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Artigo original Revista Brasileira de Cineantropometria & Desempenho Humano ISSN 1415-8426 Rev. Bras.Cineantropom. Desempenho Hum. 2007;9(1):73-81 EFEITO DE TRÊS AÇÕES DE “CAFÉ DA MANHÔ SOBRE A GLICOSE SANGÜÍNEA DURANTE UM EXERCÍCIO DE BAIXA INTENSIDADE REALIZADO EM ESTEIRA ROLANTE EFFECT OF THREE BREAKFAST INTERVENTIONS ON BLOOD GLUCOSE DURING LOW-INTENSITY EXERCISE PERFORMED ON A TREADMILL RESUMO O objetivo deste trabalho foi avaliar a resposta da glicose sangüínea (GS) ao longo de uma atividade de baixa intensidade, precedida pelo consumo de diferentes tipos de café da manhã (CM). Foram avaliados 15 estudantes Educação Física, do gênero masculino com idade média de 22,7 ± 2 anos. Os avaliados realizaram, em dias diferenciados, três ações de CM (CM0: jejum; CM1: biscoito, suco, maçã, barra de cereal; ou CM2: 400mL de bebida carboidratada) 60 minutos antes de um trote/caminhada a 50 – 60% da FC máxima calculada com duração de uma hora. A mensuração da GS ocorreu 60 e 30 minutos antes da atividade e durante intervalos de 20 minutos no exercício. Foram também monitorizadas a FC, pressão arterial (PA) e IPE. O tratamento estatístico correspondeu à ANOVA associada ao teste de Tukey, para determinar a existência de diferenças tanto no efeito tempo como entre as ações de CM, com nível de significância de P < 0,05. Os resultados indicaram ausência de diferença na resposta da FC, PA e IPE entre os três procedimentos. A GS apresentou diferença estatística entre o CM1 e o CM2 no período imediatamente antes do exercício, porém sem diferenças durante o exercício para os três tratamentos. Quanto ao comportamento temporal, a GS aos 30 minutos pré-exercício, para CM1 e CM2, foi significativamente mais elevada, comparada às demais parciais. Conclui-se que o jejum ou o consumo energético proposto neste estudo, uma hora antes do trabalho físico, não provocam alterações nas respostas fisiológicas da FC, IPE, PA e GS durante a atividade. Palavras-chave: Glicose sangüínea; Hidratação; Nutrição esportiva. ABSTRACT The objective of this work was to evaluate blood glucose (BG) response during a low-intensity activity, preceded by the consumption of three different types of breakfast (BF). Fifteen Physical Education male students of mean age of 22.7 ± 2 years were evaluated. Three BF interventions were carried out on different days :fasting; BF1: cookie, juice, apple, cereal bar or BF2: 400 mL carbohydrate drink) 60 minutes before jogging/walking for 1 hour at 50-60% of maximum calculated HR (heart rate). Measurements of BG were taken at 60 and 30 minutes prior to activity and every 20 minutes during exercise. Heart rate, blood pressure (BP) and RPE were also monitored. Statistical analysis was by ANOVA with Tukey test and aimed to identify differences both in effect over time and between different BF interventions, to a significance level of P < 0.05. The results indicate an absence of any difference in HR, BP or RPE response between the three procedures. There was a statistical difference in BG between BF1 and BF2 during the period immediately before exercise, but no differences were observed during exercise for any of the three treatments. In terms of behavior over time, BG at 30 minutes pre-exercise was significantly higher than at other sample times, for both for BF1 and BF2. It was concluded that fasting or the levels of energy intake proposed in this study one hour before physical work did not cause alterations to the physiological responses of HR, RPE, BP or BG during that exercise activity. Key words: Blood glucose; Hydration; Sports nutrition. 1 Universidade Federal de Viçosa (UFV). Departamento de Nutrição e Saúde 2 Universidade Federal de Viçosa (UFV). Departamento de Educação Física – LAPEH Paula Guedes Cocate 1 João Carlos Bouzas Marins 2

2007 Rbcdh Paula

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    EFEITO DE TRS AES DE CAF DA MANH SOBRE A GLICOSE SANGNEA DURANTE UM EXERCCIO DE BAIXA INTENSIDADE

