2007 Estratigrafia Da Bacia de Campos - Capítulo de Livro - Winter

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Estratigrafia da Bacia de CamposWilson Rubem Winter, Ricardo Jorge Jahnert, Almério Barros França

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  • B. Geoci. Petrobras, Rio de Janeiro, v. 15, n. 2, p. 511-529, maio/nov. 2007 | 511

    Bacia de Campos

    Wilson Rubem Winter1, Ricardo Jorge Jahnert2, Almrio Barros Frana3

    Palavras-chave: Bacia de Campos l Estratigrafia l carta estratigrfica

    Keywords: Campos Basin l Stratigraphy l stratigraphic chart

    1 Unidade de Negcio de Explorao e Produo da Bacia de Campos/Explorao/Sedimentologia e Estratigrafia

    e-mail: [email protected]

    2 E&P Explorao/Interpretao e Avaliao das Bacias da Costa Sudeste/Plo Centro

    3 E&P Explorao/Geologia Aplicada a Explorao/Modelagem de Sistema Petrolfero

    introduo

    A Bacia de Campos localiza-se no litoral nortedo Estado do Rio de Janeiro e a sul do Estado doEsprito Santo, limitada a norte pelo Arco de Vitriae, a sul pelo Arco de Cabo Frio. Possui uma reaaproximada de 100.000 km2, com mais de 1.600poos perfurados ao longo de mais de trs dcadasde explorao petrolfera. Economicamente, a ba-cia brasileira mais prolfica, alojando mais de 90%das reservas petrolferas brasileiras atuais.

    A primeira carta estratigrfica da Bacia deCampos data de 1973, compilada por Schaller (1973)a partir dos resultados da perfurao dos primeirospoos na bacia. Seguiram-se vrias atualizaes,sendo a ltima a de Rangel et al. (1994), todas comfoco em litoestratigrafia.

    A presente carta resume o conhecimento atualda bacia, com nfase na anlise cronoestratigrfica,onde foram mapeadas as principais seqncias de-posicionais com registro em todas as demais baciascosteiras brasileiras. Alm dos dados de poos e ss-mica, foram utilizadas tabelas bioestratigrficas in-

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    ternas da Petrobras, calibradas com tabelas de tem-po de Gradstein et al. (2004).

    embasamento

    O embasamento cristalino da Bacia de Cam-pos caracterizado por gnaisses de idade pr-cambriana pertencentes Provncia Proterozica daRibeira. Rochas do embasamento foram identificadasno poo 1-ESS-50 e testemunhadas nos poos 2-CST-1-RJ (2.619-2.621 m) e 1-RJS-94 (2.708-2.713 m).

    O embasamento econmico da Bacia de Cam-pos definido pelos basaltos da Formao Cabi-nas (equivalentes s seqncias K20-K34), deposi-tado nos andares Rio da Serra e Aratu inferior(Halteriviano), que cobrem discordantemente oembasamento pr-Cambriano.

    Superseqncia Rifte

    O registro sedimentar da fase rifte da Baciade Campos foi subdividido em trs seqncias depo-sicionais denominadas K20-K34, K36 e K38, comidades Hauteriviano, Barremiano (poro superior doAndar Aratu) e Eoaptiano (Andar Jiqui).

    As unidades pertencentes antiga FormaoLagoa Feia foram elevadas categoria de forma-o. Assim, o Grupo Lagoa Feia atualmente com-posto pelas formaes: Coqueiro e Retiro - definidaspor Rangel et al. (1994) e Itabapoana, Atafona,Garga e Macabu - definidas neste trabalho.

    Seqncia K20-K34

    A Seqncia K20-K34 possui como limite su-perior a discordncia observada no contato com ossedimentos da Seqncia K36. A Seqncia K20-K34 composta de derrames gneos, subalcalinos,subareos e subaquosos, com espessura mximaperfurada de 650 m, tendo sido atingida em cercade uma centena de poos. Basaltos e diabsios soas principais litologias desta unidade. Arenitos, silti-tos e conglomerados ocorrem localmente entre der-rames sucessivos, sendo denominados de intertrapes.

    Basaltos fraturados e vesiculares representam reser-vatrios produtores de leo no campo de Badejo. Asdataes obtidas nessas rochas permitem correla-cionar o evento magmtico Cabinas com o eventogneo Serra Geral, na Bacia do Paran.

    Seqncia K36

    A seqncia corresponde poro basal daFormao Lagoa Feia, doravante elevada categoriade grupo, mantendo a mesma seo-tipo proposta porRangel et al. (1994). A Seqncia K36 constitudapelas formaes Itabapoana e Atafona, depositadasno Andar Barremiano, equivalente aos andarescronoestratigrficos locais Aratu superior e Buracica.Seu limite inferior a discordncia do topo dos basal-tos da Formao Cabinas (K20-K34) e o limite supe-rior, a discordncia pr-Jiqui, de 125,8 Ma.

    A Formao Itabapoana representada porconglomerados, arenitos, siltitos e folhelhosavermelhados proximais de borda de bacia e de bor-da de falha. A Formao Atafona est representa-da, principalmente, por arenitos, siltitos e folhelhosdepositados em ambiente quimicamente diferencia-do, alcalino caracterizado pela deposio predomi-nante de minerais de talco e estevensita.

    Seqncia K38

    A seqncia corresponde poro intermedi-ria do Grupo Lagoa Feia, compreendendo as forma-es Itabapoana e Coqueiros, depositadas desde oBarremiano superior ao Aptiano inferior (equivalenteao Andar local Jiqui). Seu limite inferior adiscordncia pr-Jiqui, de 125,8 Ma e o limite su-perior corresponde discordncia pr-neo-Alagoas(com ocorrncia entre 120 Ma e 123,1 Ma), facil-mente identificada em sees ssmicas.

    A Formao Itapaboana representa os con-glomerados e arenitos proximais da bacia e de bor-da de falha.

    A Formao Coqueiros est representada porintercalaes de camadas de folhelhos e carbonatoslacustres compostos, predominantemente, pormoluscos bivalves. Estes depsitos de conchas che-gam a formar espessas camadas porosas, acima de100 m, denominadas barras de coquinas. Os paco-tes de coquinas porosas foram depositados em am-biente de alta energia e se constituem em reservat-rios produtores de petrleo.

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    A Formao Coqueiros facilmente reconhe-cida em ssmica, uma vez que a intercalao de fo-lhelhos de baixa densidade, ricos em matria org-nica, com carbonatos de alta densidade estabeleceuma sismofcies caracterstica. Os refletores ssmi-cos com mximas amplitudes negativas referem-seaos folhelhos do andar Jiqui (folhelho Jiqui), queso os principais geradores de petrleo da bacia.

    Superseqncia Ps-Rifte

    Esta superseqncia corresponde seo sedi-mentar disposta discordantemente sobre a seqnciade rochas de origem lacustre que foi depositada emambiente tectonicamente brando. Essa superseqnciapossui em sua base rochas argilosas (folhelho Alagoas),ricas em slica, alumnio e ferro, alm de estratos origi-nados pelo retrabalhamento de coquinas Jiqui. Predo-minam conglomerados e arenitos nas pores proximaiscom tpico padro progradacional. A base do sistemaexibe maiores variaes de espessura, reflexo darugosidade do relevo herdado do substrato exposto eroso e condicionadas s raras falhas sindeposicionais.

