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    UNIVERSIDADE VEIGA DE ALMEIDADIREITO DO TRABALHO I- profa. Benizete Ramos de MedeirosAULA II - (Roteiro) PRINCPIOS DO DIREITO DO TRABALHO

    Ningum nasce feito, experimentando-nos no mundo que ns nos fazemos Paulo Freire

    CRFBArts. I,inc. III; 7. ; 8; 9.TST- s. 51,II; 159; 212 291; 265 e 391,II

    I- DEFINIO Segundo Volia Bomfim1Principio a postura mental que leva o intrprete a se posicionar desta oudaquela maneira. Serve de diretriz, de arcabouo, de orientao para que a interpretao seja feita de

    uma certa maneira e, por isso, tem funo interpretativa

    Ainda, aborda que os princpios constitucionais so fontes de inspirao, de deduo,encaminhamento, integrao e interpretao da lei ou do legislados

    Os princpios apresentam-se para fincar o direito. No dizer de Gustavo Barbosa Garcia2apresentam natureza normativa, no se tratando de meros enunciados formais. Istose constata que dos princpios so extrados outras normas, significando que aqueles

    tm a mesma natureza fonte subsidiria de DireitoArt. 4 LICCC e 8 da CLT;

    Os princpios so as chaves para se chegar resposta correta;

    Servem de alicerce e certeza de um conjunto de valores; orientam, iluminam(expresso de Arnaldo Sussekind)

    I IFUNOFonte

    Informadorainspira o legislador

    Normativa-fonte supletiva na ausncia da Lei

    Intrpreteorienta o intrpretePara Volia Bomfim3, a funo informadora; interpretadora; diretiva ; unificadora enormativa, esta subdividida em supletiva e autnomaAduz a mesma autora 4Os princpios so fontes materiais porque inspiradores,informadores, integrativos.

    IIIPRINCPIOS GERAIS DO DIREITOIgualdade perante a Lei e no alegao de ignorncia (art. 3. LICC);

    Funo social do Direito (art. 5. LICC)Respeito ao ato jurdico perfeito, direito adquirido e coisa julgada (art. 6. LICC)Quem pode o mais pode o menos;

    Exception non adimplente contracto;

    A ningum pode se exigir o impossvel;1Bomfim. Volia . Direito do Trabalho, 5. Ed. Ed. Impetus, RJ. p. 1642Garcia. Gustavo Filipe Barbosa. Manual de Direito do Trabalho. Ed. Mtodo. SP. 2009.3BOMFIM, Op cit. p. 1744Op cit. p. 178

    http://www.pensador.info/autor/Paulo_Freire/http://www.pensador.info/autor/Paulo_Freire/http://www.pensador.info/autor/Paulo_Freire/
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    A ningum dado alegar a prpria torpeza (art. 150 CC);

    O contrato lei entre as partes;

    A ningum dado enriquecer-se com o dano alheio (187 CC);

    No h pena sem lei anterior;

    Boa -f e lealdade contratual (art. 113 CC)

    IVPRINCPIOS ESPECFICOS DO DIREITO DO TRABALHO

    Diviso de Pl RodriguezProteoIndubio pro misero; aplicao da norma mais favorvel e condio mais

    benfica;- Art. 477 1 CLT. o orientador do DT;- para compensar as desigualdades econmicas e fraquezas dos empregados; para

    proteger os empregados para desvios e excessos;

    a) Indubio pro miseroQuando uma mesma norma susceptvel de interpretao,aplica-se a interpretao mais favorvel;

    b) Aplicao da norma mais favorvelNa concorrncia de lei, aplica-se a norma maisfavorvel; uma revogao ao princpio da hierarquia das Leis.Trs teorias: Conglomeraoaplica-se o contedo unitrio;Acumulao ou atomistaTira-se o que mais conveniente, fracionando eOrgnicaConglomerao mais moderada.

    c) Condio mais benficaCondies de trabalho mais benfica. Art. 468, 9 CLT e 5XXVI da CF e s. 51,II; 291; 265 e 391,II TST.

    Irrenunciabilidade de direitosou intransacionabilidade- 9 ; 444; 468 CLT.Parte-se do princpio que impossvel juridicamente, privar-se, por vontade prpria devantagens reconhecidas pela legislao. Presume-se o vcio de consentimento.

