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2. APRESENTAÇÃO:
O Projeto Político-Pedagógico é um espaço de construção de propostas
inovadoras, criando e definindo políticas de uma educação transformadora e de
gestão democrática.
Conforme o artigo 12, inciso I da Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional – Lei 9394/96, “os estabelecimentos de ensino, respeitadas as normas
comuns e as do seu sistema de ensino, terão a incumbência de elaborar e executar
sua proposta pedagógica”. Assim também, respectivamente, os artigos 13 e 14,
inciso I trazem que os docentes incumbir-se-ão de participar da elaboração da
proposta pedagógica do estabelecimento a que pertencem e que os sistemas de
ensino deverão garantir essa participação.
Entretanto, a elaboração da proposta pedagógica da escola deve contar
com a participação de todas as instâncias da comunidade escolar (professores,
diretor, pedagogos, funcionários, alunos, pais e comunidade) procurando ampliar o
debate político acerca das práticas sociais e culturais, desmascarando relações
autoritárias, assegurando possibilidades democráticas de socialização do saber,
visando a qualidade da aprendizagem para todos, visto ser esta uma condição
necessária ao exercício da cidadania.
No decorrer do processo de construção do Projeto Político-Pedagógico
são considerados momentos interligados e permeados pela avaliação: o da
concepção, o da análise e o da execução. Para isso é necessário o
reconhecimento da história do estabelecimento e a relevância de sua contribuição
para, através de uma autocrítica, buscar novas formas de organização do trabalho
pedagógico, reduzindo a fragmentação o individualismo e o controle hierárquico.
Desse modo, por intermédio da participação coletiva, a construção do
Projeto Político-Pedagógico irá revelar e explicitar as reflexões acerca das
dimensões políticas, filosóficas, sociológicas, antropológicas, psicológicas e
pedagógicas da educação, visando a compreensão das contradições, limites e
possibilidades de seu colegiado, sob forma de registro documental.
O Projeto Político-Pedagógico revelará ainda, a dinâmica do processo de
construção coletiva evidenciando o referencial teórico em três atos distintos,
porém interdependentes:
1
a) Marco Situacional - que explicita problemas e necessidades
diante do mundo com o levantamento de dados sobre a escola e a realidade do
país, do estado, do município. A análise dos dados – diagnóstico - evidencia os
problemas, os conflitos e contradições presentes na realidade social da escola.
b) Marco Conceitual – utopia - Análise das políticas públicas e suas
contradições sobre a organização dos saberes necessários à emancipação social,
política, cultural e econômica dos educandos e, ainda, explicitação da filosofia, dos
objetivos, dos princípios norteadores e dos fins educativos da escola.
c) Marco Operacional – grandes linhas de ação - Apresenta as ações
comprometidas com a transformação da realidade educacional e social, formação
continuada, educação, qualificação dos espaços, dos equipamentos e da gestão
democrática.
Diante disso, por se tratar de um momento de síntese, integração,
organização e construção, a elaboração do Projeto Político-Pedagógico propicia
instrumentos para um trabalho coletivo em busca de soluções aos problemas
enfrentados pela instituição escolar.
Fica claro, portanto, ao elaborar e executar sua proposta pedagógica por
intermédio do Projeto Político-Pedagógico, que a escola estará repensando,
reorganizando, e provendo um futuro diferente do presente, eliminando a
competitividade, o corporativismo e o autoritarismo que ainda possam existir na
instituição de ensino, para que esta possa partir em busca de uma educação de
qualidade.
2
3. IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO:
3.1 ESCOLA: ESCOLA RURAL ESTADUAL JORGINA BATISTA DE PAULA.- EF
3.2 ENDEREÇO: RUA: SANTA CATARINA S/NDISTRITO: TRIOLANDIA
3.3 TEL: (43) 3591 11 13
3.4MUNICÍPIO: RRIBEIRÃO DO PINHAL – PARANÁ
3.5 DEPENDÊNCIA ADMINISTRATIVA: ESTADUAL
3.6 NRE: JACAREZINHO, PR.
3.7 ENTIDADE MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ.
3.8 Distância da instituição do NRE
3.9 LOCAL: ZONA RURAL3.10 E-mail : [email protected]
rhljorgina@seed. pr.gov.br
3
4. OBJETIVOS GERAIS DO PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO:
A educação na legislação brasileira é concebida como um direito
fundamental, universal, inalienável e um instrumento de formação ampla na luta
pelos direitos da cidadania e pela emancipação social. Nessa perspectiva, a
educação deve comprometer-se com a formação integral do ser humano,
alcançando todas as dimensões de sua relação com a sociedade.
Nesse processo de construção coletiva, são explicitadas propostas para
uma escola cidadã, autônoma e participativa que só se completa com o
desenvolvimento de um Projeto Político-Pedagógico capaz de aglutinar os esforços
em busca de melhores resultados para os alunos, configurando-se como um
instrumento de trabalho que mostra o que será feito, quando, de que maneira e por
quem, para chegar aos resultados desejados.
Desse modo, esse projeto a ser construído pela Escola Rural Estadual
Jorgina Batista de Paula – Ensino Fundamental, irá explicitar sua filosofia e
harmonizar as diretrizes da educação nacional com a realidade da escola,
traduzindo-lhe autonomia e definindo-lhe o compromisso com a clientela escolar,
valorizando-a e chamando à responsabilidade os agentes escolares com as
racionalidades internas externas.
Concebido como práxis, o projeto não deverá ver a prática em um
sentido puramente utilitário, esvaziada dos ingredientes teóricos. Ao contrário, a
prática será vista como o ponto de partida para a produção de novos
conhecimentos, uma vez que a teoria isoladamente não gera transformações, não
produz realidades inovadoras, porque se concretiza por meio da prática que a
substancia.
Além disso, o Projeto Político-Pedagógico da escola procurará garantir a
equidade na oferta de serviços educacionais; como também sensibilizar todos que
fazem parte da instituição para que colaborem de forma efetiva com o
processo de levantamento da situação escolar, realizando um diagnóstico que
4
fundamentará as ações da escola para que esta atinja o padrão de qualidade
exigido.
5. MARCO SITUACIONAL
5.1ORGANIZAÇÃO DA ENTIDADE ESCOLAR:
51.1 Modalidade de Ensino:
A Escola Rural Estadual Jorgina Batista de Paula atenderá o Ensino
Fundamental de 5ª a 8ª série no Distrito de Triolândia.
5.1.2 A referida escola possui:
- 4 Turmas de 5ª a 8ª séries
- 88 Alunos
- 10 Professores
- 01 Pedagoga
- 02 Auxiliares de Serviços Gerais
- 02 Técnico-Administrativo
5.1.3 Turnos de Funcionamento:
Funcionará no turno vespertino.
5.1.4 Ambientes Pedagógicos:
- Número total de Salas de Aula: 04
- Sala onde funciona a Biblioteca: 01
- Quadra de esportes descoberta: 01
- Cozinha escolar: 01
- Deposito de merenda: 01
- Sala dos Professores: 01
- Sala da administração: 01
5
5.2 Breve histórico da realidade: a educação no contexto brasileiro, do Estado
e do Município.
- Brasileiro:
Em nosso país, o papel da escola ao longo dos tempos foi manter a
classe dominante no poder e a submissão das camadas populares, visto que a
mesma nunca soube lidar com a diversidade.
O que ocorreu com a escola brasileira, é que forjada no seio de uma
sociedade autoritária, livresca e desprovida de autenticidade cultural, não criava
condições favoráveis ao envolvimento progressivo dos alunos no processo de
democratização da escola e da sociedade.
Os saberes repassados pela escola advinham de um clima em que
reinava a doação de conhecimentos do professor para os alunos. Era uma atitude
desrespeitosa dos traços culturais dos educandos, geradora de levas de passivos,
acomodados e oprimidos, sem o instrumental necessário para o exercício pleno da
cidadania.
No entanto, diante dos novos paradigmas educacionais da atualidade, o
papel da escola no Brasil, tornou-se o de garantir o acesso ao conhecimento de
qualidade por parte de todas as crianças e jovens a fim de que se situem no
mundo, um mundo imenso e rico em avanços civilizatórios, mas que apresenta
imensos problemas de desigualdade social, econômica e cultural, de valores e de
finalidades.
- Estado:
A tarefa da escola pública no contexto Estadual é a de inserir crianças e
jovens, tanto no avanço como na problemática do mundo, através da reflexão, do
6
conhecimento, da análise, da compreensão, da contextualização, do
desenvolvimento de habilidades e de atitudes, visando formar cidadãos críticos,
participativos e criativos, que sejam capazes de incorporar conhecimentos e
comportamentos que os levem à transformação para que promovam uma
sociedade mais ampla, justa e humana, de acordo com seus valores e ideais.
A escola, desse modo, é entendida como o lugar de construção e
desenvolvimento da capacidade de integração, de tomada de decisões, de trabalho
em equipe, de assimilação de mudanças, de exercício de solidariedade, de
acolhida e respeito às diferenças para que a educação aconteça de forma a
promover a autonomia e a cidadania.
- Município:
Devido às grandes mudanças da sociedade de um modo geral, em nível
de município a escola vem ajustar a tais modificações buscando nortear seus
princípios filosóficos dentro de um perfil que a coloca como principal receptora e
geradora do contínuo processo de aprender.
Uma educação que seja à base das transformações sociais, buscando
assim a formação integral dos alunos para que os mesmos possam compreender
seus deveres e direitos perante a sociedade.
Sendo assim, a escola é vista como um espaço de todos e para todos,
buscando alternativas que garantam o acesso e a permanência de todas as
crianças e adolescentes no seu interior, respeitando o aluno com necessidades
educativas especiais como uma pessoa que tem limitações, mas que também tem
seus pontos fortes, abandonando os rótulos, as classificações, procurando levar
em conta as possibilidades impostas pelas limitações que a deficiência lhe traz.
Portanto, o que se deseja realmente na educação do município é uma escola
compromissada com a educação de todos os alunos e que valorize sua cultura
5.3 Histórico da Instituição:
7
A Escola Rural Estadual Jorgina Batista de Paula – Ensino Fundamental,
mantida pelo Governo Estadual, localizada à Rua Santa Catarina, s/n no Distrito de
Triolândia, município de Ribeirão do Pinhal, cuja abrangência é de 5ª a 8ª séries /6ª
ao 9ª ano, funcionando no período vespertino.
Esta é a única Escola Rural Estadual instalada no município, no
perímetro rural, com características de educação do campo foi criada pela
Resolução SEED 5128/2008 de 10 de novembro de 2008 e teve o curso de Ensino
Fundamental reconhecido pela resolução SEED 1103/10 de 23 de abril de 2010
A denominação do estabelecimento refere-se a uma antiga professora
Primária que muito contribuiu para com o Distrito .
5.4 Caracterização da Comunidade Escolar:
Na Escola Rural Estadual Professora Jorgina Batista de Paula – Ensino
Fundamental nos deparamos com problemas e dificuldades inerentes a qualquer
ser humano tais como: família, comportamento, etc...
Uma grande boa dos alunos são frutos de famílias desestruturadas ou
de baixo poder socioeconômico, recebendo em sua maioria apenas um salário
mínimo mensal outras ainda vivem da agricultura familiar
5.5 Regime Escolar
O regime da oferta da Educação Básica é de forma presencial, com a
seguinte organização:
•por série e por disciplina nos anos finais do Ensino Fundamental
5.6 Classificação
A classificação no Ensino Fundamental é o procedimento que o
estabelecimento de ensino adota para posicionar o aluno na etapa de estudos
compatível com a idade, experiência e desenvolvimento adquiridos por meios
formais ou informais, podendo ser realizada:
8
•por promoção, para alunos que cursaram, com aproveitamento, a série ou fase
anterior, na própria escola;
•por transferência, para os alunos procedentes de outras escolas, do país ou do
exterior, considerando a classificação da escola de origem;
•independentemente da escolarização anterior, mediante avaliação para posicionar
o aluno na série, ciclo, disciplina ou etapa compatível ao seu grau de
desenvolvimento e experiência, adquiridos por meios formais ou informais.
A classificação tem caráter pedagógico centrado na aprendizagem, e exige
as seguintes ações para resguardar os direitos dos alunos, das escolas e dos
profissionais:
•organizar comissão formada por docentes, pedagogos e direção da escola para
efetivar o processo;
•proceder avaliação diagnóstica, documentada pelo professor ou equipe
pedagógica;
•comunicar o aluno e/ou responsável a respeito do processo a ser iniciado, para
obter o respectivo consentimento;
•arquivar Atas, provas, trabalhos ou outros instrumentos utilizados;
•registrar os resultados no Histórico Escolar do aluno.
5.7 Promoção
Na promoção ou certificação de conclusão, para os anos finais do Ensino
Fundamental e Ensino Médio, a média final mínima exigida é de 6,0 (seis vírgula
zero), observando a freqüência mínima exigida por lei.
9
Os alunos dos anos finais do Ensino Fundamental , que apresentarem
freqüência mínima de 75% do total de horas letivas e média anual igual ou superior
a 6,0 (seis vírgula zero) em cada disciplina, serão considerados aprovados ao final
do ano letivo.
Os alunos dos anos finais do Ensino Fundamental serão considerados
retidos ao final do ano letivo quando apresentarem:
- freqüência inferior a 75% do total de horas letivas, independentemente do
aproveitamento escolar;
- freqüência superior a 75% do total de horas letivas e média inferior a 6,0
(seis vírgula zero) em cada disciplina.
A disciplina de Ensino Religioso não se constitui em objeto de retenção do
aluno, não tendo registro de notas na documentação escolar.
5.8 Adaptação
A adaptação de estudos de disciplina é atividade didático-pedagógica
desenvolvida sem prejuízo das atividades previstas na Proposta Pedagógica
Curricular, para que o aluno possa seguir o novo currículo e será feita pela Base
Nacional Comum, durante o período letivo.
Na conclusão do curso, o aluno deverá ter cursado, pelo menos, uma
Língua Estrangeira Moderna.
A efetivação do processo de adaptação será de responsabilidade da equipe
pedagógica e docente, que deve especificar as adaptações a que o aluno está
sujeito, elaborando um plano próprio, flexível e adequado ao aluno e ao final, será
elaborada Ata de resultados, os quais serão registrados no Histórico Escolar do
aluno e no Relatório Final.
5.8 Regime de Progressão Parcial
O Estabelecimento de Ensino não oferta aos seus alunos matrícula com
progressão parcial, mas as transferências recebidas de alunos com dependência
em até três disciplinas serão aceitas e deverão ser cumpridas mediante plano
especial de estudos.
10
5.9 Formação dos profissionais em educação
A Escola Rural Estadual Jorgina Batista de Paula – EF, possui um quadro
reduzido porem atuante de funcionários nas funções de Agentes Educacionais I e II
e professores capacitados.
Atualmente, os dois Agentes Educacionais II cursam o PROFUNCIONÁRIO
e todos os agentes I e II possuem curso superior.
Já os professores, todos possuem curso superior completo e 90% (noventa
por cento) já concluíram a pós-graduação.
5.10 Análise Crítica dos problemas existentes na Escola
A Escola Rural Estadual Professora Jorgina Batista de Paula – Ensino
Fundamental, por ser uma escola considerada de pequeno porte e por situar-se
num município também pequeno, possui algumas restrições na parte financeira
para aquisição de materiais didáticos, entre outros. Apesar disso, procura viabilizar
uma escola voltada para a realidade social vigente, que reveja os valores morais e
éticos, etc., que priorize o trabalho coletivo, que seja aberta à diversidade e que
procure desenvolver a cidadania, para que todos os envolvidos no processo
educacional possam agir e interagir, provocando mudanças necessárias para a
formação de indivíduos críticos e participativos na sociedade em que vivem.
Indivíduos estes, que sejam conscientes de seus direitos e cumpridores de seus
deveres. Enfim, a escola procura desenvolver e fomentar a construção de
conhecimentos que venha de encontro às necessidades do mundo contemporâneo.
O Conselho de Classe é um importante momento de troca de
experiências e revisão da pratica pedagógica, o aspecto quantitativos do
aprendizagem de ensino e aprendizagem (notas) é apenas um dos temas
abordados durante as reuniões, mais que mostrar problemas o Conselho busca
traçar estratégias que os superem e atinjam de maneira satisfatória os objetivos da
escola que são a aquisição por parte dos alunos dos conhecimentos contemplados
pelo currículo e formação para cidadania. Tendo em vista que os professores da
escolas residem na sede do Município ou em cidades vizinhas encontramos uma
certa dificuldade para realização das reuniões do Conselho de Classe dependendo
da sessão de salas nas escolas do município ou da Secretaria Municipal de
11
Educação outra dificuldade é, que como quase todos professores atuam em pelo
menos outras duas escolas, torna-se complicado agendar a data das reuniões de
maneira que todos possam estar presentes.
O Conselho Escolar, como um exercício de poder pela participação das
comunidades escolar e local, deveria deliberar com aconselhamento aos dirigentes
no que julgar prudente, sobre as ações a empreender, os meios a utilizar
para o alcance dos fins da escola, porém, tendo em vista as características da
zona rural como a distância das residências e caráter sazonal do trabalho no
campo não é possível realizar reuniões periódicas, sendo as mesmas realizadas
conforme o surgimento de demandas a serem resolvidas pelo conselho como a
elaboração e aprovação de planos de aplicação de recursos e aprovação ou
alteração do calendário escolar entre outras.
Em relação as horas atividades apesar de ser mais indicado o
agrupamento de professores das áreas afins para a realização da hora-atividade no
mesmo dia e horário como forma de facilitar a troca de idéias e opiniões e o estudo
coletivo, isto não acontece totalmente na escola devido a demanda apresentar
apenas um professor por disciplina
A participação dos pais também está longe de se conseguir o ideal, pois
a grande maioria muitas vezes só comparece à escola quando convocados. Isto se
deve em alguns casos, à necessidade de os mesmos estarem a maior parte do
tempo fora de casa para o trabalho. Outro fator agravante que interfere na
participação dos pais é o nível de escolaridade dos mesmos, que os impede de
fazer um acompanhamento na vida escolar de seus filhos e, por não darem o
devido valor ao estudo, deixam a maior parte das obrigações e responsabilidades
da família a cargo da escola. Diante disso, embora a escola tenha usado de
todos os meios para atrair a participação dos pais, fazendo um trabalho de
conscientização, ainda tem encontrado grande resistência por parte dos mesmos.
No que se refere ao desenvolvimento da aprendizagem, isto precisa de
tempo e espaço para acontecer. Tempo porque sua realização não é fácil nem
imediata. Supõem entregar-se e confiar em uma possibilidade, em algo que,
ocorrendo hoje, só se confirmará pouco a pouco, no decorrer do processo de
ensino e aprendizagem e isso por vezes não ocorre, pois se espera por resultados
imediatos.
12
LEVANTAMENTO ESTATÍSTICO DO ANO LETIVO DE 2009
ENSINO FUNDAMENTAL
TOTAL DE ALUNOS
APROVADOS REPROVADOS TRANSFERIDOS DESISTENTES
Total 88 81 3 1 3
Porcentagem 100% 92% 03% 01% 03%
5.10..2 A organização do tempo escolar:
O tempo escolar está entre os problemas existentes no seio da escola
que interferem na aprendizagem, pois o tempo escolar é realizado segundo
determinações da legislação vigente e que muitas vezes não é suficiente para o
aluno aprender - o ideal seria o educador estar em tempo integral na escola.
Existe também o fato desse tempo escolar não ser respeitado pelos
professores, uma vez que cada aluno possui um tempo próprio para construir a sua
aprendizagem, além do fato de que o período que o aluno permanece na escola
tem que ser aproveitado no máximo.
Os sujeitos do campo têm direito a uma educação pensada, desde o seu
lugar e com sua participação vinculada à sua cultura e as suas necessidades
humanas e sua cultura e as suas necessidades humanas e sociais.
Conteúdo para construção de uma educação pública e gratuita de
qualidade, presente e que respeite e valorize a diversidade humana, contribuindo
assim com a construção assim com construção de uma sociedade cada vez mais
justa e solidária.
13
92%
3%
1%
3%
APROVADOSREPROVADOSTRANSFERIDOSDESISTENTES
5.10.3 - O espaço escolar:
Suas salas de aula contam com espaço suficiente para uma boa
disposição das carteiras a fim de se facilitar o trabalho em grupo e para o
atendimento necessário aos alunos. O espaço externo também é amplo, o que
facilita a conseqüente realização das tarefas escolares de forma solidária.
5.10.4 - Equipamentos físicos e pedagógicos:
No que se refere aos equipamentos físicos, a escola possuirá uma
biblioteca, salas de aula e carteiras suficientes para atender à sua demanda.
Quanto aos equipamentos pedagógicos, a escola possui: 1 retroprojetor,
1 globo terrestre, mapas, televisão, DVD. , sendo equipamentos necessários, mas
insuficientes para atender as necessidades dos alunos e professores.
5.10.5- Formação inicial e continuada:
Está havendo atualmente, uma política de formação continuada, mas
que na prática, ainda não está sendo aplicada totalmente, visto que ainda ocorre
uma certa resistência por parte de alguns desses profissionais para deslocarem-se
a fim de se capacitarem. Diante disso, dentre os temas que precisam ser
trabalhados pela Equipe Pedagógica com os professores, existem alguns
prioritários como: Didática e Avaliação, Indisciplina no cotidiano do professor e
Metodologia de projetos.
Quanto aos alunos, a capacitação poderá envolver temas Sociais
Contemporâneos, tais como: Ética, Moral e regras de boa convivência e Educação
Fiscal, Agroecologia, Agricultura Familiar integrados à Proposta Curricular,
5.10.5 Relações humanas de trabalho na escola:
14
As relações de trabalho na escola entre professores, pedagogos,
funcionários, alunos, diretor e pais são baseadas no diálogo e troca de opiniões,
de uma forma democrática e colaborativa, visando sempre o bom andamento dos
trabalhos escolares e a boa aprendizagem dos alunos. Apesar de que a maioria
dos pais que procuram dialogar com a escola são aqueles em que seus filhos não
apresentam sérios problemas de disciplina e aprendizagem.
5.11 Gestão Democrática:
O trabalho no seio da escola se dá por intermédio de uma gestão
democrática, pois é necessário trabalhar em grupo, cooperar,
argumentar, compartilhar tarefas, construir coisas, divertir-se, criar, desfrutar a vida
e tantas outras realizações sociais que são compulsórias aos seres humanos e que
contribuem para transformação dos educandos em cidadãos íntegros, conscientes,
capazes de lutar por uma sociedade mais justa e humana.
A gestão democrática da escola e de todo sistema educacional
apresenta-se como mais uma dentre outros desafios para a construção das novas
relações sociais, construindo um espaço público de decisão e de discussão não
tutelado pelo Estado é, portanto, bandeira de luta da classe trabalhadora em
educação em favor da superação da gestão autoritária.
Desse modo, dentre os pressupostos da gestão democrática estão
a participação dos órgãos colegiados (Conselho de Classe, Conselho Escolar,
Grêmio Estudantil, APMF, participação dos pais, entre outros) nas decisões a
serem tomadas na escola para o bom andamento dos trabalhos escolares, porém,
com exceção do Grêmio Estudantil que não existe na escola, os demais ainda não
atuam com a devida eficiência.
5.11.1 Conselho de Classe
O Conselho de Classe em nossa escola reúne direção, professores e
pedagogo para discutir, definir e acompanhar o desenvolvimento de cada aluno,
logo após o término do bimestre.
É um excelente momento de troca de experiencias e reformulação da
pratica pedagógica.
15
5.11.2 Conselho Escolar
É atribuição do Conselho Escolar deliberar sobre questões político-
pedagógicas, administravas e financeiras, no âmbito da escola, sendo composto
por representantes da comunidade escolar e local.
Cabe ao conselho, também, analisar as ações a empreender e os meios a
utilizar para o cumprimento das finalidades da escola. Representam, assim, um
lugar de participação e decisão, um espaço de discussão, negociação e
encaminhamento das demandas educacionais, possibilitando a participação social
e promovendo a gestão democrática. Enfim, uma instância de discussão,
acompanhamento e deliberação, na qual se busca incentivar uma cultura
democrática, participativa e cidadã.
5.11.3 Grêmio Estudantil
O Grêmio é a organização que representa os interesses dos estudantes na
escola. Ele permite que os alunos discutam, criem e fortaleçam inúmeras
possibilidades de ação tanto no próprio ambiente escolar como na comunidade.
O Grêmio é também um importante espaço de aprendizagem, cidadania,
convivência, responsabilidade e de luta por direitos.
Por isso, é importante deixar claro que um de seus principais objetivos é
contribuir para aumentar a participação dos alunos nas atividades de sua escola,
organizando campeonatos, palestras, projetos e discussões, fazendo com que eles
tenham voz ativa e participem – junto com pais, funcionários, professores,
coordenadores e diretores – da programação e da construção das regras dentro da
escola.
5.11.4 APMF
“O espaço da escola deve ser um espaço democrático, onde todas as
vezes possam ser ouvidas, e a APMF, deve ser o veículo que integre todos os
representantes dessa comunidade”. (Estatuto APMF, 2003).
16
• É uma entidade autônoma, cabendo ao Estado orientá-la nos
aspectos técnico-administrativos, possibilitando o desenvolvimento
de suas ações, uma vez que esta tem como objetivo principal o
apoio ao educando e o aprimoramento do ensino, integrando família
– escola – comunidade.
5.11.5 Participação dos Pais
A participação dos pais se dá através de:
• reuniões coletivas para discussão de assuntos gerais do interesse de todos
e tomada de decisões.
• reuniões por turmas para assuntos pedagógicos, junto aos professores,
equipe pedagógica, direção, sempre que se fizer necessário.
• Atendimento individual para tratar dos processos de ensino aprendizagem e
disciplina em relação aos filhos.
• Convite para participação de programas desenvolvidos pela escola, por
semestre.
5.11.5 Critérios de organização e distribuição de turmas
• Os critérios utilizados para a organização das turmas e distribuição de aulas por
professor, de acordo com suas respectivas áreas, são regulamentados por
instrução própria, normatizadas pela SEED, Secretaria de Estado da
Educação).
• A Resolução Nº 6007/2006, em seu Art. 2º, especifica que “A distribuição de
aulas nos estabelecimentos de ensino da rede estadual de Educação Básica,
far-se-á com a observância das normas e diretrizes contidas na Lei,
considerando-se a jornada de trabalho dos professores a soma das horas-aula
e das horas-atividade”.
• A organização das turmas dá-se a partir de dados levantados em conselho de
classe, do acompanhamento da equipe pedagógica, da observação cotidiana e
da observância da equidade do número de alunos.
5.12 Desafios Educacionais Contemporâneos
17
O estudo dos Desafios Educacionais Contemporâneos vem nos trazer um
novo olhar sobre a realidade histórica do país frente as questões sociais, culturais,
ambientes e históricas que ao longo do tempo vem permeando a evolução da
sociedade por vezes frutas das contradições ou oriundos dos anseios dos
movimentos sociais. É pertinente e oportuno trabalhar essas questões, uma vez
que, a escola não sendo alheia aos acontecimentos que se apresentam, age
diretamente com o sujeito da educação – o aluno.
Como Desafios Educacionais Contemporâneos temos: Educação Fiscal,
Educação Ambiental, Enfrentamento à Violência na Escola, Prevenção ao uso
indevido de drogas, Sexualidade e Diversidade, História e Cultura Afro-Brasileira,
Africana e Indígena.
A proposta para se trabalhar tais desafios parte da intencionalidade de
interação de tais fatos dados à sua relevância para a comunidade escolar, devendo
ser trabalhados nas disciplinas as quais se contextualizam como condição de
compreensão do conhecimento em suas múltiplas manifestações.
Em nosso colégio a sexualidade e a afrodescendência também devem ser
melhor trabalhadas, pois alguns alunos são discriminados devido a sua opção
sexual e etnia e enquanto instituição, não podemos ignorar que os conflitos e os
problemas sociais existem e que por isso, temos que nos organizar
pedagogicamente.
5.13 Diversidade
Considerando que o Brasil apresenta as mais variadas formas de
manifestações culturais, é necessário que a escola se abra para a aceitação e
valorização dos mais diferentes modos de vida e, consequentemente, de sua
expressão cultural.
A formação das identidades depende dos processos de socialização e de
ensino e aprendizagem que ocorrem de acordo com as características físicas,
cognitivas, afetivas, sexuais, culturais e étnicas dos envolvidos nos processos
educativos.
18
Ao tratar da diversidade na escola podemos ter como parâmetro a
necessidade de reconhecimento que caracteriza os agentes que interagem nesse
espaço público, ou seja, poder edificar a sua própria identidade e aceitar que existe
visões de mundo e culturas diferentes e nenhum de nós tem o monopólio dessas
verdades.
A escola é o lugar em que todos os alunos devem ter as mesmas
oportunidades, mas com estratégias de aprendizagens diferentes.
Enquanto instituição educacional, devemos levar o nosso aluno a refletir
sobre o preconceito, a discriminação e a desigualdade em relação a superação do
analfabetismo, à orientação sexual e identidade de gênero, as relações étnico-
racionais e afrodescendência, e propiciar fundamentação teórica-prática para o
enfrentamento dessas práticas na escola.
19
6. MARCO CONCEITUAL
6.1 Fundamentação teórica e Organização Pedagógica da Escola
- Filosofia da Escola:
A Escola Rural Estadual Jorgina Batista de Paula – Ensino Fundamental,
atende a clientela da zona rural. O referido estabelecimento de ensino tem como
metas melhorar a qualidade de vida do educando, proporcionando condições
adequadas para sua formação integral, tornando-o mais crítico e criativo, para
futuramente atuar na sociedade como agente transformador. Os professores
devem fazer das suas aulas momentos estimulantes ao “encontro de saberes”,
mostrando a importância dos conhecimentos para a vida e para o trabalho, levando
o aluno a pensar, analisar, relacionar, contextualizar aspectos da realidade
estudada nas matérias com os da vida cotidiana.
Portanto, como possíveis soluções para vencer as barreiras que toda
comunidade escolar apresenta a escola está envolvida no processo educativo
buscando um mesmo fim, que é uma educação de qualidade. Isso ela consegue
com uma gestão democrática, em busca de um trabalho coletivo como forma de
ensinar os direitos, mas também fazer com que todos cumpram com seus deveres.
O engajamento de todos é no sentido de fazer com que o aluno tenha
gosto pelo estudo, preparando-os para os desafios da vida, e para acompanhar o
avanço tecnológico da sociedade contemporânea.
Assim, a escola é o espaço privilegiado de produção e socialização do
saber e se encontra organizada por meio de ações educativas que têm como
finalidade a formação de sujeitos concretos: éticos, participativos e criativos. Isso
vem garantir o acesso ao saber historicamente acumulado e inserido num processo
de reconstrução, de acordo com as experiências que os alunos já trazem consigo
de suas vivências em sociedade.
Portanto, a educação como prática social, constitui-se um direito social
do indivíduo, garantido através de lutas em busca da democratização das
oportunidades de escolarização para todos.
20
6.2 Concepção Educacional
6.2.1Princípios Norteadores da Educação:
De acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – Lei nº
9394/96, e a Constituição Federal, a educação tem como prioridade:
- Buscar os princípios da igualdade de condições para o acesso e
permanência na escola; liberdade de aprender e ensinar; respeito ao pluralismo de
idéias e concepções pedagógicas; garantia de um padrão de qualidade nos seus
serviços.
Contribuir para que nas suas diferentes disciplinas, todos os alunos
participem do processo de escolarização em igualdade de condições para o acesso
ao conhecimento.
Fazer a dialética entre os saberes experienciados pelos educandos e o
conhecimento universal historicamente acumulado pela humanidade, respeitando a
diversidade dos sujeitos do campo e da cidade, trabalhando as diferenças de modo
a reconhecê-las e valorizá-las. Quebrar a cultura do “silêncio”, para que os
educandos possam falar e ser ouvidos, conhecendo as esperanças, lutas,
trajetórias e especificidades culturais que os caracterizam.
Levar em consideração os saberes e fazeres populares e o bom senso
presente no senso comum, estabelecendo diálogos pedagógicos intelectuais, mais
reflexivos e menos excludentes. Proporcionar uma forma de reflexão e
reestruturação política de estratégias educativas, garantindo condições
indispensáveis para o acesso e permanência do aluno na escola.
6.2.2 Objetivos da Escola:
- Procurar por estratégias que visem reverter o grau de ineficiência
e iniqüidade, visando garantir uma educação de qualidade para os alunos;
- Trabalhar com a diversidade de modo a promover a inclusão de
alunos com necessidades educacionais especiais e inibir quaisquer formas de
discriminação.
Proporcionar um ensino de qualidade, de acordo com os paradigmas
educacionais para o ensino fundamental;
Proporcionar o pleno desenvolvimento do educando nas questões
éticas, intelectuais e morais;
21
Estimular a participação em trabalhos coletivos;
Ter claro sua função social e compromisso com a realidade;
6.2.3 Fins Educativos:
Diante dos novos paradigmas educacionais para a sociedade atual, faz-
se necessário que sejam revistas algumas concepções que marcam a
educação brasileira como um todo, concepções estas, que viabilizam um
entendimento sobre o tipo de sociedade que se tem e o tipo de homem que se
pretende formar.
“Nossa presença no mundo não é a de quem a ele se adapta, mas
de quem nele se insere. É a posição de quem luta para não ser apenas objeto, mas
sujeito também da história” (Paulo Freire). Sendo assim, o homem é um ser natural,
social e histórico, que age na natureza transformando-a segundo suas
necessidades. Portanto, espera-se que a escola possibilite a formação de um ser
humano dotado de autonomia, iniciativa e responsabilidade para atuar de forma
consciente, coletiva, democrática capaz de promover transformações sociais.