    REALIZADO EM ESTEIRA ROLANTE

    EFFECT OF THREE BREAKFAST INTERVENTIONS ON BLOOD GLUCOSE DURING LOW-INTENSITY EXERCISE PERFORMED ON A TREADMILL

    RESUMO

    O objetivo deste trabalho foi avaliar a resposta da glicose sangnea (GS) ao longo de uma atividade de baixa intensidade, precedida pelo consumo de diferentes tipos de caf da manh (CM). Foram avaliados 15 estudantes Educao Fsica, do gnero masculino com idade mdia de 22,7 2 anos. Os avaliados realizaram, em dias diferenciados, trs aes de CM (CM0: jejum; CM1: biscoito, suco, ma, barra de cereal; ou CM2: 400mL de bebida carboidratada) 60 minutos antes de um trote/caminhada a 50 60% da FC mxima calculada com durao de uma hora. A mensurao da GS ocorreu 60 e 30 minutos antes da atividade e durante intervalos de 20 minutos no exerccio. Foram tambm monitorizadas a FC, presso arterial (PA) e IPE. O tratamento estatstico correspondeu ANOVA associada ao teste de Tukey, para determinar a existncia de diferenas tanto no efeito tempo como entre as aes de CM, com nvel de significncia de P < 0,05. Os resultados indicaram ausncia de diferena na resposta da FC, PA e IPE entre os trs procedimentos. A GS apresentou diferena estatstica entre o CM1 e o CM2 no perodo imediatamente antes do exerccio, porm sem diferenas durante o exerccio para os trs tratamentos. Quanto ao comportamento temporal, a GS aos 30 minutos pr-exerccio, para CM1 e CM2, foi significativamente mais elevada, comparada s demais parciais. Conclui-se que o jejum ou o consumo energtico proposto neste estudo, uma hora antes do trabalho fsico, no provocam alteraes nas respostas fisiolgicas da FC, IPE, PA e GS durante a atividade.

    Palavras-chave: Glicose sangnea; Hidratao; Nutrio esportiva.

    ABSTRACT

    The objective of this work was to evaluate blood glucose (BG) response during a low-intensity activity, preceded by the consumption of three different types of breakfast (BF). Fifteen Physical Education male students of mean age of 22.7 2 years were evaluated. Three BF interventions were carried out on different days :fasting; BF1: cookie, juice, apple, cereal bar or BF2: 400 mL carbohydrate drink) 60 minutes before jogging/walking for 1 hour at 50-60% of maximum calculated HR (heart rate). Measurements of BG were taken at 60 and 30 minutes prior to activity and every 20 minutes during exercise. Heart rate, blood pressure (BP) and RPE were also monitored. Statistical analysis was by ANOVA with Tukey test and aimed to identify differences both in effect over time and between different BF interventions, to a significance level of P < 0.05. The results indicate an absence of any difference in HR, BP or RPE response between the three procedures. There was a statistical difference in BG between BF1 and BF2 during the period immediately before exercise, but no differences were observed during exercise for any of the three treatments. In terms of behavior over time, BG at 30 minutes pre-exercise was significantly higher than at other sample times, for both for BF1 and BF2. It was concluded that fasting or the levels of energy intake proposed in this study one hour before physical work did not cause alterations to the physiological responses of HR, RPE, BP or BG during that exercise activity.

    Key words: Blood glucose; Hydration; Sports nutrition.

    1 Universidade Federal de Viosa (UFV). Departamento de Nutrio e Sade 2 Universidade Federal de Viosa (UFV). Departamento de Educao Fsica LAPEH

    Paula Guedes Cocate1Joo Carlos Bouzas Marins2

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    INTRODUO

    As competies esportivas so realizadas mais frequentemente no perodo matutino, visando reduzir o estresse fisiolgico, resultado das condies ambientais extremas, como calor e umidade; portanto, alguns atletas tm dvidas quanto ao que comer e sobre o tempo prvio ao exerccio em que ser realizada a ingesto dos alimentos, para que obtenham xito na performance1.

