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Página 1 Livro do Eber Eber Bentes “II - André! Esqueci-me de meu melhor amigo” Bom dia gente! chegava Juliana a cozinha. Bom dia? Você não soube o que aconteceu? perguntava Luke. Não. Ícaro caiu da janela do quarto. No quarto de Ícaro... Ícaro estava sentado em sua cama com as costas encostadas no espelho. Duas costelas quebradas. Perpetua já disse, foi um acidente. Perpetua era uma amiga de Ícaro, uma sobrevivente da Guerra do Armageddon, tinha a pele morena escura, olhos pretos, cabelos pretos ondulados até o meio das costas. Quando Ícaro não estava em casa, ela mandava. Ela se aproximou dele e falou baixo ao seu ouvido: Desde quando um anjo cair da janela é um acidente? Não seja irônica. Então me diga o que aconteceu? Naraki... Ícaro foi interrompido. Juliana havia entrado no quarto. Estou atrapalhando? Não só falávamos sobre, costelas quebradas disse Perpetua. No quarto de Eduardo... Sendy e Eduardo colocavam a conversa em dia. Conseguiu descobrir algo? Não Sendy. Nem uma pista mesmo? Não encontrei nada sobre quem podem ser meus pais. O que aconteceu em todo esse tempo de viagem? Quer saber se eu me meti em alguma confusão? Não necessariamente. Foi boa a viaje. Os dois estavam deitados na cama. POOM!

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L i vro d o Eb e r—Eb e r Be nt e s

“II - André! Esqueci-me de meu melhor amigo”

– Bom dia gente! – chegava Juliana a cozinha.

– Bom dia? Você não soube o que aconteceu? – perguntava Luke.

– Não.

– Ícaro caiu da janela do quarto.

No quarto de Ícaro...

Ícaro estava sentado em sua cama com as costas encostadas no espelho.

– Duas costelas quebradas.

– Perpetua já disse, foi um acidente.

Perpetua era uma amiga de Ícaro, uma sobrevivente da Guerra do Armageddon,

tinha a pele morena escura, olhos pretos, cabelos pretos ondulados até o meio das

costas. Quando Ícaro não estava em casa, ela mandava.

Ela se aproximou dele e falou baixo ao seu ouvido:

– Desde quando um anjo cair da janela é um acidente?

– Não seja irônica.

– Então me diga o que aconteceu?

– Naraki...

Ícaro foi interrompido. Juliana havia entrado no quarto.

– Estou atrapalhando?

– Não só falávamos sobre, costelas quebradas – disse Perpetua.

No quarto de Eduardo...

Sendy e Eduardo colocavam a conversa em dia.

– Conseguiu descobrir algo?

– Não Sendy.

– Nem uma pista mesmo?

– Não encontrei nada sobre quem podem ser meus pais.

– O que aconteceu em todo esse tempo de viagem?

– Quer saber se eu me meti em alguma confusão?

– Não necessariamente.

– Foi boa a viaje.

Os dois estavam deitados na cama.

– POOM!

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Um barulho forte ecoou do primeiro andar.

– De onde veio esse som? – perguntou Sendy.

– Vamos.

Os dois correram pra baixo e pararam no meio da escada.

– Quem é você? – perguntava Daniel.

– Onde está Ícaro? – soava a voz de um estranho parado na porta vestido com um

sobretudo preto que escondia todo seu corpo, menos o rosto.

– Qual seu nome? – prosseguiu Daniel.

Todos estavam se reunindo na entrada da casa.

– Não lhe importa – respondeu o estranho.

– Está em minha casa, então importa sim.

– Eu vou procurar por Ícaro sozinho.

O estranho começou a caminhar na direção da escada da casa. Daniel correu na

direção dele o segurando no ombro.

– Não me toque. DHODHODHO! Daniel foi atingido por um fecho de luz, sendo

arremessado para trás como uma bola de tênis indo parar ao se chocar contra

parede.

– Ei pare!

– Essa voz, será? – o invasor virou-se intimidando Eduardo com o olhar – Então

está vivo não? De todos os locais onde eu procurei nunca pensei que iria te

encontra aqui.