    A poro superior exibe padro retrograda-cional, caracterizando uma subida eusttica, confor-me registrado pela anlise isotpica de oxignio.

    O registro fossilfero pobre, representadopor ostracodes e rochas de origem microbial, deno-tando o stress ambiental que prevaleceu durantesua acumulao.

    Seqncias K46 e K48

    As seqncias correspondem poro superiordo Grupo Lagoa Feia, compreendendo as formaesItabapoana, Garga e Macabu, depositadas no andarAptiano mdio e superior (equivalente ao andar localAlagoas mdio e superior). Limitam-se na base peladiscordncia pr-neo-Alagoas e no topo pela discor-dncia da base da Seqncia Evaportica, de 112 Ma.Essas seqncias transicionais, originadas durante apassagem do ambiente continental lacustre para oambiente marinho, representam uma grande expan-so da bacia envolvendo grande diversidade litolgica.

    Enquanto a Seqncia K46 apresenta um ca-rter progradacional, a Seqncia K48 apresenta umpadro retrogradacional.

    A Formao Itapaboana representa os conglo-merados e arenitos de borda de bacia, que progradambacia adentro at o topo da Seqencia K46, passan-do, ento, a um padro retrogradante.

    As formaes Garga e Macabu esto caracteri-zadas por sedimentos carbonticos, margas e arenitos,depositados em ambiente raso, transicional. Essas uni-dades litoestratigrficas esto detalhadas no Apndice.

    A passagem entre as Seqncias K46 e K48est representada por uma discordncia de idade esti-mada de 115 Ma, evidente na poro proximal dabacia e por variao de litofcies nas pores distais,equivalente predominncia de laminitos microbiaise feies de exposio, sugeridas por perfis.

    Nas pores mais distais das Seqncias K46e K48 ocorrem calcrios estromatolticos (represen-tados como calcarenitos na carta) e laminitosmicrobiais da Formao Macabu, por vezes dolomiti-zados. Esses carbonatos revelam, atravs de teste-munhos e perfis, feies de exposio subarea edeposio local de arenitos elicos (?).

    Nesta seqncia so observados reflexes ss-micas com elevado mergulho no sentido offshore queesto sendo interpretadas como seaward dippingreflections (SDR). Essas feies rejuvenescem no sen-tido offshore at se conectarem lateralmente com acrosta ocenica, interpretada como originada prxi-ma ao limite K46-K48.

    Seqncia K50

    A seqncia corresponde aos evaporitos daFormao Retiro, do Grupo Lagoa Feia (Andar Albia-no inferior ou Andar local Alagoas superior). Est li-mitada na base pela discordncia entre os evaporitose a seqncia sedimentar transicional, de 112 Ma eno topo pela passagem dos evaporitos da FormaoRetiro para sedimentos da Formao Goitacs e For-mao Quissam do Grupo Maca. O tempo estima-do de deposio de 0,7 a 1 Ma, com taxa de acu-mulao incerta, devido a remobilizao posterior dehalita no sentido das guas mais profundas.

    De uma maneira geral, os sais mais solveisesto nos depocentros deposicionais do ambientemarinho/lagunar, rido. So observados ciclos ondeocorre a seguinte seqncia mineral: anidrita, anidri-ta + halita, anidrita + halita + carnalita/silvinita.

    A Seqncia K50 tem um papel importantena arquitetura da Bacia de Campos. A movimenta-o de sal moldou o assoalho marinho, criando ca-

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    minhos preferenciais para as areias depositadas noCretceo Superior.

    Superseqncia Drifte

    A superseqncia compreende os sedimentosmarinhos depositados sob um regime de subsidnciatrmica associada a tectonismo adiastrfico.

    Seqncia K60

    A seqncia compreende as formaesGoitacs (poro proximal) e Quissam (poro distal),do Grupo Maca. Tambm conhecida informalmen-te como Maca (Alfa) ou Maca guas Rasas. Olimite inferior o topo da Formao Retiro/GrupoLagoa Feia e, o superior, o marco estratigrfico de-nominado Marco Beta, de carter regional, que cor-responde a uma superfcie de inundao mxima,correlacionvel ao Marco Glaucontico nas poresmais proximais da bacia.

    A seqncia foi depositada em um perodo apro-ximado de 4,9 Ma, com uma taxa mxima de deposi-o de 21,5 m/Ma. Litologicamente, ao longo da bordaoeste da bacia ocorre uma associao complexa de le-ques aluviais, leques delticos e fandeltas (clsticos) almde bancos e lagunas calco-pelticos (sistema misto), co-nhecido como Maca Proximal (Guardado et al. 1989).Nas pores intermedirias predominam sedimentoscarbonticos depositados em ambiente de energia altaa moderada, representada por bancos de calcarenitosoolticos, oncolticos e micro-oncolticos, formando ciclosde arraseamento ascendente de at 15 m de espessura,com porosidades variveis. As pores distais esto ca-racterizadas por um aumento significativo no teor deargilas (folhelho Albiano Alfa), com condensao de se-o. A base dessa seqncia est caracterizada por umsistema carbontico de plancie de mar, comsubambientes de supramar, intermar e lagunar.

    Um pacote de dolomitos muito bem desenvolvi-do ocorre na poro proximal das reas centro e sul dabacia. Esta fcies, aqui denominada de Membro Bziosda Formao Quissam, est definida no Apndice.

    Na rea norte da bacia, o sistema proximalclstico de textura grossa da Formao Goitacspassa a um sistema misto que avana no sentidodas guas profundas.

    Seqncia K70

    A seqncia corresponde s formaesGoitacs (proximal), Outeiro (distal) e o Arenito Na-morado, que passa a ser denominado FormaoNamorado do Grupo Maca. A seo-tipo continuasendo a do poo 1-RJS-283, conforme proposto porRangel et al. (1994).

    O limite inferior dessa seqncia dadopelo Marco Beta nas pores distais e pela dis-cordncia do topo dos sedimentos calco-areno-sos das formaes Goitacs e Quissam nas por-es proximais. O limite superior marcado peladiscordncia que marca a passagem do Cretceoinferior para o Cretceo superior nas pores pro-ximais e pelo Marco Chalk nas posies no pro-ximais. Engloba o andar Albiano superior, tendosido depositada inteiramente ao longo de 6,8 Macom taxa de sedimentao mxima de 53 m/Ma.

    A base da seo informalmente conhecidacomo Seo Bota, devido forma das curvas dosperfis de raios gama e resistividade. composta porcalcilutitos com biota plantnica, principalmentecalcisferuldeos e foraminferos da Formao Outeiro(pores proximal e mediana) e conglomeradospolimticos e arenitos da Formao Goitacs (poroproximal). Em guas profundas h um considervelenriquecimento em folhelhos e margas, com aumen-to na quantidade de foraminferos planctnicos,coclitos e radiolrios.

    Os sedimentos pelgicos dessa seqncia fo-ram depositados em resposta a uma progressiva su-bida relativa do nvel do mar que resultou no afoga-mento da plataforma rasa.