    Raramente so registrados problemas de hipoglicemia quando o exerccio realizado ao final da tarde. Isso se deve ao fato de que neste horrio o praticante, em geral, j fez pelo menos quatro refeies (caf da manh, lanche, almoo e lanche da tarde). Assim, nessas refeies, o glicognio muscular e o heptico so restabelecidos, ou preservados, pela ingesto de uma dieta nutricionalmente adequada, auxiliando na manuteno dos nveis glicmicos normais2,3. Entretanto, quando o exerccio realizado na parte da manh, este normalmente ocorre aps um perodo de repouso (sono) de aproximadamente 8 - 10 horas, sem que haja o consumo de qualquer nutriente nesse perodo. Isso promove a reduo dos estoques de glicognio muscular e heptico4. Dessa forma, a ingesto adequada de alimentos antes da prtica do exerccio pela manh previne a ocorrncia de hipoglicemia, alm de fornecer a energia necessria ao bom desempenho durante o exerccio.

    No entanto, o tipo de alimento consumido, a quantidade calrica total consumida, a distribuio dos nutrientes e o tempo de antecedncia em que estes alimentos so consumidos, em relao ao horrio da prtica do exerccio, podem resultar em alguns efeitos indesejveis. Dentre estes, destaca-se o esvaziamento gstrico demorado, associado ingesto de alimentos de elevada osmolaridade, podendo favorecer a ocorrncia de refluxo gastroesofgico na hora do exerccio4, e a hipoglicemia de rebote5, associada elevao rpida da glicemia, com conseqente estimulao da secreo insulnica e inibio da secreo do glucagon.

    A performance associada com o consumo de carboidrato pr-exerccio tem sido prejudicada6, melhorada7 ou no afetada8. Estudos prvios, utilizando como metodologia a avaliao da performance e a resposta glicmica durante o exerccio, freqentemente adotavam como protocolo a fixao da intensidade e quantificavam a resposta metablica e a performance pelo tempo de exausto9,10. Alm disso, os estudos dessa natureza eram em sua maioria realizados por indivduos altamente treinados11-13.

    Quando se considera a parcela da populao que realiza exerccios com objetivos relacionados a sade, esttica ou lazer, observa-se que o nmero de praticante bem superior ao de atletas. Uma boa parte dessa populao programa suas atividades fsicas no perodo matinal, como a primeira atividade do dia. Este grupo populacional apresenta caractersticas diferentes das de um atleta, o que implica estudos especficos. Com base nessa considerao, outros

    estudos de foram desenvolvidos em uma populao com moderado condicionamento fsico, como menor intensidade, visando avaliar a resposta metablica e glicmica aps o consumo de desjejuns diferenciados14-17.

    Contudo, essas pesquisas tm sido realizadas em sua grande maioria em outros pases, no utilizando alimentos da realidade brasileira que possam ser recomendados para o consumo de caf da manh pr-exerccio, sendo uma exceo o trabalho de Cocate et al18.

    Diante do exposto, o atual trabalho teve como objetivo avaliar a resposta da glicose sangnea ao longo de uma corrida de baixa intensidade precedida por aes de diferentes tipos de caf da manh, praticado por indivduos com moderada capacidade fsica.

    METODOLOGIA

    AmostraParticiparam deste estudo 15 indivduos do

    sexo masculino, estudantes de Educao Fsica da Universidade Federal de Viosa. Os voluntrios foram selecionados de acordo com os seguintes critrios: praticantes regulares de atividade fsica de perfil no-competitivo, no-fumantes, no-usurios de farmacolgicos e que apresentavam todas as questes do questionrio PARq negativo. Todos os indivduos assinaram um termo de consentimento, concordando em participar do estudo. As caractersticas da amostra so apresentadas na Tabela 1.