– Fala comigo?

– Eduardo não se lembra de mim?

– E porque deveria?

– Quase morreu lutando comigo.

– Está enganado.

– Não se lembra de... Teuilo?

– Teuilo? Está maluco, do que fala?

– Parece ter perdido a memória, sim, lembrei. Aang antes de morrer criou um super

selo que fez várias pessoas com poderes esquecerem toda sua história em Monte

Castelo, sem levar em consideração que esse selo aprisiona os poderes espirituais

da pessoa.

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O moço moveu-se de uma forma espetacularmente rápida segurou Eduardo pelo

cabelo esfregando sua face contra a escada. Depois parou por alguns segundos e

começou a rir observando-o caído no final da escada, se levantando devagar. Josi

correu pra próximo de Eduardo.

– Pown!

– Esse foi seu soco menina de cabelo vermelho?

Sendy tentou atacar.

– Cuidado Sendy! –gritou Josi.

O estranho deu uma tapa em Sendy que caiu. Todos da casa começaram a ir à

direção do estranho Gabriel, Daniel, Alexandre, Luke vários homens e ninguém se

que acertou um soco no estranho, além de Sendy.

– Quem mais virá até mim? As meninas viram?

– O que quer aqui em nossa casa ninguém fez nada a você – perguntou Beatriz uma

das moradoras da casa.

– Eu vim atrás de Ícaro, vocês interferem por que querem.

– Nós moramos aqui, Ícaro cuida de todos nós! Nós somos órfãos – gritou Juliana.

– Vocês são atrevidas, precisam de um trato – replicou o estranho.

O rapaz desceu a escada. Josi se levantou e tentou o empurrar. Ele segurou-a pelo

pescoço, passando o braço em volta da mesma.

– Solte-a!

Ícaro descia a escada junto de Perpétua.

– Seu rosto é exatamente como eu lembrava – anunciou o estranho.

– Me conhece? Diga seu nome!

– Porque eu deveria fazer isso?

– O que quer?

– Seus poderes.

– Ícaro! – gritou Josi.

– Cale a boca menina.

– Solte Josi e vamos conversar – pediu Ícaro.

– Então o anjo casula se tornou pacifista?

– Eu sei quem você é – dizia Ícaro com certa dúvida – mas você desapareceu há

anos atrás.

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– Incrível como alguns anos fazem bem não é? Principalmente ao irmão mais novo

de Junior, o traidor de Monte Castelo.

Ícaro demonstrou uma expressão de grande susto.

– Não é possível! Eu pensei...

– Que eu já estava morto? Normal alguns também se assustam.

– Seu nome era...

– Apenas me chame de Victor, anjo casula.

– Está bem Victor. Veio fazer algum trabalho para o miserável do Junior?

– Eu nunca mais o vi, deve estar selado junto dos outros demônios.

– Então o que quer aqui?!

– Vim apenas roubar seus poderes, mas vou aproveitar a ocasião e matar Eduardo,

já que Aang selou o poder e a memória dele. Mesmo após dez anos de sua morte

esse cara ainda surpreende, infelizmente foi seu maior erro, me disseram que se eu

derrotar o poderoso Ícaro, eu seria capaz de realizar meu objetivo.

– E qual seria?

– Já falamos de mais Anjo – Victor jogou Josi no chão com violência.

Victor correu na direção de Ícaro o atingindo um soco no estômago, o mesmo caiu

de joelhos, depois empurrou Perpetua que caiu machucando o braço.

– Só isso que um dos sobreviventes do Armageddon sabe fazer?! – perguntava

Victor à frente de Ícaro.

– Estou sem prática, meu trabalho nesses últimos dez anos sempre foi cuidar dessas

crianças.

– Mostre-me a razão de sua lenda.

– Não sou uma lenda apenas um sobrevivente.

Ícaro erguendo-se do chão começou a transformar-se em areia.

– Finalmente uma técnica.

– “Técnica transformação de areia”. Eu só estou começando – a voz dele ecoava no

meio da areia que se levantava pelo ar, a mesma areia se espalhou formando uma

incrível tempestade com fortes ventanias arrastando Victor para fora da casa.