    Os depsitos arenosos de sistemas originadospor fluxos hiperpicnais compem a Formao Na-morado, que representa reservatrios arenosos queocorrem encaixados em baixos deposicionais (intra-slope basins) gerados e controlados pela tectnicasalfera albiana.

    Seqncia K82-K84

    A seqncia corresponde s formaes Goitacs(proximal), Namorado e Imbetiba (distal) - detalhadano anexo I - compondo a parte superior do GrupoMaca. A Formao Imbetiba, aqui definida, corres-ponde as margas do intervalo palinolgico informal-mente conhecido como gama (Cenomaniano).

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    A Seqncia K82-K84 tem como limite inferiora discordncia que marca a passagem do Cretceoinferior para o Cretceo superior ou o Marco Chalk. Olimite superior caracterizado pela base de um eventoanxico. A unidade foi depositada, aproximadamente,em 6 Ma, com taxa deposicional mxima estimada de55 m/Ma. Nessa unidade predominam as rochaspelticas representadas por margas bioturbadas comforaminferos bentnicos e planctnicos, alm deradiolrios. Esses pelitos compem uma grande cunhaclstica que selou definitivamente a ocorrncia dos car-bonatos do Grupo Maca.

    Os arenitos da Formao Namorado ocorremintercalados aos sedimentos pelticos da FormaoImbetiba. Nas pores proximais predominam conglo-merados polimticos e arenitos da Formao Goitacs.

    Essa unidade foi depositada em ambiente ba-tial superior, com registro de anoxias episdicas, repre-sentadas por folhelhos escuros laminados.

    Seqncia K86-K88

    A seqncia corresponde poro basal doGrupo Campos, referente aos andares Turoniano eConiaciano inferior, envolvendo as formaesUbatuba (Membro Tamoios), Carapebus e Embor(Membro So Tom - informalmente conhecidacomo Fcies Clstica).

    Esta seqncia, depositada ao longo de 5 Ma,possui como limite inferior os folhelhos turonianos doMarco Verde, e, superior, a discordncia Eoconiacianade 88,5 Ma (Gradstein et al. 2004). Os arenitos doandar Turoniano, depositados em ambiente batialsuperior, foram gerados a partir de fluxos hiperpicnaisque produziram depsitos menos encaixados que osda seqncia inferior.

    Seqncia K90

    A seqncia corresponde aos sedimentossiliciclsticos de idade Eoconiaciana a Mesocampani-ana, do Grupo Campos, formaes Ubatuba (Mem-bro Tamoios), Carapebus e Embor (Membro SoTom, informalmente conhecida como FciesClstica). Tem como limite inferior a discordnciaEoconiaciana de 88,5 Ma (Gradstein et al. 2004) e,como limite superior, uma discordncia Mesocam-paniana em 79,6 Ma.

    A deposio dessa seqncia ocorreu em am-biente progressivamente mais profundo, de batial

    superior para batial mdio, sendo os depsitos dearenito encontrados confinados em calhas intratalude,de direo NW-SE, com padro de estaqueamentoretrogradante (megasseqncia marinha transgressi-va). Nas regies distais ocorreu um forte controle dosevaporitos na deposio dos pacotes arenosos quese estaquearam em sub-bacias entre as muralhas edomos de sal.

    Este sistema arenoso (Coniaciano/Santoniano) o mais expressivo do Cretceo da Bacia de Campos.Nesta seqncia ocorrem rochas representantes deintensa atividade vulcnica, principalmente na reasul, de natureza tanto extrusiva (basaltos ehialoclastitos) quanto intrusiva (diabsios e gabros) deidade 81,5 a 83,2 Ma (mtodo Ar/Ar). No topo dessaunidade ocorrem cinzas vulcnicas, do Campaniano,com assinatura peculiar no perfil snico conhecido comoMarco Trs Dedos. Litologicamente so argilitos decor cinza esverdeada, extremamente higroscpicos,homogneos, no-bioturbados e afossilferos.

    Seqncia K100 - K110

    A seqncia corresponde aos sedimentos deidade Mesocampaniana. Possui como limite inferiora discordncia Mesocampaniana, de 79,6 Ma, e comolimite superior a discordncia Neocampaniana de 73 Ma.A seqncia compreende as formaes Ubatuba(Membro Tamoios), Carapebus e Embor (MembroSo Tom-Fcies Clstica).

    Esta seqncia composta, em sua poroproximal, por sedimentos arenosos avermelhados,nerticos, tpicos de ambiente plataformal raso, inter-pretados como depsitos de fandelta. Nas poresintermedirias, predominam folhelhos e, nas distais,margas com corpos arenosos intercalados. Essa unida-de faz parte da poro superior da megasseqnciamarinha transgressiva, que desloca, em muito, o onlapcosteiro em direo ao continente, com paleobatimetriabatial inferior a abissal na maior parte da bacia.

    Seqncia K120

    A seqncia compreende os sedimentos silici-clsticos dos andares Campaniano superior a Maastri-chtiano inferior. Possui como limite inferior a discor-dncia Neocampaniana de 73 Ma, e como superior discordncia de 69 Ma. A seqncia corresponde sformaes Ubatuba (Membro Tamoios) e Carapebus,caracterizadas por um pacote siliciclstico fino com

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    raros corpos arenosos, originados por fluxoshiperpicnais, de ambiente marinho profundo (batialinferior) - e Formao Embor/Membro So Tom(Fcies Clstica) - caracterizada por arenitos platafor-mais avermelhados. Os sedimentos avermelhados doMembro So Tom da Formao Embor foram de-positados em ambiente de plataforma costeira, nerti-co raso, em sistema do tipo fandelta, que ocorre aolongo da borda oeste da bacia.

    Seqncia K130

    A seqncia compreende os sedimentos silici-clsticos depositados no andar Maastrichtianosubjacente ao limite Cretceo-Palegeno. A seqn-cia corresponde s formaes Ubatuba (MembroTamoios) e Carapebus, caracterizadas por um paco-te siliciclstico fino com corpos arenosos, originadospor fluxos hiperpicnais, de sistemas turbidticos de-positados em ambiente marinho profundo (batial in-ferior) - e Formao Embor/Membro So Tom(Fcies Clstica) - caracterizada por arenitos plata-formais avermelhados.

    Este sistema arenoso (K130) de guas profun-das relativamente mais rico em areia quando com-parado aos plays mais antigos e, de uma maneirageral, foi depositado em calhas mais amplas e menosencaixadas, passando a um sistema de depsitosestaqueados entre muralhas de sal nas pores maisdistais. Texturalmente, essas areias so reservatriosde granulao de fina a grossa, limpos e com exce-lente potencial permoporoso. Mineralogicamente soarcsios e arcsios lticos, com seleo moderada apobre, e gros subangulosos a angulosos. Nas por-es mais proximais ocorrem canais discretos, preen-chidos por conglomerados e arenitos grossos.

    Seqncia E10-E20

    A seqncia engloba os sedimentos deposita-dos durante a srie Paleoceno. Ela corresponde aosdepsitos das formaes Ubatuba (Membro Gerib),Carapebus, e Embor (Membro So Tom). Limita-se, na base, pela discordncia limtrofe do Cretceo-Palegeno e, no topo, pela discordncia que limita assries cronoestratigrficas do Paleoceno e Eoceno.