    Tabela 1. Caracterstica da amostra (N=15)

    Idade 22,67 2,06 anosPeso Corporal 74,30 10,54 kgIMC 23,69 2,10 kg/m2

    % Gordura 8,54 5,41*

    * Percentual de gordura obtido segundo Jackson e Pollock19

    Coleta de dados O experimento foi realizado no Laboratrio de

    Performance Humana do Departamento de Educao Fsica na Universidade Federal de Viosa, no primeiro semestre de 2005, sendo os testes de um mesmo indivduo realizados num perodo mximo de um ms. Este trabalho foi aprovado pelo Comit de tica em Pesquisas com Seres Humanos da Universidade Federal de Viosa, atendendo s orientaes da Resoluo 196/96 do CNS, de 10/10/96, sobre experimentos com seres humanos.

    Protocolo do Experimento O primeiro procedimento adotado, uma semana

    prvia aos testes, foi a determinao da freqncia cardaca de treino (FCT) (50 - 60%) por meio do teste submximo, que identifica a zona-alvo da freqncia cardaca calculada em trs etapas de cinco minutos, observando a resposta da freqncia cardaca com steaty

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    state. No clculo da FCT levou-se em considerao a freqncia cardaca de reserva, utilizando a seguinte frmula: FC treino = FC repouso + %(FCmxima calculada FCrepouso); para estimar a FCmxima, utilizou-se a frmula de Tanaka et al20: FCmxima = 208,7 0,7 x idade. Aps preencherem os questionrios para a participao na pesquisa, os avaliados permaneceram em decbito dorsal por 10 minutos, sem a realizao de nenhum tipo de exerccio, sendo o registro da freqncia cardaca (FC) feita pelo sistema Polar ao final do perodo, sendo esta considerada como a FC de repouso.

    Os voluntrios foram orientados a no realizar atividades fsicas extenuantes no dia anterior ao teste, no consumir bebidas alcolicas e manter um jejum de 8 10 horas prvias coleta de dados. Inicialmente, no perodo da manh, era realizada a coleta de amostra de sangue para medida da glicose de jejum, seguida pelo consumo de um dos tipos de caf da manh. Trinta minutos aps a ingesto, novamente analisava-se a glicemia. Uma hora aps o desjejum, coletava-se a glicose sangnea e iniciavam-se as provas. Durante o exerccio, a glicemia era avaliada a cada 20 minutos, at o final de uma hora. A presso arterial foi analisada no perodo imediatamente antes do exerccio e em intervalos de 20 minutos durante o teste; o ndice de Percepo de Esforo (IPE), apenas a cada 20 minutos; e a freqncia cardaca, em perodos de 10 minutos durante a atividade. Os testes foram realizados em condies ambientais semelhantes, com umidade mdia de 82,4 5,3 % e temperatura de 22,6 0,9oC.

    Refeies Pr-ExerccioOs participantes consumiram dois tipos de caf da

    manh em dias diferenciados. O caf da manh tipo 1 (CM1) foi composto por uma barra de cereal (Nutry), um pacote de biscoito salgado Pit Stop (Marilan), um suco de frutas ctricas (Coca Cola) e uma ma mdia, totalizando 400 kcal, contendo 73,3 g de carboidrato, 3,19 g de protena e 9,36 g de gorduras totais. J o caf da manh tipo 2 (CM2) era constitudo de 400 ml de Gatorade sabor limo (24 g de carboidrato).

    A refeio consumida antes do exerccio deve conter baixos teores de fibras e lipdeos e elevada quantidade de carboidratos para a manuteno da glicose sangnea, alm de oferecer lquido suficiente para maior sustentao do estado de hidratao do praticante de atividade fsica2. Na Tabela 2, encontra-se a composio nutricional dos procedimentos adotados.

    Desenho ExperimentalOs testes foram realizados em trs dias

    diferenciados, no perodo mximo de um ms, normalmente sendo separados por uma semana de intervalo. Foi adotado um procedimento cruzado e balanceado, denominado cross over de maneira que cada grupo de cinco avaliados que iniciava a investigao realizava uma ao inicial de caf da manh diferente, caracterizando assim um desenho experimental denominado de quadrado latino21. Neste estudo foi imposto nos trs procedimentos de caf da manh um desenho intra-sujeitos, em que os mesmos indivduos foram considerados como sujeitos de controle e como experimentais. O CM1 e o CM2 foram consumidos uma hora antecedente ao exerccio, que foi prescrito com intensidade de 50 60% da FCT e com durao de 60 minutos de caminhada/trote na esteira rolante. O terceiro procedimento foi a realizao do teste no estado de jejum de 8 10 horas. Para os trs experimentos adotados, utilizou-se o consumo de 3 ml/kg de peso corporal de gua no perodo imediatamente anterior aos testes e em intervalos de 15 minutos durante o exerccio.