6.2.3 Diretrizes Curriculares que norteiam a ação da escola:
As diretrizes curriculares que norteiam a ação da escola têm como base
a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Lei 9394/96, o Estatuto da
Criança e do Adolescente e as Diretrizes Curriculares para o Ensino Fundamental
do Estado, garantindo aos alunos:
- o direito à educação, visando ao pleno desenvolvimento de
sua pessoa;
- o preparo para o exercício da cidadania e qualificação para o
trabalho;
- a igualdade de condições para o acesso e permanência na
escola.
- a contribuição para o enfrentamento das desigualdades sociais,
visando uma sociedade mais justa;
22
- a elaboração de propostas objetivando o zelo pela aprendizagem dos
alunos;
- a definição de conteúdos curriculares, com vistas à valorização dos
conhecimentos sistematizados e dos saberes escolares, entre outros.
Dentre as diretrizes que norteiam as ações da escola estão as seguintes
concepções:
6.2.4 Concepção de Homem:
O ser humano é histórico, ou seja, econômico, político e cultural.
A construção da identidade é caracterizada pelo mundo em que estamos imersos:
estar no mundo é condição do ser humano, existir é significar este estar o ser
mulher ou ser homem numa sociedade patriarcal como a nossa, é sofrer
determinações distintas, mediante conflitos e desempenhando papéis diferentes.
6.2.5 Concepção de Sociedade:
Vivemos em uma sociedade da aprendizagem, na qual aprender
constitui uma exigência social crescente que conduz a um paradoxo: cada vez
mais se aprende mais e cada vez se fracassa mais na tentativa de aprender.
O ponto de partida para esta reflexão está na necessidade de que a
escola possibilite a construção de uma nova sociedade, onde não há mais lugar
para uma sociedade do espetáculo, do descartável, do imediato, do consumismo,
da ausência de sentido para a vida, do sonho e da esperança. Entretanto, muitas
vezes, esta sociedade reduz o fazer educativo à mesma lógica do descontinuísmo,
do imediato, do fragmentado.
A sociedade brasileira também constitui-se de diferentes matrizes
étnicas e culturais, onde índios, caboclos, e negros têm sobrevivido com muitas
dificuldades a diferentes etnocídios e múltiplas formas de invisibilidade social, ainda
assim, permanecem reafirmando suas identidades étnicas. Assim, em uma mesma
sala de aula estão reunidos educandos de gêneros diferentes, religiosidades,
pertencimentos étnicos, culturais, trajetórias de vida, saberes acumulados, fazeres,
especialidades vividas, temporalidades, concepções, etc. Essa diversidade de
23
sujeitos implica práticas pedagógicas que, evidentemente, não podem ser a mesma
para todos. Isso porque, alguns conseguem aprender conforme os ditames dos
padrões didáticos hegemônicos, mas outros necessitam de suportes diferenciados
porque também existem diferenças cognitivas.
Partindo destes princípios, o que se concebe atualmente é
uma sociedade inclusiva, humana, transformadora, que contribui no processo de
organização coletiva do trabalho na perspectiva da formação humana como um
todo, onde se pode ter o diálogo como instrumento de comunicação na produção
coletiva de idéias e na busca de solução de problemas.
- Concepção de Escola:
A escola é mais do que quatro paredes; é clima, espírito de
trabalho, produção de aprendizagens, relações sociais e de formação de pessoas.
Desse modo, esse espaço tem que gerar idéias, sentimentos, movimentos, no
sentido da busca do conhecimento; tem que despertar interesse em aprender e em
ensinar; além de ser alegre, aprazível e confortável, tem que ser pedagógico, pois é
nesse espaço que os alunos aprendem lições úteis à sua vida em sociedade.
De acordo com PIMENTA (1998), o papel da escola é garantir o acesso
ao conhecimento de qualidade por parte de todas as crianças e jovens a fim de que
se situem no mundo, um mundo que é rico em avanços civilizatórios.
Paulo Freire acredita que uma escola da rede pública pode ir
criando em si as mesmas as condições de ser democrática, na medida em que a
sociedade, historicamente, vem experimentando mais democracia.
Partindo destes princípios, para que a escola possa concretizar o sonho
de um trabalho coletivo, precisa entender que a sua proposta de trabalho,
elaborada a partir de experiências, da realidade e das contribuições de diversos
profissionais representa uma conquista que deve ser levada adiante para que se
possa transformá-la em espaço de práticas democráticas e de convivência
harmoniosa.
Nesse sentido, a escola se constrói na sua relação com a sociedade –
reflexo socioculturais de cada época. O processo dialético de construção e
24
reconstrução da cultura escolar desenvolve o permanente movimento de formas
institucionais que concretiza e cria novas formas dando uma nova concepção às
antigas, exigindo dos sujeitos a reflexão crítica de práticas já sedimentadas e a
construção de novas, graduando alterações necessárias para os novos tempos.
Como afirma SEVERINO (1992), “A escola é o lugar, a instância
social que serve de base mediadora e articuladora de outros dois projetos que
envolvem o agir humano: de um lado, o projeto político da sociedade e de outro
lado, o projeto pessoal dos sujeitos envolvidos na educação”.
Isso ocorre juntamente com a democratização econômica e política a
democratização da educação e da escola, através da universalização, da
gratuidade e da permanência é uma exigência para emancipação da classe
trabalhadora. Nesse sentido, a participação de toda comunidade (estudantes,
mães, pais, funcionários, professores, pedagogos (as), direção), na escola não é
uma concessão, mas uma prática que expressa princípios influenciando na
qualidade de educação vinculada a um projeto coletivo por uma sociedade não
excludente.
Assim, mudar concepções, quebrar paradigmas, assumir papéis dentro
dos novos princípios da educação, ter postura ética, cidadã e inclusiva, são
algumas das questões a serem pensadas pelo coletivo da escola, como um
caminho a seguir.
A escola deverá Investir em uma nova organização pedagógica
buscando estabelecer uma relação interativa com o “fazer” escolar e preocupada
em ofertar a comunidade, em geral, e aos educandos em particular, um trabalho
pedagógico que venha a formar cidadãos participativos e conscientes de seu papel
na sociedade.
Além de sua dimensão política, de ampliação da participação, a
democratização da escola se expressa no aprendizado de práticas democráticas,
no exercício da cidadania, efetivando-se como um exercício permanente de
formação de sujeitos participativos e democráticos. A escola será um local de
excelência do aprendizado, da convivência humana. Entre sujeitos se
estabelecem relações de horizontalidade, de igualdade, jamais de verticalidade,
de imposições.
25
É por meio da participação efetiva da comunidade escolar, da
organização do trabalho pedagógico com ênfase no Projeto Político-Pedagógico e
nos princípios da gestão democrática, que a escola poderá contribuir para a
superação das contradições de uma sociedade em que se vive e auxiliar no
processo contínuo de construção de uma sociedade mais humana e democrática.
Partindo destes princípios, um projeto de escola só será competente se
for coletivo. Por isso, além da participação ser um direito de todos, é no coletivo
que um conhecimento mais global e verdadeiro da escola é construído. É esse
movimento, onde se entrelaçam os diversos saberes que cada um possui, que cria
a possibilidade de um conhecimento comum a todos.
Portanto, uma rede pública como é o caso da Escola Rural Estadual
Jorgina Batista de Paula – Ensino Fundamental, pode ir criando em si mesma as
condições de ser democrática, na medida em que, mobilizando-se e organizando-
se lute contra o arbítrio, supere o silêncio que lhes está sendo imposto.
Diante disso, a escola que se pretende construir é aquela não mais
seletiva e elitizada, não mais organizada de modo autoritário e com caráter
doutrinário de conteúdos, que se operam de maneira automática e homogênea
agindo como aparelho ideológico do Estado capitalista, mas sim aquela que
contenha um novo significado e seja um espaço de lutas contra a opressão e o
autoritarismo, contra as desigualdades, que lute pelos direitos das chamadas
minorias e encontre na diversidade, na heterogeneidade toda a riqueza do ser
humano. Uma escola que seja realmente universal e acolhedora, que incorpore
conhecimentos e comportamentos de modo a transformar a sociedade num espaço
amplo, justo e humano, de acordo com seus valores e ideais.
Concepção de Educação:
“Educação é um processo histórico de criação do homem para
a sociedade e, simultaneamente, de modificação da sociedade para benefício do
homem” (PINTO: 1994). Porém, entende-se aqui educação como o que cada
indivíduo constrói como produto do processamento, da interpretação, da
compreensão. A educação é algo construído intimamente, relacionado com a
experiência de vida de cada indivíduo, por isso, educar para a escola deixa de ser o
ato de simplesmente transmitir informação e passa a ser o de criar ambientes de
26
aprendizagem, onde haja uma interação com a variedade de situações e
problemas, construindo novos conhecimentos, inclusive conhecimentos sobre
aprender a aprender. Isso porque, educar significa crescer, proporcionar condições
para pensar, criar, criticar, ensinar, aprender, avaliar etc. Diante disso, “o
conhecimento é o que cada indivíduo constrói como produto do
processamento da interpretação, da compreensão, da informação” (VALENTE:
2000/2001, p. 8).
Essas demandas crescentes de educação produzem-se no contexto de
uma suposta sociedade do conhecimento, que não apenas exige que mais pessoas
aprendam cada vez mais coisas, mas que as aprendam de outra maneira, no
âmbito de uma nova cultura da aprendizagem, de uma nova forma de conceber e
gerir o conhecimento, seja de perspectiva cognitiva ou social.
Nesse sentido, a educação no mundo moderno é concebida como
construção e desenvolvimento de uma qualificação que vem sendo entendida como
maior capacidade de integração, de tomada de decisões, de trabalho em equipe,
de assimilação de mudanças, de desenvolvimento da autonomia, de exercício de
solidariedade, de acolhida e respeito às diferenças. Entretanto, esses
conhecimentos/habilidades não podem ser improvisados, e sim, construídos
através de um processo sistemático, contínuo e em tempo próprio e é a escola a
responsável por eles, juntamente com seus professores, equipe pedagógica,
diretor, funcionários e também com a comunidade.
A educação, inserida em uma sociedade globalizada e centrada no
conhecimento é um dos fatores importantes para o desenvolvimento social, bem
como condição primordial para melhoria da qualidade de vida das pessoas, assim
existe a necessidade do envolvimento da equipe pedagógica. Professores, alunos,
pais, comunidade externa, pois são os responsáveis pela construção do ambiente
cultural da escola, de acordo com sua forma de agir e pensar, pois é a partir
desta visão que será criada a identidade da escola: nas necessidades da
comunidade.
Concepção de Educação do Campo:
A educação do campo é um projeto educacional para os sujeitos que
têm o campo como seu espaço de vida. Assim, a educação dessas pessoas deve
27
ser no campo (educação no lugar onde vive) e do campo (educação pensada
desde o seu lugar e com a sua participação, vinculada à sua cultura e às suas
necessidades humanas e sociais).
Portanto, a educação do campo procura desmistificar o conceito de
campo como local de atraso, com uma educação aligeirada e precarizada. A
educação do campo procura por um novo paradigma baseado na formação
humana compreendida a partir das heranças culturais, da constante (re)invenção e
(re)organização das relações do ser humano com o ambiente cultural,
compreendendo o sujeito nos diferentes espaços sócio-territoriais.
Partindo destes princípios, o educador, ao pensar sua prática cotidiana
na sala de aula deve procurar compreender o universo de vida de seus educandos,
para que seu lugar e posição de classe reflita sobre sua prática no ambiente
escolar. Assim, a complexa realidade do educando deve ser o ponto de partida
para o processo ensino-aprendizagem, devendo o educador ser capaz de fazer a
dialética entre os saberes experienciados pelos educandos e o conhecimento
universal historicamente acumulado pela humanidade.
Concepção de Ensino:
Por muito tempo a pedagogia focou o processo de ensino no professor,
supondo que, como decorrência, estaria valorizando o conhecimento. Nesse
processo, o ensino ganhou autonomia em relação à aprendizagem, criou seus
próprios métodos e o processo de aprendizagem ficou relegado a segundo plano.
Atualmente, entretanto, sabe-se que é necessário ressignificar a unidade entre
aprendizagem e ensino, uma vez que, em última instância, sem aprendizagem o
ensino não se realiza.
Para a estruturação da intervenção educativa é fundamental o professor
distinguir o nível de desenvolvimento real do potencial do aluno. O nível de
desenvolvimento real se determina como aquilo que o aluno pode fazer sozinho em
uma situação determinada, sem ajuda de ninguém. O nível de desenvolvimento
potencial é determinado pelo que o aluno pode fazer ou aprender mediante a
interação com outras pessoas, conforme as observa, imitando, trocando idéias com
elas, ouvindo suas explicações, sendo desafiado por elas ou contrapondo-se a
elas, sejam essas pessoas o professor ou seus colegas. Existe também uma zona
28
de desenvolvimento próximo, dada pela diferença existente entre o que um aluno
pode fazer sozinho e o que pode fazer ou aprender com a ajuda dos outros. De
acordo com essa concepção, falar dos mecanismos de intervenção educativa
equivale a falar dos mecanismos interativos pelos quais professores e colegas
conseguem ajustar sua ajuda ao processo de construção de significados realizados
pelos alunos no decorrer das atividades escolares de ensino e aprendizagem.
Assim, se o processo educacional exige ressignificar o processo de
ensino, este precisa se preocupar em preservar o desejo de conhecer e de saber
com que todas as crianças chegam à escola. Precisa manter a boa qualidade do
vínculo com o conhecimento e não destruí-lo pelo fracasso reiterado. Garantir
experiências de sucesso, porém, não significa omitir ou disfarçar o fracasso; ao
contrário, significa conseguir realizar a tarefa a que se propôs, relacionando-a com
propostas e intervenções pedagógicas adequadas.
Diante destes princípios, cabe ao educador, por meio da intervenção
pedagógica, promover a realização de aprendizagens com o maior grau de
significado possível, uma vez que esta nunca é absoluta – sempre é possível
estabelecer alguma relação entre o que se pretende conhecer e as possibilidades
de observação, reflexão e informação que o sujeito já possui, promovendo
situações de ensino ajustadas às capacidades cognitivas dos alunos.
Em suma, não é a aprendizagem que deve se ajustar ao ensino, mas o
ensino que deve potencializar a aprendizagem.
Concepção de Aprendizagem:
De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais (1997, p. 51), a
tradição escolar – que não faz diferença entre os erros integrantes do processo de
aprendizagem e simples enganos ou desconhecimentos – trabalha com a idéia de
que a ausência de erros na tarefa escolar é a manifestação da aprendizagem. Hoje,
graças ao avanço da investigação científica na área da aprendizagem, tornou-se
possível interpretar o erro como algo inerente ao processo de aprendizagem e
ajustar a intervenção pedagógica para ajudar a superá-lo. A superação do erro é
resultado do processo de incorporação de novas idéias de transformação das
29
anteriores, de maneira a dar conta das contradições que se apresentarem ao
sujeito, para assim, alcançar níveis superiores de conhecimento.
Dessa forma, o que o aluno pode aprender em determinado momento
da escolaridade depende das possibilidades delineadas pelas formas de
pensamento de que dispõe naquela fase de desenvolvimento, dos conhecimentos
que já construiu anteriormente e do ensino que recebe. Isto é, a intervenção
pedagógica deve se ajustar ao que os alunos conseguem realizar em cada
momento de sua aprendizagem, para se constituir verdadeira ajuda educativa. Isso
porque, o conhecimento é resultado de um complexo e intrincado processo de
modificação, reorganização e construção, utilizado pelos alunos para assimilar e
interpretar os conteúdos escolares.
Assim, por mais que o professor, os companheiros de classe e os
materiais didáticos possam, e devam, contribuir para que a aprendizagem se
realize, nada pode substituir a atuação do próprio aluno na tarefa de construir
significados sobre os conteúdos da aprendizagem, pois é ele quem modifica,
enriquece e, portanto, constrói novos e mais potentes instrumentos de ação e
interpretação. Desse modo, as situações escolares de aprendizagem são situações
comunicativas, nas quais os alunos e professores atuam como co-responsáveis,
ambos com uma influência decisiva para o êxito do processo.
Enfim, a aprendizagem é condicionada, de um lado, pelas
possibilidades do aluno, que englobam tanto os níveis de organização do
pensamento como os conhecimentos e experiências prévias, e, de outro, pela
interação com os outros agentes.
- Concepção de Avaliação:
“A Avaliação é um processo natural, que nos permite ter consciência
do que fazemos, da qualidade do que fazemos e das conseqüências que acarretam
nossas ações” (Juam Manuel).
Vários autores em avaliação conseguiram teorizar o cotidiano e a prática
social, mostrando que as escolas possuem dentro delas, e a sociedade também,
formas de resistências, no sentido de se oporem a ideologia.
30
Porém, atualmente, estamos passando por um processo de discussão,
mudança e busca de uma nova significação. Dentre os temas abordados pelos
profissionais da educação dá-se destaque à questão da avaliação, a qual interfere
diretamente no processo educativo. A polêmica, que gira em torno desse
assunto,ocorre devido à amplitude e complexidade que o tema possui, como por
exemplo: o porquê avaliar, o quê avaliar e as consequências dessa avaliação pelo
lado social.
Para melhor compreender o tema, propomos um estudo mais aprofundado
de concepções defendidas por diferentes autores em avaliação: Jussara Hoffmann,
Celso Vasconcelos, Ana Maria Saul, Luckesi, etc.
Após estudos e experiências realizadas com professores, foram delineados
algumas linhas mestras para nortear a prática avaliativa em nossa escola como por
exemplo:
· Oportunizar aos alunos muitos momentos para expressar suas ideias e
retomar dificuldades referentes aos conteúdos introduzidos e desenvolvidos;
· Realizar tarefas em grupo para que os próprios alunos se auxiliem nas
dificuldades, mas garantindo o acompanhamento de cada aluno a partir de
atividades avaliativas individuais em todas as etapas do processo;
· Ao invés de simplesmente assinalar certo e errado nas atividades
avaliativas dos alunos, atribuindo-lhes uma nota, retomar as questões
coletivamente com observações significativas para o professor e aluno, apontando-
lhes soluções equivocadas, e possibilidades de aprimoramento.
· Propor, a cada etapa, tarefas relacionadas às anteriores, numa gradação
de desafios coerentes às dificuldades apresentadas pela turma ao desenvolvimento
do conteúdo.
Ainda vale lembrar que a avaliação feita em momentos específicos
(provas,trabalhos isolados …) é tremendamente vaga no sentido de apontar as
falhas do processo, pois não mostra as reais dificuldades e facilidades dos alunos e
dos professores, não sugere qualquer encaminhamento, porque “discrimina e
seleciona antes de mais nada”. Deve-se ressaltar que “a ação avaliativa deverá
desenvolver-se em benefício do aluno e dá-se fundamentalmente pela proximidade
entre quem educa e que é educado”.
31
Entendemos que esta nova concepção de avaliação mede a postura do
professor deslocando suas energias e potencialidades para a aprendizagem e não
no controle transmitido, havendo uma interação entre professor e o aluno. Existem
problemas de ordem político social, mas o que caracteriza o aprendizado são os
professores motivados, preparados e orientados.
Porém, ao tentar mudar o tipo de avaliação nos deparamos com a
dificuldade da transformação e da conscientização do grupo de professores, pois
as ideias realmente surgem a partir da tentativa de colocá-las em prática, refletindo
sobre isto, coletivamente e criticamente.
O professor precisa a partir de uma autocrítica abrir mão do uso autoritário,
rever a metodologia de trabalho em sala de aula, redimensionar o uso da avaliação
tanto no ponto de vista do conteúdo como da forma, modificar a postura diante dos
resultados da avaliação e criar uma nova mentalidade juntos aos alunos, colegas e
pais.
O professor deve propiciar ao aluno uma metodologia que leve a
participação ativa dos mesmos, seja com debates, trabalhos em grupo, pesquisa,
etc. Deve estar atento para que não se instale no aluno o medo da pergunta, pois
esta revela ao professor o percurso que o aluno está fazendo na construção do
conhecimento, considerando que, em nossa prática docente, não estamos
avaliando nossos alunos, mas a aprendizagem que eles realizam.
Na avaliação do aluno devem ser considerados os resultados obtidos
durante todo o período letivo, num processo contínuo, expressando o seu
desenvolvimento escolar, tomado na sua melhor forma. Entender e realizar uma
prática avaliativa ao longo processo é pautar o planejamento dessa avaliação, bem
como construir seus instrumentos, partindo das interações que vão se construindo
no interior da sala de aula com os alunos e suas possibilidades de entendimento
dos conteúdos que estão sendo trabalhados.
Se entendermos que os alunos aprendem de variadas formas, em tempos
nem sempre tão homogêneos, a partir de diferentes vivências pessoais e
experiências anteriores e, junto a isso, se entendermos que o papel da escola deva
ser o de incluir, de promover crescimento, de desenvolver possibilidades para que
os sujeitos realizem aprendizagens vida afora, de socializar experiências, de
perpetuar e construir cultura, devemos entender a avaliação como promotora
32
desses princípios, portanto, seu papel não deve ser o de classificar e selecionar os
alunos, mas sim o de auxiliar professores e alunos a compreenderem de forma
mais organizada seus processos de ensinar e aprender. Essa perspectiva exige
uma prática avaliativa que não deve ser concebida como algo distinto do processo
de aprendizagem.
Avaliar a aprendizagem do aluno não começa e muito menos termina
quando atribuímos uma “nota” à aprendizagem. Porém, a nota em nosso sistema
não deixa de ser um aspecto relevante, que por sua vez reprova e não adianta
iludir o aluno fazendo de conta que ela não existe, pois o aluno pode ser
surpreendido com uma reprovação. O professor deve, então, mostrar ao aluno
através de práticas concretas e não de discursos que, se ele realmente aprender a
nota virá como consequência natural, mas se o aluno só se preocupar com a nota
acaba não aprendendo.
Ainda cabe lembrar que pensando numa escola que classifica segundo
critérios rígidos de aprovação final de cada série, estabelecidos sem ter como base
uma análise séria sobre seu significado e como uma variabilidade enorme de
parâmetros por parte dos educandos, não pode ser vista como garantia de
qualidade de ensino.
- Concepção de Gestão Democrática/Administração Colegiada:
A gestão da escola é traduzida como um ato político, porque implica
sempre uma tomada de posição dos atores sociais. Assim sendo, sua
construção não pode ser individual, mas coletiva, envolvendo os diversos atores na
discussão e na tomada de decisões.
A gestão democrática, é uma prática cotidiana que contém os
princípios da reflexão, da compreensão e da transformação que envolve,
necessariamente a formulação de um Projeto Político-Pedagógico libertador.
A participação pode ser entendida como um processo complexo que
envolve os vários cenários e múltiplas possibilidades de organização, pois não
existe apenas uma forma ou lógica de participação, uma vez que há dinâmicas que
se caracterizam por um processo de pequena participação e outras que se
caracterizam por efetivar processos em que se busca compartilhar as ações e as
33
tomadas de decisão por meio do trabalho coletivo, envolvendo os diferentes
segmentos da comunidade escolar.
Entretanto, para que a participação seja realidade, são necessários
meios e condições favoráveis, porque é preciso repensar a cultura escolar e os
processos, normalmente autoritários, de distribuição do poder no seu interior.
Assim, por uma gestão democrática entendemos a garantia
de mecanismos e condições para que espaços de participação, partilhamento e
descentralização do poder ocorram.
A LDB dispõe que:
Art. 14. Os sistemas de ensino definirão as normas de gestão
democrática do ensino público na educação básica, de acordo com as suas
peculiaridades e conforme os seguintes princípios:
I – participação dos profissionais da educação na elaboração do projeto
político-pedagógico da escola;
II - participação das comunidades escolar e local em Conselhos
Escolares ou equivalentes.
O Projeto Político-Pedagógico, nesse sentido, ocupa um papel central na
construção de processos de participação e na implementação da gestão
democrática, pois, ao envolver os diversos segmentos em sua elaboração e em seu
acompanhamento, é colocado um grande desafio para a gestão democrática e
participativa, por envolver diretamente os diferentes segmentos das comunidades
local e escolar, seus valores, atitudes e comportamentos. Isso porque, a escola é
um espaço de contradições e diferenças.
Desse modo, quando se busca construir na escola um processo de
participação baseado em relações de cooperação, no trabalho coletivo e no
partilhamento do poder, é preciso exercitar a pedagogia do diálogo, do respeito às
diferenças, garantindo a todos a liberdade de expressão, a vivência de processo de
convivência democrática, que devem ser efetivados no cotidiano escolar, visando a
construção de projetos coletivos, de administração colegiada.
No entanto, para que a decisão seja partilhada, é necessária a
implementação de vários mecanismos de participação: aprimoramento dos
processos de provimento ao cargo de diretor, criação e consolidação de órgãos
colegiados na escola (Conselhos Escolares, Conselho de Classe, Grêmios
34
Estudantis...), que coletivamente podem implementar formas de organização da
educação e da escola, visando uma educação emancipatória e democrática, que se
constrói por meio de novas formas de organização e gestão, pela implementação
de mecanismos de distribuição do poder, que só se torna possível pela participação
ativa dos cidadãos na vida pública, articulada à necessidade de formação para
a democracia.
É através da participação, que cada pessoa é respeitada
enquanto indivíduo e enquanto integrante de um corpo maior e coletivo, que é a
escola.
A administração colegiada deverá também vislumbrar meios de
se promover a avaliação da Proposta Pedagógica, como: reuniões freqüentes com
todos os envolvidos na instituição escolar para análise e discussão sobre a mesma,
sobre os seus pontos positivos e negativos, vislumbrando por correções de
possíveis pontos falhos.
Porém, a participação da comunidade escolar e de seus órgãos
colegiados não depende somente da abertura propiciada pelo corpo diretivo da
escola, mas principalmente, da conscientização dos diversos segmentos acerca da
importância da participação de cada um no processo pedagógico. Neste sentido,
ressalta-se principalmente, a necessidade de real envolvimento da equipe interna
da escola na consecução dos objetivos idealizados, cuja atuação e, sem dúvida,
determinante para que o processo pedagógico se desenvolva de forma participativa
e democrática.
- Concepção de Tecnologia:
A tecnologia no seio da escola acima citada deverá ser entendida como
uma ferramenta sofisticada e alternativa no contexto educacional, pois a mesma
pode contribuir para o aumento das desigualdades sociais, ou para a inserção
social se vista como uma forma de estabelecer mediações entre o aluno e o
conhecimento em todas as áreas.
Conforme a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional –
9394/96, ao propor a formação tecnológica como eixo do currículo, assume a
concepção que a aponta como a síntese, entre o conhecimento geral e o
35
específico, determinando novas formas de selecionar, organizar e tratar
metodologicamente os conteúdos.
Embora as sofisticações tecnológicas sejam amplas, existem dois
aspectos que devem ser observados na implantação dessas tecnologias na escola:
Primeiro, o domínio do técnico e do pedagógico não deve
acontecer separado do outro. É irrealista pensar em primeiro ser um especialista
em informática ou em mídia digital para depois tirar proveito desse conhecimento
nas atividades pedagógicas. O melhor é quando os conhecimentos técnicos e
pedagógicos crescem juntos, simultaneamente, um demandando novas idéias do
outro. Isso porque, o domínio das técnicas acontece por necessidades e exigências
do pedagógico e as novas possibilidades técnicas criam novas aberturas para o
pedagógico, construindo uma verdadeira espiral de aprendizagem ascendente na
sua complexidade técnica e pedagógica, como coloca VALENTE (2002, p. 23).
O segundo aspecto diz respeito à especificidade de cada tecnologia com
relação às aplicações pedagógicas. O educador deve conhecer o que cada uma
dessas facilidades tecnológicas tem a oferecer e como pode ser explorada em
diferentes situações educacionais. Em determinadas tecnologias existem
diferentes aplicações que podem ser exploradas, dependendo do que está sendo
estudado ou dos objetivos que o professor pretende atingir.
Diante de tais perspectivas, a experiência pedagógica do professor
é fundamental. Conhecendo as técnicas de informática, por exemplo, para a
realização dessas atividades e sabendo o que significa construir conhecimento, o
professor deve indagar se o uso das tecnologias por ele aplicadas está ou não
contribuindo para a construção de novos conhecimentos. Pois em um determinado
momento, a busca da informação é importante, como a comunicação com outras
pessoas. É a dança entre as abordagens pedagógicas e as diferentes aplicações
que a tecnologia determina em uma educação efetiva. Porém, para fazer isso, no
caso do uso das tecnologias, é importante o professor saber, como já foi colocado
anteriormente, o que elas oferecem do ponto de vista da pedagogia.
- Concepção de Cidadania:
36
Em 1966, após dezoito anos de esforços e discussões, a
Assembléia Geral das Nações Unidas aprovou por unanimidade dois acordos
relativos a direitos humanos civis e políticos. Esses acordos foram ratificados em
1976, em forma e duas convenções: uma econômica e social e outra política e civil.
Apesar da delonga e da natural dificuldade de fiscalização de sua aplicação, ambos
os diplomas constituíram um passo importante no reconhecimento internacional
dos direitos humanos e incorporaram os dispositivos da Declaração Universal dos
Direitos do Homem para assim garantir a cidadania ao povo.
De acordo com BOFF (2000, p. 51), “cidadania é um processo histórico-
social que capacita a massa humana a forjar condições de consciência, de
organização e de elaboração de um projeto e de práticas no sentido de deixar de
ser massa e de passar a ser povo, como sujeito histórico, plasmador de seu próprio
destino”.
A cidadania é um direito de todos que tem condições de
alterar profundamente as formas de trabalho e de atuação na sociedade, por isso
torna-se necessário que a escola promova a formação de pessoas versáteis,
capazes de compreender o processo de trabalho como um todo, dotado de
autonomia e iniciativa para resolver os problemas em equipe, de modo
democrático.
A cidadania trás também como um dos princípios básicos para a vida
em sociedade que a escola deverá trabalhar, a solidariedade existente entre todos
os cidadãos e a compreensão de que todos necessitam uns dos outros para viver
bem.
Portanto, parte-se do pressuposto de que o ser humano jovem ou adulto,
ao ser inserido numa realidade histórico-social deve adquirir conhecimentos que
venham a corresponder às necessidades históricas do momento, ou seja, as
condições para se inserir ideais de Cidadania e Democracia tão necessários
atualmente para uma nação soberana. Mas é necessário também para que a
cidadania seja exercida, que haja uma transformação nas relações sociais tanto na
dimensão econômica, quanto política e cultural. Coisa que nós, seres humanos
podemos construir com uma sociedade menos injusta, menos corrupta do que a
vivida atualmente.
37
O grande desafio histórico, portanto, é fazer com que a escola dê
condições aos alunos de se tornarem cidadãos conscientes (sujeito de direitos),
organizados e participativos do processo de construção político-social e cultural.
Sabe-se, portanto, que para que isso ocorra é necessário que haja a
conscientização de todos os envolvidos na prática educacional no que se refere
às diferentes concepções que norteiam o trabalho pedagógico:
-Concepção de Formação Continuada:
Segundo FERREIRA (2003, p. 30), “ uma sólida formação humana
relaciona-se diretamente com sua emancipação como indivíduo social, sujeito
histórico em nossa sociedade”.
Para esse novo cidadão do mundo, a formação é de suma importância,
seja ela formação inicial ou continuada. A importância da formação continuada,
fundamentalmente assumida pela universidade, que é a instituição responsável
pela formação profissional e cultural do indivíduo e da coletividade escolar,
compreendendo as condições de transformação da população em povo, como uma
coletividade de cidadãos, como seres sociais em condições de inserirem nas mais
diversas formas de sociabilidade que o mundo globalizado dispõe e impõe.
A formação de Gestores, segundo ESTEVÃO (2002, p. 96), “deverá
levar em consideração o educador e não apenas um gestor de processos”. Para o
autor, a autoridade será legitimada não tanto pela sua habilidade em manusear
técnicas de gestão, mas pelo seu perfil de pessoa educada e educador, capaz de
reconhecer e dar poder a outros autores, dentro do pressuposto de que o objetivo
de uma política democrática não é erradicar o poder, mas multiplicar os espaços
em que as relações de poder estarão abertas à contestação democrática.
No que se refere aos Professores, a formação continuada permitirá um
constante aperfeiçoamento, o que possibilitará estar vivenciando as mudanças
ocorridas na educação devido à evolução da sociedade para poder aplicá-las com
seus alunos e assim garantir um ensino de qualidade.
A Equipe Pedagógica deverá estar constantemente se aperfeiçoando,
para que possa dar subsídios aos professores com sugestões de métodos e
técnicas de ensino visando sanar dificuldades de aprendizagem.
38
Assim também a Equipe Técnico-administrativa e os Auxiliares de
Serviços Gerais necessitam de capacitação continuada para que possam exercer
sua função com eficiência, mesmo porque, em primeiro lugar, eles também são
educadores porque fazem parte da sociedade humana, que é essencialmente
educadora. Por isso não escapam do papel de educadores na escola, com funções
distintas, mas educativas, sejam elas de nível ambiental, alimentar, cultural, entre
outras.
Nesse sentido, uma formação nestes moldes pressupõe um gestor e
uma equipe pedagógica conscientes da possibilidade de desenvolvimento e
aprimoramento contínuo das capacidades de todos os envolvidos na prática
educativa, seja por meio da experiência vivida na escola ou por meio da formação
continuada. O que, sem dúvida, poderá se refletir nem maiores e mais significativas
chances de se implementar na escola uma aprendizagem consciente e
emancipadora.
