2 - Tipos de Corrosão

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    2014/2015 DIREO-GERAL DOS ESTABELECIMENTOS ESCOLARES

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    Pro je to Co f i nanc ia do pe lo Fun do So c ia l E urop eu E ixo1 T i po l og i a de In t erv en o - 1 . 2 E ns i no P ro f is s ion a l

    3. Tipos de Corroso

    A corroso dos metais e suas ligas podem ser de vrios tipos, nomeadamente: Corroso uniforme ou por ataque generalizado Corroso Galvnica ou de par bimetlico Corroso localizada

    o Corroso por picada o Corroso por fendas

    Corroso por concentrao diferencial o Corroso por concentrao inica diferencial o Corroso por arejamento diferencial

    Corroso seletiva o Corroso graftica o Corroso por deszincificao

    Corroso associada ao escoamento de fluidos o Corroso-eroso o Corroso com cavitao

    Corroso intergranular o Corroso intergranular nos aos inoxidveis o Corroso intergranular de ligas de alumnio

    Corroso por correntes parasitas (ou eletroltica) Corroso sob tenso - fadiga Corroso por pontos Corroso por ranhuras

    Corroso Uniforme: Mais comum e facilmente controlvel, consiste em uma camada visvel de xido de ferro pouco

    aderente que se forma em toda a extenso do perfil. caracterizada pela perda uniforme de massa e consequente diminuio da seco transversal

    da pea. Esse tipo de corroso ocorre devido exposio direta do ao carbono a um ambiente agressivo e falta de um sistema protetor.

    Na Corroso uniforme ou por ataque generalizado a velocidade de corroso aproximadamente igual em toda a superfcie do metal.

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    Preveno e Controle: Dependendo do grau de deteriorao da pea, pode-se apenas realizar uma limpeza superficial com jacto de areia e renovar a pintura antiga. Em corroses avanadas, deve-se optar pelo reforo ou substituio dos elementos danificados. Em qualquer caso preciso a limpeza adequada da superfcie danificada.

    possvel controlar este tipo de corroso mediante utilizao de revestimentos protetores,

    inibidores ou por proteo catdica.

    Corroso Galvnica:

    A corroso galvnica ou de par bimetlico ocorre devido ao de uma pilha de corroso - contacto entre dois metais. Como exemplo temos os ligadores bimetlicos Alumnio (Al) / Cobre (Cu) para redes de baixa e alta tenso.

    fcil encontrar esse tipo de contacto em construes. A galvanizao de parafusos, porcas e arruelas; torres metlicas de transmisso de energia que so inteiramente constitudas de elementos galvanizados, esquadrias de alumnio encostadas indevidamente na estrutura e diversos outros casos decorrentes da inadequao de projetos.

    O metal mais nobre no corri e o mais ativo sofre corroso. Este fenmeno utilizado em certos casos para proteger os metais. o caso do ao recoberto com uma camada de zinco (ao galvanizado) Quando a camada de zinco sofre por exemplo uma ranhura, o ao passa a estar em contacto com o eletrlito, formando o par ao zinco, uma pilha em que o nodo a camada de zinco e o ao o ctodo.

    Outro exemplo o da folha de estanho (folha-de-flandres) usada em latas para refrigerantes e em embalagens para conservas alimentares. A folha-de-flandres refere-se a um laminado a frio, com os dois lados revestidos por estanho puro, desenvolvido para evitar a corroso e a ferrugem. Alm de possuir alta resistncia e maleabilidade, a folha de flandres incorpora ao para obter rigidez.

    Preveno e Controle: Ela evitada

    atravs do isolamento dos metais ou da utilizao de ligas com valores prximos na srie Galvnica.

    Uma forma muito utilizada a proteo catdica, que consiste em fazer com que os elementos estruturais se comportem como ctodos de uma pilha eletroltica com o uso de metais de sacrifcio.

    Corroso por picada:

    Trata-se de uma corroso localizada, manifestada por picadas (perfuraes de pequeno

    dimetro) na superfcie do metal.