    Procedimentos e EquipamentosA amostra sangnea foi coletada por meio da

    puno da polpa digital, utilizando-se uma microlanceta estr i l da Embramed, sendo poster iormente introduzida no aparelho Accu-Check Advantage II (Roche) para a leitura da glicemia. A seleo do uso deste aparelho de leitura rpida, tomou como base a indicao do trabalho de Chmielewski et al.22 em que concluram a preciso e acurcia do

    Tabela 2. Composio dos tipos de caf da manh utilizados no experimento

    COMPOSIOPRODUTO ALIMENTCIOMa Mdia 100 g

    Biscoito Salgado 30 g

    Suco de frutas 200 ml

    Barra energtica 25 g

    Soluo carboi-dratada* 400 ml

    Valor calrico 60 Kcal 140 Kcal 90 110 Kcal 100 KcalCarboidratos 15,3 g 20 g 22 g 16 g 24 gProtenas 0,19 g 3,0 g X 1,0 g 0Gorduras totais 0,36 g 5,0 g X 4,0 g 0Gorduras saturadas 0,06 g 1,5 g X 1,5 g XFibra 1,97 g

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    Accu-Check Advantage II para mensurar a glicemia, podendo assim ser utilizado como parmetro de controle. Outros trabalhos tambm empregaram este aparelho, sendo exemplos os de Moore e Woollard23, com portadores de hipoglicemia e Diener et al.24 em pacientes crticos internados na UTI.

    O emprego da estratgia de leitura rpida da glicemia visa minimizar a interveno invasiva junto ao avaliado, permitindo assim obter o mesmo dado, porm com um menor nvel de sofrimento, considerando o nmero total de 16 amostras sangneas que fizeram parte do modelo experimental.

    Para mensurao da presso arterial utilizou-se esfigmonammetro e um estetoscpio da marca Wan Med. Para monitorizao da freqncia cardaca adotou-se um freqencmetro modelo A1 da marca Polar, e, para anlise do parmetro subjetivo IPE, utilizou-se a Escala de Borg25. A esteira utilizada foi a ECAFIX modelo EG700X. Os procedimentos antropomtricos de peso corporal, estatura e dobras cutneas seguiram as recomendaes de Marins e Giannichi26, empregando a balana Soehnle, o estadimetro Sanny e o compasso de dobra cutnea cientfico Cescorf. A coleta dos dados antropomtricos foi feita por uma tcnica especialista em antropometria do Laboratrio de Performance Humana.

    Anlise estatsticaNa primeira etapa, foi adotada uma estatstica

    descritiva, seguida por uma estatstica inferencial com o teste de ANOVA One Way (P

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    020406080

    100120140160

    0 10 20 30 40 50 60

    Tempo (min)

    bpm

    CM0 CM1 CM2

    A A A

    Legenda: (A) Diferena intragrupo CM0, CM1 e CM2

    Ao analisar a presso arterial diastlica (PAD), foi observada ausncia de diferena significante (p

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    do estado fsico (slido vs. lquido) diferenciada entre tipos de caf da manh oferecidos, pois a consistncia e a quantidade de carboidrato das dietas ingeridas afetam a velocidade com a qual estas so absorvidas, interferindo nas respostas glicmicas e insulinnicas ps-prandiais31.

    No entanto, quanto maior a quantidade de carboidrato, menor o tempo de sua absoro32, e quanto mais lquida for a refeio, mais rapidamente ser o processo de absoro em relao a uma dieta slida31. Esses fatores poderiam explicar a diferena encontrada entre o CM1 (com maior quantidade de carboidrato e consistncia slida) e o CM2 (menor carboidrato e consistncia lquida), pois neste ltimo, obteve-se uma glicemia superior ao CM1 30 minutos ps-prandial (122,47 20,5 mg/dl vs 118 16,86 mg/dl) e uma menor concentrao glicmica no perodo imediatamente antes do exerccio, possivelmente decorrente do menor tempo de absoro do carboidrato e maior ao insulnica.