Organização da Hora-Atividade:
A hora-atividade deverá favorecer o trabalho coletivo dos
professores, priorizando-se o encontro de todos que trabalham na mesma área do
conhecimento para planejamento, desenvolvimento de ações voltadas para o
enfrentamento de problemáticas diagnosticadas na instituição e reflexões para
implementação de projetos e ações visando a melhoria da qualidade do ensino.
Assim também, deve ser um espaço para se planejar, executar e avaliar as ações
a serem desenvolvidas nesse período de estudos, garantindo ainda a carga horária
necessária para que o professor realize atividades pedagógicas individuais e
correção de atividades discentes. Bem como, a seu critério, atender alunos de
horário oposto para sanar dúvidas ou dificuldades encontradas em sala.
- Conselho de Classe:
O Conselho de Classe, é um órgão colegiado presente na organização
da escola, em que os vários professores das diversas disciplinas, juntamente com
os coordenadores pedagógicos, ou pedagogos, reúnem-se para refletir e avaliar o
desempenho pedagógico dos alunos das diversas turmas. Ele apresenta
segundo DALBEN (2004, p. 32), algumas características básicas que o fazem
39
diferente de outros órgãos colegiados, por exigir a participação direta dos
profissionais que desenvolvem o trabalho pedagógico com os alunos que
analisarão e discutirão o processo de trabalho de sala de aula que concretamente
se efetiva, isto é, o docente participa do Conselho de Classe trazendo o rendimento
do aluno em relação ao trabalho desenvolvido em sala de aula.
Uma das características fundamentais do Conselho de Classe é
configurar-se como espaço interdisciplinar de estudo e tomadas de decisão sobre
o trabalho pedagógico desenvolvido na escola e, nesse sentido, é um órgão
deliberador sobre os objetivos de ensino a serem alcançados, o uso de
metodologias e estratégias de ensino, critérios de seleção de conteúdos
curriculares, projetos coletivos de ensino e atividades, formas e critérios de
avaliação, adequações curriculares, entre outros.
Entretanto, é interessante salientar que, embora em algumas
composições as reuniões podem não contar com a presença do aluno, ele é a
figura central das discussões e avaliações, estando presente por meio de seus
resultados, de seus sucessos, de seus desenvolvimentos, de suas resistências, de
seus fracassos, de suas necessidades e dificuldades, postos durante os debates
nas questões da prática de ensino e de aprendizagem, objetos de discussão das
reuniões.
A figura do aluno representante de turma é importante no Conselho de
Classe, uma vez que a participação de todos os envolvidos no processo educativo,
numa inter-relação entre turnos, turmas, séries e áreas tornam-se a tônica das da
discussão das necessidades de gestão do projeto pedagógico da escola.
Essa participação de alunos representantes de turma, professores,
pedagogos e direção, entrelaçada pela análise direta de questões vividas no
cotidiano pelos diferentes profissionais na sala de aula e na escola, permitem ainda
o desenvolvimento do processo educativo pela reflexão e discussão coletiva sobre
o fazer de toda a escola. Permitindo um olhar conjunto e a percepção das
necessidades coletivas e das possíveis soluções.
Reuniões Pedagógicas:
As reuniões pedagógicas consistem num tempo reservado pela
escola para colocação e busca de soluções dos problemas existentes na escola
referentes à aprendizagem dos alunos e também ao estudo de metodologias
40
inovadoras a serem aplicadas, para a elaboração de projetos pedagógicos, entre
outros.
6.3 Concepção de Tempo Escolar:
A Escola Rural Estadual Professora Jorgina Batista de Paula – Ensino
Fundamental está organizada em séries anuais (5ª a 8ª séries/ 6º ao 9º ano),
mantendo o funcionamento no turno vespertino. O horário das aulas como prevê a
Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – 9394/96 é de 04 horas diárias, e
conta com uma carga horária mínima de 800 (oitocentas) horas, distribuídas por um
mínimo de 200 (duzentos) dias de efetivo trabalho escolar.
Assim sendo, o horário escolar deve obedecer ao tempo mínimo
estabelecido pela legislação vigente para cada uma das áreas de aprendizagens do
currículo. A partir desse critério, e em função das opções do projeto educativo da
escola, é que poderá fazer a distribuição horária mais adequada.
A escola, diante disso, está situada num determinado espaço e tem que
saber lidar com a simultaneidade e a complexidade do tempo de hoje. Ela é um
espaço de tempo de vivências democráticas, pois a vida escolar acontece num
determinado tempo e em determinado espaço, visando favorecer aos estudantes a
compreensão do movimento dialético que impregna as relações entre o homem, a
natureza e a cultura no continuum do tempo. Entretanto, para que possa exercer
essa tarefa, é preciso que a escola atente para o tempo escolar, exercendo uma
mediação pedagógica consciente, uma vez que este é entendido como o período
de vivência pedagógica dos estudantes no ambiente escolar, porque o tempo
escolar é o tempo pedagógico de aprendizagens significativas para a vida toda do
aluno.
Visando assegurar o tempo pedagógico, o currículo é definido em termos
oficiais, onde o estudante tem direito à continuidade e terminalidade de estudos, o
que envolve a definição/organização de atividades curriculares no coletivo da
escola, respeitando-se sempre o ritmo, o tempo e as experiências trazidas pelos
estudantes, por intermédio da inter e da transdisciplinaridade, para que sejam
desenvolvidas relações recíprocas entre vivências, conteúdos e realidade.
41
Portanto, é preciso que o professor defina claramente as atividades,
estabeleça a organização em grupos, disponibilize recursos materiais adequados e
defina o período de execução previsto, dentro do qual os alunos serão livres para
tomar suas decisões. Caso contrário, a prática da sala de aula torna-se
insustentável pela indisciplina que gera.
6.4 Organização Curricular utilizada:
A organização curricular utilizada é por disciplina, sendo: Língua
Portuguesa, Matemática, História, Geografia, Ciências, Educação Física, Educação
Artística e Ensino Religioso (matrícula facultativa) da Base Nacional Comum, e L.
E. - Inglês, na parte diversificada. Além destas, são ainda inseridos os temas
Sociais Contemporâneos como: Educação Ambiental, Cidadania: Ética, Moral,
Educação Sexual, Educação Fiscal e outros. E, ainda, a Educação das Relações
Étnico-Raciais e o ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana.
6.5 Concepção Curricular:
Os estudos culturais permitem conceber o currículo como um campo de
luta em torno da significação e da identidade da escola. Sob esta perspectiva, o
currículo é um artefato cultural que como “instituição” é uma invenção como
qualquer outra e como “conteúdo” é uma construção social. Como construção
social, o currículo não pode ser compreendido sem que haja uma análise das
relações de poder que fizeram e fazem com que se tenha a definição determinada
de currículo e não outra, que fizeram e fazem com que o currículo inclua um tipo
determinado de conhecimento e não outro.
Desse modo, o currículo escolar de acordo com as Diretrizes
Curriculares da Educação Básica para a Rede Pública Estadual de Ensino (2003-
06) deve apontar horizontes bem definidos, propostas claras e decisão firme para
implementar uma política educacional de qualidade. Assim, o conceito de currículo
remete, necessariamente, à reflexão sobre para que serve, a quem serve e que tipo
de sujeito forma. Diante disso, o currículo é visto como uma práxis antes que um
objeto estático. Mesmo porque, ele emana de um modelo coerente de pensar a
42
educação ou as aprendizagens necessárias dos educandos e não se esgota na
parte explícita do projeto de socialização cultural nas escolas. O currículo também
reagrupa à sua volta uma série de subsistemas ou práticas diversas, entre as quais
o fazer pedagógico na instituição escolar e os saberes a serem socializados.
Portanto, diante de sua missão, a escola, através do currículo, passa a
trabalhar um projeto de educação para a vida, devendo ser uma organização que
aprenda e que seja capaz de ensinar. O que exigirá do aluno um comportamento
ativo e livre no processo de aprendizagem, dando-lhe uma sensação de
autodireção e decisão.
Conforme a Lei e Diretrizes e Bases da Educação Nacional – 9394/96,
em seu Art. 27, os conteúdos curriculares da educação básica serão direcionados
no sentido de difundir valores fundamentai ao interesse social, aos direitos e
deveres dos cidadãos, respeito ao bem comum e à ordem democrática, entre
outros.
Nesse sentido, o currículo deve ser entendido como um espaço de
construção social que enfatize precisamente o caráter construído e interpretativo
do conhecimento, procurando proporcionar ao educando os saberes necessários `a
sua vida em sociedade; resgatando os valores fundamentais da vida, do
conhecimento e do trabalho, e motivando as pessoas a vivê-los de forma mais
intensa.
Portanto, o currículo é o orientador das práticas educativas na escola e
por isso está em constante mudança devido a fatores de ordem epistemológica –
social (mudanças que ocorrem no campo das ciências) e de também de ordem
sistêmica.
6.6 Avaliação:
A avaliação sendo um espaço caracterizado pela multiplicidade, tema
polissemia como um traço marcante das interações estabelecidas.
Freqüentemente a avaliação se fundamenta, segundo ESTEBAN (1999,
p. 6), “na fragmentação do processo de ensino e aprendizagem e na classificação
das respostas dos alunos a partir de um padrão predeterminado, relacionando a
diferença ao erro e a semelhança ao acerto”.
43
A avaliação escolar, nesta perspectiva excludente, silencia as pessoas,
suas culturas e seus processos de construção de conhecimentos e, desvalorizando
saberes, fortalece a hierarquia que está posta.
Nesse sentido o que se pretende na Escola Rural Estadual Jorgina
Batista de Paula -Ensino Fundamental será a realização de uma prática avaliativa
que coloque o diálogo no centro do processo de ensino e aprendizagem que jogue
luz sobre as pontes que conectam os territórios artificialmente isolados,
substituindo a interpretação unívoca, de natureza excludente que propõe a
avaliação como um processo articulado pela distinção entre o erro e o acerto, por
uma orientação dialógica, que pressupõe inclusão da multiplicidade de saberes,
eliminando a classificação.
A avaliação, sob esta ótica, será realizada de forma diagnóstica,
cumulativa e contínua, com o intuito de se buscar solucionar os problemas
detectados pela redefinição dos métodos e estratégias de ensino.
Entretanto, para a promoção dos alunos ainda se fará uso das notas,
mas atingidas nas mais diferentes modalidades de avaliação, tendo como média
mínima por disciplina para aprovação o referencial 6,0 (seis). Isto após a apuração
do rendimento final de aproveitamento (média 6,0) e freqüência que deverá ser
igual ou superior a 75% (setenta e cinco por cento).
A recuperação de estudos se fará de forma paralela, sempre que se fizer
necessário, sendo os alunos de 5ª série quando apresentarem dificuldade em
Língua Portuguesa e Matemática, encaminhados à Sala de Apoio à aprendizagem.
Na referida escola não haverá recuperação final, devido ao fato desta
ser realizada paralela e continuamente.
- Plano da escola no que se refere à:
- Adaptação:
Havendo necessidade, devido a transferências recebidas de
outros
municípios ou estados, o aluno será submetido ao processo de adaptação nas
disciplinas que não constam da grade curricular por ele estudada.
- Classificação:
44
De acordo com a Deliberação nº 01/99 – CDE/SEED, a Classificação
tem caráter pedagógico e exige as medidas administrativas que resguardem o
direito dos alunos, das escolas e dos profissionais. Para isso na escola em questão
serão feitas avaliações diagnósticas documentadas pela Equipe Pedagógica ou
pelo professor, comunicação ao aluno ou responsável para consentimento do
processo; organização de uma comissão para efetivação do mesmo; arquivo das
atas, trabalhos, provas ou outros instrumentos avaliativos utilizados e registro dos
resultados no histórico escolar do aluno.
- Reclassificação:
Conforme a Deliberação nº 01/99 – CDE/SEED, para a Reclassificação o
aluno deverá estar matriculado no estabelecimento de ensino, levando em conta
as normas curriculares gerais, a fim de encaminhá-lo ao período de estudos
compatível com sua experiência e desempenho, independentemente do que
registre o seu histórico escolar.
O resultado da reclassificação será registrado em ata, devendo integrar
a Pasta Individual do aluno e ser registrado no Relatório Final e no seu Histórico
Escolar.
- Progressão Parcial
A Escola Rural Estadual Jorgina Batista de Paula, não oferta aos seus
alunos matrícula com progressão parcial, mas as transferências recebidas de
alunos com dependência em até três disciplinas serão aceitas e deverão ser
cumpridas mediante plano especial de estudos.
- Procedimentos de informações aos Pais:
Para informação aos pais sobre os resultados escolares dos alunos
serão adotadas como medidas: reuniões, conversas particulares, boletins
informativos, etc. Mas vale salientar que tais medidas servirão também para
informar qualquer outro assunto de interesse dos mesmos.
45
7. MARCO OPERACIONAL
7.1 Linhas de Ação da Escola Rural Estadual Professora Jorgina Batista de
Paula – Ensino Fundamental.
As linhas de ação da Escola Rural Estadual Professora Jorgina Batista
de Paula – Ensino Fundamental terão como base os eixos norteadores da
educação, a Lei de Diretrizes e Base da Educação LDB 9394/96 e as Diretrizes
Curriculares para a Educação de Campo. Com a aprovação da Constituição
Federal de 1988 a educação se destacou com um direito de todos. E com a LDB
9394/96 há o reconhecimento da diversidade do campo. Nessa perspectiva,
vislumbrará ações para:
-Contribuir para que nas suas diferentes disciplinas, a educação
aconteça de forma que todos se tornem participantes do processo ensino e
aprendizagem em igualdade de condições, para que o acesso ao conhecimento,
ocorra de forma que mantenha seu vínculo com a realidade escolar e assegurando
o desenvolvimento intelectual dos alunos.
- Partir dos saberes experienciados pelos educandos e do conhecimento
universal historicamente acumulado pela humanidade, respeitando a diversidade
dos sujeitos do campo e da cidade, trabalhando as diferenças de modo a
reconhecê-las e valorizá-las.
Abrir espaço ao diálogo, para que os educandos possam ouvir e ser
ouvidos, como forma de se conhecer as esperanças, lutas, trajetórias e
especificidades culturais que os caracterizam.
Dar lugar aos saberes e fazeres populares e ao bom senso presente
no senso comum, estabelecendo diálogos pedagógicos intelectuais, de forma mais
reflexiva e menos excludente.
Proporcionar reflexões e reestruturação política de estratégias
educativas, a fim de se garantir condições indispensáveis para o
acesso e permanência do aluno na escola, principalmente dos que
apresentam necessidades educativas especiais.
- Gerenciar os resultados do Projeto Político-Pedagógico.
- Buscar formas de planejamento com a participação do colegiado.
46
- Buscar parcerias para palestras.
- Manter uma reflexão permanente sobre “A escola que temos e a
escola que queremos”.
- Desenvolver Projetos.
- Manter a organização, a disciplina, o respeito como os pilares para
uma educação de qualidade.
- Proporcionar pesquisa, capacitação.
- Elaborar projetos de formação e crescimento dos funcionários.
- Trabalhar liderança.
- Executar trabalhos artísticos e corporais (grupo de danças e
teatro).
- Planejar coletivamente.
- Realizar auto-avaliação mensal de alunos e professores –
revezamento.
- Cultivar o respeito, afeto e amizade através de debates, discussões,
derrubar barreiras, criação elo de amizade, união etc.
- Realizar eventos extra-classe: concurso de teatro, desenho, redação,
gincanas sociais, esportivas, culturais.
- Realizar avaliação periódica do rendimento escolar.
- Estudar e planejar atividades durantes as hora atividades com
objetivo de melhorar cada vez mais seu trabalho docente.
- Reelaborar as normas da instituição.
7.1.1 Avaliação Escolar:
É sabido que há necessidade de uma postura político-pedagógica na
escola à luz de uma outra perspectiva de sociedade. Para isso a escola procurará
pensar em novas metodologias e novas formas de abordagem do processo ensino-
aprendizagem , que antes de tudo, assegurem a permanência do aluno na escola e
garantam a terminalidade educacional, viabilizando assim a formação do futuro
cidadão. Diante disso, promoverá uma educação onde todos os alunos possam
desenvolver sua criticidade, para que venham a ser pessoas ativas em seu meio
social, conscientes de seus direitos e deveres.
47
A avaliação não será entendida como um elemento isolado, um apêndice
do processo ensino-aprendizagem, mas sim como componente que deve estar
estritamente ligado e interagindo com todos os outros componentes do processo.
Ela será compatível com os objetivos da escola, com o planejamento e com a
metodologia utilizada.
A metodologia utilizada na escola e a avaliação serão duas práticas
complementares e articuladas entre si, em um processo constante de trocas e
superações.
Desse modo, a avaliação não vislumbrará simplesmente uma forma de
dar notas ao aluno, mas será aplicada como um elemento de diagnose e
reestruturação de todo o processo educacional. Para isso a importância da
aplicação de várias avaliações, além de outros instrumentos, como avaliação
recíproca, auto-avaliação, participação do aluno, produções, teatros, portifólios, etc.
Cada passo do aluno rumo à construção do seu conhecimento será avaliado,
reformulado e ensejará condições para que se dê o passo seguinte, e assim
sucessivamente, conforme as disponibilidades e recursos dos professores. Porém,
para que isso ocorra é necessário uma mudança, uma tomada de posição por parte
dos educadores, para que realmente se consiga uma escola que concretize o
objetivo de formar um cidadão no gozo da plenitude de sua cidadania, inserido em
uma sociedade mais justa e humanitária.
A avaliação da aprendizagem sob este contexto, será um ato amoroso,
por incluir o educando no curso do processo ensino-aprendizagem com qualidades
satisfatórias, integrando-o num grupo de iguais. Diante dessas premissas, é esta a
proposta que a escola pretende seguir, uma vez que o diagnóstico por meio de
uma avaliação diagnóstica, contínua e cumulativa, permite direcionar ou
redirecionar o processo ensino-aprendizagem para a obtenção de melhores
resultados.
7.1.2 Proposta de Recuperação Paralela:
48
A Recuperação Paralela será realizada sempre que se constatar a
necessidade da mesma para que o aluno atinja os objetivos propostos pelos
professores e se aproprie dos conteúdos necessários ao seu rendimento escolar.
7.1.3 Avaliação, gerenciamento e otimização dos Recursos
Financeiros:
Na referida escola, a avaliação dos recursos financeiros será
interna, realizada pelas instancias colegiadas em reuniões especialmente
convocadas, terá como objetivo a análise, orientação e reformulação, se
necessário, dos procedimentos utilizados e terá como meta o aprimoramento da
qualidade de ensino.
A avaliação, nesse sentido, será realizada através de procedimentos
definidos pela escola e externos, pelos órgãos supervisores (SEED e NRE) e
sustentada por procedimentos de observações e registros contínuos, para permitir
o acompanhamento sistemático e continuo do uso de tais recursos para o
processo ensino-aprendizagem nos diferentes momentos de trabalho educacional.
7.1.4 Organização da Hora-Atividade:
A hora-atividade, ou seja, o percentual de 20% da carga horária sobre o
total de horas assumidas pelo professor em efetiva regência de classe, que
foi instituída pela Resolução nº 305/200, será na referida escola, o tempo reservado
ao professor em exercício de docência, para estudos, avaliação, planejamento ou
atendimento aos pais, alunos e comunidade, terá para tanto, sua organização, de
acordo com as exigências que venham favorecer o trabalho pedagógico,
procurando promover o encontro por disciplina. Quando da impossibilidade do
encontro por área, série ou disciplina, a hora-atividade será organizada por
professor, de uma forma mais individual.
7.1.5 Reuniões Pedagógicas:
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As Reuniões Pedagógicas estão previstas no Calendário Escolar
nos meses de abril, setembro, novembro; com professores, pais, alunos,
pedagogos, diretores e funcionários. Entretanto, visando o bom andamento dos
trabalhos escolares estas serão realizadas sempre que se fizer necessário a
fim de proporcionar uma educação de qualidade.
7.1.6 Estratégias da escola para a articulação e participação da
Família e comunidade:
Para a articulação e participação da família e da comunidade nesta
instituição escolar, serão realizadas reuniões semestrais de acompanhamento,
palestras, festividades, atividades artísticas envolvendo-os juntamente com os
alunos, grupos de estudos com pais, etc.
Mas em situações que envolvem problemas com procedimentos
indisciplinares, de higiene, de acompanhamento escolar e da saúde física e mental,
as famílias e a comunidade, junto com os pedagogos, devem ir construindo juntos
as alternativas de mudança. A troca de informações possibilita a descoberta de
significados comuns, na tentativa de se encontrar soluções para os problemas.
Porém, com o cuidado especial a ser tomado quando se observar uma família é o
de não ir com um modelo daquilo que a família “deve” ou não “deve” fazer. Não se
deve ir com soluções prontas, pois além de ineficiente isto desconsidera a
capacidade da família de encontrar soluções para os seus problemas, dentro do
mundo em que vivem, com suas possibilidades e limitações.
7.1.7 Relações entre os aspectos administrativos e pedagógicos:
Haverá, na referida escola uma interação entre as instâncias
administrativas e pedagógicas, no sentido de se promover um trabalho
coletivo, visando o bom andamento da instituição, visto que não existem
individualidades na escola, uma vez que ela deve ser um todo, um local onde
50
todos trabalham visando um mesmo fim, que é o de se obter uma educação de
qualidade.
7.2 Papel e participação das Instâncias Colegiadas:
- Grêmio Estudantil:
O Grêmio é a organização que representa os interesses dos
estudantes na escola. Ele permite que os alunos discutam, criem e
fortaleçam inúmeras possibilidades de ação tanto no próprio ambiente
escolar como na comunidade
O Grêmio é também um importante espaço de aprendizagem,
cidadania, convivência, responsabilidade e de luta por direitos.
Objetivos
Por isso, é importante deixar claro que um de seus principais objetivos é
contribuir para aumentar a participação dos alunos nas atividades de sua
escola, organizando campeonatos, palestras, projetos e discussões,
fazendo com que eles tenham voz ativa e participem – junto com pais,
funcionários, professores, coordenadores e diretores – da programação e
da construção das regras dentro da escola.
- Conselho Escolar:
O Conselho Escolar como, órgão colegiado de natureza consultiva, deliberativa
e fiscalizadora, com o objetivo de estabelecer para o âmbito da Escola critérios
relativos a sua ação, organização, funcionamento e relacionamento com a
comunidade nos limites da legislação vigente e compatível com as Diretrizes e
Politicas Educacionais traçados pela Secretaria de Estado de Educacão
Desse modo, fazendo uso de suas funções, o Conselho Escolar, que
contará também com a participação de pais e alunos, atuará no âmbito da tomada
51
de decisões e da emissão de pareceres relativos às diretrizes e linhas gerais das
ações pedagógicas, administrativas e financeiras da escola e, ainda no
acompanhamento das ações educativas desenvolvidas pela unidade escolar,
objetivando a identificação de problemas, propondo alternativas para a melhoria de
seu desempenho, garantindo a transparência do processo pedagógico,
administrativo e financeiro, entre outros.
- Conselho de Classe:
O Conselho de Classe sendo a instância deliberadora de grande força
nas decisões da escola, deverá buscar soluções aos problemas detectados
pelos alunos a fim de se conseguir sua recuperação e, consequentemente, uma
aprendizagem real e duradoura.
Nesse sentido, cabe aos profissionais envolvidos no Conselho de Classe
desenvolver ações no sentido de fazer realidade a idealização dos objetivos,
estratégias e metodologias de ensino a serem adotadas, de projetos coletivos, de
critérios de avaliação e acompanhamento dos alunos, de informação aos pais, de
adaptações curriculares aos portadores de necessidades educacionais especiais,
de propostas de estudos complementares, entre outras.
Como uma instância coletiva de avaliação do processo de ensino
e aprendizagem, o Conselho de Classe deverá contar com a presença de alunos
representantes de turma para que todos juntos possam refletir essas concepções,
assim como as limitações e contradições próprias a elas, uma vez que é o
posicionamento coletivo que dará seu contorno político.
- APMFs:
A APMF da escola, estando legalmente constituída, terá
em seus quadros pessoas idôneas e apresentará um plano de trabalho compatível
com os princípios da Lei nº 8.069/90.
Assim, dentre suas inúmeras funções, a APMF da referida escola terá o
poder de atuar junto à direção no sentido de prestar serviços de controle, compra
de materiais, fiscalizar e aplicar as verbas do PDDE (Programa Dinheiro Direto na
52
Escola) e, além disso, promover eventos na busca de recursos financeiros para a
instituição.
8.3 Definição das ações referentes à Formação Continuada:
8.3.1 Plano de Formação continuada aos Professores:
1. Objetivos:
- Proporcionar adequação do tratamento metodológico;
- Buscar a adequação dos procedimentos avaliatórios e recuperativos de
acordo de acordo com as novas diretrizes curriculares;
- Vislumbrar formas de promoção da interdisciplinaridade;
- Desenvolver hábitos de estudo e pesquisa;
- Promover formas de combate à indisciplina.
- Melhoria das relações interpessoais num âmbito geral;
2. Metas/Ações:
Promoção, principalmente nas horas - atividades de
capacitação profissional dos docentes mediante estudo, análise e discussão acerca
de textos subsidiários, troca de experiências, elaboração de projetos, diagnóstico
dos problemas detectados e o levantamento das possíveis soluções a
determinadas questões postas em pauta; tendo como ponto de partida a reflexão
sobre a prática para o florescimento e desenvolvimento de novas práticas
pedagógicas frente aos interesses e necessidades de nossos educandos.
OBS.: Há ainda que se colocar o grupo de estudos realizado por
disciplinas entre os professores de acordo com as datas pré-estipuladas pelo NRE
ou pelo Estado.
3. Pessoas envolvidas:
53
- Professores, pedagogos e diretor
4. Responsabilidade:
- A responsabilidade pela formação continuada será da Equipe
Pedagógica em colaboração com o diretor.
5. Cronograma:
Meses /2011
Atividades FEV MAR AB MAI JUN JUL AG SET OUT NOV DEZ
Grupos de Estudo em hora-atividade
X X X X X X X X X X X
Grupos de Estudos aos sábados.
X X X X X X X X X X X
6. Recursos:
Materiais:
- Livros, apostilas, revistas, internet, computador, sulfites, lápis, canetas
borrachas, entre outros.
Físicos:
- Dependências da Escola Rural Estadual Professora Jorgina Batista de
Paula – Ensino Fundamental: Biblioteca, salas de aula.
8.3.2 Plano de ação para formação continuada dos Funcionários:
1. Objetivos:
- Melhoria das relações interpessoais num âmbito geral;
- Resgate da auto-estima;
- Promover a participação efetiva em todos os eventos promovidos pela
escola;
54
- Estimular a participação nas deliberações referentes ao bom
andamento dos trabalhos na instituição escolar.
2. Metas e Ações:
Reuniões freqüentes, palestras sobre motivação, estudos referentes à
sua área de trabalho dando oportunidade para que avaliem e se auto-avaliem como
profissionais, visando um melhor aprimoramento e, consequentemente, melhor
rendimento em cada setor.
3. Pessoas envolvidas:
- Funcionários, pedagogos e diretor.
4. Responsabilidade:
- A responsabilidade pela formação continuada será da Equipe
Pedagógica em colaboração com o diretor.
5. Cronograma:
Meses /2011
Atividades FEV MAR AB MAI JUN JUL AG SET OUT NOV DEZ
Grupos de Estudo X X X XPalestras X XReuniões X X X X X X X X X X X
10 Recursos:
- Materiais:
55
- Livros, apostilas, revistas, internet, computador, sulfites, lápis, canetas
borrachas, entre outros.
- Físicos:
- Dependências da Escola Rural Estadual Professora Jorgina Batista de
Paula – Ensino Fundamental: salas de aula.
8.3.3 Proposta de formação continuada para Alunos Representantes de
Turma e Conselheiros Escolares:
Para que o Conselheiro e os Alunos Representantes de Turma possam
exercer bem sua função é fundamental que conheçam:
- o Conselho: seu significado e papel;
- o papel do Conselheiro e o significado da representação;
- a escola como organização e seu Projeto Político-Pedagógico;
- a legislação educacional básica;
- o sistema de ensino (do Estado), princípios e normas;
- o significado da participação – a pertença da escola à cidadania;
Para consolidar a efetiva atuação dos Conselhos Escolares e
Representantes de Turma torna-se necessário, portanto, promover encontros para
troca de experiências, idéias e discussão a respeito de suas funções, problemas
cotidianos buscando por possíveis soluções.
8.3.4 Proposta de Formação Continuada para Pais:
Reuniões bimestrais e palestras semestrais voltadas para a
conscientização acerca da necessidade de participação efetiva na vida escolar dos
filhos.
56
8.4 Atividades escolares, em geral, e as ações didático-
pedagógicas a serem desenvolvidas durante o tempo escolar:
*Projetos:
- Projeto Meio Ambiente, Agenda 21, COPs, FERA, ComCiência.
- Projeto ”Novos talentos”.
- Projeto Sexualidade, DST, Doenças Sexualmente Transmissíveis
e AIDS (esclarecimento sobre pontos obscuros de doenças, encontros, debates,
pesquisas, exposições dialogadas, apresentação de vídeos e campanhas
preventivas, combate a preconceitos), interligados à Proposta Curricular.
- Projeto Fica Comigo.
- Trabalho interdisciplinar com a cultura afro-brasileira e africana.
8.5 Qualificação dos Espaços Pedagógicos:
- Salas:
- Salas de aula: melhoria nas salas de aulas no que se refere à
iluminação, colocação de armários para os professores, som ambiente, decoração.
- Sala dos professores: decoração ambiental, painel com as metas
mensais, aniversariantes, música ambiente, entre outros.
8.6 Plano de avaliação dos pedagogos, professores e funcionários:
Os profissionais que fazem parte da instituição escolar serão avaliados
bimestralmente através de uma enquete realizada com os diversos segmentos da
comunidade escolar e de uma auto-avaliação.
8.7 Acompanhamento e avaliação do Projeto Político-Pedagógico:
57
A avaliação geral do Projeto Político-Pedagógico se dará bimestralmente
pela análise anual da atuação dos docentes, pedagogos e funcionários mediante o
desempenho dos próprios alunos e de uma enquete realizada com os diversos
segmentos da comunidade escolar: APMF, Conselho Escolar, alunos etc.
- Plano de acompanhamento da Proposta Pedagógica, da Gestão
Democrática e de informação à comunidade:
A Proposta Pedagógica e o processo de Gestão Democrática serão
acompanhadas bimestralmente pela Equipe Pedagógica e submetidas à
apreciação do Conselho Escolar para uma retomada de posição e possíveis
intervenções frente aos pontos negativos encontrados, visando a melhoria da
qualidade de ensino.
A comunidade será informada sobre a proposta pedagógica e sua
implementação através de boletins informativos e reuniões.
9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
ARCO-VERDE, Yvelise Freitas de Souza. Diretrizes Curriculares da Educação Básica para a Rede Pública Estadual de Ensino. Curitiba: SEED-PR, 2003-06.
BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – 9394/96. Brasília: MEC/SEF, 1997.
BRASIL. Conselho Nacional de Educação. Diretrizes Curriculares Nacionais. Educação Básica. Brasília: Câmara da Educação Básica, 2004.
BRASIL. Resolução nº 305/2004 – SEED – Lei Estadual nº 13.807 de 30/09/2002.
BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais – Introdução. Brasília: MEC/SEF, 1998.
BRASIL. APMF. Lei n. 8.069/90.
58
BOFF, L. Projetos políticos e modelos de cidadania. In: BOFF, L. Depois de 500 anos: que Brasil queremos? Petrópolis: Vozes, 2000.
CALDART, Roseli S. Por uma educação do campo: traços de uma identidade em construção. In.: Educação do Campo: identidade e políticas públicas. Caderno 4 Brasília: Articulação Nacional. “Por uma Educação do Campo”. 2002.
DALBEN, A. I. L. de F. O que é o conselho de classe? In: Conselhos de Classe e avaliação: perspectivas na gestão pedagógica da escola. Campina, SP: Papirus, 2004.
DIÁCOMO, Murilo José. Promotor de Justiça integrante do Centro de Apoio Operacional das Promotorias da Criança da Criança e do Adolescente do Estado do Paraná. 2005.
ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE. Curitiba: Centro Brasileiro para a Infância e Adolescência, 1990.
ESTEBAN, M. T. Avaliação do cotidiano escolar. In: ESTEBAN, M. T. (org.). Avaliação: uma prática em busca de novos sentidos. Rio de Janeiro: DP&A, 1999.FERREIRA, Francisco W. Planejamento Sim e Não. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1985.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: Saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 2005.
GUSMÃO, N. M. M. Diversidade, Cultura e Educação: Olhares Cruzados. São Paulo: Biruta, 2003.
MRECH, Leny Magalhães. Psicanálise e Educação: Novos operadores de leitura. São Paulo: Pioneira, 1999.
PIMENTA, S. G. O Projeto pedagógico e identidade da escola. Revista Educação e Formação. UNITAU, 1998.
PINTO (1994). Material elaborado por um grupo de professores.
59
SANTOMÉ, J. Torres. A organização relevante dos conteúdos nos currículos. In: DAWBOR, Ladislau; IANNI, Otávio; REZENDE, Paulo E. A.(orgs.). Desafios da Globalização. Petrópolis, RJ: Vozes, 1998.
SEVERINO, A. J. A escola e a construção da cidadania. Sociedade Civil e Educação. Campinas, SP: Papirus: Cedes; São Paulo: Ande, Anped. 1992.
SILVA, Maria Abádia. Educadores e educandos: tempos históricos. Brasília: MEC/SEB, 2005.
VALENTE, J. A. Educação ou aprendizagem ao longo da vida? Revista Pátio. Ano VIII, n. 31, agos./out. 2004.