    J vem sendo abalado pela flexibilizao.Volia Bomfim , que adota tambm o termo intransacionabilidade, aduzque Como regrageral, no pode o empregado, antes da admisso, no curso do contrato ou aps seu trmino, renunciar

    ou transacionar seus direitos trabalhistas, seja de forma expressa ou tcita. O impedimento tem comofundamento a natureza das normas trabalhistas, que so de ordem pblica, cogentes, imperativas, logo,irrenunciveis e intransacionveis pelo empregado. O art. 9 da CLT declara como nulo todo ato quevise desvirtuar, impedir ou fraudar a aplicao dos direitos trabalhistas previstos na lei. Da mesmaforma, o art. 468 da CLT, que considerou nula toda alterao contratual que cause prejuzo aotrabalhador. Reforando o entendimento, o art. 444 da CLT autoriza a criao de outros direitos pelavontade das partes, desde que no contrariem aqueles previstos na lei e nas normas coletivas.Todavia, a matria no to tranquila como parece. Inicialmente, convm traar as distines maisimportantes entre a renncia e a transao. A renncia uma declarao unilateral de vontade queatinge direito certo e atual, cujo efeito a extino deste direito. Plcido e Silva conceitua rennciacomo: (...) designa o abandono ou a desistncia do direito que se tem sobre alguma coisa. Nesta razo, arenncia importa sempre num abandono ou numa desistncia voluntria, pela qual o titular de umdireito deixa de us-lo ou anuncia que no o quer utilizar. A renncia pode vir expressamente ou podeser deduzida. Da a renncia expressa e a renncia tcita. A expressa a que, claramente, ositivamente, declarada ou firmada em ato pelo qual se declara ou se anuncia o abandono ou a desistncia. A tcita a deduzida ou a presumida, decorrendo da omisso, ou da inexecuo do ato, dentro do prazo legal, que

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    viria asseguraro direito. J a transao bilateral e recai sobre direito duvidoso, e o seu efeito apreveno do litgio.Pressupe concesses recprocas. Em ambos os casos o objeto da renncia ou da transao deve serdireito patrimonial disponvel, na forma do art. 841 do Cdigo Civil. De acordo com o VocabulrioJurdico,45 transao:(...) a conveno em que, mediante concesses recprocas, duas ou mais pessoasajustam certas clusulas e condies para que previnam litgio, que se pode suscitar entreelas ou

    ponham fim a litgio j suscitado.O objeto da renncia e da transao so os direitos patrimoniais trabalhistas de carter privado, sejaantes da contratao, durante o contrato ou aps a sua extino. Portanto, necessriotraar as diferenas entre os direitos patrimoniais de carter privado e os direitos de carter pblico,ou seja, os direitos disponveis e os indisponveis e, a partir de ento prosseguir no raciocnio.Patrimoniais so os direitos suscetveis de serem avaliados em dinheiro, isto , aqueles em que

    possvel se atribuir valorao econmica, expresso monetria. Indisponveis so os direitos queso controlados pelo Estado com maior ou menor intensidade, por protegerem interesses pblicos.

    No derivam da autonomia da vontade da parte e sim de imposio legal feita atravs de normascogentes, impostas pelo Estado para tutelar algum interesse social. Disponveis so os direitos cujosinteresses so particulares, suscetveis de circulabilidade.

    A concepo liberal dos direitos trabalhistas, que partia da separao radical entre o Estado e asociedade civil, entre o direito pblico e o direito privado, quando se percebia uma postura inerte doEstado diante dos problemas sociais, foi superada pela concepo do trabalhador como pessoahipossuficiente, merecedora da proteo do Estado. A revalorizao do trabalho subordinado tomacontornos com a Constituio mexicana de 1917, Constituio de Weimar de 1919, criao da OIT ecom a Declarao Universal dos Direitos do Homem (1948), hoje espelhada na nossa Carta de 1988.Ao consagrar os direitos fundamentais da pessoa, os textos constitucionais assumem conscientementeum sistema de valores, cujo maior fundamento a dignidade da pessoa humana. A fixao, em sedeconstitucional, dos direitos trabalhistas, de valores ticos e de princpios protetores e democrticos,todos com fora normativa, limitou ainda mais a liberdade contratual e os poderes patronais.A constitucionalizao do Direito do Trabalho tornou mais intenso o carter de