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    O ctodo e o nodo encontram-se manifestamente separados. O nodo situa-se no interior da picada enquanto a superfcie circundante funciona como ctodo. Um recipiente de ferro pode ser coberto com estanho (ferro estanhado).

    Enquanto a camada est intacta no h corroso. Aps uma picada ou pancada, a corroso comea a espalhar-se por uma pequena rea, conforme demonstram as imagens seguintes.

    Corroso em fendas: A corroso em fendas (crevice corrosion) ocorre no interior de fendas ou frestas, por exemplo

    em juntas de vedao, rebites e parafusos, discos e vlvulas, etc. Estas situaes so propcias existncia de lquidos estagnados potenciando a corroso.

    Como consequncia, o processo de corroso concentra-se na parte mais profunda da fresta ou

    fenda, dificultando o acesso e o diagnstico desse problema. Em geral, esse problema afeta somente pequenas partes da estrutura, sendo portanto mais

    perigosa do que a corroso uniforme, cujo alarme mais visvel. Preveno e Controle: Se a corroso estiver em estgio inicial, pode-se recorrer limpeza

    superficial, secagem do interior da fenda e vedao com um lquido selante, aplicando-se posteriormente um revestimento protetor. Se a corroso estiver em nvel avanado, torna-se necessrio como nos outros processos o reforo ou substituio de peas.

    Corroso intergranular: A Corroso intergranular ocorre devido difuso de espcies qumicas

    at aos limites de gro em estruturas metlicas provocando fissuras. Como exemplo temos a difuso de carbono em aos. Estas fissuras podem crescer

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    subitamente dando origem a falhas catastrficas dos materiais, e por conseguinte, acidentes catastrficos no caso de equipamentos ou infraestruturas importantes.

    Os aos inoxidveis sofrem corroso intergranular devido formao de uma zona empobrecida

    em cromo ao longo dos contornos de gro, como consequncia da precipitao, neste local, de carbonetos de cromo.

    Ligas de alumnio-magnsio contendo acima de 3% de magnsio podem formar precipitados de Mg2Al8 nos contornos de gro. Estes precipitados so corrodos porque so menos resistentes corroso do que a matriz. Caso similar ocorre nas ligas de alumnio-magnsio-zinco.

    Eliminando-se os precipitados, elimina-se a causa da corroso intergranular. Entretanto, no caso

    das ligas de alumnio mencionadas, os precipitados so imprescindveis para a elevao da resistncia mecnica. Na seleo do material para servio em um determinado meio corrosivo, deve-se evitar o uso de ligas suscetveis corroso intergranular.

    Corroso por correntes parasitas (ou eletroltica): Ocorre em sistemas colocados no subsolo ou imersos em gua, causada por correntes eltricas

    provenientes de fontes de corrente contnua ou alternada. Como exemplo temos as linhas de transmisso de energia eltrica e telecomunicaes.

    Geralmente o metal forado a agir como

    nodo ativo, devido s deficincias de isolamento e aterramento. Normalmente acontecem furos isolados nas instalaes, onde a corrente escapa para o solo. A figura apresenta furos em tubos de ao-carbono causados por esse tipo de corroso.

    Corroso por tenso e/ou fadiga: Ocorre quando um metal sujeito a tenses e que acima de um certo limite (limite de fadiga)

    tende a fraturar. A fadiga de um material a progresso de uma fenda a partir da superfcie at a fratura, quando

    o material submetido a solicitaes mecnicas cclicas.

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    A fadiga inicia-se numa imperfeio superficial que um ponto de concentrao de tenses e progride perpendicularmente a tenso.

    Um processo corrosivo pode ser a causa do surgimento da fenda superficial por onde se inicia a fadiga.

    Um exemplo de um processo de corroso por tenso o caso de um tubo de gua com uma pequena fuga essa fuga vai aumentar gradualmente a corroso, de tal forma que, a determinada altura, poder provocar uma rutura completa. Um exemplo de corroso por fadiga, por exemplo um eixo de rotao de uma mquina, ou as ps de uma turbina, que ao fim de algum tempo de uso, e por intermdio do desgaste natura, acelera o processo de corroso, deteriorando-se mais depressa!