______. A espiral da aprendizagem e as tecnologias da informação e comunicação: repensando conceitos. In: JOLY, M. C. (Ed). Tecnologia no ensino: implicações para a aprendizagem. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2002.
VEIGA, I.P.A. Perspectivas para reflexão em torno do projeto político-pedagógico. In: VEIGA, I. P. A.; REZENDE, L. M. G. de (orgs.). Escola: espaço do projeto político-pedagógico. Campinas, SP: Papirus, 1998.
60
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR
61
INTRODUÇÃO
O Ensino Fundamental possui um caráter obrigatório e gratuito no
atendimento escolar, constituindo assim, um direito público subjetivo. Nesse
sentido, a função da escola fundamental é proporcionar aos alunos oportunidades
de aprendizagem que viabilize a tomada de consciência das operações que
mobilizam durante a aprendizagem e que contribua para a compreensão de
conceitos-chaves que explicitem seu mundo e seu tempo.
Diante disso, a escola procurará zelar pela aprendizagem de todos os
seus alunos, independente das condições sociais, econômicas e culturais, com
encaminhamentos pedagógicos que contemplem todos os alunos no processo de
ensino e de aprendizagem. Assim como garantir o acesso e a permanência na
escola de todos esses alunos, para isso, deve estabelecer uma proposta de ensino
que reconheça e valorize práticas culturais de tais sujeitos, sem perder de vista o
conhecimento historicamente produzido que constitui em patrimônio de todos.
Por isso, deve contemplar em sua proposta curricular os eixos
norteadores como a valorização da cultura dos povos do campo, a formação
humana e o acesso à cultura geral para uma participação política e ética de seu
tempo; repensar a organização dos saberes escolares, bem como os tempos e os
espaços pedagógicos e a História e Cultura Afro-Brasileira e Africana, conforme
estabelece a Lei nº 10.639/2003. E, ainda, proporcionar a articulação da
diversidade sócio-cultural com necessidades educativas especiais, prevendo
formas de atender às necessidades de sua comunidade, partindo da realidade dos
educandos.
Diante disso, o coletivo dos professores tem o compromisso com a
universalização dos bens materiais e simbólicos, o que exige a ampliação do seu
campo de atuação para além dos conteúdos escolares.
62
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR
Disciplina: Arte
Anos Finais do Ensino Fundamental
Apresentação da Disciplina:
Em 1971 foi promulgada a Lei Federal n° 5692/71, que no seu artigo 7°,
determina a obrigatoriedade do ensino da arte nos currículos do Ensino
fundamental (a partir da 5ª série).
Através de um processo iniciado em 1988 na prefeitura de Curitiba, é
elaborado em 1990, o Currículo Básico para a Escola Pública do Paraná no ensino
de 1° e 2º graus. Esse documento teve na pedagogia histórico – crítica o seu
princípio norteador e intencionava fazer da escola um instrumento que contribuísse
para a transformação social. Nesse currículo, o ensino de Arte retoma o seu caráter
artístico e estético visando a formação do aluno pela humanização dos sentidos,
pelo saber estético e pelo trabalho artístico.
A nova LDB 9395/96 mantém a obrigatoriedade do ensino de Arte nas
escolas de Educação Básica. Nesse período também houve mudanças nos cursos
de graduação em Educação Artística que passaram a ser licenciatura plena em
uma habilitação específica.
A disciplina de Artes no Ensino Fundamental e Médio contempla as
linguagens das artes visuais, da dança, da música e do teatro e os conteúdos
estruturantes selecionados por essa disciplina vem constituir a base para a prática
pedagógica. Articulados entre si, esses conteúdos estruturantes compreendem
todos os aspectos do objeto de estudos e oferecem possibilidades de organização
dos conteúdos específicos.
Os conteúdos estruturantes na organização da disciplina de Arte não podem
ser vistos como elementos limitadores ou segmentados, pois todos eles: elementos
básicos das linguagens artísticas, produções / manifestações artísticas e elementos
contextualizadores, elementos formais, composição, movimentos e períodos,
apresentam uma unidade interdependente; além de permitir uma correspondência.
63
- Elementos Básicos das Linguagens Artísticas. Esse conteúdo estruturante
estará presente em todas as linguagens artísticas, desdobrando-se em conteúdos
específicos em cada uma delas.
- Produções / Manifestações Artísticas. Esse conteúdo estruturante também
vai estar presente em todas as linguagens artísticas, configurando-se na
organização e articulação dos elementos básicos das mesmas na forma de
composição, improvisação ou interpretação, ou seja, nas produções /
manifestações percebidas pelos sentidos humanos.
- Elementos Contextualizadores: Abrangem a contextualização histórica
(social, política, econômica e cultural). Esse conteúdo estruturante estará
permeando a prática pedagógica do professor em todas as linguagens artísticas.
- Elementos formais: eles são a matéria-prima para a produção artística e o
conhecimento em arte.
- Composição: é a produção artística, ela acontece por meio da organização
e dos desdobramentos dos elementos formais.
- Movimentos e períodos: esse conteúdo tem por objetivo revelar o
conteúdo social da arte por meio dos fatos históricos, culturais e sociais.
- Tempo e espaço: este conteúdo estruturante tem dupla dimensão, ele é
uma categoria articuladora na Arte e tem um caráter social.
No ensino da arte, exige reflexões que contemplem a arte como área de
conhecimento e não meramente como meio para o destaque de dons inatos,
desenvolvimento do sujeito frente a uma sociedade construída historicamente e em
constante transformação.
Houve muitos avanços no processo histórico recente para efetivar uma
transformação no ensino da arte.
Neste contexto é que foram sancionadas as Leis nº 10.639/03, que trata da
“História e Cultura Afro-Brasileira e Africana” e nº 11.645/08, que estabelece no
currículo a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileia e
Indígena”.
64
Essas balizam as discussões em Artes, pois é na associação entre a Arte e
a Cultura que se dão as reflexões sobre a diversidade cultural e as produções e
manifestações culturais que dela decorrem.
Cultura diz respeito à humanidade como um todo e ao mesmo tempo a cada
um dos povos, nações, sociedades e grupos humanos. Cada realidade cultural tem
sua lógica interna, a qual devemos procurar conhecer para que façam sentidas as
suas práticas, costumes, concepções e as transformações pelas quais essas
passam. Entendido assim, o estudo da cultura contribui no combate a
preconceitos, oferecendo uma plataforma firme para o respeito e dignidade nas
relações humanas.
Objetivos Gerais:
Ampliar o repertório cultural do aluno a partir dos conhecimentos estéticos,
artístico e contextualizado, aproximando-o do universo cultural da humanidade nas
suas diversas representações.
Promover conhecimentos de arte aos alunos, buscando contribuir com o
fortalecimento de experiências sensíveis e criativas para as identidades artísticas.
Criar formas singulares de pensamentos, apreender e expandir suas
potencialidades criativas.
Possibilitar aos educandos o acesso às obras artísticas, música, dança,
teatro e artes visuais para que os mesmos possam familiarizar-se com as diversas
formas de produção de arte.
Aproximar o aluno no universo artístico explorando os conteúdos sobre a
contribuição artística da cultura africana.
Propiciar um novo contato com a cultura africana através de contextos
sociais, para uma valorização da diversidade étnica brasileira.
Justificativa:
65
O ensino da Arte amplia os conhecimentos e experiências do aluno e o
aproxima das diversas representações artísticas do universo cultural histórica /
constituído pela humanidade, porém deve basear-se num processo de reflexão
sobre a finalidade da Educação adquirindo conhecimentos sobre a diversidade de
pensamento e de criação artística para expandir sua capacidade de criação e
desenvolver o pensamento crítico.
Como conhecimento da realidade, a arte deve revelar aspectos do real em
sua relação com a individualidade humana, tornando-se objeto específico da arte,
pois apresenta uma visão de mundo social / construída, através da maneira
específica com que a percepção do artista a apreende.
Sendo assim, as linguagens artísticas darão ao aluno condições de traduzir
a leitura da realidade, o conhecimento, a compreensão do mundo humano que o
cerca.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Os conteúdos estruturantes são conhecimentos de maior amplitude,
conceitos que se constituem em partes importantes, basilares e fundamentais para
a compreensão de cada uma das áreas de Arte. Como elementos da cultura, que
são observados nas produções humanas e na natureza, eles são à matéria-prima
para a produção artística e o conhecimento em arte.
O conhecimento em arte tem por objetivo revelar o conteúdo social da arte
por meio dos fatos históricos, culturais e sociais.
O caráter social é relevante pelo fato da arte alterar a noção de tempo e
espaço do ser humano, em toda a história e particularmente a do jovem do século
XXI, com as novas tecnologias dos meios de comunicação.
Todos os conteúdos estruturantes estão presentes nas linguagens
artísticas, desdobrando-se em conteúdos específicos em cada uma delas
configurando-se na organização e articulação dos elementos básicos das mesmas
na forma de composição, improvisação ou interpretação, ou seja, nas produções /
manifestações recebidas pelos sentidos humanos, ao mesmo tempo que constrói
66
uma possível relação entre elas e permite uma melhor apreensão dos conteúdos
em Arte.
Dentro dos conteúdos estruturantes são desenvolvidas atividades
relacionadas ao Projeto Fera e atividades desenvolvidas da arte indígena e da
cultura – afro.
Elementos Formais:
No conteúdo estruturante elementos formais, o sentido da palavra formal
está relacionado à forma propriamente dita, ou seja, aos recursos empregados
numa obra. São elementos da cultura presentes nas produções humanas e na
natureza; são matéria-prima para a produção artística e o conhecimento em arte.
Esses elementos são usados para organizar todas as áreas artísticas e são
diferentes em cada uma delas.
Composição:
Composição é o processo de organização e desdobramento dos elementos
formais que constituem uma produção artística, onde ao participar de uma
composição, cada elemento visual configura o espaço de modo diferente e, ao
caracterizá-lo, os elementos também se caracterizam.
Com a organização dos elementos formais, por meio dos conhecimentos de
composição de cada área de Arte, formulam-se todas as obras, sejam elas visuais,
teatrais, musicais ou dança, na imensa variedade de técnicas e estilos.
Movimentos e Períodos:
O conteúdo estruturante movimentos e períodos se caracteriza pelo
contexto histórico relacionado ao conhecimento em Arte. Esse conteúdo revela
aspectos sociais, culturais e econômicos presentes numa composição artística, e
explicita as relações internas ou externas de um movimento artístico em suas
especificidades, gêneros e correntes artísticas.
67
Facilitando a aprendizagem do aluno e ampliando a compreensão do
conhecimento em arte, esses conteúdos estruturantes deve estar presente em
vários momentos do ensino, porém o professor deve mostrar as relações que cada
movimento e período de uma determinada área de arte, estabelece com as outras
áreas, e como apresentam características em comum, coincidindo ou não com o
mesmo período histórico.
CONTEÚDOS BAŚICOS DA DISCIPLINA DE ARTE
Os Conteúdos Básicos são conhecimentos fundamentais para cada série da
etapa final do Ensino Fundamental, sendo que os conteúdos básicos para esta
disciplina, estão organizados por área e de forma seriada. Devido ao fato dessa
disciplina ser composta por 4 áreas (artes visuais, música, teatro e dança),
compreendendo a relação que existe entre os diversos campos do conhecimento.
Quadro de conteúdos por série:
5ª SÉRIE
Área Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos
Música
Elementos Formais
Altura
Duração
Timbre
Intensidade
Densidade
Composição
Ritmo
Melodia
Escalas:diatônica,
pentatônica, cromática
Improvisação
Movimentos e períodos Greco-Romana
Oriental
68
Ocidental
Africana
Artes Visuais
Elementos Formais
Ponto
Linha
Textura
Forma
Superfície
Volume
Cor
Luz
Composição
Bidimensional
Figurativa
Geométrica, simetria
Técnicas: Pintura,
escultura, arquitetura...
Gêneros: cenas da
mitologia...
Movimentos e períodos
Arte Greco-Romana
Arte Africana
Arte Oriental
Arte Pré-histórica
Teatro Elementos Formais
Personagem: expressões
corporais, vocais, gestuais
e faciais
Ação
Espaço
69
Composição
Enredo, roteiro, Espaço
Cênico, adereços
Técnicas: jogos teatrais,
teatro indireto e direto,
improvisação, manipulação,
máscara...
Gênero: Tragédia, Comédia
e Circo
Movimentos e períodos
Greco-Romana
Teatro Oriental
Teatro Medieval
Renascimento
Dança Elementos Formais Movimento Corporal
Tempo
Espaço
70
Composição
Kinesfera
Eixo
Ponto de apoio
Movimentos articulares
Fluxo (livre e interrompido)
Rápido e lento
Formação
Níveis (alto, médio e baixo)
Deslocamento (direto e
indireto)
Dimensões (pequeno e
grande)
Técnica: Improvisação
Gênero: Circular
Movimentos e períodos
Pré-história
Greco-Romana
Renascimento
Dança Clássica
6ª SÉRIE
Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos
Música
Elementos Formais Altura
Duração
Composição Ritmo
Melodia
Movimentos e períodos Música popular e étnica
(ocidental e oriental
71
Artes Visuais
Elementos Formais
Ponto
Linha
Textura
Forma
Superfície
Volume
Cor
Luz
Composição
Proporção
Tridimensional
Figura e fundo
Abstrata
Perspectiva
Técnicas: Pintura,
escultura, modelagem,
gravura...
Gêneros: Paisagem,
retrato, natureza morta...
Movimentos e períodos
Arte Indígena
Arte Popular
Brasileira e Paranaense
Renascimento
Barroco
Teatro Elementos Formais Personagem: expressões
corporais, vocais, gestuais
e faciais
Ação
Espaço
72
Composição
Representação, Leitura
dramática, Cenografia
Técnicas: jogos teatrais,
mímica, improvisação,
formas animadas...
Gêneros: Rua e arena,
Caracterização
Movimentos e períodos
Comédia dell'arte
Teatro popular
Brasileiro e Paranaense
Teatro Africano
Dança Elementos Formais Movimento Corporal
Tempo
Espaço
73
Composição
Ponto de apoio
Rotação
Coreografia
Salto e queda
Peso (leve e pesado)
Fluxo (livre, interrompido,
conduzido)
Lento, rápido e moderado
Níveis (alto, médio e baixo)
Formação
Direção
Gênero: Folclórica, popular
e étnica
Movimentos e períodos
Dança popular
Brasileiras
Paranaense
Africana
Indígena
7ª SÉRIE
Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos
Música
Elementos Formais Altura
Duração
Composição Ritmo
Melodia
Movimentos e períodos
Indústria Cultural
Eletrônica
Minimalista
Rap, Rock, Tecno
74
Artes Visuais
Elementos Formais
Linha
Textura
Forma
Superfície
Volume
Cor
Luz
Composição
Semelhanças
Contrastes
Ritmo Visual
Estilização
Deformação
Técnicas: desenho,
fotografia, audiovisual e
mista...
Movimentos e períodos
Indústria Cultural
Arte no Séc. XX
Arte Contemporânea
Teatro Elementos Formais Personagem: expressões
corporais, vocais, gestuais
e faciais
Ação
Espaço
75
Composição
Representação no Cinema
e Mídias
Texto dramático
maquiagem
Sonoplastia
Roteiro
Técnicas: jogos teatrais,
sombra, adaptação cênica...
Movimentos e períodos
Indústria Cultural
Realismo
Expressionismo
Cinema Novo
Dança
Elementos Formais
Movimento Corporal
Tempo
Espaço
Composição
Giro
Rolamento
Saltos
Aceleração e
desaceleração
Direções (frente, atrás,
direita e esquerda)
Improvisação
Coreografia
Sonoplastia
Gênero: Indústria Cultural e
espetáculo
Movimentos e períodos Hip Hop
Musicais
Expressionismo
76
Indústria Cultural
Dança Moderna
8ª SÉRIE
Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos
Música
Elementos Formais
Altura
Duração
Timbre
Intensidade
Densidade
Composição
Ritmo
Melodia
Harmonia
Técnicas: vocal,
instrumental e mista
Gêneros: popular, folclórico
e étnico
Movimentos e períodos
Música Engajada
Música Popular Brasileira
Música Contemporânea
Artes Visuais Elementos Formais Linha
Textura
Forma
Superfície
Volume
Cor
Luz
77
Composição
Bidimensional
Tridimensional
Figura-fundo
Ritmo Visual
Técnica: Pintura, grafitte,
performance...
Gêneros: Paisagem
urbana, cenas do
cotidiano...
Movimentos e períodos
Realismo
Vanguardas
Muralismo e Arte Latino-
Americana
Hip Hop
Teatro
Elementos Formais
Personagem: expressões
corporais, vocais, gestuais
e faciais
Ação
Espaço
Composição
Técnicas: Monólogo, jogos
teatrais, direção, ensaio,
Teatro-Fórum...
Dramaturgia
Cenografia
Sonoplastia
Iluminação
Figurino
Movimentos e períodos Teatro Engajado
Teatro do Oprimido
Teatro Pobre
Teatro do Absurdo
78
Vanguardas
Dança
Elementos Formais
Movimento Corporal
Tempo
Espaço
Composição
Kinesfera
Ponto de apoio
Peso
Fluxo
Quedas
Saltos
Giros
Rolamentos
Extensão (perto e longe)
Coreografia
Deslocamento
Gênero: Performance e
moderna
Movimentos e períodos
Vanguardas
Dança moderna
Dança Contemporânea
OBS: Os conteúdos serão atrelados às Leis nº 10.639/03 e 11.645/08,
respectivamente “História e Cultura Afro Brasileira e Africana” e “História e Cultura
Afro Brasileira e Indígena”.
Metodologia:
79
Arte é um campo do conhecimento humano, produto da criação e do
trabalho de indivíduos, histórica e socialmente datados onde cada conteúdos tem
sua origem e história, que devem ser conhecidas para melhor compreensão por
parte do aluno.
A arte é uma composição estética e instrumento de simbolização que
necessita do trabalho material, o que a faz frequentemente intervir com a ciência,
possibilitando estabelecer uma unidade, integrando-se em um trabalho mais efetivo
na formação e desenvolvimento do aluno, porém, a arte e suas múltiplas
linguagens representam um contraponto com a grande quantidade de racionalismo
existente no currículo escolar. Sem o estudo e a prática dessa disciplina, os
estudantes tende a ter uma visão mais restrita de si mesmos e da própria cultura. A
arte torna os alunos mais sensíveis e mais críticos.
O ensino da arte será abordado tendo princípio a compreensão da arte como
linguagem, o sentido mais amplo do termo, como sendo o estudo da geração,
organização, e da interpretação dos signos verbais e não verbais.
A partir do seu processo de significação e de sua condição polissêmica essa
disciplina se desenvolve possibilitando a aproximação do aluno com o universo
escolar. Assim o ensino de arte ocupa uma posição privilegiada ao aprofundar a
exploração das linguagens artísticas e ao reconhecer os conceitos e elementos
comuns, presentes nas diversas representações culturais, determinados pelos seus
contextos, desenvolvendo a criatividade para o desenvolvimento dos exercícios e
leituras, adquirindo uma linguagem própria, expressando-se livremente, para que
se desenvolva o senso crítico e perceptivo do aluno. Deverá se preocupar também
em orientar os alunos de maneira eficiente no ensino da arte, propiciando reflexões,
discussões, atividades que desenvolvam a criatividade e expressividade, pesquisas
nas áreas artísticas e outros.
Avaliação:
A disciplina de Arte deve avaliar de forma que o aluno tenha liberdade de
raciocínio e criatividade para favorecer o progresso pessoal.
80
Ao avaliar a aprendizagem do aluno o professor está também, avaliando a
qualidade do trabalho pedagógico realizado.
E, através de seus resultados, podem identificar o nível das elaborações dos
alunos e o tipo de dificuldades surgidas, para que se elabore situações didáticas e
sequências de intervenções com os desafios (perguntas, leituras, etc) necessários
à construção dos conhecimentos pelos alunos. Logo a avaliação é compreendida
como processo de libertação do autoritarismo e valorização do papel de mediador /
provocador exercido pelo professor.
Avaliação está presente em todos os momentos do ato pedagógico,
vitalizando o processo de produção e socialização do saber da escola.
A fim de se obter uma avaliação efetiva individual e do grupo, são
necessários vários instrumentos de verificação, tais como: trabalhos artísticos
individuais e em grupo; pesquisas bibliográficas e de campo; debates em forma de
seminários e simpósios; provas teóricas e práticas; registros em forma de
relatórios, gráficos, portfólio, aúdio-visual e outros.
Referências:
Diretrizes Curriculares de Artes para os anos finais do Ensino Fundamental
Currículo básico para as Escolas Públicas do Paraná.
FISHER – Ernest – A necessidade da arte.
PROPOSTA CURRICULAR
Disciplina: Ciências
Anos Finais do Ensino Fundamental
Apresentação da Disciplina:
A disciplina de Ciências tem como objeto de estudo o conhecimento científico em qualquer
época, lugar ou realidade, jamais estará desvinculado das atividades humanas, sejam as mais
simples até as mais complexas. Percebe -se, desde o início tal conhecimento passou por etapas
determinadas pela historicidade das necessidades evolutivas da humanidade, desde a sua
aplicação em técnicas para a melhoria da qualidade de vida, em formas de melhorar a produtividade
81
e conservação de alimentos, descobertas científicas no campo da saúde: produção de remédios,
pesquisas genéticas e saneamento básico, passando também pelo desenvolvimento tecnológico na
área da comunicação, transporte e outros que possibilitam mais conforto para as pessoas, sendo
que atualmente insere- se também a preocupação com as causas resultantes de tal
desenvolvimento e seus impactos no meio ambiente. Dentro de tal contexto a disciplina de ciências
tem vital importância no desenvolvimento integral do ser,quando o seu objetivo é:
Proporcionar a aquisição correta dos conceitos científicos orientados para que
possam opiniões e desenvolver hábitos e atitudes e contribuam para a formação do
cidadão, com uma visão consciente sobre a aplicação de tais conhecimentos no
mundo atual, de forma racional, organizada e responsável .
Propiciar o enriquecimento da cultura científica do aluno, rompendo com obstáculos
conceituais e adquirindo maiores condições de estabelecer relações conceituais e
adquirindo maiores condições de estabelecer relações conceituais interdisciplinares
e contextuais.
Compreender a origem e evolução do Universo (astronomia); a constituição dos
corpos(matéria); a constituição do sistemas orgânicos e fisiológicos (sistemas
biológicos); a conservação e transformação de energia (Energia); o conceito de
biodiversidade (biodiversidade).
Por tudo o que foi exposto, o ensino de ciências justifica-se pela necessidade de domínio
dos conhecimentos a cerca da natureza, dos seres vivos e das relações entre eles, bem como do
universo e suas leis entendo- os não como conceitos prontos e acabados, mas sim como modelos
geradores de novos e mais precisos conhecimentos a partir de melhores e mais modernas
tecnologias.
CONTEÚDOS
5ª série – Ensino Fundamental
CONTEÚDOS BÁSICOS CIÊNCIAS
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES: Astronomia, Matéria, Sistemas Biológicos, Energia,
Biodiversidade.
1. Conteúdos Básicos de Astronomia
Universo – Galáxias, Movimento do Universo.
Sistema solar – Geocentrismo, heliocentrismo.
Movimentos Terrestres e Celestes – Rotação, translação, estações do ano.
Astros – Estrelas, planetas, satélites, meteoros, cometas.
82
2. Conteúdos Básicos de Matéria
Constituição da matéria - Conceito de matéria, atmosfera terrestre primitiva, camadas
atmosféricas, solos, rochas, minerais, água.
3. Conteúdos Básicos de Sistemas Biológicos
Níveis de Organização – Organismo, sistemas, órgãos, tecidos, células, unicelular,
pluricelular, procarionte, eucarionte, autótrofo, heterótrofo.
4. Conteúdos Básicos de Energia
Formas de Energia - Energia elétrica, energia eólica.
Conversão de Energia - Fontes de energia renováveis e não-renováveis.
Transmissão de Energia – Mudanças de estado físico.
5. Conteúdos Básicos de Biodiversidade
Organização dos Seres Vivos – Diversidade das espécies, extinção de espécies, comunidade,
população.
Ecossistemas – Conceito de biodiversidade, ecossistemas (dinâmica e características)Os
conteúdos específicos estão presentes nos conceitos fundamentais de Ciências que podem estar
relacionados com conceitos de mais de um conteúdo estruturante, de acordo com o
encaminhamento e as preferências do autor, garantindo a articulação entre eles. Para tal, é
necessário que os conteúdos específicos da disciplina de Ciências sejam entendidos na sua
complexidade de relações, envolvendo a integridade de natureza científica, não dissociada em áreas
de conhecimento físico, químico ou biológico, mas acrescida das possíveis relações conceituais,
interdisciplinares e contextuais.
EVOLUÇÃO DOS SERES VIVOS
POSSÍVEIS RELAÇÕES
RELAÇÕES CONCEITUAIS: vulcões, tsunamis, terremotos, desertos, chuva ácida, fósseis, efeito
estufa, ação do vento, luminosidade, tornados, camada de ozônio, gases, fontes de energia
renováveis e não renováveis, entre outras.
RELAÇÕES INTERDISCIPLINARES: territórios brasileiros, lendas indígenas, leituras de diferentes
narrativas (língua portuguesa e língua estrangeira moderna), medidas de grandezas, pinturas
rupestres, renascença, esportes aquáticos, literatura brasileira e os casos de doenças, influência da
altitude na prática de esportes, medidas de grandezas, localização geográfica, distribuição dos seres
vivos no planeta, Revolta da Vacina, crescimento da população humana, as doenças e as condições
sociais de moradias, representação da natureza em obras de arte, evolução cultural do ser humano,
formas de comunicação humana, o ser humano e suas relações com o sagrado, mitos e outras
explicações sobre a origem da vida, distribuição da população humana, importação e exportação de
83
alimentos, práticas esportivas, taxas de natalidade, mortalidade e fecundidade, medidas de
grandezas, o contexto da Revolução científica, instrumentos musicais, órgãos sensoriais e a arte,
entre outras.
RELAÇÕES DE CONTEXTO: instrumentos astronômicos, história da astronomia, contaminação da
água, desertificação, minerais e a tecnologia: joias, relógios e outros, mineração, sismógrafos,
poluição do solo, poluição da água, queimadas, desmatamento, manejo do solo para agricultura,
compostagem, contaminação do solo, conservação dos aquíferos, tratamento da água, lixo tóxico,
aquecimento global, biotecnologia, plástico biodegradável, fibra ótica, elevadores hidráulicos, lixo e o
ambiente, coleta seletiva de lixo, reservas ambientais – APA, código florestal brasileiro, fauna
brasileira ameaçada de extinção, ação humana nos ecossistemas, desmatamento, poluição do ar,
balões e aviões, instrumentos de voo , aquecimento global, saneamento básico, questões de
higiene, alimentos transgênicos, aterro sanitário, coleta seletiva e reciclagem, usinas geradoras de
energia, forno micro ondas, lâmpadas, chuveiro elétrico, consumo de energia elétrica residencial,
bússola, microfone e alto-falante, paraquedas e asa deltas, tecnologia da comunicação, pilhas,
baterias e questões ambientais, Código de Trânsito – acidentes de trânsito, educação ambiental,
educação do campo, agricultura e tecnologia, entre outras.
6ª Série
CONTEUDOS BÁSICOS CIÊNCIAS
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES: Astronomia, Matéria, Sistemas Biológicos, Energia,
Biodiversidade.
1. Conteúdos Básicos de Astronomia
Movimentos Terrestres e Celestes – Eclipse do Sol, eclipse da Lua, fases da Lua, constelações,
dias e noites.
2. Conteúdos Básicos de Matéria
Constituição da matéria - Composição do planeta Terra primitivo, a Terra antes do surgimento da
vida, atmosfera terrestre primitiva.
3. Conteúdos Básicos de Sistemas Biológicos
Célula - Teoria celular, tipos celulares, estrutura celular, fotossíntese.
Morfologia e Fisiologia dos Seres Vivos – Características gerais dos seres vivos, órgãos e
sistemas animais e vegetais.
4. Conteúdos Básicos de Energia
Formas de Energia - Energia luminosa, energia térmica
Conversão de Energia - A interferência da energia luminosa nos seres vivos.
5. Conteúdos Básicos de Biodiversidade
Organização dos Seres Vivos – Diversidade das espécies, extinção
de espécies.
Sistemática – Classificação dos seres vivos, categorias taxonômicas, filogenia, populações.
84
Ecossistemas – Eras geológicas.
Interações Ecológicas – Interações ecológicas, sucessões ecológicas, cadeia alimentar, seres
autótrofos e heterótrofos.
Origem da Vida – Conceito de biodiversidade, biogênese, teorias sobre o surgimento da vida,
geração espontânea.
Os conteúdos específicos estão presentes nos conceitos fundamentais de Ciências que podem estar
relacionados com conceitos de mais de um conteúdo estruturante, de acordo com o
encaminhamento e as preferências do autor, garantindo a articulação entre eles. Para tal, é
necessário que os conteúdos específicos da disciplina de Ciências sejam entendidos na sua
complexidade de relações, envolvendo a integridade de natureza científica, não dissociada em áreas
de conhecimento físico, químico ou biológico, mas acrescida das possíveis relações conceituais,
interdisciplinares e contextuais.
POSSÍVEIS RELAÇÕES
RELAÇÕES CONCEITUAIS: ação do vento, luminosidade, tornados, camada de ozônio, a ação de
substâncias químicas no organismo, gases, fontes de energia renováveis e não renováveis, Ilhas de
calor, entre outras.
RELAÇÕES INTERDISCIPLINARES: territórios brasileiros, lendas indígenas, leituras de diferentes
narrativas (língua portuguesa e língua estrangeira moderna), medidas de grandezas, pinturas
rupestres, renascença, esportes aquáticos, literatura brasileira e os casos de doenças, influência da
altitude na prática de esportes, medidas de grandezas, localização geográfica, distribuição dos seres
vivos no planeta, Revolta da Vacina, crescimento da população humana, as doenças e as condições
sociais de moradias, representação da natureza em obras de arte, evolução cultural do ser humano,
formas de comunicação humana, o ser humano e suas relações com o sagrado, mitos e outras
explicações sobre a origem da vida, distribuição da população humana, importação e exportação de
alimentos, práticas esportivas, taxas de natalidade, mortalidade e fecundidade, medidas de
grandezas, o contexto da Revolução científica, instrumentos musicais, órgãos sensoriais e a arte,
entre outras.
RELAÇÕES DE CONTEXTO: Inovação tecnológica, fermentação, contaminação da água, poluição
do solo, poluição da água, queimadas, desmatamento, manejo do solo para agricultura,
contaminação do solo, tratamento da água, lixo tóxico, elevadores hidráulicos, lixo e o ambiente,
unidades de conservação, ocupação da mata atlântica, exploração da Amazônia, conservação da
mata ciliar, exploração da mata das araucárias, tráfico de animais, ação humana nos ecossistemas,
espécies exóticas, desenvolvimento industrial, impactos ambientais, desmatamento, exploração da
caça e pesca, tráfico de animais e vegetais, poluição do ar , aquecimento global, resíduos químicos
no ambiente, uso de agrotóxicos na agricultura, Instituições governamentais e ONG, tecnologia na
85
produção vegetal – estufas, bactérias e degradação de petróleo, dengue e saúde pública no Brasil,
vigilância epidemiológica, biotecnologia dos fungos, automedicação: antibióticos, polinização
provocada pelo homem, hidroponia, interferência do ser humano na produção de frutos de
comercialização, comercialização da carnes exóticas, vacinas e soros, raças e preconceitos raciais,
fome e desnutrição, questões de higiene, tecnologia e testes diagnósticos, saneamento básico,
medicamentos, influência da alimentação na saúde , aterro sanitário, corantes e tingimento de
tecidos, projeto Genoma Humano, gravidez precoce, e DSTs, pilhas, baterias e questões ambientais,
Código de Trânsito – acidentes de trânsito, educação ambiental, educação do campo, agricultura e
tecnologia, entre outras.
7ª série
CONTEÚDOS BÁSICOS DE CIÊNCIAS
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES: Astronomia, Matéria, Sistemas Biológicos, Energia,
Biodiversidade.
1. Conteúdos Básicos de Astronomia
Movimentos Terrestres e Celestes – a esfera terrestre e seu sistema de coordenadas, a esfera
celeste e seu coordenadas.
Origem e evolução do Universo – Teorias sobre a origem do Universo (Teorias Cosmogônicas),
modelos de Universo finito, modelos de Universo infinito, modelos de Universo inflacionário, modelos
de Universo em expansão, a teoria da relatividade e a cosmologia moderna.
2. Conteúdos Básicos de Matéria
Constituição da matéria - Conceito de matéria, átomos.
Propriedades da matéria – Massa, volume, densidade, compressibilidade, elasticidade,
divisibilidade, indestrutibilidade, impenetrabilidade, maleabilidade, ductibilidade, flexibilidade,
elasticidade, permeabilidade, condutibilidade, dureza,tenacidade, cor, brilho, sabor, textura, odor.
3. Conteúdos Básicos de Sistemas Biológicos
Célula - Mecanismos celulares, estrutura celular, respiração celular, fotossíntese, reserva
energética.
Morfologia e Fisiologia dos Seres Vivos – Órgãos e sistemas dos seres humanos , estrutura e
funcionamento dos tecidos, tipos de tecidos.
Morfologia e Fisiologia dos Seres Vivos – sistema sensorial , sistema reprodutor , sistema
endócrino, sistema nervoso.
4. Conteúdos Básicos de Energia
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Formas de Energia - Energia mecânica, energia térmica, energia química.
