenvolvimentoDesportivo na decorrência da sua aprovação em sessãode Câmara;

b) 2.ª Prestação - correspondente a 40 %, após entregados relatórios de actividade e financeiro com explicitaçãodos resultados alcançados e respectivos documentosjustificativos.

Cláusula Quarta

(Obrigações do Primeiro Outorgante)

1 - O Primeiro Outorgante compromete-se a:

a) Transferir para o Segundo Outorgante a verba estabelecidana cláusula anterior de acordo com o plano de pagamentosnela referenciado;

b) Apoiar logisticamente os eventos promovidos pelo SegundoOutorgante constante da Cláusula Primeira, nos termosconsignados no presente Contrato-programa, devendoo mesmo apresentar ao Primeiro Outorgante a listagemde necessidades de material logístico até 20 úteis antesde cada um dos eventos.

2 - No âmbito do seu apoio à organização dos eventos objectoda Cláusula Primeira, o Primeiro Outorgante compromete-seainda a:

a) Assegurar que o Segundo Outorgante observa, no queconcerne à divulgação do evento, as normas constantestanto do Regulamento de Publicidade, publicado no Editaln.º 35/92, de 6 de Março de 1992, como do Regulamentodo Mobiliário Urbano e da Ocupação da Via Pública,publicado no Edital n.º 101/91;

b) Propor à Assembleia Municipal a possibilidade de isentaro Segundo Outorgante do pagamento das taxas municipaisa que houver lugar, nomeadamente as referentes a licençasde ocupação de espaços públicos municipais e à colocaçãode pendões e outros suportes publicitários nas artériasda cidade, ao abrigo do disposto na alínea a) do n.º 6do artigo 64.º e alínea e) do n.º 2 do artigo 53.º da Lein.º 169/99, de 18 de Setembro, com a redacção dadapela Lei n.º 5-A/2002, de 11 de Janeiro.

3 - O disposto na alínea b) do ponto dois, da presentecláusula não exime o Segundo Outorgante do ónus de solicitar,aquando da realização dos eventos, a isenção do pagamentodas taxas devidas, devendo, para o efeito, aludir à referidadeliberação da Assembleia Municipal.

4 - A Câmara Municipal de Lisboa reserva-se o direito de,a todo o tempo, solicitar a apresentação da documentaçãonecessária para apreciar da correcta aplicação dos apoios.

5 - Sem prejuízo da obrigatoriedade de entrega dos relatóriosde execução do evento e correlativo relatório de execuçãofinanceira por parte do Segundo Outorgante, aos quaisse faz referência expressa no ponto quatro da Cláusula Quinta,o Clube pode ser submetido a auditorias a realizar peloDepartamento de Auditoria Interna da CML respeitantesà atribuição do apoio atribuído pela CML, devendo os bene-ficiários disponibilizar toda a documentação julgada adequadae oportuna para o efeito.

Cláusula Quinta

(Obrigações do Segundo Outorgante)

1 - O Segundo Outorgante compromete-se a:

a) Organizar os eventos objecto na Cláusula Primeirade acordo com as normas nacionais e internacionaisem vigor nesta matéria;

b) Assegurar que todos os participantes conheçam e respeitemo propugnado no número 2 do artigo 40.º da Lei de Basesda Actividade Física e do Desporto, Lei n.º 5/2007,de 16 de Janeiro;

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c) Transferir para uma companhia de seguros, atravésde contrato de seguro, a responsabilidade por acidentespessoais dos participantes nos eventos de carácterdesportivo, nos termos da legislação em vigor;

d) Publicitar o apoio da CML, através da menção expressa«Com o apoio da Câmara Municipal de Lisboa» e inclusãodo respectivo logótipo em todos os suportes gráficosde promoção ou divulgação do evento e actividades prepa-ratórias, bem como em toda a informação difundidanos diversos meios de comunicação;

e) Atender na sua actuação aos critérios de economia,eficácia e eficiência na gestão do apoio atribuído;

f) Assegurar outras contrapartidas financeiras ou logísticasque se mostrem necessárias para a boa realizaçãodo objecto do presente Contrato-programa, nomeada-mente através do mecenato, ou outras formas adequadase compatíveis com a sua concretização, de acordocom a legislação em vigor;

g) Garantir a presença, de forma destacada, do logótipoda CML ou referências aúdio e visuais dos apoios atribuídos:

(i) Nos filmes promocionais, no painel da conferênciade imprensa dos eventos;

(ii) Em todo o material publicitário nacional e internacional,em desdobráveis, pendões, cartazes e boletins de inscrição,em newsletters, dossiers de imprensa, convites, informações,press releases, nas reuniões com a imprensa;

(iii) Em todas as conferências de imprensa, flash-interviewse outras actividades similares;

(iv) Nos canais de televisão que transmitam em directoou em diferido os eventos.

h) Assegurar que o Primeiro Outorgante possa designarum representante para a flash interview na televisão,caso haja reportagens ou emissões em directo;

i) Assegurar ao Primeiro Outorgante:

(v) A possibilidade de entrega de flyers, para serem inseridosnas pastas dos press release que serão entreguesaos jornalistas;

(vi) A prévia aprovação do Primeiro Outorgante de todosos materiais e meios promocionais do evento em quesurja qualquer referência à Câmara Municipal de Lisboaou a Lisboa.

2 - O apoio do Primeiro Outorgante deverá ser mencionadoem voz off sempre que possível e os meios audiovisuaiso permitam, nomeadamente nos filmes promocionais.

3 - O Segundo Outorgante deverá entregar, até ao finaldo ano em curso após a realização dos vários eventos,um estudo de Media Value com o impacto e retorno do nomee imagem do Primeiro Outorgante.

4 - O Segundo Outorgante deverá entregar, ainda, num prazomáximo de 30 dias após a realização do evento um relatóriodo mesmo, bem como o correlativo relatório financeiro.

5 - O Segundo Outorgante obriga-se a colaborar e a fornecer,a qualquer momento, toda a informação e documentaçãosolicitada pelo Primeiro Outorgante, sempre que este julguenecessário conhecer o estado de execução do presenteContrato-programa.

Cláusula Sexta

(Dispositivos publicitários)

1 - A colocação de dispositivos publicitários mencionadosanteriormente está dependente da aprovação pelos respectivosserviços da Câmara Municipal de Lisboa, devendo para talo Segundo Outorgante solicitar a sua aprovação coma antecedência prevista nos termos da Tabela de Taxase Outras Receitas Municipais.

2 - O período máximo para permanência dos dispositivospublicitários na via pública é de trinta dias anteriores aoseventos, devendo a sua desmontagem ser efectuada no prazomáximo de cinco dias contados a partir da realizaçãodo mesmo.

3 - O Primeiro Outorgante procederá à retirada dos dispositivospublicitários, sem notificação prévia, em caso de incumprimentopelo Segundo Outorgante dos prazos de desmontagem definidosno ponto anterior.

Cláusula Sétima

(Obrigações conjuntas)

Os Outorgantes obrigam-se a cooperar no sentido de garantira cabal realização do evento objecto deste Contrato-programa.

Cláusula Oitava

(Entrada em vigor, duração e prazo de execução do programa)

O presente Contrato entra em vigor na data da sua assinaturae produz os seus efeitos até à data da realização dos eventosressalvadas as prorrogações a conceder, eventualmente,pelo Primeiro Outorgante em função de fundamentação.

Cláusula Nona

(Revisão)

1 - O presente Contrato-programa pode ser revisto em virtudede alterações supervenientes e imprevistas das circunstânciasquando a sua execução se torne excessiva para a entidadebeneficiária da comparticipação financeira e não financeira(que se traduz unicamente em apoio de âmbito logístico,e na isenção de taxas, nos termos definidos no clausuladosupra) e, ainda, unilateralmente, pelo Primeiro Outorgante,devido a imposição legal ou ponderoso interesse público,ficando sempre sujeita a prévia autorização da CâmaraMunicipal de Lisboa.

2 - Qualquer alteração ou adaptação dos termos ou dosresultados previstos neste Programa de DesenvolvimentoDesportivo carece de prévio acordo escrito dos Outorgantes,que a poderão condicionar.

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Cláusula Décima

(Resolução do Contrato-programa)

1 - Qualquer das partes pode resolver o acordo por deliberaçãodevidamente fundamentada, assumindo, no entanto, as suasobrigações até a data da resolução.