– “Técnica de cata-vento” – Victor soprou um ciclone de sua boca.

– Isso não é suficiente – ecoava a voz de Ícaro no meio da tempestade já do lado de

fora da mansão.

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A tempestade de areia cessou caindo toda sobre Victor, o enterrando.

– O que está acontecendo?

– Não sei.

– Ícaro virou areia?

– Isso é impossível!

– Gente! Se acalmem não saiam daqui de...

Os adolescentes correram pra fora da casa antes de Perpetua terminar de falar.

– Naraki retornou a vida, você tem alguma coisa a ver com isso? – perguntava

Ícaro se materializando sobre a areia.

– Não sei quem é esse tal Naraki – respondia Victor saindo de baixo da areia após

passar a tempestade.

– Ele era um cabeça de Lúcifer, o único humano que se sentou à mesa da sociedade

negra.

– Não faço a mínima ideia de quem é.

– Onde aprendeu essa técnica? Com quem aprendeu a manipular o vento?

– Pare de me fazer perguntas e lute!

Ícaro acertou um soco no rosto de Victor, em seguida segurou o mesmo pelo pulso

e visou o sinal do demônio 666.

– É um humano que vendeu sua alma para o demônio.

– Não foi à alma e não tenho orgulho disso, mas assim consegui poderes

inimagináveis.

– Me responda o que realmente faz aqui?

– Já disse! Quero seus poderes!

– Vá embora daqui, não vale à pena te matar é só um garoto – disse Ícaro soltando

o pulso de Victor e fazendo a areia sobre o chão sumir indo ao encontro de seus pés

enquanto ele caminhava.

– Lute! Não de as costas pra mim!

Todos estavam fora da casa naquele momento.

– Vá embora Victor sei lá de que – dizia Ícaro de costas para o rapaz.

– Não me de as costas! Já disse.

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O estranho puxou de seu bolso por baixo da capa preta uma adaga, correu na

direção dos adolescentes fora de casa, em direção de Eduardo. Ele o segurou com a

adaga encostada nas costas.

– Eu vou matar Eduardo se você não me der seus poderes.

– Victor solte-o. Você está louco, não tem como roubar meus poderes, uma pessoa

só consegue os poderes de outra se... Apenas se a outra pessoa aceitar dar lhe seus

poderes de bom grado.

– E por esse motivo você vai me dar seus poderes de bom grado, caso contrário eu

mato Eduardo.

– Qual é a sua? – interrompeu Eduardo.

– Feche a boca Eduardo vou apenas cumprir meu objetivo.

– Objetivo?

– Você foi o único.

– O único?

– O único sobrevivente, ninguém além de você sobreviveu lutando contra mim.

– Nossa você precisa conhecer pessoas novas – Eduardo fez uma piadinha em um

momento não tão adequado.

Eduardo silenciou ao perceber o perigo.

– Tentou matar Eduardo há dez anos, veio terminar o trabalho? – replicava Ícaro.

– Vamos parar de conversa.

– Tentou me matar? – perguntou Eduardo.

– Não lembra Eduardo há alguns anos quase me matou é o único que pode se gabar

de algo tão extraordinário.

– Você se sente né? – perguntou Eduardo percebendo o perigo novamente.

– Sim eu tenho poderes e talentos extraordinários. Você também tinha.

– Por que eu não me lembro disso, eu sempre vivi aqui desde criança, sempre,

sempre! O que realmente está acontecendo? Por que Ícaro se tornou areia, como é

possível?

– Victor não é tão forte como afirma – prosseguiu Ícaro.

– Do que fala?

– Se fosse forte lutaria comigo e não com um garoto cujo poder está selado.

– Pouco me importa.

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Ícaro moveu-se tão rápido quanto Victor tentando salvar o rapaz. Chegou a tempo

de puxar Eduardo pela camisa e atingir um chute em Victor, mas...

– Slslsl!

– Eduardo! – gritou Perpetua correndo na direção do rapaz.

A adaga havia o atingido no pulmão esquerdo.

