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2. CONTROLO DA CONSTRUO DE BARRAGENS

A construo das barragens uma etapa fundamental pois nesta fase que se pe em prtica as opes de projecto.

tambm na fase de construo que se adapta o projecto s condies encontradas no local.

O Caderno de Encargos, CE, deve conter condies tcnicas especiais relativas construo.

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Cuidados a ter no processo construtivo

a) Injeco (tratamento da fundao)

Construo de cortinas ou injeces de consolidao.

O objectivo reduzir a permeabilidade da fundao.

No caso de macios rochosos, as injeces devem intersectar as principais famlias de descontinuidades.

b) Explorao das manchas de emprstimo

Confirmao dos pressupostos em projecto sobre os materiais existentes.

Seleco dos locais a extrair os materiais.

Construo de depsitos de material preparado.

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c) Preparao da fundao

Saneamento do local (remoo de toda a camada de terra vegetal).

Regularizao da fundao eventualmente com uma camada de beto pobre.

Captao de gua proveniente de ressurgncias.

No caso de macios rochosos, o saneamento deve expr eventuais descontinuidades e eliminar os solos finos das falhas.

de notar que o contacto entre a barragem e a fundao pode ser uma zona crtica!

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d) Controlo da compactao de solos

Muito semelhante ao referido para os aterros de vias de comunicao, mas com maior exigncia.

Ensaios de compactao dos materiais realizados no laboratrio de obra de cada vez que se muda de mancha de emprstimo (ou determinao da curva de referncia atravs do mtodo de Hilf ou da famlia das curvas).

Controlo da compactao (peso volmico e teor em gua) em vrios pontos de cada camada de modo a que se verifiquem as especificaes do CE relativas ao grau de compactao mnimo e ao teor em gua. O controlo tem que ser feito de forma rigorosa para ter em ateno que cada camada pode no ser construda ao mesmo tempo devido sua extenso.

Eventualmente, recolha de amostras do aterro compactado para ensaios de caracterizao das suas caractersticas hidro-mecnicas realizados em laboratrio.

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3. REGULAMENTO DE SEGURANA EM BARRAGENS

As barragens so estruturas complexas de grande importncia social e econmica. A sua explorao est associada a um dado risco potencial.

O risco potencial a quantificao das consequncias de um acidente. Contabiliza a probabilidade de ocorrncia de acidente e est definido na regulamentao portuguesa de segurana de barragens.

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O Regulamento de Segurana em Barragens, RSB (Decreto-Lei n 11/90 de 6 de Janeiro), o documento que regulamenta os aspectos relativos segurana das barragens.

Aplica-se s grandes barragens.

Para as pequenas barragens, vlido o Regulamento de Pequenas Barragens Decreto-Lei n 409/93, DR 290/93 Srie I-A de 1993-12-14

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Classificao das barragens (RSB):

Depende da altura e do volume da albufeira (capacidade de armazenamento)

Pequenas barragens

A altura mede-se desde a parte mais baixa da superfcie geral de fundaes at ao coroamento

Grandes barragens

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Classes de barragens (RSB)

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Grandes barragens:

h>15m ou h>10m e V>106 m3

h>15m e V>105 m3

Barragens de classe I

Pequenas barragens:

No so de classe I

h

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O Plano de Observao contm indicao sobreas grandezas a observar e a frequncia dasobservaes para as diferentes fases de vidadas barragens (construo, primeiroenchimento, servio, descarga, etc)

ICOLD

definido com base nas Normas de Observao e Inspeco de Barragens, NOIB, que se baseiam no ndice gobal de risco, EFR:

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NOIB

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Factores externos ou ambientais (E)

NOIB

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Barragem - fiabilidade estrutural (F)

NOIB

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Factores humanos e econmicos (R)

NOIB

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4. PLANO DE OBSERVAO E ESCOLHA DOS EQUIPAMENTOS

a) Objectivos da observao

b) Definio do Plano de Observao

c) Inspeco visual

d) Equipamentos, instalao e leituras

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a) Objectivos da observao

Obter dados relativos segurana

Prever o comportamento futuro

Verificar os modelos e critrios de dimensionamento

A recolha de dados sobre comportamentos associados a determinadas opes de projecto permite melhorar o conhecimento

