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2010.07 n. 90 Dia 26 de Agosto de 2010 Os dois ‘caminhos’, que se tornaram autónomos em 1975, fundem-se de novo num só. META de uma longa caminhada, ponto de partida para um velho-novo FUTURO que começa HOJE. Vamos vivê-lo na ALEGRIA e na ESPERANÇA. Não será fácil ajustar o passo... 302 Irmãs... 32 Comunidades... Cada uma não ao seu ritmo, mas ao ritmo de Deus... ao ritmo da Congregação... ao ritmo da História... R. Lindo Vale, 464 – 4200-370 PORTO Al. Linhas de Torres, 2 – 1750-146 LISBOA

2010.07 n. 90 - doroteefrassinetti.org · Confiamos na «acção do Espírito que continua a dar sentido à nossa vocação na ... e estimula-nos a viver a fidelidade criativa ao

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2010.07 n. 90

Dia 26 de Agosto de 2010

Os dois ‘caminhos’, que se tornaram autónomos em 1975, fundem-se de novo num só.

META de uma longa caminhada, ponto de partida para um velho-novo FUTURO que começa HOJE.

Vamos vivê-lo na ALEGRIA e na ESPERANÇA.

Não será fácil ajustar o passo...

302 Irmãs... 32 Comunidades...

Cada uma não ao seu ritmo, mas ao ritmo de Deus...

ao ritmo da Congregação...

ao ritmo da História...

R. Lindo Vale, 464 – 4200-370 PORTO Al. Linhas de Torres, 2 – 1750-146 LISBOA

[email protected]

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Nesta hora não estamos sós: Confiamos na «acção do Espírito que continua a dar sentido à nossa vocação na

Igreja» (Const. 2) Confiamos no Governo ao Serviço da unidade e da missão Confiamos em cada Irmã, porque «como família de Paula, vivemos em simplicidade

o amor de Jesus Cristo, que constitui a força da nossa unidade (Const. 10)

Por isso ACREDITAMOS! Agradecemos antecipadamente

à Irmã Lúcia Soares, que conduzirá ‘este povo’ e será acompanhada, no seu trabalho permanente junto das Comunidades e Obras, pela Imã Mª Antónia Marques Guerreiro (já estão habituadas a trabalhar juntas...), às outras Irmãs Conselheiras Provinciais – Mª da Conceição Amorim, Mª da Conceição Oliveira, Pilar Moreira – a quem foi confiada a corresponsabilidade neste caminho.

E fica o obrigada de todas nós à Irmã Fátima Ambrósio, que com tanta dedicação e simplicidade serviu, durante perto de 6 anos, não só a Província Norte, como Provincial, mas toda a Congregação em Portugal, nesta caminhada conjunta. Um obrigada ainda às Irmãs Maria da Conceição Ribeiro e Margarida Ribeirinha, Conselheiras Provinciais da Província Norte, e à Irmã Fernanda Nogueira, da Província Sul.

A Província Reunificada tem 302 Irmãs, 1 Noviça e 2 Postulantes. Tem 32 Comunidades, pois no Linhó passa a existir uma só Comunidade e São Tomé encerrou por absoluta impossibilidade de continuar, até porque a Província de Angola não pode já enviar Irmãs.

Neste triénio, a “Casa Provincial” terá a sua base em Fátima, onde residirão a Provincial (Irmã Maria Lúcia Soares) e a Vigária (Irmã Maria Antónia Marques Guerreiro), figura que passou a existir na Congregação após o Capítulo Geral XX. A “Casa Provincial” terá um ponto de apoio em Lisboa (Residência do Lumiar – Rua Luís Pastor de Macedo – que deixa de acolher universitárias) e no Porto (a parte da Casa Provincial que dá para a Rua Costa Cabral), lugares de concentração do maior número de Irmãs.

O Noviciado continuará, ainda este ano, em Recardães, reforçando-se a Comunidade e o apoio à Formação.

Os serviços de Secretaria ficam centralizados em Lisboa.

Foram já nomeadas pelo novo Governo Provincial: Ecónoma - Irmã Maria Manuel Oliveira; Representantes Legais - Irmãs Maria Manuel Oliveira e Teresa Magalhães; Delegada para o apoio a Angola e Moçambique - Irmã Maria Filomena Marques.

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Casa da Calle Ordóñez, 21, onde se estabeleceu o Colégio Português

Celebração do Centenário da Dispersão (cont.)

- Peregrinação a Vila do Conde e a Tuy (Espanha), que acolheu prioritariamente,

nesse momento difícil, as Irmãs mais idosas e doentes.

Peregrinação a Vi la do Conde e Tuy Irmã Paula Agostinho

A Comunidade de Vila do Conde acolheu com muita alegria as Irmãs que, no dia 5 de Junho, peregrinaram a Vila do Conde e Tuy. Naquela Casa muitas dessas Irmã fizeram o Noviciado, e por isso é sempre um local de gratas memórias. Recordemos muito brevemente algumas datas e acontecimentos da História da Casa de Vila do Conde:

A 15 de Janeiro de 1878, as Irmãs assumem o Colégio de S. José de Vila do Conde e, ao longo dos anos, vão-se dedicando à educação das meninas das diferentes classes sociais e, nas paróquias, ao trabalho da catequese. A 16 de Setembro de 1903 é transferido para cá o Noviciado, e, a 6 de Outubro de 1907, a Casa Provincial. Vila do Conde torna-se, então, o centro da Congregação em Portugal. Em 1910 soa a hora da dispersão... Em 1936, com a Madre Maria do Carmo Corte Real, o Noviciado regressa de Tuy a Vila do Conde. Sucedem-lhe, como Mestras de Noviças, as Madres Maria Luísa de Lemos Moller, Maria del Carmen Refojo e Albertina Araújo.