    indisponibilidade dos direitos trabalhistas em face da irradiao da eficcia horizontal dos direitosfundamentais ali preconizados. Da a ideia de que os direitos trabalhistas so fundamentais e, como tal,se impem aos cidados em suas relaes interpessoais e interprivadas, constituindo-se em limite autonomia da vontade de negociar. Sendo assim, no podem ser negociados, transacionadosou renunciados, salvo quando a lei expressamente autorizar.

    No foi por outro motivo que a CLT, apesar de editada em 1943, j previa a nulidade de todo e qualquerato que objetivasse fraudar ou burlar direitos trabalhistas nela previstos arts. 9, 444 e 468 da CLT.Desta forma, foroso concluir que todos os direitos trabalhistas previstos na lei so indisponveis,imperativos, e s podero ser disponibilizados quando a lei assim autorizar.Da mesma forma se posiciona a doutrina majoritria,46 seja quanto transao ou renncia, de formaantecipada ou no curso do contrato de trabalho. Todavia, este entendimento no pacfico, pois quando

    se trata de atos de disposio aps a extino do contrato, alguns autores a admitem, como abaixoexplicitado. Diferentes so aqueles direitos criados atravs do contrato de trabalho, regulamento internode empresa, conveno ou acordo coletivo, isto , de forma autnoma e privada, em que impera avontade dos contratantes. Embora estes direitos privados sejam aqueles concedidos acima do patamarmnimo da lei, a CLT tambm impe limites sua alterao, quando isso representar em prejuzo aoempregado. Portanto, quando o direito, objeto do ajuste, for privado, a transao ser possvel, desdeque no cause prejuzo direto ou indireto ao trabalhador. O mesmo no se pode dizer quanto renncia,que ser sempre nula, porque causar prejuzo ao empregado. No Direito do Trabalho existem normasimperativas, que so indisponveis pelas partes, mas que no impedem a vontade privada de criao deoutras normas de disponibilidade. Todavia, a lei cerca o trabalhador de garantias para assegurar a noocorrncia de atos que lhe causem prejuzo art. 468 da CLT. Este foi o mecanismo de defesa da lei

    para proteo da poltica social adotada pelo Estado. De forma diferente, Maurcio Godinho criou umadiviso entre os direitos indisponveis, para informar que estes direitos podem ser absolutos ourelativos. Absoluta a indisponibilidade cujo direito enfocado merecer uma tutela de nvel de interesse

    pblico, por traduzir um patamar civilizatrio mnimo,47 firmado pela sociedade poltica em um dadomomento histrico O autor49 limita o patamar mnimo civilizatrio em trs grupos convergentes de

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    normas heternomas: os direitos constitucionais em geral; as normas de tratados e convenesinternacionais vigentes internamente no Brasil, e as normas legais infraconstitucionais que asseguram

    patamares de cidadania ao indivduo que labora, como, por exemplo, a assinatura da CTPS, a garantiado salrio mnimo e bases salariais mnimas, normas de identificao profissional, procedimentosantidiscriminatrios e as normas de proteo sade e segurana do trabalhador. Melhor seria dizer,utilizando a terminologia do autor, que a indisponibilidade relativa refere-se ao direito cujo interesseseja privado, que no se caracteriza num padro civilizatrio geral mnimo. Godinho aponta comoexemplos de direitos de indisponibilidade relativa: normas autnomas, modalidade de pagamento, tipode jornada pactuada, fornecimento ou no de utilidade. Por isso, o autor admite a transao, desde queno acarrete prejuzo para o trabalhador (art. 468 da CLT), mas no admite a renncia. Quanto

    possibilidade de criao pelas prprias partes de direitos (normas autnomas) e possibilidade detransao destes por norma coletiva autnoma, Godinho limita sua atuao no princpio da adequaosetorial negociada. Explica que este princpio tem como objetivo harmonizar validamente as normas