2 - A resolução do Contrato-programa a que se reporta o númeroanterior efectuar-se-á através da respectiva notificaçãoà outra parte outorgante, por carta registada com avisode recepção e, quando promovida pelo Primeiro Outorgante,por se verificar a impossibilidade de realização dos finsessenciais do programa, confere o direito de não disponibilizaçãode meios logísticos aqui previstos a título de comparticipação.

Cláusula Décima Primeira

(Cessação do Contrato-programa)

Sem prejuízo do disposto na cláusula anterior, o presenteContrato cessa a sua vigência:

a) Quando, por falta não imputável às partes, se torneobjectivamente impossível realizar o Programa de Desen-volvimento Desportivo que constitui o seu objecto;

b) Quando esteja concluído o Programa de DesenvolvimentoDesportivo que constitui o seu objecto;

c) Quando o Primeiro Outorgante exerça o direito de resolvero contrato nos termos dos n.º 2 e n.º 3 do artigo 17.ºdo Decreto-Lei n.º 432/91, de 6 de Novembro.

Cláusula Décima Segunda

(Incumprimento, rescisão e sanções)

1 - O incumprimento pelo Segundo Outorgante de umaou mais condições estabelecidas no presente Contrato--programa constitui causa de rescisão imediata por partedo Primeiro Outorgante e implica, ainda, a reversão imediatados bens cedidos à sua posse, sem prejuízo das devidasindemnizações pelo uso indevido e danos sofridos.

2 - O incumprimento do presente Contrato-programa constituiimpedimento para a apresentação de novo pedido de apoiopor parte do Segundo Outorgante num período a estabelecerpelo órgão executivo.

Cláusula Décima Terceira

(Disposições finais)

1 - Em caso de diferendo sobre a interpretação as partesdesenvolverão esforços de boa-fé para encontrar uma solução.

2 - A tudo o que não esteja especialmente previsto no presenteContrato-programa aplicam-se, subsidiariamente, as normase regulamentos camarários em vigor no município de Lisboae a legislação especial aplicável.

Cláusula Décima Quarta

(Foro)

1 - Quaisquer questões emergentes da aplicação do presenteContrato serão dirimidas previamente por acordo entreas partes.

2 - Os litígios emergentes da execução do presente Contrato--programa serão submetidos a arbitragem nos termosdo artigo 18.º do Decreto-Lei n.º 432/91, de 6 de Novembro.

Celebrado em . . . / . . . /2009, contendo 13 (treze) páginasde 2 (dois) exemplares, ficando um exemplar na possede cada um dos outorgantes.

Câmara Municipal de Lisboa,O Vereador do Pelouro de Desporto,Manuel Brito

Aero Club de Portugal,O Presidente,Manuel Salta

- Deliberação n.º 74/AM/2009 (Deliberação n.º 659/CM/2009):

Proposta n.º 659/2009

Considerando que Lisboa irá novamente acolher o Festivaldos Oceanos, que decorrerá de 1 a 15 de Agosto de 2009;

Considerando que o evento é uma iniciativa da AssociaçãoTurismo de Lisboa com apoio do Turismo de Portugal e como patrocínio do Casino de Lisboa;

Considerando ainda, que se trata de um evento da maiorimportância para o Turismo que procura valorizar as microcentralidades turísticas - Belém, Centro Histórico, Parquedas Nações e Zona Ribeirinha, apresentando diversas iniciativasde acesso livre na sua maioria no espaço público;

Considerando que nas edições anteriores o Festival dosOceanos trouxe mais de meio milhão de pessoas a Lisboa,traduzindo-se num claro êxito de grande adesão popular,quer a nível nacional quer internacional beneficiandoda promoção feita pela ATL ao evento, revestindo-se de enormeinteresse turístico-económico-social para a cidade cujo retornodo investimento se constata de forma inequívoca;

Considerando que a realização de um evento com estascaracterísticas vai ao encontro do TLX 10 - O Plano Estratégicodo Turismo de Lisboa 2007-2010, que recomenda, nomea-damente, a realização de iniciativas favorecedoras do aumentoda notoriedade da capital portuguesa;

Considerando que este evento, pela visibilidade e reconhecimentomundial que encerra, constituirá uma enorme mais-valiapara a Cidade de Lisboa, é do interesse público estabelecercolaboração com a respectiva organização, por formaa garantir o seu sucesso nacional e internacional; tal comoprevisto na alínea a) da Cláusula 8.ª do Protocolo entre

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a Câmara Municipal de Lisboa e a Associação de Turismode Lisboa (Proposta n.º 3/2008) que prevê, quer a colaboraçãoentre a CML e a ATL em matéria de eventos (Cláusula 14.ª),quer o apoio da CML à ATL na execução dos mesmos;

Tenho a honra de propor que a Câmara Municipal delibere:

- Submeter à autorização da Assembleia Municipal, conformedispõem os artigos 16.º, alínea c) e 19.º, alínea i) da Lein.º 42/98, de 6 de Agosto, na redacção em vigor, 64.º,n.º 4, alínea b) e n.º 6, alínea a) e 53.º, n.º 2, alínea e),todos da Lei n.º 169/99, de 18 de Setembro, na redacçãoque lhe foi dada pela Lei n.º 5-A/2002, de 11 de Janeiro,a isenção do pagamento de taxas para as licençasmunicipais respectivas e relativas à efectiva realização,na Cidade de Lisboa, do Festival dos Oceanos 2009, assimcomo a isenção do pagamento de taxas relativas à cedência,a título de empréstimo, de diverso material de ornamentaçãoe logístico.

[Aprovada por maioria, com votos a favor (PS e PCP), votoscontra (CDS/PP) e abstenções (PPD/PSD, Bloco de Esquerdae PEV).]

- Deliberação n.º 75/AM/2009 (Deliberação n.º 661/CM/2009):

Proposta n.º 661/2009

Isenção do pagamento de taxas ao World Music Festival LX’09

Considerando que:

1 - A Livraria Ler Devagar, que inaugurou recentementeum novo espaço na LX Factory, vai realizar o World MusicFestival LX’O9, que irá decorrer de 14 a 19 de Julho de 2009,sob o mote «Lisboa, cidade aberta ao Mundo»;

2 - A iniciativa facultará a fruição ao público de Lisboa,e aos muitos estrangeiros que por este período nos visitam,de um Festival que destaca a mestiçagem cultural dePortugal, juntamente com os países lusófonos e francófonos:Spok Frevo Orquestra (Brasil); Júlio Pereira (Portugal); KasaiMasai (Congo); Dobet Gnahore (Costa do Marfim); StewartSukuma (Moçambique); Bassekou Kouyate & Ngoni Ba (Mali);

3 - A importância de um evento que à música juntará outrasáreas criativas, estando previstos alguns eventos paralelos,nomeadamente uma apresentação de filmes dos paísesconvidados, mostras de gastronomia, artes de rua e lançamentosde livros;

4 - A Ler Devagar solicitou o apoio financeiro de 10 000 euros,bem como policiamento municipal para a entrada na LX Factory(Avenida da Índia) durante o período do Festival; a concessãode licenças especiais de ruído e de ocupação de espaçopúblico temporário no dia da abertura, e outras licençaslegais que sejam requeridas a nível camarário, para a realizaçãodo festival;

Tenho a honra de propor que a Câmara Municipal delibere,ao abrigo do disposto no n.º 2 do artigo 12.º da Lein.º 2/2007, de 15 de Janeiro, na alínea h) do n.º 2 do artigo 53.º,

na alínea b) do n.º 4 e alínea a) do n.º 6 do artigo 64.ºda Lei n.º 169/99, de 18 de Setembro, na redacçãoque lhe foi dada pela Lei n.º 5-A/2002, de 11 de Janeiro,aprovar submeter à Assembleia Municipal de Lisboa, paraque este órgão delibere:

1 - Estabelecer a isenção do pagamento das taxas municipaisde ocupação temporária da via pública e de concessãode licenças especiais de ruído pelo período de 14 a 19 deJulho de 2009, em virtude da realização dos espectáculosno âmbito do Festival;

2 - A atribuição de um subsídio para a realização do eventono montante de 10 000 euros (dez mil euros), que temcabimento na rubrica.