    No estado de jejum, a diferena encontrada da glicose sangnea no perodo inicial do exerccio (mdia de 91,27 7,91 mg/dl) com o perodo de 20 minutos durante o exerccio (mdia de 86,60 5,08 mg/dl) provavelmente foi provocada pelo fato de o incio da atividade fsica contnua desencadear o consumo de glicose sangnea como fonte de energia4.

    Entretanto, a ausncia de diferena na resposta glicmica durante o exerccio com o CM0 pode ser em decorrncia do fato de que, quando um indivduo pratica exerccio fsico com intensidade de aproximadamente 50% VO2mx no estado de jejum, a gordura a fonte de maior contribuio energtica, quando comparado com indivduos que fazem desjejum2. Assim, durante os 60 minutos de atividade, os resultados apontam que provavelmente no houve necessidade elevada na metabolizao da glicose sangnea, tanto devido intensidade do exerccio, considerada baixa, quanto ao estado do jejum dos avaliados, que atuaria estimulando o metabolismo de gorduras, poupando carboidratos.

    Alm dos fatores citados anter iormente, a manuteno glicmica com o CM0 pode ter ocorrido devido s condies de jejum e de exerccio proporcionarem estimulao das clulas alfa, que liberam glucagon e imediatamente depois, glicose pelo fgado na corrente sangnea. Alm disso, no estado de jejum e durante o exerccio a glicemia tambm pode ser elevada a patamares adequados com a contribuio das catecolaminas e do cortisol, hormnios estes considerados hiperglicemiantes33. Por ltimo, existe ainda a possibilidade de manuteno da glicose sangnea durante o exerccio pelo mecanismo da gliconeognese, o que seria contraproducente dentro de um contexto global a longo prazo, tendo em vista que, este processo requer mobilizao de protenas provavelmente requeridas de tecido muscular. Estas especulaes podem sugerir estudos mais aprofundados, atravs da monitorizao da uria, considerando que marcador biolgico da mobilizao de protenas como substrato energtico durante o exerccio.

    A combinao destes fatores pode ter sido determinante para a estabilizao da glicemia observada em condio de jejum, sem o registro de quadros de hipoglicemia nos avaliados durante o exerccio. Isto implica dizer que para as condies ambientais, intensidade de exerccio, comportamento diettico na noite anterior, sem restrio de consumo de alimentos, e caractersticas do grupo avaliado de jovens praticantes regulares de atividade fsica de perfil no-competitivo, o risco de hipoglicemia durante e at uma hora de exerccio ser mnimo.

    A glicemia analisada durante o exerccio entre os trs tratamentos apresentou-se com uma mdia de 87,49 mg/dl para o CM0, 85,62 mg/dl para o CM1 e 86,85 mg/dl para o CM2 em todo o perodo de atividade, sem diferena estatstica entre os grupos. Tais concentraes so consideradas euglicmicas de acordo com Carola et al.29, que propem a faixa de normalidade de glicemia entre 70 e 110 mg/dl. Resposta semelhante ocorreu no estudo de Febbraio e Stwart8 e no trabalho de Cocate et al.18, que foram oferecidos 22 g de carboidrato em uma refeio mista, 18 g de carboidrato na forma de lquido uma hora antes de um exerccio cicloergomtrico, alm da realizao da atividade no estado de 8 10 de jejum, no perodo de uma hora com intensidade de 50-60% do VO2mx.