    Nas pores proximais, no sop do talude de-posicional, so freqentes as eroses e deposies decamadas (drapes) de lama originando depsitos dedebris flow (diamictitos lamosos), que revelam termi-

    naes em onlap contra a sua base, na forma de gran-des cunhas. Nessas pores proximais intensa a ero-so com preservao apenas local de relictos sedi-mentares de idade Daniana. O trato de mar baixo,em guas profundas, apresenta depsitos de fluxoshiperpicnais constitudos por arenitos e diamictitos deleques acanalados, bem como canais alimentadores -quilomtricos, preenchidos por conglomerados.

    Esta seqncia encontra-se incompleta por ero-so at mesmo em guas ultraprofundas. A atividadevulcnica est representada por basaltos, datados de65,5 Ma (Evento Magmtico Cretceo-Palegeno) e62 Ma (Evento Magmtico Paleoceno). Na localida-de de Barra de So Joo, municpio de Casemiro deAbreu (RJ) ocorre um corpo alcalino de geometria cir-cular, com 3 km de dimetro e 700 m de altitude,representando um monte vulcnico desta idade.

    Seqncia E30

    A seqncia compreende os sedimentos de-positados durante o Eoceno inferior e tem como li-mite inferior a discordncia da passagem do Paleo-ceno para o Eoceno e o limite superior discordn-cia do Eoceno inferior, de 50 Ma. A poro proximalest caracterizada pelos sedimentos de fandeltas edeltas da Formao Embor/Membro So Tom,composto por conglomerados e arenitos que reve-lam estilo deposicional retrogradante.

    Nesta seqncia, os arenitos foram deposita-dos em calhas halocinticas e, principalmente,tectnicas, relacionadas a reativao de sistemastranscorrentes NW-SE. Comumente, so observa-dos retrabalhamentos por correntes de fundo. Mani-festaes vulcnicas, iniciadas na seqncia anterior(Cretceo superior e Paleoceno), ocorrem sob a for-ma de derrames baslticos (Evento Magmtico Abro-lhos, de 53 Ma 2 Ma). Tambm foram encontra-dos hialoclastitos e rochas mistas (lava + sedimen-tos), denominadas peperitos, em poos da porosul da bacia.

    Seqncia E40-E50

    A seqncia compreende os sedimentos de-positados entre o final do Eoceno inferior e o Eocenomdio e tem como limite inferior a discordncia doEoceno inferior (50 Ma) e o limite superior discor-dncia do Eoceno mdio, de 41,8 Ma. Nesta seqn-cia ocorrem os primeiros carbonatos plataformais,

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    representados por calcarenitos e calcirruditosbioclsticos (principalmente constitudos por algasvermelhas), quartzosos, com matriz micrtica(packstone), definindo a litologia predominante noMembro Grussa da Formao Embor.

    Na poro proximal, a sedimentao(fandeltas) predominantemente siliciclstica, deconglomerados, arenitos e pelitos clsticos que ca-racterizam o Membro So Tom da Formao Embor,enquanto nas reas bacinais ocorrem depsitos are-nosos de fluxos hiperpicnais, constituindo os SistemasTurbidticos Marginais Mistos (Mutti et al. 2003) daFormao Carapebus, alm do Sistema Peltico Bacinalda Formao Ubatuba/Membro Gerib. H registrosde vulcanismo alcalino (basaltos, diabsios e tufosvulcnicos), com aproximadamente 43 Ma, corres-pondentes ao Evento Magmtico Eoceno Mdio. Tam-bm so encontrados importantes pacotes de diamicti-tos rodolticos, denominados pebbly, depositados apartir de fluxo de detritos (debris flow). Localmente,podem gradar a calcirruditos rodolticos e conglome-rados polimticos, com rodolitos.

    Seqncia E60

    A seqncia compreende os sedimentos do Eo-ceno mdio (parte superior) e Eoceno superior e temcomo limite inferior a discordncia interna ao Eocenomdio de 41,8 Ma (Gradstein et al. 2004). O limite su-perior a discordncia do Eoceno superior, de 34,4 Ma.

    A poro proximal est caracterizada pelos se-dimentos de fandeltas e deltas da Formao Embor/Membro So Tom, composto por conglomerados earenitos que revelam estilo deposicional progradan-te. Os sedimentos carbonticos so as litologias quediferenciam o Membro Grussa da Formao Embor.Nesta seqncia encontram-se os pacotes mais es-pessos de diamictitos (pebbly) e de maior distribuioem rea na bacia (marco regional). Arenitos maci-os, arenitos laminados com siltitos argilosos,bioturbados esto intercalados a folhelhos e margas.As maiores espessuras de arenitos reservatrio ocor-rem no preenchimento de calhas e baixos deposicio-nais, conferindo a esses reservatrios geometriaacanalada. Na poro mdia a superior dessa seqn-cia, ocorre uma camada regional de diamictitos co-nhecida como pebbly eocnico. Nessa seo supe-rior a ocorrncia de arenitos menor, devido faltade continuidade lateral dos arenitos macios e/ou in-tensa diagnese carbontica.

    Seqncia E72

    A seqncia compreende os sedimentos quedistinguem a passagem do Eoceno superior (andarPriaboniano) para o Oligoceno inferior (andarRupeliano). Esta seqncia contempla um pacotesedimentar com deslocamento no sentido do conti-nente, representando um aumento na variao rela-tiva do nvel do mar.

    Ela se compe das formaes Ubatuba (Mem-bro Gerib), Carapebus e Embor (Membros SoTom e Grussa). As rochas predominantes nessa se-qncia so arenitos, resultantes de fluxos turbidti-cos densos, siltitos e folhelhos. Um avental de dia-mictitos ocorre nas pores de base de talude. Naspores proximais ocorrem arenitos plataformais daFormao Embor. Em posies prximas quebrade plataforma ocorrem calcarenitos e calcirruditos debancos alglicos do Membro Grussa.

    Seqncia E74

    A seqncia corresponde aos sedimentos doOligoceno inferior, andar Rupeliano. Ela engloba asformaes Ubatuba (Membro Gerib), Carapebus eEmbor (Membros So Tom e Grussa). Esta seqn-cia contm depsitos de arenitos que ocorrem amal-gamados sobre o Marco Azul, em guas profundas.

    O Marco Azul ocorre em praticamente toda abacia, composto por calcilutitos ricos em nanoplanctonBraarudosphaera bigelowii, que representam um im-portante evento de inundao na bacia (maximumflood surface - MFS). Essas camadas de rochas, ori-ginadas por depsitos de fitoplnctons, se desen-volvem sob condies ecolgicas especficas decrescimento explosivo, denominado de floraofitoplanctnica. O evento que resultou na forma-o desse particular depsito sedimentar foi prati-camente instantneo, em escala de tempo geol-gico, e extremamente abrangente em rea - ca-ractersticas de um verdadeiro marco geolgico.Esse fenmeno associado s reas de ressurgnciaou regies sob grande influncia de influxo de nu-trientes provenientes do continente; em escala glo-bal, por eventos de degelo em pocas interglaciais(Shimabokuru, 1994).

