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2. Interações fármaco-receptor Os bioensaios explicitam as respostas fisiológicas do organismo em ralação à concentração de agonistas. Frequentemente, as curvas desenhadas dessa relação do fármaco com o organismo tem um esboço hiperbólico – denominada curva concentração-resposta. Mas na prática, é mais comum grafar a resposta em função do logaritmo da concentração do agonista. – curva log concentração-resposta. Os fármacos atuam das seguintes formas: Ativando receptores e produzindo uma resposta subseqüente (AGONISTAS) Associando-se aos receptores mas sem produzir ativação (ANTEGONISTAS). Estes reduzem a probabilidade de os transmissores ou agonistas se fixem ao receptor. AGONISTAS Fixam-se ao receptor e a energia química dessa ligação gera uma modificação de conformação que gera uma cadeia de reações. A Equação que corresponde a isso, é: A + R AR AR* (1): depende da afinidade (2): depende da eficácia Os agonistas parciais não são capazes de suscitar a mesma resposta máxima dos agonistas puros, mesmo que sua afinidade pelo receptor seja a mesma. EFICÁCIA Capacidade dos agonistas em ativar os receptores, uma vez fixados a eles, de tal modo que: Os agonistas puros (ou plenos) apresentam uma alta eficácia e são capazes de produzir uma resposta (1) (2)

2. Interações fármaco-receptor

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Page 1: 2. Interações fármaco-receptor

2. Interações fármaco-receptor

Os bioensaios explicitam as respostas fisiológicas do organismo em ralação à concentração de agonistas. Frequentemente, as curvas desenhadas dessa relação do fármaco com o organismo tem um esboço hiperbólico – denominada curva concentração-resposta. Mas na prática, é mais comum grafar a resposta em função do logaritmo da concentração do agonista. – curva log concentração-resposta.

Os fármacos atuam das seguintes formas:

Ativando receptores e produzindo uma resposta subseqüente (AGONISTAS)

Associando-se aos receptores mas sem produzir ativação (ANTEGONISTAS). Estes reduzem a probabilidade de os transmissores ou agonistas se fixem ao receptor.

AGONISTAS

Fixam-se ao receptor e a energia química dessa ligação gera uma modificação de conformação que gera uma cadeia de reações. A Equação que corresponde a isso, é:

A + R AR AR*

(1): depende da afinidade(2): depende da eficácia

Os agonistas parciais não são capazes de suscitar a mesma resposta máxima dos agonistas puros, mesmo que sua afinidade pelo receptor seja a mesma.

EFICÁCIA

Capacidade dos agonistas em ativar os receptores, uma vez fixados a eles, de tal modo que:

Os agonistas puros (ou plenos) apresentam uma alta eficácia e são capazes de produzir uma resposta máxima ocupando uma pequena porcentagem dos receptores disponíveis.

Os agonistas parciais mostram uma baixa eficácia e são incapazes de provocar a resposta máxima, mesmo que ocupem todos os receptores disponíveis.

ANTAGONISTAS

Fixam-se aos receptores, mas não os ativam. Não induzem uma mudança na conformação e, portanto, não mostram nenhum eficácia. Entretanto, dado que eles ocupam os receptores, impedem que os agonistas se fixem, bloqueando sua ação. Existem dois tipos de antagonistas:

(1) (2)

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ANTAGONISTAS COMPETITIVOS:o Fixam-se reversivelmente aos receptores e têm um efeito de diluir os

receptores, de tal modo que: Produzem um deslocamento para a direita da curva dose-

resposta do agonista. A resposta máxima não diminue. Isso reflete o fato de que o

efeito do antagonista pode ser superado mediante o aumento da dose de agonista. Aumentando a concentração de agonista, aumenta a probabilidade de que ele tome o lugar de um antagonista que está ligado ao receptor.

A magnitude do deslocamento da curva dose-resposta do agonista reflete a afinidade do antagonista pelo receptor.

ANTAGONISTA NÃO-COMPETITIVOS:o São conhecidos como antagonistas irreversíveis, sua presença:

Também causa um deslocamento para a direita da curva concentração-efeito.

Deprime a resposta máxima, o que reflete um fato de que o efeito do antagonista não pode ser superado mediante a adição de doses maiores de agonistas. Em baixas concentrações, entretanto, pode aparecer o deslocamento da curva sem acontecer a depressão da resposta máxima. Isso nos indica que nem todos os receptores precisam ser ocupados para provocar uma resposta máxima, já que os antagonistas irreversíveis subtraem receptores de forma efetiva, daí evideciam-se os RECEPTORES DE RESERVA.

RESERVA DE RECEPTORES

AFINIDADE

Capacidade de combinação de um fármaco com um tipo de receptor.

É definidade pela constante de dissociação, representada pelo símbolo Kd. Quanto menor o Kd, maior a afinidade.

A velocidade na qual se produz a reação de associação depende da concentração do fármaco [F] e da concentração do receptor [R].

A velocidade na qual se produz a reação de dissociação depende principalmente da interação entre o fármaco e o receptor [FR].

Ka é a constante de associação, e se usa para quantificar a afinidade. Pode ser definida como a concentração de fármaco que produz 50% da resposta máxima, havendo alcançado o equilíbrio da reação e na ausência de reserva de receptores.

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Os fármacos com alta afinidade permanecem fixos a seus receptores durante um período de tempo relativamente longo e se diz que têm uma pequena velocidade de dissociação.