* * * A chegada das Irmãs foi aguardada com alguma ansiedade, pelo desejo de reencontrar velhas amigas e companheiras que não se viam há muitos anos. Na portaria, uma grande fotografia da Senhora Branquinha acolheu as visitantes e, depois de um momento de efusivos abraços, dirigimo-nos à capela para celebrar a Eucaristia. Na Oração dos Fiéis foram lembradas as Irmãs que «tendo combatido o bom combate, guardado a fé», intercedem por nós. Dirigimo-nos em seguida para a gruta do jardim a fim de saudar a imagem de Nossa Senhora (recentemente restaurada) que durante anos recebeu a visita e as orações das Irmãs e alunas do Instituto.

Em Tuy éramos também ansiosamente esperadas. O acolhimento das nossas queridas Irmãs da Província de Espanha foi muito afectuoso e fraterno. Tudo estava preparado com imenso carinho e pormenor. Depois da refeição, visitámos a casa, e em especial a enfermaria que muito apreciámos pelas boas condições que oferece às nossas Irmãs doentes. De seguida fizemos uma romagem pelas várias casas de Tuy onde vivemos a seguir à dispersão. A Irmã Elvira Arzubialde preparou cuidadosamente esta visita, e fomos apreciando também a beleza da cidade. Foi um dia muito bom pelo convívio fraterno e pela possibilidade de darmos mais uma vez graças a Deus pela nossa História. O passado recorda-nos o amor à vocação das nossas queridas Irmãs que nos precederam, como se

escreve na História da Dispersão: “… a verdade é que todas elas fizeram prodígios de dedicação pela Província, e então, mais do que nunca, se cumpriu aquele bendito lema: Eram um só coração e uma só alma.”, e estimula-nos a viver a fidelidade criativa ao HOJE que se nos apresenta.

* * *

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Tuy – Casa de Martínez Padín, 10

Irmã Encarnação Pereira

No dia 4 de Junho saiu um grupo de Irmãs de Lisboa, em direcção ao Porto, para no dia seguinte se juntar a mais um grupo vindo de várias Comunidades do Norte para irmos em peregrinação a Vila do Conde e a Tuy, a fim de fazermos memória da Dispersão das nossas queridas Irmãs em 1910. Éramos 31 Irmãs e 2 leigas. Saímos da Paz pelas 8.30h, na camioneta do Sardão, rumo a Vila do Conde. Aí celebrámos a Eucaristia, visitámos um pouco a Casa, cantámos e rezámos junto da gruta de Nossa Senhora de Lourdes, e quem quis tomou um cafezinho. Pelas 11h partimos rumo a Tuy. Pelo caminho ia-se apreciando a paisagem e cantando cânticos relacionados com as terras por onde se passava... Ao chegarmos a Tuy houve uma explosão de alegria nos cumprimentos, que duraram vários minutos. Mas já o almoço nos esperava pois se, para nós, eram 13.30h, para as nossas Irmãs espanholas eram 14.30. Logo, devíamos ir para a mesa, onde nos foi servido um belo almoço, no qual não faltou o brinde. Seguiu-se o programa livre: convívio, oração ou passeio pela cidade, sobretudo pelos sítios onde tivemos Casa. Não foi uma nem duas, mas, sim, 6, incluindo a que agora habitam. Ao voltar do passeio (visita de estudo) já tínhamos um bom lanche à espera. Eram horas de regressar a Portugal. De novo os abraços que não tinham fim.Um obrigada grande a quem nos proporcionou tão belos momentos de alegria e acção de graças.

Educar com as Irmãs Doroteias: Uma paixão... uma marca de família... um perfil...

Jornada para as pessoas ligadas às várias lideranças e à Pastoral dos nossos Centros Educativos - em três datas alternativas: 13, 21 e 29 de Abril, em Fátima

O SER SIMPLES perpassou todas as dimensões do nosso Ser

José Luís Gonçalves – ESE Paula Frassinetti, Porto

Os 3 Encontros que juntaram em Fátima, no mês de Abril, mais de 120 educadores e responsáveis pelos Centros Educativos das Irmãs de Santa Doroteia, foi concebido e vivenciado para que todas as dimensões do nosso ser fossem mobilizadas. Assim aconteceu…

Convocados – pelo toque pessoal e na aceitação livre –, atendemos ao chamamento d’Aquele que nos envia em missão de educar, partindo para Fátima…

Reunidos – experimentando o sabor da comunhão –, fizemos roda à volta da Simplicidade que nos marca como família…

Interpelados – pela nudez desconcertante dos dinamismos psicológicos –, sentimo-nos companheiros e cúmplices de uma mesma caminhada existencial…

Acolhidos – na Palavra do Filho e pelo abraço de Pai –, escolhemos o silêncio da

oração para nos deixarmos libertar das nossas ‘dobras’ pelo Espírito…

Desafiados – pelas personagens do Evangelho e pelo exemplo de Santa Paula –, sonhámos outros horizontes de ser e de fazer acontecer a Simplicidade nas nossas vidas e centros…