    Entretanto, em um outro estudo9 foram identificadas diferenas na resposta glicmica nos intervalos de 15 e 30 minutos durante o exerccio entre o alto ndice glicmico (com menor concentrao de glicose) com baixo ndice glicmico e placebo consumidos 30 minutos antes do exerccio durante 120 minutos a 70% VO2mx. Esta resposta (hipoglicemia de rebote) ocorreu devido maior ao da insulina no perodo ps-prandial com o consumo de carboidratos com elevado ndice glicmico, em relao ao baixo ndice glicmico e placebo. Esse fato ocorreu possivelmente com o CM2 afetando apenas o perodo imediatamente antes do exerccio e no durante este, pois a diferena entre a glicemia de CM1 e a de CM2 pr-exerccio no foi significante a ponto de proporcionar diferenas glicmicas durante o trabalho fsico. Alm disso, o exerccio proposto apresentou-se com baixa intensidade (50-60% do VO2mx), havendo assim menor necessidade de glicose como fonte de energia, quando comparado com atividades de maiores intensidades34.

    Os resultados obtidos entre as trs aes de caf da manh adotadas neste estudo indicam que o impacto sobre a glicemia sangnea durante o exerccio de at 1 hora de durao semelhante. Cabe destacar as condies especficas desse resultado, quanto a alimentos empregados, intensidade de exerccio, durao e perfil fsico da populao.

    Em condies de maior intensidade ou durao, implicar modificaes do perfil bioenergtico, o que poder afetar a reposta glicmica, indicando assim a necessidade de novos estudos sobre o tema.

    Uma das possveis crticas em relao resposta glicmica refere-se ao consumo do caf da manh, que foi estabelecido de forma nica,

  • 79Efeito de trs aes de caf da manh sobre a glicose sangnea

    independentemente do avaliado. Seria possvel estabelecer aporte de carboidratos ou energia total tomando como referncia o peso corporal do avaliado, podendo desta forma, talvez, influir nos resultados. Contudo, cabe destacar que as caractersticas antropomtricas, gnero e idade do grupo, foram s mais homogneas possveis, minimizando assim essa limitao metodolgica. O controle insulnico e a anlise de gases respiratrios poderiam dar informaes mais detalhadas das respostas fisiolgicas que ocorreram durante o exerccio, mas no foi possvel, por limitaes instrumentais.

    A ausncia de diferenas significativas entre as respostas da FC, quando comparadas trs aes de caf da manh, proporciona duas anlises interessantes: a) a intensidade de exerccio realizado entre os trs procedimentos foi a mesma, unificando assim as condies de estudo, o que metodologicamente adequado, principalmente quanto ao estudo da resposta glicmica; e b) o volume de alimentos e o tempo de consumo prvio ao exerccio no foram suficientes para alterar o fluxo sangneo corporal, principalmente na regio gastrointestinal, a ponto de interferir na FC.

    Em relao resposta da freqncia cardaca ao longo do exerccio, alguns estudos tm demonstrado que, mesmo mantendo-se a intensidade do exerccio fsico, a freqncia cardaca poder aumentar ao longo do tempo35,36, sendo esse fenmeno denominado de cardiovascular drifft. Em concordncia com tais investigaes, no atual estudo, foi identificada no CM2, uma menor resposta da FC, no perodo de 10 minutos, em comparao com os intervalos de 50 e 60 minutos de caminhada/trote. Entretanto, apesar da ausncia de diferena estatstica na FC, na anlise intragrupo para o CM0 e CM1, observou-se ligeiro aumento dela (aproximadamente trs batimentos) nos perodos finais do exerccio em relao ao inicial, porm, fisiologicamente, esse aumento no proporcionou impacto significativo.

    A ingesto de fluidos antes e durante o exerccio recomendada para manuteno do estado de hidratao normal e retardamento da elevao da temperatura interna, bem como na reduo do risco de hipertermia para manuteno dos nveis de performance e diminuio da fadiga36. Portanto, a ausncia de hidratao durante o exerccio pode acarretar aumento aproximado de 20 batimentos, em relao a indivduos que se hidratam durante o exerccio37 e de aproximadamente 10 batimentos, no perodo de 10 a 40 minutos aps um exerccio de baixa intensidade34.

    No presente trabalho, foi oferecido uma quantidade de 3 ml/kg de peso corporal de gua em intervalos de 15 minutos durante o exerccio, nos trs procedimentos. Os resultados indicaram ausncia de significncia na resposta da freqncia cardaca entre todos os experimentos. Esses achados corroboram o estudo de Tsintzas et al38, em que os participantes consumiram, em dias diferenciados, soluo carboidratada e gua na proporo de 2 ml/kg de peso corporal, a cada

    20 minutos, durante uma corrida submxima at a exausto, alm de apresentar semelhanas com outros estudos que adotaram os mesmos procedimentos de hidratao18,39.