    jurdicas oriundas de convnios coletivos com as regras jurdicas provenientes da legislao estatal.Para tanto, fixa dois critrios para a validade do convnio coletivo: a) quando as normas coletivasimplementarem padro de direitos superiores aos legais, pois geram vantagens melhores que aquelasgerais destinadas aos demais trabalhadores; b) quando as normas coletivas autnomas transacionaremdireitos de indisponibilidade relativa (nunca processo coletivo falecem poderes de renncia sobre

    direitos de terceiros. Discordamos da nomenclatura destinada tese.Resumindo: So seis as correntes:A primeira defende que no poder haver renncia e transao quanto aos direitos previstos em lei,salvo quando a prpria lei autorizar, mas no haver bice queles de carter privado, seja de formaindividual ou coletiva.O segundo entendimento no admite haver renncia e transao aos direitos previstos em lei, salvoquando a prpria lei autorizar e quanto queles previstos em norma de ordem privada a alterao s

    poder ocorrer se no causar prejuzo ao trabalhador, salvo disposio legal. Defendemos esta posio.A terceira posio no sentido de classificar os direitos trabalhistas em direitos de indisponibilidadeabsoluta ou de indisponibilidade relativa. O problema desta corrente que cada autor conceitua deforma diferente quais so os direitos de indisponibilidade absoluta e aqueles de indisponibilidade

    relativa. De qualquer forma, os de indisponibilidade absoluta no podem ser transacionados (ourenunciados), enquanto os de indisponibilidade relativa, sim.A quarta vertente a adotada por alguns tribunais, no sentido de que tudo possvel atravs de normacoletiva, em face da flexibilizao autorizada pela Carta/88. Defendem que, se a Constituio permitiuo mais, que a reduo salarial pela via negocial, o menos est automaticamente autorizado.A quinta tese, minoritria,54 sustenta que se o trabalhador pode renunciar seus direitos em juzo, ouseja, perante um juiz do trabalho, qualquer renncia vlida. Todavia, os defensores desta posio noesclarecem se at mesmo os direitos indisponveis (previstos na Carta e nas leis trabalhistas) podem serobjeto de renncia.A sexta e ltima corrente relaciona-se aos conflitos entre acordo e conveno coletiva. Alguns advogamque o acordo coletivo sempre prevalece sobre a conveno, seja porque efetuado entre empresa e

    sindicato dos empregados (critrio da especializao), pois vislumbra os problemas enfrentadosindividualmente por aquela empresa; seja porque o acordo, quando cronologicamente posterior conveno, demonstra que a empresa empregadora no tem condies de garantir as vantagens previstasna conveno, flexibilizando esses direitos (critrio cronolgico). Para alguns dos defensores desta tese,o acordo pode at prevalecer sobre a lei ou sentena normativa, mesmo que o sindicato que representa oempregador tenha sido parte dissidente

    Continuidade da relao7 I CLT; s. 212 TSTArt. 10 e 448 da CLTO contrato de trato sucessivo. Os contratos a prazo devem ser escritos. Infringido

    pela Lei 5.107/66 FGTS; contrato temporrio.Tem objetivo de conferir segurana nas relaesPara Volia Bomfim. A relao de emprego, como regra geral, tende a ser duradoura, em face da

    prpria natureza humana que impulsiona o homem na busca do equilbrio e da estabilidade de suas

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    relaes em sociedade. Imagina-se que o empregado, quando aceita um emprego, pretenda nestepermanecer por tempo indefinido. Esta a noo de engajamento do empregado na empresa.Em virtude disto, a regra geral quanto ao prazo do contrato de emprego que este indeterminado e aexceo o contrato a termo. Por isto, o contrato a termo deve ser expresso25 (art. 29 da CLT). Nohavendo prova do ajuste de vigncia do pacto, a presuno de que o contrato de trabalho indeterminado.Deste princpio tambm decorre a ilao de que o nus de provar a data e motivo da extinodo pacto trabalhista do empregador, na forma da Smula n212 do TST. O homem mdio busca asegurana e a estabilidade econmica, o que acarreta presuno de que todos desejam uma colocaono mercado para ter a oportunidade de trabalho, j que o desemprego assusta e traz instabilidadeeconmica. Da pressupe-se que o trabalhador no quer sair de seu emprego. O desdobramento dessa

    presuno conjugado ao fato do contrato de trabalho ser de trato sucessivo (que no se esgota numnico ato) gera a concluso de que o nus de provar o motivo e a data da sada do empregado de seuemprego do patro.