[Aprovada por maioria, com votos a favor (PS), votos contra(CDS/PP) e abstenções (PPD/PSD, PCP, Bloco de Esquerdae PEV).]

- Deliberação n.º 76/AM/2009 (Deliberação n.º 671/CM/2009):

Proposta n.º 671/2009

REGULAMENTO DO REGIME DE ACESSO À HABITAÇÃO MUNICIPAL

Considerando que:

I - Para assegurar maior equidade e eficiência na gestãodo património habitacional municipal, este executivo entendeucriar uma norma regulamentar, com sujeição prévia a apreciaçãopública, no intuito de regular de forma clara e objectivaas condições de acesso e os critérios de selecção paraatribuição do direito à habitação;

II - A Câmara Municipal, através da Deliberação n.º 1011//2008, nos pontos 1 e 2, incumbiu a Direcção Municipalde Habitação de elaborar e submeter a prévia apreciaçãoe discussão pública, no prazo de 45 dias úteis, um projectode Regulamento que estabeleça «os critérios de acessoao arrendamento de habitação municipal», tendo como normativoorientador, o concurso público, previsto no Decreto-Lein.º 797/76, de 6 de Novembro e o Decreto Regulamentarn.º 50/77, de 11 de Agosto, com as necessárias adaptaçõesà realidade social actual;

III - Nessa medida, os serviços competentes (DMH) elaboraramum projecto de proposta de «Regulamento do Regime de Acessoà Habitação Municipal», cujo conteúdo foi objecto de análisee, consequentemente, resultou no «Projecto Regulamentodo Regime de Acesso à Habitação Municipal», aprovado pelaDeliberação n.º 324/2009, tomada em Câmara Municipal,em 13 de Maio de 2009;

IV - O órgão competente deve, em regra, submeter à apreciaçãopública, para recolha de sugestões o projecto de regulamento,nos termos do artigo 118.º do Código do ProcedimentoAdministrativo;

V - A Deliberação n.º 324/2009, tomada em 13 de Maiode 2009 - que determinou submeter à apreciação públicao Projecto Regulamento do Regime de Acesso à Habitação

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Municipal - tornou-se disponível no sítio da Internet geridopela Câmara Municipal de Lisboa, no dia 20 de Maio de 2009,através da publicação em 2.º Suplemento ao Boletim Municipaln.º 795, de 14 de Maio de 2009 - vide nesse sentidoinformação (via e-mail) da DACM, ora junta e integrantedo dossier de suporte à presente Proposta;

VI - O artigo 118.º, n.º 2 do Código do Procedimento Admi-nistrativo, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 442/91, de 15 deNovembro, com a redacção dada pelo Decreto-Lei n.º 6/96,de 31 de Janeiro, estabelece que os interessados devemdirigir por escrito as suas sugestões, dentro do prazode 30 dias contados da data da publicação do projectode regulamento;

VII - O prazo, supramencionado, começou a contar a 21 deMaio de 2009 e terminou no dia 3 de Julho de 2009, umavez que de acordo com as regras da contagem dos prazos,nos termos das alíneas a) e b) do n.º 1 do artigo 72.ºdo Código do Procedimento Administrativo, não se incluina contagem o dia em que ocorrer o evento a partir do qualo prazo começa a correr e suspende-se nos sábados,domingos e feriados;

VIII - Terminou a fase de apreciação pública, nos termosdo artigo 118.º do Código do Procedimento Administrativo,tendo apenas sido recebidos nesta fase duas participaçõespor parte dos interessados (via e-mail), ora juntos e integrantesdo dossier suporte à presente Proposta, para os devidosefeitos, não obstante o teor dos mesmos não reflectir nenhumaproposta in concreto quanto ao Projecto de Regulamentode Atribuição de Apoios pelo Município de Lisboa;

Considerando ainda que:

IX - A presente Proposta de Regulamento (Reg.) vertente integraum modelo de procedimento que salvaguarda o direitoa aceder às habitações municipais a todos os que preenchamos requisitos determinados, e cuja tramitação é prosseguidapelo rigoroso cumprimento dos Princípios da Concorrênciaou Competição Aberta, Igualdade, Publicidade, Imparcialidadee Transparência;

X - Nessa medida, toda a estrutura procedimental, ora proposta,enforma um procedimento concursal, nomeadamente: todosos interessados que preencham os requisitos podemcandidatar-se à atribuição de uma habitação municipal (nãohá limite numérico - vide artigo 2.º do Reg.), publicidadee estabilidade de todas as regras procedimentais, um critériode selecção tornado público previamente (vide artigos 6.ºe 8.º do Reg.), existência de uma classificação hierarquizada(vide artigo 14.º do Reg.) e a respectiva atribuição ao titulardo pedido mais bem posicionado na lista (escolha automática- vide artigo 16.º do Reg.);

XI - Esta proposta, visou procurar uma resposta adequadaàs dinâmicas sociais, tendo por escopo o reforço da coesãosocial, estruturando-se numa maior transparência no processode acesso ao direito à habitação, através das seguinteslinhas orientadoras:

a) Os interessados poderão, em qualquer altura, solicitara atribuição de habitação municipal, através de requerimento;

b) A classificação dos requerentes será efectuada mediantea aplicação da matriz, constante do Anexo I do presenteRegulamento, à medida que os requerimentos derem entrada;

c) Criação de uma bolsa de requerentes a habitação municipal,através de uma base de dados com toda a informaçãotratada, resultante da análise dos pedidos de atribuiçãode habitação, efectuados em formulário próprio;

d) Atribuição de habitação com tipologia e característicasadequadas aos agregados, mediante a disponibilidadede fogos devolutos e com condições de habitabilidade,aos interessados que apresentem maior classificação,por ordem decrescente relativamente à sua situaçãode carência socioeconómica e habitacional.

XII - Para efeitos de apuramento e cálculo dos rendimentosauferidos pela totalidade dos membros do agregado foi assumido,como normativo o Decreto-Lei n.º 166/93, de 7 de Maio;

XIII - Optou-se, por recorrer ao Indexante de Apoios Sociais(IAS), criado nos termos da Lei n.º 53-B/2006, de 29 deDezembro, enquanto referencial para a determinação das condiçõesde acesso plasmadas na presente Proposta de Regulamento,dado que o IAS é um indexante objectivo e autónomoda retribuição mínima garantida, que permite fixar princípiosde maior rigor e transparência, sendo fixado anualmentepor portaria conjunta dos membros do Governo responsáveispelas áreas das finanças e do trabalho e da solidariedadesocial;

Considerando, por fim, que:

XIV - Neste momento, no ordenamento jurídico nacionalo único regime jurídico susceptível de ser aplicadono universo das habitações municipais, é o regime da rendaapoiada nos termos plasmados no Decreto-Lei n.º 166/93,de 7 de Maio, e subsidiariamente o Novo Regime do Arren-damento Urbano (NRAU), aprovado pela Lei n.º 6/2006,de 27 de Fevereiro, e pelo Regime Geral de Locação Civil,não havendo oportunidade da previsão de um regimetransitório em sede regulamentar;

XV - A aplicação do regime de renda apoiada impõe a celebraçãode um contrato de arrendamento para fim habitacional,no qual se estabelecem as condições e termos dessa contra-tualização, e por outro lado, foi consensual, que dever-se-iaclarificar os direitos e deveres do arrendatário;

XVI - Essa opção foi, entretanto, consubstanciada na minuta-tipode contrato de arrendamento para fim habitacional, em regimede renda apoiada, submetida e aprovada no órgão CâmaraMunicipal, perfilhou-se, assim, necessário a introduçãoda menção expressa a essa minuta em sede regulamentar;

XVII - O Regulamento subjacente tem eficácia externa e,por conseguinte, compete à Assembleia Municipal a suaaprovação, sob proposta da Câmara Municipal, nos termosdas disposições conjugadas do artigo 53.º, n.º 2, alínea a)e artigo 64.º, n.º 6, alínea a), ambos da Lei n.º 169/99,de 18 de Setembro, com a redacção dada pela Lei n.º 5-A//2002, de 11 de Janeiro;

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Tenho a honra de propor que a Câmara delibere:

- Aprovar e submeter à Assembleia Municipal o Regulamentodo Regime de Acesso à Habitação Municipal, ora anexo,e que faz parte integrante da presente proposta, nos termose ao abrigo das disposições conjugadas da alínea i) do n.º 1do artigo 13.º e artigo 24.º, ambos da Lei n.º 159/99,de 14 de Setembro, da alínea a) do n.º 6 e alínea d)do n.º 7, ambas do artigo 64.º e da alínea a) do artigo 53.º,todos da Lei n.º 169/99, de 18 de Setembro, com aredacção dada pela Lei n.º 5-A/2002, de 11 de Janeiro.