– Está bem? – perguntava o Ícaro com o rapaz em seus braços.

– Eu to com uma espécie de faca na minha costa, acha que eu estou bem?

Eduardo começou a sangrar pelo nariz, quando Ícaro arrancou a adaga de suas

costas.

– Me desculpe eu tinha de perguntar.

Perpétua aproximou-se dos dois, Eduardo estava de bruços no chão. Enquanto isso

André se levantava devagar.

– Cuide desse ferimento Perpetua agora tenho dever de capturar esse intruso.

– Libere o selo de Eduardo.

– Hã?

– Olhe com atenção a adaga o atravessou.

– Cure isso.

– Não sou um curandeiro, só posso usar a própria energia espiritual dele pra

estancar o ferimento, libere a energia dele!

– Perpetua! Se eu fizer isso o Teuilo poderia acabar saindo, a chave que Aang

deixou pra mim do selo de Teuilo está junta com a chave da energia espiritual.

– Salve a vida dele, se Teuilo sair pode contê-lo, mas nesse momento devemos

salvar Eduardo.

Ícaro era um anjo celestial com a missão de cuidar e proteger pessoas que tivessem

poderes. Aang mestre de Izildo; e Izildo mestre de Ícaro selaram antes de morrer o

poder de cada uma das pessoas com poderes de seu conhecimento, dessa forma

Ícaro e outras pessoas ficaram com a chave desses super selos.

– Anda você é o único aqui com a chave!

Ícaro estendeu sua mão sobre o peito de Eduardo enfiando os dedos na caixa

torácica do rapaz.

– Ahahahahahahahah! – gritava o rapaz agonizando em dores.

– Liberar! – disse Ícaro.

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De repente o corpo de Eduardo começou a brilhar por alguns segundos um brilho

azulado.

– Obrigada – agradeceu Perpetua. Ícaro voltou-se pra Victor.

– Agora sou eu e você Victor.

– Venha com sua areia de novo, quero sentir sua capacidade.

Ambos estavam um a frente do outro.

Perpetua tocava no corpo de Eduardo, uma espécie de luz azulada se espalhou

sobre o ferimento nas costas dele.

Ícaro correu e segurou Victor pelo pescoço o erguendo.

– Não parece tão durão.

– Não deveria se preocupar tanto comigo.

Naquele instante surgiram clones de Victor um segurando novamente Josi outro

Juliana e um Perpetua.

– Como? Isso foi muito rápido.

– Eu aprendi a ser esperto.

– Atacando aos outros?

– Eu só quero matar você e Eduardo, mas enquanto continuar dificultando as coisas

pior ficará pro seu lado.

– Solte-as e me leve.

– Vai se entregar de boa vontade?

– Sim.

Ícaro soltou Victor.

– Está bem.

– Os clones soltaram as meninas, naquele momento – Victor enfiou uma adaga no

peito de Ícaro.

– Matem todos – ordenava o intruso.

– Disse querer apenas a mim.

– Não importa todos vão morrer agora.

– Ícaro! – gritava Eduardo despertando.

– Sua vez meu velho amigo – falou Victor.

– Victor! Eu vou te matar!

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– Patético Eduardo, eu vi o momento que Ícaro liberou seu selo pra essa ai estancar

seu ferimento usando sua energia espiritual, mas se acha que pode me enfrentar

então tente, me deixe ver Teuilo, estou com saudades daquele demônio maldito.

Eduardo ergueu-se.

– Não ele só que te provocar além do mais eu não curei totalmente seu ferimento –

contava Perpetua no momento em que o clone de Victor apertou o pescoço dela.

– Venha Eduardo.

Perpetua tentou segurar Eduardo, mas o clone impediu.

– Não Perpetua – gritou Eduardo dando um soco no clone fazendo que ele

desaparecesse.

– Pare saia daqui você é muito importante – disse Perpetua sentada no chão.

– Perpetua eu vou me cuidar.

Eduardo correu na direção de Victor que agarrou seu braço direito defendendo-se

de um soco e lançando o corpo de Eduardo contra o chão.