Comprometidos – pela partilha e nas conclusões dialogadas –, construímos sintonia no testemunho de Simplicidade a dar junto de toda a comunidade educativa…

Confirmados – pelo Deus-Bom que nos enviou –, carregamos em nós a sementeira de um tempo novo que quer desabrochar …

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A SIMPLICIDADE EM PAULA FRASSINETTI

Catucha Poeiras – Colégio de Santa Doroteia, Lisboa

A primeira da sequência de formações sobre o carisma de Paula Frassinetti como educadora levou-nos ao aprofundamento da Simplicidade enquanto traço distintivo e marca a levar em consideração na nossa acção pedagógica (de educadores).

Gostei imenso da exposição inicial alicerçada na metáfora das dobras.

Ocorre-me a imagem de um leque que se abre e se desdobra, revelando toda a sua riqueza escondida: o seu rendilhado, o equilíbrio que resulta da combinação de espaços opacos e espaços vazios, das curvas, da dança das curvas.

Toda a nossa vida é, também, um dobrar e desdobrar, momentos em que nos fechamos, momentos em que nos revelamos, momentos de relação e momentos de solidão.

A Simplicidade passa pela capacidade de nos expormos na nossa imperfeição, dando aí, ao outro, a possibilidade de nos ir complementando. Cresce o outro, porque se dá; cresço eu, porque lhe proporciono uma aproximação e, assim, crio lugares de relação.

Cada vez me apercebo mais da riqueza da imperfeição, do limite, dos buracos que trazemos bordados em nós. Que lugar teriam os outros na minha vida se eu fosse perfeita e auto-suficiente? Que lugar teria Deus?...

Entra aqui a questão da Fé: este processo de auto-aceitação e aceitação do outro é possível sem Deus… mas imagino que mais árduo e desgastante.

Partindo do olhar de Deus, tudo isto se descomplica: reconheço no outro alguém tão precioso para Deus quanto eu e, portanto, igualmente digno da minha consideração, confiança e olhar de esperança.

Se olho o outro sempre de pé atrás, com o coração cheio de cepticismo, do alto do pedestal da minha arrogância (da minha ignorância!!!), nunca vou estar apta à simplicidade. Parto da premissa errada.

Que complicado é o mundo das relações humanas e que campo de oportunidades tão rico.

A ideia-chave é esta: ninguém é completo – ser simples é assumir isso e, por isso, aceitar e dispor-se a que o outro o complete, e vice-versa.

Somo todos, felizmente, seres mutilados.

Não resisto a transcrever um excerto de um texto de Daniel Faria que formula isto bem melhor do que eu:

“Creio que o mais egoísta dos homens é aquele que recusa dar aos outros a sua fragilidade e as suas limitações. Quem recusa aos outros a sua pequenez, comete um dos mais infelizes gestos de prepotência. E porque aí se rejeita, aos outros não poderá dar senão o sofrimento da perda. Querendo-se sem falha, será o mais incompleto dos seres”.

A Simplicidade é, em Santa Paula, esta convicção de ser inteiro, procurando o Mais, sem ignorar os menos que carregamos connosco. Isto é de uma grande sabedoria.

Não há pessoas brancas nem pretas: somos todos malhados.

Para mim, é um descanso enorme ser criatura e não o Criador! Saber que não sou sozinha. Que a vida transcende a minha capacidade de compreensão do universo.

A uns isto inquieta, revolta, perturba, angustia… a mim… descansa-me.

Como diz Santa Paula, “Estamos nas mãos de Deus, estamos muitíssimo bem!”.

Parece-me que Santa Paula viveu este equilíbrio de forma muito lúcida: não dramatizava as situações nem os problemas – des-com-pli-ca-va. Fazia das crises (pequenas ou grandes) oportunidades de crescimento (pessoal, comunitário, na fé, na confiança). E percebia que o sentido de humor é dos melhores mediadores de conflito que podemos ter.

Santa Paula levou a sua vida muito a sério e, por isso, sabia rir. A verdade é que muitos conflitos se evitavam se cada um se levasse menos a sério, ou melhor, se não nos levássemos demasiado a sério.

Isso é viver a simplicidade. Descentrar de mim. Rir de mim própria, dos meus buracos! Santa Paula acolhia sem pré-requisitos, não estava à espera de material pronto. Que outra coisa deve fazer um educador?...

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ACEITAR DESDOBRAR-SE – SER SIMPLES: Um projecto pessoal e comunitário