5. Conteúdos Básicos de Biodiversidade
Evolução dos Seres Vivos – Teorias evolutivas
Os conteúdos específicos estão presentes nos conceitos fundamentais de Ciências que podem estar
relacionados com conceitos de mais de um conteúdo estruturante, de acordo com o
encaminhamento e as preferências do autor, garantindo a articulação entre eles. Para tal, é
necessário que os conteúdos específicos da disciplina de Ciências sejam entendidos na sua
complexidade de relações, envolvendo a integridade de natureza científica, não dissociada em áreas
de conhecimento físico, químico ou biológico, mas acrescida das possíveis relações conceituais,
interdisciplinares e contextuais.
POSSÍVEIS RELAÇOES:
RELAÇÕES CONCEITUAIS: a ação de substâncias químicas no organismo, gases, fontes de
energia renováveis e não renováveis, entre outras.
RELAÇÕES INTERDISCIPLINARES: territórios brasileiros, lendas indígenas, leituras de diferentes
narrativas (língua portuguesa e língua estrangeira moderna), medidas de grandezas, pinturas
rupestres, renascença, esportes aquáticos, literatura brasileira e os casos de doenças, influência da
altitude na prática de esportes, medidas de grandezas, localização geográfica, distribuição dos seres
vivos no planeta, Revolta da Vacina, crescimento da população humana, as doenças e as condições
sociais de moradias, representação da natureza em obras de arte, evolução cultural do ser humano,
formas de comunicação humana, o ser humano e suas relações com o sagrado, mitos e outras
explicações sobre a origem da vida, distribuição da população humana, importação e exportação de
alimentos, práticas esportivas, taxas de natalidade, mortalidade e fecundidade, medidas de
grandezas, o contexto da Revolução científica, instrumentos musicais, órgãos sensoriais e a arte,
entre outras.
RELAÇÕES DE CONTEXTO: tecnologia na produção vegetal – estufas, bactérias e degradação de
petróleo, dengue e saúde pública no Brasil, vigilância epidemiológica, biotecnologia dos fungos,
automedicação: antibióticos, polinização provocada pelo homem, hidroponia, interferência do ser
humano na produção de frutos de comercialização, saneamento básico, comercialização da carnes
exóticas, vacinas e soros, raças e preconceitos raciais, fome e desnutrição, questões de higiene,
tecnologia e testes diagnósticos, saneamento básico, obesidade, anorexia e bulimia, melhoramento
genético e transgenia, alimentos transgênicos, exames sanguíneos, transfusões e doações
sanguíneas, soros e vacinas, medicamentos, hemodiálise, terapia gênica, CTNBio, influência da
alimentação na saúde, consumo de drogas, métodos contraceptivos, Organização Mundial da
Saúde, reprodução humana assistida, projeto Genoma Humano, gravidez precoce, DSTs, pilhas,
baterias e questões ambientais, Código de Trânsito – acidentes de trânsito, educação ambiental,
educação do campo, agricultura e tecnologia, entre outras.
87
8ª série
CONTEUDOS BÁSICOS CIÊNCIAS
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES: Astronomia, Matéria, Sistemas Biológicos, Energia,
Biodiversidade.
1. Conteúdos Básicos de Astronomia
Astros – Estrelas, planetas, planetas anões, satélites naturais, anéis, meteoros,
meteoritos, cometas
Gravitação Universal – Leis de Kepler, leis de Newton.
2. Conteúdos Básicos de Matéria
Constituição da matéria - Conceito de matéria, átomos, modelos atômicos, elementos químicos,
íons, ligações químicas substâncias, reações químicas, funções químicas inorgânicas ácidos, sais,
bases, óxidos,lei da conservação da massa,compostos orgânicos.
3. Conteúdos Básicos de Sistemas Biológicos
Mecanismos de Herança Genética – Noções de hereditariedade, cromossomos, gene.
4. Conteúdos Básicos de Energia
Conversão de Energia - Eletromagnetismo, movimentos, velocidade, aceleração, colisões,
trabalho, potência.
Transmissão de Energia – Irradiação, convecção, condução, sistemas de transmissão de energia,
leis de Newton, máquinas simples, sistemas mecânicos, equilíbrio de forças.
5. Conteúdos Básicos de Biodiversidade
Interações Ecológicas – Ciclos biogeoquímicos, relações interespecíficas, relações
intraespecíficas.
Os conteúdos específicos estão presentes nos conceitos fundamentais de Ciências que
podem estar relacionados com conceitos de mais de um conteúdo estruturante, de acordo com o
encaminhamento e as preferências do autor, garantindo a articulação entre eles. Para tal, é
necessário que os conteúdos específicos da disciplina de Ciências sejam entendidos na sua
complexidade de relações, envolvendo a integridade de natureza científica, não dissociada em áreas
de conhecimento físico, químico ou biológico, mas acrescida das possíveis relações conceituais,
interdisciplinares e contextuais.
POSSÍVEIS RELAÇÕES
RELAÇÕES CONCEITUAIS: gases, fontes de energia renováveis e não renováveis, Ilhas de calor,
máquinas simples - alavancas, polia, engrenagens, entre outras.
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RELAÇÕES INTERDISCIPLINARES: territórios brasileiros, lendas indígenas, leituras de diferentes
narrativas (língua portuguesa e língua estrangeira moderna), medidas de grandezas, pinturas
rupestres, renascença, esportes aquáticos, literatura brasileira e os casos de doenças, influência da
altitude na prática de esportes, medidas de grandezas, localização geográfica, distribuição dos seres
vivos no planeta, Revolta da Vacina, crescimento da população humana, as doenças e as condições
sociais de moradias, representação da natureza em obras de arte, evolução cultural do ser humano,
formas de comunicação humana, o ser humano e suas relações com o sagrado, mitos e outras
explicações sobre a origem da vida, distribuição da população humana, importação e exportação de
alimentos, práticas esportivas, taxas de natalidade, mortalidade e fecundidade, medidas de
grandezas, o contexto da Revolução científica, instrumentos musicais, órgãos sensoriais e a arte,
entre outras.
RELAÇÕES DE CONTEXTO: lixo e o ambiente, biotecnologia, plástico biodegradável, elevadores
hidráulicos, panela de pressão, ultra-sonografia, máquina fotográfica, óculos, telescópios ,
aquecimento global, resíduos químicos no ambiente, tecnologia na produção vegetal – estufas,
bactérias e degradação de petróleo, influência da alimentação na saúde, consumo de drogas,
métodos contraceptivos, Organização Mundial da Saúde, instrumentos de medidas, tecnologias em
produtos de eletrônica, dessanilização, panela de pressão, ligas metálicas, aterro sanitário,
biodiesel, corantes e tingimento de tecidos, estações de tratamento de esgoto, biogás, adubos e
fertilizantes químicos, coleta seletiva e reciclagem, usinas geradoras de energia, instrumentos e
escalas termométricas, acidentes, forno micro ondas, lâmpadas, chuveiro elétrico, consumo de
energia elétrica residencial, bússola, microfone e alto-falante, paraquedas e asa deltas, tecnologia
da comunicação, pilhas, baterias e questões ambientais, Código de Trânsito – acidentes de trânsito,
educação ambiental, educação do campo, agricultura e tecnologia, entre outras.
Em nosso trabalho será contemplada a legislação vigente: Lei 10639/03 –história e cultura
afro-brasileira e africana, Lei 11645/08 – história e cultura dos povos indígenas, Lei 9795/99 –
política nacional de educação ambiental.
Dessa forma, serão inseridos temas relacionados a História e Cultura Afro- Brasileira e
Indígena através de análise e reflexão sobre a diversidade cultural e racial reconhecendo os afro-
brasileiros como sujeitos na construção da sociedade e do país, ressaltando os valores que
precisam ganhar amplitude e status de conhecimento, na perspectiva de uma sociedade multicultural
e pluriétnica , lei 11.645/03/08 que integra a História e Cultura afro-Brasileira e Indígena ao Currículo
de Ensino Fundamental e Médio.
METODOLOGIA
A partir da concepção de ciência, do objeto de estudo desta disciplina,propõe-se que os
conhecimentos prévios dos alunos sejam valorizados, para que possam construir estruturas mentais
utilizando, como meio, mapas conceituais que permitem descobrir e redescobrir outros
conhecimentos, caracterizando, assim, uma aprendizagem prazerosa e eficaz.
89
Para haver aprendizagem significativa são necessárias duas condições. Em primeiro lugar, o
aluno precisa ter uma disposição para aprender: se o indivíduo quiser memorizar o conteúdo
arbitrária e literalmente, então a aprendizagem será mecânica. Em segundo, o conteúdo escolar a
ser aprendido tem que ser potencialmente significativo, ou seja, ele tem que ser lógica e
psicologicamente significativo: o significado lógico depende somente da natureza do conteúdo, e o
significado psicológico é uma experiência que cada indivíduo tem. Cada aprendiz faz uma filtragem
dos conteúdos que têm significado ou não para si próprio.
Ao selecionarmos os conteúdos a serem ensinados, organizaremos nosso trabalho docente
tendo como referências: o tempo disponível para o trabalho pedagógico (horas/aula semanais); o
Projeto Político Pedagógico da escola, os interesses da realidade local e regional onde a escola está
inserida, a análise crítica dos livros didáticos de Ciências disponíveis e informações atualizadas
sobre os avanços da produção científica.
Na organização do plano de trabalho docente faremos reflexões a respeito das relações a
serem estabelecidas entre os conteúdos, dos recursos pedagógicos disponíveis, das estratégias de
ensino que podem ser utilizadas e das expectativas de aprendizagem para um bom resultado final.
Em nosso ensino de Ciências, alguns aspectos serão considerados essenciais tanto para a
nossa formação quanto para nossa atividade pedagógica. Abordaremos, assim três aspectos
importantes, a saber: a história da ciência, a divulgação científica e a atividade experimental.
Assim, no momento da seleção dos conteúdos, das estratégias e dos recursos instrucionais,
dentre outros critérios, levaremos em consideração o desenvolvimento cognitivo dos estudantes.
Utilizaremos em nossa prática para garantir o processo ensino-aprendizagem de forma bem
articulada os seguintes itens:
· recursos pedagógicos/tecnológicos que enriquecem a prática docente, tais como: livro
didático, texto de jornal, revista científica, figuras, revista em quadrinhos, música, quadro de giz,
mapa (geográficos, sistemas biológicos, entre outros), globo, modelo didático (torso, esqueleto,
célula, olho, desenvolvimento embrionário, entre outros), microscópio, lupa, jogo, televisor,
computador, retroprojetor, entre outros;
· de recursos instrucionais como organogramas, mapas conceituais, mapas de relações,
diagramas V, gráficos, tabelas, infográficos, entre outros;
· de alguns espaços de pertinência pedagógica, dentre eles, feiras, laboratórios, exposições
de ciência, seminários e debates.
Diante de todas essas considerações propõem-se alguns encaminhamentos metodológicos
que serão valorizados em nosso ensino de Ciências, tais como: a problematização, a
contextualização, a interdisciplinaridade, a pesquisa, a leitura científica, a atividade em grupo, a
observação, a atividade experimental, os recursos instrucionais e o lúdico.
Abordagem problematizadora
A ação de problematizar é mais do que a mera motivação para se iniciar um novo conteúdo.
Essa ação possibilita a aproximação entre o conhecimento alternativo dos estudantes e o
90
conhecimento científico escolar que se pretende ensinar. A problematização como estratégia de
ensino pode ser efetuada, evidenciando-se duas dimensões: na primeira, levaremos em conta o
conhecimento de situações significativas apresentadas pelos estudantes, problematizando-as; na
segunda, realizaremos a problematização de forma que o estudante sinta a necessidade do
conhecimento científico escolar para resolver os problemas apresentados.
Relações contextuais
Contextualizar é uma forma de articular o conhecimento científico com o contexto histórico e
geográfico do nosso aluno, com outros momentos históricos, com os interesses políticos e
econômicos que levaram à sua produção para que o conhecimento disciplinar seja potencialmente
significativo. A contextualização pode ser um ponto de partida, de modo a abordar o conteúdo de
modo mais concreto e próximo à realidade do nosso aluno para uma posterior abordagem abstrata e
específica. A contextualização pode, também, ser utilizada como ponto de chegada caso façamos a
opção por iniciar a nossa prática com conteúdos mais abstratos e reflexivos.
Nesse caso, contextualizar significa aproximar os conteúdos científicos escolares das
estruturas sociais, políticas, éticas, tecnológicas, econômicas, entre outras. Esta aproximação, no
âmbito pedagógico, se estabelece por meio de metodologias que fazem uso, necessariamente, de
conceitos teóricos precisos e claros, voltados para a abordagem das experiências sociais dos
sujeitos históricos produtores do conhecimento.
Relações interdisciplinares
A abordagem interdisciplinar como pressuposto metodológico considera que muitos
conteúdos, ainda que específicos, se articulam permanentemente com outros conteúdos e isso
torna necessária uma aproximação entre eles, mesmo entre os tratados por diferentes disciplinas
escolares. As relações interdisciplinares se estabelecem quando conceitos, modelos ou práticas de
uma dada disciplina são incluídos no desenvolvimento do conteúdo de outra. Em Ciências, as
relações interdisciplinares podem ocorrer quando buscamos nos conteúdos específicos de outras
disciplinas, contribuições para o entendimento do objeto de Ciências, o conhecimento científico
resultante da investigação da Natureza.
Pesquisa
A pesquisa é uma estratégia de ensino que visa à construção do conhecimento. Essa
estratégia inicia-se na procura de material de pesquisa, passa pela interpretação desse material e
chega à construção das atividades. A pesquisa pode ser apresentada na forma escrita e/ou oral,
entretanto, para que os objetivos pedagógicos sejam atingidos, se faz necessário que seja
construída com redação do próprio aluno, pois ao organizar o texto escrito ele precisará sistematizar
ideias e explicitar seu entendimento sobre o conteúdo com recursos do vocabulário que domina. Na
apresentação oral o aluno deve superar a simples leitura e repetição, evidenciando a compreensão
crítica do conteúdo pesquisado e explicitando a sua interpretação.
91
Divulgação científica
A leitura científica como estratégia de ensino, permite aproximação entre alunos e nós,
professores, pois propicia o trabalho interdisciplinar e proporciona um maior aprofundamento de
conceitos. Cabe analisarmos o material a ser trabalhado, levando em conta o grau de dificuldade da
abordagem do conteúdo, o rigor conceitual e a linguagem utilizada. Dentre os diversos materiais de
divulgação que podem ser utilizados como recursos pedagógicos, sugerem-se:
1. Revistas Ciência Hoje e Ciência Hoje para as Crianças – Publicação da Sociedade
Brasileira para o Progresso da Ciência – www.sbpcnet.org.br
2. Revista Eletrônica Café Orbital – Publicação do Observatório Nacional – Disponível em
www.on.br (Ministério da Ciência e Tecnologia).
3. Revistas Scientific American e Scientific American Brasil – Publicação da Editora Duetto –
Disponível em www.sciam.com.br
4. Portal dia-a-dia educação - Projeto Folhas – Disponível em
www.diaadiaeducacao.pr.gov.br
5. Coleção Explorando o Ensino – Educação Básica, Ministério da Educação – Disponível
em www.mec.gov.br
Atividade em grupo
No trabalho em grupo, o aluno tem a oportunidade de trocar experiências, apresentar suas
proposições aos outros alunos, confrontar ideias, desenvolver espírito de equipe e atitude
colaborativa. Esta atividade permite aproximar o estudo de Ciências dos problemas reais, de modo
a contribuir para a construção significativa de conhecimento pelo estudante.
Observação
A estratégia da observação estimula nosso aluno, a capacidade de observar fenômenos em
seus detalhes para estabelecer relações mais amplas sobre eles. Por outro lado, permite que nós,
professores, perceber as dificuldades individuais de interpretar tais fenômenos devido à falta de
atenção e a lacunas teórico-conceituais.
Esta estratégia é uma alternativa viável e coerente com a própria natureza da disciplina, pois
o aluno pode desenvolver observações e superar a simples constatação de resultados, passando
para construção de hipóteses que a própria observação possibilita.
Atividade Experimental
A inserção de atividades experimentais em nossa prática docente apresenta-se como uma
importante estratégia de ensino e aprendizagem, quando mediada por nós, professores, de forma a
desenvolver o interesse nos alunos e criar situações de investigação para a formação de conceitos.
Tais atividades não têm como único espaço possível o laboratório escolar, visto que podem ser
realizadas em outros espaços pedagógicos, como a sala de aula, e utilizar materiais alternativos aos
convencionais. Entretanto, é importante que nossas práticas proporcionem discussões,
92
interpretações e se coadunem com os conteúdos trabalhados na sala. Não devemos, portanto,
propiciar apenas momento de comprovação de leis e teorias, ou meras ilustrações das aulas
teóricas.
Recursos instrucionais
Os recursos instrucionais (mapas conceituais, organogramas, mapas de relações,
diagramas V, gráficos, tabelas, infográficos, entre outros) podem e devem ser usados na análise do
conteúdo científico escolar, no trabalho pedagógico/tecnológico e na avaliação da aprendizagem.
Esses recursos são instrumentos potencialmente significativos para sala de aula porque se
fundamentam na aprendizagem significativa e subsidiam nosso trabalho com o conteúdo científico
escolar, porque são compostos por elementos extraídos da observação, da experimentação, da
contextualização, da interdisciplinaridade, entre outros. Assim, ampliam a possibilidade do nosso
aluno criar sentido para o que está aprendendo e tornam a aprendizagem significativa, seja no
momento da aula, seja no momento da avaliação.
Os recursos instrucionais não possuem modelo único e não existem regras fixas a serem
utilizadas na sua construção. Por exemplo, mapas de conceitos podem ter estruturas diversas, pois
ultrapassam a ideia de serem apenas sínteses conceituais.
Lúdico
O lúdico é uma forma de interação do aluno com o mundo, podendo utilizar-se de
instrumentos que promovam a imaginação, a exploração, a curiosidade e o interesse, tais como
jogos, brinquedos, modelos, exemplificações realizadas habitualmente por nós, professores. O
lúdico permite uma maior interação entre os assuntos abordados e, quanto mais intensa for esta
interação, maior será o nível de percepções e re estruturações cognitivas realizadas pelo estudante.
O lúdico será considerado nas estratégias de ensino independentemente da série e da faixa etária
do aluno, porém, adequaremos a elas quanto ao encaminhamento, à linguagem e aos recursos
utilizados como apoio.
AVALIAÇÃO
A avaliação é atividade essencial do processo ensino-aprendizagem dos conteúdos
científicos e, de acordo com a Lei de Diretrizes e Bases nº 9394/96 deve ser contínua e cumulativa
em relação ao desempenho do estudante, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os
quantitativos.
INSTRUMENTOS
A diversificação dos instrumentos de avaliação está indissociavelmente ligada à concepção
de avaliação contínua e formativa.
Se a avaliação contínua e formativa visa a aprendizagem, a formação do aluno, então essa
continuidade precisa se concretizar, de fato, nas diferentes atividades de ensino/aprendizagem que
acontecem na sala de aula.
93
INSTRUMENTO 1
ATIVIDADE DE LEITURA COMPREENSIVA DE TEXTOS
A avaliação da leitura de textos é uma das possibilidades para que verifiquemos a
compreensão dos conteúdos abordados em aula, analisando o conhecimento prévio do aluno e
aquele adquirido na Educação Básica. Assim, devemos considerar algumas situações para esse
tipo de avaliação: a escolha do texto, o roteiro de análise e os critérios de avaliação.
Os textos utilizados para leitura devem se referir ao conteúdo e à discussão atual
apresentada em aula. São importantes a adequação ao nível de ensino, bem como à faixa etária do
aluno. A escolha criteriosa dos textos é relevante para não se perder o foco do conteúdo abordado,
de modo a permitir, com a reflexão e a discussão, a ampliação dos horizontes de conhecimento.
Critérios de Avaliação
Neste contexto são utilizados critérios que possibilitem avaliar os conhecimentos dos alunos,
de forma clara e adequada, na especificidade de cada disciplina.
Ao avaliar a leitura dos alunos devemos considerar:
● houve compreensão das ideias presentes no texto, com o aluno interagindo com o texto por
meio de questionamentos, concordâncias ou discordâncias;
● o aluno, ao falar sobre o texto, expressou suas ideias com clareza e sistematizou o
conhecimento de forma adequada;
● foram estabelecidas relações entre o texto e o conteúdo abordado em sala de aula.
INSTRUMENTO 2
Projeto de pesquisa bibliográfica
O Projeto de pesquisa bibliográfica, para os alunos da Educação Básica, constitui-se numa
consulta bibliográfica que tem como finalidade proporcionar ao aluno o contato com o que já foi
escrito ou pensado sobre o tema que ele está pesquisando. Esse contato, entretanto, não poderá se
resumir à mera cópia. O aluno precisa construir esse conhecimento e, para isso, não é suficiente
apenas o título da pesquisa.
O projeto de pesquisa bibliográfica demanda nosso papel de orientador. Isso requer que
tenhamos conhecimento do acervo da Biblioteca Escolar, tanto dos livros quanto periódicos ou
outros materiais, para podemos fazer indicações de leituras para nossos alunos. Além da Biblioteca
Escolar, podemos e devemos indicar artigos ou textos, e mesmo sites, ampliando o leque de opções
de leitura para que nosso aluno tenha subsídios de qualidade para fundamentar a produção de seu
texto.
A solicitação de uma pesquisa exige enunciado claro e recortes precisos do que se propõe
ao aluno.
Passos para uma consulta bibliográfica:
94
1. Contextualização
Significa abordar o tema de forma a identificar a situação, o contexto (espaço / temporal) no qual o
problema a seguir será identificado. É uma introdução ao tema.
2. Problema
Uma questão levantada sobre o tema, uma situação problema, apresentados de forma clara,
objetiva e delimitando o foco da pesquisa na busca de solução para o problema.
3. Justificativa
A Argumentar sobre a importância da pesquisa para o contexto em que alunos e professores
encontram-se inseridos.
4. Revisão bibliográfica/ consulta bibliográfica
É o texto escrito pelo aluno, a partir das leituras que fez. Na escrita, o aluno deve remeter-se aos
textos lidos, através de citações ou paráfrases, referenciando-os adequadamente.
Critérios de avaliação:
Para avaliarmos analisaremos os passos da consulta bibliográfica se estão atendendo as
orientações.
INSTRUMENTO 3
PRODUÇÃO DE TEXTO
As atividades de produção escrita devem considerar a característica dialógica e interativa da
linguagem e o processo interlocutivo. Isso significa compreender que a linguagem – e, por
conseguinte, os textos – se constroem justamente nas práticas de linguagem que se concretizam
nas atividades humanas. Qualquer texto produzido é sempre uma resposta a outros textos, está
sempre inserido num contexto dialógico. consideraremos, então, as circunstâncias de produção dos
textos que solicitaremos aos nossos alunos para que eles possam assumir-se como locutor e, desta
forma, conforme propõe Geraldi (1997), ter o que dizer; razão para dizer; como dizer, interlocutores
para quem dizer. As propostas de produção textual precisam “corresponder àquilo que, na verdade,
se escreve fora da escola – e, assim, sejam textos de gêneros que têm uma função social
determinada, conforme as práticas vigentes na sociedade”.
Há diversos gêneros , nas diferentes disciplinas da Educação Básica, que podem e devem
ser trabalhados em sala de aula para aprimorarmos a prática de escrita numa abrangência maior de
esferas de atividade.
Na prática da escrita, há três etapas articuladas:
planejar o que será produzido, tendo em vista a intenção;
95
escrever a primeira versão sobre a proposta apresentada;
revisar, re- estruturar e re- escrever o texto, na perspectiva da intencionalidade definida.
Critérios de avaliação:
● Produzir textos atendendo às circunstâncias de produção (gênero, interlocutor, finalidade,
etc.);
● Expressar as ideias com clareza (coerência e coesão);
● Adequar a linguagem às exigências do contexto de produção, dando-lhe diferentes graus de
formalidade ou informalidade, atendendo especificidades da disciplina em termos de léxico,
de estrutura;
● Elaborar argumentos consistentes;
● Produzir textos respeitando o tema;
● Estabelecer relações entre as partes do texto;
● Estabelecer relação entre a tese e os argumentos elaborados para sustentá-la.
INSTRUMENTO 4
Atividades Experimentais
São aquelas atividades que têm, de fato, a característica de experimentação. São práticas
que dão espaço para que o aluno crie hipóteses sobre o fenômeno que está ocorrendo.
Com as atividades experimentais levaremos em consideração as dúvidas, o erro, o acaso, a
intuição. Não devemos, portanto, antecipar para o nosso aluno os resultados ou os próprios
caminhos da observação, uma vez que, na construção do conhecimento, o processo que ocorre é
tão importante quanto o produto.
É fundamental que o experimento seja significativo no contexto daquele conhecimento com
o qual nossos alunos estão envolvidos, entendemos que esta significação está diretamente
relacionada a uma discussão teórica consistente, muito mais do que com a sofisticação dos
equipamentos.
A atividade experimental nos possibilita que avaliemos o aluno quanto à sua compreensão
do fenômeno experimentado, do conceito a ser construído ou já construído, a qualidade da
interação quando o trabalho se realiza em grupo, entre outras possibilidades. Ressaltaremos que o
uso adequado e conveniente dos materiais, só poderá ser avaliado de fato se as atividades de
experimentação forem sistemáticas. Não conseguiremos uma utilização apropriada do ambiente e
do instrumental se estas atividades forem apenas eventuais.
A proposição de uma atividade experimental requer clareza no enunciado, para que o aluno
compreenda o que vai fazer, que recursos vai utilizar. O registro das hipóteses e dos passos
seguidos no procedimento são importantes para avaliarmos juntos a atividade.
Critérios de Avaliação:
96
- quanto à sua compreensão do fenômeno
experimentado, do conceito a ser construído ou
já construído.
- a qualidade da interação quando o trabalho se
realiza em grupo, entre outras possibilidades.
INSTRUMENTO 5
Projeto de Pesquisa de Campo
O trabalho de campo é um método capaz de nos auxiliar na busca de novas alternativas
para o processo de ensino-aprendizagem, colaborando com eficácia a construção de
conhecimentos e para a formação dos nossos alunos como agentes sociais. Silva (Texto Grupo de
Estudos – 2º encontro) descreve o trabalho de campo como: a revelação de novos conteúdos
decorre da descoberta de que a observação investigativa proporciona, paralelamente à
interpretação, à análise reflexiva e crítica que possibilita a formulação de noções ou conceitos; a
realização das ações, notadamente no trabalho docente, insere na dimensão pedagógica como o
ato de fazer, refutada a reprodução, e como ação compartilhada, refutado o protagonismo exclusivo
de nós, professores, (ou do livro didático) que coloca nosso aluno no papel de protagonista da
própria aprendizagem.
Uma pesquisa de campo deve ter um planejamento prévio que demande a busca de
informações nos lugares que se pretende trabalhar, o que propicia uma experiência educacional
insubstituível.
Encaminhamento que utilizaremos para a pesquisa de campo:
- Preparar o conteúdo a ser desenvolvido, definir tanto o conteúdo estruturante como
o específico, discutindo com os alunos em sala de aula. É importante investigar os
interesses do alunos e suas expectativas;
- Escolher o local, fazer o reconhecimento do mesmo antecipadamente;
- Elaborar um roteiro de trabalho com todas as instruções necessárias,
questionamentos ou problematização;
- Os alunos devem ser orientados para registrarem as informações, no local;
- Definir o material necessário para a pesquisa de campo;
- Escolher a data, horário e instruir alunos de como devem proceder, o que levar;
- Em classe o trabalho de organização dos dados e exame do material coletado,
concluindo assim o trabalho prático.
O projeto de pesquisa de campo nos possibilita avaliar o desempenho dos alunos durante
todo o processo, observando a adequação de seus procedimentos em relação ao tema da pesquisa
e aos dados que se quer coletar.
A conclusão do projeto ocorrerá na forma de relatórios, elaboração de croquis, produção de
texto, cartazes, avaliação escrita, entre outros, nos quais os alunos avaliaram sua compreensão a
respeito do conhecimento construído, sua capacidade de análise dos dados coletados, sua
capacidade de síntese.
97
Critérios de avaliação:
6 Avaliaremos analisando o encaminhamento da pesquisa de campo.
INSTRUMENTO 6
Relatório
O Relatório é um conjunto de descrições e análise da atividade desenvolvida. Os relatórios
auxiliam no aprimoramento da habilidade nesta área específica da comunicação escrita. É, também,
um instrumento de ensino, pois possibilita ao aluno a reflexão sobre o que foi realizado,
reconstruindo seu conhecimento, o qual foi desenvolvido na aula de campo, pesquisa, laboratório,
atividade experimental, entre outras.
O relatório deve apresentar quais dados ou informações foram coletadas ou desenvolvidas
e como esses dados foram analisados, bem como quais resultados podem-se extrair deles.
Este é um instrumento que pode ser utilizado a partir de quaisquer atividades desenvolvidas
durante o processo de ensino e aprendizagem.
O relatório deve apresentar os dados ou informações coletadas, ou procedimentos
desenvolvidos, que análises foram feitas e a quais resultados obtivemos.
São elementos do relatório:
1. Introdução: Informações iniciais que apresentem o trabalho que deu origem ao relatório,
apontando quais são os objetivos desta atividade, bem como a relevância do conteúdo abordado,
dos conceitos construídos.
2. Metodologia e materiais : descreve, objetiva e claramente, como realmente se deu o trabalho ou
atividade desenvolvida. Embora seja uma descrição suscinta, não pode omitir informações que
sejam relevantes para que o leitor compreenda a respeito do que se está falando, ou para uma
reflexão que permita que se aprimore a atividade.
3. Análise: é a descrição dos dados coletados durante os procedimentos e dos resultados que foram
obtidos. Na análise podem constar os elementos e situações interessantes que tenham acontecido.
Nesta parte do relatório, o estudante pode utilizar tabelas, gráficos, imagens, que permitam uma
visualização melhor dos resultados. É importante, na análise, que se estabeleçam as relações entre
a atividade, os procedimentos realizados e o objeto de estudo e as discussões teóricas que deram
origem à atividade em questão.
4. Considerações Finais: Neste item do relatório será possível observar se a atividade desenvolvida
foi significativa na construção do conhecimento, já que, aqui, o aluno vai apresentar os resultados
obtidos de forma crítica, confrontando-os com os objetivos da atividade realizada. Este é um item
importante, pois vai possibilitar ao estudante a apreciação sobre o trabalho realizado, seus
objetivos, a aprendizagem alcançada.
Critérios de avaliação:
98
Avaliaremos analisando os elementos do relatório.
INSTRUMENTO 7
Atividades a partir de recursos Audiovisuais
Os recursos audiovisuais permitem situações de ensino/aprendizagem que podem
enriquecer o trabalho com os conteúdos das disciplinas.
O trabalho com filmes, documentários, músicas, teatro, entre outros, demanda a nossa
pesquisa sobre o recurso a ser levado para os alunos.
Qualquer que seja o recurso escolhido, é preciso considerar que o conteúdo abordado
naquela mídia não está didatizado, vem apresentado em linguagem específica e com
intencionalidade diferente daquela que existe na escola. A didatização do conteúdo cabe a nós,
professores.
As atividades efetivadas com os recursos audiovisuais nos possibilita avaliar, entre outros
critérios:
● a compreensão e interpretação da linguagem utilizada;
● articulação do conceito/conteúdo/tema discutido nas aulas com o conteúdo apresentado
pelo audiovisual;
● o reconhecimento dos recursos expressivos específicos daquele recurso;
INSTRUMENTO 8
TRABALHO EM GRUPO
O objetivo do trabalho em grupo é desenvolver dinâmicas com pequenos grupos, na
tentativa de proporcionar, aos alunos, experiências que facilitem o processo de aprendizagem.
A perspectiva para o trabalho em grupo é aquela em que as ações pedagógicas envolvam o
aluno, seja nas tarefas realizadas por seu grupo, seja na definição de atitudes que promovam uma
interação social; é aquela em que as ações de um aluno o conduzem a compartilhar conhecimento,
contribuindo de forma significativa para a sua aprendizagem. Nesta prática pedagógica, nossas
ações são as de um orientador que acompanha o trabalho do grupo e que, na medida da
necessidade, redireciona as atividades.
Quando se considera que os alunos se aproximam do objeto de estudo de formas e com
intensidades diferentes, a realização do trabalho em grupo apresenta-se como ocasião de
enriquecimento desta aproximação, tendo em vista o trabalho coletivo. Além disso, perguntas ou
observações que muitos alunos não colocam para nós, são socializadas no grupo.
O trabalho em grupo pode ser proposto a partir de diferentes atividades, sejam elas,
escritas, orais, gráficas, corporais, construção de maquetes, painéis, mural, jogos e outros,
abrangendo os conhecimentos artísticos, filosóficos e científicos.
Nessas atividades, poderemos avaliar se cada aluno:
99
•Demonstra os conhecimentos formais da disciplina, estudados em sala de aula, na produção
coletiva de trabalhos na sala de aula ou em espaços diferenciados;
•Compreende a origem da construção histórica dos conteúdos trabalhados e sua relação com a
contemporaneidade e o seu cotidiano.
INSTRUMENTO 9
QUESTÕES DISCURSIVAS
Essas questões fazem parte do cotidiano escolar dos alunos e possibilitam verificar a
qualidade da interação do aluno com o conteúdo abordado em sala de aula. Uma questão discursiva
nos possibilita avaliar o processo de investigação e reflexão realizado pelo aluno durante a
exposição/discussão do conteúdo, dos conceitos. Além disso, a resposta a uma questão discursiva
permite que identifiquemos com maior clareza o erro do aluno, para que possamos dar a ele a
importância pedagógica que tem no processo de construção do conhecimento.
