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O QUE CONSTITUI UMA CONTRIBUIÇÃO TEÓRICA? David A. Whetten* Brigham Young University Adaptado para aula Prof. Laércio Juarez Melz

2-o Que Constitui Uma Contribuição Teórica

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O QUE CONSTITUI UMA CONTRIBUIÇÃO TEÓRICA?

David A. Whetten*

Brigham Young University

Adaptado para aula

Prof. Laércio Juarez Melz

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Objetivo

• Esclarecer um pouco sobre o que é uma contribuição teórica.

• Autor:

• David A. Whetten

• Diretor do Faculty Center da Brigham Young University.

• Email: [email protected]

• Endereço : 4450 WSC. .Brigham Young University. Provo, Utah 84602.

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Organização do texto

• a) Quais são os blocos de construção para o desenvolvimento de teoria?;

• b) O que é uma contribuição legítima e que agrega valor ao desenvolvimento de teoria?;

• c) Quais os fatores considerados na avaliação de artigos conceituais?

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QUAIS SÃO OS BLOCOS DE CONSTRUÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DE TEORIA?

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O quê

• Quais fatores – variáveis, construtos, conceitos – logicamente devem ser considerados na explicação do fenômeno?

• Existem dois critérios para julgar se incluímos os fatores “certos”:

• abrangência – todos os fatores relevantes foram incluídos?

• parcimônia – alguns fatores devem ser excluídos por acrescentarem pouco valor adicional para nosso entendimento?

• Quais conceitos vou usar?

• Pode ser interessante colocar os conceitos todos e ver se eles tem conexão.

• Depois remover os que não são conectados ao objetivo.

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Como

• Como os fatores estão relacionados?

• Isso envolve usar “setas” para conectar as “caixas”.

• Esse passo adiciona ordem à conceitualização.

• Introduz causalidade (causa-efeito).

• Juntos, os elementos “o quê” e “como” constituem o domínio ou o conteúdo da teoria.

• Quanto mais complexo o grupo considerado de relacionamentos, mais proveitoso é representá-los graficamente.

• Representação visual frequentemente clareia o pensamento.

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Por quê

• Quais são as dinâmicas psicológicas, econômicas ou sociais fundamentais que justificam a seleção de fatores e as relações de causalidade propostas?

• Essa lógica constitui as suposições da teoria – a “liga” que unifica o modelo.

• A questão central aqui colocada é: por que os colegas deveriam dar crédito a essa específica representação do fenômeno?

• Teóricos precisam convencer os outros de que suas proposições fazem sentido se pretendem ter impacto na prática da pesquisa.

• A missão de um periódico de desenvolvimento de teorias é desafiar e estender o conhecimento existente, e não simplesmente reescrevê-lo.

• Autores deveriam forçar as fronteiras do conhecimento. • Isso implica explicar os “por quês”, tendo como base os “o quês” e

“comos”. • O porquê da pesquisa ter sido conduzida possui implicações

importantes para a ligação entre o desenvolvimento da teoria e a pesquisa de campo.

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Juntando tudo

• A combinação dos “comos” e “o quês” produz o modelo típico por meio do qual podem derivar proposições passíveis de serem testadas.

• A principal diferença entre proposições e hipóteses é que:

• proposições envolvem conceitos.

• hipóteses requerem medidas. Ex.: A é causado por B.

• As hipóteses são testadas a partir de modelos teóricos

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Em resumo

• “O quê” e “como” descrevem;

• Somente o “por quê” explica.

• “O quê” e “como” fornecem a estrutura para padrões de interpretação.

• Os dados, quantitativos ou qualitativos, descrevem;

• A teoria fornece explicação para as características.

• Juntos, esses três elementos fornecem os ingredientes essenciais de uma teoria simples: descrição e explicação.

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Quem, onde e quando

• Essas condições colocam limitações nas proposições geradas de um modelo teórico.

• Delimitam as fronteiras da generalização

• Constituem o alcance e a extensão da teoria.

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QUAIS OS FATORES CONSIDERADOS NA AVALIAÇÃO DE ARTIGOS CONCEITUAIS?

Fator Tem a ver com

O que é novo? Agrega valor ao pensamento atual?

E daí? A teoria mudará a prática da ciência organizacional nessa área?

Por que dessa forma? A lógica que fundamenta o artigo e as evidências que o suportam são convincentes?

Bem feito? “o quê”, “como”, “por quê”, “quando-onde-quem” são considerados?

Bem elaborado? O artigo está bem escrito? Ele flui logicamente?

Por que agora? É de interesse para os estudiosos nessa área?

Quem se importa? Qual percentagem de leitores acadêmicos está interessada nesse tópico?

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Referência

• WHETTEN, David A. O que constitui uma contribuição teórica? RAE - Revista de Administração de Empresas, v. 43, n. 3, p.69-73, jul-set 2003. Disponível em: <http://rae.fgv.br/sites/rae.fgv.br/files/artigos/10.1590_S0034-75902003000300006.pdf>. Acesso em: 13 ago. 2012.