Maria Sousa Soares – Colégio da Paz, Porto

1º Passo – Aceitação Nós não somos simples. Nem sempre nos aceitamos, nem aceitamos alguns dos nossos aspectos menos positivos. Não há, muitas vezes, coerência entre o que pensamos, sentimos e fazemos. E, por isso, a nossa vida está cheia de “dobras” e sombras que nos tornam complexos, opacos e imprevisíveis. Por isso também, os outros têm que viver este nosso visível e invisível, esta totalidade e parcialidade, o que em nós é liso e torcido. Aceitar que a nossa vida é assim é o primeiro passo de um projecto que se quer simultaneamente pessoal e comunitário… 2º Passo – “Desdobrar-se” … de uma exigência que a Congregação nos coloca, hoje: Ser Simples! Ser simples, mostrando-nos como somos, aceitando-nos como somos… Ser simples, num esforço de coerência e humildade… Ser simples, pedindo ajuda, chorando ou estando alegre, sem vergonha… Ser simples, não excluindo nem duplicando nada de nós… Querer “desdobrar-se”, fazer desaparecer ”dobras” e torcidos, escolher lúcida e determinadamente a simplicidade é, portanto, o segundo passo deste projecto que se quer simultaneamente urgente e perene… … E foi o que nos foi pedido nos Encontros “Cultivar a Marca de Família – Ser Simples”, ao longo do mês de Abril, em Fátima, enquanto educadores dos centros e obras da Congregação. Felizmente, embora livres, sentimos que não tínhamos outra escolha!

Residência de Vila do Conde Quem não conhece a Irmã Maria Amélia Bourbon? Mas talvez não se conheça o trabalho que tem vindo a realizar – aulas de Educação Moral e Cívica – desde 1984, em duas Escolas Oficiais do Ensino Básico, em Vila do Conde, atingindo 500 crianças. A sua dedicação e o seu interesse pelas várias situações, que envolvem também as famílias, é notável. Foi bem evidente o reconhecimento do seu trabalho na festa de encerramento deste ano lectivo. Além das aulas, verdadeiramente motivadoras, levando à descoberta dos valores de uma forma atraente e sugestiva, existe uma relação tão próxima e tão amiga com as crianças que, quando a encontram na rua, largam a mão de quem as leva e correm para a Irmã Bourbon, dizendo: Irmã Amélia, Irmã Amélia – como lhe chamam; outros chamam-lhe avó com muita ternura. E os pais acrescentam: Lá vai a avó Amélia!. Muitas destas crianças já são filhas de antigos alunos que passaram pelas mesmas Escolas. Mas o trabalho da Irmã Bourbon não se limita às aulas: aproveita os recreios, e inventa jogos e mais jogos através dos quais procura incutir, de uma forma lúdica, os valores de que tanto precisa o mundo em que vivemos. Não faltam os prémios, preparados ao longo do ano para estes momentos, prémios muito simples, mas que dão uma alegria enorme às crianças, mesmo àquelas que estão habituadas aos brinquedos mais sofisticados. Não seria assim na pequena Escola de Quinto, onde Santa Paula se dava toda inteira à educação das crianças? Com chuva ou com vento, com frio ou calor, lá vai a Irmã Bourbon a caminhar de uma Escola para a outra, com horário completo, nunca se poupando a nada. Obrigada, Irmã Bourbon! Obrigada em nome das crianças de Vila do Conde!

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A nossa 1ª preocupação é a Vida do LAR. Este

ano começámos com um grupo de 21 jovens,

sendo 4 do ensino secundário; em Dezembro

duas foram transferidas para outras escolas.

Formou-se assim, um grupo simpático e

familiar. Para lá da vivência do dia-a-dia, que

queremos e procuramos que seja amiga e

acolhedora, realizámos alguns Encontros de

reflexão:

Em Outubro, aconteceu um Encontro para

apresentação das jovens, ao mesmo tempo que

foram dadas orientações acerca do LAR,

terminando com um breve tempo de oração.

Em Dezembro, realizámos uma Celebração de

Natal, com trabalho de grupos sobre o tema: O

NATAL na SOCIEDADE de HOJE. Terminámos

com uma refeição natalícia e troca de

presentes.

Em Março - Tempo de QUARESMA - todas as

jovens foram convidadas para uma ORAÇÃO de

TAIZÉ, que foi orientada por dois

seminaristas com quem partilhámos a refeição.

Lar dos Trigais - Évora .

Catequeses em três Paróquias; Aulas de EMRC numa aldeia; Actividades da Pastoral da Saúde, com toda a organização respectiva; As Reuniões da Paróquia e outras Acções a nível de Diocese... Assim, sentimos que tudo isto, que foi tomando o nosso tempo, nos fez recordar aquela frase tão linda: "SE TENDES POUCO, DAI MUITO!" Neste "Campo alentejano" todo o trabalho de Evangelização que se realiza é pouco, e sempre vamos dando conta de que as pessoas confiam muito em nós e precisam do nosso estímulo.

Dia 4 de Julho - A Irmã Roseta Mandeca,

Mestra de Noviças de Angola, regressou à

sua terra.

Dia 12 de Julho – Chegou de Angola a Irmã

Mariquinha. Vem por motivos de saúde, e

fica na Casa Paula.

Dia 15 de Julho – A Irmã Fátima Ambrósio

foi a S. Tomé

Dia 3 de Agosto - As Irmãs Alice Simões e

Ana Barrento chegam do Brasil.

Dia 26 a 28 de Agosto – Em Fátima, «dia

UM» da Província reunificada.

No final deste ano lectivo gostamos de partilhar um pouco da Missão que nos foi confiada

Em Maio, dedicámos,

todos os dias, alguns

momentos de ORAÇÃO

a MARIA, na qual iam

sempre participando

grupos de jovens que se

mostravam

interessadas.

Ao mesmo tempo que demos atenção à Vida do LAR, fomos realizando outras tarefas Pastorais: Catequese em três Paróquias; Aulas de EMRC

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Bodas de Ouro: 31 de Julho – Irmã Maria Emília Mesquita, nessa data ainda em Moçambique.