    As demais rochas que compem a sute mi-neral dessa seqncia seguem o padro do pacoteTercirio com arenitos resultantes de fluxos turbi-dticos densos ou sistemas turbidticos mistos, silti-

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    tos e folhelhos, alm de diamictitos e margas, subor-dinadamente. Nas pores proximais, ocorrem are-nitos plataformais da Formao Embor. Em posi-es prximas quebra de plataforma ocorrem cal-carenitos e calcirruditos de bancos alglicos doMembro Grussa.

    Seqncia E80

    A seqncia compreende os sedimentos doOligoceno superior, andar Chattiano e inclui asformaes Ubatuba (Membro Gerib), Carapebus,Embor (Membro So Tom e Membro Siri, par-te inferior). Arenitos, resultantes de fluxos turbi-dticos e correntes de contorno, siltitos e folhe-lhos so as rochas predominantes. Diamictitosocorrem nas pores de base de talude e margaspredominam nas pores de guas profundas. Naspores proximais ocorrem arenitos plataformaisda Formao Embor. Nessa seqncia est in-cludo um corpo de rochas carbonticas formadapor um banco recifal de algas vermelhas, que ca-racterizam o Membro Siri.

    As rochas do Membro Siri incluem calcirru-ditos e calcarenitos bioclsticos, constitudos porfragmentos de algas vermelhas micritizadas (tam-bm colunares), briozorios, milioldeos, crinides,moluscos e fragmentos de rodolitos. Formam ca-madas de at 4 m de espessura. Nesse ambientedeposicional tambm ocorrem sedimentosretrabalhados das pores de maior energia dosbancos alglicos.

    Seqncia N10

    A seqncia corresponde aos sedimentos doEomioceno, andares Aquitaniano e Burdigaliano einclui as formaes Ubatuba (Membro Gerib),Carapebus, Embor (Membro So Tom e MembroSiri, parte superior) e Barreiras. Arenitos resultantesde fluxos densos e correntes de contorno, siltitos efolhelhos so as rochas predominantes. Os corposarenosos amalgamados compem as camadas derocha com centenas de metros de espessura. Dia-mictitos ocorrem nas pores de base de talude emargas predominam nas pores de guas profun-das. Nas pores proximais ocorrem arenitosplataformais da Formao Embor.

    Nessa seqncia est includo a poro supe-rior das rochas carbonticas formadas pelo recife de

    algas vermelhas do Membro Siri. So calcirruditos ecalcarenitos bioclsticos, constitudos por fragmentosde algas vermelhas micritizadas (tambm colunares),briozorios, milioldeos, crinides, moluscos e fragmen-tos de rodolitos e formam camadas de at 4 m deespessura. Na borda ocidental da bacia hoje aflorante(parte emersa da margem continental brasileira) ocorrem depsitos conglomerticos, arenosos elamosos, de cores variegadas, ricos em concreesferruginosas, depositados a partir de processos trativosde alta energia (ambiente fluvial entrelaado) e defluxos gravitacionais relacionados (leques aluviais), quecompem a Formao Barreiras.

    Seqncia N20

    A seqncia corresponde aos sedimentos daporo superior do Mioceno inferior e parte do Mio-ceno mdio, andares Burdigaliano e Langhiano, e in-clui as formaes Ubatuba (Membro Gerib),Carapebus, Embor (membros So Tom e Grussa) eBarreiras. A sute mineral desta seqncia segue opadro do pacote Tercirio com arenitos resultantesde fluxos turbidticos densos, siltitos e folhelhos, almde diamictitos e margas, subordinadamente. Nas por-es proximais ocorrem arenitos plataformais da For-mao Embor e sedimentos siliciclsticos ferruginososda Formao Barreiras. Em posies prximas, naquebra de plataforma, ocorrem calcarenitos e calcir-ruditos de bancos alglicos do Membro Grussa.

    Esta seqncia representa a maior variaorelativa do nvel do mar desde o Mioceno at o re-cente, responsvel pela deposio de um grandevolume de sedimentos nas pores costeiras e deinterior da placa sul-americana.

    Seqncia N30

    A seqncia corresponde aos sedimentos daporo superior do Mioceno mdio, andar Serrava-liano, e poro inferior do Mioceno superior, andarTortoniano. Inclui as formaes Ubatuba (MembroGerib), Carapebus, Embor (membros So Tom eGrussa) e Barreiras. Possui como limite inferior a dis-cordncia de 13,6 Ma e o limite superior em tornode 11 Ma, que corresponde a uma importante dis-cordncia, que representa uma queda eusttica glo-bal conhecida, informalmente, como Marco Cinza,facilmente reconhecvel em linhas ssmicas.

  • B. Geoci. Petrobras, Rio de Janeiro, v. 15, n. 2, p. 511-529, maio/nov. 2007 | 519

    O pacote de rochas desta seqncia est com-posto por arenitos, siltitos e folhelhos, alm de dia-mictitos e margas, subordinadamente. Nas poresproximais ocorrem arenitos plataformais da Forma-o Embor e arenitos conglomerticos e lamas cos-teiras da Formao Barreiras. Em posies prximas quebra de plataforma ocorrem calcarenitos ecalcirruditos de bancos alglicos do Membro Grussa.

    Seqncia N40

    A seqncia corresponde aos sedimentos depo-sitados no Neomioceno, andar Tortoniano e parte in-ferior do andar Messiniano. Ela inclui as formaesUbatuba (Membro Gerib), Carapebus e Embor (mem-bros So Tom e Grussa) e possui como limite inferior adiscordncia de 11 Ma e o limite superior a discordnciaem 5,8 Ma, que corresponde a uma importante discor-dncia, que representa uma queda eusttica global.

    O pacote sedimentar desta seqncia ocorrea partir de um grande evento de queda do nvel domar com remobilizao de um volume gigantescode sedimentos, inclusive arenitos plataformais, paraguas profundas. So visveis os relictos deixados poresse evento erosivo (Tortoniano) nas partes emersasdas bacias costeiras desde o Rio de Janeiro at aregio do Par-Maranho. A discordncia superiordessa unidade (5,8 Ma) corresponde a outro grandeevento de rebaixamento eusttico.

    A assemblia mineral dessa seqncia estrepresentada por arenitos resultantes de fluxos turbi-dticos densos, siltitos, folhelhos e argilitos, alm degrande volume de debris flow compostos por bre-chas de folhelhos e diamictitos. Margas predominamnas pores mais profundas e distais da bacia. Naspores proximais ocorrem arenitos plataformais daFormao Embor. Em posies prximas quebrade plataforma ocorre calcarenitos e calcirruditos debancos alglicos do Membro Grussa.

    Seqncia N50

    A seqncia engloba os sedimentos do andarsuperior do Mioceno superior, andar Messiniano, eparte superior e todo o Plioceno, andares Zancleano,Piacenziano e Gelasiano. Ela inclui as formaesUbatuba (Membro Gerib), Carapebus e Embor(Membros So Tom e Grussa) e possui como limiteinferior a discordncia de 5,8 Ma, que uma impor-tante discordncia relacionada queda eusttica glo-

    bal e ao limite superior da discordncia em 1,6 Ma(Gradstein et al. 2004).