[Aprovada por maioria, com votos a favor (PS, PCP,PEV e 14 Deputados Municipais do PPD/PSD incluindoa Sr.ª Presidente da AML) e abstenções (PPD/PSD, Blocode Esquerda e CDS/PP).]

PREÂMBULO

Considerando que a prossecução do interesse público municipalconcretizado através de uma política de Habitação, alicerçadaem normativos de natureza regulamentar que permitam umamaior equidade e eficiência na gestão do património habi-tacional municipal, constitui um auxiliar inestimável na garantiado direito à habitação e de uma melhor qualidade de vidada população.

Dada a importância de regulamentar o acesso à habitaçãointegrante de todo o património municipal, garantindo umjusto e eficaz procedimento administrativo, afigura-se primordiala aprovação de um regulamento que estabeleça as condiçõesde acesso e critérios de selecção para a atribuiçãode habitação municipal.

Assim, o Projecto de Regulamento (PR) vertente integraum modelo de procedimento que salvaguarda o direitoa aceder às habitações municipais a todos os que preenchamos requisitos determinados, e cuja tramitação é prosseguidapelo rigoroso cumprimento dos Princípios da Concorrênciaou Competição Aberta, Igualdade, Publicidade, Imparcialidadee Transparência.

Acresce que, o modelo de procedimento configurado nesteProjecto de Regulamento encerra uma autovinculação do Municípiode Lisboa, não sendo permitido decidir diferentementeou mais ou menos ampla do que aquilo que se encontraestabelecido no normativo regulamentar, nem extinguirou modificar as suas previsões casuisticamente.

Mais acresce, que o modelo de procedimento in casu assentanum método quantitativo de classificação, no que respeitaao pedido de atribuição do direito à habitação, garantede um maior rigor, transparência e objectividade.

Deste modo, toda a estrutura procedimental do modelo, oraproposto, enforma um procedimento concorrencial (naturezaconcursal), nomeadamente: todos os interessados quepreencham os requisitos podem candidatar-se à atribuiçãode uma habitação municipal (não há limite numérico - videartigo 2.º do PR), publicidade e estabilidade de todasas regras procedimentais, um critério de selecção tornadopúblico previamente (vide artigos 6.º e 8.º do PR), existênciade uma classificação hierarquizada (vide artigo 14.º do PR)e a respectiva atribuição ao titular do pedido mais bemposicionado na lista (escolha automática - vide artigo 16.ºdo PR).

Por outro lado, o modelo de procedimento vertente prevêa criação de uma única lista composta pelos pedidosclassificados, sucessivamente, que será utilizada paraa atribuição das habitações de acordo com o posicionamentoexistente, sempre que se verifique a existência de umahabitação devoluta - salvaguardando-se, assim, um permanenteprocedimento concorrencial capaz de responder de formacélere aos fluxos sociais e a dinâmica da procura de habitação.

No âmbito da verificação das condições de acesso dos requerentes,foi adoptado para o apuramento e cálculo dos rendimentosauferidos pela totalidade dos membros do agregado, o rendimentomensal corrigido do agregado, nos termos da alínea d)do n.º 1 do artigo 3.º do Decreto-Lei n.º 166/93, de 7 de Maio,e um critério económico indexado, a 3 e a 5 IAS (Indexantede Apoios Sociais).

Optou-se, por recorrer ao (IAS), criado nos termos da Lein.º 53-B/2006, de 29 de Dezembro, enquanto referencialpara a determinação das condições de acesso plasmadasno presente Projecto de Regulamento, em substituiçãoda Retribuição Mínima Garantida Anual, dado que o IASé um indexante objectivo e autónomo da retribuição mínimagarantida, que permite fixar princípios de maior rigor e trans-parência, sendo fixado anualmente por portaria conjuntados membros do Governo responsáveis pelas áreasdas finanças e do trabalho e da solidariedade social.

Neste contexto, e dado que qualquer dos diplomas referenciadosnão levam em linha de conta o rendimento Per Capitado agregado, potenciando, assim, uma injustiça relativamenteàs famílias mais numerosas, importa, portanto, relevar essefacto para aferição da carência socioeconómica do agregado.

Dada a existência de norma habilitante para aprovaçãodeste Regulamento, nomeadamente a alínea i) do n.º 1do artigo 13.º e artigo 24.º, ambos da Lei n.º 159/99,de 14 de Setembro, os artigos 64.º, n.º 6, alínea a) e 53.º,n.º 2, alínea a), ambos da Lei n.º 169/99, de 18 de Setembro,com a redacção dada pela Lei n.º 5-A/2002, de 11 de Janeiro,optou-se, assim, pela criação de um modelo criterioso paragarantir a equidade e controlo na atribuição de habitaçãomunicipal, impondo a esta edilidade a decisão de sistematizare inovar, num único instrumento normativo.

Nessa medida, o novo instrumento normativo estabeleceos seguintes objectivos:

1 - Maior Objectividade:

- A classificação dos requerentes será efectuada mediantea aplicação de uma matriz, à medida que os requerimentosderem entrada.

2 - Maior Transparência:

2.1 - A criação de uma bolsa de requerentes à habitaçãomunicipal, através de uma base de dados com todaa informação tratada, resultante da análise dos pedidosde atribuição de habitação, efectuados em formuláriopróprio.

2.2 - Através desta base de dados será proporcionada informaçãopermanente sobre a classificação dos pedidos, medianteconstante actualização e disponibilização via internet.

3 - Conhecimento actualizado e sistemático sobre a Procurade Habitação Municipal:

- A constituição da base de dados com todos os requerenteselegíveis para atribuição de uma habitação municipal,possibilitando a extracção da mesma de relatórios estatísticosrespeitantes à procura e à oferta de habitação municipal.

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Refere-se, ainda, a criação de disposições inovadoras,no que concerne:

a) A definição de condições de acesso e critérios de selecção;b) A aplicação de uma matriz de classificação constante para

determinação de uma ponderação a cada requerente comcondições de acesso;

c) A constituição de um aplicativo informático suportadonuma base de dados com toda informação resultanteda apreciação dos pedidos de atribuição do direitoà habitação municipal.

Por último, menciona-se, que o Regulamento do Regimede Acesso à Habitação Municipal, foi submetido à apreciaçãopública, através da publicação da Deliberação n.º 324/2009,em 2.º Suplemento ao Boletim Municipal n.º 795, de 14 de Maiode 2009 - tornando-se disponível no sítio da Internet geridopela Câmara Municipal de Lisboa, no dia 20 de Maio de 2009- nos termos das disposições conjugadas dos artigos 116.º,118.º, n.º 1, ambos do Código do Procedimento Administrativo.

Na fase de apreciação pública só houve duas participaçõesescritas, por parte dos interessados (via e-mail), não consubs-tanciando nenhuma sugestão ou proposta em concreto,em relação às disposições Regulamento do Regime de Acessoà Habitação Municipal.

REGULAMENTO DO REGIME DE ACESSO À HABITAÇÃOMUNICIPAL

CAPÍTULO I

Disposições Gerais

Artigo 1.º

(Âmbito objectivo)

1 - O presente Regulamento estabelece o regime de atri-buição das habitações que integram todo o patrimóniomunicipal, através de procedimento concursal, designa-damente definindo as condições de acesso e critériosde selecção para arrendamento, em regime de renda apoiadadessas habitações.

2 - O arrendamento previsto no número anterior, em regimede renda apoiada, é titulado por um contrato, de acordocom a minuta-tipo aprovada no órgão Câmara Municipal.

Artigo 2.º

(Âmbito subjectivo)

Têm direito a aceder às habitações referidas no artigo anterioros cidadãos nacionais, ou estrangeiros com título de residênciaválido em território Português, que não residam em habitaçãoadequada à satisfação das necessidades do seu agregado,e que reúnam as condições de acesso estabelecidasno artigo 5.º do presente Regulamento.