07 de Agosto – Irmã Maria Emília Matos Silva – Angola. É o dia escolhido pela sua Província, com Missa às 10 horas na Paróquia de Nª Sª do Pópulo.

Juntamente com ela celebram Bodas de Prata as Irmãs Maria do Céu Sekelele Machado, Domingas Esendje Muquinda, Maria de Fátima Alfredo, Josefa Nangombe, Rita Ermelinda Tchocombala, Margarida Adelaide Kundjutu. A Província de Angola convida-nos a participar nesta acção de graças. E certamente que, à distância, todas estaremos presentes!

Pastora Juvenil - Actividades de Verão A 25 de Julho, em Lisboa – Obra Social Paulo VI, a Celebração de Envio em Missão. Vão ser convidados todos

os grupos de Jovens que vão em Missão: Angola, Açores, Quarteira e Pinhel.

O grupo que parte para Angola estará todo o mês de Agosto em Missão. Acompanha-o a Irmã Judite Moinheiro

Para os Açores parte também um grupo que estará em Missão na primeira quinzena de Agosto. Será recebido e orientado pela nossa Comunidade dos Açores.

A Missão da Quarteira tem previstos dois grupos: um de 31 de Julho a 7 de Agosto acompanhado pelas Irmãs Arminda Oliveira e Anabela Pereira; outro, de 7 a 15 de Agosto, com a Irmã Goreti e a Guida Oliveira.

A Missão de Pinhel vai ser orientada pelas Irmãs Guida Ribeirinha e Orlanda Costa, e realiza-se de 1 a 8 de Agosto.

Irmãs que nos deixaram: Que quer Deus de nós? Entre 22 de Maio e 10 de Julho veio ‘buscar’ oito Irmãs!

Maria Celeste Dias Ferreira, a 22 de Maio, em Coimbra Rosinda Flor Pereira, a 5 de Junho, em Abrantes Maria Pereira da Silva Rodrigues, a 6 de Junho, no Sardão Carolina Rosa Ferreira, a 1 de Julho, no Porto - Vilar Maria Celeste Menas, a 4 de Julho, em Vila do Conde Maria do Céu Jorge dos Santos, a 5 de Julho, no Linhó. Maria Beatriz Figueira, a 10 de Julho de 2010, no Linhó Maria do Céu Direito da Silva, 11 de Julho, na Residência de Vila do Conde.

De algumas destas Irmãs, além de uma palavra aqui no «Doroteias», faz-se, em Anexo, ‘memória’ da sua vida.

IRMÃ MARIA CELESTE DIAS FERREIRA

Foi uma óptima professora e, mais ainda, uma óptima educadora. Deixou marca em muitas Antigas Alunas, que continuavam a procurá-la e por quem continuou a interessar-se sempre. Comprometida na ajuda aos mais necessitados, envolveu nesse compromisso também as suas alunas. Comunicava alegria, boa disposição. Das 8 irmãs, 5 foram religiosas, sendo ainda uma outra Doroteia (Maria Helena). Também duas tias (as célebres ‘Madres Dias’) e uma prima (Ludovina Ribeiro) entraram na nossa Congregação.

IRMÃ ROSINDA FLOR PEREIRA

Fez parte do primeiro grupo de alunas do Colégio de Abrantes, fundado a 10 de Outubro de 1940. Com as suas colegas criou laços de amizade tão fortes que, apesar de percursos bem diferentes, se foram fortalecendo sempre. E assim, no dia em que o Senhor, a Quem se consagrou, a chamou à Vida plena e à comunhão eterna do seu amor, de vários locais do país vieram de novo reunir-se no seu Colégio. Há cerca de quatro anos que a Irmã Pereira fazia hemodiálise, pelo que a sua debilidade era cada vez mais notória. Apesar disso, continuava a motivar a Associação das Antigas Alunas, a

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1º turno – 19 a 25 de Maio

2º turno – 25 a 31 de Maio

reunir fundos para ajudarem as Colegas em situação económica precária, outras Instituições e famílias com dificuldades. Serenamente, como viveu, deixou este mundo, dizendo algumas horas antes: Já vou estando lá em cima. Nós, as que, por enquanto, caminhamos por cá, pedimos a intercessão das que já se encontram junto de Deus, a viver a eterna Felicidade.

IRMÃ CAROLINA ROSA FERREIRA

A Irmã Carolina Ferreira escutou, em silêncio, a voz de Deus. Ele chamou-a uma, duas vezes, até que a sua voz lhe ecoou no coração. Chegara a “sua hora”, a hora do grande Encontro, hora do Sim definitivo. Ao longo da vida, caracterizada por uma inteira disponibilidade, satisfazendo a todos os desejos ao seu alcance, os Sim eram contínuos, frequentes, sorridentes, sem nunca se tornar pesada, mas sempre aberta, agradável.

IRMÃ MARIA CELESTE MENAS

Deixou-nos a nossa querida Irmã Menas! Mas não! Não nos deixou! Por muito tempo ficarão na nossa memória as saídas tão espontâneas e bem humoradas a propósito fosse do que fosse, até

mesmo quando tiveram de lhe amputar uma perna. As últimas semanas foram muito dolorosas, mas enquanto lhe ouvimos a voz, às nossa palavras de alento repetia: “Deixe lá, Irmã, há muita gente que sofre muito mais que eu”… Agradecemos ao Senhor tudo quanto de belo nela realizou. Que agora, junto d’Ele, seja nossa intercessora.