Este tipo de questão exige resposta clara, concisa e completa e estas características
decorrem da compreensão que o aluno tenha sobre o conteúdo abordado pela questão e de sua
capacidade de análise e síntese, uma vez que escrever muito não garante uma resposta completa.
Alguns critérios devem ser considerados:
•Verificar se o aluno compreendeu o enunciado da questão. Se não houve esta compreensão, é
preciso considerar se está havendo falha na leitura do aluno ou se o próprio enunciado carece de
clareza e objetividade.
•Observar, quando for o caso, se o aluno planejou a solução, e se essa tentativa foi adequada.
•Capacidade do aluno se comunicar por escrito, com clareza, utilizando-se da norma padrão da
língua portuguesa.
•Observar se houve a sistematização do conhecimento de forma adequada.
Na elaboração destas questões devemos apresentar um enunciado de forma clara, com
qualidade e linguagem adequada. O bom planejamento da questão, o grau de dificuldade e os
critérios previamente considerados são pontos importantes que constituem o processo de avaliação.
INSTRUMENTO 10
QUESTÕES OBJETIVAS
Este tipo de questão deverá ser utilizada como um componente da avaliação, nunca deve
ser aplicada como a única ou principal forma avaliativa, pois seu principal objetivo é a fixação do
conteúdo.
Uma questão objetiva deve apresentar um enunciado objetivo e esclarecedor, usando um
vocabulário conceitual adequado, possibilitando ao aluno a compreensão do que foi solicitado. Para
100
a construção desse tipo de questão devemos definir o grau de dificuldade de cada questão
direcionada para cada série com vistas a não cometer injustiças.
A questão objetiva possibilita avaliarmos a leitura compreensiva do enunciado; a
apropriação de alguns aspectos definidos do conteúdo; a capacidade de se utilizar de
conhecimentos adquiridos.
REFERÊNCIAS:
DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO BÁSICA, Grupos de Estudos 2008, 2º Encontro, Avaliação – um
processo Intencional e Planejado
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ, Superintendência da Educação - Diretrizes Curriculares de Ciências para o Ensino Fundamental – 2008
REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO V 12 N 36 SET/DEZ 2007 - Universidade de Brasília, Programa de Pós-Graduação em Educação e Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciências; Educação científica na perspectiva de letramento como prática social: funções, princípios e desafios, Wildson Luiz Pereira dos Santos.
Rev. PEC, Curitiba, v.2, n.1, p.37-42, jul. 2001-jul. 2002, TEORIA DA APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA SEGUNDO AUSUBEL, Adriana Pelizzari, Maria de Lurdes Kriegl, Márcia Pirih Baron, Nelcy Teresinha Lubi Finck, Solange Inês Dorocinski.
ROPOSTA CURRICULAR
Disciplina : Educação Física
Anos Finais do Ensino Fundamental
Apresentação da Disciplina:
As primeiras sistematizações que o conhecimento sobre as práticas corporais recebe em
solo nacional,ocorre a partir de teorias oriundas da Europa. Sob a égide de conhecimentos médicos
e de instrução física militar, a então denominada ginástica surgiu,principalmente a partir de uma
preocupação com o desenvolvimento da saúde e da formação moral dos cidadãos brasileiro. Esse
modelo de prática corporal pautava-se em prescrições de exercícios visando o aprimoramento de
capacidades e habilidades físicas como a força,a destreza,a agilidade e a resistência,além de visar
a formação de caráter,de auto-disciplina,de hábitos higiênicos do respeito à hierarquia e do
sentimento patriótico ( SOARES,2004).
O conhecimento da medicina configurou um outro modelo para a sociedade brasileira,que
contribui para construção de uma nova ordem econômica, política e social.
Neste contexto, a educação Física ganha espaço na escola,uma vez que o físico
disciplinado era exigência da nova ordem em formação. Essa Educação Física confundia se com a
prática da ginástica,pois inclui a exercícios físicos baseados nos moldes médicos-higiênicos.
Em 1921,o método Francês deu origem a criação do regulamento da Instrução Física
Militar,onde a prática da ginástica nas instituições de ensino tornou-se obrigatória. O método
101
Ginástico Francês que contribuiu para construir e legitimar a Educação Física nas escolas
brasileiras,estava fortemente ancorado nos conhecimentos advindos da anatomia e da
fisiologia,cunhados de uma visão positivista da ciência,isto é, um conhecimento científico e técnico
considerado superior as outras formas de conhecimento,e que deveriam ser referencias para a
consolidação de um projeto de modernização do país.
No final da década de 1930, o esporte começou a se popularizar e , não por acaso,passou a
ser um dos principais conteúdos trabalhados nas aulas de Educação Física,ocorrendo processo de
desmilitarização da Educação Física brasileira.
Com o golpe militar no Brasil em 1964, o esporte passou a ser tratado com maior ênfase ,
nas escolas especialmente durante as aulas de educação Física. As aulas passaram a ter como
fundamento ,primeiro a técnica esportiva, o gesto técnico,repetição,enfim, a redução das
possibilidades corporais a algumas poucas técnicas estereotipadas ( TABORDA OLIVEIRA 2001).
Tal concepção de Educação Física escolar de caráter esportivo foi duramente criticada pela
corrente pedagógica da psicomotricidade que surgia no mesmo período. Com a pisicomotricidade
teve um deslocamento da polarização da educação do movimento para educação pelo movimento,
ficando a primeira nitidamente em segundo plano.( Bracht,1992)
No início da década de 90 com a abordagem metodológica crítico superadora ,criada por
pesquisadores tradicionalmente denominados por Coletivos de Autores ,estipula como objeto da
Educação Física, a cultura corporal, a partir de conteúdo como: o esporte, a ginástica, os jogos , as
lutas e as danças . O conceito de cultura corporal tem como suporte a ideia de seleção de
organização sistematização do conhecimento acumulado historicamente, acerca do movimento
humano,para ser transformado em saber escolar.
A Educação Física na Educação Básica pretende refletir sobre as necessidades atuais de
ensino, superando uma visão fragmentada de homem. Esta proposta tem como fundamento geral o
materialismo histórico, cujos os princípios apresenta uma profunda reflexão e critica a respeito das
estruturas sociais e suas desigualdades , inerentes ao funcionamento da sociedade.
As Diretrizes para Ensino Fundamental buscam superar as concepções fundadas nas
lógicas instrumental, anátomo funcional e esportivizada.
Por sua constituição interdisciplinar a Educação Física permite uma abordagem Biológica,
antropológica,sociológica,psicológica,filosófica e uma política das práticas corporais pautadas por
disciplinas variadas que permitem o entendimento do corpo e sua complexidade, contemplando a
enorme riqueza das manifestações produzidas.
Dar um novo significado as aulas,requer uma amplitude das possibilidades de
intervenção,superando a dimensão meramente motriz para uma dimensão histórica, cultural e
social, rompendo com a ideia de que o corpo se restringi somente ao biológico , ao mensurável.
102
Assim , o papel da Educação Física será transcender aquilo que se apresenta como senso
comum,desmistificando formas já arraigadas e equivocadas sobre o entendimento das diversas
praticadas e manifestações corporais. Desse modo prioriza-se a construção do conhecimento
sistematizado como oportunidade ímpar , de re-elaboração de ideias e práticas que, por meio de
ações pedagógicas , intensifiquem a compreensão do aluno sob a gama de conhecimentos
produzidos pela humanidade e suas implicações para a vida. A diversidade cultural em termos
corporais, com o intuito de que os alunos possam respeitar as diferenças identificadas, bem como
se posicionarem frente a elas de modo autônomo, realizando opções pautadas nos conhecimentos
relevante.
Cabe também como objeto de ensino relacionar aquilo que é especifico de cada
comunidade com o que é universal ou, pelo menos,majoritário em termos corporais. È essencial
conhecer profundamente a cultura ou as culturas que envolvem a realidade em que a escola está
inserida universo imenso de brincadeiras e jogos tradicionais de cada comunidade.
Explorar a corporalidade por meio de atividade e experiência orientadas através de um
planejamento que considere as diversas manifestações corporais presentes no meio escolar, indo
além dos ditos tradicionais, oportunizando a todos experiências de fato significativos para formação
do aluno.
Como objetivo a Educação Física tende a :
• Ampliar o campo da intervenção da educação física, para além das abordagens centradas
na motricidade;
• Desenvolver os conteúdos elencados no currículo de maneira que sejam relevante e
estejam de acordo com a capacidade cognoscitiva do aluno;
• Desenvolver praticas corporais tendo como principio básico o desenvolvimento do sujeito
unilateral;
• Buscar a super ação do caráter da educação física como mera atividade. de pratica pela
pratica;
• Integrar no processo pedagógico como elementos fundamentais para o processo de
formação humana do aluno;
• Propiciar ao aluno uma visão critica do mundo e da sociedade na qual esta inserido;
• Contribuir para a construção da autonomia dos alunos,envolvendo-os na produção e na
transformação das formas culturais,sociais e físicas nas quais estão inseridas; Propiciar ao
aluno diversas formas de aquisição de conhecimentos de acordo com os momentos
históricos das manifestações corporais, culturais afro – brasileira e indígenas ;
• Propor ao aluno uma postura ativa na pratica de atividade físicas,mostrando-lhes sua
importância para a saúde individual e coletiva;
103
Conteúdos Estruturantes
5ª Série
Conteúdo Estruturante Conteúdo Básico Conteúdo Específico
ESPORTE Coletivos
Futebol; voleibol; basquetebol;
punhobol; handebol; futebol de salão.
Individuais Atletismo; tênis de mesa
JOGOS E
BRINCADEIRAS
Jogos e
Brincadeiras
populares
Amarelinha; elástico; 5 marias; caiu
no poço; mãe pega; stop; bulica; bets;
peteca; fito; raiola; relha; corrida de
sacos; pau ensebado; paulada ao
cântaro; jogo do pião; jogo dos paus;
queimada; polícia e ladrão.
Brincadeiras e
cantigas de roda
Gato e rato; adoletá; capelinha de
melão; caranguejo; atirei o pau no
gato; ciranda cirandinha; escravos de
jó; lenço atrás; dança da cadeira.
Jogos de
Tabuleiro Dama; trilha; resta um; xadrez.
Jogos dramáticos Imitação; mímica.
Jogos
cooperativos
Futpar; volençol; eco-nome; tato
contato; olhos de águia; cadeira livre;
dança das cadeiras cooperativas;
salve-se com um abraço.
DANÇA Danças
Folclóricas
Fandango; quadrilha; dança de fitas;
ciranda
104
Danças de rua Break; funk.
Danças criativas Atividades de expressão corporal
Danças circulares Contemporâneas; folclóricas;
sagradas.
GINÁSTICA
Ginástica
artística / olímpica solo
Ginástica rítmica Corda; arco; bola; maças; fita.
Ginástica de
Academia Alongamentos; pular corda.
Ginástica
Circense Malabares
Ginástica Geral
Jogos gímnicos; movimentos
gímnicos (balancinha, vela,
rolamentos, paradas, estrela, rodante,
ponte).
LUTAS
Lutas de
aproximação Jogos de aproximação
Capoeira Angola; regional; contemporânea.
6ª SÉRIE
Conteúdo Estruturante Conteúdo Básico Conteúdo Específico
ESPORTE Coletivos
Futebol; voleibol; basquetebol;
handebol; futebol de salão.
Individuais Atletismo; tênis de mesa
105
JOGOS E
BRINCADEIRAS
Jogos e
Brincadeiras
populares
Elástico; 5 marias; caiu no poço; mãe
pega; stop; bulica; bets; peteca; fito;
raiola; relha; corrida de sacos; pau
ensebado; paulada ao cântaro; jogo
do pião; jogo dos paus; queimada;
polícia e ladrão; amarelinha.
Jogos de
Tabuleiro Dama; trilha; xadrez.
Jogos dramáticos Improvisação; imitação; mímica.
Jogos
cooperativos
Futpar; volençol; eco-nome; tato
contato; olhos de águia; cadeira livre;
dança das cadeiras cooperativas;
salve-se com um abraço.
DANÇA
Danças
Folclóricas
Fandango; quadrilha; dança de fitas;
Cuá Fubá.
Danças de rua Break; funk.
Danças criativas
Elementos de movimento (tempo,
espaço, peso e fluência); qualidades
de movimento; improvisação;
atividades de expressão corporal.
Danças circulares Contemporâneas; folclóricas;
sagradas.
GINÁSTICA Ginástica
artística / olímpica solo
Ginástica rítmica Corda; arco; bola; maças; fita.
106
Ginástica de
Academia Alongamentos
Ginástica
Circense Malabares
Ginástica Geral
Jogos gímnicos; movimentos
gímnicos (balancinha, vela,
rolamentos, paradas, estrela, rodante,
ponte).
LUTAS Capoeira Angola; regional; contemporânea.
7ª SÉRIE
Conteúdo Estruturante Conteúdo Básico Conteúdo Específico
ESPORTES
Coletivos Futebol; voleibol; basquetebol;
punhobol; handebol; futebol de salão.
Individuais Atletismo; tênis de mesa; tênis de
campo.
JOGOS E
BRINCADEIRAS Jogos e
Brincadeiras
populares
Amarelinha; mãe pega; stop; bets;
peteca; corrida de sacos; jogo do
pião; queimada; polícia e ladrão.
Brincadeiras e
cantigas de roda
Gato e rato; adoletá; capelinha de
melão; caranguejo; atirei o pau no
gato; ciranda cirandinha; escravos de
jó; lenço atrás; dança da cadeira.
Jogos de
Tabuleiro Xadrez.
Jogos
cooperativos
Futpar; volençol; eco-nome; tato
contato; olhos de águia; cadeira livre;
dança das cadeiras cooperativas;
107
salve-se com um abraço.
DANÇA Danças de rua Break; funk.
GINÁSTICA
Ginástica
artística / olímpica solo
Ginástica de
Academia Alongamentos
Ginástica
Circense Malabares
Ginástica Geral
Jogos gímnicos; movimentos
gímnicos (balancinha, vela,
rolamentos, paradas, estrela, rodante,
ponte).
LUTAS
Lutas de
Aproximação Sumô
Lutas que mantêm
a distância Cabo de Guerra
Capoeira Angola; regional; contemporânea.
8ª SÉRIE
Conteúdo Estruturante Conteúdo Básico Conteúdo Específico
ESPORTES
Coletivos
Futebol; voleibol; basquetebol;
punhobol; handebol; futebol de salão;
quimbol;
Individuais Atletismo; tênis de mesa; tênis de
campo.
JOGOS E
BRINCADEIRAS
Jogos e
Brincadeiras
populares
Mãe pega; bulica; bets; peteca;
corrida de sacos; jogo do pião; jogo
dos paus; queimada; polícia e ladrão.
108
Brincadeiras e
cantigas de roda
Gato e rato; adoletá; capelinha de
melão; caranguejo; atirei o pau no
gato; ciranda cirandinha; escravos de
jó; lenço atrás; dança da cadeira.
Jogos de
Tabuleiro Xadrez.
Jogos dramáticos Improvisação; imitação; mímica.
Jogos
cooperativos
Futpar; volençol; eco-nome; tato
contato; olhos de águia; cadeira livre;
dança das cadeiras cooperativas;
salve-se com um abraço.
DANÇA
Danças
Folclóricas Quadrilha
Danças de rua Break; funk.
GINÁSTICA
Ginástica
artística / olímpica solo
Ginástica de
Academia Alongamentos; pular corda.
Ginástica
Circense Malabares
Ginástica Geral
Jogos gímnicos; movimentos
gímnicos (balancinha, vela,
rolamentos, paradas, estrela, rodante,
ponte).
LUTAS
Lutas de
aproximação Sumô
Lutas que mantêm
a distância Cabo de guerra
Capoeira Angola; regional; capoeira.
109
OBS: No decorrer das aulas, iremos abordar os conteúdos referentes a História e Cultura Afro-
Brasileira e Africana e Cultura Afro-Brasileira e Indígena, conforme as leis 10.639/03 e 11.645/08, de
acordo com as necessidades e oportunidades surgidas.
Metodologia da Disciplina:
Considerando o objeto de ensino e de estudo da Educação Física tratado nessas Diretrizes, isto
é, a Cultura Corporal, por meio dos conteúdos estruturantes propostos (esporte,
dança,ginástica,lutas,jogos e brincadeiras ) a educação física tem a função social de contribuir
para que os alunos se tornem sujeitos capazes de reconhecer o próprio corpo, adquirir uma
expressividade corporal consciente e refletir criticamente sobre as praticas corporais.
È preciso levar em consideração aquilo que o aluno traz como referencia acerca do conteúdo
proposto,ou seja,é uma primeira leitura da realidade;propor um desafio , criando um ambiente de
duvidas sobre os conhecimentos prévios, a seguir apresentar aos aluno o conteúdo sistematizado
para que tenha condições de assimilação e recriação do mesmo, realizar intervenções pedagógicas
necessárias para que a aula se encaminhe desvinculada dos objetivos estabelecidos,finalizando o
professor pode solicitar aos alunos que criem outras formas de jogo, vivenciando-os .
Através da pratica pedagógica procurar produzir uma cultura escolar que mobilize
manifestações corporais que afirmem valores e sentidos,que ampliem as possibilidades formativas
evitando formas de discriminação , segregação e competição exagerada. Mediar situações
conflitantes que envolvam a corporalidade por meio do dialogo e da reflexão , dispondo de
argumentos que favoreçam o esclarecimento dos sujeitos envolvidos no processo educativo.
Para a realização com êxito dessa metodologia , sugere-se incluir os recursos tecnológicos,
tais como aula expositiva na Tv Pendrive e computadores,para oportunizar aos alunos o contato
com os conteúdos propostos.
Avaliação:
Apesar da insuficiência das discussões e teorizações sobre o tema nesta disciplina
curricular, torna-se necessário assumir o compromisso com novas estratégias e metodologias, que
sirvam para pensar formas de avaliação.
A partir das transformações ocorridas no campo das teorizações em Educação Física, a
função da avaliação começou a ganhar novos rumos, sendo profundamente criticadas as
metodologias que priorizam testes, materiais e sistemas com critérios e objetivos classificatórios e
seletivos, sendo que estes estudos levaram os professores à reflexão, a assim procurar novas
formas de compreensão dos seus significados do contexto escolar.
Um dos primeiros aspectos que precisam ser garantido é a não exclusão, isto é, a
aprendizagem dos alunos deve ser avaliada de modo que permeie o conjunto das ações
pedagógicas, que não seja um elemento externo a esse processo.
110
Com efeito, os critérios para avaliação devem ser estabelecidas, considerando o
comprometimento e envolvimento dos alunos no processo pedagógico:
- se os alunos entregam as atividades propostas pelo professor;
- se houve assimilação dos conteúdos propostos por meio da recriação dos jogos e regras;
- se o aluno consegue resolver, de forma criativa, situações problemas sem desconsiderar a
opinião do outro, respeitando o posicionamento do grupo e propondo soluções para as
divergências;
- se o aluno se mostra envolvido nas atividades, seja através da participação nas atividades
praticas, teóricas e na realização de relatórios.
Partido desse critérios a avaliação deve se caracterizar como um processo contínuo,
permanente e cumulativo, em que o professor organizará e reorganizará seu trabalho sustentado
nas diversas práticas corporais, como: ginástica, esporte, jogos e brincadeiras, a dança e a luta.
Os encaminhamentos metodológicos devem estar estreito e relacionados à avaliação,
fomentando assim, experiências ocorridas durante o processo de aprendizagem. Desta maneira
professor e aluno poderão revisitar o trabalho, identificando avanços e dificuldades presentes no
processo.
Fomentado por tais conceitos, no início do processo, o professor irá vislumbrar as diferentes
realidades presentes no coletivo de alunos, posteriormente o professor passará a realizar (propor)
atividades para apreensão do conhecimento, sendo que a avaliação deve valer-se de um apanhado
de indicadores que forneçam condições e norteamentos possíveis. Finalizando o processo o
professor dá subsídios a uma reflexão crítica acerca do conteúdo trabalhado. Diferentes formas e
instrumentos servirão enquanto norteamentos, entre elas. O debate, a expressão corporal, a escrita
e o desenho.
No decorrer destes momentos de intervenção, o professor poderá ainda contar com muitos
outros instrumentos avaliativos que certamente, irão contribuir de forma ímpar na construção do
conhecimento.
Referências:
DCE- Diretrizes Curriculares da Educação Física para os anos finais do Ensino Fundamental e Para o Ensino Médio
Avaliação Biométrica em Educação Física: Professor Romeu de Souza
O Jogo de capoeira: Luiz Renato Vieira
Coletânea de Atividades de Educação Física: Profª Simone Cristina
Atletismo Escolar: Prof. Emanuell Posseti e Prof. Fernando Caldeira
Meu Primeiro Livro de Xadrez: Prof. Augusto Tirado Prof. Wilson da Silva
Estrutura Corporal da Ginástica, Esportes, Luta, Dança: Profª Roseli Bregolatto
111
PROPOSTA CURRICULAR
Disciplina: Ensino Religioso
Anos Finais do Ensino Fundamental
1. Apresentação da Disciplina:
As regulamentações para o Ensino Religioso foram modificadas pela lei 9475, que dá nova
redação do Artigo 33 da lei 9.394, pela Instrução 05/04 – SEED/SUED/DEF, e pela deliberação
01/2006 que dão novas normas para esta disciplina.
A sociedade civil, hoje, reconhece com direito o pressupostos desse conhecimento no
espaço escolar, bem como a valorização da diversidade em todas as suas formas, respeitando a
formação dos diferentes grupos e sociedade brasileira.
Nessa perspectiva, o Ensino Religioso contribui também para a superação da desigualdade
étnico-religiosa e vem garantir o direito constitucional de liberdade, de crença e expressão conforme
artigo 5°, inciso 6°, da Constituição Brasileira.
O que busca hoje o Ensino Religioso é a inserção de conteúdos que tratam da diversidade
de manifestações religiosas dos seus ritos que tem grande importância na organização da vida
social de cada cultura religiosa, lembrando que a escola precisa ser sensível a toda essa
diversidade e tem a função de informar aos alunos o que acontece na sociedade, explicando os
sentidos dos acontecimentos religiosos que de uma ou de outra maneira mobilizam a vida das
pessoas.
Assim, o currículo deve subsidiar os alunos na compreensão de conceitos básicos no
campo religioso e na forma como a sociedade sofre influências das tradições religiosas ou mesmo
da afirmação ou negação do sagrado.
2. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Conforme as “Diretrizes Curriculares do Ensino Religioso” o conhecimento religioso é
entendido como um patrimônio da humanidade (...), deste modo os conteúdos estruturantes devem
compor os conhecimentos de grande amplitude, os conceitos e praticas que identificam e organizam
os campos de estudos a serem contemplados no Ensino Religioso.
112
Apropriados das instancias que contribuem para compreender o sagrado, os conteúdos
estruturantes propostos para o Ensino Religioso são:
2. 1 A Paisagem religiosa
A paisagem religiosa define-se como a combinação de elementos culturais e naturais que
remetem a experiências do sagrado, que por força dessas experiências anteriores remetem a uma
gama de representações sobre a diversidade cultural e religiosa.
2.2 Universo Simbólico Religioso
Os símbolos são linguagens que expressam sentidos, comunicam e exercem papel
relevante para a vida imaginativa e para a constituição das diferentes religiões no mundo. Neste
contexto, o símbolo é definido como qualquer coisa que veicule uma concepção; pode ser palavra,
um som, um gesto, um ritual, um sonho, uma obra de arte, uma notação matemática, entre outros
tantos.
2.3 O texto sagrado
Os textos sagrados expressam ideias e são meios de dar viabilidade à disseminação e à
preservação dos ensinamentos de diferentes tradições e manifestações religiosas, o que ocorre de
diversas maneiras.
Justificativa:
Todos os conteúdos estruturantes estão presentes nos ensinamentos religiosos,
desdobrando-se em conteúdos específicos em cada um deles, na perspectiva de ser compreendido
como parte integrante da formação básica do cidadão, assegurando o respeito à diversidade cultural
e religiosa, tendo em vista a aquisição de conhecimentos, a formação de atitudes e valores e melhor
apreensão dos conteúdos de ensino religioso.
3. Conteúdos Básicos:
Os conteúdos básicos para a disciplina de Ensino Religioso têm como referência os conteúdos
estruturantes, já apresentados. Ao analisar os conteúdos básicos para a 5ª e 6ª série, pode-se
identificar sua proximidade e mesmo sua recorrência em outras disciplinas. Tal constatação não
deve constituir um problema; apenas explicita que na escola o conhecimento é organizado de modo
a favorecer sua abordagem por meio de diferentes disciplinas, conforme as prioridades de cada
113
uma. No caso do Ensino Religioso, o sagrado é o objeto de estudo da disciplina, portanto, o
tratamento estará sempre a ele relacionado.
3.1 Conteúdos básicos de Ensino Religioso para a 5ª série
a) Lugares Sagrados;
b) Textos sagrados orais e escritos;
c) Organizações religiosas;
d) Símbolos religiosos.
3.2 Conteúdos básicos de Ensino Religioso para a 6ª série
a) Temporalidade Sagrada;
b) Ritos;
c) Festas Religiosas;
d) Vida e Morte.
4. Metodologia da disciplina:
Propor um encaminhamento metodológico da disciplina de Ensino Religioso não se reduz a
determinar formas, métodos, conteúdos ou materiais a serem adotados em sala de aula, mas
pressupõe um constante repensar das ações que subsidiarão esse trabalho. Logo as praticas
pedagógicas desenvolvidas pelo professor da disciplina poderão fomentar o respeito ás diversas
manifestações étnicas, culturais e religiosas, o que amplia e valoriza o universo cultural e existencial
dos alunos.
Convém destacar que todo o conteúdo e enfim toda metodologia a ser utilizado nas aulas de
Ensino Religioso não tem o compromisso de legitimar uma manifestação do sagrado em detrimento
de outra, porque a escola não é espaço de doutrinação nem de catequização, de expressões de
ritos, símbolos, campanhas, celebrações, entre outros semelhantes.
5. Avaliação:
Através da observação das apropriações dos conteúdos trabalhados com os alunos em
diferentes situações de ensino e aprendizagem.
114
Retomada de algumas lacunas identificadas no processo de apropriação dos conteúdos
pelos alunos, para a aquisição dos elementos visando redirecionar os níveis de aprofundamento a
serem adotados em relação aos conteúdos que irá desenvolver posteriormente.
Mesmo que não haja aferição de notas ou conceitos que impliquem na reprovação ou
aprovação dos alunos, os mesmos terão a oportunidade de retomar os conteúdos, como também
poderão perceber que a apropriação dos conhecimentos dessa disciplina lhes possibilita conhecer e
compreender melhor a diversidade cultural da qual a religiosidade é parte integrante, bem como
possibilitará a articulação desta disciplina com os demais componentes curriculares, os quais
também abordam aspectos relativos à cultura.
A partir do processo avaliativo dos alunos, o professor terá também indicativos para realizar
sua auto-avaliação.
Bibliografia:
ALVES, Rubem. O que é religião. São Paulo: Abril Cultural- brasiliense, coleção primeiros passos. 1984.
. Religião e repressão. São Paulo: Loyola,teológica. 2005.
BOWKER, John. Para entender as religiões. São Paulo: Ática, 1997.
Caderno Pedagógico de Ensino Religioso .
CELANO, Sandra. Corpo e mente na educação – Uma saída de emergência. Petrópolis: Vozes, 1999.
COSTELLA, D. O fundamento epistemológico do ensino religioso. In: JUNQUEIRA, S.; WAGNER, R. 9Orgs.) O ensino religioso no Brasil. Curitiba; Champagnat, 2004.
GHAI, O. P. Unidade na Diversidade. Coleção Herança Espiritual. Petrópolis: Vozes, 1990.
Diretrizes Curriculares de Ensino Religioso para o Ensino Fundamental.
DURKHEIM, É. As formas elementares da vida religiosa. São Paulo, edições Paulinas, 1989.
ELIADE, M. O sagrado e o profano: a essência das religiões. São Paulo: Martins fontes, 1992.
FEUERBACH, Ludwig. A essência do cristianismo. 2ª edição, Lisboa; Fundação Calouste Gulbenkian, 2002.
MARCHON, Benoit e KIEFFER, Jean – François. As grandes religiões do mundo. São Paulo: Paulinas, 1995.
115
SCHOGL, Emerli. Expansão criativa. Por uma pedagógica da autodescoberta. Petrópolis: Vozes, 2000.
PROPOSTA CURRICULAR
Disciplina: Geografia
Anos Finais do Ensino Fundamental
Apresentação da Disciplina:
Estudar a Geografia é uma forma de compreender o mundo em que
vivemos. O campo de preocupação da Geografia é o espaço da sociedade
humana, em que homens e mulheres vivem e, ao mesmo tempo, produzem
modificações que (re) constroem permanentemente.
O espaço geográfico é compreendido a partir dos conceitos geográficos
básicos como: sociedade, natureza, território, região, paisagem e lugar, visto sob
uma perspectiva mais ampla, ou seja, estruturada a partir da dimensão econômica,
socioambiental, cultural demográfica e geopolítica.
Tal proposta está embasada na Geografia Crítica, pois é no espaço
geográfico que se realizam as manifestações da natureza e as atividades humanas.
Para nos proporcionar inteligentemente diante desse espaço, temos de conhece-lo
bem. Há muito tempo o homem vem transformando o espaço natural em seu
beneficio. Assim, os problemas da Geografia não dizem respeito apenas aos
geógrafos, mas, longe disso, referem-se a todos os cidadãos. Ser cidadão pleno
em nossa época significa antes de tudo estar integrado criticamente na sociedade,
participando ativamente de suas transformações. Para isso, devemos refletir sobre
o nosso mundo, compreendendo-o do âmbito local até os âmbitos nacional e
planetário. E a Geografia é um instrumento indispensável para empreendermos
essa reflexão, que deve ser a base de nossa atuação no mundo.
Através do estímulo, o aluno compreenderá o mundo de forma crítica, dando-lhe subsídios
para discutir e refletir sobre os problemas sociais, econômicos, políticos, culturais e ambientais
através da articulação entre conhecimentos prévios do aluno e a abordagem científica, tanto a
geográfica quanto a de outras áreas do conhecimento que permitam ao mesmo tempo a análise, a
problematização, a formulação de hipóteses e a compreensão da realidade vivenciada.
116
Conteúdos – 5ª série:
Conteúdos
EstruturantesConteúdos Básicos
Dimensão econômica do espaço geográfico
Dimensão política do espaço geográfica
Dimensão cultural demográfica do espaço
geográfico
Dimensão socioambiental do espaço geográfica
1) Formação e transformação das paisagens naturais e culturais.
2) Dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e produção.
3) A formação, localização e exploração dos recursos naturais.
4) A distribuição espacial das atividades produtivas, a transformação da paisagem, a (re)organização do espaço geográfico.
5) As relações entre campo e a cidade na sociedade capitalista.
6) A mobilidade populacional e as manifestações socio espaciais da diversidade cultural.
7) A evolução demográfica, a distribuição espacial da população e os indicadores estatísticos.
8) As diversas regionalizações do espaço geográfico.
Conteúdos – 6ª série:
Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos
Dimensão econômica do espaço geográfico
Dimensão política do espaço geográfica
Dimensão cultural demográfica do espaço
geográfico
Dimensão socioambiental do espaço geográfico
1) Formação território brasileira.
2) A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração do território brasileiro.
3) A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e produção.
4) As diversas regionalizações do espaço brasileiro.
5) A mobilidade populacional e as manifestação socioespaciais da diversidade cultural.
6) A evolução demográfica da população, sua distribuição espacial e indicadores estatísticos.
7) Movimentos migratórios e suas motivações.
8) O espaço rural e a modernização da agricultura.
9) Os movimentos sociais, urbanos e rurais, e a apropriação do espaço.
10) O formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e a urbanização.
11) A distribuição espacial das atividades produtivas, a (re)organização do espaço geográfico .
12) A circulação de mão- de- obra, das mercadorias e das informações .
117
Conteúdos – 7ª série:
Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos
Dimensão econômica do espaço geográfico
Dimensão política do espaço geográfica
Dimensão cultural demográfica do espaço
geográfico
Dimensão socioambiental do espaço geográfico
1) As diversas regionalizações do espaço geográfico.
2) A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios do continente americano.
3) A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado.
4) O comércio em suas implicações socioespaciais.
5) A circulação de mão-de-obra, do capital, das mercadorias e informações.
6) A distribuição espacial das atividades produtivas, a (re)organização do espaço geográfico.
7) As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista.
8) O espaço rural e a modernização da agricultura.
9) A evolução demográfica da população, sua distribuição espacial e os indicadores estatísticos.
10) Os movimentos migratórios e suas motivações.
11) A mobilidade populacional e as manifestações sociespaciais da diversidade cultural.
12) A formação, o localização, exploração dos recursos naturais.
Conteúdos – 8ª série:
Conteúdos Estruturantes Conteúdos básicos
Dimensão econômica do espaço geográfico
Dimensão cultural e demográfica do espaço
geográfico
Dimensão política do espaço geográfico
Dimensão socioambiental do espaço geográfico
1) As diversas regionalizações do espaço geográfico.
2) A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado.
3) A revolução tecnico-científico-informacional e os novos arranjos no espaço da produção.
4) O comércio mundial e as implicações socioespaciais.
5) A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração territórios.
6) A evolução demográfica da população, sua distribuição espacial e os indicadores estatísticos.
7) A mobilidade populacional e as manifestações sociespaciais da diversidade cultural.