CAPÍTULO II

Da Atribuição do Direito à Habitação

SECÇÃO I

REGIME E EXCEPÇÕES

Artigo 3.º

(Regime)

A atribuição do direito mencionado no artigo anterior seráefectuada mediante a apreciação e consequente classificaçãodos pedidos de atribuição do direito à habitação, nos termosprevistos no presente Regulamento.

Artigo 4.º

(Excepções ao regime de atribuição)

1 - A Câmara Municipal, deverá, excluir parte das habitaçõesmencionadas no artigo 1.º, do regime de atribuição estabelecidopor força do artigo anterior, definindo as regras especiaisa aplicar, nos seguintes casos:

a) Situações de emergência, entre outras: inundações,incêndios e outras catástrofes naturais;

b) Necessidades de realojamento decorrentes de operaçõesurbanísticas ou outras situações impostas pela legislaçãoem vigor;

c) Ruínas de edifícios municipais.

2 - Sem prejuízo do disposto no número anterior, o órgãoCâmara Municipal poderá afectar um conjunto de habitaçõesreferidas no artigo 1.º, excluindo-as do regime de atribuiçãoprevisto no artigo 3.º, para alienação a jovens e outrosgrupos, através de concurso, nos termos do Regulamentode Alienação de Imóveis Municipais.

SECÇÃO II

CONDIÇÕES DE ACESSO E CRITÉRIO DE SELECÇÃO

Artigo 5.º

(Condições de acesso)

1 - Os agregados familiares têm de reunir, cumulativamente,as condições prévias abaixo identificadas, para atribuiçãodo direito à habitação municipal:

a) Nenhum dos membros do agregado familiar possua habitaçãoprópria na área metropolitana de Lisboa, ou estejaa usufruir de apoios financeiros públicos para finshabitacionais;

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b) Residam no Concelho de Lisboa;c) Não seja titular ou cônjuge ou unido de facto com o titular

de uma habitação atribuída pelo município;d) Nenhum dos elementos do agregado, por opção própria,

tenha beneficiado de uma indemnização, em alternativa,à atribuição de uma habitação municipal por realojamento;

e) O agregado familiar receba um rendimento mensalcorrigido (RMC) inferior a três ou a cinco IAS, no casodo requerente ter idade igual ou superior a 65 anos, semprejuízo do disposto no número seguinte.

2 - No caso dos agregados familiares com mais de 3 elementosou mais de 5 elementos no caso do requerente ter idadeigual ou superior a 65 anos, terem um rendimento mensalcorrigido (RMC) Per capita, igual ou inferior a 1 IAS.

3 - Para efeito do disposto da alínea e) do número um,considera-se o seguinte:

a) RMC: é o rendimento mensal corrigido, definido na alínea d)do n.º 1 do artigo 3.º do Decreto-Lei n.º 166/93,de 7 de Maio;

b) IAS: corresponde ao indexante de apoios sociais, criadopela Lei n.º 53-B/2006, de 29 de Dezembro, e fixado nostermos da Portaria em vigor.

Artigo 6.º

(Critério de Selecção)

A apreciação de todos os pedidos de atribuição do direitoà habitação municipal é feita de acordo com o critériode selecção resultante da aplicação da matriz de classificaçãoconstante do Anexo I ao presente Regulamento, para deter-minação de uma ponderação ao requerente.

SECÇÃO III

ATRIBUIÇÃO DE HABITAÇÃO

Artigo 7.º

(Habitação adequada)

1 - A habitação a atribuir a cada agregado familiar seráa adequada à satisfação das suas necessidades, não podendoser atribuída mais do que uma habitação por agregado.

2 - Para efeitos do disposto no número anterior, considera-seadequada às necessidades do agregado familiar concorrente,a habitação cujo tipo, em relação à composição daquele agregado,se situe entre o máximo e o mínimo previstos no quadroconstante do Anexo II ao presente Regulamento, de modoque não se verifique sobreocupação ou subocupação.

3 - Para efeitos do presente Regulamento considera-se:

a) «Agregado familiar»: o conjunto de pessoas constituídopelo requerente, pelo cônjuge ou pessoa que com aqueleviva há mais de cinco anos em condições análogas, pelosparentes ou afins em linha recta ou até ao 3.º grau

da linha colateral, bem como pelas pessoas relativamenteàs quais, por força de lei ou de negócio jurídico quenão respeite directamente à habitação, haja obrigaçãode convivência ou de alimentos e ainda outras pessoasque vivam em coabitação com o requerente, devidamentefundamentada e comprovada;

b) «Dependentes»: Elemento do agregado familiar com menosde 25 anos que não tenha rendimentos e que, mesmosendo maior, possua, comprovadamente, qualquer tipode incapacidade permanente ou seja considerado inaptopara o trabalho ou para angariar meios de subsistência.

Artigo 8.º

(Atribuição de habitação)

1 - A atribuição de habitação é feita pelos serviços municipaiscompetentes, com base nas regras definidas nos artigos 2.º,5.º e 6.º do presente Regulamento, aos requerentescom maior classificação, nos termos definidos no artigo 16.ºdo presente Regulamento.

2 - Em caso de empate na classificação ou inexistênciade habitações em número suficiente para os requerentescom a mesma classificação, o desempate será decididode acordo com os seguintes critérios de prioridade, por ordemdecrescente:

a) Agregado com rendimento per capita inferior;b) Número de elementos no agregado com idade igual

ou superior a 65 anos;c) Número de deficientes no agregado;d) Número de dependentes no agregado;e) Data de entrada do requerimento.

Artigo 9.º

(Base de dados)

Será criado um aplicativo informático para registo numabase de dados de toda a informação resultante da apreciaçãodos pedidos de atribuição do direito à habitação municipal.

CAPÍTULO III

Do Procedimento

SECÇÃO I

PEDIDO DE ATRIBUIÇÃO DO DIREITO À HABITAÇÃO

Artigo 10.º

(Apresentação)

O pedido será apresentado, em formulário próprio, a dispo-nibilizar no serviço competente ou através da internet, acom-panhado de Declaração de compromisso para o efeito, cujosrespectivos modelos serão aprovados pelo órgão CâmaraMunicipal.

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Artigo 11.º

(Prova de declarações)

1 - Para efeito da apreciação do pedido referido no artigoanterior, os serviços municipais podem, a qualquer momento,exigir a apresentação de documentos comprovativosdas declarações prestadas pelos requerentes.

2 - O requerente será notificado para o fazer, no prazomáximo de 10 dias úteis, através de carta registada comaviso de recepção, sob pena de deserção do procedimento.

3 - O prazo fixado nos termos do número anterior pode, pormotivos devidamente justificados, ser prorrogado.

4 - Considera-se regularmente notificado o interessado, cujanotificação enviada para o domicílio do requerente, não sejapor ele reclamada.

5 - Sem prejuízo da participação à entidade competente paraefeitos de procedimento penal, a falsificação de documentosou a prestação culposa de falsas declarações no âmbitodo pedido mencionado no n.º 1 do presente artigo, determinaa improcedência automática do pedido.

Artigo 12.º

(Causas de improcedência liminar do pedido)

1 - Considera-se liminarmente improcedente o pedido mencionadono artigo 10.º do presente Regulamento, quando se verifiquealguma das seguintes situações:

a) O pedido seja ininteligível;b) O requerente seja residente fora de Lisboa;c) O requerente após notificação, através de carta registada

com aviso de recepção, não venha entregar os documentossolicitados ou prestar os esclarecimentos devidos, dentrodo prazo fixado;

d) O requerente e respectivo agregado familiar não reúnamcumulativamente as condições de acesso definidasno artigo 5.º do presente Regulamento.

2 - Os requerentes serão notificados dos fundamentosda decisão de improcedência do pedido, através de cartaregistada com aviso de recepção ou, se forem em tal númeroque torne inconveniente outra forma de notificação, atravésde Edital, no prazo máximo de 90 dias.

Artigo 13.º

(Actualização do pedido)

1 - Os requerentes são obrigados a actualizar anualmenteo pedido apresentado nos termos do artigo 10.º do presenteRegulamento, a contar da data de entrada do mesmo nosserviços municipais, através de formulário próprio, sob penade deserção do procedimento.

2 - Para efeito da actualização referida no número anterior,é aplicável o disposto no n.º 3 do artigo 14 do presenteRegulamento.