    Esta seqncia est composta por arenitos re-sultantes de fluxos turbidticos densos, siltitos, folhe-lhos e argilitos, alm de grande volume de debrisflow compostos por brechas de folhelhos e diamicti-tos. Margas predominam nas pores muito profun-das e distais da bacia. Pacotes extensos de diamicti-tos fornecem, em ssmica, uma sismofcies caracte-rstica e peculiar a essa seqncia. A seqncia com-porta uma srie de eventos, de menor ordem, comregistros nas variaes do onlap costeiro.

    Seqncia N60

    A seqncia corresponde aos sedimentos dosistema Pleistoceno e inclui as formaes Ubatuba(Membro Gerib), Carapebus e Embor (MembrosSo Tom e Grussa). Ela possui como limite inferiora discordncia de 1,6 Ma e que corresponde a umaimportante discordncia, relacionada quedaeusttica global. O limite superior so os sedimentosatuais do fundo marinho.

    A faciologia dominante na poro de platafor-ma est representada por areias e prximo quebrade plataforma os corpos de calcrio. Apenas na re-gio de Cabo Frio (RJ) ocorrem lamas depositadas naplataforma. Na poro do talude predominam lamas,lamitos de denudao e corais de guas profundas.Cnions lamosos e arenosos cortam o talude. Na re-gio do sop do talude predominam cunhas de dia-mictitos e lamas que ocorrem tambm nas reas maisdistais cortadas por raros cnions arenosos.

    A assemblia mineral dessa seqncia estcomposta por arenitos resultantes de fluxos turbidti-cos densos, argilitos, alm de grande volume dedebris flow compostos por brechas de folhelhos, ar-gilitos e diamictitos. Margas predominam nas por-es muito profundas e distais da bacia e a seqn-cia suporta uma srie de eventos de menor ordemde variaes do onlap costeiro.

    refernciasbibliogrficas

    GRADSTEIN, F. M.; OGG, J. G; SMITH, A. G. Ageologic time scale. Cambridge: Cambridge

  • 520 | Bacia de Campos - Winter et al.

    University Press, 2004. 589 p. il.

    GUARDADO, L. R.; GAMBOA, L. A. P; LUCHESI, C. F.Petroleum geology of the campos basin, a model for aproducing atlantic type basin. In: EDWARDS, J. D.;SANTOGROSSI, P. A. (Ed.). Divergent/passive marginbasins. Tulsa: American Association of PetroleumGeologists, 1989. p. 3-79. (AAPG. Memoir, 48).

    MUTTI, E.; TINTERRI, R.; BENEVELLI, G.; DI BIASE,D.; CAVANNA, G. Deltaic, mixed and turbiditesedimentation of ancient foreland basins. Marine andPetroleum Geology, Oxford, v. 20, n. 6-8, p. 733-756, June/Sep. 2003.

    RANGEL, H. D.; MARTINS, F. A.; ESTEVES, F. R.; FEIJ, F.J. Bacia de Campos. Boletim de Geocincias da Petro-bras, Rio de Janeiro, v. 8, n. 1, p. 203-217, jan./mar. 1994.

    SCHALLER, H. Estratigrafia da Bacia de Campos. In:CONGRESSO BRASILEIRO DE GEOLOGIA, 27., 1973,Aracaju. Anais. So Paulo: Sociedade Brasileira deGeologia, 1973. v. 3, p. 247-258.

    SHIMABUKURO, S. Braarudosphaera chalk: in-vestigaes sobre a gnese de um marco estratigrfi-co. 1994. 120 p. Tese (Mestrado) Universidade Fe-deral do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 1994.

    apndice:litoestratigrafia

    Grupo Lagoa Feia/FormaoItabapoana

    Esta unidade est representada por conglome-rados polimticos e arenitos lticos de fandeltas proxi-mais (leques de borda), recorrentes em todo o Cret-ceo inferior na borda ocidental da bacia, associadosaos falhamentos de borda de blocos estruturais. Aespessura mxima desses sedimentos chega a 5.000 mnos principais depocentros proximais da bacia.

    nome: o nome da Formao Itabapoana deri-va da cidade de So Francisco de Itabapoana,situada a norte do Estado do Rio de Janeiro;

    equivalncia regional: baseado em dadosbioestratigrficos e cronogeolgicos, bemcomo correlaes estratigrficas regionais, estaunidade pode ser correlacionada com as for-maes Chela (poro superior da FormaoItabapoana) e Lucula (poro inferior da For-mao Itabapoana), da Bacia de Cabinda eKwanza (oeste africano). Representam as por-es basal, oriental e do rifte proto-Atlntico;

    seo tipo: a Formao Itabapoana ocorreapenas em subsuperfcie e est definida nopoo Rio de Janeiro Submarino 58 (1-RJS-58;210 36 9,37" S e 400 3813,64"W), perfura-do em 1978, tendo atingido a profundidademxima de 3.796 m. Ocorre entre as profun-didades de 2.731 m / -3.105 m e -3.429 m /-3.677 m, perfazendo um total de 522 m deseo clstica (fig.1);

    litologia: predominam os ortoconglomeradospolimticos, com seixos de basaltos, arenitos,gneas e raros carbonatos, depositados sobrea forma de fandeltas e leques aluviais, emambiente lacustrino/lagunar. Essas rochas es-to descritas no testemunho n02 do poo 1-RJS-58 (-2.834 m / 2.846 m);

    distribuio: ocorre em toda a borda oeste daBacia de Campos, em batimetrias de at 150m (atuais). A partir dessa batimetria, para les-te, muda faciologicamente para pelitos da For-mao Garga;

    contatos e relaes estratais: os sedimen-tos terrgenos da Formao Itabapoana de-positam-se discordantemente sobre os basal-tos da Formao Cabinas. O contato supe-rior com as formaes Atafona e Coqueirosocorre sob a forma de uma expressiva discor-dncia angular observada em ssmica e mu-dana litolgica para os pelitos da FormaoAtafona ou carbonatos da Formao Coquei-ros. Distalmente, a Formao Itabapoana gra-da para fcies pelticas da Formao Atafonaou carbonatos da Formao Coqueiros. Na se-o superior do Andar Alagoas, grada para afcies peliticas (margas e folhelhos) da Forma-

  • B. Geoci. Petrobras, Rio de Janeiro, v. 15, n. 2, p. 511-529, maio/nov. 2007 | 521

    o Garga e, por vezes, carbonatos da Forma-o Macabu;

    idade: a Formao Itabapoana est bem de-finida quanto a sua idade uma vez que ocor-re entre os basaltos da Formao Cabinas(datados de 130 a 136,4 Ma) e os evaporitosda Formao Retiro (datados em 111,3 a 112Ma). Os dados palinolgicos e de ostracodesindicam que as rochas dessa unidade per-tencem aos andares Barremiano e Aptiano,equivalente aos andares locais Aratu,Buracica, Jiqui e Alagoas.