– Olhe seus amigos morrendo.

– Victor pare!

Eduardo fitou outro clone de Victor desferindo dessa vez um golpe em Juliana.

– Ah! – exasperava-se Juliana.

– Não porque fez isso com Juliana? – perguntava Eduardo com raiva inata.

– Que tal aquela agora?

– Josi! Não a machuque.

– Ou os outros?

Os clones de Victor começaram a se multiplicar a criar mais clones que saiam uns

de dentro dos outros, começando a atacar os outros.

– Pare!

– Eduardo! – gritou Josielma.

– Josi!

– Isso mesmo Eduardo sinta o ódio – os olhos de Victor ficaram totalmente

brancos – olhe pra mim! – sorria ele.

Os olhos de Eduardo tornaram-se vermelhos e sua pele cinza, ele começou a se

retorcer no chão.

– Sim libere o demônio, quero derrotá-lo quando estiver com seu poder máximo.

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– Eduardo! – gritou Josi.

– Eduardo, Eduardo! Aquela menina está pedindo sua ajuda, vamos ajude – Victor

colocou o pé sobre Eduardo no chão.

– Há!

Eduardo ergueu-se do chão com violência lançando Victor ao longe e antes de

qualquer coisa.

– Slsls. O clone já atravessará as costas de Josi com uma pequena adaga.

– Não! – gritou Eduardo correndo a direção do clone o atingindo com uma forçar

sobrenatural.

A cada soco, os clones desapareciam como poeira. Eduardo destruiu todos com

uma força e velocidade incrível.

– Olhe pra mim Eduardo – dizia o verdadeiro Victor ficando de pé.

Eduardo se aproximou de Victor rapidamente olhando em seus olhos.

– Sei que está com os pensamentos confusos, mas eu posso fazer tudo melhorar me

dê esse poder e eu irei embora.

O rapaz que agora parecia mais demônio que gente, usou as garras que crescera em

suas mãos enfiando-as no peito de Victor.

– Cof.

Tossia sangue pela boca o intruso.

– Olhe em meus olhos.

Eduardo olhou nos olhos brancos de Victor.

– Ahahah! – caiu Eduardo gritando no chão como se seu corpo estivesse

queimando.

– Isso eu quero tirar esse demônio de você.

– Seja o que for pare! Não sabe o risco disso – pediu Perpetua.

Eduardo caído no chão ficou em silêncio dando a impressão de cadáver. Naquele

instante tudo começou a desaparecer e Victor a cair em um buraco sem fim.

– Merda!

Victor caiu de joelhos no chão.

– Então usou minha ilusão contra mim mesmo. Lembro que fez o mesmo com

Júnior.

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Victor havia criado uma ilusão para Eduardo mais voltou para ele mesmo. A ilusão

logo foi desfeita.

– Há, Há, Há... Ótimo truque mais e agora? – recuou com grande distância Victor.

Eduardo lançou fogo pela sua boca simplesmente do nada. Victor fez o mesmo. O

calor aumentou junto com o aumento das chamas, fogo, fogo, fogo, até que,

POOM!

As chamas atingiram ambos os lados.

– Ícaro rápido contenha os dois – Perpetua havia estancado o ferimento de Ícaro

usando a energia dele.

– Cuide dos outros feridos Perpetua eu vou liberar o selo de todos.

– Tem certeza?

– Certeza é a última coisa que tenho agora. Clarêncio nos disse naquela vez que

não daria mais pra apagar a memória deles.

Ícaro correu e segurou Eduardo erguendo-o e enfiando os dedos de novo em seu

peito mais com o selo rompido não se podia voltar mais atrás.

– “Técnica repressão de energia” – Ícaro usou uma técnica que conteve o poder de

Eduardo.

– Eduardo ainda não acabou!

– Já sim Victor – disse Ícaro colocando um selo na testa do mesmo que tentava se

reerguer.

– Que selo é esse?

– Um selo pra dormir, algo que eu criei, agora bons sonhos André Victor.

– Puxa como me esqueci de meu melhor amigo – este foi o ultimo pensamento de

Eduardo ao desmaiar.