8) Os movimentos migratórios mundiais e suas motivações.
9) A distribuição das atividades produtivas, a transformação da paisagem e a (re)organização do espaço geográfico.
10) A formação, localização, exploração dos recursos naturais.
11) A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e produção.
118
12) O espaço em rede: produção, transporte e comunicações na atual configuração territorial.
Em conformidade com a Lei 10.639/03, que trata da História e Cultura Afro
Brasileira e Africana, e a Lei 11.645/08, referente a História e Cultura Afro
Brasileira e Indígena, a Geografia tem como objeto o espaço geográfico e
suas inter-relações propõe ações que possibilitem o contato com as culturas
objetivando a valorização da diversidade étnica-brasileira.
O ensino de Geografia também propõe em seus conteúdos a Educação Ambiental de
acordo com a Lei 9.795/99, pois conhecer as características do espaço natural, sua formação e as
intervenções humanas que resultaram em graves impactos ao longo dos séculos torna-se essencial
em uma época em que os problemas referentes ao meio ambiente e a sua preservação estão entre
as principais preocupações da humanidade. Entendendo o meio ambiente como um patrimônio que
deve ser usufruindo por toda a humanidade, relacionando as formas de apropriação do espaço
geográfico pelo homem e os problemas ambientais causados por essas atividades no decorrer do
tempo no Brasil e no mundo.
Esta questão será abordado através dos conteúdos específicos derivados dos conteúdos
estruturantes no decorrer da relação ensino-aprendizagem do cotidiano escolar.
Metodologia:
Para desenvolver os conteúdos específicos do ensino de geografia, propõe-se que sejam
trabalhados de forma critica e dinâmica, abordando-os a partir do enfoque de cada conteúdo
Estruturante, possibilitando ao aluno compreender os diversos desdobramentos que um mesmo
conteúdo especifico pode sofrer.
Ao invés de simplesmente apresentar o conteúdo que será trabalhado,
recomenda-se que o professor crie uma situação-problema instigante e
provocativa. Essa problematização inicial tem por objetivo mobilizar a aluna para o
conhecimento. Por isso, deve-se constituir de questões que estimulem o raciocínio,
a reflexão e a crítica, de modo que se torne sujeito do seu processo de
aprendizagem (Vasconcelos, 1993).
Na perspectiva teórica destas Diretrizes, contextualizar os conteúdos é mais
do que relacioná-lo à realidade vivida do aluno, é, principalmente, situá-lo
historicamente e nas relações políticas, sociais, econômicas, culturais, em
manifestações espaciais concretas, nas diversas escalas geográficas.
119
Sempre que possível o professor deverá estabelecer relações
interdisciplinares dos conteúdos geográficos em estudo, porém, sem perder a
especificidade da geografia, de modo que o aluno perceba que o conhecimento
sobre esse assunto ultrapassa os campos de estudos das diversas disciplinas, mas
que cada uma delas tem um foco de análise próprio.
O professor deve, ainda, conduzir o processo de aprendizagem de forma
dialogada, possibilitando o questionamento e a participação dos alunos para a
compreensão dos conteúdos e a aprendizagem crítica aconteçam, com a finalidade
que o ensino de geografia contribua para a formação de um sujeito capaz de
interferir na realidade de maneira consciente e crítica.
Durante o processo o professor deve estar atento para a formação de
conceitos Geográficos básicos - (região, paisagem, espaço, lugar, território,
sociedade), utilizando para tal os recursos disponíveis (aula de campo, recurso
audiovisuais, a cartografia e outros).
Os conteúdos serão trabalhados de forma espacializada e tratados em
diferentes escalas geográficas com uso da linguagem cartográfica.
Para que haja uma maior compreensão dos conteúdos, as relações
sociedade-natureza e as relações espaço-temporal serão fundamentais para o
ensino da Geografia.
Critérios de avaliação:
A LDB determina a avaliação formativa, que é desenvolvida no processo de
ensino-aprendizagem, devendo ser diagnóstica e contínua, considerando que os
alunos possuem ritmos e processos de aprendizagem diferenciados, apontando
assim, as dificuldades, possibilitando que a intervenção pedagógica aconteça a
todo tempo.
Assim sendo, serão utilizados como instrumentos de avaliação, atividades
diversas, como leitura e interpretação de texto, relatórios de atividades diversas,
atividades de campo, pesquisas, apresentação de seminários, construção e análise
de maquetes, atividades envolvendo análise e interpretação de cartografia, fotos,
120
imagens, gráficos, tabelas e outros, selecionados de acordo com cada conteúdo e
objetivo de ensino.
Referências:
ALMEIDA, R. D. Do desenho ao mapa. São Paulo: Contexto, 2001.
ANDRADE, M. C. de. Geografia ciência da sociedade. São Paulo: Atlas, 1987.
CARLOS, Ana F. Alessandri (org). A geografia na sala de aula. São Paulo: Contexto, 2003.
CAVALCANTI, L. de S. Geografia escola e construção do conhecimento. Campinas:
Papirus, 1999.
MOREIRA, Igor. Construindo o espaço mundial. São Paulo: Ática, 2006.
PARANÁ. Diretrizes Curriculares da educação Fundamental da rede de Educação Básica do
Estado do Paraná: Ensino Fundamental, Geografia: Curitiba, SEED, 2004.
RAFESTIN, C. Por uma geografia do poder. São Paulo: Ática, 1993.
SANTOS, M. Por uma outra globalização. Rio de Janeiro: Record, 2000.
SIMELLI, Maria Elena Ramos. Geoatlas. São Paulo: Ática, 2000.
ALMEIDA, Lucia marina Alves de. RIGOLIN, Tércio Barbosa. Geografia: geografia
geral e do Brasil.
121
PROPOSTA CURRICULAR
Disciplina: História
Anos Finais do Ensino Fundamental
Apresentação Geral
Nem sempre está claro para os educadores por que a História faz parte do currículo escolar
e qual a importância da sua aprendizagem na formação do jovem. Mas essas questões são
fundamentais quando se pretende refletir, repensar ou posicionar-se em relação ao ensino de
História praticado. De modo geral, o ensino de História pode ser caracterizado a partir de dois
grandes momentos. O primeiro teve início na primeira metade do século XIX, com a introdução da
área no currículo escolar. Após a Independência, com a preocupação de criar uma “genealogia da
nação”, elaborou-se uma “história nacional”, baseada em uma matriz europeia e a partir de
pressupostos eurocêntricos. O segundo momento ocorreu a partir das décadas de 30 e 40 do século
passado, orientado por uma política nacionalista e desenvolvimentista.
A escola vive hoje contradições fundamentais. Seus agentes lutam simultaneamente por
mudanças e pela manutenção de tradições escolares. Mantêm articulações com esferas políticas e
institucionais, incorporam expectativas, orientam-se por avaliações para ingresso no ensino médio
ou superior, buscam contribuições de pesquisas e experiências acadêmicas e procuram atender
parte das expectativas sociais e econômicas. A constatação dessas contradições fortalece, cada vez
mais, a convicção de que o saber escolar está relacionado a uma diversidade de tradições próprias
da história da educação brasileira e mantém relações com poderes e valores diversificados da
realidade social. Impõe a necessidade de valorizar o professor como um trabalhador intelectual ativo
no espaço escolar, responsável junto com seus iguais pela clareza e definição dos objetivos e dos
conteúdos para a disciplina que leciona. Aponta para o fato de que a transformação da prática do
docente só acontece quando, no exercício de seu trabalho, ele coloca em discussão suas ações,
explicita seus pressupostos, problematiza a prática, busca e experimenta alternativas de
abordagens e de conteúdos, desenvolve atividades interdisciplinares, faz escolhas diversificadas de
recursos didáticos, analisa dificuldades e conquistas, compartilha experiências e relaciona a prática
com a teoria.
A História tem permanecido no currículo das escolas, constituindo o que se chama de saber
histórico escolar. No diálogo e no confronto com a realidade social e educacional, no contato com
valores e anseios das novas gerações, na interlocução com o conhecimento histórico e pedagógico,
o saber histórico escolar tem mantido tradições, tem reformulado e inovado conteúdos, abordagens,
métodos, materiais didáticos e algumas de suas finalidades educacionais e sociais. Nesse diálogo
tem permanecido, principalmente, o papel da História em difundir e consolidar identidades no tempo,
sejam étnicas, culturais, religiosas, de classes e grupos, de Estado ou Nação.
A História tem como objeto de estudo os processos históricos relativos às ações e às
relações humanas, praticadas ao longo do tempo, bem como os sentidos que os sujeitos deram às
mesmas, tendo ou não consciência dessas ações.
122
Nas suas relações com o conhecimento histórico, o ensino e a aprendizagem da História
envolvem seleção criteriosa de conteúdos e métodos que contemplem o fato, o sujeito e o tempo.
Os eventos históricos eram tradicionalmente apresentados por autores de modo isolado, deslocados
de contextos mais amplos, como muitas vezes ocorria com a história política, em que se
destacavam apenas ações de governantes e heróis. Hoje prevalece a ênfase nas relações de
complementariedade, continuidade, descontinuidade, circularidade, contradição e tensão com outros
fatos de uma época e de outras épocas. Destacam-se eventos que pertencem à vida política,
econômica, social e cultural e também aqueles relacionados à dimensão artística, religiosa, familiar,
arquitetônica, científica, tecnológica. Valorizam-se eventos do passado mais próximo e/ou mais
distante no tempo. Há a preocupação com as mudanças e/ou com as permanências na vida das
sociedades. De modo geral, pode-se dizer que os fatos históricos remetem para as ações realizadas
por indivíduos e pelas coletividades, envolvendo eventos políticos, sociais,econômicos e culturais.
Em ambos os casos, há uma preocupação em relacionar tais atores com valores, modos de viver,
pensar e agir.de modo geral, pode-se dizer que os sujeitos históricos são indivíduos, grupos ou
classes sociais participantes de acontecimentos de repercussão coletiva e/ou imersos em situações
cotidianas na luta por transformações ou permanências. Mesmo condicionadas, as ações dos
sujeitos permitem espaços para suas escolhas e projetos de futuro. Deve-se considerar também
como objeto de estudos as relações dos seres humanos com os fenômenos naturais.
A finalidade da História é expresso no processo de produção do conhecimento humano sob
a forma da consciência histórica dos sujeitos. O conhecimento histórico possui formas diferentes de
explicar seu objeto de investigação, construídas a partir das experiências dos sujeitos.
Para se fundamentar a compreensão do objeto e organização dos campos de estudos
buscou-se uma sistematização dos conteúdos programados privilegiando-se as relações de
trabalho, relações de poder e relações culturais.
Sob uma perspectiva de inclusão social, as diretrizes buscam contemplar demandas em que
também se situam os movimentos sociais organizados e destacam os seguintes aspectos:
Suscitar reflexões acerca dos aspectos políticos, econômicos, culturais, sociais, bem como
das relações entre o ensino da disciplina com a produção do conhecimento histórico na
configuração do currículo de História, entendendo as mudanças dentro da disciplina de acordo com
o passar do tempo até nossos dias.
Entender as ações e as relações humanas através dos tempos, bem como os sentidos que
os sujeitos deram às mesmas, tendo ou não consciência dessas ações. Considerar como objeto de
estudo as relações dos seres humanos com os fenômenos naturais, tais como as condições
geográficas, físicas e biológicas de uma determinada época e local, os quais também se conformam
a partir das ações humanas.
Contribuir para levar o educando a identificar sua história de vida compreendendo sua
relação com a de outros; perceber sua vida inserida na história de um grupo social bem como
compreender a diversidade de povos formadores da identidade brasileira; estabelecer relações
entre acontecimentos e contextos históricos no tempo; perceber diferentes projetos e conflitos
123
sociais e posicionar-se diante deles; identificar envolvimento e conquista da cidadania na construção
de projeto social democrático; perceber projetos democráticos na diversidade cultural.
Ao se propor a divisão da História por conteúdos estruturantes, deve-se levar em
consideração que o tempo disponível é que vai determinar o grau de complexidade do conteúdo.
Por isso, alguns conteúdos poderão sofrer alterações na forma em que serão estudados. Entretanto,
a complexidade deverá ser gradual, permitindo ao educando a apropriação devida das formas de
estudo, independentes da série.
Metodologia
O encaminhamento metodológico deverá contemplar situações-problemas como forma de
estimular a reflexão mais próxima sobre o assunto a ser tratado. Buscar no decorrer dos estudos,
correlacionar semelhanças, permanências e mudanças, rupturas e continuidades contidas na
relação presente-passado-presente, do ponto de vista das vivências humanas.
As atividades, exercícios e sugestões de pesquisa estarão dispostos como forma de
dinamizar e manter um diálogo constante com alunos sob a mediação do professor. As atividades
de pesquisa serão feitas em diversas fontes e também a produção de textos, murais, exposições,
dramatizações, jornal da história, entre outros.
Trabalhar com diversas fontes documentais, tendo o cuidado de não torná-los como
provas irrefutáveis. Interferir para possibilitar ao aluno a observação, o estudo, a análise, a reflexão
e a interpretação dos conhecimentos históricos.
Destacamos as seguintes etapas e/ou opções para a organização do trabalho docente:
6. Seleção de conteúdos e preparação das aulas com antecedência;
7. Produção de textos históricos com base em variadas fontes históricas;
8. Uso de documentos, mapas e recursos audiovisuais para que os alunos observem
e analisem;
9. Leitura de obras de ficção escritas em tempos diversos;
10. Utilização de fontes orais para a construção do conhecimento histórico;
11. Uso de vídeo, tele-aula e visitas extra-classe visando a sociabilidade e
aprendizados diferentes dos que são vivenciados dentro do ambiente escolar;
12. Análise e interpretação de imagens históricas e atuais.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES / CONTEÚDOS BÁSICOS
CONTEÚDOS POR SÉRIE
ENSINO FUNDAMENTAL
Conteúdos Estruturantes:
Relações de Trabalho
Relações de Poder
124
Relações culturais
5ª SÉRIE
“Os diferentes sujeitos, suas culturas, suas histórias”
Conteúdos básicos:
1- A experiência humana no tempo
2- Os sujeitos e suas relações com o outro no tempo
3- A cultura local e a cultura comum
Conteúdos específicos:
1- Produção do conhecimento histórico:
a) O historiador e a produção do conhecimento histórico
b) Tempo e temporalidades
c) Fontes e documentos históricos
d) Patrimônio material e imaterial
2- Articulação da História com outras áreas do conhecimento:
a) Ciências auxiliares da história (arqueologia, antropologia, geografia etc.)
3- Arqueologia no Brasil:
a) Principais sítios arqueológicos brasileiros
4- Povos indígenas no Brasil e no Paraná
5- Primeiras civilizações e grandes reinos africanos (Mali, Congo, Zimbabwe e outros)
Conteúdos complementares:
1- A humanidade e a História
2- Surgimento, desenvolvimento da humanidade e grandes migrações
3- As primeiras civilizações na América
6ª SÉRIE
“A constituição histórica do mundo rural e urbano e a formação da propriedade em diferentes
tempos e espaços"
Conteúdos básicos:
1- As relações de propriedade
2- A constituição histórica do mundo do campo e do mundo da cidade
3- As relações entre o campo e as cidades
4- Conflitos e resistências e produção cultural campo/cidade
Conteúdos específicos:
125
1- A chegada dos europeus na América:
2- Formação da sociedade brasileira e americana
3- Expansão e consolidação do território brasileiro
4- As primeiras cidades brasileiras: formação de vilas e das câmaras municipais
5- Colonização do território paranaense
6- Reinos e sociedades africanas e os contatos com a Europa
7- Escravidão no Brasil e as consequências da diáspora africana
8- A propriedade coletiva entre os povos indígenas, quilombolas, ribeirinhas, de Ilhéus e faxinais no
Paraná
9- Revolta dos Malês
10- O significado do 20 de novembro e do 13 de maio
11- Movimentos de contestação ao colonialismo no Brasil
12- Chegada da família real no Brasil
13- O processo de independência do Brasil
14- Consolidação dos Estados Nacionais Europeus
15- Reforma Pombalina
Conteúdos complementares:
1- Península Ibérica nos séculos XIV e XV: cultura, sociedade e política
7ª SÉRIE
“O mundo do trabalho e os movimentos de resistência”
Conteúdos básicos:
1- História das relações da humanidade com o trabalho
2- O trabalho e a vida em sociedade
3- O trabalho e as contradições da modernidade
4- Os trabalhadores e as conquistas de direito
Conteúdos específicos:
1- Iluminismo e Despotismo
2- Revolução Industrial
3- Formação dos Estados Unidos
4- Revolução Francesa
5- A construção da Nação
a) Governo de D. Pedro II
b) Lei de Terras
c) Lei Euzébio de Queiroz
d) Movimento abolicionista e emancipacionista
126
e) Quilombolas
6- Consolidação dos Estados Nacionais Europeus
7- Primeiro Reinado do Brasil
8- Período Regencial
9- Segundo Reinado
10- Emancipação política do Paraná (1853)
a) Economia
b) Organização Social
c) Manifestações Culturais
d) Migrações
11- A Guerra do Paraguai ou Guerra da Tríplice Aliança
12- A crise do Império
a) Os primeiros imigrantes e o impacto das ideologias do branqueamento da população
13- O processo de abolição da escravidão
14- Os primeiros anos da República brasileira
15- Colonização da África e da Ásia
Conteúdos complementares:
1- Antigo Regime
2- A Revolução Inglesa
3- Invasão Napoleônica da Península Ibérica
4- O processo de independência das Américas
5- Carnaval na América Latina: entrudo, murga e candomblé
6- Questão agrária na América Latina
8ª SÉRIE
TEMA: “Repensando a nacionalidade brasileira: do século XX ao XXI – Elementos constitutivos da
contemporaneidade.”
Conteúdos básicos:
1- A constituição das instituições sociais
2- A formação do Estado
3- Sujeitos, guerras e revoluções
Conteúdos específicos:
1- A Semana de 1922 e o repensar da nacionalidade
2- A Revolução de 1930 e o Período Vargas
3- Frente Negra Brasileira no início dos anos 1930
4- Brasil: Período Democrático
5- O Regime Militar da América Latina
127
7- Movimentos de contestação no Brasil
8- Paraná no contexto atual
9- Redemocratização brasileira
10- O Brasil no contexto atual
Conteúdos complementares:
1- Os primeiros anos da República Brasileira
2- Primeira Guerra Mundial
3- Revolução Russa
4- Crise de 1929
5- Crise Capitalista e Regimes Totalitários
6- Segunda Guerra Mundial
7- Guerra Fria
8- Regimes Militares da América Latina
Avaliação:
A prática avaliativa deverá priorizar o aluno, levando em consideração as concepções
pedagógicas da escola, buscando superar o modelo excludente, com vistas à diminuição das
desigualdades sociais e com a luta por uma sociedade justa e mais humana. A avaliação com os
alunos permite ainda situá-los como parte de um coletivo, onde a responsabilidade pelo e com o
grupo seja assumida com vistas à aprendizagem de todos.
A avaliação terá como objetivo indicar os avanços individuais na apropriação e construção
de conhecimentos escolares. Esse processo implica na observação, no registro do desempenho de
cada aluno nas diferentes experiências de aprendizagem, e na coleta sistemática de informações
sobre o aproveitamento de cada aluno - o que já sabe, o que ainda não aprendeu - se constatadas
dificuldades, essas informações serão necessárias para a tomada de decisões quanto à adoção de
novas estratégias.
É preciso preocupar-se com a compreensão e construção de conceitos históricos. Deve-se
observar se o aluno produz textos coerentes do ponto de vista histórico, expressa-se verbalmente,
contribui nas construções coletivas, empenha-se na organização e sistematização das atividades,
envolve-se com as tarefas propostas.
Todos esses elementos darão subsídios para saber se os alunos estabeleceram as relações
necessárias à sua interação com os objetivos do conhecimento e com o conhecimento produzido
por eles próprios.
A avaliação será feita a partir da observação de vários pontos, dentre eles:
• Tomar posição diante de questões sociais e relativas à cidadania;
• Troca de ideias e informações, colaborando na criação coletiva;
128
• Respeitar e valorizar a diversidade cultural;
• Apropriação de conceitos históricos e o aprendizado dos conteúdos estruturantes e dos
conteúdos específicos;
Atividades utilizadas na Avaliação: leitura, interpretação e análise de textos historiográficos,
mapas e documentos históricos, produção de narrativas históricas, pesquisas bibliográficas,
sistematização de conceitos históricos, apresentação de seminários e outras formas que se fizerem
necessárias.
Bibliografia:
CERRI, Luis Fernando (org), O Ensino de Historia e a Ditadura Militar.
BITTENCOURT, Maria Circe, Ensino de História.
BRAUDEL, Fernand, História e Ciências Sociais.
CADERNO TEMÁTICO
DIRETRIZES CURRICULARES DA EDUCAÇÃO DA REDE DE EDUCAÇÃO BÁSICA DO ESTADO
DO PARANÁ
KARNAL, Leandro, História na Sala de Aula.
História Temática – O Mundo dos Cidadãos – Montellato
História – Uma Abordagem integrada – Eduardo Ojeda.
PCN – MEC
129
PROPOSTA CURRICULAR
Disciplina: L.E.M. INGLÊS
Anos Finais do Ensino Fundamental
Apresentação da Disciplina:
No que se refere às práticas e aos objetivos do ensino da L.E.M., a
abordagem Comunicativa tem orientado o trabalho em sala de aula, que favorece o
uso da língua pelos alunos, ainda que de forma limitada.
As práticas pedagógicas decorrem de concepções teórico-metodológicas, que não são
desvinculadas do contexto sócio-histórico, mas carregadas de ideologia, correspondendo a
interesses distintos que precisam ser problematizados.
No Brasil, a Abordagem Comunicativa passou a fundamentar grande parte dos materiais e
livros didáticos disponíveis para o uso em escolas de ensino regular desde a década de 80 até os
dias atuais. A progressão de conteúdos está voltada para o ensino comunicativo, centrado em
funções da linguagem ligadas ao cotidiano.
Esta é a tônica de uma abordagem que valoriza a escola como espaço social, responsável
pela apropriação crítica e histórica do conhecimento, enquanto instrumento de compreensão da
realidade social e de atuação crítica e democrática para a transformação da realidade.
Em consequências disso, a visão de ensino de L.E. apenas como meio para se atingir fins
comunicativos, deve ser superada. Isso restringe as possibilidades da aprendizagem da língua.
Propõe-se então, fazer da aula de língua estrangeira um espaço para que o aluno reconheça e
compreenda a diversidade linguística e cultural, oportunizando-o a engajar-se discursivamente. O
aluno perceberá que os significados são sociais e historicamente construídos e, portanto, passíveis
de transformação na prática social.
O discurso enquanto prática social (escrita, oralidade e leitura) deve ser parte integrante do
ensino. As práticas de leitura, escrita, fala e compreensão auditiva são muito importantes para que o
aluno possa interagir com a L.E.M.
Conteúdo Estruturante:
O conteúdo estruturante da LEM é o discurso como parte integrante do ensino de inglês.
Deve ser trabalhado continuamente através da escrita, oralidade e leitura, fazendo assim com que o
estudo seja significativo.
Este conteúdo será trabalhado através de textos orais, escritos e visuais que estimulem a
entrar no universo da LEM. Serão utilizadas práticas de leitura, escrita, fala e compreensão
auditiva, podendo até enfatizar um ou outro, mas de acordo com o contexto social em que tivermos
inseridos.
130
Conteúdo Estruturante - Discurso como Prática Social
Conteúdos Básicos
Gêneros Discursivos
Gêneros Discursivos
Bilhetes;
Carta Pessoal;
Cartão Postal;
Biografias;
Contos;
Crônicas;
Fábulas;
Histórias em quadrinhos;
Cartazes;
Diálogo / Discussão Argumentativa;
Exposição Oral;
Pesquisas;
Charge;
Diário;
Letras de músicas;
Receitas;
Narrativas;
Poemas;
Resumo;
Resenha / Resenha Crítica;
Texto Argumentativo e de Opinião;
Pinturas e Fotos;
Reportagens;
Sinopses de Filmes;
Tiras;
E-mail;
Debate;
Declaração de Direito;
Estatutos;
Leis;
Bulas;
Manual Técnico;
Blog;
Chat;
Entrevista;
131
Vídeo Clip;
Leitura, escrita e oralidade
Leitura,
escrita e
oralidade
Tema do texto;
Interlocutor;
Finalidade do texto;
Aceitabilidade do texto;
Informatividade;
Situacionalidade;
Intertextualidade;
Temporalidade;
Referência textual;
Partículas conectivas do texto;
Discurso direto e indireto;
Elementos composicionais do gênero;
Elementos extralinguísticos: entonação, expressão
facial, corporal e gestual, pausas;
Adequação do discurso ao gênero;
Emprego do sentido conotativo e denotativo no texto;
Palavras e/ou expressões que denotam ironia e humor
no texto;
Turnos de fala;
Variações linguísticas;
Polissemia;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das
classes gramaticais no texto, pontuação, recursos
gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de
linguagem, gírias, repetição e semântica;
Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos,
gírias, repetições, etc.);
Ortografia;
Diferenças e semelhanças entre o discurso oral ou
escrito;
Concordância verbal / nominal;
O conteúdo referente a Cultura Afro-Brasileira será trabalhado através de músicas e textos
informativos.
Metodologia:
132
O texto enquanto unidade de linguagem em uso, ou seja, uma unidade de comunicação
verbal, que pode ser escrita, oral ou visual será o ponto de partida da aula de LEM.
Esse texto trará uma problematização em relação a um tema. A busca pela solução deste
problema despertará o interesse dos alunos, fazendo com que eles desenvolvam uma prática
reflexiva e crítica, ampliem seus conhecimentos linguísticos e percebam as implicações sociais,
históricas e ideológicas presentes em todo discurso.
Em LEM os conhecimentos linguísticos são fundamentais, pois eles darão suporte para que
o aluno interaja com os textos, mas a escolha desses conhecimentos será diferenciada,
dependendo do grau de conhecimento dos alunos e será voltada para a interação verbal – que
tenha por finalidade o uso efetivo da linguagem e não a memorização de conceitos.
É fundamental auxiliar os alunos a entenderem que ao interagir com / na língua, estão
interagindo com pessoas específicas e que é preciso levar em conta que para entender um
enunciado em particular deve se ter em mente quem disse o quê, para quem, onde, quando e
porquê. Além de apresentar ao aluno textos em diferentes gêneros textuais, mas sem categorizá-
los. O objetivo será o de proporcionar a possibilidade de interagir com a infinita variedade discursiva
presente nas diversas práticas sociais.
O ensino de LEM será articulado com as demais disciplinas do currículo, objetivando
relacionar os vários conhecimentos.
Avaliação:
A avaliação deve ser parte integrante do processo de aprendizagem e contribuir para a
construção de saberes. Esta deve ser contínua e cumulativa e os aspectos qualitativos devem
prevalecer sobre os quantitativos.
A avaliação servirá para que o professor repense a sua metodologia e as suas aulas de
acordo com as necessidades de seus alunos. É através dela que é possível perceber quais são os
conhecimentos – linguísticos, discursivos, sócio-pragmáticos ou culturais – e as práticas – leitura,
escrita ou oralidade – que ainda não foram suficientemente trabalhados e que precisam ser
abordados mais exaustivamente para garantir a efetiva interação do aluno com os discursos em
língua estrangeira.
Os alunos de LEM serão avaliados não somente no que se concerne à aprendizagem da
língua inglesa, mas também no que diz respeito às suas atitudes, tais como: cooperação e
responsabilidade com o grupo, capacidade de organização, pontualidade na entrega de tarefas e no
uso correto da linguagem no nível a que se propõe, usando os seguintes instrumentos:
− Realização de leitura compreensiva do texto;
− Localização de informações explícitas e implícitas no texto;
− Posicionamento argumentativo;
− Identificação da ideia principal no texto;
133
− Posicionamento argumentativo;
− Identificação da ideia principal do texto;
− Análise das intenções do autor;
− Identificação do tema;
− Dedução dos sentidos de palavras e/ou expressões a partir do contexto;
− Compreensão das diferenças decorridas do uso de palavras e/ou expressões no sentido
conotativo e denotativo;
− Expressão de ideias com clareza;
− Elaboração de textos atendendo: - às situações de produção propostas (gênero, interlocutor,
finalidade...); - à continuidade temática;
− Diferenciação do contexto de uso da linguagem formal e informal;
− Uso de recursos textuais como: coesão e coerência, informatividade, intertextualidade, etc.;
− Utilização adequada de recursos linguísticos como: pontuação, uso e função do artigo,
pronome, substantivo, etc.;
− Reconhecimento de palavras e/ou expressões que estabelecem a referência textual;
− Apresentação de ideias com clareza;
− Compreensão de argumentos no discurso do outro;
− Exposição objetiva de argumentos;
− Organização da sequência da fala;
− Participação ativa em diálogos, relatos, discussões, quando necessário em língua materna, etc.;
− Utilização consciente de expressões faciais, corporais e gestuais, de pausas e entonação nas
exposições orais, entre outros elementos extralinguísticos.
Referências:
Bohn, H.I. Maneiras inovadores de ensinar e aprender: A necessidade de des(re)construção de
conceitos. In: Leffa, V. O professor de línguas estrangeiras. Construindo a Profissão. Pelotas:
Educt, 2001.
Diretrizes Curriculares da Educação Básica (para a rede pública estadual de ensino) – Língua
Estrangeira.
Ferrari, Marisa Tiemann / Rubin, Sara Giersztel. Inglês para o Ensino Médio. São Paulo: Scipione,
2002
134
Livro Didático Público
Marques, Amadeu. Password – Special Edition. São Paulo: Ática, 1999.
Cadernos Temáticos referentes as Leis 10.639/03 e 11.645/08
135
Apresentação da Disciplina:
O ensino-aprendizagem de Língua Portuguesa visa aprimorar os conhecimentos linguísticos
e discursivos doas alunos, levando-os a compreensão dos variados discursos que os cercam para
que tenham condições de interagir como ser pensante e participativo nos diversos contextos sociais,
garantindo , assim, uma inserção ativa e crítica na sociedade.
O ensino perpassa pelas três práticas: oralidade, escrita e leitura e, só dessa forma,
consegue abranger todo o dinâmico sistema de linguagem uma vez que não opera somente com
fatos estanques da língua, mas se utiliza das reflexões que os alunos já fazem como falantes para
sistematizar e compreender outras operações. Na análise linguística o aluno não é mero ouvinte,
sua participação é fundamental no processo de aprendizagem.
A ação pedagógica precisa pautar-se na interlocução, em atividades planejadas que
possibilitem ao aluno não só a leitura e a expressão oral ou escrita, mas, também, refletir sobre o
uso que faz da linguagem nos diferentes contextos e situações.
Deve-se criar oportunidades para o aluno refletir, construir, levantar hipóteses, a partir da
leitura e da escrita de diferentes textos, desenvolvendo a capacidade de compreender como a
língua funciona e à decorrente competência textual.
Os textos precisam ser coerentes com a realidade dos educandos, enfatizando os temas
transversais: pluralidade cultural, ética, orientação sexual, meio ambiente, saúde, etc. Assuntos
polêmicos também podem ser relatados e trabalhados pelo professor de língua portuguesa.
A prática de análise linguística constitui-se num trabalho de reflexão sobre a
organização do texto escrito, um trabalho no qual o aluno perceba o texto como
resultado de opções temáticas e estruturais feitas pelo autor, tendo em vista o seu
interlocutor. Sob essa ótica, o texto deixa de ser um pretexto para se estudar a
nomenclatura gramatical e a sua construção passa a ser o objeto de ensino. Com
isso, o trabalho com a gramática passa a ser visto sob outra perspectiva, mas a
compreensão do aluno sobre o que é um bom texto, como é organizado a
coerência, a coesão, a pontuação, a concordância verbal, a concordância nominal,
a ordenação das ideias, etc...
A partir da promulgação da Lei 10.639/03 tornou-se obrigatória a inclusão
nos currículos dos estabelecimentos de Ensino Fundamental e |Médio, conteúdos
relacionados à História e Cultura Afro-Brasileira e Africana, e posteriormente a Lei
11.645/08 incluiu também a História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena com o
objetivo de ressaltar as contribuições das grandes personalidades negras e
indígenas nas diversas áreas: social, econômica e política com a intenção de
resgatar uma imagem positiva destes no contexto sócio-cultural.
136
Tendo em vista a concepção de linguagem como discurso que se efetiva
nas diferentes práticas sociais, o processo de ensino-aprendizagem na disciplina
de Língua Portuguesa tem por objetivo:
Empregar a língua oral em diferentes situações de uso, saber adequá-la a
cada contexto e interlocutor, reconhecer as intenções implícitas nos discursos do
cotidiano e propiciar a possibilidade de um posicionamento diante deles;
Desenvolver o uso da língua escrita em situações discursivas realizadas por
meio de práticas sociais que consideram os interlocutores, seus objetivos, o
assunto tratado, além do contexto de produção;
Ampliar os conhecimentos linguístico-discursivos, a capacidade de
pensamento crítico, e a sensibilidade estética, a partir de textos produzidos, lidos
e/ou ouvidos, permitindo a expansão lúdica da oralidade, da leitura e da escrita.
Aprimorar os conhecimentos linguísticos de maneira a propiciar a
compreensão dos processos discursivos e a adequação da linguagem em
diferentes contextos sociais.
CONTEÚDO ESTRUTURANTE: Discurso como prática social
Na disciplina de Língua Portuguesa / Literatura, o Conteúdo Estruturante é o Discursos
como prática social, a partir dele, advém os conteúdos básicos compostos pelos gêneros
discursivos: práticas da leitura, oralidade, escrita e da análise linguísticas.