    Grupo Lagoa Feia/FormaoAtafona

    A Formao Atafona est representada porsiltitos, arenitos e folhelhos lacustres, com intercala-es de delgadas camadas carbonticas. Os siltitose arenitos apresentam minerais de talco e estevensita,originados por processos de deposio qumica asso-ciados atividade hidrotermal em lagos vulcnicosalcalinos. Nesta seqncia, ocorre um pacote peltico,de ambiente lacustre de guas doces, conhecido in-formalmente como folhelho Buracica.

    nome: o nome Formao Atafona deriva donome da praia de Atafona, localizada no mu-nicpio de So Joo da Barra, a norte do Esta-do do Rio de Janeiro;

    equivalncia regional: baseado em dadosbioestratigrficos e cronolgicos, bem comocorrelaes estratigrficas regionais, esta uni-dade pode ser correlacionada com a seobasal do poo 1-RJS-625 (intervalo -6.406 m/-6.476 m), situado na poro norte da Ba-cia de Santos;

    seo tipo: a Formao Atafona ocorreapenas em subsuperfcie e est definida nopoo Rio de Janeiro Submarino 13 (1-RJS-13; 220 41 44,72" S e 400 49 48,20"W),perfurado em 1975, tendo atingido a pro-fundidade mxima de -3.234 m (descobri-dor do Campo de Badejo). Ocorre entre asprofundidades de 3.039 m / -3.163 m,perfazendo um total de 124 m de seoclstica (fig.2);

    Figura 1 Seo Tipo da

    Formao Itabapoana

    Grupo Lagoa Feia.

    Figure 1 Itabapoana

    Formation Reference

    Section Lagoa Feia Group.

  • 522 | Bacia de Campos - Winter et al.

    litologia: predominam, arenitos e folhelhoslacustres, com minerais de talco e estevensita,originados por processos de deposio qu-mica associados atividade hidrotermal emlagos vulcnicos alcalinos. Estas rochas es-to descritas no testemunho n01 do poo 1-RJS95 (-4.294 m / -4.302 m);

    distribuio: ocorre preferencialmente naspores sul e centro da Bacia de Campos, nosdepocentros dos lagos rasos da fase rifte. Apresena desta unidade em posies mais dis-tais da Bacia de Campos no foi avaliada atra-vs de poos, sendo sua caracterizao ssmi-

    ca imprecisa; lateralmente, a FormaoAtafona grada para fcies arenoconglomer-ticas da Formao Itabapoana;

    contatos e relaes estratais: os sedimen-tos terrgenos da Formao Atafona deposi-tam-se, discordantemente, sobre os basaltosda Formao Cabinas ou com os conglome-rados da Formao Itabapoana. O contato su-perior ocorre tambm, discordantemente,com as rochas pelticas e os carbonatos daFormao Coqueiros;

    idade: a Formao Atafona est definida combase em dataes pelos mtodos palinolgicos e

    Figura 2 Seo Tipo da Formao Atafona Grupo Lagoa Feia. Figure 2 Atafona Formation Reference Section Lagoa Feia Group.

  • B. Geoci. Petrobras, Rio de Janeiro, v. 15, n. 2, p. 511-529, maio/nov. 2007 | 523

    de ostracodes - como tendo sido depositada noAndar Barremiano (equivalente parte superiordo Andar locar Aratu e ao Andar Buracica).

    Grupo Lagoa Feia/FormaoGarga

    A Formao Garga est representada pre-dominantemente por rochas pelticas, tais como fo-lhelhos, siltitos e margas, intercalados por arenitos ecalcilutitos, que gradam distalmente para os carbo-natos da Formao Macabu.

    nome: o nome Formao Garga deriva dalocalidade Barra de Garga, localizada no mu-nicpio de So Francisco de Itabapoana, a nor-te do Estado do Rio de Janeiro;

    equivalncia regional: baseado em dados bi-oestratigrficos e cronogeolgicos, bem comocorrelaes estratigrficas regionais, esta uni-dade pode ser correlacionada com algumassees pelticas das formaes Chela eBucomazi, da Bacia de Cabinda e folhelhoLukunga da Bacia de Kwanza;

    seo tipo: a Formao Garga ocorre ape-nas em subsuperfcie e est definida no poopioneiro, Rio de Janeiro Submarino 102A (1-RJS-102A; 220 26 48,224" S e 400 343,698"W), perfurado em 1979/80, tendo atin-gido a profundidade mxima de -5.027 m.Ocorre entre as profundidades de 3.932 m-4.347 m, perfazendo um total de 415 m deseo clstica (fig.3);

    litologia: predominam margas e calcilutitos,depositados em ambiente costeiro raso, comeventuais aportes de siliciclastos arenosos e,mais raramente, conglomerticos. Essas ro-chas esto descritas no testemunho n01 dopoo 1-RJS118 (-4.251 m / -4.265 m);

    distribuio: ocorre preferencialmente naspores sul e centro da Bacia de Campos, nosdepocentros dos lagos rasos da fasetransicional. A presena dessa unidade emposies mais distais da Bacia de Campos nofoi avaliada atravs de poos, sendo sua ca-racterizao ssmica imprecisa; Figura 3 Poo 1-RJS-102A Seo Tipo

    da Formao Garga, Grupo Lagoa Feia.

    Figure 3 Well 1-RJS-102A Garga Formation

    Reference Section Lagoa Feia Group.

  • 524 | Bacia de Campos - Winter et al.

    contatos e relaes estratais: os sedimen-tos terrgenos da Formao Garga deposi-tam-se discordantemente sobre os sedimen-tos carbonticos da Formao Coqueiros. Ocontato superior ocorre tambm, discordan-temente, com as rochas evaporticas da For-mao Retiro. Lateralmente, a FormaoGarga grada para as fcies carbonticas daFormao Macabu (distal) e fcies areno-conglomerticas da Formao Itabapoana;

    idade: a Formao Garga est definida, combase em dataes pelos mtodos palinolgi-cos e de Ostracodes, como depositada no An-dar Aptiano (equivalente a parte superior doAndar local Alagoas).

    Grupo Lagoa Feia/FormaoMacabu

    A Formao Macabu est representada porsedimentos carbonticos (estromatolitos e laminitosmicrobiais) depositados em ambiente rido e raso.

    nome: o nome Formao Macabu derivado nome da cidade de Conceio deMacabu, situada a norte do Estado do Riode Janeiro;

    equivalncia regional: baseado em dadosbioestratigrficos e cronogeolgicos, bemcomo correlaes estratigrficas regionais, estaunidade pode ser correlacionada com a seocarbontica da Formao Guaratiba, na Baciade Santos;

    seo tipo: a Formao Macabu ocorreapenas em subsuperfcie e est definida nopoo pioneiro, Rio de Janeiro Submarino 602(1-RJS-602; 220 22 17,39" S e 390 5138,09"W), perfurado em 2002/03, tendoatingido a profundidade mxima de -5.218 m.Ocorre entre as profundidades de 4.532 m-4.846 m, perfazendo um total de 314 m deseo predominantemente carbontica(fig.4).

    litologia: predominam laminitos microbiaise estromatolitos, localmente dolomitizadose/ou silicificados, com raras intercalaes de

    estratos arenosos (dunas elicas?) e folhe-lhos. Essas rochas esto descritas nas amos-tras laterais do poo 3-ESP-21-RJS (intervalo-3.701 m / -3.845 m);

    distribuio: ocorre preferencialmente naspores sul e centro da Bacia de Campos, emreas mais distais da Bacia de Campos;

    contatos e relaes estratais: os sedimen-tos carbonticos da Formao Macabu de-positam-se discordantemente sobre os se-dimentos terrgenos da Formao Coquei-ros ou, mais raramente, sobre o embasa-mento basltico da bacia. O contato supe-rior discordante com os evaporitos daFormao Retiro;

    idade: a Formao Macabu foi depositada,com base em dataes pelos mtodos pali-nolgicos e de ostracodes, no Andar Aptianosuperior (equivalente parte superior do An-dar local Alagoas).