IRMÃ MARIA DO CÉU JORGE DOS SANTOS

“...e depois também, por mil caminhos, nós seremos sementes de Deus”, É uma das imagens mais perfeitas que podemos guardar da passagem da nossa Irmã Maria do Céu entre nós! - “por mil caminhos, ela espalhou sementes de Deus”… Exímia Educadora de Infância... maravilhada pela natureza, particularmente pelas flores... delicada e atenta, em casa, ajudando as Irmãs mais idosas… zelosa missionária das nossas missões mais carenciadas... Sentia uma enorme alegria em partilhar, mas era também a primeira a agradecer tudo o que se lhe fazia… O Senhor da paz e da alegria já a acolheu no grupo de tantas Doroteias que a precederam e cantam agora o aleluia eterno dos bem-aventurados no Céu…

Pedimos ainda orações por uma cunhada da Irmã Maria da Graça Guarda (Coimbra).

Férias com Nossa Senhora 2º turno – Irmã Laurentina Mendonça

Não sabemos bem se Nossa Senhora também fez férias… Estou em crer que não, porque não lhe demos tréguas… Mas nós, sim!!! Os turnos realizaram-se de 19 a 25 e de 25 a 31 de Maio, num total de vinte Irmãs e duas leigas. As participantes foram 16, e as apoiantes 7. Todas “5 estrelas”! A Gina Leão, sem olhar a cansaços, fez parte da coordenação nos dois turnos. Não temos palavras que descrevam a presença que foi e o apoio que nos deu! E a Inês,

residente da Casa de Betânia? Encantadora! Foram dias cheios, repousantes, com muito espaço de interioridade, oração, e “giraldinha” também pelos locais mais convidativos: exposições, visitas e passeios. Nem sequer faltaram recreios com direito a boas peças de teatro e números de se lhe tirar o chapéu! Tratando-se de uma artista nonagenária, na próxima oportunidade não percam!... Para o ano há mais! Venham, Irmãs, venham, que Nossa Senhora é boa companheira e participa, em cheio, em todas as iniciativas que promovam o Bem-Estar e vida com qualidade, como a que ali se viveu!

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Perante um acontecimento extraordinário, a Irmã Laurentina escreveu à Irmã Jaci

(escreveu mesmo!), e recebeu a resposta imediata (recebeu mesmo!). Ora vejam: Querida Irmã Jaci, Chegou-nos a Monte Moro – Fátima, esta vocação tardia. Causou-nos alegria, como não podia deixar de ser, mas também espanto e admiração!... Porém, no momento que vivemos, um novo ramo Doroteu, porque não? Dado o seu perfil… pensamos que seria melhor fazer o noviciado em Roma. Que lhe parece, Irmã Jaci?...

Querida Tina, Realmente a mensagem é simpaticíssima. Que férias maravilhosas! E ainda mais com a nova vocação… tardia. Não tem dúvida que deve vir para Roma. Aliás tem um aspecto muito familiar. Penso que já o encontrei em algum lugar. Talvez… em Viseu. Mas a formação só pode ser aqui em Roma, junto de Santa Paula. Também gostei muito de revê-las todas na foto do grupo. Um abraço bem afectuoso a você e a cada uma, se ainda estiverem reunidas. Ir. Jaci

Um abraço amigo de todas nós com a certeza de uma presença forte em oração. Ir. Leite; Ir. Lurdes Moreno; Gina Leão; Ir. Ana Fernandes; Ir. Tina; Inês (Casa Betânia); Ir. Emília Bárcia; Ir. Aparício;

Ir. Lucinda Fernandes; Ir. Mª Helena Dias Ferreira; Ir. Mª Ausenda Brás

Aconteceu em Julho... Irmã Diana Barbosa

A 13 de Julho de 1890, morria em Roma a Irmã Rosa Podestà. Esta data é ocasião para conhecermos algo a respeito de quem foi nossa Superiora Central (equivalente a Superiora Provincial) entre 1876 e 1882. Assumiu o governo num momento muito conturbado da vida da Casa do Quelhas... Vejamos, a respeito dela, alguns excertos das Cartas da Madre Fundadora:

(...) determinei que a Irmã Rosa Podestà vá para a Casa Central [encontrava-se na Covilhã] (516,14).

É verdade que a Irmã Podestà nem tem grande capacidade nem ampla visão, mas possui uma virtude não ordinária e também muita experiência, tendo exercido o cargo de Superiora em várias casas, durante

bastantes anos, e sempre com muito bom resultado. Além disso, em Génova tinha mais quatro casas sob a

sua dependência (558,4).

Talvez tenha necessidade de si, e com certa urgência, para a Casa de Lisboa. (...). Por isso, necessito que se

prepare imediatamente, logo que receba esta carta, a fim de poder partir a um novo aviso meu. (...) Depois lhe escreverei demoradamente, explicando-lhe tudo bem; entretanto, esteja tranquila, abandone-se nas mãos

de Deus, que sempre a tem ajudado e continuará a ajudá-la. Seja sempre a minha boa Irmã Rosa, pronta a cumprir a santíssima vontade de Deus. Por caridade, não se aflija; o Senhor dar-lhe-á os auxílios e as graças,

segundo as necessidades que tiver. Confie n'Ele (737, 1.5).