As estratégias específicas da oralidade tem por objetivo oferecer condições ao aluno de
falar com fluência em diversas situações como afirma Antunes:
“Existem situações sociais diferentes, logo, deve também padrões de uso da língua diferentes. A variação, assim, aparece como uma coisa inevitavelmente normal. Ou seja, existem variações linguísticas não porque as pessoas são ignorantes ou indisciplinadas; existem, porque as línguas são fatos sociais, situados num tempo e num espaço concreto, com funções definidas. E, como tais, são condicionados por esses fatores (2007, p. 104)
Cabe, entretanto, reconhecer que a norma padrão, além de variante de prestígio social e de
uso das classes dominantes, é fator de agregação social e cultural e, portanto, é direito de todos os
cidadãos, sendo função da escola possibilitar aos alunos o acesso a essa norma.
A escrita tem a finalidade de levar o aluno a compreender o funcionamento de um texto
escrito, que se faz a partir de elementos como organização, unidade temática, coerência, coesão,
137
intenções, interlocutor (res) entre outros. Além disso, “[...] a escrita apresenta elementos
significativos próprios ausentes na fala”. (Marcuschi, 2005, p.17)
5ª SÉRIE
Conteúdo Estruturante: Discurso como prática social
CONTEÚDOS BÁSICOS
GÊNEROS DISCURSIVOS
Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise
linguística serão adotados como conteúdos básicos os gêneros
discursivos conforme suas esferas sociais de circulação. Caberá
ao professor fazer a seleção de gêneros, nas diferentes esferas,
de acordo com o Projeto Político Pedagógico, com a Proposta
Pedagógica Curricular, com o Plano de Trabalho Docente, ou seja,
em conformidade com as características da escola e com o nível
de complexidade adequado a cada uma das séries.
LEITURA
Tema do texto;
Interlocutor;
Finalidade;
Argumentos do texto;
Discurso direto e indireto
Elementos composicionais do gênero;
Léxico;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes
gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como
aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem.
ESCRITA Contexto de produção;
Interlocutor;
Finalidade do texto;
Informatividade;
Argumentatividade;
Discurso direto e indireto;
Elementos composicionais do gênero;
Divisão do texto em parágrafos;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes
gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como
aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem;
Processo de formação de palavras;
Acentuação gráfica;
Ortografia;
138
Concordância verbal/nominal.
ORALIDADE
Tema do texto;
Finalidade;
Argumentos;
Papel do locutor e interlocutor;
Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos...;
Adequação do discurso ao gênero;
Turnos de fala;
Variações linguísticas;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição,
recursos semânticos.
6ª SÉRIE
Conteúdo Estruturante: Discurso como prática social
CONTEÚDOS BÁSICOS
GÊNEROS DISCURSIVOS
Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise
linguística serão adotados como conteúdos básicos os gêneros
discursivos conforme suas esferas sociais de circulação. Caberá
ao professor fazer a seleção de gêneros, nas diferentes esferas,
de acordo com o Projeto Político Pedagógico, com a Proposta
Pedagógica Curricular, com o Plano de Trabalho Docente, ou seja,
em conformidade com as características da escola e com o nível
de complexidade adequado a cada uma das séries.
LEITURA Tema do texto;
Interlocutor;
Finalidade do texto;
Argumentos do texto;
Contexto de produção;
Intertextualidade;
Informações explícitas e implícitas;
Discurso direto e indireto;
Elementos composicionais do gênero;
Repetição proposital de palavras;
Léxico;
139
Ambiguidade;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes
gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como
aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem.
ESCRITA
Contexto de produção;
Interlocutor;
Finalidade do texto;
Informatividade;
Discurso direto e indireto;
Elementos composicionais do gênero;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes
gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como
aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem;
Processo de formação de palavras;
Acentuação gráfica;
Ortografia;
Concordância verbal/nominal.
ORALIDADE
Tema do texto;
Finalidade;
Papel do locutor e interlocutor;
Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos...;
Adequação do discurso ao gênero;
Turnos de fala;
Variações linguísticas;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;
Semântica.
7ª SÉRIE
Conteúdo Estruturante: Discurso como prática social
CONTEÚDOS BÁSICOS
GÊNEROS DISCURSIVOS Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise
linguística serão adotados como conteúdos básicos os gêneros
discursivos conforme suas esferas sociais de circulação. Caberá
ao professor fazer a seleção de gêneros, nas diferentes esferas,
de acordo com o Projeto Político Pedagógico, com a Proposta
Pedagógica Curricular, com o Plano de Trabalho Docente, ou seja,
140
em conformidade com as características da escola e com o nível
de complexidade adequado a cada uma das séries.
LEITURA
Conteúdo temático;
Interlocutor;
Intencionalidade do texto;
Argumentos do texto;
Contexto de produção;
Intertextualidade;
Vozes sociais presente no texto;
Elementos composicionais do gênero;
Relação de causa e consequência entre as partes e
elementos do texto;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes
gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como
aspas, travessão, negrito).
Semântica:
- operadores argumentativos;
- ambiguidade;
- sentido figurado;
expressões que denotam ironia e humor no texto.
ESCRITA Conteúdo temático;
Interlocutor;
Intencionalidade do texto;
Informatividade;
Contexto de produção;
Intertextualidade;
Vozes sociais presentes no texto;
Elementos composicionais do gênero;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes
gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como
aspas, travessão, negrito);
Concordância verbal/nominal;
papel sintático e estilístico dos pronomes na organização,
retomadas e sequenciação do texto;
Semântica:
- operadores argumentativos;
- ambiguidade;
- significado das palavras;
141
- sentido figurado;
- expressões que denotam ironia e humor no texto.
ORALIDADE
Conteúdo temático;
Finalidade;
Argumentos;
Papel do locutor e interlocutor;
Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos...;
Adequação do discurso ao gênero;
Turnos de fala;
Variações linguísticas (lexicais, semânticas, prosódicas,
entre outras);
Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;
Elementos Semânticos;
Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias,
repetições, etc.);
Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o
escrito.
8ª SÉRIE
Conteúdo Estruturante: Discurso como prática social
CONTEÚDOS BÁSICOS
GÊNEROS DISCURSIVOS
Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise
linguística serão adotados como conteúdos básicos os gêneros
discursivos conforme suas esferas sociais de circulação. Caberá
ao professor fazer a seleção de gêneros, nas diferentes esferas,
de acordo com o Projeto Político Pedagógico, com a Proposta
Pedagógica Curricular, com o Plano de Trabalho Docente, ou seja,
em conformidade com as características da escola e com o nível
de complexidade adequado a cada uma das séries.
LEITURA Conteúdo temático;
Interlocutor;
Intencionalidade do texto;
Argumentos do texto;
Contexto de produção;
Intertextualidade;
Discurso ideológico presente no texto;
Vozes sociais presente no texto;
Elementos composicionais do gênero;
142
Relação de causa e consequência entre as partes e
elementos do texto;
Partículas conectivas no texto;
Progressão referencial no texto;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes
gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como
aspas, travessão, negrito);
Semântica:
- operadores argumentativos;
- polissemia;
- expressões que denotam ironia e humor no texto.
ESCRITA
Conteúdo temático;
Interlocutor;
Intencionalidade do texto;
Informatividade;
Contexto de produção;
Intertextualidade;
Vozes sociais presentes no texto;
Elementos composicionais do gênero;
Relação de causa e consequência entre as partes e
elementos do texto;
Partículas conectivas do texto;
Progressão referencial no texto.
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes
gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como
aspas, travessão, negrito, etc.);
Sintaxe de concordância;
Processo de formação de palavras;
Vícios de linguagem;
Semântica:
- operadores argumentativos;
- ambiguidade;
- modalizadores;
- polissemia.
ORALIDADE Conteúdo temático;
Finalidade;
Argumentos;
143
Papel do locutor e interlocutor;
Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial,
corporal e gestual, pausas...;
Adequação do discurso ao gênero;
Turnos de fala;
Variações linguísticas (lexicais, semânticas, prosódicas,
entre outras);
Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição,
conectivos;
Semântica;
Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias,
repetições, etc.);
Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o
escrito.
ENSINO MÉDIO
Conteúdo Estruturante: Discurso como prática social
CONTEÚDOS BÁSICOS
GÊNEROS DISCURSIVOS
Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise
linguística serão adotados como conteúdos básicos os gêneros
discursivos conforme suas esferas sociais de circulação. Caberá
ao professor fazer a seleção de gêneros, nas diferentes esferas,
de acordo com o Projeto Político Pedagógico, com a Proposta
Pedagógica Curricular, com o Plano de Trabalho Docente, ou seja,
em conformidade com as características da escola e com o nível
de complexidade adequado a cada uma das séries.
LEITURA Conteúdo temático;
Interlocutor;
Finalidade do texto;
Intencionalidade;
Argumentos do texto;
Contexto de produção;
Intertextualidade;
Vozes sociais presente no texto;
Discurso ideológico presente no texto;
Elementos composicionais do gênero;
144
Contexto de produção da obra literária;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes
gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como
aspas, travessão, negrito);
Progressão referencial no texto;
Partículas conectivas no texto;
Relação de causa e consequência entre as partes e
elementos do texto;
Semântica:
- operadores argumentativos;
- modalizadores;
- figuras de lingaugem.
ESCRITA
Conteúdo temático;
Interlocutor;
finalidade do texto;
Intencionalidade;
Informatividade;
Contexto de produção;
Intertextualidade;
Referência textual;
Vozes sociais presentes no texto;
Ideologia presente no texto;
Elementos composicionais do gênero;
Progressão referencial no texto.
Relação de causa e consequência entre as partes e
elementos do texto;
Semântica:
- operadores argumentativos;
- modalizadores;
- figuras de linguagem;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes
gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como
aspas, travessão, negrito, etc.);
Vícios de linguagem;
Sintaxe de concordância;
Sintaxe de regência.
ORALIDADE Conteúdo temático;
145
Finalidade;
Intencionalidade;
Argumentos;
Papel do locutor e interlocutor;
Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial,
corporal e gestual, pausas...;
Adequação do discurso ao gênero;
Turnos de fala;
Variações linguísticas (lexicais, semânticas, prosódicas,
entre outras);
Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;
Elementos semânticos;
Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias,
repetições, etc.);
Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o
escrito.
Metodologia:
Como estamos vivendo a era digital, é necessário inserir nas salas de aula, os recursos
inovadores, para que assim a aula se torne mais interessante.
Não há uma única metodologia para a disciplina de língua portuguesa, pois existem
diferentes maneiras de trabalhar os conteúdos da matéria.
Metodologicamente, é importante trazer para a sala de aula todos os tipos
de textos existentes, colocar estas linguagens em confronto, não apenas as suas
formas particulares ou composicionais, mas o próprio conteúdo veiculado nelas. É
importante, também, ter claro que todos os textos estão marcados ideologicamente
e o papel do professor é explicitar, desmascarar tais marcas e apresentá-los ao
aluno, desmontando o funcionamento ideológico dos vários tipos de discursos,
sensibilizando o aluno à força ilocutória presente em cada texto.
Seguem abaixo algumas sugestões:
Leitura
146
Proporcionar ao aluno o contato por meio de técnicas variadas com os
diversos tipos de textos, trabalhando certos tópicos de estrutura: caracterização de
personagens, diálogos, presença do narrador, etc.
Observar aspectos semânticos, sintáticos e estilístico dos textos através da
leitura crítica.
Promover a ida à biblioteca para criar o hábito de buscar leitura.
Incentivar os alunos a trazerem livros, revistas e histórias em quadrinhos que
tenham em casa e dos quais gostem, para trocar com os colegas, promovendo um
intercâmbio de leituras.
Oralidade
Oferecer aos alunos a oportunidade de amadurecer o falar com segurança e
fluência em situações formais através de atividades de transmissão de informações
ou debates.
Estimular a oralidade por meio de exposição oral individual ou em grupo feita
interdisciplinarmente em diversas ocasiões.
Envolver o trabalho com a linguagem oral através de dramatizações de
textos teatrais; simulações de programas de rádio e televisão, encenações de
situações da vida cotidiana, etc.
Escrita
Propor atividades de escrita contextualizadas com correção coletiva.
Divulgar textos no jornal da escola, em murais da classe, em livros artesanal e
coletivamente produzidos.
Apreciar coletiva de textos sob a orientação do professor.
Criar um ambiente de oficina para as práticas de escrita para que os alunos se sintam
envolvidos com a preparação, apreciação e releitura dos textos.
Orientar o aluno no planejamento, organização e articulação das partes do texto, dialogando
com os discursos que circulam socialmente.
Avaliação:
147
A avaliação deverá ser contínua e priorizar a qualidade e o processo de aprendizagem ou
seja, o desempenho do aluno ao longo do ano letivo.
A Lei 9394/96, de Diretrizes e Bases da Educação Nacional dá destaque à
chamada avaliação formativa , vista como a mais adequada ao dia-a-dia da sala de
aula e como um grande avanço em relação à avaliação tradicional, denominada
somativa ou classificatória.
A avaliação formativa considera que os alunos possuem ritmos e processos de
aprendizagem diferentes e, por ser esta contínua e diagnóstica, aponta dificuldades, possibilitando
assim que a intervenção pedagógica aconteça a todo o tempo.
As avaliações serão efetivadas através de trabalhos e pesquisas individuais e em grupos.
Os debates, os discursos e os textos individuais são outras formas de avaliação. A participação,
assiduidade, avaliação diagnóstica, qualitativa, formativa, contínua e cumulativa também devem ser
contempladas.
A oralidade será avaliada progressivamente considerando- a participação do aluno nos
diálogos, relatos e discussões, a clareza que ele mostra ao expor suas ideias, a fluência de sua fala,
o seu desembaraço, a argumentação que ele apresenta ao defender seus pontos de vista e, de
modo especial, a sua capacidade de adequar o discurso aos diferentes interlocutores e situações,
porém deve-se respeitar o erro, sendo este considerado como uma maneira diferente de se
expressar.
Quanto à leitura, o professor deverá propor aos alunos questões abertas, discussões,
debates e outras atividades que lhe permitam avaliar as estratégias que eles empregam no decorrer
da leitura, a compreensão do texto lido e o seu posicionamento diante do tema, bem como valorizar
a reflexão que o aluno faz a partir do texto.
Em relação à escrita, é preciso ver a língua como manifestação de todos os seus aspectos
(discursivos, textuais, ortográficos e gramaticais) os elementos linguísticos utilizados nas produções
dos alunos precisam ser avaliados em uma prática reflexiva e contextualizada.
É utilizando a língua oral e escrita em práticas sociais, sendo avaliados continuamente em
termos desse uso, efetuando operações com a linguagem e refletindo sobre as diferentes
possibilidades de uso da língua, que os alunos, gradativamente chegam ao almejado letramento.
Referências:
BAKHTIN, Mikhail (IN: VOLOSHINOV, V. N). Marxismo e filosofia da linguagem. São
Paulo: Hucitec, 1986.
BAKHTIN, Mikhail. Estética da criação verbal. São Paulo: Martins Fontes, 1992.
Diretrizes Curriculares do Ensino de Língua Portuguesa.
148
FARACO, Carlos Alberto; CASTRO, Gilberto de. Por uma teoria linguística que
fundamente o ensino de língua materna (ou de como apenas um pouquinho de gramática nem
sempre é bom). In: Educar, n. 15. Curitiba: UFPR, 1999.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática pedagógica
educativa. 30 ed. São Paulo: Paz e Terra, 2004.
GERALDI, João Wanderlei (org.). O texto na sala de aula. São Paulo: Ática, 2001.
MARCUSCHI, Luiz Antonio. Géneros textuais: configuração, dinamicidade e circulação.
In: KARWOSKI, Acir Mário; GAYDECKZKA, Beatriz; BRITO, Karin S. (orgs.). Gêneros textuais:
reflexões e ensino. União da Vitória: Gráfica Kaygangue, 2005.
PARANÁ, SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACAÇÃO. Diretrizes Curriculares da
Educação de Jovens e Adultos no Estado do Paraná (versão preliminar). Curitiba, 2004.
VAL, Maria da Graça Costa. Redação e textualidade. São Paulo: Martins Fontes, 1993.
Cadernos Temáticos: História e Cultura Afro-Brasileira e Africana e Educação Escolar
Indígena.
149
PROPOSTA CURRICULAR
Disciplina: Matemática
Anos Finais do Ensino Fundamental
Apresentação da Disciplina:
A Educação Matemática encontra-se em processo de construção. Pode-se dizer que ela
está sendo direcionada de forma a envolver-se com as relações para o ensino, a aprendizagem e o
conhecimento matemático.
A finalidade da matemática é fazer com que o estudante compreenda e se aproprie dela
como um conjunto de resultados, métodos, procedimentos e situações-problemas. Outra finalidade
é fazer com que o estudante construa, por intermédio do conhecimento matemático, valores e
atitudes de natureza diversa, visando a formação do ser humano como cidadão.
Esta é a Educação Matemática proposta pelas Diretrizes Curriculares para a educação
básica e o Ensino Médio, prevendo a formação de um estudante crítico, capaz de agir com
autonomia nas suas relações sociais e, para isso, é necessário que ele se aproprie de
conhecimentos, dentre eles, a Matemática.
É necessário discutir a História da Matemática, pois por meio dessa, encontra-se a
oportunidade de compreender a Ciência Matemática desde suas origens e como essa disciplina tem
se configurado no currículo escolar brasileiro durante todos esses anos.
É necessário que ela auxilie na resolução de situações-problemas e busque referências
para compreender melhor os conceitos matemáticos.
Possibilitar ao estudante realizar análises, discussões,conjecturas, apropriação de conceitos
e formulação de ideias.
Desenvolver hábitos de estudo, de rigor e precisão, de ordem e clareza de uso correto de
linguagem, de perseverança na obtenção de soluções para os problemas abordados e de críticas e
discussões dos resultados obtidos.
Adquirir habilidades específicas para medir e comparar medidas, calcular, construir e
consultar tabelas.
Desenvolver a capacidade de obter, a partir de condições dadas, resultados válidos para
situações novas, utilizando o método dedutivo.
Reconhecer a inter-relação entre os vários campos da Matemática e a interdisciplinaridade.
Correlacionar conteúdos teóricos com a historicidade concernentes aos temas, fazendo a
inserção da cultura Afro-brasileira
150
Transpor para a prática docente, o objeto matemático construído historicamente e
possibilitar ao estudante, ser um conhecedor desse objeto.
Utilizar adequadamente os recursos tecnológicos como instrumentos de produção e
comunicação (uso de calculadoras, computadores, etc.)
Desenvolver um conjunto de técnicas e estratégicas a serem aplicadas
também em outras áreas do conhecimento.
Aplicar com correção e clareza, tanto na linguagem materna como na linguagem
matemática a terminologia correta.
Correlacionar conteúdos teóricos com a historicidade concernentes aos temas.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES – ENSINO FUNDAMENTAL
Para o Ensino Básico, da Rede Pública Estadual, os conteúdos estruturantes são:
Números, Operações e Álgebra;
Grandezas e Medidas;
Geometria;
Funções, Trigonometria;
Tratamento da Informação.
Números, Operações e Álgebra
Propõe-se, assim, o estudo dos números, tendo como meta primordial, no campo da
aritmética, a resolução de problemas e a investigação de situações concretas relacionadas ao
conceito de quantidades.
Da mesma forma, sugere-se que o trabalho com as operações: adição, subtração,
multiplicação e divisão se dê, principalmente, por meio de situações-problema em que o professor
faça correlações com o cotidiano dos alunos, como também estimule os cálculos por estimativas.
Ressalta-se a importância de compreender as várias ideias envolvidas numa mesma operação e as
relações existentes entre as operações.
É necessário enfatizar nessas Diretrizes que a álgebra é um conteúdo que perpassa todos
os anos escolares e está diretamente vinculada à aritmética básica, ensinada nos primeiros anos de
Ensino Fundamental.
Grandezas e Medidas
151
Na Educação Básica, as Grandezas e Medidas devem ser abordadas no contexto dos
demais conteúdos matemáticos, configurando-se como conteúdo estruturante que possui
fundamental importância, pois favorece o diálogo entre as pessoas, os Estados e as diferentes
instituições internacionais.
Geometria
Na Educação Básica os conhecimentos geométricos não devem ser separados da
aritmética e da álgebra, eles devem estar interligados, para favorecer a compreensão do objeto e
não reduzir-se às demonstrações geométricas em seus aspectos formais.
Funções e trigonometria
Na Educação Básica o aluno deve compreender que as funções estão presentes nas
diversas áreas do conhecimento para auxiliar o homem em suas atividades, elas devem ser vistas
como sendo capazes de provocar mobilidade às explorações matemáticas por conta da sua
variabilidade e possibilidade de análise do objeto.
Tratamento da Informação
O tratamento da informação é um conteúdo estruturante que contribui para o
desenvolvimento de condições de leitura crítica dos fatos que ocorrem na sociedade e para
interpretação de tabelas e gráficos que são usados para apresentar ou descrever informações.
História e Cultura afro-brasileira e Africana (Lei 10.639/03) e História e Cutlura
Afro Brasileira e Indígena (Lei 11.645/08)
Dentro da disciplina de matemática estes conteúdos serão abordados juntamente com o
conteúdo estruturante Tratamento de Informação, ou seja, através de gráficos, tabelas, situações-
problemas envolvendo dados sobre o negro e o índio, e sua evolução histórica e também trabalho
interdisciplinar com outras disciplinas.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E CONTEÚDOS ESPECIFICOS – ENSINO FUNDAMENTAL
Conteúdos Estruturantes
Conteúdos Específicos
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NUMEROS E ÁLGEBRA
Conjuntos Numéricos- Operações Fundamentais- Expressões Numéricas- Sistema de Numeração Decimal- Números Naturais- Números Decimais- Números Inteiros- Números Racionais- Números Irracionais- Números Reais- Múltiplos e Divisores- Frações- Notação Científica - Potenciação- Radiciação
Equações e Inequações- Equação do 1º grau- Sistema de Equação do 1º grau- Equação do 2º grau- Equações Irracionais- Equações Biquadradas- Inequação do 1º grau
Polinômios- Monômios e Polinômios- Produtos Notáveis- Fatoração Algébrica
Proporcionalidade- Razão e Proporção- Escalas- Regra de Três
GRANDEZAS E
MEDIDAS
Medidas de Comprimento- medidas padrão- múltiplos e submúltiplos do metro- comprimento da circunferência- perímetro da circunferência- perímetro de figuras planas- perímetro de polígonos
Medidas de massa- medida padrão- múltiplos e submúltiplos do grama
Medidas de tempo- milênio, século, ano, mês e dia- horas e minutos
Medidas de área- medidas convencionais- medidas não-convencionais- área de figuras planas- área do círculo
Medidas de volume- múltiplos e submúltiplos do litro- metro cúbico- volume do cubo, paralelepípedo e cilindro
Medidas de ângulos- ângulo reto- ângulo raso- ângulo agudo- ângulo obtuso- ângulos no círculo
Medidas de velocidade- metro por segundo- quilômetro por hora
Medidas de Aceleração- metro por segundo ao quadrado
Medidas de Temperatura- Escala Celsius- Escala Faranheit- Escala Kelvin
Sistema Monetário- sistema brasileiro e suas relações com os demais sistemas
Trigonometria- Relações Métricas no Triângulo Retângulo- Trigonometria no Triângulo Retângulo
FUNÇÕES Função Afim- Noção de função Afim
Função Quadrática- Noção de Função quadrática
GEOMETRIAS
Geometria Plana- Ponto- Retas- O Espaço Bidimensional
Geometria Espacial- O Espaço Tridimensional- Sólidos GeométricosGeometria Analítica- Sistema CartesianoGeometrias não-euclidianas- Noções de Topologia
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- Figuras Planas- Circunferência e Círculo- Congruência e Semelhança de Figuras
- Introdução a Geometria Fractal- Introdução a Geometria Projetiva
TRATAMENTO DA INFORMAÇAO
Estatística- Pesquisa Estatística- Gráfico de Barras- Gráfico de Linhas- Gráficos de Setores- Pictogramas- Média Aritmética- Moda- População e Amostra
Matemática Financeira- Porcentagem- Juros Simples- Juro Composto
Noções de análise Combinatória- Princípio fundamental da contagem
Noções de Probabilidade- Possibilidades e Chances- Cálculo de Chance- Conceito de Probabilidade
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E CONTEÚDOS ESPECIFICOS – ENSINO MÉDIO
Conteúdos Estruturantes
Conteúdos Específicos
NUMEROS E ÁLGEBRA
Números Reais- Números Naturais- Números Inteiros- Números Racionais- Números Irracionais- Números Reais
Noções de Números Complexos- forma algébrica- Operações na forma algébrica- Complexos conjugados- Plano de Argand-Gauss- Módulo de um número complexo- Forma trigonométrica- Operações na trigonométrica
Sistemas Lineares- Equação linear- Sistema de equações lineares- Classificação de sistemas lineares- Sistemas equivalentes- Escalonamento- Regra de Cramer- Discussão de sistema linear
Equações e Inequações- Equações e inequações exponenciais- Conceito de logaritmos- Propriedades operatórias dos logaritmos- Mudança de base dos logaritmos- Equações e inequações logarítmicas- conceito de módulo- Módulo de um número- Equações e inequações modulares
Matrizes e Determinantes- Conceito de matrizes- Representação de matrizes- Classificação de matrizes- Igualdade de matrizes- Operações com matrizes- Matriz quadrada- Matriz identidade- Matriz Inversa- Determinante de - Matrizes de 1ª, 2ª e 3ª ordens- Determinante de matriz de ordem n- Teorema de Laplace- Propriedades dos determinantes
Polinomios- Conceito de polinômios- Igualdade de polinômios- Operações com polinômios- Divisão de polinômios por monômio- Teorema do resto- Teorema D'Alambert- Equações polinomiais- Teorema fundamental da Álgebra- Teorema da decomposição- Relações de Girard
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GRANDEZAS E MEDIDAS
Medida de Grandezas Vetoriais- Força- Velocidade
Micro e Macro Medidas- O segundo e seus fracionamentos em décimos, centésimos e milésimos de segundo- Medidas de energia- Medidas de Comprimento em ângstorn e mícron- Medidas de informática
Trigonometria- Trigonometria no Triângulo Retângulo- Relações trigonométricas em um triângulo qualquer- Trigonometria na circunferência Retângulo
FUNÇÕESFunção Afim- Conceito de função Afim- Domínio e imagem- Coeficiente da função afim- Zero e equação de 1º grau- Crescimento e decrescimento- Estudo do sinal e inequações- Gráfico de uma função afim
Função Quadrática- Conceito de Função quadrática- Zeros e equação do 2º grau- Coordenadas do vértice da parábola- Imagem- Construção da parábola- Estudo do sinal e inequações- Gráfico de uma função quadrática
Função Polinomial (grau n maior que 2)- Conceito de função- Grau de uma função polinomial- Representação gráfica
Função Exponencial- Conceito de função exponencial- Gráfico da função exponencial
Função Logarítmica_ Conceito da função logarítmica - Gráfico de uma função logarítmica
Função Trigonométrica- Razões trigonométricas- função seno- Função cosseno- Função tangente- Equações trigonométricas- Identidade trigonométrica - Inequação trigonométrica- Transformações trigonométricas- Função periódica- Função trigonométrica inversa
Função Modular- Conceito da função modular- Gráfico de uma função modular
Progressão Aritmética (PA)- Sequência numérica- Conceito de PA- Termo geral de uma PA- soma dos n termos de uma PA
Progressão Geométrica - Conceito de PG- Termo geral de uma PG- Soma dos n termos de uma PG
GEOMETRIAS
Geometria Plana- Ponto, Reta e Plano- Paralelismo e Perpendicularismo- O Espaço Bidimensional- Ângulos- Figuras Planas- Polígonos- Círculo e Circunferência - Área de figuras planas- Congruência e Semelhança de Figuras
Geometria Espacial- O Espaço Tridimensional- Sólidos Geométricos- Poliedros
Geometria Analítica- Distância entre dois pontos- Equação da reta- Ângulo entre duas retas- Distância de um ponto a uma reta- Área do triângulo- Equação da circunferência- Distância de um ponto a um plano- Ângulo entre planos - Ângulo entre reta e plano- Secções Cônicas (conceito, parábola, elipse, hipérbole)
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- Prismas- Pirâmides- Cilindros- Cones- Esferas- Áreas- volume
Geometrias não-euclidianas- Geometria Fractal- Noções de Geometria Elíptica- Noções de Geometria Hiperbólica
TRATAMENTO DA INFORMAÇAO
Análise Combinatória e Binômio de Newton- Princípio fundamental da contagem- Fatorial de um número natural- Arranjo- Permutação- Combinação- Número binomial- Triângulo de Pascal- Fórmula do binômio de Newton- Termo geral do binômio
Estatística- Coleta de dados - População e amostra- Organização de dados em tabelas- Gráficos estatísticos- Distribuição de frequência- Medidas de posição (média, moda e mediana)- Medidas de dispersão (amplitude e variância)- Medidas de assimetria (assimetria e curtose)
Probabilidade- Experimento aleatório- Espaço amostral- Evento de uma espaço amostral- Probabilidade de um evento em espaço amostral equiprovável- Probabilidade com união ou intersecção de dois eventos- Probabilidade condicional- Eventos independentes- Probabilidade de dois eventos simultâneos
Matemática Financeira- Porcentagem- Juro Simples- Juro Composto- Descontos Simples
OBS: A Lei nº 10.639/03, que trata da História e Cultura Afro Brasileira e Africana e a Lei nº
11.645/08 referente à História e Cultura Afro Brasileira e Indígena serão abordadas dentro dos
conteúdo estruturante, tratamento da informação.
Metodologia:
Os procedimentos metodológicos devem propiciar as articulações entre conteúdos
estruturantes, conteúdos específicos e as tendências metodológicas da educação matemática, afim
de fundamentar cada vez mais a prática docente, pois as relações de interdependências
enriquecem o processo, para que não se esgote todas as possibilidades de realizar com eficácia o
processo de ensinar e aprender matemática.
− Investigações matemáticas;
− Articulando as diferentes tendências;
− Resolução de problemas;
− Etnomatemática;
− Modelagem matemática;
− Mídias tecnológicas;
− História da matemática.
156
Os procedimentos metodológicos devem estimular o aluno para que pense, raciocine, crie,
relacione ideias e tenha autonomia de pensamento. Em lugar de simplesmente imitar, repetir e
seguir o que o professor fez e ensinou, o aluno pode e deve fazer Matemática, descobrindo ou
redescobrindo por si só uma ideia, uma propriedade, uma maneira diferente de resolver uma
questão. Utilizando jogos, quebra-cabeças, problemas curiosos, ajudam o aluno a pensar
logicamente, a relacionar ideias e a realizar descobertas.
Trabalhar a Matemática por meio de situações-problema próprias da vivência do aluno e
que o façam realmente pensar, analisar, julgar e decidir pela melhor solução. A situação-problema
permite explorar várias estratégias: dramatizar, elaborar um diagrama, elaborar uma tabela
organizada ou utilizar o raciocínio combinatório.
Abordar o conteúdo significativamente, levando o aluno a sentir que é importante para ele
saber aquilo para sua vida em sociedade ou que o conteúdo trabalhado lhe será útil para entender o
mundo em que vive.
Valorizar a experiência acumulada pelo aluno dentro e fora da escola, detectando os seus
conhecimentos prévios para, com base neles, construir novos conhecimentos, contribuindo para
uma aprendizagem significativa.
O uso de calculadoras e computadores, em uma sociedade voltada à comunicação torna-
se natural a serem utilizados como ferramentas para explorar ideias numéricas, regularidades em
sequncias, tendências, comprovação de cálculos com “números grandes”, etc.
A História da matemática deve ser utilizada como excelente recurso didático. Deve-se
comparar a Matemática de diferentes períodos da História ou de diferentes culturas
(Etnomatemática)
Os conteúdos serão trabalhados de acordo com a Lei nº 10.639/03, que trata da História e
Cultura Afro Brasileira e Africana e a Lei nº 11.645/08 referente à História e Cultura Afro Brasileira e
Indígena. Dentro da disciplina de matemática, este tema será bordado juntamente com o conteúdo
estruturante Tratamento de Informação, ou seja, através de gráficos, tabelas, situações-problema
envolvendo dados sobre o negro e sua evolução histórica e também trabalho interdisciplinar,
integrado às atividades de Matemática.
Avaliação:
O educador deve propor por questões que estimulem os alunos a refletirem cada vez mais
sobre os seus próprios pensamentos, suas próprias argumentações. Deve fornecer informações que
possibilitem o progresso pessoal do aluno, bem como sua autonomia.
Com a avaliação, o educador deve fazer uma verificação de como se comunicar com os
alunos priorizando e valorizando a aprendizagem dos educandos.
Nesse sentido, a avaliação pode ser feita como instrumento, a partir do qual podemos
melhorar o ensino, efetuando novas formas de avaliar quando necessário.
Instrumentos de avaliação:
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- Avaliação escrita
- Avaliação em grupo
- Participação
- Trabalho individual e em grupo
- Auto-avaliação contextualizada, questões relacionadas a aplicação de práticas,
problemas com significados, acompanhados por desenhos, gráficos, esquemas,
etc.
Referências
Barreto, Benigno e Silva, Cláudio Xavier – Matemática. Aula por aula.
Diretrizes curriculares de Matemática para o Ensino Fundamental e Médio.
Giovanni, José Ruy – Matemática completa, volume único, SP FTD 2002.Longen, Adilson – Matemática. Positivo, 2004.
Muraro, Antonio – Palavra em ação.
Silva, Jorge Daniel e Fernandes, Valter dos Santos – Matemática. Coleção Horizontes.
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