    Primazia da realidade9 CLT .Ex. S. 301 TST

    Diferena entre o formal e o que ocorre na prtica. O contrato de trabalho no formal

    Razoabilidade ou racionalidadeCF 7 XXI

    No privativo do DTEx. abandonar emprego grvida.

    Boa-f e rendimento

    RendimentoAs partes tm obrigaco de realizado o mximo esforo para aumentar eimpulsionar a produo, que tem um vis social.No causar dano a parte. Ex. empregado trabalha acreditando receber.Empregado trabalhar com seriedade e dedicao.Diviso Arnaldo Sussekind

    Alm dos princpios acima, alguns autores (Volia Bomfim) , apontam ainda:Irredutibilidade de salrio, salvo o previsto na CF 7, vi X, 468 CLT

    Integralidade e intangibilidade

    Segundo, Volida Bomfim, significa proteo dos salrios contra descontos no previstos em lei. Aintangibilidade tem como fundamento a proteo do salrio do trabalhador contra seus credores. Asinmeras excees esto expressamente previstas em lei, tais como: o pagamento de pensoalimentcia, a deduo de imposto de renda, contribuio previdenciria, contribuio sindical,emprstimos bancrios, utilidades e outros.O salrio irredutvel, salvo conveno coletiva ou acordo coletivo que autorize a reduo art. 7, VI, da CRFB.A contraprestao recebida pelo trabalhador pode ser paga em pecnia ou in natura. Nem uma nemoutra podem ser reduzidas, salvo acordo coletivo ou conveno coletiva. O impedimento visa aestabilidade econmica do trabalhador, que no pode ficar sujeito s oscilaes salariais. A

    possibilidade de reduo salarial j tinha sido autorizada pelo art. 503 da CLT e pela Lei n

    4.923/65 (art. 2).Citando, Arnaldo Sssekind advoga que o art. 503 da CLT est superado pela Constituio.Entretanto, defende a recepo pela Carta da Lei n4.923/65, permanecendo os critrios e as razes

    previstas na lei para a reduo salarial, desde que atravs de instrumento coletivo (modificao

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    introduzida pela Carta). Remetemos o leitor ao Captulo destinado ao tema, em que ser melhorexplorado.

    No discriminao

    Princpio da Continuidade da Empresa, ou da Preservao da Empresa, ou Funo Social daEmpresa (esse principio mais moderno e adotado por Volia Bomfim)Este princpio j era uma tendncia mundial, mas s tomou flego em nosso pas a partir da Carta de

    1988, pelo art. 170 da CRFB. Isto porque no estudo da funo social da propriedade percebeu-se que aempresa uma das formas de exerccio da propriedade. Da por que a relao entre propriedade,empresa e Direito do Trabalho ser abaixo estudada. Apesar de o tema ser badalado nos outros ramosdo direito, no ainda explorado pela doutrina trabalhista.A empresa desempenha um importante papel na sociedade, pois a grande propulsora da produo e dodesenvolvimento econmico. Grande parte da populao depende diretamente da empresa, seja atravsdos empregos que cria, das receitas fiscais e parafiscais que o Estado atravs dela arrecada, seja atravsdos servios ou produtos que produz e faz circular, do desenvolvimento que proporciona.O princpio da funo social da empresa pugna pela prioridade da sobrevivncia da empresa em casosde dvida acerca de sua continuidade ou encerramento, fazendo com que prevaleam seus interesses amdio e longo prazo, sobre o interesse daqueles que preferem sua extino, que tendem a pensar a curto