Chegou o momento de realizar o sacrifício a que me referi na minha última carta. É preciso partir o mais depressa possível para Lisboa (...).

Quando chegar à Casa de Lisboa, mostre-se para com todas uma verdadeira mãe que regressa ao seio da sua família, da qual se ausentara há muito tempo; quer dizer, mostre-se alegre e jovial com todas, e a todas dê

provas de amor, estima, benevolência e caridade (...).

Recomendo-lhe, quanto sei e posso, que não escute nenhum relato de coisas passadas; e, a quem quisesse

informá-la do que aconteceu, diga que sepulte tudo no Coração Santíssimo de Jesus e que pense unicamente no futuro, isto é, em querer viver conforme o espírito do Instituto e fazer-se verdadeiramente santa,

atendendo cada uma a si e ao próprio ofício.

Tenha coragem, confie muito no Coração Santíssimo de Jesus, a Quem recomendo que recorra com frequência para d'Ele receber a força, as luzes e as graças que lhe são necessárias.

Deus a abençoe, e reze por mim (739,1.2.4.7).

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Não se preocupe de modo nenhum com a determinação tomada a seu respeito. É Deus que a manda; Ele

mesmo a ajudará, esteja certa disso. Vá, portanto, toda abandonada nos braços paternais da Divina

Providência, sem pensar noutra coisa senão em obedecer (747,4).

Não me admira que a Irmã Rosa não tornasse a escrever-me, porque sei quanto lhe custa fazê-lo; é uma

verdadeira religiosa, e por isso tenho de me contentar, ao menos por agora; mas espero que estejam suficientemente sossegadas ou que, pelo menos, não façam barulho (755,5).

Apenas lhe digo que me edificam muito os seus sentimentos de humildade, a desconfiança de si mesma e o

desejo de ser avisada, sempre que falhe. Não duvide de que o farei com toda a liberdade e confiança; e repito-lhe a promessa de rezar em particular por si (756,2).

Tenha coragem, minha boa Irmã Rosa, e verá que pouco a pouco tudo se acomodará. Conquiste os corações com a caridade e bons modos, e esforce-se, com muita suavidade, para que nessa casa se verifique a

observância das Santas Regras e se pratiquem a caridade e todas as virtudes que prescreve o Instituto. Não se

aflija com o receio de não ser capaz: essa casa é Central, como o era a de Albaro, e é da mesma condição; e, assim como o Senhor a ajudou lá, também a ajudará aí. Confie n'Ele. Ele colocou-a nesse ofício, Ele a ajudará.

Coragem, repito-lhe, e grande confiança nos Corações Santíssimos de Jesus, de Maria e de S. José (758,4).

Consolou-me muitíssimo a sua última carta, por ver que não põe nenhuma confiança em si; e disso espero bom

resultado. Continue a desconfiar sempre de si e, na mesma medida, confie em Quem a colocou no lugar que ocupa; e, se forem necessários, Deus operará milagres por seu intermédio. Coragem e caladinha! (763,2).

I Encontro da Família Doroteia Margarida Rodrigues Baldaque – Colégio da Paz, Porto

Iniciámos o ano de 2010 com o coração alegre e expectante. Dando continuidade às diversas experiências de encontro vividas por toda a “Família Doroteia” ao longo do Ano Jubilar, lançámos um convite muito especial: um encontro-convívio de todos os que fazem parte da grande família de Paula.

Este encontro, como todos os momentos de convívio, pretendeu reunir, congregar, fortalecer laços e dar continuidade a esta experiência de família. Mas também, em família, definir caminhos e formas de aproximação e aprofundamento do carisma de Paula Frassinetti.

Assim, entre Janeiro e Julho de 2010, tiveram lugar cinco encontros em diferentes locais do país: Lisboa, Viseu, Porto, Figueira da Foz e Évora. A adesão foi grande. No total, cerca de 300 pessoas partilharam a alegria do encontro e, em grupo, aprofundaram o espírito que identifica e define a Família Doroteia. No final de cada encontro, ficaram duas certezas que lançaram o repto à organização de mais oportunidades de reunião, reflexão e oração, de forma a aprofundarmos o conhecimento e vivência do carisma de Paula Frassinetti: o prazer de nos sentirmos realmente uma família e a vontade de vivermos, cada dia, um pouco mais ao seu jeito. Neste sentido, arrancaram já os primeiros grupos de reflexão em Lisboa, Viseu, Porto, Gaia e Vila do Conde. Brevemente daremos notícias destes encontros.

Mães de Paula - Visita da Clélia a Portugal

Tuxa – ‘Mães de Paula’, Lisboa

Foi com muito entusiasmo, e ao mesmo tempo alguma expectativa, que recebemos a notícia da vinda da Clélia. Não estava nada programado, e decidir, num espaço de poucos dias, se dispúnhamos de 4 dias para estar com ela, deixou-nos apreensivas. De 24 a 27 de Maio estivemos as 4 Responsáveis nacionais com a Clélia e a Irmã Casimira. Foram dias muito intensos e carregados de muita ansiedade. Éramos confrontadas com algumas novidades que nos deixavam um pouco angustiadas. Assumir, com as Responsáveis italianas, o governo da Obra, não era fácil decidir. Depois de muito diálogo, e de vermos clarificados o papel das mães responsáveis, assumimos o compromisso de sermos um só coração e falarmos em uníssono, uma vez que a Obra das Mães de Paula tem como objectivo a conversão do coração, e, se não partilhamos o testemunho de que rezar bem é amar e viver com Jesus, não levaremos outras mães a desejar percorrer este caminho, a fazer a transformação do coração, para podermos ajudar a construir um mundo melhor. É verdade que a Igreja ainda não descobriu a Maternidade Espiritual, e cabe às Mães mostrá-la. Como consegui-lo?