Os principais objectivos da observao so os seguintes:

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b) Definio do Plano de Observao

No Plano de Observao define-se:

Grandezas a medir

Equipamentos para medio dessas grandezas

Frequncia de leituras

Critrios de interpretao das leituras

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Definidas para cada tipo de barragem acordo com o ndice global de risco EFR definido no RSB:

Grandezas a medir:

Nvel de gua na albufeira NAA

Meteorologia

Deslocamentos externos e internos

Presses

Tenses

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Na escolha dos equipamentos considera-se a amplitude necessria para as grandezas a medir e a preciso que se pretende nessas leituras.

Os critrios de interpretao das leituras esto associados ao tipo de equipamento e ao seu erro. Tambm dependem da frequncia das leituras.

O nmero mnimo de perfis instrumentados considerado representativo depende da dimenso e da importncia da barragem / risco e definido no Plano de Observao.

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A localizao dos equipamentos escolhida em funo da acessibilidade para a sua instalao e para efectuar as leituras.

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O nvel de gua na albufeira, NAA, a aco que mais varia ao longo do perodo de vida da Barragem. a grandeza que traduz a principal aco sobre a estrutura da barragem

Cotas notveis:

NMC (Nvel de Mxima Cheia)

NPA (Nvel de Pleno Armazenamento)

NAA

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Escalas visveis (escalas limnimtricas)

Limngrafos (registo contnuo com flutuadores, por exemplo)

Transdutores de presso

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Meteorologia

Precipitao

Temperatura

Vento

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Deslocamentos

Externos

Internos

Marcas superficiais

Varrimento laser

Placas de assentamentos

Baterias de assentamentos

Inclinmetros

Nveis hidrulicos

Extensmetros de varas

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Marcas superficiais

Deslocamentos externos 2 Pontos de apoio por margemPontos alvo

Pontos auxiliares

Marcelino (2009)

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Henriques e Lima (2009)

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Tacos de nivelamento

Marcas superficiais

Deslocamentos externos

Preciso de mm

Alinhamentos de 2 em 2m ou de 3 em 3m

Leituras discretas

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Equipamentos de leitura

Deslocamentos externos

Marcelino (2009)

Obras de Aterro

Varrimento laser

Deslocamentos externos

Tecnologia em fase de desenvolvimentoLeituras em contnuo

Rede de triangulao

Menor preciso do que as marcas superficiais

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Placas de assentamentos

Deslocamentos internos

Marcelino (2009)

Deslocamentos verticais

Obras de Aterro

Baterias de assentamentos

Deslocamentos internos

Deslocamentos verticais

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Inclinmetros

Deslocamentos internos

Preciso de mm

Marcelino (2009)

Deslocamentos horizontais

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Deslocamentos horizontais

Deslocamentos inclinados (caso particular)

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A orientao das calhas importante e convm estar alinhada com direces que faam sentido

Obras de Aterro

Marcelino (2009)

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Nveis hidrulicos

Deslocamentos internos

Marcelino (2009)

Obras de Aterro

Extensmetros de varas

Deslocamentos internos

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Presses

Marcelino (2009)

Obras de Aterro

Marcelino (2009)

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Obras de Aterro

Marcelino (2009)

Tenses

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Marcelino (2009)

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Exemplos de impressos para registo de leituras dos equipamentos

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c) Inspeco visual

A inspeco visual consiste na visita a toda a barragem com o preenchimento da Ficha de Inspeco.

A inspeco visual indispensvel no contexto da observao e tem um carcter contnuo.

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A Ficha de Inspeco permite assegurar que todos os aspectos importantes so contemplados na visita. Inclui fotografias e desenhos.

Contudo:Dados sobre a barragem

Dados sobre o projecto e construo

Aspectos a inspeccionar

Equipamentos instalados

Perfis com instrumentao

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5. EXEMPLOS DE BARRAGENS INSTRUMENTADAS

a) Barragem de Beliche

b) Barragem de Odelouca

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a) Barragem de Beliche

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b) Barragem de Odelouca

0 5 10 15 20 m

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Seces instrumentadas

0 25 50 m