SECÇÃO II

CLASSIFICAÇÃO DO PEDIDO E AFECTAÇÃO DA HABITAÇÃO

Artigo 14.º

(Aplicação da Matriz de Classificação)

1 - Aos pedidos que não sejam objecto de decisão por forçado disposto no artigo 12.º do presente Regulamento, seráaplicado um instrumento de parametrização, designado pormatriz de classificação, referida no artigo 6.º do presenteRegulamento.

2 - Os dados resultantes do preenchimento dos formuláriose dos documentos referidos nos artigos 10.º e 11.º serãointroduzidos numa aplicação informática com a respectivaclassificação.

3 - A aplicação da matriz de classificação e introduçãodos dados no aplicativo, nos termos dos números anteriores,não poderá exceder o prazo de 30 dias, a contar da datade verificação do preenchimento das condições de acesso.

Artigo 15.º

(Audiência dos Interessados)

1 - Os interessados têm o direito de ser ouvidos nos termosdo Código do Procedimento Administrativo no sentido de,no prazo de 10 dias úteis, se pronunciarem, por escrito,sobre a classificação obtida em resultado da aplicaçãoda matriz referida no artigo 14.º do presente Regulamento.

2 - Para efeito do disposto no número anterior será elaboradauma listagem mensal, com os projectos de decisão quantoà classificação obtida referente aos pedidos de atribuiçãoclassificados no mês imediatamente anterior, para os respectivosrequerentes se pronunciarem, que será afixada nos serviçoscompetentes e através da internet.

3 - Após análise das questões levantadas em sede de audiênciados interessados, a proposta da classificação definitivaserá enviada ao Presidente da Câmara Municipal de Lisboa,ou ao Vereador com competência delegada para a respectivahomologação, com publicação no Boletim Municipal,nos termos legais.

4 - Consideram-se interessados, para efeitos do presenteartigo, todos os requerentes que apresentem um pedido,nos termos do artigo 10.º do presente Regulamento,e não tenha sido considerado liminarmente improcedente,ao abrigo do artigo 12.º do mesmo Regulamento.

Artigo 16.º

(Lista dos pedidos homologados)

1 - Será criada uma única lista composta pelos pedidosclassificados e homologados, sucessivamente, nos termosdo n.º 3 do artigo 15.º do presente Regulamento, que seráutilizada para a afectação das habitações de acordo com

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o posicionamento existente, sempre que se verifique a existênciade uma habitação devoluta, com condições de habitabilidade,apta à atribuição imediata.

2 - A lista referida no número anterior será composta pelospedidos, respectiva classificação, por ordem decrescente,conforme aplicação da matriz, e a indicação das tipologiasadequadas a cada agregado familiar, conforme o definidono n.º 2 do artigo 7.º do presente Regulamento.

3 - A lista a que se refere o número um do presente artigoenglobará todos os pedidos classificados e inseridos na Basede Dados até ao 30.º dia (útil) que antecede a datada afectação das habitações.

4 - As habitações municipais que sejam desocupadasdeverão ser atribuídas no prazo máximo de 30 dias úteiscontados da sua vacatura.

5 - O acesso à listagem respeitante aos pedidos homologados,sem prejuízo da protecção de dados pessoais ao abrigoda lei, é facultado através da página da Internet da CâmaraMunicipal de Lisboa.

Artigo 17.º

(Formalização da atribuição)

1 - Os interessados com direito à atribuição da habitação,conforme lista referida no artigo anterior, serão notificadosatravés de carta registada com aviso de recepção, parano prazo de 15 dias úteis, apresentarem a documentaçãoreferida no Anexo III.

2 - Após a validação da documentação referida no númeroanterior, o interessado será notificado, através de cartaregistada com aviso de recepção, para no prazo de 5 diasúteis aceitar a habitação atribuída, sem prejuízo do dispostono número seguinte.

3 - Não há lugar a atribuição da habitação quando se verificara violação das condições de acesso, previstas no artigo 5.ºdo presente Regulamento, em resultado da documentaçãoapresentada por força do disposto no número um do presenteartigo.

4 - Serão considerados desistentes da atribuição, os interessadosque:

a) Após a notificação, efectuada nos termos dos númerosque antecedem, nada venham dizer dentro do prazo facultado;

b) Venham entretanto manifestar o seu desinteressena habitação;

c) Recusem o fogo. Considera-se fundamentada, apenas,a recusa decorrente da inadequação do fogo ao agregado,por falta de condições de acessibilidade imputáveis à CMLcomprovada por vistoria técnica.

5 - Em caso de desistência, proceder-se-á à substituiçãopelo seu sucessor na lista de classificação.

6 - Em caso de recusa infundada o interessado será excluídoda base de dados referida no artigo 9.º do presenteRegulamento.

7 - A aceitação será formalizada por contrato de arrendamento,escrito e assinado em duplicado, ficando um exemplar paracada uma das partes.

8 - O contrato fará menção ao valor e à fórmula de cálculoda renda, sendo as alterações subsequentes formalizadaspor adendas ao contrato.

Artigo 18.º

(Extinção do Procedimento)

Considera-se extinto o procedimento com:

a) A afectação da habitação ao interessado constanteda lista referida no n.º 1 do artigo 16.º do presenteRegulamento;

b) A decisão de improcedência do pedido;c) A deserção do procedimento ou desistência do pedido.

CAPITULO IV

Disposições Finais

Artigo 19.º

(Encaminhamento para as redes sociais)

Serão encaminhadas para as redes sociais todas as situações,consideradas socialmente graves e cuja resolução não sejada exclusiva competência do Município.

Artigo 20.º

(Mobilidade intermunicipal)

O órgão Câmara Municipal poderá deliberar a celebraçãode Acordos com outros municípios da Área Metropolitanade Lisboa, para promover a mobilidade do acesso à habitaçãomunicipal nos diversos concelhos.

Artigo 21.º

(Norma revogatória)

São automaticamente revogados todos os despachos oudisposições regulamentares vigentes, que sejam contráriosao presente Regulamento.

Artigo 22.º

(Entrada em vigor)

O presente Regulamento entra em vigor 60 dias após a suapublicação no Boletim Municipal.

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Definição de conceitos para aplicação da Matriz de Classificação

Com o objectivo de uniformizar o processo de avaliaçãodos pedidos de atribuição de habitação municipal, define-seos principais conceitos utilizados na Matriz de Classificação.

Variável: Tipo de Alojamento

Sem Alojamento - Incluem-se nesta categoria os indivíduosque não possuem qualquer alojamento, pernoitando em locaispúblicos, prédios devolutos, Centros de Acolhimento Nocturnos,carros ou em tendas, designados Sem-abrigo.

Estruturas provisórias - Incluem-se nesta categoria os alojamentosde carácter precário, nomeadamente: barraca, roulotteou outro.

Partes de Edificações - Incluem-se nesta categoria as residênciasem lar, centro de acolhimento, pensão, quarto, parte de casa,estabelecimento prisional ou outro.

Edificações - Incluem-se nesta categoria as habitações emcasa arrendada, casa de função, casa emprestada ou outra.

Variável: Motivo do Pedido de Habitação

Falta de habitação - Consideram-se as situações em queo agregado familiar não tem qualquer tipo de habitação porperda de alojamento por derrocada, por decisão judicial decorrentede acção de despejo ou execução de hipoteca, ou por cessaçãodo período de tempo estabelecido para a sua permanênciaem estabelecimento colectivo, casa emprestada ou casade função.

Falta de condições de habitabilidade/salubridade - Consideram-seas situações em que o alojamento se encontre em riscode ruína, ou não possua instalações sanitárias e/ou cozinha,água, saneamento e electricidade.

Desadequação do alojamento por motivo de limitações da mobilidade- Consideram-se as situações em que se comprovem doençascrónicas ou deficiências com grau de incapacidade igualou superior a 60 %, que condicionam a acessibilidadee/ou a utilização do alojamento.

Variável: Tempo de Residência no Concelho

Avalia a ligação do agregado familiar ao concelho de Lisboa,em função do número de anos de residência neste concelho.

Variável: Tipo de Família

Família monoparental com menores - Consideram-se agregadosfamiliares monoparentais constituídos por menores que vivamem economia familiar com um único parente ou afim emlinha recta ascendente ou em linha colateral, até ao 2.º grau.