    prazo, de modo egosta ou individualista. A manuteno da empresa atende ao interesse coletivo namedida em que fonte geradora de empregos, de tributos, de produo ou mediao de bens e funcionacomo vlvula propulsora de desenvolvimento. A maior incidncia do princpio da preservao ocorrenos possveis casos de dissoluo da sociedade, quando, por exemplo, h retirada ou morte de um scioou administrador. Todavia, o princpio em estudo tambm pode ser explorado pelo vis dos interesses aserem protegidos enquanto a empresa estiver em funcionamento.Em virtude disto, a doutrina identifica duas finalidades da funo social da empresa: comoincentivadora do exerccio da empresa e como condicionadora de tal exerccio. No primeiro caso, afuno social da empresa serve de fundamento para sua manuteno, evitando o encerramento pelavontade de alguns scios, como antes explicado. No segundo caso, a funo social da empresa aparece

    como condio de seu exerccio.IVPRINCPIOS CONSTITUCIONAIS DO TRABALHODiviso de Volia BomfimEspecficos: Art. 7.-caput;Incisos , I (proteo despedida arbitrria); IV (garantia de salrio mnimo e reajuste peridico); VI(irredutibilidade salarial); XX (proteo do mercado de trabalho da mulher; XXVI (reconhecimentoconvenes coletivas); XXVII (proteo em face da automao; XXX (isonomia salarial e detratamento); XXX,XXXI,XXXII (no discriminao); XXII (trabalho infantil); XXVIII (acidente detrabalho a cargo do empregador);

    Art. 8.caput, I,II,III,IV,V,VI,VIII (direito sindical)(;Art. 9.direito de greve;Art. 11representao dos trabalhadores na empresa

    ANEXO ISUMULASSUM-51 NORMA REGULAMENTAR. VANTAGENS E OPO PELO NOVOREGULAMENTO. ART. 468 DA CLT (incorporada a Orientao Juris-prudencial n 163 daSBDI-1) - Res. 129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005I - As clusulas regulamentares, que revoguem ou alterem vantagens deferidas anteriormente, satingiro os trabalhadores admitidos aps a revogao ou alte-rao do regulamento. (ex-Smula n 51 -

    RA 41/1973, DJ 14.06.1973)II - Havendo a coexistncia de dois regulamentos da empresa, a opo do em-pregado por um deles temefeito jurdico de renncia s regras do sistema do ou-tro. (ex-OJ n 163 da SBDI-1 - inserida em26.03.1999)

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    SUM-159 SUBSTITUIO DE CARTER NO EVENTUAL E VACNCIA DO CARGO(incorporada a Orientao Jurisprudencial n 112 da SBDI-1) - Res. 129/2005, DJ 20, 22 e25.04.2005I - Enquanto perdurar a substituio que no tenha carter meramente eventual, inclusive nas frias, oempregado substituto far jus ao salrio contratual do substitudo. (ex-Smula n 159 - alterada pela Res.121/2003, DJ 21.11.2003)II - Vago o cargo em definitivo, o empregado que passa a ocup-lo no tem di-reito a salrio igual ao doantecessor.SUM-212 DESPEDIMENTO. NUS DA PROVA (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e21.11.2003O nus de provar o trmino do contrato de trabalho, quando negados a prestao de servio e odespedimento, do empregador, pois o princpio da continuidade da relao de emprego constitui

    presuno favorvel ao empregado.

    SUM-265 ADICIONAL NOTURNO. ALTERAO DE TURNO DE TRABA-LHO.POSSIBILIDADE DE SUPRESSO (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003A transferncia para o perodo diurno de trabalho implica a perda do direito ao adicional noturno.91 PETROLEIROS. LEI N 5.811/1972. TURNO ININTERRUPTO DE REVEZAMENTO.

    HORAS EXTRAS E ALTERAO DA JORNADA PARA HORRIO FIXO (converso dasOrientaes Jurisprudenciais ns 240 e 333 da SBDI-1) - Res. 129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005I - A Lei n 5.811/1972 foi recepcionada pela CF/88 no que se refere durao da jornada de trabalhoem regime de revezamento dos petroleiros. (ex-OJ n 240 da SBDI-1 - inserida em 20.06.2001) SmulaA-120II - A previso contida no art. 10 da Lei n 5.811/1972, possibilitando a mudana do regime derevezamento para horrio fixo, constitui alterao lcita, no vio-lando os arts. 468 da CLT e 7, VI, daCF/1988. (ex-OJ n 333 da SBDI-1 - DJ 09.12.2003)