    Grupo Maca/FormaoQuissam/Membro Bzios

    A poro proximal da Formao Quissam estcaracterizada por estratos de dolomitos que apre-sentam um sistema poroso complexo composto porbrechas, vugs, grutas e cavernas que respondem poruma perda de circulao de fluidos durante a perfu-rao. Esta unidade foi perfurada por dezenas depoos na regio dos campos de Pampo, Linguado,Badejo e arredores.

    medida que se avana bacia adentro, oscorpos de dolomito tornam-se mais delgados e res-tritos a seo basal da Formao Quissam.

    nome: o Membro Bzios, da FormaoQuissam, tem seu nome derivado da cidade-balnerio de Bzios, localizada no litoral doEstado do Rio de Janeiro;

    equivalncia regional: baseado em dados bi-oestratigrficos e cronogeolgicos, bem comocorrelaes estratigrficas regionais, esta unida-de pode ser correlacionada com a seo basal daFormao Guaruj, na Bacia de Santos, e Forma-o Pinda, na Bacia de Cabinda (oeste africano);

  • B. Geoci. Petrobras, Rio de Janeiro, v. 15, n. 2, p. 511-529, maio/nov. 2007 | 525

    Figura 4 Seo Tipo da Formao Macabu Grupo Lagoa Feia. Figure 4 Macabu Formation Reference Section Lagoa Feia Group.

  • 526 | Bacia de Campos - Winter et al.

    seo tipo: o Membro Bzios da FormaoQuissam ocorre apenas em subsuperfcie e estdefinido no poo Rio de Janeiro Submarino 157C(1-RJS-157C; 220 46 10,28" S e 400 4854,70"W), perfurado em 1981, tendo atingidoa profundidade mxima de -3.224 m (descobri-dor do Campo de Badejo). Ocorre entre as pro-fundidades de -2.389 m / -2.646 m, perfazendoum total de 257 m de seo clstica (fig.5);

    litologia: predominam dolomitos comcristalinidade fina a grossa, derivados demudstones e grainstones depositados primaria-

    mente. O carter brittle dessas litologias favorecea ocorrncia de fraturas, falhas, brechas e caver-nas, resultando em um sistema poroso comple-xo, com freqentes perdas de circulao quandoda perfurao de poos petrolferos;

    distribuio: ocorre preferencialmente nas por-es sul e centro da Bacia de Campos. Adelgaaem direo s pores mais distais da Bacia deCampos, onde se encontra ausente. Nas porescentral e distal comum a ocorrncia de interca-laes de microdolomitos intercalados a anidritas,representando uma transio de um ambientede sabkha, para um ambiente marinho;

    contatos e relaes estratais: os dolomitos doMembro Bzios so produtos da diagnese pre-coce dos carbonatos basais, de guas rasas, daFormao Quissam. Solues ricas em magnsiopercolando estes sedimentos basais resultaramnuma gama variegada de texturas, com dife-rentes graus de porosidade/permeabilidade. Emse tratando de uma unidade diagentica, seuscontatos apresentam-se interdigitados tanto comos carbonatos da Formao Quissam quantocom os siliciclastos da Formao Goitacs;

    idade: o Membro Bzios est definido, combase em dataes pelos mtodos palinolgi-cos e nanofsseis, como depositada no AndarAlbiano inferior.

    Grupo Maca/FormaoImbetiba

    A poro superior do Grupo Maca est caracte-rizada por sedimentos pelticos com ampla predominn-cia de margas, depositados no Andar Cenomaniano.

    nome: a Formao Imbetiba tem seu nomederivado da praia de Imbetiba, na cidade deMaca, localizada no litoral norte do Estadodo Rio de Janeiro;

    equivalncia regional: baseado em dadosbioestratigrficos e cronogeolgicos, bemcomo correlaes estratigrficas regionais, estaunidade pode ser correlacionada com a seosuperior (pelitos) da Formao Guaruj, daBacia de Santos e seo superior da Forma-o Regncia da Bacia do Esprito Santo;

    Figura 5 Seo Tipo da Formao

    Quissam/Membro Bzios.

    Figure 5 Quissam/Bzios Member

    Formation Reference Section.

  • B. Geoci. Petrobras, Rio de Janeiro, v. 15, n. 2, p. 511-529, maio/nov. 2007 | 527

    seo tipo: a Formao Imbetiba ocorre ape-nas em subsuperfcie e est definida no pooRio de Janeiro Submarino 509A, do Campode Espadarte (1-RJS-509A; 220 47 59,23" Se 400 30 16,06"W), perfurado em 1995/96, tendo atingido a profundidade mximade -3.297 m. Ocorre entre as profundidadesde -3.013 m / -3.202 m, perfazendo um totalde 189 m de seo terrgeno-carbontica (fig.6);

    litologia: predominam margas, com raros are-nitos errticos turbidticos. Nas pores proximaisgradam a sedimentos arenosos de fandeltas eleques de borda. Esta unidade representa o afo-gamento da plataforma carbontica albiana;

    distribuio: ocorre praticamente em todaa Bacia de Campos, sendo restrita em algu-mas pores da rea norte da bacia, devidoao influxo terrgeno;

    contatos e relaes estratais: os sedimen-tos margosos da Formao Imbetiba deposi-tam-se, discordantemente, sobre os calciluti-tos da Formao Outeiro nas regies proxi-mais e em concordncia relativa nas poresmais distais. O contato superior discordantecom as rochas pelticas da Formao Tamoios.Nas regies proximais, as margas do lugar sedimentao clstica terrgena (conglomera-dos e arenitos) de fandeltas;

    idade: a Formao Imbetiba est definida,com base em dataes pelos mtodos pali-nolgicos e de nanofsseis, como depositadano Andar Cenomaniano. Figura 6 Seo Tipo da Formao

    Imbetiba do Grupo Maca.

    Figure 6 Imbetiba do Formation

    Reference Section.

  • 528 | Bacia de Campos - Winter et al.

    MaPOCA IDADE

    BACIA DE CAMPOS

    NAT

    UREZ

    A D

    ASE

    DIM

    ENTA

    O

    DISCORDNCIASAMBIENTEDEPOSICIONALGEOCRONOLOGIA

    FORMAO MEMBRO

    LITOESTRATIGRAFIA

    WILSON RUBEM WINTER et al.

    PALE

    OCE

    NO

    PLIOCENO

    OLIG

    OCE

    NOE

    O C

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    P L E I S T O C E N O

    P A

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    G

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    O

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    G

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    P R - C A M B R I A N O

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    MAC

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  • B. Geoci. Petrobras, Rio de Janeiro, v. 15, n. 2, p. 511-529, maio/nov. 2007 | 529

    TECTNICA E MAGMATISMO Ma

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    DRIFTE

    BACIA DE CAMPOS WILSON RUBEM WINTER et al.

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