Família sem núcleo só com uma pessoa com idade igualou superior a 65 anos - Consideram-se os agregados constituídospor um único indivíduo de idade igual ou superior a 65 anos.

Família com núcleo tipo casal com idade igual ou superiora 65 anos - Consideram-se os agregados constituídospor casal cuja média de idades seja igual ou superiora 65 anos.

Família sem núcleo com outras pessoas com idade igualou superior a 65 anos - Consideram-se os agregados consti-tuídos por dois elementos cuja média de idades seja igualou superior a 65 anos.

Outros tipos de família - Os restantes tipos de agregadosnão são pontuados por se considerarem situações de menorvulnerabilidade, com maior capacidade de resolução do seuproblema habitacional.

Variável: Elementos com Deficiência (Variáveis não cumulativas)

Consideram-se pessoas com deficiência comprovadaas que usufruam de prestações por deficiência: Bonificaçãodo Abono de Família para Crianças e Jovens, Subsídiopor Frequência de Estabelecimento de Educação Especial(com idade inferior a 24 anos) ou Subsidio Mensal Vitalício(maiores de 24 anos).

Variável: Elementos com Grau de Incapacidade Igualou Superior a 60 % (Variáveis não cumulativas)

Consideram-se pessoas com doença ou deficiência, com graucomprovado de incapacidade igual ou superior a 60 %, desdeque se encontrem em idade activa e com capacidade parao trabalho. Considera-se idade activa os indivíduos comidades compreendidas entre os 16 anos e os 64 anos deidade.

Variável: Pessoas em Idade Activa com Incapacidade parao Trabalho (Variáveis não cumulativas)

Consideram-se os indivíduos em idade activa que, por motivode doença ou deficiência se encontrem em situação de inca-pacidade de forma permanente para o trabalho. Incluem-senesta variável os indivíduos que auferem pensão de invalidezou pensão social de invalidez.

Variável: Escalões de Rendimento Per Capita em Funçãodo Indexante de Apoios Sociais

Na análise da situação económica do agregado familiar consi-dera-se como base o rendimento per capita. Este define-sena relação entre o Rendimento Mensal Corrigido divididopelo número de indivíduos do agregado familiar. Considera-seo Rendimento Mensal Corrigido, nos termos da alínea d)do n.º 1 do artigo 3.º do Decreto-Lei n.º 166/93, de 7 de Maio.

Rend. per capita mensal = Rend. Mensal CorrigidoN.º de elementos do agregado

Considera-se os escalões de rendimento mensal per capitaem função do IAS, através da aplicação da seguinte fórmula:

Rendimento per capita x 100 %

IAS

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ANEXO III

(Documentos a que se refere o artigo 17.º)

a) Fotocópia do Bilhete de Identidade, Cartão de Contribuintee cartão de eleitor, ou do cartão de cidadão, de todosos elementos do agregado familiar, relativamente a CidadãosNacionais;

b) Fotocópia do Passaporte/Bilhete de Identidade, da Autorizaçãode residência em território Português, e o Cartão de Contri-buinte, ou Cartão de cidadão, de todos os elementosdo agregado, relativamente a Cidadãos Estrangeiros;

c) Em caso de menores sob tutela judicial, fotocópia do docu-mento comprovativo da regulação do poder paternal;

d) Documento comprovativo da matrícula dos elementosdo agregado, com idades compreendidas entre os 18e os 25 anos, a frequentar estabelecimento de ensino;

e) Atestado da Junta ou Juntas de Freguesia, comprovativodo tempo de residência no Concelho de Lisboa;

f) Fotocópia da última Declaração de IRS apresentada, acom-panhada da respectiva nota de liquidação ou cobrança,de todos os elementos do agregado;

g) Caso não possuam declaração de IRS, em virtude de nãoestarem obrigados à sua entrega, deverão apresentarcertidão de isenção passada pelas Finanças;

h) Fotocópia da última Declaração de IRC, caso seja devida,acompanhada da respectiva nota de liquidação ou cobrança;

i) Todos os elementos do agregado familiar consoante a suasituação profissional deverão apresentar os seguintesdocumentos:

- Trabalhadores Dependentes - Declaração da Entidade Patronalindicando o vencimento mensal ilíquido, emitida há menosde um mês;

- Trabalhadores Independentes - Cópias de todos os recibosde vencimento emitidos nos últimos três meses queantecederam a entrega do requerimento, devendo justificarfalhas na sequência numérica dos recibos apresentados;

- Bolseiros de Investigação Cientifica - Declaração emitidapela entidade subsidiária indicando o valor mensalda bolsa, emitida há menos de um mês.

j) Declaração do Instituto de Solidariedade Social ou de outraEntidade comprovativa do tipo de pensões e subsídiosauferidos anualmente pelos elementos do agregado e respectivosmontantes, designadamente: de velhice, invalidez, de sobre-vivência, complemento solidário para idosos, complementode assistência a terceira pessoa, complemento por cônjugea cargo, subsidio mensal vitalício, subsídio de doençae pensão de alimentos mediante fundo de garantia;

k) Em caso de desemprego, declaração do Instituto de Solida-riedade e Segurança Social, indicando o valor do subsídiode desemprego ou subsídio social de desemprego;

l) Em caso de beneficiários do Rendimento Social de Inserção,declaração do Instituto de Solidariedade Social como montante mensal auferido e a respectiva composiçãodo agregado familiar beneficiário;

m) Em situação de família monoparental, documento comprovativodo valor da pensão de alimentos dos menores ou, na faltadeste, declaração sob compromisso de honra, do valorauferido;

n) Em caso de algum elemento do seu agregado beneficiardo Subsídio por Assistência de Terceira Pessoa, declaraçãodo Instituto de Solidariedade Social ou de outra Entidadecomprovativa, com o respectivo montante anual;

o) Em caso de algum elemento do agregado ser portadorde deficiência, declaração do Instituto de SolidariedadeSocial ou de outra Entidade comprovativa do tipo de subsídioauferido e respectivo montante anual: Bonificação do Abonode Família para Crianças e Jovens ou Subsídio porFrequência de Estabelecimento de Educação Especialou Subsídio Mensal Vitalício;

p) Em caso de algum elemento do agregado apresentar graude incapacidade igual ou superior a 60 %, documentocomprovativo;

q) Em caso de problemas de toxicodependência ou alcoolismopor parte de algum elemento do agregado, declaraçãomédica comprovativa;

r) Certidão, emitida há menos de um mês pela Direcção--Geral de Impostos, onde conste a inexistência de bensimóveis em nome do requerente e dos demais elementosdo agregado familiar, domicílios fiscais e respectivas datasde inscrição.

- Deliberação n.º 77/AM/2009 (Deliberação n.º 716/CM/2009):

Proposta n.º 716/2009

A presente proposta visa submeter à aprovação da Câmara a Adenda aosAnexos I e II do Protocolo de colaboração celebrado entre a CML e a CARRIS

Pelouro: Espaço Público - Vereador Dr. José Sá Fernandes.Serviço: Direcção Municipal de Ambiente Urbano.

Considerando que:

1 - A CARRIS e a CML celebraram um Protocolo de Colaboraçãopara a colocação de instalações sanitárias junto aos postosde rendição e terminais de carreiras, para serem utilizadastanto por pessoal tripulante como pelo público em geral;

ANEXO II - Habitação Adequada

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2 - Esse Protocolo de Colaboração foi aprovado na Reuniãode Câmara do dia 23 de Abril de 2008, através da Propostan.º 248/2008;

3 - Já foi efectuada uma alteração à Adenda aos Anexos Ie II do Protocolo referido no ponto anterior, a qual foiaprovada na reunião de Câmara do dia 20 de Maio de 2009,através da Proposta 459/2009.