Crescer no amor ao silêncio

Fazer oração pela Missão, na certeza de que a oração é um serviço que o nosso amor consegue

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obter de Deus. Só Ele ajuda a enfrentar as dificuldades. Devemos forçar, com o nosso amor, o amor de Jesus. O amor vence sempre.

Meter Jesus no coração para nos mostrar o caminho a percorrer. Se Lho perguntarmos directamente e com frontalidade Ele responde.

Chegar aos grupos com conhecimento das suas realidades, e ajudar a encontrar os caminhos novos para vivermos como Paula viveu, levando ideias claras sem discursos.

Quando se fala do coração deve fazer-se em silêncio e em ponta de pés.

O nosso crescimento está em saber recomeçar com a experiência junto das mães.

É hora de deitar abaixo os muros dos grupos e ir ao encontro das mães no mercado, na rua… a Mãe de Paula deve reconhecer-se nesta frontalidade de abraçar o mundo. É o estilo de Santa Paula.

O 25º aniversário é uma etapa, não uma meta. Temos de olhar para dentro e ser claras: reconhecemo-nos como especialistas do coração? O Senhor confiou-nos esta missão, que é uma responsabilidade muito bela. Fazer regressar o sorriso a uma mãe sofrida é ajudar uma família e a própria sociedade. Basta dar a liberdade ao nosso coração de saber amar. Se aderimos a esta missão alarguemos o coração e dêmo-nos aos outros.

Dos quatro dias passados entre nós, a Clélia reservou um dia para estar com as mães que puderam reunir-se na Casa dos Retiros do Sardão. Foi um dia muito cheio e muito partilhado. Como sempre a sua passagem no meio de nós é uma lufada de ar fresco que renova o entusiasmo de todas. Passou também por Lisboa onde se encontrou com os dois novos grupos – o do Externato do Parque e o do Paulo VI. O grande objectivo da sua visita foi ter a certeza de poder contar com as mães portuguesas para concretizar o seu grande sonho – podermos ir ao encontro das mães mais distantes. Pensamos que partiu feliz, porque de todas obteve o Sim.

Encontro Nacional das Mães de Paula em Fátima Tuxa – ‘Mães de Paula’, Lisboa

É sempre com renovada alegria que as mães participam no encontro anual em Fátima. De todos os pontos do país se fazem representar, acompanhadas, muitas delas, pelos seus familiares. Juntámo-nos 140 pessoas, entra mães, Irmãs Doroteias, Senhor Padre Carlos e familiares. Este ano fomos acolhidas, com imenso carinho, pelas mães mais novinhas: o grupo do Paulo VI, que nos brindou com um belíssimo crachá. Antes do almoço houve oportunidade de um espaço aberto ao que as mães quisessem fazer no Santuário, uma vez que nem todas conseguem chegar à mesma hora, dadas as distâncias e o almoço estar marcado, na Casa de Nossa Senhora das Dores, para as 12h30. Seguiu-se o Terço, rezado na Capelinha às 14h, e depois houve o momento da partilha e do convívio. Deram-se notícias, da visita da Clélia, às mães que não puderam estar com ela. Foi muito bonito o testemunho das mães que falaram do seu contacto com ela. A Eucaristia foi celebrada, pelo Sr. Padre Carlos às 16h30. O cortejo de entrada foi muito simples mas muito apelativo. Apenas um coração, símbolo da nossa missão, onde estavam representados todos os países que têm grupos de Mães de Paula. Como, para realizar o sonho de visitar as mães mais distantes, há necessidade de verbas avultadas, fez-se um apelo à generosidade de todos os presentes, e é consolador ver como quando se fala da Missão de Amor as pessoas são tão generosas (316,15€). Na Homilia, o Sr. Padre Carlos falou no papel da mãe enquanto seguidora de Santa Paula e Missionária do Evangelho, frisando ainda que “uma Mãe de Paula deve ser luz, e a luz não faz barulho, mas cumpre a sua função de iluminar”. São estes encontros que nos fazem sentir maravilhadas, ao ver como, na diversidade, se consegue percorrer este caminho de doação e serviço vocacionado para as mães que precisam de encontrar-se com o amor que trazem dentro do seu coração sem que se apercebam. Sempre que nos encontramos destruídas, em vez de procurarmos o amor dos outros, entremos no nosso coração e procuremos nele esse mesmo amor. Não nos deixaremos dominar pela solidão, porque Deus que habita em cada coração é o Amor. Se estamos com Ele nada temos a temer, porque nos mostrará o caminho a percorrer. A hora da despedida é sempre momento de muitos abraços e pedidos de oração. Com a bênção de Maria, cada uma parte de coração cheio e a pensar num próximo encontro.