    As presses arteriais sistlica e diastlica tambm se portaram de modo semelhante ao longo dos 60 minutos de exerccio na esteira rolante, nas trs condies avaliadas. Esse fato retrata a homogeneidade da resposta cardiovascular obtida entre os trs diferentes tipos de tratamentos adotados. Resultados semelhantes tambm foram obtidos por Cocate et al.18, porm com exerccio em cicloergmetro.

    O IPE no diferiu entre os tratamentos, resultado este que se assemelha ao estudo de Tsintzas et al.38, em que os participantes realizaram a mesma atividade em diferentes condies de consumo de gua e bebidas carboidratadas durante o exerccio com intensidade de 70% do VO2mx at a exausto. Entretanto, no estudo de Chryssanthopoulos et al.40 identificou-se que o IPE foi superior quando os indivduos consumiram placebo trs horas antes do exerccio e gua durante este, em relao ao consumo de refeio rica em carboidrato trs horas, pr-exerccio e a ingesto de gua ou soluo carboidratada a cada 20 minutos durante uma corrida com 60 minutos de durao a 70% do VO2mx.

    A resposta do IPE no foi significante na anlise intragrupo para o CM1 e CM2 entre todos os intervalos de coleta de dados. Em concordncia com isso, DeMarco et al.11 verificaram que o IPE no diferiu at os 60 minutos de exerccio, precedido pelo consumo de carboidrato com alto ndice glicmico, baixo ndice glicmico e placebo 30 minutos antes da realizao do trabalho fsico.

    A diferena encontrada do IPE entre os perodos de 20 (mdia: 10,4 1,55) e 60 minutos (mdia: 11,6 1,24) durante o exerccio realizado no estado de jejum (CM0) no considerada fisiologicamente importante, em decorrncia do baixo grau de diferenciao da intensidade entre os valores encontrados.

    Os resultados obtidos do IPE assemelham-se aos da FC, estando em conformidade com a proposta de Kesaniemi et al.41, que relatam uma relao direta entre ambos ao longo da intensidade do exerccio fsico.

    A partir da anlise do comportamento da percepo subjetiva de esforo, associada com as respostas cardiovasculares obtidas durante o exerccio, verifica-se uma validao interna da presente pesquisa, que apresentou uma reprodutibilidade do exerccio, tendo em vista uma mesma intensidade e carga de esforo nos dias em que os avaliados consumiram os trs diferentes tipos de caf da manh propostos.

    CONCLUSO

    Conclui -se que durante um exerccio de caminhada/trote realizado em esteira rolante, caracterizado por baixa intensidade, com uma hora de durao, o consumo do CM1 e CM2 propostos neste estudo de diferentes estados fsicos, s quantidades calricas e de macronutrientes uma

  • 80 Vale et al.

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    1):7

    3-81

    hora antes do exerccio e a realizao da atividade no estado de jejum, apresentaram respostas semelhantes da glicose sangnea durante todo trabalho fsico. Foi observada interferncia do tipo de refeio consumida pr-exerccio na resposta glicmica no perodo que antecedia a atividade programada; entretanto, este fator no provocou risco de desencadear uma condio de hipoglicemia de rebote durante o exerccio.

    Os resultados do presente estudo indicaram que, nas mesmas condies trmicas e durante um exerccio de 5060% da FC mxima calculada (levando em considerao a FC de reserva), a condio de jejum ou o consumo energtico proposto uma hora antes do trabalho fsico no provocaram alteraes importantes na freqncia cardaca, IPE, presso arterial e glicemia durante a atividade.

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    Endereo para correspondnciaPaula Guedes Cocate Recebido em 04/12/06Universidade Federal de Viosa Revisado em 06/02/07Departamento de Educao Fsica LAPEH Aprovado em 07/02/07Viosa Minas Gerais CEP.: 36571-000