4 - A isenção do pagamento da taxa prevista no n.º 1 doartigo 53.º da Tabela de Taxas e Outras Receitas Municipais,foi aprovado na Assembleia Municipal do dia 16 de Junhode 2009, através da Proposta n.º 459/2009;

5 - A CARRIS solicitou entretanto mais alterações, nomeadamenteao Anexo I desse Protocolo, conforme ofício da CARRIS quese anexa, e que faz parte integrante da presente Proposta;

Tenho a honra de propor que a Câmara Municipal delibere:

1 - Ao abrigo da alínea b) do n.º 4 do artigo 64.º da Lein.º 169/99, de 18 de Setembro, na redacção que lhe foidada pela Lei n.º 5-A/2002, de 11 de Janeiro, conjugadacom o artigo 67.º do mesmo diploma legal, aprovar a adendaao Anexos I do Protocolo de Colaboração, cuja minutase anexa e se dá aqui por integralmente reproduzida;

2 - Aprovar submeter à Assembleia Municipal ao abrigo doartigo 12.º da Lei n.º 2/2007, de 15 de Janeiro, a isençãodo pagamento da taxa prevista no n.º 1 do artigo 53.ºda Tabela de Taxas e Outras Receitas Municipais, paracada utilização das instalações sanitárias, pelos tripulantesdo Segundo Outorgante.

[Aprovada por maioria, com votos a favor (PS, PCP, Blocode Esquerda e PEV) e abstenções (PPD/PSD e CDS/PP).]

Adenda ao Anexo I do Protocolo de Colaboração celebrado entre a CARRISe a CML

Entre:

O Município de Lisboa, pessoa colectiva de direito público,contribuinte n.º 500051070, com sede na Praça do Município,em Lisboa, neste acto representado pelo Senhor VereadorMarcos Perestrello, com poderes bastantes para o presenteacto de harmonia com o Despacho de Delegação de Competênciasn.º 474/P/2007, publicado no Boletim Municipal n.º 705,de 23 de Agosto de 2007, alterado pelo Despacho n.º 184/P//2008, de 2008/11/20, publicado no Boletim Municipaln.º 774, de 18 de Dezembro de 2008, adiante designadopor CML, ou Primeiro Outorgante,

e

Companhia Carris de Ferro de Lisboa, S. A., pessoa colectivan.º 500595313, com capital social de 163.532.270,02 euros,matricula na Conservatória de Registo Comercial de Lisboasob o n.º 172, com sede na Rua 1.º de Maio, 103- 1300-472 Lisboa, neste acto representada pelos SenhoresDr. José Manuel Silva Rodrigues, Presidente do Conselhode Administração e Dr.ª Maria Adelina Pinto Dias Rocha,Vogal do Conselho de Administração, adiante designadapor CARRIS, ou Segundo Outorgante.

É de boa-fé acordada a adenda ao Anexo I do Protocolode Colaboração celebrado entre a CARRIS e a CML, aprovadona Reunião de Câmara de 23 e Abril de 2008, segundoa Proposta n.º 248/2008:

Adenda ao Anexo I

Deve acrescentar-se uma instalação sanitária pública(da CML-JCDecaux) a dotar de acesso para funcionáriosda CARRIS, a que se refere a Cláusula Segunda, alínea a)do referido Protocolo de Colaboração, a localizar no Campodas Amoreiras (Charneca), conforme seguidamente se discrimina:

ANEXO I

Instalações sanitárias públicas (da CML-JCDecaux) a dotarde acesso para funcionários da CARRIS, a que se referea Cláusula Segunda, alínea a):

- Belém/Jerónimos (Travessa da Praça);- Calvário;- Campo Grande (frente antigo Bingo do SCP);- Charneca (Largo das Galinheiras);- Colégio Militar;- Hospital de Santa Maria (Avenida Prof. Egas Moniz);- Praça da Figueira;- Prazeres (Parada dos Prazeres);- Sete Rios;- Pontinha (Metro);- Rua Padre Manuel da Nóbrega;- Campo das Amoreiras (Charneca).

Paços do Concelho de Lisboa, aos . . . de Junho de 2009.

Pela Câmara Municipal de Lisboa,. . .

Pela Companhia Carris de Ferro de Lisboa, S. A.. . .

- Deliberação n.º 78/AM/2009 (Deliberação n.º 756/CM/2009):

Proposta n.º 756/2009

Aprovar e deliberar submeter à Assembleia Municipal a isenção de pagamentodas taxas relativas à inspecção e reinspecção de ascensores, monta-cargas,escadas mecânicas e tapetes rolantes por parte da GEBALIS, EEM,relativamente aos edifícios dos bairros municipais sob a sua gestão

Pelouro: Vereador Manuel Brito e Vereadora Ana Sara Brito.Serviços: Departamento de Construção e Conservaçãode Instalações Eléctricas e Mecânicas.

Considerando que:

- A GEBALIS - Gestão dos Bairros Municipais de Lisboa,E.E.M - é uma pessoa colectiva de direito público, comnatureza empresarial, sob a forma de entidade empresarial

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local, tendo como objecto a promoção do desenvolvimento local, nos termos dos artigos 1.º e 3.º dos seus Estatutos, publicadosno 3.º Suplemento ao Boletim Municipal n.º 777, de 8 de Janeiro de 2009;

- A GEBALIS é uma empresa encarregada da promoção do desenvolvimento local, nos termos do disposto no artigo 21.º,n.º 1 e n.º 2, alíneas b) e c) da Lei n.º 53-F/2006, de 29 de Dezembro, tendo como atribuições, entre outras, promovera gestão integrada e participada dos bairros municipais, bem como assegurar a manutenção do parque edificado daquelesbairros, de acordo com o artigo 4.º dos seus Estatutos;

- A gestão da GEBALIS deve articular-se com os objectivos prosseguidos pelo Município de Lisboa, visando a promoçãodo desenvolvimento local e assegurando a viabilidade económica da empresa e o seu equilíbrio financeiro, ao abrigo do artigo 18.ºdos seus Estatutos;

- No âmbito das suas atribuições estatutárias, compete à GEBALIS a manutenção e conservação de 1301 ascensoresinstalados em edifícios municipais, localizados em Bairros sob a gestão dessa empresa;

- Os respectivos encargos, atenta a utilização intensiva destes equipamentos e a necessidade de os manter a funcionarem condições de segurança, consomem anualmente uma verba muito significativa do orçamento da GEBALIS, a que acrescemos custos com as inspecções periódicas e reins-pecções, obrigatórias por lei.

Tenho a honra de propor que a Câmara Municipal delibere:

- Ao abrigo das disposições conjugadas da alínea a) do n.º 6 do artigo 64.º da Lei n.º 169/99, de 18 de Setembro, revistae republicada pela Lei n.º 5-A/2002, de 11 de Janeiro, e ainda do n.º 2 do artigo 12.º da Lei das Finanças Locais,aprovada pela Lei n.º 2/2007, de 15 de Janeiro, aprovar e submeter à Assembleia Municipal a isenção da GEBALIS- Gestão dos Bairros Municipais de Lisboa, EEM, das taxas relativas à inspecção e reinspecção de ascensores, monta--cargas, escadas mecânicas e tapetes rolantes dos edifícios dos bairros municipais sob sua gestão previstas no artigo 16.ºda Tabela de Taxas e Outras Receitas Municipais.

[Aprovada por maioria, com votos a favor (PS, PCP, Bloco de Esquerda e PEV), votos contra (CDS/PP) e abstenções (PPD/PSD).]

C Â M A R A M U N I C I P A L D E L I S B O AM U N I C I P A LB O L E T I M

1822 (43)N.º 814 24 Q U I N T A - F E I R A

SETEMBRO 2009

C Â M A R A M U N I C I P A L D E L I S B O AM U N I C I P A LB O L E T I M

1822 (44) N.º 81424 Q U I N T A - F E I R A

SETEMBRO 2009

Publica-se às 5.as-feirasISSN: 0873-0296 Depósito Legal n.o 76 213/94 Tiragem 11

O Boletim Municipal está disponível no sítio da Internet oficial da Câmara Municipal de Lisboa (http://boletimmunicipal.cm-lisboa.pt).

O Boletim Municipal pode ser adquirido nos Serviços Municipais através de impressão/fotocópia e pago de acordo com o preço definido na Tabelade Taxas e Outras Receitas Municipais

[Deliberação n.º 35/CM/2008 (Proposta n.º 35/2008) - Aprovada na Reunião de Câmara de 30 de Janeiro de 2008]

Composto e Impresso na Imprensa MunicipalToda a correspondência relativa ao Boletim Municipal deve ser dirigida à CML - Divisão de Imprensa MunicipalEstrada de Chelas, 101 – 1900-150 Lisboa Telef. 21 816 14 20 Fax 21 812 00 36 E-mail: [email protected]